Colégio Marista Pio XII - Em Familia 04

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Aulas para a vida. Valores para sempre.


Primeira Impressão

A oração do

amigo

Recentemente encontrei em uma oração a seguinte prece: “Senhor, faça com que eu partilhe a vida com meus amigos. Que eu seja tudo para cada um deles. Que a todos dê minha amizade, minha compreensão, meu carinho, minha simpatia, minha alegria, minha solidariedade, minha atenção, minha lealdade. Que eu os aceite e os ame como são. Que eu seja um refúgio poderoso e um amigo fiel. Faça com que permaneçamos unidos, pela nossa eternidade. Que essa amizade floresça sempre como um belo jardim, para que nós possamos nos lembrar com gratidão. Que sejamos todos cúmplices de bons e maus momentos. Que eu possa estar presente sempre que precisarem, mesmo que seja só para dizer: “Oi, tudo bem com você?” Senhor! Eu peço que continue a nos guiar, amparar e proteger.” Esta edição de nossa revista Em Família é dedicada a um dos sentimentos que mais marcam a vida das pessoas. Um sentimento que as tornam cúmplices, que as apoiam em seus mais variados desafios e que faz delas seres humanos na sua essência: a amizade. A este, podemos relacionar ainda outros valores: fraternidade, justiça, solidariedade, empatia, etc. Percebe-se hoje em nossa sociedade, onde a mudança é uma constante, a retomada destes princípios que acompanham a humanidade de longa data e que, por vezes, são colocados em segundo plano. Grandes empresas passam a constituir departamentos voltados a questões éticas deixando claro para toda a organização que tais valores são essenciais até mesmo entre instituições que visam somente ao lucro. Deixam clara a importância que o ser humano tem para suas instituições. Valorizar o ser humano em todas as suas dimensões é o que se busca hoje. Este foi o desejo do Padre Champagnat quando

iniciou seu projeto de construir uma instituição voltada à educação de crianças particularmente necessitadas. Iniciou assim a Instituição Marista. Para ele, ser marista é comprometer-se com virtudes e valores que transcendem a lógica utilitarista, ou seja, ultrapassam a concepção de que o ato de fazer as coisas é guiado pelas vantagens obtidas. Os valores maristas lembram que educar é estar presente, é amar tudo o que se faz, é realizar as ações com um espírito que nos lembra a nossa própria família, de forma simples e transparente. A oração que a criança faz a Deus traz à nossa reflexão valores fundamentais e que, como Colégio Marista, se busca transmitir a todos os seus alunos. Isso é diferencial: valorizar as pessoas que tornam possíveis seus objetivos. O professor que prepara bem suas atividades, o colega que anseia por acompanhá-lo na saída da sala de aula, o zelador que não mede esforços para deixar o ambiente adequado para a aprendizagem, o diretor que faz de tudo para estar presente nas atividades educacionais de sua escola, o pai e a mãe que não medem esforços para exigir de seus filhos e de toda a sociedade condições que possibilitem o melhor para seu aprendizado. Estas são as atitudes de educadores e educandos que dão e recebem uma educação de qualidade. Ser amigo é isso, buscar, em tudo o que se faz, o bem daquele que está ao nosso lado. Algo que não se consegue compreender, apenas admirar, pois surge do coração humano que está verdadeiramente conectado a um Alguém maior que só quer o nosso bem.

No alto, detalhe da ilustração da artista Nina Pandolfo/Muro do Colégio Marista Nossa Senhora da Glória

Ir. Paulinho Vogel Diretor Executivo da Rede Marista de Colégios


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Giro

Amigos de fé e de

ação

PJM é momento de se voltar para a espiritualidade e para o protagonismo juvenil Nos últimos anos, um movimento tem unido os jovens do Instituto Marista em torno da espiritualidade cristã e do desejo de viver a fé do “jeito de Maria”. É a Pastoral Juvenil Marista (PJM), que acolhe alunos a partir dos 9 anos em um processo de formação que prevê atuação fundamental no protagonismo juvenil e intervenção na sociedade. Com seus encontros animados e seus debates mais que atuais a PJM é uma proposta educativo-evangelizadora que busca, em parceria com os próprios jovens, dar respostas autênticas e consistentes aos anseios e necessidades fundamentais da evangelização das juventudes. As etapas de formação A PJM está organizada de forma que dialogue com os processos pelos quais os próprios adolescentes e jovens passam de acordo com as faixas etárias em que estão. Os cinco momentos (conheça cada um deles no quadro ao lado) são um espaço de tempo considerado ideal para o desenvolvimento do processo de formação integral proposta especificamente para cada faixa etária. “É um tempo propício para a descoberta da identidade pessoal e de grupo e para a vivência de experiência da fé, da personalidade, da afetividade, da solidariedade, destaca o documento Caminho da Educação e Amadurecimento na Fé – Mística da Pastoral Juvenil marista. Ainda que seja necessário dividir, didaticamente, estes momentos, vale destacar que eles são dinâmicos e em todos há uma interrelação. Experiências Formativas O convite para participar da PJM é feito a todos os jovens. Durante o tempo de

participação nos grupos, os adolescentes e jovens engajados têm a oportunidade de participar de algumas experiências de formação. Na Província Marista do Brasil Centro-Sul, são organizados em âmbito regional ou microrregional eventos como Desafio juvenil Marista (DJM), que visa ao despertar para o protagonismo juvenil, à vivência dos valores de Amizade e Partilha e ao aprofundamento e ao conhecimento de si e do outro através dos desafios propostos. O Curso de Lideranças Maristas (CLIMA) é uma das atividades realizadas com os jovens para que possam aprofundar e assumir o ministério da liderança nos diferentes espaços dos quais participam. Há também a Missão Solidária Marista (MSM), uma semana dedicada à realização de atividades educativas e gestos concretos de caráter educativo e espiritual, objetivando desenvolver em todos os participantes senso de solidariedade, por meio da imersão em uma determinada comunidade. E para proporcionar momentos de reflexão e vivência, pessoal e comunitária, para o aprofundamento sobre as relações, potencialidades e limites, a PJM promove o Retiro de Projeto de Vida (RPV). Congresso Para celebrar os os cinco anos de caminhada nacional, a União Marista do Brasil realiza no Colégio Marista Santa Maria, em janeiro do próximo ano, o 1º Congresso Nacional da PJM. O evento possibilitará aos jovens participantes a convivência intercultural, a partilha das experiências formativas, a discussão de temas juvenis e a proposição de ações de protagonismo juvenil.

As fases na PJM Pastoral tem cinco momentos especiais, divididos por faixa etária

1º Momento: Descoberta do caminho comunitário 9 a12 anos (aproximadamente)

2º Momento: Descoberta do grupo 13 a 14 anos (aproximadamente)

3º Momento: Descoberta da Comunidade Ensino Médio

4º Momento: Descoberta da questão social acima de 18 anos

5º Momento: despertar da vocação e o amadurecimento do projeto de vida. (Acima de 18 anos, ex-alunos)


Uma nova juventude As Diretrizes Nacionais da Pastoral Juvenil Marista diz: “Ao contemplar os horizontes da Pastoral Juvenil Marista sonhamos com uma juventude solidária, protagonista, com valores evangélicos, comprometida com a cidadania e com o conhecimento científico, inserida na realidade, portadora de esperança e transformadora da sociedade”. (DNPJM, 368 – pag. 137)


6 Destaques das edições locais da revista Em Família nos 15 colégios da Província Marista do Brasil Centro-Sul

• ARQUI

Colégio Marista Arquidiocesano (SP) realizou em setembro a 24ª edição da OLIARQUI, o maior evento esportivo realizado entre colégios de São Paulo. Alunos de mais de 49 colégios estiveram presentes.

• MARISTINHA Por toda admiração que sentiam pelo fundador do Instituto Marista, a família Boaventura colocou em um de seus filhos o nome de Marcelino Champagnat. Para conhecer a história desta família, conversamos com o próprio Marcelino Champagnat, que hoje é pai marista.

• MARISTÃO Com o Projeto de Estudos

• MARINGÁ Alunos do Marista de Maringá participam da discussão de políticas públicas para as crianças e os adolescentes de Maringá e Região.

• PARANAENSE Leandro e Juliana viram suas tarefas diárias quadriplicarem do dia para a noite quando descobriram que quadrigêmeos estariam por vir. Hoje Luísa, Otávio, Ricardo e Leonardo estudam no Infantil 3 do Marista Paranaense (Curitiba-PR).

• PIO XII Para os alunos do Infantil do Marista PIO XII (Ponta Grossa-PR), cozinha experimental é coisa séria.

Cooperativos e Solidários (ECS), alunos do Maristão (Brasília-DF) compartilham o saber em grupos de estudos mais que especiais. Em resumo: alunos com melhores notas apoiam os quem tem mais dificuldades.

• CASCAVEL Está comprovado: definir metas e estratégias aumentam o rendimento escolar. Por isso, o Marista de Cascavel (PR) propôs o “Plano Estratégico do Aluno”, com o objetivo de desenvolver a autonomia e otimizar os estudos. • CRICIUMA No Marista de Criciúma, projeto trabalha superação do racismo com as crianças do Infantil.

• FREI ROGÉRIO Marista Frei Rogério (Joaçaba-SC) aposta na educação ambiental como a principal forma de salvar o planeta.

• GLORIA Bons resultados escolares legitimam programa de bolsa de estudos entre o Colégio Marista Glória e escolas públicas.

• LONDRINA Alunos do Marista de Londrina arrecadaram mais de 45 toneladas de alimentos e roupas com a 27ª Gincana Champagnat.

• RIBEIRÃO Equipe da Biblioteca Marista de Ribeirão Preto orienta sobre a importância do hábito da leitura.

• SANTA MARIA Ampliado do Marista Santa Maria (Curitiba-PR) é espaço para proposta pedagógica de vanguarda.

• SÃO FRANCISCO Ex-alunos e professores falam sobre os 50 anos de educação e desenvolvimento do Colégio Marista São Francisco (Chapecó-SC).

• SÃO LUIS Colégio Marista São Luis (Jaraguá do Sul) incentiva pesquisa desde a Educação Infantil.



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Sala de Visitas


Os gêmeOs A arte urbana dos irmãos que cresceram no bairro Cambuci conquista espaço e admiradores Mara Cavalcante Quem anda pelo Cambuci, em São Paulo, já deve estar acostumado com os grafites pelos os muros e vielas. O que muitos não sabem, é que o bairro já acolheu grandes pintores como Alfredo Volpi. Outra importante revelação artística do bairro são os irmãos Gustavo e Otávio Pandolfo, internacionalmente conhecidos como Os Gêmeos. Os trabalhos da dupla mais famosa do grafite nacional estão presentes em diferentes cidades dos Estados Unidos, Inglaterra, Alemanha, Grécia, Cuba, entre outros países. Os temas vão de retratos de família à crítica social e política e são presença constante em galerias estrangeiras como na fachada da famosa Tate Modern, em Londres, e no Castelo de Kelburn, na Escócia. Em 2007, O Colégio Marista Glória teve o muro da Rua Lavapés grafitado por eles. Foi um presente para o Colégio e para o bairro. O muro recebeu, ainda, as assinaturas de Nina Pandolfo, que recorre a temas infantis e femininos e de Nunca, outro artista que também está na Tate Modern. Os Gêmeos, que são tios da aluna marista Mariana Alves, conversaram com a Revista Em Família e falaram um pouco sobre arte e reconhecimento.

MSN... coisas do tipo, ainda mais com a cidade cada vez mais violenta”. Inspiração “Buscamos inspiração nos sonhos, na vida, nas pessoas e acontecimentos, momentos, nos problemas sociais, nas dificuldades, no cotidiano, no amor, na amizade, na família, em Deus e suas criações, na natureza, na música, na mente brilhante das pessoas que acreditam e fazem da arte seu instrumento musical colocando um pouquinho de vida e sonho nos olhos daqueles que ainda estão ‘cegos’ ou que não querem ver”.

Arte de rua nas galerias “Iniciamos nas ruas, pintando em lugares abandonados deteriorados, sem vida, sujos, vias e avenidas onde as pessoas passam sem se perceber, sem pretensão de expor nosso trabalho em uma galeria. Tudo foi acontecendo naturalmente na nossa vida com a simples preparação de Deus (sempre acreditamos em Deus e em nosso trabalho). Só queríamos pintar e mais nada; não tínhamos noção da grandeza, da força que a rua tem, que isso um dia fosse nos levar a conhecer o mundo todo através de nossa arte, que fôssemos expor e vender um trabalho no melhor museu do mundo. Hoje somos realizados e felizes de poder viver da nossa arte, coisa que não era nada fácil naquela época , de ter uma família maO início “Em 1986, no Bairro do Cambuci, a cultura ravilhosa que sempre nos deu força e acreditando Hip Hop era muito forte. Éramos pequenos e ví- em nosso trabalho.” amos os caras mais velhos dançando “break” na frente da nossa casa e fazendo grafite. Já desenhá- Quem se identifica com o grafite... “Pessoas que sentem vontade de transformar, vamos e foi fácil apaixonar por este movimento. A cultura Hip Hop era um movimento em alta nos de dizer algo que jamais foi dito, de questionar, anos 80 e muitos se tornaram adeptos, forman- reivindicar. Há aquele também que, quando está do assim o “Fantastic break” do bairro. Na época, dirigindo, ao invés de olhar para o trânsito olha vivíamos brincando na rua, inventando, improvi- para as paredes”. sando com pouco e isso fez com que despertásMara Cavalcante é Assistente de Marketing semos também o lado criativo. Hoje já não se vê do Colégio Marista Nossa Senhora da Glória isso; os jovens estão nos computadores, Ipods,


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Intervalo

Um novo olhar

Mudanças no ENEM apontam para um novo tempo na educação. Mas é apenas o começo.

O Novo ENEM é mais uma etapa no sentido de deixar para trás o vestibular tradicional. De acordo com o Ministro da Educação, Fernando Hadad, “o novo exame será uma prova que combina as virtudes do Enem com as virtudes do vestibular criando um novo conceito”. Para Isabel C. Michelan Azevedo, da Diretoria Executiva da Rede de Colégios Maristas, a mudança na avaliação é um bom começo, mas para que tenhamos alunos e profissionais melhores “é preciso mudar a concepção de ensinoaprendizagem que sustenta as práticas pedagógicas tanto das escolas quanto das faculdades e universidades”. Quais são as características da Educação Marista que permitem dizer que os colégios da Rede estavam no caminho certo? Marcelino Champagnat, fundador do Instituto Marista, há quase 200 anos, considerava que a educação cumpre o papel de transformar as pessoas, de possibilitar experiências pessoais que serão importantes por toda a vida, por isso afirmava ter o objetivo de “formar bons cristãos e virtuosos cidadãos”. Durante todo esse tempo, Irmãos e Leigos vêm se esforçando por concretizar esse ideal, por meio de ações educativas de qualidade, marcadas pela responsabilidade de garantir a formação integral de crianças e jovens e voltadas para o desenvolvimento de cada um como agente de transformação social (MEM – Missão Educativa Marista, documento oficial do Instituto, 2000, p. 39). A proposta de um Enem menos preocupado com a memorização de conteúdos e mais direcionado à mobilização de conhecimentos para resolver situações-problema e/ou para entender a diversidade existente nas relações hu-

manas e sociais, visando ao desenvolvimento de competências, é algo que combina perfeitamente com os objetivos educacionais maristas. Como tem sido a atuação da Rede de Colégios com relação às mudanças? O esforço, desde a criação do ENEM, tem sido o de garantir bons resultados dos alunos como consequência de um trabalho pedagógico de excelência, por isso os alunos não são selecionados para participar do exame, pelo contrário todos são incentivados a realizarem a prova objetiva e a redação, e os alunos não são “treinados” para o teste, como sabemos que acontece em vários outros colégios. O novo modelo contribui para tornar a passagem da educação básica para a educação superior menos traumática e estressante para o aluno? Se durante todo EM o trabalho for realizado no sentido de desenvolver competências e habilidades e os cursos de graduação tiverem como preocupação, desde os módulos básicos, a formação dos alunos para enfrentarem os desafios da sociedade contemporânea, poderemos afirmar que o processo seletivo constituído pelo novo Enem diminuiria a transição da educação básica para a educação superior. Com isso quero dizer que não basta mudar um único exame, é preciso mudar a concepção de ensino-aprendizagem que sustenta as práticas pedagógicas tanto das escolas quanto das faculdades e universidades, para que possamos entender os níveis de ensino dentro de uma progressão que favoreça o desenvolvimento das pessoas.

A proposta de um Enem menos preocupado com a memorização de conteúdos e mais direcionado ao desenvolvimento de competências é algo que combina perfeitamente com os objetivos educacionais maristas.


PIO XII

Sentido maior Espaço de descobertas Lousa Digital

Com a mão na massa

O poder do exemplo Por um mundo novo

Galeria Ginástica artística Instrumento educacional

Top 5 Orientação vocacional e o novo ENEM

Vivendo por música


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Diário

Sentido

maior Irmão Vanderlei Siqueira dos Santos - Diretor Geral

Na edição anterior da revista em Família, lembramos da importância da informação para a criação e fortalecimento de uma imagem, seja pessoal ou institucional. Nessa perspectiva, comentamos sobre as múltiplas expectativas para o ano de 2009, com destaque à contínua busca de qualidade no ensino e da boa disciplina como meio para adquiri-la. Nessa edição queremos trazer presente outro aspecto, por vezes esquecido por muitos de nós, mas de fundamental importância para a vida na escola. Vivemos em um mundo de profundas transformações, as quais nem sempre significam progresso no processo de humanização. Pelo contrário, muitas dessas transformações têm conduzido a humanidade a caminhos tortuosos, alterando significativamente o modo de vida das pessoas. Nesse cenário marcado pela fragmentação dos relacionamentos, pelo enfraquecimento das utopias e pela crise do humanismo, a experiência de fé se apresenta como possibilidade para o encontro de sentido de vida. A vida humana, diante dos nossos paradigmas culturais, parece ter mudado profundamente seu significado. O Irmão Clemente Ivo Juliato, Reitor da PUCPR, recorda que a ausência de um sentido maior para a vida pode tornar a pessoa vítima de si mesma, encerrando sua existência no aqui e agora, sem referência a uma dimensão que ultrapassa a própria experiência pessoal. Para além do ter, do prazer, do poder e do fazer, as pessoas precisam descobrir a necessidade de ser e de se abrir à Transcendência. Essa idéia é desenvolvida por Anselm Grun, no livro “A saúde como tarefa espiritual”. O autor entende a saúde como pré requisito para a vida intelectual e espiritual, conforme concepção grega e romana: “A saúde se desenvolve quando o corpo corresponde ao modo de vida; já as doenças quando ele age contra sua natureza”. Assim, a espiritualidade tem a função de corroborar para a saúde humana enquanto resultado de alguns princípios: da estética, da boa alimentação, do bom repouso e da integração das paixões e sentimentos. Esse ensinamento benevolente, de acordo com Champagnat, pode ser vivenciado por meio das “pequenas virtudes”, um jeito prático de amar e fazer o bem: compreensão, discrição, compaixão, paciência, polidez, solicitude, afabilidade, flexibilidade, poder-serviço, solidariedade, caráter e alegria. Dizia Champagnat: “Amem as pequenas virtudes, pratiquem-nas fielmente”. O Marista, enquanto escola confessional, cumpre a missão de revelar a imagem cristã da pessoa humana e do mundo. Não são apenas os projetos específicos de pastoral ou Ensino Religioso que vão concretizar tal tarefa, mas a instituição inteira. Esse ideal está na nossa origem quando o Pe. Champagnat, inspirado pelo Espírito Santo, fundou uma congregação de Irmãos, cuja missão seria educar amorosamente crianças e jovens. Nesse sentido, queremos convidar a cada educador e pais Maristas a se empenharem, cada um em seu âmbito específico, para transformar em vida as palavras e ideias aqui sinteticamente apresentadas.

Para além do ter, do prazer, do poder e do fazer, as pessoas precisam descobrir a necessidade de ser e de se abrir à Transcendência.



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Educação

Espaço de

descobertas Biblioteca do Marista incentiva pesquisa, leitura e análise crítica Érica Conceição Cícero e Cliciane Élen A Biblioteca sempre foi procurada apenas como um lugar de reflexão e leitura. Hoje percebemos que este espaço pode levar seus frequentadores a descobrir e instigar o seu interesse pela leitura, sendo assim o seu objetivo principal. A biblioteca agora é cada vez mais um espaço de concentração de inúmeros públicos no ambiente escolar. Lá, podemos encontrar alunos, professores, funcionários e pais, estreitando mais as relações família-colégio, pai-filho e aluno-professor.

Para fazer jus ao seu papel, a biblioteca do Marista Pio XII faz um trabalho de orientação nas pesquisas realizadas pelos alunos, auxiliando quanto à normalização bibliográfica e também na coleta das informações. Todo esse acesso à informação e à formação é de suma importância para o desenvolvimento, social, político e humano do aluno, futuro propagador de conhecimento. Contando com um acervo atualizado de livros e também de revistas e jornais, os alunos podem encontrar todas as in-

Prazer em ler Confira os Livros mais emprestados na Biblioteca Central:

1 O Crepúsculo 2 Lua Nova 3 A Cabana 4 Harry Potter e as relíquias da morte 5 Anjos e Demônios 6 Garotas da Rua Beacon

formações necessárias para a realização de suas atividades, além de notícias atualizadas, salas de estudos para trabalhos em grupos e acesso à Internet, por meio dos computadores disponíveis na biblioteca ou através de rede wireless. O desenvolvimento de nossos projetos visa primeiramente o incentivo à leitura e à pesquisa, além do exercício e análise crítica das inúmeras informações encontradas em nosso cotidiano, explorando os recursos disponíveis e a criatividade dos educandos para complementar a aprendizagem dos alunos em sala de aula.


Sala

multimídia

Lousa digital e outras mídias Camila Tullio O termo tecnologia já faz parte de muitos diálogos, planejamentos, projetos e ações desenvolvidas em vários setores da vida do homem. A evolução da tecnologia acontece pela velocidade e atualização das informações. Dia após dia, profissionais se dedicam a criar novos dispositivos digitais na tentativa de facilitar a vida do Ser Humano, contribuindo nos mais variados campos de atuação. Essa evolução ocorre devido ao desenvolvimento das TICs, seja na indústria, empresas em geral e principalmente na instituição escolar. Tecnologias como o computador, internet, TV, DVD e outras já fazem parte do cotidiano escolar, o que implica na inovação das práticas pedagógicas, onde todos façam bom uso desses meios no processo ensino-aprendizagem. A escola deve acompanhar a rapidez do acesso às informações e a conseqüente produção do conhecimento, buscando saber sobre as mídias utilizadas pelos alunos, tentando orientá-los quanto à utilização e importância desses meios. É imprescindível que o

corpo docente esteja preparado para receber as inovações e desenvolver atividades diferenciadas na sala de aula. Entre tantas tecnologias disponíveis no mercado, destaca-se uma que vai além do projetor de slides: a lousa digital. Essa ferramenta pedagógica visa potencializar aulas mais dinâmicas e atraentes, resultando uma aprendizagem participativa e significativa, sob um olhar tecnológico. Com uma tela sensível ao toque, uma caneta específica e um computador os professores podem criar inúmeras possibilidades de aprendizagem, atraindo os alunos para um novo jeito de aprender. A lousa busca a inserção da linguagem audiovisual na sala de aula, permitindo aos educandos o trabalho com imagens e sons (música, vídeos, apresentação do Power point, buscas na internet) entre outras criações próprias de cada um. Ser produtor da informação mostra que o aluno não é um mero receptor, e sim que ele pode criar, produzir e socializar suas idéias através da tecnologia disponível na escola. Segundo a Aniela, professora de inglês do colégio, o que faz a diferença no uso da lousa é proporcionar

Quando eu utilizo a lousa nas minhas aulas, vejo que existe um certo encantamento por parte dos alunos. Na 8ª série, por exemplo, eu sou conhecida como a professora mágica.

a interação dos alunos com a nova tecnologia, fazê-los parte do processo, e ainda completa dizendo: “Quando eu utilizo a lousa nas minhas aulas, vejo que existe um certo encantamento por parte dos alunos. Na 8ª série, por exemplo, eu sou conhecida como a professora mágica”. Nesse sentido, o Colégio Marista Pio XII pensando sempre numa educação atualizada e de qualidade, em 2009 adquiriu a lousa digital Promethean. Aos poucos, professores e alunos exploram essa novidade, confirmando que a tecnologia aliada à educação faz a diferença na construção do conhecimento e na produção das informações. Camila Tullio é da Tecnologia Educacional


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Educação

Educação

na cozinha Uma missão para grandes chefs


Maria Cristina Starcke Tudo se inicia com um grande projeto. As crianças passam pelas etapas de investigação até concretizarem suas hipóteses. No projeto há uma ligação de conteúdos em rede, interdisciplinando o tema escolhido pelas crianças com diversas áreas de conhecimentos e diferentes espaços de aprendizagem. Portanto, a cozinha experimental também é um espaço utilizado pelo professor como mais um recurso de aprendizagem. Na cozinha experimental, a professora supervisiona tudo, repassando instruções sobre o uso do avental e touca,

vestuário obrigatório para que se tenha bons hábitos de higiene, não esquecendo também da higiene dos alimentos, dos utensílios e equipamentos com noções de segurança e prevenção de acidentes. Trabalham-se noções de etiqueta, uso efetivo de utensílios nas refeições, inúmeros conceitos como medidas, quantidade, nomes de objetos, nomes de alimentos, ingredientes, comidas típicas de muitos países, bem como a construção de hábitos saudáveis de alimentação. As crianças também aprendem no Laboratório de Investigação e Pesquisa, por meio dos microscópios, que desde cedo precisamos nos preocupar com a

organização e a limpeza na cozinha experimental, pois bactérias não têm vez na Educação Infantil. Especialistas como nutricionistas e dentistas, além de fazerem parte das entrevistas em assembléias, também repassam seus conhecimentos para as crianças na cozinha experimental. E os pais também são convidados a participarem, deixando as crianças orgulhosas ao demonstrarem que são “mestre-cucas” fazendo a receita escolhida pelos filhos. Maria Cristina Starcke é coordenadora da Educação Infantil

Vejam alguns exemplos de receitas trabalhadas nos projetos de 2009: Nome do projeto

Série

Conteúdo

Receita

Coelhinho Sapeca

Infantil 2

Alimentação do coelho

Suco de laranja com cenoura

Qual é a Cor do Mundo?

Infantil 3 A

Cor dos alimentos

Gelatina Colorida

Sítio do Seu Lobato

Infantil 3 B

Curiosidades da galinha (ovo)

Bolo de Chocolate

Bons Hábitos

Infantil 4 A

Alimentação saudável

Sanduíche Linguarudo

Eu e Meu Mundo

Infantil 4 B

Meu corpo

Vitamina

Florestas

Infantil 5 A

Sementes

Pipoca Colorida

Nosso Projeto é o Bicho

Infantil 5 B

Abelha

Pão de Mel

H2O

Infantil 5 C

Água potável e estados físicos da água

Picolé

Quanto Tempo o Tempo têm?

1º Ano A

Receitas antigas e tempo de preparo

Bolo da Vovó

Pegando Carona

1º Ano B

Transporte de produtos alimentícios

Macarrão

Acqua Mundo

1º Ano C

Peixes

Torta de Atum


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Inspiração

O poder do

exemplo

Certa vez me desloquei dentro do estado para uma reunião e já próximo do destino um policial rodoviário mandou que parasse no posto. “Bom dia”, disse ele de uma maneira meio ríspida. “O Sr. ultrapassou a velocidade permitida no trecho em 10 km por hora. Documentos.” Analisou os papéis, foi até o posto e no retorno disparou: “o que o Sr. faz?” Sou jornalista, respondi. Um sorriso se abriu. “Ah, jornalista? Que bela profissão.” E ele continuou com um interesse inusitado. Perguntou onde eu trabalhava, o que fazia... e ao final da conversa: “Pode ir, então!” Como assim, pode ir? Retruquei no ato. “É isso. Pode ir.” Mas eu cometi uma infração de trânsito? Mereço uma multa. “Não, você ultrapassou pouco a velocidade permitida e está indo pra uma reunião...deve estar atrasado, com pressa. Eu sei como são essas coisas. Esqueça da multa.” Insisti e quando percebi que ele não havia entendido falei assim com toda a educação que minha mãe me deu: “Se eu descobrir que o Sr. pede um ‘cafezinho’ que seja para liberar motorista infrator e eu tiver uma gravação disso, eu faço uma reportagem porque na minha profissão fiscalizamos coisas erradas e a minha consciência me diz que isso é errado. O Sr. como fiscal da estrada sabe que cometi um erro.” Ele baixou a cabeça meio constrangido e disse: “É, não vai ter jeito” E começou a rabiscar no bloquinho. Acredite, saí feliz com a multa nas mãos e mais ainda porque tenho uma boa história pra contar aos meus filhos. De como não piorar um erro. Recebi há pouco tempo um e-mail desses que são mandados pra uma lista imensa de pessoas. Ele continha uma frase intrigante: “Todos falam que devemos deixar um mundo melhor para os nossos filhos, mas quando é que

vamos deixar filhos melhores pra esse mundo?” Desde então penso nisso todos os dias. Para mim, o exemplo é o caminho que surge pra atingir esta missão. Pai que é pai não deve ultrapassar o limite de velocidade, muito menos andar na contramão. Jeferson K. De Souza atua como jornalista, cronista e é pai dos alunos João Pedro Busnardo de Souza e Vinícius Busnardo de Souza.

Todos falam que devemos deixar um mundo melhor para os nossos filhos, mas quando é que vamos deixar filhos melhores pra esse mundo?



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Aprendiz

Por um

mundo novo

Açþes da Pastoral visam a uma sociedade mais justa e igual


Regis Clemente da Costa A Cultura da Solidariedade é um dos Programas do Plano de Pastoral desenvolvidos em todas as áreas da Missão Marista: Colégios, Centros Sociais, Universidades, Hospitais e Editoras. Para viabilizar a efetivação do Programa em cada Unidade, as equipes de Pastoral Maristas elaboram os projetos e juntamente com Irmãos, leigos e leigas realizam ações contínuas, priorizando a emancipação das pessoas atendidas, especialmente as crianças, adolescentes e jovens. Muitas dessas ações são realizadas em parceria com Entidades Sociais, e, além de promover a vivência da solidariedade, também visam a superar ações meramente assistencialistas, fortalecendo a consciência e responsabilidade pelas questões sociais junto aos alunos, familiares, professores e colaboradores. Em Ponta Grossa, o Núcleo Pastoral do Colégio Marista Pio XII mantém parcerias com algumas entidades sociais. Dentre elas podemos destacar a parceria com a Casa da Criança e do Adolescente Irmãos Cavanis em três Projetos: Projeto Solidariedade Juvenil Marista Desenvolvido pelos integrantes da

PJM, juntamente com os monitores e responsáveis pela Pastoral do Colégio com atividades recreativas, dinâmicas, músicas e brincadeiras com as crianças e adolescentes da entidade. Os encontros são quinzenais e valorizam a convivência e a integração entre os envolvidos no Projeto. Projeto Do-Ação Tem por objetivo conscientizar a Comunidade Educativa sobre a importância das doações nas campanhas solidárias e encaminhar de maneira participativa o material arrecadado à entidade. Ao longo do ano são realizadas Campanhas Solidárias de Páscoa, do Agasalho, do Brinquedo e do Alimento. No Projeto Do-Ação o gesto de “doar” está diretamente ligado à “Ação Solidária”, às reflexões sobre o contexto e às possibilidades de superação da vulnerabilidade. Projeto Trabalhando Valores Os alunos da 5ª série do EF II ao 3º ano do Ensino Médio participam do Dia de Formação e Convivência, mas conhecido como “DDC”. Neste dia trabalhamos temas relacionados à Campanha da Fraternidade de cada ano com os nossos alunos e realizamos um encontro para vivência, interação junto às crianças e adolescentes da entida-

de. Em 2009 o tema da Campanha da Fraternidade foi “Fraternidade e Segurança Pública” e o Lema: “A paz é fruto da justiça” e as atividades realizadas na entidade foram pintura facial, dinâmicas de grupo, brincadeiras de roda e jogos recreativos. Como forma de estreitar ainda mais a parceria do Colégio Marista Pio XII com os “Irmãos Cavanis”, a cada semestre as crianças e adolescentes participam de atividades no Colégio. No primeiro semestre e no segundo semestre, assistem a filmes, participam de brincadeiras e jogos e assistem a uma linda apresentação do Ballet Marista PIO XII. Quando falamos das ações solidárias, quanto mais pessoas e entidades unirem suas forças, mais fecundo será o trabalho desenvolvido. O que sempre nos inspira em todo esse processo é sermos cada vez mais eficientes e eficazes no que fazemos para proporcionar às pessoas condições mais dignas de vida, que tenham acesso às políticas públicas e aos seus direitos como cidadãos. As parcerias solidárias nos possibilitam termos mais esperança em vermos em nossa sociedade mais justiça, amor e igualdade e que sejam também sementes de um mundo novo! Regis Clemente da Costa é Assessor de Pastoral


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Galeria

A Camisinha na sala de Aula Tudo começou com um vídeo introdutório do conteúdo de química no 1ºEM, sobre a química e os preservativos. Os alunos acharam que seria interessante saber mais sobre o assunto, então surgiu o projeto, que ainda está em andamento. Os alunos estão pesquisando com as indústrias químicas de óleos lubrificantes e de transformação do látex para análise dos processos físicos e químicos envolvidos na produção dos preservativos. Conforme o planejamento dos alunos ainda teremos entrevistas, palestras, pesquisas, questionários, confecção de folders, propagandas filmadas, e outros. Juliane Swiech é professora

Projeto “Os pescadores” O projeto “Os pescadores” surgiu do interesse das crianças do 2º ano dos 9, quando a turma ganhou de presente um peixe da espécie Beta. Muitos questionamentos surgiram nesse momento, proporcionando assim, o desenvolvimento do mesmo. Os objetivos propostos foram a conscientização do papel do homem na preservação dos rios, lagos e mares e, consequentemente, na vida dos seres vivos que ali habitam, e também o incentivo do consumo de pescados como parte de uma alimentação saudável. Enquanto o projeto está se desenvolvendo, os alunos observam a vida de alguns peixes ornamentais e os cuidados que devemos ter com eles , por meio da observação diária do aquário da turma. Ana Cristina D. Stürmer é professora.


Aprendendo com o sítio Anna Louise Carbonar Cavali

O Projeto “Sítio do Seu Lobato” do infantil 3 B, iniciou a partir das hipóteses que as crianças tinham quando cantavam a música: Seu Lobato tinha um sítio, ia, iaô... Resolvemos buscar as respostas para todas essas indagações e o resultado foi surpreendente. Iniciamos contextualizando as características de um sítio e depois partimos para a figura do Seu Lobato, que é o dono do sítio. Posteriormente pesquisamos sobre alguns animais como a galinha, vaca, o coelho, cavalo e o porco. Durante as investigações, foram realizadas inúmeras atividades com o propósito de proporcionar às crianças descobertas significativas, relevantes a faixa etária de dois a três anos.

Você sabe o que é aprendizagem significativa e mapas conceituais?

A visita do bezerro no campo do colégio estimulou nossas investigações! Muitos nunca tinham visto um bezerrinho de perto. Ter a possibilidade de tocá-lo e cheirá-lo permitiu vivenciar significativamente tudo que estava sendo pesquisado. Realizamos a experiência de meio no “Sítio da Tatiana”, nossa amiguinha da sala, exploramos sensações variadas em relação a odores, sabores, texturas, sons, cores, formas e tamanhos, estimulando os sentidos. Verificamos os animais do sítio, a retirada do leite da vaquinha, a alimentação do cavalo e percebemos uma maneira diferente de viver, longe do barulho dos carros e ônibus; bem perto da natureza. Momentos na cozinha experimental não faltaram! Manipulamos e

exploramos alimentos e objetos, possibilitando encadeamentos lógicos de raciocínio, desenvolvendo idéias e conceitos matemáticos. Com a participação das mães de alguns alunos preparamos bolo de cenoura, bolo de chocolate, sopa de verduras, salada de frutas, vitamina, etc. Neste contexto, as crianças desenvolveram durante o Projeto “Sítio do Seu Lobato” habilidades psicointelectuais como a atenção, observação, identificação, comparação, análise e aplicação de conhecimentos em novas situações de pesquisa, o que favoreceu a construção de novos conhecimentos de forma viva, prazerosa e transformadora! Anna Louise Carbonar Cavali é professora

Nossos alunos Maristas sabem! Isto graças a um curso de tecnologia promovido pela PUCPR aos nossos educadores, que se estenderá até novembro. Precisamos ter ideias, saber trabalhar e, acima de tudo, educar para pensar. E foi dentro desta proposta que nos lançaram o desafio de trabalhar os conteúdos por meio de mapas conceituais (representações gráficas que ajudam as pessoas a compreender conceitos). O primeiro passo foi dado quando achamos um tema que pudesse ser trabalhado entre os professores de Português, Artes e Inglês do Ensino Fundamental II : a alimentação. Começamos passando dois textos, um sobre a importância das cores nos alimentos e outro sobre a importância de uma boa alimentação para o fortalecimento dos cabelos. Após a leitura, os alunos passaram os textos para mapas conceituais, e produziram assim, seus texto em português, receitas em inglês e belas esculturas de artes. Este trabalho foi de grande importância, pois os alunos perceberam como as disciplinas podem estar interligadas e como a aprendizagem por meio de mapas conceituais passam a ser um caminho que possibilita descobrir novos atalhos. Ana Cláudia Pasturczak, professora de inglês.


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Cultura

Ginástica

artística

Beleza e disciplina em um esporte mais que completo Ricardo Domingues Ribas A Ginástica Olímpica, hoje regulamentada com o nome de Ginástica Artística, chegou em Ponta Grossa, por volta de 1910. Passou por vários momentos de descontinuidade por exigir profissionais especializados, local adequado para sua prática e materiais auxiliares, além de aparelhos oficiais, mas desde 1990 é praticada por alunos de 3 a 18 anos de Ponta Grossa e região, no Marista Pio XII. O Marista investe continuamente na

Nos estudos Como atividade de formação complementar, a Ginástica Artística Escolar, proporciona no aspecto cognitivo do aluno desenvolve a apropriação dos conteúdos, o raciocínio lógico e a concentração. No aspecto disciplinar, há uma crescente atenção aos comandos, também a melhora do comportamento em situações individuais e grupais. No aspecto emocional, é possível observar a ampliação de relacionamentos do aluno com os colegas, funcionários e professores, o grau de segurança diante das dificuldades e/ou novidades, o grau de controle diante destas situações. Assim como as demais atividades de formação complementar, a Ginástica Artística no ambiente escolar é de extrema importância na formação integral do individuo, nosso querido aluno. Ricardo Domingues Ribas é

Ginástica Artística Escolar, uma vez que a modalidade proporciona aos alunos um ambiente de descobertas das possibilidades do próprio corpo que passar pelas várias etapas do desenvolvimento, as quais são caracterizadas por uma maturação, integrando o movimento, o ritmo, a construção espaço-temporal e o reconhecimento dos objetos e das posições. Os alunos são estimulados a apresentar os movimentos aprendidos de forma prazerosa, tanto durante as aulas, quanto em eventos, pois se sabe que

ao demonstrar, eles estão exercitando sua desenvoltura, a expressão corporal e artística. A ginástica contribui para a formação integral do indivíduo através do desenvolvimento da autonomia, da cooperação, da participação social, da afirmação de valores humanos e princípios democráticos. Além de favorecer o desenvolvimento de suas responsabilidades, atribuições e compromissos, de acordo com a proposta educacional marista. Ricardo Domingues Ribas é professor


Instrumento

educacional

A importância da música no processo de ensino-aprendizagem

Márcia Radeck Foltran A música, além de divertida, pode ser utilizada na educação pelo fato de apresentar características únicas que mais nenhuma atividade cultural produz. A educação musical estimula áreas do cérebro e desenvolve habilidades nas crianças que vão além do ensino regular. O Marista possui o Curso de Teclado e Órgão Eletrônico como Atividade Complementar. Nas aulas o aluno tem a oportunidade de desenvolver a autodisciplina, paciência, aguçar a percepção, desenvolver o raciocínio, a humanização, a concentração, o respeito e a sensibilidade. Além disso, melhora o desenvolvimento da capacidade da criança em pensar lógica e analiticamente e concede ao indivíduo uma série de vantagens que agem positivamente em diversos setores de sua vida. Trabalho em equipe Para que uma orquestra ou mesmo um dueto tenha sucesso, todos os seus participantes têm que trabalhar em conjunto, respeitando o ritmo de cada um, ajudando o outro e pedindo ajuda quando necessário. Hoje em dia, saber trabalhar harmoniosamente em conjunto com um único objetivo é muito valorizado. Além disso, é adquirida com o aprendizado musical uma estrutura emocional e psicológica que lhe fornecerá bases

para uma vida mais saudável. Como disse  Platão “ A música é um instrumento educacional mais potente do que qualquer outro.” Por esses motivos, é fácil perceber as vantagens proporcionadas às crianças quando os pais e educadores incentivam a aprendizagem da música. Mesmo que não se tornem profissionais, as crianças terão uma base mais sólida no seu caráter. O teclado Marista faz um Recital anual, realizado no Teatro do colégio,em que os alunos têm a oportunidade de mostrar o que sabem em um trabalho de equipe e com um aprendizado cultural enorme, pois cada  apresentação é feita

com temas diversos onde é necessário uma busca cultural, enriquecendo cada vez mais seu gosto pela música. Márcia Radeck Foltran é professora de música


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top5

Cinco coisas que você deve saber sobre o Marista

1 Seminário de Profissões

O evento contou com palestras, stands, e profissionais das mais diversas áreas, abordando temas que preocupam a maioria dos nossos jovens: A escolha do curso superior e o futuro profissional. Já foram realizadas seis edições do evento, e a próxima promete ainda mais!

1º Lugar no ENEM

O ENEM foi criado com o objetivo de avaliar a aprendizagem dos alunos no Ensino Médio. E agora, com as mudanças do governo, que incentivam e orientam o ingresso em Instituições de Nível Superior por meio do ENEM, nosso 1º lugar veio comprovar que o jeito Marista de educar é sinônimo de excelência.

2


Rádio PJM

A rádio PJM tem a missão de produzir conteúdos com teor educacional, musical e evangelizador, em que os alunos possam participar tanto na produção quanto na apresentação dos programas. A iniciativa deste projeto é da Pastoral Juvenil Marista, que atualmente já promove diversas atividades entre os alunos.

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Sala de Convivência do Terceirão

É uma sala dedicada aos alunos do Terceirão Integral para que desfrutem de um momento de descanso ou descontração no tempo livre. O ambiente conta com sofás, mesas, televisão LCD e DVD player, para tornar cada vez mais agradável e confortável o período que ele fica no colégio.

4 5

Inclusão

O Colégio Marista Pio XII possui em seu quadro de funcionários vagas destinadas a pessoas que possuem algum tipo de necessidade especial, oportunizando a integração no mercado de trabalho a profissionais que qualificações muito acima de suas limitações.


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Diz aí

Orientação Vocacional e o

Novo ENEM Quatro alunos das séries finais do Ensino Médio dão seus depoimentos sobre o que pensam da orientação vocacional e argumentam sobre a nova proposta do ENEM.

“Encontrar aquilo que me realizaria como profissional foi um desafio. Buscar orientação em todas as fontes se torna necessário. Vale professores, pais, livros... e como eles ajudam! Depois é tomar um rumo e ser persistente. A nova proposta do ENEM assustou, como tudo aquilo que é novo. Depois da palestra que tivemos no colégio e as dúvidas foram esclarecidas pudemos formar uma opinião. A vantagem está em poder concorrer à várias universidades sem sair de sua cidade. Mas a qualidade do teste e se o sistema disponibilizado pelo governo vai realmente funcionar como deve preocupam”. Luana Espig Regiani Terceirão

“A adolescência é literalmente a fase das determinações. É nessa fase que traçamos o perfil de toda nossa vida, o que inclui, é claro, a resposta daquela velha e intrigante pergunta: O que vou ser quando crescer? É nesse momento, quando essa questão passa ser a “pergunta da nossa vida”, que nos damos conta de nosso crescimento, e a partir daí, somos responsáveis por todas as atitudes que passaremos a tomar. A escolha de uma profissão é uma decisão muito delicada, o erro na escolha do curso poderá acarretar frustrações no futuro profissional. A proposta do novo ENEM, de acabar com a famigerada “decoreba”, obriga o aluno a se dedicar mais e, consequentemente, pensar melhor para que acerte na escolha de um curso superior. Outra excelente forma de ajuda na escolha do curso correto são as palestras e seminários de profissões como o que foi realizado aqui no colégio, no qual pudemos ter uma idéia concreta sobre o que cada curso realmente tem para nos ofertar”. Alyson Brian Krüger 2ºEM B

“A orientação vocacional é muito importante, pois logo estaremos frente a frente com a escolha que irá definir o nosso futuro, a escolha da nossa profissão. O Marista é de extrema importância nesse momento, pois além de seminários e palestras sobre diversas profissões, os próprios professores nos ajudam e nos guiam durante as aulas, quando dúvidas surgem sobre este assunto. O novo ENEM, apesar de obter um número elevado de questões, permite uma melhor avaliação do aprendizado substituindo as decorebas pelo raciocínio lógico, além de facilitar a execução da prova, pois o aluno poderá escolher o local da prova e concorrer vagas para universidades do Brasil inteiro, logo, aumentando sua concorrência. A nota do ENEM, dependendo da universidade, vai contar parcialmente na nota do vestibular ou o substituirá por completo”. Daniel Vriesman 2º EM B

“No Terceirão ficamos expostos à várias emoções, entre elas os vestibulares que fazemos, que além de nos colocar à prova os conhecimentos que adquirimos no decorrer da vida escolar, nos faz refletir sobre as decisões e projetos para o nosso futuro. É aí que entra o trabalho de Orientação Vocacional, trazendo luz às nossas dúvidas. Os vestibulares, hoje, estão se adequando cada vez mais a elaborar provas que visem o conhecimento crítico e argumentativo do aluno e, com o ENEM, não poderia ser diferente. Através dele não ficamos atrelados aos vestibulares tradicionais, nos dando oportunidade de escolher o curso nos mais variados cantos do país.” Gabriella Sieni Manhães Terceirão



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Gente Nossa

Vivendo por

música

Ex-aluno começou a tocar na banda do Marista e já ensaia voos maiores Otavio Oliveira

Nascido em uma família de músicos, Audryn de Souza, 18 anos, sempre teve um encantamento pela música. Daí, nada mais natural que participar de uma das bandas de maior representatividade nos concertos e desfiles da cidade: a Banda Marcial do Colégio Marista Pio XII. Ele conheceu a banda em um desfile do aniversário da cidade no dia 15 de setembro de 2001, depois deste primeiro contato, procurou o coordenador, Antônio Carlos Schmidt, que mostrou ao rapaz as atividades realizadas, despertando profundo interesse e fazendo com que seu pai o matriculasse no colégio a partir de então. O instrumento que mais chamava a

atenção de Audryn era o trompete, que se tornaria a verdadeira paixão dele até os dias de hoje. Com o instrumento, na Banda Marcial do colégio, ele participou de vários eventos como: concertos municipais, estaduais e nacionais, além de campeonatos de bandas por todo o país, e apresentações como a abertura oficial do concerto de um dos melhores trompetistas da atualidade, o músico alemão Malte Burba. Atualmente, Audryn cursa a faculdade de música pela Escola de Música e Belas Artes do Paraná, e faz cachês em orquestras como a Camerata Antiqua de Curitiba, a Orquestra Sinfônica do Paraná, a Orquestra Filarmônica da PUCPR, Orquestra do Instituto Baccarelli e grupos de Câmara em geral. Este foi o primeiro ano que ele participou

do Festival Internacional de Campos do Jordão, entre os três maiores festivais de música clássica do mundo. Suas pretensões ainda são de participar do Festival Internacional de Bariloche e o conceituado Festival de Lucerna na Suíça. Assim que completar sua graduação, o jovem pretende cursar mestrado em música no exterior para realizar seu grande sonho de se integrar a uma grande orquestra. As participações na Banda Marcial do Colégio Marista ainda são constantes, pois argumenta que aqui foi o lugar onde ele começou a trilhar pelo caminho da música, e ainda completa dizendo: “Tenho uma ligação afetiva com a banda”. Otavio Oliveira / Comunicação e Marketing


Capa

o Marista Amizades d tempo e resistem ao à distância

metti Fernanda Jaco

ra. a qualquer ho m e b i a v o ig Um bom am les que nos e u q a d é se a E melhor aind ue basta um q o p m te to n conhecem a ta os sentindo. m a st e e u q o er ? olhar para sab amizade assim a m u r a iv lt u c is Mas como as tão especia o ss e p r a tr n o E onde enc Geralmente s? ra v la a p m ncia que dispensa a na adolescê d in a m e c re a ao elas ap que resistem s e d a iz m a m e forma Marista tem O . ia c n tâ is d à tempo e bre para contar so s a ri tó is h s a it mu ber o melhor é sa e s e d a iz m a boas nte, muitas a st in to a x e e se que hoje, nest ão surgindo e st e s e d a iz m a outras jovens alunos. s o e tr n e o d n fortalece


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Capa

Y

ara Achoa, da turma dos formandos de 1984 do Colégio Marista Arquidiocesano, de São Paulo fazia parte de um inseparável grupo de quatro amigas. Faziam trabalhos juntas, uma ia à casa da outra e conversavam sobre todos os assuntos... Depois de formadas cada uma seguiu seu rumo. Uma estudou Educação Física, outra Pedagogia, Yara, Comunicação Social, e assim por diante. Casaram-se, tiveram filhos, montaram o próprio negócio, mudaram de cidade e, assim, os anos foram passando. Apesar de todas as mudanças, os laços que as uniam mantiveram-se vivos e graças ao orkut se reencontraram. “Voltamos a nos falar com mais frequência”, conta Yara. Depois de algum tempo, surgiu a oportunidade de Yara visitar uma de suas amigas, a Leila, que mora no Rio de Janeiro. “A gente não podia imaginar o que seria uma da outra, mas percebemos que temos muito em comum, somos fortes e temos muita personalidade”. Em uma amizade de mais de 25 anos, as conversas ultrapassam as questões do dia-a-dia e retomam histórias importantes que fizeram parte do desenvolvimento de cada uma. “Você resgata coisas da adolescência, dos paqueras, das bagunças. Vi que somos muito parecidas

Quando você se identifica com alguém, a amizade extrapola um dos setores da vida e passa a fazer parte do todo.

com o que éramos na época do colégio”, diz. Segundo Yara, os Maristas ofereceram condições para a criação dos vínculos de amizade. Ela cita o estímulo para fazer trabalhos em grupo, para a prática de esportes e o valor às relações humanas transmitidos no colégio. “Quando você se identifica com alguém, a amizade extrapola um dos setores da vida e passa a fazer parte do todo”, completa. Nos negócios Os 12 anos no Marista São Luis, de Jaraguá do Sul, deram a Vinícius Salai Floriano, de 24 anos, amigos que, mais tarde, tornaram-se parceiros de negócios. Formado em Direito, Vinícius trabalha no escritório de contabilidade e auditoria de sua família e diz que muitos de seus atuais clientes já foram colegas de escola. “É uma oportunidade de crescimento para ambos”, diz. Além disso, a amizade traz segurança às duas partes. “Você conhece a índole da pessoa e ela te conhece. Queremos o melhor tanto para o empresário como para o amigo”, complementa. O Orkut, assim como no caso de Yara, o ajudou a retomar contatos. “Temos uma comunidade com mais de 700 pessoas dos exalunos do São Luis”, conta.


Nova geração “A escola é campo fértil para sementes de amigos, onde se reúnem e convivem gerações: crianças, adolescentes, pais, avós, educadores. A escola é período áureo para encontros belos e profundos para toda a vida”. O belo pensamento é do Ir. Lauro Darós, Diretor Geral do Colégio Marista de Cascavel. De lá vieram os personagens da capa desta edição. Mayara Letícia Quadri, Gabriel Almeida Tavares, Caio Augusto Maistrovicz Gomes da Silva e Alana Gabriela Bandeira.. Para eles, que estão no Ensino Médio e já conhecem o Marista há um bom tempo, nada é mais forte no Colégio que o espírito de família. “É isso que faz com que a gente dê mais valor para as amizades. Sabemos que aqui somos valorizados por todos”, conta Caio, apoiado pelos colegas. É bom saber que a história continua e seja qual for a próxima invenção do homem após o Orkut e as redes sociais, é muito bom saber que os amigos sempre estarão se reencontrando e lembrando dos bons tempos em que estudavam juntos para as provas ou dividiam o lanche no recreio.

Mais que amigos

A escola é campo fértil para sementes de amigos, onde se reúnem e convivem gerações: crianças, adolescentes, pais, avós, educadores. A escola é período áureo para encontros belos e profundos para toda a vida.

o médio, em Quando Alessandra Rayes estava no 2° ano do ensin a seria seu 1986, nem imaginava que um de seus colegas de turm antes e logo futuro marido. Ela havia entrado no Colégio um ano acabo fazendo formou seu grupo de amigos. “Sou muito falante e amizade fácil”, explica. escola fizeram Os trabalhos, as brincadeiras e os encontros fora da esposo virasse com que no 3° ano a amizade entre ela e seu atual namoro e 15 de namoro. De lá para cá, são 22 anos juntos: oito de casamento. na vida do Dos amigos do colégio, quatro estão sempre presentes na, viajam juntos casal. Encontram-se praticamente todo fim de sema Alessandra. e um deles foi, inclusive, padrinho de casamento de filhos deles. É uma “Nossas duas filhas acabaram ficando amigas dos e sabemos que relação muito próxima, é como se fossem da família são pessoas em quem podemos confiar”, diz.

Irmão Lauro Darós


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Você Repórter

Esporte

em família

Os Hemmig encontraram no taekwondo uma forma de estarem sempre juntos Marcela Francisca Ideta Cavalcante Hemmig Depois do nascimento dos filhos, minha rotina era da típica mulher do século XXI. Trabalhar, cuidar dos filhos e cuidar do casamento. Tudo em seu tempo, mas não seguia, necessariamente, uma ordem. E o pior: com o atropelo das horas, muitas vezes eu acabava deixando alguma das tarefas em segundo plano. E é quando estamos mais ausentes que os problemas começam a aparecer. Certa vez, orientados pela equipe da escola, eu e meu marido, Ismael, levamos Marcelo (nosso filho mais velho, hoje com 11 anos) para sua primeira aula de taekwondo. De personalidade forte, ele andava um pouco “rebelde” nos estudos, com algumas briguinhas com os colegas de turma e atitudes em casa que também não estavam de acordo com a educação que primamos. Acho que muitos dos meninos, nesta fase, ficam assim. Então concordamos que um esporte que trabalhasse a mente e o corpo poderia ajudar. Na primeira semana pensamos que não daria certo, pois ele não queria fazer o que o instrutor pedia, brincava a todo o momento e não levava a sério o esporte. Mas para a nossa surpresa ele foi muito bem estimulado e nas semanas seguintes ele queria estar no tatame em todos os horários de treino. Mesmo assim, continuei acompanhando. Senti que ele precisava da minha presença para perseverar. Depois de um tempo de treino ele começou a se destacar nas competições. A família toda estava orgulhosa e isso também o estimulava. Foi aí que o “feitiço virou contra o feiticeiro”. De tanto ver os treinos, passei a querer frequentar as aulas. Porém, como não tinha turma para minha idade, movimentei um grupo de mães e conseguimos abrir um horário. Parece fábula, mas hoje nós dois já ganhamos muitas medalhas, temos um espaço em casa onde elas ficam expostas e aumentam a cada campeonato. Ismael, que nos levava para lá e para cá em treinos e competições, passou de torcedor a juiz. Fez cursos na área de arbitragem do taekwondo e hoje faz parte da comissão técnica da Federação Paranaense. Para não contrariar o ditado (Filho de peixe, peixinho é...), nossa caçula Isabella, de 7 anos, passou este ano a praticar o esporte. Hoje treinamos juntos e viajamos juntos. A união da família se fortaleceu por intermédio do esporte. Agora, nossa rotina é estar juntos, unidos e incentivando uns aos outros. Marcela Francisca Ideta Cavalcante Hemmig é artesã e mãe dos alunos Marcelo e Isabella, do Colégio Marista de Cascavel/PR


pais ativos. crianças mais ainda!

Itamar Vicente Ribeiro Virou bordão dizer que as crianças não brincam mais na rua devido à falta de segurança nas cidades e que a diversão está sendo substituída pelos videogames. Afirmações que infelizmente são fatos e se transformaram em problema mundial. Porém, não podemos nos esquecer de que o exercício físico é um ingrediente essencial para a vida, tanto dos pequenos quanto dos mais crescidos. Então, por que não unir o útil ao agradável e começar a mexer o corpo junto com seus filhos? Isso sim é que é dar exemplo. E, quem diria comprovado cientificamente. Uma pesquisa feita na Universidade de San Diego, Califórnia, concluiu que filhos de mães ativas têm duas vezes mais chances de serem ativos do que os de mães sedentárias. Essa probabilida-

de salta para três vezes e meia quando se trata de o pai ser o cheio de energia e para quase seis quando ambos praticam atividades físicas. Mais do que servir de referência, quando os pais também entram na brincadeira estão agarrando a oportunidade de passar mais tempo com os filhos, de conversar, rir e superar dificuldades juntos. O que só faz o relacionamento ganhar em força e cumplicidade. É legal reservar um horário para praticar atividades juntos e dizer: “a partir de agora, todo sábado vamos jogar futebol, praticar ‘taekwondo’, ou todo domingo vamos andar no parque”. Com isso, você acaba criando uma tradição na família. Itamar Vicente Ribeiro é professor de Educação Física, mestrando em Ciências Médicas e Consultor Comportamental


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Qualidade de vida

Lanche sem

estresse

Como fazer as melhores opções na hora da alimentação dos filhos? Antes de começar a ler essa matéria, é preciso lembrar que alimentação saudável, seja em casa ou na escola, não é um assunto apenas para as crianças. “Nada de impor regras só para alguns na casa, afinal de contas, o problema é sério e alimentação saudável e atividades físicas fazem bem a todos. Com frequência, só a mãe

está disposta a encarar o problema”, destaca o Dr. Fabiano Lago, médico endocrinologista e ex-aluno Marista. Ao mesmo tempo em que nossa cultura supervaloriza e até idolatra a magreza e a beleza, promove e estimula os meios para que engordemos cada vez mais. Portanto, é preciso fazer das calorias o inimigo número um da sua

família. Na hora de preparar o lanche para o seu filho ou mesmo de pensar na refeição da família, o ideal é adotar novas atitudes aos poucos, sem stress e sem cobranças excessivas. “Alimentação deve ser sempre um assunto agradável e para isso um diálogo positivo é fundamental”, ensina o médico.


2

No ponto A alimentação das crianças e dos adolescentes deve ser reflexo da forma como a família encara a qualidade de vida

3

cal da Determine um lo , não casa para comer . Quer em frente a TV que está comer? Pare o é a mesa. fazendo e vai at

1

Faça uma limpeza no armário da cozinha, nada de ter em casa toneladas de doces, chocolates ou bolachas recheadas. Reserve chocolates para situações esporádicas, como ir ao cinema, etc.

Nada é proibido, mas tem que ter a hora certa. Procure estimular o consumo de frutas e saladas. Como? Oferecendoas sempre fresquinhas e a vista, respeitando as preferências individuais de cada pessoa.

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Seja sensível, porém firme. Os novos hábitos adquiridos devem ser duradouros. Mantenha certa vigilância. Cuidado com idas muito freqüentes a lanchonetes de fast-food, elas devem ser exceção e não regra.

4Alimente a criança

com frutas ou lanchinhos pouco calóricos a intervalos freqüentes, para “matar a fome” antes de “morrer de fome”. Sem tanto apetite, ela terá mais chance de fazer as escolhas corretas nas refeições maiores.

6 Converse sempre com o profissional que acompanha a família, sobre como a situação está indo, procurando ser criativo na hora da alimentação.

Por que comer frutas? Elas têm grandes fontes de vitaminas, como a vitamina C, beta caroteno, potássio, fibras, além de serem altamente nutritivas e de fácil digestão. Contém também bioflavonóides, que protegem contra o câncer e outras doenças e nos fornece energia rápida, pois a fonte de açúcar é natural. Também são muito saborosas. Podem ser servidas sozinhas ou com outros pratos, adicionando sabor e visual. São muito consumidas no verão, pois são leves e refrescantes.


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Rede BRASÍLIA

Colégio Marista de Brasília - Educação Infantil e Ensino Fundamental SGAS 609 CONJ A Bairro Asa Sul - Brasília - DF 70200-690 Fone: (61) 3442-9400

Destaque: Mayara Letícia Quadri, Gabriel Almeida Tavares, Caio Augusto Maistrovicz Gomes da Silva e Alana Gabriela Bandeira Foto: João Borges

A Revista Em Família é uma publicação da Rede Marista de Colégios, com distribuição dirigida a pais, funcionários e colaboradores.

Presidente da Mantenedora Ir. Dario Bortolini Vice Presidente da Mantenedora Ir. Davide Pedri Superintendente ABEC / UCE Aleksandro Mroczek Comunicação e Marketing Patrícia Cobra Costa Silvia S. Tateiva Pollyana Nabarro Kelen Y. Azuma Alexandre L. Cardoso Patricia L. Egashira Katsuk Suemitsu Rede de Colégios Ir. Paulinho Vogel Valdemar Donizeti Bassetto Isabel Cristina Michelan Azevedo

Diretor: Ir. Valter Pedro Zancanaro Dir. Educacional: Cláudia Regina P. T. Pinto Gerente Administrativo: Orivaldo Pincinato Comunicação e Marketing: Fernanda Lages Colégio Marista de Brasília - Ensino Médio SGAS 615 CONJ C Bairro Asa Sul - Brasília - DF 70200-750 Fone: (61) 3445-6900 Diretor: Ir. Valter Pedro Zancanaro Dir. Educacional: José Leão da Cunha Filho Gerente Administrativo: Orivaldo Pincinato Comunicação e Marketing: Luana Mendonça Dias dos Santos

CASCAVEL

Colégio Marista de Cascavel Rua Paraná, 2680 Centro - Cascavel - PR - 85812-011 Fone: (45) 3036-6000 Diretor: Ir. Lauro Darós Dir. Educacional: Everton Lozano Gerente Administrativo: Zeneide Grapegia Comunicação e Marketing: Juliana Dotto

CHAPECÓ

Edição: Luís Fernando Carneiro Textos: Fernanda Jacometti Projeto Gráfico: Paulo Schiavon Fotografia: João Borges Publicidade: Francine Junqueira

Para anunciar: 41 3018-8805 info@editoraruah.com.br Rua Casimiro José Marques de Abreu, 706 Ahú - Curitiba/PR www.editoraruah.com.br Todos os direitos reservados. Proibida a reprodução sem autorização prévia e escrita. Todas as opiniões são de responsabilidade dos respectivos autores.

Colégio Marista São Francisco Rua Marechal F. Peixoto, 550L Chapecó - SC - 89801-500 Fone: (49) 3322-3332 Diretor: Ir. Nilto Squersato Dir. Educacional: Liane P. Danieli Gerente Administrativo: Leurete Bonissoni Comunicação e Marketing: Renato Angelino Darui

CRICIÚMA

Colégio Marista de Criciúma Rua Antonio de Lucca, 334 Criciúma - SC - 88811-503 Fone: (48) 3437-9122 Diretor: Jairo Rambo Dir. Educacional: Tania Burigo Gerente Administrativo: Giselle Vieira Comunicação e Marketing: Samira Dutra

CURITIBA

Colégio Marista Paranaense Rua Bispo Dom José, 2674 Seminário Curitiba - PR - 80440-080 Fone: (41) 3016-2552 Diretor: Elemar Menegati Dir. Educacional: Mario J. Pykocz Gerente Administrativo: Maurício Tourinho Comunicação e Marketing: Bruno Bonamigo Colégio Marista Santa Maria Rua Prof. Joaquim de M. Barreto, 98 Curitiba - PR - 82200-210 Fone: (41) 3074-2500 Diretor: Valentin Fernandes Dir. Educacional: Gerson Carassai Gerente Administrativo: José Valdeci Melo Comunicação e Marketing: Bruna F. Gonçalves

JARAGUÁ DO SUL

Colégio Marista São Luís Rua Mal. Deodoro da Fonseca, 520 Centro Jaraguá do Sul - SC - 89251-700 Fone: (47) 3371-0313 Diretor: Ir. Evilázio Tambosi Dir. Educacional: Vivian Roberta S. Lawin Gerente Administrativo: José Luís Finguer Comunicação e Marketing: Dinara Fabiane Picinini

JOAÇABA

Colégio Marista Frei Rogério Rua Frei Rogério, 596 Joaçaba - SC - 89600-000 Fone: (49) 3522-1144 Diretor: Ir. Roque Brugnara Dir. Educacional: Daví Antonio Ceron Gerente Administrativo: Suzana Darold Comunicação e Marketing: Luiz Domingos Guzi Neto

MARINGÁ

Colégio Marista de Maringá Rua São Marcelino Champagnat, 130 Centro - Maringá - PR 87010-430 Fone: (44) 3220-4224 Diretor: Ir. Pedro Danilo Trainotti Dir. Educacional: Yandara de Sá Gomes Gerente Administrativo: José Roberto Facco Comunicação e Marketing: Mayara Muller

PONTA GROSSA

Colégio Marista Pio XII Rua Rodrigues Alves, 701 Jardim Carvalho - Ponta Grossa - PR 84015-440 Fone: (42) 3224-0374 Diretor: Ir. Vanderlei Siqueira dos Santos Dir. Educacional: Ude Hasselmann Gerente Administrativo: Sergio Giacomozzi Comunicação e Marketing: Otávio Oliveira

RIBEIRÃO PRETO

Colégio Marista de Ribeirão Preto Rua Bernardino de Campos, 550 Higienopólis - Ribeirão Preto - SP 14015-130 Fone:(16) 3977-1400 Diretor: Ir. Paulo Antonio Forster Ramos Dir. Educacional: Pedro Armando Fossa Gerente Administrativo: Carlos Cesar Vieira Comunicação e Marketing: Mayara do Amaral Haudicho

SÃO PAULO

Colégio Marista Arquidiocesano Rua Domingos de Moraes, 2565 Vila Mariana São Paulo - SP - 04035-000 Fone: (11) 5081-8444

Colégio Marista de Londrina Rua Maringá, 78 Jardim dos Bancários - Londrina - PR 86060-000 Fone: (43) 3374-3600

Diretor: Ir. Benê Oliveira Dir. Educacional: Ascânio João (Chico) Sedrez Gerente Administrativo: Wilson Ermerick de Souza Comunicação e Marketing: Fabiana Mustafci

Diretor: Acádio João Heck Dir. Educacional: Marize Rufino Gerente Administrativo: Aguinaldo Guerreiro Comunicação e Marketing: Tatiana Stoicov

Colégio Marista Nossa Senhora da Glória Rua Justo Azambuja, 267 Cambuci São Paulo - SP - 01518-000 Fone: (11) 3207-5866

LONDRINA

Diretor: Ir. Benê Oliveira Gerente Administrativo: Amélia Orui Comunicação e Marketing: Mara Cavalcante


Foto: Luis Prado

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