Mala Direta Básica 9912345149-DR/BA
Sebrae-Ba
edição 208
Dono da padaria Panille, José Willian, recebeu um ano de consultoria pelo Sebratec
Inovar, planejar e crescer ENTREVISTA
MERCADO
Jornalista Glória Maria fala sobre desafios da mulher empreendedora
Orientação para o crédito: antes, durante e depois
a s e r p m e a u s e . r u e q c s o Tud a para cre uenas empresas. s i eq c p a e r a r p p rias lto u s n o c Cursos e
O Programa Sebrae Mais oferece 14 soluções diferenciadas, flexíveis e independentes que combinam capacitação para você e consultoria para sua empresa, tornando-a mais competitiva e preparada para continuar
avançando.
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72,1% das empresas fizeram mudanças depois da participação no programa, 35,1% aumentaram o faturamento e 90,4% pretendem participar de outros cursos. Procure o Sebrae, especialistas em pequenos negócios.
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Expediente Filiada à Aberje Presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae Bahia João Martins da Silva Júnior Diretor-superintendente Edival Passos Souza Diretores Lauro Alberto Chaves Ramos Luiz Henrique Mendonça Barreto Unidade de Marketing e Comunicação Coordenação Cássia Montenegro (DRT 1052) Equipe Alice Vargas, Mauro Viana, Pedro Soledade, Rafael Pastori, Rodrigo Rangel, Vanessa Câmera e Isabela Oliveira. Estagiários: Daiane Santiago, Cristiane Gonçalves, Isabel Santos e Thais Almeida. Agência Sebrae de Notícias (Varjão & Associados Comunicação) Anaísa Freitas, Carla Fonseca, Carlos Baumgarten, Cristhiane Castro, Cristina Laura, Laiana Menezes, Maria Clara Lima, Gustavo Rozario, Fernanda Barros, Nara Zaneli, Tamara Leal, Luciane Souza, Cyntia Farabotti, Maiane Matos, Renata Smith, Roberta Neri e Silvia Araújo. Revisão Anaísa Freitas Edição Carla Fonseca Edição de Fotografia João Alvarez Capa João Alvarez Projeto Gráfico Solisluna Editora Editoração Objectiva Impressão Qualigraf Serviços Gráficos e Editora Ltda Tiragem 15.000 exemplares Cartas Sebrae – Unidade de Marketing e Comunicação Rua Horácio César, 64, Dois de Julho Salvador, Bahia. CEP: 40060-350. marketing@ba.sebrae.com.br Telefones 71 3320.4558/4367 Agência Sebrae de Notícias www.ba.agenciasebrae.com.br
O negócio é inovar! A revista Conexão edição 208 traz editoria de Agronegócios desta puuma reportagem especial na editoblicação. Hoje, a indústria demanria Inovação sobre a Panille Delida leite dos pequenos produtores catessen, que começou a funcionar da região para fabricar e distribuir em 2005, comandada pela madrasmanteiga com sal, queijos mussata e enteado, Joelma Pereira e José rela, minas frescal, ricota e coalho, William Júnior, no Largo Dois de creme de leite fresco e bebida láctea Julho, em Salvador. O empreendinos mercados de Barreiras e Luís mento recebeu consultorias espeEduardo Magalhães. cializadas do Programa Sebraetec, Contratar crédito para investir na empresa pode ser uma excelente com implantação de soluções em ideia. Nesse contexto, a revista Coinovação e tecnologia e alavancou nexão traz uma reportagem sobre seu crescimento e faturamento. como planejar o melhor momento Na editoria Educação Empreendepara o empréstimo, as dicas para gadora, a reportagem aborda a atuarantir uma decisão segura, as etapas ção do Sebrae no apoio e capacitaque envolvem a contratação de um ção dos pequenos negócios. Você vai empréstimo e as instituições bancápoder conferir as muitas oportunirias que disponibilizam o recurso. dades que a instituição oferece e de E, em entrevista exclusiva à revista que maneira seu empreendimento Conexão, a jornalista Gloria Maria, pode ser atendido pelo Sebrae. Os fala, a partir de sua própria trajetóempresários João Gilberto e Maria ria, sobre a mulher negra empreenJosé, do Platô Bar e Restaurante, e dedora e os desafios do mercado. Margarida Matos, do Centro GinecoLeia a revista Conexão, publicação lógico de Salvador (Cengisa), expliespecial do empreendedor! cam como implantaram mudanças e conquistaram resultados, a partir da intervenção do Sebrae. No pequeno município de Wanderley, a cerca de 130 km de Barreiras, a empresária Sônia Elisa Maroso batalha desde 1998 para firmar a pequena indústria familiar, Laticínio Nobreza, no mercado. Essa história Panille se prepara para comercializar a sua linha própria de pães você vai conhecer na integrais multigrãos em outros estabelecimentos A utilização da marca Sebrae é de uso exclusivo do titular da mesma. Seu uso por terceiros, sem autorização prévia, expressa e formal da Unidade de Marketing e Comunicação do Sebrae Bahia, é passível de punição, conforme previsto pela Lei da Propriedade Industrial nº 9279/96.
Foto: João Alvarez
Publicação do Sebrae Bahia nº 208, setembro de 2014
Fotos: João Alvarez
Sumário 15
6 COMÉRCIO E SERVIÇOS De escola de sucesso a hotel, tudo em família
8 Políticas públicas Bom comprador
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Agronegócio Leite nobre
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Mercado Saúde financeira
Inovação e Tecnologia Pão com inovação
28 ENTREVISTA Gloria Maria Mulher, negra e empreendedora
15 Indústria Manutenção preventiva é ponto forte da Eurolift
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ECONOMIA CRiativa #póscopa
EDUCAÇÃO EMPREENDEDORA Qualificação é a alma do negócio
35 MICROEMPREENDEDOR INDIVIDUAL Negócios na balada
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37 Empreendedorismo Sustentabilidade é diferencial
38 SEBRAE PERTO DE VOCÊ
Foto: Débora Vicentini
Comércio e Serviços
Irmãs Gilsan e Gilsara, além da caçula Gilsade, administram a escola Kennedy, em Eunápolis, com 800 alunos
De escola de sucesso a hotel, tudo em família Sucesso e excelência da escola fundada há 30 anos leva família Pessoa a diversificar negócio e lançar o hotelzinho Kennedy baby As irmãs da família Pessoa Santos cresceram em um sítio, no município de Eunápolis, onde o convívio com as crianças não se resumia apenas a estripulias. Na época, Dona Maria Isabel, com pouco mais de 16 anos, não se conformava em ver tanta criança sem saber ler nem escrever. Com
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Revista Conexão
pouco recurso e muita insistência, a educadora nata apresentou o universo das letras para meninos e meninas de rua. A primeira lição: aprender que o sonho é sempre possível. A dedicação da mãe contagiou as irmãs gêmeas Gilsan e Gilsara, e a caçula Gilsade. Quando Maria Isabel
decidiu parar as aulas de reforço, elas assumiram o posto e começaram a seguir os passos da matriarca. As pequenas empreendedoras montaram na garagem a Escolinha Kennedy, nome do antigo sítio da família. Com um mercado cada vez mais exigente, as três irmãs buscaram for-
mação acadêmica. A diretora Gilsan graduou-se em administração e as outras irmãs em pedagogia. Fundada em março de 1984, a proposta da instituição sempre foi a mesma: oferecer educação de qualidade, crítica, criativa e, acima de tudo, prazerosa e segura. A escola cumpre com excelência o desafio de oferecer um ensino completo para formação de alunos-cidadãos, que perpassa pela Educação Infantil e Ensino Fundamental I e II. “Criamos também a Kennedy baby e um hotelzinho. A ideia era atender às necessidades dos pais que trabalham e não têm com quem deixar seus filhos. A ampliação vai permitir a criação de mais 200 novas vagas em 2015, aumentando para 800 alunos matriculados”, esclarece a psicopedagoga e psicanalista, Gilsade. O trabalho garantiu ainda que a escola se tornasse modelo nacionalmente. Em 2009, a Escola Kennedy venceu o Prêmio de Competitividade para Micro e Pequenas Empresas (MPE) pela adesão aos conceitos e práticas de Responsabilidade Social, com a satisfação dos clientes e boas práticas de gestão. Nesses 30 anos, educando crianças, a instituição já foi
reconhecida pelo projeto Faça Parte, parceria entre a Unesco e o Ministério da Educação, como escola solidária pelos projetos sociais e culturais desenvolvidos. “O prêmio foi o resultado da busca pela qualidade, reconhecendo nossos esforços, iniciativas e ações para melhoria da gestão e para aumentar nossa competitividade. A busca pela excelência faz com que apliquemos avaliações a cada semestre e o resultado é acima de 90% de satisfação dos pais”, afirma Gilsade. A história de sucesso começou a partir de uma nova postura profissional. As oportunidades oferecidas pelo Sebrae, como palestras, seminários, cursos e consultorias foram aproveitadas e refletiram o novo momento da instituição. “A construção de uma relação com o Sebrae provocou uma mudança nos processos, no atendimento e nas técnicas. Nos organizamos mais, começamos a pensar e nos preocupar com a responsabilidade social. O Sebrae nos apoiou na elaboração de um plano de ações, pensado para daqui a 20 anos. E a reciclagem dos nossos profissionais passou a ser uma prioridade”, destaca a diretora Gilsan.
Para a gestora do Prêmio MPE Brasil no Sebrae Bahia, Simone Patrícia Oliveira, a iniciativa é uma chance para que o empresário tenha um diagnóstico completo do seu negócio, podendo ter um “raio-x” ou extrato das suas potencialidades e uma lista de oportunidades de melhoria. “Ele tem um mapa daquilo que precisa para ser referência, conquistar mais mercado, satisfação dos clientes e o que há de excelência em gestão, além de ter um comparativo em relação às empresas do mesmo setor”. Com o compromisso de buscar o que mais se ajusta às premissas da educação no momento, a escola optou pela parceria com o Sistema Anglo de Ensino (editora Abril), estrategicamente posicionado como um dos melhores e mais estruturados Sistemas de Ensino da atualidade, e que tem mais de 60 anos de pesquisa e desenvolvimento em educação. “O resultado é a satisfação estampada nos olhos de 600 crianças e a relação que construímos com os 52 colaboradores. A fórmula é simples: não se acomodar, estar sempre inquieto, sedento por mais conhecimento e ouvir sempre o cliente”, finaliza Gilsan.
Prêmio MPE Brasil Reconhecer gestores e instituições brasileiras que investem em conceitos e práticas de gestão é o principal objetivo do Prêmio, que destaca ideias e difunde valores como o aumento da qualidade, da produtividade e da competitividade das pequenas empresas. Uma realização do Sebrae, Movimento Brasil Competitivo (MBC), Gerdau e Fundação Nacional da Qualidade (FNQ), o Prêmio de Competitividade para Micro e Pequenas Empresas é dirigido a negócios de todos os setores da economia. Até o mês de julho deste ano, foram preenchidos 1,5 mil questionários de autoavaliação. O MPE Brasil é uma chance que o empresário tem de conhecer seu empreendimento. Todas as etapas da premiação se constituem numa oportunidade de avaliar a administração da empresa, feita a partir do Modelo de Excelência de Gestão (MEG) da FNQ.
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Fotos: João Alvarez
POLÍTICAS PÚBLICAS
Gerson Vieira preparou sua empresa, a ERRE & GE – Casa e Construção, para fornecer ao governo
Bom comprador Empresas organizam seus processos internos e estudam a melhor maneira de participar das licitações públicas O segmento de compras públicas se
é organizar seu empreendimento.
Após organizar a empresa, o em-
apresenta como um mercado a ex-
Ele deve se preparar internamen-
preendedor deve escolher a esfera
plorar, se constituindo em um bom
te, calcular os riscos, ter preço de
governamental (federal, estadual ou
negócio. Quando o empresário toma a decisão de fornecer para o setor público, o primeiro passo
mercadoria, ficar devidamente ha-
municipal) a qual deseja oferecer
bilitado e atender às exigências da
seus serviços ou bens. Essa decisão
administração pública.
implica em conhecimentos diferen-
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Revista Conexão
ciados sobre legislação específica e adequação empresarial. Gerson Vieira, da ERRE & GE – Casa e Construção, instalada no bairro de Sussuarana, está entre os empresários que se preparam para prospectar o universo da administração pública. Ele designou um funcionário qualificado para atender exclusivamente à área de compras governamentais. Vieira conhecia bem o ramo, há sete anos, e desde que criou a empresa participou de inúmeras licitações, mas optou em preparar um colaborador que tivesse tudo organizado para participação da empresa em pregões eletrônicos ou presenciais. Hoje, a empresa sempre fornece material hidráulico e elétrico para manutenção de diversas secretarias do governo baiano. Neste setor, ele movimenta ao ano cerca de R$ 1 milhão. Neste segundo semestre, o objetivo é ampliar seus contratos de licitação com foco no governo federal e prefeituras da Região Metropolitana de Salvador (RMS). “Licitação pública é bom negócio, mas existem editais e regras do contrato que devem ser cumpridos, com prazo de fornecimento. O empresário deve ter uma sólida base jurídico-financeira e capital para investir. Também deve se informar melhor sobre o assunto e fazer cursos de capacitação, como aqueles ministrados pelo Sebrae, para receber as orientações e não ter prejuízos”, alerta Vieira.
meter ao processo de cadastramento para participar da licitação, já que a instituição tem operado pelo pregão eletrônico. Para fornecer ao Governo do Estado, ele deve fazer a inscrição no Sistema de Cadastramento Unificado de Fornecedores (SICAF) pela internet (www.sicaf.com.br) ou então dirigir-se a um dos postos do Serviço de Atendimento ao Fornecedor (SAF), localizado na Secretaria da Administração do Estado da Bahia (SAEB) ou nos postos do Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC). De acordo com o Decreto nº 1094, os órgãos públicos só podem comprar ou contratar a prestação de serviços para o governo os fornecedores que estiverem em situação regular no SICAF, ou que apresentarem os documentos necessários à habilitação. Isso facilita bastante a participação dele num processo licitatório, pois estará cadastrado perante qualquer órgão/entidade, em todo território Nacional, independentemente do local onde tenha ocorrido o cadastramento. Uma vez cadastrada, a empresa deve selecionar o edital que lhe interessa, de acordo com as características de seu negócio, seja fornecimento de obras, serviços, com-
pras e alienações. É importante a leitura cuidadosa do edital. Nele, estão as exigências e a relação de toda a documentação necessária. Para obter informação sobre aberturas das licitações, é interessante consultar os avisos dos resumos dos editais de licitação que são publicados no Diário Oficial do poder público o qual deseja concorrer. É importante também manter-se informado nos portais de comprasnet de cada instância de governo, assim como buscar subsídios na Lei Complementar nº 123/2006, a qual favorece o pequeno negócio nas compras públicas. O processo licitatório é um instrumento legal dos governos para realizar compras públicas, no sentido de cristalizar a transparência e ética.
Portais onde você encontra agenda de licitações públicas • • •
Portal da União: www.comprasnet.gov.br Portais do Governo do Estado: www.comprasnet.ba.gov.br Portal do Município: www.cidadecompras.com.br
Como participar de licitação pública O empreendedor que deseja concorrer a uma licitação pública no Governo Federal deve ir presencialmente ao Banco do Brasil e se sub-
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Passo a passo para concorrer à licitação pública 1.
Fazer planejamento interno da empresa – regularizar documentação, quadro de pessoal, instalações, cumprimento de Legislação Trabalhista e Ambiental.
2.
Escolher a instância governamental: •
Governo Federal – cadastramento no Banco do Brasil.
•
Governo Estadual – Cadastramento no Sistema de Cadastramento Unificado de Fornecedores
3.
Consultar editais nos jornais de circulação, portais comprasnet, diários oficiais.
4.
Escolher e concorrer à licitação pública
Cartilhas do Sebrae sobre compras públicas Cartilha do Comprador – Os novos paradigmas da Administração Pública. Destinada a pregoeiros, membros de comissão de licitação e servidores públicos
Cartilha do Fornecedor – O caminho para ter sucesso na contratação pública. Feita para empresários que desejam vender para o governo e participar de licitações.
Compras Públicas – Fornecendo para o Estado da Bahia. Direcionada a quem deseja vender para o Governo da Bahia e participar de Licitações: Certificado de Registro Cadastral (CRC), Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), credenciamento, principais leis.
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REVISTA CONExãO
Agricultura Familiar/Produtores – Um bom negócio para o desenvolvimento local. Edição para agricultores familiares que desejam vender sua produção para o setor público, e participar do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) e Programa de Aquisição de Alimentos (PAA).
Agricultura Familiar/gestores Públicos – Um bom negócio para o desenvolvimento local. Destinada a gestores públicos, que tem o objetivo de utilizar programas que visam o desenvolvimento local sustentável, como o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) e o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA).
O empreendedor interessado em ficar mais bem informado sobre compras públicas pode acessar as cartilhas produzidas pelo Sebrae no link www. issuu.com/sebraebahia.
Foto: Divulgação
Agronegócio
Da fabricação artesanal até a produção para venda em outras cidades, a empresa, comandada por Sônia Maroso, é referência local. Mussarela, minas frescal, ricota, coalho e creme de leite fresco estão entre os produtos fabricados pelo Laticínio Nobreza. Iogurte é a grande novidade deste ano
Leite nobre A indústria familiar, fundada em 2006, aumentou a fabricação e passou a demandar leite dos pequenos produtores locais Em 1998, no município Wanderley, a cerca de 130 km de Barreiras, tem início a história do Laticínio Nobreza, uma pequena indústria familiar que nasceu em uma fazenda, produtora de queijos tipo frescal a partir do leite extraído da sua propriedade rural. Os produtos de fabricação artesanal conquistavam espaço no mercado local através das feiras livres,
tendo o sabor e a qualidade como marcas registradas. A informalidade chegou ao fim em 2006, quando a empresária Sônia Elisa Maroso Andrade decidiu construir uma estrutura em Wanderley, com base nas normas do Regulamento da Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal (Riispoa), estabelecido pelo Ministério da
Agricultura. Com a nova indústria, a empresa passou a adquirir leite dos pequenos produtores da região, dinamizando a economia local. Sempre interessada em trabalhar com projetos, a empresária iniciou a relação do Laticínio Nobreza com o Sebrae em 2009. “A partir desse primeiro contato, passei a ser acompanhada pela instituição, por meio
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de atendimentos do Programa de Alimentos Seguros (PAS), em 2012”, relembra. Com o PAS, a empresa investiu mais em controle e qualidade. “Ficou mais seguro produzir, pois nós passamos a ter um checklist do início ao fim de nossa fabricação, desde a chegada da matéria-prima na plataforma até a saída”, conta. Em 2013, a empresa começou a ser acompanhada pelo Programa Agentes Locais de Inovação (ALI), que estimula a capacitação e a inovação nos pequenos negócios. Desde então, a empresária passou a participar de palestras, cursos e consultorias, com o objetivo maior de reduzir desperdícios na produção, com temas ligados às Boas Práticas de Fabricação, Estocagem Correta de Produtos e Técnicas de Vendas e Gerenciamento Adequado de Resíduos e Emissões Atmosféricas. Hoje, com rótulos padronizados de produtos lácteos, Sônia distribui manteiga com sal, queijos mussarela, minas frescal, ricota e coalho, creme de leite fresco e bebida láctea nos mercados de Barreiras e Luís Eduardo Magalhães (LEM). “Diariamente são produzidos 500 quilos de queijo mussarela, nosso principal item, e 150 quilos de manteiga. Já os queijos minas frescal e coalho são feitos por encomenda, e são distribuídos cerca de 300 quilos por semana”, contabiliza. O período de seca atípico, continuado no mês de abril deste ano, quando normalmente chove na região, estimulou a maturação do negócio, levando ao lançamento dos iogurtes de morango e ameixa no início de maio deste ano. “A empresária reuniu, além de mediadores
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do Sebrae, instituições ligadas ao leite, governo e produtores, e uniu forças para superar a crise”, relembra a agente local de inovação do Sebrae, Tatiane Salmeiro. “Existe uma dificuldade do leite in natura em Barreiras, mas o iogurte pode ser feito com leite em pó, com o mesmo sabor e qualidade e sem encarecer o produto final”, afirma Sônia. Com a superação, já existe uma demanda para o iogurte nos municípios de Riachão das Neves, São Desidério, Cristópolis, Baianópolis, Angical, Barreiras e LEM, o que contribui para o otimismo de Sônia. “A nossa meta é montar parcerias com entregadores de frios para vender esses produtos em todo o estado”, planeja a empresária, que pretende passar a produzir 1,5 mil litros do produto diariamente, contra os atuais 700 litros diários. Sônia acredita que o crescimento do seu empreendimento, iniciado como uma Microempresa (ME) e hoje enquadrado como Empresa de Pequeno Porte (EPP), começou graças ao seu esforço e persistência, aliados ao apoio do Sebrae. “Aprendi que eu tinha todas as ferramentas, só não estava utilizando da maneira correta, e o Sebrae me ensinou a trabalhar obtendo os resultados desejados.” Desde o primeiro contato com a instituição, a lista de capacitações só aumenta: Empretec, Sebrae Mais (Gestão Financeira) e Sebraetec (Consultoria para o Programa de Alimentos Seguros), Curso Boas Práticas de Fabricação e de Gestão de Empresas de Alimentos e Bebidas, além das participações em Rodadas de Negócios da região e Missões Empresariais.
Para o gerente regional do Sebrae em Barreiras, Emerson Cardoso, a história do Laticínio Nobreza é pautada em planejamento e obstinação da empreendedora. “Disponibilizamos ferramentas tecnológicas e de gestão para facilitar a tomada de decisão e potencializar os resultados. Continuaremos apoiando o crescimento dessa empresa e facilitando seu acesso ao mercado”, concluiu.
Programa de Alimentos Seguros O PAS é um programa desenvolvido por entidades do Sistema “S”, visando reduzir os riscos à saúde da população causados por alimentos contaminados. A iniciativa utiliza ferramentas de controle em segurança de alimentos, como as Boas Práticas e o Sistema de Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle (APPCC), nas empresas integrantes da cadeia dos alimentos, em todo o país. Na Bahia, o programa, desenvolvido pelo Sebrae em parceria com o Senai e o Senac, atende aos pequenos negócios nas modalidades: Mel, Leite, Indústria, Distribuição, Mesa e Empreendedor Individual. O serviço de consultoria passo a passo faz o diagnóstico das condições de produção dos alimentos, seguido por um plano de ação, destacando todas aquelas que não estão em conformidade. A partir de então, é feita uma proposta de ações corretivas e, por fim, a elaboração e implantação do Manual de Boas Práticas, com base nas melhorias feitas nas empresas.
Foto: João Alvarez
Inovação e Tecnologia
José Willian está à frente da empresa Panille que, ao participar do Sebraetec, se reposiciona no mercado
Pão com inovação Um ano depois de participar do programa do Sebrae, empresa está alavancando seu faturamento A história da Panille Delicatessen começa em 2005, quando o restaurante da família, em funcionamento desde 1997, assume a estrutura de panificadora, com o nome Pão de Mel. Desde aquele período, Joelma Pereira e José William Júnior, madrasta e enteado, superavam os desafios para manter o pequeno negócio em funcionamento, no Largo Dois de Julho, em Salvador.
Foi então que, em maio de 2013, a Agente Local de Inovação (ALI), Fabiana Dias, prospectou o negócio e constatou a disposição do empresário José William Júnior em aderir às orientações do “Radar da Inovação”, o diagnóstico primário do negócio, que mensura o grau de inovação da empresa. Através das soluções e consultorias especializadas do Programa Sebraetec, foram propostas
soluções em inovação e tecnologia para alavancar o nível de crescimento e de faturamento da empresa. A primeira delas foi a criação da marca Panille Delicatessen, elaborada pela empresa Marka Brand Design, traduzindo o conceito que o empresário quis dar ao negócio: Pan, adaptado do francês pain, é pão; Famille, da mesma língua, equivale à família, por se tratar de
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à noite, em espaço com cinco mesas. Hoje, já servimos o almoço, no total de 20 mesas, que, por sinal, já nem dão conta de tanta gente”. O incremento no cardápio já responde por 30% do faturamento. O aumento no mix de produtos fortaleceu ainda mais o serviço de delivery e buffet externo e a oferta através do website, dando ao cliente a oportunidade de enviar o orçamento e negociar com a empresa. “O Sebrae foi uma peça fundamental para o crescimento, no sentido de conquistar este formato diferente”, conta Júnior, sobre o resultado da primeira experiência de qualificação junto à entidade. Atualmente, a Panille Delicatessen trabalha para comercializar em outros estabelecimentos a sua linha própria de pães integrais multigrãos. Para isso, conta com o atendimento das áreas de Alimentos e Bebidas e Gráfica do Senai Bahia, que, integrando suas competências e profissionais, e mais o apoio do Sebraetec,
Foto: Divulgação
uma empresa familiar. “A criação gerou um registro de marca, reinvestimento em toda sinalização da loja, mudança no fardamento, plano de marketing, entre outras. Eles estão trabalhando para implantar as mudanças”, enumera a ALI Fabiana, que acompanhou todo processo de reestruturação. A nova marca está em processo de registro no Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI), ação também subsidiada pelo Sebraetec. Já a parte de marketing e redes sociais da Panille ficou à cargo da Maqhin Soluções Tecnológicas. Neste momento, eles estão ampliando o espaço físico, criando um escritório confortável e uma moderna vitrine dos pães, doces e salgados à disposição dos seus clientes. As parcerias com grandes representantes do ramo de alimentos e bebidas e o aumento no mix de produtos integram o rol de modificações da Panille, como explica Júnior. “Só oferecíamos o café da manhã e a sopa
Panille se prepara para comercializar a sua linha própria de pães integrais multigrãos em outros estabelecimentos
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disponibilizam a empresa uma solução completa para desenvolvimento dos descritivos de rotulagem e do design de embalagem da linha de pães especiais.
Como funciona o Sebraetec Em 2010, primeiro ano de funcionamento, o programa atendeu 250 pequenos negócios baianos. No ano seguinte, foram 1.466, enquanto que, em 2012 e 2013, os atendimentos registrados chegaram a 2.945 e 3.267, respectivamente. O Programa Sebraetec busca aumentar a capacidade competitiva das Micro e Pequenas Empresas (MPE) através do estímulo à transferência de tecnologia. Após um primeiro contato do empresário com um especialista do Sebrae, o mesmo identifica as demandas do negócio e, a partir de então, indica os serviços tecnológicos dentro das áreas de Design, Produtividade, Propriedade Intelectual, Qualidade, Sustentabilidade, Tecnologia da Informação e Comunicação. Consultores habilitados em cada uma delas irão auxiliar na promoção de mudanças, com subsídio de 80% do Sebrae, ficando os 20% do investimento por conta da empresa beneficiada. Interessados em participar do Sebraetec devem ligar para a Central de Relacionamento do Sebrae no 0800 570 0800.
Fotos: João Alvarez
Indústria
Mostrar para o cliente que a manutenção preventiva traz mais retorno financeiro foi o desafio do empresário Ricardo Barros, sócio-proprietário da Eurolift
Manutenção preventiva é ponto forte da Eurolift Com 10 anos de experiência, empresa exibe entre seus clientes grandes marcas nacionais Sebrae Bahia
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Ao registrar aumento de demanda de clientes, empresa buscou apoio do Sebrae no sentido de conseguir novas ferramentas para trabalhar
Buscar a oportunidade certa e ter iniciativa são algumas das posturas de quem quer ter sucesso ao empreender. E foi com esse espírito que nasceu a Eurolift. Com menos de 10 anos de existência, a empresa já se coloca entre as principais do estado da Bahia, no segmento de manutenção, locação e vendas de peças e acessórios de equipamentos de movimentação. O motivo desse sucesso? Vender o conceito de manutenção preventiva. O fato de ser uma empresa pequena, com quadro de 16 funcionários, e estar diante de uma grande demanda de mercado, fez da prevenção o conceito ideal para ampliar a capacidade de atendimento. “A manutenção preventiva permite organizar a agenda de visitas ao
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cliente, prestar serviço de qualidade, permitir ao cliente maior disponibilidade de equipamentos, além de identificar, antecipadamente, os problemas e direcionar o técnico específico no momento em que ele é realmente necessário”, explica Ricardo Barros, sócio-proprietário e diretor da empresa. A história de Ricardo começa como tantas outras: a experiência adquirida pelos anos de trabalho em uma empresa possibilitaram a abertura do negócio próprio. Ele prestou serviço para a Still, referência mundial em fornecimento de empilhadeiras, transpaleteiras e rebocadores. Lá, Ricardo atuou como responsável pelo setor de vendas em todo o Estado de São Paulo e pelo departamento de locação para todo o Brasil durante
quatro anos. No início dos anos 2000, ainda pela Still, Ricardo estreitou os laços com a Bahia, ao participar do processo de instalação da Ford. Foi nesse momento que o tino empresarial falou mais alto e ele vislumbrou a possibilidade de bons negócios, diante da carência do mercado baiano no setor de prestação de serviços de manutenção. Com o passar dos anos, a ideia foi amadurecida e, em 2006, consolidada com a criação da Eurolift, em Camaçari, primeiramente, como assistência técnica autorizada da Still. “No início, compramos o galpão em Camaçari, com o intuito de reformá-lo depois, mas hoje percebemos que o espaço se tornou pequeno. Agora buscamos um novo terreno para fazer a construção de um gal-
pão maior e mais apropriado para o volume de serviços que temos”, afirma Ricardo Barros. Ricardo já havia identificado a dificuldade maior que enfrentaria para consolidar a ideia. Teria que mudar o padrão de pensamento dos seus clientes, que enxergavam a área de manutenção preventiva como um mau investimento. Segundo o proprietário da Eurolift, a maioria dos empresários não quer gastar dinheiro com manutenção, mas acaba gastando ainda mais quando o equipamento quebra, por apresentar o problema já instalado. Apesar disso, a empresa já possui 20 clientes que são atendidos dentro do conceito de prevenção, além das 450 a 500 máquinas que integram o portfólio de atendimento permanente da empresa. Os frutos do trabalho logo vieram e o crescimento da empresa surpreendeu as expectativas. Entre 2010 e 2011, a empresa registrou o seu maior pico, marcando o início do trabalho com locação de equipamentos, o que resultou no aumento de 51%
do faturamento. Foi então o momento de começar a pensar numa reestruturação para lidar com os problemas diários. “A gente vai crescendo e tem que saber de tudo um pouco, até chegar o momento em que é preciso organizar, nem que seja para saber se o que está entrando em um bolso está saindo do outro”, explica. Ricardo procurou o Sebrae que, segundo ele, é a tábua de salvação e apoio, para poder ter essas noções. Há dois anos, passou a integrar a RedePetro, Projeto de Adensamento da Cadeia Produtiva de Petróleo, Gás e Energia, fruto do convênio Petrobras-Sebrae. Para a Eurolift, Ricardo conta que a parceria foi fundamental, pois profissionalizou a empresa e trouxe melhores ferramentas para trabalhar. Nessa etapa do Convênio 2012-2014, a RedePetro objetiva, justamente, inserir as micro e pequenas empresas baianas que fornecem equipamentos ou serviços para as empresas âncoras do setor. De acordo com a gerente da Unidade de Indústria do Sebrae, Elane Fróes, esse projeto permite melhorar a compe-
titividade da empresa, por deixá-la mais preparada para o mercado. A parceria com o Sebrae permitiu colocar em prática as experiências vividas por Ricardo, assim como ajudou, significativamente, no controle e na organização das atividades. Após a participação em diversos eventos da RedePetro, Café com Energia, workshop de Acesso a Crédito, curso de Gestão Financeira e Rodadas de Negócios, o proprietário da Eurolift conta que são muitos os resultados. “Passamos a efetuar registros de maneira a permitir os levantamentos necessários para a tomada de decisões. Conseguimos ter uma melhor visão da empresa e o Sebrae dá um apoio constante para isso”, explica. Atualmente, a empresa atende clientes em todo o Estado da Bahia, desde a Região Metropolitana de Salvador a municípios como Vitória da Conquista, a quase 500 quilômetros de Camaçari. A extensa cartela de clientes conta com empresas de grande porte, como a Le Biscuit, Makro, Casas Bahia, MDias Branco, Pão de Açúcar, Disalli, Voith, entre outras.
Soluções para micro e pequenas empresas industriais O Sebrae apresenta soluções para áreas do setor industrial. Por meio de cursos, palestras, consultorias, rodadas de negócios, entre outros recursos, busca-se qualificar as Micro e Pequenas Empresas (MPE) industriais com foco em áreas temáticas, como Educação e Gestão, Acesso ao Mercado, Acesso ao Crédito e Inovação e Tecnologia. Devido a maior demanda, para os setores de petróleo e gás e construção civil, foram criados proje-
tos específicos, que é o Adensamento da Cadeia Produtiva de Petróleo, Gás e Energia no Estado da Bahia; e o Sebrae 2014/BA – Construção Civil. Além destes, o Sebrae conta com mais sete projetos, que atendem a áreas do setor industrial em todo o estado. Para participar de um deles, basta procurar uma das dez unidades regionais do Sebrae, presentes na Bahia, ou buscar o atendimento individualizado. Este ano, a meta é concretizar o
atendimento de mais de 1,8 mil MPE industriais. Os segmentos industriais atendidos pelo Sebrae são: Construção Civil; Petróleo, Gás e Energia; Têxtil e confecção; Panificação; Gráficas; Derivados do cacau; Cerâmica; Mineração; Madeira e móveis; Cimento; Químico/petroquímico; Plástico; Metal mecânico; Alimentos e bebidas; Reparação automotiva; Cosméticos e Saneantes; Couro e calçados; Papel e celulose; e Agroindústria.
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Fotos: João Alvarez
EDUCAÇÃO EMPREENDEDORA
Irmãos, João Gilberto e Maria José, abriram o Platô Bar e Restaurante em 2008 e hoje empregam dez funcionários
Qualificação é a alma do negócio Micro e pequenas empresas baianas empregam 52,6% da mão de obra formal. Mudanças no Supersimples e a ampliação do mercado consumidor, com a nova classe média, são os principais fatores para o bom desempenho dos pequenos negócios 18
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Para enfrentar a crise econômica mundial e favorecer o desempenho da economia brasileira, as micro e pequenas empresas têm um papel fundamental. Os esforços feitos pelo governo para amenizar os impactos da crise são traduzidos num incremento de 2,3% do Produto Interno Bruto (PIB). Neste cenário, a Bahia teve uma performance invejável de 3% em 2013, graças aos indicadores da indústria, que cresceu 4,2%, acompanhada pela indústria de transformação (5,8%) e dos serviços (2,5%), de acordo com dados da Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI). Em um universo de 8,3 milhões de empreendimentos optantes do Supersimples, a região Nordeste é
responsável por abocanhar 15% desse montante, sendo que na Bahia já são mais de 545,2 mil empresas cadastradas no Simples Nacional. Mais da metade dessas empresas estão no comércio (59,3%), seguida por serviços (28,1%), indústria (8,1%) e construção civil (4,6%). No país, os pequenos negócios representam 25% do PIB. As micro e pequenas empresas baianas empregam 52,6% da mão de obra formal, além de responderem por 40,7% da massa salarial. O crescimento do número de novas empresas, associado à melhora na competitividade, tende a gerar impactos expressivos na economia, em termos de maior oferta de empregos, melhores salários, ampliação da massa salarial, melhor dis-
tribuição de renda, aumento do bem-estar social, além do crescimento da taxa de sobrevivência. De acordo com a Receita Federal, a taxa de sobrevivência na Bahia é de 70%. Para a coordenadora da Unidade Regional Metropolitana do Sebrae na Bahia, Madalena Seixas, a melhoria do ambiente de negócios, com as mudanças no Supersimples, e a ampliação do mercado consumidor com a nova classe média, são os principais fatores para o bom desempenho dos pequenos negócios. “O projeto de lei sancionado reduz e unifica o recolhimento de impostos. São pagos oito tributos em um único boleto. Com a medida, mais de 140 novas atividades podem optar pelo sistema de tributação do Simples Nacional.”
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Os irmãos, Maria José e João Gilberto, proprietários do Platô Bar e Restaurante, no Jardim Apipema, são um exemplo dessa virada de mesa. Desde pequenos, acompanhavam a avó na cozinha, e aquela rotina no interior de Porto Seguro deixou um rastro de tradição, talento e sucesso. Eles decidiram empreender ao perceberem que um ponto próximo de casa estava sendo passado. “No início, era eu, meu irmão, um ajudante e apenas um garçom. Mas o ambiente agradável e tranquilo, aliado ao tempero, foi suficiente para colocar o estabelecimento no roteiro gastronômico. Nesses seis anos, evoluímos, e hoje contamos com dez funcionários. Além dos petiscos, incrementamos nosso cardápio com
pratos mais refinados, a exemplo do Camarão do Chef, Polvo Grelhado, Paella”, conta a proprietária Maria José. “A relação com o Sebrae foi essencial para aplicarmos na prática o que aprendemos com as consultorias recebidas. Diminuímos nosso desperdício, repensamos o armazenamento e condicionamento dos alimentos, e isso teve reflexo direto nos nossos custos. O apoio da instituição só fortaleceu a nossa gestão financeira e o resultado foi um incremento de 100% no nosso faturamento e no fluxo de pessoas. Estamos pensando em trabalhar com delivery de alimentos saudáveis e o Sebrae será um grande parceiro nessa empreitada”, afirma.
Como o Sebrae atende os pequenos empreendimentos? Com o apoio e a orientação do Sebrae, as micro e pequenas empresas têm chances de fazer muito mais negócios. A instituição realiza dois tipos de atendimento: individual e coletivo. O primeiro é feito de forma espontânea e programada, presencial ou a distância. Já o segundo, é realizado através de aglomerações empresariais em forma de Arranjos Produtivos Locais (APL), Projetos Coletivos, Centrais de Negócios, Cooperativas e Associações de Produtores urbanos e rurais.
Atuação por setor Comércio e Serviços
Indústria
Consultoria e capacitação empresarial em marketing, atendimento aos clientes, técnicas de venda, formação de preços, controles financeiros, gestão de estoques e gestão de pessoas são alguns exemplos de como o Sebrae apoia o desenvolvimento do setor do comércio varejista, que conta com mais de 1,3 milhão de micro e pequenas empresas ativas. O acesso ao comércio eletrônico, o uso de meios eletrônicos de pagamento, a automação de operações e controles e a sustentabilidade como diferencial de mercado são os novos desafios a serem enfrentados para a competitividade dos negócios.
Para aumentar a competitividade das micros e pequenas empresas industriais e fortalecer as cadeias produtivas brasileiras, o Sebrae utiliza diversos instrumentos, como difusão de informações, capacitação e promoção do acesso a tecnologias, à inovação e ao mercado. Entre as formas de atuação, destacam-se o apoio a núcleos setoriais, o desenvolvimento de Arranjos Produtivos Locais e o encadeamento produtivo entre grandes e pequenas empresas.
Agronegócio Em um setor que movimenta 28% do PIB brasileiro, o Sebrae dá apoio a produtores rurais, a associações, a cooperativas e a agroindústrias de pequeno porte, por meio de orientação, difusão de informações e tecnologias, capacitação e consultoria nas áreas de gestão e produção, além de acesso ao mercado e aos serviços financeiros, com foco na competitividade, na sustentabilidade e no desenvolvimento do empreendimento rural.
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Economia Criativa A economia do intangível, do simbólico, que hoje gera cerca de US$ 8 trilhões por ano no mundo, representando de 8% a 10% do PIB mundial. Segundo a Firjan, estima-se que a Economia Criativa tenha sido de 2,5% do PIB brasileiro no ano de 2010. Neste contexto, o setor, que reúne segmentos como artesanato, design, moda, indústria audiovisual, arquitetura, patrimônio cultural (museus, gastronomia), artes e espetáculos (música, dança, teatro, circo), entre outros, tem na Bahia e em Salvador um grande potencial para seu desenvolvimento.
O Sebrae conta com uma rede de quase 700 pontos de atendimento presencial em todo o país, sendo 31 só na Bahia e mais cinco mil colaboradores, sendo 300 no estado, trabalhando para transmitir conhecimento a quem tem ou deseja abrir um negócio. Além disso, realiza atendimentos através de parcerias com entidades empresariais e o poder público local. Em aderência aos programas nacionais, são realizados atendimentos de forma pró-ativa, sistematizada, presencial e, de acordo com o porte da empresa, através dos seguintes Programas: Negócio a Negócio, Agente Local de Inovação, Sebrae Mais, Prêmio MPE e Prêmio Mulher de Negócio. A estratégia de atuação se resume na segmentação do atendimento por público-alvo, por setor econômico e área temática. Candidato a empresário, microempreendedor individual, microempresa, empresa de pequeno porte e o produtor rural são os públicos do Sebrae. Os setores atendidos são o Agronegócio, a Indústria, Comércio e Serviços e Economia Criativa. Já a área temática inclui Educação e Gestão, Acesso a Inovação e Tecnologia, Mercado e Acesso a Crédito e Serviços Financeiros e Políticas Públicas e Ambiente de Negócios. De acordo com o gestor do projeto Comércio do Sebrae Bahia, Fabrício Barreto, além das ações de consultoria e capacitação empresarial em marketing, atendimento aos clientes, técnicas de venda, formação de preços, controles financeiros, gestão de estoques e pessoas, a instituição vem priorizando as soluções de inovação e tecnologia. “Apoia-
mos o desenvolvimento do setor do comércio varejista, que conta com mais de 1,3 milhão de micro e pequenas empresas ativas.
Para saber mais sobre os projetos do Sebrae ou agendar atendimento na instituição, o interessado pode entrar em contato com a Central de Relacionamento (0800 570 0800) ou visitar o site www.ba.sebrae.com.br.
Empreender por oportunidade As duas últimas pesquisas do Global Entrepreneurship Monitor (GEM) têm demonstrado que nos últimos dez anos houve uma reversão na tendência de empreendedores por necessidade e por oportunidade, onde esses últimos têm sido mais representativos. Isso ocorre, principalmente, em micro e pequenos negócios de maior conteúdo organizacional e de conhecimento, especialmente nas áreas de microfranquias, tecnologias da comunicação e informação, onde esses empreendedores possuem um maior nível de escolaridade, portanto investigam mais e se planejam antes de iniciar o primeiro negócio. Outro fator que tem facilitado a criação de pequenos negócios, também, é a implementação da Lei Complementar nº 123 (a Lei Geral da Micro e Pequena Empresa), especialmente com o surgimento da figura do Microempreendedor Individual, da criação
do Empresa Individual de Responsabilidade Limitada e, recentemente, com a ampliação dos benefícios do Supersimples. Esses fatores traduzem uma ambiência legal em favorecimento dos pequenos negócios. De acordo com a gerente da Unidade de Gestão Estratégica do Sebrae Bahia, Isabel Ribeiro, desde a criação do Estatuto da Micro e Pequena Empresa, no final da década de 70, a instituição do Simples no final da década de 90, a criação da Lei Complementar nº 123/06, e a atual ampliação do Super Simples, várias iniciativas têm sido desenvolvidas para melhorar o ambiente para os pequenos negócios.
Pequenas mudanças fazem a diferença À frente do Centro Ginecológico de Salvador (Cengisa), a médica e professora universitária, Margarida Matos, decidiu que contaria com o Sebrae quando o negócio completou 25 anos de existência. “Este ano, de tanto ver notícias de empresas que melhoraram com o apoio da instituição, decidi consultar, porque sei que, às vezes, são pequenas mudanças que podem fazer a diferença.” Ao todo, foram três consultorias, pelo projeto de Serviços: Planejamento, Marketing e Financeiro; e mais duas pelo Sebraetec (criação de marca e aplicação de identidade visual). Todas as consultorias foram realizadas por especialistas em cada segmento de atuação. “As orientações dos consultores foram precisas em detalhes que eu não tinha percebido antes. E isso enriqueceu ainda mais o empreendimento. Estou muito satisfeita com
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os resultados que estão aparecendo, sobretudo com a nova marca”, pontua Margarida. Ela já estava ampliando a clínica quando iniciou a consultoria de Planejamento, que focou na melhoria da relação com o cliente e na praticidade para o mesmo. O consultor em finanças conduziu os trabalhos com a intenção de controlar os impactos decorrentes dos investimentos que estão sendo feitos no empreendimento, além de manter a boa gestão
“As orientações dos consultores foram precisas, em detalhes que eu não tinha percebido antes” que já existe e garantir a perspectiva de ganho em receita. Em fase de finalização, a criação de marca e aplicação de identidade visual deu ao consultor o desafio de unir os dois públicos das áreas de
ginecologia e de medicina ortomolecular na mesma clínica. A antiga marca ultrapassada, com cores chamativas, deu lugar a uma identidade visual que remete à dedicação de Margarida, em um atendimento humanizado, somada ao elevado nível de conhecimento técnico. Uma flor de lótus e um símbolo de molécula química, com desenho técnico e linhas retas, ficam em equilíbrio com as cores salmão e azul-esverdeado, e mais o nome Cengisa.
Diretora do Centro Ginecológico de Salvador (Cengisa), a médica e professora universitária, Margarida Matos, participou de três consultorias pelo Projeto de Serviços e mais duas pelo Sebraetec
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Foto: Thinkstock
Quero abrir uma empresa 1. Defina qual é o negócio – Busque informações no mercado e identifique que oportunidades são viáveis. A escolha da área onde se quer atuar precisa combinar com suas características pessoais e as tarefas que desenvolve com mais habilidade. 2. Gostar do que faz – Ninguém vai para frente sem paixão pela atividade que exerce. Pesquise o mercado antes de começar, conheça bem o ramo em que pretende investir. Estude a concorrência, leia artigos de especialistas, faça cursos, vá a eventos e feiras. 3. Saber se é viável – No ponto de atendimento do Sebrae, você será atendido por um especialista e orientado com relação a decisões fundamentais para o sucesso de seu empreendimento. Com as informações levantadas, serão realizadas simulações que ajudarão a analisar a viabilidade do negócio.
4. Ter um plano de negócios – Conte com o Sebrae para traçar seu plano de negócios para os primeiros 12 meses de operação. Não se esqueça de três pontos importantes: autoavaliação, a razão de existir do negócio e a viabilidade econômicofinanceira. Para se abrir um negócio, também é necessário fazer um cuidadoso planejamento, levando em consideração diversos fatores. 5. Levantar o investimento inicial – Saiba quanto irá gastar na abertura e quais serão os custos fixos mensais. Ao calcular o tamanho do investimento inicial, considere o capital de risco e as despesas pessoais. 6. Encontrar o lugar – O bom lugar para sua empresa ficar é onde seu cliente está. Entretanto, outras análises devem ser feitas, a depender do negócio que se pretende abrir.
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JÁ CAPACITAMOS MAIS DE 200 MIL EMPREENDEDORES. OU, PARA VOCÊ, CONCORRENTES. O Empretec é uma capacitação desenvolvida por instituições ligadas à ONU - Organizações das Nações Unidas, que possibilita melhoria no desempenho empresarial para profissionais de cerca de 30 países. No Brasil, o Empretec é realizado exclusivamente pelo Sebrae, com ótimos resultados: contribui no preparo de metas e projetos dos negócios de 98% dos participantes e ajuda aumentar a renda das empresas em mais de 50%. ASSINATURA SEBRAE_ATUALIZADA.pdf
1
08/08/14
13:50
Uma grande oportunidade para aumentar as suas chances de sucesso.
Fotos: João Alvarez
Mercado
Com consultoria do Sebrae, a empresária, Débora Peixoto, contrata crédito para reformar a cozinha do estabelecimento e se preparar para o verão 2015
Saúde financeira Diagnosticar a situação financeira, saber a capacidade de pagamento, calcular os riscos, ter visão de futuro e um plano de negócios são fundamentais para descobrir se o crédito é necessário para sua empresa ou pode ser uma armadilha A empresária Débora Peixoto, dona da
estabelecimento, que mantém há dez
contabilidade, ela pesquisou várias
Pousada Solumar, localizada no bair-
anos, e investir em capital de giro. Na
instituições financiadoras e preferiu
ro de Amaralina, em Salvador, há seis
administração do negócio, Débora
a Caixa Econômica Federal (CEF), por
meses decidiu recorrer a um emprésti-
tem o hábito de planejar suas ações.
se adequar melhor ao perfil de sua
mo para equilibrar as finanças do seu
Acompanhada de uma técnica de
empresa.
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De lá para cá, conseguiu estabilizar a vida financeira da pousada e, animada com o êxito de sua iniciativa, a empresária não pretende parar por aí: já faz novos planos e prepara seu negócio para o verão. “Meu foco está na alimentação e pretendo investir nisso”, disse ela, que deseja expandir a empresa, começando pela reforma na cozinha. Do Sebrae, a empreendedora recebeu consultoria financeira para elaboração do plano de ação. “A gente tem ideia do que quer, mas não sabe de que forma deve fazer. O Sebrae tirou minhas dúvidas e me deixou segura”, sintetiza. Para Adriana Pereira, analista de Acesso a Mercado e Serviços Financeiros do Sebrae, a empresária trabalhou a ideia de financiamento de uma forma consciente, pesquisando e agindo de acordo com sua
Crédinegócio oferece orientação para empresários
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realidade de negócio e capacidade financeira. “Ela investiu em capital de giro e agora está no momento de expandir”, constata.
Confiança Crédito no latim corresponde à palavra “creditum”, que significa confiança. Em finanças, o termo se traduz em pessoas e empresas confiáveis, ou seja, que demonstram capacidade e intenção de pagamento. As instituições financeiras são fontes de financiamento e têm como uma das funções impulsionar a circulação de riqueza no país, oferecendo modalidades e linhas de crédito para investimento diário (capital de giro) ou expansão do negócio. Um porto seguro para recorrer quando o assunto é investimento,
crescimento, competitividade, geração de empregos e inovação. Mas, antes de executar a operação, o empresário deve percorrer alguns caminhos, agindo de forma consciente e, principalmente, buscar informação, para evitar futuros dissabores à vida financeira do empreendimento. As regras do sistema financeiro nacional são claras e devem ser cumpridas à risca. Logo ao assinar o contrato de empréstimo, o empresário se compromete a devolver o recurso recebido, no prazo estipulado, acrescido de juros e impostos, mediante garantias compactuadas. Então, quais são os procedimentos? Segundo Adriana Pereira, consultar o Plano de Negócio é uma atitude prévia e ideal. Ferramenta essencial do empreendedor a ser elaborado na abertura do negócio,
o plano reúne informações amplas e valiosas relacionadas às finanças, lucratividade e rentabilidade da empresa. “Ao consultar o Plano de Negócios, o empreendedor fará a análise do empreendimento, terá uma visão de futuro do seu negócio, diagnosticando a situação financeira de uma forma consciente e organizada, onde poderá avaliar as necessidades de crédito, saber a capacidade de pagamento e calcular os riscos”, afirma Adriana, salientando que o perfil do empreendedor organizado e planejado é fundamental para o desenvolvimento do negócio e de uma gestão financeira consistente. O próximo passo é elaborar um plano de ação exclusivo para adquirir o crédito. O documento, que será apresentado ao banco, deve explanar o fluxo de caixa da empresa e sinalizar como será utilizado o in-
O Sebrae não financia crédito, apenas orienta vestimento e os resultados previstos. A partir daí, o empresário deve pesquisar as instituições bancárias, incluindo bancos públicos ou privados, agências de desenvolvimento, financeiras, factorings ou cooperativas. As informações podem ser adquiridas por meio da internet ou pessoalmente, conversando com o gerente para saber quais as linhas de crédito, taxas de juros e prazos de pagamento adequados e exigências estabelecidas. “É importante a análise efetiva dos juros. Nas instituições, podem ser feitas, inclusive, simulações de financiamento”, alerta Adriana.
Antes • Elaborar plano de negócio; • Avaliar a real necessidade de crédito, tipo e prazo; • Cumprir as exigências cadastrais; • Conhecer os custos da operação; • Pesquisar antes de escolher a instituição;
Orientação para o crédito O empreendedor interessado em contratar empréstimo pode solicitar orientação ao Sebrae, que auxilia na elaboração dos Planos de Negócio e de Ação. “É bom frisar que o Sebrae não financia crédito. Só quem faz esta operação são as instituições bancárias. O Sebrae oferece, nos Pontos de Atendimento, toda orientação e informações necessárias para o empresário realizar a operação com segurança”, promovendo ainda Oficinas de Crédito, o Credinegócio – encontro entre instituições financeiras e empresário para negociação – e oferecendo consultoria financeira especializada. Outras informações podem ser obtidas pela Central de Relacionamento (0800 570 0800).
Durante
Após
• Certificar-se da quitação total do em• Aplicar o recurso naquilo que foi previsto; préstimo; • Observar os valores orçados no plano/ • Receber a devolução da instituição dos projeto; instrumentos de garantia e contratos; • Pagar as parcelas e montante em dia; • Proceder, antecipadamente, a negocia• Renegociar se algo não planejado ocorrer; ção de novo empréstimo, se for o caso.
Onde buscar crédito Instituições públicas parceiras do Sebrae
Bancos privados
• Banco do Brasil – www.bb.com.br
• Banco Itaú Unibanco – www.itau.com.br • Bradesco – www.bradesco.com.br • HSBC – www.hsbc.com.br • Santander – www.santander.com.br
• Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES) –
Cooperativas de crédito
• Agência de Fomento do Estado da Bahia (Desenbahia)www.desenbahia.ba.gov.br
www.bndes.gov.br • Banco do Nordeste do Brasil (BNB) – www.bnb.gov.br • Caixa Econômica Federal (CEF) – www.caixa.gov.br
• Associação das Cooperativas de Apoio à Economia Familiar (Ascoob) – www.ascoob.org.br • Sistema de Cooperativas de Crédito do Brasil (Sicoob) – www.sicoob-ba.com.br
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Fotos: Jo達o Alvarez
ENTREVISTA
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Revista Conex達o
Entrevista – Glória Maria
Mulher, negra e empreendedora Jornalista conta como superou as dificuldades e dá dicas para as mulheres que querem empreender “O que a gente teve aqui foi uma aula de vida. É um privilégio ouvir, aprender o que saiu da alma e da emoção destas mulheres fortes, frágeis, que se manifestam com alegria e que tanto nos motiva”. Emocionada com os depoimentos das empresárias, a primeira repórter negra da TV brasileira, Glória Maria, mediou o talk show realizado no Seminário Mulher Negra e Empreendedora, promovido pelo Sebrae em parceria com a Secretaria de Políticas das Mulheres do Estado da Bahia, no mês de agosto, em Salvador. Na oportunidade, a Revista Conexão entrevistou a jornalista que comandou por uma década o programa mais aguar-
dado aos domingos, o Fantástico. Filha de um alfaiate e de uma dona de casa, Glória Maria não teve as mesmas facilidades que outras personalidades. Desde muito cedo, teve que arregaçar as mangas para pagar seus estudos e correr atrás de seus sonhos. Aos 16 anos, ela começou a traçar sua trajetória profissional de sucesso. Nesta entrevista, ela revela as dificuldades enfrentadas ao longo da sua vida, aconselha as mulheres que vivem no dia a dia o preconceito na sociedade e no mercado de trabalho e dá dicas para a mulher negra que quer empreender.
Quando e como começa a sua história?
anos e anos na televisão com o cabelo black power, só fazia cortar. Aí comecei a ter referências, porque a gente é educada com valores brancos. Quando era pequena, a gente era muito pobre, não tinha televisão em casa. Morava na casa de minha avó, quando via televisão era na casa do vizinho. Nasci em Vila Isabel, morei em Jacarepaguá. Não havia o orgulho e o conceito de negritude, nesta época, isso foi uma coisa que veio depois. Nos Estados Unidos havia começado, mas no Brasil era um mundo branco. E minha mãe vivia dentro disso. Depois que passei a ter consciência...
Minha mãe alisava meu cabelo desde os seis anos. Porque as pessoas antigas não tinham uma consciência de valorização da cultura negra naquela época. Comecei com 16 anos na Globo e uma das jornalistas mais antigas da emissora sugeriu um look semelhante ao da estilista negra americana, Ângela Davis. Esta mulher era uma referência, era maravilhosa! Tinha o cabelo enorme! Saí do salão com um black power e fiquei feliz da vida! Fui para casa e minha mãe olhou pra mim e disse: o que fez no cabelo? Você está maluca, não é, minha filha? Um cabelo que tratei anos! Fiquei tão chocada com aquilo.
Como recebeu a crítica de sua mãe? Bem, coloquei um pano na cabeça e fui trabalhar... e a minha colega disse : o que houve? Eu respondi: minha mãe não gostou. Aí ela disse: claro que sua mãe não ia gostar. O cabelo dela é alisado. Bem, eu não sabia o que fazer. Minha mãe de um lado, ela do outro. Aí ela pegou a foto de Ângela Davis e disse: esquece a referência de sua mãe e vai nessa. Fiquei
Em todos os setores de trabalho, a mulher negra tem que lutar, pelo menos, duas vezes mais para conquistar o seu espaço. Ainda é difícil encontrá-las em cargos de chefia, por exemplo... O mercado de trabalho é um reflexo da posição da mulher negra no mundo. Como a gente vive em um mundo que ainda é branco, é muito difícil se colocar dentro do mercado
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de trabalho. Se tiver uma branca e uma negra fazendo uma entrevista de emprego, a vaga é da branca. A não ser que a negra seja um gênio. A gente sabe que é assim. Só que hoje a mulher negra já tem outra posição, uma outra história, um conhecimento, ela consegue se colocar. Estamos avançando para que não apenas o universo branco seja reconhecido, mas ainda há um longo caminho a ser percorrido.
Você é muita ligada à Bahia, onde tem duas filhas e muitos amigos. A Bahia tem avançado neste aspecto de valorização da cultural negra? Olha, pensam que sou baiana, mas sou carioca. Adoraria ser baiana (risos). Então, acho que sim. Na comunidade negra na Bahia, existe uma autoestima maior, autovalorização. Mas se colocar no âmbito geral, a realidade é bem diferente, mesmo com cotas, com políticas voltadas para a valorização da cultura negra ainda é muito difícil.
Você acha que o empreendedorismo é uma forma de a mulher negra superar as barreiras impostas pelo mercado formal de trabalho? Claro. Pois é uma alternativa para começarmos a nos mostrar. O empreendedorismo é o caminho, sim, pois se a gente valoriza, conquistar a coisa não fica mais fácil, fica mais realista e a gente consegue evoluir dentro deste processo.
Como mulher vencedora, exemplo de sucesso, qual a orientação que daria a uma mulher negra que deseja entrar no mercado de trabalho, ser empreendedora? A gente tem que ter consciência do que pode, do que é capaz. Não pode ter medo. A gente tem que saber que somos mulheres guerreiras, que não podemos abaixar a cabeça pra nada. Temos que ir em frente, pois nosso caminho é um só: vencer e vencer.
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Estamos conquistando espaços. Existe ainda uma barreira contra a mulher, e a negra principalmente. Só que hoje muitas mulheres têm consciência desta dificuldade, deste preconceito. No passado, a gente ficava meio perdida, sem saber o que estava acontecendo. Precisamos viver, aprender e superar. Não podemos ficar pensando na dificuldade que temos que enfrentar. É preciso seguir, mostrar nosso valor, quem somos e do que somos capazes. Mas, pra isso, temos que nos autoconhecer. Não podemos esperar a valorização vir do outro. Tem que vir da gente. Quando você se valoriza, está forte, tudo flui. As ferramentas existem, temos que saber buscá-las e saber usá-las. A gente fica pensando na dificuldade, mas temos que pensar na maneira de superar, não podemos ficar remoendo os problemas. Pelo menos é o que tento fazer na minha vida. Temos que encontrar a solução. É difícil. Em todos os setores vamos encontrar dificuldade.
Como conciliar o papel de mãe, mulher e empreendedora? Isso é a essência feminina. Desde que a gente ficou pronta para o parto, superar a dor, estamos nos preparando para tudo. Ser mãe, ser empreendedora. A gente sabe que tem que fazer tudo, trabalhar. Então se botar sua energia para isso, não é que fica mais fácil, mas fica menos difícil. Porque se pensa no todo, você para e diz: chega! Não podemos pensar, mas fazer. Esse é o segredo.
Qual foi a maior dificuldade que enfrentou antes de ir pra Globo e sustentar a marca da “primeira repórter negra na televisão brasileira”? Eu era mulher, pobre e negra. Então, a situação é a mesma, não muda. Toda hora via uma manifestação racista. Até o Obama é vítima destas manifestações. Os jogadores negros fazem sucesso, mas as pessoas continuam imitando macaco nas arquibancadas. Eles são ricos, são poderosos e continuam sofrendo racismo. Isso não acaba quando se tem sucesso. Está na minha cara que sou negra, está na minha pele. Isso não muda para as pessoas que têm ranço do racismo e terão pra vida inteira.
“Estamos conquistando espaços. Existe ainda uma barreira contra a mulher, e a negra principalmente. Só que hoje muitas mulheres têm consciência desta dificuldade, deste preconceito”
Como você percebe o trabalho do Sebrae para que a mulher tenha o seu devido reconhecimento no mundo dos negócios e, em particular, este evento?
Acho que é um caminho. As políticas afirmativas são fundamentais. Tudo que existe para valorizar a mulher é importantíssimo. É preciso que existam iniciativas como essa do Sebrae para que as mulheres tenham mais visibilidade de que elas possam mostrar que estão fazendo sucesso, são capazes, competentes sim. Tem que caminhar, não dá para ficar falando a mesma coisa, pois a vida é ir em frente, superando, sempre na dificuldade maior.
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Fotos: João Alvarez
ECONOMIA CRiativa
Proprietária do hotel Via dos Corais, a presidente da Associação Comercial e Turística da Praia do Forte (Turisforte), Rosa Clara Brandão, aproveita os legados da Copa 2014
#póscopa Empresária apostou em treinamentos, capacitações e consultorias para tornar o negócio mais competitivo antes e durante a Copa. Agora, fatura no pós evento com lições aprendidas e investimentos realizados Paraíso, praias, férias, simplicidade, paz e segurança. Some tudo isso e tenha um dos mais consolidados destinos turísticos da Bahia. A Praia do
influenciar na sua política urbana, o
gem e investimos em algo charmoso e
casal de arquitetos, Rosa Clara Brandão
aconchegante”, conta a empresária e
e Firmo Azevedo, imerso nesse ambien-
presidente da Associação Comercial e
te, resolveu empreender e construir a
Turística da Praia do Forte (Turisforte).
Forte reúne características naturais,
Pousada Sobrado da Vila.
Com a preocupação de iniciar as
culturais e eventos capazes de atrair vi-
“Começamos um pouco tímidos. Sem
atividades dentro da legalidade e pri-
sitantes brasileiros e estrangeiros. Pou-
foco. Era meio casa de veraneio. Naque-
mando pelo profissionalismo, eles
co tempo depois do alemão Klaus Peter
la época não tinha quase que hospeda-
formalizaram o negócio e buscaram o
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apoio do Sebrae. A primeira capacita-
Pensando nas oportunidades gera-
argumenta que a segmentação faci-
ção foi o Treinamento Gerencial Bási-
das com a realização dos megaeventos
lita a identificação de públicos mais
co. O pioneirismo e o sucesso no ramo
esportivos, Copa das Confederações e
rentáveis, direciona os investimentos
fizeram com que investidores interes-
Copa do Mundo 2014, outro plano de
para equipamentos e serviços aderen-
sados no potencial turístico da região
marketing foi elaborado. Quando a
tes aos segmentos definidos, melhora
visitassem a pousada. De lá para cá, os
Fifa escolheu um lugar para fazer o
a comunicação do produto turístico e
empresários ampliaram sua capacida-
sorteio das chaves da copa, esse lugar
outras vantagem. “É preciso reduzir
de e apostaram em outras atividades
foi no município de Mata de São João,
a sazonalidade, ampliando o leque
que agregassem valor ao negócio.
e, ainda, quando as seleções de fute-
de segmentos turísticos trabalhados,
Em 2003, com a modernização da
bol vieram ao Brasil para escolher as
atraindo um público mais rentável.
Vila da Praia do Forte, eles aproveita-
localidades onde se hospedar antes e
Quanto melhor aproveitados forem
ram para apostar suas fichas em um
durante a copa, a Praia do Forte, mais
esses atrativos, mais os visitantes fi-
novo empreendimento hoteleiro, o Via
uma vez, figurou entre as seleciona-
carão tentados a permanecer no des-
dos Corais, criado no ano seguinte.
das, recebendo a Seleção da Croácia.
tino. A ideia é tornar essa localidade
Com infraestrutura de hotel e charme
Para a empresária Rosa Clara Bran-
conhecida em polos emissores ante-
de pousada, eles passaram a contar
dão, com o Projeto Sebrae 2014 se criou
riormente não trabalhados e fortale-
com 77 unidades (50 unidades do Via
uma expectativa para que a Praia do
cer os existentes.”
dos Corais e 27 do Sobrado da Vila) e
Forte fosse escolhida como Centro
mais de 60 funcionários. “Com a inau-
de Treinamento da Seleção (CTS) “E a
guração, tivemos um incremento de
Croácia acreditou no nosso CTS. Eles
300% e nos períodos de alta estação
ficaram muito bem hospedados. Ti-
aumentamos em 20% nossa força de
vemos um movimento considerável,
trabalho”, revela Rosa Clara.
com a chegada de muitos jornalistas e
Com a intenção de aproveitar todas
turistas estrangeiros.”
as potencialidades do local e pensar
Para enfrentar a sazonalidade no
estrategicamente seu posicionamen-
pós-copa, a presidente da Turisforte
Perfil de turistas Uma pesquisa realizada pela Federação Baiana de Hospedagem e Alimentação (FeBHA), durante a Copa do Mundo, identificou o perfil dos turistas que ficaram nos hotéis de Salvador entre os dias 11 de ju-
to mercadológico, a Prefeitura de Mata de São João e a Turisforte, em parceria com o Sebrae, desenvolveram um Plano de Marketing que serviu para mapear pontos fortes, fracos, oportunidades e ameaças, principais atrativos turísticos, diferenciais competitivos e desafios. “A participação do Sebrae nessa empreitada foi um divisor de águas e a partir daí a nossa relação só foi se estreitando. Os treinamentos, as capacitações e consultorias fortaleceram nossa associação, uniu o empresariado e fez com que a gestão de muitos negócios fosse profissionalizada. Fizemos o Empretec, o 5 Menos que são Mais, cursos voltados para a segurança alimentar, entre outros”, esclarece a presidente da Turisforte.
A Seleção da Croácia ficou hospedada na Praia do Forte, fato que atraiu jornalistas e turistas estrangeiros para o local
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nho e 6 de julho. O levantamento foi realizado em estabelecimentos instalados em cinco áreas e ouviu cerca de 18 mil hóspedes. O estudo identificou os visitantes por países, região, estados, cidades e continentes. Durante a copa, a maior parte dos hóspedes recebidos em Salvador veio de estados como São Paulo, Rio de Janeiro e da própria Bahia. Já do exterior, vieram turistas, em sua maioria, de lugares como Estados Unidos, França e Alemanha. Entretanto, a presença estrangeira foi pulverizada com a chegada de pessoas de 83 países na capital baiana. A distribuição por área em Salvador
Legados da Copa favorecem o turismo baiano
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foi a seguinte: cerca de 6,1 mil turistas foram para os hotéis localizados na Barra, cinco mil na Vitória, três mil em Stella Maris, 2,1 mil em Patamares e 1,5 mil em Armação. Para o presidente da Federação Baiana de Hospedagem e Alimentação (FeBHA), Silvio Pessoa, este estudo servirá para nortear ações dos governos municipal, estadual e federal, para realização de eventos de promoção no mercado externo e nacional como workshops, famtours, feiras de turismo e investimentos de campanhas em público final. “Isso funcionará inclusive nas Olimpíadas de 2016, onde teremos
jogos masculinos e femininos de futebol em nossa cidade durante 15 dias”, disse. Os brasileiros representaram 54,5% dos hóspedes dos hotéis de Salvador, totalizando 9,7 mil pessoas. Já entre os estrangeiros, os campeões em presença na capital baiana foram os norte-americanos, com 1.481 pessoas, o que correspondeu a 18% do total de pessoas de outros países. Da Alemanha, foram 815 o número de hóspedes nos hotéis soteropolitanos, o que representou 10% do total de estrangeiros. França, Suíça e Inglaterra somam mais de 1 mil pessoas.
Foto: Marcos Santiago
MICROEmpreendedor individual
O microempreendedor individual, Robson Batista, criou a empresa Balada Universitária, que oferece serviços para formaturas
Negócios na balada Empresa criada há apenas quatro anos se firma como uma opção rentável para quem quer celebrar a conclusão da faculdade Ele é dinâmico, gosta da correria e não para de procurar novidades para melhorar o negócio que montou em 2010. Com o nome sugestivo de Balada Universitária, Robson Batista criou uma empresa que ganha, cada vez mais, espaço em Juazeiro e cidades vizinhas da região Norte da Bahia. O empreendimento está movimentando o ramo de formaturas e facilita a vida de quem quer celebrar a conclusão do ensino superior. Os produtos oferecidos pela empresa incluem, praticamente, tudo o que
um formando deseja para marcar essa inesquecível fase da vida: canudo, beca completa, convites, quadro fotográfico adesivado em madeira, banner fotográfico, álbum e filmagens. Como atrativo, ele ainda oferece, a depender do número de formandos, a presença de um DJ, iluminação e som. “Antes de começar, realizei pesquisa de campo a partir de um conhecimento prévio do negócio na região e resolvi montar a estrutura em Juazeiro, já que a maioria desses serviços era oferecida na cidade vi-
zinha, Petrolina (PE). A ideia era desenvolver um trabalho diferenciado, oferecendo aos clientes contrato de valor fechado e todos os serviços básicos de uma formatura, além dos brindes”, relata Robson. Até se firmar, ele enfrentou alguns problemas quanto a parcerias, espaços físicos, clientela, mas nunca desanimou e focou em seu objetivo. Procurou o Sebrae para enxergar melhor seu projeto e está sempre em busca de capacitações para aprender mais e incrementar novas ideias a
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sua empresa. Robson resolveu seguir seu caminho sem sociedades, e o ano de 2014 está se revelando de sucesso diante dos contratos fechados. “No início do ano, inscrevi a Balada Universitária em licitações promovidas pelo Governo do Estado. Vencer as concorrências rendeu um capital inicial para deslanchar na região. E o sucesso das realizações dos eventos anteriores só me encoraja a participar de novas licitações”, revela. Desde 2011, ele vem participando de capacitações como o Empretec e a Oficinas SEI Planejar, além de receber o atendimento do programa Negócio a Negócio. Sempre em busca de conhecimento para ampliar sua empresa e atingir seus objetivos, Robson inicia, neste segundo semestre de 2014, o curso superior de Tecnologia
em Marketing, e está ansioso para unir conhecimento à sua incansável vontade de crescimento. “Meu desejo é adquirir mais e mais conhecimento através do curso, no sentido de ter todas as noções para ampliação da empresa, conquistando ainda mais credibilidade e atraindo público das cidades circunvizinhas”, assegura.
Expansão do MEI A Balada Universitária, hoje, é a única com registro de funcionamento específico para esse tipo de serviço. Segundo o empresário, a formalização no Sebrae, como Microempreendedor Individual em 2010, ajudou na inserção de mercado. Robson afirma que ainda precisa melhorar para atingir um nível maior de prestação
de serviços. “Mas acredito estar no caminho certo. Trabalho incansavelmente para conseguir.” “Robson não fica estacionado. Participa constantemente de capacitações pensando em melhorar a gestão e expandir seu negócio. A tendência natural é que, no futuro, ele migre para a condição de microempresa”, assegura a técnica do Sebrae em Juazeiro, Priscila Silva, que acompanha Robson desde o início da empresa. Todo o trabalho é feito em conjunto com os formandos, e o tempo médio de montagem da estrutura a ser usada pela turma é de até três meses. Atualmente, a empresa também está entrando no mercado pernambucano, e atende a turmas de faculdades da vizinha cidade de Petrolina.
Para que se capacitar? O investimento em capacitações permite que o empresário tenha domínio de ferramentas de gestão, melhorando o desempenho financeiro e comercial do negócio, tomando decisões mais as-
sertivas e minimizando os riscos por desconhecimento da gestão financeira e do mercado em questão. De acordo com o técnico do Sebrae em Juazeiro, Carlos Cointeiro, o processo de qualifi-
cação “é contínuo e deve fazer parte do planejamento anual da empresa, não só para o empresário, como para seus colaboradores, visando o aperfeiçoamento dos processos e operações comerciais”.
Planejar é o primeiro passo Quem quer planejar bem o negócio, como fez Robson, um bom começo é participar da oficina SEI Planejar. A capacitação faz parte do Programa Sebrae Microempreendedor Individual (Oficinas SEI), junto com mais cinco soluções – SEI Vender, Comprar, Controlar Meu Dinheiro, Unir Forças Para Melhorar e Empreender – e tem como objetivo compreender a importância do planejamento para que a atividade empreendedora gere resultados satisfatórios quanto às expectativas e metas
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dos microempreendedores individuais. A intenção é que o público aprenda a planejar o seu negócio sabendo quando fazer as mudanças no sentido de se adaptar às necessidades do mercado, dispondo de produtos e serviços com qualidade e ampliando as possibilidades de crescimento individual. É importante a conscientização de que o planejamento de ações, de forma ordenada e articulada, contribui para o aumento das vendas de seus produtos e serviços, com qualidade e preços atrativos.
Dentro do conteúdo programático que, presencialmente, tem carga horária de 3 horas, estão temas como “o que é planejar”, “para que planejar”, “quando planejar”, “planejamento orientado para resultados”, “ferramentas do planejamento”, “visão sistêmica” e “planejamento como processo dinâmico e contínuo”. Através da Central de Relacionamento (0800 570 0800), o interessado pode consultar a programação mensal de cursos do Sebrae.
Empreendedorismo
Sustentabilidade é diferencial Há mais de 12 anos a microempreendedora individual (MEI), Selma Santos, associa materiais descartados da natureza, como coco, osso e chifre de boi, piaçava e palha de buriti, a pedras brasileiras e metais nobres, reproduzindo o conceito sustentável na produção artesanal de acessórios. Além de garantir um valor a mais nas peças, o modelo de produção rendeu à sua marca, a Omnatura Biojoias, os selos internacionais Cycle of Sustainability e o Green America Approved Business, que diferenciam o trabalho da designer em lojas virtuais pelo mundo. “O cliente
hoje quer saber o que ele está comprando, por isso os selos são fundamentais, mostram a qualidade de meus produtos.” O modelo de arte sustentável se estende às embalagens para transporte das peças, feitas com algodão cru, sem qualquer uso de plásticos, bem como à coloração final das peças, com pigmentos à base de café ou casca de cebola, sem uso de tintas artificiais ou vernizes. Desde que se tornou MEI, em 2010, Selma conta que investe tempo não apenas em literaturas ligadas ao ramo de joias, mas em
capacitações do Sebrae, com temas empresariais, como formação de preço e gestão de negócios. A empreendedora também faz questão de expor seu trabalho em feiras e participa de eventos do Sebrae, citando o Encontro Internacional de Negócios do Nordeste 2013 (EINNE) e, em 2014, do Mosaico Brasil. “Depois de se formalizar, o empreendedor não pode apenas pagar o boleto e esperar as mudanças. A pessoa tem que adquirir conhecimento e participar de capacitações, como eu fiz, se quiser ter sucesso nos negócios”, pontua.
Foto: João Alvarez
Selma Santos, MEI que desenvolve peças a partir de materiais descartados, já conquistou dois selos internacionais que diferenciam seu trabalho em lojas virtuais pelo mundo
Sebrae Bahia
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O Sebrae Bahia possui 31 Pontos de Atendimento, distribuídos em 10 Unidades Regionais, oferecendo aos empresários das micro e pequenas empresas informação, orientação, capacitação, apoio e soluções através de consultoria em gestão, acesso ao crédito e ao mercado, tecnologia e inovação.
Pontos de Atendimento na Bahia Unidade Regional 01 – Salvador / Mercês Centro de Atendimento ao Empreendedor Av. Sete de Setembro, 261 – Mercês. CEP 40060-000. Tel.: (71) 3320-4526 Salvador / Boca do Rio - SAC Empresarial Av. Otávio Mangabeira, 6929, Multishop – Boca do Rio. CEP 41706-690. Tel.: (71) 3281-4154
Foto: DIVULGAÇÃO
Sebrae perto de você O Ponto de Atendimento do Sebrae em Juazeiro fica localizado na praça Dr. José Inácio da Silva, 15, no Centro. Funciona de segunda a sexta-feira, das 9h às 12h e das 14h às 17h.
Euclides da Cunha Rua Oliveira Brito, 404 – Centro. CEP 48500-000. Tel.: (75) 3271-2010 Ipirá Praça Roberto Cintra, 400-A – Centro. CEP 44600-000. Tel.: (75) 3254-1239 Itaberaba Rua Rubens Ribeiro, 253, Ed. Tropical Center, salas 22/23 – Centro. CEP 46880-000. Tel.: (75) 3251-1023
Salvador / Itapagipe Rua Direta do Uruguai, 753, Bahia Outlet Center, Lojas 134/135 – Uruguai. CEP 40454-260. Tel.: (71) 3312-0151
Unidade Regional 04 – Ilhéus Praça José Marcelino, 100, Térreo – Centro. CEP 45653-030. Tel.: (73) 3634-4068
Salvador / Liberdade Estrada da Liberdade, 26, Lojas 13 e 26 – Liberdade. CEP 40375-016. Tel.: (71) 3241-8126
Itabuna Av. Francisco Ribeiro Júnior, 198, Ed. Atlanta Center – Centro. CEP 45600-921. Tel.: (73) 3613-9734
Alagoinhas Rua Rodrigues Lima, 126-A – Centro. CEP 48010-040. Tel.: (75) 3422-1888
Unidade Regional 05 – Jacobina Rua Senador Pedro Lago, 100, salas 01 e 02 – Centro. CEP 44700-000. Tel.: (74) 3621-4342
Camaçari Rua do Migrante, s/nº – Centro. CEDAP – Casa do Trabalho. CEP 42800-000. Tel.: (71) 3622-7332
Senhor do Bonfim Rua Benjamin Constant, 12 – Centro. CEP 48970-000. Tel.: (74) 3541-3046
Lauro de Freitas Lot. Varandas Tropicais, nº 279, Q. 3, Lote 16, Rua A, Galpão 01 – Pitangueiras. CEP 42700-000. Tel.: (71) 3378-9836 Unidade Regional 02 – Barreiras Av. Benedita Silveira, 132, Ed. Portinari, Térreo – Centro. CEP 47804-000. Tels.: (77) 3611-3013/4574 Unidade Regional 03 – Feira de Santana Rua Barão do Rio Branco, 1225 – Centro. CEP 44149-999. Tel.: (75) 3221-2153
On-line Portal Sebrae Bahia www.ba.sebrae.com.br Agência Sebrae de Notícias www.ba.agenciasebrae.com.br Redes Sociais www.facebook.com/sebraebahia www.twitter.com/sebraebahia www.youtube.com/sebraebahia www.slideshare.com/sebraebahia www.issuu.com/sebraebahia
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Unidade Regional 06 – Juazeiro Praça Dr. José Inácio da Silva, 15 – Centro. CEP 48903-430. Tel.: (74) 3612-0827
Valença Rua Barão de Jequiriçá, 297, Galeria Central, Centro. CEP 45400-000. Tel.: (75) 3641-3293 Unidade Regional 08 – Irecê Rua Coronel Terêncio Dourado, 161 – Centro. CEP 44900-000. Tel.: (74) 3641-4206 Seabra Rua Horácio de Matos, 25, salas 01/02 – Centro. CEP 46900-000. Tel.: (75) 3331-2368 Unidade Regional 09 – Teixeira de Freitas Av. Presidente Getúlio Vargas, 3986 – Centro. CEP 45995-002. Tels.: (73) 3291-4333/4777 Eunápolis Rua 5 de Novembro, 66, Térreo – Centro. CEP 45820-041. Tel.: (73) 3281-1782 Porto Seguro Praça ACM, 55 – Centro. CEP 45810-000. Tel.: (73) 3288-1564 Unidade Regional 10 - Vitória da Conquista Rua Coronel Gugé, 221 – Centro. CEP 45000-510. Tel.: (77) 3424-1600
Paulo Afonso Rua Amâncio Pereira, 60 – Centro. CEP 48602-110. Tel.: (75) 3281-4333
Brumado Rua Marechal Deodoro da Fonseca, 89, Térreo – Centro. CEP 46100-000. Tels.: (77) 3441-3699/3543
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Guanambi Av. Barão do Rio Branco, 292 – Centro. CEP 46430-000. Tel.: (77) 3451-4557
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0800 570 0800 Segunda a sexta-feira das 8h às 20h
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R. Horácio César, 64, Dois de Julho Salvador – Bahia. CEP: 40060-350. Tel. (71) 3320.4301.
Ipiaú Praça João Carlos Hohllenwerger, 39 – Centro. CEP 45570-000. Tels.: (73) 3531-6849/5696 Itapetinga Av. Itarantim, 178 – Centro. CEP 45700-000. Tel.: (77) 3261-3509 Jequié Rua Felix Gaspar, 20 – Centro. CEP 45200-350. Tels.: (73) 3525-3552/3553
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