Mala Direta Básica 9912345149-DR/BA
Sebrae-Ba
edição 213
Entrevista Gustavo Cerbasi: 2016 sem pessimismo
Como empreender em tempos de crise? agronegócio
MERCADO
Projeto de melhoria genética do rebanho bovino impulsiona produção de leite
Curso orienta sobre franquias
INOVAÇÃO, O INGREDIENTE QUE O SEU NEGÓCIO PRECISA PARA ESTAR SEMPRE EM MOVIMENTO.
É da porta para dentro que a gestão, inovação e produtividade fazem a diferença. É aí que entra a mão do Sebrae para ajudar a fazer o seu negócio ser cada vez melhor.
SUA VIDA É SE SUPERAR A CADA DIA? ESTAMOS JUNTOS.
Publicação do Sebrae Bahia, nº 213, Março de 2016 Filiada à Aberje Presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae Bahia Antônio Ricardo Alvarez Alban Diretor-superintendente Adhvan Novais Furtado Diretores Lauro Alberto Chaves Ramos Franklin Santana Santos Unidade de Marketing e Comunicação Gerente Adriana Mira Jornalista Responsável Vanessa Câmera (DRT/RJ 28363) Equipe Alice Vargas, Isabela Oliveira, Mauro Viana, Pedro Soledade, Rafael Pastori e Vanessa Câmera. Estagiários: Alana Caiusca, Fernanda Leal e Lannah Cerqueira. Agência Sebrae de Notícias (Varjão & Associados Comunicação) Anaísa Freitas, Carla Fonseca, Carlos Baumgarten, Cristhiane Castro, Danielle Cristine, Fernanda Barros, Fábio Vasconcelos, Laiana Menezes, Luciane Souza, Lucilene Santos, Maria Clara Lima, Nara Zaneli, Raul Golinelli, Renata Smith, Silvia Araújo, Tamara Leal e Virgínia Mercês. Revisão Carlos Baumgarten Edição Carla Fonseca Edição de Fotografia Raul Golinelli Capa iStock Projeto Gráfico Original Solisluna Editora Editoração Objectiva Impressão Grasb Tiragem 10.000 exemplares Cartas Sebrae – Unidade de Marketing e Comunicação Rua Horácio Cézar, 64, Dois de Julho Salvador, Bahia CEP: 40060-350 marketing@ba.sebrae.com.br Telefones 71 3320.4558 / 4367 Agência Sebrae de Notícias www.ba.agenciasebrae.com.br
2016 sem pessimismo Em meio ao momento de recessão econômica, alguns segmentos se destacam como estratégicos dentro do mercado empreendedor. E esse é o assunto da reportagem especial da revista Conexão. Negócios como varejo de alimentos e moda, materiais de construção, beleza e estética, saúde, panificação, turismo e outros citados na matéria são boas apostas para o ano. Números sobre o desempenho dos pequenos negócios baianos, em 2015, mostram que houve crescimento do empreendedorismo, mesmo com a crise economia. Na reportagem, você vai conhecer histórias de empresários corajosos que não se intimidaram com as dificuldades do momento. Produtores leiteiros do CentroNorte baiano estão comemorando os resultados das vendas em suas propriedades. É que eles estão participando da consultoria Melhoria Genética do Rebanho – Fertilização In Vitro (FIV), tecnologia voltada para o melhoramento genético da bovinocultura leiteira, por meio da parceria entre o Sebrae e o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar)/ Federação da Agricultura e Pecuária do Estado da Bahia (Faeb). A ação busca aumentar a produção de leite e impactar na gestão dos negócios participantes. O consultor financeiro Gustavo Cerbasi é um defensor do planeja-
mento, seja em tempos de bonança ou de crise. Em entrevista à revista Conexão, ele analisa o atual cenário de desafios, as estratégias possíveis para os pequenos negócios, e indica como fazer escolhas ponderadas e sustentáveis para se fortalecer no mercado. Ve j a t a m b é m u m a re p o r t a g e m c o m p l eta sobre o Decreto n° 8.538/2015 que regulamenta a Lei nº 147/14, determinando que as licitações para valores de até R$ 80 mil sejam disputadas, exclusivamente, por micro e pequenas empresas (MPE). A garantia passa a valer nas esferas federal, estadual e municipal. Foto: Raul Golinelli
Expediente
Em meio às incertezas econômicas de 2015 e com muita coragem, Lorine Lopes abriu a loja virtual Lorine Clothes, na qual vende peças que ela mesma desenha
A utilização da marca Sebrae é de uso exclusivo do titular da mesma. Seu uso por terceiros, sem autorização prévia, expressa e formal da Unidade de Marketing e Comunicação do Sebrae Bahia, é passível de punição, conforme previsto pela Lei da Propriedade Industrial nº 9279/96.
Foto: Maurício Maron
Sumário 6 COMÉRCIO E SERVIÇOS Conhecer expectativas do consumidor traz resultados em vendas
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9 Políticas públicas Espaço reservado para os pequenos negócios
12 Inovação e Tecnologia Programa de Inovação promove mudanças em curso de idiomas Foto: raul golinelli
14 Indústria Profissionalização aumenta produção em até cem vezes
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Agronegócio Técnica de melhoria genética do rebanho auxilia produtor rural
Mercado Curso orienta sobre mercado de franquias
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CAPA Empreendedores transformam desafios em oportunidades
ECONOMIA CRiativa Arte e negócio dentro de casa
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ENTREVISTA Gustavo Cerbasi 2016 sem pessimismo
Desafio Empreendedor Universitários participam de desafio empreendedor
43 MICROEMPREENDEDOR INDIVIDUAL Bom uso das ferramentas virtuais impulsiona resultados
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45 Empreendedorismo Loja de bolo no pote faz sucesso em Irecê
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Foto: raul golinelli
SEBRAE PERTO DE VOCÊ
Fotos: Raul Golinelli
Comércio e Serviços
Vera Dilza Caldas identificou a insatisfação do cliente com as roupas do segmento, fez pesquisa sobre a tendência da moda GG e oferece coleções diferentes
Conhecer expectativas do consumidor traz resultados em vendas Empresária apostou no conceito diferencial da moda plus size e conquistou uma clientela fiel com modelos atraentes e sensuais Há 13 anos, quando montou a loja Lilás Modas, no bairro da Liberdade, em Salvador, a empresária Vera Dilza Caldas adotou no atendimento a prática de ouvir e compreender a
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demanda da clientela. A loja é especializada em moda plus size, um público segmentado que veste acima de 44, considerado mais exigente quanto ao conceito de produto
e que requer mais compreensão e cuidado no tratamento de suas necessidades e perspectivas. Buscando orientaçoes no Sebrae, Vera já participou de diversos cursos, palestras e
dos programas Negócio a Negócio e Empretec. Logo que iniciou essa dinâmica de atendimento, a empresária identificou a insatisfação do consumidor com as roupas do segmento disponíveis no mercado, sempre com os mesmos estilos de modelos tradicionais. Com base no desejo dos clientes, ela começou a pesquisar
“Atendemos os clientes no tapete vermelho, com todo carinho, compreensão e respeito, sem perder o procedimento de ouvi-los, acolhendo os seus desejos”
a tendência da moda GG e passou a oferecer uma coleção diferente, com características despojadas, leve e sensual, tanto nas versões masculina quanto nas feminina, voltada para diversas ocasiões. A Lilás estava inaugurando em Salvador um novo conceito da moda plus size, que cativou de vez a clientela e a tornou referência nesse segmento. Ao invés de encontrar roupas com tonalidades restritas e tamanhos largos, as jovens e senhoras encontram nas araras uma variedade de peças mais coloridas, estampadas ou lisas, com estilo, e muitas delas com a intenção de valorizar o
Clientela da Lilás se sente em casa e ainda conta com serviços de ajuste gratuitos
que há de mais atraente no corpo da mulher. São shorts com franjas, saias longas coloridas, vestidos, biquínis e saídas de praia. Para os homens, nada daqueles modelos retos, sem estilo. As inúmeras opções de peças têm charme e conforto, acompanhando a tendência das estações, como as bermudas coloridas de tactel e arrojadas calças jeans. No interior da loja, os clientes “já são de casa”, sentem-se à vontade, vasculham todas as araras e prateleiras, sempre acompanhados de atenciosas vendedoras devidamente treinadas e que nunca se intimidam em sugerir uma peça, buscando colaborar com o fortalecimento da autoestima de cada um deles. “Atendemos os clientes no tapete vermelho, com todo carinho, compreensão e respeito, sem perder o procedimento de ouvi-los, acolhendo os seus desejos”, afirma Vera Dilza Caldas, proprietária da Lilás Modas. Na arte de garimpar novos modelos, a empresária é caprichosa, optando por fornecedores de outros estados. De cada peça que prospecta, ela observa os mínimos detalhes de caimento, tipo de tecido e acabamento. “Preocupo-me com a qualidade, inclusive dando preferência a tecidos leves em função do calor de Salvador”, salienta. Vera conta que, nesse processo, o Sebrae contribuiu muito com sua postura proativa, disponível a mudanças, disseminando informações que permitiram a adoção de novos conceitos, a exemplo da segmentação de público-alvo. “Informatizei meu sistema e consigo controlar o estoque. Estar no
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ambiente do Sebrae é bem proveitoso, pois sempre saio com uma luzinha me indicando correção ou inovação do meu negócio”, explica. Entre as inovações adotadas, sempre voltadas para agradar à clientela, a empresária faz questão de mencionar o serviço de ajuste de roupas que oferece gratuitamente e que considera como o diferencial do negócio. “Aperto aqui, aperto lá, faço bainha e não cobro nada”. Para o conforto dos clientes, sinaliza a ampliação feita nos provadores, com instalação de ventiladores maiores, além da utilização de pufes. Na parte financeira, beneficia o consumidor com desconto de até 20% com a implantação do cartão fidelidade. A Lilás também aderiu às redes sociais e interage com o público pela fanpage do Facebook, constantemente atualizada. A divulgação do empreendimento é feita por folhetos distribuídos na região. Para Vera, essas atitudes são simples, mas refletem positivamente no relacionamento com seu público, resultando no processo de fidelização. “Eles são fiéis, saem daqui satisfeitos, sempre voltam e ainda fazem propaganda da loja”, acentua.
Confira dicas para segmentar mercados • Público-alvo – Mapeie o mercado consumidor, identifique características, interesse e perfil de seus compradores. É fundamental desenvolver o hábito de ouvi-los sempre e entender suas demandas; • Mercado – Torne-se de fato um especialista do segmento que escolheu investir. Analise o mercado, observe as suas características, seus pontos fortes fracos e as oportunidades; • Fornecedores – Tenha sempre um leque de fornecedores e trabalhe com os melhores, que primem pela qualidade e prazo de entrega do produto ou serviço; • Produto – Perceba a qualidade do seu estoque e avalie se é compatível com o que seu público realmente deseja. • Concorrentes – Conheça e mantenha uma boa relação com a concorrência; • Estratégia – Aposte numa ação diferenciada, inovadora, que agrade os clientes, seja no atendimento, produto ou serviço, e faça com que seu empreendimento seja preferido no mercado; • Atualização – Pesquise e acompanhe a tendência de seu segmento, participando de eventos, missões empresariais e congressos.
Você conhece seu cliente? A segmentação de mercado é um processo natural da economia aberto ao crescimento. Para o gerente de Acesso a Mercado do Sebrae, José Nilo Meira, investir em negócio especializado representa uma boa oportunidade, pois requer pequeno investimento. Entretanto, o gerente alerta a importância de o empresário ter conhecimento sobre o cenário onde atua, perceber a sua dinâmica, identificar seus públicos, bons fornecedores e as oportunidades. “O empresário se torna um especialista no ramo que escolheu. Portanto ele deve criar uma estratégia diferenciada para atender e entender seu público-alvo”. O Sebrae oferece programas de capacitações e consultorias, a exemplo do Sebraetec, Empretec e Sebrae Mais, com soluções que podem auxiliar no crescimento e sobrevivência do negócio.
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Foto: RAUL GOLINELLI
POLÍTICAS PÚBLICAS
Sócio das lojas SMS e NCK Equipamentos, Sérgio Branco comemora a notícia e considera que a mudança terá impacto direto no desempenho desses pequenos negócios
Espaço reservado para os pequenos negócios Entra em vigor o decreto que garante exclusividade de MPE em licitações de até R$ 80 mil A partir deste ano, os pequenos negócios de todo o país passam a ter lugar obrigatório na disputa por compras públicas. Já em vigor, o Decreto n° 8.538/2015, que regulamenta a Lei Complementar 147/14, determina que as licitações para valores de até R$ 80 mil sejam disputadas exclusivamente por micro e pequenas empresas (MPE). A garantia, que passa a
valer nas esferas federal, estadual e municipal, abre mais um leque de oportunidades para os pequenos negócios. Além da exclusividade na disputa de compras até R$ 80 mil, os empreendimentos de micro e pequeno portes ainda poderão ser contemplados em licitações de valores acima desse teto. Isso porque o decreto
permite a possibilidade de criação de um lote restrito para MPE dentro de disputas por compras de valores maiores. Gerente adjunta da Unidade de Políticas Públicas do Sebrae Bahia, Ivana Miranda, explica que essa possibilidade poderá ser adotada em dois casos. No primeiro deles, uma licitação poderá
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A partir de 2016, licitações públicas de até R$ 80 mil são exclusivas para micro e pequenas empresas prever um percentual de até 25% da compra voltado para pequenos negócios. Em uma disputa para fornecimento de papel, por exemplo, o estado pode determinar que haja um lote restrito para MPE. Já no segundo caso possível, o órgão público poderá exigir que a grande empresa participante da concorrência subcontrate uma micro ou pequena, pagando até 30% do valor da licitação.
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Os pequenos negócios que participarem de licitações como subcontratadas também ganham, com as novas regras, mais uma garantia, já que o pagamento passa a ser feito diretamente. “Agora o pagamento ao subcontratado é feito pela gestão pública. Isso foi mudado para evitar problemas no repasse feito pela grande empresa licitada”, detalha Ivana. “Agora, o pagamento ao subcontratado é feito pela gestão pública. Isso foi mudado para evitar problemas no repasse feito pela grande empresa licitada”, informa Ivana. Um dos empresários a comemorar a notícia, Sérgio Branco, conta que participa de licitações há mais
de dez anos. Sócio das lojas SMS e NCK Equipamentos, ambas empresas de pequeno porte voltadas para a venda de equipamentos de proteção individual (EPI), itens de sinalização e produtos de limpeza e de coleta seletiva, ele diz que hoje fornece produtos para a administração pública de Salvador, Camaçari e Simões Filho, além de Lauro de Freitas, onde os empreendimentos estão situados. “A mudança abre mais oportunidades e a concorrência fica mais justa, porque passamos a disputar com empresas do mesmo porte”, explica Sérgio. O empreendedor afirma que decidiu participar de licitações
quando a SMS completou um ano, em 2001, ao notar a demanda pelos produtos. O resultado foi tão animador que dois anos depois a NCK foi lançada no mercado. “A NCK praticamente foi aberta para o foco em licitações”, revela, ao apontar que hoje 80% do faturamento da segunda loja vêm das compras públicas.
Fortalecimento de empresas locais A novidade também tem reflexos nas licitações dos municípios. Ainda que a cidade não tenha adaptado a legislação própria para dar prioridade aos pequenos negócios, a nova
regra federal passa a ser obrigatória para as disputas das compras municipais. Nessa esfera, as micro e pequenas empresas locais também terão vantagem na concorrência. Por determinação do decreto, os empreendimentos locais terão prioridade quando o valor da contratação for até 10% superior ao das propostas de empresas de outras cidades. “Isso é muito importante, porque se contrata alguém que está dentro do seu município, fomentando a economia local. É preciso pensar no significado desse movimento para a questão social e o desenvolvimento do municí-
pio”, analisa Ivana, que destaca os benefícios também para a administração pública. “A gestão não terá despesas extras, como custos com transporte, por exemplo. E todos os impostos recolhidos ficam dentro da cidade”.
“Agora, o pagamento ao subcontratado é feito pela gestão pública. Isso foi mudado para evitar problemas no repasse feito pela grande empresa licitada”, afirma Ivana Miranda, gerente adjunta do Sebrae Bahia
Quanto as MPE movimentam nas compras públicas Na Bahia De acordo com dados da Coordenação Central de Licitações da Secretaria da Administração do Estado da Bahia (Saeb/CCL), em 2015, o Estado da Bahia realizou 591 licitações exclusivas para micro e pequenas empresas, totalizando mais de R$ 13 milhões contratados somente com a aplicação do benefício da prioridade. Considerando o total de contratações realizadas com as MPE durante o ano, o montante alcança a soma de mais de R$ 488 milhões. No Brasil A participação dos pequenos negócios nas compras públicas chegou a R$ 7 bilhões em 2015, até novembro, segundo o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. O valor representa 16,9% do total de R$ 41,6 bilhões gastos pelo governo federal no ano. No período, os empreendimentos de micro e pequeno porte participaram de 52.418 processos licitatórios do governo federal. Em suma, os contratos foram fechados para a aquisição de bens, com 60,1%, e serviços, com 39,8%.
Por onde começar O Sebrae oferece cursos de compras públicas e oficinas de editais, para ajudar empresários de pequenos negócios a interpretar os documentos e conhecer o processo de licitação. Os gestores públicos também contam com o apoio da entidade, que promove capacitações e estudos para que eles estejam preparados para as novas regras. “Orientamos e capacitamos para o atendimento dessa determinação, tanto o município, para comprar, quanto o empresário, para vender”, explica Ivana Miranda.
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Foto: raul golinelli
Inovação e Tecnologia
Mãe e filha, Maria Vanda e Carina Espinosa estão à frente do ID-Idiomas, que hoje conta com 14 professores
Programa de Inovação promove mudanças em curso de idiomas Empresa de Lauro de Freitas informatiza sistemas e adota novo modelo de gestão, de olho em franquia e educação a distância Há cerca de um ano, as sócias Maria Vanda e Carina Espinosa receberam a visita da agente Magda Mikelle, do Programa Agente Local de Inovação (ALI), no curso ID-Idiomas, em Vilas do Atlântico, no município de Lauro de Freitas. “O diagnóstico inicial foi que fazíamos tudo sozinhas
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e a nossa gestão administrativa era amadora, desde a propaganda até o financeiro”, relembra Carina. A análise contrastava com o alto índice de satisfação dos alunos sobre o curso, que desde o ano 2000 utiliza metodologia própria para facilitar o aprendizado.
Dispostas a investir na profissionalização, mãe e filha se inscreveram nos cursos de Planejamento Estratégico e Gestão Financeira, do Sebrae Mais, e contrataram uma consultoria de Design de Interiores do Sebraetec, subsidiada em 80% pelo Sebrae, além de se inscreverem nos editais de ino-
vação do programa para projetos de diferenciação. “Como o saldo positivo dos cursos que fizemos, estamos saindo do intuitivo e nos profissionalizando, reconhecendo os resultados que já estão aparecendo no administrativo”, declara a mãe e fundadora, Maria Vanda. As orientações da ALI Magda Mikelle influenciaram na prática de mudanças positivas para a empresa, hoje com 14 professores, e contribuíram para novas parcerias da ID-Idiomas
no sentido de desenvolver informatização, como a praticidade de um portal virtual do aluno, para acesso pessoal, acadêmico e financeiro. “A agente do Sebrae percebeu nosso potencial e estabeleceu um relacionamento profissional e motivador. Estimulou a adotar processos padronizados, para futuramente abrir franquias, e a usar tecnologias, para alavancar o ensino a distância”, comemora Carina. A inscrição de Carina no Seminário Empretec foi outro acréscimo resul-
tante do Programa ALI, “contribuindo ainda mais com o desenvolvimento do comportamento empreendedor, impulsionando e racionalizando as reformas que estão sendo implantadas”, como afirma a empresária. “A chegada do ALI na escola nos fez perceber também a importância de outros setores que um empreendimento precisa gerenciar, levando a analisar prós e contras para, cada vez mais, visar resultados e ampliar o mercado de atuação”, completa Carina.
ALI indica no que a empresa pode inovar
Desenvolvido pelo Sebrae, o ALI oferta soluções em inovação e tecnologia para alavancar o nível de crescimento e de faturamento das empresas. O acompanhamento é realizado por agentes com perfil multidisciplinar, bolsistas do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), capacitados para avaliar, sob um olhar diferenciado, toda a empresa e acompanhar seus resultados. Desde o primeiro ciclo do ALI na Bahia, iniciado em 2010, já foram atendidas mais de 5 mil empresas. No atual ciclo (2014-2016), o Programa conta com 55 agentes, atendendo em 39 municípios, levando diagnósticos e soluções para 2,8 mil empresários de áreas, como educação, turismo e entretenimento, construção civil, saúde, movelaria e decoração, comércio varejista e de alimentos, entre outras. O gestor do Programa ALI na Bahia, Eduardo Garrido, aponta algumas vantagens para o empresário que adere à iniciativa, como acompanhamento gratuito, personalizado, especializado, in loco, de um Agente Local de Inovação por um período mínimo de 24 meses. “Os resultados incluem a implantação de uma cultura inovadora dentro das empresas, mesmo após o término do Programa, quando
elas continuam desenvolvendo ações que ajudam a reduzir desperdícios e aumentam o faturamento”, acrescenta. Algumas dessas ações podem ser viabilizadas com o apoio do Sebraetec, onde o Sebrae pode subsidiar até 80% dos custos da ação, e o empresário arca com os 20% restantes para completar o valor dos serviços. Podem participar do ALI as empresas de pequeno porte (EPP), cujo faturamento bruto anual esteja entre R$ 360 mil e R$ 3,6 milhões. É importante que o empresário entre em contato com a Central de Relacionamento do Sebrae (0800 570 0800) e informe seu interesse em receber a visita e participar do Programa. Os 39 municípios atendidos são: Arembepe, Aritaguá, Arraial D’Ajuda, Barra do Choça, Barra do Jacuípe, Barra do Pojuca, Barreiras, Camaçari, Canavieiras, Catu de Abrantes, Conceição do Jacuípe, Coração de Maria, Eunápolis, Feira de Santana, Guanambi, Guarajuba, Humildes, Ibicaraí, Ilhéus, Itabela, Itabuna, Jandaíra, Jequié, Lauro de Freitas, Maria Quitéria, Medeiros Neto, Monte Gordo, Mutas, Poções, Porto Seguro, Salvador, Santa Cruz Cabrália, Santo Antônio de Jesus, São Desidério, Simões Filho, Teixeira de Freitas, Trancoso, Ubaitaba, Vitória da Conquista.
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Fotos: raul golinelli
Indústria
Família Freitas-Borges iniciou a produção vendendo cinco a dez frangos por semana. Hoje, esse número passou para 500 a 1 mil
Profissionalização aumenta produção em até cem vezes Distribuidora de congelados com sede em Salvador comemora ampliação na produção artesanal de frango desossado Apesar do crescimento vertiginoso em pouco tempo – entre 2013 e 2015 –, o diretor Comercial da Gallu’s, Júnior Borges, não hesita em ser cauteloso. “Crescer é difícil. Você tem que ser muito seguro, porque exige investimento e precaução. Quando
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aumentam as despesas, é preciso ter muita certeza de que as receitas vão acompanhar a evolução”, ressalta. Nitidamente, Júnior precisa encontrar a melhor fórmula para equacionar o bom desenvolvimento
da Gallu’s, que produz frangos desossados e recheados, garantindo vida longa à empresa. Para se ter uma ideia, quando a atividade era mais um hobby do que uma profissão, a produção era de cinco a dez frangos por semana. Atualmente,
esse número saltou para 500 a mil frangos semanais. O curioso e mais interessante disso é que a produção é 95% artesanal, feita pelas mãos dos quatro sócios, todos da mesma família, natural de Goiás. Antes de tocarem a fábrica em Salvador, no bairro do Cabula VI, os Freitas-Borges fizeram uma escala de seis anos em Lisboa, Portugal, onde já desenvolviam o produto e vendiam para amigos. Mas foi ao aportar na capital baiana que a atividade virou negócio de verdade. Com apoio do Sebrae, a distribuição dos cinco produtos da linha, atualmente, abarca 65 pontos de vendas em Salvador e outras cidades, como Lauro de Freitas, Camaçari, Feira de Santana, Alagoinhas e Senhor do Bonfim.
“O Sebrae foi fundamental no desenvolvimento do trabalho desde o início. Não tínhamos lista de fornecedores e comprávamos os materiais, como queijo, presunto e o próprio frango resfriado, nos supermercados, o que tornava o produto dispendioso”, relembra o diretor de Comunicação e Marketing, Antônio Netto. Ele cita que também foi através da consultoria do Sebrae que a Gallu’s se legalizou e passou a cumprir, rigorosamente, as determinações da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). No final de 2014, conseguiu o selo de inspeção da Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab). Netto também destaca a importância da instituição na profissio-
nalização do negócio. “Somos uma empresa familiar e, apesar de estarmos todos sempre com a mão na massa, era preciso que cada um tivesse a sua função e cargo específico na organização”, disse. Além disso, outro ponto importante foi a produção das etiquetas e da embalagem mais adequada, após o aumento da produção. “A gente precisava de uma etiqueta bonita e que representasse bem o produto”. A embalagem era feita em papel filme e com uma linha para “prender” o frango. Hoje, o produto é enrolado no filme poliéster que não precisa tirar e vai numa embalagem a vácuo, que garante um ano de validade. Para a técnica do Sebrae, Rita de Cássia Silva, o crescimento
O produto é enrolado no filme poliéster que não precisa tirar e vai numa embalagem a vácuo, que garante um ano de validade
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“Compreender o consumidor é questão de sobrevivência no mercado” da Gallu’s se dá por elementos fundamentais aos grandes empreendedores: persistência e planejamento. “Eles estão em uma busca constante por conhecimento e inovação. Sempre orga-
nizados, estruturados e atentos à qualidade do produto que eles fazem com zelo e profissionalismo, estão aumentando a carteira de clientes e têm um futuro promissor”, avaliou. O modelo primordial de vendas da Gallu’s é no atacado. Entretanto, Netto considera fundamental ouvir o público final, o consumidor do produto. Para isso, ele utiliza estratégias. “Con-
versamos com os donos, balconistas e vendedores das delicatessens para sabermos o retorno dos compradores, pois estamos falando de paladar”, pontua. Outra ferramenta importante são as redes sociais. “Após algumas queixas através do Facebook, reduzimos o tamanho do frango de 2kg para a média de 1kg, afinal compreender o consumidor é questão de sobrevivência no mercado”, afirma.
Planos e metas para 2016 E a meta da Gallu’s é alçar voos mais longos, já este ano. “Nossa linha de produção ainda não abraça a grande rede de supermercados. A gente quer crescer, porém tendo muito cuidado, pois nossa produção é manual”, avisa a diretora executiva, Liliana Borges. Outro objetivo da empresa é buscar mais apoio do Sebrae. “Precisamos automatizar algumas coisas sem perder a qualidade. O intuito é otimizar o trabalho, ganhando tempo e aumentando o lucro.”, aponta. O diretor financeiro, Jefferson Borges, destaca a importância de uma consultoria financeira para desenvolver as metas estipuladas. “Para vendermos a grandes redes de supermercados, que às vezes têm 20 lojas, precisaremos ter uma capacidade maior de estoque, para atender às demandas, e de capital de giro para suportar o prazo de pagamento”, enfatizou. Ainda em 2016, está prevista a inclusão de mais um produto na linha: o frango defumado. Outro projeto é a otimização das sobras. A ideia é produzir o próprio presunto para utilizar nos recheios e reduzir custos. Além de incluir no cardápio a venda de coxinhas e asinhas já temperadas com ervas finas.
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Foto: Mário luna
Agronegócio
O produtor de leite, Edson Melo, é atendido por consultoria que visa o melhoramento genético da bovinocultura leiteira
Técnica de melhoria genética do rebanho auxilia produtor rural Consultoria de fertilização in vitro busca aumentar a produção de leite e impacta na gestão e renda das pequenas propriedades Produzindo leite bovino há mais de 12 anos, em uma pequena propriedade na comunidade de Paraíso, município de Jacobina, Edson Melo vem buscando técnicas e práticas para melhorar a rentabilidade e o resultado final do seu empreendimento. Desde março
de 2015, ele está sendo atendido pela consultoria de Melhoria Genética do Rebanho – Fertilização In Vitro (FIV), tecnologia voltada para o melhoramento genético da bovinocultura leiteira, por meio da parceria entre Sebrae e Serviço Nacio-
nal de Aprendizagem Rural (Senar)/ Federação da Agricultura e Pecuária do Estado da Bahia (Faeb). Assim como Edson, outros 367 produtores da Bahia estão recebendo a consultoria, que tem duração de 70 dias, em média.
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Foto: João Alvarez
entanto, temos uma baixa produtividade leiteira, mas um grande potencial de desenvolvimento”, afirma a técnica da Coordenação de Agronegócio no Sebrae Bahia, Adriana Moura. “Percebemos que uma possibilidade para melhorar a produtividade e a qualidade do leite é trabalhar a questão da genética”, completa. Proprietário de um rebanho de 43 animais, Edson contratou a fertilização em dez vacas, com embriões sexados de fêmea de raças de alta qualidade genética na produção de leite. Já foram confirmadas as prenhezes dos animais, que devem parir a partir de junho.
Consultoria também oferece melhoria na gestão O método envolve a implantação do embrião de raças de alta qualidade genética e com grande potencial leiteiro nas fêmeas receptoras, a fim de multiplicar a quantidade de animais com essas características no rebanho. Com a implantação dos embriões obtidos com o uso do sêmen sexado de fêmeas, aumenta-se ainda a chance de que 85% das crias sejam fêmeas, ampliando o potencial de reprodução do rebanho. No Centro-Norte baiano, são 11 os municípios atendidos, em um total de 46 em todo o estado. Em Jacobina, a ação se dá por meio do Programa Viver Bem no Semiárido, executado pelo Sebrae e Sistema Faeb/Senar. “O Sebrae e o Senar estão possibilitando o acesso de pe-
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quenos produtores à fertilização in vitro, proporcionando a melhoria da qualidade genética do rebanho em curto espaço de tempo”, comemora Edson. A consultoria é realizada pela empresa In Vitro Brasil S.A e viabilizada por meio do Sebraetec, programa voltado para a inovação e tecnologia no negócio. Cada produtor pode contratar até dez prenhezes, sendo cada uma com três transferências de material. Com o subsídio de 80% do Sebraetec, foram contratadas 512 prenhezes na região de Jacobina. Na Bahia, esse total é de 2.035. A proposta busca aumentar a produção de leite do rebanho baiano, que, de acordo com dados do IBGE de 2014, é o primeiro do Nordeste e o quarto maior do país. “No
Os produtores atendidos pela consultoria de fertilização in vitro precisam fazer parte de outros programas desenvolvidos pela parceria Sebrae e Sistema Faeb/Senar. Além do Viver Bem no Semiárido, que atua na região do semiárido baiano (incluindo o entorno dos municípios de Jacobina, Irecê e Feira de Santana), também participam da consultoria produtores atendidos pela Assistência Gerencial e Tecnológica (Agetec), no Extremo Sul e Sudoeste da Bahia. As duas iniciativas trabalham a assistência técnica e gestão empresarial continuada com os participantes. “A questão não é somente oferecer um melhoramento genético. É importante ter um desenvolvimento e melhoria na gestão da propriedade”, explica Adriana Moura. De acordo com a
produtiva e rentável, e assistência técnica, para que esse produtor consolide as mudanças propostas no seu negócio”. Motivado a transformar sua fazenda Galherios em uma empresa, Edson aproximou-se do Sebrae em 2011. A partir de então, participou de uma série de cursos e consultorias, que propiciaram mudanças no seu comportamento empresarial e refletiram de forma positiva na gestão da propriedade e no sistema de produção de leite, a exemplo dos programas Negócio Certo Rural e D’Olho na Qualidade.
Atualmente, ele produz 140 litros de leite por dia com nove animais. Empregando a prática diária dos ensinamentos obtidos através das soluções do Sebrae e do Senar, o produtor pretende melhorar, significativamente, o desempenho do seu rebanho. “Com a tecnologia e assistência técnica, em pouco tempo teremos um campo inovado e com significativos avanços. Quero chegar ao final de 2016 produzindo 350 litros por dia com 15 animais e, em 2019 quando os animais fertilizados já estiverem dando cria, a meta é produzir 500 litros por dia, com 20 animais”, planeja.
Foto: Mario LUna
gestora, com a assistência, o produtor aprende a aplicar novas práticas na propriedade rural. Entre elas, estão a reserva estratégica e cuidados com a alimentação e a sanidade do rebanho. Para o superintendente adjunto do Senar Bahia, Humberto Miranda, a assistência técnica e gerencial, ofertada aos produtores, é fundamental no desenvolvimento do negócio. “Trabalhamos programas com foco em gestão da fazenda, formação do trabalhador e produtor rural, e inovações tecnológicas para que a propriedade se torne
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evolução rápida da genética do rebanho e alcançar nossas metas de produção em um menor espaço de tempo”, completa. Depois de 90 dias do início do programa, o produtor já comemorava os resultados. “A taxa de concepção dos embriões foi de 63%, acima da média esperada. Esses ótimos resultados foram frutos de um rebanho bem alimentado e com a sanidade em dia”, conta. No programa, a média de concepção de embriões no estado é de 45%. Marcos revela que está ansioso para ver as bezerras nascendo e acredita que, em três anos, esses animais de genética superior vão alavancar o aumento da produção
de leite na propriedade. “Esperamos um incremento de 60% no volume de leite produzido”, completa. Assim como ele, 83 produtores de 13 municípios do Sudoeste baiano são atendidos na consultoria. Os interessados em participar da consultoria de fertilização in vitro podem preencher um cadastro de interesse disponível nos pontos de atendimentos do Sebrae em Feira de Santana, Irecê, Jacobina, Teixeira de Freitas e Vitória da Conquista. As vagas são limitadas e a aprovação será validada pelo Senar e pelo Sebrae, com base em critérios relacionados à alimentação do rebanho, infraestrutura da propriedade e sanidade animal.
Bons resultados no Sudoeste O produtor Marcos Magalhães, proprietário da Fazenda São Vicente, localizada em Malhada, no Sudoeste baiano, também é atendido na consultoria de fertilização in vitro. Com um rebanho com 200 animais, sua produção atual é de 400 litros de leite por dia, mas a meta é chegar a 3 mil. Para Marcos, que participa pela primeira vez de uma ação do Sebrae, a consultoria vai proporcionar uma melhoria na produção de leite e um aumento da renda dos pequenos produtores. “Será possível ter uma
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Imagens: iStock
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Sebrae aposta em 24 segmentos estratégicos dentro dos setores de agronegócio, comércio, serviços, indústria, e turismo e economia criativa, para este ano
Empreendedores transformam desafios em oportunidades Mesmo diante do cenário de crise, o número de pequenos negócios cresceu 9% em 2015 na Bahia 22
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24 segmentos estratégicos dentro dos setores de agronegócio, comércio, serviços, indústria e turismo e economia criativa. Um deles, o varejo de moda, foi o escolhido por Lorine Lopes, que deixou o instinto empreendedor, que passa de geração a geração em sua família, falar mais alto que qualquer receio de arriscar nos últimos meses. Com apenas 24 anos, Lorine é neta do empresário que deu nome ao Bar e Restaurante Ulisses, no bairro de Santo Antônio Além do Carmo, em Salvador. Desde o falecimento do avô, o seu pai, Jorge Lopes, assumiu o estabelecimento e buscou promover melhorias, como a mudança de endereço para o outro lado da Rua Direita de Santo Antônio, conquistando uma varanda com vista para a Baía de Todos-os-Santos. Há dois
Talvez a palavra “crise” tenha sido a mais ouvida – e temida – pelos empreendedores no ano de 2015. Seria o momento de frear os investimentos e deixar de lado o sonho de abrir o próprio negócio? Se a resposta dos pequenos empreendimentos baianos viesse em voz alta, seria possível ouvir um claro “não”. Contrariando o pessimismo, o número de pequenos negócios do estado cresceu 9% no período, totalizando 632.783 empresas. A coragem de enfrentar os desafios econômicos fez com que 2016 começasse com 54.866 novos negócios em todo o estado. E o fantasma da crise parece ser um estímulo para esses empreendedores. Para quem está de olho na chance de transformar desafios em oportunidades em 2016, o Sebrae aposta em
SETORES ESTRATÉGICOS w
AGRONEGÓCIO
COMÉRCIO
SERVIÇOS
INDÚSTRIA
TURISMO E ECONOMIA CRIATIVA
Agricultura
Varejo de alimentos
Saúde
Panificação
Turismo
Café
Varejo de Moda
Automotivo
Consrução Civil
Artesanato
Chocolate
Materiais de Construção
Beleza e Estética
Metal Mecânica
Audiovisual
Caprinocultura
Revitalização de Espaços comerciais
Startups
Confecção e Moda
Floricultura
Químicos e plásticos
Leite e Derivados
Energia – Petróleo e Eólica
Agroindústria Fonte: Sebrae Bahia
anos ajudando a administrar o negócio, Lorine passou a integrar, em 2015, o Clube de Excelência do Sebrae. E acabou descobrindo mais do que boas técnicas para desenvolver o restaurante fundado pelo avô. “Entrei com o propósito de organizar a parte administrativa do bar. Assisti às aulas, participei de todas as atividades e pensei: acho que chegou o momento de abrir a minha loja”, lembra a empreendedora, formada em Design de Moda. “Eu sempre soube que, para trabalhar com moda, eu teria que abrir o meu próprio negócio. Até então eu não tinha oportunidade nenhuma para isso, e foi através do Sebrae que eu consegui desenvolver o meu projeto. Não conhecia nada da parte administrativa, então me aconselharam e participei de cursos que me ajudam bastante até hoje”, conta a proprietária da loja virtual Lorine Clothes, onde vende, desde novembro de 2015, peças que desenhou e cujos tecidos escolheu a dedo. Se a crise assustou? “Não fiquei com medo. Apareceu a oportunidade e eu tive que agarrá-la independentemente do período”, garante Lorine, que se formalizou como microempreendedora individual (MEI), categoria que alcançou crescimento de 17% no estado em 2015. “Contornei a crise e tive um bom resultado na minha escolha. Não pensei em nada negativo”, afirma. O resultado de que ela fala foi animador – a primeira coleção, lançada junto com a marca, teve 60% das peças vendidas em apenas dois meses. No planejamento do negócio para 2016, o otimismo continua em alta, com o sonho de uma loja física bem próximo de ser concretizado.
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Foto: raul golinelli
Lorine Lopes escolheu um dos segmentos estratégicos do Sebrae para entrar no universo empreendedor. Ela é proprietária da loja virtual Lorine Clothes
Empreender por necessidade requer cuidados Junto com a loja virtual recém -lançada de Lorine e o bar de mais de 50 anos da família, outras 160 mil empresas do estado foram atendidas pelo Sebrae em 2015, ou seja, um a cada quatro pequenos negócios da Bahia recebeu orientação, capacitação ou consultoria da entidade. O número é significativo: no Brasil, o estado é o sexto em número de pequenos negócios. Para o superintendente da instituição no estado, Adhvan Furtado, esse número também é composto
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por outro perfil de novo empreendedor, diferente da designer de moda. “Podemos inferir que há um aumento da procura pelo Sebrae por pessoas que empreenderam não por uma questão de oportunidade, mas por necessidade”, avalia, ao lembrar que há casos de pessoas que sofreram com o desemprego em 2015, e que buscaram nesse caminho uma nova atividade. Diretor técnico da entidade, Lauro Ramos lembra que esse movimento demanda um cuidado maior. “A gente sabe que, historicamente, empreender por necessidade traz um volume de empreendimentos que, no curto prazo, acabam não tendo sucesso”, conta. “Então, mais do que nunca, a
gente tem que ser capaz de reunir as informações mais qualificadas possíveis para esse perfil de público”. Nesses casos, é importante que o novo empreendedor tenha cautela e fique atento às dicas da instituição. No entanto, Adhvan destaca que o cenário não deve intimidar os donos de pequenos negócios – muito pelo contrário. “Independentemente da questão econômica, a gente precisa encontrar oportunidades, continuar trabalhando e gerando caminhos para o desenvolvimento”, defende. “E o caminho passa, sem dúvidas, muito mais pela micro e pequena empresa, porque ela tem mais velocidade para conseguir adaptar o seu negócio a essa realidade”.
Pequenos negócios na Bahia 636.074 504.08
260.351 243.736 2013 Fonte: Receita Federal
577.917
300.160 277.757 2014
TOTAL
352.440 283.634
MPE MEI
2015
Número de empresas constituídas em 2015 na Bahia MEI . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5.877 MPE . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 52.280 TOTAL . . . . . . . . . . . . . . . . . 58.175
Fonte: Receita Federal
Novidades no atendimento e suporte aos pequenos negócios Justamente para acompanhar essa agilidade necessária aos pequenos negócios e difundir mais conhecimento para quem precisa de orientação em uma nova atividade, o Sebrae promoveu diversas ações no decorrer de 2015. A Semana de Capacitação, com mais de 24 mil vagas no estado, e o lançamento do Movimento Compre do Pequeno Negócio foram dois dos destaques. As regiões do estado foram atendidas em suas vocações, com projetos variados: o fortalecimento das redes produtivas de fruticultura, caprinocultura e pa-
Vai empreender por necessidade? Fique atento às dicas Observe o cenário – Pesquise sobre o segmento em que pretende empreender. Se não souber ainda em qual atividade atuará, procure uma com que se identifique. Defina a sua expectativa e o seu investimento – Saiba bem qual é o retorno que espera ter e quanto tem para investir. Isso guiará o seu planejamento. Planeje-se – Faça um planejamento não só do negócio, mas financeiro e pessoal. Saiba quanto tempo vai se dedicar à atividade e se precisará de mais uma pessoa para trabalhar com você. Analise tudo antes de iniciar o negócio, para evitar problemas que saiam caros demais depois. Inove – Crie algo diferente. Procure vender de uma forma diferente dos concorrentes e criar oportunidades para isso. Oferecer um atendimento ou produto personalizado, que satisfaça o cliente, também é uma forma de inovar. Gestão – A gestão é fundamental. Acompanhe o tempo todo o seu negócio, mesmo que seja em uma caderneta. Lembre-se: quem não mede, não gerencia. A partir disso, poderá melhorar o seu negócio. Parcerias – Fornecedores e clientes fidelizados podem ser seus parceiros, além do próprio Sebrae, que ajuda a traçar estratégias para o seu negócio. Não fique sozinho. Perca o medo – Com o planejamento certo, é hora de vencer o grande desafio do empreendedor: perder o medo e dar o primeiro passo. O Sebrae está à disposição para ajudar nesse processo.
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Foto: Arquivo Pessoal
nificação em Juazeiro; a estruturação do Plano Náutico da Costa do Dendê; o programa de fertilização in vitro para aumentar a produção de leite no semiárido; o fortalecimento dos grupos setoriais de Barreiras, e o associativismo na produção de cacau e chocolate de Ilhéus. Agora, o Sebrae se prepara para sacar mais uma carta da manga. Ainda em 2016, os empresários baianos ganharão ferramentas online de atendimento, que permitirão a consulta a distância, por videoconferência, com a mesma qualidade de um atendimento presencial. Com isso, a entidade espera alcançar mais empresários e fortalecer mais negócios. “Para ter uma ideia, 8% dos atendimentos do Sebrae em 2014 foram a distância. Em 2015, chegamos a 20%. Em 2016, devemos saltar para 50%”, explica o diretor de atendimento Franklin Santos. “Este é o ano para a gente comprovar o que dissemina: sair da crise mais forte, usar a criatividade, ser mais ágil, mais leve e muito mais flexível. Eu tenho mesmo muita esperança de que em 2016 a gente vai fazer melhor do que fez em 2015”, acredita.
Criatividade e inovação são aliadas para conquistar mercado
Clara Trigo uniu os setores de economia criativa, comércio e serviço e criou um novo equipamento para a prática de pilates, batizado de flymoon, que alcançou destaque em vários estados do Brasil e fora do país
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E não é somente Franklin que tem motivos para esperar que os próximos meses sejam melhores. Vencedora da etapa estadual do Prêmio Sebrae Mulher de Negócios em 2015, na categoria MEI, Clara Trigo tem a mesma expectativa. Exemplo para quem quer
Foto: João Meirelles
O flymoon permite trabalhar a instabilidade do corpo de diversas maneiras
encontrar o seu caminho no mercado, ela também inovou com criatividade, leveza e flexibilidade, mas de forma diferente dos negócios mais tradicionais. A empreendedora viu a oportunidade de uniu os setores de economia criativa, comércio e serviço, todos com destaque em 2016, ao criar um novo equipamento para a prática de pilates, em 2007. “Estava criando um espetáculo em que a ideia era inverter as coisas. E foi isso que eu fiz com um dos equipamentos, que é a meia-lua. Inverti, e o que era um objeto estável virou instável. Vi ali um novo formato de uso”, explica Clara, que é mestre em Dança pela Universidade Federal da Bahia (UFBA) e praticante de pilates desde os 15 anos. Após recorrer a uma parceria com a também baiana Physio Pilates para produzir o novo equipamento, batizado de flymoon, ela passou a desenvolver novas técnicas aliando a dança e
o pilates, em que os praticantes pudessem trabalhar a instabilidade do corpo no aparelho de diversas maneiras, sem amarras, algo que ela passou a chamar de “instabilidade poética”. “Notei que eu estava montando um método pedagógico. Não queria ensinar copiadores. Queria que as pessoas entendessem que precisamos trabalhar com criatividade e autonomia, e que isso transborda o processo de repetição de exercícios”, conta Clara. Além de obter lucro com a venda do aparelho, a empreendedora já ministrou cursos de formação do seu método a mais de 500 profissionais da área em todas as regiões do Brasil, além de outros países, como Argentina, Estados Unidos, Itália, Espanha, Alemanha e Suíça. Para ela, 2015 trouxe grande crescimento. “O interesse pelo meu trabalho aumentou muito. Foi o ano em que mais ganhei dinheiro como empresária. Estou
apostando que esse é o caminho e que vou continuar crescendo”, revela a microempreendedora individual, formalizada desde 2013, escolha que a ajudou no processo de amadurecimento. “Ser MEI foi muito importante para ter coragem de apostar nesse caminho como empresária. Eu era muito medrosa em ser algo que me onerasse muito. Eu não daria um passo em direção ao empresariado se não fosse a formalização”. Para 2016, Clara já tem um planejamento traçado. Na agenda, estão confirmados cursos de formação em cidades por todo o Brasil, como Porto Alegre, Curitiba, São Paulo, Aracaju, Goiânia, Fortaleza e Palmas. Fora do país, turmas em Portugal e no Panamá aguardam a empreendedora baiana, que está em processo de negociação com uma empresária na Europa para representação do aparelho no continente. Para acompanhar o ritmo de crescimento do negócio fora do Brasil, Clara contará com capacitações do Sebrae. “Eu tenho muita necessidade de entender como funcionam os negócios internacionais, então estou ávida por começar. Vou precisar de muito mais suporte este ano”. A determinação e preparo de empreendedores como Clara e Lorine, aliás, pode ser a resposta para a recuperação econômica do Brasil, acredita Adhvan Furtado. “A expectativa é que a gente tenha a micro e pequena empresa como grande motor para tirar o país da crise”, afirma o superintendente, lembrando que, em meio ao cenário turbulento, ganha quem não se deixa abater. “A mensagem positiva é que a crise vai passar. E a empresa que estiver bem estruturada vai sair na frente”.
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Conheça mais sobre o perfil dos pequenos negócios baianos:
Juazeiro
Feira de Santana Camaçari Lauro de Freitas Salvador
Ranking das cidades com maior número de pequenos negócios Município
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
MPE + MEI
1. Salvador . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 171.814 2. Feira de Santana . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39.932 3. Vitória da Conquista 4. Lauro de Freitas
7. Ilhéus
Ilheus Itabuna
. . . . . . . . . . . . . . . . . . 19.607
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16.118
5. Camaçari . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14.332 6. Itabuna
Vitória da Conquista
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11.778
Porto Seguro
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11.671
8. Juazeiro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10.310 9. Porto Seguro
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9.996
10. Teixeira de Freitas
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9.727
Total dos Municípios
. . . . . . . . . . . . . . . . . 315.285
Teixeira de Freitas
Total da Bahia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 632.783 Percentual dos 10 1º Municípios na Bahia . . . . . . 49,8% Fonte: Recita Federal
Segmento Comércio; reparação de veículos automotores e motocicletas
Pequenos Negócios na Bahia 316.163
Alojamento e alimentação
65.701
Indústrias de transformação
54.919
Outras atividades de serviços
48.783
Construção
35.808
Atividades administrativas e serviços complementares
30.606
Transporte, armazenagem e correio
24.951
Atividades profissionais, científicas e técnicas
17.943
Educação
13.548
Artes, cultura, esporte e recreação Fonte: Receita Federal
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7.529
Foto: raul golinelli
EDUCAÇÃO EMPREENDEDORA
Alan, Larissa, Tamires e Bruna são os quatro alunos vencedores da Bahia, que depois formaram uma equipe para disputar a etapa nacional
Universitários participam de desafio empreendedor Estudantes do ensino superior disputam ideias e soluções em gestão e empreendedorismo Jogos online de negócios, simuladores empresariais e atividades de capacitação virtuais e presenciais fazem parte do Desafio Universitário Empreendedor, uma disputa com o objetivo de preparar estudantes para o mercado, desenvolvendo e
aprimorando habilidades corporativas nos participantes. Na Bahia, o Ciclo 2015 do Desafio Universitário contou com 4.588 alunos inscritos (e mais 105 professores), dos quais 33 estudantes se classificaram para a etapa final esta-
dual e, desses, quatro venceram e seguiram para a etapa nacional, em Brasília, no início de dezembro de 2015. A jovem Larissa Mendes Malta, 8º semestre de Engenharia de Produção na Universidade Estadual de Santa
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Cruz (UESC) no Sul baiano, ficou em primeiro lugar na etapa estadual do Desafio. A segunda colocação foi para Alan Silva Moura, que cursa o 6º semestre de Administração na Universidade Católica do Salvador (UCSal). Tamires Silva de Andrade, 3º semestre de Administração de Empresas, Universidade do Estado da Bahia (UNEB), ficou em 3º lugar e Bruna dos Santos Brito, 4º lugar semestre do mesmo curso anterior, no Centro Universitário Jorge Amado (Unijorge), em 4º. Os quatro estudantes formaram a equipe que representou a Bahia na etapa nacional do desafio. Juntos, eles apresentaram aos jurados o projeto “Estação Comfort” para a criação de um guarda-volumes, estrutura que permite às pessoas guardarem seus pertences quando forem, por exemplo, à praia, para que possam aproveitar melhor o ambiente com segurança. A iniciativa prevê também um estacionamento de bicicletas. “Nossa ideia agora é fomentar esse projeto, começar a nos movimentar em busca de parcerias, e transformar ele em um negócio”, conta Larissa, empolgada com toda experiência vivenciada ao longo da competição. “O Desafio me estimulou e, agora, vou continuar buscando conhecimento em empreendedorismo, porque percebi que tem muita coisa nova para aprender nessa área”, garante Bruna Brito. A integrante Tamires Silva comemora as vivências na competição e as características empreendedoras adquiridas. “No ranking geral do Desafio, nós ficamos entre os dez melhores do país, um motivo a mais para comemorarmos, ape-
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sar de não termos levado o título”, relembra. Para Alan Moura, não restam dúvidas sobre o retorno positivo em ter investido tempo no Desafio: “Eu perdi as contas do número de madrugadas que passei envolvido com o Desafio, porque os jogos são bem atraentes, e só posso dizer que valeu a pena vivenciar tudo isso”. Como uma forma de estimular os estudantes a participarem do Desafio Universitário, a gestora estadual do prêmio no ciclo 2015, Sueli de Paula, explica que todos os 33 semifinalistas receberam, gratuitamente, uma bolsa de ingresso no Seminário Empretec, em todo o estado. Ela destaca o trabalho de avaliação do Desafio, focado em itens, como conhecimento, habilidade e atitude. “O Desafio quer formar um empreendedor que saiba transformar uma ideia em negócio viável, consiga gerenciar esse empreendimento e, além disso, seja um empreendedor ético”, frisa Sueli.
Vencedores 2015 Na etapa nacional, a equipe do Distrito Federal venceu com a ideia de negócio de criar um filtro automotivo separador de poluentes, e foi contemplada com troféus, tablets e uma viagem ao Japão, em 2016, para conhecer centros de referências em inovação e empreendedorismo. Os quatro jovens de Pernambuco ficaram em segundo lugar, ao propor como ideia de negócio a plantação de hortas no teto de edifícios para um mundo mais sustentável. O terceiro lugar ficou para a equipe do Piauí, com a ideia de uma prótese robótica de baixo custo feita por impressão 3D. Os segundo e terceiro lugares ganham troféus, tablets e uma viagem nacional, para um local a ser definido, a fim de conhecer centros de empreendedorismo. Professores e Instituições de Ensino Superior (IES), inscritos no Desafio, foram reconhecidos em todo o país.
Inscrições abertas para o ciclo 2016 O Desafio Universitário acontece há 15 anos em todo país, foi reformulado em 2012 com o objetivo de estimular atitudes empreendedoras nos estudantes de graduação e de educação tecnológica. A iniciativa integra três etapas de competição: a primeira contempla a fase estadual classificatória com ranking virtual, que classifica os alunos por pontuação em jogos online, capacitações presenciais; a segunda é a etapa estadual presencial, dela, saem os finalistas do estado para a terceira etapa, que é a final nacional, presencial. O estudante interessado em participar do Desafio Universitário Empreendedor este ano pode se inscrever gratuitamente no site www.desafio.sebrae.com.br.
Foto: Geraldo Fotografias
Mercado
Joabe Fontes, empresário de Jequié, participou da capacitação para franquear sua marca Sportcia - Nutrição Esportiva
Curso orienta sobre mercado de franquias Com linguagem acessível e exemplos práticos, o serviço oferecido pelo Sebrae trata desde conceitos básicos a pontos críticos a serem avaliados Sebrae Bahia
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Os números positivos do modelo de franquia, mesmo no desafiador cenário econômico do país, tornam a opção atraente para quem deseja ter o próprio negócio: o mercado cresceu 8,2% no terceiro trimestre de 2015, em comparação com o mesmo período de 2014 (dados da Associação Brasileira de Franchising – ABF). Para trazer conhecimento sobre o sistema de franquias e empreender de forma segura, o Sebrae e a Associação Brasileira de Franchising (ABF) realizam o curso “Entendendo Franchising: O caminho ideal entre você e sua empresa”. Com linguagem acessível e exemplos práticos, a iniciativa trata desde conceitos básicos a pontos críticos a serem avaliados. Em Jequié, a capacitação, que aconteceu em novembro de 2015, complementou os estudos do empresário Joabe Fontes no projeto de franquear a marca Sportcia – Nutrição Esportiva, especializada em suplementos nutricionais, acessórios e moda fitness. “A ideia surgiu da necessidade de ganharmos novos mercados. Ao invés de abrir novas lojas, preferi investir em franquia”, revela Joabe. Segundo ele, o ramo da nutrição esportiva ainda é pouco explorado no país, com apenas 8% da população fazendo uso de suplementos alimentares, número que deve chegar a 30% nas próximas duas décadas. No processo de franquear a marca existente há pouco mais de quatro anos, o empresário explica que o Sebrae tem sido fundamental. “Além de apontar consultores com excelente grau de conhecimento no mercado de franchising, também tem subsidiado investimentos nesse setor”. Seguindo o cronograma,
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Como participar? Os interessados devem realizar inscrição no site da ABF (abfeducacao.portaldofranchising.com.br). Após o pré-cadastro, será indicado o endereço do respectivo Ponto de Atendimento Sebrae para efetivação do investimento, hoje de R$ 30. A agenda pode ser conferida no site. Joabe acredita que a primeira franquia da marca será inaugurada em maio deste ano, em Jequié. Os modelos de franquia Sportcia possuem três dimensões, duas com lojas de 20 e 40 metros quadrados, ou um quiosque com 15 metros quadrados. Os franqueados recebem treinamento especializado da equipe e suporte online, além de todas as vantagens de trabalhar com uma marca já consolidada no mercado,
com uma matriz em Jequié e mais duas filiais, no mesmo município e outra em Jaguaquara. De acordo com a técnica do Sebrae responsável pela capacitação, Rosângela Gonçalves, o conteúdo programático do Entendendo o Franchising aborda pontos fundamentais do sistema, como vantagens e desafios, papel das partes, remuneração, etapas do processo de seleção de um franqueado, passos para análise, tomada de decisão, entre outros. “A carga horária é de 8 horas e o público-alvo inclui franqueados, que desejam iniciar um negócio no formato franquia, franqueadores, que desejam formatar sua empresa para ser franqueadora, além dos potenciais empresários”, acrescenta. Até o final do primeiro semestre de 2016, 15 cidades baianas sediarão o curso: Salvador, Alagoinhas, Camaçari, Lauro de Freitas, Ilhéus, Itabuna, Feira de Santana, Barreiras, Santo Antônio de Jesus, Vitória da Conquista, Teixeira de Freitas, Juazeiro, Jacobina, Guanambi e Porto Seguro.
Franchising De acordo com a Lei 8.955/94, franquia empresarial é o sistema pelo qual um franqueador cede ao franqueado o direito de uso da marca ou patente, associado ao direito de distribuição exclusiva ou semi-exclusiva de produtos ou serviços e, eventualmente, também ao direito de uso de tecnologia de implantação e administração de negócio ou sistema operacional desenvolvido ou detido pelo franqueador, mediante a remuneração direta ou indireta, sem que, no entanto, fique caracterizado vínculo empregatício. O faturamento total do franchising brasileiro, somando as quase três mil redes franqueadoras operando no país, atingiu o valor de R$ 127 bilhões em 2014, um crescimento de 7,7% em relação ao ano anterior.
Foto: Maurício Maron
Comandada pelos sócios Mônica Burgos e César Fávero, empresa localizada na Bahia é referência em franquia
Avatim: de Ilhéus para o mundo Instalada na Mata Atlântica do Sul da Bahia, na área de uma tradicional e produtiva fazenda de cacau, a fábrica da Avatim, em Ilhéus, encontrou na paisagem natural mais do que um espaço de verde exuberante e acolhedor. Além do nome da marca, que significa “cheiro da terra” em tupi-guarani, da biodiversidade local, vêm a inspiração e a matéria-prima para a criação do portfólio de 480 produtos em 84 diferentes fragrâncias para ambientes (home care) e corpo (body care). Exemplo de empresa baiana que
deu certo como franqueadora, a empresa de cosméticos e higiene pessoal alcançou em 2015 uma receita de R$ 40 milhões. Criada há 13 anos por Mônica Burgos e César Fávero, atualmente a Avatim tem uma rede de 62 lojas – sete delas próprias e 55 franquias – distribuídas em 17 estados do Brasil. “Nosso grupo econômico cresce ao ritmo de 40% ao ano, gerando 416 empregos diretos e renda para mil revendedores porta a porta e distribuidores. Para os próximos dois anos a meta é abrir mais 90 lojas franqueadas”, explica Mônica. O projeto de expansão da marca, tem foco na implantação da chamada Franquia Slim, uma
62 lojas em 17 estados 7
lojas
55 franquias
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Foto: Maurício Maron
proposta arrojada de entrada no mercado do interior. Como sugere o termo (do inglês “fino”), a franquia tem custo de implantação de R$ 100 mil a R$ 200 mil, uma redução de até 50% em relação à franquia conceito, que varia de R$ 250 mil a R$ 400 mil. Nas franquias Slim, o formato de instalação é mais simples e os custos de serviço menores. “A estratégia atual é entrar no mercado de cidades com até 100 mil habitantes, colocando um pedacinho da Avatim em cada município brasileiro”, detalha Mônica Burgos. A empresa também se prepara para ganhar o mundo. Está em fase de estudos de mercado, estratégias de venda e adequação de formulações e embalagens para atender às especificidades dos mercados da Europa, Japão e Estados Unidos. A exportação será iniciada este ano e, para isso, a Avatim vai construir uma nova fábrica, ao lado da atual, com investimento previsto em R$ 2 milhões, e fará, até 2017, um aporte de recursos de R$ 50 milhões na transformação de matéria-prima em produto acabado para atender a toda demanda do grupo no Brasil e exterior. A Avatim recebeu o prêmio de Empresa Empreendedora do Ano, pelo Grupo de Líderes Empresariais (LIDE), pelo seu desempenho. Também foi indicada como finalista do Prêmio Empreendedor do Ano, na categoria Emerging, pela Ernst & Young, líder global em serviços de auditoria. A empresa se destaca ainda por desenvolver fragrâncias exclusivas para outras marcas, como a Ellus do Brasil, Água de
Criada há 13 anos, a empresa tem uma rede de 62 lojas – sete delas próprias e 55 franquias – distribuídas em 17 estados do Brasil
Coco, Victor Hugo, H. Stern, Arezzo, Fórum, Colcci, Any Any, Second Floor, Chevrolet, Peugeot, Odebrecht e Theatro Municipal do Rio de Janeiro.
Parceria com o Sebrae Atendida pelo Sebrae em consultorias para avaliações ambientais e medição de produtos químicos para segurança do processo produtivo, com participação do Serviço Social da Indústria (Sesi), a Avatim também já solicitou consultoria para análise ergonômica de atividades
que influenciam a qualidade de vida dos funcionários. Sobre a importância das capacitações e parceria com o Sebrae, a empresária, Mônica Burgos, destaca que o contato com a instituição representa novas experiências e vivências para os empresários. “Aconselho a todos a buscar essa parceria. Aos nossos franqueados, depois de receber a capacitação inicial da Avatim, nós os incentivamos a dar continuidade ao processo procurando o Sebrae em busca de cursos e treinamento continuado para melhor atender ao cliente”, completa.
Fotos: Raul Golinelli
ECONOMIA CRiativa
Arte e negócio dentro de casa
A fotógrafa e artista plástica Valéria Simões acompanha a tendência europeia expondo seus trabalhos no próprio apartamento Fotógrafa há 28 anos, Valéria Simões não concebia a ideia de conciliar arte e negócio até associar-se ao Clube de Excelência no Turismo, desenvolvido pelo Sebrae. Desde junho do ano passado, ela apostou no desafio de transformar a CasaGaleria, então espaço difusor de cultura, provido de obras de arte de alto
padrão e expressivo valor sentimental, num ambiente de negócios, produzindo ações inovadoras, com foco no empreendedorismo. Apaixonada pela fotografia, Valéria que também é artista plástica, tinha criado de forma despretensiosa a CasaGaleria, em 2013, curiosamente instalada no seu próprio
apartamento, no sugestivo bairro do Rio Vermelho, na capital baiana. Com o objetivo de fomentar o colecionismo, precisava selecionar as peças para exibir na parede. Para isso, contou com a ajuda do artista plástico e amigo Fábio Gatti, que sugeriu e a convenceu de colocar todas as obras em todos os espaços do
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apartamento, alegando que se tratava de um valioso acervo que expressava sua história de vida. “Eu tinha muita coisa dentro de casa que produzia e que ganhei dos amigos. Levamos três dias para colocar tudo nas paredes. E ficou lindo!”, conta. As obras de arte, incluindo fotos e quadros de sua autoria e de amigos, ocupam milimetricamente as paredes da sala, quartos, cozinha, sanitários e corredor. Lembranças de viagens agregaram o acervo, distribuídas em vários cantos do apartamento. Divulgadas nas redes sociais, as imagens do novo layout da residência de Valéria causaram impacto positivo
entre os internautas. O local tornouse um point atrativo, despertando o interesse de amigos, que passaram a visitá-la com mais frequência e ainda a colaborar com a coleção, oferecendo presentes originais à anfitriã. A boa receptividade do público motivou Valéria a criar a marca da CasaGaleria, surgindo, então, um projeto cultural que tomou novos contornos de natureza empresarial, graças às orientações do Clube de Excelência no Turismo. Como microempreendedora Individual (MEI), ela integrou-se e aderiu aos conceitos do Clube, em Salvador, participando assiduamente dos encontros quinzenais.
Todos os espaços da CasaGaleria são preparados para exposição
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O primeiro passo foi distinguirse entre a artista e a empresária, assumindo atitudes diferenciadas para cada papel, e daí começou a trabalhar com inovações em seu empreendimento. Valéria imprimiu estratégias de gestão sugeridas e orientadas pela consultoria e ações idealizadas por ela. “Com treinamentos e a consultoria, ela foi avançando e se vendo como empresária”, explica o consultor de Economia Criativa, Ricardo Bruno Borges. Na avaliação do consultor, a fotógrafa vem conquistando com rapidez o avanço no empreendedorismo, destacando-se nos
Integrante do Clube de Excelência no Turismo do Sebrae, Valéria Simões reúne arte e gastronomia em seu negócio
quesitos financeiro, de liderança, marketing, indicadores e metas. No apartamento, as pessoas participam de uma visita guiada. E o que é melhor: conhecem o acervo apresentado pela própria artista, que conta com satisfação e detalhe a produção de cada peça, se constituindo no principal diferencial de seu negócio. “Para mim é um momento de prazer, é sensacional e gratificante ter esse contato com o público, falar do meu trabalho e ouvir o que pensam”, salienta, avisando que todas as visitas são agendadas e com grupos de oito a 12 pessoas. No arsenal de inovações, a fotógrafa ampliou e diversificou o estoque de produtos personalizados,
também chamados de suvenirs, incluindo canecas com fotos, cabides e placas. Formatou a venda das peças comercializadas, criando um catálogo de preços, e adotou nova modalidade de pagamento com a utilização de uma máquina de cartão. “Aos poucos, estou me profissionalizando. O Sebrae me orientou a separar o lado pessoal do profissional”, complementa.
Cozinha Aberta Fervilhando em ideias e imbuída em desenvolver uma ação promocional de seus trabalhos, Valéria montou no espaço a “Cozinha Aberta”. A ideia foi de transformar o ambiente no encontro de pesso-
as que apreciam a arte e a cultura, dentro de um local seguro e acolhedor. E deu certo, pois ao mesmo tempo em que degustam de maneira informal a saborosa e sugestiva culinária, os visitantes circulam entre charmosos móveis no estilo retrô, apreciam e adquirem as obras de arte e souvenirs, além de divulgarem o espaço. “Atividades como essa, dentro de residências, acompanham a tendência europeia. A “Cozinha Aberta” é uma oportunidade também das pessoas se conhecerem, fazerem amigos e até iniciarem um negócio”, pontua Valéria. A cozinha funciona todos os dias, das 20h às 23h, para o jantar, e o custo é de R$ 40 por pessoa.
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Lembranças de viagem se juntam aos quadros para personalizar ainda mais a decoração
Excelência no Turismo Por meio do trabalho de capacitação e consultoria individual, o Programa Clube de Excelência no Turismo auxilia o pequeno empresário do trade turístico a desenvolver uma gestão qualitativa na busca de resultados no negócio. Destinado aos empresários que atuam nos setores de hospedagem, alimentos e bebidas, agências de viagens e atrativos turísticos, o programa tem a finalidade de despertar a liderança na condução dos negócios. Para a capacitação do empresariado, o Clube de Excelência baseia-se nos critérios da Fundação Nacional da Qualidade (FNQ): liderança, estratégias e planos, clientes, sociedade, informações e conhecimentos, pessoas, processos e resultados. No período de um ano, eles participam de encontros coletivos integrando turmas em média de 25 pessoas, e são capacitados com ferramentas que propiciam a realização de uma gestão empresarial voltada para o fortalecimento da gestão. O empresário também recebe consultoria individual para a construção do plano de ação, adequado à realidade empresarial, observando pontos fortes e fracos, e identificando o potencial e diferencial do negócio no
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cenário turístico. Segundo a gestora do Clube, Hirlene Pereira, o programa mantém cinco grupos na Bahia, dois em Salvador e um em Lauro de Freitas, outro no Litoral Norte e um na Ilha de Itaparica. “Após a participação no Clube, os empresários da Praia do Forte criaram a Central de Negócios. Foi uma iniciativa interessante, que favorece a troca de experiências e a formação de parcerias, com a adoção de ações compartilhadas que reduzem os custos e contribuem para a compra coletiva”, argumenta. O Clube de Excelência no Turismo é realizado pelo Sebrae, em parceria com a Associação Brasileira de Agências de Viagens (Abav), a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes – Bahia (Abrasel-BA), a Associação Brasileira da Indústria de Hotéis – Bahia (ABIH-BA), o Salvador e Litoral Norte da Bahia Convention & Visitors Bureau, o Sindicato das Empresas de Turismo no Estado da Bahia (Sindetur) e a Associação Comercial e Turística da Praia do Forte (Turisforte). Os interessados em integrar o Clube devem estar vinculados ao setor turístico e fazer a solicitação no Sebrae.
ENTREVISTA
Gustavo Cerbasi
2016 sem pessimismo
Foto: Arquivo Pessoal
“A crise nasce de más escolhas e alimentase do pessimismo. O momento não é de lamentar a crise, mas de aproveitar o ritmo mais lento do mercado para enxugar as gorduras do negócio”
De linguagem acessível e responsável por transformar a educação financeira em tema de best-sellers, como o livro “Casais inteligentes enriquecem juntos”, adaptado para o cinema com a comédia “Até que a sorte nos separe”, o consultor Gustavo Cerbasi é um defensor do planejamento, seja em tempos de bonança ou de crise. Aliás, para ele, os empresários não devem deixar que esta última palavra seja motivo de pessimismo em 2016. Mestre em Administração/Finanças pela Faculdade de Administração e Contabilidade da Universidade de São
Paulo (FEA/USP), com especialização em Finanças pela Stern School of Business – New York University e pela Fundação Instituto de Administração (FIA), Cerbasi esteve na Bahia em setembro de 2015, quando participou da Semana de Capacitação do Sebrae, atraindo mais de mil pessoas para a sua megapalestra, em Salvador. Nesta entrevista, ele analisa o atual cenário de desafios, as estratégias possíveis para os pequenos negócios, e indica como fazer escolhas ponderadas e sustentáveis para se fortalecer durante a crise.
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O Brasil vem enfrentando uma série de desafios econômicos que estão impactando o seu crescimento. O que precisa ser feito para que ele volte a crescer? Para haver crescimento, é preciso fazer investimentos. Para que os investimentos aconteçam, é preciso contar com poupança. O problema dessa crise é que, diferentemente de outras crises, o nível de poupança do governo, das empresas e das famílias está muito baixo. Famílias estão sem reservas para empreender, empresários estão sem reservas para expandir seus negócios e o governo queimou muito rapidamente reservas que poderiam estimular investimentos em infraestrutura que aqueceriam a economia. Não temos, portanto, investimentos a fazer. Estamos mais pobres, deslumbramo-nos nos tempos de bonança e gastamos muito mais do que podíamos. Nossas estratégias, agora, devem se concentrar no esforço de nos adaptarmos a essa nova situação, descer um degrau no patamar de consumo, e entender que não podemos mais nos esbaldar na importação de bens e serviços. Serão bemsucedidas as empresas que adequarem sua gama de produtos e serviços para um consumo mais popular e menos dispendioso. Ou, para sobreviver, empresas que atendam a nichos de maior poder aquisitivo terão que unir forças, pois não haverá espaço para múltiplos concorrentes.
Acredita-se que a economia brasileira ainda enfrentará problemas nos próximos meses, mas deve surpreender, positivamente, a partir do segundo semestre do ano que vem. Qual é a sua visão sobre essas possibilidades? Eu não faço projeções, pois não sou economista, mas o cenário para o qual traço minhas estratégias é um cenário que envolve recuperação muito lenta da economia. Não acredito em recuperação em 2016, mas, sim, no país andando de lado nos próximos três anos. Obviamente, a análise que faço trata-se de uma média, e toda média é burra. Negócios e regiões que se beneficiam do câmbio
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“Não é bom negócio intensificar batalhas comerciais com os concorrentes, pois em uma guerra em que os dois lados estão frágeis ambos podem tombar” mais elevado ou de um perfil de consumo mais popular, como vendas diretas, devem se expandir. A maioria das regiões do Brasil, porém, deve se preparar para um longo período de encolhimento na atividade econômica.
Quais os impactos e desafios para as micro e pequenas empresas da Bahia nesse cenário, em 2016? Como enfrentá-los? Estamos diante de um cenário de queda na renda, queda no consumo, queda no crédito e aumento nos preços. A regra é enxugar os excessos e aumentar a eficiência. Deve-se redobrar a atenção para que, ao buscar a redução de custos, não se reduza o valor da empresa. Gastos devem ser cortados, mas é um erro radicalizar no corte de gastos e eliminar itens que são percebidos como diferenciais da empresa. Isso vale do ponto de vista do cliente, como pequenos mimos e brindes que os clientes valorizam, e vale também do ponto de vista dos colaboradores, como confraternizações e prêmios para o funcionário do mês. Nas crises, devemos atentar para a rentabilidade de cada linha de produto ou serviço oferecido, enfatizar as ações comerciais para os segmentos mais rentáveis, e reduzir esforços ou até eliminar linhas de produtos ou serviços menos rentáveis. É importante destacar também que, nas crises, todos estão fragilizados. Não é bom negócio intensificar batalhas comerciais com os concorrentes, pois em uma guerra em que os dois lados estão frágeis ambos podem tombar. O cenário é de busca de parcerias para se fortalecer. Se alguma linha de produto é pouco rentável para você e mais rentável para seu concorrente, é interessante propor parceria no sentido de você deixar de operar esse produto e indicar clientes ao parceiro em troca de
comissão. Quando o caminho contrário também acontece, temos uma boa parceria consolidada. É preciso manter-se ágil para mudanças de estratégia, pois os hábitos de consumo estão se transformando. Para isso, a regra é manter menos estoques, melhorar a logística e comprar com maior frequência, mesmo que isso comprometa parte da margem. É melhor perder parte do lucro do que morrer com um grande capital parado ou se deteriorando. Além disso, é essencial manterse próximo ao cliente, colher suas opiniões e expectativas, para manter-se ajustado à realidade do mercado. Nesse aspecto, o pequeno negócio e o negócio de giro mais intenso levam vantagem. Quanto aos preços, apesar da percepção de inflação ser evidente, o consumidor não tem aceitado a ideia de indexação da economia. Para aumentar preços, é preciso agregar serviços ou conveniências. Por exemplo, a venda mais ativa e a venda online têm sido bem recebidas em um cenário em que as pessoas estão mais conectadas e evitando ir ao shopping, mesmo que não haja diferenciais significativos de preços.
Por que a crise é parte fundamental da solução dos problemas econômicos brasileiros? Por que as maiores oportunidades de negócios surgem em crises como essa? Na minha visão, crise não é o que está acontecendo agora, mas, sim, o que ocorreu há dois ou três anos, quando, tomados pela euforia da bonança e do crescimento, empresários, famílias e governo deslumbraram-se em otimismo e começaram a dar passos maiores do que a perna. Em tempos de bonança, as pessoas saem de casa para comprar um carro de R$ 50 mil e voltam para casa com um de R$ 60 mil. A crença de que tudo continuará evoluindo, positivamente, nos cega e diminui nossa capacidade de ponderar e de fazer escolhas sustentáveis. Nesse mesmo período, quem está financeiramente mais consciente adota um consumo mais contido, cria reservas financeiras e começa a se preparar para oportunidades melhores. Então, chega a recessão, que é quando as escolhas insustentáveis cobram seu preço. As famílias não conseguem mais manter sua casa e seu carro, os empresários não dão conta de
manter seus negócios a pleno vapor, e então começam a desfazer-se das escolhas inviáveis. Nessa hora, quem foi conservador na bonança aproveita suas reservas e compra bens mais baratos ou adquire concorrentes que estão falindo. No cenário conhecido como crise, o que acontece, na verdade, é um reequilíbrio das escolhas: conservadores socorrem aqueles que foram ingênuos ou mesmo gananciosos na bonança, por isso discordo que chamem os investidores de oportunistas. Oportunista foi, na minha visão, quem consumiu ou investiu sem ponderar se suas escolhas eram sustentáveis.
Como as micro e pequenas empresas da Bahia podem aproveitar essas oportunidades e saírem da crise mais fortes do que antes dela? A crise nasce de más escolhas e se alimenta do pessimismo. O momento não é de lamentar a crise, mas de aproveitar o ritmo mais lento do mercado para enxugar as gorduras do negócio, unir-se a potenciais parceiros, adquirir conhecimento e adotar novas estratégias. A crise não é passageira: vivemos um novo patamar de consumo, mas racional e menos compulsivo, que deve durar anos. Para quem inicia um novo negócio, é importante garimpar oportunidades nesse novo comportamento mais restrito e racional dos consumidores, focando no consumo mais essencial e sustentável das classes B e C, ou então no consumo mais sólido de uma classe A que encolhe no país. Quem pretende atuar em segmentos mais elitizados terá que oferecer diferenciais capazes e vencer uma concorrência já estabelecida. Quem tem planos para a classe média conta com a vantagem do menor espaço deixado para importados e para concorrentes sem preparo. O cenário não é de pessimismo, mas, sim, de adequação de seu negócio à realidade. Nesse sentido, há muito espaço para quem pretende empreender com seriedade e bons planos de negócios.
“A crise nasce de más escolhas e se alimenta do pessimismo” Gustavo Cerbasi
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Seja qual for a solução que sua empresa precisa, procure o Sebrae. O Se Sebr Sebr brae ae ofe f re r ccee con onsu suulttor oria iass e ca ia capa p ci pa c ta t çõ ç es es em m marke arke ar keti eti t ng ng, finnança annça ças, s, ven enda das, da s, plane s, laane neja jame ja ment me nto, nt o, innov ovaç aççããooo,, gest ação gest ge stão tão de ppeessoa sssoa oass e mu m it ito to ma mais iss. São cuursos São Sã rssoss, ofi o ci cina nas e ppaaleest na s ra rass pa para ra sua em mppreesaa cres cr esce scer, ceer,r, ino nova nova var e me var mellhhor orar a os re resu s ltad su lttad ados oss. PPrroc Proc o ur ure o Se S br brae aaee, coont ntee co com m nnoossssoss essppeeci cial alis ista ista is t s em m peqqueno uenos ue noos ne n góócciioss.
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Foto: raul golinelli
MICROEmpreendedor individual
Com a criatividade da MEI Isadora Alves e a capacidade de alcance instantâneo, as redes sociais possibilitam a divulgação da marca Com Amor, Dora
Bom uso das ferramentas virtuais impulsiona resultados Microempreendedores individuais baianos creditam aumento no faturamento a posicionamento estratégico nas redes sociais gratuitas Já vai chegando a hora do almoço, estômago “roncando”... Onde encontrar uma boa comida? A salvação pode estar no assovio do aparelho celular. Por meio de uma mensagem de WhatsApp, aparece um cardápio suculento sob seus olhos. O bom é que isso não é sonho. O Boteco do Piri é um dos empreendimentos localizados em Salvador que utiliza as redes sociais como ferramenta para estreitar o relacionamento com os clientes e aumentar o faturamento.
De acordo com a gerente do estabelecimento, Eloína Oliveira, cerca de 2 mil clientes recebem, diariamente, a imagem do “prato do dia”, através do WhatsApp. “O movimento aumentou bastante após utilizarmos as redes sociais no relacionamento com os clientes”, afirma. O Boteco do Piri também está presente no Facebook e no Instagram. “De quatro em quatro meses, os clientes recebem o nosso cardápio completo”, revela Eloína.
Dados da 2ª Pesquisa Nacional do Varejo Online, realizada pelo Sebrae em parceria com o E-commerce Brasil, mostram que as ações do Boteco do Piri são mesmo uma tendência entre os empreendedores, principalmente os que atuam no universo virtual. E foi nesse universo que surgiu a Com Amor, Dora, que atua com linha de tiaras para cabelo feitas de tecido. Atualmente, a loja possui endereço físico e um público fiel, con-
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A marca tem mais de 10 mil seguidores no Instagram e passa de 4 mil curtidores no Facebook
quistado pelas redes sociais desde setembro de 2012, quando as tiaras
começaram a ser exibidas no Facebook e Instagram. Além dessas ferramentas, a Com Amor, Dora também está presente no WhatsApp e até no Snapchat, que deixa as fotos no ar por apenas um dia. Para a proprietária, Isadora Alves, o mergulho nas redes sociais foi decisivo para ampliar a receita da loja. “As redes sociais eram o meu único meio de comunicação com os clientes, então elas serviram de suporte para minha criatividade, e a capacidade de alcance instantâneo ajudou, e ajuda, até hoje na divulgação gratuita da marca”, ressalta. A marca tem mais de 10 mil seguidores no Instagram e passa de 4 mil curtidores no Facebook. A empresária revela que o número de vendas, após divulgações via WhatsApp e Instagram, aumentou cerca de 60% . “Foi quando comecei a investir em boas fotos e criar
Empresário deve atentar para detalhes De acordo com o gerente regional do Sebrae Bahia, Rogério Teixeira, as redes sociais realmente se configuram, no cenário atual, como instrumento importante de alavancagem de vendas. “Como toda ferramenta que aumenta a possibilidade de aproximação e contato com o cliente, elas contribuem para a interação entre o negócio e o consumidor”, afirma. Ele lembra que qualquer empreendedor pode aderir às redes sociais, entretanto é preciso sempre estar atento a detalhes imprescindíveis para que não surja um efeito contrário e inesperado. “É preciso preparar o negócio
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para a demanda que será gerada e, sobretudo, ter capacidade para honrar com os compromissos e entregas, para que aquilo não se transforme em frustração para o cliente”, pontua. Ainda de acordo com o gerente, é fundamental que os empresários que pretendem utilizar essas ferramentas estejam ligados no comportamento dos seus clientes no uso das redes sociais. “Também é preciso estar atento para desenvolver respostas rápidas, claras e objetivas, já que se cria uma expectativa de interação constante com os usuários desse tipo de canal”, ressalta
O Sebrae Bahia possui oficinas específicas para empreendedores que desejam implantar ou aprimorar as redes sociais como recursos para alavancagem de vendas. Outras informações podem ser obtidas pela Central de Relacionamento (0800-570-0800). uma identidade própria da marca com foco nas redes”, explica. Isadora acredita que o bom uso das redes sociais é uma arma potente para o empreendedor sem recurso financeiro para investir em projetos de marketing. “O uso ainda é gratuito e isso é uma chance para explorarmos nossa criatividade e alavancar vendas”, diz.
Dicas Observar o comportamento do cliente ou potencial cliente; Planejar e traçar os objetivos e metas com a implementação das redes; Conhecer as redes sociais que irá utilizar; Alinhar o comportamento do negócio com a linguagem que será adotada através das redes para manter a identidade da empresa; Dinamizar a comunicação pelas redes para gerar interesse e curiosidade dos clientes nas postagens e interações.
Loja de bolo no pote faz sucesso em Irecê
Ticiana Gomes criou um produto que não existia no mercado local, o Bolo no Pote da Ticy, e se destacou nas vendas
Empresária investe em qualificação e participa de cursos do Sebrae antes de abrir o negócio Após dez anos na administração de uma empresa de artigos eletrônicos, acessórios para celular e cosméticos, em sociedade com seu marido na cidade de Irecê no Centro-Norte da Bahia, Ticiana Gomes decidiu mudar totalmente de ramo. Em 2015, com a forte redução nas vendas dos produtos, ela investiu em um sonho: o Bolo no Pote da Ticy. O formato de negócio, inicialmente pela internet, foi amadurecido a partir de 2013, quando Ticiana participou do Seminário Empretec, solução oferecida pelo Sebrae que trabalha mudanças no comportamento empreendedor. “Antes do Empretec, eu não anotava nada. Não tinha
foco, nem visão ampla do mercado”, avalia a empreendedora. “Compreendi o quanto o comportamento influencia no sucesso do negócio e percebi os erros que tinha cometido durante os anos na empresa de eletrônicos”, completa. O investimento inicial foi de R$ 50 em matéria-prima e, logo no primeiro dia, ela vendeu todos os bolos que produziu. O sucesso do negócio foi tanto que a empreendedora abriu, há quatro meses, o Café LánaTicy, empresa onde ela comercializa os bolos no pote, além de um cardápio diversificado, que inclui cafés exclusivos, lanches sem glúten, salgados
e sucos. Para Ticiana, a visão empresarial, obtida durante o Empretec, ajudou no processo de criação do novo negócio. “Fiz tudo personalizado, com marca própria, desde adesivos a banners de internet. Todos conhecem o meu produto”, aponta. Hoje, a empresária faz cerca 300 bolos no pote por dia, e distribui para escolas, supermercados, mercadinhos e no próprio café, além de encomendas para aniversários e buffets. São mais de dez sabores diferentes. Interessados em part i c i par do Empretec pode entrar em contato por meio da Central de Relacionamento do Sebrae (0800-570-0800).
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Foto: João Júnior
Empreendedorismo
O Sebrae Bahia possui 30 Pontos de Atendimento, distribuídos em dez Unidades Regionais, oferecendo aos empresários das micro e pequenas empresas informação, orientação, capacitação, apoio e soluções através de consultoria em gestão, acesso ao crédito e ao mercado, tecnologia e inovação.
Pontos de Atendimento na Bahia Unidade Regional 01 – Salvador / Mercês Centro de Atendimento ao Empreendedor Av. Sete de Setembro, 261 – Mercês. CEP 40060-000. Tel.: (71) 3320-4526 Salvador / Itapagipe Rua Direta do Uruguai, 753, Bahia Outlet Center, Lojas 134/135 – Uruguai. CEP 40454-260. Tel.: (71) 3312-0151 Salvador / Liberdade Estrada da Liberdade, 26, Lojas 13 e 26 – Liberdade. CEP 40375-016. Tel.: (71) 3241-8126 Alagoinhas Rua Rodrigues Lima, 126-A – Centro. CEP 48010-040. Tel.: (75) 3422-1888 Camaçari Rua do Migrante, s/nº – Centro. CEDAP – Casa do Trabalho. CEP 42800-000. Tel.: (71) 3622-7332 Lauro de Freitas Lot. Varandas Tropicais, nº 279, Q. 3, Lote 16, Rua A, Galpão 01 – Pitangueiras. CEP 42700-000. Tel.: (71) 3378-9836 Unidade Regional 02 – Barreiras Av. Benedita Silveira, 132, Ed. Portinari, Térreo – Centro. CEP 47804-000. Tels.: (77) 3611-3013/4574 Unidade Regional 03 – Feira de Santana Rua Barão do Rio Branco, 1225 – Centro. CEP 44149-999. Tel.: (75) 3221-2153 Euclides da Cunha Rua Oliveira Brito, 404 – Centro. CEP 48500-000. Tel.: (75) 3271-2010
On-line Agenda de Capacitações lojavirtual.ba.sebrae.com.br Portal Sebrae Bahia www.ba.sebrae.com.br Agência Sebrae de Notícias www.ba.agenciasebrae.com.br Redes Sociais www.facebook.com/sebraebahia www.twitter.com/sebraebahia www.youtube.com/sebraebahia www.slideshare.com/sebraebahia www.issuu.com/sebraebahia
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O Ponto de Atendimento do Sebrae em Irecê fica localizado na Rua Coronel Terêncio Dourado, 161, Centro. Funciona de segunda a sexta-feira, das 9h às 12h e das 14h às 17h.
Itaberaba Rua Rubens Ribeiro, 253, Ed. Tropical Center, salas 22/23 – Centro. CEP 46880-000. Tel.: (75) 3251-1023
Valença Rua Barão de Jequiriçá, 297, Galeria Central, Centro. CEP 45400-000. Tel.: (75) 3641-3293
Unidade Regional 04 – Ilhéus Praça José Marcelino, 100, Térreo – Centro. CEP 45653-030. Tel.: (73) 3634-4068
Unidade Regional 08 – Irecê Rua Coronel Terêncio Dourado, 161 – Centro. CEP 44900-000. Tel.: (74) 3641-4206
Itabuna Rua Paulino Vieira, 175, Ed. Lizete Mendonça - Centro. CEP 45600-171. Tel.: (73) 3613-9734
Seabra Rua Horácio de Matos, 25, salas 01 e 02 – Centro. CEP 46900-000. Tel.: (75) 3331-2368
Unidade Regional 05 – Jacobina Rua Senador Pedro Lago, 100, salas 01 e 02 – Centro. CEP 44700-000. Tel.: (74) 3621-4342 Senhor do Bonfim Rua Benjamin Constant, 12 – Centro. CEP 48970-000. Tel.: (74) 3541-3046 Unidade Regional 06 – Juazeiro Praça Dr. José Inácio da Silva, 15 – Centro. CEP 48903-430. Tel.: (74) 3612-0827 Paulo Afonso Rua Amâncio Pereira, 60 – Centro. CEP 48602-110. Tel.: (75) 3281-4333 Unidade Regional 07 – Santo Antônio de Jesus Av. Governador Roberto Santos, 31 – Centro. CEP 44572-000. Tel.: (75) 3631-3949
Central de Relacionamento
0800 570 0800 Segunda a sexta-feira das 8h às 20h
Sede do Sebrae Bahia
R. Horácio César, 64, Dois de Julho Salvador – Bahia. CEP: 40060-350. Tel. (71) 3320.4301.
Unidade Regional 09 – Teixeira de Freitas Av. Presidente Getúlio Vargas, 3986 – Centro. CEP 45995-002. Tels.: (73) 3291-4333/4777 Eunápolis Rua 5 de Novembro, 66, Térreo – Centro. CEP 45820-041. Tel.: (73) 3281-1782 Porto Seguro Praça ACM, 55 – Centro. CEP 45810-000. Tel.: (73) 3288-1564 Unidade Regional 10 - Vitória da Conquista Rua Coronel Gugé, 221 – Centro. CEP 45000-510. Tel.: (77) 3424-1600 Brumado Rua Marechal Deodoro da Fonseca, 89, Térreo – Centro. CEP 46100-000. Tels.: (77) 3441-3699/3543 Guanambi Av. Barão do Rio Branco, 292 – Centro. CEP 46430-000. Tel.: (77) 3451-4557 Ipiaú Praça João Carlos Hohllenwerger, 39 – Centro. CEP 45570-000. Tels.: (73) 3531-6849/5696 Itapetinga Av. Itarantim, 178 – Centro. CEP 45700-000. Tel.: (77) 3261-3509 Jequié Rua Felix Gaspar, 20 – Centro. CEP 45200-350. Tels.: (73) 3525-3552/3553
Foto: João Júnior/ASN Bahia
Sebrae perto de você
JÁ CAPACITAMOS MAIS DE 200 MIL EMPREENDEDORES. OU, PARA VOCÊ, CONCORRENTES. O Empretec é uma capacitação desenvolvida por instituições ligadas à ONU - Organizações das Nações Unidas, que possibilita melhoria no desempenho empresarial para profissionais de cerca de 30 países. No Brasil, o Empretec é realizado exclusivamente pelo Sebrae, com ótimos resultados: contribui no preparo de metas e projetos dos negócios de 98% dos participantes e ajuda aumentar a renda das empresas em mais de 50%. ASSINATURA SEBRAE_ATUALIZADA.pdf
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