fraterno “Fé inabalável é somente aquela que pode encarar a razão, face a face, em qualquer época da humanidade” Allan Kardec
9 anos Divulgando a Doutrina Espírita
osasco
Jornal Bimestral | Edição 55 | Ano IX | Setembro/Outubro de 2012
ESTUDO SOBRE POLÍTICA E ESPIRITISMO “Deveria ser motivo de escândalo um país ser muito bem cotado na balança comercial de exportação e ter, ao mesmo tempo, irmãos pelas ruas passando fome, frio e toda sorte de necessidades”. Veja nesta edição
Editorial Um olhar para a política....................................... 2 mensagem Confiança na vida .................................................. 2 eventos................................................... 3 discutindo a bíblia Cristo e as pedras..................................................... 3 escola Violência na escola.................................................... 4 o espírito na escola Ser, o verbo do espírito.......................................................5 cultura espírita Estudo sobre política e espiritismo..........6, 7 e 8 doutrina A caridade maior .....................................................................8 comportamento O ato de bocejar na casa espírita..................... 9 comportamento Elitização do espiritismo...................................... 10 momento fraterno Dia das Crianças - dia de todos nós!.......... 11 MemóriaS de chico xavier............ 11 moral Cristã A petição de Jesus................................................ 12
“Errar é humano, mas quando a borracha se gasta mais depressa que o lápis, você está positivamente exagerando”. (J. Jenkings) Distribuição gratuita | jornalfraterno@gmail.com
| editorial
| mensagem
Um olhar para a política
Confiança na vida
Q
uando se fala em polí- baseada nos ensinamentos o envolvimento com política, tica, logo nos vem à morais de Jesus, situa o homem é importante que se diga que mente a algazarra da no centro dos acontecimentos temos o dever moral de contriépoca das eleições que o envolvem na sociedade, buir em sociedade na medida com carros de som e cartazes dando ferramentas e cobrando de nossos conhecimentos e espalhados pela cidade, alarde- uma postura mais atuante para capacidades. Não fazer o mal, ando as promessas de campanha lidar com todas essas mazelas mas não fazer o bem é um ato de cada candidato. sociais que, em última análise, de omissão, e toda omissão é tida Atualmente temos direito ao originam-se da ignorância e do como falta de responsabilidade. voto, conquistado com muitas endurecimento espiritual do ser, O Espiritismo não se opõe à lutas, mas houve tempo em que com consequências coletivas. política enquanto ferramenta de não tínhamos esse direito asseOs ensinamentos evangélicos progresso e administração social, gurado, estando, então, sujeitos de Jesus convidam-nos ao cum- mas é frontalmente contrário às às escolhas feitas conforme os primento do dever e a busca de práticas politiqueiras e sectárias, interesses das classes dominantes, um padrão de comportamento resultantes do orgulho e do pois o voto era privilégio destas. onde possamos nos caracterizar egoísmo, que separam e rotulam Cur i o s am e nte, ap ó s grupos que deveriam lutar tantas lutas, não damos a por ideais comuns. Deveria ser motivo de devida importância que a Em nosso mundo e em escândalo um país ser política tem em nossa vida. especial em nosso país, é Política é uma atividade imperiosa a necessidade muito bem cotado na humana proveniente do intede uma reflexão urgente e balança comercial de lecto que, através da comuaprofundada sobre a contriexportação e ter, ao mesmo buição social que cada um nicação, congrega pessoas em torno de um objetivo de nós pode oferecer, ou seja, tempo, irmãos pelas ruas comum. Então, fazemos polído exercício da política que passando fome, frio e toda nos cabe no sentido de bem tica a todo o momento em nosso cotidiano, seja ao comescolher, participar e cobrar sorte de necessidades partilharmos opiniões que os resultados propostos. Urge formam opiniões, ou quando que superemos as tendências influenciamos diretamente o como pessoas de Bem (vide O tão verde e amarelas do “jeitinho rumo dos acontecimentos através Evangelho segundo o Espiri- brasileiro”, do paternalismo, da de nossas opiniões. tismo). passividade perante os aconteO espírita, enquanto ser consO Evangelho é um maravi- cimentos e da acomodação que ciente e encarnado em socie- lhoso código social e político todos temos na visão estreita de dade, tem muito a contribuir válido em todos os tempos. Logo, nossa rotina diária. para divulgar e realizar na prática fazer política, no sentido da arte Deveria ser motivo de escânpolítica. de governar, não dispensa a dalo um país ser muito bem A Doutrina Espírita, como valiosa contribuição do Espiri- cotado na balança comercial ciência, filosofia e religião, nos tismo; ao contrário, é dependente de exportação e ter, ao mesmo dá fundamentação cristã, lógica desta contribuição para dar um tempo, irmãos pelas ruas pase racional para o enfrentamento sentido moral e humano a essas sando fome, frio e toda sorte de dos obstáculos da existência atividades. necessidades. material e dos grandes desafios Para bem governar, é necesDefinitivamente, um país rico sociais da modernidade, quais sário bem servir, como dizia o é um país de igualdade. sejam: a violência, o desemprego, Mestre Jesus. Melhor servidor é Somente assim, conhecendo, as drogas, a desigualdade social, aquele que atua com sabedoria refletindo, opinando, agindo é a desagregação da família, o e amor. A sabedoria impulsiona o que vamos dar a nossa contribuidesrespeito ao direito de acesso homem pelos caminhos da vida ção consciente e responsável para aos bens da terra, da destruição e o amor torna esses caminhos uma nova ordem social que traga da natureza, do desrespeito à vida menos espinhosos. melhoria e progresso espiritual a e ao indivíduo, e do progresso. Em vista da polêmica que todos, indistintamente. Ainda a Doutrina Espírita, persiste nos meios espíritas sobre O EDITOR
T
Por Emmanuel
emos hoje, em toda parte da Terra, um problema essencial a resolver: a aquisição da paz de espírito, em que se desenvolvem todas as raízes da solução aos demais problemas que sitiam a alma. Que diretrizes, porém, adotar na obtenção de semelhante conquista? Usar a força, impor condições, armar circunstâncias? Não desconhecemos, no entanto, que a tensão apenas consegue impedir o fluxo das energias criadoras que dimanam das áreas ocultas do espírito, agravando conflitos e mascarando as realidades profundas de nossa vida íntima, habitualmente imanifestas. A paz de espírito, ao contrário, exclui a precipitação e a inquietude, para deter-se e consolidar-se na serenidade e no entendimento. Para adquiri-la, por isso mesmo urge entregar as nossas síndromes de ansiedade e de angústia à providência invisível que nos apoia. As ciências psicológicas da atualidade nomeiam esse recurso como sendo “o poder criativo e atuante do inconsciente”, mas, simplificando conceitos a fim de adaptá-los ao clima de nossa fé, chamemos-lhe “o poder onisciente de Deus em nós”. Render-nos aos desígnios de Deus, e confiar a Deus as questões que nos surjam intrincadas no cotidiano, é a norma exata da tranquilidade suscetível de garantir-nos equilíbrio no mundo interno para o rendimento ideal da vida. Colocar à conta de Deus a parte obscura de nossa caminhada evolutiva, mas sem desprezar a parte do dever que nos compete. Trabalhar e esperar, realizando o melhor que pudermos. Fé e serviço, calma sem ócio. Pensemos nisso e alijemos o fardo dos agentes destrutivos de ódio, ressentimento, culpa, condenação, crítica ou amargura que costumamos arrastar no barro da hostilidade com que tratamos a vida, tanta vez arruinando tempo e saúde, oportunidade e interesses. Fundamentemos a nossa paz de espírito numa conclusão clara e simples: Deus que nos tem sustentado, até agora, nos sustentará também de agora para diante. Em suma, recordemos o texto evangélico que nos adverte sensatamente: “Se Deus é por nós, quem poderia se contra?”
FRATERNO, jornal bimestral contendo: Ciência, Filosofia e Conseqüências Morais, com sede no “Centro Espírita Seara de Jesus”, Rua Allan Kardec, 173, Vila Nova Osasco, Cep 06070-240, Osasco, SP. searadejesus@yahoo.com.br; Jornalista responsável: Bráulio de Souza - MTB 20049; Coordenação/Direção/Redação: Eduardo Mendes; Revisores: Luciana Cristillo Mendes, Jussara Ferreira da Silva e Giovanna Camila Ramalho; Financeiro: Alexandre Silva Melo; Diagramação: Jovenal Alves Pereira; Captação: Manoel Rodilha; Impressão: Gráfica Yara; Tiragem: 10.000 exemplares; Distribuição: Osasco e Grande São Paulo; e-mail: jornalfraterno@gmail.com; Telefones: (011) 3447-2006/7165-6437 ou (011) 3688-2440
2
FRATERNO Osasco | Ciência, Filosofia e Conseqüências Morais | Edição 55 | Setembro/Outubro
jornalfraterno@gmail.com
| discutindo a bíblia
| eventos
Cristo é a pedra angular da igreja e nós, a pedra de tropeço
Blog Cristão Espírita O endereço é o seguinte: http:// cristaoespirita.blogspot.com/ lá os leitores encontrarão um dicionário espírita prefaciado pelo autor. É gratuito e está dentro do contexto espírita.
J
esus é a pedra angular do Cristianismo. O que se opõe ao seu Evangelho é do anticristo ou da pedra de tropeço (1 João 4:2; e São Mateus 16:23). Pela nossa evolução espiritual atual, nós nos identificamos mais com o nosso ego ou a pedra de tropeço, em prejuízo do nosso homem interior, nas palavras de São Paulo (2 Coríntios 4:16). Ciente disso, Jesus nos ensinou que buscássemos antes as coisas do reino dos céus, e que as outras são acrescentadas (Lucas 12:31). As causas do mal no mundo se ligam intrinsecamente às coisas da pedra de tropeço. Todos os sistemas político-sociais devem seus fracassos, em grande parte, ao nosso egoísmo. Os poderosos dos regimes políticos capitalistas e comunistas sempre cuidaram, primeiramente, quando não só, dos seus próprios interesses. E nos comunistas a coisa foi pior, pois não só o grande aparato policial, mas também o das forças armadas estiveram sempre a serviço dos interesses dos maiorais do poder, já que eram esses próprios maiorais do poder comunista que comandavam esse poderoso aparato policial e militar repressivo. Nos
regimes capitalistas, como vimos, essas coisas da pedra de tropeço ocorrem também, porém as forças armadas não estão sob o controle direto dos maiorais do poder econômico, mas do governo, além de reinar a liberdade de imprensa, sinônimo de democracia. E nem as questões espirituais escapam ao nosso maldito ego. Às vezes, oramos e fazemos o bem, só porque queremos ganhar o céu! Mas, um dia, todos chegaremos ao nível evolucional espiritual e moral de desapego de Jesus, de São Francisco de Assis, São Vicente de Paulo, Gandhi, pastor Martin Luther King, Teresa de Calcutá, irmã Dulce, Eurípedes Barsanulfo, Bezerra de Menezes, Chico Xavier etc., e de muitos outros anônimos do passado e do presente. Chegaremos lá, porque somos filhos amados de Deus, e só poderemos ter, pois, um destino venturoso, daí as reencarnações: “Até que todos cheguemos à perfeita varonilidade, à medida da estatura da plenitude de Cristo” (Efésios 4:13). Esse ensino paulino, além de nos deixar otimistas com a nossa salvação (libertação), mostra-nos que a nossa evolução espiritual e moral é uma realidade.
E também Jesus ensinou: “Conhecereis a verdade e ela vos libertará”. Observemos que os dois verbos do texto estão no futuro, o que nos dá também uma ideia da realidade da nossa evolução e de que o nosso futuro é promissor, ou seja, de que é mesmo de salvação e não de condenação, que só existe temporariamente. Nós, pelo nosso livre-arbítrio, somos responsáveis pelo que nos ocorre, temporariamente falando. Deus não nos teria dado o livre-arbítrio, se ele fosse como que uma espécie de anzol traiçoeiro para nós, levando-nos à desgraça irremediável e para sempre! Ademais, tudo o que Deus faz dá certo. Assim, jamais Ele poderia criar um filho seu para permanecer definitivamente identificado com a pedra de tropeço e suas consequências dolorosas. Pelo contrário, Deus predestinou a todos nós para, um dia, vivermos os postulados da pedra angular do Cristianismo e a consequente e eterna felicidade perene. Realmente, todos nós, no futuro, seremos salvos, deixando de ser pedras de tropeço, pois o amor com que Deus Pai-Mãe nos criou é infinito e não faz acepção de pessoas!
AUDIOTECA CIRCULANTE BEZERRA DE MENEZES, organização dirigida por nós há mais de 11 anos, que atende gratuitamente Deficientes Visuais de todo o Brasil. Obras inicialmente em Fitas K/7 (mais de 500 títulos) e agora também em CD (mais de 90) e CD/MP3 (mais de 270). Os interessados podem nos contatar por e-mail ou pelo número (051) 2111 3614. Não há despesa alguma. Remessa e retorno das obras pelo sistema CECOGRAMA, do Correio. Outras informações: www. illuminatiportalaudio.com.br – audioteca@illuminatiaudio. com.br - audioteca@superig. com.br
| sexo nos espíritos
Travestismo
A
enciclopédia jurídica leib soibelman comenta sobre travestismo: Costume de usar roupas e adornos do outro sexo. B. - Rinaldo Pellegrini, Sexologia. Morata ed. Madri, 1968. (Nota dos colaboradores da atualização - É um desvio do sexo no qual o indivíduo se sente atraído pelas vestes do sexo oposto. O termo foi usado por Magnus Hirshfeld, enquanto Havelock Ellis o
denomina de eonismo, travestismo ou inversão sexo-estética. Eon foi um personagem histórico como o marquês de Sade, morreu em Londres com a idade de 83 anos depois de passar 49 anos de sua vida como homem e 34 como mulher. Durante muitos anos, o seu sexo era desconhecido, sendo assunto preferido pela sociedade da época. O exame depois da morte revelou tratar-se de um homem. B. - Hélio
LIVRARIA ESPÍRITA MENSAGEIROS DE LUZ
“Faça parte do Clube Espírita, mais de 120 títulos - Lançamentos por apenas R$18,00”
Fone: (011) 3682 - 6767 / 3448 -7386
HORÁRIO DE ATENDIMENTO Segunda à sábado das das 8:30 às 19:00hs. R. José Cianciarulo, 89 - Centro Osasco - SP. - Cep: 06013-040
E-mail: mensageirosdeluz@bol.com.br
(atrás do Compre Bem e ao lado do Hospital Municipal)
jornalfraterno@gmail.com
Gomes, Medicina Legal, ed. Freitas Bastos, Rio, 21ª ed., p. 399). Na certa uma fixação proveniente de vidas passadas, cabe à pessoa portadora dessa disfunção aprofundar seus conhecimentos sobre o que representa a sexualidade física como meio para a paternidade ou a maternidade e concentrar seus esforços na sua sublimação, canalizando sua energia para setores mais importantes para seu futuro espiritual.
• Aulas Particulares • Todas as Matérias Ensinos Fundamental I, II e Médio Preparação para Concursos
Professores Cristiane e Silvio Tel: 2803-3010 - www.ceosasco.com.br e-mail: aulas@ceosasco.com.br
Programa “O ESPIRITISMO ENSINA” Meus caros amigos, nosso programa “O Espiritismo Ensina”, é levado ao ar todas as terças-feiras das 17h às 18h30, pela Web Rádio Umen no endereço que segue: http:// www.umen.org.br/. Coordenação e apresentação de Francisco Rebouças e Suzane Câmara. Não deixe de prestigiar mais esta feliz iniciativa, que tem por finalidade o estudo e a difusão da nossa Doutrina e das notícias do nosso movimento espírita. Participe do programa, enviando sua mensagem através do e-mail: participeumen@hotmail. com. Estamos esperando seu contato!
• Reiki-Master • Reiki • Regressão • Florais de Bach • Reflexologia • Auriculoterapia • Shiatsu • Târot Egípcio Curso livre de formação de Terapeuta (Atendimento com hora marcada.
Fone: (11) 9789-1762 / (11) 6877-9293 e-mail: mhea2011@gmail.com
FRATERNO Osasco | Ciência, Filosofia e Conseqüências Morais | Edição 55 | Setembro/Outubro
3
| escola
Violência na escola Cláudio Bueno da Silva
alunos e dos demais funcionários da escola, que assim podiam desempenhar suas funções sem grandes contratempos. Como em toda escola, havia os problemas corriqueiros, inevitáveis em vista da concentração de crianças e adolescentes, mas tinha também algo de sagrado que os meninos daquele tempo não ousavam afrontar. Raramente as crianças se agrediam com excesso de violência, e, quando isso acontecia, as proporções do fato eram contornáveis. Atualmente, porém, parece que as coisas não são mais assim. Algumas décadas, apenas, se passaram, mas foi o suficiente para esgarçar os
em que o aluno despreza o aprendizado, e vê-se também a intolerância, a perseguição, a agressividade gratuita, gerando medo e insegurança dentro da escola, instituição esta que atravessa uma crise de valores sem precedentes, reflexo da crise moral da sociedade, cuja principal causa está no egoísmo generalizado (1). Joanna de Ângelis, no livro Estudos Espíritas, capítulo “Educação”, psicografia de Divaldo P. Franco, explica o porquê dessa crise: “Atualizada (a escola) através de experiências de liberdade exagerada (...), vem pecando pela libertinagem que (essa liberdade) enseja, porquanto, em se fundamentando em filoso-
exceções, a um passo da alucinação e do suicídio.” Estas observações de s circunstâncias costuJoanna de Ângelis, ditadas por volta mam nos colocar frente do ano 1982, continuam atualíssimas. a frente com o nosso Segundo Allan Kardec, “Cabe passado. E esse reenà educação combater as más tencontro acidental acaba dências (do homem e, por extentrazendo à mente cenas que ficaram são, da sociedade), e ela o fará guardadas no espírito por muito de maneira eficiente quando se tempo. basear no estudo aprofundado da Foi o que ocorreu comigo outro natureza moral do homem. Pelo dia, quando precisei passar em frente conhecimento das leis que regem ao velho colégio onde me alfabetiessa natureza moral, chegar-se-á zei, tomei gosto pelo estudo, pela a modificá-la, como se modificam leitura, convivi e aprendi durante a inteligência pela instrução e as muitos anos. condições físicas pela higiene” (2) Parei diante dos portões e a (parênteses do autor). sensação foi intensa. Gostaria de ter Quando os responsáveis pelos podido entrar para percorprocessos educativos aplirer de novo o mesmo chão carem, com conhecimento por onde tantas vezes andei, de causa, tanto no lar quanto Quando, aos promotores da educação, forem subir as escadarias de acesso na escola, princípios morais mais familiares as ideias relativas aos verdadeiros às salas, circular pelo pátio que regeneram pensamendebaixo das velhas árvores tos e atitudes, aí se verão objetivos da vida, e quando for natural o conhecimento que ainda lá estão, que me resultados p ositivos no da lei da reencarnação, verão eles que o educando é pareciam tão grandes e que campo das relações humavi agora, do lado de fora, nas, a começar pela infânum ser que retoma o processo de aprendizagem no serem de fato, frondosas e cia. Quando conhecerem “a muito altas. novo corpo, se predispondo com essa retomada, arte de manejar os caracEm rápidos momentos, teres, como se conhece a não só a se preparar para a vida social, mas revi na memória o rosto de de manejar as inteligências, vários dos meus colegas da principalmente, a avançar mais no progresso poder-se-á endireitá-los” (3). época. Lembrei também de Quando, aos promotores espiritual, juntando valores superiores que servirão alguns professores, includa educação, forem mais sive pelos seus nomes: dona familiares as ideias relativas para esta e para outras vidas, no futuro Glória, dona Davina, dona aos verdadeiros objetivos da Antonieta, senhor Nelson, vida, e quando for natural o senhor Sidney... valores que se cultuavam respeitosa- fias materialistas, não percebe no conhecimento da lei da reencarnaAs recordações¬ me levaram mente, senão por total convicção, ao educando um espírito em árdua luta ção, verão eles que o educando é de volta àquele ambiente severo e menos por educação social. de evolução, mas um corpo e uma um ser que retoma o processo de digno que, como menino, pressentia Os noticiários mostram, com mente novos a armazenarem num aprendizagem no novo corpo, se ser importante. Não sei se as coisas frequência, o triste espetáculo que cérebro em formação e desenvolvi- predispondo com essa retomada, não ganhavam amplitude por sermos crianças e jovens protagonizam mento a herança cultural do passado só a se preparar para a vida social, mas crianças, o fato é que havia ali, além hoje, envolvendo suas escolas e e as aquisições do presente, com principalmente, a avançar mais no das brincadeiras infantis, natural- famílias em verdadeiros vexames hora marcada para o aniquilamento, progresso espiritual, juntando valores mente, um ar de respeitabilidade e morais. Uma realidade com a qual após a transposição do portal do superiores que servirão para esta e até de certa veneração. professores, pais e autoridades estão túmulo... Nesse sentido, conturbadas para outras vidas, no futuro. Recordo-me que obedecer não tendo dificuldades em lidar. Além e infelizes redundaram as tentativas (1 e 3) Questão 917 de O Livro dos Espíritos, nos humilhava e cumprir as regras dos antigos problemas estruturais mais modernas no campo educade Allan Kardec, LAKE Editora. parecia ser a continuação do que ligados ao ensino, há hoje o estigma cional, produzindo larga e expres(2) “Resumo teórico do móvel das ações fazíamos em casa. Acho que isso da violência, em muitas das suas siva faixa de jovens desajustados, humanas”, em O Livro dos Espíritos, item devia ajudar bastante o trabalho formas de manifestação: a começar inquietos, indisciplinados, qual a 872, LAKE Editora, trad. J. Herculano Pires. dos professores, dos inspetores de por uma espécie de autoviolência, multidão que ora desfila, com raras
A
ÓTICA CARISMA Venha nos fazer uma visita. Telefone: 4164-4269 Avenida Corifeu de Azevedo Marques, 130. Carapicuíba - Centro (próximo ao Hospital Alpha Med)
4
João J. Sanches - ME Impressos em geral Av. Maria Campos, 388 - Centro - Osasco-SP Fone: 3681-6590 Fax.: 3681-1263
A
nuncie aqui! SEJA NOSSO PATROCINADOR Esse espaço está reservado para o sua publicidade!
LIGUE: 3447- 2006 E FALE DIRETO CONOSCO
FRATERNO Osasco | Ciência, Filosofia e Conseqüências Morais | Edição 55 | Setembro/Outubro
jornalfraterno@gmail.com
| o espírito na escola
Ser, o verbo do espírito
E
Dalmo Duque dos Santos
speramos que essas poucas páginas, certamente uma opor tunidade dada por amigos espirituais generosos, possam ter alguma utilidade no trabalho dos nossos colegas educadores de boa vontade, principalmente como repercussão de ajuda para os alunos e suas famílias. Pedimos desculpas e tolerância pelos erros identificados pelos colegas mais experientes e a atenção de todos os que buscam, como nós, algumas respostas que o conhecimento tradicional não proporciona. Trata-se de uma reflexão sobre alguns problemas da educação na atualidade sob a ótica espiritual, baseada em nossa vivência escolar iniciada em 1986, na cidade de São Paulo. Não é uma visão religiosa, mas puramente filosófica, de intenção moral, sem moralismo. Somamos, também, como muita alegria, o tempo dedicado à divulgação doutrinária, a partir de 1979, na Baixada Santista, como expositor em trabalhos de assistência espiritual e cursos sistematizados para jovens e adultos. Nesse tempo, talvez insignificante se comparado às grandes realizações missionárias, aprendemos como funciona um dos mais eficientes meios de educação: o aliciamento espiritual, ou seja, a capacidade de seduzir pelo exemplo e atrair para o nosso ideal aqueles que estão ideologicamente neutros, indecisos, insatisfeitos ou em situação oposta, adversária. Na polaridade comportamental vulgar, o aliciamento é atividade ilícita, proibida, pois é faca de dois gumes, magia dúbia e perigosa. Na transformação comportamental em ambiente materialista, o aliciamento espiritual também é proibido, muitas vezes ilícito e inconveniente, do ponto de vista político e ideológico. Porém é autêntico, “sim, sim; não, não”, pois deve ser feito com convicção, consciência e responsabilidade em relação aos objetivos pretendidos. Nas parábolas de Jesus, os aliciadores aparecem sempre
dessa forma: chegam sem avisar para surpreender seus alvos, enfraquecendo suas resistências diante de propostas transformadoras. Foi dessa forma que ele seduziu os discípulos, que se transformaram mais tarde em apóstolos. A expressão “pescar almas” define muito bem o processo de aliciamento espiritual, no qual não se usa palavras vazias, nem argumentos ilusórios, mas atitudes autênticas que repercutem como exemplos ou propostas diretas. Ao contrário das palavras ocas e propostas sofismáticas, que só atingem a superfície intelectual da mente, o aliciamento espiritual, embora indireto e subjetivo na linguagem, atinge, pelo exemplo, os sentimentos, e estes estão mais próximos da ação e da consequente transformação. E foi exatamente isso que fomos percebendo ao tentarmos difundir a espiritualidade. A timidez, a cautela e o medo sempre nos impedia de falar e argumentar sobre o assunto em lugares neutros e proibidos, mas sempre aparecia oportunidades para a abordagem sutil, além dos mecanismos racionais defensivos, localizados no campo mais íntimo das necessidades mais profundas do ser e da existência. Essas janelas nem sempre estão abertas para os olhares interesseiros do proselitismo, mas sempre escancaradas para os olhares interessados da exemplificação. O Espiritismo, como ideia filosófica, surgiu no século XIX e logo gerou um intenso movimento social, pela ação dinâmica do seu fundador, Allan Kardec, e seus colaboradores. Fundaram então a Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas e logo depois a Revista Espírita, onde faziam experiências, estudavam a doutrina e divulgavam para a opinião pública as informações a respeito de tudo o que acontecia na França e nos demais países onde existiam núcleos espíritas. Assim, sempre entendemos que o Espiritismo e o seu movimento possuem uma relação dinâmica de causa e efeito. Quem assimila integralmente os conhecimentos espíritas coloca
Telefone 8342-2503
Shopping Center Primitiva Rua Dona Primitiva vianco, 244 - 3 andar - Centro Osasco - SP - e - mail www.fschool.com.br jornalfraterno@gmail.com
inevitavelmente em prática esses princípios, cada qual com seus ritmos e limites. Assimilar integralmente não é somente se apropriar intelectualmente das teorias espíritas, pois isso é apenas um aspecto parcial da aprendizagem. Somente quando o conhecimento passa da fase do pensamento e atinge a fase do sentimento e da ação é que ocorre essa integração. Do contrário, ficamos apenas na teoria, nos livros, conversas, palestras, congressos, ou seja, na superfície intelectual e, consequentemente, não colocamos em prática essas ideias. Colocar em prática significa vivenciar, experimentar nas ações reais, em forma de atitudes e expressão de sentimentos. Quem possui experiência vivencial de Espiritismo sabe do que estamos falando e sabe que essa doutrina só se propaga de maneira autêntica na sociedade quando os espíritas dão autênticos exemplos de conduta, e não apenas quando difundem suas ideias. É dessa forma que enxergamos a presença da Espiritualidade nos ambientes não espiritualizados. E nas escolas essa presença vivencial atualmente torna-se imprescindível, pois os discursos teóricos, como todos os demais, não têm repercussão de autenticidade significativa. Por isso, o melhor veículo para divulgação da Espiritualidade nas escolas não são os programas, os currículos, muito menos os conteúdos filosóficos. O melhor veículo é o próprio educador, que é simultaneamente portador de todo esse aparato intelectual e detentor de algo mais valioso, que é o seu próprio exemplo moral. De todas essas experiências, a que pretendemos destacar aqui é a Educação Vivencial, forma peculiar e intransitiva que, a nosso ver, melhor funciona na difusão das ideias de espiritualidade fora dos centros espíritas. Nos Quatro Pilares para a Educação do Futuro, elaborados pela UNESCO (1), há uma grande abertura para esse tipo de educação. Esses pilares (aprender a Conhecer, Fazer, Conviver e Ser) são
Acupuntura, Drenagem Linfática, Nutrição e Aulas de Culinária Saudável
Praça Padroeira do Brasil, 155 Jd. Agú • Osasco • SP – espaço.goji@yahoo.com.br 11 3681-4160 • 11 9534-8606 • 11 7567-0162 www.espacogogi.com.br
mais do que verbos idealizados, mas verdadeiros instrumentos práticos e transformadores da pessoa, inspirados por inteligências espirituais superiores. Muitos educadores ficam perplexos com a precisão e a síntese desses princípios, mas se frustram porque logo percebem que tais ideias não conseguem ser aplicadas nas escolas, pelos motivos e obstáculos que todos nós conhecemos. São ideias tão simples e inteligentes que provocam a desconfiança e o desdém dos burocratas, acostumados com as coisas complicadas e ineficientes. Uma escola nova, de estrutura simples e compacta, de mentalidade aberta e corajosa certamente conseguiria colocar em prática esse fabuloso currículo dos Quatro Verbos. Neles, encontramos a possibilidade de domínio da tecnologia material, de extensão do corpo biológico; e também a tecnologia psíquica, extensão da mente ou do núcleo individual do Espírito. Ali não estão contempladas apenas as experiências intelectuais, mas também as complexas vivências do Ser Eterno. Aprender a Ser é um verbo dinâmico, que abre inúmeros caminhos para o progresso do Espírito. Trata-se do autoconhecimento, ferramenta principal da evolução da espécie humana. Na experiência carnal, na infância e na juventude, o espírito não é, como aparenta, indiferente ou impermeável aos apelos de transformação mental e moral. Crianças e jovens são realmente terrenos distantes e de difícil acesso, porém muito férteis e aptos para receber sementes de valores que só irão germinar no tempo futuro, na maturidade e na velhice, período em que vão enfrentar as provas mais difíceis e dolorosas da existência. Mais ainda, na experiência pós-morte, essa habilidade é fundamental para a adaptação do espírito em mundos onde não existem as aparências lógicas, predominando certamente a total transparência psicológica. (1) Educação, um tesouro a descobrir. Relatório Jacques Delors. Unesco.
DENTISTA CIRURGIÃO - Dr. Ari Couto Filho - CRO 12010 Rua Tenente de Avelar Pires de Azevedo, 82 - Centro 06016-060 - Oasaco - SP - Fone/Fax: (011) 3685-1036
FRATERNO Osasco | Ciência, Filosofia e Conseqüências Morais | Edição 55 | Setembro/Outubro
5
| cultura espírita
Estudo sobre política e espir
P
olítica é bem mais abrangente do que a prática politiqueira e está presente em tudo que o homem realiza. Todos nós somos políticos, e isso o filósofo grego Aristóteles já dizia há 2000 anos. Política é toda atividade que praticamos com o objetivo de influenciar os acontecimentos, e fazemos política com muita frequência, mesmo não tendo consciência disso. Quando falamos sobre o governo ou do partido tal ou do ministro tal, estamos tentando fazer a cabeça dos outros, que por sua vez tentarão fazer a de outros contribuindo para formar a chamada “opinião pública”. O Evangelho apresenta a mais elevada fórmula de vida político-administrativa aos povos da Terra, e o Espiritismo em seus aspectos científico, filosófico e religioso tem muito a ver com a compreensão e organização da sociedade, a fim de que ela seja mais justa e amorosa. O Brasil sempre foi alvo de muitas esperanças. Falava-se em país do futuro, em berço da nova civilização e, nos meios espíritas, em “Coração do Mundo e Pátria do Evangelho”. Porém a nossa mais pungente realidade é ainda de ignorância e dependência de quem não faz questão de pensar, de atuar, de se responsabilizar. Nós, brasileiros, nunca demonstramos grande empenho para alcançar concretamente esses títulos. A sociedade brasileira é dependente do Estado, a esperar que esse paternalismo nos sustente com tantas bolsas quanto possível. Notoriamente, o brasileiro não tem apego a valores como democracia, liberdade e igualdade. Não tem tradição de participação, de reivindicação de direitos, tampouco de cumprimento de deveres éticos, já que usamos fartamente o famoso “jeitinho” para fazermos as coisas acontecerem a nosso contento. Temos o governo que ainda
merecemos por nosso nível intelecto-moral; aprendamos a exercer cidadania, direitos e deveres usando nosso livre-arbítrio com lucidez, e todo esse panorama vergonhoso será gradativamente banido de nossa história. Em interessante trecho de um conto de Richard Simonetti, encontramos a ilustração disso: “Logo após a 2ª Guerra Mundial, dois homens almoçavam num restaurante londrino. A carne estava racionada, cada cliente só podia comer um bife. Um deles, brasileiro, após saborear o seu, pediu outro ao garçom. Este lhe disse que não poderia atendê-lo, em face da restrição vigente. Nosso patrício sorriu, superior: — Norma ingênua. Posso entrar em um outro restaurante e comer mais um bife. O garçom, imperturbável: — Sem dúvida, o senhor pode fazer isso. Um inglês não faria.” O Brasil só vai poder dizer-se Pátria do Evangelho quando der os primeiros passos na construção de uma sociedade realmente democrática, justa e fraterna, quando, enfim, nós brasileiros percebermos que a integramos e assumirmos posturas éticas e racionais; isso inclui ser político, informado e articulado o suficiente para que possamos ajudar na melhoria social. Afirmamos que todo cidadão omisso é irresponsável e inconsequente, seja espírita ou não. Algumas pessoas, no meio espírita, reagem de maneira negativa e, às vezes, até assustadas quando se fala em política, demonstrando desinformação e preconceito. Caso nós, espíritas, assumíssemos e apoiássemos uma postura política estribada na verdade e no Evangelho, acima de quaisquer ideologias ou partidos, faríamos muito melhor à Causa, pois a sociedade absorveria o produto de nossa participação ética e moralizada.
Sua segurança começa aqui!!!
ALARMES BRASIL “Monitoramento 24 horas”
Rua Dr. Armando de Arruda Pereira, 95 Jd. Ipê - Osasco (SP)Fone 3694-3355
6
O que têm feito as Instituições Espíritas para favorecer o processo de conscientização sócio-política dos seus frequentadores? O espírita tem em suas mãos instrumentos poderosos de participação e para auxiliar na mudança de mentalidade de seus adeptos. Sabemos que Kardec recomendou aos centros que deixassem de lado as questões políticas. Mas essa afirmação significa que não devemos trazer para o centro espírita as campanhas e militâncias partidárias, pois o lugar para o seu exercício é no seio das agremiações e locais respectivos. Assim, jamais o Espiritismo, como Doutrina, e o Movimento Espírita, como prática, poderão dar guarida a um partido político em seu seio, por exemplo: Partido Social Espírita, Partido Espírita Cristão, etc. Entretanto, as questões políticas decorrem dos próprios princípios do Espiritismo. Quando se fala em reforma moral, em mudança de visão do mundo, em desapego dos bens materiais e até mesmo em prática da caridade, fala-se sobre política. Principalmente, quando se fala em transformação da sociedade, como aparece a todo momento na Codificação, estamos falando de política: “Em que consiste a missão dos Espíritos Encarnados? - Em instruir os homens, em lhes auxiliar o progresso; em lhes melhorar as instituições, por meios diretos e materiais” (Questão n º 573 de O Livro dos Espíritos). Deve-se entender, então, que não pode o espírita alienar-se no seio da sociedade em que vive, com a desculpa de que Espiritismo e Política não têm nada que ver, pois é preciso lembrar que a vida material e a vida espiritual são dimensões contínuas da própria Vida. O plano espiritual não está em compartimento estanque, à distância das misérias humanas — começa exatamente onde estamos.
ESCOLA DE FUTEBOL
Av. dos Autonomistas, 2323 Tel.3683-0600
A
Para o espírita, essa ação política deve ser sempre inspirada nos princípios expressos pelo Evangelho, que o levam a amar e, nesse caso, amar é desejar o bem; logo, a exteriorização política do Amor é a expressão do querer bem e do agir para o bem de todos.
EDUCAÇÃO - O Espiritismo trabalha com a educação e isso é extremamente político, pois muda nossa forma de ver o mundo e de agir nele. Não estaremos fazendo política no aspecto partidário, mas sim auxiliando n a co n s c i e n O verdadeiro cri tização dos espíritas sobre o Evangelho den como entender apenas o que re a sociedade e agir nela de uma e sentenças, nã forma crítica e os braços de consciente. Qual o posimundo arruina cionamento pelos vícios, pel de um espírita frente a quespelo eg tões como violência, menores abandonados, educação, desemprego, racismo, discriminação social? O que podemos fazer em nosso âmbito para combater esses problemas? Não adianta querer ser espírita no plano espiritual, mas sim na realidade concreta, enfrentando esses problemas do cotidiano. EMPREGO - O Espiritismo valoriza o trabalho como uma ação social e espiritual, pois o homem dele participa com seu corpo e espírito, não importando se a atividade é chamada manual ou intelectual. Portanto, nenhum homem, em boas condições físicas e mentais, pode ser alijado do trabalho, pois trata-se da evolução do homem.
nuncie aqui! SEJA NOSSO PATROCINADOR Esse espaço está reservado para o sua publicidade!
LIGUE: 3447- 2006 E FALE DIRETO CONOSCO
FRATERNO Osasco | Ciência, Filosofia e Conseqüências Morais | Edição 55 | Setembro/Outubro
jornalfraterno@gmail.com
ritismo
REPRODUÇÃO, FAMÍLIA - Planejamento familiar e a reprodução no ser humano. O espírita, de forma individual, e o Movimento Espírita, de maneira coletiva, precisam estar atentos à defesa dos fundamentos morais que preservem a nobre e elevada instituição do casamento e da família. Para isso, utilizará os meios e instrumentos lícitos e morais, associando-se a outras instituições e organizações que tenham o mesmo objetivo. Assim poderá se contrapor à onda avassaladora de sensualidade e as diversas tentativas de legalização do aborto. O planejaistão, o que tem mento familiar é ntro de si, e não uma decisão rese consepete versículos ponsável ciente perante ão pode cruzar a sociedade tal qual se apre entro de um senta e faz com qu e esp ír i tos ado e poluído numa la imoralidade e encarnem família, sendo recebidos com goísmo amor, caridade e consciência. USO DOS BENS DA TERRA - É um direito de todos os homens, e é questão problemática e negligenciada pelos sucessivos governos. O Espiritismo não justifica aqueles que vivem da exploração do semelhante, que pretendem os benefícios da civilização só para si. O Homem não merece censura por desejar o seu bem-estar, desde que não seja conseguido com o prejuízo do outro e não prejudique as próprias forças físicas ou morais. Todo ser humano tem direito ao bem-estar. Logo, está errada e é injusta a sociedade em que apenas alguns gozam do bem-estar, O espírita deve, mesmo com sacrifício, agir conscientemente para
que, na sociedade humana, todos tenham o necessário para o seu progresso. PRESERVAÇÃO DA NATUREZA - Em nosso planeta, cada vez mais assolado pela exploração natural irresponsável, são cada vez mais frequentes flagelos como inundações, epidemias e secas. Esses flagelos invariavelmente levam a dor e o sofrimento a grande parte das populações; credita-se ao egoísmo responsabilidade direta, traduzido no privilégio de minorias, o qual impede que recursos avançados da ciência e da técnica sejam aplicados de forma a eliminar ou diminuir os efeitos danosos e dolorosos destes flagelos. Todas as vezes que o espírita constatar a destruição da natureza em função do lucro que os sistemas econômicos exigem, deverá associar-se às vozes que clamam contra tal destruição. Para isso, dará apoio e participação ao partido político, aos movimentos ecológicos, às organizações estudantis e outras que lutam contra a destruição desregrada. Diz a Constituição do Brasil no artigo 5º: “LXXIII – qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise anular ato lesivo do patrimônio público (...) ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural...” PARTICIPAÇÃO ATIVA - O espírita tem o dever de participar ativa e conscientemente na sociedade em que vive, a omissão e a ociosidade que venham a alimentar qualquer tipo de isolamento social, produzirão sempre a inutilidade, o fanatismo ou o egoísmo rotulado de pureza ou santidade. O homem tem necessidade de progredir, de desenvolver suas potencialidades e isso ele só pode fazer vivendo em sociedade, sendo necessário que a sociedade esteja estruturada a fim de que todos que a compõem tenham tal possibilidade.
Lição magna do Evangelho é aprender a amar o seu próximo e não explorá-lo física, intelectual e sentimentalmente. Esse amor deve ser traduzido de forma concreta. Não apenas dar esmola ao pobre e pedir-lhe paciência, acolher o velho desamparado no asilo, agasalhar a criança órfã ou abandonada, mas agir para que o AMAI-VOS UNS AOS OUTROS se efetive através do direito que todo ser humano tem de possuir o necessário: alimentação, vestuário, casa, saúde, trabalho, lazer e educação trazendo a todos o progresso material e o progresso espiritual. Sabemos que, na escala de necessidades humanas, um homem com fome, doente e sem trabalho não tem como utilizar eficazmente sua inteligência e nem ter voos de reflexão e intuição para enfrentar racional e dignamente os desafios da vida encarnada. JUSTIÇA E LIBERDADE - Leis injustas, ainda num arremedo do que poderia ser verdadeiramente a Justiça, podem retardar o progresso, mas não anulá-lo. Para o Espiritismo, o homem não goza de absoluta liberdade quando vivendo em sociedade, porque uns precisam dos outros. A liberdade depende da fraternidade e da igualdade. Onde houver uma convivência fraterna, exteriorizada em amor e respeito, acatando-se o direito do próximo, haverá a prática da justiça e, consequentemente, existirá liberdade. A liberdade não se confunde com a devassidão que solta as rédeas dos instintos. A liberdade de consciência é uma característica da civilização em seu mais avançado estágio de progresso. Todavia, é evidente que uma sociedade para manter o equilíbrio, a harmonia e o bem-estar precisa estabelecer normas, leis e regulamentos portadores de sanções.
Nada se lhes deve opor por meio da violência e da força, mas dos princípios do Direito. Para o Espiritismo, os meios fazem parte dos fins; não se pode pretender o amor, a justiça, a liberdade, agindo por meios violentos, odiosos, injustos e coativos: “A justiça consiste em cada um respeitar os direitos dos demais” (Questão nº 875 de O Livro dos Espíritos). O Espiritismo nos diz que o amor e a caridade completam a lei de justiça, pois quando amamos o próximo, desejamos fazer-lhe todo o bem que nos seja possível, da mesma forma como gostaríamos que nos fosse feito. Sob tal enfoque, afirmou Jesus: “Amai-vos uns aos outros”. Segundo Jesus, a caridade não se restringe à esmola, ela abrange todo o relacionamento humano. É de se ver a amplitude que, assim, assume a caridade, impondo para seu aparecimento o exercício da lei de justiça. Depreende-se, pois, que sem justiça não há caridade. PROGRESSO - As revoluções morais, como as revoluções sociais, infiltram-se nas ideias pouco a pouco. Elas como que germinam durante longo tempo e subitamente irrompem, desmoronando instituições, leis e costumes do passado, e são realização do progresso. Compreende-se, por tudo isso, a importância da participação dos espíritas na sociedade, de uma forma esclarecida e consciente. Para o aprimoramento da sociedade deve-se trabalhar a fim de aumentar o número das pessoas esclarecidas, justas e amorosas, de maneira que suas ações preponderem sobre a dos maus. Daí a reforma íntima não ser condição para isolamento ou alienação, mas compromisso de união com os outros que têm o mesmo ideal de amor e justiça, agindo deliberada e responsavelmente a benefício de todos, e não compactuando com toda situação que promova a desigualdade entre
prestação de serviços, vendas e assistência técnica em micros e notbooks Consultas sobre configuração e orçamentos gratuitos, Montagem de hardweres e softweres operacionais, Formatação e recuperação de sistema.
Contato sem compromisso: wmiurif@bol.com.br
(11) 6181-8183 / (11) 3586-4505 / (11) 3449-2434
Winston Iurif
jornalfraterno@gmail.com
www.agapittokids.com.br – e-mail: escolaagapitto1984@bol.com.br
T E L - 3692-5284 / 3655-2475
FRATERNO Osasco | Ciência, Filosofia e Conseqüências Morais | Edição 55 | Setembro/Outubro
7
| doutrina
A caridade maior
os homens: a riqueza e a pobreza, o luxo e a miséria, o elitismo intelectual e a ignorância. Devemos lutar contra o egoísmo e o orgulho, identificando os múltiplos disfarces com que eles se apresentam, apoiar os movimentos que objetivem a igualdade dos direitos humanos, reconhecendo apenas como válida a desigualdade pelo merecimento decorrente do grau de aprimoramento intelectual e espiritual. O Espiritismo brada veementemente contra a injustiça social, demonstrando a necessidade de se agir por um mundo de Amor e Justiça; entendemos que a desigualdade das riquezas pode se originar na desigualdade das faculdades, como também pode ser fruto da velhacaria e do roubo. Considerando a diversidade das faculdades intelectuais e os caracteres, não é possível a igualdade absoluta das riquezas; no entanto, isso não é impedimento à igualdade de bem-estar. Para tanto, a justiça deve exercer sua tutela a fim de que cada um tenha o que é seu de direito. REFLEXÃO FINAL “E quem governa seja como quem serve”, Jesus (Lucas, 22:26) Nada muda se os políticos não mudarem e, como vimos, políticos somos todos nós. “O verdadeiro cristão, o que tem o Evangelho dentro de si, e não apenas o que repete versículos e sentenças, não pode cruzar os braços dentro de um mundo arruinado e poluído pelos vícios, pela imoralidade e pelo egoísmo”. Há, pois, uma inequívoca contribuição política, sob o aspecto filosófico que o Espiritismo oferece à sociedade humana, a fim de que ela se estruture, organize e funcione em termos de verdade, justiça e amor. O espírita tem que participar e
Venha experimentar a costela mais saborosa de Osasco Rua Machado de Assis, 327 - Bela Vista - Osasco (SP)
Fones: 3685-0646 e 3683-8607 www.costelaria.com.br
8
influenciar na sociedade em que vive, procurando levar às instituições que a estruturam os valores e normas do Espiritismo. Isso é uma participação política. Não pode preocupar-se apenas com a reforma íntima, isolando-se em um “oásis de indiferentismo” pela sociedade em que vive. O caminho pode ser colocar novos princípios em prática nas famílias, instituições, escolas, igrejas, em todos os grupos sociais, de forma que muitos movimentos sociais comecem a demonstrar a viabilidade de novas soluções. A polêmica ideia de que o Brasil está destinado a cumprir o papel de “Coração do Mundo e Pátria do Evangelho” sempre foi acompanhada de reflexões muito entusiastas. Se ele realmente tem uma missão histórica a realizar, então é preciso começar a pensar o Brasil de um ponto de vista mais realista. Só assim poderemos cumpri-la. Quase todos os homens se atiram à conquista dos postos de autoridade e evidência, mas geralmente se encontram excessivamente interessados com as suas próprias vantagens no imediatismo do mundo. O grande desafio do espírita consciente é participar ativamente desse movimento de transformação social, buscando politizar-se para escolher melhor; esclarecer amigos e familiares sobre o voto consciente; participar de grupos de ação comunitária, além do centro espírita; votar com amor para eleger os mais moralizados e lutar por uma sociedade fraterna, objetivo este eleito como um ideal a ser atingido. Preponderar sobre os maus é apenas uma questão de vontade. Foi a esta conclusão que chegou Martin Luther King, ao afirmar: “Não há nada mais trágico neste mundo do que saber o que é certo e não fazê-lo. Não posso ficar no meio de todas essas maldades sem tomar uma atitude.”
A
A
o Homem que alcançara o céu, pedindo orientação sobre as tarefas de benemerência social que pretendia estender na Terra, o Anjo da Caridade falou compassivo:
te reserva! Caridade e servir sem descanso, ainda mesmo quando a enfermidade sem importância te convoque ao repouso; cooperar espontaneamente nas boas obras, sem aguardar o convite dos outros; não incomodar quem trabalha; aperfeiçoar-se alguém naquilo que faz para ser mais útil; suportar sem revolta a bílis do companheiro; auxiliar os parentes, sem reprovação; rejubilar-se com a prosperidade do próximo; resumir a conversação de duas horas em três ou quatro frases; não afligir quem nos acompanha; ensurdecer-se para a difamação; guardar o bom humor, cancelando a queixa de qualquer procedência;
Volta ao mundo e cumpre, de boa vontade, as obrigações que o destino te assinalou! Para que te sintas de pé, cada dia, milhões de vidas microscópicas esforçam-se em tua carne, garantindo-te o bem-estar... Cada órgão e cada membro de teu corpo amparam-te, abnegadamente, para que te faças abençoado discípulo da civilização. Os olhos identificam as imagens que já podes perceber, livrando-te da desorA experiência aclara o caminho dem interior. Os ouvidos sele- de quantos lhe adquirem o cionam sons e vozes para que não vivas tesouro de luz. Recolhe as desorientado. crianças desvalidas, ampara os A língua auxilia-te a expressar os pen- doentes, consola os infelizes e samentos, enriquesocorre os necessitados cendo-te de sabedoria. As mãos realizam-te os sonhos, engrandecendo-te e respeitar cada pessoa e cada coisa o caminho na ciência e na arte, no na posição em que lhes é própria... progresso e na indústria. E porque o Homem ensaiasse Os pés sustentam-te a máquina inoportunas indagações, o Anjo física para que te não arrojes à concluiu: inércia. A boca mastiga os alimentos Volta ao corpo e age para que te não condenes à inação. incessantemente no bem! Os pulmões asseguram-te o ar Não percas um minuto em puro contra a asfixia. descabidas inquirições. Conduze O estômago digere as peças os problemas que te atormentam com que nutriras o próprio sangue. o espírito ao teu próprio trabalho e O fígado gera forças vitais que o teu próprio trabalho os liquidará... te entretém a harmonia orgânica. A experiência aclara o camiO coração movimenta-se sem nho de quantos lhe adquirem o parar, escorando-te a existência. tesouro de luz. Recolhe as crianças Vives da caridade de inúmeras desvalidas, ampara os doentes, vidas inferiores que te obedecem consola os infelizes e socorre os a mente. necessitados. Não olvides, pois, Torna, pois, ao teu lugar em que a execução de teus deveres que o Senhor te situou e satisfaze para com o próximo será sempre as tarefas imediatas que o mundo a tua caridade maior.
nuncie aqui! SEJA NOSSO PATROCINADOR Esse espaço está reservado para o sua publicidade!
LIGUE: 3447- 2006 E FALE DIRETO CONOSCO
Precisa de um imóvel? Procureno-nos
Rua João Crudo, 214 - CEP 06090-000 Centro - Osasco - SP Tel: 3682-5770 (tronco) – www.saccoimoveis.com.br
FRATERNO Osasco | Ciência, Filosofia e Conseqüências Morais | Edição 55 | Setembro/Outubro
jornalfraterno@gmail.com
| comportamento
O ato de bocejar na casa espírita
U
m dos fenômenos que chama a atenção dos observadores atentos é o bocejo que muitas pessoas apresentam quando estão nos centros espíritas. Muito já se falou a respeito, mas quase ninguém conseguiu dar uma explicação lógica para o fato. Em nossas reuniões mediúnicas, observamos que nas ocasiões em que os médiuns estão sob má influência, eles bocejam com certa frequência. Alguma coisa acontece com a organização físico-perispiritual dessas pessoas, provocando o fenômeno. Ve r i f i c a m o s t a m b é m q u e dep ois de darem passividade mediúnica, os bocejos cessam imediatamente, o que mostra que a causa se liga diretamente à fenomenologia da mediunidade. Allan Kardec, em O Livro dos Espíritos, demonstrou que os fluidos perispirituais podem concentrar-se em alguns órgãos conforme a necessidade momentânea de cada criatura. Assim, por exemplo, se uma pessoa está correndo, os fluidos perispirituais estarão concentrados nos setores mais solicitados do corpo físico, tendo em vista o exercício em questão. Acontece o mesmo com outras atividades orgânicas. Um outro momento em que o ser humano boceja é quando está com sono. Qual seria o mecanismo para essa ocorrência? Talvez, se explicarmos uma coisa, poderemos encontrar a resposta para a outra. Pensamos que uma hipótese pode ser levantada para explicar tanto o fenômeno natural quanto o mediúnico. É a do desequilíbrio fluídico do perispírito. Achamos que o relógio biológico do organismo também funciona no corpo perispiritual. Aprendemos que o corpo físico
A
é uma cópia grosseira do perispírito e, por isso, reflete toda a sua estrutura e mecanismos de funcionamento. Quando vamos dormir, alguma coisa nos coloca em condições para que o sono possa se estabelecer. Possivelmente, é o relógio biológico que controla o fenômeno da sonolência física. Em determinados momentos e em certas situações, esse controlador natural do ser humano deve acionar um mecanismo, fazendo com que haja uma concentração fluídica na área do cérebro, provocando um torpor na percepção da pessoa, predispondo ao sono. Essa concentração fluídica parece provocar o bocejo natural. Ao ch e gar o m o m ento de dormir, é comum b ocejarmos algumas vezes antes de nos entregarmos ao sono. É sinal de que está chegando a hora de repousar o corpo físico que se encontra esgotado. Depois que dormimos, o inconsciente assume as funções biológicas do organismo físico e o espírito, em alguns casos, pode libertar-se das amarras que lhe prende à carne e até ter experiências no além. Durante o repouso, a situação fluídica perispiritual tende ao equilíbrio, fazendo com que, ao despertar, a criatura tenha uma agradável sensação de bem-estar. No caso do bocejo provocado por espíritos, possivelmente ocorre algo parecido, por meio das ligações entre o espírito desencarnado e o médium. Temos conhecimento de que essas ligações se fazem através do psiquismo. Quando um medianeiro está sob má influência ou prestes a dar passividade a uma entidade desajustada, seu psiquismo fica como que impregnado de fluidos pesados, o que provoca um torpor mental semelhante ao sono físico, fazendo-o bocejar. Já tivemos a oportunidade de receber tais tipos de influências
nuncie aqui!
nas atividades mediúnicas que desenvolvemos regularmente, e nos foi possível sentir como elas agem, contaminando o orga nismo perispiritual intensamente. Os bocejos são frequentemente seguidos de um forte lacrimejamento, e a sensação é de profundo mal-estar. Normalmente tais fenômenos ocorrem no período que antecede as atividades mediúnicas, principalmente no momento em que se está estudando o Evangelho. Depois do intercâmbio mediúnico, as impressões penosas cessam quase que imediatamente. Isso prova que elas estão ligadas à presença ostensiva de influências magnéticas baixas, que levam o perispírito do médium ao desequilíbrio fluídico. A “sujeira” energética concentra-se junto ao cérebro perispiritual e provoca um torpor artificial. Quando observamos o fenômeno do bocejo nas sessões mediúnicas, geralmente ele está ligado a certas manifestações mediúnicas que vão acontecer na reunião. Não são todas as manifestações de entidades necessitadas que provocam os bocejos. Nos casos pesquisados por nós, verificamos que se tratavam de espíritos muito desesperados ou francamente maus que es tav am junto dos médiuns. E m o u t r a s s i t u a çõ e s , n o s momentos que antecedem a palestra, por exemplo, observamos que o passe pode atenuar as ocorrências do bocejo. Ao derramar sobre o necessitado os fluidos salutares dos bons espíritos, eles expulsam os fluidos malsãos que causam os bocejos, oriundos da atividade obsessiva. Uma outra circunstância em que ocorrem os bocejos é nas ocasiões de benzimentos. Existem um grande número de senhoras, chamadas benzedeiras, que aplicam passes em crianças
Natação, Inglês, Judô, Balé, Iniciação Esportiva, Artes, Música, culinária, horticultura
SEJA NOSSO PATROCINADOR Esse espaço está reservado para o sua publicidade!
LIGUE: 3447- 2006 E FALE DIRETO CONOSCO jornalfraterno@gmail.com
recém-nascidas que apresentam uma contaminação fluídica, popularmente chamada “quebranto” ou “mau-olhado”. O problema da criança acontece quando pessoas adultas, que possuem uma atmosfera fluídica malsã, ficam com a criança no colo por muito tempo. A energia ruim que circunda a pessoa contamina a atmosfera espiritual da criança. Isso deixa o bebê irritado, prejudica o seu sono e em certas situações pode causar desarranjos orgânicos. Aos estudiosos mais conservadores, pode parecer que estamos falando de fantasias, mas a experiência demonstra que os fatos são reais e perfeitamente explicáveis pela Doutrina Espírita. Depois de alguns passes, normalmente a criança afetada volta à sua normalidade. Nada se faz de mais, a não ser derramar o fluido salutar dos bons espíritos sobre a atmosfera malsã da criança, limpando-a dos fluidos nocivos. Algumas benzedeiras têm o hábito de atrair o “mal” para elas. Depois de ministrarem o passe na criança, começam a bocejar seguidamente. Afirmam que estão “limpando” a criança, mas na verdade o que fizeram foi agir com o pensamento, atraindo o fluido nocivo para a sua própria atmosfera psíquica, gerando na área do cérebro perispiritual o desequilíbrio fluídico que provoca os bocejos. Em todas as crendices populares existe um mecanismo da grande ciência do Espiritismo, que pode ser pesquisado por observadores. Pode-se afirmar, com certeza, que toda pessoa que boceja seguidamente no momento da reunião mediúnica, se não estiver sob a influência do cansaço, está sob má influência espiritual. A investigação mediúnica desses fenômenos pode ser objeto de estudo das casas espíritas sérias.
JESUINA DO AMARAL JORQUEIRA Meio período e integral.
3 BERÇARIO 3 MATERNAL 3 JARDIM 3 PRÉ
Rua Antonia Bizarro, 248 - Bela Vista - Osasco - SP - F:3683-8428
Acabamento Gráfico
3655-5505 6644-9603 9 6 9 7 -1 5 4 9
fones:
José Queid Tufaile Huaixan
e-mail: felllixacabamento@globo.com
FRATERNO Osasco | Ciência, Filosofia e Conseqüências Morais | Edição 55 | Setembro/Outubro
9
| comportamento
Cobrança de taxas e elitização do espiritismo
A
Jorge Hessen
llan Kardec escreveu na Revista do Espiritismo de novembro de 1858, que “jamais devemos dar satisfação aos amantes de escândalos. Entretanto, há polêmica e polêmica. Há uma ante a qual jamais recuaremos — é a discussão séria dos princípios que professamos.” É isto a que chamamos polêmica útil, pois o será sempre que ocorrer entre gente séria, que se respeita bastante para não perder as conveniências. Podemos pensar de modo diverso sem diminuirmos a estima recíproca. Que os dirigentes espíritas, sobretudo os comprometidos com órgãos “unificadores”, compreendam e sintam que o Espiritismo veio para o povo e para com ele dialogar, conforme lembrava Chico Xavier. Devemos primar pela simplicidade doutrinária e evitar tudo aquilo que lembre castas, discriminações, evidências individuais, privilégios injustificáveis, imunidades, prioridades, industrialização dos eventos doutrinários. Os eventos devem ser realizados, gratuitamente, para que todos, sem exceção, tenham acesso a eles. Os Congressos, Encontros, Simpósios etc., precisam ser estruturados com vistas a uma programação aberta a todos e de interesse do Espiritismo, e não para servirem de ribalta aos intelectuais com titulação acadêmica, como um “passaporte” para traduzirem “melhor” os conceitos kardecianos. Não há como “compreender o Espiritismo sem Jesus e sem Kardec para todos, com todos e ao alcance de todos, a fim de que o projeto da Terceira Revelação alcance os fins a que se propõe.” (1) “A presença do elitismo nas atividades doutrinárias (...) vai expondo-nos a dogmatização dos conceitos espíritas na forma do Espiritismo para pobres, para ricos, para intelectuais, para incultos.” (2) Infelizmente,
alguns se perdem nos labirintos das cialmente espíritas, deveremos nós, promoções de shows de elitismo nos os militantes na doutrina, assumir chamados “Congressos”. Patrocinam as responsabilidades, evitando criar eventos para espíritas endinheirados constrangimentos naqueles que, de e, sem qualquer inquietação espi- uma ou de outra maneira, necessitem ritual, sem quaisquer escrúpulos, de beneficiar-se para, em assimilando cobram altas taxas dos interessa- a doutrina, libertarem-se do jogo das dos, momento em que a ideia tão paixões, encontrando a verdade. O almejada de “unificação” se perde dar de graça, conforme de graça nos no tempo. Conhecemos uma Fede- chega, é determinação evangélica rativa que chega a desembolsar R$ que não pode ser esquecida, e qual90.000,00 (noventa mil reais) — isso quer tentativa de elitização da cultura mesmo, 90 mil! — para promover doutrinária, a detrimento da generalievento destinado a três, quatro, cinco zação do ensino a todas as criaturas, mil pessoas. A pergunta que não quer é um desvio intolerável em nosso c alar é: ser á comportamento que o Espiriespírita.” (3) Se não nos tismo necessita As Federadesses eventos tivas Espíritas precavermos, daqui “grandiosos”? devem envidar a pouco estaremos Cobrar taxa em todos os esforeventos espíços para que em nossas Casas ritas é incorrer não haja necesEspíritas apenas nos mesmíssisidade de qualmos e seculares falando e explicando o quer cobrança erros da Igreja, e taxa de Evangelho de Cristo às dinscrição que, ainda hoje, dos cobra todo tipo pessoas laureadas por p ar t i cip ante s de serviço que Congressos, títulos acadêmicos ou de presta à socieexceto em casos dade. É a elitizaextremos (o que intelectuais ção da cultura não é desejável, doutrinária. o b v i a m e n te), Sobre isso, Divaldo Franco elu- procurando fazer frente aos custos cida na Revista O Espírita, edição de do evento. Para essa tarefa devem 1992, o seguinte: “é lentamente que buscar viabilizar, previamente, os os vícios penetram nos organismos recursos financeiros através de cotiindividuais e coletivos da sociedade. zação espontânea de confrades bem A cobrança desta e daquela natureza, aquinhoados. Realizar promoções, repetindo velhos erros das religiões doutrinariamente, recomendáveis ortodoxas do passado, caracteriza-se para angariar fundos. Os dirigentes ambição injustificável, induzindo- devem preservar o Espiritismo contra -nos a erros que se podem agravar os programas marginais, atraentes e, e de difícil erradicação futura. Temos aparentemente, fraternistas, que nos responsabilidade com a Casa Espírita, desviam da rota legítima para as falsas deveres para com ela, para com o veredas em que fulguram nomes próximo e, dentre esses deveres, o pomposos e siglas variadas. da divulgação ressalta como uma das A Doutrina Espírita é o convite mais belas expressões da caridade à liberdade de pensamento, tem que podemos fazer ao Espiritismo, movimento próprio; por isso, urge conforme conceitua Emmanuel, deixar fluir naturalmente, seguindoatravés da mediunidade abençoada -lhe a direção que repousa, invariade Chico Xavier. Nos eventos essen- velmente, nas mãos do Cristo. Chico
Um estudo eficaz e independente para o seu filho
matemÁtica - portuguÊs - inglÊs - japonÊs Concentração - Hábito de Estudo - Raciocínio Lógico Unidade: Osasco - Centro - (011) 3683 - 8841
10 FRATERNO Osasco
A
nuncie aqui! SEJA NOSSO PATROCINADOR Esse espaço está reservado para o sua publicidade!
LIGUE: 3447- 2006 E FALE DIRETO CONOSCO
Xavier já advertia, em 1977, que “É preciso fugir da tendência à ‘elitização’ no seio do movimento espírita (...), o Espiritismo veio para o povo. É indispensável que o estudemos junto com as massas mais humildes, social e intelectualmente falando, e deles nos aproximarmos (...). Se não nos precavermos, daqui a pouco estaremos em nossas Casas Espíritas apenas falando e explicando o Evangelho de Cristo às pessoas laureadas por títulos acadêmicos ou intelectuais (...).” (4) Não reprovamos os Congressos, Simpósios, Seminários, encontros necessários à divulgação e à troca de experiências, mas a Doutrina Espírita não pode se trancar nas salas de convenções luxuosas, não deve se enclausurar nos anfiteatros acadêmicos e nem se escravizar a grupos fechados. À semelhança do Cristianismo dos tempos apostólicos, o Espiritismo é dos Centros Espíritas simples, localizados nos morros, nas favelas, nos subúrbios, nas periferias e cidades satélites de Brasília; e não nos venham com a retórica vazia de que estamos propondo, neste artigo, alguma coisa que lembre um tipo de “elitismo às avessas”. Graças a Deus (!), há muitos Centros Espíritas bem dirigidos em vários municípios do País. Por causa desses Núcleos Espíritas e médiuns humildes, o Espiritismo haverá de se manter simples e coerente no Brasil e, quiçá, no Mundo, conforme os Benfeitores do Senhor o entregaram a Allan Kardec. Assim, esperamos! Fontes: (1) Cf. entrevista concedida ao Dr. Jarbas Leone Varanda e publicada no jornal uberabense O Triângulo Espírita, de 20 de março de 1977, e no livro Encontro no Tempo, org. Hércio M.C. Arantes, Editora IDE/SP/1979. (2) Editorial da Revista O Espírita, ano 11, número 57-jan/mar/90. (3) Revista O Espírita/DF, ano 1992, seção “Tribuna Espírita” – Divaldo Responde -, pág. 16. (4) Entrevista concedida ao Dr. Jarbas Leone Varanda e publicada no jornal uberabense O Triângulo Espírita, de 20 de março de 1977, e publicada no livro Encontro no Tempo, org. Hércio M.C. Arantes, Editora IDE/SP/1979.
Recicla BR Comércio e Reciclagem Empresarial e-mail: contato@recicla.srv.br Telefone Comercial: (011) 2922-7079 Nextel: (011) 7882-7018 / ID: 15*3556
| Ciência, Filosofia e Conseqüências Morais | Edição 55 | Setembro/Outubro
jornalfraterno@gmail.com
| momento fraterno
Dia das Crianças - dia de todos nós!
A
migos leitores, Considerando a proximidade do mês de outubro, quando comemoramos o Dia das Crianças, resolvi escrever um pouco sobre estes pequeninos irmãos que nos acompanham na nossa vida terrena. Também quero fazer um convite para, juntos, revivermos as aventuras da nossa infância, as nossas brincadeiras, a nossa coragem, a nossa criatividade e tantas outras características que nos impulsionavam para a vida! Numa inquietude insistente, as crianças dominam todos os ambientes de uma casa e chamam a atenção de todos que estão à sua volta. O sorriso é constante e a alegria que transmitem tira qualquer adulto do sério. Quando experimentamos a companhia de uma criança, não nos imaginamos mais sozinhos. Aquele som constante das suas brincadeiras toma conta de todos nós, e o silêncio passa a nos incomodar. Penso que, quando Deus coloca uma criança para diariamente participar da nossa vida, Ele nos dá a oportunidade de voltarmos no tempo e de, também, nos tornarmos crianças. Este exercício nos remete a um tempo em que éramos livres, não tínhamos medo, não havia preocupações mais sérias, os dias eram tranquilos e aproveitados minuto a minuto. Naquela época, tínhamos a liberdade de brincar na rua juntos dos amiguinhos da vizinhança. Não passava um dia sem que nos reuníssemos para colocar a nossa criatividade em prática e desenvolver as brincadeiras mais incríveis: pique latinha, mãe de rua, queimada, pula corda, bicicleta, pipas, dentre tantas outras. Nos dias de chuva e frio, éramos obrigados a ficar dentro de casa e, para passar o tempo, desafiávamos a nossa criatividade. Com cobertores, montávamos cabanas no quarto com a ajuda das camas-beliches que tínhamos. A televisão, algo tão
inacessível para nós, era substituída por revistas e gibis, enquanto que uma pequena lanterna ajudava na iluminação necessária. Em outros momentos, conseguíamos transformar o quarto numa verdadeira pista de corrida, onde as listras dos cobertores nos serviam de ruas nas quais os nossos carrinhos eram desafiados para mais uma largada. Nossas brincadeiras só terminavam ao cair da noite. Muitas vezes com os pés sujos e o corpinho suado, reclamávamos quando éramos chamados para voltar às nossas casas e nos limparmos para o descanso merecido. O cansaço era tanto, que logo pegávamos no sono e, no dia seguinte, além das atividades da escola, lá estávamos nós no meio da rua novamente pulando, correndo, rindo, suando e nos divertindo. A nossa alimentação era simples, quase sempre preparada em casa e as refeições sempre aconteciam na companhia de outras crianças. Pipoca, sorvete e algodão doce eram as guloseimas preferidas. A fruta predileta era a banana, também a mais acessível. Uma característica da nossa época é que as famílias eram maiores e muitas crianças eram criadas juntas, o que significa dizer que, quando recordamos da nossa infância, sempre temos histórias para contar sobre os nossos irmãos, amiguinhos de jornada. Eles nos faziam companhia, eram os coadjuvantes da nossa infância. De manhã, acordávamos uns aos outros, pois o dia só teria sentido se os nossos irmãos estivessem do nosso lado, nos acompanhando na “árdua” tarefa de ser criança. Aquilo que não sabíamos fazer, eles que nos ensinavam. Desde a ajuda nas lições de casa até a bala de açúcar derretido para aquela vontade de comer um docinho, os irmãos estavam sempre presentes. Dividíamos as guloseimas e os brinquedos, e até o bichinho de estimação pertencia a todos os irmãos.
PRESENTEIE um amigo COM UM LIVRO ESPÍRITA
Faça Frutificar no coração de um irmão a mensagem do Mestre Jesus
LEIA KARDEC E COMPREENDA JESUS
jornalfraterno@gmail.com
Sentíamos a falta um dos outros. Por mais travessos que fôssemos, sempre havia um irmão para dividir a culpa com a gente ou para nos defender quando precisávamos. Hoje, a vida das crianças é muito diferente da nossa quando éramos pequeninos. Não ousaria dizer que não há diversão para elas atualmente. Mas diria que são momentos muito diferentes. Atualmente as crianças passam mais tempo sem a companhia de outras crianças, pois muitas vezes são filhos únicos, o que torna as brincadeiras isoladas. A tecnologia, entre os seus prós e contras, colocou as crianças em frente às televisões e as tirou dos parquinhos de diversão, onde podiam compartilhar as atividades com outras crianças, agora passando a conviver mais dentro das casas com os adultos. As brincadeiras ao ar livre foram aos poucos perdendo o lugar para a televisão e os video games. Mas, independente da diferença entre a nossa infância e a infância nos tempos atuais, a verdade é que a energia, a coragem, a criatividade, a naturalidade e a inocência são características de todas as crianças, e sempre estarão presentes nestes pequenos irmãos. Também é verdade que as crianças alegram as nossas vidas e nos dão esperança para o futuro, esperança que se estende a todas as nações. E um dia, serão elas que cuidarão de nós, enquanto se lembram dos momentos felizes que passaram na infância. Enquanto carregam em seus braços outros pequeninos seres, expressão do amor de Deus e da vida que continua, lembrarão dos seus pais e irmãos, dos amiguinhos, dos bichinhos de estimação, das tias da escola e das brincadeiras de criança. E, ao olharem para o espelho, desejarão voltar no tempo! Que o Dia das Crianças traga recordações maravilhosas a todos! Um grande abraço!
NEGÓCIOS IMOBILIÁRIOS LTDA.
COMPRA/VENDE/ALUGA/ADMINISTRA
Avenida Aurora Soares Barbosa, 425 VilaCampesina - Osasco SP- CEP:06023-010
PABX:3683-8890
Memórias de Chico Xavier
“Não vejo puro ‘Astralismo’ no Espiritismo, de vez que todos nós, os espíritas-cristãos, nos reconhecemos no trabalho incessante, neste mundo mesmo, atentos como devemos estar ao serviço de sustentação de nossos grupos domésticos, qual acontece a quaisquer pessoas que prezem conscientemente as suas obrigações próprias. E as tarefas, muitas vezes, pesadas e sacrificiais, de apoio e manutenção das instituições assistenciais diversas que nos vinculam à melhoria de nossa vida comunitária (...), em face de minha pequenez, reconheço que, para mim, em nossos tempos, ‘devo estar suficientemente maduro para construir a mim mesmo’, conforme as instruções de Jesus, ante as perspectivas do Terceiro Milênio, considerando-se que, mesmo na condição de espírito desencarnado, precisarei enfrentar semelhantes perspectivas. No entanto, confesso que ainda estou lutando – e muito – a fim de colocar as construções de minha vida íntima ao nível dos conhecimentos que os Benfeitores Espirituais, por imensa bondade, me ofertaram, através dos livros e das mensagens que escrevem por minhas mãos. Sinto-me em luta comigo mesmo, luta esta que defino com estas palavras: Sei o que devo ser e ainda não sou, mas rendo graças a Deus por estar trabalhando, embora lentamente, por dentro de mim próprio, para chegar, um dia, a ser o que devo”.
Website: alphaxradiologia.com.br e-mail: alphax@alphaxradiologia.com.br Unidade Alphaville: Alameda Rio Negro, 1084- Lj. 8 Edifício Plazza Térreo - Cep: 06454-000
Fone/Fax (11) 4195-0393/4191-7032
FRATERNO Osasco | Ciência, Filosofia e Conseqüências Morais | Edição 55 | Setembro/Outubro
11
| moral cristã
A petição de Jesus
E
Jesus, retido por deveres constrangedores, junto à multidão, em Cafarnaum, falou a Simão, num gesto de benção: — Vai, Pedro! Peço-te! Vai à casa de Jeremias, o curtidor, para ajudar. Sara, a filha dele, prostrada no leito, tem a cabeça conturbada e o corpo abatido... Vai sem delonga, ora ao lado dela, e o Pai, a quem rogamos apoio, socorrerá a doente por tuas mãos. Na manhã ensolarada, pôs-se o discípulo em marcha, entusiasmado e sorridente com a perspectiva de servir. À tarde, quando o sol cedia as últimas posições à sombra noturna, vinha de retorno, enunciando inquietação e pesar no rosto áspero. — Ah, Senhor! — Disse ao Mestre que lhe escutava os apontamentos — Todo esforço baldado, tudo em vão! — Como assim? E o apóstolo explicou amargamente, qual se fora um odre de fel a derramar-se: — A casa de Jeremias é um antro de perdição... Antes fosse um pasto selvagem. O abastado curtidor é um homem que ajuntou dinheiro a fim de corromper-se. De entrada, dei com ele bebericando vinho no paiol, a cuja porta bati, na esperança de obter infor maç ã o p ar a demandar o recinto doméstico. Não parecia um patriarca, e sim um gozador desavergonhado. Sentava-se na palha de trigo e, de momento a m o m ento, co lav a os láb i os ao gargalho de pesada garrafa, desferindo gargalhadas, ao pé de serva bonita e jovem, que se refestelava no chão, positivamente embriagada... Ao re ceb er- me, começou perguntando quantos piolhos trago à cabeça e acabou mandando-me ao primogênito... Saí a procura de Zoar, o filho mais idoso, e achei-o enfurecido,
no jogo de dados em que perdia largas somas para conhecido traficante de Jope. Acolheu-me aos berros, explicando que a sorte da irmã não lhe despertava o menor interesse... Por fim, expulsou-me aos coices, dando a ideia de uma fera solta no campo... Afastava-me, apressado, quando esbarrei com a dona da casa. Dei-lhe a razão da minha presença; contudo, antes de atender-me, passou a espancar esquelética menina, alegando que a criança havia lhe surrupiado um figo, enquanto a pequena chorosa tentava esclarecer que a fruta havia sido devorada por galos de estimação... Somente após ensanguentar a vítima, resolveu a megera designar o aposento em que poderia avistar-me com a filha enferma... Ante o olhar melancólico do ouvinte, o discípulo prosseguiu: — A dificuldade, porém, não ficou nisso... Visivelmente transtornada por bagatela, a velha sovina errou na indicação, pois entrei numa alcova estreita, onde fui defrontado por Josué, o filho mais moço do curtidor, que mergulhava a mão num cofre de joias. Desagradavelmente surpreendido, fez-se amarelo de raiva, acreditando decerto que eu não passava de alguém a serviço da família, a fim de espionar-lhe os movimentos. Quando ergueu o braço para esmurrar-me, supliquei-lhe considerasse a minha situação de visitante em missão de paz e socorro fraterno. Embora contrafeito, conduziu-me ao quarto da irmã. Ah! Mestre, que tremenda desilusão! Não duvido de que se trata de uma doente, mas, logo que me viu, a estranha criatura se tornou inconveniente, articulando gestos indecorosos e pronunciando frases indignas... Não aguentei mais... Fugi, horrorizado e regressei pelo mesmo caminho. O bs er v an d o qu e o A mi g o
Sublime se resguardava, triste e silencioso, volveu Simão, após comprido intervalo: — S enh o r, nã o f ui, a c as o, bastante claro! Porventura, não terei procurado cumprir-te honestamente os desejos! Seria justo, Mestre, pronunciar o nome de Deus, ali, entre vícios e deboche, avareza e obscenidade! Jesus, porém, depois de fitar longamente o céu, a inf lamar-
-se de lumes distantes, ficou no companheiro o olhar profundamente lúcido e exclamou com serenidade: — Pedro, conheço Jeremias, a esposa e os filhos, há muito tempo! Quando te incumbi de ir ao encontro deles, apenas te pedi que auxiliasses! Mensagem extraída do livro Cartas e Crônicas, cap 3.
TEREZA NESTOR DOS SANTOS Advogada Trabalhista
3449-2434/ 3654-2407/ 9284-4325 Rua Armando Binotti, 58 - V. Bussocaba Osasco - SP Entrada pela lateral do prédio digite ramal 30
12 FRATERNO Osasco
| Ciência, Filosofia e Conseqüências Morais | Edição 55 | Setembro/Outubro
jornalfraterno@gmail.com