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Raquel Gaio

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Pollyana Furtado

Pollyana Furtado

(1980)

Poeta paulistana, passou toda sua infância no sertão alagoano. Viveu na Cidade do México durante 6 anos. Domina o idioma espanhol e costuma escrever alguns poemas nessa língua. Azul, é um de seus poemas escritos em espanhol que foi publicado em uma antologia na Espanha. É autora do livro Poesia o grito de resistência, trabalho que vem sendo apresentado em coletivos artísticos independentes. Recentemente esse livro foi lançado na Casa das Rosas. Como bem diz o título, seus poemas denunciam as desigualdades entre homens e mulheres, brancos e negros, ricos e pobres.

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MARCAS Estão marcados em meu corpo, O mapa da libertação Gosto de marcas na pele Essas que carregarei enquanto existir. Amo tudo que já foi. A pedra que um dia foi lava O papel dobrado e envelhecido Que um dia foi carta de amor E teu nome em mim, que levarei Para onde eu for.

COSMOPOLITANO Desespero consumista induzido Tão cruelmente de forma letal Compras, comprar, parcelar Ciclo após ciclo, roda da fortuna A torre da desnutrição Doença moderna em plena emancipação Malas, perfumes, samba-canção Desfile, moda, Milão Conduz imagem, desesperação Desfile de vidas Escravidão.

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