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Aulas para a vida. Valores para sempre.
Primeira Impressão
A oração do
amigo
Recentemente encontrei em uma oração a seguinte prece: “Senhor, faça com que eu partilhe a vida com meus amigos. Que eu seja tudo para cada um deles. Que a todos dê minha amizade, minha compreensão, meu carinho, minha simpatia, minha alegria, minha solidariedade, minha atenção, minha lealdade. Que eu os aceite e os ame como são. Que eu seja um refúgio poderoso e um amigo fiel. Faça com que permaneçamos unidos, pela nossa eternidade. Que essa amizade floresça sempre como um belo jardim, para que nós possamos nos lembrar com gratidão. Que sejamos todos cúmplices de bons e maus momentos. Que eu possa estar presente sempre que precisarem, mesmo que seja só para dizer: “Oi, tudo bem com você?” Senhor! Eu peço que continue a nos guiar, amparar e proteger.” Esta edição de nossa revista Em Família é dedicada a um dos sentimentos que mais marcam a vida das pessoas. Um sentimento que as tornam cúmplices, que as apoiam em seus mais variados desafios e que faz delas seres humanos na sua essência: a amizade. A este, podemos relacionar ainda outros valores: fraternidade, justiça, solidariedade, empatia, etc. Percebe-se hoje em nossa sociedade, onde a mudança é uma constante, a retomada destes princípios que acompanham a humanidade de longa data e que, por vezes, são colocados em segundo plano. Grandes empresas passam a constituir departamentos voltados a questões éticas deixando claro para toda a organização que tais valores são essenciais até mesmo entre instituições que visam somente ao lucro. Deixam clara a importância que o ser humano tem para suas instituições. Valorizar o ser humano em todas as suas dimensões é o que se busca hoje. Este foi o desejo do Padre Champagnat quando
iniciou seu projeto de construir uma instituição voltada à educação de crianças particularmente necessitadas. Iniciou assim a Instituição Marista. Para ele, ser marista é comprometer-se com virtudes e valores que transcendem a lógica utilitarista, ou seja, ultrapassam a concepção de que o ato de fazer as coisas é guiado pelas vantagens obtidas. Os valores maristas lembram que educar é estar presente, é amar tudo o que se faz, é realizar as ações com um espírito que nos lembra a nossa própria família, de forma simples e transparente. A oração que a criança faz a Deus traz à nossa reflexão valores fundamentais e que, como Colégio Marista, se busca transmitir a todos os seus alunos. Isso é diferencial: valorizar as pessoas que tornam possíveis seus objetivos. O professor que prepara bem suas atividades, o colega que anseia por acompanhá-lo na saída da sala de aula, o zelador que não mede esforços para deixar o ambiente adequado para a aprendizagem, o diretor que faz de tudo para estar presente nas atividades educacionais de sua escola, o pai e a mãe que não medem esforços para exigir de seus filhos e de toda a sociedade condições que possibilitem o melhor para seu aprendizado. Estas são as atitudes de educadores e educandos que dão e recebem uma educação de qualidade. Ser amigo é isso, buscar, em tudo o que se faz, o bem daquele que está ao nosso lado. Algo que não se consegue compreender, apenas admirar, pois surge do coração humano que está verdadeiramente conectado a um Alguém maior que só quer o nosso bem.
No alto, detalhe da ilustração da artista Nina Pandolfo/Muro do Colégio Marista Nossa Senhora da Glória
Ir. Paulinho Vogel Diretor Executivo da Rede Marista de Colégios
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Giro
Amigos de fé e de
ação
PJM é momento de se voltar para a espiritualidade e para o protagonismo juvenil Nos últimos anos, um movimento tem unido os jovens do Instituto Marista em torno da espiritualidade cristã e do desejo de viver a fé do “jeito de Maria”. É a Pastoral Juvenil Marista (PJM), que acolhe alunos a partir dos 9 anos em um processo de formação que prevê atuação fundamental no protagonismo juvenil e intervenção na sociedade. Com seus encontros animados e seus debates mais que atuais a PJM é uma proposta educativo-evangelizadora que busca, em parceria com os próprios jovens, dar respostas autênticas e consistentes aos anseios e necessidades fundamentais da evangelização das juventudes. As etapas de formação A PJM está organizada de forma que dialogue com os processos pelos quais os próprios adolescentes e jovens passam de acordo com as faixas etárias em que estão. Os cinco momentos (conheça cada um deles no quadro ao lado) são um espaço de tempo considerado ideal para o desenvolvimento do processo de formação integral proposta especificamente para cada faixa etária. “É um tempo propício para a descoberta da identidade pessoal e de grupo e para a vivência de experiência da fé, da personalidade, da afetividade, da solidariedade, destaca o documento Caminho da Educação e Amadurecimento na Fé – Mística da Pastoral Juvenil marista. Ainda que seja necessário dividir, didaticamente, estes momentos, vale destacar que eles são dinâmicos e em todos há uma interrelação. Experiências Formativas O convite para participar da PJM é feito a todos os jovens. Durante o tempo de
participação nos grupos, os adolescentes e jovens engajados têm a oportunidade de participar de algumas experiências de formação. Na Província Marista do Brasil Centro-Sul, são organizados em âmbito regional ou microrregional eventos como Desafio juvenil Marista (DJM), que visa ao despertar para o protagonismo juvenil, à vivência dos valores de Amizade e Partilha e ao aprofundamento e ao conhecimento de si e do outro através dos desafios propostos. O Curso de Lideranças Maristas (CLIMA) é uma das atividades realizadas com os jovens para que possam aprofundar e assumir o ministério da liderança nos diferentes espaços dos quais participam. Há também a Missão Solidária Marista (MSM), uma semana dedicada à realização de atividades educativas e gestos concretos de caráter educativo e espiritual, objetivando desenvolver em todos os participantes senso de solidariedade, por meio da imersão em uma determinada comunidade. E para proporcionar momentos de reflexão e vivência, pessoal e comunitária, para o aprofundamento sobre as relações, potencialidades e limites, a PJM promove o Retiro de Projeto de Vida (RPV). Congresso Para celebrar os os cinco anos de caminhada nacional, a União Marista do Brasil realiza no Colégio Marista Santa Maria, em janeiro do próximo ano, o 1º Congresso Nacional da PJM. O evento possibilitará aos jovens participantes a convivência intercultural, a partilha das experiências formativas, a discussão de temas juvenis e a proposição de ações de protagonismo juvenil.
As fases na PJM Pastoral tem cinco momentos especiais, divididos por faixa etária
1º Momento: Descoberta do caminho comunitário 9 a12 anos (aproximadamente)
2º Momento: Descoberta do grupo 13 a 14 anos (aproximadamente)
3º Momento: Descoberta da Comunidade Ensino Médio
4º Momento: Descoberta da questão social acima de 18 anos
5º Momento: despertar da vocação e o amadurecimento do projeto de vida. (Acima de 18 anos, ex-alunos)
Uma nova juventude As Diretrizes Nacionais da Pastoral Juvenil Marista diz: “Ao contemplar os horizontes da Pastoral Juvenil Marista sonhamos com uma juventude solidária, protagonista, com valores evangélicos, comprometida com a cidadania e com o conhecimento científico, inserida na realidade, portadora de esperança e transformadora da sociedade”. (DNPJM, 368 – pag. 137)
6 Destaques das edições locais da revista Em Família nos 15 colégios da Província Marista do Brasil Centro-Sul
• ARQUI
Colégio Marista Arquidiocesano (SP) realizou em setembro a 24ª edição da OLIARQUI, o maior evento esportivo realizado entre colégios de São Paulo. Alunos de mais de 49 colégios estiveram presentes.
• MARISTINHA Por toda admiração que sentiam pelo fundador do Instituto Marista, a família Boaventura colocou em um de seus filhos o nome de Marcelino Champagnat. Para conhecer a história desta família, conversamos com o próprio Marcelino Champagnat, que hoje é pai marista.
• MARISTÃO Com o Projeto de Estudos
• MARINGÁ Alunos do Marista de Maringá participam da discussão de políticas públicas para as crianças e os adolescentes de Maringá e Região.
• PARANAENSE Leandro e Juliana viram suas tarefas diárias quadriplicarem do dia para a noite quando descobriram que quadrigêmeos estariam por vir. Hoje Luísa, Otávio, Ricardo e Leonardo estudam no Infantil 3 do Marista Paranaense (Curitiba-PR).
• PIO XII Para os alunos do Infantil do Marista PIO XII (Ponta Grossa-PR), cozinha experimental é coisa séria.
Cooperativos e Solidários (ECS), alunos do Maristão (Brasília-DF) compartilham o saber em grupos de estudos mais que especiais. Em resumo: alunos com melhores notas apoiam os quem tem mais dificuldades.
• CASCAVEL Está comprovado: definir metas e estratégias aumentam o rendimento escolar. Por isso, o Marista de Cascavel (PR) propôs o “Plano Estratégico do Aluno”, com o objetivo de desenvolver a autonomia e otimizar os estudos. • CRICIUMA No Marista de Criciúma, projeto trabalha superação do racismo com as crianças do Infantil.
• FREI ROGÉRIO Marista Frei Rogério (Joaçaba-SC) aposta na educação ambiental como a principal forma de salvar o planeta.
• GLORIA Bons resultados escolares legitimam programa de bolsa de estudos entre o Colégio Marista Glória e escolas públicas.
• LONDRINA Alunos do Marista de Londrina arrecadaram mais de 45 toneladas de alimentos e roupas com a 27ª Gincana Champagnat.
• RIBEIRÃO Equipe da Biblioteca Marista de Ribeirão Preto orienta sobre a importância do hábito da leitura.
• SANTA MARIA Ampliado do Marista Santa Maria (Curitiba-PR) é espaço para proposta pedagógica de vanguarda.
• SÃO FRANCISCO Ex-alunos e professores falam sobre os 50 anos de educação e desenvolvimento do Colégio Marista São Francisco (Chapecó-SC).
• SÃO LUIS Colégio Marista São Luis (Jaraguá do Sul) incentiva pesquisa desde a Educação Infantil.
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Sala de Visitas
Os gêmeOs A arte urbana dos irmãos que cresceram no bairro Cambuci conquista espaço e admiradores Mara Cavalcante Quem anda pelo Cambuci, em São Paulo, já deve estar acostumado com os grafites pelos os muros e vielas. O que muitos não sabem, é que o bairro já acolheu grandes pintores como Alfredo Volpi. Outra importante revelação artística do bairro são os irmãos Gustavo e Otávio Pandolfo, internacionalmente conhecidos como Os Gêmeos. Os trabalhos da dupla mais famosa do grafite nacional estão presentes em diferentes cidades dos Estados Unidos, Inglaterra, Alemanha, Grécia, Cuba, entre outros países. Os temas vão de retratos de família à crítica social e política e são presença constante em galerias estrangeiras como na fachada da famosa Tate Modern, em Londres, e no Castelo de Kelburn, na Escócia. Em 2007, O Colégio Marista Glória teve o muro da Rua Lavapés grafitado por eles. Foi um presente para o Colégio e para o bairro. O muro recebeu, ainda, as assinaturas de Nina Pandolfo, que recorre a temas infantis e femininos e de Nunca, outro artista que também está na Tate Modern. Os Gêmeos, que são tios da aluna marista Mariana Alves, conversaram com a Revista Em Família e falaram um pouco sobre arte e reconhecimento.
MSN... coisas do tipo, ainda mais com a cidade cada vez mais violenta”. Inspiração “Buscamos inspiração nos sonhos, na vida, nas pessoas e acontecimentos, momentos, nos problemas sociais, nas dificuldades, no cotidiano, no amor, na amizade, na família, em Deus e suas criações, na natureza, na música, na mente brilhante das pessoas que acreditam e fazem da arte seu instrumento musical colocando um pouquinho de vida e sonho nos olhos daqueles que ainda estão ‘cegos’ ou que não querem ver”.
Arte de rua nas galerias “Iniciamos nas ruas, pintando em lugares abandonados deteriorados, sem vida, sujos, vias e avenidas onde as pessoas passam sem se perceber, sem pretensão de expor nosso trabalho em uma galeria. Tudo foi acontecendo naturalmente na nossa vida com a simples preparação de Deus (sempre acreditamos em Deus e em nosso trabalho). Só queríamos pintar e mais nada; não tínhamos noção da grandeza, da força que a rua tem, que isso um dia fosse nos levar a conhecer o mundo todo através de nossa arte, que fôssemos expor e vender um trabalho no melhor museu do mundo. Hoje somos realizados e felizes de poder viver da nossa arte, coisa que não era nada fácil naquela época , de ter uma família maO início “Em 1986, no Bairro do Cambuci, a cultura ravilhosa que sempre nos deu força e acreditando Hip Hop era muito forte. Éramos pequenos e ví- em nosso trabalho.” amos os caras mais velhos dançando “break” na frente da nossa casa e fazendo grafite. Já desenhá- Quem se identifica com o grafite... “Pessoas que sentem vontade de transformar, vamos e foi fácil apaixonar por este movimento. A cultura Hip Hop era um movimento em alta nos de dizer algo que jamais foi dito, de questionar, anos 80 e muitos se tornaram adeptos, forman- reivindicar. Há aquele também que, quando está do assim o “Fantastic break” do bairro. Na época, dirigindo, ao invés de olhar para o trânsito olha vivíamos brincando na rua, inventando, improvi- para as paredes”. sando com pouco e isso fez com que despertásMara Cavalcante é Assistente de Marketing semos também o lado criativo. Hoje já não se vê do Colégio Marista Nossa Senhora da Glória isso; os jovens estão nos computadores, Ipods,
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Intervalo
Um novo olhar
Mudanças no ENEM apontam para um novo tempo na educação. Mas é apenas o começo.
O Novo ENEM é mais uma etapa no sentido de deixar para trás o vestibular tradicional. De acordo com o Ministro da Educação, Fernando Hadad, “o novo exame será uma prova que combina as virtudes do Enem com as virtudes do vestibular criando um novo conceito”. Para Isabel C. Michelan Azevedo, da Diretoria Executiva da Rede de Colégios Maristas, a mudança na avaliação é um bom começo, mas para que tenhamos alunos e profissionais melhores “é preciso mudar a concepção de ensinoaprendizagem que sustenta as práticas pedagógicas tanto das escolas quanto das faculdades e universidades”. Quais são as características da Educação Marista que permitem dizer que os colégios da Rede estavam no caminho certo? Marcelino Champagnat, fundador do Instituto Marista, há quase 200 anos, considerava que a educação cumpre o papel de transformar as pessoas, de possibilitar experiências pessoais que serão importantes por toda a vida, por isso afirmava ter o objetivo de “formar bons cristãos e virtuosos cidadãos”. Durante todo esse tempo, Irmãos e Leigos vêm se esforçando por concretizar esse ideal, por meio de ações educativas de qualidade, marcadas pela responsabilidade de garantir a formação integral de crianças e jovens e voltadas para o desenvolvimento de cada um como agente de transformação social (MEM – Missão Educativa Marista, documento oficial do Instituto, 2000, p. 39). A proposta de um Enem menos preocupado com a memorização de conteúdos e mais direcionado à mobilização de conhecimentos para resolver situações-problema e/ou para entender a diversidade existente nas relações hu-
manas e sociais, visando ao desenvolvimento de competências, é algo que combina perfeitamente com os objetivos educacionais maristas. Como tem sido a atuação da Rede de Colégios com relação às mudanças? O esforço, desde a criação do ENEM, tem sido o de garantir bons resultados dos alunos como consequência de um trabalho pedagógico de excelência, por isso os alunos não são selecionados para participar do exame, pelo contrário todos são incentivados a realizarem a prova objetiva e a redação, e os alunos não são “treinados” para o teste, como sabemos que acontece em vários outros colégios. O novo modelo contribui para tornar a passagem da educação básica para a educação superior menos traumática e estressante para o aluno? Se durante todo EM o trabalho for realizado no sentido de desenvolver competências e habilidades e os cursos de graduação tiverem como preocupação, desde os módulos básicos, a formação dos alunos para enfrentarem os desafios da sociedade contemporânea, poderemos afirmar que o processo seletivo constituído pelo novo Enem diminuiria a transição da educação básica para a educação superior. Com isso quero dizer que não basta mudar um único exame, é preciso mudar a concepção de ensino-aprendizagem que sustenta as práticas pedagógicas tanto das escolas quanto das faculdades e universidades, para que possamos entender os níveis de ensino dentro de uma progressão que favoreça o desenvolvimento das pessoas.
A proposta de um Enem menos preocupado com a memorização de conteúdos e mais direcionado ao desenvolvimento de competências é algo que combina perfeitamente com os objetivos educacionais maristas.
LONDRINA
Cultivando a amizade O reencontro dos meninos
Por um futuro melhor Feliz aniversário Galeria Caçadores de emoçoes Top5 100% PJM O futuro é seu
O Marista e o vestibular Não basta ser mãe
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Diário
Cultivando
amizade Acádio João Heck - Diretor Geral do Colégio Marista de Londrina
A nossa vida é repleta de construções maravilhosas. Na relação com os nossos pais, iniciamos uma relação afetiva genuína. Ela nos dá suporte sobre o qual estabelecemos novos vínculos. As experiências positivas e ou negativas, quando adequadamente acompanhadas e mediadas, vão contribuir para a formação de nossa personalidade. Vão conferir as competências necessárias para que sejamos capazes de enfrentar com tranquilidade, paciência, flexibilidade, afabilidade, compreensão e autonomia responsável os desafios da vida. No contexto escolar somos desafiados a ampliar o nosso círculo de amizades. Pessoas com cultura, hábitos, exigências e manias diferentes passam a fazer parte de nosso grupo social e vão conquistando espaço em nosso coração. Algumas marcas são tão intensas que as carregamos para o resto de nossas vidas, por mais que as circunstâncias do mundo profissional exijam que nos afastemos uns dos outros. O período escolar é campo fértil e gerador de grandes e profundas amizades. Quem não lembra ou lembrará dos Amigos que fez durante o tempo de escola? No ano de 1959 o Colégio Marista de Londrina, com muita alegria, formava a sua primeira turma de alunos do Curso Ginasial. Nos dias 15 e 16 de agosto último, tivemos o prazer de receber os formandos de 1959 para um momento muito significativo. Foi uma alegria, depois de “50 anos”, poder rever colegas, lembrar momentos marcantes, partilhar experiências de vida, matar saudades dos Amigos e renovar laços de amizade. Visando à manutenção dos vínculos ficou o desejo de novos encontros e o uso da comunicação virtual para continuar fortalecendo a amizade. Ficamos felizes com a presença e estamos orgulhosos de todos eles. A vida é um presente que recebemos gratuitamente de Deus e sobre a qual temos inteira responsabilidade. Através do cultivo de boas amizades agregamos valores à poesia de nossas vidas. Os versos, em alguns momentos, vão revelar alegrias e ou tristezas. Elas fazem parte de nossa vida, mas sempre haverá um ombro amigo que ajudará a retomar a caminhada. Que possamos sempre, conforme a canção, dizer: “Amigos para sempre é o que nós iremos ser Na primavera ou em qualquer das estações Nas horas tristes nos momentos de prazer Amigos para sempre.” (Jayne)
O período escolar é campo fértil e gerador de grandes e profundas amizades. Quem não lembra ou lembrará dos Amigos que fez durante o tempo de escola?
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Educação
O reencontro dos
meninos
Ex-alunos do Marista voltam a se encontrar a após 50 anos de formatura Tatiana Stoicov
Amizade. O dicionário traz como significado para amizade: um sentimento de amigo; afeto que liga as pessoas ou ainda reciprocidade de afeto. Mas quanto tempo a amizade pode durar? Um verão, um ano escolar? Dizem que a amizade não acaba. Que, apesar da distância ou das dificuldades, a verdadeira amizade pode perdurar por longos anos: 5...10...20...30...50 anos. Opa! 50 anos?! Será que uma amizade pode, realmente, durar meio século?! Em agosto deste ano, vimos que uma verdadeira amizade ultrapassa barreiras de distância ou idade e que após algum tempo ela pode ser vivida na essência do seu significado. Trinta ex-alunos Maristas voltaram a se encontrar no Dia do Marista, 15 de
Agosto, após 50 anos de formatura, para reviverem a amizade que nasceu quando eram apenas meninos. Durante toda uma tarde, divertidas recordações das antigas peraltices foram lembradas, além de lágrimas das lembranças dos amigos que se foram. Emoção! Emoção! Emoção! Não há outra palavra que resuma o momento que estes ex-alunos viveram no Marista de Londrina. Além da partilha de vida, presentes especialmente preparado por eles foram compartilhados com todos. Até mesmo uma música nasceu especialmente para este momento, e compartilho agora com você o refrão: “As palavras e o tempo não voltam mais ao nosso coração, mas vocês pra sempre ficarão.” Já deu para perceber o que foi, e ainda é, a amizade entre estes formandos da primeira turma de Londrina, não
é mesmo?! Todo o estímulo para a festa, assim como localizar todos os ex-alunos partiu deles mesmo. E agora, eu convido a refletirmos: Você conhece ou já ouviu falar de algum outro Colégio que proporcione este espírito de amizade e de família que rompe a distância e faz com que uma turma inteira de ex-alunos se encontrem depois de 50 anos? Acredito que não. O Marista proporciona aos seus alunos algo fora do comum. O trabalho diário dos professores, funcionários e dos Irmãos Maristas fazem com que as crianças e adolescentes se sintam acolhidos e bem preparados para serem protagonistas de suas histórias. E todo o aprendizado e carinho acompanham os ex-alunos por toda a vida. O resultado é esse que acabamos de descrever: amigos entre si e amigos do Colégio, para sempre.
A amizade n達o se busca,n達o se sonha, n達o se deseja; ela exerce-se (辿 uma virtude).
Simone Weil
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Educação
Marista eo vestibular Conheça o que o colégio oferece para um dos momentos mais temidos pelas famílias: o vestibular
Marize M. Rufino e Raquel Calil Ruy
A proximidade dos vestibulares causa emoções mais intensas e variadas por se tratar, normalmente, de um momento divisor de águas na vida de muitos adolescentes. Escolher uma profissão e ser escolhido por ela é definitivamente muito complexo, ainda mais quando se tem 17 anos. Estudiosos do tema destacam que desta escolha dependerá a realização da própria vida, seja no aspecto profissional, seja no pessoal, pois desde a graduação até a pós-graduação estará dedicando uma grande quantidade de tempo da sua vida ao estudo, bem como para preparar-se para o trabalho que a carreira escolhida exigirá, embora saibamos que estudar continuamente é, hoje, uma necessidade real. Por isso, a seleção profissional deveria ser uma opção que vai muito além do aspecto financeiro, mas em uma decisão que envolve aspectos tais como afinidade, habilidade, interesse, autoconhecimento, etc.. No Marista os alunos do 2º e 3º anos do Ensino Médio têm a possibilidade de construírem, por meio de um processo estruturado de Orientação Profissional, este momento de tomada de decisão. Desde 2005, a professora Deusa Gisely T. Rodrigues Fávero, com a direção da psicóloga Ana Cláudia Paramzini Sampaio, desenvolve um trabalho específico bastante diferenciado, sustentado pelo tripé do autoconhecimento, atividades do conhecimento da realidade profissional e de suporte para a tomada de decisão na escolha profissional. Este momento se dá nas aulas de Ensino Religioso e, também,
em horário extra, conforme a necessidade de cada educando. A partir deste 2º semestre ampliamos este trabalho para as 8ª séries e 1º anos por reconhecermos a importância desta construção consciente rumo à tomada de decisão a que estarão submetidos os alunos ao chegarem no 3º ano do Ensino Médio. Na pressão Sabemos que não é por acaso que o momento do vestibular apresenta contraste acentuado em relação a outros momentos da vida dos adolescentes. É um tempo em que as exigências e cobranças apresentam-se mais acentuadas. Toda sorte de pressão é exercida sobre eles: excelência nos diversos saberes, acerto na escolha do curso, escolha da Universidade que, às vezes, implica em mudança de cidade e aí, separar-se da família, além de uma boa classificação no resultado da prova. Para suportar tamanhas exigências há que se considerar que o educando, ao longo de sua caminhada escolar, tenha a oportunidade de trabalhar todos os aspectos que lhe serão demandados e, isto, dependerá diretamente da proposta pedagógica que a Instituição de Ensino lhe ofereça. No Marista entendemos educação de uma forma mais ampla, ou seja, a partir das interfaces entre a educação formal e o currículo existente na publicidade, na televisão, no jornal, no cinema, nos recursos
tecnológicos, pois há ensino e aprendizagem de certas mensagens nessas mídias. Nelas aprendemos, todos nós, adultos, adolescentes e crianças, os modos de ser sujeito, as formas como nos comportar, o que pensar sobre o mundo e sobre nós mesmos, as posições que ocupamos e ocuparemos nos contextos em que nos situamos e nos situaremos. A escola deve ser um tempo/espaço que permite aos alunos expressarem seu modo de ser e estar no mundo. Dessa forma desde a Educação Infantil, aos nossos alunos são propostas atividades que os levem a pensar, a interagir, a conviver, a resolver situações-problema, a sistematizar suas aprendizagens, enfim são chamados à co-responsabilidade acerca do projeto curricular no qual acreditamos. Portanto, não podemos deixar de considerar que esses desafios desta fase devem ser vistos como um momento único e singular da caminhada de cada educando. É o primeiro passo em busca da autonomia e da maturidade, então ao invés de se temer demasiadamente tal momento, é relevante transformar a energia disponível não somente em tensão, mas em realizações, permitindo-se viver plenamente todo o encantamento de cada instante deste momento privilegiado de vida. Marize M. Rufino é diretora educacional e Raquel Calil Ruy é assessora psicopedagógica
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Inspiração
Não basta
ser mãe
Noemy (filha caçula do Projeto Bom Aluno), Suely, Deborah e Jonathas
Suely voltou a estudar para auxiliar no rendimento escolar do filho Imagine uma mãe que, ao ver que o filho estava prestes a desistir dos estudos, bateu na porta da escola e garantiu o direito de assistir às aulas com ele, a fim de incentivá-lo. Garra. Determinação. Presença constante. Assim é Suely Pacheco Silveira, mãe de quatro filhos que, após 28 anos longe de uma sala de aula, voltou a estudar para estimular um deles a concluir os estudos. Quando Suely começou a assistir às aulas foi um choque, tanto para ela, como para os colegas do filho. Mas ela não desistiu, pelo contrário. Em um momento de estudo com o filho, Suely brincou dizendo que se ele concluísse a 8ª série, ela iria se matricular e, no próximo ano, fazer o Ensino Médio com ele, para concluir seus estudos também. Assim que o filho soube que passou de ano foi cobrá-la: “Mãe, pode fazer sua matrícula, pois eu passei de ano”. Logo ela se matriculou e, hoje, estuda com
os dois filhos, Jonathas e Débora, no 1º ano do Ensino Médio. E ela nem pensa em parar por aqui. Seu sonho hoje é fazer uma faculdade de Gastronomia e se especializar em chocolates. E os filhos estão apoiando a mãe neste desafio que está por vir. Suely é a “mãe” da turma. Respeitada não só pela idade mas, principalmente, pelo caráter e dedicação com os filhos que, aliás, aumentaram de quatro para mais de 30. Aluna dedicada nas aulas, ela ajuda a todos que estão com dúvidas, além de ser como uma psicóloga ouvindo os desabafos e aconselhando toda a turma. Nesta volta aos estudos, Suely, hoje com 46 anos de idade, firmou ainda mais seu amor pelos filhos e pelos adolescentes de forma geral. “O estudo me aproximou ainda mais dos meus filhos e eu gosto muito de estar próxima deles e dos seus amigos. Além do que, também adoro estudar”, conta.
Se alguém ainda pensa que adolescente não gosta de quem “pega no pé”, é melhor rever seus conceitos e aprender mais essa com Suely. Ela sabe de cada movimento de seus filhos. Nos finais de semana e nas férias, a casa dela fica repleta de adolescentes, pois, os amigos dos filhos não querem saber de sair para outro lugar. Todo esse cuidado nunca foi em vão. Os resultados são filhos excelentes, responsáveis com os afazeres de casa, com os estudos e que são exemplos para os amigos. Um deles é a filha mais nova, Noemy, de 14 anos, venceu 120 alunos de escolas públicas concorrendo a uma vaga do Projeto Bom Aluno. Hoje, ela é aluna do Colégio Marista de Londrina e suas notas, assim como seu comportamento, são exemplares. Suely é um exemplo de vida e determinação. Temos certeza de que seu exemplo inspira muita gente a perseguir a realização de seus sonhos. Eu me inspirei. E você?!
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Aprendiz
Por um futuro
melhor
Noemy Pacheco Silveira da 8ª série do Fundamental, aluna do Projeto Bom Aluno
Parceria do Marista com o Instituto Bom Aluno oferece oportunidades a bons estudantes Lilian Gava Ferreira e Vanessa Camargo Rocha
O Programa Bom Aluno tem como objetivo contribuir para a transformação social do país através da educação. A iniciativa foi implantada e desenvolvida em Londrina e região desde 2000 pelo Instituto Bom Aluno de Londrina (IBAL) e seleciona, na 5ª série da rede pública de ensino, alunos que apresentam um bom rendimento escolar - aliado a bom comportamento e interesse pelos estudos - e oferece condições e estímulos para continuarem sua formação até os níveis de graduação e pós-graduação. Entre os benefícios oferecidos para os alunos do programa está o custeio de seus estudos até a finalização do Ensino Médio nos melhores colégios particulares da região. O Bom Aluno ainda proporciona aulas especiais de idiomas, desenvolvimento pessoal e acadêmico. O Instituto conta com algumas parcerias para dar seguimento a esse trabalho de valorização dos talentos jovens que não
dispõem de recursos suficientes para dar continuidade aos estudos. Por compartilhar da ideia de que é possível existir uma realidade diferente e melhor por meio da educação, bem como pelo cuidado e compromisso com a formação dos valores de seus alunos, o Marista, desde 2003 é parceiro do IBAL no desenvolvimento de um trabalho de sucesso. A parceria vai além da concessão de bolsas de estudo, oferecendo também um ambiente agradável, marcado por vínculos afetivos construtivos, o que possibilita a boa integração dos alunos. Realizando sonhos Comprometido em promover uma educação de excelência, o Marista tem sido responsável pela formação de vários alunos integrantes do IBAL, alguns ainda no início de sua trajetória, outros mais próximos da realização de seus sonhos. Todos os alunos que concluíram o Ensino Médio no Colégio Marista estão
no Ensino Superior. São histórias de vida marcadas pelo amor e pela oportunidade um dia concedida. O comprometimento de instituições conscientes de sua parcela de responsabilidade na promoção de mudanças sociais, como o Colégio Marista de Londrina, possibilita e dá mais brilho às vitórias dos alunos do IBAL. Vitórias que reforçam a convicção de que através da educação o futuro pode ser diferente, com um mundo mais justo e fraterno. Lilian Gava Ferreira é coordenadora do Projeto Bom Aluno e / Vanessa Camargo Rocha é coordenadora pedagógica do Projeto
Mais informações: Para saber mais sobre o Instituto Bom Aluno de Londrina, ligue ou acesse: (43) 3321-5570 www.bomaluno.com.br
Feliz
aniversário Centro Social Marista Ir. Acácio completa cinco anos atendendo crianças e adolescentes Nayara Carvalho Coutinho
Era sábado, o terceiro do mês de junho, e quem passasse nos arredores do Centro Social Marista Irmão Acácio, na Zona Norte de Londrina, perceberia uma movimentação atípica no local. No espaço da quadra, as cadeiras enfileiradas anunciavam a espera por um grande público. Em todos os espaços havia educandos, educadores e colaboradores mobilizados nos preparativos para a tão esperada festa. Teste de luz, passagem de som, fotos para compor mural, afinação de instrumentos, troca de figurino, ensaio, concentração e muitas outras coisas puderam ser observadas na tarde que antecedeu a comemoração do 5º aniversário do Centro Social. Tudo estava sendo preparado para receber os mais de 500 convidados que compareceram naquele dia para prestigiar os trabalhos e apresentações dos nossos educandos. Na recepção, um grupo de adolescentes já anunciava que a festa seria por conta deles. Logo na entrada, os convidados eram surpreendidos por bonecos em tamanho gigante que foram confeccionados pelos próprios adolescentes na oficina de Artes Plásticas; além das brincadeiras e do bom humor dos educandos de Artes Cênicas e da Qualificação Profissional. Ainda na recepção, uma grande roda de capoeira, formada pelos educandos da oficina de Cultura e Movimento, envolveu os convidados. No caminho para a quadra, os murais de fotografias retratavam uma pequena parte da história do Centro Social - des-
de sua fundação na região norte no ano de 2004 até os dias de hoje. Na sala de exposição, trabalhos recentes desenvolvidos em diversas oficinas podiam ser admirados. E a festa só estava começando! Sob o comando dos educandos de Artes Cênicas os convidados puderam apreciar e se envolver com apresentações de teatro, dança, circo, música, além de fotos e vídeos produzidos pelos próprios adolescentes. Entre cada vídeo e uma apresentação, muitos aplausos de satisfação dos presentes que faziam questão de manifestar o quanto esse espaço
foi e é importante na vida de cada um. Para finalizar nossa grande festa, a troupe de circo “Tangará” entusiasmou a todos com uma impressionante apresentação. Durante esses cinco anos de atuação na região norte de Londrina, o Centro Social Marista Ir. Acácio atendeu muitas crianças e adolescentes e, atualmente, atende 630 no Serviço de Apoio Socioeducativo, Serviço de Qualificação Profissional e Biblioteca Interativa. Nayara Carvalho Coutinho é Educadora do Centro Social Marista Ir. Acácio
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Galeria
Viagem Estudo Convivência
Sta Catarina
Conhecendo o café
Alguém aí aceita um cafezinho?! “Paixão nacional”, como muitos dizem, um café fresquinho não pode faltar na mesa do brasileiro. E o gosto pelo café, muitas vezes, vem desde cedo. Os alunos do Infantil V do Marista de Londrina ficaram curiosos em saber como aquelas bolinhas verdes e vermelhas ainda nos galhos, tornavam-se um líquido preto e quente com um sabor forte e de que todos gostam. Após algumas experiências em sala para aflorar a curiosidade e o pensar dos pequeninos, as professoras levaram os alunos ao IAPAR – Instituto Agronômico do Paraná. Lá eles observaram uma plantação de café, como era colhido e todo o processo pelo qual os grãos verde e vermelho passam até se transformar em pó. A pesquisa envolveu também o componente Arte, onde os alunos estudaram obras de Portinari, que retratou o café. O Projeto finalizou com um café especial aos pais, onde, com sucata, os alunos montaram todo o processo pelo qual passa o fruto até virar bebida.
Como parte do trabalho que desenvolvemos aos nossos alunos, no Marista, todas as séries participam de uma Viagem de Estudo e Convivência uma vez no ano, além das visitas que fazem a outros lugares de Londrina e atividades de campo nas redondezas. Este ano, os alunos da 4ª série do Fundamental foram para Santa Catarina / Vale do Itajaí (Blumenau, Ascurra, Brusque, Pomerade e Penha) como projeto das disciplinas de História e Geografia. O objetivo da viagem foi conhecer e analisar a paisagem na região de Blumenau (SC) e constatar a herança cultural trazida pelos imigrantes europeus à região e, consequentemente, ao Brasil. Naturalmente que um passeio pelo Beto Carrero World não poderia ficar de fora. Afinal, também aprendemos nos divertindo e curtindo os bons momentos que a vida nos propicia. Além de Museus e pontos turísticos de cada cidade, os alunos visitaram também diversas indústrias. Seguramente, todo o aprendizado e experiências vivenciadas jamais serão esquecidos.
Jornal Falado
As professoras das 3ª séries do Ensino Fundamental desenvolvem um projeto todos os anos com essas turmas chamado Jornal Falado. O objetivo é otimizar a oralidade dos alunos e, para isso, um caminho de três meses é percorrido. Leitura, produção, interpretação e reprodução de textos são trabalhados em sala. Além de pesquisas em casa com os pais, visita de um profissional da área jornalística no Colégio também faz parte do projeto. O resultado é um tele-jornal, ao vivo, apresentado pelos alunos em sala de aula. Notícias gerais, entrevistas, esporte, previsão do tempo, tudo é programado por eles com máxima dedicação. É visível o orgulho dos alunos pelo trabalho concluído. Um sucesso!
amigos Como vimos na matéria sobre o encontro da primeira turma do Marista de Londrina, a amizade é algo forte e enraizado na educação Marista. E para celebrar essa amizade, separamos algumas fotos que retratam alguns momentos dos amigos do Colégio Marista de Londrina. Confira!
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Esporte
Caçadores de
emoções
Alunos mergulham nas poesias e desenvolvem um olhar critico sobre elas Tatiana Stoicov
Ouvimos falar de poesias, poemas, contos e crônicas desde muito cedo. E, na maioria das vezes, crescemos com um pré-conceito em relação aos escritores destes gêneros literários e suas obras, e pensamos que poesia é coisa muito chata e não faz sentido algum. Os adolescentes então, nem podem ouvir falar nelas. Ou não é bem assim que as coisas acontecem?! Há um modo de fazer com que eles deixem este conceito e se interessem por ela? Em busca do resgate de tais questões e levarem crianças e adolescentes a descobrirem o real significado da poesia, deparei-me com um simples: “Poesia é a forma mais bonita de expressar sentimentos e emoções”. Simples, não é mesmo? Ou ainda ficou complicado de fazer com que a moçada se interesse por ela?
No Colégio Marista de Londrina, os alunos não só leem poesias como mergulham e desenvolvem um olhar crítico, abrangente e aprofundado sobre elas. Há anos estudar poesia nas salas de aulas sempre foi uma tarefa árdua para os educadores da Língua Portuguesa. Porém, com dedicação e um bom material os alunos podem surpreender a todos e se tornarem especialistas em poesias. Um projeto encabeçado pela professora Josmari A. P. Oliveira, que ministra a disciplina de Ensino Religioso em parceria com a escritora Lygia A. Schrank Araújo, fez com que os alunos de 7ª e 8ª séries do Fundamental despertassem para a verdadeira riqueza da poesia. Ao conversar com Josmari e Lygia sobre este trabalho, fiz a seguinte pergunta:“O que vocês falam, ou como falam, para que os alunos se
Os poemas são vivos e a idéia ou objetivo deles depende da sensibilidade de cada um que lê
interessem tanto pelos livros de poesia e desenvolvam questionamentos tão pertinentes sobre elas?” (Perguntei isso porque assisti a um bate-papo dos alunos com a Lygia sobre seus livros e fiquei muito surpresa com o nível dos questionamentos deles) Elas me responderam:”Deixamos apenas que eles leiam”. E Lygia completa: “Não é falar de poesia ou analisá-las e, sim, apresentá-las a eles. Deixá-los lê-las.” Sensibilidade Para Josmari, a poesia ajuda no desenvolvimento da sensibilidade de que os adolescentes tanto precisam. “Nós, como educadores, temos que despertar este olhar aberto para o mundo, e a poesia da Lygia faz isso muito bem, pois ela escreve e fala com os alunos com o coração”, completa. Ao ler cada poesia do livro, os alunos se envolvem e, em
palavras de Josmari, entram nela, entendem e aproveitam o que ela tem de melhor. “As poesias estão tendo ação sobre eles”, reforça feliz, ao ver esta união com Lygia se concretizar ainda mais. Pois, durante a entrevista, ambas faziam planos para o próximo ano com as outras turmas. E não pense você que as poesias de Lygia A. Schrank Araújo se limitam às aulas de Ensino Religioso. O professor Reinaldo de História e Luciana Nonino de Artes também delas se utilizam em suas aulas. Em Artes, os alunos fazem uma releitura das poesias e as transformam em quadros. Enquanto que em História, Reinaldo desafia os alunos a descobrirem a que época Lygia se refere em uma deter-
minada poesia e destaca: “Os poemas são vivos e a idéia ou objetivo deles depende da sensibilidade de cada um que lê”. Pois é. Não importa a idade ou em que disciplina a leitura acontece. A poesia é realmente viva e capaz de transformar nosso modo de pensar e agir. Basta nos entregarmos à leitura edeixá-las entrar em nós. E para você não ficar apenas com água na boca sobre os poemas da Lygia, que conquistou os alunos do Marista, selecionei algumas poesias para você degustar. Querendo mais, elas foram tiradas dos livros “Estação Poesia” e “Meu Coração no Teu” – Poemas para meditar de Lygia A. Schrank Araújo. Boa leitura.
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top5
Cinco coisas que você deve saber sobre o Marista
Canonização de Marcelino Champagnat
Você sabia que neste ano de 2009 faz uma década que nosso fundador foi canonizado? É isso mesmo! No dia 18 de abril de 1999 o papa João Paulo II canonizou Marcelino Champagnat na praça São Pedro do Vaticano e o reconheceu como santo da Igreja universal. Champagnat fundou o Instituto dos Irmãos Maristas em 1817 e iniciou um novo estilo de educar: o estilho Marista, que hoje se espalha por 78 países.
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Lousa Digital
Agora, sim! Mais um recurso tecnológico de ponta, no Marista, já em ação. Os professores do Marista de Londrina já estão utilizando a Lousa Digital como ferramenta de ensino. Todos os alunos do Colégio têm acesso à Lousa e à possibilidade de uma aula mais dinâmica e interativa. Os professores desenvolvem suas aulas de modo mais prático e dinâmico. Esta geração que nasceu e vive a tecnologia no seu dia-a-dia. Nada melhor do que boa tecnologia para, hoje, há lousas digitais nas salas do terceirão e para as demais turmas, no anfiteatro 107. Para o ano, mais equipamentos serão implantados. Você sabia disso?!
27ª Gincana Champagnat
Se eu contar para você que, em apenas três dias, os alunos do Colégio Marista de Londrina, através da 27ª Gincana Champagnat, arrecadaram mais de 45 toneladas de alimentos e roupas, você acreditaria?! Pois foi exatamente o que aconteceu. O objetivo maior da gincana, além de diversão, é proporcionar aos alunos oportunidade de olhar para o próximo e reconhecer a importância de ser solidário. E essa moçada deu conta muito bem do recado. Foram exatos 45.010 kilos arrecadados entre alimentos e roupas. Um recorde absoluto nestes 27 anos em que a Gincana acontece, anualmente.
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4 Comissão Vestibular UEL
Você sabia que o Marista faz parte da comissão que está analisando e irá reestruturar o vestibular da UEL?! É isso mesmo! A assessora do Ensino Médio, Raquel Calil Ruy, faz parte de um grupo de representantes de escolas públicas e privadas que, juntamente com a equipe de Vestibular da Universidade, revê a dinâmica e a metodologia utilizada no processo de seleção. O objetivo é adequar ainda mais o processo às novas exigências do país, uma vez que é um dos mais concorridos do Brasil.
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21º Capítulo Geral
O ano de 2009 é muito importante para o Instituto Marista em todo o mundo. É o ano em que será escrito o 21º Capítulo Geral dos Maristas. Nele, representantes Maristas de todos os países nos quais há um Colégio ou uma obra social do Grupo, reúnem-se para analisarem o contexto geral em que vivemos, definirem novas estratégias e redefinirem outras, para que o projeto e o sonho de São Marcelino Champagnat permaneça vivo, seja qual for o lugar onde haja uma de suas obras. Você sabia disso?!
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Diz aí
100% PJM Mais do que se aproximar de Deus e viver a solidariedade, a PJM – Pastoral Juvenil Marista – tem um papel que ultrapassa estes limites. Convidamos quatro monitores da PJM, todos alunos do Ensino Médio, para testemunhar sobre o que está além da PJM. “A PJM é uma oportunidade que o Marista proporciona para que os alunos tenham uma maior proximidade com Deus, façam novas amizades e saibam como mantê-las. Ser monitor de um grupo é um meio de um jovem evangelizar outro, o que torna tudo mais fácil.” Bruno Bertão Piacenti “A Pastoral tem um papel fundamental dentro da formação Marista com as reuniões, os encontros de vivência e a oportunidade de monitorias nos grupos de PJM. Com isso, desenvolvemos virtudes como solidariedade, paciência, compaixão, compreensão, entre outros. Enfim, valores fundamentais no carisma Marista que farão diferença em nossas vidas futuramente.” Beatriz de Lima Nakamura
“A PJM é importantíssima para o convívio com o próximo e aproximação com Deus. Ela é diferente justamente pelo trabalho de ver Deus no convívio diário. Ser monitora é uma forma de aprender a ouvir, conviver e saber, além de tudo, trabalhar em grupo. Para mim, nós monitores aprendemos muito mais com as crianças do que elas conosco.” Gabriela de Andrade e Nóbrega “Sou Marista desde pequena e sempre que possível participava das reuniões. Hoje tenho oportunidade de monitorar esses grupos, tentando transmitir o que aprendi nestes anos. Os vínculos de amizade que se formaram através dos grupos e dos encontros, com certeza são muito especiais, pois são verdadeiros e levarei sempre comigo.” Keiti Gaspar Hypólito
Beatriz, Keiti, Gabriela e Bruno
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Gente Nossa
O
futuro
Deus quer, o homem sonha, a obra nasce.
é seu
Ex-aluno fala sobre a carreira de diplomata e a importância de acreditar nos sonhos Tatiana Stoicov
Lembranças e emoção. Assim se resume o reencontro do presente com o passado. Assim se pode resumir o reencontro de Lauro de Castro Beltrão Filho com o Colégio Marista de Londrina em junho deste ano. Aluno da turma do “fundão”, Lauro relembrou dos grandes momentos de sua vida que dividiu com o Marista: a primeira bronca, a primeira namorada, a primeira medalha de basquete e os primeiros amigos. Foram 11 anos de aprendizado que renderam a ele uma sólida carreira de diplomata, hoje, na Bolívia. Um sonho que nasceu em uma palestra no Marista, quando Lauro apenas estudava para os vestibulares. Além do despertar para a atual profissão, Lauro reviveu emocionado suas peraltices enquanto aluno e a formação formal/educacional que recebeu no Colégio, além do companheirismo e da união entre os alunos, professores e funcionários. Lauro se formou em Direito pela UEL, fez mestrado em Direito Internacional em São Paulo e logo foi atrás da conquista do curso para ser Diplomata. “Fazer o que você quer e gosta é uma alegria muito prazerosa”, comentou Lauro com os alunos do 3º ano do Ensino Médio em uma palestra recente quando esteve aqui no Brasil. Durante toda a conversa, os alunos não tiraram os olhos dele, enquanto compartilhava alegremente suas experiências de vida e o prazer de fazer parte, mesmo depois de formado, da Família Marista. Incentivo, força e positivismo rodeiam Lauro diariamente. Em todo o tempo que reviveu sua história no Colégio, ele não cansou de dizer a todos para perseguirem seus sonhos, fazerem o que realmente gostam e se esforçarem ao máximo para que isso aconteça. Com certeza, ele nos reabasteceu para encarar com mais entusiasmo e seriedade o que ainda nos espera na caminhada da vida. “Que vocês possam sonhar...e que possam se empenhar ao máximo para executar cada um de seus sonhos.” Assim, Lauro concluiu emocionado seu reencontro com o Marista e citou um trecho do poema “Mensagem” de Fernando Pessoa que deixo agora com você, na espera de que os seus sonhos aconteçam também.
Fernando Pessoa
Capa
o Marista Amizades d tempo e resistem ao à distância
metti Fernanda Jaco
ra. a qualquer ho m e b i a v o ig Um bom am les que nos e u q a d é se a E melhor aind ue basta um q o p m te to n conhecem a ta os sentindo. m a st e e u q o er ? olhar para sab amizade assim a m u r a iv lt u c is Mas como as tão especia o ss e p r a tr n o E onde enc Geralmente s? ra v la a p m ncia que dispensa a na adolescê d in a m e c re a ao elas ap que resistem s e d a iz m a m e forma Marista tem O . ia c n tâ is d à tempo e bre para contar so s a ri tó is h s a it mu ber o melhor é sa e s e d a iz m a boas nte, muitas a st in to a x e e se que hoje, nest ão surgindo e st e s e d a iz m a outras jovens alunos. s o e tr n e o d n fortalece
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Capa
Y
ara Achoa, da turma dos formandos de 1984 do Colégio Marista Arquidiocesano, de São Paulo fazia parte de um inseparável grupo de quatro amigas. Faziam trabalhos juntas, uma ia à casa da outra e conversavam sobre todos os assuntos... Depois de formadas cada uma seguiu seu rumo. Uma estudou Educação Física, outra Pedagogia, Yara, Comunicação Social, e assim por diante. Casaram-se, tiveram filhos, montaram o próprio negócio, mudaram de cidade e, assim, os anos foram passando. Apesar de todas as mudanças, os laços que as uniam mantiveram-se vivos e graças ao orkut se reencontraram. “Voltamos a nos falar com mais frequência”, conta Yara. Depois de algum tempo, surgiu a oportunidade de Yara visitar uma de suas amigas, a Leila, que mora no Rio de Janeiro. “A gente não podia imaginar o que seria uma da outra, mas percebemos que temos muito em comum, somos fortes e temos muita personalidade”. Em uma amizade de mais de 25 anos, as conversas ultrapassam as questões do dia-a-dia e retomam histórias importantes que fizeram parte do desenvolvimento de cada uma. “Você resgata coisas da adolescência, dos paqueras, das bagunças. Vi que somos muito parecidas
Quando você se identifica com alguém, a amizade extrapola um dos setores da vida e passa a fazer parte do todo.
com o que éramos na época do colégio”, diz. Segundo Yara, os Maristas ofereceram condições para a criação dos vínculos de amizade. Ela cita o estímulo para fazer trabalhos em grupo, para a prática de esportes e o valor às relações humanas transmitidos no colégio. “Quando você se identifica com alguém, a amizade extrapola um dos setores da vida e passa a fazer parte do todo”, completa. Nos negócios Os 12 anos no Marista São Luis, de Jaraguá do Sul, deram a Vinícius Salai Floriano, de 24 anos, amigos que, mais tarde, tornaram-se parceiros de negócios. Formado em Direito, Vinícius trabalha no escritório de contabilidade e auditoria de sua família e diz que muitos de seus atuais clientes já foram colegas de escola. “É uma oportunidade de crescimento para ambos”, diz. Além disso, a amizade traz segurança às duas partes. “Você conhece a índole da pessoa e ela te conhece. Queremos o melhor tanto para o empresário como para o amigo”, complementa. O Orkut, assim como no caso de Yara, o ajudou a retomar contatos. “Temos uma comunidade com mais de 700 pessoas dos exalunos do São Luis”, conta.
Nova geração “A escola é campo fértil para sementes de amigos, onde se reúnem e convivem gerações: crianças, adolescentes, pais, avós, educadores. A escola é período áureo para encontros belos e profundos para toda a vida”. O belo pensamento é do Ir. Lauro Darós, Diretor Geral do Colégio Marista de Cascavel. De lá vieram os personagens da capa desta edição. Mayara Letícia Quadri, Gabriel Almeida Tavares, Caio Augusto Maistrovicz Gomes da Silva e Alana Gabriela Bandeira.. Para eles, que estão no Ensino Médio e já conhecem o Marista há um bom tempo, nada é mais forte no Colégio que o espírito de família. “É isso que faz com que a gente dê mais valor para as amizades. Sabemos que aqui somos valorizados por todos”, conta Caio, apoiado pelos colegas. É bom saber que a história continua e seja qual for a próxima invenção do homem após o Orkut e as redes sociais, é muito bom saber que os amigos sempre estarão se reencontrando e lembrando dos bons tempos em que estudavam juntos para as provas ou dividiam o lanche no recreio.
Mais que amigos
A escola é campo fértil para sementes de amigos, onde se reúnem e convivem gerações: crianças, adolescentes, pais, avós, educadores. A escola é período áureo para encontros belos e profundos para toda a vida.
o médio, em Quando Alessandra Rayes estava no 2° ano do ensin a seria seu 1986, nem imaginava que um de seus colegas de turm antes e logo futuro marido. Ela havia entrado no Colégio um ano acabo fazendo formou seu grupo de amigos. “Sou muito falante e amizade fácil”, explica. escola fizeram Os trabalhos, as brincadeiras e os encontros fora da esposo virasse com que no 3° ano a amizade entre ela e seu atual namoro e 15 de namoro. De lá para cá, são 22 anos juntos: oito de casamento. na vida do Dos amigos do colégio, quatro estão sempre presentes na, viajam juntos casal. Encontram-se praticamente todo fim de sema Alessandra. e um deles foi, inclusive, padrinho de casamento de filhos deles. É uma “Nossas duas filhas acabaram ficando amigas dos e sabemos que relação muito próxima, é como se fossem da família são pessoas em quem podemos confiar”, diz.
Irmão Lauro Darós
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Você Repórter
Esporte
em família
Os Hemmig encontraram no taekwondo uma forma de estarem sempre juntos Marcela Francisca Ideta Cavalcante Hemmig Depois do nascimento dos filhos, minha rotina era da típica mulher do século XXI. Trabalhar, cuidar dos filhos e cuidar do casamento. Tudo em seu tempo, mas não seguia, necessariamente, uma ordem. E o pior: com o atropelo das horas, muitas vezes eu acabava deixando alguma das tarefas em segundo plano. E é quando estamos mais ausentes que os problemas começam a aparecer. Certa vez, orientados pela equipe da escola, eu e meu marido, Ismael, levamos Marcelo (nosso filho mais velho, hoje com 11 anos) para sua primeira aula de taekwondo. De personalidade forte, ele andava um pouco “rebelde” nos estudos, com algumas briguinhas com os colegas de turma e atitudes em casa que também não estavam de acordo com a educação que primamos. Acho que muitos dos meninos, nesta fase, ficam assim. Então concordamos que um esporte que trabalhasse a mente e o corpo poderia ajudar. Na primeira semana pensamos que não daria certo, pois ele não queria fazer o que o instrutor pedia, brincava a todo o momento e não levava a sério o esporte. Mas para a nossa surpresa ele foi muito bem estimulado e nas semanas seguintes ele queria estar no tatame em todos os horários de treino. Mesmo assim, continuei acompanhando. Senti que ele precisava da minha presença para perseverar. Depois de um tempo de treino ele começou a se destacar nas competições. A família toda estava orgulhosa e isso também o estimulava. Foi aí que o “feitiço virou contra o feiticeiro”. De tanto ver os treinos, passei a querer frequentar as aulas. Porém, como não tinha turma para minha idade, movimentei um grupo de mães e conseguimos abrir um horário. Parece fábula, mas hoje nós dois já ganhamos muitas medalhas, temos um espaço em casa onde elas ficam expostas e aumentam a cada campeonato. Ismael, que nos levava para lá e para cá em treinos e competições, passou de torcedor a juiz. Fez cursos na área de arbitragem do taekwondo e hoje faz parte da comissão técnica da Federação Paranaense. Para não contrariar o ditado (Filho de peixe, peixinho é...), nossa caçula Isabella, de 7 anos, passou este ano a praticar o esporte. Hoje treinamos juntos e viajamos juntos. A união da família se fortaleceu por intermédio do esporte. Agora, nossa rotina é estar juntos, unidos e incentivando uns aos outros. Marcela Francisca Ideta Cavalcante Hemmig é artesã e mãe dos alunos Marcelo e Isabella, do Colégio Marista de Cascavel/PR
pais ativos. crianças mais ainda!
Itamar Vicente Ribeiro Virou bordão dizer que as crianças não brincam mais na rua devido à falta de segurança nas cidades e que a diversão está sendo substituída pelos videogames. Afirmações que infelizmente são fatos e se transformaram em problema mundial. Porém, não podemos nos esquecer de que o exercício físico é um ingrediente essencial para a vida, tanto dos pequenos quanto dos mais crescidos. Então, por que não unir o útil ao agradável e começar a mexer o corpo junto com seus filhos? Isso sim é que é dar exemplo. E, quem diria comprovado cientificamente. Uma pesquisa feita na Universidade de San Diego, Califórnia, concluiu que filhos de mães ativas têm duas vezes mais chances de serem ativos do que os de mães sedentárias. Essa probabilida-
de salta para três vezes e meia quando se trata de o pai ser o cheio de energia e para quase seis quando ambos praticam atividades físicas. Mais do que servir de referência, quando os pais também entram na brincadeira estão agarrando a oportunidade de passar mais tempo com os filhos, de conversar, rir e superar dificuldades juntos. O que só faz o relacionamento ganhar em força e cumplicidade. É legal reservar um horário para praticar atividades juntos e dizer: “a partir de agora, todo sábado vamos jogar futebol, praticar ‘taekwondo’, ou todo domingo vamos andar no parque”. Com isso, você acaba criando uma tradição na família. Itamar Vicente Ribeiro é professor de Educação Física, mestrando em Ciências Médicas e Consultor Comportamental
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Qualidade de vida
Lanche sem
estresse
Como fazer as melhores opções na hora da alimentação dos filhos? Antes de começar a ler essa matéria, é preciso lembrar que alimentação saudável, seja em casa ou na escola, não é um assunto apenas para as crianças. “Nada de impor regras só para alguns na casa, afinal de contas, o problema é sério e alimentação saudável e atividades físicas fazem bem a todos. Com frequência, só a mãe
está disposta a encarar o problema”, destaca o Dr. Fabiano Lago, médico endocrinologista e ex-aluno Marista. Ao mesmo tempo em que nossa cultura supervaloriza e até idolatra a magreza e a beleza, promove e estimula os meios para que engordemos cada vez mais. Portanto, é preciso fazer das calorias o inimigo número um da sua
família. Na hora de preparar o lanche para o seu filho ou mesmo de pensar na refeição da família, o ideal é adotar novas atitudes aos poucos, sem stress e sem cobranças excessivas. “Alimentação deve ser sempre um assunto agradável e para isso um diálogo positivo é fundamental”, ensina o médico.
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No ponto A alimentação das crianças e dos adolescentes deve ser reflexo da forma como a família encara a qualidade de vida
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cal da Determine um lo , não casa para comer . Quer em frente a TV que está comer? Pare o é a mesa. fazendo e vai at
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Faça uma limpeza no armário da cozinha, nada de ter em casa toneladas de doces, chocolates ou bolachas recheadas. Reserve chocolates para situações esporádicas, como ir ao cinema, etc.
Nada é proibido, mas tem que ter a hora certa. Procure estimular o consumo de frutas e saladas. Como? Oferecendoas sempre fresquinhas e a vista, respeitando as preferências individuais de cada pessoa.
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Seja sensível, porém firme. Os novos hábitos adquiridos devem ser duradouros. Mantenha certa vigilância. Cuidado com idas muito freqüentes a lanchonetes de fast-food, elas devem ser exceção e não regra.
4Alimente a criança
com frutas ou lanchinhos pouco calóricos a intervalos freqüentes, para “matar a fome” antes de “morrer de fome”. Sem tanto apetite, ela terá mais chance de fazer as escolhas corretas nas refeições maiores.
6 Converse sempre com o profissional que acompanha a família, sobre como a situação está indo, procurando ser criativo na hora da alimentação.
Por que comer frutas? Elas têm grandes fontes de vitaminas, como a vitamina C, beta caroteno, potássio, fibras, além de serem altamente nutritivas e de fácil digestão. Contém também bioflavonóides, que protegem contra o câncer e outras doenças e nos fornece energia rápida, pois a fonte de açúcar é natural. Também são muito saborosas. Podem ser servidas sozinhas ou com outros pratos, adicionando sabor e visual. São muito consumidas no verão, pois são leves e refrescantes.
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Rede BRASÍLIA
Colégio Marista de Brasília - Educação Infantil e Ensino Fundamental SGAS 609 CONJ A Bairro Asa Sul - Brasília - DF 70200-690 Fone: (61) 3442-9400
Destaque: Mayara Letícia Quadri, Gabriel Almeida Tavares, Caio Augusto Maistrovicz Gomes da Silva e Alana Gabriela Bandeira Foto: João Borges
A Revista Em Família é uma publicação da Rede Marista de Colégios, com distribuição dirigida a pais, funcionários e colaboradores.
Presidente da Mantenedora Ir. Dario Bortolini Vice Presidente da Mantenedora Ir. Davide Pedri Superintendente ABEC / UCE Aleksandro Mroczek Comunicação e Marketing Patrícia Cobra Costa Silvia S. Tateiva Pollyana Nabarro Kelen Y. Azuma Alexandre L. Cardoso Patricia L. Egashira Katsuk Suemitsu Rede de Colégios Ir. Paulinho Vogel Valdemar Donizeti Bassetto Isabel Cristina Michelan Azevedo
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JOAÇABA
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MARINGÁ
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PONTA GROSSA
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RIBEIRÃO PRETO
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SÃO PAULO
Colégio Marista Arquidiocesano Rua Domingos de Moraes, 2565 Vila Mariana São Paulo - SP - 04035-000 Fone: (11) 5081-8444
Colégio Marista de Londrina Rua Maringá, 78 Jardim dos Bancários - Londrina - PR 86060-000 Fone: (43) 3374-3600
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Diretor: Acádio João Heck Dir. Educacional: Marize Rufino Gerente Administrativo: Aguinaldo Guerreiro Comunicação e Marketing: Tatiana Stoicov
Colégio Marista Nossa Senhora da Glória Rua Justo Azambuja, 267 Cambuci São Paulo - SP - 01518-000 Fone: (11) 3207-5866
LONDRINA
Diretor: Ir. Benê Oliveira Gerente Administrativo: Amélia Orui Comunicação e Marketing: Mara Cavalcante
Foto: Luis Prado
É mais do que transformar a teoria em prática. É transformar a teoria em vida. FTD Sistema de Ensino. Educação é como uma árvore: para ser forte precisa das melhores sementes. Quando a sua escola elege o FTD – Sistema de Ensino para a formação de seus alunos, está oferecendo a eles uma base sólida de conhecimentos.
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