Revista Metropoly

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EDITORIAL O Metropoly Bar surgiu da paixão de Hugo Barbuto por jogos de tabuleiro. A casa foi inaugurada já em Barão Geraldo em 2014 e com uma proposta inovadora para a cidade de Campinas (SP), se apresentando como a primeira Luderia do município, isto é, como o primeiro bar voltado para o universo lúdico dos jogos de tabuleiro. De fato, o Metropoly Bar conta com mais de quatrocentos jogos, dentre nacionais e internacionais, que podem ser jogados por qualquer um que frequente o ambiente, sem nenhuma restrição. Além disso, a ampla gama de boardgames permite que os clientes perpassem por diferentes tipos de jogos: dos mais clássicos, como “Monopoly”, “Pula-Pirata” e “Cai-não-cai” aos modernos, como XCOM e o Detetive – ambos com uso integrado de apps para celular – tudo isso com a atenção dos

monitores especialistas para ensinar quem não sabe a jogar! Em uma sociedade marcada pela fluidez da informação, bem como da intermediação das relações sociais pelas telas de computadores, o Metropoly vem como uma alternativa ao mundo digital, desejando despertar em adultos a nostalgia da infância e oferecer aos mais novos a possibilidade de se divertir desconectado. Nesse sentido, o público da casa é amplo: atende famílias com crianças pequenas, idosos e, sobretudo, o público universitário da região. O Metropoly oferece um cardápio bastante variado de comidas e bebida, são servidos desde lanches, espetinhos, porções e sobremesas até drinks mais requintados com Whiskies, Tequilas, Vodkas, Cachaças, entre outros. As porções, destaque do local são abastadas e servidas em baldes, especialmente preparadas para

grupos e famílias. Em 2016, dois anos após a inauguração da luderia, o Metropoly apresenta mais um meio de comunicação com o público: a Revista Metropoly. O projeto foi desenvolvido por alunos do 4ª ano de jornalismo da PUC-Campinas com o objetivo de aproximar ainda mais, você, frequentador do bar, com o universo dos jogos de tabuleiros e assuntos do cotidiano jovem. Nesse sentido, a cada três meses a revista chega às suas mãos trazendo novidades a respeito do mundo dos boardgames e as últimas novidades da casa para você! Venha para o Metropoly Bar, desconecte-se do mundo, escolha um dos inúmeros jogos da casa e, na volta para a casa, aproveite a leitura para que a diversão não acabe! Bem-vindos ao Metropoly Bar!

EXPEDIENTE Edição de texto e reportagem: Larissa Cascaldi • larissacascaldi@gmail.com Reportagem: Jhonatas Simião • jhonatash.henrique@yahoo.com.br

Pedro Siqueira • pe.ssimo@yahoo.com.br

Samuel Garbuio • samuelgarbuio@gmail.com

Diagramação: Jhonatas Simião e Pedro Siqueira Fotos: Jhonatas Simião, Larissa Cascaldi, Pedro Siqueira, Samuel Garbuio e arquivo pessoal.

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A Revista Metropoly é uma publicação dirigida aos clientes do Metropoly Bar. Produzida pelos alunos da Faculdade de Jornalismo da PUC-Campinas, sob a coordenação da Profa. Ciça Toledo


Proposta é inédita na região de Campinas (SP)

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Samuel Garbuio

m bar lúdico onde se pode comer, beber e jogar com os amigos ou em família, por horas a fio. No Metropoly Bar a regra é simples: brincar. E muito! Quem ainda não conhece o local, mas passou boa parte da infância se divertindo com diversos tipos de jogos vai se encantar ao conhecer. Assim como ficou fascinado o empresário e administrador Hugo Barbuto, dez anos atrás quando ainda era universitário, ao conhecer a Ludus Luderia, bar em São Paulo que também reúne no mesmo espaço comidas, bebidas e jogos off-line como opção de lazer, sendo referência nesse ramo, na cidade. Inspirado na Ludus, Hugo resolveu abrir em 2014 o Metropoly Bar, em Barão Geraldo, hoje administrado em parceria com o empresário Alex Matioli, também administrador e graduando em gestão

de agronegócios pela Unicamp. Desde que se envolveram neste projeto, os sócios mantêm a casa, única na cidade, com a mesma proposta, entusiasmo e dedicação do início da empreitada. Para atrair a clientela interessada por jogos, eles decidiram investir em mais de 400 modalidades nacionais e importados, em um ambiente informal, descontraído e acolhedor. As mesas espalhadas pelo espaço (450 m²) acomodam cerca de 180 pessoas. Além disso, o Metropoly oferece um cardápio de comidas e bebidas de qualidade, como lanches no formato ‘boquinha de anjo’, espetinhos, porções e sobremesas. Para acompanhar os petiscos, a casa oferece cervejas, refrigerantes, sucos, drinks com e sem álcool e doses de Whiskies, Tequilas, Vodkas, Cachaças, entre outros. As porções são abastadas e servidas em baldes, especialmente preparadas para

grupos e famílias. Uma das que mais fazem sucesso é o balde de frango à passarinho. Há também o famoso balde de um quilo de fritas. Isso mesmo, um quilo de fritas. O empresário Hugo Barbuto comenta a ideia dos baldes. “Queremos que no Metropoly as pessoas possam compartilhar momentos alegres e por isso pensamos nos baldes para que fosse algo para compartilhar também”, explica. Os lanches do Metropolity Bar são preparados no capricho. Há várias opções, sendo que o Brooklin (carne seca, provolone e geleia de pimenta) é um dos mais famosos da casa. As porções de iscas de frango empanadas acompanhadas de molho Sou Cream (um molho à base de cream cheese, iogurte e limão) e os salgados também atraem o público que frequenta o Bar. No cardápio, há cerca de 45 pratos à disposição da clientela, inclusive vegetarianos e veganos em lanches,

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Para acompanhar as comidas, o Metropoly oferece diversos tipos de drinks

porções e espetos. Além da gastronomia e jogos, o bar tem outra atração: os funcionários. Jovens e alegres, eles estão sempre dispostos a animar a casa, onde predomina o pop-rock e suas variações. O bartender Paulo Camargo, 32 anos, conta que se diverte muito enquanto trabalha. “Estar aqui é um trabalho que não se parece com a ideia que todos têm de trabalho. O am-

biente é descontraído e o clima é sempre agradável. Nos divertimos muito. Além disso, aqui um dia é diferente do outro, sempre trabalhamos com muita alegria, rindo das coisas e muitas vezes até um do outro”, comenta. Cliente assíduo do Metropoly Bar, o product engineer Adriano Falsarella Monte, 25 anos, conta que gosta do diferencial do bar,

Clientes sentem-se em casa no bar 4

que são os jogos. Mas o fato da casa aliar diversão com bebidas torna o local ainda mais atraente. “Se você está jogando só pelo jogo, às vezes não fica tão divertido, até porque alguns jogos tornam-se mais interessantes quando você está um pouco mais alegre”, admite. Quando não está dirigindo, ele costuma beber cerveja no Metropoly e saborear os petiscos e pratos da casa. Seu preferido é o ‘Iugoslávia’, (referência ao jogo de guerra War), uma porção de iscas de frango empanadas com molho branco. Alegria. O clima de diversão e nostalgia domina o local. Entre o vai e vem dos garçons e da clientela ouve-se muitas risadas, dados lançados em mesas e peças movidas nos tabuleiros. Fora do jogo, só fica a vergonha de perder uma partida de ‘Eu sou?’, por exemplo, um dos jogos mais disputados no cardápio entre os clientes. Mas o que conta mesmo é o clima de diversão no Metropoly. A estudante de pós-graduação pela Unicamp, Bárbara Etruri Ciocca, 22 anos, não abre mão disso. Frequentemente ela sai de Itatiba, onde


reside, ou de Sumaré, onde mora o namorado, para ir a Barão Geraldo para curtir o clima descontraído do bar e jogar com os amigos. “É um bar despojado, onde você pode ir vestido à vontade, sem precisar se arrumar”, afirma. “Ninguém vai te julgar pela roupa que usa, pela sua fala, profissão, o que está bebendo ou comendo”. Ela conta que não conhece nenhum outro lugar na região de Campinas com a proposta do Metropoly e por isso costuma frequentar o local com o namorado e os amigos. “Todo mundo que conhece o bar adora a casa”, explica. “Além da variedade muito grande de jogos, é possível conversar com as pessoas em um clima de muita descontração e diversão”. Jogos. No Metropoly, o cliente come e bebe com uma mão, enquanto usa a outra para jogar. No bar, o celular não tem vez e só ocupa as mãos para checar a hora, e olhe lá! No cardápio de jogos, que variam dos clássicos como Imagem & Ação aos mais atuais e pouco co-

nhecidos como Robin Hood, Ca$h ‘n Guns e Imitatrix, há uma ampla seleção de opções, com orientações e regras para os jogadores dadas passo a passo pelos monitores, sempre dispostos a ensinar o cliente a jogar. Há quatro cardápios de jogos, que são classificados e agrupados em cardápios diferentes, conforme suas características. O cliente pode escolher entre o Classic Games, Family Games, Strategy Games e Party Games. Na categoria dos clássicos estão jogos tradicionais e antigos como o xadrez e dama, entre outros. Os jogos de família são os mais tranquilos, como o ‘Jogo da Vida’. Já os jogos de estratégia têm regras mais complexas e exigem atenção, raciocínio e tempo para jogar. E os Party Games são jogos mais descontraídos, como ‘Imagem & Ação’, ‘Eu sou?’, ‘Dixit’, entre outros. É em função dos jogos e da reunião com os amigos que Adriano Monte gosta de frequentar o Metropoly. Ele diz que sempre se interessou por jogos de tabuleiro e que recentemente até comprou al-

guns. “Eu não curto muito balada e acho que jogo é mais legal para se divertir e sair com os amigos”, analisa. Na hora de escolher o que jogar, sua preferência é sempre por jogos em grupo, na categoria Party Games. “Às vezes dou alguma sugestão para o grupo, mas também gosto de conhecer as novas opções mostradas pelos monitores”, conta. Já Bárbara Ciocca diz que sempre prefere conhecer um jogo novo. “Toda vez que vou ao bar eu tento jogar um jogo diferente, mas como normalmente vou com um grupo de três ou quatro pessoas, acabamos preferindo pagar mico mesmo, que é fazer micagem na frente dos outros, tipo ‘Imagem e Ação”, explica. Serviço O Metropoly Bar abre de quartafeira a domingo, a partir das 18h, sendo sextas-feiras e sábados os dias de maior movimento. Para os amantes de Star Wars uma boa pedida são às quintas-feiras, quando ocorrem os tradicionais encontros para jogar em grupos.

Desde títulos clássicos até os recentes, bar tem mais de 400 jogos 5


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Jhonatas Simião

inda que muitas famílias preservem uma educação mais rigorosa, é cada vez mais comum ver pais que curtem baladas com os filhos, compartilham decepções amorosas e segredos, trocam experiências e tornam-se melhores amigos. Foise o tempo da relação hierárquica, baseada em muitos medos e inseguranças. Segundo a antropóloga do Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (Ibase), Regina Novaes, o diálogo está cada vez mais presente nas famílias brasileiras, isso, sem perder o respeito e as responsabilidades de cada um. É o caso da estudante Jacqueline Souza, 21 anos, e sua mãe, a dona de casa, Adineusa Custódio Souza, 47 anos. Adineusa conta que nunca teve uma relação de amizade e cumplicidade com a sua mãe, avó de Jacqueline. No entanto, não repetiu esse padrão com seus dois filhos. “A relação com minha mãe foi, de certa forma, ausente. Ela sempre estava trabalhando e não tinha muito tempo para conversar com a gente. Descobrimos as coisas no mundo”, afirma Adineusa. “Quando a Jacqueline nasceu, uma das primeiras coisas que minha mãe pediu é que eu fosse amiga da minha filha e não repetisse o que ela tinha feito”, diz. Desde então, mãe e filha são as melhores amigas. “Eu arrisco dizer que tenho um vínculo muito maior com minha mãe do que com minhas amigas. Desde pequena minha mãe sempre deixou bem claro que queria saber de tudo da minha vida e que não queria mentiras”, conta Jacqueline. “Mas o respeito sempre esteve presente na relação minha e da minha mãe, assim como minha e do meu pai”.

Com o passar dos anos, a amizade entre mãe e filha só aumentou e rompeu as paredes de casa. “Eu sempre prefiro sair com meu namorado e meus pais do que com os amigos”, admite Jacqueline. As pessoas até acham estranho uma menina de 21 anos sair com os pais e ficar numa balada black até de madrugada, mas como a minha vivência com eles desde sempre foi assim, não imagino diferente”, completa. Apesar do diálogo e da cumplicidade, Adineusa sempre colocou

regras na relação com os filhos. “Sempre deixei claro quais seriam suas responsabilidades, como filhos, e que eu queria saber sobre tudo para ajudar, diz. Para ela, o diálogo é a melhor saída, e não a discussão e não a discussão. “Hoje em dia, vejo que realmente fiz a escolha certa em ter essa educação com meus filhos. Tenho essa sensação comparando com outros familiares. Por exemplo, tenho sobrinhas grávidas ainda na adolescência e minhas irmãs nunca tiveram diálogo com elas”, pondera Adineusa.


Tudo se resolvem na conversa e não no xingo.”

Adneusa Custódio Souza

Limites. Para o pediatra e criador do portal Pediatria em Foco, Marcelo Reibscheid, a maior circulação de informações e a quebra de determinados tabus contribuiu para aproximar as gerações. “Não precisa existir um limite na amizade entre ambos, mas sempre um respeito. Podemos e devemos ser cada vez mais amigos de nossos filhos, mas sempre precisamos nos lembrar e lembrá-los que quem manda é o pai”, afirma. “A visão negativa da juventude, retratada como irresponsável, é ultrapassada. O reconhecimento dos jovens sobre o que é importante, como a dificuldade de acesso ao trabalho, o ensino e a violência, impressiona”, avalia a antropóloga Regina Novaes. Como prova da assertividade no relacionamento com os pais, Jacqueline não quer abrir mão da mesma cumplicidade em sua futura família. “A partir do momento que você tem uma certa distância com seus pais, a convivência já fica muito complicada. Um tem que participar da vida do outro e não viver só de broncas”.

Prefiro sair com meu namorado e meus pais do que com meus amigos. As pessoas até acham estranho uma menina de 21 anos sair com os pais e ficar numa balada black até 4 horas da manhã, mas como a minha vivência com eles desde sempre foi assim, não imagino diferente.” Jacqueline Souza 7


Os benefĂ­cios dos jogos de tabuleiro para o desenvolvimento infantil Pedro Siqueira

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Se os jogos de tabuleiro ajudam a socializar, os digitais não estabelecem nenhum tipo de relação duradoura com outras pessoas ou com o ambiente externo

A

s evidências estão em toda parte. A criança que aparenta seis anos sentada no consultório do dentista mira atenta para seu tablet. Os olhos e as mãos movem-se rapidamente pela tela de modo que nenhuma fruta caia sem ter sido cortada. Essa cena é comum nos dias de hoje e pode ser vista nas ruas, em restaurantes, bancos e até em ambientes familiares. Com os adultos acontece o mesmo. Rita de Cássia Bepe, 33 anos, trabalha em período comercial em uma empresa metalúrgica e admite que em qualquer brecha do seu serviço - inclusive em uma ida ao banheiro - confere o estado de sua ‘fazenda’, que, na realidade, é um jogo digital. “Não tem um dia que eu não jogue, às vezes acordo até mais cedo para fazer as coisas da fazendinha”, admite. Se os jogos digitais têm esse

efeito em adultos, pense nas crianças, cujo grau de vulnerabilidade é muito maior. Segundo psicóloga infantil Mariana Pedroso, os jogos de tabuleiro são fundamentais para a socialização das crianças. “Os jogos de tabuleiro são ótimos para as crianças de todas as idades, porque eles permitem conhecer muitas características da personalidade do jogador, sejam de cunho cognitivo, social ou emocional”. Crianças têm passado cada vez mais tempo em frente a celulares e tablets. De acordo com a organização norte-americana Commom Sense, dedicada a orientar pais e professores sobre o uso saudável de tecnologias no desenvolvimento de seus filhos e alunos, nos últimos dois anos o número de crianças que usam smartphones pulou de 38 para 72% - cada uma delas, em média,

passa 7,5 horas por dia em frente a alguma tela, seja a de um smartphone ou a de um tablet. Esse é um dado assustador. Se os jogos de tabuleiro ajudam a socializar, os digitais não estabelecem nenhum tipo de relação duradoura com outras pessoas ou com o ambiente externo, ambos fundamentais para o desenvolvimento social da criança. O que poderia ser um momento compartilhado ao redor de um tabuleiro, com algumas risadas e a competitividade inerente, transforma-se num momento de reclusão voluntária. A psicóloga escolar Carolina Martins estimula o uso de jogos de tabuleiro em sala de aula. “São meios muito eficientes de transmitir alguns valores essenciais, como a convivência, o descobrimento, a superação de obstáculos e a noção de coletivo”, explica. 9


Mercado de jogos de tabuleiro apostam em games de mesa

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Larissa Cascaldi

e reunir com os amigos e a família para jogar jogos de tabuleiro tem se tornado um hábito cada vez mais raro. E para atrair jogadores ao mundo dos boardgames, algumas empresas brasileiras começam a apostar no universo dos jogos híbridos, isto é, jogos que unem o tradicional jogo de tabuleiro com o uso de aplicativos para celular. É o caso do clássico “Detetive”, que em 2015 foi relançado pela Estrela com direito ao aplicativo. A equipe da revista Metropoly foi conferir a nova edição do jogo. Assim como as versões anteriores, os jogadores competem entre si para desvendar quem é o assassino do Sr. Fortuna. A partir de diversas pistas, cada jogador deve decifrar o mistério da morte, identificando o assassino, a arma e o local do crime. A novidade do jogo, entretanto, está no aplicativo, utilizado para registrar – através da leitura do QR-code – as cartas do assassino, da arma e local do crime. Ao longo da partida, os jogadores recebem nos respectivos celulares, pistas sobre o caso. A experiência é interessante, uma vez que durante o jogo é preciso atender ao telefone ou verificar as mensagens a serem recebidas. No entanto, cabe ao jogador filtrar as pistas e combina-las com as que são reveladas ao longo do jogo, para então chegar a conclusão do crime. Quando alguém tem um palpite, as respostas são colocadas no app, que revela se a pessoa acertou ou não. Marcio Bizaia, 30, comenta que ficou sabendo da nova versão do jogo quando foi em uma loja de brinquedos. “O Detetive estava na

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sessão de lançamentos e eu sempre gostei do jogo, desde a primeira versão”. A possibilidade de utilizar um aplicativo de celular ao longo da partida foi fator fundamental para que Márcio levasse o jogo para casa. “Fiquei surpreso pelo lado positivo, achei o máximo ter o app como adicional”, completa. Bruno Friano, 25, também experimentou a nova versão de Detive e avaliou a experiência como positi-

va, principalmente por conta de os jogos estarem perdendo mercado para os jogos de aplicativo. “Hoje em dia a tecnologia está tomando conta da infância e dos jogos de tabuleiro que, antigamente, eram o que tinha de mais legal. Mas hoje eles já não são mais tão atrativos. Então foi um modo de juntar o antigo com o novo. De certa forma, você atrai a criança com o uso da tecnologia e também atrai o adulto,


que unem o analógico ao digital

o jovem que jogava este jogo antigamente, acrescentando uma novidade para eles. ”, comenta. Por outro lado, Bruno também destaca que a união entre analógico e digital não deve ser feita de qualquer jeito, de modo a alterar a essência do jogo. É o caso, por exemplo, do novo Jogo da Vida, que hoje não trabalha mais com as cédulas de dinheiro, mas exclusivamente com o cartão de crédito.

“Você só compra e passa o cartão. A essência do jogo que era você pegar no dinheiro, contar o quanto você tem, o quanto falta para comprar alguma coisa, ver o bolinho de dinheiro crescendo, ficar empolgado em ganhar o jogo, isso não tem mais, porque você só sabe o quanto você tem quando coloca o cartão na maquininha, então fica chato”, completa Bruno. Boardgames do século XXI.

Outros boardgames também seguem a mesma linha do Detetive. Para o público infantil, a Grow já disponibilizou versões com app do clássico Super Lince e também para Capitão Jack Pott. Já para o público mais jovem o XCOM, da Galápagos, também pode interessar. Lançado em 2015, o boardgame da empresa propicia uma experiência de cooperação em tempo real. Ao contrário de Detetive, em que os jogadores disputam entre si, XCOM propõe que todos trabalhem juntos, em um game de estratégia para evitar a expansão de uma invasão alienígena na Terra. É o aplicativo de celular que controla a dificuldade do jogo e as invasões que devem ser repelidas. A cada partida o jogo fica mais complexo e dinâmico. O diretor de produtos da Galápagos afirma, em entrevista para o G1, que “Os jogos modernos têm muito mais tema e profundidade. Você gasta um pouco mais de tempo para ler as regras, mas tem um engajamento muito maior”, ele diz. “O último contato foi há décadas. E quando você vê uma evolução inteira de 20 anos em alguns minutos, você fica deslumbrado”. Ele ainda explica que o crescimento dos boardgames no mercado é fruto de um período em que o Brasil passou sem ter contato com o que estava sendo criado na área. “Começaram a surgir mecânicas em que os jogadores não só respondiam ao tabuleiro, mas interagiam com ele. E as suas decisões passaram a ser extremamente relevantes. O Brasil não acompanhou essa evolução, e isso favorece essa sensação de encantamento”, conta em entrevista. 11


Morava na rua ao lado, vi a faixa na frente e desde então comecei a sonhar em trabalhar neste bar que tinha um conceito inovador que até então eu mesmo não conhecia.” Paulo Camargo é bartender do Metropoly Bar há dois anos

Samuel Garbuio e desde então comecei a sonhar em trabalhar neste bar que tinha um campineiro Paulo Camar- conceito inovador que até então eu go, 32 anos, é bartender no mesmo não conhecia. Metropoly Bar desde 2014. Responsável pela organização e Do que mais gosta? padronização da casa, ele cuida Gosto da liberdade que possuo da elaboração dos drinks e coque- para desenvolver, criar, inovar, téis, estoque, limpeza e avaliação adaptar drinks e coquetéis, sempre das bebidas, verificando, inclusi- visando algo a mais e melhor para ve, quais são as mais consumidas. os clientes. Também gosto da conApaixonado pelo seu trabalho, ele fiança que o bar deposita em seus acredita ter encontrado a receita funcionários. O clima é muito goscerta dessa paixão: comprometi- toso e todos os funcionários brinmento, dedicação e simpatia. “O cam, conversam e dão risada antes, Metropoly é um bar descontraído durante e depois do expediente. e por isso é importante brincar e atender os clientes com sorriso no Já teve alguma experiência interosto”, diz. ressante ou divertida como bartender no Metropoly? Tabalha há quanto tempo no MeTenho uma experiência que tropoly? Como surgiu a oportuni- guardarei para o resto da vida: dade? Criei um shot drink no Metropoly Comecei em 2014, pois morava que dei o nome de Cafezinho. Foi na rua ao lado, vi a faixa na frente minha primeira criação como bar-

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man. A aceitação foi grande e isso fez eu me sentir reconhecido e valorizado. O drink é a base de licor de café, com licor de menta, creme de licor irlandês (Baileys tradicional) e Negresco moída. Você joga no Metropoly? Gostaria de jogar mais, mas é um pouco corrido para mim. Mas gosto muito dos jogos, principalmente o BEER CARDS, que é como um Super Trunfo de cervejas artesanais. Tem alguma história diferente, algo que tenha acontecido com você no Metropoly? Sim, conheci a mulher da minha vida no Metropoly, a Thaís Alexandrina. Nos vimos na entrada e a química bateu. Não nos falamos no dia, mas conseguimos nos encontrar em outra oportunidade e hoje estamos noivos.


+ JOGADOS

Dixit

Imagem & ação

Eu sou...?

Galápagos Jogos

Grow Games

Estrela

Em cada turno um jogador assume o papel do contador de histórias e deve falar uma frase sobre uma das imagens que tem em sua mão. Os outros jogadores devem escolher a carta de suas mãos que mais combine com a frase dita. Será que os outros jogadores vão conseguir adivinhar qual a carta do contador de histórias?

Neste jogo você não precisa ser desenhista, porque o que vale é a imaginação. Cada jogador será o desenhista e, na sua vez, tentará passar à sua equipe uma palavra ou expressão. É proibido falar, escrever letras e números, fazer gestos ou mímicas.

Eu sou... verde? Eu sou... um animal? Descubra qual é a imagem da sua carta fazendo fazendo perguntas para os outros jogadores.


SAI POUCO, MAS É DIVERTIDO

Robin Hood

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Ca$h‘n Guns

Imitatrix

Galápagos Jogos

Board Game Geek

Estrela

Em cada turno, um jogador diferente atua como xerife, enquanto os outros jogadores são camponeses tentando entrar no castelo da cidade de Nottingham e fazer vendas de produtos legais e/ ou ilegais. O xerife deve adivinhar quem está carregando mercadorias ilegais e para tentar ganhar algum dinheiro na negociação.

Em um armazém abandonado, uma gangue está dividindo o dinheiro do roubo, mas os bandidos não conseguem chegar a um acordo sobre a divisão. É hora de deixar as armas falarem e logo estarão todos mirando uns aos outros.

Neste jogo, as equipes se enfrentam para tentar descobrir palavras seguindo as instruções do desafio da rodada, como fazer mímica com um pé só, de costas ou falando verbos, além de diversos outros que deixam o jogo mais divertido.


RELATOS DO PÚBLICO Alex Matioli - Pesquisador de Ciências Aplicadas O Metropoly tem uma proposta que vai muito além de entreter pessoas durante algumas horas. O bar é um ambiente que mistura nostalgia, sorrisos e muita diversão! É impossível entrar e não sair energizado, pois o clima é muito bom! O atendimento é excelente, os garçons atenciosos e os monitores muito pacientes, afinal são mais de 360 jogos.”

Alex Matioli - Pscicóloga Excelente bar! Sistema de escolha e solicitação de jogos muito organizado. Porções e drink excelentes, por preço justo. Atendimento atencioso, rápido. Staff muito gentil! Os monitores (de vermelho) foram muito pacientes ao explicar os jogos para meus filhos. A opção perfeita para quem ama sair em família, mas não abre mão de um happy hour ou um programa diferente. Recomendo. Certamente voltaremos!”

Renato Baqueiro - Estudante da Unicamp Para aqueles que gostam de board games é uma ótima opção para conhecer novos títulos e para aqueles que só querem sair do habitual barzinho é uma opção muito divertida. O preço é justo e a comida de qualidade. O espaço é ótimo, cabe muita gente confortavelmente. A qualidade de atendimento é muito boa também. Foi uma experiência ótima! Com certeza indico e volto!” 15


Metropoly Bar • Avenida Prof. Atílio Martini, 469 - Barão Geraldo - Campinas (SP) Reservas: (19) 3324-2952 Aberto de quarta-feira a domingo, a partir das 18h


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