Jornal Fraterno 44

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fraterno “Fé inabalável é somente aquela que pode encarar a razão, face a face, em qualquer época da humanidade” Allan Kardec

7 anos Divulgando a Doutrina Espírita

Jornal Bimestral | Edição 44 | Ano VII | Novembro/Dezembro de 2010

As primeiras lições de moral na infância De todas as chagas morais da sociedade, parece que o egoísmo é a mais difícil de desarraigar. Com efeito, ela o é tanto mais quanto mais é alimentada pelos mesmos hábitos da educação. Parece que se toma a tarefa de, desde o berço, excitar certas paixões que, mais tarde tornam-se uma segunda natureza. Também nesta edição Editorial A pedagogia da vida.....................................2 Doutrina Os espíritos..........................................................4 curtas Gandhi, Kardec e Inversão de valores...5 cultura espírita As primeiras lições de moral............ 6 e 7 espírito na escola Nosso planeta, nossa escola.....................8 e 9 moral Cristã Introito.................................................................11 momento fraterno......................12

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| editorial |

A pedagogia da vida “... Ele morreu esta manhã, entre 11 e 12 horas, subitamente, ao entregar um número da Revue a um caixeiro de livraria que acabava de comprálo; ele se curvou sobre si mesmo, sem proferir uma única palavra: estava morto...” (Paris, 31 de março de 1869)

N

este pequenino trecho ilustrativo de quando se rompeu o aneurisma do codificador, naqueles últimos instantes, Allan Kardec, retornava ao plano espiritual cumprindo mais uma etapa de vida na Terra. O bomsenso encarnado na frase magistral de Camille Flamarion, uma consciência ímpar, um homem valoroso e do bem. Envidamos esta homenagem à ciência pedagógica dos espíritos pela qual deu sua vida no âmbito geral de todas as nações e sociedades do mundo... Nesta edição, abordaremos a pedagogia na feição da conduta espírita, no que ela emana de melhor e pela menção honorífica e sapiente do codificador ao reportar-se em nossa Cultura Espírita à “Educação na Primeira Infância”. O Espiritismo, à maneira didática do Evangelho e por sua natureza irrestrita no aprimoramento individual das almas, é legítimo por hábitos da caridade na prática da compreensão e atendimento em todas as latitudes do comportamento humano, desde aqueles que nascem ao berço e crescem em lépida juventude, seguindo a idade

adulta até o cume da velhice para se extinguirem no leito de morte. Tudo na vida é aprendizado e tudo está ligado no contexto da pedagogia da vida, pois onde houver duas ou mais pessoas, um núcleo familiar ou um grupo de amigos, sempre haverá necessidade de respeito moral entre todos. Assim sendo, positivamente, a disciplina educacional é o laço que une as pessoas em respeitabilidade, sobretudo, quando iniciada por sanções morais desde a pequena infância. O Mestre de Lion sabia desta importância e muito mais preconizava prática aos educadores que aos educandos, conquanto revivesse na didática de Pestalozzi, seu mestre e amigo, os largos argumentos e incentivos a esta instrução, especialidade de quem promoveu o sábio fazer, de quem educação se deu desde o berço por pessoas preparadas e muito bem educadas.

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Perguntaríamos: e quem estaria bem preparado neste momento conturbado, para tais fins, sem uma amostra real e legítima que não fosse os ensinamentos dos espíritos pelo páramo do Evangelho? E nesta assertiva diríamos: aprendemos com os nossos pais e repassamos aos nossos filhos todos os matizes de nossa educação moral. Os pais são exemplos, são os heróis e a bússola cultural de seus filhos. Portanto, filhos de pais “mal educados”, raramente haverão de ser “bem educados”. Segundo o provérbio divino: “Árvore boa é aquela que dá bons frutos”. Logo, é por essa lógica dedutiva que verificamos adultos “mal educados” dificilmente serem filhos de pais “bem educados”. Resta indicar que não basta ensinar, é preciso vivenciar a disciplina aplicada dos nossos transcursos morais. É falso, ilusório e imprudente o modelo

do “faça o que digo, mas não faça o que faço!”. Conquanto a esta pedagogia, bons hábitos e bons costumes são comuns à tolerância e passíveis de produzirem indulgência. O respeito é base para o entendimento e a concordância é o esforço a novos rumos no próprio desenvolvimento. Ter boa cultura não significa inteligência e nem ter bom coração, logo, ter direitos significa submeter-se às regras e aos deveres. A paciência conclama a virtude e o bom ânimo suscita recomeço. Vencer significa imperar os próprios desajustes e relevar as faltas de outrem. Arbitrar com excesso é o mesmo que proporse a medida do próprio juízo. Atinar com as orientações na prática da caridade é o mesmo que se estribar na decência. A filosofia espírita, em sua contribuição moral, acrescenta a esta realidade a reencarnação, explicando

FRATERNO, jornal bimestral contendo: Ciência, Filosofia e Conseqüências Morais, com sede no “Centro Espírita Seara de Jesus”, Rua Allan Kardec, 173, Vila Nova Osasco, Cep 06070-240, Osasco, SP. searadejesus@yahoo.com.br; Jornalista responsável: Bráulio de Souza - MTB 20049; Coordenação/Direção/Redação: Eduardo Mendes; Revisores: Luciana Cristillo e Jussara Ferreira da Silva. Diagramação: Jovenal Alves Pereira; Captação: Manoel Rodilha; Impressão: Gráfica Yara; Tiragem: 10.000 exemplares; Distribuição: Osasco e Grande São Paulo; e-mail: jornalfraterno@gmail.com; Telefone: (011) 3447 - 2006

| FRATERNO | Ciência, Filosofia e Conseqüências Morais | Edição 44 | Novembro/Dezembro

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PALESTRA MUSICAL não só a situação presente do espírito em seu desenvolvimento na atual existência, mas as raízes de sua personalidade desde as eras passadas, por encarnações anteriores. Ainda que as metas futuras e definições da alma na vida presente tenham por vistas o melhoramento da capacidade de amar, referenciar o porvir pressupõe às conseqüências educacionais do presente, segundo enfatizou o Mestre Jesus: “A cada um segundo suas obras”. A verdade do “renascer da água e do espírito” trouxe reflexão à justiça, tão real como o dito de: ninguém se faz pai antes de ser filho e ninguém se torna do bem sem ser educado. Isto está claro tanto quanto à reencarnação, mas não distingue nenhum modelo didático que possa ser conhecido nas escolas, por bons hábitos e bons costumes para as crianças. O paradigma da disciplina está na infância, na

família, junto às experiências individuais, que serão constantemente aplicadas pela lei do amor dentre as diversidades nas quais o ser está inserido. Dedicar-se ao infante é uma necessidade comum, posto que seja justo dizer que a tarefa de educar não cabe somente às mães ou aos pais, bem como a outros titulares responsáveis; afinal, educar é ensinar, é orientar a prática do bom comportamento e cabe a todos nós que vivemos e vivenciamos pari-passo esta existência terrena com as crianças. Primeiro é necessário saber para compreender e ser educado para ser digno na pedagogia do bem comum a todas as almas humanas. Portanto, boa conduta é um dever de todos, pois, nascer, viver, morrer, renascer ainda e progredir sempre, tal é a Lei de justiça, causa e efeito. Boa leitura. O editor.

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| doutrina |

Os espíritos “Nascer, morrer, renascer ainda e progredir sempre, tal é a Lei.”

(Allan Kardec)

O

Marcos Paterra

s espíritos fazem parte de nossa vida desde os primórdios pré-históricos; em termos de história podemos dar inicio a 3000 anos AC, temos uma breve descrição no papiro de Smith, atribuído a Inhotep, médico levado a categoria de deus, tinha conhecimentos preventivos e curativos que envolviam inclusive a thaerapia, isto é, “servir

a Deus”, procurava conciliar a ligação do homem com a Natureza, através de poderes sobrenaturais e da interpretação de sonhos, pois considerava a doença e a cura fenômenos espirituais. Na Índia, o código dos Vedas, que é o mais antigo código religioso que se conhece e que foi escrito vários milhares de anos antes de Jesus Cristo, a crença na existência dos Espíritos. O grande legislador Manou se exprime assim: “[...] Os Espíritos dos ancestrais, no estado invisível, acompanham certos Brahmas; sob uma forma aérea, eles os seguem e tomam lugar ao seu lado quando se sentam.” (Manou, Slocas, 187, 188, 189). Na antiga Grécia, Pitágoras (580510 AC) em sua Escola Pitagórica, dedicava-se a questões espirituais: os pitagóricos acreditavam na imortalidade da alma e na reencarnação

e tinham a auto-reflexão como um dever consciente e imprescindível na espiritualização da vida. O pitagorismo influenciou fortemente as obras de Demócrito de Abdera e de Platão. Na Gália, os Druidas se comunicavam com o mundo invisível, milhares de testemunhas o atestam. Evocavam-se os mortos nos recintos de pedra. Para o médico romano Claudio Galeno (130-200 AC) os nutrientes absorvidos nos intestinos passavam ao fígado, onde era produzido o espírito natural. Este era levado ao coração onde, no ventrículo esquerdo, transformava-se em espírito vital, que no cérebro transformam-se em espíritos animais, para ele os espíritos dão origem a três faculdades que têm como sede, respectivamente, o fígado, vincu-

lado a digestão, nutrição e geração; o coração, que envia calor a todo o corpo por meio das artérias e, por fim, o cérebro. René Descartes (1596-1650), escolheu o corpo pineal (Glândula) não propriamente como a sede da alma, mas como o local da sua atividade; Descartes imaginava que filamentos existentes nos nervos (que seriam tubos) poderiam operar como válvulas, abrindo poros que deixariam fluir os espíritos animais. “[...] não podemos conceber corpo algum que seja indivisível, enquanto que o espírito, ou a alma do homem, não pode ser concebido senão de modo total e definitivamente indivisível. De fato, não poderíamos imaginar meia alma, coisa que facilmente poderemos conceber com respeito ao corpo mais insignificante” (René Descartes no livro: Discurso do Método, 4-a med.). Hippolyte-Léon-Denizard Rivail conhecido como Allan Kardec (1804 – 1869) dedicou-se à observação e estudo dos fenômenos espíritas, sem os entusiasmos naturais das criaturas ainda não amadurecidas e sem experiência. A sua própria reputação de homem probo e culto constituiu o obstáculo em que esbarraram certas afirmações levianas dos detratores do Espiritismo. Dois anos depois, em 1857, divulgava “O Livro dos Espíritos”. Em 1858 iniciava a publicação da famosa “Revue Spirite”. Em 1861 dava a lume “O Livro dos Médiuns”. Em 1864 aparecia “O Evangelho segundo o Espiritismo”; seguido de “O Céu e o Inferno” em 1865. Finalmente, em 1868 “A Gênesis, Os Milagres e as Predições”, completava o pentateuco do Espiritismo. Sempre lúcido e lógico, Kardec soube muito bem como enfrentar a oposição e a difamação de inimigos gratuitos com dignidade e nobreza. A codificação da Doutrina Espírita foi um marco na história, dando ênfase ao assunto tão velado na época... Os Espíritos.

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| curtas |

O sexo com finalidade meramente reprodutiva

O

número de pessoas que pratica o sexo apenas com a finalidade reprodutiva é inexpressivo, pelo menos no mundo ocidental. GANDHI (1998:174) afirmava que: O desejo sexual é uma coisa boa e nobre, não havendo nada de vergonhoso nele. Mas seu objetivo é apenas o ato de criação. Qualquer outro uso que se lhe der é um pecado contra Deus e contra a humanidade.

Adotando essa forma de pensar, as pessoas praticariam o congresso sexual apenas quando estivessem visando a procriação, ou seja, em pouquíssimas oportunidades. Assim, as trocas energéticas entre os parceiros ocorreriam por outros meios mais sublimados, o que, digase de passagem, poucas pessoas têm condições de realizar. Mencionamos este tópico meramente como informação aos prezados Leitores e Leitoras, para completar nosso estudo sobre o assunto.

RECOMENDAÇÃO

O

s que desejam conhecer completamente uma ciência devem ler tudo o que for escrito a respeito, inclusive os prós e contras, as críticas e as apologias, a fim de poder julgar pela comparação. Nesse particular não indicamos nem criticamos nenhuma obra, pois não queremos influir em nada na opinião que se possa formar. Não temos a pretensão ridícula de ser o único a dispensar a luz. Cabe ao leitor separar o bom do mau, o verdadeiro do falso. Allan Kardec

Inversão de valores.... UMA TRISTE REALIDADE!!!!

Essa pergunta foi a vencedora num congresso sobre vida sustentável. “Todos pensam em deixar um planeta melhor para os nossos filhos... Quando é que pensarão em deixar filhos melhores para o nosso planeta?” Uma criança que aprende o respeito e a honra dentro da própria casa e recebe o exemplo dos seus pais torna-se um adulto comprometido em todos os aspectos, inclusive em respeitar o planeta onde vive...

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| cultura espírita |

As primeiras lições de moral da Desde que é reconhecido que o egoísmo e o orgulho são a fonte da maioria das misérias humanas; que enquanto reinarem na Terra não se pode esperar nem a paz, nem a caridade, nem a fraternidade, então é preciso atacálos no estado de embrião, sem esperar que fiquem vivazes

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Allan Kardec

e todas as chagas morais da sociedade, parece que o egoísmo é a mais difícil de desarraigar. Com efeito, ela o é tanto mais quanto mais é alimentada pelos mesmos hábitos da educação. Parece que se toma a tarefa de, desde o berço, excitar certas paixões que, mais tarde tornam-se uma segunda natureza. E admiram-se dos vícios da sociedade, quando as crianças os sugam com o leite. Eis um exemplo que, como cada um pode julgar, pertence mais à regra do que à exceção. Numa família de nosso conhecimento, há uma menina de quatro a cinco anos, de uma inteligência rara, mas que tem os pequenos defeitos das crianças mimadas, isto é, um pouco caprichosa, chorona, teimosa, e nem sempre agradece quando lhe dão qualquer coisa. Isto o que os pais cuidam bem de corrigir, porque, fora destes defeitos, segundo eles, ela

tem um coração de ouro,expressão consagrada. Vejamos como eles se conduzem para lhe tirar essas pequenas manchas e conservar o ouro em sua pureza. Um dia trouxeram um doce à criança e, como de costume, lhe disseram: “Tu o comerás se fores boazinha”. Primeira lição de gulodice. Quantas vezes, à mesa, não dizem a uma criança que não comerá tal petisco se chorar. “Faze isto, ou faze aquilo”, dizem, “e terás creme” ou qualquer outra coisa que lhe apeteça; e a criança é constrangida, não pela razão, mas em vista de satisfazer um desejo sensual que aguilhoa. E ainda muito pior, quando lhe dizem, o que não é menos frequente, que darão o seu pedaço a uma outra. Aqui já não é só a gulodice que está em jogo, é a inveja. A criança fará o que lhe dizem, não só para ter, mas para que a outra não tenha. Querem dar-lhe uma lição de generosidade? Dizem-lhe: “Dá esta fruta ou este brinquedo a fulaninho”. Se ela recusa, não deixam de acres-

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centar, para nela estimular um bom sentimento: “Eu te darei um outro.” De modo que a criança não se decide a ser generosa senão quando está certa de nada perder. Certo dia testemunhamos um fato bem característico deste gênero. Era uma criança de cerca de dois anos e meio, a quem tinham feito semelhante ameaça, acrescentando: “Nós o daremos ao irmãozinho e tu não comerás. E para tornar a lição mais sensível, puseram o pedaço no prato deste; mas o irmãozinho, levando a coisa a sério, comeu a porção. À vista disto, o outro ficou roxo e não era preciso ser o pai, nem a mãe, para não ver as faíscas de cólera e de ódio que saíram de seus olhos. A semente estava lançada: poderia produzir bom grão? Voltemos à menina, da qual falamos. Como não se deu conta da ameaça, sabendo por experiência que raramente a executavam, desta vez os pais foram mais firmes, pois compreenderam que era necessário

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A

dominar esse pequeno caráter, e não esperar que a idade lhe tivesse dado um mau hábito. Diziam que é preciso formar cedo as crianças, máxima muito sábia, e para pô-la em prática, eis o que fizeram: “Prometo-te,” disse a mãe, “que se não obedeceres, amanhã cedo darei o teu bolo à primeira menina pobre que passar.” Dito e feito. Desta vez queriam o bem, e dar-lhe uma boa lição. Assim, no dia seguinte de manhã, avistada uma pequena mendiga na rua, fizeram-na entrar, obrigaram a filha a tomá-la pela mão e ela mesma lhe dar o bolo. Então elogiaram a sua docilidade. Moralidade: a filha disse: “É mesmo, se eu soubesse teria tido pressa em comer o bolo ontem.” E todos aplaudiram esta resposta espirituosa. Com efeito, a criança tinha recebido uma forte lição, mas uma lição de puro egoísmo, da qual não deixará de aproveitar-se uma outra vez, pois agora sabe o que custa a generosidade forçada. Resta saber que frutos darão mais tarde esta

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infância

semente quando, com mais idade, a criança fizer aplicação dessa moral em coisas mais sérias que um bolo. Sabe-se de todos os pensamentos que este cínico fato pode ter feito germinar nessa cabecinha? Depois disto, como querem que uma criança não seja egoísta quando, em vez de nela despertar o prazer de dar e de lhe representar a felicidade daquele que recebe, impõem-lhe um sacrifício como punição? Não é inspirar aversão ao de dar àqueles que necessitam? Um outro hábito, igualmente freqüente é o de castigar a criança mandando-a comer na cozinha com os criados. A punição está menos na exclusão da mesa, do que na humilhação de ir para a mesa da gente de serviço. Assim se acha inoculado, desde a mais tenra idade, o vírus da sensualidade, do egoísmo, do orgulho, do desprezo aos inferiores, das paixões, numa palavra, que com razão são consideradas como as chagas da humanidade. É preciso ser dotado de uma

natureza excepcionalmente boa para resistir a tais influências, produzidas na idade mais impressionável, e onde não podem encontrar o contrapeso nem da vontade, nem da experiência. Assim, por pouco que aí se ache o germe das más paixões, o que é o caso mais ordinário, dada a natureza dos Espíritos que, em maioria, se encarnam na terra, não podem senão desenvolver-se sob tais influências, ao passo que seria preciso observar-lhe os menores traços para os apagar. Esta falta, sem dúvida, é dos pais; mas, é bom dizer, muitas vezes estes pecam mais por ignorância do que por má vontade. Em muitos há, incontestavelmente, uma culposa despreocupação, mas em muitos outros a intenção é boa, é o remédio que nada vale, ou que é mal aplicado. Sendo os primeiros médicos da alma dos filhos, deveriam ser instruídos, não só de seus deveres, mas dos meios de cumpri-los. Não basta ao médico saber que deve procurar curar: é preciso saber como agir. Ora, para os pais, onde estão os meios de instruir-se nesta parte tão importante de sua tarefa? Hoje se dá muita instrução à mulher; fazem-na passar por exames rigorosos; mas, algum dia foi exigido da mãe que soubesse como fazer para formar o moral de seu filho? Ensinam-lhe receitas caseiras; mas foi iniciada aos mil e um segredos de governar os jovens corações? Assim, os pais são abandonados, sem guia, à sua iniciativa; eis porque tantas vezes seguem caminhos errados; também recolhem, nos erros dos filhos já crescidos, o fruto amargo de sua inexperiência ou de uma ternura mal entendida, e a sociedade inteira lhes recebe o contragolpe. Desde que é reconhecido que o egoísmo e o orgulho são a fonte da maioria das misérias humanas; que enquanto reinarem na terra não se pode esperar nem a paz, nem a caridade, nem a fraternidade, então é preciso atacá-los no estado de embrião, sem esperar que fiquem vivazes.

Pode o Espiritismo remediar esse mal? Sem nenhuma dúvida; e não hesitamos em dizer que é o único suficientemente poderoso para fazê-lo cessar. Por um novo ponto de vista, do qual faz observar a missão e a responsabilidade dos pais; fazendo conhecer a fonte das qualidades inatas, boas ou más; mostrando a ação que se pode exercer sobre os Espíritos encarnados e desencarnados; dando a fé inquebrantável, que sanciona os deveres; enfim, moralizando os próprios pais. Ele já prova sua eficácia pela maneira mais racional pela qual são educadas as crianças nas famílias verdadeiramente Espíritas. Os novos horizontes que o

Espiritismo abre fazem ver as coisas de outra maneira. Sendo o seu objetivo o progresso moral da humanidade, forçosamente deverá iluminar o grave problema da educação moral, primeira fonte da moralização das massas. Um dia se compreenderá que este ramo da educação tem seus princípios, suas regras, como a educação intelectual, numa palavra, que é uma verdadeira ciência. Talvez um dia, também, será imposta a toda mãe de família a obrigação de possuir esses conhecimentos, como se impõe ao advogado a de conhecer o Direito. (Texto originalmente copiado da Revista Espírita, fevereiro de 1864)

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| o espírito na escola (9) |

Nosso planeta, nossa escola Dalmo Duque dos Santos, Professor

A

s escolas estão sofrendo as perturbações pelas quais está passando todo o planeta Terra. Por ser a síntese fiel e espelho da sociedade, elas funcionam como termômetro e vitrine de tudo o que acontece no mundo social. Nosso planeta é um organismo vivo, possui uma “Anima Mundi” e está passando por uma crise de mutação cíclica, tanto no aspecto ambiental exógeno, como na sua atmosfera psíquica, onde ocorre uma intensa luta entre forças renovadoras e forças reacionárias. Isso possui um reflexo negativo no plano social, em todas as instituições. As escolas são mais sensíveis a tais acontecimentos, por todas as características espirituais já apontadas, mas principalmente porque ela é um espaço natural de esperanças de vida e utopias de um mundo melhor. Se a vida social pode melhorar, essa possibilidade começa na escola. Essa crise de mutação

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planetária é muito complexa e aparentemente caótica, pois se misturam nos fatos geofísicos os elementos de uma confusão de valores, de avanços e retrocessos, vitórias e derrotas, equilíbrio e desequilíbrio, construção e destruição. Não sabemos quanto tempo tudo isso vai durar e quais os resultados dessas graves mudanças, pois nesse contexto tudo se torna instável e vulnerável. Estamos em tempo de revolução e não de reformas. Uma idéia que pode nos ajudar a entender melhor e aceitar o que está acontecendo é aquela informação doutrinária que ensina que a Terra é a nossa Escola Evolutiva, do gênero humano e, portanto, a nossa escola pequena, onde os alunos adquirem conhecimento e nós ganhamos o pão de cada dia, não deve perder de vista que fazemos parte dessa dimensão planetária. Os filósofos mais sintonizados com essa idéia dizem que estamos destinados a sermos cidadãos do mundo e que não há mais sentido para a cidadania

local e nacional. O Espiritismo ensina que, na pluralidade e nas categorias de mundos, o nosso planeta está mudando sua marca cósmica de expiações e provas para a marca de mundo em regeneração. As transmigrações de almas obedecem a essa dinâmica das marcas planetárias evolutivas. Nesse processo reencarnamse milhões de seres perturbados, rebeldes, agressivos, que na suas trajetórias cometem mais erros do que acertos e sofrem as conseqüências negativas dessas escolhas. São perturbados e naturalmente perturbam o ambiente em que convivem. Não se adaptam às regras sociais porque possuem um padrão sub-moral para avaliar as situações e as coisas. Aparentemente são impermeáveis aos ensinamentos superiores, aos quais reagem com indiferença, mas cuja percepção inconsciente registra em pequenas doses. Mas não está ocorrendo somente a encarnação de Espíritos endividados e espiritualmente atrasados. Diversas men-

sagens mediúnicas, antigas e mais recentes, bem como a observação das tendências sociais feitas por respeitados cientistas, informam que a Terra seria alvo da encarnação de Espíritos provenientes de mundos mais evoluídos, moral e intelectualmente, como parte importante do processo de renovação planetária . É uma prática comum no intercâmbio e evolução dos mundos. Tal processo já foi iniciado há milênios, quando coletividades de outros sistemas planetários encarnaram, em várias épocas, deixando marcas históricas inconfundíveis da sua superioridade. Da mesma forma, educadores de alta hierarquia espiritual encarnaram na Terra para iniciar a ruptura dessa marca de dores e sofrimentos impostos pela Lei de Causa e Efeito. Suas lições, em todas as épocas, sempre estiveram concentradas em três pontos básicos: a imortalidade, a transformação moral e a utopia da perfeição (Paraíso, Reino, Nirvana, Céu, etc), reflexo do esforço que os seres humanos devem fazer para aprender a serem felizes em situação de infelicidade. Essa mutação planetária ainda deverá levar muito tempo, talvez séculos, pois os processos de reajuste ocorrem em todos os aspectos e sentidos. Nada deve ficar pendente, daí a violência e a impotência humana diante de acontecimentos inevitáveis e inadiáveis. Nas escolas encontramos, numa visão micro-social, exemplos de todos esses acontecimentos planetários. E os micro-educadores têm a mesma sensação de receio e responsabilidade das ações macro-sociais dos dirigentes internacionais. A função social da escola é muito ampla: trabalhamos incessantemente para que haja uma adaptação e conseqüente progressão dos alunos diante das rápidas e atuais mudanças históricas. Fazemos o papel de suporte científico e ao mesmo tempo moral, pois as transformações geram distúrbios

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emocionais e sofrimentos físicos nos alunos, professores e funcionários. A maioria dos pais não possui condições psicológicas, nem conhecimento para lidar com esses problemas e passam a depender da ajuda da escola, principalmente dos professores. Quando a rede física e a população escolar eram reduzidas esse papel de substituir a família funcionava relativamente bem, apesar de alguns abusos de autoridade. Com a explosão demográfica, ocorrida no Brasil a partir da década de 1970, aumentou absurdamente o número de alunos nas salas de aula e ocorreu também uma mudança de mentalidade e de costumes. Com a democratização da escola, os pobres não puderam ser mais expulsos ou dispensados para o trabalho infantil. Os alunos indisciplinados e limitados não puderam ser mais punidos e reprovados. Essa quebra do antigo modelo autoritário estabeleceu um ambiente libertário nas escolas, porém gerou um relaxamento das relações de autoridade e dos papéis, sem a contrapartida de uma conscientização proporcional. Para compensar esse afrouxamento moral, adotou-se uma rigidez artificial, através da legislação educacional, acentuando-se a informação intelectual em prejuízo da formação moral. Essa situação seria acelerada com a explosão tecnológica dos anos 1990 e que atualmente se delineia na desconstrução da sala de aula e dos métodos textuais planos, através da revolução digital do hipertexto. Toda essa situação tornou a escola cada vez mais vulnerável aos distúrbios planetários, exigindo dos educadores mais dedicação e melhor desempenho em suas funções, como já vinha acontecendo em alguns setores profissionais. Nas escolas públicas essas tecnologias são praticamente inacessíveis e, mesmo assim, essas escolas continuam sendo alvo de uma demanda em massa. Todos querem estar nas escolas, mesmo que muitos deles não saibam dar valor ao conhe-

cimento e considerem a escola como um simples lugar de convívio social, como se fosse um clube. Buscam nelas alguma coisa diferente daquilo que não encontram em casa ou que julgam ser muito importante para mudar suas vidas. Em pesquisa diagnóstica feita habitualmente nas primeiras semanas de aula, sempre solicitamos aos alunos algumas opiniões e expectativas sobre a escola, a família, o mundo e o futuro. A maioria manifesta uma grande esperança na instituição escolar e no trabalho dos educadores, esperando que nós enfrentemos junto com eles as suas dificuldades. Os itens que mais aparecem nas expectativas, e que transparecem claramente como carências pessoais, são esses: 3 Professores que ensinem coisas para usar na vida, no mundo lá fora; 3 D iretores amigos e mais próximos; 3 Que a escola seja uma família e um lar para os alunos; 3 Mais amizade, companheirismo e menos violência; 3 Organização e limpeza; 3 Eventos: festas, comemorações, exposições, festivais, bailes; 3 Melhor qualidade na merenda; 3 Bom ensino dos professores; 3 P aciência com os alunos com dificuldades; 3 Q ue eles mesmos mudem de comportamento e se tornem bons alunos; 3 Que eles sofram cobranças por parte dos educadores; 3 J ustiça e rigor nas avaliações, incluindo reprovações; 3 Faltas constantes dos professores ao trabalho; 3 Mais disciplina e controle das suas próprias ações; 3 Mais compreensão com o jeito de ser e a condição adolescente dos alunos. Isso é um sinal evidente de que

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as coisas não estão indo bem nas escolas porque há uma grande defasagem entre o currículo tradicional e as necessidades dos alunos. Não se trata apenas de oferecer ciência e tecnologia nas aulas, mas também a oportunidade de mudança de pontos de vista, de rumos e destinos. Existem muitos problemas e obstáculos nas escolas que a tecnologia e a ciência não conseguem detectar e atingir. São questões humanas imprevisíveis, que não podem ser antecipadas nos planejamentos e nos planos e de aula. Muitos desses obstáculos aparecem camuflados nessas opiniões e expectativas que citamos. Como sempre fomos um setor conservador, sacralizado e dogmático, demoramos mais para

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reconhecer os nossos limites e que também deveríamos sacudir a poeira dos escombros e reinventar a escola. Essa reinvenção, enquanto as coisas não mudam definitivamente, significa também a adoção de novos pontos de vista, o abandono da arrogância e do orgulho, a mudança do olhar para outros enfoques. Como dizia Jesus, temos que “ser inteligentes como as serpentes, porém simples como as pombas”. É claro que esses novos olhares não representam a busca de soluções miraculosas e imediatistas. A escola somos nós e não o sistema escolar. Se não podemos mudar o sistema, podemos alterar a essência natural da escola, que são os nossos pontos de vista e os nossos sentimentos.

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| reforma íntima |

Cartilha aos pais: vinte ítens para coleção de bons hábitos Walter Barcelos (Uberaba, MG)

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Ame Deus acima de todas as coisas e ao próximo como a si mesmo para que possa amar seu filho em espírito e verdade. Faça da sagrada missão paterna um verdadeiro sacerdócio, priorizando muito mais a melhoria moral e psicologia do filho que o corpo e intelecto dele. O filho é espírito reencarnado com experiências milenares, carregando boas ou más qualidades morais no arquivo psíquico da mente.

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moral ao filho. Estude com disciplina e medite muito mais, para apoderar-se da convicção espírita. Com luz da fé raciocinada, poderá melhor ensinar a Doutrina Espírita, explicar os acontecimentos da vida, falar do destino e da lei de causa e efeito, deslindar intricados problemas emotivos, eliminar superstições e fantasias na crença dos filhos. Não use somente as faculdades da inteligência, as opiniões técnicas excepcionais, os conhecimentos acadêmicos e da cultura popular

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Não esqueça de que as palavras, por mais belas e verdadeiras, quando ausentes da autoridade moral, têm o mesmo valor de um cheque bem preenchido, porém sem fundos. Alegando falta de tempo, não entregue toda responsabilidade educacional dos filhos à companheira dileta do coração. Tire tempo, de quando em quando, para conviver mais intensamente com eles. A infância passa rápido e, deixando de cumprir suas sagradas obrigações afetivas, lembre-se: o tempo não dá segunda chance. Não é fator educativo manter o medo doentio ao perigo destruidor das drogas e nem aos traficantes cruéis. O positivo é trabalhar com coragem o mundo mental do filho, para que sua força íntima supere a atitude infeliz aos vícios. Nunca use a violência física ou verbal, castigos e punições severas aos filhos difíceis. Não se esqueça de orientá-los na moral de Jesus, empregando o julgamento justo e a palavra que soma energia e sinceridade. Realize, juntamente com a companheira devotada, o Culto do Evangelho no Lar, fazendo uso da leitura, diálogo e explicações doutrinárias, bem como mantendo religiosa assiduidade e responsabilidade espiritual. Analise, na conduta de cada criança: más ações, emoções negativas, maus hábitos, más tendências e sentimentos infelizes originados de vidas passadas, aplicando a energia da fé esclarecida e do amor evangelizado para corrigir no momento certo. Pratique com seus filhos as mais gostosas brincadeiras e os esportes que mais apreciem, todavia jamais brinque com os senti-

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Cuide bem do organismo do filho: boa alimentação, fortalecimento dos ossos, prática de esportes, beleza física, desenvolvimento da força física, porém não esqueça que tudo isso, embora importante à vida saudável, você está operando em fatores externos e transitórios, que não fortalecem a personalidade espiritual. Conheça bem a Doutrina Espírita, forme bons hábitos e evangelize a si mesmo, a fim de transmitir de seu coração renovado à luz da educação

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para instruir o filho. Ele detém um coração – profundo arquivo psíquico dos sentimentos – que basicamente não prescinde de amor evangelizado e orientação espiritual a fim de ser a pessoa boa, educada e feliz que almejamos a ele. Tenha a luminosa certeza de que a formação do bom caráter do filho se concretizará, unicamente, pelos seus bons exemplos no ambiente do lar.

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mentos deles. Os falsos sentimentos dos pais deixarão marcas profundas no seu mundo emocional, redundando em reflexos negativos na vida adulta deles. Não acredite unicamente no valor do dinheiro para fazer a alegria de cada filho, ofertando mesadas e presentes, brinquedos e guloseimas, passeios e parques de diversões. Ofereça mais ainda as energias de bondade e carinho, ternura e amizade, pois elas educam o espírito. Mantenha extremamente vigilância consigo mesmo, para não induzir os maus exemplos no relacionamento afetivo do filho. A sua capacidade de influênciação e poder de imitação da crença é fato psíquico rotineiro no ambiente familiar. Os pais descuidados são diretamente responsáveis pela indução de algum vício ou mau hábito na mente da criança. Ensine com paciência incansável: o amar aos sofredores e mais pobres, a não criticar deficiências e defeitos dos semelhantes, a não zombar de nenhum coleguinha, a não humilhar os mais simples, a obedecer aos professores e a respeitar os mais velhos. Fale ao entendimento do filho que toda violência é crime; a briga de tribos rivais é guerra, criando mais ódio; todo desperdício é falta grave, a baderna nas ruas e nas escolas é retrato moral das criaturas sem Deus; e que a maior coragem é vencer a si mesmo, jamais revidando o mal. Valorize a convivência mais afetuosa, mais amiga e de mais companheirismo, enquanto os verdes dias da infância do filho favoreçam o trabalho de educação do caráter. Não há educação sem amor, e o amor não nasce sem relacionamento afetivo permanente.

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| moral cristã |

Simeão e o Menino

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m tempos difíceis, esta NOVA coletânea a partir desta edição, tem significativo valor para as pesquisas de expositores espíritas e estudiosos da doutrina e do Evangelho, pois que facilita a compreensão dos ensinos do Mestre, em Sua Obra de cunho Divino na renovação da humanidade. É, também, subsídio inestimável para fundamentação de ordem espiritual dos estudos, alargando a visão, muitas vezes materialista ou mística, que hoje se tem de Jesus, além de servir de contribuição aos corações sedentos de paz e harmonia, no contato com as lições amorosas do Cristo. O mais importante desse material literário-mediúnico é o seu aspecto revelador, principalmente quando, ao relatar os fatos acontecidos com Jesus, retificam, em alguns casos, erros históricos de interpretação, sendo este, aliás, um dos papeis a ser desempenhado pelo Espiritismo, como foi previsto por um espírito em 15 de abril de 1860. Os capítulos da série de obras ditadas pelo Espírito Humberto de Campos, que formam aqui o quadro de nossa “Moral Cristã” (excetuados os livros Boa Nova e Brasil Coração do Mundo Pátria do Evangelho, em face de sua temática específica), são relatos de diversos fatos ocorridos com o Cristo – ensinando, dialogando, curando e, sobretudo, exemplificando o Seu infinito amor à humanidade – pelas “mãos” carinhosas de Francisco Cândido Xavier... O Editor.

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SIMEÃO E O MENINO Dizem que Simeão, o velho Simeão, homem justo e temente a Deus, mencionado no Evangelho de Lucas, após saudar a Jesus criança, no templo de Jerusalém, conservou-o nos braços acolhedores de velho, a distância de José e Maria, e dirigiu-lhe a palavra, com discreta emoção: - Celeste Menino – perguntou o patriarca -, porque preferiste a palha humilde da manjedoura? Já que vens representar os interesses do Eterno Senhor na Terra, como não vestiste a púrpura imperial? Como não nasceste ao lado de Augusto, o divino, para defender o flagelado povo de Israel? Longe dos senhores romanos como advogarás a causa dos humildes e dos justos? Por que não vieste

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ao pé daqueles que vestem a toga dos magistrados? Então, poderias ombrear com os patrícios, gladiadores e pretorianos, atendendo-nos à libertação... Por que não chegaste, como Moisés, valendo-se do prestígio da casa do faraó? Quem te preparará embaixador do Eterno, para o ministério santo? Que será de ti sem lugar no Sinédrio? Samuel mobilizou a força contra os filisteus, preservando-nos a superioridade; Saul guerreou até a morte, por manter-nos a dominação; Davi estima o fausto do poder; Salomão, prestigiado por casamento de significação política, viveu para administrar os bens enormes que lhe cabiam no mundo... Mas... Tu? Não te ligaste aos príncipes, nem aos juízes e nem aos sacerdotes... Não encontrarias outro lugar, além

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do estábulo singelo?!... Jesus menino escutou-o, mostrando-lhe sublime sorriso, mas o ancião, tomado de angústia, contemplou-o, mais detidamente e continuou: Onde representarás os interesses do Supremo Senhor? Sentar-te-ás entre os poderosos? Escreverás novos livros da sabedoria? Improvisarás discursos que obscureçam os grandes oradores de Atenas e Roma? Amontoarás dinheiro suficiente para redimir os que sofrem? Erguerás novos templos de pedra, onde o rico e o pobre aprendam a ser filhos de Deus? Ordenarás a execução da lei, decretando medidas que obriguem a transformação imediata de Israel? Depois de longo intervalo, indagou em lágrimas: - Dize-me, ó Divina criança, onde representarás o interesse de nosso Supremo Pai? O Menino tenro ergueu, então, a pequenina destra e bateu, muitas vezes, naquele peito envelhecido que se inclinava já para o sepulcro... Nesse instante, aproximou-se Maria e o recolheu nos braços maternos. Somente após a morte do corpo, Simeão veio saber que o Menino Celeste não o deixaria sem resposta. O Infante Sublime, no gesto silencioso, quisera dizer que não vinha representar os interesses do Céu nas organizações respeitáveis mas efêmeras da Terra. Vinha da casa do pai justamente para representá-lo no coração dos homens. (Mensagem extraída do livro Pontos e Contos, cap. 25)

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| momento fraterno | Jussara Ferreira da Silva

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ueridos leitores, Nesta edição o Fraterno retrata a importância, à luz da Doutrina Espírita, das lições de moral que recebemos na infância e que passaremos aos nossos filhos e netos. Todos nós temos alguma recordação da nossa infância e o esforço dos nossos pais para nos transmitir essas sábias lições. Naquela época, nossa tenra idade não nos permitia imaginar que as palavras e os atos de nossos pais teriam tanta importância em nossas vidas, nem tampouco sabíamos no que seriam úteis. Nesse momento volto-me às recordações da minha infância quando todas as ações e palavras que eu e meus irmãos manifestávamos eram acompanhadas pelos nossos pais ou, na ausência deles, por um responsável. Eu era a caçula da minha família e a mim era permitido um tempinho a mais para as brincadeiras de criança, tão necessárias nessa idade. Enquanto eu brincava e observava as diversas atividades que cada um executava em casa, e num entendimento compatível com a minha idade, percebia que o tempo que “sobrava” era inversamente proporcional à idade de cada membro da família, a começar pelos meus pais. Logicamente que os anos se passaram e não sendo possível fazê-lo parar, acabei recebendo as responsabilidades relativas a cada fase da idade que me acumulava. Não me envergonho de dizer que antes dos dez anos de idade eu era responsável por manter a minha cama e gaveta arrumadas, o meu material escolar em ordem, tinha

pleno entendimento das atividades escolares que precisava desenvolver, guardava os brinquedos nos lugares certos, sabia o horário do meu banho e aquele em que devia me recolher. Após os dez anos, já lavava louças, arrumava todas as camas e, com o apoio de um banquinho especialmente projetado pelo meu pai, ensaiava alguns cozidos no fogão. Os dotes culinários, senão os melhores nesta idade, me permitiram preparar deliciosas sopas para o meu pai quando ele foi acometido por um enfarte, o que motivou os médicos a prescreverem refeições leves e com hora programada. Com tantas atividades a serem realizadas, diferentemente das crianças

aquele que se comportasse mal era repreendido e o fato era motivo de reunião com os pais e, por menor que fossem, essas falhas ocasionavam a perda de algumas regalias, das pouquíssimas que tínhamos. Com o passar do tempo, já um pouco mais grandinhos, aquele acúmulo de experiências e responsabilidades já faziam parte de nós, já formavam o nosso caráter. Na escola, depois de aprendermos que o Hino Nacional fazia parte do nosso currículo escolar, recebíamos, em complemento à educação aprendida em casa, a disciplina de Educação Moral e Cívica, tão necessária atualmente. Não me lembro do conteúdo da disciplina de Educação Moral e

de hoje, às vezes os erros aconteciam por falta de discernimento, outras por birra, brigas entre irmãos, preguiça, manha, dentre outros fatores. Na tentativa de escapar da “bronca” do pai ou da mãe, ou dos dois, tentávamos remediar a situação, mas quase sempre não funcionava. Nós não éramos bajulados quando errávamos. Pelo contrário, meus pais eram duros principalmente quando o nosso erro, por menor que nos parecesse, causava algum prejuízo à outra pessoa. Em complemento ao nosso lar, na escola

Cívica, mas sei da sua importância no contexto escolar e patriótico. Com responsabilidades definidas para cada cidadão, nos sentíamos parte de uma nação e honrados quando a mão direita aquecia o nosso peito inflamado com a interpretação do Hino Nacional. Quantos de nós não recordamos esses dias? Um fato que não posso deixar de mencionar, é a lembrança dos exemplos deixados pelo meu pai e da importância deles na nossa formação. O meu pai foi um homem

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sábio, de uma inteligência singular e, de poucas palavras, deixou que suas ações regessem a sinfonia das nossas vidas. Essa característica do meu pai ultrapassou mais de meio século e ainda irradia a sua luz, nos iluminando sempre que precisamos tomar alguma decisão. Foi nesse ambiente de integração da nossa família, contando com a participação da escola, que nos formamos cidadãos a comemorarmos as nossas conquistas com todos aqueles que atraímos na nossa caminhada. Lamentavelmente, as responsabilidades e regras pelas quais passamos poderiam ser traduzidas atualmente como violação dos direitos das crianças e dos adolescentes. Direitos esses que de tão perfeitos que são, permitem nos deixar escapar a importância dos limites que todos nós temos ou teremos um dia. O elogio, hoje tão necessário para se obter a atenção das crianças, não era muito praticado na minha época, mas, independente dele, como algo mágico a pairar no ambiente familiar, sabíamos da importância do nosso bom comportamento. Nunca fazíamos nada esperando algo em troca, pois sabíamos das nossas responsabilidades e limites, reservadas as devidas proporções, é claro. Vamos então, compenetrados com as nossas responsabilidades, buscar a nossa evolução e melhoria contínuas por meio da convivência cristã e da prática do respeito ao próximo, lembrando que os nossos exemplos ficarão disponíveis aos nossos filhos e netos, para simples recordações ou para fazerem parte do aprendizado que o decorrer das suas vidas lhes proporcionará! Um grande abraço!

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