Revista Conexão Bahia 199

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DEVOLUÇÃO GARANTIDA

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40 anos de empreendedorismo na Bahia

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Expediente Publicação do Sebrae Bahia, nº 199, Dezembro de 2012 Filiada à Aberje

Presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae Bahia João Martins da Silva Júnior Diretor-superintendente Edival Passos Souza Diretores Lauro Alberto Chaves Ramos Luiz Henrique Mendonça Barreto Unidade de Marketing e Comunicação

Coordenação Cássia Montenegro (DRT 1052) Equipe Alice Vargas, Mauro Viana, Priscila Mafra, Rafael Pastori, Rodrigo Rangel, Vanessa Câmera. Estagiários: Ceres Martins, João Aguiar Neto, Daniele Silva. Revisão Gustavo Rozario Edição Carla Fonseca Reportagens Anaisa Freitas, Carla Fonseca, Carlos Baumgarten, Cristhiane Castro, Fátima Emediato, Juliana Souza, Laiana Menezes, Maria Clara Lima, Gustavo Rozario, Lúcio Andrade, Maurício Maron, Marta Erhardt, Rodrigo Rangel, Nara Zaneli, Silvia Torres, Tamara Leal e Verena Santana. Fotografia Mateus Pereira Capa Solisluna Design Editora

Reformulada, Conexão valoriza quem acredita Este ano, o Sebrae completa 40 anos. Momento mais que oportuno para entregarmos, a você, uma nova Revista Conexão. Com 19 anos e 198 edições, a publicação contou muitas histórias de desafios, de lutas, de superação, de sucesso e de sonhos que se tornaram realidade e se integraram à historia do próprio Sebrae. Gente que acreditou e realizou. Levamos informações sobre projetos, produtos, serviços e disseminamos conhecimento, com o objetivo de contribuir para o desenvolvimento de quem é Empreendedor Individual, dos empresários, dos pequenos produtores rurais e de quem deseja iniciar um pequeno negócio. A renovação da Revista Conexão valoriza um dos maiores patrimônios

Projeto Gráfico, Design e Editoração Solisluna Design Editora Impressão Gráfica Santa Bárbara Tiragem 15.000 exemplares Cartas Sebrae – Unidade de Marketing e Comunicação Rua Horácio Cézar, 64, Dois de Julho Salvador, Bahia CEP: 40060-350 marketing@ba.sebrae.com.br Telefones 71 3320.4558 / 4367 Fax 71 3320.4496 Agência Sebrae de Notícias www.ba.agenciasebrae.com.br Jornal Sebrae, Ano I, Nº I A Revista Conexão iniciou sua história como informativo Jornal Sebrae em abril de 1993. Em setembro de 2003, passou a ser Jornal Conexão, transformando-se revista apenas em janeiro de 2006.

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Edival Passos Diretor-superintendente do Sebrae Bahia desde 2007

do Sebrae Bahia: gente que acredita no seu sonho e que tudo vai dar certo, sem se abater com obstáculos. Com nova linha editorial e gráfica, mais leve, moderna e dinâmica, as reportagens priorizam as histórias de vida e os casos de sucesso dos homens e mulheres que fazem o empreendedorismo na Bahia. As mudanças da Revista Conexão confirmam e valorizam a busca pela inovação, criatividade e conhecimento como uma das principais características do Sebrae desde sua origem. Ao longo dos anos, a Instituição mudou e evoluiu, sem jamais deixar de seguir sua missão de promover a competitividade e o desenvolvimento sustentável das micro e pequenas empresas e fomentar o empreendedorismo. Esta vocação nos levou a encarar grandes desafios e nos fez alcançar conquistas ainda maiores. Hoje, somos o único estado tricampeão da Feira do Empreendedor no País, contribuímos para a formalização de mais de 200 mil Empreendedores Individuais e somos o sexto estado com o maior número de empresas optantes pelo Simples Nacional. Mais do que isso, contribuímos de forma decisiva para o fortalecimento de um segmento que atinge diretamente a vida de milhões de baianos, os pequenos negócios. Novos desafios virão e estaremos prontos para enfrentá-los com criatividade e perseverança. Afinal, nosso negócio é acreditar.

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Sumário

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6 Comércio e Serviços Cheiro de sucesso Onda natural

10 Mercado A força da cooperação Crédito responsável

12 Agronegócio Doces conquistas Mel do Velho Chico

15 Inovação e tecnologia Dentista inovadora Produção sem desperdício

18 Especial Sebrae 40 anos: dedicação e estímulo ao empreendedorismo Trajetória e avanços Teia de conhecimento Terreno fértil para o empreendedorismo

26 Economia Criativa Berço da criatividade Fábrica de talentos

41 30 INDÚSTRIA Cerâmica com selo e sustentabilidade Leme: da fundação ao associativismo

34 Políticas públicas Lei do desenvolvimento

36 Empreendedor individual Cidadania empresarial

38 Educação empreendedora Ensinar a empreender Conhecimento: fórmula para crescer Metas para inovar

41 Empreendedorismo Sabores da vida

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Sebrae perto de você Sebrae online

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Cheiro de sucesso

Foto MAteuS PereirA

CoMérCio e ServiçoS

20 anos de empreendedorismo baseados em capacitações

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O ex-funcionário do Polo Petroquímico de Camaçari, Dorival Machado, sempre soube que para se manter no mercado é necessário investir nas relações de parceria interna e externa de uma empresa. A tentativa frustrada de implantar um programa de gestão da qualidade, onde trabalhava, não o desanimou. Em 1992, as intenções em abrir um negócio foram vivenciadas na prática: nasce a Cheiro de Pizza. Em um espaço de 45 metros quadrados, cinco artesãos da massa lapidam o “pão de abraão”. Da necessidade de ampliar os horizontes, Machado inclui no cardápio treinamentos, palestras, seminários e consultorias. Um ano depois de inaugurar o empreendimento, o empresário se inscreve na primeira turma do Programa Sebrae de Gestão da Qualidade Total (PSQT). O curso era a confirmação de que estava certo e a recompensa não tardou a chegar: a área ocupada é ampliada para 90 metros quadrados e a equipe conta com 12 funcionários. “Antes de ser orientado, fazia desde a compra na feira até os ajustes financeiros. De 93 até 98, começamos a ganhar corpo. Tínhamos três lojas e aproximadamente 80 funcionários, mas ainda precisávamos nos estruturar. A participação na primeira turma do curso de Qualidade Total em 93,

novamente em 99 (como reciclagem), e a certificação pelo Qualitur, no nível bronze em 2004, engrossou ainda mais a nossa gestão”, revela. A terceira loja foi inaugurada no Dique do Tororó, em setembro de 1998, no formato de uma unidade piloto de franquia. Em 2000, a loja da Pituba passou para uma sede própria. Em 2003, a Cheiro de Pizza oferece o serviço de evento em domicílio. Dois anos depois, a internet dinamiza as entregas. Em 2010, foi criada a Central de Entregas em Domicílio, incluindo a área administrativa, marketing e televendas. Para Dorival Machado, todo conhecimento adquirido foi utilizado na estruturação do negócio, com a implantação de um modelo de gestão de comunicação e marketing

Foto Arquivo Sebrae

“Fazer melhor o que a gente já faz bem, é o que nos move”

Em 1993, Dorival participou do curso Qualidade Total.

centralizado. Atualmente, são quatro unidades localizadas nos bairros do Rio Vermelho, Pituba, Dique do Tororó e Lucaia. Cada loja tem 30 colaboradores e a Central conta com 70. “Com a parceria, ganhamos em profissionalização, sistematização dos processos, além de termos um plano de cargos e salários. Fazer melhor o que a gente já faz bem, é o que nos move”, explica.

Programa Sebrae de Gestão da Qualidade Total (PSQT) O programa surgiu com o objetivo de provocar uma reflexão sobre como obter melhores perspectivas de negócios, e aumentar a produtividade. Além de questões de liderança e resultados dos processos internos, o programa adota o Sistema 5S. Cada “S” corresponde a uma palavra japonesa que indica uma meta a ser atingida pelo empreendedor.

Em português, significam sensos de utilização, organização, limpeza, padronização e autodisciplina. Com o tempo, o Sebrae adaptou o Sistema 5S ao Brasil e criou o Programa D-Olho na Qualidade, que alterou os nomes referentes a cada “S” para descarte, organização, limpeza, higiene e ordem. Algumas palavras são diferentes, mas o objetivo é o mesmo: aumentar a produtividade.

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CoMérCio e ServiçoS

Casal brinda ao sucesso do negócio sustentável Quando um dos clássicos da teledramaturgia, a novela “Vale Tudo” de Gilberto Braga foi ao ar pela Rede Globo, os amigos mais próximos do casal de empresários José Vitorino (Zé) e Gabriela Borges tiveram a certeza de que a arte imita, sim, a vida. A história da Raquel, personagem de Regina Duarte, que vendia sanduíche natural na praia, e acaba subindo na vida, se confundia com a dos vendedores ambulantes baianos. À época, os jovens engatinhavam tanto na relação amorosa quanto na profissional. Começaram na informalidade. Durante a semana, estudavam e, sábado e domingo,

Zé e Gabriela: vida imita a arte.

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percorriam da Praia do Corsário até Jaguaribe, vendendo sanduíches naturais, sucos e saladas de frutas. Logo, o empresário, e surfista nas horas vagas, foi convidado a fornecer para torneios de surf e vôlei de praia. “Com o tempo, desenvolvemos uma tenda e transformamos a Praia do Corsário no nosso escritório. A preocupação e o cuidado em oferecer produtos naturais de qualidade permitiram que comprássemos um trailer. Ganhamos em mobilidade, participávamos do Carnaval, lavagens e gincanas”, revela Gabriela.

Atendimento ao Cliente O curso proporciona aos participantes a identificação de aspectos que contribuem com a satisfação do cliente, a reflexão crítica sobre o atendimento em suas empresas e o planejamento de ações que possibilitem resultados positivos.

Foto MAteuS PereirA

Onda natural

Em 1990, a Açaí – Ácidos Naturais entra para a formalidade. Os negócios vão de vento em poupa e o casal vê a necessidade de ter um ponto fixo. Com o dinheiro da rescisão do antigo emprego de Zé, os parceiros compram uma barraca de chapa, que é instalada no Imbuí. A partir daí, eles resolveram procurar o Sebrae. “Acho que batemos o recorde com a participação em vários cursos. Fizemos o Gestão de Qualidade Total, Atendimento ao Cliente, Supervisão e Liderança e Empretec.

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Foto John Daniel

Sebrae 2014

Em 1994, na barraca no bairro do Imbuí.

Atualmente, o casal está montando uma central de produção para atender às lojas e possivelmente fornecer para outras lanchonetes. “Estamos estudando a possibilidade de abrir uma franquia com a ajuda do Sebrae. Essa relação é duradoura e tem resultados que devem ser colhidos na Copa de 2014. É imprescindível para qualquer empresário, que pretende ter sucesso, se aproximar desse facilitador que é o Sebrae”, afirma. Foto DIVULGAÇÃO

As informações nos deram respaldo, segurança em assumir riscos calculados, abriu nossos horizontes e nosso leque de contatos”, afirma José Vitorino. Ele decidiu vender suas pranchas de surf e viajou para o Rio de Janeiro. Lá, Zé teve o primeiro contato com o açaí e suas propriedades. Os empresários foram os primeiros a trazer o fruto para Bahia, que é anti-hipertensivo, reduz o nível de colesterol do sangue e diminui a resistência insulínica. O trabalho de formiguinha tornou esse santo remédio natural no carro-chefe do negócio. “Antes de cair no gosto popular, oferecíamos amostras em copinhos de café e confeccionávamos uma tabela nutricional para divulgar as propriedades do açaí. São 23 anos de uma parceria que deu certo. Hoje, conquistamos nosso espaço. Temos três lojas e em média 26 funcionários. Produzimos os nossos produtos e criamos outros segmentos, como tigelas de açaí, cupuaçu e de diversas frutas”, conta Gabriela.

Antoine Tawil Presidente da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas (FCDL-BA)

Apoiar micro e pequenas empresas e empreendedores individuais a se tornarem mais competitivos com as oportunidades oferecidas pelos megaeventos esportivos, principalmente pela Copa do Mundo Fifa 2014, é o objetivo do Programa Sebrae 2014. O Programa será especialmente realizado nas 12 cidadessede da Copa: Brasília, Belo Horizonte, Cuiabá, Curitiba, Fortaleza, Manaus, Natal, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo. Com base no estudo, foram priorizados nove setores com mais possibilidades de geração de negócios por conta da Copa: turismo, cultura e entretenimento, comércio varejista, serviços, gastronomia, artesanato, construção civil, madeira e móveis, agronegócios, tecnologia da informação, comunicação e moda (têxtil e confecções, couro e calçados, gemas e joias).

“O Sebrae Bahia integra a linha de frente das instituições dedicadas ao desenvolvimento do nosso estado. A Instituição tem sido parceira do desenvolvimento da Bahia e atuou em todas as grande mobilizações que tiveram como norte metas como qualificação, incentivo e fortalecimento do empresariado. É um orgulho poder contar com o apoio do Sebrae Bahia, atuando num conjunto de empresas que representa a maioria dos empregos formais.”

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Foto MAteuS PereirA

MerCaDo

A força da cooperação A história da Mix Bahia Supermercados começou em 2006, quando o empresário Josué Teles, atual presidente da rede, entrou em contato com o Sebrae para saber das possibilidades de montar uma Central de Negócios na Bahia voltada para os pequenos mercados. A parceria foi fechada e, inicialmente com 12 mercadinhos, surgiu a Rede Mix Bahia Supermercados em 2007. “O Sebrae abraçou a causa e apontou a necessidade de fortalecer o varejo de mercados”, conta Josué. Durante um ano e meio os participantes da rede foram capacitados pelo Sebrae e orientados por consultores. Como resultado, a Mix Bahia despontou nos negócios. O faturamento mensal pulou de R$ 3,1 milhões, em 2007, para R$ 25 milhões em 2012, e o número de lojas da rede aumentou de 12 para 24. Além disso, em março de 2012, a rede inaugurou o seu Centro de Distribuição, que já movimenta mais de R$ 6 milhões em negócios. Com a formação da Cen10

tral de Negócios, a Mix Bahia superou o faturamento de pequena empresa e evoluiu quanto ao seu porte. “O pequeno comerciante tem maior chance de sobreviver no mercado seguindo o caminho das centrais de negócio, do cooperativismo ou do associativismo”, diz Josué. A coordenadora da Unidade de Acesso a Mercado e Serviços Financeiros do Sebrae, Suely de Paula, está de acordo com o empresário. “A central é uma boa opção para o pequeno empreendedor ganhar força. No momento em que as empresas se organizam com objetivos comuns, elas se fortalecem e se tornam grandes para o mercado”, explica Suely. De acordo com a coordenadora, já foram formadas mais de 50 centrais de negócios na Bahia em diversos setores, como tecnologia da informação, turismo e comércio. Além disso, são cerca de mil empresários organizados e a movimentação financeira das centrais acompanhadas pelo Sebrae Bahia é superior a R$ 60 milhões,

Central de Negócios A Central de Negócios tem como meta realizar ações conjuntas e alcançar a competitividade, a lucratividade e ampliar os resultados das empresas. A ação é coletiva e de médio e longo prazo.

Rodada de Negócios Foi idealizada para alavancar os negócios, promovendo o contato direto entre empresas. Objetiva estimular parcerias, aproximar as pequenas empresas das grandes indústrias e possibilitar o acesso a novos mercados. O público-alvo é formado por empresas (ofertantes ou compradoras).

entre compra e venda. “É uma verdadeira revolução dos pequenos. Com o tempo, as centrais andam sozinhas, porque, juntos, os negócios adquirem autonomia para crescer”, diz Suely. Encontrar parceiros é também o objetivo das Rodadas de Negócios. “Participei da primeira rodada em 2005”, conta Josué. De lá para cá, já foram mais algumas, inclusive através da Mix Bahia. De acordo com Suely, as rodadas são um importante instrumento de prospecção de negócios. “Nas rodadas, o grande comprador pode ter contato direto com pequenos empreendedores, como o agricultor”, explica. No fim, as rodadas trazem benefícios às duas partes envolvidas.

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MerCaDo

Quando a Instituição Comunitária de Crédito Itabuna Solidária – Banco do Povo foi inaugurada, em Itabuna, em dezembro de 2001, a ideia era ajudar os empreendedores da região. Hoje, quase 11 anos após a sua fundação, pode-se afirmar que a tarefa está sendo cumprida com êxito. O Banco do Povo é uma referência de bom trabalho e apoio aos pequenos empreendedores baianos. A ação vai além do empréstimo bancário: a grande ideia é o Microcrédito Produtivo e Orientado aos seus clientes. “Percebemos em nossos clientes avanços no comércio, na estrutura, e na qualidade de vida. Geralmente, eles têm o empreendimento como única fonte de renda. Com isso, na medida em que evoluem nos negócios, melhoram as condições pessoais”, explica a diretora-executiva do Banco do Povo, Ilana Queiroz. Segundo dados do Banco, durante seu funcionamento, a instituição já firmou 7.427 contratos, com um volume de empréstimo superior a R$ 9 milhões.

Foto MAurÍcio MAron

Banco do Povo: empréstimo é concedido após avaliação.

Os clientes do Banco do Povo são acompanhados pelo Agente Educativo de Crédito. No total, a instituição conta com três agentes e cada um possui cerca de 250 contratos de clientes ativos. “Eles vão até o estabelecimento, avaliam o negócio, a necessidade do crédito e orientam os clientes”, explica Ilana. Para atuarem deste modo, os profissionais fazem o curso de Formação de Agentes de Microfinanças no Sebrae. O empréstimo é concedido após a avaliação do Comitê de Crédito, formado pela diretoria, o agente responsável pelo cliente e o conselheiro de uma das entidades parceiras. O Sebrae é uma destas instituições parceiras e, além de capacitar os agentes, também oferece cursos aos clientes do Banco, como Treinamento Gerencial Básico, Juntos Somos Fortes e Aprender a Empreender. A ação conjunta tem dado bons frutos e a maioria dos clientes paga o empréstimo em dia. Não à toa, o índice de adimplência é alto:

Foto MAurÍcio MAron

Crédito responsável “Estou sempre buscando me aperfeiçoar e enxergando novas oportunidades de ampliar o meu negócio” Herlon dos Santos Empreendedor Individual

99,4%. “Atribuo esse índice ao crédito orientado e ao contato direto com o cliente”, diz Ilana. Herlon dos Santos é cliente do Banco do Povo desde 2008. Na época, Herlon já tinha a sua lanchonete “Sanduba & Cia”, em Itabuna. “Fui ao Banco querendo investir no meu negócio para crescer mais. Estava pensando em comprar mais mercadorias e alguns equipamentos”, conta. Desde então, ele já tomou mais de seis empréstimos e aplicou na lanchonete. “Mudou muito aqui, até a minha autoestima melhorou. Eu reformei a cozinha e comprei equipamentos, como batedeira, armários, fogão, micro-ondas e o balcão da lanchonete”, enumera. Em 2010, Herlon se formalizou como Empreendedor Individual. “Já estou me vendo como um empresário, porque as pessoas até valorizam mais”, diz. Junto ao Sebrae, ele participou ainda de cursos voltados para orientação de crédito, divulgação de produtos e planejamento financeiro. Mas Herlon não vai parar por aí: “Estou sempre buscando me aperfeiçoar e vendo novas oportunidades de ampliar o meu negócio”, planeja.

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Doces conquistas

Foto JuLiAnA SouZA

agronegóCio

Cooperativa comemora venda para rede de supermercados

Os doces derivados de umbu e de maracujá da caatinga, produzidos no semiárido baiano, já ganharam o paladar de muita gente no Brasil e até no exterior. As frutas de sabor azedinho estão ajudando a incrementar a renda de produtores rurais, atraindo os olhares do mercado consumidor, de instituições públicas, de ONGs e referenciando a Cooperativa Agropecuária Familiar de Canudos, Uauá e Curaçá (Coopercuc) como um bom exemplo de trabalho coletivo. Fotos de arquivo da cooperativa lembram a mobilização nas comunidades rurais, que começou através da igreja católica, no fim da década de 80, quando muitas mulheres foram capacitadas para produzir doces artesanalmente. Aos poucos, famílias 12

completas foram se envolvendo nas atividades de inclusão social, através das discussões e práticas em torno da fé e da convivência com o semiárido. Quando perceberam que não bastavam as feiras livres para comercializar o que produziam, os agricultores criaram a cooperativa. A estrutura da Coopercuc é formada por uma unidade industrial na sede da cidade de Uauá e mais 17 pequenas fábricas na zona rural dos três municípios no sertão. Entre os meses de novembro e abril, período da safra de umbu, os agricultores, organizados em associações, se revezam no trabalho de colheita e processamento das frutas. A linha atual de produção inclui doces de corte, cremosos e em calda, sucos, compotas, polpas e geleias. Além

de umbu e maracujá da caatinga, também são usadas goiaba, manga e banana. Na sede da cooperativa, uma equipe de comercialização dá seguimento ao trabalho, colocando os produtos no mercado. “Assim que recebemos o dinheiro das vendas, repassamos o lucro para os cooperados. Fazemos questão de reunir grupos de produtores com frequência. Tudo é feito com muita dedicação e transparência”, avalia o presidente da Coopercuc, Adilson Ribeiro, que também é produtor, assim como os outros membros da diretoria. Os primeiros produtos eram vendidos exclusivamente para o chamado mercado institucional, formado por instituições públicas, como escolas e companhias de abastecimento. Hoje, 60% da produção con-

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Ter acesso ao amplo mercado foi uma conquista que levou tempo e exigiu apoio. O Sebrae ajudou na implantação do trabalho de Boas Práticas de Fabricação (BPF) para a melhoria da qualidade da produção e apoiou certificações nacionais e internacionais que comprovam a autenticidade dos produtos orgânicos. Por ano, a Coopercuc processa, em média, 200 toneladas de frutas para fabricar a linha de produtos que mantém no mercado. Alguns doces já ganharam o reconhecimento internacional. A cooperativa começou a exportar em 2005 e acumulou clientes na França, Áustria, Itália, Espanha e Alemanha. A comercialização no exterior é feita através de redes apoiadoras do movimento slow-food, uma associação internacional que tem como princípio básico o direito ao prazer da alimentação, utilizando produtos artesanais de qualidade especial, produzidos de forma que res-

Foto Do DeSiGn

tinua sendo destinada às compras públicas e o restante vai para um criterioso mercado consumidor. “Nosso cliente é aquele que valoriza o esforço do agricultor familiar para fazer um produto de qualidade, sem agroquímicos e com respeito ao meio ambiente. Ele não se importa em pagar um pouco mais, quando reconhece outras causas além do lucro”, enfatiza a cooperada e gerente comercial, Jussara Dantas. Este ano, os cooperados comemoram a inserção dos produtos, que levam a marca Gravetero, na rede de supermercados Pão de Açúcar. Em abril, o primeiro lote de geleias saiu do meio da caatinga para 60 lojas do grupo em cidades do Sul e Sudeste do Brasil. Até agora, os quatro lotes já vendidos animaram os cooperados, quanto ao cumprimento das exigências do contrato que tratam, entre outros itens, da qualidade do produto, regularidade da oferta e até da exatidão no prazo de entrega.

Geleia de Umbu produzida no semiárido baiano.

peite tanto o meio ambiente quanto as pessoas responsáveis pela produção. O movimento foi criado na década de 80 como resposta ao modelo de comida feita rapidamente, o conhecido fast-food. Através do projeto Comércio Brasil e do programa Progredir, conveniado entre Sebrae e Governo do Estado da Bahia, os cooperados vêm tendo a oportunidade de participar de diversos eventos, no Brasil e no exterior, para promover seu trabalho.

Foto coorPercuc

Comunidades rurais se mobilizam para produzir doces artesanais.

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Mel do Velho Chico Balbino de Almeida Sousa é apicultor do Território do Velho Chico e presidente da Cooperativa Regional dos Apicultores do Médio São Francisco (Coopamesf), localizada em Ibotirama, oeste da Bahia, que produz anualmente cerca de 120 toneladas de mel. Há sete anos atrás, tudo era bem diferente. Ele produzia por ano apenas 100 quilos. “Eu vendia pouco, minha comercialização era focada no mercado regional e boa parte ia para atravessadores”, diz. Muitas mudanças aconteceram em quase uma década. Primeiro foi fundada uma associação de apicultores, depois veio a criação da Coopamesf.

Programa Vida Melhor Rural O Programa corresponde a um conjunto de estratégias desenvolvido para a inclusão socioprodutiva. Os cooperados da Coopamesf estão recebendo um acompanhamento técnico continuado do Sebrae, num trabalho realizado em dois anos. Nesse primeiro momento, será traçado um diagnóstico da Cooperativa, com realização de missões técnicas e participação em eventos comerciais para estudo de mercado e prospecção de venda. Em 2013, é a vez de colocar em prática tudo que foi planejado para o avanço da cooperativa.

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“Não só acredito como também sou parceiro do Sebrae porque ele desenvolve um trabalho fundamental que é de levar aos produtores rurais maior consciência sobre gestão da propriedade, que muitas vezes é mais importante do que a própria técnica de produção.”

Foto GiLberto SiLvA

agronegóCio

Francisco Benjamim Gerente de programas do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural na Bahia (Senar/BA)

“Para conseguirmos negociar compras públicas, tínhamos que ser cooperativa. Mas, como realizar essa migração? Como focar a produção com qualidade? Foi aí que entrou o Sebrae, que nos deu todo o apoio técnico”, lembra o presidente. A analista técnica do Sebrae em Barreiras, Adriana Morais, foi uma das que fez os primeiros contatos com os apicultores. “Com a criação da Coopamesf, o Sebrae ofereceu aos apicultores consultoria e capacitação para potencializar o trabalho coletivo, a profissionalização da gestão, a qualidade no beneficiamento do mel e a comercialização dos produtos para outros municípios”, afirma. O trabalho realizado em parceria deu certo e conquistas são prova disso. Hoje, os 42 cooperados, de 21 municípios, produzem por ano de 80 a 120 toneladas. A cooperativa ingressou no

Programa Nacional de Alimentos (Pnae) e passou a entregar mel para a merenda das escolas públicas de Salvador. A Coopamesf venceu a chamada pública, assinada no ano passado, garantindo a produção de 22 toneladas de mel de abelha em bisnaga. O mel de abelha tem um público especial, crianças e adolescentes de escolas estaduais e municipais. Entre 2011 e agosto de 2012, foi registrado um aumento de 80% nas vendas do produto e os planos imediatos são aumentar o potencial da cooperativa no mercado, fornecendo mel para prefeituras, redes de supermercado, lojas de varejos e projetos da Copa 2014. “Queremos nosso produto conhecido pela marca de qualidade, que agrega valores”, defende Balbino. A Coopamesf está participando Programa Vida Melhor Rural, uma parceria do Governo do Estado da Bahia com o Sebrae.

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inovação e teCnologia

Dentista inovadora Empreendedorismo e a inovação há muito tempo fazem parte do dia a dia da cirurgiã dentista Ana Cristina Kolbe. Há mais de 20 anos, quando

Fotos MAteuS PereirA

desenhava um protótipo, em metal, do que é hoje um dos mais inovadores aparelhos de combate a halitose (mau hálito), Ana Cristina já traçava metas de como evoluir com o produto, torná-lo mais acessível, elaborar nova embalagem e investir na divulgação. A invenção de Ana foi o limpador de línguas Kolbe, que leva o sobrenome da família e já foi demonstrado nos principais programas de televisão e revistas do Brasil por ajudar a combater o mau hálito. De acordo com a Associação Brasileira de Estudos e Pesquisas dos Odores da Boca, o problema atinge 40% da população brasileira. O espírito empreendedor levou a cirurgiã dentista a abrir uma empresa, que no início funcionava no fundo de sua casa e ela fabricava, artesanalmente, uma média de 500 limpadores por mês. Em 1994, Ana venceu o edital do Sebrae de incubadora de empresas, passando a reduzir seus custos de produção e se instalando em endereço legal: Incubadora Compete – Condomínio de Empreendedores

Em 1998, Kolbe foi destaque na VII Feira Baiana de Negócios (Feban).

e de Inovações Tecnológicas, uma parceria entre o Sebrae e a Escola de Administração da Universidade Federal da Bahia. “Na incubadora, fiquei 14 meses, mas tive que sair para produzir em escala maior. Aluguei um galpão e passei a produzir entre 80 e 100 mil por mês”, explica. No dia 22 de setembro, data que marca o início da primavera, Ana criou o Dia Nacional de Combate ao Mau Hálito. Ela também fundou a Associação Brasileira de Combate ao Mau Hálito e idealizou o clique mau hálito, disponível no site da sua empresa e recebe dez e-mails por dia. “A pessoa indica o e-mail de um conhecido que tenha o problema e a gente encaminha para o

indicado, sem divulgar os motivos, dicas de como prevenir o mau hálito”, conta Ana Cristina. Em março de 2002, o limpador de línguas Kolbe foi vencedor do Prêmio de Inovação do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e, em outubro de 2003, venceu o prêmio de design da Confederação Nacional da Indústria. Anualmente, cerca de mil unidades do limpador de línguas Kolbe são vendidos para outros países como Holanda, Portugal e Japão. Para aumentar as exportações Ana Cristina participou, com o apoio do Sebrae Bahia, do xVi Encontro internacional de Negócios do Nordeste (EiNNE).

EINNE O Encontro Internacional de Negócios do Nordeste aconteceu pela primeira vez na Bahia, entre os dias 23 e 25 de outubro, em Salvador, com o objetivo de promover a Internacionalização das MPE localizadas na região nordeste, além de fomentar as exportações por meio da promoção de contatos diretos entre empresas compradoras estrangeiras e fornecedoras, estabelecidas na Região. Responsável por gerar cerca de R$ 2 milhões em negócios diretor, a maior rodada internacional de negócios da região superou todas as expectativas, inclusive de Ana Cristina Kolbe, que fechou dois contratos de exclusividade com grandes distribuidoras de Portugal e da Espanha. A cirurgiã dentista revelou que o produto despertou o interesse de uma empresa norte-americana e russa.

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Foto Mateus Pereira

Inovação e Tecnologia

Produção sem desperdício Empresário aumenta vendas com ações sustentáveis e econômicas

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Com o apoio do Programa 5 Menos que são Mais, o empresário e economista, Gustavo Moura Costa, aprendeu a organizar a produção e a reaproveitar a matéria-prima, reduzindo em 30% os custos na fabricação de pré-moldados. Ele é responsável pela produção da Refran Pré-moldados, empresa familiar instalada em Lauro de Freitas, Região Metropolitana de Salvador (RMS). Criada pelo pai de Gustavo, o engenheiro civil e professor aposentado da Universidade Federal da Bahia (Ufba), Ailton Costa, a empresa

conta com a contribuição de outros dois filhos, responsáveis pelo comercial e administrativo da Refran. Ailton assumiu o setor financeiro da empresa. Com o programa, a demarcação das áreas de produção da empresa foi realizada com o foco na diminuição das perdas e estruturação do processo de corte. Esta estruturação facilita o controle do estoque e proporciona maior assertividade na escolha das sobras a serem utilizadas, o que diminui o tempo total de finalização e aumenta a produtividade.

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Foto AScoM FAPeSb

“Em um mundo onde as demandas crescem em quantidade e complexidade e a competitividade entre as empresas impõe ganhos de produtividade associados à incorporação do conhecimento científico e tecnológico ao sistema produtivo, o Sebrae desempenha um papel determinante ao fomentar o empreendedorismo e promover o desenvolvimento das micro e pequenas empresas. Os pequenos negócios são importantes para o desenvolvimento do Brasil, seja pelo volume de empregos gerados ou pela sua distribuição, e o Sebrae é fundamental para a sustentabilidade, o fortalecimento e a geração de empregos de qualidade nas micro e pequenas empresas.” roberto Paulo Diretor-geral da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia (Fapesb)

Criado pelo Sebrae do Distrito Federal, o programa é baseado em experiências adquiridas com o projeto-piloto de Elaboração de Plano de Melhoria de Desenvolvimento Ambiental para Micro e Pequenas Empresas. O plano de melhoria aplica ferramentas de gestão ambiental, como a norma ISO 14001, os processos de coleta seletiva, Produção mais Limpa e Boas Práticas de Gestão Empresarial. O Programa 5 Menos que São Mais foi implantado com sucesso pelo Sebrae em vários estados e em mais de dez empresas na Bahia. O objetivo é identificar focos de desperdícios que envolvem cinco aspectos: consumo de água, energia e matériaprima, além da produção lixo e poluição. Após a identificação, é hora de criar procedimentos para combater o desperdício e adequar processos.

Quando recebemos uma ordem de produção, antes de cortar uma peça virgem, a gente confere na área de descarte se há a possibilidade de reaproveitamento. Na área, temos os vários tamanhos de resíduos de aço”, explica Gustavo. O programa 5 Menos que são Mais estimulou Gustavo Costa a tomar outras decisões como implantar um novo software de controle mais rigoroso de estoque. “Agora temos

mais controle e menos desperdício”, comemora o empresário. Com um empreendimento mais sustentável e econômico, o empresário ampliou suas vendas para pequenas e grandes construtoras da Bahia e de Sergipe. Hoje, os pré-moldados fabricados pela Refran podem ser encontrados em grandes obras, como a da Arena Fonte Nova, palco dos futuros jogos da Copa do Mundo, em Salvador. Foto MAteuS PereirA

5 Menos que São Mais

Refran: pré-moldados na obra da Arena Fonte Nova

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Especial

Sebrae 40 anos: dedicação e estímulo ao empreendedorismo As quatro décadas de existência do Sebrae, comemoradas em outubro de 2012, têm início a partir da atuação de outras instituições que o precederam e pavimentaram o caminho de sucesso no apoio às micro e pequenas empresas (MPE). Desde os pioneiros, Centro de Desenvolvimento Empresarial (Cedin) e Centro de Desenvolvimento Comercial (Cedec), até a consolidação como integrante do Sistema S, “a casa das MPE” é palco de esforços de equipes empenhadas em contribuir para o desenvolvimento socioeconômico do País.

Comemoração de dois anos de Sebrae Bahia.

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O início da década de 70 foi marcado por um período de crescimento vertiginoso da economia brasileira. O País vivia o “milagre econômico” e o Produto Interno Bruto (PIB), de 1968 a 1973, crescia a uma taxa média acima de 10% ao ano. Enquanto Carlos Alberto Torres, capitão da seleção brasileira, levantava a Taça Jules Rimet, a crise internacional do petróleo batia à nossa porta e os baianos podiam conferir, no Cine Bristol, a invenção dos irmãos Lumiére. No período de grandes transformações na Bahia, época da criação da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), do Centro Industrial de Aratu e do Distrito Industrial de Feira de Santana, não havia no Estado, até a década de 60, qualquer órgão governamental que se relacionasse especificamente com as micro e pequenas empresas, fomentando investimento para seus projetos. Atendendo aos anseios do então governador Lomanto Junior, foi criado o Centro de Desenvolvimento Empresarial (Cedin), ligado à Secretaria da Indústria e Comércio (SIC). A este organismo era atribuída a tarefa de gerenciar o embrionário parque industrial baiano, assim como dialogar com os empresários, auxiliando-os na administração de seus empreendimentos e obtenção de financiamentos. Mesmo assim,

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Foto tce/Antonio JoSÉ

Pesquisa de Recursos Minerais e do Centro de Desenvolvimento Comercial (Cedec). Assim como na sétima arte, é preciso acompanhar cena a cena para entender a cultura de uma instituição que acredita que cooperação e associativismo são fundamentais para o fortalecimento e competitividade das micro e pequenas empresas. Em território baiano, a instituição pioneira, criada para apoiar os empreendimentos de micro e pequeno portes, foi a União Nordestina de Assistência às Pequenas Organizações (UNO Bahia), fundada em novembro de 1975, com participação no Programa para Pesquisa e Desenvolvimento (Proped), em cooperação com a Fundação Rockefeller. A instituição iniciou sua atuação de forma planejada em algumas áreas de Salvador, realizando um censo das empresas mais receptivas através de diagnóstico e levantamento das necessidades de crédito dos clientes interessados. Nessa fase, a agência trabalha em toda região da

“Precisávamos de um instrumento que estimulasse as pessoas e que as encorajassem a empreender”. Manoel Castro Conselheiro do Tribunal de Contas do Estado

Abaixo: 1980 é criado CEAG/BA, com a extinção da UNO Bahia em 1981.

Foto Arquivo SebrAe

parte do empresariado não se sentia plenamente representada. “As pequenas e médias empresas tinham a Sudene como um órgão muito distante e o Cedin não se adequava ao perfil dos comerciantes, que buscavam orientação e ajuda para obter novos investimentos”, relata Manoel Castro, ex-secretário de Indústria e Comércio (1980) e ex-prefeito de Salvador (83-86). Primeiro presidente e fundador da Bahiatursa (71-75), Castro afirma que sempre defendeu a criação de um sistema de apoio às micro e pequenas empresas. “Precisávamos de um instrumento que estimulasse as pessoas e que as encorajassem a empreender”, explica. De acordo com o superintendente da Federação das Associações Comerciais do Estado da Bahia (Faceb) e também conselheiro do Sebrae, Sérgio Gomes, a SIC era vanguardista, tomando a dianteira no desenvolvimento de projetos, como do Centro Industrial de Aratu, dos distritos industriais do interior, da Companhia de

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CEAG Bahia reestrutura-se nos moldes do Sebrae Nacional e nasce o Sebrae Bahia.

10 anos do CEBRAE É inaugurada a primeira agência no interior (Feira de Santana)

Criação do Centro Brasileiro de Assistência Gerencial à Pequena e Média Empresa (Cebrae), com atuação Nacional.

UNO Bahia passa a receber recursos do Cebrae (nacional)

1972

1977

1973

1991

1982

1979

Extinção da UNO Bahia

1981

Criação do Estatuto da Microempresa

Transformação do Cebrae em Sebrae – Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas

1984

1990

1975

1980

1984

Criação da UNO Bahia

Criação do CEAG Bahia

Com cinco escritórios (Salvador, Feira de Santana, Juazeiro, Ilhéus e Itabuna) e dois pontos de apoio (Xique-Xique e Jacobina/Caatinga do Moura), o CEAG Bahia superou a marca de 6.000 empresas trabalhadas no decorrer do ano.

União Nordestina de Assistência a

Pequenas Organizações/Bahia - UNO-Bahia Centro de Apoio à Pequena e Média Empresa da Bahia

1992 Inauguração da atual sede do Sebrae Bahia, no bairro Dois de Julho, em Salvador

1978 Expansão da UNO Bahia para o interior do estado

Sebrae Nacional Em 1972, começou um movimento nacional de credenciamento que deu origem ao Centro Brasileiro de Assistência Gerencial à Pequena Empresa (Cebrae). O recém-criado órgão assumiu a forma de uma sociedade civil, sem fins lucrativos, operando a fundo perdido, e teve seu Conselho Deliberativo formado pela Finep, pela Associação Brasileira dos Bancos de Desenvolvimento (ABDE) e pelo então BNDE. Em 12 de abril de 1990, através da Lei 8.029, o Poder Executivo autoriza desvincular da Administração Pública Federal o Cebrae, mediante sua transformação em serviço social autônomo, criando-se, assim, o Sistema Sebrae.

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Liberdade, São Caetano e Nordeste de Amaralina. Em meados de 1977, a UNO Bahia começa a receber recursos do Ministério do Trabalho, de instituições governamentais e do Centro Brasileiro de Assistência Gerencial à Pequena Empresa (Cebrae), organização de atuação nacional representada localmente pela UNO Bahia. “Tínhamos poucos recursos, mas contávamos com uma equipe extremamente comprometida e responsável”, conta a analista da Área de Atendimento, Rita Lobo, com 30 anos de casa. Em 1978, a UNO Bahia, em parceria com a Secretaria do Trabalho e Ação Social, inicia a sua expansão

para o interior e passa a ser uma instituição autônoma voltada para apoiar o pequeno produtor rural, no campo, e o informal, em áreas urbanas do Recôncavo. Um ano depois, é inaugurada a primeira agência do interior, em Feira de Santana. Na época, o desafio era apoiar às micro e pequenas empresas, independente da situação jurídica, garantindo financiamento a fundo perdido, por meio do Desenbanco e Banco Econômico. “Todos, sem exceção, desempenhávamos os serviços disponíveis. O mesmo profissional que dava o curso realizava diagnóstico, consultoria e ainda elaborava o projeto de crédito”, esclarece

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Criação da nova modalidade de registro de empresas, chamada Micro Empreendedor Individual (MEI), correspondente a Lei Complementar Nº 128/2008

Criação do teleatendimento do Sebrae, com o nome Alô Sebrae

1999

Criação do Jornal Sebrae, publicação que deu origem a Revista Conexão Bahia

Lançamento do novo site do Sebrae Bahia

1993

1992

Realização do primeiro Mutirão para formalização de Empreendedores Individuais

2008

A VIII Feira Baiana de Negócios atraiu 80 mil visitantes, 700 expositores, e gerou aproximadamente R$ 220 milhões em negócios

Instalação da Regional Nordeste em Feira de Santana, sediando jurisdição que cobre 10 municípios da Bahia

Sebrae comemora 35 anos

Sebrae conquista pela 2ª vez consecutiva o prêmio Melhor Feira do Empreendedor do Brasil

1998

2003

2007

2010

1996

2002

Lei n.º 9.317/1996 – Simples Federal – Dispõe sobre o regime tributário das microempresas e das empresas de pequeno porte

Realização da primeira Feira do Empreendedor da Bahia

1999 Aprovação pelo Congresso Nacional, do Estatuto da Micro Empresa e da Empresa de Pequeno Porte, dispondo sobre o tratamento jurídico diferenciado, simplificado e favorecido (Lei 9.841/ 1999)

2012

2012 2008

Lançamento da Agência Sebrae de Notícias na Bahia

2006 Lei Geral da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte (Lei Complementar 123/2006) sancionada

2011

Bahia conquista, pela terceira vez consecutiva, o título de melhor Feira do Empreendedor do Brasil

Realização da quinta edição da Feira do Empreendedor da Bahia

Bahia conquista a primeira edição do Prêmio de melhor Feira do Empreendedor

Comemoração dos 40 anos do Sebrae

2009

Criação do Portal Sebrae Bahia na internet

Lei Complementar 128/2008 (MEI) entra em vigor em todo o país a partir de 1º de julho

Foto ARQUIVO SEBRAE

Foto Mateus Pereira

a colaboradora que tem 33 anos de Sebrae, Noemia Olga, resgatando detalhes de uma história que se confunde com a de milhares de brasileiros empreendedores que abriram seu próprio negócio. De acordo com Noemia, o técnico detectava a necessidade, direcionava o empreendedor e dava acompanhamento permanente, com visitas mensais para realizar consultorias. “A instituição contava apenas com 20 funcionários, homens e mulheres que participaram da evolução de muitas empresas. O negócio crescia e o empresário tinha a UNO como um padrinho que exigia resultados”, conta.

Sebrae alcança formalização de mais de 200 mil Empreendedores Individuais na Bahia

Sérgio Gomes ministrando curso de Gerência em 1981. Sérgio Gomes Conselheiro do Sebrae Bahia

“Depois do Sebrae, o mercado nunca mais foi o mesmo. A Instituição, que tem a virtude de formar talentos, é extremamente vigorosa e vitoriosa em seus defeitos e suas qualidades. O papel dela hoje é importante na questão do fortalecimento das políticas públicas e na busca pelo conhecimento.”

Sebrae Bahia

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O governo baiano, através da Secretaria de Indústria e Comércio, cria um novo organismo para atuar no apoio ao segmento empresarial, o Centro de Apoio Gerencial às Micro e Pequenas Empresas do Estado da Bahia (Ceag/BA). Fundado no ano de 1980, sob a inspiração das iniciativas do Cebrae e do Ministério do Planejamento, o órgão contribuiu para compor uma ideia de sistema de apoio em escala nacional. As instituições que custeavam a UNO passavam por dificuldades financeiras, agravadas pela conjuntura adversa da economia e pelo processo inflacionário. Essa situação levou à extinção da UNO, em 1981, o que implicou na absorção da metodologia de trabalho e os recursos humanos pelo Centro de Apoio.

Velha Guarda do Sebrae: Noêmia, Guena, Isabel, Rita, Zé Élio, Dora e Ademilde.

Mantido pelo governo estadual e pelo Cebrae, o Ceag/BA, já estruturado na capital, inicia sua interiorização, em 1982, com a ampliação do escritório de Feira de Santana e a implantação das unidades de Juazeiro, Ilhéus, Itabuna, Vitória da Conquista, Jequié e Itaberaba. Essa interiorização transcorre no período de 1981 a 1985. “Com a vinculação ao governo estadual, a instituição se fortalece e evolui o serviço de atendimento às micro e pequenas empresas, ampliando a infraestrutura, pessoal e os recursos”, relembra o analista da Unidade Regional Salvador, José Elio Souza. Natural do Ceará, Dora Parente, começou a trabalhar na instituição em 1986, a convite do então superintendente do Ceag Bahia, Sérgio

Gomes, primeiro funcionário da casa a assumir o cargo. “A necessidade de ampliar os serviços fez com que se pensasse numa estruturação interna, que trouxe à reboque oferta de cursos de alto padrão, competência na articulação com agentes financeiros, novas políticas públicas e uma participação mais efetiva para

Foto WeLton

Trajetória e avanços

Foto MAteuS PereirA

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Com início na década de 90, Feira Baiana de Negócios tinha caráter nacional

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Fotos MAteuS PereirA

tornar o ambiente favorável para as micro e pequenas empresas”, lembra Dora, que hoje é analista da Unidade de Gestão Estratégica. Considerado o marco da construção da instituição, em 1991, o Ceag/ BA é reestruturado nos moldes do Sistema Nacional, nascendo, assim, o Sebrae Bahia. O Sistema Sebrae passou por várias transformações como, por exemplo, modernização de seus produtos e serviços, atuação junto aos parceiros e introdução de novos conceitos de gestão baseados na qualidade total. Segundo a coordenadora da Unidade de Gestão Estratégica, Isabel Ribeiro, em 1985, o Ceag/BA atuava com atendimento caso a caso. Quando o Centro passa a fazer parte do Sistema S, o foco se concentra na melhoria e padronização do serviço, com a adoção do balcão de atendimento. A partir de 1999, o sistema atravessa um processo de reinvenção. “O desenvolvimento local é a coqueluche do momento e o volume de atendimentos é prioridade. Passamos a trabalhar com as vocações regionais. Identificávamos as potencialidades locais, e estimulávamos o protagonismo”, lembra. Em 2007, entra em vigor da Lei Geral da Micro e Pequena Empresa, o que garantiu muitas conquistas ao setor, a exemplo da revolução tributária para cerca de 80% das empresas do País. No Brasil, 62,5% dos municípios já regulamentaram a Lei Geral. Na Bahia, 334 dos 417 municípios já contam com os benefícios da regulamentação. Outro avanço na legislação que promoveu a cidadania empresarial para milhares de trabalhadores que viviam na informalidade foi o surgimento da nova modalidade de registro de empresas, chamada Em-

luiz Henrique Barreto Diretor administrativo financeiro

“Nesses 40 anos, um dos resultados significativos talvez tenha sido o suporte dado ao Empreendedor Individual. Esta politica pública teve no Sistema Sebrae apoio decisivo para ampliar a adesão de milhares de brasileiros. Agora, o desafio que se apresenta é o de fornecer capacitação, para que esses trabalhadores se tornem micro, pequenos e, quiçá, grandes empresários. Em função da grandeza de sua missão, que é apoiar as MPE - maiores geradoras de emprego do nosso País. Indiscutivelmente, o Sebrae é uma instituição desafiante e empolgante.”

preendedor Individual (EI). Criada pela Lei Complementar nº 128, sancionada em 19/12/2008, a nova modalidade passou a vigorar na Bahia a partir de 7 de fevereiro de 2010. O Empreendedor Individual mudou o mapa da informalidade porque desburocratizou o registro de empresa, reduziu os custos para a formalização e garantiu direitos previdenciários. Atualmente, a Bahia conta com cerca de 200 mil Empreendedores Individuais, sendo o primeiro estado do Nordeste em número de registro e o quarto do Brasil. Atualmente, são cerca de 5,8 milhões de empresas formalizadas no Brasil, sendo 99,2% de micro e pequenas, responsáveis por empregar 13,1 milhões de pessoas ou 52,3% do número de empregos gerados pelo setor produtivo. Ainda assim, o Brasil possui 10,3 milhões de empreendimentos informais. Outro dado importante se refere ao volume de compras governamentais. Assegurados pela Lei Geral, os governos municipal, estadual e federal compram R$ 14,6 bilhões das micro e pequenas empresas brasileiras. Isso representa 29,4% do total dos negócios gerados, o que demonstra o quanto ainda se pode avançar.

“O Sebrae vem trabalhando para mudar o destino das MPE, permitindo que mais baianos possam adentrar por essa janela do empreendedorismo como forma de autoafirmação familiar, econômica e social. Quando toma pra si o desafio de animar a discussão com o governo federal com relação à Lei Geral, a instituição ganha musculatura no âmbito das políticas públicas e fortalece ainda mais a imagem de parceiro estratégico para longevidade dos negócios” lauro ramos Diretor técnico da Instituição

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Especial

Teia de conhecimento

“As empresas mais competitivas são as que exigem uma nova relação com seu entorno, relacionando-se e comprometendo-se com a sociedade.” Edival Passos Superintendente do Sebrae Bahia

Foto Agência Olho de Peixe

das as fichas numa teia de conhecimento em favor das micro e pequenas empresas, concentrando os esforços em disponibilizar um fluxo contínuo de informação de qualidade por meio de cursos, consultorias, treinamentos, palestras, seminários, publicações, eventos e diversos canais integrados a métodos convencionais e a novas tecnologias. O atendimento continuado busca a construção de um relacionamento duradouro e assistido entre o Sebrae e o empreendedor, utilizando uma série de canais e formatos de comunicação que otimizam a disseminação do conhecimento, levando informação ágil e relevante a um número cada vez maior de brasileiros. Hoje, o Estado conta com 32 Pontos de Atendimento em 28 municípios, divididos em dez Unidades Regionais: Salvador, Feira de Santana, Santo Antônio de Jesus, Barrei-

ras, Juazeiro, Irecê, Vitória da Conquista, Ilhéus, Teixeira de Freitas e Jacobina. A qualquer hora, em qualquer localidade, o Sebrae transmite conhecimento, por meio de um atendimento individual ou coletivo, de modo presencial ou a distância. O atendimento individual obedece a Foto Mateus Pereira

Nessas quatro décadas, a tecnologia tornou-se aliada da principal ferramenta de capacitação e sobrevivência do empreendedor brasileiro: o conhecimento. O Sebrae aposta to-

17 mil capacitados somente durante a Feira do Empreendedor de 2011.

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padrões, sistemas e procedimentos previamente definidos, de modo a viabilizar as ações em escala nacional. A capacitação e todas as ações articuladas garantem que o empreendedor tenha sempre à mão informações que atendam às suas necessidades. O atendimento coletivo, por sua vez, é composto por um conjunto de soluções que organizam as micro e pequenas empresas em cooperativas, associações, núcleos setoriais e arranjos produtivos locais. Para o superintendente do Sebrae Bahia, Edival Passos, a mais importante escola de empreendedorismo do País, com expressiva contribuição no desenvolvimento das micro e pequenas empresas, apresenta-se como uma Instituição vanguardista, que suscita novos desafios. O principal deles é o de produzir um modelo-conceito de negócios para o século XXI, que é o paradigmático. A nova exigência no mundo dos negócios é o tripé da sustentabilidade: social, ambiental e econômica. “As empresas mais competitivas são as que exigem uma nova relação com seu entorno, relacionando-se e comprometendo-se com a sociedade. Assim como a questão ambiental é irreversível, fazendo com que os empreendimentos avancem no conceito de gestão de custos, aplicado para diminuir os impactos no meio ambiente. A inovação e a tecnologia são valores comuns, que somados a reconceituação do trabalho, são atributos cada vez mais valorizados nos tempos atuais”, defende o superintendente, afirmando que o capital humano é a peça para o sucesso.

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eSPeCial

A Feira do Empreendedor, o maior evento de empreendedorismo do Brasil, ganha ainda mais força na Bahia. O projeto do Sebrae Nacional

“Acredito no Sebrae porque ele trabalha com aquilo que é mais essencial neste País que é o empresário de micro e pequenas empresas. E o Sebrae é a maior ferramenta para a transformação das classes D e E em empreendedores.” João Martins da Silva Junior Presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae Bahia e da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado da Bahia (Faeb)

de atuação pelo interior. “A Feira do Empreendedor era um evento dentro da Feban. Em 1996, a iniciativa foi considerada a maior feira já realizada na Bahia, com a participação de 1,1 mil expositores”, revela o conselheiro do Sebrae, Sérgio Gomes.

Foto AGênciA oLho De Peixe

foi iniciado em 1994 e, na Bahia, a primeira realização desse evento foi em 2002. A coordenadora da Unidade de Captação de Recursos do Sebrae Bahia, Adriana Moura, que coordenou as Feiras de 2009 e 2011, explica o papel do evento em relação à disseminação do conhecimento. “Além das capacitações, palestras e oficinas, a Feira do Empreendedor é um espaço onde empresários podem trocar informações e experiências”, diz. Não foi à toa que a Feira do Empreendedor da Bahia foi eleita, por três edições seguidas (2007, 2009 e 2011), a melhor do Brasil. Esse roteiro de sucesso começa quando o Ceag/BA passa a trabalhar de forma descentralizada, com a

execução de ações coletivas, fortalecendo o crédito para as microempresas e sua capacidade de treinamento empresarial. Um dos importantes meios utilizados para divulgação dos produtos da região e fomento a novos negócios, as feiras tinham o apoio da Secretaria de Indústria e Comércio (SIC) e eram voltadas para as micro e pequenas empresas. A nova concepção de feiras só acontece na década de 90 com o surgimento da Feira Baiana de Negócios (Feban). “Tudo era feito por nós. Essa iniciativa 100% baiana tinha como objetivo apresentar os nossos produtos, a exemplo dos cursos, consultorias e programas”, revela o assessor da Diretoria Administrativa Financeira, Augusto Guena. Considerada mãe de todas as feiras, a Feban começa a operar em Salvador, expandindo seu raio

Foto conFeDerAÇÃo DA AGricuLturA e PecuÁriA Do brASiL (cnA)

Terreno fértil para o empreendedorismo

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Economia criativa

Foto Ricardo Prado

Margareth: apostando na cultura para o desenvolvimento local

Berço da criatividade Bahia: cenário ideal quando o assunto é inovação As cortinas para a economia criativa se abriram no Brasil a partir da década de 90, dando novas feições aos modelos de negócio que originam atividades, produtos e serviços gestados do conhecimento, da criatividade ou do capital intelectual dos indivíduos. Caldeirão de tradições e patrimônio, a Bahia é fonte de inspiração e cenário ideal quando o assunto é inovação e criatividade. O Carnaval da Bahia, por exemplo, tem revelado essa capacidade de reunir no mesmo espaço, prazer,

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negócios e cultura. A interatividade, criatividade e a inovação potencializam o processo de transformação desta festa popular, requalificando o produto-carnaval e movimentando o comércio de alimentos, hospedagem e o turismo. A Economia Criativa compreende as dinâmicas dos ciclos de criação, produção, distribuição e consumo de bens e serviços. Os setores não se restringem apenas aos de natureza tipicamente culturais, como patrimônio, música, teatro, compreendendo setores de moda, design, arquitetura, cultura digital, publicidade e gastronomia. Com base em pesquisas que apontam uma participação de 1,4% no PIB baiano, é

correto afirmar que existe um universo amplo a se explorar. Para trilhar uma trajetória de sucesso neste novo segmento econômico, o Sebrae Bahia e parceiros elaboraram o Termo de Referência: Desenvolvimento da Economia Criativa. “Estamos na mesma direção das políticas públicas das esferas federal e estadual. O que precisamos fazer agora é implementar e incrementar o conceito de territórios criativos e produção associada ao turismo, para conseguirmos enxergar o desenvolvimento local/integrado das comunidades de todo o Estado”, defende a coordenadora da Unidade de Economia Criativa do Sebrae Bahia, Luciana Santana.

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Economia criativa

Fábrica de talentos públicas, e em condições de risco social, o Projeto Na Trilha da Cidadania, carro-chefe da instituição, aproveita a mão de obra qualificada, transformando-os em agentes de desenvolvimento comunitário e despertando o interesse para a profissionalização. Os estudantes recebem uma bolsa-auxílio no valor de R$ 130 e cada curso tem em média 400h. Aproximadamente 1,5 mil jovens já foram atendidos diretamente, num universo de 14 bairros e mais de 180 mil habitantes. Com o apoio de instituições parceiras, como o Sebrae, a associação vem desenvolvendo projetos nas áreas de educação, cultura e produção sustentável, com foco na

Fotos Mateus Pereira

Produção de talentos: é o que a cantora Margareth Menezes vem fazendo junto com os moradores da Ribeira/Itapagipe. O histórico de degradação do local onde a menina de voz grave cresceu e sua família escolheu permanecer, motivou a diva a transformar um cenário socioeconômico e ambiental até então engessado. Idealizada pela cantora, a Associação Fábrica Cultural inicia suas atividades na Península de Itapagipe em 2008, oferecendo cursos de criações em costura, estamparia, design gráfico, produção cultural e manutenção de micro e rede. Com o objetivo de promover a inclusão socioprodutiva de jovens de 16 a 24 anos, oriundos de escolas

Desde 2008 a Associação Fábrica Cultural já atendeu 1,5 mil jovens. Projeto social: qualificação profissional

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Foto Mateus Pereira

Economia criativa

infância, juventude, nas famílias e nos núcleos produtivos. A intenção é que, com o conhecimento adquirido, eles tenham uma participação efetiva na requalificação das associações locais. Para Margareth Menezes, a realização de ações educativas, culturais e produtivas são responsáveis por despertar o sentimento de pertencimento, enaltecer os saberes tradicionais e as características locais, produzindo experiências emancipatórias. “Nesse sentido, o Sebrae é fundamental para o potencial dos jovens ganhar forma. A formação de novos empreendedores passa por isto. A educação é crucial para trazer novas ideias, agregar valor e clarear novas possibilidades. Eles acabam também por aprender a administrar as suas próprias vidas, inovar na postura, adquirir conhecimento e cultivar boas redes de relacionamentos”, diz. A moradora de Massaranduba, Valdenice de Oliveira (a Branca), 22 anos, sabia que os cursos oferecidos gratuitamente pela ONG abririam novos caminhos para a meni-

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na que acabara de chegar à capital. Ao saber do vizinho da abertura de inscrições, Branca começou a costurar sua trajetória profissional. “Tinha acabado de chegar do interior e estava perdida, sem saber o que fazer. A minha dedicação e a vontade de mudar para melhor fizeram com que, após concluir o curso, fosse convidada a ser monitora. Hoje, além de ser estagiária na Fábrica, trabalho na área de costura e faço curso técnico de estamparia à tarde. Continuarei estudando para me manter no mercado”. A partir de materiais descartados, a exemplo de lonas e jeans, foi possível produzir coleções de bolsas e acessórios. “Os pedidos de encomendas, o interesse do governo estadual e a parceria com o Sebrae deram mais do que um empurrão para o lançamento do nosso primeiro catálogo de moda, previsto para o fim do ano”, explicou, Tereza Carvalho. A herança de contaminações e resíduos provocada pela presença da atividade industrial na região suscitou a idealização do Projeto MetaCentro, que surge da necessidade

da criação, desenvolvimento e manutenção de centros de tecnologia e inclusão social, implementando turmas de capacitação profissional. O lixo eletrônico doado foi responsável pela recuperação de dois laboratórios da entidade. “Da doação de peças e computadores sem utilidade, aproveitamos o possível. Para se ter uma ideia, de três computadores velhos produzimos um em perfeitas condições de uso. Vendemos a um baixo custo ou doamos para creches e associações, além de oferecermos manutenção. O aproveitamento dos recursos minerais também é uma das novas áreas que serão fomentadas na comunidade, agregando valor ao núcleo produtivo de moda”, explicou a coordenadora do Projeto Na Trilha da Cidadania, Tereza Carvalho. O projeto tem o objetivo de promover a qualificação profissional em lapidação de pedras semipreciosas e visa a implantação de núcleos de artesanato mineral para a produção de adornos, bijuterias, estatuetas e utilitários, aproveitando pequenos depósitos ou ocorrências minerais. Os recursos minerais, materiais, equipamentos, suporte técnico e treinamento da mão de obra serão fornecidos pela Companhia Baiana de Mineração (CBM). O trabalho vem dando tão certo que hoje são 450 participantes, distribuídos em quatro sedes na Península de Itapagipe: duas localizadas na Ribeira, uma no Bonfim e um novo espaço no Jardim Cruzeiro. Os resultados chamaram atenção das Secretarias Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre), de Desenvolvimento Social e Combate à Pobreza (Sedes), da Indústria, Comércio e Mineração (SICM) e da Ufba, que também se tornaram apoiadores.

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Foto JFreD PonteS

Foto JAiLSon bArboSA Foto MÁrio SÉrGio

“Acredito no Sebrae por ser uma instituição comprometida com os empresários, qualificando-os e assessorando-os para expansão dos seus negócios, além de investir na profissionalização do trabalhador autônomo e informal, tornando-o apto a se formalizar enquanto empreendedor individual, com direito a receber os benefícios legais, tais como aposentadoria e auxílio-doença.”

“O Sebrae tem contribuído para que micros e pequenas empresas e também pessoas desenvolvam toda uma capacidade de autogestão e autopromoção, através de cursos, consultorias, acesso a mercado e outras atividades. O que possibilita aos empreendedores e colaboradores o conhecimento que nos faz crescer e realizar a nossa missão. goya lopes Designer

emília almeida Diretora-geral do Instituto Mauá

Foto AnDrÉ cArvALho

“O trabalho do Sebrae Bahia é importantíssimo para o desenvolvimento social do nosso estado, por ser uma fonte de orientação para o exercício da criatividade, da inovação, da geração de renda. Ressalto aqui o desenvolvimento dos territórios criativos e da economia nesse segmento tão importante para a nossa cidade. Parabéns ao Sebrae Bahia, que, através do estímulo ao empreendedorismo, tem mudado a realidade de muita gente e de muitas comunidades.”

Foto MAteuS PereirA

Carlinhos Brown Músico e empresário

antonio albino Canelas rubim Professor da UFBA e Secretário de Cultura do Estado da Bahia

“Em uma sociedade na qual o potencial de concentração e centralização de empresas é enorme, é fundamental que existam políticas que atuem efetivamente com a missão de ‘promover a competitividade e o desenvolvimento sustentável das micro e pequenas empresas’, pois isso é essencial para manter a complexidade, pluralidade e diversidade da sociedade, garantir um desenvolvimento mais equânime, com menos concentração de rendas e desigualdade social.”

“Em um estado com tanta cultura local e personalidade, o Sebrae tem uma grande missão e alcança grandes resultados a partir do desenvolvimento dos talentos locais” Marcelo rosenbaum Designer

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Foto MAteuS PereirA

inDÚStria

Cerâmica com selo e sustentabilidade A qualidade dos blocos e telhas produzidos pela Cerâmica Santana de Alagoinhas ganhou certificação de peso em 2011, quando a empresa conquistou o selo do Programa Setorial da Qualidade (PSQ) em telhas e blocos, da Associação Nacional da Indústria Cerâmica (Anicer). “Essa conquista é resultado da sistematização, integração e responsabilidade em todos os processos da empresa. Com manutenção deste certificado, almejamos a valorização do nosso produto e o reconhecimento da empresa em nível nacional”, destaca o diretor Ailton da Cruz Alves. O caminho trilhado até a obtenção do selo foi longo. Fundada em

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2000, no município de Caetité, a empresa foi transferida para Alagoinhas quatro anos depois. Nove anos após a fundação, seus dirigentes decidiram entrar em contato com o Sebrae. “Buscamos instruções necessárias para o bom andamento da empresa. Com auxílio do Sebrae, pudemos solucionar problemas que estávamos enfrentando e antecipamos outros empecilhos que poderiam aparecer”, conta o empresário. Com a participação em treinamentos, capacitações, consultorias e programas oferecidos pelo Sebrae – a exemplo do Empretec, Gestão Financeira e Sebrae Mais de Estratégias Empresariais – a empresa aperfeiçoou aspectos da gestão

e conseguiu melhorar o processo produtivo, com ganho de tempo e redução de custos. “Aumentamos a qualidade do produto e ganhamos tempo na conclusão do processo. Houve uma redução de custo, o que gerou um melhor faturamento”, ressalta o diretor da Cerâmica Santana de Alagoinhas. O apoio do Sebrae, segundo Ailton Alves, também foi relevante para que a empresa pudesse construir um laboratório próprio e, assim, investir na melhoria dos produtos. Além disso, foi possível focar na sustentabilidade. “O setor de Cerâmica Vermelha é originado de recursos naturais e busca sempre otimizar a utilização desses recursos em prol

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Para conseguir o selo Programa Setorial da Qualidade (PSQ), a empresa participou do Projeto da Indústria da Construção Civil Salvador e RMS. Iniciado em 2010, o projeto tem a finalidade de promover o aumento da competitividade, inovação e a sustentabilidade das micro e pequenas empresas do setor na Bahia. O Sindicato da Indústria de Construção do Estado da Bahia (Sinduscon-BA), Sindicato das Indústrias de Cerâmica e Olaria do Estado da Bahia (Sindicer-BA), Sindicato das Indústrias Produtoras de Cimento do Estado da Bahia (Sinprocim-BA), Associação de Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário da Bahia (Ademi-BA), Associação para Educação em Administração Empresarial - Bahia (Abai-BA), Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP), Sindicato da Indústria de Refrigeração(Sindratar), Sindicato das Empresas de Mármores e Granitos do Estado da Bahia (Simagram-BA) são parceiros do Sebrae no Projeto. Entre as ações desenvolvidas estão o diagnóstico empresarial; a capacitação gerencial e tecnológica para as empresas; o acesso a serviços financeiros; a capacitação de fornecedores; participação em feiras e eventos do setor; o fomento ao associativismo e cooperativismo; e o desenvolvimento da cultura da inovação nas empresas e desenvolvimento tecnológico empresarial.

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da sustentabilidade. A empresa introduziu um sistema inovador de plantio adensado de eucalipto, que o tornou autossuficiente na produção de seu próprio combustível”, avalia Hirlene Pereira, gestora do Projeto de Construção Civil do Sebrae. Atualmente, todo o material energético utilizado no processo de queima dos produtos da Cerâmica Santana de Alagoinhas tem origem de florestas próprias. Agora, os donos investem na construção de um novo forno, que vai ajudar na redução de 50% do material energético utilizado e os resíduos deste processo são reutilizados no plantio de florestas e na fabricação de produtos cerâmicos.

“Buscamos instruções necessárias para o bom andamento da empresa. Com auxílio do Sebrae, pudemos solucionar problemas que estávamos enfrentando e antecipamos outros empecilhos que poderiam aparecer” Ailton da Cruz Alves Diretor da Cerâmica Santana de Alagoinhas

Fotos Mateus Pereira

Projeto da Indústria da Construção Civil Salvador e RMS

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Indústria

Leme: da fundação ao associativismo Recém-chegado do Rio de Janeiro, em 1989, o empresário William Moura montou, no centro de Salvador, a Leme Indústria e Comércio, empresa de confecção de uniformes militares. “Tinha apenas uma vontade grande de crescer na vida e um senso de empreendedorismo fortíssimo. Mas o meu conhecimento empresarial era menor que zero”, conta.

Para lidar com as dificuldades que surgiam, Moura decidiu procurar apoio do Sebrae. Na época, a orientação da Instituição foi importante para que o empresário pudesse entender questões como formação de preço de vendas e controle financeiro e, assim, melhorar a administração do negócio.

Foto Mateus Pereira

William Moura: confecção de uniformes militares.

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“Toda a gama de cursos e consultorias oferecidos pela Instituição foram muito importantes. Devo muito do meu sucesso empresarial ao Sebrae.”

Foto Mateus Pereira

William Moura Empresário

Em 2008, William Moura alçou voos mais altos. Junto com outras duas empresas de confecções, a Leme passou a integrar a Rede Brasil de Uniformes (RBU), da qual ele é presidente. “Sempre acreditei na união de pessoas para crescer. Como senti dificuldade de investimento, busquei me unir com outras empresas. Por isso que quando soube do Progredir, vi no programa a possibilidade de expansão”, relata Moura. Entre as primeiras ações da RBU, estão a compra de um galpão comum, localizado no bairro do Uruguai, além da aquisição de maquinário comum. A Rede ainda realiza estudos para efetuar compras e vendas em conjunto.

Foto JOÃO ALVAREZ

A partir daí, ele passou a participar de capacitações, consultorias e missões empresariais promovidas pelo Sebrae. “Toda a gama de cursos e consultorias oferecidos pela Instituição, sem falar na oportunidade de viajar e ter contato com outros empresários dentro e fora da Bahia, foram muito importantes e gratificantes. Devo muito do meu sucesso empresarial ao Sebrae”, destaca.

“O apoio às micro e pequenas empresas, principais geradoras de emprego na economia do estado, é fundamental para a sustentabilidade da nossa economia e das próprias empresas. Especialmente na melhora da sua gestão, das boas práticas de produção, industrialização, comercialização e prestação de serviços, e na introdução aos conceitos de inovação. E esse é o trabalho que o Sebrae desenvolve com êxito, além de oferecer uma atenção especial ao Empreendedor Individual (EI), com enorme benefício a ele e à sua legalização, atendendo a uma importante demanda social.” Victor Ventin 1º vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb)

Progredir Voltado para micro e pequenas empresas de diversos segmentos produtivos, organizado em Arranjos Produtivos Locais (APL), o Progredir é coordenado pela Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação da Bahia (Secti) e executado em parceria com o Sebrae e o Instituto Euvaldo Lodi (IEL/BA), com co-financiamento do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).

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PolítiCaS PÚBliCaS

Lei do desenvolvimento Micro e pequenas empresas se fortalecem com implementação da Lei Geral

Foto MAteuS PereirA

Desde que foi sancionada, em dezembro de 2006, a Lei Complementar nº 123 – Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas – regulamenta as normas gerais para que essas empresas possam garantir desenvolvimento aos municípios por meio do comércio local. A Lei também instituiu a figura do Empreendedor Individual, legalizando os profissionais que trabalham por conta própria. Regiões que não possuem vocação para exploração de bens naturais, dependem de iniciativas regulamentadas pela legislação capazes de empregar a mão de obra e gerar renda, como explica o coordenador de Assistências aos Municípios no Tribunal de Contas dos Municípios da Bahia, Antônio Dourado. “A Lei oportuniza o fornecimento de determinados bens à administração pública municipal pelas pequenas e microempresas locais, empregadoras dos moradores da própria cidade”, ressalta. Para o coordenador da Unidade de Políticas Públicas e Desenvolvimento Territorial do Sebrae Bahia, Roberto Evangelista, um dos pontos mais relevantes da legislação é a criação do Simples Nacional, para unificar a arrecadação dos tributos e contribuições devidos pelas micro e pequenas empresas (MPE). Por meio desse regime de tributação, impostos federais (IRPJ, PIS, Cofins, IPI, CSL, INSS

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sobre folha de salários), estaduais (ICMS) e municipais (ISS), passaram a ser recolhidos mensalmente a partir da mesma base de cálculo e de uma escrituração contábil e fiscal única. Através da Lei Geral, os benefícios se estendem para além da questão tributária. Um exemplo é a desburocratização para a abertura e baixa de micro e pequenas empresas. A atividade pode ser iniciada forma imediata, por meio de um Alvará de Funcionamento Provisório. As vistorias são realizadas após o início do funcionamento da empresa, exceto quando a atividade for considerada de alto risco. Para a baixa de empresas sem atividade há mais de três anos, o processo é feito automaticamente, sendo que os sócios assumem os débitos como pessoas físicas. A Lei Geral facilita também a obtenção de crédito. Por meio de programas que recebem subsídios do Governo Federal, os bancos oficiais

passaram a oferecer linhas de crédito específicas para micro e pequenas empresas, com taxas de juros diferenciadas. A legislação determina ainda que um mínimo de 20% dos recursos federais, estaduais e municipais sejam alocados para aplicação em pesquisa, desenvolvimento e capacitaçãço tecnológica por parte de instituições públicas de fomento à tecnologia. Outro capítulo importante citado por Roberto Evangelista é o que trata dos processos licitatórios na aquisição de produtos e serviços públicos. “A Lei institui, por exemplo, que, nas contratações de até R$ 80 mil, apenas as MPE participam. No caso de subcontratação, até 30% será feita somente para pequena empresa”, diz. O diálogo com o poder público também ganhou espaço através da Lei Geral com a criação do Fórum Permanente das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte. O objetivo é orientar a formulação e a coordenação da política nacional de desenvolvimento para o segmento das MPE. Participam do Fórum órgãos federais e entidades de representação empresarial. Hoje, as micro e pequenas empresas totalizam 99,2% dos negóAntônio Dourado, coordenador de Assistências dos Municípios do TCM/BA

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Mérito público Desde 2010, Santo Antônio de Jesus regulamenta normas de incentivo ao desenvolvimento das micro e pequenas empresas e dos Empreendedores Individuais. O Programa “Tô Legal” é um exemplo de iniciativa que oferece vantagens para os EI, com o registro simplificado no Cadastro Nacional de Pessoas jurídicas (CNPJ), que facilita a abertura de conta bancária, o acesso às linhas de créditos e a emissão de notas fiscais. Outro incentivo diz respeito ao ISS, que, quando pago mensalmente, seu valor é revertido em desconto no IPTU do ano seguinte. O tra-

balhador formalizado também tem isenção no pagamento da taxa de fiscalização e funcionamento (TFF) e não paga pela taxa de licença e localização (TLL), nem inscrição, alteração e baixa no cadastro municipal. Outra iniciativa é o CrediBahia, o programa de microcrédito do governo estadual, em parceria com o Sebrae e prefeituras. As ações de formalização dos empreendedores refletem diretamente sobre a arrecadação de tributos, dando ao gestor público municipal possibilidade de desenvolver novos projetos locais, com reflexo direto sobre toda a dinâmica da cidade. Através do conceito “Santo Antônio de Jesus – Cidade Empreendedora”, a gestão municipal fomenta diferentes ações para estimular a economia local, como a capacitação de baianas de acarajé e artesãos. “O resultado é que hoje Santo Antônio de Jesus figura como um dos municípios baianos com maior quantidade de Empreendedores Individuais e uma das maiores populações de EI por habitante do País”, comemora Euvaldo Rosa, prefeito da cidade. Em 2011, ele foi o grande vencedor da etapa estadual do Prêmio Sebrae Prefeito Empreendedor. Além disso, o gestor recebeu esta premiação nacionalmente, na categoria Melhor Projeto, representando a região nordeste. Desde a primeira edição do Prêmio Prefeito Empreendedor, os prefeitos baianos vêm apresentando seus diferenciais para contribuir com o desenvolvimento dos municípios. Em 2002, o então prefeito da cidade de Maracás, Fernando Carvalho, no sudoeste do Estado, venceu o prêmio pela região Nordeste, através de um programa chamado Cidade da Flor, que era destinado a garantir empre-

Foto MÁrio SÉrGio

cios formais do País, com mais de seis milhões de empreendimentos e mais de 78,7% dos 111.746 empregos formais criados só no primeiro semestre desse ano. No entanto, o número de contratações das micro e pequenas empresas pelas gestões municipais ainda precisar aumentar, segundo Antônio Dourado. Ele afirma que, em muitos casos, o fato é determinado na elaboração do edital de licitação, que, dependendo da forma de oferecimento da proposta – se por item ou global – já exclui os fornecedores que não comercializem ou não disponham de todos os produtos listados como objeto do edital. Uma das previsões da Lei é a implantação da Sala do Empreendedor nos municípios, um espaço que oferece orientações sobre abertura e funcionamento de empresas. Atualmente, na Bahia, já são 35 espaços como esse, capazes de, segundo Roberto, “acolher o Empreendedor Individual e a micro e pequena empresa, para que possa equacionar suas demandas junto ao poder público municipal”.

Prêmio Sebrae Prefeito Empreendedor Com o objetivo de identificar, valorizar e difundir ideias criativas e efetivas que estimulem a implantação e o sucesso de micro e pequenas empresas nos municípios brasileiros, o prêmio está em sua sétima edição. Essa iniciativa, que mostra como bons exemplos viraram bons negócios no Brasil, possui, além de etapa estadual, 12 premiações, cinco regionais (Norte, Nordeste, Centro Oeste, Sudeste e Sul) e sete destaques temáticos: Compras Públicas dos Pequenos Negócios Locais; Formalização de Pequenos Negócios e Apoio ao Empreendedor Individual; Lei Geral Municipal; Médios e Grandes Municípios; Crédito e Capitalização; Planejamento e Gestão Pública para o Desenvolvimento Sustentável; e Promoção do Desenvolvimento Rural.

go e renda para famílias carentes, através da floricultura. Na etapa estadual de 2007, o vencedor foi o então prefeito de Camaçari, Luiz Caetano, por seu projeto de gestão voltado para a criação de um ambiente favorável a micro e pequenos negócios. A prefeita de Lauro de Freitas, Moema Gramacho, destacou-se em duas edições do prêmio. Em 2009, venceu na etapa estadual na categoria principal, Melhor Projeto. Já na edição de 2011, também na etapa estadual, a prefeita foi contemplada na categoria “Compras Públicas”, por conta de suas políticas de estímulo às micro e pequenas empresas.

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Foto DANIELA Carvalho

Empreendedor individual

Cidadania empresarial Quando procurou o Sebrae, em fevereiro de 2010, Edson Batista não sabia que estava prestes a se tornar um dos primeiros Empreendedores Individuais (EI) da Bahia. Hoje, quase três anos depois, já são mais 200 mil baianos formalizados, que conquistaram a cidadania empresarial. “Eu já trabalhava na área, mas não me sentia seguro, principalmente em relação à aposentaria”, afirma o técnico em eletrônica, que trabalha na cidade de Campo Formoso, no norte do estado.

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A preocupação de Edson era a mesma de muitos trabalhadores autônomos que, até então, conviviam com os riscos da informalidade. Com o Empreendedor Individual, esses trabalhadores passaram a possuir CNPJ, ter acesso a serviços bancários e a possibilidade de vender para o governo e outras empresas. “Hoje, como posso emitir nota fiscal, tenho muito mais clientes. Antes, nem imaginava isso”, completa Batista. A possibilidade de emissão de nota fiscal também é apontada por

outros Empreendedores Individuais como um dos pontos-chave para o crescimento dos seus negócios. É o caso de Fábio Lima, que se formalizou em 2010, para atuar com criação e impressão de peças gráficas. “Me tornar um EI melhorou minha autoestima como empresário. Ao invés de só vender para conhecidos, passei a me sentir parte do mercado”, destaca. A história de Fábio é um dos muitos exemplos de como a formalização aliada à capacitação empresarial

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Foto LuAne SAntoS

EI na Bahia

Lima migrou de EI para microempresa.

Foto cArLoS bAuMGArten

“Estou me sentindo milionária. E tudo começou como Empreendedora Individual com o apoio do Sebrae e da Abrasel (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes). Passei a ser respeitada e a ter crédito na praça. Estou muito feliz porque adoro cozinhar. Também estou muito feliz porque trabalho com meus filhos e com pessoas aqui do bairro. Ao todo são dez funcionários, todos uniformizados, com luvas, toucas e uniformes com a marca Mary Mar.”

pode trazer resultados positivos em curto prazo. Fábio participou de cursos oferecidos gratuitamente pelo Sebrae e, com menos de dois anos de formalização, aumentou o faturamento e migrou de Empreendedor Individual para microempresa. “O curso de Gestão Financeira me ajudou a controlar e planejar os recursos da empresa, isso foi essencial para a compra dos equipamentos que permitiram o crescimento”, afirma.

Foto MAuirÍcio MAron

Mary Carvalho Menezes (Mary Mar) Após dez meses como empreendedora individual, viu seu restaurante evoluir para microempresa.

Emerson Rodrigues, pipoqueiro.

Ao se formalizar, o Empreendedor Individual opta por uma ocupação relativa à sua atividade principal e pode registrar até outras quinze ocupações para suas atividades secundárias, entre mais de 400 possibilidades disponíveis. Na Bahia, a atividade com maior número de EI formalizados é comércio varejista de produtos de vestuário e acessórios, com mais de 20 mil empreendedores. Também são destaques o comércio de produtos alimentícios, com quase 11 mil formalizações, e os profissionais que trabalham como cabeleireiros, cerca de 13 mil. Outra ocupação com um grande número de trabalhadores formalizados é a de serviços ambulantes de alimentação, que tem mais de seis mil EI. É nesta categoria que se enquadra o pipoqueiro Emerson Rodrigues, de Ilhéus, no sul do estado. Conhecido como Sorozinho, ele faz parte de uma família conhecida por trabalhar no ramo e que tem o seu pai, o famoso Soró, como mentor. Atualmente, ele, o pai e mais seis familiares – entre irmãos, esposas e filhos – trabalham com pipoca e atendem desde o público das ruas de Ilhéus até os hospedes de hotéis de luxo da região. Com cerca de 9 mil sacos de pipoca vendidos por mês, Sorozinho não hesita em citar a formalização como uma das chaves para o sucesso da sua família. “São oito formalizados como Empreendedor Individual, que participam das atividades promovidas pelo Sebrae. A vida melhorou muito. Valeu não ter desacreditado e ter investido no negócio”, revela.

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Educação empreendedora

Ensinar a empreender Soluções segmentadas para cada público. Acompanhar e se adaptar às transformações no mundo do empreendedorismo no Brasil. Este tem sido um dos principais desafios da Unidade de Educação Empreendedora do Sebrae ao longo da sua história.

Fotos Mateus Pereira

A criação da modalidade Empreendedor Individual (EI) e o surgimento de novas possibilidades de acesso aos conteúdos refletiram diretamente nas soluções educacionais oferecidas atualmente pelo Sebrae. Entre as principais mudanças, estão a adesão de novos referencias educacionais e a disponibilização de soluções em formatos que não existiam antes, como cursos via internet e SMS, programas de rádio e televisão, e até kits para aprendizagem autônoma. “Estas soluções estão em novos formatos e obedecem

à segmentação de público”, destaca Jacqueline Baqueiro, analista da Unidade de Educação Empreendedora do Sebrae. Com base nessa segmentação, o Sebrae oferece grupos de produtos específicos para determinados públicos. Como, por exemplo, o Sebrae Empreendedor Individual (SEI), conjunto de seis oficinas gratuitas voltadas para os EI. Construídas com linguagem simples e abordagem direta, as oficinas tratam de etapas essenciais na administração de pequenos negócios: Sei Comprar, Sei Vender, Sei Controlar o meu Dinheiro, Sei Empreender, Sei Planejar e Sei Unir Forças para Melhorar. Voltado para as microempresas – aquelas que apresentam o faturamento anual até R$360 mil –, o projeto Na Medida é o mais novo conjunto de soluções segmentadas do Sebrae. Criado a partir das demandas dos próprios empresá-

rios, levantadas através de pesquisas realizadas em todo o Brasil, o Na Medida é composto por cursos, consultorias e palestras focados na melhoria da gestão dos negócios específicos dessa faixa de faturamento. Em fase final de implantação, o projeto estará disponível em todas as Unidades Regionais da Bahia a partir de janeiro de 2013. Focado em empresas com mais de dois anos de funcionamento e que já tenham superado questões básicas de gestão nas áreas de recursos humanos, processos, marketing e finanças, o Sebrae Mais foi planejado para quem tem interesse em expandir seus negócios, trocar experiências com outros empresários e buscar soluções para crescer e evoluir cada vez mais. As soluções do Sebrae Mais são: Empretec, Estratégias empresariais, Gestão da inovação - inovar para competir, Programa Sebrae de Gestão da Qualidade (PSGQ), Planejando para Internacionalizar, Gestão Financeira - do controle à decisão e Encontros Empresariais.

Aprender a distância

Empreendedorismo online: www.ead.sebrae.com.br

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Pensando em oferecer alternativas aos empreendedores que queriam passar por capacitações, mas não tinham tempo para se dedicar a cursos com carga horária contínua, foi criado, há dez anos, o Sebrae EAD. A plataforma, que atende a clientes de todo o País, oferece cursos gratuitos via internet, onde cada aluno pode adequar as aulas aos horários disponíveis. Atualmente, são 30 cursos diferentes, nas mais diversas áreas, como gestão financeira, atendimento ao cliente e técnicas de vendas.

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Educação empreendedora

Fotos MARCUS AUGUSTO

Conhecimento: fórmula para crescer

Em 12 anos de atividade, a Natulab, empresa do ramo farmacêutico de Santo Antônio de Jesus, deslanchou no mercado. E tudo começou com o Empretec. O empresário Marconi Sampaio, diretor-executivo da empresa, participou do seminário em 1999. “Foi em 1999. Já tínhamos feito estudos de oportunidades, ameaças e um plano de negócios. Mas o Empretec induziu a uma reavaliação”, conta Marconi. O empresário diz que observou algumas falhas no planejamento. “O seminário é fundamental, pois nos ajuda a enxergar os pontos fracos, para corrigir erros, e aprimorarmos os pontos fortes, para obtermos melhores resultados”, pontua.

Por conta do Empretec, Marconi decidiu esperar. Ao invés de dar início ao negócio no mês seguinte ao seminário, como havia planejado, resolveu abrir a empresa um ano depois. “Passei a avaliar, inclusive, o perfil dos colaboradores. Vi que era necessário que eles também fossem empreendedores”, afirma. De uma microempresa com seis funcionários, a Natulab expandiu e, hoje, emprega mais de 600 pessoas. “Por meio do seminário, obtivemos uma visão de longo prazo, o que ajuda a minimizar riscos e potencializar ganhos”, diz. Entre as conquista da empresa, ao longo dos anos, está o Prêmio Realce, em 2002, atual MPE Brasil. A Natulab foi contemplada na categoria Indústria.

Empretec O Empretec é um seminário que tem por objetivo desenvolver, características de comportamentos empreendedores. O programa foi desenvolvido pela Organização das Nações Unidas (ONU), visando o fortalecimento dessas características. O participante identifica seu potencial empreendedor e verifica quais são seus pontos fortes e fracos. O Empretec é aplicado no Brasil desde 1991. Na Bahia, os primeiros seminários aconteceram em 1996. Amplamente elogiado pelos participantes, o seminário atua dentro das questões comportamentais e é realizado em seis dias.

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Fotos Mateus Pereira

Educação empreendedora

Metas para inovar A diretora da NNova, Neuza Marques, também já participou do Empretec. Ela está à frente de um negócio que surgiu em 2008, cuja atuação se dá através da prestação de serviços no segmento imobiliário. “Posso destacar a incorporação do hábito de estabelecermos metas. Após a

Gestão Financeira – Do controle à decisão Por meio de encontros presenciais e utilização da internet para interação com o facilitador, a capacitação aborda temas como controles financeiros, capital de giro, liquidez, indicadores de desempenho e planejamento orçamentário.

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participação, melhoramos também o planejamento e o monitoramento sistemático de nossas ações, além de evidenciar a importância para realizar o treinamento constante da equipe”, ressalta. Além do Empretec, Neuza também participou do curso Gestão Financeira, oferecido dentro do Sebrae Mais. “Percebemos a necessidade de programarmos novos controles em função do crescimento da empresa, aproveitando as melhores práticas e aperfeiçoando os pontos identificados como frágeis”, conta. Através do curso, a empresária diz que foram obtidos inúmeros benefícios. “Um deles foi a definição de

um pró-labore, que representava um grande desafio”, destaca. Para a empresária, a busca pelo conhecimento deve ser contínua. “Entendo que há sempre algo para fazer e aprender. Para quem deseja ser referência em inovação, a busca por conhecimento não cessa”, afirma.

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Empreendedorismo

Sabores da vida sobre empreendedorismo, gestão empresarial e relacionamento com clientes auxiliou Elon a escolher o Bistrô Sabores da Noite como opção de vida. Em um ponto paradisíaco da Marina da Ilha de Itaparica, há três anos, ele se tornou empresário. Formalizado como Empreendedor Individual, Elon aproveitou sua experiência também para ajudar o empresariado local. Em 2009, ele fundou a Associação Comercial Empresarial de Itaparica (Aceita). Atualmente é o vice-presidente da Central de Negócios Itaparica – Negócios Turísticos (IINT), formada após o Clube da Excelência, em 2009, que faz parte do Projeto de Turismo da Baía de Todos-os-Santos, realizado pelo Sebrae.

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Fotos Mateus Pereira

O economista e ex-funcionário do Sebrae, Elon Coelho, transformou toda a experiência acumulada em 17 anos de colaboração com a Instituição em prática. O conhecimento

“O Sebrae induziu e estimulou a minha vontade de empreender. Precisamos do espírito empreendedor, mas também é necessário técnica.”

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O Sebrae possui uma estrutura de atendimento presencial em diversas cidades na Bahia, disponibilizando aos empresários orientação, formalização, consultoria, capacitação e informação.

Centro de Atendimento ao Empreendedor Av. Sete de Setembro, 261 – Mercês CEP. 40060-035 Tel. 71 3320.4526

Ponto de Atendimento na Bahia

Fotos Mateus Pereira

Sebrae perto de você Localizado no Palacete das Mercês, construído no século XIX, o Centro de Atendimento ao Empreendedor funciona de segunda a sexta-feira, de 9 às 17h.

Guanambi

Lauro de Freitas

Av. Barão do Rio Branco, 292 – Centro CEP. 46430-000 Tel. 77 3451.4557

Lot. Varandas Tropicais nº 279, Q.3 Lote 16, Rua A, Galpão 01 – Pitangueiras CEP. 42700-000 Tel. 71 3378.9836

Ilhéus Av. Dois de Julho, 1039, Térreo – Centro CEP. 45653-040. Tel. 73 3634.4068

Ipiaú

Além do Centro de Atendimento ao Empreendedor, o Sebrae Bahia possui 31 Pontos de Atendimento, distribuídos em dez unidades regionais.

Praça João Carlos Hohllenwerger, 39 – Centro CEP. 45570-000 Tel. 73 3531.6849/5696

Alagoinhas

Itaberaba

R. Rodrigues Lima, 126-A – Centro CEP. 48010-040 Tel. 75 3422.1888

Barreiras Av. Benedita Silveira, 132, Ed. Portinari Térreo – Centro. CEP. 47804-000 Tel. 77 3611.3013/ 4574

Brumado R. Dr. Mário Meira, 79 – Centro CEP. 46100-000 Tel. 77 3441.3543

Camaçari

Irecê R. Coronel Terêncio Dourado, 161 Centro CEP. 44900-000. Tel. 74 3641.4206 R. Rubens Ribeiro, 253, Ed. Tropical Center Salas 22 / 23 – Centro CEP. 46880-000 Tel. 75 3251.1023

Itabuna Av. Francisco Ribeiro Júnior nº 198 Ed. Atlanta Center – Centro CEP. 45600-921 Tel. 73 3613.9734

Itapetinga Av. Itarantim, 178 – Centro CEP. 45700-000 Tel. 77 3261.3509

R. do Migrante, s/n – Centro CEDAP – Casa do Trabalho CEP. 42800-000 Tel. 71 3622.7332

Ipirá

Euclides da Cunha

Jacobina

R. Oliveira Brito, 404 – Centro CEP. 48500-000 Tel. 75 3271.2010

Eunápolis R. 5 de Novembro, 66, Térreo – Centro CEP. 45820-041 Tel. 73 3281.1782

Feira de Santana R. Barão do Rio Branco, 1225 – Centro CEP. 44149-999 Tel. 75 3221.2153

Praça Roberto Cintra, 400-A – Centro CEP. 44600-000 Tel. 75 3254.1239 R. Senador Pedro Lago, 100, Salas 1 e 2 Centro CEP. 44700-000 Tel. 74 3621. 4342

Jequié R. Felix Gaspar, 20 – Centro CEP. 45200-350 Tel. 73 3525.3552 / 3553

Juazeiro Praça Dr. José Inácio da Silva, 15 Centro CEP. 48903-430 Tel. 74 3612.0827

Paulo Afonso R. Amâncio Pereira, 60 – Centro CEP. 48602-110 Tel. 75 3281.4333

Porto Seguro Praça ACM, 55 – Centro CEP. 45810-000 Tel. 73 3288.1564

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