Jornal Fraterno 54

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“Fé inabalável é somente aquela que pode encarar a razão, face a face, em qualquer época da humanidade” Allan Kardec

FRATERNO

9 ANOS Divulgando a Doutrina Espírita

Jornal Bimestral | Edição 54 | Ano IV | Julho/Agosto de 2012

Aos escravos da bebida indicamos

JESUS Às vezes, quando o assunto assim o exigia, Chico nos falava com maior veemência. Foi numa oportunidade dessas que, comentando sobre a educação dos filhos, destacando a importância da figura paterna, ele nos advertiu: Veja nesta edição “ Tem pais EDITORIAL que ‘perdem’ Uso de drogas............................................................ 2 CIÊNCIA os filhos aos Usp confirma eficácia do passe ................... 3 EVENTOS .................................................. 3 sete, oito anos REFLEXÃO Reflexão Natalina ..................................................... 4 de idade, MENSAGEM para tentar Uma foto real! .............................................................. 5 Conflitos na casa espírita ...................................... 5 recuperá-los SEXO NOS ESPÍRITOS Fetichismo ....................................................................................5 aos dezoito, MEMÓRIAS DE CHICO XAVIER.............. 5 CULTURA ESPÍRITA quando, então, Aos escravos das bebidas alcoólicas recomendamos Jesus .............................................. 6 e 7 os traficantes já DOUTRINA A grande esperança ............................................................8 os adotaram...”

“Uma caminhada de mil léguas começa quando se dá o primeiro passo”. Confúcio

MENSAGEM Não estás deprimido, estás distraído ............ 9 MOMENTO FRATERNO O alcoolismo e a família ...........................10 e 11 DISCUTINDO A BÍBLIA Os fiéis estão como macacos pulando de galho em galho.......................... 11 MORAL CRISTÃ O discípulo de perto........................................... 12 Distribuição gratuita | jornalfraterno@gmail.com


| editorial

Uso de drogas

P

or ser assunto inesgotável, continuamos no rumo de alertar para o tráfico das más influências a todos os pais e filhos, homens e mulheres, jovens e idosos – afinal, droga é droga, e não importa o tipo e nem como ela é arquitetada ao usuário. Nesta edição, falamos sobre as bebidas alcoólicas na Cultura Espírita, artigo do estimado amigo Jorge Hessen, e aqui abordamos diretamente os alcances lícitos da mídia improdutiva, no que se refere aos costumes populares. Usamos de um excelente artigo, no qual Luis Fernando Veríssimo testemunha, num tom de humor, mas sem sair da seriedade que o assunto exige, sobre sua experiência com as drogas. Esclarecemos que este artigo corre na internet e não temos pretensão de fazer valer acréscimos no que concerne ao testemunho. Não nos cabe menosprezar o bom gosto daquilo que é bom e produtivo; pois nem tudo que dá “ibope” merece elogios verdadeiros. Contudo, basta dizer que a Doutrina Espírita é bastante abrangente no que se refere aos padrões de decência e dignidade, direcionando cuidados aos viciosos de todos os matizes na estruturação da imperfeição humana. Vale também dizer que este texto de Luis Fernando Veríssimo, em outras palavras mudando-se o foco, aplica-se a todos os tipos e níveis de drogas que corrompem as fraquezas intelectuais, morais e físicas de seus portadores. Portanto, atribuímos esta admoestação ao idiotismo que corre na boca da inconsciência e da imoralidade que se serve da contracultura improdutiva e alienável de nosso mundo. Vejamos o texto: “Tudo começou quando eu tinha uns 14 anos e um amigo chegou com aquele papo de experimenta, depois quando você quiser é só parar... e eu fui na dele. Primeiro ele me ofereceu coisa leve, disse que era de “raiz”, da

terra, que não fazia mal, e me deu um inofensivo disco do Chitãozinho e Xororó e, em seguida, um do Leandro e Leonardo. Achei legal, uma coisa bem brasileira. Mas a parada foi ficando mais pesada, o consumo cada vez mais frequente, comecei a chamar todo mundo de “amigo” e acabei comprando pela primeira vez. Lembro que cheguei na loja e pedi: — Me dá um CD do Zezé de Camargo e Luciano. Era o princípio de tudo! Logo resolvi experimentar algo diferente e ele me ofereceu um CD de axé. Ele dizia que era para relaxar; sabe, coisa leve... Banda Eva, Cheiro de Amor, Netinho, etc. Com o tempo, meu amigo foi me oferecendo coisas piores... É o Tchan, Companhia do Pagode e muito mais. Após o uso contínuo, eu já não queria saber de coisas leves, eu queria algo mais pesado, mais desafiador, que me fizesse mexer os quadris como eu nunca havia mexido antes. Então, meu amigo me deu o que eu queria, um CD do Harmonia do Samba. Minhas nádegas passaram a ser o centro da minha vida, razão do meu existir. Pensava só nessa parte do corpo, respirava por ela, vivia por ela! Mas, depois de muito tempo de consumo, a droga perde efeito, e você começa a querer cada vez mais, mais, mais... Comecei a frequentar o submundo e correr atrás das paradas. Foi a partir daí que começou a minha decadência. Fui ao show e ao encontro dos grupos Karametade e Só Pra Contrariar, e até comprei a Caras que tinha o Rodriguinho na capa. Quando dei por mim, já estava com o cabelo pintado de loiro, minha mão tinha crescido muito em função do pandeiro. Meus polegares já não se mexiam por eu passar o tempo todo fazendo sinais de positivo. Não deu outra, entrei para um grupo de pagode. Enquanto vários outros viciados cantavam uma música que

não dizia nada, eu e mais outros 12 infelizes dançávamos alguns passinhos ensaiados, sorríamos e fazíamos sinais combinados. Lembro-me de um dia quando entrei nas Lojas Americanas e pedi a Coletânea “As melhores do Molejo”. Foi terrível! Eu já não pensava mais!!! Meu senso crítico havia sido dissolvido pelas rimas miseráveis e letras pouco arrojadas. Meu cérebro estava travado, não pensava em mais nada. Mas a fase negra ainda estava por vir. Cheguei ao fundo do poço, ao limiar da condição humana, quando comecei a escutar popozudas, bondes, tigres, MC Serginho, Lacraias, motinhas e tapinhas. Comecei a ter delírios e a dizer coisas sem sentido. Quando saía à noite para as festas, pedia tapas na cara e fazia gestos obscenos. Fui cercado por outros drogados, usuários das drogas mais estranhas que queriam me mostrar o caminho das pedras... Minha fraqueza era tanta que estive próximo de sucumbir aos radicais e ser dominado pela droga mais poderosa do mercado: Ki-Kokolexo. Hoje estou internado em uma clínica. Meus verdadeiros amigos fizeram a única coisa que poderiam ter feito por mim. Meu tratamento está sendo muito duro, doses cavalares de MPB, Bossa-Nova, Rock Progressivo e Blues. Mas o médico falou que eu talvez tenha de recorrer ao Jazz, e até

mesmo a Mozart, Beethoven e Bach. Queria aproveitar a oportunidade e aconselhar as pessoas a não se entregarem a esse tipo de droga. Os traficantes só pensam no dinheiro. Eles não se preocupam com a sua saúde, por isso tapam a visão para as coisas boas e te oferecem drogas. Se você não reagir, vai acabar drogado, alienado, inculto, manobrável, consumível, descartável, distante. Vai perder as referências e definhar mentalmente. Em vez de encher a cabeça com porcaria, pratique esportes e, na dúvida, se não puder distinguir o que é droga ou não, faça o seguinte: - Não ligue a TV no domingo à tarde; - Não entre em carros com adesivos “Fui.....”; - Se te oferecerem um CD, procure saber se o indivíduo foi ao programa da Hebe ou ao Domingo Legal do Gugu; - Mulheres gritando histericamente são outro indício; - Não compre um CD que tenha mais de 6 pessoas na capa; - Não vá a shows em que os suspeitos façam passos ensaiados; - Não compre nenhum CD que tenha vendido mais de um milhão de cópias no Brasil, e... - Não escute nada em que o autor não consiga uma concordância verbal mínima”. Boa leitura, O Editor

FRATERNO, jornal bimestral contendo: Ciência, Filosofia e Conseqüências Morais, com sede no “Centro Espírita Seara de Jesus”, Rua Allan Kardec, 173, Vila Nova Osasco, CEP 06070-240, Osasco, SP. searadejesus@yahoo.com.br; Jornalista responsável: Bráulio de Souza - MTB 20049; Coordenação/Direção/Redação: Eduardo Mendes; Revisores: Luciana Cristillo Mendes, Jussara Ferreira da Silva e Giovanna Camila Ramalho; Financeiro: Alexandre Silva Melo; Diagramação: Jovenal Alves Pereira; Captação: Manoel Rodilha; Impressão: Gráfica Yara; Tiragem: 10.000 exemplares; Distribuição: Osasco e Grande São Paulo; e-mail: jornalfraterno@gmail.com; Telefones: (011) 3447-2006/7165-6437 ou (011) 3688-2440

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| ciência

| eventos

USP confirma eficácia do passe magnético

No dia 18 de Agosto a partir das 18h, no Seara, será a noite da Mini Pizza. Venha e junte-se a nós.

U

m estudo desenvolvido recentemente pela USP (Universidade de São Paulo), em conjunto com a Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), comprova que a energia liberada pelas mãos tem o poder de curar qualquer tipo de mal estar. O trabalho foi elaborado devido às técnicas manuais já conhecidas na sociedade, caso do Johrei, utilizada pela Igreja Messiânica do Brasil e ao mesmo tempo semelhante à de religiões como o Espiritismo, que pratica o chamado “passe”. Todo o processo de desenvolvimento dessa pesquisa nasceu em 2000, como tema de mestrado do pesquisador Ricardo Monezi, na Faculdade de Medicina da USP. Ele teve a iniciativa de investigar quais seriam os possíveis efeitos da prática de imposição das mãos. “Este interesse veio de uma vivência própria, onde o Reiki (técnica) já havia me ajudado, na adolescência, a sair de uma crise de depressão”, afirmou Monezi, que hoje é pesquisador da Unifesp. Segundo o cientista, durante seu mestrado foi investi gado os efeitos da imposição em camundongos, nos quais foi possível observar um notável ganho de potencial das células de defesa contra células que ficam nos tumores. “Agora, no meu doutorado que está sendo finalizado na Unifesp, estudamos não apenas os efeitos fisiológicos, mas também os psicológicos”, completou. A constatação no estudo de que a imposição de mãos libera energia capaz de produzir bem-estar foi possível porque a ciência atual ainda não possui uma precisão exata sobre esse efeitos. “A ciência chama estas energias de ‘energias sutis’, e também considera que o espaço onde elas estão inseridas esteja

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próximo às frequências eletromagnéticas de baixo nível”, explicou. As sensações proporcionadas por essas práticas analisadas por Monezi foram a redução da percepção de t ensão, do stress e de sintomas relacionados a ansiedade e depressão. “O interessante é que este tipo de imposição oferece a sensação de relaxamento e plenitude. E além de garantir mais energia e disposição”.

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Neste estudo do mestrado foram utilizados 60 ratos. Já no doutorado foram avaliados 44 idosos com queixas de stress. O processo de desenvolvimento para realizar este doutorado foi finalizado no primeiro semestre do ano passado. Mas a Unifesp está prestes a iniciar novas investigações a respeito dos efeitos do Reiki e práticas semelhantes a partir de abril deste ano!

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| reflexão

Reflexão Natalina Richard Simonetti

C

ertamente você conhece, amigo leitor, a história de Poliana, a jovem orientada pela filosofia do “podia ser pior”, em livro homônimo de Eleanor H. Porter. Quando menina, desejava ardentemente uma boneca. Sem recursos, o pai fez um pedido a uma instituição beneficente. Poliana aguardou com ansiedade. Ao chegar um pacote, às vésperas do Natal, mal continha a emoção. Aberto, grande foi sua frustração, porquanto, por engano, remeteram-lhe um par de muletas em lugar da sonhada boneca. Vendo-a desolada e chorosa, o pai convidou: – Minha querida, vamos fazer o “jogo do contente”. – O que é isso, papai? – É uma brincadeira para você animar-se sempre que algo a aborrecer. – Como agora? – Sim. Você tem boa razão para estar triste. Recebeu um par de muletas no lugar da boneca. Mas há razão ainda melhor para ficar feliz. – Com um par de muletas?! – Sim. A felicidade de não precisar usá-las. Interessante esse jogo, amigo leitor. Se estamos tristes por não termos vários pares de calçados, lembremos dos que não têm pés… Se nos incomoda o uso de óculos, recordemos os que não enxergam… Se nos aborrece a falta do automóvel, é pensar em gente imobilizada no leito… Se não ganhamos tão bem quanto desejaríamos, evoquemos os desempregados… A Doutrina Espírita propõe um jogo mais consistente. Não se trata de buscar consolo em males alheios, mas de compreender que todos os males guardam

justa origem. Não houve engano dos poderes que nos governam ao remeter o pacote de nosso destino. Nele está um carnê para pagamento parcelado de nossos débitos cármicos junto à Justiça Divina. Nos itens 12 e 13 Kardec faz oportunos comentários a respeito. Destaco: “Por estas palavras ‘bem-aventurados os aflitos, pois que serão consolados’, Jesus aponta a compensação que hão de ter os que sofrem e a resignação que leva o padecente a bendizer do sofrimento, como prelúdio da cura. Também podem essas palavras ser traduzidas assim: deveis considerar-vos felizes por sofrerdes, visto que as dores deste mundo são o pagamento da dívida que vossas passadas faltas vos fizeram contrair; suportadas pacientemente na Terra, essas dores vos poupam séculos de sofrimentos na vida futura. Deveis, pois, sentir-vos felizes por reduzir Deus a vossa dívida, permitindo que a saldeis agora, o que vos garantirá a tranquilidade no porvir.” Beleza, caro leitor! Kardec explica que o carnê vem com largos descontos! É só quitar com pontualidade as prestações ao longo da existência, sem birra e sem fuga, e nos habilitaremos a um futuro de bênçãos. Isso sem esquecer que o tempo para pagamento total do carnê, ao longo da existência, equivale a mera fração de segundo no relógio da eternidade. O problema está nas complicações em que nos envolvemos. Conheci um bancário, bom rapaz, trabalhador, educado, mas, lamentavelmente, perdulário. É o indivíduo que gasta compulsivamente, bem mais do que o fazem animadas senhoras em liquidação de shopping.

Como todo perdulário, contraiu dívidas acima de suas disponibilidades financeiras. Cansados de suas desculpas, os credores procuraram o gerente do Banco onde trabalhava. Homem generoso, de bons princípios, resolveu ajudar o subalterno. Foi feita uma composição de dívidas. Com autorização do devedor, seu salário foi bloqueado, em parte, para pagamento mensal aos credores. Em dois anos, o problema estaria resolvido. Tudo certo, não fosse pequeno detalhe: ignorando apelos de amigos e familiares, ele continuou com a gastança. Contraiu novas dívidas, complicou ainda mais sua situação e acabou demitido. Algo semelhante ocorre em relação à jornada humana. Perdulários do tempo, estamos sempre a ampliar débitos na contabilidade do Destino. Cada vez que reencarnamos, a Justiça Divina nos permite uma composição da dívida, com amplos descontos concedidos pela Divina Misericórdia. Fazem parte do carnê dores e problemas que, de permeio, limitam nosso poder de compra, isto é, cerceiam nossos impulsos inferiores, a fim de que não ampliemos nossos débitos. O alcoólatra inveterado que cozinhou o fígado e desencarnou prematuramente, suicida inconsciente,

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A

reencarna com lesões no fígado e problemas envolvendo o aparelho digestivo. O viciado em sexo virá com graves problemas congênitos nos órgãos genitais, inibindo a sensualidade. O problema é que raros cumprem integralmente o planejado e, à maneira do perdulário, comprometem-se em novos débitos: O amigo da “água que passarinho não bebe”, contido pelo destrambelho hepático, opta pelas drogas. O viciado do sexo contorna as disfunções genésicas apelando para desvios da sexualidade. Com isso, de existência em existência, o Espírito, ao invés de quitar seus débitos, aproveitando a composição misericordiosa da Justiça Divina, vai se complicando. – Toma juízo, meu filho — diz o pai ao filho rebelde, comprometido em erros e vícios. É exatamente essa a mensagem que Deus nos passa através do Espiritismo. – Toma juízo! O conhecimento espírita nos convida à reflexão, habilitando-nos a quitar o carnê de forma consciente e disciplinada, sem queixas e sem arroubos perdulários que apenas aumentam nosso passivo, na contabilidade do destino. Por Richard Simonetti (richardsimonetti@uol.com.br)

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| mensagem

Memórias de Chico Xavier

Uma foto real!

E

sta história deveria aparecer nas manchetes dos jornais... E não a dos COMERCIAIS DE BEBIDAS, encorajando a “se dirigir, não beba”. Uma imagem do Iraque. Esta é uma história de guerra; porém, toca-nos o coração... A esposa do sargento-enfermeiro John Gebhardt diz que toda a família desta criança foi executada. Os assassinos pretendiam também executá-la, atingiram sua cabeça... Mas não conseguiram matá-la. Ela foi tratada no Hospital de John, está se recuperando, mas ainda chora e geme muito. As enfermeiras dizem que John é o único que consegue acalmá-la. Assim, John passou as últimas quatro noites segurando-a ao colo na cadeira, enquanto os dois dormiam. A menina tem se recupe-

rado lentamente. Eles se tornaram verdadeiras “estrelas” da guerra. John representa o que todo o mundo gostaria de fazer. Isto, meus amigos, vale a pena partilhar com o mundo inteiro. Vocês nunca veem notícias destas

na TV ou nos jornais, em geral. Acredito que todos precisamos ver que (também) existem estas realidades... Que pessoas como John fazem a diferença. Não podemos orientar o vento, mas podemos ajustar a nossa vela...

| sexo nos espíritos

Conflitos na casa espírita Por Aloísio Silva

Um garotinho passava em frente a uma mangueira, quando resolveu olhar para cima. Qual a sua surpresa ao ver tantas mangas grandes e amarelinhas. Ele pensou: ‘Nossa, devem estar doces e suculentas, vou chamar meus amigos’. Reuniram-se, então, muitos adolescentes. Uns tentaram subir na árvore para pegar os frutos, outros, como não conseguiam subir, jogavam pedras. Aqueles que conseguiram subir, por serem adolescentes desajeitados, ao retirarem os frutos suculentos esbarravam em outros que caíam, desperdiçando uma fruta tão rica em vitaminas.” O Espiritismo é esta árvore frondosa com frutos suculentos e atraentes aos adolescentes. Os adolescentes somos nós, imaturos espiritualmente, que não percebemos o quanto é rica a fruta, o quanto é rico o que o

Espiritismo nos oferece. Os espíritos obsessores são aqueles adolescentes que não conseguem subir na árvore, ou seja, não conseguem compreender o Espiritismo, por isso jogam pedras, ou seja, inspiram alguns adolescentes que subiram na árvore para derrubar o fruto e atrapalham a divulgação do Espiritismo cristão. Espíritas brigões são aqueles adolescentes que, desajeitados, derrubam frutos bons, fazem com que companheiros de Doutrina se afastem da casa espírita. Mas o verdadeiro espírita se compara ao adolescente cuidadoso que colhe uma manga por vez e bem devagar se alimenta dela, sentindo o doce sabor do evangelho de Jesus. Às vezes, identificamo-nos com um adolescente, outras vezes, com outro. O importante é nos lembrarmos da célebre frase de Jesus: “Meus discípulos serão reconhecidos por muito se amarem”.

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Fetichismo Por Guilherme Marques A ENCICLOPÉDIA JURÍDICA LEIB SOIBELMAN comenta sobre fetichismo: “Anomalia sexual que consiste em contemplar ou tocar objetos pertencentes à mulher ou certas partes de seu corpo sem interesse diretamente sexual, para ter o desejo ou o gozo. A supervalorização do sexo gera fixações mentais absurdas, como nos casos de fetichismo, cabendo ao indivíduo procurar superá-la pela utilização correta da sua sexualidade e pela compreensão do seu significado para a evolução espiritual.”

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“À Igreja Católica dedico o meu respeito, sem compartilhar-lhe da militância, na atualidade. Será talvez por isso que, entregue às tarefas da mediunidade na Doutrina Espírita, na qual me vejo há muito tempo, não conheço o movimento que se nomeia por ‘Teologia da Libertação’. Posso apenas dizer que considero a Doutrina Espírita, na face religiosa, na condição de Cristianismo Redivivo, acessível a todos, sem distinção de faixas sociais. Com este esclarecimento, permitam-me que me recorde do ensinamento de Jesus: ‘Conhecereis a verdade, e a verdade vos fará livres’, acentuando que na teologia simples do Evangelho temos nós todos, os cristãos, o enunciado inesquecível dos princípios divinos: ’A cada um, segundo suas obras’”.

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| cultura espírita

Aos escravos das bebidas alcoólicas reco

O

consumo de alcoólicos pelo ser humano não é hábito recente; é tão antigo quanto o próprio homem das cavernas. Seja qual for o período histórico e em que sociedade com a qual se relacionou ou a cultura que recebeu, o homem tem bebido. Há 3700 anos, o “Código de Hamurabi” já trazia normativos sobre as situações, lugares e pessoas que podiam ou não fazer a ingestão de bebida alcoólica. Há 2500 anos, os chineses perdiam (literalmente) a cabeça por causa da bebida alcoólica – a prática era punida com a decapitação.

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Configura-se um costume extremamente antigo e que vem persistindo por milhares de anos. Paulo escreveu para os cristãos de Efésio: “e não vos embriagueis com vinho, no qual há devassidão, mas enchei-vos do Espírito.”(1) O álcool é a droga “lícita” mais consumida no mundo contemporâneo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Ainda de acordo com a OMS, a bebida alcoólica é a droga legalizada de escolha entre crianças e adolescentes. Estima-se que o uso desse tóxico tenha início entre os 10 e 12 anos. Os males gerados pelo alcoolismo são a terceira causa de morte no mundo. Estudos encontrados na literatura científica mostravam que os homens bebiam mais do que as mulheres em todas as faixas etárias, e que jovens consumiam mais álcool do que idosos. Porém, outras pesquisas apontam para o aumento anual, no Brasil e no mundo, do percentual de mulheres dependentes. No passado, pontuam os especialistas, para cada cinco usuários problemáticos de álcool existia uma mulher na mesma condição. O estudo demonstra que atualmente a razão comparativa é de 1 para 1. Elas já bebem tanto quanto eles, mas concentradas em fases distintas. É mais recente a aceitação social do uso do álcool pelas mulheres. Realmente, antes elas não bebiam tanto. Com isso, o foco das campanhas preventivas ficou muito centrado nos homens. As mulheres ficaram negligenciadas nessa abordagem. Raros são os ginecologistas, por exemplo, que questionam se as suas pacientes bebem. As grandes vítimas são os filhos, envolvidos numa rotina de restrições e constrangimentos. Filhos de

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mulheres que consomem álcool em excesso durante a gravidez estão sujeitos à síndrome alcoólica fetal, que pode provocar sequelas físicas e mentais no recém-nascido. Crianças e adolescentes filhos de pais com o vício estão mais sujeitos a desequilíbrios emocionais e psiquiátricos. Normalmente, o primeiro problema identificado é um prejuízo grave na autoestima, com repercussões negativas sobre o rendimento escolar e as demais áreas do funcionamento mental. Esses adolescentes e crianças tendem a subestimar suas próprias capacidades e qualidades. Os dados atuais sobre alcoolismo são devastadores. Segundo pesquisa realizada pelo Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clinicas (HC) de São Paulo, ligado à Secretaria de Estado da Saúde, mais de 9% dos idosos paulistanos consomem bebida alcoólica em excesso. O levantamento feito com 1.563 pessoas com 60 anos ou mais apontou que 9,1% dessa população abusa do álcool, o que equivale a 88 mil idosos da capital paulista. Demonstrado cientificamente

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omendamos Jesus “Vinde a mim...”

que o álcool é pernicioso em qualquer faixa etária, seus danos entre os adolescentes são patentes, sobretudo, durante a fase escolar, uma vez que o uso sucessivo da substância impede o rendimento, além de provocar desordem mental, falta de coordenação, problemas de memória e de aprendizado. Consequentemente, esse processo resulta também em dores de cabeça, alteração do ciclo natural do sono, da fala e do equilíbrio. A dependência ao álcool pode ser hereditária, havendo uma predisposição orgânica do indivíduo para o seu desdobramento, no qual o Espírito imortal traz em seu DNA perispiritual as marcas e consequências do vício em outras experiências reencarnatórias, sendo compreensível, então, que o alcoolismo seja transmissível de pais para filhos. As matrizes dessas disfunções estão no passado, seja de forma hereditária ou espiritualmente, em decorrência de experiências infelizes, remanescentes de existências pregressas. Segundo André Luiz, “ao reen-

carnarmos, trazemos conosco os remanescentes de nossas faltas como raízes congênitas dos males que nós mesmos plantamos, a exemplo da Síndrome de Down, da hidrocefalia, da paralisia, da cegueira, da epilepsia secundária, do idiotismo, do aleijão de nascença desde o berço.” (2) “O corpo perispiritual, que dá forma aos elementos celulares, está fortemente radicado no sangue. O sangue é elemento básico de equilíbrio do corpo perispiritual”. (3) Em Evo luç ão em D ois Mundos, o mesmo autor espiritual revela-nos que “os neurônios guardam relação íntima com o perispírito.”(4) Portanto, a ação do álcool no perispírito é letal, criando fuligens venenosas que saturam no perispírito, danificando tanto as células perispirituais quanto as células físicas. As substâncias dos alcoólicos ingeridos caem na corrente sanguínea, daí chegam ao cérebro, atacam as células neuronais; estas refletirão nas províncias correlatas do corpo perispiritual em configuração de danos e deformações apreciáveis que, em alguns casos, podem chegar até a desfigurar a própria feição humana do perispírito. Infelizmente, a liberalidade de muitas famílias com o álcool é um dos maiores problemas para a prevenção: é mito considerar que maconha leva os jovens a outras drogas. São as bebidas alcoólicas que fazem esse papel. Nefastamente, é a oportuna família que estimula a ingestão dos “inofensivos destilados e/ou fermentados”. Não são poucos que começaram a beber quando o patriarca

(pai), orgulhoso do filho que virava homem, os atraía para os drinques dos “machões”. O vício de beber cria rotinas que envolvem cúmplices encarnados e desencarnados que compartilham do mesmo hábito e manias. Bares, restaurantes, lanchonetes, clubes sociais e avenidas estão repletos de jovens que, displicentemente, fazem uso, em larga escala e abertamente, das tragédias engarrafadas ou enlatadas. A instalação do alcoolismo envolve três características: a base genética, o meio e o indivíduo. Filhos de pais alcoólatras podem ser geneticamente diferentes, porém só desenvolverão a doença se estiverem em um meio propício e/ou características psicológicas favoráveis. Os infelizes “canecos carnais” não só desfiguram e arrasam o corpo, como agridem e violentam o caráter e deterioram o psicossoma através das obsessões, acendidas por espíritos beberrões que compartilham junto do bêbado os mesmos vícios e se alimentam através dos vapores alcoólicos expelidos pelos poros e boca numa simbiose mortificante. É precisamente esse vampirismo incorpóreo que ilustra o motivo de o alcoolismo ser avaliado como moléstia progressiva e de certo modo incurável. É verdade! Parar de beber, dizem membros do AA (Alcoólicos Anônimos), é a vitória maior para o dependente, mas a doença não acaba. Se ele voltar a dar uns goles, em pouco tempo recupera um ritmo igual ou até maior do que o mantido antes da pausa. “Não existe ex-alcoolista nessa história”, sustentam os frequentadores dos AA’s. Essas são razões suficientes para que nas celebrações e festejos com amigos nos bares da vida se fuja do compromisso da vã tradição da bebedeira a fim de divertir-se. O oceano é constituído de pequenas moléculas de H2O, e as praias se formam com incontáveis grânulos de areia. É indispensável, portanto,

(Mateus 11:28-30)

desatar-se daquele clichê do “é só hoje”, e quando arrastados a comportamentos para “distrair”, não se deve aceitar a perigosíssima escapadela do “só um golinho”, até porque não se pode esquecer que uma miúda picada de cobra peçonhenta, conquanto em acanhada porção, pode produzir a morte imediata; portanto, ao invés de se distrair, vai se destruir. Sem dúvida que é mais fácil evitar-lhes a instalação do que lutar depois pela supressão do vício (como dizem os membros dos AA’s: não há ex-alcoólatra). A questão assenta raízes densas na sociedade, provocando medidas curadoras e profiláticas nos círculos religiosos, médicos, psicológicos e psiquiátricos, necessitando de imperiosa assistência de todos os segmentos sociais para (quem sabe!) minimizar seus efeitos flagelantes. Inicialmente, faz-se urgente assentar a questão da alcoolfilia no foco dos debates públicos. Até porque o problema do consumo alcoólico precisa ser atacado sem trégua, a fim de que sejam encontradas soluções para a complexa epidemia do “tóxico legal”. Para todos jugulados pelos vícios recomendamos Jesus. Sim! O Messias que prometeu: “vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas. Porque o meu jugo é suave e o meu fardo é leve.”(5) Por Jorge Hessen (http://jorgehessen.net) Referências bibliográficas : (1) Efésios 5:18. (2) Xavier, Francisco Cândido. Nos domínios da mediunidade, ditado pelo Espírito André Luiz, RJ: Ed FEB, 2000, p.139-140. (3) Xavier, Francisco Cândido. Missionários da Luz, ditado pelo Espírito André Luiz, RJ: Ed. FEB, 2001. (4) Xavier, Francisco Cândido. Evolução em Dois Mundos, ditado pelo Espírito André Luiz, RJ: Ed. FEB, 2003. (5) Mateus 11:28-30.

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| doutrina

A grande esperança Cláudio Bueno da Silva

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e, para muitas religiões no mundo, a Doutrina Cristã não toca o coração dos seus adeptos, o Espiritismo, para grande contingente de pessoas, também nada diz. A princípio, todas as religiões têm em seus fundamentos grandes verdades (1) que levam a Deus, como se diz comumente. Portanto, trazem, cada uma no seu contexto, contribuições para o aperfeiçoamento do homem, no que tange aos seus hábitos morais. No entanto, o próprio homem, no exercício das suas funções religiosas, desvia o sentido, geralmente simples, das doutrinas que professa. Com o tempo, no “fazer religioso” vai introduzindo “verdades” novas, conceitos não suficientemente elaborados ou deliberadamente reelaborados, ideias “humanizadas”, que vão desfigurando as formulações morais originais, que eram para educar a alma, mas que acabam emparedando os crentes nos dogmas, nas fantasias, nas malhas de falsos princípios, que atrasam muito o seu progresso. O que se vê hoje no mundo são religiões materiais cuidando das questões sociais, políticas e econômicas, quase sem nenhum compromisso com a alma. Religiões em flagrante contradição com os avanços do mundo, bem dissociadas da cultura geral da humanidade. Daí resultam os preconceitos de toda espécie, a fixação no passado arcaico, o culto às tradições obsoletas baseadas em conceitos mal interpretados, o sectarismo impiedoso, tudo gerenciado pela perigosa governança política através de estatutos religiosos, como se pode observar em muitas nações do nosso planeta. Nestas condições são mantidos inumeráveis “rebanhos”, controlados pela fé cega e rebelde. Por isso, a força obsessiva procura manter a supremacia sobre qualquer outro

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segmento, grupo, etnia que pense diferentemente, mesmo que para isso seja necessário rodear a cintura de bombas e se projetar no “campo inimigo”, em nome de... Sabe-se lá de quê! Intolerância, radicalismo, orgulho, cegueira! O s n o v o s te m p o s , no entanto, pedem aos homens outro comportamento, mais tolerante e moderado. Se uma pessoa quer a fraternidade ardentemente, isso nos leva a pensar que dez outras tamb ém a podem querer. Se dez a buscam, por que cem, mil, não a buscarão? Num raciocínio francamente positivo, é lógico aceitar que muitos milhões, hoje, não querem outra coisa se não a paz, o trabalho, o progresso. Esse pensamento está no coração de muita gente, mesmo em locais da Terra onde vigorem os crimes religiosos, o fanatismo, a violência sectária. As pessoas que sofrem sob esse regime querem caminhar para Deus (2), pois esse desejo está gravado em suas consciências. No entanto, são impedidas, há séculos, por sistemas político-religiosos que as coíbem sob a capa da falsa pureza e santidade; por homens equivocados que se perpetuam no mando e as mantêm na ignorância que eles próprios compartilham e de que não as querem ver se afastar, com receio de que a Lei Divina do Progresso faça naturalmente o que eles compulsoriamente tentam evitar a todo custo: o esclarecimento e a libertação dos povos. Sob o comando das trevas, provavelmente, vão mantendo essas pessoas na ignorância e no sofrimento. Em meio a esse quadro caótico

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em que boa parte da humanidade está mergulhada, é que o Espiritismo se torna a “grande esperança” para o esclarecimento espiritual das massas. Os princípios universais que ele ensina faltam, em parte ou no todo, à maioria das religiões da atualidade que, falidas, não têm como reverter esse caos moral. Sem o conhecimento que o Espiritismo traz da imortalidade da alma, da reencarnação, da comunicabilidade dos espíritos, etc., os homens continuarão perdidos, sem rumo. Sem o entendimento do mecanismo de causa e efeito que confere a cada um segundo as suas obras, o homem continuará desrespeitando o próximo, agredindo o outro grupo,

invadindo a nação vizinha e, com isso, sofrendo terrivelmente e construindo um futuro muito infeliz. Sem o auxílio do Espiritismo, as comunidades mais beligerantes da Terra levarão séculos (ou milênios?) para se entenderem e se organizarem pacificamente. Sem a compreensão que o Espiritismo lança sobre as grandes questões humanas, as nações mais recalcitrantes não perceberão que chegou a hora de trocar o velho pelo novo, o passado pelo futuro, o descalabro pela ordem, o mal pelo bem. (1 e 2) “As Leis Morais (Conhecimento da Lei Natural)”. In: O Livro dos Espíritos, Allan Kardec, LAKE.

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| mensagem

Não estás deprimido, estás distraído

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ão estás deprimido, estás distraído. Distraído em relação à vida que te preenche, Distraído em relação à vida que te rodeia, Golfinhos, bosques, mares, montanhas, rios. Não caias como caiu teu irmão que sofre por um único ser humano, quando existem cinco bilhões e seiscentos milhões no mundo. Além de tudo, não é assim tão ruim viver só. Eu fico bem, decidindo a cada instante o que desejo fazer, e graças à solidão conheço-me… O que é fundamental para viver. Não faças o que fez teu pai, que se sente velho porque tem setenta anos, e esquece que Moisés comandou o Êxodo aos oitenta e Rubinstein interpretava Chopin com uma maestria sem igual aos noventa, para citar apenas dois casos conhecidos. Não estás deprimido, estás distraído. Por isso, acreditas que perdeste algo, o que é impossível, porque tudo te foi dado. Não fizeste um só cabelo de tua cabeça, portanto não és dono de coisa alguma. Além disso, a vida não te tira coisas: liberta-te de coisas… Alivia-te para que possas voar mais alto, para que alcances a plenitude. Do útero ao túmulo, vivemos numa escola; por isso, o que chamas de problemas são apenas lições. Não perdeste coisa alguma: aquele que morre apenas está adiantado em relação a nós, porque todos vamos na mesma direção. E não esqueças que o melhor dele, o amor, continua vivo em teu coração. Não existe a morte... Apenas a mudança. E do outro lado te esperam pessoas maravilhosas: Gandhi, o Arcanjo Miguel, Whitman, Santo Agostinho, Madre Teresa, teu avô e minha mãe, que acreditava que a pobreza está mais próxima do amor, porque o dinheiro nos distrai com coisas demais, e nos machuca,

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porque nos torna desconfiados. Faz apenas o que amas e serás feliz. Aquele que faz o que ama, está benditamente condenado ao sucesso, que chegará quando for a hora, porque o que deve ser será, e chegará de forma natural. Não faças coisa alguma por obrigação ou compromisso, apenas por amor. Então terás plenitude, e nessa plenitude tudo é possível sem esforço, porque és movido pela força natural da vida, a mesma que me ergueu quando caiu o avião que levava minha mulher e minha filha; a mesma que me manteve vivo quando os médicos me deram três ou quatro meses de vida. Deus te tornou responsável por um ser humano, que és tu. Deves trazer felicidade e liberdade para ti mesmo. E só então poderás compartilhar a vida verdadeira com todos os outros. Lembra-te: “Amarás ao próximo como a ti mesmo”. Reconcilia-te contigo, coloca-te frente ao espelho e pensa que esta criatura que vês é uma obra de Deus, e decide neste exato momento ser feliz, porque a

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felicidade é uma aquisição. Aliás, a felicidade não é um direito, mas um dever; porque se não fores feliz, estarás levando amargura para todos os teus vizinhos. Um único homem que não possuiu talento e valor para viver mandou matar seis milhões de judeus, seus irmãos. Existem tantas coisas para experimentar, e a nossa passagem pela terra é tão curta, que sofrer é uma perda de tempo. Podemos experimentar a neve no inverno e as flores na primavera, o chocolate de Perusa, a baguete francesa, os tacos mexicanos, o vinho chileno, os mares e os rios, o futebol dos brasileiros, As Mil e Uma Noites, a Divina Comédia, Quixote, Pedro Páramo, os boleros de Manzanero e as poesias de Whitman; a música de Mahler, Mozart, Chopin, Beethoven; as pinturas de Caravaggio, Rembrandt, Velázquez, Picasso e Tamayo, entre tantas maravilhas. E se estás com câncer ou AIDS, podem acontecer duas coisas, e ambas são positivas: se a doença

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ganha, liberta-te do corpo que é cheio de processos (tenho fome, tenho frio, tenho sono, tenho vontades, tenho razão, tenho dúvidas)... Se tu vences, serás mais humilde, mais agradecido... Portanto, facilmente feliz, livre do enorme peso da culpa, da responsabilidade e da vaidade, disposto a viver cada instante profundamente, como deve ser. Não estás deprimido, estás desocupado. Ajuda a criança que precisa de ti, ajuda os velhos e os jovens te ajudarão quando for tua vez. Aliás, o serviço prestado é uma forma segura de ser feliz, como é gostar da natureza e cuidar dela para aqueles que virão. Dá sem medida, e receberás sem medida. Ama até que te tornes o ser amado; mais ainda, converte-te no próprio Amor. E não te deixes enganar por alguns homicidas e suicidas. O bem é maioria, mas não se percebe porque é silencioso. Uma bomba faz mais barulho que uma carícia; porém, para cada bomba que destrói, há milhões de carícias que alimentam a vida. Vale a pena, não é mesmo? Se Deus possuísse uma geladeira, teria a tua foto grudada nela. Se Ele possuísse uma carteira, tua foto estaria nela. Ele te envia flores a cada primavera. Ele te envia um amanhecer a cada manhã. Cada vez que desejas falar, Ele te escuta. Ele poderia viver em qualquer ponto do Universo, mas escolheu o teu coração. Encara, amigo, Ele está louco por ti! Envie esta mensagem a cada “linda pessoa” que desejas abençoar. Deus não te prometeu dias sem dor, riso sem tristeza, sol sem chuva, porém Ele prometeu força para cada dia, consolo para as lágrimas, e luz para o caminho. “Quando a vida te trouxer mil razões para chorar, mostra que tens mil e uma razões para sorrir.”

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| momento fraterno

O alcoolismo e a família Jussara Ferreira da Silva

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migos leitores, Não são raras as experiências das famílias quando o assunto é o alcoolismo. Os relatos de familiares e amigos de pessoas viciadas no consumo de álcool sempre chegam aos nossos ouvidos, isso quando não temos as nossas próprias experiências decorrentes da convivência com estas pessoas. No tumulto causado pela reação ao alcoolismo, em decorrência do vício ou não, a verdade é que sempre alguém sai machucado nestas situações. Penso que a ferida maior é a emocional que causa traumas profundos e, muitas vezes, impossíveis de esquecer. O medo é constante e sempre estará ao lado das pessoas que vivenciaram ou vivenciam tais experiências. Tratada como uma doença grave, o alcoolismo não tem hora para chegar. Em decorrência do estresse, cobrança, ansiedade e outros fatores não tratados da forma devida ou por desconhecimento da possibilidade de tratamento, o alcoolismo se instala aos poucos e pode iniciar a sua destruição naquelas bebidas ingeridas “socialmente”, quando a oferta destes produtos parece ser intrínseca da ocasião. Desencadeando uma alegria temporária acompanhada de uma certa extroversão, as pessoas se sentem desligadas das suas preocupações e usufruem daquela “tonturinha” que a bebida alcoólica causa. Sem a preocupação quanto à dependência ou não no consumo destas bebidas, se deleitam aos prazeres de um copo na mão. Atualmente esta triste realidade vem afetando até os jovens que, há alguns anos atrás, não tinham acesso às bebidas alcoólicas, como acontece atualmente. E quanto mais se esclarece sobre os efeitos do álcool e quanto mais se tenta impedir a comercialização indevida, com atenção especial à venda a menores de

idade, mais vemos jovens abusando do seu consumo. Também não faltam reportagens e documentários que ajudam na divulgação das conseqüências da ingestão de bebidas alcoólicas como acidentes de trânsito, violência dentro e fora das residências, mortes prematuras, dentre outras consequências tão indesejáveis quanto. Divulgado em números cada vez mais expressivos, o alcoolismo é motivo de muitas campanhas promovidas pelo governo que visam à conscientização dos usuários e à redução do consumo, bem como à divulgação dos tratamentos adequados e disponíveis para aqueles que se encontram nesta situação. E ainda como medida para diminuir os problemas da ingestão de álcool, o governo é obrigado a criar ou intensificar leis,

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numa brava tentativa de salvar as pessoas da infelicidade causada pelos efeitos desta droga. A verdade é que o malefício provocado pelo alcoolismo vai muito além dos danos à saúde do dependente. Este malefício muitas vezes, talvez na grande maioria, se instala na rotina das famílias causando a destruição dos lares, o distanciamento dos seus membros, dentre outras feridas e, na pior das situações, não difíceis nestes casos, o medo do convívio com o dependente da bebida, assim como o medo do próprio dependente. E as famílias que experimentam a rotina com um ente dependente do álcool, seguem tentando suportar dia a dia a tristeza de relacionamentos feridos, de convivências degeneradas, de lares marcados pela instabilidade e pelo medo.

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E cada copo de bebida alcoólica levantado pelo seu consumidor motiva os familiares a perguntarem quanto mais copos serão necessários para a satisfação total naquele dia, se é que exista alguma. Sim, são eternos insatisfeitos. Precisam saborear daquela bebida mais e mais. Proporcionalmente ao aumento do consumo do álcool, diminuem os seus reflexos, a sua capacidade de entendimento, o respeito ao próximo, o amor pelos familiares, tornando-os duvidosos quanto à sua conduta humana como filhos do Criador Maior. De amáveis e companheiros, os dependentes do álcool podem se tornar violentos, incompreensivos, descuidosos da higiene pessoal, da alimentação adequada, do sono necessário ao descanso do corpo. Desnorteados, perdem a noção de

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| discutindo a Bíblia

limite e se tornam falsos corajosos, porém incapazes de se manterem em pé. Para a família que a tudo isso assiste, os sinais vão se tornando cada vez mais evidentes. Muitas vezes, os dependentes do álcool não percebem o mal que eles próprios afligem a suas famílias. Esquecem do sentimento carinhoso dos famíliares demonstrado pela frase “quando um membro da família está doente todos estão”. Parece que nada mais tem importância para eles. Mas as famílias dos dependentes de álcool sempre esperam que o dia seguinte seja melhor. Que o ente querido não precise da bebida para as suas atividades diárias. Que todas as experiências vividas fiquem para trás. Que tudo não passe de um susto, um “vacilo”, um erro apenas. Mas não. Quando a dependência se instala, o dia seguinte é ainda pior. Aquela quantidade consumida no dia anterior já não é mais suficiente para saciar o vício. A situação foge do controle, tanto do dependente quanto da família. É preciso que o dependente do álcool acredite nos vários tratamentos para o alcoolismo e na possibilidade da sua cura. Optando por se tratar, o dependente precisará entender que este tratamento vai exigir dedicação, paciência, abstinência do álcool e, principalmente, muita coragem para mudar. E esta coragem não é fácil de ser conquistada. É preciso reconhecer as causas que o levaram a esta dependência e o que, de fato, afeta o seu íntimo. As suas perdas, frustrações, desilusões, culpas e medos precisam ser tratados adequadamente. E o amor e o companheirismo dos seus familiares devem ser evidenciados, para que o dependente se sinta querido, amado e encorajado a enfrentar as dificuldades que surgirão, bem como preparado para experimentar as mudanças tão desejadas e necessárias nestes casos. Um abraço a todos!

Os fiéis estão como macacos pulando de galho em galho José Rei Chaves

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uitas correntes teológicas cristãs estão contaminadas com o vírus dos erros provenientes dos acréscimos que fizeram na Bíblia. E, como se não bastassem esses erros, aleijaram-na também com cortes de textos, e abusaram de suas interpretações, tudo numa tentativa de adaptarem-na às doutrinas que foram criadas ao longo dos séculos. Assim, hoje, destoa da realidade e soa mesmo muito mal a conhecida frase: “A Bíblia é a palavra de Deus”. Como pode ser atribuída a Deus a autoria de um livro que provavelmente seja o mais adulterado do mundo? A Bíblia está repleta de manifestações de anjos que, na verdade, são espíritos, muitos dos quais nem são bons, mas que foram até tidos como sendo o próprio Deus, que uma tradição passou a chamar de Espírito Santo. É que os judeus e os cristãos desconheciam o ensino joanino que nos recomenda que examinemos os espíritos manifestantes (1 João 4:1). E Paulo fala em discernimento dos espíritos e dos que se manifestam em línguas estrangeiras, fenômeno da xenoglossia. Para ele se trata de línguas estrangeiras. Assim, se houver alguém presente que fale a língua estrangeira usada pelo espírito incorporado no profeta ou médium, vai entendê-la (1 Coríntios 14:27). Realmente, o fenômeno a que São Paulo se refere é mesmo de o médium incorporado falar uma língua estrangeira verdadeira. Mas o que acontece com os carismáticos e os evangélicos é que médiuns incorporados ficam em um blá blá blá (glossolalia) que não é nenhuma língua estrangeira verdadeira (xenoglossia).

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Observe-se que eu usei, a exemplo de São Paulo, a palavra profeta (médium), o que quer dizer que o tempo dos profetas ainda continua entre nós. Digo isso, porque há uma doutrina, pouco conhecida, que diz que as profecias e as revelações só existem na Bíblia e nos concílios ecumênicos. Mas Kardec constatou que o médium é uma pessoa equivalente a um profeta bíblico. E é por meio de espíritos que Deus nos fala em toda a Bíblia, pois Ele tem os espíritos que trabalham para Ele (Hebreus 1:14). Vejamos o que diz Paulo, citando Isaías, e referindo-se aos que estão participando das reuniões mediúnicas de profecias, revelações e de falar em línguas estrangeiras: “Na lei está escrito: Falarei a este povo por homens (médiuns, profetas) de outras línguas e por hábitos de outros povos, e nem assim me ouvirão” (Isaias 28:11

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e 13; e 1 Coríntios 14:21). Recomendo a você, que me prestigia com a sua leitura, que estude os capítulos 12, 13 e 14 de 1 Coríntios, de cujos assuntos fogem os padres e pastores, pois se trata de fenômenos espíritas. Mas Jesus disse que nada ficará oculto, apesar de que se peque muito por omissão. E esses e outros desvios das verdades teológicas bíblicas são como poeiras a infestarem os bancos das igrejas e dos templos cristãos, afugentando muitos de seus fiéis. Essas irregularidades imperceptíveis pela mentalidade religiosa atrasada do passado têm-se chocado com a evoluída do presente. E coitados dos fiéis! Eles já não sabem mais para onde irem, e estão como macacos pulando de galho em galho, de religião em religião, pois desconfiam dos ensinos dos seus líderes religiosos!

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| moral cristã

O discípulo de perto

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frain, filho de Atad, tão logo soube que Jesus se rodeara de pequeno colégio de aprendizes diretos para enunciação das Boas Novas, veio apressado em busca de informes precisos. Divulgara-se com respeito ao Messias toda sorte de comentários. O povo se mantinha oprimido. Respirava-se em toda parte o clima de dominação. E Jesus curava, consolava, bendizia... Chegara a transformar água em vinho numa festa de casamento... Não seria ele o príncipe esperado, com suficiente poder para redimir o povo de Deus? Certamente, ao fim do ministério público, dividiria cargos e prebendas, vantagens e despojos de alto valor. Aconselhável, portanto, disputar-lhe a presença. Ser-lhe-ia discípulo chegado ao coração. De cabeça inflamada em sonhos de grandeza terrestre, procurou o Senhor, que o recebeu com a bondade de sempre, embora tisnada de indefinível melancolia. O Cristo havia entrado vitorioso em Jerusalém, mas achava-se possuído de manifesta angústia. Profunda tristeza transbordava-lhe o olhar, adivinhando a flagelação e a cruz que se avizinhavam. Sereno e afável, pediu a Efrain que lhe abrisse o coração. — Senhor! — disse o rapaz, ardendo de idealismo — Aceita-me por discípulo, quero seguir-te igualmente, mas desejo um lugar mais próximo de teu peito compassivo!... Venho disputar-te o afeto, a companhia permanente!... Pretendo pertencer-te de alma e coração. Jesus sorriu e falou calmo: — Tenho muitos seguidores de longe; aspirarás, por ventura, à posição de discípulo de perto? — Sim Mestre! — exclamou o candidato, embriagado de esperança no poder humano. — Que fazer para conquistar semelhante glória?

O Divino Amigo, que lhe sondava os recônditos escaninhos da consciência, esclareceu, pausadamente: — O aprendiz de longe pode crer e descrer, abordando a verdade e esquecendo-a periodicamente, mas o discípulo de perto empenhará a própria vida na execução da Divina Vontade, permanecendo, dia e noite, no monte da decisão. O seguidor de longe provavelmente entreter-se-á com muitos obstáculos a lhe roubarem a atenção, mas o companheiro de perto viverá em suprema vigilância. O de longe se sente com liberdade para buscar honrarias e prazeres, misturando-os com as suas vagas esperanças no Reino de Deus, mas o de perto sofrerá as angústias do serviço sacrificado e incessante. O de longe se dispõe de recursos para encolerizar-se e ferir; o de perto se armará, através dos anos, de inalterável paciência para compreender e ajudar. O de longe alegará dificuldades para concentra-se na oração, experimentando sono e fadiga; o de perto, contudo, inquietar-se-á pela solução dos trabalhos e caminhará sem cansaço, em consoante vigília. O de longe respirará em estradas floridas, demorando-se na jornada quando deseje; o de perto, porém, muita vez seguirá comigo pelo atalho espinhoso. O de longe dar-se-á pressa em possuir; o de perto, no entanto, encontrará o prazer de dar sem recompensa. O de longe somente encontra alegria na prosperidade material; o de perto descobre a divina lição do sofrimento. O de longe padecerá muitos melindres; o de perto se encherá de fortaleza para perdoar sempre e recomeçar o esforço do bem, quantas vezes se fizerem necessárias. O de longe não cooperará sem honras; o de perto servirá com humildade, obscuro e feliz.

O de longe adiará os seus testemunhos de fé e amor perante o Pai; o de perto, entretanto, estará pronto a aceitar o martírio, em obediência aos celestes desígnios, a qualquer momento. Após longa pausa, fixou em Efraim os olhos doces e indagou: — Aceitarás mesmo assim? O candidato, algo confundido, refletiu, refletiu e exclamou: — Senhor, os teus ensinos me

deslumbram!... Vou à Casa de Deus agradecer ao Santo dos Santos e volto, dentro de uma hora, a fim de abraçar-te o sublime apostolado, sob juramento!... Jesus aceitou-lhe o amplexo efusivo e ruidoso, despediu-se dele sorrindo, mas Efraim, filho de Atad, nunca mais voltou. Mensagem extraída do livro: Pontos e Contos.

TEREZA NESTOR DOS SANTOS Advogada Trabalhista

3449-2434/ 3654-2407/ 9284-4325 Rua Armando Binotti, 58 - V. Bussocaba Osasco - SP Entrada pela lateral do prédio digite ramal 30

12 FRATERNO Osasco

| Ciência, Filosofia e Conseqüências Morais | Edição 54 | Julho/Agosto

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