SOLICITAÇÃO DE PATROCÍNIO
PROJETO Congresso Cidades Lixo Zero
PROMOÇÃO Instituto Lixo Zero Brasil
DATA Agosto de 2019
REALIZAÇÃO Prefeitura de São Luís
LOCAL São Luís
APOIO INSTITUCIONAL Câmara Legislativa do Distrito Federal – CLDF
CIDADE Maranhão – MA
PROPONENTE Instituto Desponta Brasil
E
stamos tornando o nosso planeta em um grande lixão e, em breve, não teremos mais recursos naturais de fácil acesso. A economia do “extrair-produzir-descartar” não é sustentável. Lixo Zero é o primeiro passo no rumo a uma economia circular. Ao decidir pela realização do evento você está contribuindo para capacitar gestores e legisladores, empoderar empreendedores, encorajar líderes empresariais e motivar alunos e sociedade civil na construção de Cidades Lixo Zero – acelerando a transição para um planeta sustentável. Por isso, somos muito gratos, Time global Lixo Zero (Zero Waste)
SUMÁRIO 1 2 3 4 5
Proponente Justificativa O Projeto: Cidades Lixo Zero Programação Amazônia Lixo Zero: Povos Indígenas Créditos das Imagens
4 10 22 32 36 50
1 PROPONENTE
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INFORMAÇÕES SOBRE O PROPONENTE
RAZÃO SOCIAL Instituto Desponta Brasil
CIDADE Brasília – DF
NOME FANTASIA Desponta Brasil
CEP 70.330-530
CNPJ 17.227.826/0001-90
TELEFONE +55 (61) 3344-3612
ENDEREÇO SHCS Setor de Habitações Coletivas Sul Cr Comércio Residencial Quadra 502 Bloco C Loja 37 Parte 762
EMAIL kadmo@cidadeslixozero.com.br NOME DO(S) REPRESENTANTE(S) Kadmo Côrtes Da Silva
Na campanha de mobilização do Wings For Life 2016, 4 mil pessoas se juntaram à causa e correram por pontos icônicos como o Itamaraty.
SUSTENTABILIDADE MEIO AMBIENTE IGUALDADE ECONÔMICA IGUALDADE DE GÊNERO IGUALDADE RACIAL IGUALDADE EDUCACIONAL
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Instituto Desponta Brasil, fundado em 2012, é uma entidade sem fins lucrativos que visa promover ações convergentes com os objetivos da ONU até 2030, nas áreas de meio ambiente e sustentabilidade, igualdade econômica, de gênero, racial e educacional, com intuito de promover
e engajamento multidisciplinar, multisetorial, que tem o objetivo de impactar o maior número de pessoas, em seus diversos meios. Foram realizadas 24 Semanas Lixo Zero, de forma dinâmica, descentralizada e simultânea em todo o país, contando com o envolvimento de onze capitais, 1000 eventos
um futuro melhor para as próximas gerações. Junto aos seus colaboradores desenvolve projetos nas áreas de sustentabilidade e meio ambiente, acessibilidade, cultura, turismo e educação. Em 2017 firmou parceria com o Instituto Lixo Zero Brasil para fomentar e promover mudança de cultura em relação ao tratamento do lixo, sensibilizando autoridades, gestores e cidadãos e se firmando como o realizador das atividades relacionadas ao ILZB. O Inicio desta parceria foi marcado pela realização da “Semana Lixo Zero Brasil” 2017, que é uma plataforma de mobilização
em 8 dias, workshops de compostagem, reciclagem, limpeza de praia, palestras, documentários, apresentações artísticas, com envolvimento de 3 mil voluntários e 100 mil pessoas impactadas naquela semana pela ação de educação e conscientização. O fortalecimento desta parceria veio com a decisão de trazer o Congresso Internacional Cidades Lixo Zero, para Brasília, por entender que a Capital do País tem o poder de despertar e acelerar a mudança de atitude na sociedade. Assim, iniciamos a organização e mobilização do Governo Distrital e Federal promovendo em outubro de 2017,
“Diálogos Inspiradores“ em parceria com a Câmara Legislativa do Distrito Federal, com a presença dos especialistas internacionais Pal Martensson, mentor do “Let’s do It!”, movimento mundial de cidadania e cuidado com o meio ambiente, e Leslie Lukacs, fundadora do Green Initiatives for Venues and Events
presários, gestores públicos e privados, corpo diplomático, acadêmicos e sociedade civil em geral, tiveram acesso aos conceitos e exemplos das práticas Lixo Zero, o que motivou assinatura do acordo de cooperação técnica com o 7º Comando Naval da Marinha com vistas a planejar, executar e controlar
(GIVE), organização dedicada a aumentar a conscientização para implementação de programas de sustentabilidade e lixo zero em locais e eventos especiais, como o Rose Bowl Stadium na Califórnia. Em março de 2018, em parceria com o 7º Comando Naval da Marinha, realizou o lançamento do Congresso com a palestra “Lixo Zero, o primeiro passo para uma Economia Circular”, proferida por Alessio Ciacci, vencedor do Goldman Prize e de Inovação política da União Europeia, com a implementação da tarifa pontual. Por intermédio destes eventos, mais de 400 pessoas, dentre em-
ações conjuntas voltadas para a implantação e implementação das práticas Lixo Zero na Vila Naval Visconde de Inhaúma, tornando-a uma das primeiras unidades do Distrito Federal engajadas no programa Comunidades Lixo Zero do Instituto Lixo Zero Brasil. O Instituto Desponta Brasil realizou a campanha de mobilização do Wings For Life 2016, em Brasília, quando 4 mil pessoas se juntaram à causa e correram por pontos icônicos de Brasília, como Catedral Metropoli tana Nossa Senhora da Aparecida, Itamaraty, Teatro Nacional, Universidade de Brasília, Lago Paranoá e Ponte JK. A Wings For Life
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World Run foi criada para apoiar a fundação sem fins lucrativos Wings For Life, que financia projetos de pesquisa sobre lesões na medula espinhal em todo o mundo. O valor arrecadado com as inscrições do evento é completamente revertido a essas pesquisas e, desde 2014, quando a prova come-
inovação e empreendedorismo. Sempre impulsionada pelo desafio de promover e divulgar o conceito de “Zero Waste” através de múltiplas ações locais, estaduais, nacionais e internacionais, desenvolvendo e garantindo o futuro da sociedade com competência, ética, cortesia e respeito pelo meio ambiente.
çou, já foram arrecadados mais de €7 milhões. Eventos dessa natureza, com apelo social e bem estruturado encantaram a Diretoria do ILZB, o que garantiu aliança entre os institutos, em prol da preservação de nosso planeta. Enfim, o Instituto Desponta Brasil é uma organização da sociedade civil autônoma, sem fins lucrativos, que apoia e realiza projetos nos eixos do Turismo, Meio Ambiente e Esporte no Brasil. Tendo equipe executiva e técnica, com experiência na formação de planejamento estratégico, tático e o desenvolvimento de ofertas em função das demandas, contextualizadas as condições ambientais,
Além dos projetos citados, o Instituto também vem atuando como formador de alianças estratégicas e projetos voltados para o desenvolvimento de jogos cooperativos, empreendedorismo social, tecnologia e pesquisas voltadas ao comportamento do consumidor.
“O valor arrecadado com as inscrições do evento é completamente revertido a essas pesquisas e, desde 2014, quando a prova começou, já foram arrecadados mais de €7 milhões.”
2 JUSTIFICATIVA
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e acordo com dados da Organização das Nações Unidas (ONU), entre 2007 e 2050, o número de habitantes nas cidades do planeta terá um aumento de 3,1 bilhões de pessoas. Este aumento traz consigo uma carga cada vez maior sobre a infraestrutura, os serviços governamentais, os recursos
O Brasil, nas últimas décadas, apresentou alta taxa de crescimento populacional e sofreu processo de urbanização intenso, principalmente a partir dos anos 60. A quantidade de cidades criadas se multiplicou e já chegou ao universo de mais de cinco mil e quinhentas prefeituras em todo o País, sen-
naturais, o clima e muitos outros aspectos fundamentais para a qualidade de vidas nas áreas urbanas. Na América Latina, 75% da população, ou seja 375 milhões de pessoas, vivem em áreas urbanas. Deste total 120 milhões vivem abaixo da linha de pobreza. Muitos são os desafios, os quais devem se repetir em escala ainda maior na África e na Ásia nos próximos anos. É possível que soluções latino-americanas aplicadas para enfrentar tais desafios possam ser reproduzidas. O índice de urbanização brasileira foi o maior de toda a América Latina, entre 1970 e 2010. Hoje 86,53% da população brasileira é urbana.
do a maior parte delas criadas nos últimos trinta anos. Neste contexto, cada vez mais aumenta a consciência de que não é possível à humanidade permanecer com o atual modelo de desenvolvimento. Temos de criar uma transição para um desenvolvimento sustentável, que integre as dimensões social, ambiental e ética, baseado em uma economia que seja inclusiva, verde e responsável. Não há melhor lugar para exercitar essa agenda do que nos centros urbanos onde vivemos e convivemos com todos estes desafios. É nas cidades que ocorre o consumo da quase totalidade dos produtos e serviços
1 BRASIL Política Nacional de Resíduos Sólidos, Lei 12.305. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 2 ago. 2010. Disponível em: <www.planalto.gov.br/ ccivil_03/_ato20072010/…/lei/l12305. htm> Acesso em: 16 abr. 2018
que utilizam materiais e recursos proveni entes do meio ambiente. A desigualdade nas cidades está na origem de todos os problemas que afetam a qualidade de vida da população. Implementar ações para diminuir a desigualdade e ocupar todo o território com equipamentos e serviços públicos de qualidade deve ser a prioridade da sociedade e dos gestores. Os modos de consumo e a geração de resíduos sólidos se tornam um dos grandes problemas enfrentados atualmente pela população mundial. Por isso, é possível observar que a gestão de resíduos está incluída explicita ou implicitamente em mais da metade dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS 2030), sendo que esses objetivos e as metas correspondentes nas áreas de segurança alimentar, saúde ou cidades sustentáveis, por exemplo, não podem ser alcançados sem uma gestão ade-
quada de resíduos sólidos. Um sistema de resíduos sólidos é um sistema social. O comportamento humano molda todos os aspectos e etapas do processo, desde o consumo até a disposição final. Os impactos do sistema em indivíduos, comunidades, instituições e práticas exigem uma avaliação cautelosa e a participação significativa dos principais atores instalados nos territórios. Os modos de consumo e a geração de resíduos sólidos se tornam um dos grandes problemas enfrentados atualmente pela população mundial. Por isso, é possível observar que a gestão de resíduos está incluída explicita ou implicitamente em mais da metade dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS 2030), sendo que esses objetivos e as metas correspondentes nas áreas de segurança alimentar, saúde ou cidades sustentáveis, por exemplo, não podem ser alcançados sem uma gestão ade-
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quada de resíduos sólidos. Um sistema de resíduos sólidos é um sistema social. O comportamento humano molda todos os aspectos e etapas do processo, desde o consumo até a disposição final. Os impactos do sistema em indivíduos, comunidades, instituições e práticas exigem uma avaliação cautelosa e a participação significativa dos principais atores instalados nos territórios. Falar de resíduos é falar sobre pessoas, cultura, saúde e muito mais. Nossas vidas, o ar que respiramos, a água que bebemos, a comida que cultivamos e comemos, os recursos que derrubamos ou retiramos do solo, a limpeza de nossos arredores e especialmente das cidades em que vivemos, são todos afetados por uma fraca gestão de resíduos. Nenhum exemplo de uma cidade mal gerida é mais claro do que aquele demonstrado por meio de um pobre sistema de gestão de resíduos. Quando se vê que resíduos estão queimando em lixões a céu aberto, disseminando dioxinas sobre a paisagem e a fumaça negra que invade o ar, sabe-se que o lugar é mal administrado. Quando animais e crianças vivem em lixões, sabe-se que estamos em uma situação em que provavelmente a corrupção é abundante, a cidade tem poucos recursos financeiros e os gestores públicos não têm suas prioridades certas: proteger a saúde e o bem-estar dos cidadãos que vivem lá.
De acordo com a Constituição Federal (CF) Brasileira de 1988, artigo 225, dispõe que “Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.” Seguindo este princípio surge o conceito de não geração de resíduos sólidos, o qual aparece como prioridade na Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS – Lei Federal nº 12.305/2010)1, elaborada por meio do Ministério do Meio Ambiente em 2010, ou seja, a PNRS ordena que a não geração de resíduos sólidos seja uma prioridade. Neste contexto brasileiro, o Ministério do Meio Ambiente, afirma que a correta destinação dos resíduos sólidos é uma condição primordial para uma cidade sustentável. O manejo inadequado dos resíduos sólidos acarreta muitos problemas ambientais, sociais e econômicos para as comunidades atingidas. Considerando o conceito proposto na PNRS da não geração de resíduos, essa política tem como pilar de sustentação o princípio da “Res ponsabilidade Compartilhada”, o que significa que indústrias, distribuidores e varejistas, prefeituras (gestores públicos) e consumidores são todos responsáveis pelos resíduos sólidos e cada um terá de contribuir para que eles tenham uma disposição final adequada.
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Ainda, de acordo com o Ministério do Meio Ambiente, buscar um melhor ordenamento do ambiente urbano primando pela qualidade de vida da população é trabalhar por uma cidade sustentável. Melhorar a mobilidade urbana, a poluição sonora e atmosférica, o descarte de resíduos sólidos, eficiência energética, economia de água, entre outros aspectos, contribuem para tornar a cidade um destino sustentável. A complexidade das atuais demandas ambientais, sociais e econômicas, bem como o modo de vida e consumo exacerbado, induz e necessita de um novo posicionamento dos três níveis: governo, sociedade civil e iniciativa privada. Tendo como cerne essas necessidades emergentes e visando contribuir para o processo de responsabilidade com-
tável, fundamentados nos temas importantes relacionados à realidade das comunidades do Estado do Maranhão, apresentar os avanços e os problemas que ainda temos por enfrentar com relação ao ambiente, o turismo e a sensibilização da sociedade. Bem como demonstrar metodologias aplicadas que já produziram resultados positivos capazes de contribuir para o processo de se tornar um Destino Turístico Sustentável. As cidades turísticas geram demandas do poder público local diferentes daquelas dos municípios não turísticos. Por isso, é fundamental que as cidades possam contar com dispositivos como o trabalho que o Instituto vem realizando, para que auxiliem no desenvolvimento local para que o turismo possa ter a sustentação necessária para o seu desen-
partilhada de modo a contribuir para um ambiente sustentável, socialmente justo e eco-
volvimento integrado de forma sustentável. O investimento em ações, como o caso do projeto Lixo Zero, que geram um melhor ambiente de convivência social e de respeito ao meio ambiente, torna o destino viável para o desenvolvimento do turismo sustentável. No caso de São Luís com diferentes culturas, uma cidade repleta de passeios em lugares históricos, proximidade com praias e recantos paradisíacos, como os Lençóis Maranhenses e Alcântara, deve investir, prioritariamente, em infraestrutura básica, saneamento, destinação do grande volume de lixo, sinalização, para que seja considerada
“O manejo inadequado dos resíduos sólidos acarreta muitos problemas ambientais, sociais e econômicos para as comunidades atingidas.” nomicamente viável, é que se propõe a realização do evento “Cidades Lixo Zero”. Momento que se pretende debater formas de desenvolver o turismo urbano e susten-
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uma cidade mais agradável para todos os que por ela circulam. O projeto traz como proposta uma forma de intercambiar e conhecer experiências e trocar informações sobre como as cidades estão fazendo para mudar a relação com a geração de resíduos sólidos, o turismo e a sustentabilidade, conforme características socioambientais de cada território. Diante ao exposto, de acordo com a professora UHLMANN2, é possível afirmar que cidades criativas são as que conseguem desenvolver seus ativos sociais, ambientais, culturais e econômicos, oportunizando a qualidade de vida aos habitantes por meio de maior eficiência no meio urbano. A professora afirma ainda que, existem algumas dimensões que indicam o nível de inte-
sustentável, e sustentabilidade não é discurso, é a necessidade urgente de uma postura mais ética nos negócios, que valorize de fato os indivíduos e o meio ambiente”. Transformar os territórios em locais sustentáveis, envolve um dinâmica continuada e que deve envolver todos os agentes so-
ligência criativa de uma cidade, aqui destacamos o planejamento urbano, o meio ambiente, as conexões internacionais, a coesão social, o capital humano e a governança como alguns dos Mudei o texto pra ficar mais conectado diversos indicadores que estão diretamente relacionados aos objetivos e princípios promovidos por meio do Congresso Internacional Cidades Lixo Zero. Ela afirma ainda que, com estes indicadores não compreendem toda a realidade de uma cidade, mas indicam que as cidades que os têm são boas para os moradores e, portanto, boa também para visitar. Por fim, ela afirma, “a cidade criativa e inteligente é
ciais e econômicos, em prol da diminuição dos riscos causados pelo mundo globalizado, impulsionado pela tecnologia e massificação dos destinos. Pretende-se com o evento reforçar o conceito de Responsabilidade Compartilhada, incentivando que todos as esferas envolvidas hajam efetivamente para alcançar os benefícios sustentáveis para nosso território. Re forçar que o cidadão é responsável não só pela disposição correta dos resíduos que gera, mas também é importante que repense e reveja o seu papel como consumidor; por outro lado, o setor privado, fica responsável pelo
2 https://www. folhadelondrina.com.br/ colunistas/espaco-aberto/cidades-criativas-turismo-sustentavel-1011101.html
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gerenciamento ambientalmente correto dos resíduos sólidos, pela sua reincorporação na cadeia produtiva e pelas inovações nos produtos que tragam benefícios socioambientais, sempre que possível; os governos federal, estaduais/distritais e municipais passam então a ser responsáveis pela elaboração e implementação dos planos de gestão de resíduos sólidos, assim como dos demais instrumentos previstos na PNRS. Muito se discute sobre a geração de resíduos sólidos no Brasil e os problemas socioambientais que isso acarreta. Sem dúvidas, os problemas perpassam por todos os âmbitos, prejudicando o bem estar social e a convivência social. Por sua vez, esse conceito de Responsabilidade Compartilhada, relaciona-se com o aumento da eficiência
de destinação inadequada. Esse cenário resulta em um avassalador prejuízo a saúde de mais de 96 milhões de pessoas em todas as regiões do país (ABRELPE, 2016). Em São Paulo, lixões e unidades inadequadas de destinação de resíduos sólidos geram um prejuízo de R$ 420 milhões anualmente para o
da cadeia produtiva de resíduos sólidos e de serviços em geral, utilizando-se tecnologias adequadas, pode contribuir para uma enorme gama de segmentos, gerando negócios e lucro imediato.3 Os dados de geração de resíduos sólidos são alarmantes e nos faz concluir que precisamos reduzir essa produção, promover o reuso e a destinação adequada dos resíduos sólidos. No Brasil, somamos cerca de 196.050 toneladas de Resíduos Sólidos Urbanos por dia e o Nordeste é responsável pela geração de 22,4% desse montante que são coletados e com parcela representativa
tratamento de saúde e recuperação ambiental (ABRELPE; 2016). Fundamentando nos princípios jurídicos do Direito Ambiental, o art. 9º da PNRS coloca em primeiro lugar a não geração de resíduos sólidos. Machado (2012) explica que esta é uma ordem com força legal, ou seja, é um dever segui-la. A primeira preocupação de qualquer empreendimento, público ou privado, deve ser a de não gerar resíduos. Portanto, se uma cidade pretende se tornar um destino turístico de qualidade e sustentável, capaz de promover o bem estar tanto para a população como os visitantes que por ela
3 Fonte: https:// portalresiduossolidos. com/situacao-atualdos-rs-no-brasil/
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CIDADES CRIATIVAS DESENVOLVEM ATIVOS SOCIAIS, AMBIENTAIS, CULTURAIS E ECONÔMICOS
Congresso Internacional Cidades Lixo Zero em BrasĂlia, junho de 2018.
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convivem, é urgente a necessidade de investimentos, não somente em infraestrutura (como é visível em diversas cidades brasileiras), como também em educação e sensibilização quanto aos modos de consumo e destinação de resíduos, favorecendo um ambiente saudável, limpo e sustentável para garantir a perpetuação dos territórios para as gerações futuras. Para isso é que construímos um evento consistente e com programação multidis ciplinar, capaz de incentivar e promover uma cultura de consumo sustentável. A progra mação contará com palestras no primeiro dia com foco nas Cidades Lixo Zero, no segundo especialistas Lixo Zero e no terceiro salas temáticas, com o objetivo de capacitar os participantes em vários assuntos como compostagem, hortas para apartamentos,
cidades, quais as dificuldades enfrentadas e suas soluções criativas. Conhecer um pouco mais também sobre os benefícios percebidos pela população, a economia de recursos públicos e os ganhos monetários colhidos pela Cooperativa de Catadores, parceiro essencial integrado ao projeto como agente fomentador da economia circular. Por fim, porém não menos importante, será exibido o documentário Cidades Lixo Zero. O filme se monta em pensamentos de importantes especialistas, ativistas, pesquisadores e gestores públicos nacionais e internacionais que participaram do Congresso Internacional Cidades Lixo Zero em Brasília em junho de 2018. A obra apresenta reflexões sobre os impactos da mudança do comportamento individual e em sociedade rela-
confecção com recicláveis e outros mais. Iremos apresentar o caso da Super Quadra Residencial Sustentável, aqui também chamada de Territórios Sustentáveis. Este conceito surgiu na aplicação da metodologia Lixo Zero com o objetivo de tornar a quadra sustentável, a qual já possui uma carta de compromisso junto ao Instituto que prevê que a mesma atinja a meta de Lixo Zero, o que representa que 90% de todo o lixo gerado é desviado do aterro sanitário, reforçando o conceito de economia circular. Durante o evento, será possível conhecer o passo a passo implementado em diversas
cionado ao consumo e a responsabilidade sobre resíduos gerados. Traz abordagens com aspectos políticos, econômicos, ambientais, culturais e sociais. Nos mostra também um pouco sobre os programas Lixo Zero implementados com excelência por todos os cinco continentes. O Congresso foi uma ótima oportunidade de mostrar nossa capital ao mundo, o que desejamos repetir com a Capital do Maranhão. Momentos cheios de inspiração, conhecimento e união que vivenciaremos juntos. Aprendendo, trabalhando, transformando e criando um planeta mais Lixo Zero!
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Caso semelhante e que se tornou modelo no País, que percorreu caminhos similares ao que estamos almejando, é o da cidade de Curitiba que é reconhecida como uma das cidades turísticas mais sustentáveis do mundo.4 Uma cidade com uma população de 1,8 milhões de pessoas situada no sul do Brasil tornou-se um modelo internacional em sustentabilidade ecológica, social e econômica. O catalisador dessa transformação ocorreu em 1970, quando uma equipe de urbanistas, engenheiros, sociólogos liderada por Jaime Lerner se uniram para fazer da ecologia uma parte da vida cotidiana, incorporando um transporte eficiente e de fácil utilização, espaços abertos e com grandes áreas verdes, o transporte e a gestão de resíduos adequada, uma boa saúde e sistema educacional sem precedentes no país, tudo isso contando com a participação ativa dos cidadãos considerando o princípio da Responsabilidade Compartilhada desde então. De acordo com a prefeitura de Curitiba5 , a cidade brasileira é a melhor colocada no ranking de cidades elaborado pelo Readers Riders/2007, figurando em 54º lugar entre as 72 melhores para se viver no mundo. Re conhecida pelo Institute Ethimosphere/2009, foi considerada entre as 10 cidades da América Latina mais sustentáveis do Mundo. A revista Forbes/2009, considerou Curitiba como a 3ª cidade mais “esperta” do mundo, título que
4 Fonte: http:// meioambiente. culturamix.com/ projetos/uma-cidade-sustentavel, consultado em 16/11/2018, as 22h42. 5 http://www.turismo. curitiba.pr.gov.br/ conteudo/ dados-economicos/76
reconhece o destino como ecologicamente sustentável, uma vez que possui qualidade de vida, infraestrutura e dinamismo econômico. Partindo deste conceito integrado de desenvolvimento sustentável, é que esperamos avançar para que São Luís possa vir a ser reconhecida, num futuro próximo, como cidade e destino sustentável. A gestão de resíduos é um tema global. Se não for devidamente enfrentado, o resíduo apresenta uma ameaça à saúde pública e ao meio ambiente. É um problema crescente ligado diretamente à forma como a sociedade produz e consome, o que diz respeito a todos. Da mesma forma, os custos da ingestão afetam a todos pela proliferação de doenças, po-
“Se não for devidamente enfrentado, o resíduo apresenta uma ameaça à saúde pública e ao meio ambiente.”
Curitiba é reconhecida como uma das cidades turísticas mais sustentáveis do mundo
luição e a perda de oportunidades econômicas. Uma cidade poluída, por exemplo, não possui condições de salubridade pública para receber turistas, nem mesmo oferecer condições saudáveis para seus moradores. Os governos nacionais devem se concentrar em oferecer suporte em nível local para resolver os problemas atuais causados pelos lixões e toda forma de destinação inadequada.
A prevenção, minimização, reutilização e a reciclagem dos resíduos serão metas importantes e exigirão bons sistemas de comunicação, e devem incluir o envolvimento e engajamento dos principais atores no sistema. É extremamente importante dedicar tempo a construir o envolvimento dos ci dadãos e dos demais atores no processo de elaboração de políticas sustentáveis.
3 O PROJETO: CIDADES LIXO ZERO
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6 Termo utilizado no projeto como parte da metodologia do Instituto Lixo Zero para caracterizar locais onde há uma atuação integrada com o conceito principal da estratégia proposta chamada Cidades Lixo Zero. Os territórios surgem com a aplica-
U
ção da metodologia Lixo Zero que tem como objetivo que os locais participantes, atinjam a meta de Lixo Zero, o que representa acima de 90% de todo o lixo zerado é revertido antes de seguir para lixões ou similares, reforçando o conceito de economia circular.
ma das soluções que o projeto Cidades Lixo Zero propõe é a promoção, a partir dos Territórios Lixo Zero6, de sinergias entre os avanços científicos e tecnológicos, socioculturais e institucionais, para que harmonizem os processos do desenvolvimento em nível local, tornando-o os territórios sus-
fundada por franceses, tem a maior coleção de azulejos portugueses da América Latina e, apesar de pertencer ao Nordeste, fica juntinho da Amazônia. No Centro Histórico, as fachadas dos casarões, enfeitadas por delicados ladrilhos vindos da então Metrópole, permitem uma
tentáveis. O objetivo é estimular sempre a participação dos cidadãos como forma de contribuir para a melhoria da qualidade de vida de cada região, aproveitando a troca de informações e experiências em níveis local, regional e global. Estimular os territórios a se tornarem sustentáveis garante que as partes do todo se fortaleçam e, na sua essência, possam avançar para que o Destino seja considerado sustentável em sua totalidade. O projeto é uma iniciativa que pretende garantir sustentabilidade ambiental e fortalecer sua vocação turística. São Luís, capital do Maranhão, é a única cidade do país
volta ao passado. A “Ilha do Amor”, como São Luís é conhecida, também tem seu lado moderno, como lembram a movimentada Avenida dos Holandeses e os bares da charmosa Lagoa da Jansen. A metodologia prevê a participação da comunidade local na tomada de decisões, a economia urbana preservando os recursos naturais, a equidade social, a gestão e destinação de resíduos sólidos, o correto ordenamento do território, a mobilidade urbana e diversos outros fatores que juntos irão favorecer a sustentabilidade e a qualidade de vida nas cidades.
GESTÃO DE RESÍDUOS ACESSIBILIDADE ENTRETENIMENTO TURISMO
PESQUISA
EDUCAÇÃO
CULTURA
EMPREENDEDORISMO JOGOS DIGITAIS
As instâncias de governanças locais e os gestores públicos são, no dia a dia, o nível mais próximo dos cidadãos e por isso devem incentivar e influenciar os comportamentos sociais e individuais no sentido de buscar a sustentabilidade, seja por meio dos sistemas tradicionais de educação como também por meio do incentivo às iniciativas sociais como esta que propomos. Desde início de 2017, nosso instituto vem atuando de forma mais intensa em projetos de gestão de resíduos sólidos, acessibilidade, cultura, turismo, educação, entretenimen to, empreendedorismo, jogos digitais e pesquisa. Em virtude da parceria com o Instituto Lixo Zero Brasil, em desenvolvendo a metodologia que estimula uma mudança de atitude da sociedade com relação à geração e destinação dos resíduos gerados, estabelecendo metas de desvio dos resíduos encaminhados para os aterros e o fomento da Economia Circular. Além de eventos de médio e grande porte voltados para o tema, implementou ações pontuais, como é o caso da implementação da metodologia Lixo Zero em bairros residências horizontais e verticais, prédios públicos, supermercados, shopping em diversas cidades. A dinâmica favorece o surgimento dos territórios que chamamos de “Territórios Lixo Zero”. Fazer com que uma cidade esteja associada ao conceito de destino turístico sus-
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tentável, envolve a gestão de muitos processos e aspectos sociais, econômicos, ambientais, políticos. Como recorte para este projeto, propomos entender mais sobre a pauta ambiental dos resíduos sólidos e os impactos que estes acarretam para a sociedade, influenciando diretamente nos resultados econômicos de diversas atividades, em especial, na análise da cadeia produtiva do turismo e lazer. Essa análise dos impactos dos resíduos sólidos no setor de turismo em na cidade e no estado será discutida no decorrer do evento, momento em que pretendemos consolidar todas as informações no documento final proposto para ser entregue à sociedade local, com a perspectiva de que se torne um documento referencial para o desenvolvimento e gestão de práticas sustentáveis – Guia Prático: Territórios Lixo Zero – Rumo ao Desenvolvi mento de Destinos Sustentáveis. Este documento trará a análise e compilação das melhores práticas em gestão de resíduos e gestão de destinos com práticas sustentáveis em destaque no cenário regional e nacional, dando ênfase à reponsabilidade compartilhada nas ações e ganhos sociais, econômicos e ambientais, especialmente vinculados aos destinos turísticos. Trará como cerne uma metodologia prática, facilmente exequível, orientada por meio de infográficos contendo técnicas, ferramen-
tas e práticas adequadas para a realidade regional, com foco nos conceitos de desenvolvimento social e econômico, priorizando as atividades para as quais São Luís já tem vocação consolidada (economia criativa, turismo, esporte, cultura, design e inovação). Garantir que as estratégias de economia circular (responsabilidade compartilhada) sejam implementadas de forma ágil e com rápido retorno, são um dos propósitos do Instituto com a entrega do documento “Guia Prático: Territórios Lixo Zero – Rumo Ao De senvolvimento De Destinos Sustentáveis”.
“Como recorte para este projeto, propomos entender mais sobre a pauta ambiental dos resíduos sólidos e os impactos que estes acarretam para a sociedade, influenciando diretamente nos resultados econômicos de diversas atividades, em especial, na análise da cadeia produtiva do turismo e lazer.” Ainda sobre o evento, a proposta prevê iniciarmos com a realização do evento Cida des Lixo Zero, a fim de identificar, analisar e intercambiar experiências positivas que possam ser traduzidas para nossa realidade e implementadas de modo eficiente. Além dis-
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so, também pretendemos entregar os principais resultados das ações realizadas em Brasília e no Brasil, com o objetivo de disseminar o conceito, as práticas e os exemplos bem sucedidos da Metodologia Lixo Zero a todos os integrantes da sociedade, destacando a importância da Responsabilidade Compartilhada nas ações e ganhos sociais, econômicos e ambientais para todos os principais setores da economia local, especial para atores do segmento de turismo, com ênfase nos segmentos de turismo, eventos, negócios e gastronomia. A metodologia Lixo Zero, tem como meta guiar as pessoas e instituições a mudarem as práticas para incentivar os ciclos naturais sustentáveis, onde todos os materiais são projetados para permitir sua recuperação e uso pós-consumo. A partir de premissas éticas, econômicas, eficientes e visionárias, a metodologia promove maneiras específicas de cuidar dos resíduos que são jogados fora e propõe medidas de ação pública e privada que minimizem os impactos do aquecimento global, por meio do reuso criativo dos resíduos. Diante disso, o evento foi idealizado com o propósito de entregarmos os resultados das ações promovidas nos últimos anos, também promover as que estão em curso, os avanços e evoluções capazes de projetar e estimular novas ações inspiradas nos modelos de sucesso que alcançaram novos patamares de
sustentabilidade. O momento atual é de avaliar os caminhos e direcionar os objetivos para avançarmos sempre mais rumo a destinos sustentáveis. Por meio das discussões que irão embasar o guia prático, pretendemos oferecer à sociedade e aos empresários de turismo um documento capaz de estimular e incentivar a prática de atividades sustentáveis no dia a dia de sua empresa, sendo um multiplicador entre os funcionários e suas famílias, bem como em seu ambiente residencial.
“A partir de premissas éticas, econômicas, eficientes e visionárias, a metodologia Lixo Zero promove maneiras específicas de cuidar dos resíduos que são jogados fora e propõe medidas de ação pública e privada que minimizem os impactos do aquecimento global, por meio do reuso criativo dos resíduos.” A adesão de parceiros multiplicadores e muitos especialistas em diversas áreas, atuantes em todo o Brasil, favorece a multidisciplinariedade e pluralidade de projetos em prol do desenvolvimento sustentável de cada região, tendo em vista as principais vocações de cada território e/ou cidade.
IMPACTO ECONÔMICO DO EVENTO Conforme já apresentado anteriormente, um dos grandes objetivos do evento a longo prazo será alcançar os resultados, especialmente, com relação à projeção da imagem do destino e sobre o impacto na economia local, já vistos em outros eventos similares realizados pelo Instituto ou parceiros do setor. Considerando a estrutura proposta, e que se trata da primeira edição no nordeste voltada para o debate de um destino sustentável, é possível afirmar que seja alcançado um total de 410 empregos diretos e indiretos envolvidos seja na programação do evento como também nas empresas representadas durante o evento. Tendo em vista a expectativa da presença/ participação de no mínimo 33 palestras/oficinas/painéis, podendo alcançar a média de 100 pessoas em cada, estimamos um total de 3.300 pessoas participando nas ações técnicas. Tendo em vista o impacto na cadeia produtiva do turismo local, é possível mensurar que o evento possa gerar:
> Uso da oferta hoteleira da cidade estimado em cerca de 60 pernoites, no período de 03 a 04 dias, considerando que se trata da primeira edição, por enquanto composto de palestrantes convidados para apresentação durante o evento; > Consumo em bares e restaurantes a cida de, ampliando o consumo e a arrecadação de impostos, estimativa de gasto médio com base em eventos similares citados na justificativa, em se tratando de 1ª edição, foi estimado um gasto médio di ário de R$250,00 dos visitantes. O evento se propõe a mobilizar a sociedade local e do nordeste em especial, tendo em vista que estamos “arrumando a casa” para bem receber os visitantes, sejam eles por motivações de eventos e negócios, sejam eles a lazer. Esse tipo de evento estimula a participação de estudiosos e pesquisadores do setor de turismo e meio ambiente de forma mais intensa.
PÚBLICO ALVO > gestores públicos: prefeitos, legisladores e afins; > organizações não governamentais; > universidades e instituições de ensino de outros níveis (técnicos); > empresários e empreendedores; > estudiosos e pesquisadores. Classe econômica: A/B/C – todas as idades – 50% feminino e 50% masculino Por se tratar de um tema transversal a todos os setores da sociedade, é aberto a toda população, cidadãos dos mais diversos perfis sociais, culturais e econômicos, de todas as faixas etárias. Em especial, por ter o foco em Gestão Pú blica, o público principal é constituído de gestores públicos, legisladores, secretários das pastas afins, técnicos destas instituições, organizações não governamentais, universida-
des, empresários, empreendedores, turismólogos, engenheiros, indústrias, comércio, especialistas e sociedade civil em geral. A expectativa de público presencial ao longo das ações/programação é de três mil pessoas no período de 3 dias. Entretanto, temos a previsão de geração de todo o conteúdo nas mídias sociais, quando devemos considerar o público das redes sociais, ao longo dos meses seguintes ao projeto, como efeito multiplicador do evento, estima-se que sejam milhares de pessoas impactadas. Essa estimativa poderá ser mensurada a partir da quantidade de visualização em cada post, bem como a quantidade de acessos à página oficial do Instituto sobre o tema Lixo Zero. A comprovação se dará por meio de prints de tela e relatório de gerenciamento do site institucional.
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OBJETIVOS O Cidades Lixo Zero é um instrumento que visa disseminar as melhores práticas Lixo Zero, por meio de exemplos e promoção do aumento dos índices de reciclagem e reuso de materiais, por aqui e consequentemente no mundo. Tem como objetivos: > Disseminar, defender e esclarecer o conceito Lixo Zero; > Mobilizar o Governo Federal, Distrital e Municipais para avaliar novas tecnologias e soluções para a eliminação de resíduos sólidos em todo o território nacional, contribuindo para a redução de impactos ambientais da gestão atual dos resíduos urbanos; > Sensibilizar e envolver todas as partes interessadas no processo de diálogo e engajamento: os governos, a indústria, o cida-
o modelo tradicional de coleta e destinação é ineficiente e compromete em média 25% do orçamento do município. > Lixões estão fechando (caso do Distrito Federal que tinha o segundo maior lixão do mundo,) e o “Lixo” precisa de solução para que novos lixões não sejam formados; > Apresentar e discutir os programas, metodologias, processos e legislações já existentes no Brasil e em outros países para incentivar a implementação de programas eficazes, que demandam urgência; > Incentivar o desenvolvimento de uma campanha educativa, em nível nacional, para conscientizar a população do seu papel numa sociedade Lixo Zero - a importância da separação na fonte e a responsabilidade de cada cidadão, desde a infância;
dão, a sociedade organizada, comunidades, agências de cooperação, entidades de classe, especialistas ambientais, entre outros, para discutir prioridades ambientais para um novo modelo; > Alinhar gestores públicos. Cadeia produtiva e sociedade com os princípios da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS,) lei nº 12.305/10, em vigor, visando sua efetiva implementação em todos os municípios do território brasileiro. A lei define regras e determina aos municípios e cidades a responsabilidade no encaminhamento e destinação dos resíduos por todo o país. Porém,
> Apresentar os melhores casos de excelência na gestão de resíduos sólidos no mundo, implementados pelos projetos “Cidades Lixo Zero”, com foco no que pode ser implementado no Brasil, atendendo a “realidade brasileira,” de forma a mostrar como conscientizar a sua população para embarcar no processo de mudança para o Lixo Zero; > Apresentar e incentivar a compostagem: soluções em pequena, média e escala industrial; > Mostrar como as práticas Lixo Zero podem promover a preservação dos recur-
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sos naturais, reduzindo o uso da energia e as emissões de gases de efeito estufa (GEE), como gás carbônico e metano. > Despertar as empresas, indústrias e governo sobre os negócios em potencial existentes na cadeia do lixo; > Motivar o setor privado: empresários, empreendedores, líderes comunitários, educa-
> Orientar e fomentar o mercado e os profissionais que atuam com o Lixo Zero, e capacitar novos profissionais, para aderirem ao modelo; > Criar soluções customizadas ao lixo, em suas diversas formas e volumes; > Apresentar o Cidades Lixo Zero como ferramenta eficiente para o planejamento.
dores e cidadãos a desenvolverem soluções inovadoras para o mercado e a economia circular (comunicação, informação, logística, georeferenciamento, big data, OIT, reciclagem, reprocessamento, etc); > Provocar a reflexão sobre a Logística Reversa como instrumento de desenvolvimento econômico e social caracterizado por um conjunto de ações, procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial, para reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros ciclos produtivos, ou outra destinação final ambientalmente adequada.
> Potencializar o movimento Lixo Zero, de forma exponencial no país. > Conquistar a cobertura extensa e espontânea da mídia nacional e internacional, em seus diversos formatos e veículos, com participação de formadores de opinião, pessoas públicas e especialistas, pulverizando assim o conceito mundialmente. > Demonstrar o enorme potencial que o Brasil possui para a geração de benefícios ambientais, sociais e econômicos a partir da adoção de práticas, processos e metodologias Lixo Zero;
São Luís, capital do Maranhão, é a única cidade do país fundada por franceses e, apesar de pertencer ao Nordeste, fica juntinho da Amazônia.
4 PROGRAMAÇÃO
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A
programação do evento conta com uma parte dedicada ao conteúdo, a ser realizada no período de 3 dias, uma social e turística durante o evento, outras duas
de cunho socioambiental, dedicada à sensibilização pela arte, prévia ao evento e voltada a capacitação socioambiental com povos indígenas.
1º DIA Matutino 8h00 – 9h00 9h00 – 10h30
Credenciamento Abertura Oficial
10h30 – 10h45
Presidente ILZB – Rodrigo Sabatini
10h45 – 11h00
Coffe Break
11h00 – 11h30
Keynote: Enzo Favoino
11h30 – 12h45
Cidades: Capannori (Alessio Ciacci) / San Francisco (Alex Dmitriew) / Liubliana (Janko Kramzar)
12h45 – 13h45
Almoço
Vespertino 13h45 – 14h15
Keynote: Numero Lim – Legislação para LZ nas Filipinas
14h15 – 15h30
Cidades: Hernani (Luis Intxauspe) / Kathmandu (Mahesh Nakarmi e prefeito) / Bogotá (Sandra Pinzón)
15h30 – 16h45
Cidades: Parma (Raphael Rossi) / Toronto (Jo-Anne St. Godard) / Cidade do Cabo (Mariette Hopley)
16h45 – 17h00
Coffe Break
17h00 – 18h15
Cidades: Kamikatsu (Akira sakano) / Boulder (Kate Bailey) / Florianópolis (Helio Leite – GIRS)
18h15 – 18h45
Keynote: Klaus Fricke
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2º DIA Matutino 8h00 – 9h00
Credenciamento
9h00 – 9h30
Keynote: Charles Moore
9h30 – 10h30
1º Painel: Educação e Consciência: Atiq Zaman (ZW Academy) / Amira C. Odeh Quiñones (PLAN) / Nathan Lukacs (Escola ZW)
10h30 – 10h45
Coffe Break
10h45 – 11h45
2º Painel: Reduzir e Reutilizar: Pal Martensson / Stéphane Vatinel (La recyclerie) / Meu armário coletivo
11h45 – 12h45
3º Painel: Reciclar: Richard Anthony (ZWIA) / Mal Williams (ZW Wales) / Italiano, Green ambiental e Ecozinha
12h45 – 13h45
Almoço
Vespertino 13h45 – 14h15
Keynote: Tan Yigitcanlar
14h15 – 15h15
4º Painel: Tendências LZ: Mateus Mendonça (Giral) / Mundano (Cataki) / Francisco Biazini
15h15 – 16h15
5º Painel: Logística e Infraestrutura: Kate Bailey / Leslie Lukacs / Stefano Ambrosini
16h15 – 16h30
Coffe Break
16h30 – 17h30
6º Painel: Compostagem: Germano Güttler (UDESC Lages) / Lucas Chiabi (Ciclo Orgânico) / Fabiana Cristina Campos (CS Bioenergia)
17h30 – 18h30
7º Painel: Comunidade LZ: Cris dos Prazeres / Revolução dos baldinhos / Numero (possibilidade) A confirmar
18h30 – 19h
Keynote: Gustavo de Lima – Aldeia Lixo Zero
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3º DIA Matutino Sala 1
ZWIA Symposium
Sala 2
ZW & Mitigação Climática
Sala 3
Universidades LZ
Sala 4
Indústria LZ
Sala 5
Eventos LZ
Sala 6
Curso Candidatos & Assinaturas Termo de Compromisso LZ
Sala 7
Políticas Públicas e Melhores Práticas
Auditório Principal
Lixo Marinho e Cidades Costeiras
Vespertino Sala 1
ZWIA Meet up
Sala 2
Modelo Italiano & Modelos no Mundo
Sala 3
Compostagem para LZ
Sala 4
LZ Protagonismo do Catador
Sala 5
Mídia social para LZ
Sala 6
Encontro Embaixadores LZ
Sala 7
LZ e Política Nacional de Resíduos Sólidos
Auditório Principal
Melhores Práticas Brasileiras
T oda a programação, assim como nomes e resumés dos palestrantes será disponibilizada no site do evento: www.cidadeslixozero.com.br
5 AMAZÔNIA LIXO ZERO: POVOS INDÍGENAS
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A
mazônia Lixo Zero é um programa do Instituto Lixo Zero Brasil, que pretende criar uma plataforma junto à comunidade internacional para a multiplicação de saberes e ações para a sustentabilidade da floresta a partir do conceito Lixo Zero. A decisão de realiza-lo no Cidades Lixo Zero dá-
lixo, e a Amazônia é uma delas. Tudo começou em uma viagem feita por Rodrigo Sabatini, presidente do Instituto Lixo Zero Brasil e diretor da Zero Waste International Alliance à Alta Floresta, onde gravou inúmeros vídeos comprovando que há lixo mesmo nas regiões mais distantes e pouco habitadas.
-se pelo momento oportuno onde boa parte da comunidade internacional de especialistas em gestão de resíduos sólidos estará reunida e, sobretudo pelo interesse mundial na preservação desta região. Este programa é fruto do projeto Aldeias Lixo Zero, iniciado em outubro de 2016, pelo ILZB, com os índios Yawanawa, da Terra Indígena Rio Gregório, no estado do Acre, para transformar a aldeia Mutum na primeira comunidade sem lixo da Amazônia. Surgiu da constatação da preocupação de proteger grandes áreas “inóspitas” do Mundo dos problemas causados pelo descarte incorreto, o
Queremos então reunir a comunidade internacional interessada em discutir ética e economia baseada nos princípios do uso sustentável com a comunidade indígena. O que está em moda hoje em lojas da Europa, como o não uso de embalagens, por exemplo, sempre foi o natural nas aldeias indígenas. Por isso, o Congresso trará representantes dos povos indígenas Yawanawá, Ashaninka e Huni Kuin da Amazônia, que já participam das ações do programa Aldeia Lixo Zero, para trocarem suas vivências com os representantes das cidades presentes no evento, para que possam ser os multiplicadores destes
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saberes e ações, que buscam soluções para o desenvolvimento de um cinturão que não permita que o lixo entre na região. Dentre os casos de sucesso nacionais que serão apresentados durante o Cidades Lixo zero estará o mercado Troque-Troque, criado pelo indígena Benki Piyãko. Ele é líder das comunidades indígenas do Acre e viaja o mundo levando as idéias sobre os cuidados para com a Terra. Benki defende a preservação de aldeias e também combate a exploração predatória das terras. Procura disseminar técnicas às comunidades, que ajudem a preservar o meio ambiente. Para ele, a floresta faz parte de um ciclo de vida em que ele faz parte como um Ashaninka, quando se banha no rio ou respira o cheiro puro das flores, quando trabalha de dia ou descansa à noite, quando come frutas ou canta com pássaros e animais. Essa sua felicidade lhe dá força para enfrentar o mundo para ajudar o planeta criando um plano estratégico para desenvolver uma forma sustentável e equilibrada para a humanidade. E Benki afirma: “Queremos que todas as nações do mundo alertem e alertem o nosso governo para acordar e voltar um pouco. Para que admita que cometeu erros que estão agora a matar-nos a todos. Esta mensagem vem da terra, como um pedido para a humanidade compreender que somos seres transitórios aqui e não
podemos simplesmente olhar para o seu próprio bem-estar. Temos de olhar para as gerações futuras e o que vamos deixar para eles. Temos de pensar nos nossos filhos e na terra. Não podemos deixar o país empobrecido e envenenado, como está a acontecer agora.” (Benki, filho da terra.) E é nessa linha de pensamento que o Cidades Lixo zero propõe uma Amazônia Lixo Zero, para que a sociedade entenda quão essencial e inteligente é o consumo Lixo Zero, que não deixa rastro de poluição e cuida da vida que ainda temos na Terra pra essa e para as futuras gerações. O trabalho já foi iniciado na floresta porque entendemos que na verdade a Amazônia é uma grande escola de como viver a vida sem produzir lixo. E nós queremos preservar e aprender com essa escola. Até pouco tempo, na Amazônia era tudo Lixo Zero. Nossa contribuição vai ser ajudá-la a ser Lixo Zero novamente. E quem vai começar nos ajudando são os indígenas, como o Benki, criador do Troc-troc. Ainda há vários passos a serem dados para atingir a meta Aldeia Lixo Zero, mas estamos caminhando, e o Cidades Lixo Zero será a base de formatação da metodologia e capacitação dos povos indígenas, para que os mesmos sejam preparados e qualificados como os disseminadores do Programa Amazônia Lixo Zero.
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TOTAL PREVISTO DE EMPREGOS DIRETOS E INDIRETOS, RESPECTIVAMENTE, GERADOS COM O PROJETO
Descrição
Empregos gerados Diretos
Indiretos
Criação de marca
03
20
Consultoria de elaboração de projeto
03
Agencia de Comunicação
07
Assistente de elaboração de projeto
01
Consultoria de elaboração de conteúdo do congresso
02
Assistente de conteúdo do congresso
01
Gestor Prestação de contas
01
Operador de Sistema de Credenciamento
10
Técnico residente para suporte e manutenção de rede
02
Coordenador de sistema
01
Técnico de áudio
01
Técnico de projeção
01
Cinegrafistas
07
Operador de edição
01
Técnico de Iluminação
01
Técnico
05
Operador de Tradução Simultânea
04
Recepcionista Monolíngue
14
Intérprete Simultâneo Inglês/Português/Inglês
06
05
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Descrição
Empregos gerados Diretos
Atendimento Bilíngue
20
Coordenador geral do evento
01
Coordenador de áreas do evento
02
Produtor de eventos para montagem, desmontagem e logística do todo o evento
03
Assistente de produção pré e durante a execução do evento
02
Assessora de Comunicação
01
Recepcionistas bilíngues
20
Mestre de Cerimônia
01
Equipe de apoio
06
Despachante – alvará
01
Fotógrafo – cobertura fotográfica do evento
02
Documentário
09
Serviços Gerais
15
Segurança
18
Brigadista
03
Médico
01
Técnico em enfermagem
01
Agente de viagens Motorista
Indiretos
30
15
100 08
20
Descrição
Empregos gerados Diretos
Indiretos
Gestão de Resíduos
02
20
Garçons
06
Ornamentação
05
Linguagem de sinais – Libra
02 Total parcial Total
193
217 410
O evento irá promover a contratação direta de 193 profissionais e 217 de maneira indireta.
Amazônia Lixo Zero é um programa do Instituto Lixo Zero Brasil, que pretende criar uma plataforma junto à comunidade internacional para a multiplicação de saberes e ações para a sustentabilidade da floresta a partir do conceito Lixo Zero.
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CUSTOS O valor global do projeto está orçado ao custo de R$ 2.361.392,40 (Dois milhões, tre-
Etapa
zentos e sessenta e um mil, trezentos e noventa e dois reais e quarenta centavos).
Descrição
Fomento
1
Promoção e Divulgação do Congresso
R$ 133.170,00
2
Contratação de serviços de gestão administrativa e financeira para execução do projeto
R$ 101.000,00
3
Contratação de Empresa Especializada na Organização e Produção de Eventos
R$ 135.000,00
4
Contratação de serviços de estrutura, audiovisual, equipamento, montagem, logística e gráfica
R$ 356.530,00
5
Contratação de Recursos Humanos
R$ 93.100,00
6
Contratação de Agencia de Viagem para interlocução, compra de passagem, contratação de hotel
R$ 299.580,00
7
Contratação dos Palestrantes para o Congresso
R$ 805.000,00
1
Contratação de serviços de apoio
R$ 57.968,40
2
Contratação de serviços de Alimentação
R$ 160.260,00
3
Monitoramento e Pesquisa
R$ 5.754,00
4
Criação de Documentário
R$ 200.000,00
5
Artesanato
R$ 350,00
6
Promoção do Turismo Local
R$ 4.800,00
1
City Tour São Luís
R$ 2.580,00
2
Press Tour São Luís
R$ 6.300,00 Total geral
R$ 2.361.392,40
MÍDIA O Cidades Lixo Zero investe e aposta na mídia espontânea que o tema desperta. Para tanto conta com a Assessoria de Imprensa, com atuação nacional e internacional, gerenciamento de Mídias Sociais e reforço de divulgação pelos veículos de comunicação de seus mais de 10 parceiros, incluindo a Secretaria Especial de Comunicação da Presidência da República – SECOM. As ferramentas digitais utilizadas na Di vulgação e propagação do conteúdo são: > Site bilingue – com conceito, atividades, programação, fotos e resumés dos palestrantes e link para Inscrições; > www.cidadeslixozero.com.br > Facebook – posts com arte, textos/ fotos e vídeos e impulsionamento; > Linkedin – postagens de artigos dos pa-
lestrantes convidados e dos parceiros – impulsionamento > https://www.linkedin.com/in/ congresso-internacional-cidades-lixo-zero-2ba245162/ > Canal exclusivo do Youtube – vídeos das ações do ILZB, do Congresso e de Instituições afins e parceiras dentro da temáticaLixo Zero / sustentabilidade > https://www.youtube.com/channel/ UCh7DiBagl1YXNOAWfXROMwA > WhatsApp – o Congresso dispõe de um número dedicado para replicar mensagens de divulgação das atividades e temas abordados, alinhadas com o conteúdo propagado pelas mídias sociais e Assessoria de Imprensa. Estas mensagens são replicadas aos prefeitos dos municípios brasileiros via – CNM e FNP.
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CONTRAPARTIDA AMBIENTAL O próprio conteúdo do Cidades Lixo Zero, oferecido gratuitamente à população, já é uma contribuição para a conscientização ambiental. Em termos de ações práticas e efetivas o evento adotará as seguintes práticas: > Capacitação do público sobre a metodologia Lixo Zero; > Gerenciamento dos resíduos sólidos gerados na preparação do Cidades Lixo Zero, durante e pós-evento, de forma sistematizada e integrada, entre eles, sua forma de geração, segregação (controle da qualidade do resíduo), acondicionamento, sistema de transporte, coleta, mão de obra/colaboradores, disposição, destinação final e educação ambiental. Sendo apresentado em formato de relatório técnico, por meio de textos, quadros, croquis, desenhos, fotografias, gráficos e fluxogramas para análise, suges tões de melhorias e validação da equipe do empreendimento; > Encaminhamento da fração orgânica gerada durante o evento para que seja com-
postada no pátio de compostagem, respeitando o ciclo natural dos produtos e mitigando o efeito de gases estufa, em virtude do correto encaminhamento; > Utilização de pratos, talheres e copos de reuso, para diminuir a quantidade de resíduos gerados no evento; > Os crachás confeccionados para o evento serão em papel semente, o qual será triturado e destinado à compostagem ou ainda, ao plantio de plantas; > Disponibilização de coletores seletivos: a área de exposição contará com modelo real de ponto de entrega voluntária, contendo compostagem, coletores de diversos materiais, tais como, lâmpadas, pilhas, baterias, papel, papelão, plásticos de forma a incentivar e orientar o público sobre a destinação adequada de resíduos; > Destinação dos materiais recicláveis às cooperativas de reciclagem; > A ambientação e sinalização do congresso terá orientações sobre à importância da preservação do meio ambiente;
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CONTRAPARTIDA SOCIAL > Gratuidade nas inscrições para participar do Congresso em qualquer um dos 3 dias, bastando realizar por meio do site: > www.cidadeslixozero.com.br; > Acessibilidade para pessoas com deficiência auditiva, com interpretação em Libras (Linguagem Brasileira de Sinais) nas atividades do auditório principal; > Capacitação de indígenas que sejam multiplicadores da metodologia e práticas
Lixo Zero em suas Aldeias, visando atingir a meta Amazônia Lixo Zero; > Disponibilização de espaço de fala para as Cooperativas de Catadores, assim como devido apoio técnico na preparação de suas apresentações; > Realização de Mesa Eventos Lixo Zero com vistas à conscientizar produtores de eventos para a correta gestão de resíduos em seus empreendimentos.
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O programa Amazônia Lixo Zero surgiu da constatação da preocupação de proteger grandes áreas “inóspitas” do mundo dos problemas causados pelo descarte incorreto.
RESPONSABILIDADE SÓCIO AMBIENTAL O conceito Lixo Zero é uma meta para guiar pessoas e instituições a mudarem as práticas para incentivar os ciclos naturais sustentáveis, onde todos os materiais são projetados para permitir sua recuperação e uso pós-consumo. A partir de premissas éticas, econômicas, eficientes e visionárias, a metodologia promove maneiras específicas de cuidar dos resíduos que jogamos fora e propõe medidas de ação pública e privada que minimizem os impactos do aquecimento global.
O evento vem sendo planejado e construído ao longo de 10 anos pelo Instituto Lixo Zero Brasil. Com a realização de vários eventos em diversas cidades brasileiras, de ações para implementação de práticas Lixo Zero em comunidades escolares, urbanas, rurais e inclusive em Aldeias da Amazônia, e participação ativa em grandes eventos internacionais em vários países do Mundo, o ILZB foi ganhando visibilidade e reconhecimento internacional. Evento este, que tem o objeto a responsabilidade sócio ambiental em seu DNA.
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INFORMAÇÕES FINAIS Dentre os vários dados referentes à gestão dos resíduos sólidos no mundo, que indicam que temos muito o que caminhar e que precisamos urgentemente de uma re-educação e mudança cultural, de hábitos e práticas, em todos os níveis e setores da sociedade e cadeia produtiva, gostaríamos de destacar um dado. As projeções para o Brasil são resultantes da soma das projeções de cada região do país, dados de 2017 comparando-os às informações do ano anterior. Chamamos a atenção do leitor para uma correção realizada nos valores da edição 2016, para aprimoramento dos dados publicados, o que foi verificado durante o processo de tratamento das informações recebidas para a pre-
rio do ano anterior, mantendo praticamente a mesma proporção entre o que segue para locais adequados e inadequados, com cerca de 42,3 milhões de toneladas de RSU, ou 59,1% do coletado, dispostos em aterros sanitários. O restante, que corresponde a 40,9% dos resíduos coletados, foi despejado em locais inadequados por 3.352 municípios brasileiros, totalizando mais 29 milhões de toneladas de resíduos em lixões ou aterros controlados, que não possuem o conjunto de sistemas e medidas necessários para proteção do meio ambiente contra danos e degradações, com danos diretos à saúde de milhões de pessoas. Os recursos aplicados pelos municípios em 2017 para fazer frente a todos os serviços de limpeza
sente edição. Os números referentes à geração de RSU revelam um total anual de 78,4 milhões de toneladas no país, o que demonstra uma retomada no aumento em cerca de 1% em relação a 2016. O montante coletado em 2017 foi de 71,6 milhões de toneladas, registrando um índice de cobertura de coleta de 91,2% para o país, o que evidencia que 6,9 milhões de toneladas de resíduos não foram objeto de coleta e, consequentemente, tiveram destino impróprio. No tocante à disposição final dos RSU coletados, o Panorama não registrou avanços em relação ao cená-
urbana no Brasil foram, em média, de R$10,37 por habitante por mês. A geração de empregos diretos no setor de limpeza pública manteve-se estável, com ligeira variação de 0,3% em relação ao ano anterior e atingiu cerca de 337 mil postos de trabalho formal no setor. O mercado de limpeza urbana movimentou recursos correspondentes a R$ 28,5 bilhões no país, com variação positiva em todas as regiões. (Abrelpe 2017). No entanto, se consideramos que cidades e instituições que adotaram práticas Lixo Zero, conseguiram obter uma economia de 20%, ou até mais em alguns casos, na ges-
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tão de seus resíduos sólidos e com isso conseguiram promover benefícios sociais, econômicos e ambientais para todos setores, constatamos que, apesar da gravidade da situação que nos encontramos, no Brasil e em vários outros países, ela pode ser revertida. Lixo Zero é eficaz e é viável. Mas, só se torna viável com o comprometimento e engajamento de todos. É uma questão de responsabilidade compartilhada, de transversalidade e convergência. De conscientização, capacitação, investimentos, implementação e ação. Já temos bons exemplos reais em escolas, comunidades, instituições e cidades, não só lá fora como aqui no Brasil. Temos uma Lei ampla, que institui a Política Nacional de Resíduos
pais países desenvolvidos no que concerne ao marco legal. Nesse sentido, o Cidades Lixo Zero chega no momento certo e oportuno com uma estrutura que oferece todas as ferramentas para que este esforço se concretize. É o primeiro do mundo dedicado ao Lixo Zero com foco em cidades e que se propõe a disseminar o conceito Lixo Zero e unir os integrantes da sociedade (gestores públicos, gestores de instituições, empresários, educadores e cidadãos, Gerentes públicos, Legisladores, Relações com Investidores, Empreendedores, Turismólogos, Acadêmicos, Sociedade civil e ONGs) para que juntos, consigamos acelerar a nossa organização social e a nossa estrutura econômica para
Sólidos e contém instrumentos importantes para permitir o avanço necessário ao País no enfrentamento dos principais problemas ambientais, sociais e econômicos decorrentes do manejo inadequado dos resíduos sólidos. Temos cidadãos e gestores comprometidos com a causa. Agora, é só nos unirmos, discutirmos, trocarmos conhecimentos, elaborarmos planos estratégicos, contando com cooperação multi-setorial e internacional e partirmos para a ação, munidos de uma consciência Lixo Zero, para que assim possamos colocar o Brasil em patamar de igualdade aos princi-
atingir a meta Lixo Zero. O Cidades Lixo Zero é palco para sensibilizar e promover esta mudança cultural. Estamos no caminho! Brasília, 19 de janeiro de 2019.
KADMO CÔRTES DA SILVA
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CRÉDITOS DAS IMAGENS Página 8 – Palácio do Itamaraty https://pt.wikipedia.org/wiki/ Ficheiro:Palácio_Itamaraty_by_Diego_ Baravelli.jpg Página 20 – Obra Dinossauro, em Museu Nacional Honestino Guimarães Acervo próprio Página 23 – Museu Oscar Niemeyer, em Curitiba https://pt.wikipedia.org/wiki/ Ficheiro:Cidade_de_Curitiba_by_Augusto_ Janiscki_Junior.jpg Página 33 – Teatro Arthur Azevedo, em São Luís https://pt.wikipedia.org/wiki/ Ficheiro:Brasil_-_Maranhão_-_São_Luis_-_ Teatro_Arthur_Azevedo.JPG Página 44 – Floresta Amazônica https://pt.wikipedia.org/wiki/ Ficheiro:Amazon_CIAT_(3).jpg Páginas 48 e 49 – Floresta Amazônica https://unsplash.com/photos/ KcOetEFOBYk