Set visit da série Sr. Ávila - Monet

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Uma visita à extravagante mansão onde a maior parte de Sr. Ávila é gravada. Além de uma conversa com o protagonista Tony Dalton, adiantamos o que esperar da terceira temporada da série que acompanha a vida de um matador de aluguel por Sarah Mund, da Cidade de México*

Sr. Ávila

A PARTIR DO DIA 24, DOMINGOS, 21H, HBO, 171 E 671 (HD)

Assassino -Mor 3 4 + M o­n e t + J U L H O

J U L H O + M o­n e t + 3 5


CENÁRIO SINISTRO

D

DIZEM QUE SE MANTER NO topo é ainda mais difícil do que chegar lá. E a máxima vale para todas as carreiras, incluindo a de matador de aluguel. É isso que Roberto Ávila vai sentir na pele na terceira temporada de Sr. Ávila. No ano anterior, ele tomou uma arriscada decisão quando se viu em perigo dentro da organização de assassinos particulares: matou o próprio chefe, o padre que por anos foi seu confidente, e assumiu o posto de senhor dos senhores. Se antes seu maior desafio era equilibrar a vida dupla de pai de família e criminoso, agora seus problemas são ainda mais complicados. Quem está acostumado com os anti-heróis tão na moda nas produções americanas precisa se preparar para ver do que o Sr. Ávila é capaz. “Esse é um personagem interessante e adoro interpretar todas as suas características. Ávila cresce muito nessa temporada ao assumir novas responsabilidades e vamos explorar de forma sombria a questão da morte. Agora ele já não tem mais com quem compartilhar suas conquistas, não tem família com quem contar e isso tirou um tanto de sua humanidade”, revelou o protagonista Tony Dalton sobre a nova realidade de seu personagem depois da morte do filho e da internação da esposa em uma instituição psiquiátrica. Com o cargo, ele herda a sede da organização, uma mansão para lá de macabra que a reportagem visitou na capital mexicana (confira mais no quadro ao lado), e que junto da funerária ajuda a dar o clima sombrio tão característico da atração. Outra coisa que ele vai receber com o cargo é o antigo assistente do chefe anterior, papel

3 6 + M o­n e t + J U L H O

FOTOS: SARAH MUND E DIVULGAÇÃO

Em um bairro nobre da Cidade do México, muros altos escondem o que existe por trás deles. A mansão onde a maior parte das cenas de Sr. Ávila é gravada parece um Frankenstein arquitetônico, com anexos e alas de decorações extravagantes incompatíveis entre si e com apenas algo em comum: centenas e mais centenas de estátuas e obras de arte cobertas com plástico. “A casa é um personagem”, afirmou o protagonista, Tony Dalton.

Vida de assassino – Depois de se tornar senhor dos senhores, Ávila (Tony Dalton, na foto maior) vai descobrir que se manter no posto de chefão dá muito mais trabalho do que conquistá-lo. Em sentido horário: Iván (Carlos Aragón) vai ter que disputar a posição de braço direito do patrão com um novo personagem; Ana (Camila Selser) continua trabalhando na funerária; Sánchez (Juan Carlos Remolina) terá um novo parceiro depois da morte de seu colega

do novo integrante do elenco, Miguel Pizarro. “Linares é importante por que guarda muitas informações. Mas cada personagem joga seu próprio jogo e quem está por cima hoje pode se dar mal amanhã. Ele vê como natural se tornar o novo braço direito de Ávila e claro que isso cria conflito com Iván [Carlos Aragón].” Para piorar, o pai da detetive Erika Duarte (Ilse Salas) irá exigir sua ajuda para esclarecer sua morte, o que vai revelar uma trama de crimes e corrupção envolvendo governo e polícia que conta com um personagem até então considerado morto voltando à ação. Já o detetive Sánchez, que colabora com Ávila, finalmente volta ao trabalho com um novo parceiro e a mórbida Ana (Camila Selser) segue como funcionária da funerária que serve de fachada para o negócio, mas terá que enfrentar a mãe sobre segredos do passado. Tudo isso forma a agitada vida clandestina de Roberto Ávila, que aos olhos de todos parece um entediado vendedor de seguros, um cidadão comum com tragédias pessoais. Semelhante a outros personagens icônicos de séries de sucesso de público e crítica, como Tony Soprano (James Gandolfini) de Família Soprano (1999-2007) e Walter White (Bryan Cranston) de Breaking Bad (2008-2013). “Esse lado mau sempre vai atrair a audiência. É uma chance de as pessoas verem como os vilões agem, operam e pensam ao ver como podem ter aspectos de uma vida normal como

qualquer outra pessoa. É até um pouco assustador porque vemos como as pessoas podem ser diferentes da faceta delas a que temos acesso”, opinou Dalton. Não deixa de ser uma análise interessante sobre a nossa fascinação com os anti-heróis, mas ao mesmo tempo assustadora se pensarmos que pessoas assim estão circulando por aí e podemos estar convivendo com elas sem termos conhecimento. *A jornalista viajou a convite do canal J U L H O + M o­n e t + 3 7


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