Voz da vizinhança #07 web

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VOZ DA VIZINHANÇA facebook.com/VizinhancaNaCalcada

Foto: João Mattos/Voz da Vizinhança

Ano II - Número 07 - Setembro / Outubro 2017

Convivência é possível Páginas 4 e 5


Editorial

Ainda há bastante a ser feito viver, trabalhar e divertir. O principal fato ocorrido na área foi a orientação do MP para que a prefeitura reorganize a questão dos bares e limite o funcionamento dos mesmos à meia-noite. A ação gerou reação de muitos grupos. O prazo para resposta do Executivo se encerra dia 18, mas foi positivo o empurrão do MP no sentido de secretarias, órgãos municipais, legislativo e comunidade passarem a atuar

Gente que faz:

Em relação à Segurança, reunimos várias lideranças comunitárias para criar grupos de trabalho e de apoio a Projetos de Lei que beneficiem o cidadão pelo fim da insegurança. Leia e fique por dentro do que está acontecendo por aqui. Também acompanhe nossas ações curtindo a fanpage: facebook.com/VizinhancaNaCalcada/. Boa leitura! Carla Santos

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Presidentes de associações e lideranças de alguns bairros de Porto Alegre reuniram-se na Casa dos Conselhos para definir ações de grupos civis que auxiliem a diminuir os índices de insegurança e de mortes provocadas pelo crime. Em pauta a organização de uma grande mobilização pela Vida e a escolha e análise de Projetos de Lei que já foram elaborados com o objetivo de buscar punibilidade ao maior e menor infrator. Também foi definido que serão escolhidas as principais medidas contra a impunidade e que os contatos de legisladores federais serão distribuídos no grupo a fim de que se possa buscar apoio na aprovação dos projetos elencados. A próxima reunião acontecerá no dia 13 de setembro, a partir de quando se organizará uma grande manifestação com a sociedade em geral.

Expediente Edição e jornalista responsável: Carla Santos - (51) 98442-7727 Reg. Prof.: 8292/96 Edição de fotografia: João Mattos (51) 99137-1744 Projeto Gráfico e Editoração Alex Santos (51) 99941-1122 Gráfica: Multi Criatividade em Impressão Grupo Sinos Publicação: Vizinhança na Calçada Tiragem: 10 mil exemplares

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Representantes das Associações Vizinhança na Calçada, dos Comerciantes da CB e dos Amigos da CB expuseram faixa em agradecimento ao trabalho prestado pelos servidores no dia do aniversário do 9º BPM, em 12 de agosto. Faixa também foi afixada em frente ao batalhão como forma de parabenizar os homens e mulheres que diariamente travam uma batalha contra o crime na nossa região. Foto: João Mattos

Foto: Edna Souza

Cada vez mais, chegam à nossa equipe relatos de pessoas que fazem boas e importantes ações em benefício de outros ou da nossa comunidade. Temos orgulho de saber que os vizinhos realmente fazem parte de um grupo diferenciado, que trabalha para tornar a nossa região ainda melhor. Como sentenciou Margaret Mead, “Nunca duvide que um pequeno grupo de pessoas conscientes e engajadas possa mudar o mundo. De fato, sempre foi assim que o mundo mudou”.

de forma conjunta com um objetivo comum. Além disso, as podas e supressão de árvores mortas se iniciaram em algumas ruas da CB, o que deve revitalizar as plantas ainda vivas e diminuir o risco de acidentes causados por queda de árvores mortas. Entretanto, houve preocupação da comunidade com a vida, tanto da vegetação quanto dos pássaros, que porventura tivessem ninhos nos galhos.

Foto: Carla Santos

Depois de muitas reuniões, grupos de trabalho, solicitações e bastante luta, o grupo Vizinhança na Calçada apresenta a sétima edição do jornal Voz da Vizinhança. A cada número, temos muitas conquistas a comemorar e a tarefa de fazer uma lista do que ainda precisa ser realizado, que, convenhamos, não é pouca coisa. Mas, acreditamos estar no caminho certo para transformar a nossa na melhor região para se

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Madredeus, Mariza, Ana Moura e Deolinda. A interpretação é da cantora Julia Machado com os músicos Jéferson Luz, na guitarra portuguesa, Pedro Rodrigues, no violão, e Mauricio Montardo, no teclado. Dica do jornal Voz da Vizinhança: É muito importante que o brinquedo doado seja novo porque trabalha a autoestima de quem vai recebê-lo. Era comum, em eventos comemorativos, algumas crianças chorarem ao abrir o pacote de presente e encontrar uma boneca riscada ou um carrinho sem alguma das rodas dentro dele. Se é presente, é novo. Brinquedo usado - em ótimo estado - é sempre muito bem-vindo para doação em creches ou espaços de diversões em grupos em que não seja direcionado a apenas uma criança como presente.

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Comissão formada por representantes de associações e grupos que trabalham contra a violência reuniu-se, em agosto, com o Secretário de Segurança de Canoas, Ranolfo Vieira Júnior. Em pauta, a demora para a liberação de todas as vagas prisionais da Penitenciária instalada naquele município. Ranolfo deixou claro que a área que cabe à prefeitura executar, falta apenas asfalto na área interna e iluminação. Mas o asfalto, segundo ele, não impede que as vagas sejam disponi-

bilizadas. Ainda há problemas com esgoto, água e de pessoal. Grupo aguarda agendamento com a Secretaria de Segurança do Estado para pressionar pela Foto: Eliége Rodrigues Teixeira

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Os vizinhos Edna Souza e Jéferson Luz - em parceria com Kaká D´Avila, coordenador do CRIP Centro promovem show beneficente, com o grupo Alma Lusitana, para arrecadação de brinquedos, no sábado, 30 de setembro, às 16h. Os donativos serão distribuídos a crianças carentes no Dia das Crianças e podem ser entregues a partir de hoje no CRIP Centro (Avenida João Pessoa, 1.110), ou ao ingressar no show, que será no mesmo local. O grupo Alma Lusitana busca reencontrar a música portuguesa e açoriana, fundadoras do nosso cancioneiro e do nosso folclore. O show passa por clássicos como Canção do Mar, Barco Negro, Nem às Paredes Confesso, Casa Portuguesa; e canções portuguesas atuais de nomes consagrados como

liberação de toda a Penitenciária, visto que a falta de vagas prisionais é um dos maiores problemas enfrentados no RS.


Vem aí o concurso da calçada mais bonita

Deu certo:

Nadya Mendes precisou de consulta médica após passar dias com tosse. Foi ao Centro de Saúde Modelo no início da tarde e conseguiu senha para a noite. Às 17h30min, distribuem 60 fichas para o clínico geral e 20 para odontologia. O atendimento em horário estendido acontece entre 18h e

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22h. “Fui muito bem atendida pela médica de família Helenara de Freitas. Consegui fazer a nebulização no próprio posto, a médica requisitou exames, que eu já fiz no dia seguinte.” Nadya estava com pneumonia e ficou positivamente surpresa com a qualidade do serviço prestado. Foto: Cristine Rochol / PMPA

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Os prêmios serão compostos por doações realizadas pelas empresas Bolaria João & Maria, Sicredi, Boteco Pedrini (da Venâncio Aires), Toca da Coruja, Cantina Spina e outros, com quem estamos fechando parceria e terão suas marcas divulgadas na próxima edição e na nossa fanpage. Se você tem interesse em colaborar com os presentes, entre em contato conosco pelo fone (51) 98442-7727. Em caso de chuva, o mutirão será adiado. Os Bairros atendidos pelo Crip Centro são: Auxiliadora, Azenha, Bela Vista, Bom

pelos moradores ou trabalhadores. Para participar, basta que a calçada esteja localizada na área atendida pelo CRIP Centro (veja no final); o grupo faça uma foto “antes” e “depois” da calçada revitalizada. As fotos serão publicadas na fanpage facebook.com/VizinhancaNaCalcada/. Será ganhadora dos prêmios do concurso a equipe que tiver as suas fotos mais curtidas na nossa página. Organize-se com os vizinhos. Vale também para grupos de profissionais que trabalhem em estabelecimentos comerciais e queiram colocar a mão na massa.

Fim, Centro Histórico, Cidade Baixa, Farroupilha, Floresta, Independência, Jardim Botânico, Marcílio Dias, Menino

Deus, Moinhos de Vento, Mont’Serrat, Petrópolis, Praia de Belas, Rio Branco, Santa Cecília e Santana.

Imagem Freepik

A exemplo do que acontece em diversos bairros, haverá mutirão de equipes da Prefeitura e da comunidade, na rua Olavo Bilac, entre a Lima e Silva e a José do Patrocínio, no dia 23 de setembro, sábado, das 9h às 13h. Dentre os serviços disponibilizados estará varrição da rua, pintura de meio-fio, coleta de lixo eletrônico, de medicamentos vencidos, de agasalhos e doação de livros, além de plantio de mudas nos canteiros. No mesmo dia, a Vizinhança na Calçada promove um concurso do local mais bonito após os serviços realizados

Deixou a desejar:

Presidentes das associações Vizinhança na Calçada, Amava, dos Amigos da Cidade Baixa, dos Comerciantes da CB e do Centro Histórico solicitaram reunião com o prefeito Nelson Marchezan - em email enviado ao gabinete no dia 1º de agosto - para discutirem soluções em relação a: 1 - criação de uma operação conjunta (e permanente) de secretarias e

órgãos de segurança para coibir o uso de bebida alcoólica e drogas ilícitas por menores de idade em várias ruas da nossa região, 2 - tratar de projeto de lei que estabelece a proibição de consumo de bebidas alcoólicas em vias públicas, o que causa grandes transtornos a moradores e empresários da nossa região, visto que o comércio ilegal é quem lucra com essa

prática. 3 - tratar de solução para a questão dos moradores de rua. 4 - apresentar o jornal Voz da Vizinhança. O retorno com agendamento veio exatamente um mês depois, com a seguinte resposta: Agendamos para o dia 5/9 (terça-feira), às 17h. A Secretária Fátima, abordará somente o assunto moradores de rua. Pode?

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Foto: João Mattos / Voz da Vizinhança

Fechar bares é a solução?

O movimento na rua João Alfredo adentra madrugada, o que impede o descanso de moradores

Madrugadas de barulho nas ruas da Cidade Baixa acabaram causando discórdia. De um lado, moradores que precisam descansar e empresários que investem em estabelecimentos no bairro. De outro, jovens sem grande poder de consumo, que acabam se alcoolizando com combos (formados por produtos comprados no supermercado, de vendedores ambulantes ou de comerciantes que não têm alvará para funcionar à noite), fechando ruas para o trânsito de veículos, com som em alto volume, baderna madrugada adentro e consumo de drogas. O resultado da “festa” é visto nas manhãs seguintes: muito lixo, urina e fezes nas calçadas e portas dos vizinhos. No meio disso, o Ministério Público, expediu orientação à Prefeitura para que implantasse um 4

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plano de intervenção e fechasse os bares à meia-noite. O prazo vence em 18 de setembro. A ação da Promotoria de Justiça do Meio Ambiente foi baseada em diversas reclamações e pedidos de socorro de moradores da região. Mas seria esta a solução? São as casas noturnas as responsáveis pelo barulho excessivo e a falta de respeito com os vizinhos? A resposta de representantes de diversos segmentos da comunidade local é de que não é por aí o caminho para se resolver a questão. A associação Vizinhança na Calçada, por exemplo, defende o fechamento definitivo de locais que vendem bebidas através de portas ou janelas, sem acomodar seu público no interior do estabelecimento. “As casas noturnas, que respeitam os vizinhos, têm isolamento acústico e alvará de fun-

cionamento e que acabam trazendo segurança para a região, têm nosso apoio para continuarem funcionando”, afirma o vice-presidente, Rodrigo Kandrik. É a mesma opinião de Luciana Fagundes, do Movimento Viva Cidade Baixa, que criou abaixo-assinado online em defesa da abertura das casas após a meia-noite. “A decisão deve basear-se em diálogo com moradores, frequentadores do bairro e comerciantes. Não pode ser uma decisão unilateral”, reforça. Para ela, uma solução simplista não vai trazer resposta às demandas do bairro. “Não pode acontecer aqui o que ocorreu com o Menino Deus, onde hoje não há vida noturna.” Luciana ainda afirma que falta fiscalização constante. “É preciso que a prefeitura esteja presente à noite no bairro. Também os bares devem se respon-

sabilizar pelo seu lixo, por exemplo.” Entretanto, a integrante da Associação de Moradores da CB, que foi uma das solicitantes de ação do MP, Angela Farias, afirma que o poder econômico não deveria se sobrepor aos direitos humanos básicos e individuais do cidadão. “Sabemos bem que o sistema capitalista que impera sobre nossas cabeças, como traz consigo riquezas, também nos escraviza, tira a nossa saúde e causa todo tipo de desajuste social.” Já a presidente da Associação dos Amigos da CB, Roberta Rosito, afirma que o comércio legal e parceiro é o que tem alvarás de acordo com suas atividades. “O nosso maior problema são os alvarás provisórios, por exemplo para padaria, que o dono abre como casa noturna. Ou então aqueles que abrem com uma porta

de garagem sem alvará nenhum, só para vender bebida e drogas.” Para ela, se houvesse efetivo de Segurança e de Fiscalização no horário adequado, isso não existiria. “A fiscalização trabalha num horário em desacordo com o funcionamento do bairro. Se os fiscais ficassem à noite, teríamos diminuição dos menores bebendo, do tráfico de drogas e dos ambulantes ilegais. O que geraria mais emprego e conforto para os moradores e comerciantes legais.” Roberta ainda conta que o bairro foi transformado em lixo por conta de determinados grupos de frequentadores das ruas. “A gente não é contra os bares. E sim, contra fazerem do nosso bairro a lixeira da cidade, com bailes funks a céu aberto e locais sem estrutura vendendo o que não deveriam”, informa.


Prefeitura trabalha para alterar decreto que regulamenta comércio na Cidade Baixa Trogildo, juntamente com a Brigada Militar e representantes das secretarias de Relações Institucionais, de Desenvolvimento Econômi-

co e de Ambiente Sustentável da Prefeitura de Porto Alegre para tratar de melhorias na região. O comandante do 9º BPM

João Mattos

Foto: Candace Bauer/CMPA

Comerciantes e moradores da Cidade Baixa foram recebidos pelo presidente da Câmara Municipal de Porto Alegre, vereador Cassio

Reunião definiu criação de grupo de trabalho sobre os estabelecimentos comerciais da região

Eduardo Amorim afirmou que a BM vai continuar garantindo segurança na região. Mas alerta para a necessidade da presença mais atuante da Smic nas noites da Cidade Baixa. “AEPTC tem sido nossa parceira de trabalho nos finais de semana, mas sentimos falta da auação da SMIC.” No dia 11 de setembro, haverá nova reunião, quando a Prefeitura deve apresentar as mudanças para o decreto que regula o comércio no bairro. O secretário de Governança Local, Carlos Siegle de Souza, afirma que novas diretrizes serão estabelecidas. “Vamos

endurecer as regras para o comércio irregular, som automotivo alto e comércio de venda de bebidas para a rua após a meia-noite.” Foi, ainda, formado um grupo de trabalho para estudar as alterações na legislação urbanística. Carla Santos, presidente da Vizinhança na Calçada, solicitou que as secretarias e órgãos municipais conversem entre si para resolver as demandas da população de forma harmoniosa. “O que vemos, na prática, é que um servidor tem compreensão diferente do outro diante da mesma situação. As ações públicas têm de ser padronizadas”, sugeriu.

Éguer reforça a importância de atuação da BM com a EPTC, já efetiva na João Alfredo. “Se Deus quiser, seremos exemplo de bom convívio para o Brasil”, deseja. A Toca da Coruja largou na frente no quesito conscientização do público. Após receber reclamação de uma vizinha, instituiu, via redes sociais e banner em sua porta, uma campanha solicitando silêncio ao cliente

que deixa o bar. Atitude simples, mas que gera boa receptividade do público e dos próprios vizinhos.

Foto: João Mattos / Voz da Vizinhança

Comerciantes temem impacto econômico e social

A Associação dos Comerciantes da Cidade Baixa vê o fechamento dos estabelecimentos à meia-noite como causador de um forte

impacto econômico aos empresários, o que pode gerar desemprego na região. O vice-presidente da ACCB, Éguer Viana Gonçalves

afirma que, por outro lado, a situação em que se encontra a João Alfredo -onde há foco de barulho- causa extremo constrangimento aos próprios empresários. “A preocupação é geral com o bairro. Quem quer uma Porto Alegre melhor, tem de se preocupar com os vizinhos.” Ele diz que as pessoas vão ocupar ainda mais as ruas porque os bares estarão fechados. “Temos de sentar juntos e buscar uma solução em benefício do bairro. É preciso mudança de comportamento.”

Promotora quer planejamento urbano A promotora do Meio Ambiente Anelise Steigleder afirma que se faz necessário um trabalho conjunto. “A nossa recomendação é de que a Prefeitura trabalhe com planejamento urbano e que disponibilize áreas de animação.” De acordo com a promotora, a Prefeitura deveria ter feito o plano de animação com comerciantes e moradores, o que não ocorreu. Lamentavelmente, segundo ela, a partir de 2012, a prefeitura vem criando, por decreto, situações-limite

no bairro, sem respeito ao morador. Ela cita as pessoas que levam suas bebidas de casa e se acumulam nas ruas, mais a problemática do carro de som. “A nossa ideia é que a Prefeitura considere todos esses fatores e não assine mais qualquer decreto pontual.” Anelise reforça, ainda, que os estabelecimentos com tratamento acústico e que respeitam as leis não entram na recomendação dada pelo MP ao Executivo. Esta é uma solução que a

moradora Carolina Piccolli, integrante do grupo SOS Cidade Baixa, esperava. Em reunião na Câmara de Vereadores, Carolina deixou claro que as casas noturnas com isolamento acústico e que têm seus alvarás de funcionamento em dia devem continuar abertas à noite e na madrugada. “O que têm de ser fiscalizados e fechados são os estabelecimentos que atuam em desacordo com seus alvarás, não têm isolamento acústico ou os ambulantes, que vendem os combos nas ruas”, diz.

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A Sd Priscila Porto afirma que sempre quis atuar no 9º BPM

Para quem pensa que ser soldado da BM é para pessoas desesperadas por um emprego, temos provas que mostram o contrário. Uma vez que exige cada vez mais preparo e formação, seguir carreira na Brigada Militar pede vocação e amor pela farda. É uma profissão estressante, cansativa, mas que atrai um número significativo de pessoas que querem reforçar as tropas contra a criminalidade no RS. Um exemplo disso é a Sd Priscila Porto, 27 anos, formada em 21 de julho passado e alocada na 2ª CIA do 9º BPM. Filha de promotor público,

ela escolheu fazer parte dos quadros da Brigada Militar. “Entrei na BM porque gosto muito desta profissão. Quero fazer carreira dentro da instituição. E seguir no 9º BPM, que sempre foi onde eu quis atuar.” Ela conta que a receptividade dos colegas foi bem positiva. “Eu já tinha conhecidos que trabalharam aqui e falam muito bem da 2ª CIA. Desde o curso, eu queria vir para cá. Gosto do estilo de trabalho e da área de atuação.” Para ela, é muito gratificante trabalhar com colegas mais velhos. “Eles têm mais contato com as

Foto: João Mattos

Foto: Carlos Schwengber/arquivo pessoal

Corações que batem pela farda

O Sd Jean percebeu a importância de ser um soldado a serviço da comunidade e apaixonou-se pela profissão

ruas e passam muita experiência para nós.” O Sd Jean Cássio de Vargas, 27 anos, é outro que está chegando com muita vontade de trabalhar. Iniciou seu caminho na BM pela estabilidade que o concurso público traz. “Depois, percebi a importância de ser um soldado a serviço da comunidade, trabalhando pela Segurança, quando se precisa tanto dela. E acabei apaixonado pela profissão.” Ele conta que, devido à sua classificação, pode escolher o batalhão em que iria trabalhar. “Desde o início do curso, pesquisava os batalhões. O 9º

morar no quartel até conseguir um lugar bom, poderiam ficar.” Ali, o soldado viu a importância que o batalhão dá aos servidores. “Assim a gente quer, ainda mais, prestar um serviço de qualidade e tem maior atenção em não errar.” Segundo ele, se o superior está preocupado com a situação dos praças é sinal de que quer saber se estão bem psicologica e fisicamente para o serviço. “Como se fosse um pai. Faz com que a gente se sinta mais seguro para atuar.” O 9º BPM recebeu 69 novos soldados no mês de julho.

BPM me atraiu pela atuação e por ser mais central.” Ele afirma que uma das características que chamou sua atenção foi a proximidade do batalhão com as comunidades atendidas por ele. “Na 3ª CIA, temos a oportunidade de nos apresentar aos moradores e comerciantes e fazer, de fato, um policiamento comunitário.” Sd Jean relata que o comandante TC Amorim (do 9º BPM) foi bem acessível. “Na apresentação das companhias aos novos que chegavam, o que ficou bem marcante é que ele disse aos que são do interior que, se precisassem

Mais de 50% dos presos pelo 9º BPM têm antecedentes criminais Das 403 prisões realizadas pelo 9º Batalhão de Polícia Militar (que atende a nossa região), em apenas dois meses e meio (junho, julho e metade de agosto), 284 foram de pessoas que já tinham antecedentes criminais. No mesmo período, 36 fugitivos foram presos pelo BPM. Os números mostram o que diversos setores da sociedade vêm alertando: muito são reincidentes.

Mas há pontos positivos nas estatísticas: 243 veículos e 341 telefones celulares furtados/roubados foram recuperados pelos policiais no primeiro semestre deste ano. Em seis meses, houve 634 prisões em flagrante. Destes, 368 foram autuados na Delegacia de Polícia e 266 tiveram apenas o fato registrado. Dos foragidos, 80 foram presos aqui na nossa região e outros 80 eram procurados pela Justiça.

1 - Viu?

algo suspeito ou delito sendo cometido?

2 - Passe

um Whats para a 2ª CIA, através dos grupos de Segurança. Lembre-se de informar o local do fato, características do meliante ou suspeito, o tipo de roupa e calçado que está usando, para qual direção seguiu (se estiver em deslocamento), modelo, marca e cor do carro usado.

4 - Ligue certo DISQUE: 118 ou 0800-518-518 - Denúncia de tráfico de Drogas (Denarc) 192 - Emergência de Saúde (Samu) 193 - Incêndio (Bombeiros) 190 - Assalto, roubo, sequestro, suspeito de delito, emergência policial (BM) 151 - Crimes contra o consumidor (Procon) 100 - Violência Sexual Contra Menor 180 - Violência contra mulheres (Delegacia da Mulher) 156 - Pessoas em situação de rua, solicitação de serviços municipais como poda de árvores, iluminação, esgoto 132 - Assistência a dependentes químicos 199 - Problemas com alagamentos em grandes proporções, temporais com danos graves (Defesa Civil)

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3 - Ligue

para o 190, repasse as informações e comunique que já avisou a 2ª CIA. Isso vai gerar protocolo de atendimento e ajuda a alimentar os dados de Segurança, tão importantes no momento de se conquistar equipamento ou efetivo.


Foto: João Mattos / Voz da Vizinhança

Quando a retirada da árvore é necessária

Planta com tronco oco e desequilíbrio foi a primeira a ser suprimida da rua

Depois da Lopo Gonçalves, chegou a vez da Olavo Bilac receber os serviços de poda e retirada de árvores mortas. Os trabalhos, realizados pela Secretaria do Meio Ambiente e Sustentabilidade, agora ligada à de Serviços Urbanos, começaram em 6 de setembro e devem se estender até o final do mês. No primeiro dia, sete árvores foram podadas e duas suprimidas por apresentarem necrose de tronco. A expectativa é de que, na quadra entre a Lima e Silva e José do Patrocínio, ainda sejam eliminadas outras cinco plantas. O engenheiro agrô-

Agende-se

nomo Paulo Fialho Meireles fala que a poda é importante porque faz o saneamento de partes doentes, diminui o risco às pessoas de danos físicos ou materiais pela queda de galhos, traz melhoria na entrada de luz natural das casas, diminuindo a umidade nas mesmas, além de permitir uma melhor iluminação artificial, que é importante para a segurança. “As árvores que não têm mais condições de serem renovadas pela poda, precisam ser retiradas”, afirma. São três os aspectos que causam a supressão das plan-

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Teatro Infantil

Escolas

Educação em Saúde

Há muito tempo quando os cavaleiros ainda lutavam, o bom Rei Ricardo Coração de Leão governava a Inglaterra. Enquanto o rei foi lutar em terras estrangeiras, seu irmão perverso ocupou o trono e usou o seu poder para cobrar impostos do povo inocente, que precisa de um herói para lutar por suas causas quase perdidas. Robin Hood está em cartaz em setembro no teatro Novo DC. Para as famílias, aos domingos, às 17h.

O Teatro Novo DC também tem o projeto A Escola vai ao Teatro. Ainda há vagas para colégios de educação infantil e anos iniciais tornarem mais especial o mês das crianças! As turmas de alunos são recebidas para espetáculos em dias de semana. A peça é desenvolvida com roteiro pedagógico. Contato para agendamentos com Ane Marie ane@ teatronovo.com.br ou pelo fone (51) 3374-7626.

Dia 23 de setembro, entre 8h e 16h30min, acontece o encontro de educação em Saúde com Foco em Doenças Reumáticas. O público-alvo é formado por pacientes, familiares e cuidadores dos portadores desses males. A inscrição é gratuita e pode ser feita pelo telefone 30285646 ou pelo e-mail: grupal-gerencia@hotmail.com. O evento é realizado pela ONG Grupal e será sediado no City Hotel em Porto Alegre.

Foto: Márcio Garcia / Divulgação

tas: quando estão totalmente desequilibradas, com risco grave de queda; as que apresentam rachaduras no tronco, o que impede a sua recuperação; e necrose de tecido – quando a árvore já está morta e também tem risco de cair. Em relação a uma preocupação muito comum da comunidade, os ninhos de pássaros, o profissional afirma que, quando há presença deles, o serviço é cancelado. “A exceção é para árvores com risco grave de queda. Neste caso, se faz o deslocamento do ninho.” Para solicitar poda na sua rua, ligue para o 156.

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ARTIGO

As locações residenciais por temporada e os novos aplicativos Sabemos que não adianta lutar contra o futuro, porém, é preciso cautela quando se trata de avaliar o impacto de facilidades que os aplicativos de aluguéis por temporada trazem. O mercado de locações vivia em guerra. A lei do inquilinato permitiu equilibrar esta relação, com a retomada de imóveis residenciais após 30 meses de contrato e deixando claras questões como reajuste e garantias. O mercado passou a se regular normalmente, restabelecendo ofertas e até baixando o valor dos aluguéis. Passaram-se os anos e surgiram aplicativos como o AirBNB, que facilita aos viajantes a locação do que seria, em tese, espaços que substituiriam a

hospedagem em hotéis. O app vende a “experiência” de hospedar-se como um local. Mas será que é bem assim? Como tudo na web, a prática alastrou-se. Quem pode locar quarto ou apartamento por poucos dias, para ter renda extra, tem feito. Além do mercado hoteleiro, este tipo de hospedagem traz dor de cabeça ao de imóveis. A primeira razão é o desequilíbrio que a prática traz ao valor dos aluguéis, pois parece ser mais lucrativo para o proprietário locar fracionadamente no mês, ainda que este tipo de locação seja frágil na questão de garantias e de retomada. Com isso,

estes imóveis saem do mercado regular, fazendo com que aqueles que permanecem, tenham seus valores fixados bem acima da média. Em San Francisco, Londres e Amsterdã existem medidas protetivas coibindo o excesso de ofertas no

mesmo bairro e dando limite de imóveis por proprietário para cadastro no app. A ideia é preservar o acesso daquelas moradias na região a locais. A segunda razão e a mais óbvia é a segurança. Vivemos praticamente em guerrilha urbana. Os investimentos em segurança nos condomínios

são caros e constantes, depois de tanto trabalho e reuniões de condomínio para aprovar aqueles investimentos. Além disso, são moradores temporários, portanto, contar com o cumprimento de horário de silêncio, retirada de lixo etc. é uma loteria. As normas convencionais são baseadas no regramento do convívio, com o pressuposto de que haverá constrangimento pedagógico na sua aplicação. Ao proprietário, que está lucrando acima do mercado com este tipo de locação, pode até valer a pena pagar a multa. Ao inquilino, que está ali para usufruir poucos dias, a convenção não faz sentido.

É mais ou menos o que acontece com a noite da Cidade Baixa. Donos de bares e moradores de um lado, querendo manter a hospitalidade, preservando o bairro e a qualidade de serviços e de sua moradia. Do outro, os estranhos que ocupam um espaço enquanto for moda, enquanto for bom para eles, sem se importar com o que fazem enquanto aqui estão e com o que deixam após irem embora. Locações por temporada, ocupantes da noite: não seriam problema e até teriam charme, se todos fossemos educados, com mais senso de coletivo e com muita, mas muita consideração pelo outro. Anne Lyse Geyer de Oliveira VOZ DA VIZINHANÇA

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Foto: João Mattos / Voz da Vizinhança

Caminho traçado pelo destino

Elisandro Lima começou a pintar a convite da mãe, mesmo contrariado

Quando faltar energia elétrica, lembre-se de direcionar a luz de lanternas ou lâmpadas de emergência para a calçada,

se você mora na parte frontal do seu prédio. Ajude os outros a chegarem com mais segurança em casa.

O tímido artista Elisandro Lima, de 37 anos, desenha desde os 4 anos de idade. Como todo garoto, gostava de futebol. Mas a jogada do destino era outra. Sua mãe queria fazer curso de pintura em tecido e o matriculou junto. Então com 13 anos, perguntou o que faria no meio da mulherada. A mãe insistiu e o jovem se viu aprendendo a pintar. Em uma das aulas, admirou-se com a técnica ensinada pela professora, mas o que lhe despertou mesmo a vontade de pintar foi quando uma das alunas errou o traço de um tomate e a professora consertou a peça, desenhando, à mão livre, uma dália por cima. “Conforme ela ia criando outras formas sobre o tomate destruído, pensei: ‘Eu também quero fazer isso!” Novamente o destino desenhava outro rumo à vida do menino. Pouco depois, o pai, que era empregado da área comercial de uma empresa havia 18 anos foi demitido. A família teve sua renda prejudicada, e a saída foi vender panos de prato. Elisandro pintava, a mãe fazia crochê e o pai vendia as peças. Por 5 anos, a família se sustentou dessa atividade. Em 1998, Elisandro perdeu a mãe para um enfisema

pulmonar. “Fomos morar em Canoas e ali conheci a dona Dorvalina.” Ela trabalhava com decoração de festas e contratou o artista para fazer pinturas à mão dos enfeites de mesa em MDF (veja no detalhe, uma das primeiras peças pintadas por Elisandro). Os painéis em tecido também eram de responsabilidade dele. O jovem foi aprendendo novas técnicas de forma autodidata. Oito anos depois, foi morar em SP, onde conheceu folk-art. “Ali, abriram-se novos horizontes.” Mas, por causa da família, acabou retornando ao RS, voltou a trabalhar com dona Dorvalina e começou a dar aulas para turmas formadas por duas grandes empresas de tintas em Porto Alegre. Somente depois disso, há quatro anos, montou o próprio atelier, onde leciona e cria diversas obras de arte. “O que acho gratificante é estar com uma pessoa que quer aprender e ver meus alunos se sustentarem pela sua arte.”

Ele trabalha bem com pintura renascentista, sacra e anatomia humana. Dentre as suas obras que mais gosta está a Vênus Maravilha, uma releitura do Nascimento de Vênus, de Sandro Botticelli, como Mulher Maravilha, que ele não vende por nada. “Nela há técnicas que aprendi fazendo. Tenho um carinho especial por esta tela.” Para Elisandro, tudo é feito a partir de muita observação. “Sem ela, não se faz nada”, sentencia. Hoje o artista comercializa obras prontas e as faz sob encomenda, que chegam de diversos estados do Brasil, administra cursos e whorkshops. Além disso, customiza peças únicas, como cadeiras, vestimentas e bolsas. Os valores de trabalho em tela, tecido ou papel variam de R$ 800,00 a R$ 4.200,00. Para contatar Elisandro e saber mais sobre sua arte, ligue para (051) 99282-1339. Os cursos são ministrados no atelier, na Rua da República, segundas, quartas e sextas-feiras, somente com agendamento.


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