Revista Conexão Bahia 220 - Sebrae

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E D I ÇÃO 2 2 0

VERÃO E NEGÓCIOS EM ALTA FRUTAS VERMELHAS SÃO SENSAÇÃO NA CHAPADA

FOTO: DARIO G. NETO

CERVEJAS ARTESANAIS BAIANAS GANHAM MERCADOS


HILDA APRENDEU A SER TÃO BOA EM GESTÃO QUANTO É NO FEIJÃO. MELHOROU TANTO, QUE ATÉ CONTRATOU MAIS.

Seja para quem busca empreender, para quem quer começar um negócio ou precisa inovar para se diferenciar da concorrência, o Sebrae atua para fortalecer empresas. E empresas mais fortes geram consumidores mais satisfeitos, trabalhadores mais comprometidos, um mercado mais aquecido e um estado inteiro mais desenvolvido. O que o Sebrae pode fazer pelo seu negócio? Conheça histórias reais em: WWW.SUAVIDATEMSEBRAE.COM.BR


DESCUBRA O SEBRAE E CONTE COM A GENTE.


EXPEDIENTE Publicação do Sebrae Bahia nº 220, novembro de 2018 Presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae Bahia

Antônio Ricardo Alvarez Alban Diretor-superintendente

Jorge Khoury Hedaye Diretores

Franklin Santana Santos José Cabral Ferreira

UNIDADE DE MARKETING E COMUNICAÇÃO Gerente

Camila Passos Jornalista responsável

Pedro Soledade (DRT/BA 5546) Equipe

Alice Vargas, Isabela Oliveira, Jéssica Ferrari, Pedro Soledade, Rafael Pastori e Vanessa Câmera. Estagiários: Cristiana Fernandes, Milena Moutinho, Rafael Bacellar e Ricardo Belens.

Agência Sebrae de Notícias (Varjão & Associados Comunicação)

Alisson Andrade, Analice Vieira, Carla Fonseca, Carlos Baumgarten, Clara Solla, Igor Leonardo, Dario G. Neto, Luciane Souza, Lucilene Santos, Nara Zaneli, Rafael Lopes, Tamara Leal, Viviane Cabral e Vívian Rodrigues. Revisão de texto

Carlos Baumgarten Edição

Carla Fonseca Edição de fotografia

Darío G. Neto Capa

Dario G. Neto Projeto gráfico original

Eduardo Vilas Boas Editoração

Yayá Comunicação Integrada Impressão

Qualigraf Serviços Gráficos e Editora Ltda. Tiragem

10.000 exemplares Mensagens

Sebrae – Unidade de Marketing e Comunicação Rua Horácio Cézar, 64 – Dois de Julho Salvador/Bahia-CEP 40060-350 jornalistassalvador@varjao.com Telefones

(71) 3320-4558/4367 Agência Sebrae de Notícias

FOTO: DARIO G. NETO

www.ba.agenciasebrae.com.br


EDITORIAL

TEMPERATURA E NEGÓCIOS EM ALTA

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verão chega acompanhado de oportunidades de negócio. E a reportagem de capa da Revista Conexão mostra duas pesquisas realizadas pelo Sebrae que expõem o perfil dos turistas. O objetivo é contribuir para a tomada de decisões tanto dos gestores públicos, quanto dos empresários do setor. Uma delas foi realizada no bairro do Rio Vermelho, em Salvador, e mapeou 162 estabelecimentos no local. A outra apresenta informações que têm como base entrevistas presenciais com 4.010 turistas, de Ilhéus, Itacaré, Porto Seguro e Morro de São Paulo. Outra reportagem especial desta edição mostra uma iniciativa do Sebrae que mudou a vida de agricultores de Barra da Estiva. O estudo de viabilidade que deu o suporte inicial de planejamento e implantação do cultivo de amora preta no local trouxe uma nova perspectiva para a economia local. De olho no crescimento da produção e do mercado consumidor de cervejas artesanais, o Sebrae está atuando junto às microcervejarias da Bahia no intuito de fortalecer a cadeia e contribuir para a melhoria do ambiente de negócios. Esse tema também faz parte desta edição da revista. Além disso, estão presentes cases de sucesso que inspiram empreendedores de todo o estado. Produção manual e personalizada de artigos de papelaria foi a ideia do empreendedor de Itabuna, Thiago Lucas Lavander, para driblar o desemprego. Esta edição também apresenta a história da Gráfica Exemplar, em Santo Antônio de Jesus, e da JB Auto Peças e Serviços, em Jacobina. Boa leitura!

Verão, praia e negócios. Temporada turística movimenta o litoral baiano


FOTO: DARIO NETO

SUMÁRIO

EDIÇÃO 220

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NOVEMBRO 2018

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CONEXÃO BAHIA

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SEBRAE BAHIA

10 8_PRA COMEÇAR Para assumir o protagonismo

10_SOU MEI Criatividade para driblar o desemprego

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SOU MEI

12_EMPREENDER

18_EMPREENDER

Queridinhas dos baianos

Com unhas e dedicação

16_EMPREENDER

22_MERCADO

Imprimindo o sucesso

Sertão verde e sustentável

FOTO: DARIO G. NETO

FOTO: MAURÍCIO MARON

EMPREENDER


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CAPA ;;;;;;;;;;;;;

Alta temperatura

MERCADO

FOTO: DILL SANTOS

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29_MERCADO

38_INOVAR

Novos Berries Baianos

Inovar para competir

32_ABRE ASPAS

41_PRA CRESCER

William Caldas

Eixos para o desenvolvimento

35_INOVAR

44_MEU NEGÓCIO

INOVAR ;

FOTO: RAFAEL SANTANA

Inovação de pai para filha

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Explorando a qualidade do serviço


Iniciado no primeiro semestre de 2018, o programa de formação de líderes aconteceu em Alagoinhas, Salvador, Jequié, Amargosa e Itabuna

PARA ASSUMIR O PROTAGONISMO Programa Liderar o Futuro busca desenvolver líderes empresariais engajados no desenvolvimento regional e no empreendedorismo FOTOS: DARIO G. NETO

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ormar líderes empresariais com uma ampla visão sobre o universo dos negócios é o principal objetivo do Liderar o Futuro, programa desenvolvido pelo Sebrae Bahia que formou uma turma piloto em Alagoinhas, no início do ano, e está sendo realizado em Salvador, Jequié, Amargosa e Itabuna. A iniciativa prepara empresários para fortalecer as entidades de classes e assumir o protagonismo no ambiente de negócios local. O programa busca formar líderes empresariais ou pessoas que queiram desenvolver a capacidade de liderar, conscientes e engajadas com as causas do desenvolvimento das micro e pequenas empresas nos seus municípios. A ideia é que essas pessoas gerem ações de impacto positivo no ambiente dos pequenos negócios e do empreendedorismo. O Liderar o Futuro está estruturado em nove encontros quinzenais, com oito horas de dura-

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ção cada. Um encontro com lideranças de renome estadual e nacional para compartilhar experiências, além de cinco horas de mentoria por grupo. Os pilares do programa estão focados no desenvolvimento de competências essenciais, considerando os seguintes aspectos: a pessoa como líder; o líder se relacionando; líderes orientados para resultados e líderes promovendo engajamento. O gestor do programa, André Gustavo Barbosa, explica que a iniciativa busca incentivar que os empresários tenham uma visão mais ampla acerca do universo dos pequenos negócios. “A ideia é que eles tenham entendimento de questões que favoreçam o ambiente de negócios em seus municípios, a exemplo da implementação da Lei Geral da Micro e Pequena Empresa”, diz. André destaca ainda que o programa chama a atenção para a importância das representa-


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ções das entidades de classe, como associações e federações. “As entidades desempenham um papel importante na representação dos empreendimentos, principalmente nos municípios. Por isso, o foco do programa é o desenvolvimento de lideranças empresariais, que possam ter uma visão mais ampla, não apenas sobre a sua atividade, mas sobre o universo dos negócios de um modo geral”, completa. O superintendente do Sebrae Bahia, Jorge Khoury, ressalta a importância da realização do Liderar o Futuro. “Esse é um programa que começou na Bahia e estamos em vias de expandir nacionalmente. E, independentemente do tipo de negócio, o Liderar o Futuro traz conhecimentos fundamentais tanto para a vida empresarial, quanto para a vida pessoal”, afirma. Rosemma Maluf, coordenadora da Câmara da Mulher Empreendedora, da Fecomercio-BA, entidade parceira do programa, falou também sobre a importância do conhecimento adquirido com o Liderar o Futuro. “Desenvolver nossa capacidade de liderar contribui para que possamos realizar transformações, seja enquanto empresárias e empresários, seja enquanto cidadãos comuns”, menciona.

O SUPERINTENDENTE DO SEBRAE, JORGE KHOURY, RESSALTA O PIONEIRISMO DA BAHIA

COMEÇAR

O presidente da Fecomercio-BA, Carlos Andrade, comentou o atual momento por qual passa o país e, nesse contexto, destacou o papel do líder para também conduzir as transformações necessárias. “Precisamos de lideranças preparadas para conquistarmos um país melhor”, conclui. RESULTADOS “O curso contribuiu em todos os sentidos. Na minha atividade empresarial, no desenvolvimento da liderança, no relacionamento interpessoal, na busca dos novos desafios e no comprometimento de alcançar as metas, na administração do tempo e na melhora como pessoa”. A afirmação é do presidente da Associação Comercial de Alagoinhas, José Carlos Garcia, que participou do programa Liderar o Futuro no município. Outro formando que participou do programa foi o administrador de condomínios Anaclécio Andrade, que destacou o autoconhecimento como principal vantagem. “O curso me fez descobrir quais eram as minhas características como líder, identificando pontos fortes e fracos. Conheci ferramentas que me possibilitaram avaliar melhor o perfil dos colaboradores, assim como selecionar os candidatos em um eventual processo seletivo”, aponta. O Liderar o Futuro é uma iniciativa do Sebrae e conta com as parcerias de entidades representativas, como a Federação das Associações Comerciais e Empresarias da Bahia (FACEB), a Federação da Câmara de Dirigentes Lojistas (FCDL), Federação de Agricultura e Pecuária do estado da Bahia (FAEB) e Federação das Indústrias do estado da Bahia (FIEB). Os interessados em obter informações podem entrar em contato diretamente com a Unidade de Gestão de Portfólio do Sebrae Bahia, através do telefone (71) 3320-4505.

O programa busca formar líderes empresariais ou pessoas que queiram desenvolver a capacidade de liderar

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A Art & Recorte investe na produção manual de artigos de papelaria com divulgação on-line

CRIATIVIDADE PARA DRIBLAR O DESEMPREGO Ao apostar na produção manual e personalizada de artigos de papelaria, Thiago garantiu a renda mensal e o diferencial competitivo no mercado FOTOS: MAURÍCIO MARON

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á cinco anos, o Microempreendedor Individual (MEI) Thiago Lucas Lavander, de Itabuna, estava desempregado, quando teve a ideia de produzir agendas, cadernos, bloquinhos e planners personalizados para ter uma fonte de renda mensal. A aposta no negócio deu tão certo, que ele conseguiu atrair um público diversificado, desde pessoas físicas até jurídicas, e com o apoio do Sebrae, alcançou o direcionamento ideal e as ferramentas específicas para estruturar a Art & Recorte. O carro-chefe dos pedidos, as agendas personalizadas, surgiu a partir da ausência de uma novidade no segmento de papelaria. “Quando eu ou alguém procurava algo personalizado, ninguém tinha, daí a ideia de produzir algo diferente, com a marca do cliente estampada na capa”, conta Thiago, que é responsável pela produção até a finalização. “Sou eu quem faço

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os recortes de papel com minha mãe e minha namorada, sendo que o pesado eu faço, que é o corte e a limpeza do papelão utilizado.” Além das agendas de diversos tamanhos, Thiago produz encadernações, cadernos de tamanhos em geral, blocos de anotações, diário de gravidez, livro do bebê, caderno de receitas, planners para os pets, devocionário, ckecklist de compras, cadernos de controle financeiro, dentre outros. O trabalho manual ganha autenticidade e torna-se um diferencial competitivo de mercado, a partir do momento em que o cliente participa do processo, desde o compartilhamento das ideias sobre o projeto que ele deseja até a parte de avaliação final sobre como vai ficar o produto. Para Thiago, essa possibilidade é gratificante, “porque não é minha opinião, ideia ou algo parecido. É o parecer do cliente tomando


SOU MEI

forma visível. Através desse processo, o cliente se sente realizado com o projeto”. Satisfeita com um dos produtos que adquiriu, um caderno de duas capas, a professora Sanlai Santos Lima declarou que encomendou um caderno de receitas, de presente para a mãe, e revelou que ficou surpresa de como cada detalhe é pensando, na busca de otimizar os espaços destinados à escrita, que segundo ela, pode ser guardado como relíquia de família. “É muito interessante como ele consegue dar forma no papel sobre o que a gente imagina. Este é o diferencial”, declarou Sanlai. “É a partir dessa inovação de produtos e serviços que a empresa se mantém no mercado”, declarou o gerente adjunto do Sebrae em Ilhéus, Michel Lima. Ele atenta para a importância do empreendedor buscar diferenciais e não ficar para trás. “A essência do empreendedor é a inovação. É através dela que o mesmo tem condições de renovar sua clientela a cada dia com a oferta de bens e serviços diferenciados, independentemente do porte do negócio”, concluiu o gestor. Com o apoio do Sebrae, Thiago participou de capacitações para a estruturação da Art & Recorte, sobre: Como organizar a estrutura da empresa; Como tratar o cliente; e Como desenvolver um plano de negócios. Ele foi ainda orientado sobre a área de finanças e o controle de estoques da empresa que, segundo Thiago, ajudaram na organização das atividades. Ele pretende lançar o Planner do Microempreendedor Individual. A inovação

será composta com o plano anual, mensal e semanal de negócios e de ação, registro de fechamento do mês, planejamento financeiro, pedidos e produção, controle de vendas, encomendas e fornecedores. Tudo aquilo que o MEI precisa para gerir melhor o seu negócio. Recentemente, no mês de julho deste ano, Thiago voltou ao mercado de trabalho formal, numa empresa de comunicação visual durante o dia, mas mantém a rotina de serviços com a Art & Recorte no período noturno, em sua residência. “Apesar de desgastante, prefiro abdicar do lazer para fazer o que eu gosto”, conta. O atendimento é feito de forma on-line e a divulgação e a comercialização dos produtos são feitas nas redes sociais, via Facebook, Instagram e WhatsApp. Ele trabalha com o papel reciclável, um papelão cinza (fabricado pela empresa Hörlle) que é mais resistente e não enverga tão facilmente. Esse mesmo papelão tem outras finalidades, que são: confecção de capas de cadernos, livros e agendas; malas; pastas; calendários; displays; caixas; quebra-cabeças e brindes em geral.

Thiago pretende lançar o Planner do Microempreendedor Individual

Diário de gravidez, livro do bebê e planners para os pets estão entre os produtos oferecidos pela Art & Recorte

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QUERIDINHAS DOS BAIANOS Mercado de cervejas artesanais ganha força na Bahia FOTOS: DARIO G. NETO

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roduto antes encontrado apenas em lojas de bebidas importadas, as cervejas artesanais ganharam força na Bahia com o aumento da produção local. Atualmente, oito microcervejarias baianas estão registradas no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), e mais de 130 cervejeiros artesanais associados à ACervA Baiana, entidade que agrega cervejeiros artesanais no estado há quase dez anos, com mais de 150 rótulos catalogados. O negócio, muitas vezes, inicia como hobby por apaixonados pela bebida. As microcervejarias também se constituem como empreendimentos direcionados para a gastronomia, formatados em pequenas unidades de produção com apelo artesanal. Um desses exemplos é a Cervejaria Berenice,

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integrante do grupo das pioneiras na Bahia por estar entre as primeiras a conseguir o registro no MAPA para fabricação de cervejas artesanais. A microcervejaria produz cerca de mil litros por mês, mas com capacidade de fabricar o dobro desta quantidade. De acordo com o proprietário do empreendimento, Diogo Macedo, o interesse pela bebida surgiu em 2008, quando viajou para São Paulo e teve contato pela primeira vez com uma cerveja artesanal. “Logo no primeiro gole veio em minha cabeça: se o vinho pegou na Bahia, é óbvio que cerveja vai pegar muito mais”, lembra. O empreendedor passou a monitorar o mercado para, dois anos depois, com a ajuda do Sebrae, a partir das vivências desafiadoras do seminário Empretec, montar o novo restauran-


EMPREENDER

A Cervejaria Berenice, de Diogo Macedo, localizada em Lauro de Freitas, produz cerca de mil litros por mês

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te e o cardápio já harmonizado com a bebida. “Foi exatamente desse ano em diante que o mercado só fez crescer. Acredito que o clima e a paixão do baiano por cerveja foram os grandes impulsionadores desse crescimento. O Empretec foi muito importante, me ajudou a enxergar, como empresário, situações em que eu só pensava como consumidor. É uma ótima ferramenta para construir, com planejamento, o seu negócio”, destaca Diogo. Na microcervejaria, a produção segue processos tradicionais, mas não utiliza aditivos. Normalmente cervejas artesanais não são pasteurizadas e, em alguns casos, também não são filtradas, para que tenham sabor e aroma mais acentuados. Com este tipo de produção, o público apaixonado pela bebida tem a opção de consumir cervejas exclusivas e diferenciadas, com vários tipos de ingredientes, texturas, aromas e sabores, fugindo da tradicional cerveja ou chopp das grandes indústrias. “A grande diferença está nos adjuntos, insumos utilizados para economizar e substituir o uso do malte. As microcervejarias não utilizam estes ingredientes. Outra diferença está no tempo de produção. Em alguns casos, as cervejas de larga escala são produzidas em menos tempo”, acrescenta o cervejeiro. CERVEJARIAS CIGANAS Para reduzir o custo e viabilizar a produção, os cervejeiros promovem uma parceria conhecida como “cervejaria cigana”, para utilizar a capacidade ociosa de fábricas já existentes. O processo consiste em oferecer a estrutura e os equipamentos para que o cervejeiro parceiro produza a bebida, permitindo também a entrada de outras marcas no mercado. “É uma terceirização de uma cerveja (marca) que não possui fábrica própria com registro do MAPA e passa a produzir a sua receita em uma cervejaria registrada e, consequentemente, o seu produto passa a ter o registro, permitindo a comercialização no mercado nacional”, informa Diogo Macedo, que já atua com este tipo de parceria na Cervejaria Berenice. Além de dar oportunidade aos empreendedores que estão entrando no mercado, a parceria é também uma oportunidade de negócio agregado ao empreendimento. “A grande contribuição das produções ciganas para o mercado baiano é permitir que uma

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marca entre no mercado com investimento relativamente baixo, se comparado ao investimento de uma fábrica, podendo ter uma vantagem competitiva frente aos produtores que demoram mais tempo para ter um retorno financeiro”, completa Macedo. INICIATIVAS APOIADAS De olho no crescimento da produção e do mercado consumidor, o Sebrae tem atuado junto aos produtores de cerveja artesanal da Bahia no intuito de fortalecer a cadeia e contribuir para a melhoria do ambiente de negócios. Para o analista da Coordenação de Indústria do Sebrae, Edicarlos Moreira, a interação com os empresários do segmento é a oportunidade de fazer esses produtores se estabelecerem ainda mais no mercado através de programas específicos. “Ingressamos em uma iniciativa que visa impulsionar a cultura cervejeira local por meio de ações de divulgação, eventos e fortalecimento das cervejarias, com o Selo Beba Local”, afirma. Fazem parte deste projeto as cervejarias

Oito microcervejarias baianas estão registradas no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA)


EMPREENDER

Berenice, Sotera, Fybier, Mindu Bier, 2 de Julho, Amada e Arraial d’ Ajuda, tendo também como participante o fornecedor de insumos, Bahia Malte. O Sebrae Bahia é um apoiador do movimento e auxilia as empresas no posicionamento do Selo enquanto representante do segmento. MONTANDO UMA MICROCERVEJARIA

Na microcervejaria, a produção segue processos tradicionais, mas não utiliza aditivos SEQUÊNCIA DE PREPARAÇÃO DA CERVEJA 1. GRÃOS (MALTE, ARROZ, TRIGO E OUTROS)

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2. TANQUE DE MISTURA

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3. TANQUE DE CLARIFICAÇÃO

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4. COZINHADOR

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5. FILTRAGEM 6. REFRIGERAÇÃO 7. TANQUE DE FERMENTAÇÃO / MATURAÇÃO 8. TANQUE DE CERVEJA FILTRADA 9. ENVASAMENTO 6

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Planejamento: É a primeira e fundamental etapa para a montagem de qualquer negócio. No portal do Sebrae (www.sebrae.com.br/bahia), o empreendedor pode encontrar diversas dicas e uma lista de cursos e programas disponíveis ou agendar uma consultoria gratuitamente pela Central de Relacionamento Sebrae (0800 570 0800). Exigências Legais e Específicas: Além do processo tradicional para abertura de uma empresa, como os registros da Junta Comercial, Receita Federal e Prefeitura Municipal, a microcervejaria, bem como o produto, precisam estar registrados no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). Outro certificado importante é o da Vigilância Sanitária do município. As instruções recebidas sobre legislação devem ser confirmadas junto às autoridades fiscais e junto ao contador ou contabilista responsável pela escrita fiscal da empresa. Localização: O fator primordial para a instalação de uma microcervejaria está diretamente relacionado à existência de clientes próximos (pessoas interessadas em degustar boas cervejas), além de restaurantes e estabelecimentos que se interessem em vender o produto. A melhor alternativa é procurar um imóvel

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10. C ONSUMO

apropriado onde, além da área disponível para a instalação das máquinas, tenha condições de ajustes para atender às normas da vigilância sanitária. Estrutura: A infraestrutura para o negócio deve estar dividida em setores, para evitar a contaminação dos produtos e respeitar o fluxo de produção. As principais divisões a serem adotadas são: recepção e armazenagem da matéria-prima (adegas); processamento; envase, rotulagem e armazenamento; e área para degustação. Equipamentos: Moinho, caldeira de mostura e caldeira de fervura, tina de filtro, tanque de água quente, tanque de glicol, misturador de água quente/fria, plataforma de serviço, trocador de calor, aerador de mosto, painel de comando, tanque de fermentação e maturação, tanque de pressão e serviço, bomba para trasfega e barris são os equipamentos sugeridos para compor uma microcervejaria, além de computador e internet, móveis, impressora e telefone para o escritório. Pessoal: A necessidade de contratação de mão de obra é diretamente relacionada à demanda. Tendo em vista que essa é uma atividade em que se pode estimar com grande precisão o volume a ser processado diariamente, o em-

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Gráfica Exemplar, do casal Wilde e Maritza Souza, está há mais de 20 anos no mercado

IMPRIMINDO O SUCESSO Gráfica se consolida com consultorias e qualificações sobre diversas temáticas oferecidas pelo Sebrae FOTOS: DAILSON BITTENCOURT

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á pouco mais de duas décadas, precisamente 21 anos, Wilde Souza e Maritza Souza resolviam empreender em Santo Antônio de Jesus. Com família proprietária de gráfica, Wilde já conhecia o mercado e havia identificado a necessidade de um negócio maior para atender à região. Foi com o propósito de explorar impressões em colorido e oferecer qualidade e variedade, que surgia a Gráfica Exemplar, em Santo Antônio de Jesus – um empreendimento desafiador que vem alcançando destaques e conquistas com o auxílio de parceiros como o Sebrae. “Quando fundamos a Gráfica Exemplar, em 1997, o Sebrae nos apoiou, inclusive, um dos primeiros serviços coloridos que produzimos foi para o Sebrae. Nessa trajetória, temos o apoio da entidade até hoje. Participamos do Sebrae Ideal, um curso que, na época, era formado por nove módulos falando sobre empreendedorismo de forma mais ampla e intensa. Depois participamos do Empretec, e até ganhamos um prêmio como melhor gráfica da Bahia. Foi uma premiação muito bonita, tivemos clientes parceiros

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que saíram de Santo Antônio de Jesus para nos prestigiar em Salvador”, lembra o empreendedor Wilde Souza. Para Maritza Souza, a participação no Empretec foi um divisor de águas nas esferas pessoal e profissional, enquanto gestora e sócia-proprietária na gráfica. “O Empretec é uma grande ferramenta que ajuda as pessoas a abrirem a mente, incentiva a tomar novas atitudes de forma mais segura, dando-lhes todo um suporte para a abertura de um empreendimento ou implantação de uma linha de produto, por exemplo. Foi uma oportunidade ímpar que contribuiu muito para nossa mudança e amadurecimento como pessoas e profissionais”, avalia. Antenados às necessidades dos seus consumidores e às demandas do mercado, o casal empreendedor investe constantemente em tecnologia, mas sempre atentos à principal relevância no ambiente corporativo: o capital humano. “Investimos sempre buscando tecnologia. Enxergamos a necessidade do mercado e trazemos para a empresa, porque também não adianta trazer uma tecnologia que o mercado não está pronto para receber. Estamos sempre inovando e


Software deixa a gráfica totalmente conectada, com acompanhamento preciso das fases de produção

trabalhamos muito o lado humano. Máquina você opera. É um tripé: material humano, qualidade e inova­ção”, acrescenta Maritza Souza.. A parceria da empresa junto ao Sebrae e a outras instituições com o desenvolvimento de ações e qualificações vem contribuindo, ao longo dos anos, para o crescimento da gráfica e para a oferta de serviços de qualidade para a região do Recôncavo e para outros municípios na Bahia, que também são atendidos com impressões da Gráfica Exemplar. “Junto ao Senai, o Sebrae nos dá todo o suporte de consultoria na área gráfica. O Senai tem uma área específica na parte gráfica em Salvador. Então, não só no setor administrativo, mas também de produção, essa parceria contribuiu muito. O Sebrae também nos fez buscar o selo de qualidade quando nos referimos a tintas e cores, e já estamos buscando um novo selo ISO. Se não tivéssemos esses parceiros, como chegaríamos até aqui? O Sebrae é fundamental para o crescimento de toda empresa”, completa a empreendedora. INCENTIVO À CAPACITAÇÃO De forma mais ampla, além de incentivar a equipe de trabalho para a participação em cursos e capacitações rápidas, o casal chama a atenção dos colaboradores da gráfica para a necessidade de investirem em educação como vetor de desenvolvimentos pessoal e profissional. “Sempre incentivamos a participação dos nossos colaboradores em cursos promovidos pelo Sebrae e por outras instituições, como a Associação Comercial e Empresarial de Santo Antônio de Jesus (Acesaj). Alguns que não tinham nível superior, começa-

EMPREENDER

ram um curso numa faculdade e a mente começa a mudar”, detalha Maritza Souza. Para o gerente regional do Sebrae em Santo Antônio de Jesus, Carlos Henrique Oliveira, a parceria com a gráfica vai além da participação de seus colaboradores e gestores em atividades do Sebrae. “É uma empresa que passou por todos os processos de capacitação do Sebrae, já realizou consultorias, participou do Empretec, e além de trabalhar junto conosco, apoia diversas ações, como a Semana Sebrae de Capacitação. É uma parceira de primeiro nível, juntamente com outras empresas também da região, que vêm desenvolvendo um trabalho de excelência junto ao Sebrae”, considera o gestor. FUTURO EM VISTA Pensando sempre no cliente, a gráfica vem dando uma atenção importante no atendimento a agências de publicidade, à produção de fôlders e iniciou recentemente a produção de sacolas, atendendo a uma demanda local de mercado. “Da mesma forma que buscamos melhorar a tecnologia, também queremos implantar serviços novos, e quando pensamos em gráfica, temos um leque imenso de soluções. Todos os dias buscamos superar o desafio de atender às demandas do cliente”, pontua a sócia-proprietária. A empresa tem como meta expandir a produção para boa parte do país e alcançar mercados maiores e em potencial. A valorização humana aliada à tecnologia certamente contribuirão nesse processo. “Temos um sistema que deixa a gráfica totalmente conectada, com um software que acompanha desde o início do serviço até a produção. Se o material estiver na impressão, nós sabemos, se estiver no acabamento também, e por aí vai”, exemplifica Maritza, mostrando o auxílio tecnológico na produção gráfica. O respeito ao cliente, sobretudo com atenção especial a prazos e compromissos firmados com os consumidores, é uma preocupação constante no empreendimento. “Entregamos os nossos serviços na quantidade e prazo previstos, da melhor forma, e sabemos que nesse ramo muitas pessoas prometem muito e não cumprem. Preferimos ser sinceros e às vezes até dispensar algum eventual trabalho do que firmar um compromisso e não dar conta depois”, finaliza Souza. Com estas práticas de sucesso, a gráfica segue escrevendo uma história de parceria junto ao Sebrae de olho no futuro.

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O casal Lucília e Deivysson Oliveira montou a Esmalte e Cia a partir de inspiração em Londres

COM UNHAS E DEDICAÇÃO Casal de empresários no sul da Bahia amplia negócio para a beleza das mãos femininas FOTOS: URBINO BRITO

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oda mulher quer se sentir bem, e as ferramentas utilizadas por elas para enriquecer a autoestima são variadas. Mas uma coisa que atende a todas indistintamente e faz parte da sensação da beleza feminina são as unhas bem-feitas. Foi acreditando neste sentimento que a empresa Esmalte e Cia surgiu e desenvolveu o mercado de cosméticos na cidade de Eunápolis, no extremo sul da Bahia, em especial com esmaltes de unha. A história do negócio e seu relacionamento com o Sebrae começaram muito distantes do Brasil e bem antes de a empresa existir. Em 2006, o casal Lucília Oliveira Santos e Deivysson Oliveira e Silva foi morar em uma pequena cidade da Inglaterra e lá trabalharam em uma grande rede de restaurantes por muitos anos. “Primeiro eu fui sozinho para a Europa, mas nós já tínhamos um combinado de que eu iria organizar parte da nossa vida lá e depois ela iria”, disse Deivysson. Com a ida de Lucília para a Europa, eles começaram a trabalhar dia após dia em busca de suas conquistas. “Até então, nós sa-

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bíamos administrar somente o nosso dinheiro e nenhuma ideia de empreender, seja lá ou no Brasil, passava por minha cabeça”, destacou Lucília. Mas com o tempo, ainda morando fora do país, as poucas horas de folga que sobravam começaram a ser aproveitadas de uma forma especial. “Bem antes de pensar em tocar um negócio, eu comecei a fazer diversos cursos online do Sebrae e me atentava às dicas e aos aprendizados dos cursos. Além disso, entendi que se em algum momento fosse abrir um negócio, deveria ser com algo que eu tivesse prazer em trabalhar”, afirma Lucília. E assim o casal foi seguindo em suas atividades cotidianas na Inglaterra, mas sempre buscando conhecimento por meio das ferramentas de aprendizado oferecidas gratuitamente pelo Sebrae na internet. “Eu anotava tudo o que poderia ser feito, caso tivesse a oportunidade de abrir uma empresa. Meu caderninho já estava ficando cheio de tudo o que íamos vendo de importante para quem quer empreender em alguma coisa”, lembra Lucília.


EMPREENDER

O NASCIMENTO DA IDEIA E em meados de 2011, o casal projetava retorno ao Brasil, mas antes fizeram um passeio. Foi aí que surgiu a ideia do negócio. “Nós fomos a uma loja de esmaltes em Londres e ficamos encantados com a estrutura gigantesca do lugar. Pessoas compravam esmaltes em carrinho de supermercado. A demanda era altíssima”, destaca Deivysson. As férias terminaram e, em 2012, Lucília retornou para o Brasil, deixando o esposo ainda na Inglaterra. “Mesmo com o encanto da loja de esmaltes em Londres, nós não sabíamos ainda se seria o negócio certo para investir. E, por isso, eu voltei primeiro para analisar as nossas possibilidades e meu marido continuou trabalhando lá por cerca de sete meses”, conta Lucília. Mas quando voltou para o Brasil, a baiana começou a ser atraída ainda mais pelo setor de cosméticos, em especial os esmaltes. Assim, com todo o conhecimento já adquirido dos cursos on-line do Sebrae e as experiências vividas na Europa, pegou o seu caderninho e foi até o Sebrae. “Fui lá para buscar apoio já com todas as nossas ideias anotadas e consegui colocar em prática tudo o que estávamos querendo”, ressalta.

A empresa ocupa um espaço de 85 metros quadrados para atender aos seus clientes com melhor qualidade

A história do negócio e seu relacionamento com o Sebrae começaram muito distantes do Brasil e bem antes de a empresa existir

Desse momento em diante, foram muitas ações junto ao Sebrae Bahia. Entre elas, a participação em palestras. “Já participei de eventos do Sebrae que nem são da nossa área de atuação, mas o aprendizado sempre é importante e eu consigo direcionar para o meu negócio”, afirma a empresária. E assim, no dia 30 de junho de 2012, a Esmalte e Cia abriu as suas portas para a alegria das mulheres de Eunápolis e região. “Nós começamos com toda a prudência possível. Nosso

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Com o conhecimento sobre como administrar e o apoio do Sebrae, os negócios da empresa Esmalte e Cia se desenvolveram e o que se via era o momento de expansão

ponto comercial não passava de 35 metros quadrados. Tínhamos recursos para expandir logo no começo, mas entendemos que seria melhor aprender mais do mercado e de como administrar o nosso negócio, para depois dar os próximos passos”, pontua Deivysson. E entre muitas outras atividades, o casal continuou investindo em capacitação com o Sebrae. Participando e tendo atendimento individual do programa Negócio a Negócio, “nós tivemos um consultor do Sebrae por uma semana inteira aqui na nossa empresa”, disse Lucília. Eles também participaram de diversas palestras de temas variados e cursos Na Medida. Além desses, o Prêmio Mulher de Negócios também entrou para a história dos empresários nos aprendizados com o Sebrae. “E nós participamos das missões empresariais para a Beauty Fair, de 2014 a 2017”, destaca Deivysson. E para o próximo ano, eles já estão agendados para a participação no Empretec. “A gente acredita que, sem capacitação, não se consegue chegar a lugar algum. E com toda a certeza, se não fosse o Sebrae, não teríamos sobrevivido nesse mercado tão competitivo e, muitas vezes, até desleal”, enfatiza o empresário. PASSOS FIRMES Com o conhecimento sobre como administrar e o apoio do Sebrae, os negócios da empresa Esmalte e Cia se desenvolveram e o que se via era o momento de expansão. Por conta disso, há um ano, o casal de empresários decidiu que seria a hora de ampliar o seu espaço.

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“Nós pensamos e percebemos que o local onde a empresa estava já não comportava o atendimento aos nossos clientes e a estrutura que pretendíamos ter. Então, mudamos para um imóvel maior”, afirma Deivysson. Desta forma, a empresa, que antes ocupava um espaço de cerca de 35 metros quadrados, expandiu-se para 85 metros quadrados com uma grande estrutura para atender aos seus clientes com melhor qualidade. “Aquela loja que conhecemos em Londres, há anos, foi a inspiração para organizar a nossa empresa. Estávamos preocupados com o bem-estar dos nossos clientes. Queríamos proporcionar um sentimento gostoso quando alguém entrasse na nossa loja. Acho que conseguimos”, enfatiza Lucília. NEGÓCIO A NEGÓCIO O Negócio a Negócio é um programa gratuito de atendimento e orientação empresarial que oferece diagnósticos e recomendações para microempreendedores individuais e donos de microempresas. A ideia é auxiliar nas principais dificuldades que o empresário encontra no dia a dia da gestão e indicar outras soluções do Sebrae. O programa já atendeu mais de um milhão de empreendedores individuais e microempresas em todo o país. Iniciado no segundo semestre de 2019, o Negócio a Negócio é hoje um dos instrumentos mais importantes do Sebrae para o atendimento presencial. Para ter mais informações sobre o programa, o interessado pode entrar em contato por meio da Central de Relacionamento Sebrae (0800 570 0800).

A ideia é auxiliar nas principais dificuldades que o empresário encontra no dia a dia da gestão e indicar outras soluções do Sebrae



Programa de Agricultura e Integração Sustentáveis, no Vale do São Francisco, incentiva produção de qualidade com inovação

SERTÃO VERDE E SUSTENTÁVEL Produtores de coco do Vale do São Francisco aprendem a alinhar fruticultura e sustentabilidade FOTO: ISTOCK

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Vale do São Francisco já se destaca no cenário nacional como maior produtor de frutas irrigadas, principalmente de manga e uva. Para desenvolver ainda mais a atividade no norte da Bahia, uma parceria entre o Sebrae e a empresa global de alimentos e bebidas PepsiCo criou o Programa de Agricultura e Integração Sustentáveis, que faz parte do Projeto Crescer no Campo Fruticultura. O objetivo é identificar fragilidades das unidades produtivas, mostrar aspectos que precisam ser aperfeiçoados dentro da propriedade, melhorar a gestão dos negócios e controle de qualidade, além de levar tecnologias de cultivo e ações de sustentabilidade. Nesse primeiro momento, 30 produtores rurais de coco em Juazeiro,

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Casa Nova, Rodelas e de outras cidades baianas participam da ação, no período de dois anos. No norte da Bahia, além da cultura de coco, o programa atende produtores de banana e manga. O produtor rural Hamilton Nunes foi o primeiro a participar das ações do programa na região. O pernambucano se mudou para a Bahia nos anos 1980, quando começou a cultivar coco e manga no Projeto Curaçá, na zona rural de Juazeiro. Ele já fornece coco in natura há mais de dez anos para a empresa PepsiCo e, com pouco tempo recebendo orientações e consultorias do Sebrae, já fez mudanças na forma de gerenciar o negócio familiar e reforçou os cuidados com o uso de defensivos agrícolas e a preservação do meio ambiente.


MERCADO

Nesse processo, ferramentas O produtor rural Hamilton Nunes, do Projeto Curaçá, na zona rural de Juazeiro, efetuou mudanças na gestão e já observa resultados

FOTO: MARCOS SANTIAGO

“A equipe chegou aqui, propôs mudanças e nós estamos adequando aos poucos. A quantidade de coco perdido, as áreas não produtivas, o controle financeiro, o manuseio de agrotóxicos, os cuidados com o solo, a segurança do trabalhador, tudo isso está sendo reestruturado para que possamos ser uma empresa sólida e sustentável. Ainda há muito a ser feito, mas, sem dúvida, estou no caminho certo”, revela o produtor. INOVAÇÃO PARA TRANSFORMAR O programa funciona em etapas. Após a adesão dos produtores rurais de coco, consultores são enviados às empresas para fazer o levantamento de dados sobre o empreendimento. Com base nessas informações, é feito um diagnóstico para apontar o que deve ser melhorado nos aspectos da gestão, cultivo, sustentabilidade e acesso a mercados. Em seguida, a equipe do Sebrae traça um planejamento de ações que vai ser desenvolvido pelo produtor e trabalhadores no campo. Essa fase inclui medidas básicas, como descarte correto de embalagens de agrotóxicos, inovação no cultivo, controle de gastos e lucros e, até mesmo, capacitação da equipe de trabalho. Nesse processo, ferramentas do Sebrae e dos parceiros envolvidos diretamente podem ser aplicadas na propriedade, a exemplo do Sebraetec, uma solução que subsidia em 70% as ações de inovação dentro dos pequenos negócios. “Para atendimento aos produtores de coco integrados à PepsiCo, o Sebrae desenvolveu um método específico, em que o produtor, acompanhado dos consultores, identifica as necessidades e, de maneira bem simples, planeja e executa as atividades mais relevantes na propriedade. Nossa meta é que o próprio produtor possa decidir e realizar suas atividades, sem a interferência de terceiros”, enfatiza o gestor do projeto de fruticultura do Sebrae em Juazeiro, Carlos Robério Araújo. Durante a execução do projeto, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - Embrapa

do Sebrae e dos parceiros envolvidos diretamente podem ser aplicadas na propriedade disponibiliza pesquisadores para o auxílio na transferência de tecnologia. Já o Centro de Excelência em Fruticultura - SENAR e o Sindicato dos Produtores Rurais de Juazeiro contribuem com a oferta de capacitações para os produtores e trabalhadores rurais, além de receber os empreendedores em suas instalações. Robério esclarece ainda que, através das ações do Programa de Agricultura e Integração Sustentáveis, os produtores estão buscando readaptar as formas de trabalho, com foco na sustentabilidade dos negócios. “A meta é inserir mudanças simples e inovadoras para o homem do campo. Uma delas é disponibilizar um kit de primeiros socorros na empresa, como o produtor Hamilton já está fazendo. O importante é a mudança de postura e de visão do agricultor, que ele entenda que é preciso cuidar das pessoas e do meio ambiente para atingir a longevidade dos seus negócios”, frisa o gestor do Sebrae. Representantes da PepsiCo local, de São Paulo e do Equador estiveram em Juazeiro para conhecer a metodologia que está sendo trabalhada com os produtores rurais da região. Eles pretendem levar as boas práticas aplicadas aqui para outros 40 países, onde a empresa atua com o programa de sustentabilidade desde 2013, para melhorar o nível tecnológico de conhecimento dos agricultores. “A PepsiCo busca fortalecer a cadeia de agricultores que provêm matérias-primas à empresa, para que sejam orientados a cumprir a legislação, respeitar o meio ambiente e trabalhar com eficiência, gastando menos e produzindo mais. Através da parceria com o Sebrae, o conhecimento está chegando a eles e o que se espera é uma mudança de comportamento para alcançar uma agricultura mais forte na região”, destaca Stenio Zanin, gerente de Agro Sustentabilidade da PepsiCo. O Programa de Agricultura e Integração Sustentáveis integra ações do Sebrae, SENAR, Sistema FAEB, Sindicato dos Produtores Rurais, Embrapa e PepsiCo.

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ALTA TEMPERATURA Pesquisas do Sebrae auxiliam empresários a conhecerem melhor seus públicos FOTOS: DARIO G. NETO

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e Norte a Sul, de Leste a Oeste, quem passa pela Bahia tem sempre algo a observar. Sejam as belas paisagens naturais, sejam as diferentes tradições culturais do litoral ao interior, é inegável o potencial turístico do estado. Na alta estação, esse potencial fica ainda mais evidente no extenso litoral, o maior do Brasil, que chega a 932 km. E para uma atividade com tanto potencial, é claro que os empresários estão sempre atentos para aproveitar as oportunidades de negócios que chegam com a alta estação. Afinal, esse é o momento de encantar o cliente, conquistar seus elogios, inclusive nas redes sociais, e garantir um retorno na baixa temporada. Atualmente, as expectati-

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vas dos consumidores estão cada vez mais altas, e nada mais indicado do que conhecer os clientes, antecipando seus desejos e necessidades. O Sebrae realiza algumas pesquisas, tendo como objetivo conhecer o cenário e o perfil dos turistas, contribuindo para a tomada de decisões mais estratégicas, tanto dos gestores públicos, quanto dos empresários do setor. Uma delas foi realizada no famoso bairro do Rio Vermelho, em Salvador. Cenário da tradicional Festa de Iemanjá, bairro onde Jorge Amado morou por muitos anos e ponto de encontro da boemia soteropolitana, o Rio Vermelho guarda em seus atrativos parte da história e da tradição da capital baiana.


MERCADO

Verão baiano aquece negócios do setor de turismo

Com uma predominância de estabelecimentos do setor de bares e restaurantes, o posto de bairro mais boêmio da cidade não é nenhuma novidade. A pesquisa do Sebrae mapeou 162 estabelecimentos no local, sendo que 76 são enquadrados como microempresa, enquanto 71 como pequena empresa. Entre os tipos de negócio, predominam bares e restaurantes, com 52% do bairro sendo ocupado por este tipo de estabelecimento. Além disso, o local reúne cafeterias, sorveterias, casas de show, boates e baianas de acarajé. A pesquisa revela que, mais do que um bairro boêmio, o Rio Vermelho demonstra ser um verdadeiro polo gastronômico, possuindo estabelecimentos que atuam com 17 tipos diferentes de culinária, como baiana, japonesa, mexicana, árabe, vegetariana, portuguesa, havaiana, italiana, entre outras. Entre estes estabelecimentos está o RV Lounge, comandado pela empresária Cíntia Reis. Ela explica que o RV Lounge surgiu como uma ideia de restaurante, mas em pouco tempo percebeu, através dos próprios clientes, que a demanda daquele lugar específico do Rio Vermelho (na Vila Caramuru, antigo Mercado do Peixe) seria um bar. “Então começamos a colocar DJ de quinta a domingo e fomos um dos pioneiros em Salvador a fazer isso. Nosso destaque é justamente essa mistura de uma vista maravilhosa, música boa e comida de qualidade”, relata.

A observação de Cíntia indica como a percepção do perfil e demanda dos clientes pode acarretar novas oportunidades, inclusive um reposicionamento de mercado, gerando melhores resultados para a empresa. Para identificar o perfil dos frequentadores do bairro, o Sebrae entrevistou 1.273 pessoas. O levantamento aponta que os principais turistas estrangeiros vêm da Argentina, Portugal e Espanha. Do Brasil, a maior parte dos frequentadores, fora a Bahia, vem do Rio de Janeiro, de São Paulo e de Minas Gerais. Afunilando ainda mais este perfil, foi identificado que 65% são moradores do próprio bairro do Rio Vermelho, 20% são soteropolitanos, 13% turistas brasileiros e 2% turistas estrangeiros.

Os principais turistas brasileiros vêm do Rio de Janeiro, de São Paulo e de Minas Gerais, de acordo com o levantamento

Para 30% dos entrevistados, a principal motivação de visita ao bairro é a diversão noturna. A segunda motivação mais citada foi a gastronomia (20%), seguida da praia (14%) e das áreas públicas (11%) do local. A pesquisa aponta ainda que 39% gastam, em média, até R$ 50 no bairro, e 38% gastam entre R$ 51 e R$ 100. “O Rio Vermelho é sem dúvida o bairro mais boêmio de Salvador, e tem tudo a ver com o RV Lounge. Ele não poderia ter sido originado em outro bairro”, declara Cíntia, que está otimista com a chegada da alta estação. “No verão nossa demanda é quase triplicada, comparada ao resto do ano. Recebemos turistas e soteropolitanos também.” De acordo com a coordenadora de Turismo e Economia Criativa do Sebrae Bahia, Ana Paula Almeida, a pesquisa permite o conhecimento RV Lounge, da empresária Cíntia Reis, mudou de restaurante para bar a partir da análise da demanda do cliente

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EMPRESÁRIOS CONECTADOS A pesquisa mapeou ainda como anda a gestão dos empreendimentos, identificando que os empresários estão antenados com as demandas das mídias digitais. O levantamento revela que 65% fazem gestão da reputação on-line e a maioria possui perfil em redes sociais: 73% no Instagram e 71% no Facebook. Além disso, 26% possuem site e 15% monitoram a reputação no TripAdvisor. A internet é o meio onde o usuário explora, descobre, aprende, compara e compra suas viagens e experiências num destino. Estar presente e atuante no meio digital é hoje uma condição predominante para empresas que esperam um bom resultado, inclusive na alta temporada.

Pesquisa mostra que 62% dos turistas retornam aos destinos baianos

do cliente e de sua visão relacionada aos empreendimentos e ao local, expondo os pontos positivos e as melhorias necessárias. “Entendemos que o Rio Vermelho possui um enorme potencial para se consolidar, mais do que como um bairro boêmio, um território cultural, criativo e gastronômico. Os dados servem como base para uma discussão mais abrangente e a definição de ações estratégicas.” Ana Paula destaca que outro ponto importante da pesquisa é a possibilidade de divulgação dos empreendimentos de forma setorizada. “Acreditamos que muitos soteropolitanos e turistas não tenham conhecimento da quantidade e da diversidade de estabelecimentos do segmento de alimentação no Rio Vermelho. Não seria indicado então que os clientes pudessem identificar e escolher a partir de dados? Por exemplo, quais têm vista para o mar, possuem parquinho e menu para crianças, tipo de gastronomia, quais possuem estacionamento próprio e banheiros adaptados”, detalha.

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QUEM CONHECE, VOLTA Outra pesquisa do Sebrae apresenta informações que têm como base entrevistas presenciais assistidas com 4.010 turistas, entre 2016 e 2018, em Ilhéus, Itacaré, Porto Seguro (sede e destinos) e Morro de São Paulo. No geral, os destinos baianos vêm deixando uma boa impressão, fazendo com que muitos turistas retornem – 62% já visitaram o destino em outras ocasiões, contra 38% que vêm pela primeira vez. Esse perfil de turista que volta ao mesmo destino é mais comum em Porto Seguro e Arraial D’Ajuda. Já Morro de São Paulo se destaca entre os que estão visitando pela primeira vez. Entre as conclusões dessa análise está a de que os turistas que visitam os destinos baianos têm, em sua maioria, entre 31 e 55 anos (52%). A faixa etária é seguida pelo público mais jovem, de 18 a 30 anos (34%), e por uma pequena fatia de turistas com mais de 55 anos (13%). O gênero é bastante dividido (55% mulheres, 45% homens), e 76% dos viajantes têm, pelo menos, ensino superior. Os turistas do Sudeste abocanham quase metade da fatia dos visitantes (48%), seguidos pelo turismo interno, com viajantes do próprio estado (28%). O destino preferido de quem vem do Sudeste é Porto Seguro, na Costa do Descobrimento. Já entre os baianos, as cidades mais cotadas são Ilhéus e Itacaré. Morro de São Paulo também se destaca, sendo o preferido dos turistas internacionais e do Sul do Brasil. As viagens em casal ou família respondem por 73% do total. Mas há uma diferença no perfil buscado: enquanto Itacaré e Morro de São Paulo são os preferidos dos casais, em Porto Seguro


MERCADO

(sede, Caraíva, Arraial D’Ajuda e Trancoso) predominam as viagens familiares. A média de permanência é de cinco dias, mas a estimativa de gastos costuma variar – 24% esperam gastar até R$ 1 mil, enquanto 25% estimam custos de R$ 3 mil a R$ 5 mil. A diferença, neste caso, está no destino escolhido: Itacaré e Ilhéus receberam o público com menor estimativa de gastos, enquanto Arraial D’Ajuda, Porto Seguro e Trancoso concentraram os turistas que planejavam gastar mais. A renda dos entrevistados, aliás, também é bastante dividida. São quatro faixas: 17% têm renda entre R$ 1 mil e R$ 2 mil; 26% entre R$ 2,1 mil e R$ 5 mil; 26% entre R$ 5,1 mil e R$ 10 mil; e outros 17% entre R$ 10 mil e R$ 20 mil. Itacaré e Porto Seguro, mais especificamente os destinos Trancoso e Arraial D’Ajuda, têm atraído os turistas com maior faixa de renda. Para Ana Paula Almeida, essas informações são fundamentais para que os destinos pesquisados analisem qual é o público que está atraindo e se ele está de acordo com suas expectativas. “O destino precisa, antes de definir as suas estratégias, analisar as percepções dos turistas. E isso muitas vezes não ocorre. São informações que devem ser consideradas para definição de ações prioritárias como melhorias na infraestrutura ou divulgação on-line. Essa análise pode indicar, inclusive, a necessidade de reposicionamento de mercado”, destacou a coordenadora. INFLUÊNCIA PRÉ-VIAGEM E TURISMO DE EXPERIÊNCIA Demandando cada vez mais a atenção dos empreendedores do turismo baiano, a experiência pré-viagem conta muito para a decisão de compra dos turistas. Entre os entrevistados, 44% relataram a influência de parentes e amigos para a escolha do destino. As informações da internet contribuíram para 37% deles baterem o martelo em relação à viagem. E 34% já conheciam o local. Outros influenciadores foram propagandas, agências de viagem, revistas de turismo e artigos de jornais e eventos e feiras. A análise ainda indica uma oportunidade pouco explorada pelo setor turístico baiano, e que tem grande possibilidade de crescimento: a economia da experiência. A maioria dos entrevistados (67%) demonstrou interesse em investir mais em novidades, como atividades que aprofundem o conhecimento sobre a cultu-

Há espaço para quem pretende oferecer ao turista uma experiência diferente e que o faça se sentir integrado à comunidade ou vivenciar a história do destino ra local. Ou seja, há espaço para quem pretende oferecer ao turista uma experiência diferente e que o faça se sentir integrado à comunidade ou vivenciar a história do destino. E outra boa notícia para os empreendedores do setor: mesmo com o aumento da procura por propriedades em sites e aplicativos de aluguel por temporada, algo que vem ocorrendo em todo o mundo, as pousadas e os hotéis ainda são os tipos de hospedagem preferidos (76%). ACESSO À INFORMAÇÃO E BOA REPUTAÇÃO Distribuição, gestão de reputação, agências de viagem on-line (OTA, na sigla em inglês), gestão de oferta (revenue management), previsão gerencial (forecasts). Tudo isso se tornou um desafio para as micro e pequenas empresas do setor de hotelaria. São inúmeros termos, indicadores, sem contar o novo perfil do turista conectado, afetando de forma direta os processos que envolvem a atividade, como reserva e opinário. Nesse cenário, como se destacar no momento pré-viagem, ganhando a atenção e a confiança do turista no seu empreendimento?

Morro de São Paulo se destaca como destino preferido dos turistas internacionais e do Sul do Brasil

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Localizada na histórica cidade de Porto Seguro, destino que atrai milhares de turistas do Brasil e de diversas partes do mundo, a Rede Soberano é um exemplo de como se preparar para atender um perfil de cliente cada vez mais informado. O empreendimento familiar começou como uma pequena pousada no ano de 1990, com apenas quatro quartos. Essa pousada se tornou hoje o Hotel Shangrilá, que possui 130 apartamentos, e faz parte da rede que reúne outros seis meios de hospedagem. O diretor comercial da Rede Soberano, Vinícius Carvalho, que confirma essa mudança de perfil do turista, reforça a importância de o empresário estar conectado com as demandas atuais. “A internet hoje é a fonte de informação do turista. Mesmo que a compra não seja feita na rede, há uma busca ampla por informações prévias sobre o destino e suas opções. Por isso, temos que estar preparados para atendê-los, estando também conectados, pensando em todas as mídias pelas quais o cliente pode acessar a nossa informação, facilitando a busca dele”. Ele destaca uma das soluções do Sebrae aplicada ao empreendimento, que foi o Smart.Digi.Tur.

Trata-se de uma consultoria voltada para meios de hospedagem que traz uma série de orientações sobre como o empresário pode melhor se posicionar na web, além de aplicar ferramentas que podem aprimorar a gestão comercial on-line dos empreendimentos, entre outras ações. Vinícius conta que, a partir da consultoria, ele consegue gerir melhor a flutuação tarifária. “Temos uma tarifa base e, por meio de um sistema, fazemos a análise de dados referentes à ocupação, levando em conta oferta e demanda, para, assim, definir o valor.” A ferramenta será bastante útil para a Rede Soberano neste verão, uma vez que Vinícius está com boas expectativas para o período. “Nossos verões têm sempre uma boa taxa de ocupação. Mas estamos esperando que este seja o melhor verão dos últimos anos, pois vemos uma retomada da economia e observamos que as operadoras de turismo parceiras estão apresentando boas ofertas para o nosso destino. Isso já ficou evidente, inclusive, no período de baixa estação, quando também tivemos uma taxa de ocupação positiva”, conclui Vinícius.

PERFIL DO TURISTA QUE VISITA DESTINOS BAIANOS Fonte: Pesquisas SEBRAE/BA com 4.010 turistas

Gênero

Faixa etária

45% 55%

34% 52% 13%

18-30 31-55 anos anos 28

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55+ anos

Não responderam: 1%

Grau de escolaridade

1%

2% 21% 56% 20%

Sem resp. Médio

Fund.

Grad. Pós-Grad.


MERCADO

Sebrae deu suporte para implantação do cultivo de amora preta a um grupo experimental de 18 agricultores de Barra da Estiva

NOVOS BERRIES BAIANOS Produtores da Chapada Diamantina colhem resultados com aposta na amora preta FOTO: DILL SANTOS

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erar renda em uma propriedade pequena e manter os filhos crescidos no local de origem, no interior, não é uma tarefa fácil. Esse problema também aconteceu com Denevaldo Luz, conhecido como Barão, produtor de morango em Barra da Estiva, na Chapada Diamantina, município distante 465 quilômetros de Salvador. Antes de 2012, ele plantava café na sua propriedade e, com a crise hídrica, preços abaixo do mercado e falta de investimentos, não enxergava mais a possibilidade de continuar na sua terra natal. Iria

voltar para São Paulo em busca de novas oportunidades, mas acreditou em uma nova cultura, o morango. “Eu já tinha vendido tudo. Estava sem esperanças e ia viajar em poucos dias. Com o morango, a minha vida mudou. Consegui minha casa, comprei meu carrinho novo e meus filhos vivem bem. Agora estou com mais um desafio e apostando na amora preta”, avalia o produtor. Barão colhe os morangos de dois em dois dias na sua propriedade e conta com a ajuda do

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filho, da esposa e de outros colaboradores para embalar e revender para uma empresa, que absorve grande parte do que ele produz. O agricultor já vê na amora uma nova oportunidade de agregar valor à sua produção, utilizando os mesmos meios e a própria logística da produção do morango. “Estou confiante e com a expectativa melhor possível. Acredito que a amora será um grande diferencial para nós produtores da Chapada. Não tenho estudo, mas hoje tenho um salário muito bom, que eu tiro através da comercialização das frutas”, diz. Em 2011, o Sebrae Bahia em parceria com o Governo do estado implantou o projeto Morango da Chapada Sul, através de um encadeamento produtivo com a empresa Bagisa S/A Agropecuária. O projeto contemplou os municípios de Barra da Estiva e Mucugê, em parceria com os agricultores familiares e as prefeituras municipais. A iniciativa fez com que a Chapada Diamantina se tornasse, em três anos, a região mais competitiva fornecedora de morangos no mercado nordestino. Avaliando essa realidade positiva, o Sebrae encabeçou um estudo de viabilidade, dando o suporte inicial de planejamento e implantação do cultivo de amora preta, a conhecida blackberry. Fruta bem avaliada no mercado, ela está sendo consumida pelo alto teor de oxidantes e compostos naturais que trazem benefícios à saúde. A princípio, o Sebrae realizou palestras de mobilização com produtores de morango, em parceria com a empresa especializada

Holantec, e após a adesão, implantou o projeto piloto com um grupo experimental de 18 agricultores de Barra da Estiva. Adriana Moura, coordenadora de Agronegócios do Sebrae, destacou a importância de apostar em novas oportunidades de atuação no mercado. “A amora foi um desenvolvimento natural das estratégias para contemplar outras ações de comercialização, agregando valor e renda ao que é produzido pelos agricultores familiares da Chapada Diamantina”, explica. O secretário de Agricultura de Barra da Estiva, Luis Eusébio, está entusiasmado com a nova cultura e diz que é fundamental o apoio do Sebrae para os pequenos agricultores da Chapada. “A expectativa é aproveitar a cadeia produtiva e a logística do morango, comercializando a amora nos grandes centros. Estamos confiantes com a produção e os produtores felizes com os resultados iniciais”, ressalta. O desafio então foi produzir amora de forma eficiente com um clima que não é totalmente propício. Para o técnico do Sebrae em Seabra, Heitor Marback, a introdução de tecnologia aliada ao manejo orientado é responsável pela produção acima da média nessa primeira colheita. “Já conseguimos produzir mais do que em cidades com clima frio e que têm tradição na colheita de amora. Com a parceria da Holantec, inserimos tecnologia e as plantas produzem como se estivessem submetidas a baixas temperaturas. Sem tecnologia, provavelmente te-

O morango foi a primeira fruta vermelha cultivada na região

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MERCADO

Produzir amora de forma eficiente com um clima que não é totalmente propício foi um desafio que deu certo

ríamos uma produção muito pequena, mas com a indução das flores e a polinização da abelha estamos produzindo acima da média”, explica. A técnica de produção utilizada nesta experiência na Chapada veio de Holambra e foi implantada em áreas que já existe o morango consolidado, utilizando assim o mercado e o público consumidor da fruta. Heitor ressalta que esse conjunto de fatores faz com que a comercialização seja feita de forma integrada e que baixe o custo com logística. “O quilo da amora é comercializado por até seis vezes mais do que o quilo do morango. Estamos em fase de teste, mas as primeiras colheitas já mostram resultados muito positivos”, diz. A amora pode ser comercializada como fruta in natura ou como licor, suco, geleia, compota e, até mesmo, congelada. É muito utilizada em receitas lights e pratos nutritivos. Para Edirlan Souza, gerente regional do Sebrae em Irecê, a aposta na amora é algo que pode mudar a realidade de vários agricultores da região. “Se tudo corresponder como o esperado, a produção será cada vez em maior escala, o que vai fazer da Chapada Diamantina uma das grandes regiões produtoras do País. Além de gerar emprego e renda, vai ajudar no desenvolvimento econômico local”, comemora. Antes do sucesso das frutas vermelhas, a Chapada Diamantina já era uma região importante da Bahia que, além de explorar o turismo, é uma grande produtora de cafés especiais exportados para vários países. Com a seca que assolou a Bahia em 2011, os agricultores perderam consideravelmente as áreas de produção e investiram em fruticultura. BERRIES, AS FAMOSAS FRUTAS VERMELHAS Entusiasmado com a grande procura da fruta e com os bons resultados obtidos na primei-

ra colheita, o produtor Uvilson Santos, do povoado de Capãozinho em Mucugê, foi além e já está plantando outras frutas vermelhas, como framboesa e boysenberry. O produtor espera revender para os grandes centros e aposta também na comercialização dos produtos em casa, com marca própria e embalagem específica para venda. Uvilson procurou o Sebrae e vai fazer todo material de papelaria, marca e layout através do Sebraetec. “A gente nem conhecia a amora. Foi uma festa na primeira colheita e agora já vislumbro um mercado muito próspero, que inclui o público fitness e as pessoas que buscam produtos naturais. Estou produzindo e testando diversos produtos. Em breve terei marca e toda identidade visual através do Sebraetec”, aponta. As frutas vermelhas estão em alta por conta do apelo funcional, já que são frutas sem restrições em diversas dietas, como a low carb e mediterrânea. Com a plantação de algumas variedades, Uvilson pode intercalar a colheita e produzir em diversos períodos do ano. “Quero plantar pelo menos 3 mil pés de frutas vermelhas. Assim eu faço um cronograma de colheita com 750 plantas produzindo por vez e fico quase todo o ano produzindo”, planeja.

A técnica de produção utilizada nesta experiência na Chapada veio de Holambra e foi implantada em áreas que já existe o morango consolidado

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“DA PRÉ-VENDA AO PÓS-VENDA, WILLIAM CALDAS PRECISAMOS SER IMPECÁVEIS” William Caldas fala sobre vendas e atendimento FOTOS: DARIO G. NETO

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Integrante do Circuito Empresarial Sebrae nos Bairros, William Caldas é palestrante motivacional, eleito em 2009 pela Editora 3C do Rio de Janeiro, como um dos 30+ especialistas em motivação do Brasil. Nos últimos dez anos esteve presente em 945 eventos, em 100% dos estados brasileiros palestrando sobre temas como motivação, vendas, atendimento a clientes e liderança de equipes. Formado em Comunicação Social, Bacharel em Relações Públicas e especialista em vendas com qualificação internacional, William é coautor de livros, como “Do porteiro ao presidente”, “Todo mundo vende, todo mundo atende” – editora C/Arte (2009) e “Os 30+ Especialistas em motivação do Brasil” – editora 3C (2009). Em entrevista à revista Conexão, William fala sobre como o bom atendimento pode fazer diferença nas vendas.


ABRE ASPAS

O ATENDIMENTO É CONSIDERADO UM DIFERENCIAL DE MERCADO, MAS MUITAS EMPRESAS DEIXAM A DESEJAR NESTE QUESITO. POR QUÊ?

“Percebo como é incoerente

Entendo que tudo começa na contratação. Quando disponibilizamos tempo e dedicação para encontrar pessoas que possuem competências alinhadas ao que desejamos no atendimento, temos um ganho enorme no tempo. Quando existe um alinhamento de expectativas entre a pessoa que vai trabalhar com atendimento e a empresa que a contrata, isso somado a treinamento de qualidade, faz com que o resultado em atendimento seja bem melhor do que aquelas empresas que contratam sem considerar todos esses pontos.

uma empresa que, quando

QUAIS DICAS DE ATENDIMENTO VOCÊ DARIA PARA UM EMPRESÁRIO INICIANTE?

Existem inúmeras possibilidades para conquistarmos clientes. Podemos ter uma estratégia para atrair clientes novos (ex.: uma estratégia digital para atrair os clientes e em sinergia com o atendimento de excelência na loja). Podemos vender mais para os clientes ativos (aqueles que já compram da empresa). Podemos recuperar os clientes inativos (aqueles que compraram um dia e por algum motivo foram embora, não voltaram mais).

vai contratar, solicita que os candidatos sejam criativos e, no dia a dia, impedem as pessoas de opinar” COMO CONQUISTAR NOVOS CLIENTES?

Conheça em detalhes o público que você vai atender, o mercado em que você vai atuar e tenha uma estratégia com foco nas pessoas (sua equipe e seus clientes). O QUE PEQUENAS EMPRESAS DEVEM FAZER PARA FOCAR NO ATENDIMENTO?

As pequenas empresas têm uma vantagem enorme. Elas podem criar alternativas de atendimento ao longo do ano, e ao perceberem que a estratégia tem algum problema, podem mexer com uma velocidade maior que as médias e grandes empresas. O princípio de tudo é dar foco em excelente contratação e uma estratégia bem-definida de atendimento.

QUAIS ASPECTOS PODEM INFLUENCIAR O CLIENTE NA HORA DA COMPRA?

O principal aspecto hoje é a experiência. É ela quem dita hoje se o cliente compra, se ele volta para uma nova compra, se ele indica a empresa. Ela impacta em praticamente tudo.

“Conheça em detalhes o público que você vai atender, o mercado em que você vai atuar e te­ nha uma estratégia com foco nas pessoas“

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ABRE ASPAS

QUAIS OS FATORES DECISIVOS PARA O SUCESSO EM VENDAS?

UM FUNCIONÁRIO MOTIVADO PODE REFLETIR EM RESULTADO DE VENDA?

Liderança de atitude e quem treina o time. Equipe interessada em curar as dores dos clientes e em proporcionar a melhor experiência de compra.

Sim, a motivação é importante. O papel da empresa, mais que de motivar, é o de criar um ambiente que proporcione a criatividade do time. É necessário que a empresa esteja aberta a ouvi-lo. São os vendedores e as vendedoras que possuem contato direto e imediato com o cliente. Às vezes percebo como é incoerente uma empresa que, quando vai contratar, solicita que os candidatos sejam criativos, inovadores, que tragam novas ideias, por novas ideias mas, no dia a dia, impedem as pessoas de opinar, acabam tolindo a criatividade das pessoas. Isso é uma grande incoerência.

O QUE VOCÊ CONSIDERA O FATOR MAIS IMPORTANTE NO PROCESSO DE VENDAS?.

Da pré-venda ao pós-venda, precisamos ser impecáveis em cada uma das etapas. A evolução constante nos treinamentos, simulação de vendas, acompanhamento dos números diários de vendas ou de “não vendas”, tudo isso é importante.

“A experiência dita se o cliente compra, se ele volta para uma nova compra e se ele indica a empresa”

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I NOVAR

Jobervan Rios e sua filha Taiana Jambeiro fazem a gestão da JB Auto Peças e Serviços, em Jacobina

INOVAÇÃO DE PAI PARA FILHA Soluções do Sebrae aumentam desempenho da JB Auto Peças em 22% FOTOS: RAFAEL SANTANA

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mpresa do ramo de autopeças e serviços rápidos da cidade de Jacobina, a JB Auto Peças e Serviços foi inaugurada em 1994 pelo empresário Jobervan Rios, que sempre esteve à frente dos negócios. Nos quase 25 anos de fundação, a empresa cresceu e se transformou em uma das maiores do seu segmento no município. Jobervan e sua equipe sempre participam de soluções do Sebrae. O empreendedor foi um dos primeiros a fazer o Seminário Empretec na cidade. Em 2017, com outras 39 empresas da região, a autopeças aderiu ao Programa Agentes Locais de Inovação (ALI), que ajuda a implantar práticas inovadoras no negócio. Nesta época, a JB Auto Peças e Serviços já contava com a colabo-

ração dos dois filhos do empresário, Jobervan Filho e Taiana Jambeiro, nos setores comercial e administrativo financeiro, respectivamente. Mesmo tendo cursado Enfermagem pela Uneb e pós-graduação em Saúde Pública, Taiana, que cresceu vendo os pais trabalharem na empresa, não quis seguir a profissão. Já no ano de 2016, quando concluiu a graduação, iniciou suas atividades na loja. Foi ela quem mais se dedicou ao ALI e, já sendo assistida pelo programa, foi estimulada a participar do Empretec. Terceirização de redes sociais, ampliação de parcerias, pós-vendas, avaliação de desempenho dos colaboradores e registro da marca no Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI), com subsídio do Sebratec, estão entre

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mudanças implementadas na empresa que impactaram, por exemplo, no aumento de faturamento. Como uma das ações de pós-venda, a cada seis meses a JB entra em contato com os clientes para lembrar sobre a necessidade de trocar óleo e filtro. Já consolidada no mercado, a JB Auto Peças e Serviços tem uma vasta cartela de clientes. Taiana começou a observar que não havia uma entrada significativa de novos clientes. “Tudo que fizemos até aqui rendeu à empresa uma cartela de clientes fiéis. Mas senti que podíamos expandir. As ações implementadas estão nos trazendo novos consumidores. Com qualidade no serviço é possível manter e conquistar clientes.” No primeiro semestre de 2017, antes do ALI, a empresa registrou 1.481 ordens de serviço. Nos seis últimos meses do ano, sendo atendida pelo programa, foram registradas 1.624 ordens de serviços. Já no primeiro semestre de 2018, a empresa registrou 1.812 ordens de serviços. Esse número representa um incremento de mais de 22% no número de ordens de serviços, em relação ao mesmo período no ano passado. Empretec e ALI estão entre os programas do Sebrae que a empresa de autopeças consome

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Os resultados refletidos na empresa e a postura profissional da filha deram total segurança para Jobervan Rios abrir outra empresa no setor de mecânica e autopeças na cidade. A administração da JB Auto Peças e Serviços passou a ser feita por Taiana. “Temos mais de 20 anos no mercado e me alegra ver meus filhos, uma nova geração, mudando a roupagem da empresa com o mesmo comprometimento e responsabilidade que eu tive quando tinha a idade deles. A participação em cursos fornecidos pelo Sebrae faz toda diferença. Eles aprenderam no dia a dia e se aperfeiçoam nessas oportunidades e soluções que o Sebrae oferece”, revela Jobervan Rios.

Os resultados refletidos na empresa e a postura profissional da filha deram total segurança para Jobervan Rios abrir outra empresa no setor


I NOVAR

O empresário ainda falou das mudanças observadas na gestão de Taiana, a partir da participação no ALI. “Desde a organização física da empresa à comunicação com os clientes, além de tomada de decisão e a visão empresarial. Acredito naquilo que conquistamos até aqui e na constância de um trabalho sério, com comprometimento e qualidade”, afirma. O gerente do Sebrae em Jacobina, Geronilson Ferreira, explica que, para alçar visibilidade junto ao seu público-alvo, a JB Auto Peças e Serviços investiu em soluções conscientes e especializadas. “Assim a empresa obtém diferencial competitivo, no tempo certo, em específico, impactando seus colaboradores. Da mesma forma, ressalto que o Empretec que contribuiu com as decisões assertivas”. Para Ferreira, o ALI conectou a empresa às suas reais necessidades e oportunidades. “O programa do Sebrae complementou as ofertas de soluções antes investidas com o equilíbrio ideal para o desenvolvimento de novas práticas.” ALI O Programa Agentes Locais de Inovação (ALI) tem o objetivo de promover a prática continuada de ações de inovação nas empresas de pequeno porte, por meio de orientação gratuita e personalizada. A iniciativa é um acordo de cooperação técnica entre o Sebrae e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Esta orientação é realizada por agentes e bolsistas do CNPq, selecionados e capacitados pelo Sebrae, para acompanhar um conjunto de empresas. O programa tem abrangência nacional e está consolidado como estratégia de competitividade. O Sebrae em Jacobina tem dois agentes do programa que fazem o acompanhamento de cerca de 80 empresas de diversos segmentos, nos municípios de Jacobina, Capim Grosso,

Ourolândia, Caldeirão Grande, Senhor do Bonfim, Campo Formoso, Jaguarari, Filadélfia e Pindobaçu. Mais informações sobre o ALI podem ser obtidas na Central de Relacionamento do Sebrae (0800 570 0800). Em Jacobina, o Sebrae fica localizado na Rua J. J. Seabra, nº 69, bairro da Estação (74 3621-4342). Em Senhor do Bonfim, fica na Rua Benjamin Constant, nº 12, Centro (74 3541-3046). EMPRETEC O Empretec é uma metodologia da Organização das Nações Unidas (ONU) que busca desenvolver características de comportamento empreendedor, bem como a identificar novas oportunidades de negócios. Atualmente, é promovido em cerca de 40 países. No Brasil, o Empretec é realizado com exclusividade pelo Sebrae desde 1993 e já capacitou 258 mil pessoas em 11 mil turmas distribuídas pelas 27 unidades da Federação. Todo ano, cerca de 10 mil participantes passam pelo Empretec. Segundo pesquisa realizada pelo Sebrae em 2017 com 2.884 clientes atendidos, a satisfação geral com o Empretec é muito positiva: 75% dos participantes ficaram muito satisfeitos, tendo atribuído notas 9 ou 10 para o curso, gerando nota média de 9,1. A maior parte das empresas, após participação no Empretec, registrou um aumento no faturamento mensal. E a nota média da recomendação do Empretec alcançou 9,6 pontos. Por ser uma capacitação eminentemente comportamental, o Empretec proporciona aos seus participantes melhoria no desempenho empresarial, mais segurança na tomada de decisões, ampliação da visão de oportunidades, entre outros ganhos, aumentando assim as chances de sucesso empresarial. No site www.empretecsebrae.com.br o interessado tem acesso à agenda do seminário e pode fazer a inscrição on-line.

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Empresário pode desenvolver seu website arcando com apenas 30% do investimento que, dentro do Sebraetec, representa R$ 885

INOVAR PARA COMPETIR Sebraetec paga 70% de serviços para pequenos negócios e empresário pode contratar soluções pelo site www.sebraetec.com a partir de janeiro de 2019 FOTO: DARIO G. NETO

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riar uma marca, um website ou desenvolver layout de embalagens e rótulos para produtos estão entre as necessidades básicas das empresas, que muitas vezes esbarram no custo de contratação desses serviços. Pensando nisso, o Sebrae oferece um programa que promove inovação nos pequenos negócios com apoio financeiro, permitindo o subsídio de 70% do investimento: o Sebraetec. O empresário pode solicitar os serviços do programa sem sair de casa, por meio do site www.sebraetec.com. Por meio do site, Microempreendedores Individuais (MEI), Microempresas (ME) e Empresas de Pequeno Porte (EPP) podem ter acesso a mais de 120 opções de consultorias inovadoras. A variedade ofertada atende a

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Conexão Bahia

diversos modelos de negócio e gargalos empresariais, e é dividida em sete categorias: design, produtividades, propriedade intelectual, qualidade, inovação, sustentabilidade e serviços digitais. É possível contratar desde soluções como desenvolvimento de logotipo, cartão de visita, mídias sociais e e-commerce, até estudos de viabilidade técnica e econômica, planos de emergência e prevenção a combate de incêndio e pânico, eficiência energética e preparação para a obtenção da Certificação ISO 9001 e 14001. Também há soluções ofertadas especificamente para as necessidades do agronegócio.O custo para o empresário varia de R$ 130,50 a R$ 9 mil, a depender do servi-


I NOVAR

ço escolhido e cotação realizada, podendo ser ainda mais baixo. O índice de satisfação dos clientes atendidos é alto: mais de 91% deles recomendam o Sebraetec. Empresários que contrataram os serviços já colhem resultados. Este é o caso da fábrica Quartzolar Argamassa e Rejunte, em Brumado. ARGAMASSA COM CERTIFICAÇÃO A fábrica Quartzolar Argamassa e Rejunte deu inicio a suas atividades no ano 2005, na cidade de Brumado, fundada pelo jovem empreendedor Renan Rocha de Souza, com apenas 18 anos, à época. A empresa começou atendendo localmente, mas logo expandiu às cidades circunvizinhas.

O índice de satisfação dos clientes atendidos é alto: mais de 91% deles recomendam o Sebraetec

FOTO: ANDRÉ CALDAS

Renan Rocha de Souza fundou a Quartzolar com 18 anos

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O empresário planejava ampliar os negócios de forma estruturada e alcançar outros mercados. Então, em 2010, Renan deu o primeiro passo para obter informações sobre a certificação com o selo de qualidade e buscou o Sebrae para orientá-lo. Em 2015, a empresa teve acesso subsidiado ao serviço de consultoria do programa Sebraetec com o objetivo de receber a Certificação de Sistema de Qualidade: ISO 9001, norma que tem por objetivo trazer confiança ao cliente de que os produtos e serviços da empresa serão criados de modo repetitivo e consistente, a fim de que adquira uma qualidade, de acordo com aquilo que foi definido pela empresa. Durante um ano, a Quartzolar recebeu consultoria por meio do programa Sebraetec. O empresário explica que a fábrica passou por um período de crescimento, organização e estruturação. Um dos resultados veio em 2017, com a obtenção da Certificação de Sistema de Qualidade: ISO 9001, se tornando a primeira empresa do Nordeste do ramo de argamassa e rejunte a ser certificada com o selo. “Desde então, conseguimos atender novas regiões. Temos uma empresa bem estruturada, devido a toda orientação que tivemos através da consultoria do Sebraetec”, afirma Renan, que atualmente atende os estados da Bahia, Minas Gerais e Piauí.

Além da Bahia, a empresa atende Estados como Minas Gerais e Piauí

Para atender a crescente demanda, a Quartzolar investiu em modernização dos equipamentos, aumentando a produção e, ao mesmo tempo, proporcionando qualidade de trabalho aos seus colaboradores, com a diminuição do esforço físico. “Diante da conquista do Certificado de Qualidade ISO 9001/2015, conseguimos consolidar a marca no mercado, aumentar as vendas e aumentar o quadro de funcionários”, completa.

FOTO: ANDRÉ CALDAS

SEBRAETEC

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O Sebraetec é indicado a qualquer momento do negócio, desde que o cliente tenha plena noção do que quer aprimorar, seja produto, serviço ou mesmo processos. O portfólio da solução se divide em sete temáticas: Design; Inovação; Produtividade; Propriedade Intelectual; Qualidade; Sustentabilidade e Serviços Digitais. Fazem parte do público-alvo as Micro e Pequenas Empresas (MPE) e Microempreendedores Individuais (MEI), de quaisquer segmentos empresariais. Mais informações do Sebraetec na Bahia podem ser obtidas pelo site www.sebraetec.com.


Ao trabalhar educação empreendedora, gestão municipal, desburocratização, compras públicas e energia, o município proporciona a chegada de novos negócios

PRA CRESCER

EIXOS PARA O DESENVOLVIMENTO Cidade Empreendedora contribui para aprimorar ambiente de negócios dos municípios FOTO: DARIO G. NETO

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ma iniciativa do Sebrae que busca contribuir para a transformação dos municípios em bons lugares para empreender já chegou a 40 cidades baianas. Trata-se da Cidade Empreendedora, uma estratégia que tem como objetivo engajar a gestão pública e as lideranças locais na melhoria do ambiente de negócios por meio da promoção de políticas públicas para os pequenos negócios. A estratégia está baseada na ideia de que, ao fortalecer as micro e pequenas empresas, há um reflexo direto no desenvolvimento econômico local. Isso se justifica pela representatividade desses empreendimentos, que preenchem 93% do tecido empresarial baiano. A Bahia conta hoje com mais de 690 mil micro e pequenos negócios distribuídos pelo estado, sendo mais de 414 mil formalizados como microempreendedores individuais. Para isso, o Sebrae entra como articulador entre a classe empresarial e o poder público, no sentido de criar espaços para ações que tragam benefícios a todos. A gerente da Unidade de Ambiente de Negócios da instituição, Cecília Miranda, explica que o Cidade Empreendedora trabalha a partir de cinco eixos integrados: educação empreende-

dora, gestão municipal, desburocratização, compras públicas e energia. A estratégia, que é também desenvolvida em outros estados, tem um diferencial na Bahia, por trabalhar os eixos de educação empreendedora e energia. “Entendemos que, para um ambiente propício a empreender, é também preciso fomentar a cultura empreendedora local. E nada melhor do que incentivar os jovens a olharem para problemas como oportunidades, os alunos podem, inclusive, atuar como disseminadores dessa cultura”, explica Cecília.

A Bahia conta hoje com mais de 690 mil micro e pequenos negócios distribuídos pelo estado

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O eixo de educação empreendedora promove capacitação de professores para que eles possam repassar os conteúdos relacionados a empreendedorismo em sala de aula. É aplicado aos alunos o programa Jovem Empreendedor Primeiros Passos (JEPP), que traz o conhecimento aos estudantes por meio de atividades lúdicas, que culmina na realização de uma feira de negócios organizada pelos próprios estudantes. Já o eixo de energia trabalha no fomento à criação de políticas de incentivo ao uso de energias renováveis. Entre as ações realizadas nesse sentido, está a realização de um seminário de sensibilização sobre o uso de energia e a elaboração de cartilhas informativas direcionadas aos gestores públicos. “Nesse aspecto, os empresários podem ter uma significativa diminuição de gastos com energia. Para o município, é uma forma de não se tornar dependente de uma única fonte de energia e ainda gerar impactos positivos ao meio ambiente”, detalha Cecília. Além desses dois eixos, o programa ainda passa pela promoção de comportamentos empreendedores junto à gestão pública, incluindo agentes de desenvolvimento e secretarias estratégicas para o desenvolvimento econômico; o estímulo ao uso do poder de compras das prefeituras para criar oportunidades de mercado na cidade e no campo; e a simplificação de processos para ampliar a formalização e a criação de novos negócios. Tudo isso com base no Plano de Desenvolvimento Municipal, que é construído em conjunto com atores locais. “Todos esses cinco eixos estão integrados, no sentido de atingir um objetivo único: transformar o município num bom lugar para empreender”, define a gerente. META É ATINGIR MAIS 60 MUNICÍPIOS EM 2019 Para 2019, o Sebrae tem a expectativa de chegar a outros 60 municípios baianos, totalizando 100 cidades que receberão as ações do programa. Uma das cidades que aderiram ao Cidade Empreendedora, no primeiro ano, foi Mata de São João, localizada na Região Metropolitana de Salvador. Tendo como um de seus atrativos a Praia do Forte e, também, o famoso São João do Município, o termo de adesão ao programa foi assinado em junho de 2018. Na ocasião, o prefeito Marcelo Oliveira destacou que empreender é uma forma de fazer a cidaPara o prefeito de Mata de São João, Marcelo Oliveira, empreender é uma forma avançar e driblar a crise FOTO: ASCOM MATA DE SÃO JOÃO

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PRA CRESCER

“Nós vamos engendrar todos os esforços para o programa acontecer. Precisamos desburocratizar e aproximar o empresário das compras públicas. Esta é uma forma de manter as riquezas aqui na cidade, criando possibilidades reais de desenvolvimento” de avançar e driblar a crise do país. “Nós vamos engendrar todos os esforços para o programa acontecer. Precisamos desburocratizar e aproximar o empresário das compras públicas. Esta é uma forma de manter as riquezas aqui na cidade, criando possibilidades reais de desenvolvimento”, destacou. Outro município que aderiu ao Cidade Empreendedora foi Vitória da Conquista, no Sudoeste baiano. No mês de julho foi realizado o primeiro encontro com os componentes do Comitê Gestor do Plano Municipal de Desenvolvimento da cidade. Na reunião foram apresentadas as propostas do programa e o diagnóstico que apontou as necessidades do município. O Secretário Municipal de Trabalho, Renda e Desenvolvimento Econômico, Claudio Cardoso, falou sobre o desenvolvimento econômico e social que é gerado em municípios que investem em políticas públicas de incentivo ao empreendedorismo. “Um ambiente de negócios atrativo, com empresas bem estruturadas, traz benefícios como o aumento da receita, ofertas de produtos e serviços de qualidade, geração de empregos e, para o setor público, melhores condições de implementar políticas sociais sem implicar em aumento de impostos.” MOLA PROPULSORA Os esforços empreendidos pelo Sebrae para a melhoria de ambiente de negócios são importantes pela quantidade de empresas no estado, mas

também pelo impacto econômico e social que esses empreendimentos geram. Se existem mais empresas de pequeno porte nas cidades, há mais geração de trabalho e renda para as famílias. Dados mais recentes do Cadastro-Geral de Empregados e Desempregados (Caged) apontam que as micro e pequenas empresas baianas foram responsáveis, de janeiro a setembro deste ano, pela criação de mais de 22 mil postos de trabalho, 11 mil a mais em comparação com o mesmo período do ano anterior. Além disso, esses empreendimentos respondem por 25,4% do PIB baiano, segundo levantamento do Sebrae com base em dados do IBGE. O superintendente do Sebrae Bahia, Jorge Khoury, reforça o papel da micro e pequena empresa para o desenvolvimento econômico dos municípios. “Mesmo em momentos adversos, os pequenos negócios baianos comprovam a sua resiliência e capacidade de gerar desenvolvimento para todo o estado. Eles atuam como uma mola propulsora e impactam diretamente a nossa economia. Precisamos dar toda a atenção a esses empresários”, avalia. Para Khoury, isso põe em destaque a importância de o Sebrae atuar como um interlocutor entre o empresário e o poder público, criando ambientes mais favoráveis para se empreender nos municípios. “O tratamento diferenciado para as micro e pequenas empresas, além de ser um dever Constitucional, é o caminho para darmos a esses empreendedores as condições de crescerem e se fortalecerem”, conclui.

“O tratamento diferenciado para as micro e pequenas empresas, além de ser um dever Constitucional, é o caminho para darmos a esses empreendedores as condições de crescerem e se fortalecerem”

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A Styllo Marmoraria, de Danilo Reis e Michele Carvalho, faz parte do programa Agentes Locais de Inovação (ALI)

MEU NEGÓCIO

EXPLORANDO A QUALIDADE DO SERVIÇO Inovação contribuiu para o reposicionamento da empresa no mercado e para a conquista de novos públicos FOTO: DAILSON BITTENCOURT

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a área de tecnologia, Danilo Reis veio de um mercado diferente e resolveu apostar no pequeno negócio com serviços de marmoraria e vidraçaria, depois amadurecendo para o ramo de marmoraria apenas. Ele e sua sócia e esposa, Michele Carvalho, participaram do programa Agentes Locais de Inovação (ALI) do Sebrae e conseguiram ampliar o número de clientes e se manter no mercado de forma competitiva. A Styllo Marmoraria tem cerca de cinco anos no mercado. Investindo na equipe, o empreendimento é reconhecido pela qualidade nos serviços prestados. “O programa ALI foi muito importante, pois estávamos num momento de tomar decisões e sabíamos da nossa deficiência. Foi realizado um diagnóstico empresarial e, a partir disso, começamos a trabalhar as deficiências. Participamos do Empretec, gestão financeira, seminário de finanças e outros que abriram um leque de informações, e nós precisávamos ter um produto novo, com preço mais competitivo para que não saíssemos do mercado”, ressalta Reis. Identificando as lacunas do negócio, os empreendedores utilizaram estratégias que permitiram o reposicionamento da empresa no mercado e a conquista de um público mais amplo. “Vimos que o porcelanato poderia baratear

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o custo da obra tendo uma queda entre 30% a 50%, dependendo do material. Através dos 12 passos da inovação, conseguimos melhorar e trabalhamos com bancadas de banheiros, escadas, porcelanatos e nichos. Vínhamos alcançando bons resultados e conquistando novos públicos, que contribuem para alavancar nosso empreendimento”, acrescenta. Para o gerente regional do Sebrae em Santo Antônio de Jesus, Carlos Henrique Oliveira, a empresa se destacou, sobretudo, por agregar outros empreendimentos ao seu. “A Styllo Marmoraria é um case de sucesso. Realizou um trabalho diferenciado sendo referência nos processos, qualidade e inovação de produtos e serviços”, conclui. Confira a história de Danilo Reis e Michele Carvalho no youtube.com/sebraebahia.


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SEBRAE PERTO DE VOCÊ O Sebrae possui estrutura de atendimento presencial em diversas cidades na Bahia, disponibilizando aos micro e pequenos empresários orientação, formalização, consultoria, capacitação e informação.

Agências de atendimento na Bahia O Sebrae Bahia possui 27 agências, distribuídas em dez unidades regionais.

Salvador / Mercês Unidade Regional 01 Tel.: (71) 3320-4526

Paulo Afonso

Salvador / Itapagipe

Santo Antônio de Jesus

Tel.: (71) 3312-0151

Alagoinhas

Tel.: (75) 3422-1888

Camaçari

Tel.: (71) 3622-7332

Lauro de Freitas Tel.: (71) 3378-9836

Barreiras

Unidade Regional 02 Tels.: (77) 3611-3013/4574

Feira de Santana O Ponto de Atendimento do Sebrae em Brumado fica localizado na Rua Mal. Deodoro da Fonseca, 89 - Centro. Funciona de segunda a sexta-feira, das 9h às 12h30 e das 13h30 às 17h FOTO: JOÃO JÚNIOR/ASN BAHIA

Unidade Regional 03 Tel.: (75) 3221-2177

Euclides da Cunha Tel.: (75) 3271-2010

Itaberaba

Tel.: (75) 3251-1023

Ilhéus

Unidade Regional 04 Tel.: (73) 3634-4068

Itabuna

On-line Redes Sociais

/sebraebahia

Juazeiro

Unidade Regional 06 Tel.: (74) 3612-0827

Tel.: (73) 3613-9734

Jacobina

Tel.: (75) 3281-4333 / 4223 Unidade Regional 07 Tel.: (75) 3631-3949

Valença

Tel.: (75) 3641-3293

Irecê

Unidade Regional 08 Tel.: (74) 3641-4206

Seabra

Tel.: (75) 3331-2368

Teixeira de Freitas

Unidade Regional 09 Tels.: (73) 3291-4333/4777

Eunápolis

Tel.: (73) 3281-1782

Porto Seguro

Tel.: (73) 3288-1564

Vitória da Conquista Unidade Regional 10 Tel.: (77) 3424-1600

Brumado

Tels.: (77) 3441-3699/3543

Guanambi

Tel.: (77) 3451-4557

Unidade Regional 05 Tel.: (74) 3621-4342

Itapetinga

Senhor do Bonfim

Jequié

Tel.: (74) 3541-3046

Tel.: (77) 3261-3509 Tels.: (73) 3525-3552/3553

Agenda de Capacitações

www.lojavirtual.ba.sebrae.com.br

Portal Sebrae Bahia e Chat On-line www.ba.sebrae.com.br

Agência Sebrae de Notícias www.ba.agenciasebrae.com.br

Atendimento a distância

0800 570 0800 Segunda a sexta-feira, das 8h às 20h

Ouvidoria Sebrae Reclamações, críticas, denúncias, sugestões e elogios web.ouvidoria.sebrae.com.br

Sede do Sebrae Bahia

R. Horácio César, 64 – Dois de Julho Salvador – Bahia – CEP: 40060-350 Tel.: (71) 3320-4301

Atendimento com hora marcada Com foco na comodidade dos empreendedores baianos que buscam as soluções do Sebrae Bahia, a instituição oferece o atendimento empresarial com hora marcada. O agendamento está disponível para todas as 27 agências da instituição distribuídas pelo estado. O interessado deve agendar gratuitamente pela Central de Relacionamento Sebrae (0800 570 0800), das 9h às 17h, o dia e a hora. A ligação é gratuita, inclusive de celular. O novo modelo garante atendimento gratuito e personalizado para serviços de orientação sobre abertura de empresas, além de orientações sobre finanças, mercado e marketing, legislação e tributação, acesso a crédito e serviços financeiros, sustentabilidade, planejamento, inovação, pessoas, políticas públicas, organização e processos, e cooperativismo.



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