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C O N TR ATO D E PRES TAÇ ÃO DE S E R V I Ç O S PA R A A U D I T O R I A & FISCALIZAÇÃO MA-1312/11PA: PARECER SOBRE O RELATÓRIO DE DESEMPENHO DO PQ3S RELATIVO AO MÊS DE NOVEMBRO DE 2013.

LUANDA, 17 DE DEZEMBRO 2013


O

presente trabalho tem por objectivo a análise e a emissão de parecer sobre o Relatório de Desempenho do PQ3S – Plano de Qualidade e Sustentabilidade da Segurança Social – emitido pela Angola Prev e que se reporta ao período de 01 a 30 de Novembro de 2013. No final do período sob análise, o índice de desempenho de prazos do projecto apresentou uma notação “Em Linha” com o previsto, situando-se o SPI1 em 94%. Chama-se contudo a atenção de que se registou um ligeiro decréscimo no desempenho deste período face ao registado no mês de Outubro, em que a média geral do PQ3S se cifrou em 95%. Esta situação deveu-se fundamentalmente ao fraco desempenho alcançado em Novembro pelas Áreas de TIT e de Expansão, que evidenciaram níveis de execução inferiores a planeado respectivamente de 9 (nove) e 5 (cinco) pontos percentuais face ao planeado. Uma vez que estas duas áreas de projecto incluem cerca de 70% das Iniciativas em curso, o seu impacto na média geral foi, de facto, de grande importância. Por outro lado, salienta-se ainda que os atrasos na execução da Áreas de TIT e de Expansão condicionam o normal desempenho de outras áreas de projecto, pela sua transversalidade, o que por si só também amplia os efeitos negativos verificados nas suas Iniciativas. O referido retrocesso no desempenho do plano e o facto de o PQ3S se encontrar a cerca d e1 (um) Més do seu término, obriga necessariamente a Consultora a actuar em conformidade com a estratégia de gestão preventiva do projecto que adoptou, mediante a implementação e o seguimento de acções correctivas quando sejam identificadas Iniciativas em situação mais desfavorável. Nesse sentido, o relatório informa a tomada de medidas urgentes, com a revisão detalhada de todas as Iniciativas da Área de Expansão com o objectivo de identificar os

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constrangimentos existentes e intervir de imediato sobre as Iniciativas da Área de TIT que apresentam notação de “Risco” ou de “Proximidade de Risco”. Salienta-se ainda o facto, no período considerado, da existência de 5 (cinco) alterações ao plano que inicidiram sobre as seguintes Iniciativas: • Exclusão de âmbito da Sub-Iniciativa Gestão de Remunerações e Contribuições (pertencente à Iniciativa Arrecadação e Controle da Receita da Área de Segurança Social); • Planeamento aprovado para a Sede Municipal de Cuchi (Área de Expansão); • Normalização de Bases de Dados e Migração Tecnológica (Área de TIT); • Sistema de Apoio à Gestão (idem); e, • Infra-Estrutura (idem). • SPI – Schedule Performance Index, ou Índice de Desempenho de Prazos. • Do ponto de vista formal, a estrutura interna deste parecer respeita a do relatório que é objecto do mesmo, apresentando uma visão geral de cada uma das Áreas de Actuação a partir da análise dos Planos de Projecto de 2013, assim como os mapas de indicadores macro relativos ao estado e ao progresso de cada Iniciativa. O presente parecer representa um dos corolários da Fiscalização do PQ3S, que recordamos pretende assegurar o cumprimento dos seguintes objectivos: • Identificar e confirmar a adequação de todas as actividades concluídas e em curso, com a Proposta Técnica e a Memória Descritiva do PQ3S, assim como com os Planos de Trabalho aprovados; • Avaliar a execução das actividades dentro dos prazos previstos para as mesmas, aferindo-se para tal a sua obediência ao Cronograma de Execução do PQ3S; • Confirmar a existência das entregas produzidas e das evidências da execução das actividades, mediante a sua análise e a avaliação da interligação daquelas com as actividades a que dizem respeito; • Monitorizar as situações de atraso e de risco, e avaliar

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as medidas implementadas para a sua recuperação e/ ou contenção; • Avaliar a qualidade, objectividade, fidedignidade e oportunidade do reporte da execução do PQ3S por parte da Consultora; • Monitorizar o cumprimento dos objectivos transversais à execução do PQ3S, nomeadamente a qualidade e o processo de transferência de conhecimento; • Certificar o cumprimento dos objectivos das Iniciativas e Sub-Iniciativas do PQ3S, através do constante acompanhamento das actividades respectivas, da sua obediência aos respectivos Cronogramas de Execução e da verificação das Entregas produzidas; • Finalmente, a MacroAudit também procura, de forma constante e reiterada, atingir o objectivo fundamental de produzir um trabalho tecnicamente competente, compreensivo e esclarecedor, e sempre que possível, contributivo. Para a elaboração deste parecer, a MacroAudit recorreu a técnicas de auditoria internacionalmente aceites e balizou a sua actividade em estrita obediência aos princípios aplicáveis à auditoria de projecto. Para além de ter recorrido a diversas reuniões com os Gestores das Áreas e com os Responsáveis das Iniciativas da Consultora Angola Prev, assim como junto de responsáveis do INSS em várias áreas de intervenção do Plano, a MacroAudit também teve em consideração as seguintes fontes de informação documentais para a elaboração do presente parecer: • Proposta Técnica e Memória Descritiva do PQ3S; • Relatório de Desempenho do PQ3S relativo a Novembro de 2013; Ofício com a referência 3773/INSS/GAB.DG/13, emanado pelo Sr. Director Geral do INSS, encaminhando o Relatório de Desempenho do PQ3S relativo ao mês de Novembro de 2013, no qual solicita à MacroAudit a emissão de parecer sobre o mesmo.

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o presente capítulo procederemos à análise detalhada das actividades desenvolvidas no período considerado, ou seja, Novembro de 2013, o que será feito obedecendo à estrutura interna do próprio Relatório Mensal de Desempenho que enumera cada uma das Iniciativas pela seguinte ordem: • Área de Capital Humano; • Área de Segurança Social; • Área de Administração e Finanças; • Área de Expansão; • Área de Tecnologias de Informação e Telecomunicações. 2.1. ÁREA DE CAPITAL HUMANO As Iniciativas da Área de Capital Humano que contaram com actividades no período considerado neste parecer, estão sintetizadas no quadro abaixo.

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•Arquitectura da Área de Recursos Humanos * •Transferência de Conhecimento •Clima Organizacional* •Avaliação dos Colaboradores Nacionais do PQ3S * •Estrutura Orgânico-Funcional* •Competências * •Formação ea Desenvolvimento * •Recrutamento, Selecção e Acolhimento ** •Gestão de Desempenho ** •Carreiras ** •Planos de Sucessão ** •Compensações e Benefícios ** •Gestão Administrativa de Recursos Humanos


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Os Maias A casa que os Maias vieram habitar em 50 Lisboa, no outono de, era conhecida na visinh 100 ança da rua de S. Francisco de Paula, e em todo o bairro das Janellas Verdes, pela casa do Rama 200 lhete ou simplesmente o Ramalhete. Apesar d’este fresco nome de vivenda campestre, o Ramalhete, 300 sombrio casarão de paredes severas, com um renque de estreitas varandas de ferro no primeiro an 400 dar, e por cima uma timida fila de janellinhas abrigadas à beira do telhado, tinha o aspecto tr 500 istonho de Residencia Ecclesiastica que competia a uma edificação do reinado da sr.ª D. Maria 600 I: com uma sineta e com uma cruz no topo assimilhar-se-hia a um Collegio de Jesuitas. O nome de R 700 amalhete provinha de certo d’um revestimento quadrado de azulejos fazendo painel no logar heral 800 dico do Escudo d’Armas, que nunca chegara a ser collocado, e representando um grande ramo de gi 900 rasoes atado por uma fita onde se distinguiam letras e numeros d’uma data. Longos annos o Rama 1000 lhete permanecera deshabitado, com teias d’aranha pelas grades dos postigos terreos, e cobrind 1100 o-se de tons de ruina. Em Monsenhor Buccarini, Nuncio de S. Santidade, visitara-o com idéia d’ 1200 installar lá a Nunciatura, seduzido pela gravidade clerical do edificio e pela paz dormente do 1300 bairro: e o interior do casarão agradara-lhe tam-

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bem, com a sua disposição apalaçada, os tectos 1400 apainelados, as paredes cobertas de frescos onde já

•Política e Sustentabilidade da Protecção Social Obrigatória * •Política da Qualidade de Dados •Inscrição e Enquadramento na Segurança Social * •Actualização do Cadastro dos Funcionários Públicos ** •Arrecadação e Controlo da Receita*** •Informação e Gestão do INSS * •Centro de Documentação e Informação •Melhoria Contínua do Atendimento

desmaiavam as rosas das grinaldas e as fac 1500 es dos Cupidinhos. Mas Monsenhor, com os seus habitos de rico prelado romano, necessitava na s 1600 ua vivenda os arvoredos e as agoas d’um jardim de luxo: e o Ramalhete possuia apenas, ao fundo 1700 dum terraço de tijolo, um pobre quintal inculto, abandonado ás hervas bravas, com um cypreste, 1800 um cedro, uma cascatasinha secca, um tanque entulhado, e uma estátua de mar-

ÁREA : SEGURANÇA SOCIAL Iniciativa SPI

(%) Física Efectiva

(%) Prevista

Realização

Política e Sustentabilidade da Protecção 100% 100% Política e Sustentabilidade da Protecção 100% 100% Política e Sustentabilidade da Protecção 100% 100% Política e Sustentabilidade da Protecção 100% 100% Política e Sustentabilidade da Protecção 100% 100% Política e Sustentabilidade da Protecção 100% 100% Política e Sustentabilidade da Protecção 100% 100% Política e Sustentabilidade da Protecção Política e Sustentabilidade da Protecção Política e Sustentabilidade da Protecção Política e Sustentabilidade da Protecção 100% 100% Política e Sustentabilidade da Protecção 100% 100% Política e Sustentabilidade da Protecção 100% 100% Política e Sustentabilidade da Protecção 100% 100% Política e Sustentabilidade da Protecção 100% 100% Política e Sustentabilidade da Protecção 100% 100% PROJECTO DE CERTIFICAÇÃO EXTERNA DE AUDITORIA DOS SERVIÇOS PROVINCIAIS DO INSS | 6


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Os Maias A casa que os Maias vieram habitar em 50 Lisboa, no outono de, era conhecida na visinh 100 ança da rua de S. Francisco de Paula, e em todo o bairro das Janellas Verdes, pela casa do Rama 200 lhete ou simplesmente o Ramalhete. Apesar d’este fresco nome de vivenda campestre, o Ramalhete, 300 sombrio casarão de paredes severas, com um renque de estreitas varandas de ferro no primeiro an 400 dar, e por cima uma timida fila de janellinhas abrigadas à beira do telhado, tinha o aspecto tr 500 istonho de Residencia Ecclesiastica que competia a uma edificação do reinado da sr.ª D. Maria 600 I: com uma sineta e com uma cruz no topo assimilhar-se-hia a um Collegio de Jesuitas. O nome de R 700 amalhete provinha de certo d’um revestimento quadrado de azulejos fazendo painel no logar heral 800 dico do Escudo d’Armas, que nunca chegara a ser collocado, e representando um grande ramo de gi 900 rasoes atado por uma fita onde se distinguiam letras e numeros d’uma data. Longos annos o Rama 1000 lhete permanecera deshabitado, com teias d’aranha pelas grades dos postigos terreos, e cobrind 1100 o-se de tons de ruina. Em Monsenhor Buccarini, Nuncio de S. Santidade, visitara-o com idéia d’ 1200 installar lá a Nunciatura, seduzido pela gravidade clerical do edificio e pela paz dormente do 1300 bairro: e o interior do casarão agradara-lhe tambem, com a sua disposição apalaçada, os tectos 1400 apainelados, as paredes cobertas de frescos onde já desmaiavam as rosas das grinaldas e as fac 1500 es dos Cupidinhos. Mas Monsenhor, com os seus habitos de rico prelado romano, necessitava na s 1600 ua vivenda os arvoredos e as agoas d’um jardim de luxo: e o Ramalhete possuia apenas, ao fundo 1700 dum terraço de tijolo, um pobre quintal inculto, abandonado ás hervas bravas, com um cypreste, 1800 um cedro, uma cascatasinha secca, um tanque entulhado, e uma estátua de marmore (onde Monsenho 1900 r reconheceu logo Venus Citherêa) ennegrecendo a um canto na lenta humidade das ramagens silve 2000 stres. Além d’isso, a renda que pedio o velho Villaça, procurador dos Maias, pareceu tão exage 2100 rada a Monsenhor, que lhe perguntou sorrindo se ainda julgava a Egreja nos tempos de Leão X. V 2200 illaça respondeu - que tambem a nobreza não estava nos tempos do sr. D. João V. E o Ramalhete, 2300 continuou deshabitado. Este inutil pardieiro (como lhe chamava Villaça Junior, agora por morte 2400 de seu pae administrador dos Maias) só veio a servir, nos fins de, para lá se arrecadarem as m 2500 obilias e as louças provenientes do palacete de familia em Bemfica, morada quasi historica, qu 2600 e, depois de andar annos em praça, fôra então

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> PONTO DE SITUAÇÃO

50% 85%

50% 85%

TRABALHO REALIZADOS

50% 85%

TRABALHO PLANEADOS

50% 85%

TRABALHO REALIZADOS

50% 85%

50%

TRABALHO PLANEADOS

>


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ÁREA DE CAPITAL HUMANO;

 ÁREA DE ADMINISTRAÇÃO E FINANÇAS;

 ÁREA DE SEGURANÇA SOCIAL;

 ÁREA DE SEGURANÇA SOCIAL;

12%

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 ÁREA DE SEGURANÇA SOCIAL;

68%

Os Maias A casa que os Maias vieram habitar em 50 Lisboa, no outono de, era conhecida na visinh 100 ança da rua de S. Francisco de Paula, e em todo o bairro das Janellas Verdes, pela casa do Rama 200 lhete ou simplesmente o Ramalhete. Apesar d’este fresco nome de vivenda campestre, o Ramalhete, 300 sombrio casarão de paredes severas, com um renque de estreitas varandas de ferro no primeiro an 400 dar, e por cima uma timida fila de janellinhas abrigadas à beira do telhado, tinha o aspecto tr 500 istonho de Residencia Ecclesiastica que competia a uma edificação do reinado da sr.ª D. Maria 600 I: com uma sineta e com uma cruz no topo assimilhar-se-hia a um Collegio de Jesuitas. O nome de R 700 amalhete provinha de certo d’um revestimento quadrado de azulejos fazendo painel no logar heral 800 dico do Escudo d’Armas, que nunca chegara a ser collocado, e representando um grande ramo de gi 900 rasoes atado por uma fita onde se distinguiam letras e numeros d’uma data. Longos annos o Rama 1000 lhete permanecera deshabitado, com teias d’aranha pelas grades dos postigos terreos, e cobrind 1100 o-se de tons de ruina. Em Monsenhor Buccarini, Nuncio de S. Santidade, visitara-o com idéia d’ 1200 installar lá a Nunciatura, seduzido pela gravidade clerical do edificio e pela paz dormente do 1300 bairro: e o interior do casarão agradara-lhe tambem, com a sua disposição apalaçada, os tectos 1400 apainelados, as paredes cobertas de frescos onde já desmaiavam as rosas das grinaldas e as fac 1500 es dos Cupidinhos. Mas Monsenhor, com os seus habitos de rico prelado romano, necessitava na s 1600 ua vivenda os arvoredos e as agoas d’um jardim de luxo:

> QUADRO 23 No quadro abaixo é apresentada a situação da execução de cada Iniciativa d a Área de Administração e Finanças à data de referência para o presente parecer, ou seja, 30/11/2013.

e o Ramalhete possuia apenas, ao fundo 1700 dum terraço de tijolo, um pobre quintal inculto, abandonado ás hervas bravas, com um cypreste, 1800 um cedro, uma cascatasinha secca, um tanque entulhado, e uma estátua de marmore (onde Monsenho 1900 r reconheceu logo Venus Citherêa) ennegrecendo a um canto na lenta humidade das ramagens silve 2000 stres. Além d’isso, a renda que pedio o velho Villaça, procurador dos Maias, pareceu tão exage 2100 rada a Monsenhor, que lhe perguntou sorrindo se ainda julgava a Egreja nos tempos de Leão X. V 2200 illaça respondeu - que tambem a nobreza não estava nos tempos do sr. D. João V. E o Ramalhete, 2300 continuou deshabitado. Este inutil pardieiro (como lhe chamava Villaça Junior, agora por morte 2400 de seu pae administrador dos Maias) só veio a servir, nos fins de, para lá se arrecadarem as m 2500 obilias e as louças provenientes do palacete de familia em Bemfica, morada quasi historica, qu 2600 e, depois de andar annos em praça, fôra então comprada por um commendador brazileiro. N’essa o 2700 ccasião vendera-se outra propriedade dos Maias, a Tojeira; e algumas raras pessoas que em Lisb 2800 oa ainda se lembravam dos Maias, e sabiam que desde a Regeneração elles viviam retirados na su 2900 a quinta de Santa Olavia, nas margens do Douro, tinham perguntado a Villaça se essa gente esta 3000 va atrapalhada. - Ainda teem um pedaço de pão, disse Villaça sorrindo, e a manteiga para 3100 lhe barrar por cima. Os Maias eram uma antiga familia da Beira, sempre pouco numerosa, sem lin 3200 has collateraes, sem parentellas - e agora reduzida a dois varões, o senhor

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Os Maias A casa que os Maias vieram habitar em 50 Lisboa, no outono de, era conhecida na visinh 100 ança da rua de S. Francisco de Paula, e em todo o bairro das Janellas Verdes, pela casa do Rama 200 lhete ou simplesmente o Ramalhete. Apesar d’este fresco nome de vivenda campestre, o Ramalhete, 300 sombrio casarão de paredes severas, com um renque de estreitas varandas de ferro no primeiro an 400 dar, e por cima uma timida fila de janellinhas abrigadas à beira do telhado, tinha o aspecto tr 500 istonho de Residencia Ecclesiastica que competia a uma edificação do reinado da sr.ª D. Maria 600 I: com uma sineta e com uma cruz no topo assimilhar-se-hia a um Collegio de Jesuitas. O nome de R 700 amalhete provinha de certo d’um revestimento quadrado de azulejos fazendo painel no logar heral 800 dico do Escudo d’Armas, que nunca chegara a ser collocado, e representando um grande ramo de gi 900 rasoes atado por uma fita onde se distinguiam letras e numeros d’uma data. Longos annos o Rama 1000 lhete permanecera deshabitado, com teias d’aranha pelas grades dos postigos terreos, e cobrind 1100 o-se de tons de ruina. Em Monsenhor Buccarini, Nuncio de S. Santidade, visitara-o com idéia d’ 1200 installar lá a Nunciatura, seduzido pela gravidade clerical do edificio e pela paz dormente do 1300 bairro: e o interior do casarão agradara-lhe tambem, com a sua disposição apalaçada, os tectos 1400 apainelados, as paredes cobertas de frescos onde já desmaiavam as rosas das grinaldas e as fac 1500 es dos Cupidinhos. Mas Monsenhor, com os seus habitos de rico prelado romano, necessitava na s 1600 ua vivenda os arvoredos e as agoas d’um jardim de luxo: e o Ramalhete possuia apenas, ao fundo 1700 dum terraço de tijolo, um pobre quintal inculto, abandonado ás hervas bravas, com um cypreste, 1800 um cedro, uma cascatasinha secca, um tanque entulhado, e uma estátua de marmore (onde Monsenho 1900 r reconheceu logo Venus Citherêa) ennegrecendo a um canto na lenta humidade das ramagens silve 2000 stres. Além d’isso, a renda que pedio o velho Villaça, procurador dos Maias, pareceu tão exage 2100 rada a Monsenhor, que lhe perguntou sorrindo se ainda julgava a Egreja nos tempos de Leão X. V 2200 illaça respondeu - que tambem a nobreza não estava nos tempos do sr. D. João V. E o Ramalhete, 2300 continuou deshabitado. Este inutil pardieiro (como lhe chamava Villaça Junior, agora por morte 2400 de seu pae administrador dos Maias) só veio a servir, nos fins de, para lá se arrecadarem as m 2500 obilias e as louças provenientes do palacete de familia em Bemfica, morada quasi historica, qu 2600 e, depois de andar annos em praça, fôra então comprada por um commendador brazileiro. N’essa o 2700 ccasião

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> QUADRO 23 No quadro abaixo é apresentada a situação da execução de cada Iniciativa da Área de Administração e Finanças à data de referência para o presente parecer, ou seja, 30/11/2013.

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Os Maias A casa que os Maias vieram habitar em 50 Lisboa, no outono de, era conhecida na visinh 100 ança da rua de S. Francisco de Paula, e em todo o bairro das Janellas Verdes, pela casa do Rama 200 lhete ou simplesmente o Ramalhete. Apesar d’este fresco nome de vivenda campestre, o Ramalhete, 300 sombrio casarão de paredes severas, com um renque de estreitas varandas de ferro no primeiro an 400 dar, e por cima uma timida fila de janellinhas abrigadas à beira do telhado, tinha o aspecto tr 500 istonho de Residencia Ecclesiastica que competia a uma edificação do reinado da sr.ª D. Maria 600 I: com uma sineta e com uma cruz no topo assimilhar-se-hia a um Collegio de Jesuitas. O nome de R 700 amalhete provinha de certo d’um revestimento quadrado de azulejos fazendo painel no logar heral 800 dico do Escudo d’Armas, que nunca chegara a ser collocado, e representando um grande ramo de gi 900 rasoes atado por uma fita onde se distinguiam letras e numeros d’uma data. Longos annos o Rama 1000 lhete permanecera deshabitado, com teias d’aranha pelas grades dos postigos terreos, e cobrind 1100 o-se de tons de ruina. Em Monsenhor Buccarini, Nuncio de S. Santidade, visitara-o com idéia d’ 1200 installar lá a Nunciatura, seduzido pela gravidade clerical do edificio e pela paz dormente do 1300 bairro: e o interior do casarão agradara-lhe tambem, com a sua disposição apalaçada, os tectos 1400 apainelados, as paredes cobertas de frescos onde já desmaiavam as rosas das grinaldas e as fac 1500 es dos Cupidinhos. Mas Monsenhor, com os seus habitos de rico prelado romano, necessitava na s 1600 ua vivenda os arvoredos e as agoas d’um jardim de luxo: e o Ramalhete possuia apenas, ao fundo 1700 dum terraço de tijolo, um pobre quintal inculto, abandonado ás hervas bravas, com um cypreste, 1800 um cedro, uma cascatasinha secca, um tanque entulhado, e uma estátua de marmore (onde Monsenho 1900 r reconheceu logo Venus Citherêa) ennegrecendo a um canto na lenta humidade das ramagens silve 2000 stres. Além d’isso, a renda que pedio o velho Villaça, procurador dos Maias, pareceu tão exage 2100 rada a Monsenhor, que lhe perguntou sorrindo se ainda julgava a Egreja nos tempos de Leão X. V 2200 illaça respondeu - que tambem a nobreza não estava nos tempos do sr. D. João V. E o Ramalhete, 2300 continuou deshabitado. Este inutil pardieiro (como lhe chamava Villaça Junior, agora por morte 2400 de seu pae administrador dos Maias) só veio a servir, nos fins de, para lá se arrecadarem as m 2500 obilias e as louças provenientes do palacete de familia em Bemfica, morada quasi historica, qu 2600 e, depois de andar annos em praça, fôra então

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comprada por um commendador brazileiro. N’essa o 2700 ccasião vendera-se outra propriedade dos Maias, a Tojeira; e algumas raras pessoas que em Lisb 2800 oa ainda se lembravam dos Maias, e sabiam que desde a Regeneração elles viviam retirados na su 2900 a quinta de Santa Olavia, nas margens do Douro, tinham perguntado a Villaça se essa gente esta 3000 va atrapalhada. - Ainda teem um pedaço de pão, disse Villaça sorrindo, e a manteiga para 3100 lhe barrar por cima. Os Maias eram uma antiga familia da Beira, sempre pouco numerosa, sem lin 3200 has collateraes, sem parentellas - e agora reduzida a dois varões, o senhor da casa, Affonso 3300 da Maia, um velho já, quasi um antepassado, mais edoso que o seculo, e seu neto Carlos que estu 3400 dava medicina em Coimbra. Quando Affonso se retirara definitivamente para Santa Olavia, o rend 3500 imento da casa excedia já cincoenta mil cruzados: mas desde então tinham-se accumulado as econ 3600 omias de vinte annos de aldêa; viera tambem a herança d’um ultimo parente, Sebastião da Maia, 3700 que desde vivia em Napoles, só, occupando-se de numismatica; - e o procurador podia certamente 3800 sorrir com segurança quando fallava dos Maias e da sua fatia de pão. A venda da Tojeira fôra re 3900 almente aconselhada por Villaça: mas nunca elle approvara que Affonso se desfizesse de Bemfica 4000 só pela rasão d’aquelles muros terem visto tantos desgostos domesticos. Isso, como dizia Villa 4100 ça, acontecia a todos os muros. O resultado era que os Maias, com o Ramalhete inhabitavel, não 4200 possuiam agora uma casa em Lisboa; e se Affonso n’aquella edade amava o socego de Santa Olavia,4300 seu neto, rapaz de gosto e de luxo que passava as ferias em Paris e Londres, não quereria, dep 4400 ois de formado, ir sepultar-se nos penhascos do Douro. E com effeito, mezes antes de elle dexi 4500 ar Coimbra, Affonso assombrou Villaça annunciando-lhe que decidira vir habitar o Ramalhete!! O 4600 procurador compoz logo um relatorio a enumerar os inconvenientes do casarão: o maior era neces 4700 sitar tantas obras e tantas despezas; depois, a falta d’um jardim devia ser muito sensivel a q 4800 uem sahia dos arvoredos de Santa Ollavia; e, por fim alludia mesmo a uma lenda, segundo a qual 4900 eram sempre fataes aos Maias as paredes do Ramalhete, «ainda que (acrescentava elle n’uma phras 5000 .Affonso lamentou tambem que se tivesse despedido o Es 6400 teves, exigiu mesmo que o encarregassem da construcção das cocheiras. O artista ia acceitar - 6500 quando foi nomeado governador civil.

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