Jornal Fraterno 51

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fraterno “Fé inabalável é somente aquela que pode encarar a razão, face a face, em qualquer época da humanidade” Allan Kardec

9 anos Divulgando a Doutrina Espírita

osasco

Jornal Bimestral | Edição 51 | Ano IV | Janeiro/Fevereiro de 2011

Alteração geológica da Terra “Tudo estava previsto, guerras e o terror das doenças contamináveis, as hecatombes, o fogo das ogivas nucleares, as desgraças da radiação, a fome, a miséria e o caos de toda ordem entre as nações.”

Também nesta edição

“O que mais me assusta não é o crescimento do mal, mas o silêncio dos bons!” Martin Luther King

Editorial Períodos novos, renovadas chances............. 2 discutindo a bíblia Profecias sendo cumpridas .............................. 3 eventos................................................... 3 momento fraterno Os desafios de 2012................................................ 4 espírito na escola Estar disponível para ajudar................................. 5 cultura espírita Alteração geológica da terra...................................6, 7 MemóriaS de chico xavier............... 7 inversão dos polos Camada magnética “move” o Polo Norte...........8 sexo nos espíritos Tantrismo........................................................................ 9 profecia de 2012 Será sobre a crise de consciência.................10 artigo A transição planetária..........................................11 moral Cristã A escritura do Evangelho................................. 12

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| editorial

Períodos novos, renovadas chances

M

uito se tem falado em catástrofes ultimamente. O s jo r nais ap o nt am mudanças climáticas com dilúvios, vendavais, tufões, furacões, maremotos. Tudo parece estar um verdadeiro caos, relativamente para alguns crédulos que não se contentaram viver a virada do século passado sem que nada houvesse acontecido, por sobressalto da natureza eminentemente à condenação divina, velhas previsões ou coisas assim. Apesar dos horrores dos últimos acontecimentos, terremotos e tsunamis, não nos ateremos às tragédias por comentários específicos a elas, pois sabemos que tudo segue o rumo natural das coisas ao equilíbrio. Convocaremos aqui o leitor a raciocinar numa simples reflexão na análise dos fatos, e não em um vislumbre das armadilhas baseadas em lendas ou profecias de alguns calendários maias, incas, astecas ou mesmo de Nostradamus, que levou os mais crédulos a acreditar no fim do mundo na passagem de 2000 para 2001. Tudo estava previsto, guerras e o terror das doenças contamináveis, as hecatombes, o fogo das ogivas nucleares, as desgraças da radiação, a fome e a miséria e o caos por toda ordem entre as nações. Seria verdadeiramente o final dos tempos? Tudo levava a crer na convenção absolutista sobre tais ideias. E o que se verificou não foi esse terror esperado, mas uma coisa aqui e outra ali, moderadamente a um nível menor que a prevista total destruição do planeta. E o que mais se viu foram turbulências e quedas dos tiranos, eventos climáticos como resposta à poluição e contaminação do ambiente terrestre e desastres com a natureza, ou seja, as Leis originariamente de Deus, sobre as quais o homem jamais terá poder de se impor. Entendamos que falar em final dos tempos não significa se ocupar do fim do mundo, tal como previsto por essas lendas dogmáticas que

deram credibilidade às consciências mais trevosas. Mas de períodos de renovação, bem como das transferências de um turno a outro, assim como são as passagens dos dias, das semanas, dos meses e dos anos que, a cada fim de seus andamentos, começam a renovação à nova era. 2012 não será diferente, veremos que, embora ainda haja referências neste sentido, não haverá nenhuma novidade por sobressalto além das consequências para a regeneração humana. Vergonhosamente, tratando-se da temática espírita, alguns médiuns com apoio de espíritos pseudossábios em nosso Movimento, se vestem de nomes famosos venerandos que vêm ilustrando a coisa de maneira interesseira e muito capciosa ($). O que significa dizer sobre as centenas de livros espíritas e espiritualistas que levam a crer num abalo ainda maior no plano invisível. São enriquecidos por capas bonitas e chamativas, muito bem ilustradas, contendo cores vibrantes aos olhos dos ignorantes e ostentando falácias verborrágicas que partem do velho “nadismo” às ideias precipitadas que nada acres-

centam. A renovação dos novos espíritos em detrimento dos maus, estes renitentes incapazes de se transformarem em pessoas melhores, que serão condenados a mundos inferiores; isto pela degeneração que têm causado em nosso planeta Terra. Serão levados como retardatários e serão os sábios que erguerão os novos mundos primitivos, distantes ainda mais da moral e dos bons costumes aos conhecimentos mínimos da Ciência. Ora, para os bons observadores, isso já se encerrou nas palavras de Jesus, quando disse que: “Os mansos herdaram a Terra”! Assim sendo, de que adiantará só falar de uma nova era se não houver uma revolução moral como cataclismo às ganâncias atuais? Perguntamos ainda: qual o sentido dessas mudanças, senão, observância a tornarem-se pessoas melhores? Em crescer sem os aforismos do orgulho, da perda de tempo em coisas vãs e de se sobrepor às vantagens dos favorecimentos? Que procurem com sabedoria buscar o Reino de Deus sem as aflições de seus medos e do orgulho que corrompem

as boas ações. Que cumpram o mandamento da servidão aos que precisam, tanto quanto serão chamados à justa razão, muito mais que aqueles dementados, cegos, ignorantes e não praticantes das boas ações. E as demais coisas, tanto quanto possível, serão acrescentadas à disposição do mérito, da virtude e da dignidade de quem verdadeiramente mereça. Nesta edição, dentro da moral cristã, destacamos a visão geológica do planeta Terra por ilustração do novo mundo, sem afamar terrorismos às falácias dos finais dos tempos. 2012 sem dúvida será um ano de renovação dos espíritos, onde muitas oportunidades de crescimento e trabalho comunitário servirão de modelo e exemplos de dignidade para o velho mundo hostil e ganancioso, daqueles que só vislumbraram coisas e causas pessoais. Renovada chance haverá para os quase bons, aqueles como alguns de nós, que tateiam na caridade já permeando a dimensão das incompreensões alheias. É certo que ainda surgirá muito “ranger de dentes” pelo que mostra a Ciência Acadêmica à lógica dos fatos, aos cataclismos porvindouros das causas desesperadas, quais bifurcam na correnteza incontestável da solidariedade. Nossa Cultura Espírita, atenta aos movimentos da organização humana e ao que dela decorre sobre os espíritos a sua natureza, não despreza as consequências morais dos seres e pouco se arvora prestar o desserviço de indicar-lhes as misérias nas áreas umbralinas de planos inferiores. A isso, deixemos com o Mestre Divino que disse: “A cada um segundo suas obras”. Ano Novo, renovadas são as chances a todos. Que sejam bem-vindos aqueles espíritos que chegam de outros orbes e que Jesus abençoe aqueles mansos que ficam, que Deus seja indulgente com aqueles que partem e tenha compaixão daqueles que ainda se predispõem para as mazelas da inferioridade. Boa leitura, o Editor.

FRATERNO, jornal bimestral contendo: Ciência, Filosofia e Conseqüências Morais, com sede no “Centro Espírita Seara de Jesus”, Rua Allan Kardec, 173, Vila Nova Osasco, Cep 06070-240, Osasco, SP. searadejesus@yahoo.com.br; Jornalista responsável: Bráulio de Souza - MTB 20049; Coordenação/Direção/Redação: Eduardo Mendes; Revisores: Luciana Cristillo Mendes, Jussara Ferreira da Silva e Giovanna Camila Ramalho; Financeiro: Alexandre Silva Melo; Diagramação: Jovenal Alves Pereira; Captação: Manoel Rodilha; Impressão: Gráfica Yara; Tiragem: 10.000 exemplares; Distribuição: Osasco e Grande São Paulo; e-mail: jornalfraterno@gmail.com; Telefones: (011) 3447-2006/7165-6437 ou (011) 3688-2440

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| FRATERNO Osasco | Ciência, Filosofia e Conseqüências Morais | Edição 51 | Janeiro/Fervereiro

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| discutindo a bíblia

| eventos

Profecias bíblicas sobre a mediunidade estão se cumprindo

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Por José Reis Chaves

acontecerá depois que derramarei o meu Espírito sobre toda a carne; vossos filhos e vossas filhas profetizarão, vossos velhos sonharão, e vossos jovens terão visões; até sobre os servos e sobre as servas derramarei o meu Espírito naqueles dias”. (Joel 2:28 e 29); e são Pedro (Atos 2:17 e 18). Nas traduções “derramarei o meu Espírito ou do meu Espírito”, não se trata do Espírito de Deus. Também nos profetas (médiuns), não é Deus mesmo que se manifesta, mas um espírito de Deus, do Bem. Mas as traduções trazem Espírito com letra inicial maiúscula, como se fosse o próprio Deus, que os teólogos passaram a chamar de Espírito Santo. Recomendo aqui a obra “Espiritismo: Princípios, Práticas e Provas”, de Paulo Neto (Ed. Grupo Educação, Ética e Cidadania, Divinópolis (MG), 2010), um livro espírita de impacto. Na conversão de Paulo, foi o Espírito de Jesus que se lhe manifestou, e não o Espírito Santo. Quando Pedro foi libertado da prisão por um espírito santo (anjo) e foi para a casa de Maria, mãe de João (São Marcos), as pessoas, supondo que Pedro estivesse morto, acharam que fosse o seu anjo (seu espírito), e não o Espírito Santo, que estivesse se manifestando (Atos 12:15). O Espírito de Jesus, não o Espírito Santo, disse a Paulo e Timóteo que não fossem para a Abitínia (Atos 16:7). Paulo teve uma visão de um homem macedônio, não do Espírito Santo, instruindo-o para ir para a Macedônia (Atos 16:9). O Espírito que apareceu a Filipe não foi o Espírito Santo (Atos 8:29). E Pedro ordenou que os gentios fossem batizados em nome de Jesus, e não do Espírito Santo (Atos 10:48). Você, que me lê, deve estar pensando que eu sou contra o Espírito

Santo. Porém, a penas defendo um estudo sério e sem dogmas da Bíblia. Eu aceito o Espírito Santo bíblico, que é o conjunto dos espíritos, inclusive o de Jesus, e não o polêmico dos teólogos instituído no século IV. As traduções e adaptações fraudulentas de textos bíblicos, para darem apoio à teologia dogmática sobre ele e outras doutrinas, estão hoje cada vez mais sendo criticadas pelos estudiosos da Bíblia em profundidade, no grego e na Vulgata Latina. Em 09/06/2010, o Diário do Nordeste do Ceará noticiou os fenômenos espirituais que estão ocorrendo na Escola de Ensino Fundamental Eduardo Barbosa, do Distrito de Cachoeira, no Município de Itatira, com 33 alunos que são levados aos hospitais da região. Eles entram em transe, têm a voz transformada e depois não se lembram de nada. O padre Guilherme A. de Andrade Pessoa foi convidado para celebrar uma missa na escola. Mas mesmo durante o ritual, os fenômenos se repetiram. E como 3 alunos da escola morreram em acidentes, o pastor José Carlos, de Lagoa do Mato, admite que os espíritos deles precisam de preces. E se um espírito pediu orações e missas, conclui-se que ele deve ser de um católico. As aulas estão suspensas na escola. E o Governo do Ceará já foi informado do assunto. Quem não vê que esses fenômenos são exemplos do cumprimento das profecias de Joel e de São Pedro, desconhece a Doutrina Espírita ou conhece-a, mas só pelas costumeiras calúnias e difamações de que sempre foi e ainda é vítima, justamente porque ela tem verdades bíblicas e científicas incontestáveis, que muito incomodam os profitentes de doutrinas teológicas errôneas, hoje insustentáveis, e que prestam um grande desserviço ao cristianismo.

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Janeiro/Fevereiro | Edição 51 | Ciência, Filosofia e Conseqüências Morais | FRATERNO Osasco |

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| momento fraterno

Os desafios de 2012 Por Jussara Ferreira da Silva

A

migos leitores, Inicio esta mensagem com os votos de um ano de muita paz, saúde e esperança a todos os irmãos. Que neste ano novo os sentimentos mais puros sejam despertados no coração de toda a humanidade e que os pensamentos, ações e desejos de todos os povos sejam guiados por esses sentimentos, assim como pelo amor de Deus, nosso Pai e Mestre Maior. E assim, com os sentimentos renovados, damos os primeiros passos e abrimos as portas desta nova etapa em nossas vidas, idealizando um ano novo repleto de felicidade e realizações. Poderíamos passar horas debruçados no planejamento dos próximos 365 dias, não fosse a pressa que, em breve, nos acometerá. Sem forma definida, com o passar dos seus primeiros dias, o ano novo começa a se moldar sob os nossos olhos cuidando de nos apressar e empurrar para a vida com todas as cobranças e estresses decorrentes. Será mais um ano como os demais? Espero que não. Em plena era da informação, não é possível passarmos desconectados da realidade do mundo. Tudo nos é transmitido segundo a segundo. Acompanhar os atos e fatos a fim de nos manter atualizados requer perseverança para continuarmos a nossa jornada e, acima de tudo, sabedoria para separarmos o joio do trigo. Devemos nos preparar para assistirmos a tudo o que nos é apresentado diariamente. Jornais, revistas, televisão, internet, são os meios de comunicação mais conhecidos pelas pessoas e nos proporcionam o conhecimento e a busca por qualquer tipo de informação. Atualmente passar desconectado do mundo é uma tarefa difícil. Digo isso porque temos visto

uma grande quantidade de informações que circula livremente a uma velocidade que quase não é possível acompanhar. Mas o que fazemos com toda essa informação? Vou me explicar melhor. Recentemente tive uma experiência desconfortável ao assistir a uma notícia na televisão. Esta já havia sido apresentada outras vezes, mas como se tratava de maus tratos a um pequeno animal, a história seria repetida incansavelmente, assim como as tristes imagens que a complementavam. Não foi possível conter as lágrimas e a revolta era iminente. Em outros momentos, também em imagens acessíveis a todos nós, vivenciamos inúmeras agressões a crianças e idosos, causadas por pessoas que deveriam zelar por eles. Em outras situações, aqueles que são considerados diferentes pela opção sexual, pela cor da pele ou pelo estado em que nasceram são menosprezados e agredidos, muitas vezes em público. Nem mesmo a opção esportiva é respeitada. É como se fosse obrigatório a todos nós, apreciar o mesmo esporte e os seus atores. Não é permitido pensar diferente. Nos momentos que deveriam ser diversão, a polícia é obrigada a se colocar e se impor para que a violência não seja o espetáculo. A criminalidade também é um mecanismo de agressão pelas imagens e estatísticas que vem apresentando. Atualmente matar para tomar aquilo que não lhe pertence tornou-se números. Invadir os lares e colocar os seus moradores sob a mira de várias armas, também se tornou comum. Mesmo sem vivenciarmos tais experiências, o simples fato de a conhecermos já nos causa pânico. Andamos com medo das nossas próprias sombras. Pessoas que se dizem racionais, mais parecem irracionais tamanha a estupidez dos seus atos. Covardia e

ignorância se misturam para a imposição das “suas verdades”. Não quero com esse desabafo, demonstrar que sou contra a informação. Conhecermos tais realidades é importante para todos nós, pois nos possibilita mecanismos de contenção ou de penalização para aqueles que ainda ousam violar a integridade física e moral do próximo, seja que raça for. O que me preocupa é que a concorrência pela melhor cena, foto ou vídeo vem nos colocando como foco principal, os desejados expectadores de uma disputa na qual as informações negativas se sobrepõem às positivas. Como vamos transformar tanto mal em bem? De que vale tanta informação se não sabemos o que fazer com elas? Se quisermos justiça para os malfeitores, algo precisará ser feito. Somente assistirmos a tudo isso

nos revoltando frente às imagens, sem sabermos como agir ou como cobrar das autoridades a contenção necessária para tanta crueldade, causaremos danos em nós próprios pelo repúdio que sentiremos. Essa é a razão do meu apelo quando iniciei esta mensagem. Peço a todos os leitores do Jornal Fraterno, aproveitando a dimensão que tem alcançado, em outros estados inclusive, para não cruzarmos os braços. Não nos acostumemos a assistir tanta violência com naturalidade. Façamos a nossa parte. Vamos nos unir e, se necessário, buscar orientações para por fim em tanto mal. Vamos exercer a nossa cidadania e exigir os direitos garantidos em lei. E por fim, sejamos prudentes com o nosso amanhã! Muito já foi feito, mas ainda é preciso mais. Um abraço.

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| FRATERNO Osasco | Ciência, Filosofia e Conseqüências Morais | Edição 51 | Janeiro/Fervereiro

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| espírito na escola

Estar disponível para ajudar Por Dalmo Duque Dos Santos

U

m colega professor sempre brincava conosco dizendo que éramos um “para-raios”, pois vivíamos atraindo para nós problemas dos alunos, pais, funcionários. Todo educador é realmente um ímã natural, que atrai pessoas com dificuldades e que buscam ajuda para remover seus obstáculos. Somos naturalmente um ponto de conforto para desabafos, confissões, reclamações, cobranças... Isso acontece porque nossa vocação nos torna naturalmente disponíveis para ouvir, verbo precioso e porta aberta para importantes transformações nas experiências humanas. Quando ouvimos, funcionamos como espelhos: captamos e refletimos, mesmo em silêncio, as nossas impressões e devolvemos aos nossos interlocutores as suas queixas e responsabilidades de forma mais clara, com nuances que antes eles não conseguiam visualizar. Passamos meses, muitas vezes anos, falando nas salas de aula e não percebemos que muitos alunos gostariam de falar coisas importantes, muito mais significativas que o barulho de muitas falas em alto volume. Se o barulho e o risco de bagunça nos impedem de ouvir, podemos, por exemplo, estimular a comunicação escrita. Certa vez aplicamos numa sala de 7ª série, talvez a mais barulhenta do período vespertino, um questionário do tipo “bate-bola”, propondo cerca de 40 itens para respostas rápidas: um filme, uma novela, uma pessoa que admiro, uma alegria, uma tristeza, uma fruta, um animal, um medo, etc. Enquanto colocávamos na lousa os primeiros itens, os próprios alunos começaram a sugerir novos assuntos. Os mais comunicativos ficaram ainda mais extrovertidos e os mais tímidos saíram do casulo. Um deles, além de faltar muito, nunca havia dito uma só palavra para nós. Era retraído, esquisito. Achamos que tinha problemas

mentais. Detalhe: esse questionário relativamente desenvolvidas, através foi aplicado num dia incomum - aliás, da intuição) e são usados para enviar o último dia antes do recesso de mensagens dos mentores para os julho, período no qual havia poucos alunos e pais. Não percamos a oporalunos na sala de aula. A professora da tunidade de ouvir e compartilhar as aula anterior havia aplicado uma ati- dificuldades de quem está precisando vidade com palavras cruzadas como de ajuda. Não precisamos posar de desafio para eles e, de tabela, para sábios e conselheiros, basta sermos o próximo professor que entrasse autênticos, espontâneos. Numa das naquela sala. A ideia do questionário escolas que lecionamos em São Paulo, surgiu por causa desse desafio. num bairro próximo do Presídio do Quando começamos a ler as res- Carandiru, tivemos a oportunidade de postas, percebemos coisas diferentes, exercer esse papel, revelado por uma muitas carências e expectativas. No aluna do curso supletivo. Durante as questionário desse aluno no item aulas, quando explicávamos os pontos “um medo” a resposta era lacônica: da matéria, ela tinha reações muito “todos”, ou seja, tinha medo de tudo. estranhas aos nossos comentários. No Chamamos para que viesse até a final da aula ela nos disse que havia nossa mesa e, mesmo sabendo que recebido de nós várias informações seria uma ameaça, perguntamos o e “conselhos” que vinha buscando já por quê de tanto há algum tempo medo. Olhando Interessante é compreender e não enconpara a janela ele trava, pois não que nem todas as pessoas tinha coragem respondeu que possuem maturidade não sabia. No item de compartilhar “um defeito” ele para conhecer as verdades seus problemas havia colocado com outras pese revelações espirituais, “sou muito teisoas. Naquele mas, por outro lado, moso”. Perguntei, momento então: Se você assimilam valores simbólicos minha reação sabe que é teifoi de espanto e através de metáforas, moso, por que somente depois como nas parábolas n ã o co n s e g u e pude compreentender esse seu ender que não medo de tudo? Depois de alguns era eu quem emitia essas ideias. segundos de silêncio ele demonsQualquer cético pode interpretar trou que possivelmente havia uma essa situação como uma coincidência relação entre a sua teimosia crônica de associação de ideias e carências, com a síndrome do pânico. Se não mas com o tempo, a experiência foi fosse a teimosia, haveria uma outra nos mostrando a realidade dessas causa que ele poderia descobrir e interferências. Isso acontece muito começar a aceitar e conviver com durante as preleções evangélicas, aquela dificuldade. em qualquer ambiente religioso, É muito importante ficar atento nas quais os Espíritos dirigentes para as situações que revelam dese- percebem e recolhem na plateia quilíbrio e pedidos de socorro por as expectativas psicológicas mais parte dos alunos e colegas de trabalho. comuns e genéricas e lançam, nas São perturbações de vários tipos e que entrelinhas do tema abordado, pense tornam conhecidas pela repetição samentos doutrinários ao expositor de características. Nessas situações, para que cheguem até os que precios professores e funcionários atuam sam daquela lição. como médiuns (e realmente muitos Outra experiência interessante deles possuem essas faculdades é compreender que nem todas as

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pessoas possuem maturidade para conhecer as verdades e revelações espirituais, mas, por outro lado, assimilam valores simbólicos através de metáforas, como nas parábolas. Assim, nem sempre é necessário fazer discursos doutrinários ou defender teses que postulamos, para auxiliar as pessoas. Nossas posturas revelam quem somos na realidade, sem a marca exterior das nossas ideias. Certa vez, ao recebermos uma colega para estagiar na sala de aula, tivemos uma lição inesquecível da “pior” aluna da classe: “Nossa, professor, o senhor está bem diferente hoje... O que está acontecendo?” Ela estava se referindo às máscaras que normalmente usávamos para ocultar os nossos defeitos. Em outra escola, numa mesma classe de aceleração, havia cinco irmãos, três meninos e duas meninas, de idades bem próximas, filhas do mesmo pai com mães diferentes. Todos muito bem vestidos e educados, embora de aparência simples. Uma das meninas dizia durante as aulas, dirigindo-se a nós: “Professor, nós sabemos que o senhor possui a Palavra”. Eles frequentavam uma dessas igrejas pentecostais e identificavam as características evangélicas em nosso estilo de falar e ver as coisas. O menor deles nos contou que o pai era um criminoso temido na favela onde moravam. Depois de se converter na igreja, mudou de vida e resolveu reunir todos os filhos num só teto, com o apoio da última esposa. Trazia e vinha buscar os filhos numa Kombi bem velha, com a qual fazia carretos. Uma das meninas era muito rebelde, pois levava uma vida livre e sem controle da mãe, mas não se atrevia a desafiar o novo esquema imposto pelo pai. Perguntei para o menino mais novo se as pessoas ainda tinham medo do pai na favela e ele respondeu prontamente: “Meu pai agora é um outro homem, transformado... Mas ninguém mexe com a gente lá...”

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Janeiro/Fevereiro | Edição 51 | Ciência, Filosofia e Conseqüências Morais | FRATERNO Osasco |

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| cultura espírita

Alteração geológica da terra – fissura g

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Por Clélia Dahlem da Silva

ealmente não sabemos nada, ou muito pouco, sobre a transição planetária já em curso. Só é divulgado o que não tem como esconder. A minha página inicial na internet é de um jornal alemão. Hoje, antes de abrir a caixa de e-mails, passei os olhos nas notícias como sempre faço, e descobri uma nota no lado da página, bem pequena, falando que “no meio do inferno de lava, o oceano estava entrando no deserto da África”. Abri a página e vi coisas espantosas acontecendo na África, na parte da Etiópia, Somália indo até Moçambique. Vulcões intraoceânicos estão em erupção; uma fenda de vários metros dividiu a África em duas partes e o oceano está entrando onde antes era deserto. Os cientistas estão espantados com a rapidez deste acontecimento e dizem que o solo já apresenta todas as características de solo de fundo de mar, só falta a água. É um artigo longo escrito por cientistas, e tem até mesmo um mapa da região. Isso que estou relatando é apenas um resumo do que eu entendi. E nada é publicado. A notícia está no meio de notícias de futebol, bolsa de valores, política, etc. Rachadura (fissura) na Etiópia Fenda sofre um processo vulcânico praticamente igual ao que ocorre no fundo dos oceanos. Rachadura na Etiópia tem 56 km de comprimento e pode dar origem a um novo oceano.

Uma equipe internacional de cientistas diz que uma rachadura existente no solo da Etiópia representa, provavelmente, a formação de um novo oceano. A fenda, que tem 56 km de comprimento, sofre um processo vulcânico praticamente igual ao que ocorre no fundo dos oceanos. A ficção científica voltou a virar realidade na semana passada com um anúncio feito por cientistas da Universidade de Oxford. Eles estão monitorando uma grande rachadura que surgiu na crosta do nosso planeta, depois de um terremoto ocorrido na África, em setembro do ano passado. A rachadura se abriu em 2005, quando um vulcão chamado Dabbahu entrou em erupção, derramou lava no local e começou a aumentar o tamanho da fenda nas duas direções. Em poucos dias, o “buraco” já tinha praticamente o mesmo tamanho que tem hoje. Maiores vulcões da Etiópia. Rift Valley, a fissura que está se abrindo.

Em um estudo publicado na revista científica Geophysical Research Letters, os pesquisadores dizem que o objetivo era entender se o que está acontecendo na Etiópia acontece também no fundo dos oceanos, onde, dizem eles, é praticamente impossível ir. Agora eles confirmaram que isso é verdade. Estudiosos da Etiópia, Estados Unidos, Inglaterra e França estão envolvidos no projeto.

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fragmentando, apesar de todos os esforços dos cientistas para conter o avanço da rachadura.

Na vida real, não deve acontecer nada de tão radical. A fenda que apareceu na África é o resultado do movimento normal das chamadas placas tectônicas. O mundo em que vivemos é como uma grande bola de futebol, com a crosta sólida dividida em placas, como aquelas seções de couro que formam as bolas.

A rachadura está crescendo com uma velocidade sem precedentes e é a maior já vista em séculos. Com 60 quilômetros, ela pode chegar ao Mar Vermelho, separando a Etiópia e a Eritreia do resto do continente africano e criando um novo oceano. Essas placas deslizam umas de encontro às outras, provocando terremotos e criando novas cadeias de montanhas. Quando duas placas se separam, um continente pode se fragmentar e um oceano surge no meio. Foi assim que nasceu o Oceano Atlântico, quando a América se separou da África há 200 milhões de anos. Mais de 2,5 quilômetros cúbicos de lava incandescente já brotaram da rachadura, o suficiente para encher mil estádios de futebol. A situação lembra um filme de ficção científica da década de 1960, chamado “Uma Fenda no Mundo”. No filme, a crosta terrestre se rachava devido a uma explosão atômica subterrânea e o planeta acabava se

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NASCIMENTO - O mesmo fenômeno está acontecendo agora perto da região conhecida como “o chifre da África”. Para o cientista Tim Wright

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gigante no deserto da áfrica e sua equipe da Universidade de Oxford, trata-se de uma oportunidade única de observar o nascimento de um novo mar, mapeando o avanço da rachadura com imagens do satélite europeu Envisat. A pesquisa foi publicada na famosa revista científica Nature e os dados preliminares indicam que a Etiópia e a Eritreia estarão separadas do resto da África dentro de um milhão de anos.

Por isso, ninguém precisa se preocupar com as consequências desta fenda no mundo. A mudança climática global é muito mais urgente e pode afetar nossa civilização dentro de menos de 50 anos, ao contrário das mudanças geológicas que levam milênios para produzirem grandes mudanças. Toda aquela região do oeste e noroeste africano sempre foi marcada por intensa atividade vulcânica, com terremotos de origem vulcânica.

Foi lá, num vale vulcânico chamado Rift Valley pelos cientistas, que a espécie humana surgiu e se espalhou para o resto do mundo. Os paleontólogos que fazem pesquisas

na região encontram camadas de cinzas depositadas por intensas erupções que aconteceram há milhões de anos.

Terremotos que causaram as fissuras Dias Eventos Magnitude 14 Set 2005 1 4,6 21 Set 2005 16 4,9 22 Set 2005 12 4,9 23 Set 2005 9 4,8 24 Set 2005 29 5,6 25 Set 2005 42 5,2 26 Set 2005 9 5,2 27 Set 2005 1 4,5 28 Set 2005 5 5,1 29 Set 2005 2 4,8 01 Out 2005 1 4,5 02 Out 2005 1 5,0 04 Out 2005 1 4,5 Outra região semelhante, mas muito mais perigosa, é o chamado Cinturão de Fogo do Pacífico, perto do sudeste asiático. Lá, a crosta terrestre está se abrindo no fundo do mar, o que provoca abalos submarinos capazes de gerar ondas gigantes, os tsunamis, como os que atingiram recentemente a Indonésia. Não há nada que a humanidade possa fazer para deter esses processos de movimentação da crosta do planeta. As populações que moram nessas regiões geologicamente ativas podem apenas se precaver, instalando bóias de alerta contra tsunamis e evitando morar perto dos vulcões e das fendas em atividade, como esta da África.

Memórias de Chico Xavier

Como cresce o fundo do mar As placas que formam a crosta do nosso planeta flutuam como balsas em cima de um oceano de magma, ou rocha derretida a temperaturas de mais de mil graus. Assim, sempre que uma fenda se abre, a lava brota do interior do planeta, preenchendo rapidamente a abertura. Quando a lava esfria, ela se solidifica, formando uma nova crosta no lugar da que se partiu. O fundo do mar cresce deste modo, com a América do Sul e a África se afastando gradualmente, enquanto a rachadura no meio do oceano vai sendo preenchida com camadas de um novo solo marinho.

No caso da fenda na África, o novo solo formado no interior da fenda vai ficar abaixo do nível do mar, provocando a gradual invasão das águas do Mar Vermelho e formando um novo oceano. Isso faz com que a geografia do planeta mude gradualmente ao longo das eras. Se um viajante do tempo chegar na Terra daqui a 250 milhões de anos, vai ter que desenhar um novo mapa do mundo. Porque provavelmente a Califórnia já terá se separado dos EUA, a Etiópia do resto da África e é provável até que a América Central tenha se fragmentado, criando um braço de mar a unir o Atlântico e o Pacífico. (JLC)

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| inversão dos polos

Guinada magnética ‘’move’’ o Polo Norte Buracos no campo magnético do planeta sugerem que os polos podem ‘’trocar’’ de lugar

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Polo Norte está de mudança. Cientistas encontraram grandes buracos no campo magnético da Terra, sugerindo que os Polos Norte e Sul estão se preparando para trocar de posição, numa guinada magnética. Um período de caos poderia ser iminente, no qual as bússolas não mais apontariam para o Norte, animais migratórios tomariam o rumo errado e satélites seriam queimados pela radiação solar. Os buracos estão sobre o sul do Atlântico e do Ártico. As mudanças foram divulgadas depois da análise de dados detalhados do satélite dinamarquês Orsted, cujos resultados foram comparados com dados coletados antes por outros satélites. A velocidade da mudança surpreendeu os cientistas. Nils Olsen, do Centro para a Ciência Planetária da Dinamarca, um dos vários institutos que analisam os dados, afirmou que o núcleo da Terra parece estar passando por mudanças dramáticas. ‘’Esta poderia ser a situação na qual o geodínamo da Terra opera antes de se reverter’’, diz o pesquisador. O geodínamo é o processo pelo qual o campo magnético é produzido: por correntes de ferro derretido fluindo em torno de um núcleo sólido. Às vezes, turbilhões gigantes formam-se no metal líquido, com o poder de mudar ou mesmo reverter os campos magnéticos acima deles. A equipe de Olsen acredita que turbilhões se formaram sob o Polo Norte e o sul do Atlântico. Se eles se tornarem fortes o bastante, poderão reverter todas as outras correntes, levando os polos Norte e Sul a trocar seus lugares.

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Andy Jackson, especialista em geomagnetismo da Universidade de Leeds, Inglaterra, disse que a mudança está atrasada: “Tais guinadas normalmente acontecem a cada 500 mil anos, mas já se passaram 750 mil desde a última”. Impacto A mudança poderia afetar tanto os seres humanos quanto a vida selvagem. A magnetosfera fornece proteção vital contra a radiação solar abrasadora, que de outro modo esterilizaria a Terra. Ela é a extensão do campo magnético do planeta no espaço e forma uma espécie de bolha magnética protetora, que protege a Terra das partículas e radiação trazidas pelo ‘’vento solar’’. O campo magnético provavelmente não desapareceria de uma vez, mas poderia enfraquecer enquanto os polos trocam de posições. A onda de radiação resultante poderia causar câncer, reduzir as colheitas e confundir animais migratórios, das baleias aos pinguins. Muitas aves e animais marinhos se guiam pelo campo magnético da Terra para viajar de um lugar para outro. A navegação por bússola se tornaria muito difícil. E os satélites - ferramentas alternativas de navegação vitais para as redes de comunicação - seriam rapidamente danificados pela radiação. O ponto zero e a mudança das eras do calendário Maia Profecias ancestrais e diversas tradições indígenas anteviram o fenômeno. Mas agora, para surpresa de muita gente, é a própria ciência que começa a reconhecer importantes mudanças no campo magnético e na frequência vibratória da Terra. O ápice do processo, que segundo alguns especialistas, deverá ocorrer em alguns anos, provavelmente provocará a inversão do sentido da rotação do nosso planeta e também a inversão dos polos magnéticos. O texto que o Guia Lótus agora veicula é baseado nas informações que enfoca o trabalho do geólogo norte-americano Greg Braden, maior estudioso do fenômeno.

Braden trabalha a partir da interface ciência-esoterismo e é autor do livro Awakening to Zero Point (Despertando para o Ponto Zero - ainda não traduzido para o português) e de um vídeo de quatro horas sobre o fenômeno e suas possíveis consequências para a humanidade. Greg Braden está constantemente viajando pelos Estados Unidos e marcando presença na mídia com provas científicas de que a Terra vem passando pelo Cinturão de Fótons e que há uma desaceleração na rotação do planeta. Ao mesmo tempo, ocorre um aumento na frequência ressonante da Terra (a chamada Ressonância de Schumann). Quando a Terra perder por completo a sua rotação e a frequência ressonante alcançar o índice de 13 ciclos, nós estaremos no que Braden chama de Ponto Zero do campo magnético: a Terra ficará parada e, após dois ou três dias, recomeçará a girar só que na direção oposta. Isso produzirá uma total reversão nos campos magnéticos terrestres. Frequência de base crescente A frequência de base da Terra, ou ‘’pulsação’’ (chamada Ressonância de Schumann, ou RS), está aumentando drasticamente. Embora varie entre regiões geográficas, durante décadas a média foi de 7 e 8 ciclos por segundo.

Esta medida já foi considerada uma constante; comunicações globais militares foram desenvolvidas a partir do valor desta frequência. Recentes relatórios estabeleceram a taxa num índice superior a 11 ciclos. A ciência não sabe porque isso acontece - nem o que fazer com essa situação. Greg Braden encontrou dados coletados por pesquisadores noruegueses e russos sobre o assunto - que, por sinal, não é amplamente tratado nos Estados Unidos. A única referência à RS encontrada na Biblioteca de Seattle está relacionada à meteorologia: a ciência reconhece a RS como um sensível indicador de variações de temperatura e condições amplas de clima. Braden acredita que a RS flutuante possa ser fator importante no desencadeamento das severas tempestades e enchentes dos últimos anos. Campo magnético decrescente Enquanto a taxa de ‘’pulsação’’ está crescendo, seu campo de força magnético está declinando. De acordo com professor Banerjee, da Universidade do Novo México, EUA, o campo reduziu sua intensidade à metade, nos últimos 4 mil anos. E como um dos fenômenos que costuma preceder a inversão do mag-

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| sexo nos espíritos

O Tantrismo – Parte 2

Sobre o planeta Greg Braden costuma afirmar que estas informações não devem ser usadas com o objetivo de amedrontar as pessoas. Ele acredita que devemos estar preparados para as mudanças planetárias, que irão introduzir uma Nova Era de Luz para a humanidade: iremos além do dinheiro e do tempo, com os conceitos baseados no medo sendo totalmente dissolvidos. Braden lembra que o Ponto Zero, ou a Mudança das Eras, vem sendo predito por povos ancestrais há milhares de anos. Têm acontecido ao longo da história do planeta muitas transformações geológicas importantes, incluindo aquelas que ocorrem a cada 13 mil anos, precisamente na metade dos 26 mil anos de Precessão dos Equinócios. O Ponto Zero, ou inversão dos polos magnéticos, provavelmente acontecerá logo, acredita Braden. E poderia se sincronizar com o biorritmo de 4 ciclos da Terra, que ocorre a cada 20 anos, sempre no dia 12 de agosto. A última ocorrência do tipo foi em 2003. Afirma-se que depois do Ponto Zero o sol nascerá no oeste e se porá no leste. Ocorrências passadas deste mesmo tipo de mudança foram encontradas em registros ancestrais. Por Jonathan Leake - The Sunday Times

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Por Luiz Guilherme Marques

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ponto de partida de todas estas fórmulas era naturalmente a transformação do corpo humano em um microcosmos, teoria e prática arcaicas, que se observam aqui e acolá no mundo e que na Índia ariana achavam-se estruturadas desde os tempos védicos (Mircéa Éliade, El Yoga. Inmortalidad y Libertad, p. 175). Aqui mesmo (neste corpo) estão o Ganges, Prayága e Varanasi, o sol e a lua (isto é, o masculino e o feminino) e os lugares sagrados... Não existe outro lugar de peregrinação nem morada de felicidade semelhante ao meu corpo. Em verdade, o yantra, que é o próprio corpo, é o melhor de todos os yantras (Gandharva, Tantra). O prestígio adquirido e mantido pelo Tantra constitui um “fóssil vivente” que remonta aos tempos vêdicos, em que não existia obsessão nem repressão sexual. A sua posição é renovadora frente ao brahmanismo ortodoxo medieval: aos rituais mecânicos, que haviam perdido significação, opõem-se o culto matriarcal da Shaktí e as técnicas de libertação através da união sexual ritual (maithuna). A afirmação acima merece uma explicação: geralmente estamos habituados à ideia de que os homens vêdicos passariam o dia inteiro fazendo a guerra, criando gado, entoando mantras e fazendo oferendas para tentar convencer os deuses a satisfazer seus desejos. Numa palavra, que seriam repressores, sisudos e machistas. Não é isso o que surge de uma leitura atenta dos hinos do Rig Veda. O erotismo e a sensorialidade, que poderíamos considerar sem medo de exagerar como sendo pré-tântricos, têm um papel importantíssimo na sociedade vêdica. Metáforas que fazem alusão à sexualidade são muito comuns e mostram que a sociedade vêdica considerava a sexualidade em sua medida certa: não tinha preconceitos em relação a ela, nem aquela obsessão típica, entre outras, da cultura judaico-cristã. Vejamos alguns exemplos. No hino I:79.4-5, Lôpámudrá, esposa (os ascetas também casavam!) do rishi Agastya, pede-lhe que a satisfaça sexualmente: Lopámudrá faz fluir o Touro e, enlouquecida, esvazia o sábio que

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descansava. Agastya queria um filho e empuxou com seu instrumento, para ter descendência e vigorizar-se. Os poetas vêdicos usaram com muita naturalidade o sexo para compor suas metáforas (IX:112.4; X:40.6): O cavalo busca uma carruagem leve, o sedutor, um sorriso, o falo, fendas aveludadas, e as rãs, água. A abelha, Ashwines, recolhe vosso mel em sua boca, tão disposta como vai a donzela ao seu encontro de amor. Maithuna significa cópula, matrimônio, e define a união sexual tântrica, o coito ritual em que os parceiros emulam a união cósmica entre Shiva e Shaktí. É a técnica de libertação através da união sexual ritual. A postura sexófoba característica da civilização judaico-cristã sempre viu nestas práticas a orgia e a depravação, ou seja, exatamente o oposto do que elas são. A incompreensão do Tantra e o simbolismo que o transmite colaboraram para considerá-lo repulsivo, vergonhoso e digno de escárnio. A preocupação daquele que condena o Tantra é fruto da sua própria obsessão com a questão sexual, que o leva a querer limitar a liberdade dos demais. Nesse sentido, o tantrismo é totalmente natural; a sua abordagem do sexo não é patológica, mas absolutamente sadia, de uma espontaneidade difícil de aceitar para os padrões da “decência” cristã. Maithuna não tem nada a ver com pornografia ou licenciosidade, muito pelo contrário: é um instrumento que, através do prazer, revela a dimensão divinal da natureza humana. “O maithuna é a técnica tântrica que mais fascina os ocidentais, que com demasiada frequência confundem-na com uma indulgência para com os apetites sexuais, em vez de vê-la como meio para dominá-los” (Daniel Goleman, A Mente Meditativa, p. 98). Enquanto alguns buscam a elevação através da repressão ou da eliminação do desejo sexual e suas raízes (samskára), para o tantrismo a sua utilização é condição básica. O homem deve evoluir executando as mesmas ações que causam a sua perdição: “quando caímos no chão, é com o auxílio do chão que nos levantamos”. Através da sacralização da sexualidade podemos

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chegar ao samádhi (estado de êxtase). A prática, que deve concluir sem que os parceiros alcancem o orgasmo, nada tem de profano: emula-se a união hierogâmica dos princípios masculino e feminino, Shiva e Shaktí. “Pelo próprio fato de já não se tratar de um ato profano, mas de um rito, de que os participantes não são mais seres humanos senão que estão “desprendidos” como deuses, a união sexual não participa mais do nível kármico. Os textos tântricos repetem com frequência o adágio: “pelos mesmos atos que fazem com que muitos homens se queimem no inferno durante milhões de anos, o yôgin obtém a salvação eterna”. O jogo erótico se realiza num plano transfisiológico, porque nunca tem fim. Durante o maithuna, o yôgin e sua náyiká incorporam uma “condição divina”, no sentido de que não somente experimentam a beatitude, senão que podem contemplar diretamente a realidade última” (Mircéa Éliade, El Yoga. Inmortalidad y Libertad, pp. 194, 197). A libido humana é essencialmente igual à energia que anima o mundo. Nesse sentido, considera-se desperdício permitir que ela se disperse no orgasmo. Todos os esforços do par tântrico dirigem-se para esse objetivo. O sêmen, assim como o orgasmo, é precioso e deve entesourar-se: “o yôgin conquista a morte preservando seu bindu. O bindu derramado traz a morte; o bindu retido traz a vida”. O sêmen viril é chamado amrita, “o que outorga a imortalidade”. Manipula-se a energia sexual a fim de concentrá-la, estimula-se o prazer e manter-se o nível de excitação da voragem pré-orgástica, assim como alguns pássaros tentam manter-se voando imóveis pelo máximo de tempo possível. No fim, faz-se uma meditação com o objetivo de dirigir o prána para o despertar da kundaliní. O ato sexual tântrico inclui mudrá, pújá e meditação, e em alguns casos mantra ou pránáyáma. Existem diversos gestos que objetivam aprofundar a comunicação entre os parceiros e deles com a essência do Tantra. Pújá, a oferenda mental de energia, é a saudação inicial através da qual o casal estabelece essa sintonia.

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netismo polar é a redução deste campo de força, ele acredita que outra inversão deve estar acontecendo. Braden afirma, em função disso, que os registros geológicos da Terra que indicam inversões magnéticas também assinalam mudanças cíclicas ocorridas anteriormente. E, considerando a enorme escala de tempo representada por todo o processo, devem ter ocorrido muito poucas dessas mudanças ao longo da história do planeta.

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| profecia

Profecia de 2012 será sobre crise de consciência

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Com Fernando Malkún

especialista em cultura maia explica o que esta civilização escreveu durante o próximo ano. Há quinze anos, Fernando Malkun, barranquillero (natural de Barranquilla, uma cidade da Colômbia) de origem libanesa, deixou a arquitetura que tinha estudado na Universidade de los Andes, e à qual havia se dedicado por quase uma década, para responder às perguntas que se atravessaram em sua vida. Durante esse tempo, ele se encontrou com a cultura Maia e dedicou-se completamente ao seu estudo. Hoje é um especialista no tema, com reconhecimento internacional e continua viajando pelo mundo explicando a mensagem que esta civilização deixou para os seres humanos. Os maias disseram que o mundo iria acabar em 2012? Estão gerando um pânico coletivo absurdo aduzindo que eles tinham anunciado que o mundo iria acabar em dezembro de 2012. Não é verdade. Os maias nunca usaram a palavra fim. Anunciaram um momento de mudança, de grande aumento de energia do planeta, o que causaria “eventos de destino”, isto é, definitivos, nas pessoas. O problema é que o nível de consciência da maioria das pessoas atinge apenas o fim do mundo, e não a transformação de consciência. Quando isso vai acontecer? Não vai acontecer, está acontecendo. As pessoas não estão juntando todas as peças do quebra-cabeça para perceber isso. Acreditam apenas que estes eventos atuais são causados por um conjunto de “coincidências” evolutivas. Mas estamos em uma onda de mudanças como nunca antes. O que se percebe, segundo o que é dito pelos maias? A profecia anunciou que o planeta aumentaria a sua frequência vibracional, o que é um fato: esta frequência, que se mede com a Ressonância Schumann, passou de 8 para 13 ciclos. Todos os planetas

do sistema solar estão mudando. De 1992 até hoje, os polos de Marte desapareceram 60% e Vênus tem quase o dobro de luminescência. Passamos 300 anos registrando o sol, e as tempestades solares maiores têm ocorrido nos últimos seis meses. Houve um aumento de terremotos de 425%. Tudo está acelerado dos pontos de vista geofísico e solar. Nosso cérebro, que irradia suas próprias ondas, é afetado por essa maior irradiação do sol. Essa carga eletromagnética é o motivo pelo qual sentimos o tempo mais rápido. Não é o tempo físico, mas o tempo de percepção emocional. Fale sobre 1992. Por que este ano? O que aconteceu? A essência das profecias maias é comunicar a existência de um ciclo de 26.000 anos, chamado “Grande Ciclo Cósmico”. Tudo, estações, meses, dias se ajustam a esse ciclo. Há 13 mil anos, o sol – assim como agora – irradiou mais energia no planeta e derreteu a camada de gelo. Essa camada desaguou no mar e elevou o seu nível em 120 metros, causando o chamado “Dilúvio Universal”. Os maias disseram que, quando o sistema solar estiver novamente a 180 graus de onde estava há 13.000 anos, a Estrela do Norte brilhar sobre o polo, a constelação de Aquário aparecer no horizonte e o trânsito décimo terceiro de Vênus se der - o que vai acontecer em 6 de junho de 2012 -, o centro da galáxia pulsará e haverá manifestações de fogo, água, terra, ar. Eles falam, especificamente, de dois períodos de vinte anos, de 1992 a 2012 e 2012 a 2032 - de intensas mudanças. Por que anunciavam isso? A proximidade da morte faz com que as pessoas repensem suas vidas, examinem e corrijam a direção que tomam. Isso é algo que ocorre somente se algo se aproxima de você, ou você passa diretamente, que te impacta tremendamente. Isto é o que tem acontecido com os tsunamis, os terremotos, as catástrofes naturais que vivemos, os conflitos sociais, econômicos, etc.

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Então, eles falam de morte. Eles falam de mudança, de um despertar da consciência. Tudo o que está errado com o planeta está se potencializando com o objetivo de que a mente humana se dedique a resolvê-lo. Há uma crise de consciência individual. As pessoas estão vivendo “eventos de destino”, seja em seus relacionamentos, seus recursos, em sua saúde. É um processo de mudança que se baseia principalmente no desdobramento invisível, e está afetando em especial à mulher. Por que as mulheres? A mulher é quem terá o poder de criar a nova era, devido à sua maior sensibilidade. De acordo com as profecias (não só as maias, mas muitas outras), a era que se aproxima é de harmonia e espiritualidade. As coisas que estão mal vão se resolver no período que os maias chamaram de “tempo do não tempo”, que será de 2012-2032. Desde 1992, o percentual de mulheres que veem a aura (seres curadores) do planeta tem aumentado. Hoje, é de 8,6%. Imagine que em 2014 seja de 10%. Isso significaria o início de um período mais transparente. Essa seria a direção da mudança não violenta. Mas o que se vê hoje é um aumento na agressividade... As duas polaridades são intensificadas. Estão abertos os dois caminhos, o negativo, escuro, destruição, de confronto do homem com o homem; e o de crescimento da consciência. Existem várias vozes que estão levando os seres humanos a pensar sobre isso. Desde 1992, as informações proibidas dos gnósticos, dos maçons, dos Illuminati estão abertas para que se utilize no processo de mudança de si mesmo. A religião está acabando e a religiosidade é que irá permanecer. Tudo isso, os maias deixaram por escrito, com essa especificidade? Não a esse ponto. Eles disseram que o sol iria mudar as condições do planeta e criar “eventos de destino”. O sol bateu todos os recordes este ano.

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Os terremotos aumentaram 425%. A mudança de temperatura é muito intensa: de 1992 para cá, aumentou quase um grau, o mesmo que subiu nos últimos 100 anos anteriores. Antes, havia 600 ou 700 tormentas elétricas simultâneas, hoje há duas mil. Antes se registravam 80 raios por segundo, agora caem entre 180 e 220. Como eles sabiam que isso ia acontecer? Eles tinham uma tecnologia extraordinária. Em suas pirâmides havia altares de onde eles estudaram o movimento do sol no horizonte. Produziam gráficos com os quais sabiam quando haveria manchas solares, quando aconteceriam tempestades elétricas. Foi um conhecimento que receberam dos egípcios, que, por sua vez, o receberam dos sacerdotes sobreviventes da Atlântida, civilização destruída 13.000 anos atrás. Os maias aperfeiçoaram os conhecimentos e foram os criadores dos calendários mais precisos. Um deles, chamado “Conta larga” termina em 21 de dezembro de 2012, e marca o ponto do centro exato do período de 26.000 anos. Eles sabiam que essas mudanças estavam vindo e o que eles fizeram foi dar essa informação para o homem de 2012. Será que estas mudanças só foram levantadas por eles? Todas as profecias falam da mesma coisa. Os hindus, por exemplo, anunciam o momento de mudança e falam sobre a chegada de um ser extraordinário qual o mundo ocidental cristão apregoa. Os maias nunca falaram de um ser extraordinário que viria para nos salvar, mas falaram de crescer em consciência e assumir a responsabilidade, cada ser na sua individualidade. E se as pessoas não acreditam nisso? Acreditando ou não, vão senti-lo no seu interior. A mudança que estamos vivenciando não é algo de se acreditar ou não. Neste momento, a maioria está vivendo um tempo de avaliação de sua vida. Por que estou aqui, o que está acontecendo, para onde eu quero ir?

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| artigo

A transição planetária Basta olhar o crescimento da busca de espiritualidade, não de religiosidade, porque a religião não está dando mais respostas às pessoas. A sua vida pessoal mudou? Há quinze anos, eu era tremendamente materialista. Minha conduta é muito diferente hoje. Eu me perguntei por que estava aqui, para quê, e por razões especiais acabei metido no mundo maia. E posso afirmar que não se tratam de crenças falsas para substituir crenças falsas. Tirei muitas histórias da minha mente, mas eu ainda estou no terceiro nível de consciência, que é dominante no planeta. Quem está mais em cima? Há pessoas que estão em um nível 4 ou 5. São as menos famosas, de perfil baixo. Em uma viagem conheci um jardineiro extraordinário, por exemplo. Estes seres estão em serviço permanente, afetando a vida de muitas pessoas, mas não publicamente. O que devemos fazer, de acordo com essa teoria? O universo está nos dando uma oportunidade individual para reestruturar nossas vidas. A maneira de sincronizar-nos é, primeiro, não ter medo, perceber que podemos mudar nossa consciência. A física quântica já disse: a consciência modifica a matéria. O que significa que sua vida depende daquilo que você pensa. A distância entre causa e efeito tem diminuído. Há vinte anos, para que se manifestasse algo em sua vida, necessitava-se de muita energia. Há vinte anos, qualquer fator de punição de um ato maldoso demorava anos para receber atenção. Hoje tudo ganha destaque rápido. A corrupção pelo mundo afora tem ganhado destaque internacional. As ditaduras estão caindo. As religiões estão a cada dia mais problemáticas, Hoje, você pensa algo e em uma semana está acontecendo. Sua mente causa isso. O que devemos é buscar, as respostas estão aí. O universo está nos dando uma oportunidade individual para reestruturar nossas vidas.

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, estando assentado no monte das Oliveiras, chegaram a ele os seus discípulos, em particular, dizendo: “Dize-nos quando serão essas coisas e que sinal haverá da tua vinda e do fim do mundo?” (Mateus 24:3). Tanto o capítulo 24 do Evangelho Segundo Mateus, quanto o capítulo 13 do Evangelho Segundo Marcos, abordam o chamado fim do mundo. Se estudarmos esses capítulos com atenção, veremos que eles trazem várias previsões que Jesus faz a respeito da Grande Transição, pela qual o planeta Terra está passando, e vemos acontecer em nossos dias. Várias profecias têm sido divulgadas abordando o tema do final do planeta. A que está em voga atualmente é a profecia maia que traz uma suposta revelação para o fim do mundo em dezembro de 2012. Contudo, será realmente o fim do mundo físico que estamos presenciando? Não! Os fatos que vivenciamos na atualidade é aquilo que a Doutrina Espírita nos explica desde a segunda metade do século XIX, nas chamadas obras básicas do Espiritismo, escritas por Allan Kardec, e que os Benfeitores espirituais, como a Mentora Joanna de Ângelis, atualmente têm chamado de “a Grande Transição”. O que é essa Grande Transição? É a transformação do planeta Terra de um mundo de expiações e provas, onde o mal impera, em mundo de regeneração, onde há predominância do Bem. Portanto, o fim a que se refere o versículo acima citado não é o fim do planeta, mas o fim de uma era, a era na qual o mal predominava na Terra. Como em todo momento de transição, há um tumulto previsto pelo próprio Cristo, relatado por Mateus em 24:21: “Porque haverá então grande aflição como nunca houve desde o princípio do mundo até agora, nem tampouco haverá

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Por Alírio de Cerqueira Filho

jamais”. É este momento de aflições coletivas que estamos passando, onde a iniquidade tem atingido o auge, gerando desesperança pela própria dor, e indiferença pela dor do próximo em muitas pessoas. Todavia, é fundamental que estejamos atentos ao processo de transição, pois é um momento crucial em nossas vidas, e evitemos a desesperança e a indiferença. Jesus mesmo prediz isso em Mateus 24:12: “E, por se multiplicar a iniquidade, o amor de muitos se esfriará”. Todos nós que estamos vivendo este momento somos convidados a buscar o Reino de Deus e a Sua Justiça, como nos ensina Jesus, de modo que cada um desenvolva o amor a si mesmo e ao próximo como a si mesmo, fazendo aos outros o que gostaria que fizessem a si. Como a Terra deixará de ser um planeta de expiações e provas, onde o mal predomina, aqueles que não estiverem dispostos a praticar o Amor e o Bem serão exilados em outro planeta, pois caso continuem a viver na Terra, devido à prática contumaz do mal e a capacidade tecnológica alcançada atualmente no planeta, essas pessoas,

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ainda voltadas ao mal, destruiriam o próprio planeta, fato também previsto por Jesus em Mateus 24:22: “E, se aqueles dias não fossem abreviados, nenhuma carne se salvaria; mas, por causa dos escolhidos, serão abreviados aqueles dias”. Portanto, este momento de transição é muito importante para todos aqueles que desejam permanecer nos próximos milênios na Terra regenerada, já que não é o planeta que terá fim, e sim o mal. A Terra, planeta de regeneração, comparada ao que ela é hoje, se transformará em um verdadeiro paraíso, no qual todo avanço científico e tecnológico será utilizado exclusivamente para o Bem, fazendo com que as doenças, a miséria material e a iniquidade desapareçam do planeta, pois a miséria moral terá fim. É fundamental, conforme orienta Jesus, que perseveremos na prática do Amor e do Bem para que possamos continuar a viver neste planeta abençoado, conforme Mateus 24:13 – “Mas aquele que perseverar até o fim será salvo” – e Mateus 5:5 – “Bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a Terra”.

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| moral cristã

A Escritura do Evangelho

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uando Jesus recomendou a pregação da Boa Nova, em diversos rumos, reuniu-se o pequenino colégio apostólico em torno Dele, na humilde residência de Pedro, onde choveram as perguntas no inquérito afetuoso. - Mestre – disse Felipe, ponderado – se os maus nos impedirem os passos, que faremos? Caber-nos-á recursos à autoridade punitiva? - Nossa missão – replicou Jesus, pensativo – destina-se a converter maldade em bondade, sombra em luz. Ainda que semelhante transformação nos custe sacrifício e tempo, o programa não pode ser outro. - Mas... – obtemperou Tomé – e se formos atacados por criminosos? - Mesmo assim – confirmou o Cristo - nosso ministério é de redenção, perdoando e amando sempre. Persistindo no bem, atingiremos a vitória final. - Senhor – objetou Tiago, filho de Alfeu – se interpelados pelos fariseus, amantes da Lei, que diretrizes tomaremos? São eles depositários de sagrados textos, com que justificam habilmente a orgulhosa conduta que adotam. São arguciosos e discutidores. Dizem-se herdeiros dos profetas. Como agir, se o Novo Reino determina a fraternidade, isenta da tirania? - Ainda aí – explicou o Mestre Nazareno – cabe-nos testemunhar as idéias novas. Consagraremos a Lei de Moisés com o nosso respeito. Contudo, renovar-lhe-emos o sentido sublime, tal qual a semente que se desdobra em frutos abençoados. A justiça constituirá a raiz de nosso trabalho terrestre. Todavia, só o espírito de sacrifício garantir-nos-á a colheita. Verificando-se ligeira pausa, Tadeu, que se impressionava vivamente com a resposta, acrescentou:

- E se os casuístas nos confundirem? -Rogaremos a inspiração divina para a nossa expressão humana. - Mas que sucederá se o nosso entendimento permanecer obscuro, a ponto de não conseguirmos registrar o socorro do Alto? – insistiu o apóstolo. Esclareceu Jesus, sorridente: - Será então necessário purificar o vaso do coração esperando a claridade de cima. Nesse ponto André interferiu, perguntando: - Mestre em nossa pregação; chamaremos indistintamente as criaturas? - Ajudemos a todos, sem exigências – respondeu o Salvador com significativa inflexão na voz. - Senhor - interrompeu Simão, precavido – temos boa vontade, mas somos também fracos pecadores. E se cairmos na estrada? E se, muitas vezes, ouvirmos as sugestões do mal, despertando, depois, nas teias do remorso? - Pedro – retrucou o Divino Amigo – levantar e prosseguir é o remédio. - No entanto – teimou o pescador – e se a nossa queda for tão desastrosa que impossibilite o reerguimento imediato? - Rearticularemos os braços desconjuntados, remendaremos o coração em frangalhos e louvaremos o Pai pelas proveitosas lições que houvemos recolhido, seguindo adiante... - E se os Demônios nos atacarem? – interrogou João, de olhos límpidos. - Atraí-lo-emos à gloria do trabalho pacífico. - Se nos odiarem e perseguirem? – comentou Tiago, filho de Zebedeu. - Serão amparados por nós, no asilo do amor e da oração.

- E se esses inimigos poderosos e inteligentes nos destruírem? – inquiriu o filho de Kerioth. - O espírito é imortal – elucidou Jesus, calmamente – e a justiça enraíza-se em toda parte. Foi então que Levi, homem prático e habituado à estatística, observou, prudente: - Senhor, o fariseu lê a Torá, baseando-se nas suas instruções; o saduceu possui rolos preciosos a que recorre na propaganda dos princípios que abraça; o gentio, sustentando as suas escolas, conta com milhares de pergaminhos, arquivando pensamentos e convicções dos filósofos gregos e persas, egípcios e romanos... E nós? A que documentos recorreremos? Que material mobilizaremos para ensinar em nome do Pai sábio e misericordioso?!... O Mestre meditou longamente e falou: - Usaremos a palavra, quando for necessário, sabendo, porém, que o verbo degradado estabelece o domínio das perturbações e das

TEREZA NESTOR DOS SANTOS Advogada Trabalhista

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trevas. Valer-nos-emos dos caracteres escritos na extensão do Reino do Céu. No entanto, não ignoraremos que as praças do mundo exibem numerosos escribas de túnicas compridas, cujo pensamento escuro fortalece o império da incompreensão e da sombra. Utilizaremos, pois, todos os recursos humanos, no apostolado, entendendo, contudo, que o material precioso de exposição da Boa Nova reside em nós mesmos. O próximo consultará a mensagem do Pai em nossa própria vida, através de nossos atos e palavras, resoluções e atitudes... Pousando a destra no peito acentuou: - A escritura divina é o próprio coração do discípulo. Os doze companheiros entreolharam-se, admirados, e o silêncio caiu entre eles, enquanto as águas cristalinas, não longe refletiam o céu imensamente azul, cortando de brisas vespertinas que anunciavam as primeiras visões da noite... (Mensagem extraída do livro “Luz Acima”, cap. 45)

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