Revista História da Vida

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Moluscos e âncoras

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À

nível 2

da

s vezes, a vontade de ter razão atropela os fatos.

Isso tem gerado fraudes

Ano 5 – número 2

na ciência ao longo dos anos. Algumas

Editor:

são fruto de erro não intencional (todos

Michelson Borges

estão sujeitos a isso), mas outras se

Colaborador:

Diogo Cavalcanti

tratam de má intenção mesmo – a

Projeto Gráfico e diagramação:

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intenção de validar uma ideia ou teoria,

Capa:

custe o que custar.

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Isso aconteceu recentemente com História da Vida nível 2:

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Diretor-Geral: José Carlos de Lima Diretor Financeiro: Edson Erthal de Medeiros Redator-Chefe: Rubens S. Lessa Gerente de Produção: Reisner Martins Gerente de Vendas: João Vicente Pereyra Gerente de Didáticos: Edgard Leonel Luz Chefe de Expedição: Eduardo G. da Luz Chefe de Arte: Marcelo de Souza Coordenadoras pedagógicas: Carmen de

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Ida. Ambos foram encarados como elos perdidos que revolucionariam a teoria da evolução e provariam que

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dois achados fósseis: o Tiktaalik e a

Darwin estava certo na sua ideia de ancestralidade comum.

Mas os dois fósseis foram mal interpretados, trazendo outro vexame para a história da teoria da evolução.

Leia mais sobre isso nesta edição.

“Uma coisa é querer a verdade do nosso lado, outra é querer sinceramente estar do lado da verdade”, escreveu o teólogo Richard Whately.

N

m n f a r d

p x fi e n d P ç

novo. Um grupo de cientistas concluiu que pegadas encontradas em uma montanha no sudeste do país têm cerca de 395 milhões de anos (na escala de tempo evolucionista), ou seja, foram feitas 18 milhões de anos antes do que se estimava ter sido a origem dos tetrápodes. A descoberta foi publicada na revista Nature, em 7 de janeiro de 2010.

As marcas mostram que o animal além de ser quadrúpede, não rastejava, como certos répteis. Traduzindo em miúdos: havia quadrúpedes andando por aí antes mesmo de seu “ancestral”

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N

ão, não estamos falando do Titanic, aquele grande navio que afundou em abril de 1912. Estamos falando de um peixe fossilizado conhecido pelo nome de Tiktaalik roseae. O fóssil bem preservado foi aclamado como a transição de peixe para quadrúpede terrestre ou tetrápode. Seria, assim, um tipo de “elo perdido”.

A fértil imaginação darwinista se apropriou do fóssil e elaborou ilustrações do peixe saindo da água para a terra (como também fizeram com o celacanto e o panderichtys) e a descoberta foi trombeteada pela mídia nos quatro cantos do mundo, até que outra descoberta, feita na Polônia, bagunçou tudo de

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presente entre a brulhada como em m be o çã la uma e a corre deos representam “Isso significa qu al os elpistostegí qu na a, ni ge lo do fi metade estratigrafia e a dos tetrápodes na súbita evolução na al lonesas on ici ns forma tra o as pegadas po l ilusão. Se – com ue cr a um é o, então um período Frasnian ríodo Eifeliano, já existiam no pe s de po eveu trá te os nossos pés”, escr revelam – abriu debaixo de se rio ná io uc ol enorme vazio ev seu blog. res da Nature, em ito ed s do um e, Henry Ge

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Texto: Michelson Borges; ilustração: Thiago Lobo

Polônia são beeem mais antigas do que os mais antigos fósseis de elpistostege até hoje descobertos.

Assim, “de acordo com os autores do novo estudo, a descoberta sugere que os exemplares de elpistostege encontrados não eram as formas de transição entre peixes e tetrápodes como se imaginava.

Segundo eles, isso mostra o pouco que ainda se sabe sobre a história primordial dos vertebrados terrestres”, afirmou a agência Fapesp, em matéria publicada em seu site.

Imagem: Wikipedia

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(o Tiktaalik) supostamente ter chegado a terra – ou pelo menos convivendo com esse “ancestral”. É como se você tivesse vivido antes de seu tataratataravô!

Os cientistas acreditam que os tetrápodes tenham evoluído dos peixes por meio de um estágio intermediário, conhecido como elpistostege, cujos representantes tinham cabeça e corpo de quadrúpede, mas com características de peixes, como nadadeiras no lugar das patas. Só que eles ainda não conseguiram provar essa “crença”, e as marcas fossilizadas encontradas na

O adeus de Ida

fóssil do Darw inius Marsillae

Imagem: Wik ipedia

Algo perecido com o incidente em torno do Tiktaalik aconteceu com outro fóssil, chamado de Darwinius masillae, em homenagem ao “pai da evolução”, o cientista inglês Charles Darwin. A festa foi grande em torno da divulgação do fóssil do Darwinius, também conhecido como “Ida”, já que ele foi apontado como o suposto “elo perdido” da suposta evolução dos primatas. Quem trabalhou mesmo foram os marketeiros darwinistas, já que aproveitaram ao máximo “a descoberta científica do ano” (2009 foi o ano de Darwin).

O fóssil pertencia a um colecionador havia mais de 20 anos, mas só veio a público – veja que coincidência! – no ano de Darwin. Nesse período, deu tempo de criar um site, publicar um livro e produzir um filme. Tudo em segredo, por dois anos.

Acontece que um grupo independente de cientistas analisou o fóssil e chegou a uma conclusão não muito empolgante: o bicho é provavelmente só um “primo” antigo e esquisito dos lêmures. Se eles estiverem corretos, o alarde midiático organizado em torno de “Ida, o elo perdido" pode se tornar um dos casos clássicos em que a vontade de chamar a atenção do público atropelou a ciência. Os pesquisadores responsáveis por estudar Ida compararam o fóssil com a Mona Lisa e com o Santo Graal, afirmando que ele mudava tudo o que se sabia sobre a evolução humana!

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do os dos tre va. que ormou ada

Texto: Michelson Borges; ilustração: Thiago Lobo

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Leia o tex to do Pont o de Partida e relacione as colunas A e B, coloca ndo o número c erto entre os parênteses de cada fr ase.

1.Tiktaalik 2.Perdido

Coluna B (

3.Polônia 4.Nature 5.Elpistostege

( (

6.Henry Gee 7.Darwinius masillae

(

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(

( (

) “Cruel ilusão” _ é assim que ...................., editor da revista Nature, considera. ) Revista em que foi publicada a descoberta. ) País em que se descobriu que o fóssil não era evidência da evolução. ) Nome de fóssil parecido com Titanic, mas bem mais difícil de se pronunciar. ) Fóssil também conhecido como “Ida”, nome dado em homenagem ao “pai da evolução”, mas que desiludiu os evolucionistas. ) Parecia ser um elo ...................., mas não era. ) Nome dado por cientistas evolucionistas ao ainda não comprovado estágio de evolução entre peixes e tetrápodes.

Ilustração: Carlos Seribeli

Coluna A

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Resposta: 6, 4, 3, 1, 7, 2, 5.

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Ilustração: Carlos Seribeli

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Uma rápida busca do nome “Jesus” na internet levará você em poucos segundos a diversos sites que afirmam categoricamente que o fundador do cristianismo nunca existiu e que este movimento, a fé cristã, foi criado unicamente para manipular a mente das pessoas. Afinal, quem está com a razão? A Bíblia ou os descrentes atuais?

Sem dúvida alguma, podemos afirmar que Jesus Cristo é um personagem histórico. Além das Escrituras Sagradas, outras 17 pessoas fizeram menção do Seu nome e de Seus atos, e a maioria delas eram historiadores. E o que é mais interessante: esses autores não eram cristãos e, portanto, não tinham nenhum interesse em propagar esse nome. Citaremos abaixo o nome dos três principais historiadores dessa lista: O primeiro nome é Tácito, historiador romano do 2º século d.C. Em seus Anais [15,44] (o nome de sua principal obra) ele menciona um movimento religioso que foi alvo do imperador romano Nero. Os seguidores desse movimento chamavam-se “cristãos”. “Tal nome”, escreveu Tácito, “vem de Cristo.” O texto continua dizendo que esse “Cristo” (que significa Messias) foi condenado à morte por Pôncio Pilatos. Interessante, não é?

Outro historiador romano que provavelmente escreveu algo sobre Jesus foi Suetônio, que também viveu no 2º século d.C. Suetônio menciona o mesmo incidente descrito por Tácito: um movimento religioso odiado por judeus e romanos, na época de Nero, que tinha como fundador um homem chamado “Crestus”. Vale lembrar que um nome ou tí-

tulo pode variar muito de um idioma para outro. Um exemplo disso é o nome João, que em russo é Ivan! Sendo assim, não é de se admirar que o título “Cristos”, em grego, tenha se tornado “Crestus”, em latim, a língua em que autor romano escreveu suas obras.

O terceiro e último historiador é o judeu Flávio Josefo, testemunha ocular do surgimento e expansão do cristianismo durante o 1º século d.C. Ele é o autor da passagem mais controvertida sobre Jesus fora do Novo Testamento. Versões mais antigas desse texto em outro idioma chamado siríaco sugerem que Josefo fala a respeito de um homem chamado Jesus, que foi crucificado e, segundo a crença dos Seus discípulos, voltou dos mortos. Como os outros dois historiadores romanos, Josefo está descrevendo honestamente o surgimento do cristianismo.

Há um último fato que merece ser comentado. Em 2002 veio à luz um ossuário (urna funerária) com a inscrição em aramaico do lado de fora: “Tiago, filho de José, irmão de Jesus.” Muitos afirmam que esse achado é uma fraude, mas vários especialistas têm defendido sua autenticidade.

Não há dúvidas de que existiu um homem chamado Jesus que era considerado o Messias (Cristo) por alguns, que foi morto por ordem de Pôncio Pilatos e deu origem a um movimento religioso chamado cristianismo.

Luiz Gustavo Assis é pastor em Caxias do Sul, RS; Ma rina Assis é professora de Ensin o Religioso e Inglês na Escola Adventista da mesm a cidade.

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ssim como outros veículos locomotores, os barcos e navios sofreram grandes alterações ao longo do tempo – com exceção de uma parte deles, que permaneceu praticamente inalterada: a pesada âncora de metal. Em dezembro de 2008, cientistas do Instituto de Tecnologia de Massachussets (MIT), inspirados na habilidade surpreendente de escavação de alguns pequenos moluscos, criaram uma âncora leve e de poucos centímetros.

Anette Hosoi, uma das cientistas envolvidas na pesquisa, disse: “De fato, os moluscos são escavadores muito rápidos. Um dos meus estudantes diz que os lingueirões [tipo de molusco] que observamos são as Ferraris do mundo dos moluscos.”

O RoboClam (como essa nova “âncora” é chamada) escava a terra da mesma maneira que os lingueirões. Os cientistas afirmam que esse engenho pode-

Michelson Borges [www.criacionismo.com.br]

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o fez Se Deus fez, se Deus nã m-humorada, o De maneira simples e be dos de entender autor explica os dois mo ceitos criacionista a origem da vida: os con ira o seu amente ilustrado. Adqu e evolucionista. Livro ric .com.br 6 ou pelo site www.cpb pelo fone 0800-979060

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rá ajudar na exploração de recursos naturais, como o petróleo.

Segundo os darwinistas, os moluscos estão entre os primeiros animais que “apareceram” na Terra. Mesmo assim, suas características de design são extraordinárias desde sempre. E o mais surpreendente: eles surgem no registro fóssil sem ancestrais evolutivos. Mas como admitir que essas “Ferraris do mundo dos moluscos” simplesmente surgiram? Isso não seria crença num “passe de mágica”?