da Fundação Clóvis Salgado
Programa Educativo em Artes Visuais
Coleção Itaú de Fotografia Brasileira 1
2
3
Caro(a) Professor(a) É com muita satisfação que a Fundação Clóvis Salgado – FCS – o (a) convida a participar das ações do Programa Educativo em Artes Visuais e a conhecer os espaços expositivos do Palácio das Artes e do Centro de Arte Contemporânea e Fotografia, que recebem mostras artísticas com temáticas diversas. O Programa Educativo conta com a atuação permanente de educadores para atendimento ao público espontâneo e também aos grupos agendados que participam de ações e visitas às galerias do Palácio das Artes – Alberto da Veiga Guignard, Genesco Murta, Arlinda Corrêa Lima e Mari’Stella Tristão -, além das atividades no Centro de Arte. Dentre as atividades propostas, estão as visitas temáticas e as oficinas para professores, crianças e famílias. O Programa conta, ainda, com um espaço destinado à pesquisa e à experimentação artística relacionadas às exposições. As visitas às mostras proporcionam aos alunos a oportunidade de aprendizado e a aproximação com o meio artístico, potencializando o trabalho em sala de aula, além de estimular a observação, o pensamento crítico e o questionamento. Este material foi desenvolvido pela equipe do Programa Educativo em Artes Visuais da FCS para ser utilizado como uma ação complementar do professor. Aqui constam informações, questões e proposições educativas para a introdução ao conteúdo da exposição Coleção Itaú de Fotografia Brasileira. Esperamos que este material prolongue as discussões iniciadas no espaço expositivo. Bom proveito!
4
Coleção Itaú de Fotografia Brasileira O Itaú Cultural é um instituto voltado para a pesquisa e a produção de conteúdo e para o mapeamento, o incentivo e a difusão de manifestações artístico-intelectuais. Dessa maneira, contribui para a valorização da cultura de uma sociedade tão complexa e heterogênea como a brasileira. Desde a sua criação, o Instituto vem agregando em seu acervo uma riqueza cultural que abrange as produções de variadas linguagens artísticas, sejam elas tradicionais ou incorporadas pelos novos processos tecnológicos. A Coleção Itaú de Fotografia Brasileira insere-se nesse significativo acervo que, desde 2012, tem sido compartilhado com o grande público. Belo Horizonte é a quarta capital a receber a exposição. Depois de passar por Paris, Rio de Janeiro e São Paulo, a exposição, com curadoria de Eder Chiodetto, chega à cidade de Belo Horizonte com uma nova roupagem. A exposição é uma realização do Itaú Unibanco, do Itaú Cultural e da Fundação Clóvis Salgado.
5
Convite a uma viagem poético-visual A exposição Coleção Itaú de Fotografia Brasileira é um convite à vertigem. A criação, o sensível, o universo onírico, a concretude e a fluidez das formas estão presentes nas fotografias expostas. No campo vasto e rico da fotografia, a mostra traz o recorte da fotografia experimental brasileira apresentada em três importantes momentos: a fotografia moderna, a fotografia no contexto da ditadura e a fotografia contemporânea. O primeiro momento, a partir do final dos anos 1940, levou a produção fotográfica brasileira ao modernismo inspirado nas vanguardas europeias, tendo em vista que a Semana de Arte Moderna de 1922, no Brasil, não apresenta a fotografia como linguagem. Fato marcante é que os primeiros artistas experimentais, como Geraldo de Barros, pertencentes aos movimentos de fotoclubes eram muitas vezes mal compreendidos por revelarem fotografias fora do padrão para a época, e acabaram por trazer relações dentro da técnica fotográfica que levam ao deleite artístico e ampliam o entendimento da fotografia em busca de sua autonomia como linguagem. Com a Ditadura Militar, o status do fazer artístico alcançado pela fotografia deixa, de certa forma, o viés experimental e se dirige para uma função de registro histórico. Há na exposição dois exemplos dos poucos artistas que nesse período revelaram esse deleite artístico: Carlos Zílio e Boris Kossoy, que se encontram em um espaço reservado na exposição. Esta exposição nos leva também aos anos 1980 e 1990, pós-ditadura. Os registros fotográficos desse período buscam uma reativação do espírito nacionalista e o retorno experimental com abordagens individuais e universais. No final dos anos 1990, com o surgimento da era digital, o cruzamento dessas referências estabelece um diálogo da fotografia brasileira com a produção internacional.
6
O projeto expográfico nos permite enveredar por diversos caminhos em uma compreensão de que a história se desenvolve como uma espiral de mudanças e permanências humanas, em que temas e abordagens são retomados e ressignificados constantemente. Sendo assim, nesta exposição, artistas de diferentes tempos e contextos são mostrados lado a lado. Há uma intenção de não criar apenas um percurso para experienciar a exposição. A expografia estimula o espectador a construir seu próprio caminho nessa história. A exposição sugere o diálogo entre artistas e imagens por meio de dois grandes temas: PAISAGEM URBANA E ARQUITETURA e IDENTIDADE E SUBJETIVIDADE, que nos levam à reflexão, propondo um olhar para fora e um olhar para dentro de nós mesmos e para nossa relação com o meio que nos cerca. Que tal conhecermos esses temas agora?
Thomaz Farkas. Telhas,1947
Caio Reisewitz. Butantã, 2003
7
PAISAGEM URBANA E ARQUITETURA A temática Paisagem Urbana e Arquitetura apresenta obras que apontam a condição urbana e a crise anunciada entre a cultura humana e a natureza. A verticalização das cidades nos anos 1950 aguçava uma estética de geometrização e racionalidade, ao mesmo tempo que sugeria uma arquitetura labiríntica na qual as estruturas e formas modernistas quase engoliam a população. Uma ordenação e uma dinâmica, aparentemente controlada, acabam por se tornar um convite à vertigem, evidenciando os labirintos que criamos na cidade e nos quais acabamos nos perdendo.
Márcia Xavier. Curva Francesa, 2004
German Lorca. Mondrian, 1960
Lúcia Koch. Cassarece, 2003
8
IDENTIDADE E SUBJETIVIDADE A temática Identidade e Subjetividade tem relação com o contexto brasileiro no período pós-ditadura. Os acontecimentos mundiais cedem, nesse momento, às particularidades de grupos e movimentos identitários e evidenciam um país plural em diversos aspectos. A exposição aborda, assim, temas da identidade cultural brasileira como a exploração dos negros durante e depois da escravidão e suas heranças culturais e religiosas, a questão indígena e sua invisibilidade e o uso de temas que nos remetem ao barroco brasileiro e à transitoriedade da vida. Dentro dessa vertente, evidencia-se, também, a exploração das subjetividades dos artistas, subjetividades estas que apontam para questionamentos, ao mesmo tempo, particulares e universais. São trabalhos mais orgânicos e plásticos. Por meio dessa organicidade das imagens os artistas ativam uma dinâmica circular, na qual os olhos percorrem mais livremente a imagem explorada, revelando outro tipo de experimentalismo na fotografia: o experimentalismo conceitual.
Arthur Omar. Dionisíaca, 2005
9
Cao Guimarães. Gambiarras 13, 2005
Claudia Andujar. Êxtase [Série Sonhos Yanomani],1974/2011
Paulo Pires. Auto Retrato, 1980
Mario Cravo Neto. O Deus da Cabeça,1995/2001
10
11
CONSTRUINDO CONEXÕES E NOVAS POSSIBILIDADES Este material educativo faz um convite ao deslocamento do olhar. Numa concepção de que a história dos homens não é linear e, sim, uma espiral de mudanças e permanências, a maneira como dispomos as imagens e informações foi feita para que professores e alunos possam construir aproximações e distanciamentos em campos da poética artística. Dentre as várias possibilidades de temas, sugerimos dois que perpassam todas as obras. São eles: Paisagem Urbana e Arquitetura; Identidade e Subjetividade. Outros assuntos também podem ser abordados a partir dessas duas temáticas: o corpo como suporte da arte, o feminino e as representações sobre o papel da mulher, grupos identitários e subjetividades, homem e natureza, período militar brasileiro e arquitetura. São múltiplas as abordagens a serem realizadas com este material, tais como conhecer mais sobre os artistas, ler imagens e, em especial, criar conexões entre as temáticas sugeridas e as pranchas com imagens. Nessas temáticas sugerimos pranchas numeradas para essas conexões e inserimos algumas perguntas ativadoras que também podem ser usadas nas atividades. O grupo ainda pode fazer outras reflexões e encontrar outros assuntos e questionamentos. No final do material há referências bibliográficas e sites em que o professor e os alunos podem pesquisar mais informações para enriquecer seu olhar. Crie suas próprias conexões para pensar a arte e suas poéticas.
12
CORPO COMO SUPORTE
Desde sua criação, a fotografia utiliza o corpo como tema ou mesmo como a sua própria representação. Entender o uso do corpo como suporte na arte no campo da linguagem fotográfica é um desafio. Quando o corpo é o dispositivo visual, há uma mensagem subliminar de uma subjetividade com uma força imanente do corpo que dita a vida. Esse corpo torna-se a imagem principal que será absorvida pela fotografia. Se você tivesse que escolher uma parte do seu corpo que o represente, qual seria? Para trabalhar essa temática, sugerimos as imagens: 1, 2, 3 e 4.
O FEMININO E AS REPRESENTAÇÕES SOBRE O PAPEL DA MULHER
Quando pensamos na condição feminina e no papel da mulher, o que vem primeiro em nossas mentes? As representações a respeito do que é ser mulher ou homem variaram ao longo da história e de acordo com cada sociedade. O que representa ser mulher no Brasil? O que mudou se compararmos as gerações de nossas mães, avós e a geração atual? Para trabalhar essa temática, sugerimos as imagens: 5 e 6.
13
O PERÍODO MILITAR
Caracterizado por uma situação de autoritarismo, o período militar é marcado pela presença do Estado na regulação econômica e política do Brasil. É desse período a constituição de um forte aparato do Estado responsável por investigar pessoas, censurar a produção artística e tentar anular qualquer posicionamento político que fosse contrário ao regime militar. Você acredita que um regime ditatorial afeta igualmente a vida de todas as pessoas? O que um fotógrafo poderia registrar desse período? Para trabalhar essa temática, sugerimos as imagens: 7, 8 e 9.
GRUPOS IDENTITÁRIOS E SUBJETIVIDADES
Do que é constituída a nossa identidade? É possível pensarmos em uma única referência identitária? Aqui partimos do princípio de que a identidade não é estável ou fixa. É, sobretudo, múltipla, relacional, um “descentramento” do eu. Assim, os processos de identificação podem se dar no entrelaçamento do geral e do específico, do político e do cultural, presentes, por exemplo, nos grupos identitários que envolvem as dimensões da etnicidade, da raça e do gênero. Para trabalhar essa temática, sugerimos as imagens: 5, 11 e 12.
14
HOMEM E NATUREZA
A relação homem/natureza está marcada por um embate silencioso no qual os limites de cada um já não são, facilmente, delimitados. O homem interfere no espaço natural ao mesmo tempo que este responde se misturando ao novo cenário urbano. Será que tais interferências podem acontecer de maneira harmoniosa? Para trabalhar essa temática, sugerimos as imagens: 3, 10, 13 e 14.
ARQUITETURA
A arquitetura como objeto permeou o trabalho dos artistas do século passado e ainda hoje continua sendo um tema recorrente. O espaço urbano convida o sujeito a repensar sua relação com os labirintos que ele próprio constrói. Quais formas você percebe nas construções ao seu redor? Como a construção dos espaços pode interferir na nossa percepção sobre o mundo? Para trabalhar essa temática, sugerimos as imagens: 15, 16, 17 e 18.
15
ATIVIDADES Sobreposição A atividade propõe um diálogo entre as obras de Cláudia Andujar [Série Sonhos Yanomami, 1947/2011], Eustáquio Neves [Série Objetivação do Corpo, 1999/2000], e os modernistas German Lorca [Anturiuns Cruzados, 1960] e Geraldo de Barros [Fotoforma, Pampulha, Belo Horizonte, 1951]. Material: - Superfície transparente na qual possam ser visualizadas imagens sobrepostas (caixa de acrílico que envolve CD ou DVD,por exemplo). - Tecidos transparentes de cores diferentes (tule, seda). - Chapa de acetato com imagens gravadas ou não (radiografias ou transparências utilizadas em retroprojetor) - Papel celofane de cores variadas. - Tesoura sem ponta. Atividade: Recortar radiografias ou transparências com formas diversas. Criar uma composição com os recortes de tecidos transparentes, celofane colorido e também podem ser usadas imagens opacas impressas dentro da caixa de acrílico do CD ou DVD, proporcionando a visualização da sobreposição de formas, cores e texturas. Nesta atividade é possível explorar princípios visuais como cor, forma e composição. Esta composição dentro da caixa pode ser usada com filtro fotográfico, basta colocá-la à frente da câmera.
Imagens: Emmanuela Tolentino
16
Caixa Vazada Inspirada na obra Cassarece, de Lúcia Koch, de 2003, a proposta desta atividade é criar/encontrar possíveis espaços amplos dentro dos pequenos objetos, como caixas de uso comum, aproveitando a iluminação externa. Tal proposta faz emergir novos espaços ocultos, proporcionando assim a criação de novas realidades espaciais, pela transformação do espaço em imagem. Material: Caixas de leite, macarrão, sapato, etc. Papéis celofane de cores diversas para serem usados como filtros, papéis com estampas vazadas, cola, tesoura sem ponta, estilete, tecidos coloridos e telas com desenhos. Uma câmera fotográfica (convencional ou celular). Atividade: É importante imaginar que essas caixas serão transformadas em pequenos ambientes, como se fossem cenários, para serem fotografados, permitindo a exploração plena da luz. Escolha um lado da caixa para fazer um ou vários recortes como quadrados, triângulos, etc., de acordo com a quantidade de luz que se queira deixar entrar. Depois, aplique por fora da caixa os filtros de papel celofane e as estampas vazadas. A iluminação deverá entrar por esse(s) recorte(s) clareando o espaço interno da caixa, sugerindo, assim, uma ideia de ambiente ampliado. Na face menor da caixa, faça um corte de tamanho suficiente para que a objetiva da câmera fotográfica, parte da lente da máquina, possa captar a imagem interna. Use sua criatividade para montar o layout que quiser dentro da caixa, utilizando colagens com papel, tecidos ou até mesmo objetos pequenos. Depois da transformação da caixa em um pequeno cenário, é hora de explorar os raios de luz natural ou artificial, de forma a fazer variar a luminosidade que entra na caixa. Fotografe o espaço interno (cenográfico). Cada participante pode fazer cinco ou mais fotografias com sua caixa. Os resultados fotográficos variam de acordo com as modificações feitas na caixa. O efeito desejado será visualizado após a revelação, impressão ou exibição da foto em aparato tecnológico. Recomenda-se exibir todos os resultados, junto ao grupo de participantes, de forma que cada um faça um comentário sobre sua experiência e as experiências dos colegas.
17
Imagens: Emmanuela Tolentino
18
Reinventando o pixel Imaginando o mundo quadradinho! Como seria imaginar uma caneta, um banco, uma mesa ou mesmo a sala de aula construída por pixels? Ao visualizarmos uma imagem digital bem ampliada, por exemplo, um outdoor, podemos perceber como a imagem é composta por pequenos pontos coloridos que, à distância, são somados pelo olhar e formam a imagem completa. Esses pequenos pontos que formam a imagem digital são chamados de pixels. A proposta desta atividade é reinventar os objetos comuns do mundo utilizando o ponto de vista do pixel. É possível também construir outros lugares, pessoas ou objetos imaginários utilizando o pixel, ou vários pequenos quadradinhos, de maneira criativa. Material: - Papéis de diversas cores, - Cartolina branca, - Tesoura sem ponta, - Cola branca, - Fita crepe. Atividade: Recortar ou adquirir vários papéis recortados em forma de quadrado (sugestão de tamanhos: 2cm x 2cm ou 1cm x 1cm), observar os objetos e/ou espaços interessantes ao redor e reproduzir a imagem deste objeto ou espaço composta por pequenos quadradinhos de diversas cores. Serão pixels reais interpretando o tema desejado com o uso de pequenas unidades de papel quadrado colorido.
Cris Bierrenbach, Sem Título (Cílios) 2008
19
Objetos da Memória A vida de todos nós é permeada por vivências e objetos. Alguns se tornam especiais porque representam e significam as lembranças desses momentos marcantes. A esses objetos damos o nome de “objeto de memória”. Material: Objetos de memória escolhidos pelos alunos e câmera fotográfica (convencional ou de celular). Atividade: Retomar um momento da vida e encontrar ou lembrar-se de um objeto que signifique essa memória. A proposta consiste em recriar essa imagem da memória em uma fotografia, criando um cenário com o próprio objeto ou inventando possibilidades diferentes para representar aquela lembrança.
Enquadramento Fotográfico O princípio fundamental da fotografia é o enquadramento, a composição da imagem. Ele é a escolha que o autor faz enfocando o objeto, o momento e a sua interpretação. Material: Papel preto, branco ou cinza para melhor alcançar o objetivo. Usar papel mais espesso (gramatura acima de 120g). Atividade: Fazer molduras especificamente quadradas ou retangulares de tamanhos variados. Escolher o objeto a ser enquadrado e usar essa moldura para definir o que se quer enfocar. Aproximar ou distanciar a moldura desse objeto irá fazer com que a imagem aumente ou diminua no espaço. Esse é o enquadramento!
20
PARA SABER UM POUCO MAIS...
Fotografia de autor É a busca por identidade no fazer artístico que aprofunda questões de estilo, de técnicas, de contextos, de temas, etc.
Fotografia EXPERIMENTAL Modo de utilizar a técnica fotográfica fugindo do padrão convencional de funcionamentos de acordo com manuais técnicos de fotografia. É importante ressaltar que, no contexto da exposição, o termo é utilizado em contraposição à produção fotográfica documental. Ao mesmo tempo, isso não implica que a experimentação fotográfica não se encontre, também, na fotografia.
FOTOCLUBES São associações de pessoas que se reúnem com o objetivo de promover debates e ações que proporcionem o desenvolvimento da fotografia. No Brasil, destaca-se o Foto Cine Clube Bandeirante, palco da renovação modernista, fundado na cidade de São Paulo, em 1939. Desse clube, sobressaem-se fotógrafos brasileiros como Thomas Farkas, Geraldo de Barros, José Yalenti, German Lorca, entre outros.
21
MODERNISMO O modernismo no Brasil tem como marco histórico a Semana de Arte Moderna de 1922. Propõe a ruptura com o academicismo vigente na época e a defesa de uma nova estética comprometida com a independência cultural do País. Evidencia-se também um acordo com a renovação estética das vanguardas europeias (cubismo, futurismo, surrealismo). Tudo isso faz do modernismo sinônimo de “estilo novo”.
Projeto expográfico O projeto expográfico compreende o desenho do espaço onde a mostra será realizada, além de painéis, bases e outros tipos de suportes para apresentação das obras.
Semana de Arte Moderna de 1922 Num sentido de ruptura com os padrões academicistas da produção artística vigente na época, vários artistas se reuniram no Teatro Municipal de São Paulo durante três dias, em fevereiro de 1922. Embora sem apresentar um programa estético definido, esses artistas clamaram por uma releitura da estética moderna europeia que envolvesse também o nativismo e as raízes culturais brasileiras.
22
Indicações Bibliográficas e de Sites BARTHOLOMEU, Cezar. Mario Cravo Neto: A máscara é um olho. Conexão – Comunicação e Cultura, UCS, Caxias do Sul, v. 6, n. 12, jul./dez. 2007. CANTON, Katia. Temas da arte contemporânea. São Paulo: WMF Martins Fontes, 2009. 69 p. COSTA, Helouise; SILVA, Renato Rodrigues da. A fotografia moderna no Brasil. São Paulo: Cosac Naify, 2004. COTTON, Charlotte. Fotografia como arte contemporânea. São Paulo: WMF Martins Fontes, 2011. ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural – Artes Visuais (2006). Disponível em: http://www.itaucultural.org.br/ aplicexternas/...ic/index.cfm. Acesso em: 09 jun. 2013. FAUSTO, Boris. História do Brasil. 12. ed. São Paulo: Companhia das Letras, 2006. FLORES, Laura Gonzales. Fotografia e pintura – dois meios diferentes?. São Paulo: WMF Martins Fontes, 2011. KOSSOY, Boris. Realidades e ficções na trama fotográfica. São Paulo: Ateliê Editorial, 2002. MANO, Rubens. Intervalo transitivo. Dissertação de Mestrado em Artes Plásticas. São Paulo: Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo, 2003. RIBEIRO, Daniela Maura. A encenação em German Lorca: uma reflexão sobre arte e produção fotográfica. In: Anais do IV Encontro de História da Arte – UNICAMP, Campinas (SP), 2008. pp. 962-974. ROUILLE, Andre. A Fotografia entre o Documento e Arte Contemporânea. São Paulo: Senac, 2009. SATAKE, Fernanda Misture. Derivações e Recriações na obra de José Oiticica Filho. In: Anais do VI Encontro de História da Arte – UNICAMP, Campinas (SP), 2010. pp. 189-197. SANT’ANNA, Caroline Vieira. A fotografia contemporânea no Brasil: uma leitura da identidade étnico-racial brasileira em Eustáquio Neves. Programa de Pós-Graduação em Cultura e Sociedade da UFBA: 152f, 2007. SILVA, Tomaz Tadeu da; HALL, Stuart; WOODWARD, Kathryn. Identidade e diferença: a perspectiva dos estudos culturais. 11 ed. Petrópolis: Vozes, 2012. 133 p.
23
http://www.boriskossoy.com/ http://www.galeriavermelho.com.br http://joseyalenti.blogspot.com.br/ http://www.claudiajaguaribe.com.br/ http://www.claudioedinger.com/ www.carloszilio.com www.cravoneto.com.br http://www.nararoesler.com.br/sobre/marcos-chaves http://www.novoscuradores.com.br/lista-etapas http://www.bobwolfenson.com.br http://www.brasil.gov.br http://www.crisbierrenbach.com http://www.garapa.org/mulherescentrais www.maisumrodrigotorres.com www.luciakoch.com.br https://www.carbonogaleria.com.br/obra/chaves-13
Coleção Itaú de Fotografia Brasileira 22 de junho a 25 de agosto de 2013 terça a sábado, 9h30 às 21h - domingo, 16h às 21h Grande Galeria Alberto da Veiga Guignard, no Palácio das Artes Av. Afonso Pena, 1537 - Centro - Belo Horizonte
24 Governador do Estado de Minas Gerais: Antonio Augusto Junho Anastasia Vice-governador do Estado de Minas Gerais: Alberto Pinto Coelho Secretária de Estado de Cultura de Minas Gerais: Eliane Parreiras Secretária Adjunta de Estado de Cultura de Minas Gerais: Maria Olívia de Castro e Oliveira
FUNDAÇÃO CLÓVIS SALGADO Presidente: Solanda Steckelberg Vice-presidente: Bernardo Rocha Correia Chefe de Gabinete: Renata Bernardo Diretora Artística: Edilane Carneiro Diretora de Ensino e Extensão: Patrícia Avellar Zol Diretora de Marketing, Intercâmbio e Projetos Institucionais: Cláudia Garcia Elias Diretor de Planejamento, Gestão e Finanças: Luiz Guilherme Melo Brandão Diretora de Programação: Fabíola Moulin Mendonça Gerente de Artes Visuais: Tatiana Cavinato Chefe de Departamento de Artes Plásticas: Celeida Maria Manna Chefe de Departamento do Centro de Arte Contemporânea e Fotografia: Rodrigo Gonçalves da Paixão Produtor: André Murta Assessora de Produção: Liliane Antunes Assessora Administrativa: Ana Cristina Lima Analista Cultural: Fernando Pacheco Apoio Administrativo: Darkan Viana Almeida e Jairo de Oliveira Montagem: Edivaldo Gomes da Cruz e Ronaldo Braz da Silva Estagiários: Júlia Baumfeld, Leandro Duarte e Mônica Santiago Coordenadora do Programa Educativo: Emmanuela Tolentino Educadores: Ana Carolina Ministério, Ana Maria Martins*, Claudineia Coura*, Clarita Gonzaga, Daniela Marques, Deise Oliveira, Fabiane Barreto, Fabíola Rodrigues, Fabrize Pousa*, Gabriela de Paula, Geraldo Peixoto, Janaina Beling, Juliana Gontijo, Luis Fernando Amâncio, Naíra Duarte, Paulo Peixoto, Renata Delgado, Raquel Aguilar, Rita da Matta*, Sandra Moreira, Tânia Mateus e Valéria Cristina da Silva. *Educadores responsáveis pela organização do material Assessora-chefe de Comunicação Social: Liana Caldeira B. Rafael Coordenadora de Assessoria de Imprensa e Mídias Sociais: Júnia Alvarenga Assessoria de Imprensa e Website: Gustavo Monteiro, Maíra Bueno, Gabriela Rosa, Maria Elisa Pompeu e Paulo Lacerda (fotógrafo) Publicidade: Larissa Batista e Samanta Coan Relações Públicas: Sílvia Bastos Revisão Editorial: Maria Eliana Goulart Assistente de Comunicação: Thiago Amador Design Gráfico Material Educativo: Samira Motta Revisão de Textos Material Educativo: Trema Textos
25
ITAÚ CULTURAL Presidente: Milú Vilela Diretor Superintendente: Eduardo Saron Superintendente Administrativo: Sergio M. Miyazaki Curadoria: Eder Chiodetto Projeto Expográfico: Marcus Vinícius Santos Artes Visuais Sofia Fan Beatriz Lindenberg Acervo de Obras de Arte Fúlvia Sannuto Edson Cruz Regina Rocha Produção de Eventos Henrique Idoeta Soares Ana Francisca Barros Érica Pedrosa Produção Editorial Raphaella Rodrigues (terceirizada) Edição de textos Carlos Costa Roberta Dezan Revisão Polyana Lima Comunicação Visual Lu Orvat
26
27
28
29
1 Rafael Assef Matemática Áurea V, 2000
São Paulo (SP), 1970. Trabalha com fotografia desde 1990. Atuou com o estilista Alexandre Herchcovitch na SP Fashion Week, em 2005. É representado pela galeria de arte Vermelho. A fotografia “Matemática Áurea V” revela o resultado da ação de utilizar a pele como superfície para o seu trabalho. Ao desenhar essas linhas com ferramentas cortantes, não utilizou pigmentação e, sim, o sangue como cor. Antes de desenhar sobre a pele, elimina qualquer informação que interfira sobre essa superfície, como pelos. A imagem deste trabalho pode nos remeter à dor, à tatuagem e também gerar incômodo. Em outros trabalhos desenha linhas, formas geométricas, formas abstratas, dados, mapas ou escalas.
Coleção Itaú de Fotografia Brasileira
2 Lenora de Barros Língua Vertebral, 1998/2012
São Paulo (SP), 1953. Seu trabalho artístico é marcado pela influência do concretismo, seja por seu pai, o artista Geraldo de Barros (19231998), seja pelo grupo Noigandres – coletivo de artistas da poesia concreta. O seu trabalho explora a simultaneidade da comunicação verbal e visual, passando a desenvolver um trabalho dentro das artes plásticas com influência da arte conceitual e da arte pop. Utiliza também a fotografia como forma de documentação de performances encenadas diante da câmara fotográfica ou de vídeo.
Coleção Itaú de Fotografia Brasileira
3 Rodrigo Braga N.5 [Série Desejo Eremita], 2009
Manaus (AM), 1976. No seu trabalho, Rodrigo Braga busca estabelecer uma relação entre o natural e o artificial tanto no mundo quanto no próprio ser. Em Desejo Eremita, apresenta fotografias que trazem consigo um sentimento de solidão, mostrada pela paisagem do sertão e pelo ar introspectivo que se apresenta nesta obra. Em suas palavras: “Adentrei em busca de sossego, de uma paisagem simbólica que não encontrei aqui onde vivo, mas acabei me deparando novamente com o que já habitava meu trabalho: o inevitável ciclo vital ao qual todos os seres estão fadados”.
Coleção Itaú de Fotografia Brasileira
4 Paulo Nazareth Sem Título [série Notícias de América], 2011
Governador Valadares (MG), 1977. A obra de Paulo Nazareth se constrói a partir da relação que o artista estabelece com espaços, objetos, pessoas e culturas. Notícias de América consiste num trabalho artístico de gestos simples, que busca evocar memórias e modos de vida da América Latina através de performances, instalações, fotografias, vídeos, desenhos, esculturas e ações. O projeto era traçar uma viagem com duração de um ano, uma caminhada de Minas Gerais até os Estados Unidos.
Coleção Itaú de Fotografia Brasileira
5 Eustáquio Neves Sem Título [Série Objetivação do Corpo], 1999/2000
Juatuba (MG), 1955. Seu trabalho é desenvolvido a partir da manipulação de negativos e reprodução de imagens. O artista se destaca pela peculiaridade da técnica utilizada e das temáticas abordadas. A poética perseguida por Eustáquio permeia o universo da memória, cultura e identidade, seja individual ou coletiva. As questões sociais vinculadas ao papel da mulher e do negro são pertinentes em seu trabalho. A plasticidade de sua produção é caracterizada pela criação de texturas sobre fotografia, promovendo, assim, texturas também simbólicas. As imagens produzidas nos conduzem a uma hibridez de aspectos áridos e poéticos, reais e oníricos.
Coleção Itaú de Fotografia Brasileira
6 Cris Bierrenbach Sem Título [Cílios], 2008
São Paulo (SP), 1964. Atua como repórter fotográfica do Jornal Folha de São Paulo e colabora para revistas como Vogue, Carta Capital e Marie Claire. Ficou conhecida nacionalmente após publicação de uma foto na Folha de São Paulo, que revela o caos do dia seguinte ao terremoto no Haiti, em 2010. Com essa foto ela ganhou o Prêmio Nacional de Fotografia Marc Ferrez. Cris Bierrenbach, no seu processo investigativo, propõe um diálogo entre as técnicas fotográficas mais antigas e as atuais, apresentando trabalhos que não se limitam a uma única estética. Em suas obras, a preocupação com o feminino e a questão da identidade são constantemente abordadas.
Coleção Itaú de Fotografia Brasileira
7 Bóris Kossoy O Viaduto [Série Viagem pelo Fantástico],1970
São Paulo (SP), 1941. Suas primeiras composições foram realizadas a partir de suas lembranças dos primeiros anos em Guarulhos (SP). Os cenários remetem a regiões aparentemente distantes dos grandes centros urbanos. Seu discurso fotográfico constrói imagens fantásticas que nos permitem vislumbrar, entre uma imagem e outra, passagens de um conto de Edgar Allan Poe ou segundos de uma aventura vivida em uma novela gráfica.
Coleção Itaú de Fotografia Brasileira
8 Rosângela Rennó Rio de Janeiro [foto Jorge William, agência O Globo, série Corpo da Alma], 2003
Belo Horizonte (MG), 1962. Seu trabalho apropria-se do discurso de identidade, memória e poder. As imagens recontextualizadas criam novas histórias de uma sociedade anônima e sem voz. As obras de Rosangela Rennó podem ser apreciadas a partir da reflexão sobre a memória, o desaparecimento e a ausência, inseridos na relação entre as imagens fotográficas e a violência, remetendo-nos às lembranças das marcas deixadas de uma época de ditadura.
Coleção Itaú de Fotografia Brasileira
9 Carlos Zílio Para um Jovem de Brilhante Futuro,1974-2010
Rio de Janeiro (RJ), 1944. É um dos artistas da exposição que apresenta em seu trabalho um engajamento político contrário à ditadura militar no Brasil. A série Para um Jovem de Brilhante Futuro é formada por seis fotografias nas quais o próprio artista se faz passar por um jovem empresário carregando uma maleta preta de executivo que, ao ser aberta, está repleta de pregos presos com as pontas afiadas voltadas para cima. Os mistérios que esta maleta carrega são como os mistérios das transações econômicas do tão anunciado “milagre econômico”. Esta maleta pode ser vista também como os documentos que relatam sobre as investigações, perseguições e encarceramento de pessoas que lutaram contra a ditadura.
Coleção Itaú de Fotografia Brasileira
10 Claudia Jagaribe Muro [Série Quando Eu Vi], 2009
Rio de Janeiro (RJ), 1955. No seu trabalho, a fotografia é concebida como uma escultura. Suas obras não pretendem um registro documental da realidade, mas a recriação de imagens que tragam suas marcas pessoais. A obra Muro retrata a mata brasileira, propondo uma revisão do conceito de paisagem natural, ou do limite do natural. O que é natural? O que é construção do homem? É possível distinguir entre verdade e verossimilhança? São algumas das questões suscitadas a partir deste trabalho.
Coleção Itaú de Fotografia Brasileira
11 Claudia Andujar Desabamento do Céu [Série Sonhos Yanomami], 1976/2011
Neuchâtel, Suiça, 1931. A trajetória pessoal da artista foi marcada por grandes momentos trágicos que influenciaram seu olhar no fazer artístico, concedendo-lhe uma concepção profundamente sensível das cores e da luz dos lugares onde viveu, fazendo germinar uma empatia quase orgânica em relação às minorias étnicas e culturalmente violentadas. Essa empatia, segundo Andujar, é o fio condutor do seu trabalho junto aos Yanomami – povo indígena ao qual ela escolheu doar-se pessoal, política e esteticamente na missão de dar voz, proteger e retratar.
Coleção Itaú de Fotografia Brasileira
12 Mario Cravo Neto Deus da Cabeça, 1995 - 2001
Salvador (BA), 1947-2009. Sua trajetória no campo das artes inicia-se aos 17 anos através de experimentações com a escultura e a fotografia. Mario Cravo Neto explorou, em suas múltiplas possibilidades, o território baiano, revelando o universo afro-brasileiro presente na religiosidade efervescente do lugar. Ao mesmo tempo que o artista povoa suas imagens de sentidos identitários, despe-os ao ponto de torná-los matérias cruas esculpíveis, revelando outros sentidos.
Coleção Itaú de Fotografia Brasileira
13 Marcelo Moscheta 11.015 [Série Carbon Heritage], 2011
São José do Rio Preto (SP), 1976. Seu trabalho artístico promove a contemplação de um mundo misterioso no plano do desenho, do qual estaríamos destacados pelo vazio que nos distancia da parede, e o outro lado, em que o habitamos como observadores e nada mais. As paisagens de Marcelo Moscheta recuperam emoções adormecidas na virtualidade da era contemporânea em que vivemos mediados por imagens digitais, sem materialidade. O artista recupera o fazer artesanal e meticuloso nos seus desenhos.
Coleção Itaú de Fotografia Brasileira
14 Marcos Chaves Pontos de Fuga, 2008
Rio de Janeiro (RJ), 1961. Na primeira metade dos anos 1980, num período de grande auge da pintura, Marcos Chaves tem na fotografia, no vídeo e em instalações os suportes ideais para um trabalho profundamente crítico e que, não obstante a coerência, permanece aberto a interpretações. Em suas obras, o Rio de Janeiro aparece como um tema recorrente, procurando extrair de situações cotidianas cenas improváveis.
Coleção Itaú de Fotografia Brasileira
15 Bob Wolfenson SP#10 [Série Antifachada – Conjunto Nacional], 2004
São Paulo (SP), 1954. As obras de Bob Wolfenson abrangem dois conceitos: um que contempla o caminho mais voyeurístico e outro que retrata situações que não autorizam maiores intimidades. Sua relação com a câmera é assim esclarecida: “tentativas de explicações à parte, talvez a única coisa que importe mesmo seja a intensidade emocional contida nestes breves encontros que são as sessões fotográficas (...), é isso que mantém o fotógrafo, a boca seca e o ritmo do coração alterado”.
Coleção Itaú de Fotografia Brasileira
16 Cláudio Edinger Centro de São Paulo, 2008
Rio de Janeiro (RJ), 1952. Na década de 1970 apaixonou-se pela fotografia, realizando sua primeira exposição individual. Edinger dedicou-se à fotografia documental e à artística e trabalhou como fotógrafo para periódicos brasileiros e norte-americanos. Morou em vários lugares do mundo, o que lhe permitiu realizar séries fotográficas e exposições. Suas obras são marcadas por uma intensa preocupação com questões sociais relacionadas ao crescimento urbano, às manifestações culturais e às estruturas da própria sociedade.
Coleção Itaú de Fotografia Brasileira
17 Geraldo de Barros Fotoforma, Pampulha, Belo Horizonte, 1951
Xavantes (SP), 1923 – São Paulo (SP), 1998. O artista pode ser considerado um dos pioneiros da fotografia experimental contemporânea, principalmente a partir da série Fotoformas, que consistia na superposição de fotografias ou interferências gráficas nos negativos com desenhos. As sobreposições fotográficas desta série foram produzidas a partir do contato com o crítico Mário Pedrosa que, para Geraldo de Barros, se tornou sua maior influência. Mário tinha um forte interesse nas teorias da psicologia da forma (Gestalt) e suas ideias se disseminaram no meio artístico, influenciando os desdobramentos do movimento neoconcretista.
Coleção Itaú de Fotografia Brasileira
18 Rubens Mano Espaço Aberto/Espaço Fechado, 2002
São Paulo (SP), 1960. Artista multimeios, utiliza a linguagem da fotografia, do vídeo e de instalações para pensar a cidade, seus lugares, suas construções e as relações das pessoas que nela vivem. Procurando refletir sobre essas relações, por meio da fotografia, ele cria outros lugares a partir de espaços urbanos já existentes. Assim, relativiza a ideia de permanência que é tão habitual na arquitetura. É a própria cidade e seus lugares ressurgindo com novas possibilidades de percepção.
Coleção Itaú de Fotografia Brasileira