edição 207
Morango muda a vida de agricultores na Chapada
POLÍTICAS PÚBLICAS
EDUCAÇÃO
Guanambi vence Prêmio Prefeito Empreendedor
Cursos do Sebrae impulsionam negócios
Publicação do Sebrae Bahia nº 207, julho de 2014 Filiada à Aberje Presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae Bahia João Martins da Silva Júnior Diretor-superintendente Edival Passos Souza Diretores Lauro Alberto Chaves Ramos Luiz Henrique Mendonça Barreto Unidade de Marketing e Comunicação Coordenação Cássia Montenegro (DRT 1052) Equipe Alice Vargas, Mauro Viana, Pedro Soledade, Rafael Pastori, Rodrigo Rangel, Vanessa Câmera. Estagiários: Daiane Santiago, Daniela Santos, Isabel Santos e Thais Almeida. Agência Sebrae de Notícias (Varjão & Associados Comunicação) Anaísa Freitas, Carla Fonseca, Carlos Baumgarten, Cristhiane Castro, Cristina Laura, Laiana Menezes, Maria Clara Lima, Gustavo Rozario, Fernanda Barros, Nara Zaneli, Tamara Leal, Luciane Souza, Cyntia Farabotti, Maiane Matos, Renata Smith e Silvia Araújo. Revisão Anaísa Freitas e Carlos Baumgarten Edição Carla Fonseca Edição de Fotografia João Alvarez Capa Mateus Pereira Projeto Gráfico Solisluna Editora Editoração Objectiva Impressão Qualigraf Serviços Gráficos e Editora Ltda Tiragem 15.000 exemplares Cartas Sebrae – Unidade de Marketing e Comunicação Rua Horácio César, 64, Dois de Julho Salvador, Bahia. CEP: 40060-350. marketing@ba.sebrae.com.br Telefones 71 3320.4558/4367 Agência Sebrae de Notícias www.ba.agenciasebrae.com.br
O nascimento da cultura do morango feito Empreendedor. Charles FerA Revista Conexão deste mês mosnandes, prefeito de Guanambi, tra como o cultivo do morango, na venceu na categoria “DesburocraChapada Diamantina, está mudantização”, com o projeto “Guanamdo a vida de agricultores da região. bi – Cidade Empreendedora”. Você O fruto tornou-se uma alternativa vai ver os detalhes dessa conquisrentável a pequenos produtores ta e quais ações de fomento ao que plantavam tradicionalmenempreendedorismo foram adotate café e feijão, por proporcionar das pelo gestor municipal. mais lucro e ser uma saída para Sua marca está bem posicionaenfrentar a seca, uma vez que da? A resposta para esta perguno morango necessita de menor ta você pode ter depois de ler a quantidade de água. entrevista com o especialista, ArEsse é o caso do produtor Nilson thur Bender, que tem 20 anos de Aguiar, natural de Ibicoara. Ele, que experiência no planejamento de era pedreiro, apostou suas fichas posicionamento da imagem de num fruto que nunca teve o prazer grandes empresas nacionais e inde provar. “O preço do café estava ternacionais. Além disso, também em baixa e os produtores viviam tem dicas para quem quer franum momento crítico. Eu e minha quear o negócio e histórias de emfamília acreditamos e nos dedicapresários que estão lucrando com mos a fazer o melhor”. O empenho esse modelo de gestão. no manejo do solo, nutrição e coTenha uma boa leitura! lheita renderam elogios pela qualidade do fruto. Na reportagem, você vai conferir os resultados dessa experiência e como os agricultores se inseriram no processo de encadeamento produtivo. Outra grande novidade desta edição da Revista Conexão é a reportagem sobre o vencedor da etapa nacional do Com ajuda dos filhos, Nilson Aguiar investiu na plantação de um Prêmio Sebrae Prefruto que nunca teve o prazer de provar A utilização da marca sebrae é de uso exclusivo do titular da mesma. Seu uso por terceiros, sem autorização prévia, expressa e formal da Unidade de Marketing e Comunicação do sebrae Bahia, é passível de punição, conforme previsto pela Lei da Propriedade Industrial Nº 9279/96.
Foto: Mateus Pereira/ASN Bahia
Expediente
Fotos: João Alvarez/ASN Bahia
Sumário 30
6 COMÉRCIO E SERVIÇOS Análise dos Serviços
8 Políticas públicas Prêmio Prefeito Empreendedor
12 Inovação e tecnologia Ao som da inspiração
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ENTREVISTA Arthur Bender Sua marca está bem posicionada?
14 indústria Pequenos fornecem para grandes
30 Economia criativa Pelas mãos da Bahia
17 Agronegócio Morango na Chapada
32 educação empreendedora Conhecimento que transforma
23 Mercado De olho no mercado
35 MICROEMPREENDEDOR INDIVIDUAL Carnê da Cidadania
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Empreendedorismo Gol de placa na engenharia civil
38 SEBRAE PERTO DE VOCÊ
Errata Comunicamos que na publicação especial Informe 006 – ExpoItapetinga, ExpoJequié, ExpoGuanambi (Ano II, junho de 2014), ocorreram três erros: o crédito da foto da capa (cidade de Guanambi) é de Rômulo Gonçalves; as fotos dos empresários de Guanambi são da Art Color; e o nome do empresário de Jequié é Joab Santos Fontes, e não Joan.
Fotos: João Alvarez/ASN Bahia
Comércio e Serviços
Casal de sócios, Taís e Marcelo Reis, aumenta faturamento em 30%, após intervenções estratégicas na empresa, por meio das consultorias em Planejamento Estratégico e Recursos Humanos
Serviços em pauta Projeto do Sebrae atende micro e pequenas empresas nas áreas de saúde, tecnologia da informação, autoescolas, beleza e bem-estar Faz parte da rotina de Taís Reis da Silva, sócia do laboratório Núcleo – empresa que mantém com seu marido, Marcelo Reis do Carmo, em Salvador – observar cada detalhe das instalações, verificar material da produção e acompanhar o trabalho da equipe de técnicos de fabricação de próteses dentárias.
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Este perfil foi fundamental para que seu empreendimento desenvolvesse as ações propostas pelo projeto do Sebrae que atende empresas de serviços, do qual participou em 2012. As indicações da consultoria foram abraçadas com disposição pelos sócios. Como resultado, eles conquistaram a di-
minuição dos custos e o aumento no faturamento em 30%. O laboratório foi criado há 10 anos no bairro de Pernambués, depois transferido para uma pequena sala situada no mesmo local. Desde o início, ele trabalhava com uma expressiva e fiel clientela formada por profissionais em odontologia de
Salvador e interior do estado. Mas algo atrapalhava seu crescimento. O que faltava? Organização e planejamento, apontou a consultoria do Sebrae, que conduziu um trabalho, durante cinco meses, em gestão empresarial, tendo como focos as áreas de planejamento estratégico e recursos humanos. Foram sugeridas metas de trabalho, objetivos, organização dos processos operacionais e estabelecimento de missão e valores da empresa. Na elaboração da planilha de custos, foi identificada uma elevada folha de pagamento e baixa produtividade. Aí estava o “x” da questão. Uma nova metodologia de remuneração, com a adoção de bônus por produção, além do pagamento do salário fixo, transformou o que era um problema em solução. “Consigo perceber de fato a carga de produção, o aumento do faturamento e o maior comprometimento da equipe de colaboradores”, comemora Taís. O controle de material foi outra medida necessária para a gestão e gerou bons resultados para o empreendimento. Taís assumiu a ati-
vidade de movimentação de produtos, instrumentais e equipamentos, antes manipulados por várias pessoas. Isso gerava uso inadequado e desperdício do material, comprometendo a gestão financeira, além da qualidade do serviço. As relações interpessoais também estavam fragilizadas no laboratório. Para isso, foram realizadas reuniões entre colaboradores da empresa. “Os encontros com os colaboradores serviram para harmonizar os relacionamentos, diagnosticar as queixas e demandas, criando a oportunidade de abrir um canal de comunicação”, esclarece Dilene Pilé Santos Silva, técnica do Sebrae. Bem mais ampla, a nova instalação do laboratório, hoje no bairro do Itaigara, ganhou um layout novo, com áreas de trabalho distintas e organizadas. Adepta aos cursos e palestras do Sebrae e confiante nos resultados alcançados na consultoria, a empresária pretende contratar um novo trabalho exclusivo da instituição na área financeira e concluir as ações de marketing já iniciadas.
O que o Sebrae oferece para empresas de serviço O Projeto Serviços atende micro e pequenas empresas do setor, especificamente das áreas de saúde, tecnologia da informação, autoescolas, beleza e bem-estar. O objetivo é promover o desenvolvimento e fortalecimento do setor de serviços por meio de ações com os grupos de empresas participantes. O projeto atende cerca de 60 empresas que são orientadas com as soluções Sebrae para proporcionar benefícios diretos e indiretos aos seus negócios e com isso promover a competitividade e aprimorar as atividades do setor. O plano de trabalho é previsto para um ano com a realização de consultorias, cursos, palestras e oficinas. As empresas interessadas em participar do projeto devem ter o perfil descrito e entrar em contato com o Sebrae em Salvador, através do Centro de Atendimento ao Empreendedor ou pela Central de Relacionamento (0800 570 0800).
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Fotos: João Alvarez/ASN Bahia
POLÍTICAS PÚBLICAS
Na Bahia, os gestores municipais de Teixeira de Freitas, Caém, Serrinha e Guanambi receberam troféus pelos projetos implantados nas cidades. O prefeito de Guanambi, Charles Fernandes, ganhou também a etapa nacional
Guanambi:
Cidade empreendedora do Brasil Prefeito baiano vence a etapa nacional da 8ª edição do Prêmio Sebrae Prefeito Empreendedor, na categoria Desburocratização 8
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A população de Guanambi fica orgulhosa com a conquista, em nível nacional, do Prêmio Sebrae Prefeito Empreendedor, 8ª edição, na categoria Desburocratização. O projeto vencedor, “Guanambi – Cidade Empreendedora”, foi reconhecido por estimular o surgimento e desenvolvimento de pequenos negócios e a modernização da gestão pública. “Essa premiação demonstra que, com força de vontade, conhecimento e parcerias, podemos, sim, buscar um desenvolvimento mais justo e sustentável para nossa cidade”, comemora o prefeito Charles Fernandes. As ações executadas pela administração municipal, conduzidas pelo prefeito, impactaram positivamente na realidade socioeconômica do município, ao promover o crescimento das empresas locais em mais de 55%. Fato que gerou novas oportunidades de empregos e renda e qualidade de vida para a população de, aproximadamente, 85 mil habitantes. O projeto “Guanambi – Cidade Empreendedora” tratou de, não só regulamentar a Lei Geral, mas centrar-se na realidade econômica do município, marcada pela proliferação desordenada de empresas que cresciam sem uma proposta de planejamento e organização. O primeiro passo estratégico foi a criação da Secretaria Municipal da Indústria e Comércio para implementação de uma nova política de fomento empresarial, na intenção de oferecer apoio aos empreendedores. A Prefeitura de Guanambi apostou em mecanismos que facilitassem a concessão de empréstimos bancá-
rios e que acompanhassem o real desenvolvimento das empresas para se tornarem sólidas e economicamente sustentáveis e competitivas. Em paralelo, foram criados programas públicos, a médio e longo prazos, em parcerias com o governo do estado e instituições fundamentais para o fortalecimento dos micro e pequenos negócios. Uma das parcerias firmadas foi com o Sebrae, que favoreceu a criação da Sala do Empreendedor. O espaço orienta empresários e pessoas interessadas em montar negócio. De janeiro a maio deste ano, a sala atendeu mais de 5 mil pessoas e empresas. Já com o Banco do Nordeste, foi criado o Fundo de Aval Municipal. O mecanismo atribui ao município
a qualidade de avalista do empresário que deseja adquirir empréstimo. O projeto piloto se tornou referência por meio do Fórum de Desenvolvimento Econômico Mundial, realizado em Foz do Iguaçu no Paraná, em outubro de 2013. Em parceria com a Desenbahia e com a Secretaria do Trabalho, Emprego e Renda da Bahia foi liberado o CrediBahia. A implantação do Centro de Treinamento Municipal resultou na capacitação de 2 mil pessoas por meio do Senai e, com o Salão Social, foi possível qualificar as mulheres da região na área de beleza e estética, através de cursos ministrados pelo Senac. A ação conjunta com o Sebrae, Universidade do Estado da Bahia,
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Faculdade Guanambi e Conselho Regional de Administração e Conselho Regional de Contabilidade permitiu a criação do Microempreendedor Individual Itinerante (MEI Itinerante). As ações chegaram aos MEI de Guanambi, que participaram
também de diversos cursos de capacitação e qualificação. Para o prefeito de Guanambi, as parcerias foram fundamentais para implementar políticas públicas. “O Sebrae faz a diferença estratégica conosco, auxiliando em projetos
de interesse municipal, qualificando, multiplicando e socializando o aprendizado empresarial com os nossos munícipes e, principalmente, sendo um ‘braço forte’ no desenvolvimento econômico de nossa cidade”, diz.
Prêmio Sebrae Prefeito Empreendedor Estadual O reconhecimento é concedido aos prefeitos de todo o Brasil que tenham desenvolvido os melhores projetos e iniciativas, considerados bons exemplos para o fortalecimento do pequeno negócio. São destacadas ações efetivas e impactantes no desenvolvimento econômico e social dos municípios. Nesta 8ª edição, a instituição recebeu 1.348 inscrições e selecionou 123 projetos finalistas. Antes da etapa nacional, 18 finalistas baianos concorreram na fase estadual, que conta com a parceria da União dos Municípios da Bahia (UPB). Foram vencedores os projetos das prefeituras de Teixeira de Freitas, Caém e Serrinha, além de Guanambi. Conheça, abaixo, os projetos de cada prefeito empreendedor.
Prefeito João Bosco – Teixeira de Freitas Projeto: Teixeira Empreendedora: Minha, sua e de todos nós Categoria: Melhor Projeto A ação teve como meta alcançar a qualidade empreendedora, empresarial e pessoal, promovendo um ambiente favorável e tornando as empresas do município mais competitivas e sustentáveis. Entre os resultados alcançados, estão a capacitação e mobilização de 1,5 mil empresários; viabilização de empréstimos; atendimento sobre compras públicas a 300 empresários da região; qualificação nas áreas de gestão, inovação, tecnologia, acesso a mercado e a crédito; e capacitação de mais de 400 microempreendedores individuais.
Prefeito Arnaldo Oliveira – Caém Projeto: Cidade Criativa e Sustentável Categoria: Pequenos Negócios no Campo Promover o desenvolvimento rural, criando soluções tecnológicas de convivência com o semiárido e alternativas inovadoras para gerar ocupação e renda. Este é o objetivo do projeto vencedor, que trabalha a Economia Criativa com a utilização da diversidade cultural. O resgate das manifestações culturais, a exemplo da revitalização da festa de São Pedro a criação da Feira Agroecológica, a implementação do Projeto Cultivo do Maracujá do Boi, a construção de cisternas e estradas vicinais, a inauguração da Sala do Empreendedor, a reativação do Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural Sustentável e o incentivo da participação das empresas locais em compras públicas municipais foram resultados da ação.
Prefeito Osni Cardoso – Serrinha Projeto: Segunda Água, Novas Tecnologias para a Convivência com o Semiárido Categoria: Novos Projetos A proposta foi utilizar os recursos hídricos para incentivar a criação de novas tecnologias, por meio do acesso à água e da prática estruturada da avicultura, incentivando a produção familiar. Com a iniciativa, a prefeitura contribuiu para o aumento da renda dos produtores rurais da agricultura familiar, a captação e armazenamento da água da chuva em cisternas, a plantação de hortas, a criação de galinha caipira e construiu a fonte hídrica para uso coletivo.
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Foto: Divulgação
Inovação e Tecnologia
Empresário baiano, Geovaldo Miranda, patenteia invenção capaz de limitar decibéis de equipamentos sonoros
Ao som da inspiração Somblok é o nome do aparelho que mede e alinha os decibéis, fixando o limite de ruídos que pode ser acrescido a cada ambiente Foi pensando em atender uma necessidade da justiça para garantir o cumprimento da Lei do Silêncio que o empreendedor baiano, Geovaldo Miranda, decidiu inventar o Somblok. O
aparelho é um limitador de decibéis para ser usado em equipamentos sonoros profissionais, semiprofissionais, domésticos e pessoais, de forma a evitar que estabelecimen-
tos ultrapassem o limite de barulho permitido dentro da lei. Parece um contrassenso, mas o equipamento foi ganhando vida para dar voz às pessoas que se sentiam invadi-
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das pelo barulho ensurdecedor provocado por trios elétricos, boates, bares, e qualquer estabelecimento que possa perturbar a vizinhaça. O equipamento pretende disciplinar as atividades geradoras de ruído, sejam elas públicas ou particulares. O Somblok mede e alinha os decibéis, fixando o limite de som, que pode ser acrescido ao ambiente. Uma espécie de mediador, já que a intenção é reduzir consideravelmente as queixas e os conflitos. A partir do pedido de um promotor de justiça de Eunápolis, o inventor se debruçou sobre o desafio de criar um produto inovador, único e útil para a sociedade. Foram mais de 10 tentativas, mas a destreza e a concentração em unir os pontos metálicos, em uma plataforma digital, deram forma ao invento. Natural do município de Eunápolis, no Extremo-Sul do estado, Geovaldo inventou o aparelho, aplicando o conhecimento técnico em eletrônica. “Com a regulação municipal da Lei do Silêncio no ano de 2006, que estabeleceu volumes do som para ambientes, percebi as dificuldades que as pessoas encontravam para se adequar à legislação. Pesquisei e não achei nada com essa finalidade no país. Foi então que resolvi inventar algo que atendesse a essa nova demanda,” conta. O primeiro protótipo do Somblok tinha o tamanho de uma caixa de sapato, que, com um pouco mais de empenho e criatividade, atingiu o tamanho de 30x5 centímetros e um peso confortável comparado ao de um celular. Com o aprimoramento do trabalho, o produto passou a ter uma aceitação maior no mercado e o inventor não hesitou em procurar
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o ponto de atendimento local do Sebrae para se profissionalizar. “A instituição me ajudou a patentear o produto e me orientou como proceder, por meio de atendimento e participação em palestras, e também como criar uma logomarca e um site, onde qualquer pessoa do mundo pode conhecer e comprar um limitador de som. Esse atendimento contribuiu para que meu faturamento dobrasse”, relata Geovaldo. Formado em eletrônica e telecomunicações, o empreendedor já foi premiado pela Universidade Federal da Bahia na área de acústica, além de ser convidado para ministrar palestra para a Sociedade Brasileira de Acústica, e já se prepara para instalar seu equipamento no Parque do Ibirapuera, o mais importante parque urbano da cidade de São Paulo. “Tenho orgulho de contribuir para a manutenção do sossego das pessoas. Espero que o futuro do Somblok seja ainda mais promissor. Queria resolver o problema que a população encontrava para fazer uso do som sem infringir a lei. O resultado veio em menos de um mês”, afirma o empresário. Para o gerente da Unidade Regional do Sebrae Teixeira de Freitas, Alex Brito, a qualificação profissional amplia o leque de oportunidades para os talentos baianos. “As informações e conteúdos disponíveis por meio das nossas soluções motivaram o inventor a buscar mais segurança com a patente. A criação do site se concretizou na possibilidade de aumentar as vendas e apresentar o produto para o mundo”, explicou. Conhecimento e visão de negócios garantiram ao empreendedor a conquista do mercado nacional. Com
o Somblok patenteado, Geovaldo se prepara agora para conquistar a certificação do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), processo que já está em andamento. Atualmente, a invenção pode ser encontrada nos estados de Pernambuco, Paraíba, Espírito Santo, Bahia e São Paulo, além do Distrito Federal. Motivado com o sucesso do produto, ele não se descuida do monitoramento e atenção para manutenção do padrão de qualidade. Outra preocupação do empresário é ser um aliado do meio ambiente. “O aparelho é produzido com material reciclável, que, quando inutilizado na sua função principal, poderá ser aproveitado na construção civil.”
Como obter patente O primeiro passo a ser cumprido é o depósito da patente, que significa o próprio pedido, contendo relatório descritivo das características do produto a ser patenteado. Essa petição é protocolada no Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) e fica resguardada por sigilo durante 18 meses. Esse período é necessário para preservar o produto ainda não finalizado, tendo em vista que o inventor pode ainda adequá-lo à aplicação industrial ou fazer alguma modificação na mercadoria antes do exame técnico da patente. Após sair do sigilo, a revista oficial do INPI publica o modo de fabricação do produto, que passa a ser de conhecimento público. O processo de registro ainda implica em outras etapas, que podem ser consultadas no site www. inpi.gov.br. O Sebrae oferece consultoria na área de inovação que acompanha e auxilia em todo o processo de registro de patente.
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Fotos: João Alvarez/ASN Bahia
Indústria
A HNG, indústria referência em serviços hidráulicos gerenciada por Nicolle Gaeta e sua família, participou do Programa de Desenvolvimento de Fornecedores e hoje atende a grandes marcas nacionais
Pequenos fornecem para grandes Programa mostra como pequenas empresas podem se tornar fornecedoras competitivas e sustentáveis de grandes marcas 14
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O negócio nasceu em São Paulo, mas há 25 anos se aventurou no mercado baiano para atender a uma grande empresa local. Desde então, a HNG se tornou uma das principais referências regionais em serviços hidráulicos e usinagem. Hoje, o leque de clientes é de dar inveja aos concorrentes. A HNG atende desde os gigantes como a Gerdau, a Vale e a Tecon, às médias e pequenas indústrias e empresas, em setores diversos, a exemplo de transporte e máquinas pesadas. Comandada no dia a dia pelas irmãs e sócias-gerentes Nicolle e Danielle Gaeta, a empresa, bastante conhecida no segmento, tem como
diretor-fundador Nilo Gaeta, pai das empresárias. O trabalho é dividido: Danielle fica com a parte administrativa e Nicolle atende aos setores de serviços e comercial, tendo Nilo como um gestor geral. “Nós nos especializamos em áreas diferentes e nos completamos na administração da empresa”, explica Nicolle. No decorrer dos anos, a atuação da HNG se expandiu e, atualmente, seus clientes estão espalhados no Norte e Nordeste do país. O cenário melhorou ainda mais após a participação da empresa no Programa de Desenvolvimento de Fornecedores – Gerdau (PDF), entre 2011 e 2013. “Às vezes limitamos nossa visão ou
temos medo de arriscar. O programa me deu uma percepção de empresa que eu não tinha antes, principalmente na gestão e organização de fluxo e processos”, afirma Nicolle. O programa se deu por meio de uma parceria nacional entre o Sebrae e a Gerdau, com o objetivo de capacitar os fornecedores da empresa. A Gerdau foi um dos grandes clientes desde o início da HNG na Bahia. Atendendo à empresa há mais de 20 anos, a dependência de faturamento chegou a 48%. Após o início do programa, esse montante caiu para 10%. “Um faturamento de quase 50% é, por vezes, maior do que a sua folha de pagamento, o
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promovida pelo Sebrae, outra grande empresa que viria a ser uma de suas clientes: a Vale. Após esse contato, a empresa baiana participou de uma seleção de fornecedores e acabou conquistando o contrato. Tanto o PDF como a participação na rodada de negócios integram uma ação mais ampla do Sebrae, chamada Programa de Encadeamento Produtivo. Com ele, a instituição busca incrementar a competitividade dos pequenos negócios dos setores da indústria, comércio, serviços e agronegócios da Bahia, com a inserção competitiva e sustentável desses empreendimentos nas cadeias de valor de grandes e médias empresas. Além dos benefícios para os pequenos, esse processo também traz vantagens aos empreendimentos de grande porte, principalmente em áreas como distribuição e pós-venda.
que é complicado se estiver atrelado somente a uma empresa. Hoje, atendemos a outros clientes, e isso supre essa dependência que tínhamos”, conta. Entre as capacitações que participou, ela destaca o programa de gestão em qualidade, recursos humanos e marketing. “Participei do PDF com minha irmã e passamos o conhecimento adquirido para os funcionários da HNG. Além disso, tínhamos uma consultoria individual para atender aos indicadores apontados pela Gerdau e pelo programa, como prazo de entrega, satisfação dos clientes e eficiência comercial”, detalha a empresária.
Encadeamento produtivo No final de 2012, a HNG conheceu, em uma rodada de negócios
“Uma das prioridades do Sebrae é o trabalho com encadeamento produtivo. Por meio desse programa, as empresas-âncoras diminuem seus custos e os pequenos negócios ficam aptos para fornecer aos grandes”, explica a gerente da Unidade de Indústria do Sebrae, Elane Fróes. Cerca de 350 pequenos negócios já foram beneficiados com o trabalho de encadeamento produtivo do Sebrae na Bahia. Entre as ações promovidas pelo programa, estão a capacitação de fornecedores e distribuidores, rodadas de negócios, visitas técnicas e participação em feiras e outros eventos do setor, elaboração de catálogos de produtos e serviços e a rede de aprendizagem dos pequenos empreendimentos. Outras informações sobre o Programa de Encadeamento Produtivo podem ser obtidas nas Unidades Regionais da instituição em todo o estado.
Entenda a atuação do Sebrae no Encadeamento Produtivo Cadeia Produtiva Fornecedores da 2ª camada
Fornecedores da 1ª camada
Grande Empresa (Empresa focal)
AÇÕES DO SEBRAE Desenvolvimento de Produtos Compras Produção Interna Estocagem Marketing e Vendas
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Distribuidor
Varejista
Consumidor
Pós-Vendas e Reciclagem
Fotos: Mateus Pereira/ASN Bahia
Agronegócio
Erivaldo Miguel plantou quatro mil mudas em sua propriedade e, em sete meses, já lucrou quase R$ 8 mil
Morango na Chapada Experiência de cultivo na região da Chapada Diamantina dá certo e muda a vida dos agricultores de Mucugê, Ibicoara e Barra da Estiva
Com produção durante 10 meses, colhendo o fruto duas ou três vezes por semana, boa aceitação do consumidor e uma diversidade de opções de comercialização, o morango surgiu como uma alternativa viável e ren-
tável ao pequeno produtor. À época, em 2011, o cenário era desolador e o estado convivia com a pior seca dos últimos 40 anos. Conhecida por produzir um dos melhores cafés do país, a região
da Chapada Diamantina sempre foi muito dependente dessa cultura e, diante do longo período de estiagem, empresários, trabalhadores rurais e gestores clamavam por um plano estruturante e
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emergencial para a recuperação das lavouras. Mas as altas temperaturas durante o dia, e baixas à noite, davam sinais de que era possível avançar no cultivo de frutas temperadas. A altitude da região contribui para temperaturas amenas e assegura o bom desempenho do morango, de uvas viníferas e para o cultivo protegido de hortaliças. O desafio de fazer o grande apoiar o pequeno num sistema de integração e transformar a Bahia em uma referência na produção de morango deixou de ser sonho para ganhar contornos de realidade. Com o objetivo de desenvolver a cadeia produtiva no território, em
bases competitivas e sustentáveis, no ano de 2011, o Governo do Estado instigou a formação de um grupo responsável pela condução do Projeto Morango da Chapada Sul, através de um encadeamento produtivo entre a empresa Bagisa S/A Agropecuária e Comércio em Ibicoara e agricultores familiares. A estratégia para produzir, comercializar e realizar o processamento das frutas foi pensada para ser executada numa área teste com a integração dos agricultores dos municípios de Mucugê, Ibicoara e Barra da Estiva, em parceria com as prefeituras e apoiado pelo Sebrae Bahia.
As dificuldades e tentativas frustradas de introdução do morango na região nos anos 80, 90 e 2000, a escassez de água para irrigação e a existência de uma empresa dominante no mercado estão sendo superadas a partir da análise minuciosa e implementação do projeto. Seu Erivaldo Miguel não esconde a satisfação de ter concentrado suas energias no cultivo e garante que essa é uma ótima opção para a agricultura familiar. “O fantasma da seca fez muita gente abandonar o café e até vender sua propriedade. As despesas são muito altas e os preços estavam defasados.” O
Lucas, que tinha saído da cidade por conta da seca e em busca de emprego, voltou e hoje ajuda o pai, Aparecido Pires Freitas
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A produção é escoada para Vitória da Conquista, Ilhéus, Salvador, Sergipe e Alagoas
produtor resolveu fazer um teste com o morango e percebeu que, em relação ao café, é três vezes mais lucrativo. Na propriedade em Mucugê, com 1.080 metros de altitude, ele plantou quatro mil mudas e, em sete meses, já lucrou mais de R$ 15 mil. “É preciso ter disciplina e oferecer a condição ideal para ter retorno. O morango é menos exigente em consumo de água. Não penso mais em plantar café”, revela. Erivaldo pretende ampliar a plantação em mais quatro mil mudas e disse que o agricultor precisa aproveitar esse momento. “Quem ganha somos nós, com formação técnica e
noções de empreendedorismo, e o consumidor final com um produto livre de agrotóxicos.”
Pontos positivos Responsável pela estrutura comercial e logística, a Bagisa recebe os morangos dos pequenos produtores e assume a tarefa de colocar o produto no mercado. Os pontos positivos são a proximidade do mercado, maior vida na prateleira, fruto mais fresco e mais saboroso, a condição de preço é menor, com redução do custo do frete, além de ser um mercado em crescimento.
Diversificação de culturas, sustentabilidade econômica nos municípios, garantia de emprego e renda e a fixação do homem no campo com produtividade são alguns dos benefícios e possibilidades que essa nova cultura traz para essa região. “Este ano já foram selecionados 102 produtores e a ideia é trabalharmos numa área de cerca de 10 hectares com a introdução de cinco variedades – Albion, San Andreas, Monterey, Portola e Camino Real, o que significa um incremento de mais de 800%”, informou o engenheiro agrônomo e coordenador de Projetos Especiais da Bagisa, Mauro Carneiro Bannach.
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MERCADOS DE COMERCIALIZAÇÃO PARTICIPAÇÃO PARTICIPAÇÃO POR POR PRAÇA PRAÇA –– AGOSTO AGOSTO DE DE 2013 2013 A A MAIO MAIO DE DE 2014 2014
Outros 5%
Vitória da Conquista 41%
Arapiraca 2%
Salvador 19%
Poções 2%
Ilhéus 13%
Ibicoara 2%
Brumado 11%
Jequié 2% Aracaju 2%
De acordo com Mauro Bannach, o Sebrae foi responsável pela construção de um planejamento e pelo fornecimento de consultorias tecnológicas, promovendo treinamento e implantação da cultura. Aparecido Pires Freitas viu seu filho Lucas sair de casa ainda cedo para continuar seus estudos e procurar uma ocupação em Barra da Estiva. Apesar de ser um homem do campo, Aparecido conseguiu levar uma filha à faculdade graças ao café, feijão, milho e maracujá. E agora, com o morango, pretende que a filha mais nova tenha a mesma oportunidade. “O morango só conhecia mesmo da bolacha recheada e do sorvete”, brinca. “No início, fiquei meio desconfiado com a possibilidade de plantar morango. Não acreditei muito e fui
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o primeiro a dizer ao meu pai que isso não iria dar certo. Depois de um tempo, vi que estava enganado e resolvi arrumar minhas trouxas e voltar ao campo para ajudar. Agora, já planejo plantar uma área só minha e fazer meu próprio dinheiro. O interessante é que essa cultura pode ser associada a outras, sem prejuízo”, disse Lucas.
Padrão de qualidade Atualmente, o morango colhido segue para a armazenagem nas câmeras frias de cada município, onde são conferidos critérios de qualidade. A partir do momento que o morango chega às instalações da empresa, o agricultor deixa de ter responsabilidade so-
bre o produto. Aproximadamente, 41% da produção é escoada para Vitória da Conquista, seguida de Salvador e Ilhéus. A Bagisa atende ainda Sergipe e Alagoas. Um dos berços da agropecuária baiana, a Chapada avança e pode se transformar num grande produtor de morangos. O professor primário Paulo Souza não sente saudades da sala de aula e muito menos do período de “vacas magras”. Para o produtor que faz questão de vender na feira, essa é a cultura do futuro. Ele comemora que, graças às hortaliças, tomates, pimentões, abóboras, feijão e morangos, já conquistou o sonho da casa própria, adquiriu duas propriedades rurais, comprou um carro e colocou a filha em escola particular.
“Com o projeto Morango da Chapada, os produtores têm receita mensal garantida, o que reforça a economia local e abre um leque de possibilidades de comercialização. O Sebrae apoia o projeto, oferecendo consultorias tecnológicas, dando suporte ao encadeamento produtivo, realizando capacitações e orientando produtores e parceiros”, afirma o gerente regional do Sebrae Irecê, Paulo Andrade. Uma vida diferente depois do morango. Dona Letice Ribeiro, de
65 anos, criou seus filhos na roça e da enxada tirou o sustento da família. Com a idade, a mãe de Jurandir não podia mais executar o trabalho e acabou por priorizar o serviço de casa. A possibilidade de se obter uma renda segura com toda a produção fez com que ela retornasse a se ocupar com um serviço mais leve e se sentisse ainda ativa. “Minha mãe voltou a fazer o que gosta. Ela é responsável pela seleção e embalagem e já se empolga com a ideia de plantar para ela. Estou à frente
do negócio e conto com a ajuda de todos os meus irmãos. Já passamos de três mil quilos em dois mil pés.” Em 2014, a área de plantio será ampliada, o que deve gerar R$ 2,10 milhões em receitas para os pequenos produtores. E as vantagens não param por aí. A intenção é, a partir da articulação das ações, tornar a Bahia um estado produtor, passando a abastecer o mercado interno e vender para outros estados, aumentando a arrecadação de ICMS na cadeia agroindustrial.
Sebrae estuda potencial da região “Analisamos o potencial do projeto, o mercado e a concorrência. A construção de um mapa mental foi uma importante ferramenta de planejamento que permitiu criar uma estrutura de governança e definir ações para desenvolver o modelo de encadeamento e colocar em prática as consultorias tecnológicas”, explicou o consultor do Sebrae, Marsel Nogueira. Em 2013, a Bagisa firmou parceria com 21 produtores da região. Inicialmente foi plantada uma área teste de um hectare. Ao todo, 21 famílias foram beneficiadas e, em apenas dez meses (de julho de 2013 até maio de 2014), houve uma evolução da receita. Ainda segundo Marsel, o cultivo também é justificado pela alta rentabilidade da cultura por unidade de área de água. Enquanto um produtor de café fatura de R$ 10 a R$ 14 mil por ano em um hectare, o produtor de morango, na mesma área e no mesmo período, tem uma receita média de R$ 200 mil. O morango permitiu a inclusão de pequenos agricultores, constituindo-se em excelente oportunidade para dar sustentabilidade à agricultura familiar e estabelecer parcerias entre pequenos e grandes produtores. O sucesso das primeiras colheitas provocou os atores envolvidos e novos desafios se apresentam. Com o apoio do Sebrae para implantação do projeto, foram identificadas as ameaças, oportunidades, forças e fraquezas do Projeto Morango na Chapada Sul. A instalação de uma Unidade de Beneficiamento e Processamento do principal concorrente se apresentou como um novo desafio a ser enfrentado. “O foco em encadeamentos produtivos compõe a estratégia de atuação da unidade. Estamos identificando oportunidades para novos projetos no setor, pois acreditamos nos benefícios dos relacionamentos cooperativos, de longo prazo e mutuamente atraentes, entre grandes e pequenas empresas, estimulados por esse modelo”, afirmou a gerente da Unidade de Agronegócio do Sebrae Bahia, Célia Fernandes.
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Revista Conex達o
Fotos: José Silva
Mercado
Gerenciada por pai e filho, Joaquim e Júnior Farias, a Ótica Mercadótica conta, hoje, com 11 lojas entre próprias e franquias na Bahia e em outros estados
De olho no mercado Após consultoria do Sebrae, Mercadótica formata novo modelo de negócio e se torna franquia O empreendimento começou pequeno. Em
da Conquista. A ideia partiu de Joaquim,
em São Paulo, Goiás e Maranhão, ele re-
1991, os irmãos José e Joaquim de Sousa
que há 10 anos já atuava nesse seg-
tornou à Bahia, seu estado natal, com o
fundaram a Ótica Mercadótica em Vitória
mento. Depois de angariar experiências
sonho de empreender nessa área.
Sebrae Bahia
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Após avaliar o mercado local,
que quase 23 anos depois a Mercadó-
Joaquim constatou que havia po-
tica teria quatro lojas próprias, sendo
tencial para ingressar e crescer no
uma em Vitória da Conquista, duas
ramo. “Na época, Vitória da Con-
em São Paulo e uma em Recife, além
quista tinha cerca de 150 mil ha-
de possuir sete franquias localizadas
bitantes e somente quatro óticas”,
em Itapetinga, Cândido Sales, Barra
conta o empresário, sócio e diretor-
da Estiva, cada cidade com uma loja,
-comercial da Mercadótica. O pri-
e Salvador e Vitória da Conquista
meiro ponto escolhido tinha pouco
com duas cada.
movimento e, logo em 1992, eles
Para Joaquim, o crescimento do
mudaram para uma casa alugada,
negócio se deve também ao que
uma portinha no centro da cidade.
considera um de seus principais
No novo local, o sucesso nos negó-
méritos: a qualidade no atendi-
cios veio logo. Durante a década de
mento. “Temos clientes que desde
90, ele ampliou a loja e, em 2002,
1991 frequentam a loja. Além do
inaugurou a sede da empresa em
nosso preço, que é competitivo, o
um terreno próprio no mesmo bair-
bom atendimento é um grande di-
ro. Hoje, a matriz está localizada
ferencial”, afirma. Não é à toa que
em um prédio de três andares, com
a empresa conta hoje com mais de
244 metros quadrados.
100 mil clientes cadastrados.
Apesar do desejo crescente de ex-
Durante a história e crescimen-
pandir o negócio, ele não imaginava
to da Mercadótica, os sócios muda-
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Revista Conexão
ram, mas permaneceram “dentro de casa”. Em 1994, José Sousa saiu da sociedade para atuar em outro ramo. Nesse meio tempo, Joaquim expandiu os negócios para as cidades de São Paulo e Recife, juntamente com dois outros irmãos. Na metade do ano 2000, a loja chegou a seu ápice de crescimento. “Entre 2005 e 2007, já tínhamos seis lojas próprias, e foi nesse momento que começamos a ter problemas administrativos”, conta o atual diretor-financeiro da empresa e sócio Júnior Farias, filho de Joaquim. Nessa época, Júnior cursava engenharia mecânica no Espírito Santo e, com as dificuldades que estava enfrentando no negócio, Joaquim resolveu chamar o filho para entrar no empreendimento da família. A sua volta para Vitória da Conquista provocou uma guinada na condução dos negócios. Entre as modificações, a principal sugestão foi a adoção do modelo de franquias como uma forma de continuar se expandindo no mercado. Para isso, eles passaram a estudar o assunto e conheceram algumas ações do Sebrae. Após o contato com a instituição, os empresários aderiram a uma consultoria especializada e passaram a formatar a franquia da Mercadótica. “Mostramos nosso panorama e o consultor do Sebrae nos fez uma visita. Fizemos nosso planejamento estratégico e, entre 2010 e 2012, formatamos o modelo de negócio”, detalha Júnior, hoje formado em optometria. Como resultado, em dezembro de 2012, a franquia já estava sendo comercializada.
A estreia aconteceu em Itapetinga, em abril de 2013. A loja, que inicialmente pertencia à família, foi franqueada e repassada a um de seus funcionários. “Nossos quatro primeiros franqueados trabalhavam na Mercadótica, eram colaboradores antigos da casa. Isso é muito gratificante para nós, porque significa que eles são empreendedores e acreditam em nosso negócio”, diz Joaquim.
Mercado favorável Os dados do setor de ótica também são animadores. De acordo com informações do Sebrae e do Estudo Óptica 2012, o mercado da comercialização de óculos está crescendo, cada vez mais, no Brasil, e o segmento movimenta no país R$ 19,5 bilhões por ano. Além disso, o Brasil está entre os 10 países mais importantes com ofertas para o mercado de luxo na área de óticas
“Temos clientes que desde 1991 frequentam a loja. Além do nosso preço, que é competitivo, o bom atendimento é um grande diferencial” premium. O mercado de franquias também está em alta no país. Segundo dados da Associação Brasileira de Franchising (ABF), em 2013, as franquias nacionais faturaram R$ 115,5 bilhões, incorporando um aumento de 11,9% em relação ao ano anterior. Os dados reforçam a existência de benefícios para o empresário em aderir ao modelo. Entre as vantagens para o franqueador, estão a facilidade do processo de expansão, o fortalecimento da marca e a redução de
investimento. Já para o franqueado, destacam-se a associação a uma marca consolidada e de prestígio, a participação em um conceito já testado a redução do tempo de implantação do negócio e o acesso a métodos profissionais de gestão. De acordo com a gerente da Unidade de Acesso a Mercado e Serviços Financeiros do Sebrae, Sueli de Paula, na Bahia ainda há um grande potencial para o investimento nessa fatia de mercado. Segundo dados da ABF de 2013, apenas 1,8% das sedes das empresas franqueadoras no país está concentrada na Bahia. “Isso indica o potencial para o crescimento devido à forte economia baiana”, afirma. A gerente destaca que, para estar apto a se tornar uma franquia, é importante que o negócio tenha, no mínimo, dois anos de funcionamento, marca registrada, processos operacionais sistematizados e plano de negócio de expansão com análise de viabilidade.
Chegou a hora de franquear seu negócio? Dica: o Sebrae oferece soluções para formatação de franquias e acesso a mercado. As empresas interessadas devem buscar mais informações nos Pontos de Atendimento (PA) da instituição ou na Central de Relacionamento (0800 570 0800). Confira as quatro etapas para se tornar um franqueador*: 1. Conhecer as particularidades do sistema de franquias, como a Lei n° 8.955/94; 2. Avaliar a franqueabilidade do negócio (analisar as condições da empresa e posicionamento da marca e produtos; avaliar o mercado e concorrentes; definir plano de expansão e investimentos necessários); 3. Desenvolver e formatar a operação das franquias de acordo com especificações técnicas, com a elaboração de manuais de procedimentos; 4. Validar o sistema formatado por meio de uma unidade piloto. *Dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.
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Fotos: João Alvarez/ASN Bahia
ENTREVISTA
“Muitos acham que marca é despesa e pode ser feita por qualquer um. Defendo que gestão de marca é um assunto sério e, mal feito, pode representar a morte do negócio” 26
Revista Conexão
Entrevista Arthur Bender – especialista em estratégia e branding
Sua marca está bem posicionada? Arthur Bender tem mais de 25 anos de experiência no planejamento de posicionamento de grandes marcas nacionais e internacionais. Premiado por três vezes consecutivas como profissional de planejamento do ano, o presidente da Key Jump é autor dos livros “Personal Branding” e “Paixão e Significado da Marca”. Com o título “Personal Branding – construindo a sua marca pessoal”, o primeiro livro lançado foi considerado o mais vendido no segmento de marketing em 2009 e 2010, fazendo do autor o primeiro brasileiro a ocupar o terceiro lugar em vendas de livros de marketing no Brasil, no ranking top 10, em 2009. “Personal Branding”
está na oitava edição com mais de 50 mil livros vendidos.
O que paixão tem a ver com marca?
mos ter esses guias. E é aí que vejo oportunidades para as marcas, a possibilidade de preencher espaços na sociedade além dos seus negócios, ou seja, vender produtos, atuar em determinado segmento, mas também defender o que você acredita. Saber quais são as suas bandeiras, as suas questões além do negócio. Isso vai trazer foco para a empresa, pois oferece algo maior como estratégia, um caminho para as pessoas aderirem ou não. Nesta adesão é construída uma relação mais verdadeira, com mais lealdade do que simplesmente ser fiel por ganhar bônus.
Defino uma tese muito simples, que paixão é resultado de compreensão de significado. Todo mundo quer ter pessoas engajadas, mas para isso você precisa de significado, que nada mais é do que a condição sine qua non para se apaixonar por algo. E essa paixão é a condição para se chegar à excelência. Eu tenho defendido que esta lógica funciona tanto para pessoas quanto para empresas. O segundo ponto é que vivemos numa sociedade do excesso, opções demais, que a tecnologia equalizou. E por isso não conseguimos mais tomar decisões. Temos muitas opções, pouco tempo para decidir e está tudo muito igual. Neste contexto, o significado da marca passa a ser uma espécie de guia para nos orientarmos no meio do caos em termos comerciais. Então, marcas nasceram para criar desigualdades entre coisas aparentemente iguais, são elas que nos ajudam a tomar decisões. Numa sociedade cada vez mais ruidosa e superlativa, onde somos demandados 24 horas, a tendência é minimizar para sobreviver. Vivemos hoje em 140 caracteres. Temos informação demais e tempo de menos. Todo mundo sabe de tudo e ao mesmo tempo não sabemos de nada. Precisa-
Em junho, o empresário participou da palestra “Desafios da Comercialização e Facebook para Pequenos”, evento que integrou o Circuito Empresarial de Inovação do Sebrae. Na ocasião, ele falou sobre posicionamento da marca, tendências atuais e seus impactos, além do futuro da sociedade de consumo. A Revista Conexão o entrevistou buscando desvendar o comportamento do mercado consumidor e de que forma as marcas refletem esse cenário, os paradoxos da escassez de atenção e a economia da confiança e suas consequências.
Você fala sobre marcas pessoais e seu trabalho aborda também as marcas corporativas. Como se dá esta relação? Isso foi mudando com o comportamento da sociedade, porque o significado das marcas passou a ser muito importante para as empresas. Existem diferenças nos mecanismos de se vender, de construir a acuidade da marca, mas os conceitos são os mesmos. Marcas proporcionam experiências. Exatamente como as pessoas, o teu visual, a tua voz, teus adereços, teu comportamento, tua postura. Ou seja, a experiência te deixa uma marca. A gente não faz uma campanha de propaganda, nem
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anúncios, mas usamos esses mecanismos, e a ideia de significado e propósito são absolutamente iguais. Servem para marcas de pessoas e de organizações.
Como as marcas se consolidam num cenário de muito ruído e volatilidade? É cada vez mais difícil ser ouvido na sociedade. E parece um paradoxo, pois, atualmente, os profissionais de comunicação talvez tenham as melhores ferramentas. Nas redes sociais, há milhares de possibilidades e meios. Temos muita informação, o que não tínhamos há um tempo. Mas é tanto ruído que ser ouvido passou a ser algo muito difícil. É como se a sociedade tivesse muitas bocas gritando ao mesmo tempo e sua atenção é cada vez menor, o que chamo de efeito teflon no cérebro. Uns gritam mais – propagandas, principalmente do varejo, que repetem 10 vezes a informação para chegar ao seu cérebro – só que você é acessado por todos os lados. Ou seja, como comunicador, eu terei que ter mais competência para entrar na mente e no coração do consumidor, para conseguir prender a atenção no meio dessa gritaria. É aí que o propósito da marca faz toda a diferença.
Como uma marca pode se diferenciar no mercado? Quando há abundância de algo, você acaba valorizando o que é escasso. Na TV, a coisa mais preciosa que vai chamar a atenção é o silêncio. Lançamos, há pouco tempo, uma marca de e-commerce de vinhos, fizemos três minutos no (programa) Fantástico com 30 segundos de silêncio e com a música “Epitáfio”, dos Titãs. A mensagem era “reflita sobre o ritmo da sua vida” e a primeira vez causou estrondoso resultado. Temos usado os contrapontos: se tem muita velocidade, ofereça o que é devagar; se tem muita gritaria, ofereça silêncio, se há muita volatilidade, ofereça algo perene. E as marcas querem relacionamentos de longo prazo com as pessoas. O varejo criou a ideia do consumidor oportunista: eu só compro contigo se você oferecer uma vantagem. É uma arena de preços e você precisa ser bom em escala, volume e em gestão de custos. Mas existe outra arena, que é a de percepção de valor. E aí você vai ter
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que escolher um propósito. Isso é capaz de romper o ruído e criar engajamento para as pessoas. Temos quatro aspectos para construir uma marca. O primeiro deles é conhecimento. Você não pegaria uma marca da qual nunca ouviu falar. O segundo degrau é diferenciação. E aí vem a função das marcas, que nasceram para criar desigualdades. É preciso acentuar a diferença. O terceiro aspecto é relevância: se não for relevante, posso repetir 50 vezes que não irá sensibilizar. E, por último, qualidade percebida ou estima da marca, que é o resultado. Todo o esforço de marca é subir esses degraus e ser a primeira opção quando considerar a compra. Ao mesmo tempo, preciso trabalhar conhecimento para sobreviver na selva. Tentar se diferenciar pela tecnologia é uma furada, os competidores sabem uns dos outros. E o serviço, acesso, produto, cartões e meios de pagamento são os mesmos. É preciso dizer algo a mais e diferente.
Como chamar a atenção nas redes sociais, que são plataformas superdinâmicas? Não existe uma receita para todo mundo. Acredito que quanto mais superlativa a sociedade, mais as pessoas querem personalização. Quanto mais tecnológico e grandioso, mais as pessoas querem ser percebidas pelo seu CPF. O contraponto para atingir pessoas é entender a percepção de valor dos seus consumidores. Tente se conectar, entenda o que move seus clientes, o que é valor para eles. Recomendações de Peter Drucker: entender o porquê do seu negócio, quem são seus clientes, o que é valor para eles, qual a estratégia para entregar este valor e como medir se você está entregando valor.
Há um diferencial quanto ao público feminino? Defendo a ideia de que a paixão tem relação com a emoção. Temos hoje as melhores plataformas para fazer análises e ter estatísticas de tudo. Defendo que precisamos usar tudo isso, mas este é o século da emoção. Não sei se mais uma planilha vai me ajudar nessa confusão e, nisso,
elas têm uma vantagem terrível. Elas sempre foram muito mais intuitivas e são multitarefas. As mulheres se relacionam horizontalmente em redes: conquiste uma, conquiste muitas, perca uma e perca todas. Tom Peters afirma que o grande mercado são os idosos e as mulheres.
Qual a dica para os pequenos? As redes permitem que seu público conheça melhor a empresa. Então, conheça as bandeiras que defende. Mostre-se do jeito correto e invista em abrir um bate-papo direto com os seus consumidores para entender um pouco mais a perspectiva de valor. Invista em algo mais personalizado e tenha uma plataforma de troca de informações mais ágil. Não dá para fazer o que todo mundo está fazendo, que é simplesmente falar e não prestar atenção se alguém está ouvindo do outro lado. O Facebook não é o espelho do banheiro de casa. Você acha que tem milhares de pessoas do outro lado e esta não é a verdade. Tenha
cuidado para que sua marca não seja esquizofrênica, não seja contraditória.
Qual o papel do Sebrae na valorização das marcas? O pequeno empresário precisa de ajuda. Como muitos setores têm alta concentração dos pequenos, a exemplo do varejo, vai ter lugar para meia dúzia de grandes marcas, que precisam de escala, que é negociar grandes volumes e oferecer preços baratos. Nesse sentido, levar conhecimento sobre gestão para o pequeno é uma tarefa muito importante do Sebrae. Você só vai ser uma empresa respeitada com a formalidade, e isso pressupõe gestão, conhecimento técnico. Acho que o Sebrae pode colaborar com a comunicação. Muitos acham que marca é despesa e pode ser feita por qualquer um. Defendo que gestão de marca é um assunto sério e, mal feito, pode representar a morte do negócio.
“O contraponto para atingir pessoas é entender a percepção de valor dos seus consumidores”
Sebrae Bahia
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Fotos: João Alvarez/ASN Bahia
ECONOMIA CRiativa
Baianas Caprichosas participam, pela segunda vez, do showroom Brasil Original, que, este ano, gerou mais de R$ 400 mil em volume de negócios
Pelas mãos da Bahia Artesanato baiano ganha visibilidade durante a Copa do Mundo Inspiração, talento, cuidado, tempo e originalidade. Sãos esses os ingredientes que, combinados, transformam arte em negócio. E é essa a receita que faz do Brasil Original um sucesso de público e vendas. Na sua primeira edição, o evento movimentou mais de R$ 300 mil, incluindo as transações das Rodadas de Negócios de Artesanato. Mais do que uma vitrine e a possibilidade de valorizar localmente o potencial produtivo do artesão, o Brasil Original, iniciativa do Projeto ExpoArt, eleva a qualidade e cria um novo canal mercadológico para esse
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segmento. E os números mostram o caminho que vem sendo trilhado. Mais de 65 mil visitantes passaram pelo local, entre os dias 3 de junho a 13 de julho, no Shopping Barra, em Salvador, superando a marca da Copa das Confederações, quando também foi realizado o showroom. R$ 365 mil foram gerados em volume de negócios e mais de 12 mil produtos foram comercializados. Neste período, turistas e soteropolitanos conheceram a beleza e a diversidade do trabalho de 100 artesãos baianos e dos estados convidados: Alagoas,
Goiás, Mato Grosso do Sul, Piauí, Paraíba, além do Distrito Federal. A geração de negócios durante a Copa do Mundo se apresenta como uma oportunidade de preservar e resgatar os valores culturais e a tradição da produção artesanal. Tradição que está mais do que impregnada no trabalho das Baianas Caprichosas, associação que fez parte do Showroom Brasil Original pelo segundo ano. E o que é que essas baianas têm? Elas buscam autonomia e realização profissional. Criado em 2010, o grupo é formado por Beatriz Rocha, Luana
Dantas, Rosemary Bacelar, Ivonete Lima, Lucimary Barbosa e Sônia Deleze, empreendedoras que sonham e incorporam como ninguém a letra de Dorival Caymmi e dão beleza aos fuxicos, bonecas, chaveiros e flores de crochê. “Nascemos no Sebrae e da necessidade de aproveitar nossas habilidades, transformamos em renda fixa o que antes era um hobby ou um complemento. Tivemos acesso às capacitações que serviram para divulgar o nosso profissionalismo como selo de qualidade. Em relação ao ano passado, já vendemos o dobro. Agora vamos nos juntar para produzir e lucrar ainda mais”, esclarece Beatriz Rocha, uma das fundadoras das Baianas Caprichosas. Proprietária do Ateliê do Bordado, Valéria Torres revela que a paixão pelo artesanato foi herdada da mãe. Bordadeira prendada e famosa na capital, Dona Iaiá, 84 anos, apresentou a Margarida Torres, em meados de 80, a máquina utilizada para executar o ponto. O exemplo de vida e dedicação daquela senhora envolveu mãe e filha no desafio de empreender.
produtos e, na nossa primeira entrega, fechamos R$ 5 mil”, revela Valéria.
Projeto ExpoArt
Valéria Torres transformou a paixão, herdada da mãe, em negócio, e contou com o apoio do Sebrae para se profissionalizar
Em 2010, as duas buscaram a formalização. Compraram duas máquinas e, desde então, não pararam de participar de eventos. Logo, a dedicação em família foi revertida em vendas, e surgiu a possibilidade de adentrar no mercado. “Só produzíamos quando tínhamos encomendas e, com o apoio do Sebrae, encaramos nossa atividade com mais profissionalismo. As rodadas, desfiles, exposições e feiras deram visibilidade e conseguimos atingir o público lojista. Só no Brasil Original, colocamos R$ 6 mil em
Atuação do Sebrae no fomento do artesanato baiano
Difusão e Promoção
Consultoria + Capacitação + Gestão
EXPoARTE BAHIA
Acesso a Mercados e Comercialização
Pesquisa e Inteligência de Mercado
Design para Agregar Valor + Inovação
Mais de 800 artesãos, associações e cooperativas são beneficiados pelo Projeto ExpoArt, e participaram das sete edições das rodadas de negócios promovidas pelo Sebrae. Os critérios utilizados para a escolha dos produtos foram a qualidade na estética e no acabamento; a inovação com matérias-primas; produtos tradicionais com referência do design; artesanatos representativos com a identidade cultural/regional; e produtos com caráter sustentável (reaproveitamento de material ou utilizando critérios de sustentabilidade ambiental sem agredir o ecossistema e tingimentos naturais). O ExpoArt, que acontece em parceria com o Instituto Mauá, tem como função despertar nas comunidades o entendimento e aplicação das ferramentas de desenvolvimento, como o associativismo e cooperativismo, inovação, tecnologia, gestão empresarial e ações mercadológicas, tornando visível, economicamente, a atividade e mudando a vida de talentosos baianos.
Brasil Original O showroom é uma iniciativa do Sebrae, e na Bahia conta com o apoio do Shopping Barra e do Instituto Mauá. Com o objetivo de desenvolver a cadeia produtiva e introduzir artesãos e seus produtos no mercado, o Projeto Brasil Original aconteceu nas 12 cidades-sede da Copa do Mundo da FIFA 2014. De acordo com a gestora do Projeto ExpoArt Bahia, Aparecida Fernandes, o local escolhido dá visibilidade ao artesanato baiano, agregando valor através da exposição, comercialização e promoção em um ambiente de grande visitação, além de priorizar a diferenciação na forma de expressão da cultura.
Fonte: seBrae/Ba
SEBRAE BAHIA
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Fotos: João Alvarez/ASN Bahia
EDUCAÇÃO EMPREENDEDORA
Participação no Empretec fez Betânia Lima profissionalizar seu negócio
Conhecimento que transforma Empresários aplicam conceitos de cursos e capacitações do Sebrae e modificam suas empresas A proatividade fez a microempreendedora individual (MEI), Betânia Lima, encarar melhor os desafios do seu negócio de bordados personalizados e brechó com a participa-
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Revista Conexão
ção no Seminário Empretec. Desde que concluiu a capacitação, em abril de 2013, a artista plástica por formação comemora a mudança de postura e amadurecimento na
gestão e seus diferenciais competitivos. “Trabalhar bem, mesmo sob pressão, por exemplo, foi uma coisa que aprendi lá. Recebo encomendas de empresas para o mes-
mo dia e sei que dou conta”, afirma a empresária. Com a capacitação, veio o desejo de profissionalizar a logomarca da Garimpo do Baú, a partir da contratação de uma empresa especializada, e os investimentos em material publicitário e fan page no Facebook. Antes do Empretec, a MEI já havia buscado orientações sobre plano de negócios e gestão financeira. O despertar das habilidades empreendedoras, como a ousadia e a visão de mercado, a fizeram adquirir mais quatro modernas máquinas de bordar, alocadas no mesmo espaço em que está a primeira delas, o modelo mais simples, onde tudo começou com o ritmo de 30 bordados diários. O trabalho de Betânia, com bordados personalizados e lembrancinhas para diferentes ocasiões, conquistou mercados em Minas Gerais, João Pessoa, Recife, Maceió e Aracaju. Vitórias que, para ela, não seriam possíveis sem a busca por especialização. “O Sebrae tem a ferramenta completa para qualquer segmento de atuação”, avalia a MEI, formalizada há três anos.
Conquistar o cliente Há seis anos, quando Cid de Aragão Santana decidiu abrir um espaço para oferecer açaí e lanches no bairro da Ribeira, ouviu de amigos empresários que seria “suicídio comercial não vender cerveja”. Apostando em qualidade no atendimento, na variedade de lanches e tigelas de açaí, cupuaçu e morango, Cid superou o presságio e vem cativando o público local.
negócios, o Sebrae oferece grupos de Aragão se formalizou em 2013 e produtos específicos. Entre eles estão: aproveitou a 6ª edição da Semana Projeto Sebrae Microempreendedor do Microempreendedor Individual, Individual (SEI), conjunto de oficinas realizada este ano, para melhorar gratuitas voltadas para os MEI; proa gestão do negócio através das jeto Na Medida; Negócio a Negócio; capacitações gratuitas. Na Oficina Sebrae EaD; e Sebrae Mais. Confira as de Crédito, ele tirou dúvidas sobre opções de capacitação oferecidas pelo financiamento e constatou a imSebrae. Outras informações estão disportância de anotar todos os gasponíveis através da Central de Atenditos, bem como organizar o caixa mento 0800 570 0800. da empresa e o caixa pessoal. “Na oficina SEI Vender, foi muito bom conhecer os conceitos de como conquistar o cliente, o que fez me empenhar ainda mais a tocar meu negócio”, conta o MEI sobre a participação em mais uma qualificação. A oferta gratuita e em horários flexíveis fez o dono da Net Game, loja de informática e manutenção, André Sousa, optar pelos cursos online. Após ver um anúncio na internet, ele foi ao site, se cadastrou e fez os cursos “Como Vender Mais e Melhor”, “SEI Controlar Meu Dinheiro” e “SEI Empreender”. Para empreendedores como Betânia, Cid e André, que enxergam nas capacitações a alaCid se qualificou na capacitação Sei Vender, gratuita e voltada para o vancagem dos seus MEI, e na Oficina de Crédito
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Soluções e Produtos Sebrae para seu negócio Quer expandir sua empresa de pequeno porte?
Soluções para MEI e Microempresa?
Focado em empresas com mais de dois anos de funcionamento e que já tenham superado questões básicas de gestão nas áreas de recursos humanos, processos, marketing e finanças, o Sebrae Mais foi planejado para quem tem interesse em expandir seus negócios. As soluções: Empretec, Estratégias Empresariais, Gestão da Inovação – inovar para competir, Programa Sebrae de Gestão da Qualidade (PSGQ), Planejando para Internacionalizar, Gestão Financeira – do controle à decisão e Encontros Empresariais. O Empretec é um seminário desenvolvido pela Organização das Nações Unidas (ONU) com o Sebrae sendo o único aplicador no país. A proposta é identificar, estimular e desenvolver os perfis empreendedores através de uma metodologia vivencial e interativa.
Orientação empresarial gratuita que oferece diagnósticos e recomendações para microempreendedores individuais (MEI) e donos de microempresas (ME) através da visita de um agente de orientação empresarial ao negócio. Em seguida, ele sugere as soluções para melhoria do empreendimento.
Microempreendedor Individual precisa crescer? Oficinas SEI Voltadas para microempreendedores individuais, traz as seguintes temáticas: Vender, Comprar, Controlar Meu Dinheiro, Unir Forças Para Melhorar, Planejar, Empreender.
Falta tempo? Educação a distância Sebrae
Aprender para desenvolver?
Criado há 10 anos, o Sebrae EAD oferece cursos gratuitos via internet para os empreendedores que queriam passar por capacitações, mas não tinham tempo para se dedicar a cursos com carga horária contínua. Qualquer interessado pode se matricular no site (www.ead.sebrae.com.br) e ter acesso às capacitações, divididas nos perfis “Quero Empreender”, “Sou um Microempreendedor Individual”, “Tenho uma Microempresa” ou “Tenho uma Empresa de Pequeno Porte”.
Composto por cursos, oficinas, palestras, consultorias e diálogos planejados de acordo com as principais necessidades do empresário. Em uma das etapas, o empresário escolhe dentre uma das oito áreas de atuação (Associativismo, Empreendedorismo, Gestão Financeira, Gestão de Pessoas, Internet, Planejamento Estratégico, Mercado e Tributação) para, então, começar o aprendizado com os consultores.
CURSOS CURSO
CARGA HORÁRIA
PÚBLICO-ALVO
Treinamento Gerencial Básico
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Empresários, gerentes e supervisores de micro e pequenas empresas
Atendimento ao Cliente
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Empresários e profissionais que mantenham contato direto com clientes
Aprender a Empreender
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Empreendedores, estudantes, empresários formais e informais de pequenos negócios, atuantes na área de comércio, indústria, serviços e agroindústria
Técnicas de Vendas
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Empresários e profissionais da área de venda
Gestão de Estoque
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Empresários e gestores de micro e pequenas empresas
Como Conduzir Negociações Eficazes
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Destinado a empresários e gestores de pequenos negócios
Gestão Financeira
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Empresários de microempresa
Planejamento Estratégico
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Empresários de microempresa
Gestão de Pessoas e Equipes
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Empresários de microempresa
Marketing
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Empresários de microempresa
Outras informações: 0800 570 0800 34
Revista Conexão
Foto: Camila Magalhães
MICROEmpreendedor individual
O vendedor ambulante, Antônio Cristovão, recebeu o Carnê da Cidadania, com todos os boletos do ano, em casa, e não precisa mais se preocupar com a impressão do Documento de Arrecadação do Simples Nacional (DAS) mês a mês
Carnê da Cidadania Microempreendedores individuais estão recebendo o Carnê da Cidadania, que traz todos os boletos mensais do Documento de Arrecadação do Simples Nacional (DAS) O trabalho do vendedor ambulante, Antônio Cristovão de Jesus, foi dobrado durante o mês de junho, na cidade de Santo Antônio de Jesus. Com o bom humor já característico dos 36 anos de atendimento, ele e a esposa, Bete, se prepararam
para aumentar a produção de lanches e doces na barraca, decorada em clima festeiro de um São João verde e amarelo, em alusão à Copa do Mundo. Este ano, o microempreendedor individual (MEI) vai poder dedicar
mais tempo às vendas sem a preocupação de ir ao posto de atendimento do Sebrae para pegar os boletos do Documento de Arrecadação do Simples Nacional (DAS). Ele e milhões de MEI, em diversos estados, passaram a receber no
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empreendimento, via Correios, o Carnê da Cidadania, que inclui os valores de todos os tributos para a categoria, e pode ser pago em bancos, casas lotéricas, correspondentes bancários e terminais de autoatendimento. “Receber os boletos em casa facilitou muito o pagamento, pois agora tenho mais comodidade. Houve meses que eu me esqueci de pagar o boleto devido ao movimento da barraca, que dificultava a minha saída para pegar os boletos”, conta o MEI, que afirma ter encontrado na formalização o caminho para o crescimento do negócio e para a melhoria de sua família. “O objetivo de me tornar um MEI era para ter um CNPJ. Com ele, eu poderia comprar produtos mais baratos, contribuir com o INSS, abrir conta no banco e ter outras vantagens. São dois anos de formalizado e desde então só tive benefícios”, declarou. O carnê ajudou a empreendedores que perdiam muito tempo para
cumprir com a obrigação de ser MEI, como a cabeleireira Roselane Fidelis, do Salão La Magie Rose, em Jacobina. Ela se deslocava do Bairro Félix Tomaz até o ponto de atendimento do Sebrae, no centro da cidade, para imprimir os boletos e, depois, enfrentava longas filas da lotérica para efetuar o pagamento. “Nem sempre tinha tempo disponível, como é o caso dos meses de junho e julho, época de São João e férias escolares, em que o salão fica mais lotado de clientes. Agora, posso até pagar antecipado”, comemora Roselane. A MEI faz questão de afirmar que, após a formalização em 2010, conseguiu máquina de cartão de crédito, o que diminuiu consideravelmente o número de “fiados”, abriu conta jurídica e conseguiu um empréstimo bancário para adquirir novos equipamentos. As mudanças ajudaram Roselane a construir sua casa própria, fazer um curso de estética corporal e pagar a Faculdade
de Estética para a filha Érica, que também trabalha no salão. A cada sonho realizado surge um novo. “Quero adquirir um veículo para facilitar o nosso transporte e ainda pegar um novo empréstimo para ampliar o salão, já que Érica começará a atender as suas clientes de limpeza facial”. O cinegrafista de Jacobina, Adalberto Jesus Carneiro, que se formalizou há poucos meses, também recebeu o Carnê da Cidadania em casa. “Fiquei surpreso por ter recebido tão rapidamente. Aprovei bastante a ação, especialmente pela comodidade”, conta o empreendedor. O Carnê da Cidadania inclui os valores de todos os tributos para o MEI trabalhar formalizado. Para a Previdência Social, são recolhidos 5% do salário mínimo ao INSS (R$ 36,20). Se prestar serviços, mais R$ 5,00 em ISS para o município. E se atuar no comércio ou indústria, mais R$ 1,00 em ICMS para o governo estadual.
Fique atento Caso receba outras cobranças, o MEI não deve pagar sem antes confirmar a necessidade. Nesse caso, pode buscar orientações no ponto de atendimento do Sebrae na sua região ou através da Central de Relacionamento 08800 570 0800. O microempreendedor individual NÃO está dispensado de pagar os boletos do DAS, ainda que não exerça atividade como MEI. Os débitos permanecem até que seja dada baixa no CNPJ. Quem tem dúvidas sobre débitos, pode buscar orientação no Sebrae. Na eventualidade
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REVISTA CONExãO
do Carnê da Cidadania conter parcelas já vencidas, ou seja, recebê-lo em abril e ter parcelas de fevereiro e março, ou assim sucessivamente, a orientação é para os casos que o pagamento já foram efetuados, não fazê-lo novamente, para não gerar duplicidade.
Mesmo com o envio, o carnê continuará a ser
disponibilizado no Portal do Empreendedor (www.portaldoempreendedor.gov.br).
Empreendedorismo
Gol de placa na engenharia civil A “Engpiso – Soluções e Sistemas” foi criada em junho 1995, no bairro de Sussuarana, como a primeira empresa especializada em piso e revestimento do Norte e Nordeste. Conduzida pelo engenheiro civil Raymundo Dórea, a empresa sustenta uma marca forte tanto no Brasil como no exterior. A aproximação entre o empresário e o Sebrae se deu em 2009. Ele participou do Planejamento Estra-
tégico com base no Mapeamento das Oportunidades do Projeto Copa 2014, uma parceria entre o Sebrae e a Fundação Getúlio Vargas (FGV), envolvendo empresários de nove setores. “Foi um ano de reuniões para verificar as oportunidades em nove setores, um verdadeiro aprendizado. Meu negócio se encaixou na construção civil e passei a investir na profissionalização da empresa”, conta Raymundo.
Hoje, ele sente o sabor da vitória, com a participação da Engpiso em dois importantes contratos de obras da Copa 2014. No ano passado, a Engpiso concluiu 130 mil metros quadrados de piso em concreto da Arena da Fonte Nova, em Salvador; 50 mil metros quadrados da Arena de Pernambuco; e 7 mil metros quadrados na Arena Sauípe, localizada na Linha Verde, onde foi realizado o sorteio da Copa.
Foto: João Alvarez/ASN Bahia
De olho nas oportunidades da Copa, o empresário Raymundo Dórea preparou sua empresa e prestou serviço para a construção das arenas: Fonte Nova, Pernambuco e Sauípe, na Linha Verde
Sebrae Bahia
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O Sebrae Bahia possui 31 Pontos de Atendimento, distribuídos em 10 Unidades Regionais, oferecendo aos empresários das micro e pequenas empresas informação, orientação, capacitação, apoio e soluções através de consultoria em gestão, acesso ao crédito e ao mercado, tecnologia e inovação.
Pontos de Atendimento na Bahia Unidade Regional 01 – Salvador / Mercês Centro de Atendimento ao Empreendedor Av. Sete de Setembro, 261 – Mercês. CEP 40060-000. Tel.: (71) 3320-4526 Salvador / Boca do Rio - SAC Empresarial Av. Otávio Mangabeira, 6929, Multishop – Boca do Rio. CEP 41706-690. Tel.: (71) 3281-4154
Foto: Maurício Maron
Sebrae perto de você O Ponto de Atendimento do Sebrae em Ilhéus fica localizado na praça José Marcelino, 100 – Centro Histórico. Funciona de segunda a sexta-feira das 9h às 17h.
Euclides da Cunha Rua Oliveira Brito, 404 – Centro. CEP 48500-000. Tel.: (75) 3271-2010 Ipirá Praça Roberto Cintra, 400-A – Centro. CEP 44600-000. Tel.: (75) 3254-1239 Itaberaba Rua Rubens Ribeiro, 253, Ed. Tropical Center, Salas 22/23 – Centro. CEP 46880-000. Tel.: (75) 3251-1023
Salvador / Itapagipe Rua Direta do Uruguai, 753, Bahia Outlet Center, Lojas 134/135 – Uruguai. CEP 40454-260. Tel.: (71) 3312-0151
Unidade Regional 04 – Ilhéus Praça José Marcelino, 100, Térreo – Centro. CEP 45653-030. Tel.: (73) 3634-4068
Salvador / Liberdade Estrada da Liberdade, 26, Lojas 13 e 26 – Liberdade. CEP 40375-016. Tel.: (71) 3241-8126
Itabuna Av. Francisco Ribeiro Júnior, 198, Ed. Atlanta Center – Centro. CEP 45600-921. Tel.: (73) 3613-9734
Alagoinhas Rua Rodrigues Lima, 126-A – Centro. CEP 48010-040. Tel.: (75) 3422-1888
Unidade Regional 05 – Jacobina Rua Senador Pedro Lago, 100, Salas 01 e 02 – Centro. CEP 44700-000. Tel.: (74) 3621-4342
Camaçari Rua do Migrante, s/nº – Centro. CEDAP – Casa do Trabalho. CEP 42800-000. Tel.: (71) 3622-7332
Senhor do Bonfim Rua Benjamin Constant, 12 – Centro. CEP 48970-000. Tel.: (74) 3541-3046
Lauro de Freitas Lot. Varandas Tropicais, nº 279, Q. 3, Lote 16, Rua A, Galpão 01 – Pitangueiras. CEP 42700-000. Tel.: (71) 3378-9836 Unidade Regional 02 – Barreiras Av. Benedita Silveira, 132, Ed. Portinari, Térreo – Centro. CEP 47804-000. Tels.: (77) 3611-3013/4574 Unidade Regional 03 – Feira de Santana Rua Barão do Rio Branco, 1225 – Centro. CEP 44149-999. Tel.: (75) 3221-2153
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Revista Conexão
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