Revitalização do Waterfront de Maputo: Conexão entre a Av. 10 de Novembro e a Av. Marginal
Universidade Eduardo Mondlane Fa c u l d a d e d e A r q u i t e c t u r a e Planeamento Físico P r o j e c t o pa r a o b t e n ç ã o d o grau de Licenciatura C a n d i d a t a : Ro s e M a r y D i a s Tu t o r : A r q . D o m i n g o s M a c u c u l e TCC – 2 0 1 9 25 de Abril de 2019
Estrutura do Trabalho
MAPUTO B AY WAT E R F RO N T
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Po rq uê tr ans f o r m a r o Wa te r f ro nt d e Map uto Ob j e c ti vo s P ro c e s s o d e e l a b o r a ç ã o d o p l a no Re v i tal i z aç ã o H i s to r i al B re ve C as o s d e Re f e rê nc i a
L o c al i z aç ão e á re a d e e s tud o S í nte s e d a S i tua ç ã o a c tua l Us o d o s o l o a c tua l Anal i s e Swo t – C o ns tr a ng i m e nto s & Po te nc i al i d a d e s D e s l i z am e nto d e te r r a Re s i l i ê nc i a c o s te i r a Re s ul tad o s i nq ué r i to
03
O P l a no – C o nc e i to e D e s i g n Re g ul a m e nta ç ã o Visão C e ná r i o e P r i nc í p i o s g e r a i s Es tr a té g i a s P l a c e m a k i ng & a c ti v i d a d e s Stre e tsc ap e P ro g r a m a g e r a l Ma s te r p l a n Us o d o s o l o p ro p o s to Secção 1-5
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H a b i ta ç ã o a c e s s í ve l Mo b i l i á r i o ur ba no , m a te r i al i d ad e , arborização T i m e f r a m e d o p l a no Es ti m a ti va d e c us to C o ns i d e r a ç õ e s f i na i s Bibliografia
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Porquê transformar o Waterfront de Maputo Objectivos Processo de elaboração do plano Revitalização Historial Breve Casos de Referência 3/55
Porquê Revitalizar o Waterfront de Maputo Maputo é uma cidade costeira e pode encontrar neste factor um enorme crescimento da sua economia na potencialização de espaços públicos e na melhoria da qualidade de vida bem como da imagem da própria cidade. Nas cidades com orla marítima, os seus locais públicos dominantes localizam-se ao longo da água como piers, praças, promenades, parques, mercados, marinas etc, pois estes são os centros de actividade humana. Procurando maximizar os atributos da área de intervenção, o plano propõe a melhoria da acessibilidade ao waterfront, destacando o factor público e provendo-o de uma rede de actividades e espaços que reforçam a característica turística da orla.
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Objectivos
Um ótimo lugar para visitar
Um Local atraente e distintivo
Fácil de Circular –
Walkability (capacidade de andar)
Um ótimo lugar para morar
Um ótimo lugar para fazer compras 5/55
A recolha de dados bibliográficos consistiu na pesquisa de operações semelhantes em
cidades Africanas, Americanas e Européias, Frameworks de execução e planificação, teses previamente realizadas na FAPF, etc. Foram também estudados os planos que estão actualmente em vigor na área de intervenção, seus relatórios e regulamentos.
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Revitalização - Historial Breve Este é um processo que começou a aparecer
numa escala significante em áreas urbanas Norte Americanas após a II Guerra Mundial onde deramse as primeiras histórias de sucesso e erros. 1876
O papel económico que estas àreas têm representa muito para a cidade, onde as oportunidades e possibilidades para o
As frentes de água marítimas
investimento são enormes.
sempre tiveram um papel importante na origem das cidades.
Os projetos de revitalização das orlas marítimas urbanas nem sempre são bem-sucedidos.
Não se pode assumir apenas uma
Devemos preservar a identidade da orla actual
referência ou modelo único de
com actividades que conectem o 'velho' ao 'novo'.
intervenção. 1955
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Casos de Referência
Auckland Waterfront, Nova Zelândia
Waterfront da Baía de Luanda
National Harbour, USA
V & A Waterfront, RSA
• Foco nos espaços públicos e nos pedestres • Grande desenvolvimento económico para a região • Valorização de outros modos de transporte • Placemaking e Streetscape
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Localização e área de estudo Síntese da Situação actual Uso do solo actual Analise Swot – Constrangimentos & Potencialidades Deslizamento de terra Resiliência costeira Resultados inquérito 9/55
7,5 Km extensĂŁo
145,5 Ha
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Síntese da Situação Atual
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Oportunities
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13/55
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O Plano – Conceito e Design Regulamentação Visão Cenário e Princípios gerais Estratégias Placemaking & actividades Streetscape Programa geral Masterplan Uso do solo proposto Secção 1-5
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O Plano – Conceito e Design Os waterfronts são projectos de longo prazo e a revitalização é um processo contínuo. Pretende-se que as principais atrações turísticas sejam o Porto, a Feira Popular, a Promenade, os Miradouros, Parques e Jardins e espaços compartilhados.
Para incentivar a circulação onde verifica-se a
São propostas também ciclofaixas, para
Um dos principais objectivos é de devolver os
maior concentração de pedestres, são
prover infraestrutura adequada e
passeios ocupados pelos veículos aos
propostas vias compartilhadas.
incentivar um diferente modo de
pedestres e serão adicionados também silos
transporte.
automóveis.
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O Plano – Conceito e Design As ruas e avenidas que atravessam a àrea de intervenção necessitam de melhores cuidados para poderem se transformar em ruas completas.
Este espaço contínuo ao longo da orla marítima inicia-se no Porto de Maputo até a costa do sol. A área ganha uma outra face por
abrir espaços que actualmente encontram-se privatizados.
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19/55 38/122
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E s t ra t é g i a s
Usar parques para conectar destinos, não
Dar suporte ao ciclismo e a
Incentivar diferentes modos
como destinos em si
caminhada
de transporte
Construir sobre o contexto olhando
Melhorar as ruas como
Integrar atividades noturnas
para os espaços públicos
espaços públicos
através de um design flexível
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Placemaking & actividades Os conceitos por trás do Placemaking começaram a surgir em 1960, com Jane Jacobs, William H. Whyte e Jan Gehl. Placemaking é um processo de
planeamento, criação e gestão de espaços públicos totalmente voltado para as pessoas.
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O que ĂŠ uma rua completa? (Streetscape)
Ruas corretamente pensadas para o pedestre e diferentes modos de transporte e actividades ajudam a atrair as pessoas para os espaços exteriores, a atrair turistas e visitantes, e têm um papel importante na economia.
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Antes
Depois Av. 10 de Novembro 25/55
Programa geral
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Masterplan
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Secção 1 – O Porto de Maputo
182,428 m2 O Porto criará oportunidades para as pessoas explorarem toda a orla por meio de uma variedade de actividades. A conexão com a água oferecerá locais com vistas da baía e suas atividades marítimas. É estabelecida uma visão clara como um lugar animado e dinâmico, fortemente apoiado e enquadrado por uma gama de usos comerciais complementares.
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Antes
Depois Feira Artesanal do pescado 31/55
Secção 2 – A Nova Baixa
605,665 m2 Para a secção 2 é proposta a construção de novo edificado com usos variados, desde habitação a edifícios educacionais, com ênfase nos espaços públicos e jardins, espaços de restauração e a conexão da promenade com certos espaços. Será um local dinâmico, activo e transformará a identidade da nova baixa da cidade.
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SECTOR E SECTOR A
SECTOR C
SECTOR D
SECTOR B
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Antes
Depois Feira Popular 34/55
Ponte Cais & Marina
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Marina Towers & Promenade
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Secção 3 – A Marginal
431,735 m2 É proposta uma nova reorganização e construção da Marina do clube Naval, a libertação desta área em frente a orla ocupada por armazéns, um novo streetscape que permite melhor circulação e redução da velocidade dos veículos assim como espaços de permanência com um variado mix de actividades.
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SECTOR B
SECTOR A
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Antes
Depois Praรงa dos namorados 39/55
Antes
Depois Pier 3 40/55
Miradouro & Pier 3
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Secção 4 – A Promenade
145, 982 m2 Nesta secção onde destaca-se a promenade, é proposto o recuo do mar através do processo de
‘alimentação/nutrição de praia’ . São propostos mirantes e também uma passarela na praia para apreciar a vegetação costeira.
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Antes
Depois Promenade 44/55
Secção 5 – Balneário de praia
89, 944 m2 É proposto nesta secção a recuperação de actividades de praia assim como um espaço público aberto com características iguais ao restante da orla marítima com restauração, playground, balneários e é proposta também uma nova torre multifuncional.
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Antes
Depois Miramar 47/55
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Habitação acessível Mobiliário urbano, materialidade, arborização Timeframe do plano Estimativa de custo Considerações finais Bibliografia
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TIMEFRAME DO PLANO 2050 O plano se desenvolverá em 6 fases, onde cada uma durará 4-6 anos. O término do plano não significa
necessariamente o fim das intervenções.
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Obrigado pela atenção!
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