edição 204
Marca baiana Sandwich Hall aposta em franquia para crescer
ENTREVISTA José Dornelas fala sobre como empreender dentro da empresa
COMÉRCIO E SERVIÇOS Confira dicas de como arrumar o ponto de venda
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SebraeBahia
Expediente Publicação do Sebrae Bahia, nº 204, Novembro de 2013 Filiada à Aberje
Histórias e empresários que ajudaram a construir a Feira do Empreendedor
Presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae Bahia
Diretor-superintendente Edival Passos Souza Diretores Lauro Alberto Chaves Ramos Luiz Henrique Mendonça Barreto Unidade de Marketing e Comunicação
Coordenação Cássia Montenegro (DRT 1052) Equipe Alice Vargas, Mauro Viana, Priscila Mafra, Pedro Soledade, Rafael Pastori, Rodrigo Rangel e Vanessa Câmera. Estagiários: Ceres Martins, Daiane Santiago, Daniela Santos, Thais Almeida e Victor Lahiri. Agência Sebrae de Notícias (Varjão & Associados Comunicação) Anaísa Freitas, Carla Fonseca, Carlos Baumgarten, Chico Araujo, Cristhiane Castro, Fátima Emediato, Cristina Laura, Laiana Menezes, Maria Clara Lima, Gustavo Rozario, Fernanda Barros, Nara Zaneli, Silvia Torres, Tamara Leal, Maiane Matos, Renata Smith e Silvia Araújo. Revisão Anaísa Freitas Edição Carla Fonseca Fotografia Mateus Pereira Capa Mateus Pereira Projeto Gráfico Solisluna Editora Editoração Objectiva Impressão Qualigraf Serviços Gráficos e Editora Ltda Tiragem 15.000 exemplares Cartas Sebrae – Unidade de Marketing e Comunicação Rua Horácio César, 64, Dois de Julho Salvador, Bahia. CEP: 40060-350. marketing@ba.sebrae.com.br Telefones 71 3320.4558/4367 Agência Sebrae de Notícias www.ba.agenciasebrae.com.br
A edição 204 da Revista Conexão traz como matéria de capa a história da marca baiana Sandwich Hall, que iniciou seu processo de franquia em 2011 e hoje aposta no formato para crescer no mercado. Administrada pelo casal Luiz e Nanci Martins e seus filhos, Alexandre e Cláudio, a empresa, que surgiu em 1997 e contou com orientações do Sebrae, hoje tem 60 funcionários, distribuídos em duas lojas próprias – localizadas nos bairros da Pituba e Ondina. Em 2014 será inaugurada a loja de Aracaju, primeira em outro estado. Na matéria especial você confere dados do segmento e ainda fica sabendo as vantagens de abrir uma franquia. A Revista traz também um balanço da Feira do Empreendedor 2013, que reuniu 38.717 visitantes, no Centro de Convenções da Bahia, em cinco dias de evento – de 22 a 26 de outubro. O Espaço Atendimento Empresarial registrou 51.331 acessos de empresários, microempresários, potenciais empreendedores e microe m p re e n d e d o re s individuais interessados em informações sobre planejamento, programas e linhas de crédito. Uma pesquisa realizada durante o evento apontou que
80,2% do público aferiu nota entre 8 e 10, sendo que 88,1% dos participantes buscaram capacitação, ideias de negócio e orientação. O caso do empresário Leandro Príncipe também faz parte desta edição 204. Ele é dono da Príncipe Variedades, uma loja de utilidades para o lar, no bairro Cabula, e participou da capacitação “Como arrumar o ponto de venda”, ministrada pela especialista e consultora do Sebrae, Silas Bastos. O empresário usou os conhecimentos adquiridos para arrumar sua loja. A matéria também mostra dicas passadas pela consultora no treinamento. A publicação mostra casos de empresários de segmentos como Microempreendedor Individual, Indústria, Inovação e Economia Criativa. Todas as histórias contadas nesta edição foram de empresas participantes da Feira do Empreendedor. Tenha uma boa leitura!
Foto: João Alvarez/Olho de Peixe Agência
João Martins da Silva Júnior
Sumário 34
6 COMÉRCIO E SERVIÇOS O segredo da organização
8 Políticas públicas Empreendedorismo municipal
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Agronegócio Mandioca e seus derivados
ENTREVISTA José Carlos Assis Dornelas
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Inovação e tecnologia Benefícios da piaçava
Economia criativa Feira de talentos
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Mercado Franquear para crescer
indústria Couro do sertão
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educação empreendedora Recordes da Feira do Empreendedor
MICROEMPREENDEDOR INDIVIDUAL De filha para mãe
37 26
Empreendedorismo Empreendedorismo na veia
38 SEBRAE PERTO DE VOCÊ
Foto: Mateus PEreira
Comércio e Serviços
Empresário que participou de capacitação na Feira do Empreendedor aprende a arrumar sua loja estrategicamente
O segredo da organização Em capacitação da Feira do Empreendedor, palestrante afirma que loja organizada vende mais Com o entendimento de que a arrumação da loja determina a decisão de compra do cliente, a especialista e consultora do Sebrae, Silas Bastos, ministrou a capacitação “Como arrumar o ponto de venda”, durante a Feira do Empreendedor 2013, em outubro. Uma orientação essencial para os lojistas é sempre deixar 60% do espaço da loja livre para circulação,
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Revista Conexão
preenchendo somente os 40% com produtos. “Uma loja muito cheia pode ser um problema, principalmente porque limita a rotatividade do material, deixando o capital parado naquele grande número de itens à venda.” Essa foi uma das dicas que chamou a atenção do empresário Leandro Príncipe, dono de uma loja
de variedades e utilidades para o lar, a Príncipe Variedades. Atento ao curso e satisfeito com as dicas, ele já começou a implementar mudanças em uma das suas quatro lojas. “A palestra ajudou muito. Vou voltar ao Sebrae e procurar essa mesma capacitação para meus nove colaboradores”, planeja. Com um total de 300 metros
Durante a capacitação, Silas enfatizou que o colaborador também é parte da composição de cada loja, de modo que a roupa e aparência desses profissionais fazem parte do cenário. Na Príncipe Variedades, além da farda padrão, as duas simpáticas profissionais fazem questão de atender bem qualquer cliente que chega, sendo atenciosas e buscando aquilo que eles desejam comprar. Capacitação – Há cerca de um ano, a dificuldade de administrar a gestão financeira e tributária levou o empresário ao primeiro contato com o Sebrae, através de capacitações nas áreas e, pelo bom resultado alcançado, Leandro fez questão de participar do encontro com a consultora, na feira. “Eu gostei das orientações e do networking. Sinto que esses cursos me motivam a adquirir mais conhecimento, porque o saber, hoje, é tudo. Ajudou e muito.”
produtos, com preferência pelas prateleiras curtas, com fácil acesso e ampla visibilidade. Foto: Olho de Peixe Agência/Roberto Viana
quadrados, incluindo o pequeno depósito, a loja do bairro do Cabula conta agora com três corredores, que, além de facilitar a mobilidade dos clientes, favorece a ventilação no ambiente. A disposição dos bens na prateleira determina a rotatividade dos produtos, em especial, nas lojas de artigos diversos, como orienta Silas Bastos. A consultora explica que a região central-superior da prateleira é a mais valorizada, seguida pela ponta direita, que é a segunda região mais visível. “São áreas que devem constar de produtos que se deseja vender mais”, garante. Prateleiras com mais de dois metros de comprimento devem dispor os produtos na vertical, de modo a “não cansar a visão do cliente”. Atento a isso, Leandro aprimorou a organização na loja, expondo os itens em grupos semelhantes de
Palestrante Silas Bastos mostra dicas de como arrumar um ponto de venda
Dicas de como arrumar sua loja 1.
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Fazer da loja mais do que um local para compras. No caso de uma loja para artigos femininos, é importante manter um espaço com acesso à internet, para o acompanhante da mulher, e outro com brinquedos, capaz de entreter a criança que esteja com ela. O cliente precisa ter contato sensorial com o produto, através dos sentidos, principalmente porque quase 70% das decisões de compra não são planejadas, ou seja, se constroem no momento em que o cliente avista a vitrine. A dinâmica do varejo exige que o produto, a vitrine e toda loja
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precisam ser expostos pensando sempre no público-alvo. É preciso harmonia e sinergia com o cliente, desde a cor das paredes até a fachada externa. A posição do produto na loja pode valorizá-lo ainda mais no mercado. Nas lojas de confecção, as araras, cabideiras e gôndolas são as vitrines, juntamente com as mesas e balcões. Se a vitrine frontal é a primeira impressão, o empresário precisa ficar atento para não expor apenas as novidades, incluindo, principalmente, aqueles artigos que ele deseja vender mais. Esse é um
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recurso que garante a rotatividade natural, sem necessidade de realizar constantemente promoções ou liquidações. Os lojistas devem sempre deixar 60% do espaço da loja livre para circulação, preenchendo somente os 40% com produtos. A região central-superior da prateleira é a mais valorizada, seguida pela ponta direita, que é a segunda região mais visível. O colaborador também é parte da composição de cada loja, de modo que a roupa e aparência desses profissionais fazem parte do cenário.
Sebrae Bahia
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Foto: Mateus Pereira
POLÍTICAS PÚBLICAS
Vice-prefeito de Ilhéus apresenta case de incentivo ao empreendedorismo na cidade
Empreendedorismo municipal Balcão do Empreendedor de Ilhéus evidencia resultados positivos em pouco mais de seis meses 8
Revista Conexão
A criação de um ambiente favorável para os micro e pequenos negócios possui um instrumento legal que valida essa atenção dos gestores municipais às empresas locais. A Lei Geral da Micro e Pequena Empresa, além de favorecer esses empreendimentos em diversos aspectos, determina a criação de espaços como a Sala do Empreendedor, que centraliza as informações para empresários ou candidatos a empresários, fornecendo orientações para o funcionamento dos estabelecimentos em âmbito municipal. Exemplos bem-sucedidos podem ser encontrados no sul da Bahia e mostram que os serviços podem ir além. Em Ilhéus, a Sala do Empreendedor foi criada no início deste ano. O atendimento é direcionado a microempreendedores individuais (MEI) e a micro e pequenas empresas. Em abril, o atendimento foi ampliado, através de uma parceria entre Sebrae e Prefeitura. Agora, o espaço é chamado de Balcão do Empreendedor. O Balcão é uma iniciativa da Secretaria Municipal de Indústria e Comércio de Ilhéus (Sedic) e funciona em um prédio anexo à Prefeitura. No local, são fornecidas orientações empresariais, direcionamento para crédito, realizadas formalização de microempreendedores individuais, atendimento do programa Negócio a Negócio, além de outras ofertas de soluções do Sebrae para os empresários. O atendimento especializado do Sebrae é realizado às quartas e quintas-feiras. Com o objetivo de aprimorar a gestão de seus negócios, o artesão Igor dos Reis resolveu buscar
orientações no Balcão do Empreendedor de Ilhéus. Ele é microempreendedor individual desde 2010 e soube aproveitar os benefícios de ter um CNPJ e os favorecimentos da Lei Geral. “Produzo cestas de lixo artesanais e vendo para a prefeitura. Sem a formalização e sem as orientações necessárias, isso não seria possível”, revela. Igor obteve orientações sobre como participar de compras públicas e agora está querendo melhorar a gestão da empresa.
A emissão do alvará, que antes levava em torno de 40 dias, hoje é feita em sete dias. Para atividades consideradas de risco, o prazo era de 60 dias e caiu para 21 dias O vice-prefeito de Ilhéus e secretário de Indústria e Comércio do município, Carlos Machado, destaca a série de benefícios alcançados através do atendimento no Balcão, além das medidas adotadas pela prefeitura com o objetivo de agilizar alguns processos para os empreendedores locais. “A emissão do alvará, que antes levava em torno de 40 dias, hoje é feita em sete dias. Para atividades consideradas de risco, o prazo era de 60 dias e caiu para 21 dias”, exemplifica. Segundo o vice-prefeito, desde a inauguração, em abril, já foram realizados mais de 2 mil atendimentos empresariais. Carlos Machado contou ainda que a cidade tinha aprovado a Lei Geral em 2010, mas somente a par-
tir do início deste ano, após uma visita à Unidade do Sebrae em Ilhéus, foi que a legislação começou a funcionar, de fato, com parceria do Banco do Brasil para microcrédito, criando uma estrutura própria para estimular as formalizações. Até outubro, foram formalizadas mais de 400 empresas no município, sendo mais de 50% delas no Balcão do Empreendedor. A coordenadora da Unidade Regional do Sebrae em Ilhéus, Claudiana Figueiredo, explica que o Balcão do Empreendedor é uma iniciativa que amplia o atendimento mais especializado, principalmente, para microempreendedores individuais. Ela reforça ainda que a criação da Sala do Empreendedor trouxe grandes benefícios para os empresários, não apenas em Ilhéus, como também em Itabuna. O case do Balcão do Empreendedor de Ilhéus foi apresentado no estande de Gestão Pública, na Feira do Empreendedor, que aconteceu em outubro, para prefeitos e representantes do poder público municipal de outras cidades. O espaço Gestão Pública também foi dedicado a orientações para empresários a respeito dos benefícios da Lei Geral, especialmente no que concerne às oportunidades com as compras públicas. No total, foram realizadas 173 orientações presenciais, 17 minipalestras, cinco palestras com consultoria presencial, 12 entrevistas com prefeitos e personalidades da área de gestão públicas, e um seminário sobre políticas públicas com 350 participantes.
Sebrae Bahia
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Foto: Mateus Pereira
Carlos Machado destacou a possibilidade de participar da Feira do Empreendedor no espaço de Gestão Pública. Ele esteve acom-
panhado do prefeito de Ilhéus, Jabes Ribeiro. “Não podíamos deixar de participar de um evento como esse, ainda mais tendo a opor-
tunidade de trocar experiências com outros municípios no espaço de Gestão Pública”, afirmou o vice-prefeito.
Prêmio Prefeito Empreendedor Buscando estimular o empreendedorismo na gestão municipal, o Sebrae lançou durante a Feira do Empreendedor a 8ª edição do Prêmio Prefeito Empreendedor – Etapa Bahia. A iniciativa valoriza as cidades que implementaram a Lei Geral da Micro e Pequena Empresa, que tem sido um diferencial de desenvolvimento do comércio, indústria e serviços, principalmente dos pequenos municípios. As inscrições estão abertas até o dia 6 de janeiro, através do site www.prefeitoempreendedor.sebrae.com.br. O prefeito de Ibotirama, Terence Lessa, salientou, durante o lançamento, a importância de ter implementado a Lei Geral no município, dobrando o número de formalizações de empresas na cidade. “Criamos em paralelo uma lei de incentivo fiscal com acúmulo de pontos mediante apresentação de notas fiscais que dá direito a ingressos em eventos. Hoje, estamos estimulando a capacitação, com o apoio do Sebrae dos MEI e MPE da cidade.”
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Revista Conexão
Compras governamentais Com o foco no aumento da participação das micro e pequenas empresas (MPE) baianas nas compras públicas, um programa articulado entre a Secretaria de Administração do Estado da Bahia (Saeb), o Fórum Permanente da Micro e Pequena Empresa e o Sebrae foi lançado também durante a Feira do Empreendedor. O “Programa Compras Governamentais: Um Bom Negócio para Você” tem por objetivo ampliar, em 8%, o número de MPE que vendem para o governo. Por outro lado, o governo da Bahia quer aumentar em 30% o volume de compras junto à micro e pequenas empresas, além de incluir 600 empreendimentos desses portes no cadastro de fornecedores do Estado, através do site Compras.net. Segundo a coordenadora da Central de Licitação da Saeb, Maria Eduarda Sampaio, o governo baiano tem à disposição R$ 950 milhões para comprar das MPE. Para fazer o cadastro, o empresário pode procurar qualquer ponto de atendimento da Saeb, portando documentos que incluem habilitação jurídica, regularidades fiscais e trabalhistas e qualificações técnicas. Uma vez cadastrado, o empresário terá acesso a informações sobre as licitações abertas pelo governo do estado. Vale ressaltar que, para as licitações de até R$ 80 mil, há um favorecimento para micro e pequenas empresas e microempreendedores individuais. O programa vai atuar dentro de sete eixos: planejamento e articulação entre parceiros, levantamento de informações, regulação, mobilização e comunicação, acesso a mercado e gestão do projeto.
Veja como vender para o Estado 1. Procure se aprofundar no conhecimento sobre a Lei Geral para saber quais os mecanismos que favorecem as micro e pequenas empresas em licitações. 2. Mantenha as documentações em dia para participar dos processos licitatórios. 3. Cadastre-se no site Compras.net, pois, através dele, você agiliza o caminho para participar das concorrências públicas, além de ficar atualizado sobre as licitações promovidas pelo Estado. 4. Fique atento: o governo da Bahia quer comprar mais de micro e pequenas empresas, tendo à disposição R$ 950 milhões disponíveis para produtos e serviços desses empreendimentos. 5. As compras públicas oferecem grandes oportunidades para as micro e pequenas empresas. Busque orientações junto ao Sebrae e à Saeb para garantir bons negócios.
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Foto: JC D’Almeida
Agronegócio
Cooperativa Mista Agropecuária de Pequenos Agricultores do Sudoeste da Bahia (Coopasub) buscou informações sobre acesso a mercado. Diretor comercial, Dorival Araújo, diz que o próximo passo é vender para supermercados e tornar o produto mais conhecido
Mandioca e seus derivados Cooperativa participa da Feira do Empreendedor e divulga uma variedade de subprodutos derivados da mandioca 12
Revista Conexão
Parceiro do Sebrae antes mesmo da
um Complexo Industrial de Fecula-
Presente nos 417 municípios baia-
sua fundação, em 2005, a Coopera-
ria e Unidade de Empacotamento de
nos, com 99% da sua produção liga-
tiva Mista Agropecuária de Pequenos
Farinha, no povoado Corta Lote, pró-
da à agricultura familiar, e respon-
Agricultores do Sudoeste da Bahia
ximo de Vitória da Conquista.
sável por empregar cerca de 220 mil
(Coopasub) sempre enxergou o traba-
Apesar de a Bahia ocupar a tercei-
pessoas, a mandioca possui grande
lhador rural como um empreendedor
ra posição em produção de mandio-
capacidade de adaptação, além de
e, de lá pra cá, buscou sensibilizar
ca, a fécula – mais conhecida como
ser uma atividade democrática, por
seus produtores para a importância
polvilho e utilizada na produção de
permitir o acesso de pequenos, mé-
de participar de cursos sobre coope-
biscoitos e outros produtos – antes
dios e grandes agricultores.
rativismo, associativismo e gestão.
A diversidade de subprodutos
ná. Com capacidade para empacotar
constituídos a partir da mandioca
rados em 18 municípios baianos e o
até 60 toneladas de farinha e benefi-
foi exposta mais uma vez na Feira
esforço para colocar em prática pro-
ciar até 100 toneladas de mandioca
do Empreendedor 2013, no Cen-
jetos voltados para a mandiocultu-
por dia, o pleno funcionamento do
tro de Convenções da Bahia, em
ra, chamaram a atenção do Estado e
Complexo Industrial irá modificar
Salvador. Sequilhos, beijus, bolos
renderam a instalação, em 2011, de
essa realidade.
e tantos outros produtos alimenFoto: Albani Ramos/Sebrae Nacional
era totalmente importada do Para-
O envolvimento de 2.305 coope-
Estado da Bahia é o maior consumidor de farinha do país. Grande variedade de subprodutos advindos da mandioca garante o sustento de milhares de família
Sebrae Bahia
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Foto: Albani Ramos/Sebrae Nacional
também para estabelecer contatos com clientes e fornecedores. “Após o evento, entramos em negociação. É um espaço onde podemos divulgar nossos produtos e realizar transações de compra e venda”, destaca.
Ampliação do mercado
tícios encheram os olhos de quem visitou o estande montado no espaço “Negócios da Copa”. O local destacou os negócios com foco na qualificação de produtos, serviços e atendimento ao público durante a Copa do Mundo de 2014, em áreas como construção civil, agronegócio, comércio, moda e turismo. Em visita à Feira, representantes da cooperativa do sudoeste baiano aproveitaram a oportunidade para conversar com consultores da área de Acesso a Mercado. Segundo o diretor comercial, Dorival Araújo, a cooperativa já comercializa farinha, fécula e alguns derivados da mandioca através de programas do governo. “Nosso objetivo agora é colocar nossos produtos nas pratelei-
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Revista Conexão
ras dos mercados, fazendo com que as pessoas conheçam e consumam os produtos da agricultura familiar”, completa. Segundo o presidente da Coopasub, Izaltiene Rodrigues, a relação com o Sebrae possibilitou realizar um trabalho com foco na organização solidária e sustentável dos agricultores familiares associados. “Avançamos no gerenciamento do empreendimento e das propriedades dos cooperados, além de criar um ambiente favorável para firmarmos parcerias, através da participação em missões técnicas, em feiras e rodadas de negócios.” Para Izaltiene, a Feira do Empreendedor é um canal importante de comercialização dos produtos, mas
Mesmo com os efeitos da seca em todo o Nordeste e uma queda de 40% da produção baiana, comparada ao ano de 2012, o estado ainda é o maior consumidor de farinha do país, e a grande variedade de subprodutos, advindos da mandioca, garante o sustento de milhares de famílias. De acordo com um dos gestores de Agronegócio da Unidade Regional do Sebrae Vitória da Conquista, Lívio Muniz, a instituição disponibiliza suporte e apoio na administração dos empreendimentos, trabalhando prioritariamente a gestão cooperativa. “Em relação ao complexo, foi pensado um plano de administração e promoção da unidade na participação em missões, feiras e eventos, com o intuito de promover o produto e buscar novos mercados.” Além da introdução da mandioca e derivados na merenda escolar, um Projeto de Lei tramita na Assembleia Legislativa e prevê a adição de 10% de fécula de mandioca na produção de pão em toda a Bahia. Para Izaltiene, a iniciativa é importante para dar sustentabilidade à mandiocultura do Estado, mas precisam ser feitos alguns ajustes, a exemplo da utilização da fécula com preço igual ou menor que o da farinha de trigo.
Foto: Mateus Pereira
Inovação e Tecnologia
O médico Antônio Sturaro desenvolve produtos através do fruto da piaçava e dá entrada no protocolo de patentes dos produtos junto ao Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI)
Benefícios da piaçava Óleo e fécula da piaçava ajudam a emagrecer e combater a desnutrição, e podem gerar emprego e renda Aos 82 anos, o médico pediatra de Sal-
foi um dos destaques. Ele apresentou
va da Bahia e mais de 280 mil pesso-
vador Antônio Sturaro é um exemplo
três produtos originários de seus es-
as. A maioria sobrevive da comercia-
de espírito inovador para os jovens
tudos e pesquisas com o fruto da pia-
lização da palha da piaçava apenas
empresários da Bahia. Entre os em-
çava: o granito vegetal, o óleo do coco
para a fabricação de vassouras. Es-
preendedores que mostraram seus
da piaçava e o satim, uma fécula que
tes produtores estão concentrados
produtos e serviços nas vitrines do
serve como complemento alimentar.
na região do Baixo Sul da Bahia, nos
Espaço de Inovação, da Feira do Em-
Estes produtos podem beneficiar
municípios de Camamu, Taperoá,
preendedor, em outubro, o médico
cerca de 40 mil produtores de piaça-
Valença, Ilhéus e Nilo Peçanha, que
Sebrae Bahia
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rar emprego e renda para produtores rurais, o óleo láurico, nos âmbitos nutricional e terapêutico, funciona como cosmética antioxidante, ajuda no processo de emagrecimento, porque queima a gordura desnecessária, e man-
tém a gordura boa, baixa o colesterol, e melhora o sistema imunológico. Para os diabéticos, impede a compulsão por carboidrato e, quando usado na pele, ele tem uma ação antiinflamatória poderosa, combatendo a fibromialgia. Foto: Mateus Pereira
respondem por 94% da produção brasileira da piaçava. “A minha inspiração para inovar com os produtos originais da piaçava veio do trabalho desenvolvido pela Fundação Odebrecht, no Programa de Desenvolvimento e Crescimento Integrado com Sustentabilidade do Mosaico de Áreas de Proteção Ambiental do Baixo Sul da Bahia, onde está a maioria da produção da piaçava do Brasil”, conta o médico Antônio Sturaro. “Estes produtores que sobrevivem da piaçava podem ficar sem trabalho, já que o produto economicamente utilizado da piaçava, a fibra para fazer vassouras, está sendo substituída pelas vassouras sintéticas. A exportação da fibra da piaçava está diminuindo”, alerta o médico.
Produtos inovadores e seus benefícios Granito vegetal – material para revestimento de piso à base do endocarpo do coco da piaçava e que já teve a patente requerida junto ao Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI). Este granito tem uma alta resistência mecânica, beleza estética. “Além da beleza, este ‘granito vegetal’, que os egípcios chamam de marfim vegetal, tem resistência, é térmico. Ao contrário do granito comum, que é frio, este é quente e pode ser usado no lugar da cerâmica”, explica o médico. Óleo láurico – é um complemento alimentar e agente fitoterápico, extraído da amêndoa do coco da piaçava. O produto também já teve sua patente requerida junto ao INPI. Além de ge-
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Revista Conexão
Óleo láurico é antioxidante, ajuda no processo de emagrecimento, baixa o colesterol e melhora o sistema imunológico
Satim – Complemento alimentar à base de fécula do coco da piaçava, o Satim ajuda a suprir a falta de alguns nutrientes necessários para o corpo humano (a exemplo do ferro, cálcio, magnésio e potássio). O produto já tem sua patente registrada no INPI. “A fécula pode ser usada em crianças com desnutrição porque é riquíssima em cálcio, em potássio e silício”, observa o médico Antônio Sturaro. O consultor do Sebrae Bahia, Sergio Antonio, que acompanha o processo de regularização dos produtos, informou que está assessorando o médico no protocolo de patentes dos produtos junto ao INPI. “Já tivemos acesso ao laudo da Unicamp, mostrando a composição e os benefícios do óleo láurico do coco da piaçava. Também estamos fazendo um plano de negócio para que os produtos recebam consultorias do Sebraetec. A partir do Sebraetec serão apresentadas propostas de laboratórios para avaliar a composição do granito e do satim”, explica o consultor.
Mais de 15 mil pessoas visitaram o espaço Faça Diferente: inovar é um ótimo negócio Inovar não requer apenas grandes investimentos e tecnologia. A criatividade pode trazer soluções simples ao alcance dos pequenos negócios. O espaço “Faça diferente: inovar é um grande negócio”, da Feira do Empreendedor 2013, recebeu mais de 15 mil visitantes, que
conheceram invenções para melhorar o dia a dia das pessoas, além de constatar ações de competitividade e divulgação.
Estes produtores que sobrevivem da piaçava podem ficar sem trabalho, já que o produto economicamente utilizado da piaçava, a fibra para fazer vassouras, está sendo substituída pelas vassouras sintéticas. A exportação da fibra da piaçava está diminuindo Através de mesas digitais, em uma linguagem simples e dinâmica, foram apresentadas as principais soluções de Inovação e Tecnologia nas áreas de Design, Tecnologia da Informação e Comunicação e Tecnologia Indústria Básica. Um dos programas exibidos foi o de Segurança Alimentar, que ensina as boas práticas de fabricação, higiene e manipulação de produtos para que a empresa ofereça alimentos seguros e evite desperdícios, durante sua produção, transporte e manipulação. Outro programa exposto foi o Cinco Menos que São Mais, que ajuda o empresário na identificação de desperdícios de insumos no processo produtivo da sua empresa e propõe ações corretivas, com o objetivo de diminuir custos de produção, aumentar a produtividade e minimizar os impactos ambientais negativos. O programa disponibi-
liza um consultor que, durante 12 meses, mostra ao empresário que o desperdício gera prejuízo e contabiliza em reais quanto ele está deixando de ganhar. De acordo com a coordenadora da Unidade de Inovação e Tecnologia do Sebrae Bahia, Márcia Suêde, o número de visitantes no Espaço mais que triplicou, quando comparado ao da Feira de 2011. Isso mostra que a linguagem simples e dinâmica ajudou a atrair os empreendedores que querem inovar. “O nosso objetivo foi mostrar para o empresário que a inovação é possível, não é só para grandes empresas e não precisa de investimentos altos. As micro e pequenas empresas podem inovar em marketing, na área financeira, na área contábil, na parte organizacional, com novos processos e novos produtos. O empresário pode repensar seus processos, seus serviços e produtos”, destaca Márcia Suêde. Durante sua visita ao Espaço de Inovação na Feira do Empreendedor, o secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado da Bahia, Paulo Câmera, disse que uma das grandes facetas da inovação é crescer, e não se estagnar. “É aí que aparece o Sebrae para fazer a melhoria de renda dos empresários. Eu acho que o estado tem que ser mais agressivo, à medida que nós temos uma população que precisa ser estimulada e educada para os novos padrões empresariais que surgem com a nova economia baiana”, observou, informando, ainda, que a secretaria tem um dos maiores projetos do Brasil de encubação de empresas.
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Foto: Mateus PEreira
Mercado
Família Martins abriu a primeira loja em 1997. Hoje tem duas lojas próprias e duas franqueadas. Em 2014, com a inauguração da Sandwich Hall em Aracaju, terá a primeira loja fora do estado
Franquear para crescer A marca baiana Sandwich Hall iniciou seu processo de franquia em 2011, com apoio do Sebrae, e hoje planeja o crescimento através desta estratégia Quando Luiz e Nanci Martins abriram
abrir franquia de uma lanchonete em
há 16 anos, na Pituba. A loja continua
a Sandwich Hall, em 1997, não ima-
Salvador, o casal decidiu investir na
no mesmo local, mas a história de
ginaram o quanto o negócio iria cres-
própria marca e, com a ajuda de fa-
Luiz e Nanci deu uma guinada em di-
cer. Após uma tentativa frustrada de
miliares, inaugurou a Sandwich Hall,
reção ao sucesso empresarial.
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A proposta partiu do Sebrae, em 2010. Os sócios já tinham participado de cursos na instituição e conheciam o trabalho desenvolvido. Mas, no início, houve certa resistência. “Temos quatro filhos homens e consideramos a loja como se fosse uma filha. Nós a vimos nascer, crescer e se consolidar. Foi difícil cortar o cordão umbilical, tanto que procuramos acompanhar o trabalho que está sendo desenvolvido. Nós queremos que nosso franqueado tenha sucesso”, conta Luiz. A decisão de participar do projeto do Sebrae para a formatação de uma franquia prevaleceu ao considerarem a oportunidade de mercado. “Percebemos que franquear era uma tendência de mercado. As grandes redes de fast food são
franquias e pensamos em tornar a Sandwich Hall em uma grande rede. Mas essa decisão não se deu de uma hora para outra: foi um amadurecimento da nossa parte”, conta Cláudio. O processo foi concluído em 2011 e, já em 2012, foi aberta a primeira franquia da rede: a loja de Vilas do Atlântico. Como resultado do trabalho, está em funcionamento também a franquia do bairro do Cabula, em Salvador, e será inaugurada “em 2014” a de Aracaju, a primeira em outro estado. O negócio deu tão certo que os quatro sócios hoje consideram ampliar a rede por meio de franquias e não mais com lojas próprias. Esse posicionamento é reforçado a partir da análise dos Foto: Mateus PEreira
A empresa é genuinamente familiar. Dois, dos quatro filhos do casal, Alexandre e Cláudio Martins, também são sócios da rede de lanchonetes, que hoje conta com 60 funcionários nas duas lojas da família, nos bairros da Pituba e Ondina. Além disso, a Sandwich Hall está presente no mundo virtual, em redes sociais e pelo site da empresa. Com o avançar do trabalho na década de 90, as funções de cada sócio foram logo definidas. Nanci ficou responsável pelos setores de Recursos Humanos e Financeiro; Alexandre pelas áreas de Marketing e Eventos; Cláudio por Controladoria e Estoque; e o patriarca “Luiz Martins” por Compras e Expansão. Nesta área, uma das estratégias adotadas foi franquear o negócio.
As duas lojas da família, localizadas na Pituba e em Ondina, contam com 60 funcionários
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dados sobre franquias no Brasil. De acordo com a Associação Brasileira de Franchising (ABF), em 2012, as franquias brasileiras faturaram R$ 103 bilhões, incorporando um aumento de 16,2% em relação a 2011. No Brasil, os empregos diretos gerados por franquias já passam de 940 mil e a taxa de sobrevivência até o segundo ano de operação é de 97%, enquanto que para os negócios que não são franquias, essa taxa é de 70%. Os resultados positivos se estendem também para o setor de alimentação, que “segundo a ABF” ocupa o primeiro lugar em número de redes franqueadas, quando comparado com outros setores no Brasil. A evolução apresentada é de 19,1%, passando de 481 redes, em 2011, para 573, em 2012. Já no quesito faturamento, o ramo de alimentação é o segundo do país, gerando mais de R$ 20 bilhões em 2012, atrás apenas de “Negócios, serviços e outros varejos”, que faturou R$ 24 bilhões no mesmo ano. Os dados são decorrentes de um modelo de negócio de sucesso e que traz vantagens para os empresários envolvidos. Entre os benefícios apontados para o franqueador estão a administração focada em franquias e menos investimento financeiro na hora de abrir uma nova loja, além de passar a ter mais uma fonte de receita. Já para o franqueado, destacam-se a associação a uma marca consolidada no mercado, a participação em um conceito já testado, a redução do tempo de implantação do negócio e a economia em escala, sendo mais fácil negociar em rede. “Nós
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queremos crescer mais e acreditamos que, com o modelo de franquia, as chances de sucesso são maiores”, conta Cláudio.
Franquia fechada na Feira do Empreendedor Pensando em divulgar a sua marca e fechar negócios, os sócios participaram das edições de 2011 e 2013 da Feira do Empreendedor da Bahia. A estratégia funcionou e, nesta sexta edição do evento, o estande da Sandwich Hall foi um dos mais movimentados do espaço Franquias. Alguns visitantes, inclusive, não sabiam que a marca era baiana. “Muita gente nos pergunta de onde é a Sandwich Hall, sem saber que somos uma marca genuinamente baiana”, explica Nanci. Nesta edição de 2013, Alexandre destaca que conseguiu fazer contatos com participantes interessados em abrir uma franquia da rede. “Em 2011, nós queríamos lançar a ideia da Sandwich Hall como franquia e ver a aceitação do público. Neste ano, participamos com o intuito de buscar franqueados e já conseguimos potenciais candidatos”, comemora Alexandre.
Capacitação O Sebrae oferece três modalidades de qualificação empresarial para os interessados em abrir uma franquia. São elas: “Franquia: o que é e como funciona” (palestra com carga horária de 2h), “Análise do perfil do potencial franqueado” (oficina com car-
ga horária de 4h) e “Como analisar ofertas de franquia” (curso com carga horária de 16h). Para saber mais informações, basta ligar para a Central de Relacionamento do Sebrae, no telefone 0800 570 0800, ou entrar em contato com o Ponto de Atendimento do Sebrae mais próximo.
Vantagens de abrir uma franquia 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8.
Associa-se a uma marca consolidada e de prestígio Participa de um conceito já testado Reduz o tempo de implantação do negócio Troca de experiência Acesso a métodos profissionais de gestão Economia de escala (mais fácil negociar em rede) Treinamentos/ manuais Concentra-se na gestão de um negócio
Oito passos para comprar uma franquia 1.
Autoavaliação. Tenho o perfil adequado para esse negócio? 2. Avaliar tipo de negócio 3. Analisar o franqueador 4. Analisar os serviços e suporte 5. Pesquisar taxas 6. Validar investimentos e retorno 7. Estudar os aspectos jurídicos 8. Iniciar processo seletivo para franqueado
Foto: Olho de Peixe Agência/João Alvarez
EDUCAÇÃO EMPREENDEDORA
Evento teve mais de 38 mil visitantes e realizou 313 capacitações, com mais de 17 mil participações
Recordes da Feira do Empreendedor Os números apontam o sucesso absoluto da Feira do Empreendedor 2013. Foram 38.717 visitantes nos cinco dias de evento, superando a expectativa inicial que era de 32 mil. A feira movimen-
tou milhares de pessoas, que trabalharam com atendimento, exposição, prestação de serviço e jornalismo. O Espaço Atendimento Empresarial teve 51.331 acessos de empresários e
microempresários, potenciais empreendedores e microempreendedores individuais interessados em informações sobre planejamento, programas e linhas de crédito.
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Na pesquisa, 80,2% do público aferiu nota entre 8 e 10 a Feira do Empreendedor
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presença do público feminino, 52,2% dos visitantes. “As mulheres já provaram que conseguem atuar em diversas funções ao mesmo tempo e a oportunidade de ser empresária é justamente abandonar o cartão de ponto e fazer o próprio horário. Elas estão alcançando grande sucesso no mundo empresarial.” Foto: Olho de Peixe Agência
Edival Passos ressaltou também outro dado interessante, a motivação que levou os visitantes à feira, sendo que 70% do público buscou conhecimento e capacitação. “É satisfatório para nós. Esse é o papel do Sebrae. Para empreender, as pessoas devem estar preparadas, ter informação, saber obrigações e direitos. Isso é o que a Feira tem a oferecer e o que foi buscado pelo público.” Outros dados apontam o sucesso de público da Feira do Empreendedor: foram vendidas mais de 63 mil publicações na Livraria; arrecadados de mais de R$ 100 mil pelos artesãos, no Espaço de Economia Criativa; e mais de 7 mil refeições servidas na área de gastronomia. Números gratificantes, segundo o superintendente do Sebrae, Edival Passos. Para ele, a edição de 2013 foi a melhor e mais bem organizada e, claro, fica a expectativa de conseguir o tetracampeonato entre as feiras do País. Passos ressaltou a
Foto: Olho de Peixe Agência/João Alvarez
O evento, realizado em outubro, ocupou uma área de 14 mil metros quadrados, oferecendo um menu completo de atividades, oportunidades e soluções para os visitantes. Foi a 6ª edição realizada em Salvador, tendo sido reconhecida por três anos consecutivos (2007, 2009 e 2011) como a melhor do Brasil. Recordes foram quebrados mais uma vez, principalmente entre as capacitações, um dos pontos mais fortes da feira, com 313 treinamentos, que preencheram 17.700 vagas, nas mais diversas áreas voltadas ao empreendedorismo. Pesquisa realizada durante o evento apontou que 97,2% dos visitantes consideram a feira como referência para quem deseja abrir um negócio e 96,8%, para quem já possui uma empresa. Isso sem contar que 80,2% do público aferiu nota entre 8 e 10 ao evento, sendo que 88,1% dos participantes buscaram capacitação, ideias de negócio e orientação.
Entre os visitantes da feira, 52,2% eram mulheres
Na abertura do evento, no dia 22, o governador Jaques Wagner destacou o potencial empreendedor do povo baiano. Ele ressaltou ainda que a Feira é um ambiente ideal para a obtenção de conhecimento. “Aqui é o local onde o empreendedor vai se capacitar, e ponto fundamental para quem quer iniciar um negócio próprio ou expandir no mercado.” O diretor técnico, Lauro Ramos, reforçou o papel da feira enquanto evento promotor de conhecimento e de oportunidade para quem quer empreender e para aqueles que já possuem o próprio negócio. “Já na abertura, podemos ver, pela quantidade de pessoas presentes, que o baiano é empreendedor e está atrás de capacitação e oportunidades.”
Foto: Mateus Pereira
O governador Jaques Wagner destacou o potencial empreendedor do povo baiano
Uma das novidades da feira esse ano foi a realização do I Encontro de Música e Empreendedorismo, idealizado pela Associação Pracatum, e que trouxe para Salvador o produtor musical Liminha e a produtora cultural Bia Lessa. Junto com o músico Carlinhos Brown e sob mediação do secretário municipal de Desenvolvimento e Turismo, Guilherme Bellintani, eles brindaram a plateia formada por músicos e pessoas da cultura, com um bate-papo sobre produção cultural e musical na Bahia e no Brasil. Auditório cheio e a certeza de que, na segunda edição do encontro, em 2015, vem mais novidades. Brown ressaltou sua parceria com o Sebrae, e a importância de músicos e pessoas que atuam na área cultural entenderem que esse também é um segmento de negócio que gera lucro, empregos, e que faz “rodar” a economia criativa. O músico, conhecido por transformar a vida dos moradores da comunidade do Candeal, é parceiro do Sebrae desde
a edição anterior da feira e é um dos entusiastas do empreendedorismo. Entre as atividades de capacitação, o Seminário de Empreendedorismo trouxe nomes importantes da área para discutir o assunto, como o consultor e escritor José Dornelas, que falou sobre “Empreendedorismo Corporativo – Como ser Empreendedor, Inovar e se Diferenciar na sua Empresa”. Potenciais empreendedores, microempreendedores individuais e proprietários de pequenos negócios puderam conferir as dicas do consultor, executivo e professor Renato Grinberg durante a pa-
Foto: Mateus Pereira
Eventos
lestra “Excelência e Alta Performance através da estratégia Olho de Tigre”. No dia de abertura da feira, os jornalistas Luís Nassif e Salete Lemos participaram de um debate sobre planejamento com o escritor Carlos Alberto Júlio, autor de quatro best-sellers na área de negócios: “Reinventando você”, ”A magia dos grandes negociadores”, “A arte da estratégia” e “Superdicas para vender e negociar bem”. A feira abriu as portas para rodadas de negócio, como a que aconteceu reunindo empresários de micro e pequenos negócios dos segmentos de agronegócio e turismo, colocando frente a frente 11 empresas âncoras e 42 ofertantes, como a Grão da Chapada, do empresário Cid Lopes. Foi realizada também uma Rodada de Investidores para Produtos e Serviços Inovadores, com a participação de investidores nacionais e internacionais. Na área cultura, aconteceu uma Rodada de Música, mobilizando Artistas, bandas de MPB, forró, de percussão e atrações internacionais que puderam mostrar seus trabalhos para bares, restaurantes, casas de show e distribuidoras digitais da capital e de São Paulo.
Carlinhos Brown, Liminha e Bia Lessa participaram do encontro de música e empreendedorismo, intermediado pelo secretário municipal de Desenvolvimento e Turismo, Guilherme Bellintani
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EDUCAÇÃO EMPREENDEDORA
Foto: Mateus Pereira
Foto: Mateus Pereira
Visitantes avaliam o evento
Cássia Mara Pinho Empresária do setor de corretagem
Foi um momento importante para fechar negócios. Sou representante do Plano Idental e tive contato com muitos empresários. Acho que a feira é um local importante para encontrar amigos e conhecer pessoas, fazer networking. O movimento me surpreendeu e já estou pensando no próximo evento. Foi bastante positivo. 24
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Bianca Lordelo Estudante
Fui atraída à feira por conta de uma atividade acadêmica. Faço design na Uneb e vim buscar informações para atividade de uma disciplina sobre loja virtual. Participei de uma capacitação sobre “Cool Hunt” (Caçador de Tendências) que me estimulou bastante, e agora vou buscar outros cursos. Aproveitei para dar uma passada na livraria e buscar informações seguras sobre como iniciar um novo negócio.
Foto: Mateus Pereira Foto: Mateus Pereira
Iris Viana Publicitária
Analista de sistemas
Procurei o atendimento empresarial e fui bem recebido. Meu objetivo foi conhecer um pouco mais sobre sustentabilidade, principalmente em condomínios. Encontrei um bom fornecedor para geração de energia solar. Sou microempresário também e busquei informações sobre Inovação.
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Bruno Morais
Estou em busca de informações sobre inovação. Vi tendências na área de alimentação, bartender e também algumas informações sobre moda. Participei de capacitações e do Cine Empresarial. Fiquei surpresa com a organização. É um momento bom para pesquisar e muito importante para quem está pensando em empreender.
André Carlos Conceição Artesão
Foi minha primeira vez na feira. Estou com a caravana de artesãos de uma comunidade quilombola de Nilo Peçanha. Foi muito bom para fechar negócios e atendeu plenamente minhas expectativas, não só de vendas, mas também para apresentar nossos produtos ao público. Fizemos bons contatos com empresários até de outros países, como o Japão, e foi bastante gratificante. Sebrae Bahia
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Foto: Mateus PEreira
ENTREVISTA
“A empresa empreendedora é aquela que inova, tem iniciativa, estimula e recompensa seus funcionários” 26
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José Carlos Assis Dornelas A prática de atitudes empreendedoras dentro de empresas, denominada “Empreendedorismo Corporativo”, tem como síntese a construção de modos para que a inovação se torne algo sistêmico na empresa, com horizonte de médio e longo prazos. E ninguém melhor para falar sobre o assunto do que José Carlos Assis Dornelas, um dos maiores especialistas brasileiros em empreendedorismo e plano de negócios, pós-doutor pelos EUA e primeiro e único professor brasileiro como Visiting Scholar
no Centro de Empreendedorismo do Babson College, considerada a melhor escola de negócios com foco em ensino de empreendedorismo no mundo. Também autor do best-seller “Empreendedorismo, transformando ideias em negócios”, Dornelas foi um dos palestrantes no Seminário Sebrae de Empreendedorismo, no Centro de Convenções da Bahia, em outubro, durante a Feira do Empreendedor 2013, e concedeu entrevista exclusiva para Revista Conexão sobre o tema.
Como definir o fenômeno do Empreendedorismo Corporativo?
“Tudo na organização tem que ser empreendedor. A cultura da organização tem que ser empreendedora e ela (a cultura) é desenvolvida ao longo do tempo”
É empreender dentro de empresas já estabelecidas. Isso envolve desenvolver o comportamento empreendedor dos colaboradores, e mais, as condições que a empresa cria para que o empreendedorismo e a inovação aconteçam.
Os colaboradores têm papel importante nesse processo de empreendedorismo dentro do ambiente empresarial?
E como tornar esse ambiente corporativo favorável? Tudo na organização tem que ser empreendedor. A cultura da organização tem que ser empreendedora e ela (a cultura) é desenvolvida ao longo do tempo. A empresa empreendedora é aquela que inova, tem iniciati-
Sim, um papel essencial, pois, sem eles, nada acontece. Claro que há uma necessidade de ter lideranças na empresa, mas é importante não pensar que o empreendedorismo corporativo pode ser uma ordem de cima para baixo, obrigando as pessoas a executarem. O processo só vai, de fato, acontecer se o ambiente for propício para isso.
va, estimula e recompensa seus funcionários e incentiva a “cultura do risco”, de permitir as tentativas e falhas na dinâmica de inovação dos processos internos. O empreendedorismo corporativo não é algo tão simples, porém é uma questão que as empresas precisam buscar para se manterem no mercado.
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Foto: Mateus PEreira
alguns pilares, que são a essência do empreendedorismo corporativo. Isso permite entender se a empresa tem uma política de estímulos à iniciativa dos funcionários, entender como o colaborador se vê quando o assunto é empreendedorismo e compreender como está a estrutura para as pessoas conseguirem “pensar fora da caixa”. Essas premissas permitem avaliar quão a empresa é empreendedora. O passo seguinte é planejar e implementar as iniciativas estabelecidas. Isso tudo dura, pelo menos, dois anos para um projeto bem estruturado.
Então trata-se de um projeto de médio e longo prazos. Não tenha dúvida. Muitas empresas acabam buscando no tema a solução para problemas do momento, quando, na verdade, não basta tratar o empreendedorismo corporativo como questão motivacional para o momento presente.
O empresário consegue criar esse ambiente sozinho? Qual o melhor momento para pensar em empreendedorismo corporativo? Primeiro, é preciso ter recurso financeiro para pensar em empreendedorismo de longo prazo. Mas a decisão sobre o momento precisa vir da visão estratégica dessa empresa.
Quais os primeiros passos para uma empresa que deseja iniciar o modelo de empreendedorismo corporativo? Recomendo, de início, um diagnóstico para tirar uma fotografia da empresa em relação a
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Ele vai precisar de uma assessoria especializada, até porque esse é um tema pouco difundido.
Pensando no universo de micro e pequenos negócios, como formar o empreendedor coorporativo? Nesse perfil de empresa, o empresário é o grande líder do negócio, e deve criar condições para que os colaboradores empreendam como ele, seguindo seu caminho como um espelho. Possibilitar que as pessoas tenham o papel de donos do negócio, o que nem sempre é fácil, por modelos de gestão ainda muito controladores. Se ele dá mais autonomia, com certeza, mais criatividade vai acontecer e a probabilidade de inovação é maior.
Fotos: Mateus PEreira
ECONOMIA CRiativa
A artesã, Maria dos Anjos, e o chef de cozinha, Luíz Araújo, uniram as orientações do Sebrae e a participação na Feira do Empreendedor para profissionalizar e expor suas marcas no mercado
Feira de talentos Quem disse que o crochê é só um passatempo das vovós? Para a artesã Maria dos Anjos, a técnica artesanal vai além da produção dos clássicos centros de mesa e da barra do pano de prato. Ela trabalha o
crochê dando mil possibilidades às suas criações de ornamentar peças de decoração, vestuários femininos e objetos religiosos, produzindo uma mistura harmoniosa, vibrante e charmosa.
É bem verdade que o seu primeiro contato com o crochê foi com a sua avó, aos seis anos de idade, quando recebeu dela uma agulha. Junto à avó, trançava os fios, produzindo florzinhas e correntes, distraindo-
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parceiro de trabalho e, com isso, aumentou a renda familiar com a venda dos produtos. No início, sua produção era aleatória, ela não tinha noção de planejamento nem foco de negócios. Até que foi convidada a participar, há dois anos, de uma das reuniões do Sebrae com as associações de artesãos. Passou, então, a frequentar cursos de capacitação, que foram fundamentais para a guinada profissional e a decisão de definir o crochê e o jeans como produtos mestres das suas criações. “O encantamento foi imediato, me envolvi totalmente no artesa-
Foto: Mateus PEreira
-se, ao invés de correr e fazer barulho pela casa. O tempo passou e a introdução à técnica ficou adormecida, pois Maria teve que seguir outras atividades profissionais de bancária e comerciante de lanches para sustento da família. Entretanto, em paralelo às suas atividades cotidianas, ela produzia outras técnicas artesanais – pulseiras e colares, nos intervalos de trabalho, e vendia aos colegas, familiares e vizinhos. Assim, cresceu e fortaleceu o gosto pela arte, aperfeiçoando as técnicas, envolvendo toda a família na produção, sobretudo o marido que se tornou
As peças de crochê da artesã, Maria dos Anjos, estão exibidas na Xarmonix
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nato. As capacitações foram maravilhosas e somaram valorosamente ao meu trabalho”, conta ela. Maria estruturou seu ateliê no bairro do Bonfim, em Salvador, e criou o panfleto com a marca “Maria dos Anjos”, onde relata a história do crochê. Recentemente, na Feira do Empreendedor 2013, ela se realizou profissionalmente ao exibir, na programação de desfiles do Espaço de Economia Criativa, a coleção de biquínis em crochê. E mais: vestiu uma modelo caracterizada de Carmem Miranda, que abriu a passarela trajando saia, bustiê, torço e adereços em crochê. “Este evento foi
Marca gourmet O chef de cozinha Luíz Araújo, que também estava expondo na Feira do Empreendedor 2013, vivencia o momento certo de expansão. Luíz foi um dos primeiros microempreendedores individuais (MEI) formalizados, há quatro anos, pelas mãos do
Fotos: Mateus PEreira
muito importante, pois é o reconhecimento de um trabalho de muito tempo, da luta de uma família”, comenta, acrescentando que o sonho agora é levar a marca Maria dos Anjos para outros países. “A orientação do Sebrae foi determinante, pois, em pouco tempo, eu consegui ter uma visão empreendedora, mais profissional, coloquei os meus pés no chão e escolhi o crochê e o jeans como produtos do meu trabalho.” Em sua trajetória, Maria fala com orgulho da parceria que fez com o designer Jeferson Ribeiro. Ele levou seus trabalhos para o Dragão Fashion Brasil, em Fortaleza, no final do semestre passado, configurando-se em seu primeiro desfile. “Jeferson chegou ao Sebrae querendo uma artesã para fazer parceria e levar uma peça para o desfile. Ao invés de uma peça, fiz três”, conta ela. Outro desafio inesquecível para a artesã foi a parceria que firmou com a loja de decoração Xarmonix, em junho deste ano, expondo suas peças na vitrine da loja. Ela foi descoberta pela empresária da loja no Showroom do Projeto Brasil Original, promovido pelo Sebrae, no Shopping Barra. No Natal deste ano, suas criações já têm espaço garantido na decoração da loja.
Culinária japonesa é uma das especialidades do chef
superintendente do Sebrae, Edival Passos. Hoje, seu negócio está prestes a tornar-se microempresa, em função da margem de faturamento. No estande da Feira do Empreendedor, que levou seu nome, instalado da Praça da Gastronomia, sob a coordenação da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), Luíz serviu bobó de frango com mandioca, sarapatel de cordeiro e frango grelhado com aipim. Ainda comandou a Cozinha Show, onde criava a receita e passava para o público, que também experimentava os pratos. Com larga experiência na área gourmet, há mais de 10 anos, Araújo já trabalhou como chef de cozinha de importantes empreendimentos hoteleiros, como o antigo hotel Meridien, o Othon e o Fiesta, além do restaurante Barravento. Até que chegou um momento em que ele pensou e decidiu: “Quero ter o meu próprio negócio”. Ele já trabalhava
em casa, atendendo encomendas e tornou-se ‘expert’ nas culinárias francesa, japonesa, chinesa, contemporânea e baiana. Procurou o Sebrae Bahia, onde recebeu as orientações nos cursos sobre investimento e relacionamento com o cliente para gestão de negócio. Com aquisição de equipamentos para ampliação da cozinha industrial, o MEI abriu o Buffet de Eventos Luíz Araújo. Ao sair da informalidade, Luíz seguiu uma gestão de empresa de eventos, adquiriu uma conta de pessoa jurídica, alvará e passou a emitir nota fiscal. “Desde que me tornei MEI, minha carteira de clientes ampliou e a renda aumentou em 80%”, comemora. Luíz também é professor de culinária japonesa da Delicatessen Perine, há seis anos, e é consultor da Abrasel há 10. No site www.chefluizaraujo.com.br tem as informações e serviços prestados pelo profissional.
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Fotos: Mateus PEreira
Indústria
Integrante da Cooperativa dos Produtores e Artefatos de Couro da Comunidade de Tracupá (Coopact), Sérgio Evangelista fecha negócios em sua primeira participação na Feira do Empreendedor
Couro do sertão Cooperativa da comunidade de Tracupá mostra como manter tradição através do empreendedorismo Uma tradição secular, passada de pai para filho, ganha o incremento do empreendedorismo. Se contar o tempo de trabalho, observando os pais e os avós desenvolvendo manualmente esses artefatos, já se vão
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mais de 30 anos de ofício para Sérgio Evangelista, um dos integrantes da Cooperativa dos Produtores e Artefatos de Couro da Comunidade de Tracupá (Coopact), município de Tucano, a 250km de Salvador.
Ele conta que, logo quando ingressou na atividade como uma forma de se sustentar, os resultados financeiros eram mínimos. “Produzindo individualmente, era muito mais difícil. Vendíamos em
feiras locais e, na maioria das vezes, quem comprava na nossa mão eram os atravessadores, a preços muito baixos. Não tinha como melhorar as condições”, lembra. O Sebrae apoia a cooperativa desde a sua formação, em 2011. Para Sérgio, com a intervenção da instituição, houve uma melhoria significativa na qualidade de vida dos cooperados. Com a organização, cada cooperado fatura em torno de R$ 2 mil. Individualmente, Sérgio conta que esse faturamento dificilmente passava de R$ 400. “Além de não vendermos mais para atravessadores, recebemos orientação sobre formação de preço, o que ajudou no processo de valorização dos nossos produtos.” A tradição da produção à base de couro mantém-se com o valor agregado do trabalho artesanal, mas ganha uma força com o implemento de novas tecnologias e a abertura de novos mercados. Saindo de suas casas (ou tendas, como chamam os profissionais que atuam nessa atividade), os artesãos de Tracupá estão, hoje, em um galpão do programa Indústria Cidadã, da Superintendência de Desenvolvimento Industrial e Comercial (Sudic). José Albuquerque, da assessoria técnica da Diretoria Regional da Sudic, explica que o galpão funciona como um ponto de produção e comercialização para a cooperativa. “Muitos trabalhadores ainda desenvolvem essa atividade em suas casas. Esses produtos também podem ser agregados ao galpão.” A Unidade Regional do Sebrae que atende à Coopact é a de Feira de
Santana. Segundo o coordenador da Unidade, Wagner Sade, a cooperativa sempre mostrou um potencial de crescimento. “O produto deles é de extrema qualidade. Entramos apenas nas orientações referentes à gestão do negócio”, detalhou. A cooperativa recebeu consultoria na área tecnológica, através do Sebraetec, além de ações de acesso a mercado e associativismo. Com o apoio do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), os cooperados também foram orientados sobre questões visuais referentes aos produtos desenvolvidos. O diretor administrativo da Coopact, Adriano da Silva, conta que, ao longo de dois anos, o grupo reuniu 22 cooperados da comunidade. Ele destaca que o apoio do Sebrae é fundamental, principalmente na área de educação financeira. “O Sebrae é nosso parceiro desde o início, e tivemos o apoio na constituição jurídica da cooperativa. Mas as orientações sobre gestão continuam sendo muito importante para todos nós.” Adriano diz ainda que, através das parcerias adquiridas, os cooperados participam de cursos do Serviço Nacional da Indústria (Senai) voltados para questões mais técnicas. “Mantemos a tradição, mas temos que acompanhar as evoluções tecnológicas e de mercado”, afirma.
Bons frutos O diretor-administrativo reforça que a tradição é secular. “É transmitida entre as gerações”, complementa. Mas a necessidade de aprimorar a produção e se organizar demanda-
ram que esses profissionais dessem novos passos. “Formamos uma associação, inicialmente. Depois, já com o apoio do Sebrae, legalizamos a cooperativa, que surgiu por conta da necessidade de fortalecimento de nosso trabalho.” A partir daí, os passos foram cada vez mais largos. Em 2013, a Coopact, por intermédio do Sebrae, participou da ExpoFeira, em Feira de Santana, e pela primeira vez esteve presente na Feira do Empreendedor. Nem mesmo os integrantes da Cooperativa dos Produtores e Artefatos de Couro da Comunidade de Tracupá (Coopact), município de Tucano, no alto sertão baiano, esperavam a repercussão que alcançaram durante a Feira do Empreendedor 2013. “O resultado foi surpreendente. Fizemos excelentes negócios durante a Feira”, revela o cooperado Sérgio Evangelista. Ele conta que herdou o trabalho da família. “Meus avós já produziam objetos feitos à base de couro, principalmente para vestimentas de vaqueiros. Agora, nós damos continuidade ao trabalho de forma mais organizada.” As bolsas, carteiras, cintos e artefatos de couro, produzidos pela cooperativa, chamaram a atenção de muitas pessoas que circularam pela Feira em outubro. A partir do evento, a Coopact realizou contato com duas grifes e tem a possibilidade de fornecer alguns produtos para essas empresas. “Nossos próximos passos são abrir novos mercados, conquistar mais clientes e expandir, cada vez mais, o trabalho da cooperativa”, finaliza o diretor-administrativo da Coopact, Adriano da Silva.
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Foto: Mateus PEreira
MICROEmpreendedor individual
Empresária, Dagmar Santos, participou de capacitação para aprender a implantar código de barras nos seus produtos
De filha para mãe Filha passa ensinamentos para mãe e, juntas, formam a empresa Dagmar Licores Invertendo a ordem natural da vida, os ensinamentos passados de filha para mãe originaram um negócio que produz e comercializa licores, na cidade de Tucano, localizada no interior da
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Bahia. A Dagmar Licores surgiu em 2007, quando Geórgia Nunes, filha da empresária Dagmar Santos, cursava o ensino médio e participou de uma capacitação do Serviço Nacio-
nal de Aprendizagem Rural (Senar) para aprender a fabricar licor artesanal. “Neste caso foi o contrário. Eu tenho orgulho em dizer que aprendi
também é outra forma de tornar o produto mais acessível. A participação na Feira do Empreendedor 2013, em outubro, trouxe novas ideias para incrementar o negócio. Dagmar participou da palestra “Como implantar o código de barras em seus produtos”, ministrada pelo assessor de soluções de negócios da GS1 Brasil, Edson Matos de Lima. “Sei que não tenho como vender para uma grande empresa sem o código de barras no produto. Fui atrás da informação e já estou começando a traçar metas para colocar esse objetivo em prática”, planeja. Esta é a segunda edição da feira que a empresária participa. Em 2011, ela também marcou presença no evento. Atendimento ao Cliente, Como Vender Mais e Melhor, SEI Controlar
meu dinheiro, SEI Vender, Iniciando um Pequeno Grande negócio, Formação de preço de venda e Análise e Planejamento Financeiro estão entre os cursos e capacitações do Sebrae que a empresária participou no último ano. “O mercado não espera. Se a gente não se capacita, fica para trás. Para obter o sucesso nos negócios não basta conhecer bem o produto e o nosso público, a gente tem que estar aliado às tendências. É importante conhecer bem todas as ferramentas para usá-las a nosso favor.”
MEI busca consultoria para planejar crescimento O
fascínio
por
computadores
permitiu a Jonatan Sena notar características empreendedoras, que Foto: Mateus PEreira
a fazer a bebida com minha filha. Ela concluiu o curso, me ensinou e já começamos a fazer para vender. Sentimos que a procura aumentava rapidamente”, lembra Dagmar. Georgia, que hoje é formada em design e mora em Salvador, está à frente da área de vendas da empresa, além de cuidar da divulgação do produto. Com o tempo, a bebida conquistou paladares e passou a ser apreciada por todos que a experimentava. O negócio amadureceu e, no início deste ano, Dagmar sentiu que era hora de formalizar a empresa – se tornou Microempreendedora Individual (MEI). “A relação empresarial formal é bem mais interessante do ponto de vista do investimento. Atualmente, vendo para lojas de Salvador como O Tabuleiro – Magias da Bahia (aeroporto) e Armazém Amazônico (Salvador Shopping), além de mercados aqui da região. O Sebrae foi o nosso maior incentivador.” A empresária diz que, no próximo ano, pretende dobrar as vendas, mas, para isso, ela reconhece que precisa vencer a sazonalidade. Nos meses de maio, junho e julho, a Dagmar Licores chega a vender 1,5 mil unidades do produto, mas este número é bem menor em outros períodos do ano. Como estratégia, ela foca no mercado de casamentos e oferece versões da bebida em miniaturas, que podem ser usadas como lembrancinhas da festa. “Começamos com esse serviço em julho e já fizemos lembranças para dois casamentos em Salvador”, afirma. A venda pela internet, que acontece por meio do site www.dagmarlicores.com.br,
Jonatan buscou informações para viabilizar a contratação de um empregado
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o fizeram acreditar em um sonho: ter seu próprio negócio e trabalhar com o que ama. “Fui a primeira pessoa da minha família a ‘mexer’ em um computador. Na época, eu tinha 15 anos”, lembra Jonatan, que hoje, aos 23 anos, é Microempreendedor Individual e dono da Infinity Tech Soluções de TI. A empresa está localizada em Camaçari, Região Metropolitana de Salvador, e tem cerca de 70 clientes. Tudo começou quando Jonatan participou de um curso de informática, aos 13 anos, mas não teve condições financeiras para concluir. Logo depois, ele ganhou uma bolsa no curso de manutenção de microcomputadores no Centro de Educação Profissionalizante de Camaçari. Ao terminar, se tornou professor da instituição de ensino. “Gosto muito de dar aulas, mas fui percebendo que o mercado precisava de uma empresa de suporte técnico, venda de peças e manutenção de micros.” A partir desta percepção, surgiu a empresa de Jonatan, que hoje proporciona o seu sustento. Ele participa de capacitações da área uma vez por mês. O jovem, que está preste a mudar para um escritório maior na cidade vizinha, Dias d’Ávila, esteve na sexta edição da Feira do Empreendedor em busca de conhecimento. “Tenho planos de contratar um gerente de redes para trabalhar comigo e preciso tirar dúvidas em relação ao salário base”, disse. Após o atendimento, o MEI, formalizado em 2011, estava decidido: “Vi que posso ter um colaborador na minha empresa e, desta maneira, investir no mercado para aumentar minha carteira de clientes”.
giu depois que ela participou de um curso de arquitetura em balão. A empreendedora juntou o conhecimento adquirido ao carinho que sempre teve por crianças e foi à luta. Na Feira, além de se formalizar, ele procurou mais conhecimento para dar segurança ao negócio, que surge acompanhado de boas perspectivas.
Como se tornar um MEI
Lucimeire trabalha com decoração de festas infantis e buscou a feira para se formalizar
Em busca da formalização Há dois anos trabalhando com decoração de festas infantis, Lucimeire Oliveira decidiu que chegou a hora de formalizar seu negócio e abrir a empresa “Para a nossa alegria”, como Microempreendedora Individual. Lucimeire procurou a Feira do Empreendedor para entrar no mercado formal e garantir seus direitos previdenciários, além de poder emitir notas ficais de seus serviços. “Tenho uma filha de um ano e oito meses e preciso pensar no futuro. Como meu negócio formalizado posso ganhar mais”, afirma. Lucimeire decora quatro festas por mês usando materiais como balão, toalha decorada, painel, brinquedos e bola palito. Tudo para garantir a diversão da criançada com muitas cores e beleza. Hoje, seu negócio funciona em Pau da Lima e a ideia sur-
A figura do Microempreendedor Individual (MEI) foi criada pela Lei Complementar nº 128, de 19 de dezembro de 2008, com a finalidade de beneficiar as pessoas que trabalham na informalidade. Mais de 500 atividades podem ser formalizadas na categoria, como vendedor ambulante, artesão, borracheiro e manicure. Todas podem ser consultadas através do site: www.portaldoempreendedor.gov.br. Para se formalizar, o empreendedor precisa cumprir alguns requisitos, como faturar até R$ 60 mil por ano, não ter participação em outra empresa como sócio ou titular, trabalhar sozinho ou ter, no máximo, um empregado, e não possuir filial do empreendimento. Quem se formaliza garante benefícios previdenciários, isenção de taxas para o registro da empresa e redução de carga tributária. O microempreendedor individual contribui para a Previdência Social com apenas 5% do salário mínimo, mais R$ 1 de ICMS, no caso do empreendimento atuar no setor do comércio, e R$ 5 de ISS, se atuar em prestação de serviços. A contribuição, atualmente, varia de R$ 34,90 a R$ 38,90.
Foto: Mateus PEreira
Empreendedorismo
Ao todo, 328 profissionais trabalharam para realizar a Feira do Empreendedor 2013
Empreendedorismo na veia Durante os cinco dias da Feira do Empreendedor, foram mais de 38 mil visitantes, 51 mil atendimentos e 17 mil capacitações. Um evento desse porte só foi possível por causa da dedicação da equipe de colaboradores do Sebrae. No total, 328 profissionais trabalharam na sexta edição do evento, que começou a ser planejado em 2012. Entre os colaboradores, estavam 202 funcionários, 54 estagiários, 38 terceirizados e 34 consultores. Nos cin-
co dias do evento, cada profissional trabalhou mais de 50 horas. A palavra que melhor define o espírito dos colaboradores que trabalharam na feira é “intraempreendedorismo”, que significa a prática do empreendedorismo dentro da empresa, estimulando a inovação e competitividade. O intraempreendedor é aquele profissional que, além de inovar dentro de uma organização, trabalha para seu crescimento.
A dedicação integral dos profissionais permitiu o sucesso em mais um ano do evento, que foi eleito o melhor do Brasil nas três edições anteriores (2007, 2009 e 2011). “Durante um ano e meio nós planejamos esse evento e contamos sempre com um grande apoio da diretoria e envolvimento dos colaboradores. A feira é feita por todos”, destaca Ana Paula Almeida, gestora da Feira do Empreendedor 2013.
Sebrae Bahia
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Foto: gustAvo rozArio
Sebrae perto de você O Sebrae possui uma estrutura de atendimento presencial em diversas cidades na Bahia, disponibilizando aos micro e pequenos empresários orientação, formalização, consultoria, capacitação e informação.
Centro de Atendimento ao Empreendedor Av. Sete de Setembro, 261 - Mercês. CEP 40060-000. Tel.: (71) 3320-4526
Pontos de Atendimento na Bahia
Além do Centro de Atendimento ao Empreendedor, o Sebrae Bahia possui 31 Pontos de Atendimento, distribuídos em dez unidades regionais.
O Ponto de Atendimento do Sebrae, na Liberdade, em Salvador, está localizado na Estrada da Liberdade, 26, Lojas 13 e 26, Liberdade. O horário de funcionamento é das 9h às 12h30 e das 13h30 às 17h.
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