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Nercy Luiza Barbosa

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Silvia Camossa

Silvia Camossa

(1960)

Poeta paulistana, romancista, musicista, advogada e promotora de justiça. É mestre em literatura e crítica literária pela PUC-SP. Estréia em livro em 1980, com o romance Desencontros. Três anos depois publicou Cosmoversos, chamando a atenção de Fábio Lucas que definiu o livro como cosmotextos, nos quais estão presentes a metalinguagem, a busca do ser e do amor. Vieram a seguir: Encadeamentos (1988), Primeira Lua (1990), Poema Sine Praevia Lege (1993, finalista do Prêmio Jabuti), Planagem (1998), Alquimia dos Círculos (2003), Luas de Júpiter (2007).

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DESENHO cabras dançam rotas verticais

a crosta da montanha contorna metonímias

a lápis crayon, a sombra sobre o pêlo, sobre a pele na espessura de um ensaio

que a luz tece a hipótese da sílaba, — e o prisma ondulado se consume

algum teor de amido se estenda

nas bordas do bunker: a tentativa de vôo para a inexistência da asa

NAU oh caravela errante, deixa o mapa, os sinais, o inútil pretexto asiático nada de teu fogo escapa à sorte – um rumo por outro perdido oh libra gentil tua sede oceânica parte o vento oscila tua vela

do avesso equilíbrio do norte eis a rota onde a história desperta a lua de abril

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