Survey num Minuto - Lição 4

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SURVEY NUM MINUTO Lição 4


Survey num num minuto

A utilização de surveys em trabalhos investigativos é recorrente, pelo que é imprescindível ter um conhecimento adequado da sua selecção, concepção e implementação. A pensar em todos aqueles que nos próximos tempos ficarão isolados, quais eremitas numa gruta de livros e papéis, resolvemos apresentar uma série de tutoriais com explicações básicas em relação a este procedimento.

Lição 4 – A entrevista O guião da entrevista é um instrumento primordial para o sucesso da mesma, pois não só auxilia na recolha de informações escritas a serem questionadas, como também facilita o fluxo da conversa no momento da conversa. Este instrumento de recolha de dados é composto por uma série de questões abertas, semi-abertas ou fechadas, dependendo do objectivo do investigador e do tema a abordar. Nele devem constar informações relativas ao investigador, à data e à localização da entrevista. Se o investigador desejar pode, igualmente, colocar algumas anotações que ajudem a condução da entrevista. O processo de construção de um guião é, naturalmente, trabalhoso e exige um grande esforço por parte do invetsigador no sentido de definir as respostas que melhor correspondam às suas necessidades de investigação. Por este motivo, alerta-se para a eventualidade de se encontrarem na mesma situação que o senhor que se segue!

De seguida, são apresentadas algumas etapas para a elaboração do guião da entrevista extraídas do site http://www.prof2000.pt/users/folhalcino/ideias/comunica/entrevista.htm.

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ETAPAS A CONSIDERAR NA CONSTRUÇÃO DO GUIÃO DA ENTREVISTA

1.

Indicar o perfil do entrevistado, mencionando a idade, as habilitações académicas, o nível sociocultural, os interesses…;

2.

Seleccionar a população e a amostra em virtude dos objectivos a atingir;

3.

Definir tema, objectivos e dimensão da entrevista;

4.

Identificar o meio a utilizar para a realização da entrevista;

5.

Definir o momento adequado para a entrevista;

6.

Indicar criteriosamente os itens constantes do guião: a.

Elaborar perguntas dos itens;

b.

Compreender as expectativas do entrevistador;

c.

Considerar as eventuais respostas, expectativas e dificuldades do entrevistado;

d.

Definir um conjunto de perguntas abertas e fechadas;

e.

Evitar influenciar as respostas;

f.

Estabelecer estratégias de resposta a entrevistas e a fugas às perguntas colocadas;

g.

Definir o número de perguntas e a sua organização;

h.

Adequar as perguntas ao entrevistado, usando um vocabulário simples, objectivo e rigoroso;

7.

Atentar à apresentação gráfica do guião: a.

Incluir cabeçalho com identificação (instituição, proponentes, título, data);

b.

Indicar sucintamente os objectivos da entrevista e em que medida se insere na investigação em curso;

8.

c.

Usar tipo de letra legível;

d.

Manter um guião limpo e visualmente atractivo.

Expor o guião a outros investigadores, para ser submetido a um processo de análise crítica.

Desde o processo de concepção do guião até à fase da entrevista propriamente dita, existem algumas etapas que não podem ser menosprezadas, como seja a formação dos entrevistadores, caso não seja o investigador a dirigi-la e o pré-teste. A formação do entrevistador é um tópico de extrema importância, visto que o modo como conduz a entrevista pode condicionar todos os dados. O entrevistador deve demonstrar sensibilidade para as relações humanas, capacidade de introspecção e receptividade. No entanto, possuir estas características não é garantia para ser um bom entrevistador, sendo necessário ter competência técnica para tal e

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estar adequado ao tipo e objectivo da investigação, bem como à população inquirida, para que se favoreça o clima de cordialidade e cooperação fundamental para uma entrevista de sucesso. Já na fase da entrevista é necessário considerar alguns procedimentos. Ora vejamos:

PROCEDIMENTOS A CONSIDERAÇÃO PARA A REALIZAÇÃO DE UMA ENTREVISTA

1.

2.

Explicar a entrevista: a.

Indicar os objectivos da entrevista e as expectativas;

b.

Assegurar a confidencialidade;

c.

Explicar a necessidade de cooperação por parte do entrevistado.

Estabelecer um ambiente cordial e confortável para a realização da entrevista: a.

Certificar-se de que o ambiente é propenso à descontracção do entrevistado;

b.

Manter a distância de conforto entre entrevistador e entrevistado;

c.

Assegurar a privacidade durante a entrevista;

d.

Permitir que o entrevistado controle a entrevista;

e.

Revelar um clima de parceria, pedindo ao entrevistado para mencionar os seus pensamentos, as suas dificuldades, etc.

3.

4.

5.

6.

7.

Valorizar as respostas do entrevistado, através: a.

Da manifestação de simpatia e compreensão;

b.

Do tom informal;

c.

Da aceitação das opiniões do entrevistado.

Adoptar uma linguagem acessível: a.

Recorrer à exposição oral e escrita, com vista à eliminação de quaisquer dificuldades;

b.

Fazer perguntas acessíveis numa fase inicial;

c.

Evitar influenciar as respostas quer pela entoação, quer pelo vocabulário escolhido;

d.

Apresentar uma questão de cada vez;

Proceder à transcrição da entrevista: a.

Usar diferentes ferramentas de suporte de registo;

b.

Pedir autorização para a utilização do sistema de gravação;

c.

Registar literalmente a participação do entrevistado;

d.

Anotar os dados referentes à comunicação não-verbal.

Gerir o tempo de conversação: a.

Impedir o alongamento da entrevista;

b.

Parar se o entrevistado se mostrar demasiado constrangido.

Concluir a entrevista.

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