Revista Conexão Bahia 201

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edição 201

Pequenas empresas geram 52% dos empregos formais

Economia criativa Gastronomia de raiz conquista baianos e turistas POLÍTICAS PÚBLICAS Guanambi avança com a Lei Geral


Quem tem seu próprio negócio é um especialista. Mas para começar ou melhorar a sua empresa, até um especialista precisa de especialistas em pequenos negócios. Vai empreender? Vai ampliar? Vai melhorar? Conte com o Sebrae. Educação Empreendedora

Consultoria

Gestão

Inovação

Resultados


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Como vai? Somos o Sebrae. Especialistas em pequenos neg贸cios.


Expediente Publicação do Sebrae Bahia, nº 201, Abril de 2013 Filiada à Aberje

Presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae Bahia João Martins da Silva Júnior Diretor-superintendente Edival Passos Souza Diretores Lauro Alberto Chaves Ramos Luiz Henrique Mendonça Barreto Unidade de Marketing e Comunicação

Coordenação Cássia Montenegro (DRT 1052) Equipe Alice Vargas, Mauro Viana, Priscila Mafra, Pedro Soledade, Rafael Pastori, Rodrigo Rangel e Vanessa Câmera. Estagiários: Ceres Martins, Daniela Santos e Victor Lahiri.

As micro e pequenas empresas e a economia

Agência Sebrae de Notícias (Varjão & Associados Comunicação) Anaísa Freitas, Carla Fonseca, Carlos Baumgarten, Cristhiane Castro, Fátima Emediato, Juliana Souza, Laiana Menezes, Maria Clara Lima, Gustavo Rozario, Fernanda Barros, Maurício Maron, Nara Zaneli, Silvia Torres, Tamara Leal, Maiane Matos e Renata Smith.

Representando 99% de todos os

da Revista Conexão, você vai conhecer a

empreendimentos formais no Brasil, a

trajetória da empresa Capitão Pintura, que

cada ano, as micro e pequenas empresas

já tem 30 colaboradores em seu quadro

(MPE) se apresentam como o grande

profissional, com apenas um ano de mercado.

potencial econômico do País. Nesta edição,

Em Casa Nova, norte do Estado, vamos

Revisão Anaísa Freitas, Carlos Baumgarten e Chico Araújo

a Revista Conexão vai contar a história de

mostrar as práticas adotadas pelos

empresários que, movidos pelo crescimento

agricultores da Rede Empresarial Ouro

Edição Carla Fonseca e Gustavo Rozario

d e s s e s e g m e n t o, g e r a m e m p r e g o s

Verde. Através do apoio do Programa de

e profissionalizam seus negócios. De

Fortalecimento da Atividade Empresarial

Fotografia Mateus Pereira

acordo com a quinta edição do Anuário

(Progredir), eles conseguiram diminuir

do Trabalho da Micro e Pequena Empresa,

custos, aperfeiçoar as práticas e aumentar

elaborado pelo Sebrae em parceria com o

a produtividade. Outro exemplo de

Projeto Gráfico Solisluna Editora

Departamento Intersindical de Estatística

empreendedorismo bem-sucedido e

e Estudos Socioeconômicos (Dieese), entre

com destaque nacional é o da loja de

Editoração Objectiva

os anos de 2000 e 2011, os empresários

moda feminina Cheville. O trabalho de

baianos foram responsáveis por gerar 330

alta costura, com modelos exclusivos,

Impressão Qualigraf Serviços Gráficos e Editora Ltda

mil novos postos de trabalho formal.

aliado à gestão estratégica, rendeu

Além dos números que apontam crescimento

à empresária Dulce Ribeiro o título

Capa Ilustração de Pedro Hamdan

Tiragem 15.000 exemplares

de empregos e surgimento de novos negócios,

de campeã nacional do Prêmio de

Cartas Sebrae – Unidade de Marketing e Comunicação Rua Horácio César, 64, Dois de Julho Salvador - Bahia. CEP: 40060-350. marketing@ba.sebrae.com.br

a pesquisa mostra como os empresários

Competitividade para Micro e Pequenas

estão compreendendo que investir em

Empresas (MPE Brasil), na categoria

conhecimento é uma ferramenta valiosa.

Comércio.

Os dados do Anuário revelam que, em

Leia a Revista Conexão 201 e conheça

Telefones 71 3320.4558/4367

2001, 43,9% dos empregadores e 10,5% dos

histórias de empreendedores que tinham um

trabalhadores por conta própria possuíam,

sonho, foram em busca de orientação

Agência Sebrae de Notícias www.ba.agenciasebrae.com.br

ao menos, o ensino médio completo. Já em

empresarial e hoje são os grandes agentes

2011, esses números pularam para 61,6%

da nossa economia.

Errata O jornalista Chico Araújo colaborou nas reportagens da edição 200.

e 23,4%, respectivamente. Na edição 201


Sumário 14

6 Comércio e Serviços Prata da casa

9 Mercado Abre-alas do artesanato para o mundo

11 Agronegócio Ouro verde

23 ECONOMIA CRIATIVA Gastronomia de raiz Plantando arte no exterior

14 INOVAÇÃO E TECNOLoGIA Tecnologia a favor do cliente

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INDÚSTRIA Chocolates finos do sul da Bahia

ESPECIAL O protagonismo das micro e pequenas empresas na Bahia

28 MiCROEMPREENDEDOR INDIVIDUAL

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Vestindo fé com elegância A trilha sonora de um negócio formal Hambúrguer saudável

POLÍTICAS PÚBLICAS Guanambi avança com Lei Geral

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34 EDUCAÇÃO EMPREENDEDORA O bê-a-bá do empreendedorismo

37 EMPREENDEDORISMO Delivery de saladas

38 Sebrae perto de você Sebrae on-line

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Comércio e Serviços

Foto: MATEUS PEREIRA

Prata da casa

Empresa Cheville, representada pela economista Dulce Ribeiro, vence etapa nacional do Prêmio MPE Brasil

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Revista Conexão


memória a primeira participação em um grande desfile. O filme se passa na década de 90, quando, ainda muito pequena, a empresa apresentou sua coleção no Pro Nordeste, em João Pessoa. “Fico orgulhosa de perceber o quanto evoluímos ao ver meus certificados dos anos 80. É um case de sucesso dessa longa parceria. Tivemos oportunidade de participar de diversos treinamentos, fóruns, reuniões, workshops, caravanas, desfiles, congressos, palestras e consultorias”, enumera. A evolução acontecia naturalmente,

passando a integrar a Escola da Competitividade, direcionando a empresa ao Modelo de Excelência da Gestão. Atualmente, o grupo participa da solução Estratégias Empresariais, pelo Programa Sebrae Mais. De acordo com a empresária, esse modelo trouxe motivação diante de novos desafios, identificando os pontos fortes e pontuando, com critério, as dificuldades como oportunidades de melhorias, especialmente em relação à área financeira, ao meio ambiente, saúde e responsabilidade social.

Foto: MATEUS PEREIRA

Top of Mind em moda feminina na capital baiana, finalista do Prêmio de Competitividade para Micro e Pequenas Empresas (MPE Brasil), certificado de “Melhor Torcida” em 2011 e grande campeã, no ano seguinte, da etapa nacional do MPE Brasil na categoria Comércio. A trajetória da Cheville se confunde com a história do Sebrae e é nessa bagagem que se somam quase três décadas de empenho, competência e reconhecimento. Concursada da Petrobras, a economista Dulce Carneiro resolveu dar vazão a um sonho que alimentava desde adolescente: o de trabalhar com moda. As tias, que faziam alta costura em Senhor do Bonfim, foram as responsáveis por ensinar e inocular a paixão pelo ofício. O desejo de pôr em prática os ensinamentos, com fundamento, fez com que ela se aproximasse do Sebrae. “Quando faço uma retrospectiva de toda a minha caminhada, reconheço que foi nessa Instituição que encontrei apoio, orientações, relacionamentos e acessos que me permitiram avançar e construir as minhas conquistas. Mostraram,inclusive,comosercompetitiva e sustentável, com ética”, revela. A formalização do negócio veio acompanhada das primeiras noções de empreendedorismo, liderança, planejamento e da importância de ter uma equipe integrada e satisfeita. Com disciplina, energia e muita vontade, em 1987, Dulce oficializou o início de uma jornada sólida nesse segmento. Arquivo ambulante do Sebrae, como a própria se intitula, Dulce resgata na

Costura fina em modelos exclusivos é o foco da Cheville

Sebrae Bahia

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Confecção inovadora

Prêmio MPE Brasil

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Revista Conexão

Foto: MATEUS PEREIRA

ampliando o mix de produtos, além de implantar um sistema delivery de vendas na Cheville Básica. Comprar com a tranquilidade de ter suas peças ajustadas – quando necessário –, por profissionais qualificados e sem custo adicional, é um dos grandes diferenciais de mercado da empresa. As clientes têm a certeza de que todas as demandas são realizadas em um prazo mínimo e com horário de entrega combinado no ato da compra.

Foto :MATEUS PEREIRA

As vencedoras foram selecionadas entre 127 organizações de todo o País que conquistaram as etapas estaduais do prêmio e avaliadas em um universo total de 83 mil inscritas no ciclo 2012. A gestora do MPE Brasil no Sebrae Bahia, Mariza Xavier, destacou o trabalho da Instituição com as empresas. “Essa é uma vitória que está relacionada com o trabalho desenvolvido já há algum tempo pelo Sebrae com essas empresas”, explicou. O Prêmio é uma realização do Sebrae, Movimento Brasil Competitivo (MBC), Gerdau e Fundação Nacional da Qualidade (FNQ), com apoio do Fórum dos Programas de Qualidade, Produtividade e Competitividade (Fórum QPC), Canal Futura, e patrocínio da Petrobras e do Governo Federal. A premiação reconhece o empenho de micro e pequenas empresas na gestão de qualidade, com resultados consistentes, como o aumento da produtividade e da competitividade. Ao final, os inscritos recebem um relatório com indicação de seus pontos fortes e oportunidades de melhoria.

Ao longo desses 25 anos, a Cheville, localizada no bairro do Itaigara, vem se destacando por adotar ações inovadoras, a exemplo de oferecer, em um mesmo espaço, venda de roupas e ateliê para ajustes, consertos, bainha e produção de novas peças. Em 2012, a empresa foi premiada pelo Programa Agente Local de Inovação, promovido pelo Sebrae. Com a intenção de criar, produzir e comercializar produtos diferenciados, o grupo – constituído por Cheville Básica, Maison e Atelier – pretende se tornar referência no segmento até 2015, desenvolvendo peças exclusivas e

A Cheville foi vencedora da etapa nacional do Prêmio MPE Brasil, na categoria Comércio

Assista no canal www.youtube.com/sebraebahia a história da Cheville


Mercado

Foto: MATEUS PEREIRA

Abre-alas do artesanato para o mundo

A Microempreendedora Individual Edna Castro, que começou vendendo artesanato nas praias do litoral sul da Bahia, já conquistou clientes de outros países

Quando a artesã Edna Castro começou a bordar as primeiras peças com retalhos de pano, há 10 anos, não imaginava que era o início de uma trajetória de sucesso com destino além das fronteiras do Brasil. Seus chapéus e sacolas já eram destaque nas praias de Porto Seguro, mas ela queria crescer ainda mais. Mudou-se para Salvador e o seu ponto de partida para o crescimento foi o Sebrae. Passados três anos desde que chegou à capital baiana, Edna só conta-

biliza ganhos. Formalizou-se como Microempreendedora Individual, participou de capacitações e já tem clientes de outros Estados e países. Hoje, Edna vende para Niterói, Porto de Galinhas, algumas cidades do Espírito Santo, além de Portugal, Angola e Estados Unidos. A artesã revela ainda que está em negociação com compradores da Espanha. “Foi com o Sebrae que aprendi a enxergar a minha atividade enquanto negócio. Obtive conhecimento nos cursos que participei”, conta Edna.

Ela destaca que conseguiu também aperfeiçoar sua produção e agora, além de chapéus e bolsas, desenvolve bonecas de pano e as chamadas ecobags (sacolas ecologicamente corretas). “Atualizei-me também com relação ao mercado e às exigências dos consumidores”. Para chegar ao mercado internacional, Edna participou do XVI Encontro Internacional de Negócios do Nordeste (EINNE), realizado em Salvador, em 2012. Antes do evento, ela esteve presente no curso

Sebrae Bahia

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básico sobre exportação, oferecido pelo Programa de Competitividade e Internacionalização da Micro e Pequena Empresa. “Foi aí que obtive noções sobre formação de preço e organização para o mercado internacional”, afirma Edna. As Rodadas de Negócio foram ferramentas importantes para a artesã conquistar novos clientes. Os compradores de Estados como Rio de Janeiro, Pernambuco e Espírito Santo surgiram durante esses eventos. Já

os clientes de outros países foram frutos dos contatos realizados durante as rodadas que aconteceram no EINNE. O encontro foi sua estreia em negociações internacionais. Apesar de ter saído de Porto Seguro, a empreendedora ainda mantém suas raízes por lá. “Tenho contatos que comercializam os meus produtos nas praias da cidade”, conta. Com o empreendimento crescendo, Edna está montando um pequeno ateliê na sua casa, em Dias d´Ávila,

Região Metropolitana de Salvador, onde vive atualmente. Na capital, alugou um apartamento no centro da cidade, que utiliza como depósito. Se a demanda aumenta, contrata colaboradores temporários. “Quando comecei a produzir artesanato, não tinha a ideia de como eu poderia me desenvolver. Consegui ampliar a minha visão, atuar como uma gestora e agora espero continuar crescendo”, aponta.

Outra conquista destacada foi o registro como Microempreendedora Individual. “Passei sete anos na informalidade e digo que não vale a pena”. A artesã conta que a aquisição de material para a produção era muito difícil. “Gastava dinheiro com transporte e, às vezes, tinha que ir até São Paulo para comprar mercadoria a preços menores”, revela. Hoje, com CNPJ, Edna não passa mais por isso. “Os fornecedores entregam na porta da minha casa e ainda posso negociar melhores preços. Creio que não conseguiria clientes no exterior se não estivesse legalizada”. A empreendedora lembra que essa foi uma das primeiras orientações que recebeu ao procurar o Sebrae em Salvador. “Formalizada, sinto-me mais empresária”.

Foto: MATEUS PEREIRA

Formalização

A artesã comercializa para os Estados Unidos, Portugal e Angola e tem planos de fechar negócio com compradores da Espanha

Programa de Exportação O Sebrae Bahia oferece, junto a diversos parceiros, um programa específico voltado para orientar micro e pequenas empresas sobre o processo de exportação. Trata-se do Programa de Competitividade e Internacionalização da Micro e Pequena Empresa, que disponibiliza capacitações e consultorias para que esses empreendimentos possam construir planos de

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internacionalização, além de ações de qualificação, tecnologia e inovação. Segundo a coordenadora da Unidade de Acesso a Mercado e Serviços Financeiros do Sebrae Bahia, Suely de Paula, o objetivo do programa é fomentar o pensamento estratégico dos empresários baianos para que eles visualizem as vantagens e oportunidades com

relação ao processo de incremento da competitividade e internacionalização. A coordenadora informa também que a meta é atender a 100 empresas por ano. São parceiros do programa as federações das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb), das Câmaras de Dirigentes Lojistas (FCDL), das Associações Comerciais (Faceb) e de Agricultura e Pecuária (Faeb).


Foto: MARCOS SANTIAGO

Agronegócio

Produtores de uva do Vale do São Francisco aprimoram técnicas e acessam novos mercados

Ouro verde Uvas mais bonitas, saborosas e aumento da produtividade. É o resultado imediato da mudança de práticas adotadas pelos agricultores da Rede Empresarial Ouro Verde, formada por 61 produtores de três associações em Casa Nova, cidade do norte do Estado. Através do Programa de Fortalecimento da Atividade Empresarial (Progredir), os produtores de uva receberam consultoria espe-

cializada e conseguiram melhorar a produção. O trabalho começou há um ano e foi dividido em etapas. Um diagnóstico das propriedades foi elaborado quando os produtores também apresentaram suas demandas. Depois, a consultoria planejou o trabalho e seguiu com a orientação e implantação das melhores práticas produtivas. O objetivo era melhorar a qualidade e

reduzir o custo de produção. Os produtores Roberto Lima da Silva e Francisco de Oliveira cultivam, em parceria, um hectare de uvas das variedades Red Globe e Itália. Na safra passada, eles aprimoraram a técnica de aplicação de adubos. “Antes, usava um quilo de uma só vez. Aprendi que posso fazer duas ou três aplicações com a mesma quantidade”, diz Roberto.

Sebrae Bahia

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Foto: MARCOS SANTIAGO

“Antes, usava um quilo de uma só vez. Aprendi que posso fazer duas ou três aplicações com a mesma quantidade”. Roberto Lima Produtor

Os produtores perceberam que não podem deixar que as videiras cresçam de qualquer jeito, porque é equivocada a ideia de que quanto mais cachos de uvas cada planta tiver, melhor. “Na verdade, uma planta deve ter o número de cachos que consiga nutrir. Não adianta ter muitos sem qualidade”, explica o engenheiro agrônomo e consultor do Sebrae, Pedro Oliveira. Outra avaliação positiva faz o produtor Romildo Moraes da Silva. Numa área de meio hectare, ele planta uvas Benitaca e Itália, e afirma que os novos tratos fizeram a colheita sair de 4,5 toneladas para 6,5 toneladas. “Eu não fazia, por exemplo, a análise de solo, que é muito importante para saber quais adubos usar e a quantidade certa”, destaca Romildo. O produtor foi orientado

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pelos consultores a fazer a análise, já que a produção e a qualidade das uvas estão diretamente relacionadas com as condições físicas e de fertilidade do solo. Outro foco da consultoria prestada à Rede Empresarial Ouro Verde foi a relação com a comercialização. Logo no início do trabalho, na fase de diagnóstico, os técnicos perceberam que haveria dificuldade para vender em grupo, porque faltavam volume e escala. Assim, os produtores foram orientados a programar as podas para escalonamento da produção de forma que, na safra seguinte, as datas de colheita coincidissem e houvesse a possibilidade de fazer uma comercialização conjunta. Na safra de setembro, já houve um avanço nesse sentido. Frutas

com mais qualidade e em quantidade atraíram outros compradores. “Antes, vendíamos apenas para atravessadores locais que chegavam aqui e determinavam o preço. Agora, estamos negociando com empresas que pagam melhor e colocam nossa fruta num mercado mais qualificado”, avalia o presidente da Associação dos Arrendatários da Fazenda Ouro Verde, Gilmar Santos. Com os novos clientes também chegaram novas demandas. As uvas eram vendidas em caixas grandes, e não em pequenas caixas próprias, para as gôndolas de mercados. Sem um packing house (casa de embalagem), os produtores improvisaram um setor para selecionar, pesar e embalar as frutas ao ar livre. A consultoria terminou em novembro passado. “Pudemos perce-


Foto: MARCOS SANTIAGO

Programa Progredir

O produtor Roberto aprendeu a reduzir a quantidade de adubo utilizada

ber que os produtores implantaram melhorias na administração de suas propriedades e identificaram oportunidades no mercado que resultaram em parcerias comerciais positivas”, avalia o gestor de Fruticultura do Sebrae, Rinaldo Moraes. O trabalho, que deve seguir por mais seis meses, tem recursos assegurados pelo governo baiano, através da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti).

“É de extrema importância dar continuidade a essa ação para que, depois de conhecerem as melhores práticas de manejo, eles possam se organizar e gerenciar a cadeia produtiva, incluindo novos processos tecnológicos e administrativos, buscando uma produção sustentável, novas parcerias e acesso a mercados”, ratifica a gestora local de projetos da Secti, Tiane Almeida.

Coordenado pela Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti) em parceria com o Sebrae, o programa tem o propósito de fortalecer 11 segmentos do setor empresarial, dentre os quais o Arranjo Produtivo Local (APL) da Fruticultura, de forma que os produtores tenham mais eficiência para competir nos mercados nacional e internacional. Para serem contempladas, as redes empresariais elaboram e apresentam seus planos de negócio com ações estratégicas que visam a sustentabilidade e competitividade nos mercados em que atuam. As ações nestes planos servirão para a melhoria da qualificação empresarial e profissional de seus processos produtivos e acesso a mercados, promovendo a inovação tecnológica nas empresas das redes. A Rede Ouro Verde obteve a aprovação do seu plano de negócio pela comissão de avaliação do Programa Progredir, instituída pelos representantes da Secti, Sebrae, IEL e Promo, fomentado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).

Foto: MARCOS SANTIAGO

Depois da consultoria, uvas são embaladas em caixas próprias para as gôndolas de mercados

Sebrae Bahia

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Inovação e Tecnologia

Tecnologia a favor do cliente veio errado? Pois é! Essas questões sempre inquietaram os sócios da Maqhin Soluções Tecnológicas, que conseguiram converter aborrecimento em ideias inovadoras e negócios.

A empresa de tecnologia da informação e comunicação começou a dar seus primeiros passos em 2009, na incubadora da Universidade Federal da Bahia. A ideia era desenvolver projetos

Foto: MATEUS PEREIRA

Você já se sentiu refém do mau atendimento? Quase implorou para fazer seu pedido? E, quando finalmente conseguiu, descobriu que o prato que fez você salivar por mais de 30 minutos

O empresário Luciano Navarro, sócio da Maqhin Soluções Tecnológicas, criou o cardápio digital (Toqhe). Através de um dispositivo móvel (tablet ou smartphone), o produto inovador possibilita o atendimento interativo em bares e restaurantes

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Foto: MATEUS PEREIRA

Feira do Empreendedor

A Tortarelli (tortas e sobremesas delivery) foi uma das primeiras empresas a comprar o sistema de cardápio digital Toqhe

que trabalhassem com a interação entre homem e máquina. Sócio-fundador da Maqhin, Luciano Navarro destacou o ambiente das incubadoras como fundamental para estimular o crescimento da empresa. Atualmente, a Maqhin funciona no Parque Tecnológico da Bahia, em Salvador. “A criatividade é o nosso maior bem. Nossos funcionários fazem seu horário, trabalham super à vontade e a produtividade é o que conta no final. Não seguimos os padrões da Era da Pedra Lascada. Nossos produtos são projetados com base nas necessidades do mercado e da sociedade”, revela. Melhorar o atendimento de bares e restaurantes e pôr fim ao movimento frenético dos braços que pedem um pouco da atenção dos garçons. Com esse objetivo, a empresa desenvolveu o cardápio digital (Toqhe). Através de um dispositivo móvel (tablet ou smartphone), os consumidores podem agilizar o atendimento de forma interativa e inovadora.

Clientela A Maqhin Soluções Tecnológicas já conquistou clientes, a exemplo da Tortarelli (tortas e sobremesas delivery), Sopastéis (empresa que atua no ramo alimentício de pastéis, bolos, sopas, sucos, caldo de cana, sanduíches e muitos outros), Pousada Tarumã e o Bar e Restaurante Ponte Aérea. “Nos tornamos clientes da Maqhin numa rodada de negócios e fomos os pioneiros em disponibilizar o cardápio no site. A ferramenta garante uma experiência ímpar a partir do momento que facilita a escolha das nossas tortas. Além de otimizar o pedido, o cardápio digital é agradável de se mexer e as fotos despertam o interesse por outros produtos”, revela uma das sócias da Tortarelli, Ana Patrícia Pires de Assis Maia.

No espaço Inovação e Tecnologia, montado no maior evento de empreendedorismo do Brasil, será possível mostrar ao público que a inovação também é acessível aos pequenos negócios. Você, empresário, que tem um produto ou serviço inovador, não perca a chance de mostrar seu trabalho. Envie um e-mail para sebraetib@ sebrae.com.br, descrevendo seu diferencial. Os expositores interessados em participar da Feira do Empreendedor da Bahia, que acontece de 22 a 26 de outubro, das 14h às 22h, no Centro de Convenções, em Salvador, devem se apressar. A procura tem sido grande e algumas áreas já não possuem mais estandes disponíveis. A coordenadora da Unidade de Acesso à Inovação e Tecnologia, Marcia Suede, afirma que os negócios de micro e pequeno porte não vão se diferenciar com ganhos de escala. “Os empresários devem investir em inovação e tecnologia como ferramenta estratégica. Só assim se tornarão mais competitivos”. Ela reforça que inovação não tem relação direta e obrigatória com tecnologia. “É preciso que os empreendedores inovem nas áreas de marketing organizacional, processo produtivo e no novo bem ou serviço”, conclui.

Sebrae Bahia

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Especial

O protagonismo das micro e pequenas empresas na Bahia Estudo revela que as micro e pequenas empresas geraram 330 mil novas vagas nos últimos 11 anos e hoje são responsáveis por 667 mil empregos formais no Estado Dotada de grandes responsabilidades e membros dedicados a exercer a atividade com excelência, a empresa Capitão Pintura reúne uma equipe com os verdadeiros super-heróis do ramo. Graças à visão inovadora do líder Augusto Alagia, o negócio ganhou musculatura e se tornou referência no mercado, com apenas um ano de vida. Com cerca de 30 profissionais, que atuam com

pinturas prediais, residenciais e até de plataformas de petróleo, o empreendimento investe forte e acompanha o ritmo da economia das micro e pequenas empresas baianas, que geraram 330 mil novos empregos com carteira assinada em 11 anos. A informação é do Anuário do Trabalho da Micro e Pequena Empresa, elaborado pelo Sebrae,

em parceria com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), que divulga uma participação média local de 99% das MPEs nos empreendimentos formais constituídos. No Brasil, de 2000 a 2011, as MPEs foram responsáveis por gerar sete milhões de novos empregos formais, totalizando 15,6 milhões de postos de trabalho.

Foto: MATEUS PEREIRA

A empresa Capitão Pintura conta com 30 profissionais e a visão inovadora do diretor Augusto Alagia

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Para o diretor da Capitão Pintura, Augusto Alagia, a parceria com o Sebrae garantiu a profissionalização dos processos, a elaboração de planejamento estratégico e um salto significativo do faturamento da empresa. “A participação nas Feiras do Empreendedor, na Construir Bahia, em palestras e o aproveitamento das consultorias foram essenciais para projetar o negócio, fidelizar clientes

e prestar um serviço ainda mais qualificado”, revela o empresário, destacando ações implementadas, a exemplo do Certificado e da Universidade Capitão Pintura, que elevam o nível profissional e intelectual de seus funcionários. Com previsão de faturar cerca de R$ 2 milhões em 2013, a Capitão Pintura trabalha para se tornar uma franquia nacional,

remunerando seus pintores acima da média praticada no mercado. “O treinamento ainda é uma lacuna do setor de serviços. Por isso, desenvolvemos cursos para o público interno e externo, além de termos um programa de premiação por produção. O nosso empenho e determinação são convertidos num portfólio com grandes clientes, como shoppings e construtoras”.

Foto: MATEUS PEREIRA

MPE na Bahia

99,1% dos estabelecimentos são MPEs

289 mil

é o número de MPEs

667 mil

empregos gerados

“O treinamento ainda é uma lacuna do setor de serviços. Por isso, desenvolvemos cursos para o público interno e externo”. Augusto Alagia Empresário

Remuneração O exemplo bem-sucedido da empresa é detectado na pesquisa do Dieese, evidenciando que o crescimento da participação das MPEs na formalização de novos estabelecimentos e na oferta de trabalho é acompanhado também pelo aumento da remuneração. A remuneração real – descontada a inflação – dos empregados cresceu

27,6%, passando de R$ 748, em 2000, para R$ 962, em 2011. Este resultado foi superior tanto ao crescimento da renda média real de todos os trabalhadores do mercado formal (1,2 % ao ano), quanto daqueles alocados nas médias e grandes empresas (0,9% ao ano). Uma significativa ascensão da escolaridade dos empreendedores

também é verificada no conjunto de dados sobre o perfil e a dinâmica do segmento. Os dados revelam que, em 2001, 43,9% dos empregadores e 10,5% dos trabalhadores por conta própria possuíam, ao menos, o ensino médio completo. Já em 2011, 61,6% dos empregadores e 23,4% dos trabalhadores alcançaram esse grau de escolaridade.

Sebrae Bahia

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Escolaridade - MPE na Bahia 2001

2011

61.6% 43.9%

10.5%

23.4%

Trabalhadores por conta própria com, ao menos, ensino médio completo.

EMPREGADORES com, ao menos, ensino médio completo.

Nem a idade e muito menos o gênero são limitadores para aqueles que acreditam em projetos para uma vida nova no mercado de trabalho. Esse é o caso da aposentada do Polo Petroquímico e agora artesã Yeda Mattos, 72 anos. Após 30 anos de dedicação a uma área, ela resolveu preencher o tempo nos cursos oferecidos pelo Instituto Mauá e Sebrae. A paixão pela tecelagem logo foi substituída pelo trabalho manual de patchwork, por conta de um problema no joelho. “Gostei tanto que acabei me especializando em produtos de cozinha. Os meus panos de prato, de copa, jogos americanos e de fogão são feitos com os melhores tecidos. São flores, frutas e bichinhos bordados com muito carinho. A parceria entre Sebrae e Mauá promoveu um salto de qualidade dos produtos e muitos compradores de fora passaram a olhar para nosso Estado”, revela. Segundo o Anuário do Trabalho da Micro e Pequena Empresa, o total de empregadores com 40 anos ou mais, que representava 64,3% em 2001, atingiu 64,7% em 2011. O mesmo aconteceu

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Foto: MATEUS PEREIRA

Empreendedores da terceira idade O profissionalismo da artesã Yeda garantiu convites para participar de feiras, das rodadas de negócios e muitas encomendas

O superintendente do Sebrae Bahia, Edival Passos, informa que, ao montar uma empresa, os empresários sabem que podem recorrer a instituições de apoio como o Sebrae, que auxiliam no aumento da potencialidade empreendedora e criativa. Ele explica que os números relacionados à escolaridade mostram que o conhecimento é importante para o avanço da MPE. “Os empregadores e trabalhadores por conta própria estão mais qualificados e entendem que a busca pela inovação é imprescindível. Um dos desafios da MPE é avançar na internacionalização”.


entre os trabalhadores por conta própria. Em 2001, 52,9% deles possuíam 40 anos ou mais, proporção que subiu para 59,2% em 2011. Em relação ao total de empregadores e pessoas que trabalham por conta própria, o documento verificou a expansão de 56 mil novos

empreendedores, entre 2001 e 2011. O bom desempenho no período analisado confirmou a importância dos pequenos negócios para a economia baiana. Em 2011, o segmento foi responsável por 99,1% dos estabelecimentos, 51,6% dos empregos

privados não agrícolas formais no Estado e por 39,1% da massa salarial. Em termos de números, de 2000 a 2011, a Bahia superou a barreira dos 289 mil estabelecimentos, com a criação de, aproximadamente, 107,7 mil novos negócios legais.

Poder Feminino No período compreendido de 2001 a 2011, na Bahia, a participação das mulheres empreendedoras cresceu. Entre os empregadores, a proporção de mulheres passou de 24,1% para 28,1%. No mesmo período, entre as trabalhadoras por conta própria, a proporção passou de 27,8% para 29,9%. Para a presidente da Associação de Cultura e Arte (Cultuarte Bahia), Verônica Lemos, primeiro lugar na etapa estadual do Prêmio Mulher de Negócios, em 2011, categoria Negócios Coletivos, as mulheres ganharam mais voz, mais espaço e se impuseram pela enorme capacidade de trabalho. “Hoje, elas

Mulheres - MPE na Bahia 2001

2011

29.9% 27.8%

28.1% 24.1%

Trabalhadores por conta própria

têm orgulho de exercer diversas funções. São ao mesmo tempo mães, esposas, trabalhadoras,

EMPREGADORAS

donas de casa, educadoras e o que mais for necessário para manter a sua integridade”.

Crescimento do Setor de Serviços O comércio permanece como a atividade com maior número de micro e pequenas empresas, ao responder por mais da metade dos pequenos negócios baianos, 60% do total das MPEs. Por sua vez, o setor de serviços não apenas se manteve como o segundo setor mais expressivo em número, como teve sua participação elevada de 25,3% do total de MPEs em 2000, para 27,6 % em 2011. Nesse último ano, havia cerca de 80 mil empreendimentos no setor de serviços.

27.6% 25.3%

2000

2011

Sebrae Bahia

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Políticas Públicas

Foto: Josy vilasboas

Guanambi avança com Lei Geral

Prefeito de Guanambi, Charles Fernandes comemora conquistas a partir da implementação da Lei Geral

A implementação da Lei ajudou a formalizar trabalhadores por conta própria

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No município de Guanambi, sudoeste da Bahia, com cerca de 80 mil habitantes, a implementação da Lei Geral da Micro e Pequena Empresa contribuiu para formalizar mais de mil trabalhadores por conta própria da região, além de beneficiar micro e pequenas empresas nas compras públicas. A Lei Geral, regulamentada através da Lei Municipal nº 370/2009, favorece investimentos para o desenvolvimento desses negócios. “Não é apenas a lei que vai ajudar os empreendedores, mas todas as políticas públicas envolvidas no processo. Por isso, criamos um planejamento estratégico com projetos”, conta o prefeito da cidade, Charles Fernandes. Uma dessas ações concretizadas é a Sala do Empreendedor, criada há dois anos para fornecer um auxílio mais direto ao empresário, atendendo com responsabilidade e atenção. De acordo com o gestor municipal, as consultorias feitas por técnicos do Sebrae Bahia põem em prática a legislação e melhoram a qualidade e a competência dos empresários locais. “Hoje, o número de Microempreendedores Individuais em nossa cidade já passa de 1,1 mil. Portanto, essa lei ajudou a cidade a crescer”, acrescenta. Os resultados da iniciativa mostram o aumento da participação dos negócios de micro e pequeno porte no rol de empresas licitadas pela Prefeitura de Guanambi em 2012. Dos mais de R$ 11 milhões empregados nas contratações que exigiam concorrência, utilizados

para obras e serviços de grande valor, quase R$ 8 milhões foram destinados a contratos com micro e pequenas empresas. Já na modalidade de tomada de preço, são quase R$ 10 milhões em um universo de mais de R$ 14 milhões investidos em contratações municipais. Guanambi conta ainda com outros projetos complementares, como o Balcão de Empregos, que faz a intermediação com a mão de obra e o empresário, além do CrediBahia, que fornece linhas de crédito com baixas taxas de juros, buscando o fomento dessas empresas. Em 2011, o gestor municipal Charles Fernandes foi vencedor da etapa estadual do Prêmio Sebrae Prefeito Empreendedor. Ele recebeu o destaque temático na categoria Crédito e Capitalização. “Criamos também o Fundo de Aval, uma inovação no País, pois sabemos das dificuldades dessas empresas em conseguir avalista para solicitar o crédito. Nesse caso, a prefeitura é a avalista, sendo a primeira cidade do Brasil a estender o benefício até o Microempreendedor Individual”. Por fim, o município já está ampliando a terceira etapa do Distrito Industrial, uma das políticas de fomento ao desenvolvimento de terrenos para pequenas e microempresas. Primeiro município do oeste baiano a aprovar a Lei Geral (2009), Luís Eduardo Magalhães apresenta os benefícios da lei. Depois da regulamentação, foi criado o Fórum Municipal, implantada a Sala do

Guia do Prefeito Empreendedor Para subsidiar os novos gestores municipais no desenvolvimento de ações voltadas aos pequenos negócios locais, o Sebrae Bahia está distribuindo para as prefeituras o Guia do Prefeito Empreendedor – Agenda de Compromissos com os Pequenos Negócios para a Geração de Emprego e Renda. O guia, que também orienta na implementação da Lei Geral da Micro e Pequena Empresa, apresenta um conjunto de propostas simples e práticas, a partir das quais o prefeito pode identificar e escolher as que são mais adequadas à realidade de seu município.

O material também está disponível no site do Sebrae Bahia: www.ba.sebrae.com.br.

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“A nossa expectativa é o fortalecimento da parceria entre o Sebrae e a Prefeitura de Luís Eduardo Magalhães, no espaço comum com a intensificação das ações em conjunto, com o intuito de atender a demandas dos empreendedores”, ressalta o prefeito Humberto Santa Cruz.

Empreendedor, realizados mutirões de legalização do MEI e mototaxistas, cursos de contabilidade básica, gestão financeira, reuniões com contabilistas sobre melhorias nos procedimentos internos da prefeitura, decreto que regulamenta o alvará provisório de funcionamento e atendimento através do Programa Negócio a Negócio.

Durante o encontro, promovido pelo Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), em parceria com o Sebrae e a União dos Municípios da Bahia (UPB), realizado em março, em Salvador, foi apresentado oficialmente o Projeto Prosperar. Trata-se de um programa realizado por essas três entidades com o intuito de potencializar a implementação da Lei Geral da Micro e Pequena Empresa. De acordo com o coordenador da Unidade de Políticas Públicas e Desenvolvimento Territorial do Sebrae Bahia, Roberto Evangelista, o fundamental dessa ação é articular as três instituições de maneira a promover uma mobilização nos municípios. “O Sebrae tem papel fundamental na sensibilização de agentes públicos e privados através de treinamentos, cursos e orientação para que o processo de aquisição de bens e serviços aconteça”.

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Foto: MATEUS PEREIRA

Encontro Tribunal de Contas e Desenvolvimento Local

“Hoje, o número de Microempreendedores Individuais em nossa cidade já passa de 1,1 mil. Portanto, essa Lei ajudou a cidade a crescer”. Charles Fernandes Prefeito


Foto: MATEUS PEREIRA

ECONOMIA CRiativa

Gastronomia de raiz

Maniçoba do Restaurante A Venda conquista baianos e turistas. Empresária aposta na propaganda boca a boca

Do sal ao fósforo. Numa garagem na Avenida Jorge Amado funcionava a mercearia A Venda. O ambiente frequentado por homens, que saiam de repartições públicas e agências bancárias para molhar a palavra e falar sobre futebol, aos poucos ganhava contornos de bar. Sócia do marido e cunhado e única mulher a frequentar o local, Neide Rodrigues resolveu servir tira-gostos. E não perdeu tempo em incluir no cardápio a tradicional maniçoba. A receita foi passada todinha por telefone pela sogra Derozilde, natural de São Félix e cozinheira de mão

cheia. Atrás do balcão, o cheiro tomava conta do cubículo e convidava a clientela a conhecer a exótica iguaria, que substitui o feijão pela maniva (folha de mandioca triturada) e leva tempero verde, peito de boi, carne de sertão, linguiça calabresa e toucinho. A maniçoba e o fumeiro se tornaram os carros-chefes de um leque de pratos que conquistaram o paladar dos amantes da comida regional. O sucesso e a fiscalização da prefeitura fizeram com que a cozinheira optasse pela mercearia ou pelo bar. A partir da decisão acerta-

da de se tornar bar e restaurante, Neide assumiu sozinha o negócio, que passou a funcionar no bairro da Boca do Rio e preservou o nome e a fama. As exigências impostas provocaram também uma mudança de comportamento da proprietária. Em 2008, o Bar e Restaurante A Venda participou e ganhou o terceiro lugar com a maniçoba no Comida di Buteco, maior concurso de cozinha de raiz do Brasil, que conta com a parceria do Sebrae. De lá para cá, o estabelecimento ganhou corpo e hoje é considerado microempresa. Em 19

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O programa tem o objetivo de orientar empresários sobre a identificação de desperdícios no processo produtivo e sobre a proposição de ações corretivas. A partir das propostas do programa, as empresas participantes aprendem a diminuir custos de produção, a aumentar a produtividade, a minimizar os impactos ambientais, para que não haja conflito entre desenvolvimento e lucratividade.

Foto: MATEUS PEREIRA

5 Menos que São Mais

Boas práticas Matéria-prima: observar se o fornecedor entrega as compras com produtos já selecionados e de qualidade; quantas vezes por semana a empresa faz compras; se faz o controle do que é levado para fabricação do produto; se há sobras na produção.

Energia: fazer periodicamente manutenção e limpeza das instalações elétricas, aparelhos de ar-condicionado, motores de geladeira; observar o espaçamento entre o equipamento e a parede, além do estado das borrachas da geladeira; verificar o tipo de lâmpada utilizada e se a classificação da conta de energia está condizente com o porte do estabelecimento.

Água: fazer controle de vazamento de descargas, torneiras, bombas de água e de vazão das torneiras utilizadas; observar como é feita a limpeza do ambiente, utensílios e matéria-prima.

Lixo: fazer a separação dos resíduos e reutilizar materiais (sacos e caixas) para acondicionar o lixo.

Menos poluição: observar onde se joga resíduo utilizado na produção, como óleo de cozinha; investir na utilização de Equipamentos de Proteção Individual (EPI) pelos funcionários.

Sarapatel, feijoada, carne do sol e moquecas de peixe são outras opções oferecidas

anos de história, a chef Neide Rodrigues ampliou o espaço e conta com uma equipe de 16 funcionários. O prato de origem indígena sai de segunda a segunda. De acordo com Neide, são comercializados mais de 100 quilos de maniçoba por semana. “O boca a boca é o diferencial do meu negócio. As pessoas vêm por indicação e não se arrependem. E os que não conhecem, quando experimentam a prova são enfeitiçados”. O sucesso rendeu o convite para participar do Sarau du Brown. “Servi a famosa maniçoba no espaço VIP e os convidados não se fizeram de rogados”. Incentivada pelo Sebrae a apresentar seus dotes culinários em todas as edições do Comida di Buteco, a empresária buscou melhorar a gestão e profissionalizar o negócio. “As orientações foram muito importantes para ter um controle maior da nossa mercadoria. Começamos a observar os ganhos e perdas na relação com o fornecedor e não nos descuidamos

quando o assunto é armazenamento e atendimento ao cliente”, revela. Neide Rodrigues abraçou a oportunidade e evoluiu ao conhecer, em 2011, o 5 Menos que São Mais. O programa tem o objetivo de orientar empresários sobre a identificação de desperdícios no processo produtivo e sobre a proposição de ações corretivas. Com a aproximação da Copa das Confederações e Copa do Mundo, ela já está de olho no Moderniza, projeto que oferece capacitação empresarial nas áreas de gestão, serviços e infraestrutura e atua através de ações de modernização e requalificação dos empreendimentos. A Venda se notabilizou por pratos “pesados”, que fazem a cabeça de baianos e turistas. Os panelões, preenchidos por sarapatel, feijoada, carne do sol, moquecas de peixe, camarão e bacalhau, e costelinhas defumadas, são uma prova de que o hard food (alimento pesado) tem público e faz muito sucesso.


Foto: ARQUIVO PESSOAL

Plantando arte no exterior Cerca de 80% da produção do ateliê é comercializada na Europa, um dos mercados mais exigentes do mundo A artesã Selma Abdon Calheira conhece a arte da terra: esculpe maçãs, peras, bromélias e uma infinidade de objetos que brotam da sua imaginação. A filha de Ibirataia, no sul da Bahia, viveu os tempos áureos do cacau e sentiu na pele a crise provocada pela vassoura-de-bruxa. Em 1979, ela se mudou para o Rio de Janeiro em busca de mais conhecimento. Chegou, então, a hora de redescobrir a cerâmica. No curso de Belas Artes, se debruçou em técnicas primitivas indígenas e caboclas e estudou com afinco as inúmeras possibilidades da argila e da pintura. A partir daí, nasceu o Ateliê Cores da Terra, nome dado em referência à marca do seu trabalho. Com a preocupação de transformar a vida com arte, ela organizou palestras, capacitações e produziu objetos de decoração que traduziram contornos da realidade. Logo, as cores e formas da artista se fizeram presentes em lojas renomadas do Rio e de São Paulo. Casada com o designer Franz Rzehak, responsável pela serralheria da empresa, no final da década de 80, retornou à Bahia. Com a intenção de plantar várias sementes num solo que acredita ser fértil, transferiu seu empreendimento. “Meu pensamento

era criar um centro de cultura, um espaço de encontro, onde poderia, através de capacitações, desenvolver uma região assolada pela crise do cacau. Chegou um momento em que perguntei se realmente era possível”. Selma queria ser uma agente multiplicadora e semear esperança para as famílias que tinham na lavoura cacaueira sua única fonte de renda. Das mãos calejadas que utilizavam o barro para fazer reboco, surgiram habilidosos ceramistas. Hoje já são mais de 120 pessoas, entre homens e mulheres, que trabalham com carteira assinada e são responsáveis por uma produção em alta escala de artefatos de cerâmica e objetos com identidade, qualidade e beleza, voltados para decoração. “Preparei cada um deles. Eles entraram sem saber nada e foram experimentados em todas as áreas. Aos poucos, fomos percebendo onde se encaixavam melhor”. De acordo com Selma Calheira, 80% da produção é escoada para a Europa, um dos mais exigentes mercados no mundo. Fato que contrasta com as dificuldades enfrentadas internamente. “Aqui temos ainda gargalos na logística de transporte. Para os pequenos, essa luta vem sendo

apoiada pelo Sebrae, um parceiro fundamental para promover o desenvolvimento sustentável local”, destaca.

Oficina Cidades Criativas Com a maior concentração de empreendimentos criativos por metro quadrado, a região dos municípios de Ibirataia e Ipiaú foi palco do décimo primeiro encontro das Oficinas Sebrae de Economia Criativa e Cidades Criativas. A consultora e especialista em cidades criativas que conduziu a ação, Ana Carla Fonseca, conheceu os empreendimentos da região, restaurantes, pousadas, fazendas de cacau, alambiques e espaços que contam um pouco da história dessas cidades que viveram intensamente a era de ouro da amêndoa. Para a especialista, as ideias dos empresários têm tudo para dar certo. “São empreendimentos com envergadura internacional, visto que temos aqui o cacau e a cachaça premiados internacionalmente. Além disso, são empresas próximas uma da outra e complementares. Outro ponto positivo é que eles estão organizados em uma associação e são parceiros do poder público local”, conta a consultora.

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Foto: MAURÍCIO MARON

Indústria

São Paulo e Brasília são mercados consumidores da marca Chocolates de Itacaré, comandada pela empresária Diva Fátima Pol Landenberger. Com ajuda do Sebrae, o próximo passo é entrar no mercado de Salvador

Chocolates finos do sul da Bahia Ao ganhar o prêmio de melhor projeto no Seminário Empretec em Ilhéus, a empresária Diva Fátima Pol Landenberger concretizou o sonho de abrir uma agroindústria de chocolates finos, no modelo integrado, que vai do cultivo do cacau, passando pela industrialização, até a distribuição do produto. “Depois de 10 anos, tempo que estipulei em sala

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de aula para executar o projeto, a realidade superou a minha imaginação”, comemora. Proprietária da Agroindústria Chocolates de Itacaré, primeira empresa familiar nessa modalidade no Brasil, ela exportará para 57 lojas paulistanas. “Nossa meta é chegar a 500 quilos ao mês, ainda este ano. É o começo de um processo de expansão, que

está sendo consolidado ao longo do tempo”, afirma. Além de São Paulo, a agroindústria distribui o produto para quatro confeitarias localizadas em Brasília. No sul da Bahia, tem uma loja própria em Ilhéus e outra em Itacaré. A empresa tem 30 funcionários e funciona no Distrito de Rio do Engenho, em Ilhéus. Atualmente, pro-


O projeto mantém ainda o foco nos benefícios que as inovações tecnológicas podem representar para a consolidação do modelo sustentável de produção que seja potencializado pela agricultura tropical do cacau cabruca. Essa forma de plantio valoriza a biodiversidade local e a fartura dos recursos hídricos. O resultado é um fruto diferenciado, resistente a pragas e de melhor qualidade para produção de chocolate.

Foto: MAURÍCIO MARON

cessa 200 quilos de chocolate por dia, distribuídos em cerca de cinco mil itens, como barrinhas e trufas, variando de 25% a 100% de teor de cacau. “Para atender à nova demanda, vamos contratar 10 novos funcionários. A nova exportação vai aumentar a receita bruta da fábrica em 60%”. A matéria-prima vem da própria fazenda da empresa que tem 70 hectares de plantio, totalizando uma produção de 3,5 mil arrobas ou 52 mil quilos de cacau. Na gestão do negócio, a empresária formada em Administração tem o auxílio do filho Wharley Johann Landenberger, 21 anos, e do administrador Rubens Landenberger. O próximo passo no plano de expansão é o mercado de Salvador. “No segmento de chocolates finos de produção integrada, nós seremos a primeira empresa a entrar nesse mercado”, explica a empresária. O produto de Diva já está em exposição no aeroporto da capital, em parceria com uma loja, mas ela almeja, daqui a um ano, estar em, pelo menos, 10 pontos comerciais, em restaurantes, pousadas e shoppings. Para isso, a empresária conta com o apoio do Sebrae, através do Projeto Indústria Setorial Ilhéus Derivados de Cacau, que atende a empreendimentos de pequeno porte. “A ajuda do Sebrae é valiosa, porque amplia a visão do que eu quero e abre portas em feiras, congressos e eventos. Ganhei autoconfiança. Eu sempre aconselho as pessoas a buscarem o Sebrae”, revela. A marca Chocolates de Itacaré obteve sucesso em eventos de divulgação e rodada de negócios, como o Salão Internacional do Chocolate, o Salão do Chocolate, e o III Congresso Brasileiro do Cacau, em Salvador, Paris e Ilhéus, respectivamente.

Para atender à nova demanda, a produção passará de 200 para 500 quilos até o final do ano

“Nossa meta é chegar a quatro toneladas ao mês, ainda este ano, apenas nesse mercado. É o começo de um processo de expansão da empresa, que está sendo consolidado ao longo do tempo”

Indústria setorial

O Projeto Indústria Setorial Ilhéus - Derivados de Cacau atende a 20 empreendimentos de pequ en o port e nos segmentos de produção de chocolate, trufas, amêndoas de cacau salgada e doce e polpa de frutas de cacau. Iniciado em junho de 2012, o projeto contempla ações como prospecção de novos mercados, exposições, workshops em 12 capitais brasileiras, missões c om erc i ai s a São Paulo, Gramado e Porto Alegre, além da participação em festivais, salões do chocolate e rodadas de negócios com o setor supermercadista. Ações de tecnologia também são realizadas para melhoria dos processos e produtos, identidade visual, higiene e manipulação de alimentos. Também são promovidas capacitações e consultorias gerenciais, acesso a políticas públicas e fortalecimento do setor, estimulando o associativismo e cooperativismo. “Um consultor está fazendo a prospecção das empresas demandantes do produto nesse mercado, não só para o chocolate, mas também para geleias de cacau, polpas, trufas e achocolatados”, explica o gestor do Sebrae, Eduardo Andrade.

Diva Fátima Pol Landenberger Empresária

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MICROEmpreendedor individual

Foto: MATEUS PEREIRA

Vestindo fé com elegância

A designer Nea Santtana transforma fitinhas do Bonfim em roupas e decoração. Empreendedora quer lançar uma linha de produtos direcionada à Copa do Mundo

Papel em uma mão, lápis na outra e máquina de costura ao lado. Cheia de criatividade, Nea Santtana já dominava a arte da costura desde pequena. O ofício aprendeu com a mãe, dona Maria do São Pedro, professora de corte e costura, que despertou nela a paixão por moda e estilo. Acostumada a acompanhá-la em diversos festejos religiosos, a estilista confere à técnica desenvolvida, de criar tecido a partir das fitas do Senhor do Bonfim, as referências estéticas e étnicas.

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Aos 13 anos, a designer foi convidada a assumir o ateliê de dona Maria, no Centro Histórico de Salvador. Responsável por realizar pesquisas e desenhar todas as peças, em 2007 resolveu aprofundar ainda mais seus conhecimentos em um curso do Serviço Nacional de Aprendizagem do Comércio (Senac). Criou a coleção que é a marca de um trabalho que valoriza e simboliza a tradição e o misticismo baiano. O amuleto da fé passou a ser o elemento principal para a criação de

mais de 50 produtos, como bolsas, sandálias, sapatilhas, ecobags, pufes e forro para almofadas. Já consolidada no mercado, Nea Santtana percebeu a necessidade de ampliar seu negócio e buscou a formalização junto ao Sebrae. “As pessoas não davam muito crédito por não termos CNPJ e perdi muitos trabalhos por conta desta situação. Depois de me tornar Microempreendedora Individual, enxerguei inúmeras possibilidades de crescer e conquistar novos mercados aqui e


Foto: MATEUS PEREIRA

Foto: MATEUS PEREIRA

“Depois de me tornar Empreendedora Individual, enxerguei inúmeras possibilidades de crescer e conquistar novos mercados” Nea Santtana Designer

no exterior, participando de feiras, a exemplo da Moda Bahia Design 2012 e Expo de Moda, e rodadas de negócios. Antes, não pensava de maneira estratégica, não estabelecia metas e nem desafios”, revela. Também Microempreendedor Individual, o designer gráfico João Torquato, marido de Nea Santtana, tem contribuição efetiva para o sucesso do negócio. A partir da expertise em comunicação, João é responsável

pela elaboração das peças gráficas, manutenção do blog, vídeos para as redes sociais e peças de promoção para divulgação. “Se não fosse o Sebrae, não teria condições também de assumir a parte de gestão empresarial. Essa experiência foi fundamental para despertar a necessidade de termos uma ficha técnica descrevendo cada produto, seus insumos e o custo de cada item”, explica João Torquato.

A ideia do casal é aproveitar as potencialidades do trabalho – que consiste na criação de roupas, acessórios e artigos de decoração utilizando a fitinha do Senhor do Bonfim – para apresentar uma linha de produtos direcionada à Copa do Mundo. “Se com uma fita você pode fazer três pedidos, imagine o que você pode conquistar com várias fitas. É se vestir de sorte e realizar vários sonhos”.

Rodada de Negócios Com o objetivo de estimular parcerias, aproximar as pequenas empresas das grandes indústrias e possibilitar o acesso a novos mercados, as rodadas de negócios foram idealizadas para alavancar a economia, promovendo negociações e o contato direto entre empresários. O público-alvo é formado por empresas (ofertantes ou compradoras). Para a coordenadora da Unidade de Acesso a Mercado e Serviços Financeiros do Sebrae, Suely de Paula, as rodadas são um importante instrumento de prospecção de negócios. “O grande comprador pode ter contato direto com pequenos empreendedores”, explica. As rodadas trazem benefícios às duas partes envolvidas.

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Foto: MATEUS PEREIRA

Uedson e Uilton, músicos baianos, mostram as vantagens de se tornar Microempreendedor Individual

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Foto: MATEUS PEREIRA

Encontrar o tom adequado, que engrandeça a união de palavras, ritmos e emoções, não é missão das mais simples. Mas o poeta, músico e compositor Uedson Nascimento Pereira a cumpre com maestria. O talento é partilhado com o irmão e também músico Uilton Nascimento, que começou sua estrada na percussão e hoje domina as cinco cordas de seu contrabaixo. Além de trazerem na herança genética o suingue da boa música, eles seguem juntos como Empreendedores Individuais. O sinal verde foi dado quando, ainda meninos, e acompanhados de outros irmãos e primos, participaram dos sambas juninos realizados no Centro Histórico de Salvador. O sucesso foi tão grande que o pai e mentor do grupo Samba Última Hora resolveu transformar as músicas em samba de roda. Os irmãos artistas usaram o bom ouvido para considerar o conselho do amigo Eduardo Gonzaga, já formalizado. A partir da conversa, o compositor Uedson procurou o Sebrae, tirou suas dúvidas

e percebeu as vantagens de se formalizar. “Passei a ter um rendimento maior, garantias que antes não sonhava e obrigações, como a Declaração Anual de Faturamento, que contribuem para a organização do negócio”, esclarece. Virtuoso da percussão, Uilton foi incentivado pelo pai a aprender violão para preencher um espaço na banda. Aos poucos, foi tomando gosto pelos acordes do instrumento que o apresentou ao contrabaixo e que o acompanha até hoje. “Tinha um público fiel que adorava me ver na percussão, mas

me apaixonei por esse instrumento, que, de certa forma, foi responsável por me projetar no Carnaval e pelos convites para tocar em diversos lugares do Brasil e também fora”. “Não pensei duas vezes quando Uedson falou dos benefícios. Agora estamos convidando outros amigos a atuar na formalidade. Basta trazer o RG, CPF, Título de Eleitor, comprovante de residência e sair como empresário. Aquela história do músico, compositor e produtor, que viveu o auge da carreira e hoje passa dificuldades, só se repete se a pessoa não se interessar”, explica Uilton. O ato de doação e o respeito ao trabalho garantiram ao alquimista das palavras o prazer e a alegria de ouvir e ver milhares de pessoas dançarem e cantarem músicas de sua autoria como Comando e C ole na C o rda, su c essos gravados n a voz de Xanddy, do Harmonia do Samba, de Márcio Vitor, do Psirico. “Meu sonho é emplacar uma música com Ivete Sangalo”, revela.

Declaração Anual de Faturamento Os músicos Uedson e Uilton fizeram a Declaração Anual de Faturamento, obrigação que todo Microempreendedor Individual (MEI) deve cumprir no início do ano. A ação é gratuita e os Pontos de Atendimento do Sebrae estão disponíveis para orientações e preenchimento do documento, por meio do site: www.portaldoempreendedor.gov.br Para concluir esta atividade, é necessário apresentar

um relatório de receita bruta ou a relação das compras/ despesas registradas anualmente. Se tiver emitido notas fiscais, basta levar o canhoto ou a segunda via. “Para facilitar o processo, é importante ter as informações corretamente anotadas referentes aos recebimentos com vendas ou prestação de serviços realizados no ano”, explica o analista do Sebrae Bahia, Michel Lima.

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Hambúrguer saudável lanceada contam com opções nutritivas, a exemplo da proteína de soja com ricota defumada e grão de bico com manjericão ou brócolis. As iguarias são fornecidas pela Mariana Verde, nome do negócio da Microempreendedora Individual (MEI). Foi a partir do intenso “burburinho virtual” que o também empreendedor Joubert Valverde conheceu o greenburger. Já na primeira experiência gastronômica, definiu o produto como “uma alimentação

saudável, prazerosa e saborosa, ingredientes que o tornam único”. Além de consumidor assíduo, ele também revende o hambúrguer em sua pequena loja de lanches, a pedido de consumidores que experimentaram e aprovaram o sanduíche. O serviço inovador surgiu em apenas cinco dias, a partir da experiência de dois jovens alunos do Empretec, Daniela Gomes e Vinícius Hostalácio, que uniram criatividade e conhecimento ao talento de

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Uma alternativa saborosa e saudável de fast-food, capaz de conquistar os paladares mais exigentes. Trata-se do hambúrguer vegetariano congelado, que nasceu da experimentação da arte culinarista Ana Santos. Batizado de greenburger, o produto foi incorporado ao serviço de pronta-entrega que virou mania na rede social Facebook, através de uma fanpage com quase dois mil curtidores, e da popular propaganda “boca a boca”. Os amantes de uma refeição ba-

Ana Santos, Daniela Gomes e Vinícius Hostalácio desenvolveram o greenburger, hambúrguer vegetariano inovador

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Ana Santos, parceira na criação do produto. “Tivemos que desenvolver estratégias aprendidas no seminário para lançar algo novo no mercado, fazê-lo dar certo e tornar sua imagem sólida”, afirma Daniela. “Saímos da vivência teórica e expandimos para a prática”, explica Vinícius. Na primeira semana de funcionamento, já havia dezenas de pedidos. “Ver tudo isso funcionando de verdade, mostra o potencial desse curso do Sebrae”, resume Ana Santos, que hoje leva adiante a confecção e a entrega do hambúrguer vegetariano e de todos os demais produtos do cardápio da Mariana Verde. O rápido sucesso do greenburger faz a arte culinarista pensar em alugar um ponto fixo para trabalhar não apenas com delivery.

Empretec No formato de seminário, com foco no fortalecimento do perfil empreendedor, o Empretec baseia-se em uma metodologia desenvolvida pela Organização das Nações Unidas (ONU), ministrada no Brasil com exclusividade pelo Sebrae. O curso reúne quase 20 mil empresários por ano, com resultados positivos para o negócio, como competitividade e permanência no mercado. O participante estuda as características do comportamento empresarial, tem oportunidade de vivenciar mudanças e rever conceitos e atitudes.

Em 2013, o Empretec faz 20 anos no Brasil. Na Bahia, a primeira turma do seminário aconteceu em 1996, e, de acordo com a analista da Unidade de Educação Empreendedora do Sebrae Bahia, Jacqueline Baqueiro, são realizadas cerca de 40 turmas por ano, nos maiores municípios do Estado. “Existem turmas agendadas para este ano na Bahia. Os interessados devem manter contato com o Ponto de Atendimento do Sebrae da sua região para conhecer as datas de realização das turmas”, afirma.

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Educação empreendedora

Em uma experiência empreendedora, estudantes do ensino médio criam produto, superam desafios de vendas e colocam miniempresa Big Bag em funcionamento Em uma experiência empreendedora, estudantes do ensino médio criam produto, superam desafios de vendas e colocam a miniempresa Big Bag em funcionamento

O bê-a-bá do empreendedorismo Erros, acertos, pesquisas de mercado e definição de custos. Assim começa a trajetória de 14 jovens do 2º ano do Colégio São Paulo, localizado no bairro do Itaigara, para tornar realidade o desejo de criar a Big Bag, miniempresa fabricante de um porta-celular útil para o carregamento de bateria. Os alunos conseguiram formatar um produto, que leva o mesmo nome

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do empreendimento, a um preço competitivo, com baixo custo e bem aceito no mercado. “O pessoal gostou e a gente viu que dava certo”, relembra Guido Barbosa Velloso, presidente do grupo. Nas primeiras semanas, chegaram a confeccionar dez produtos, tudo feito à mão com papel paraná, cola e tecidos. A propaganda boca a boca e as redes sociais fun-

cionaram bem para a estratégia de marketing desenvolvida pelos jovens, que, aos poucos, iam adquirindo visão sistêmica do processo e aprimorando a gestão. Em 2012, veio a 11ª Feira de Miniempresas, no Salvador Shopping, que representaria o primeiro grande teste do produto no mercado. Concorrendo diretamente com outros nove inventos, “tivemos


durecer o espírito empreendedor. “Após a conclusão do ensino médio, vamos procurar o Sebrae para ter um apoio sobre como seguir com o negócio, continuar produzindo e vendendo”, diz Gustavo. O grupo foi um dos participantes do Programa Miniempresa e tem relação direta com o Projeto Fomento ao Empreendedorismo no Ensino Formal da Bahia, formatado pelo Sebrae, que representa uma série de ações com o objetivo de levar aos alunos do ensino médio experiências práticas de criação, organização e operação de uma empresa.

Para o coordenador financeiro da Junior Achievement Bahia, Gervázio Filho, a parceria regional, que acontece desde 2004, desperta o espírito empreendedor dos jovens, criando neles um laço estreito com o Sebrae, que passa a ser um referencial quando decidirem abrir o próprio negócio. “Existe uma carência na formação de jovens nos temas ligados à economia, finanças e empreendedorismo. As ações em parceria complementam isso, convergindo para uma formação de jovens mais responsáveis, com metas e condições de realizar seus sonhos”.

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154,1% de aproveitamento, vendendo cada peça por R$ 12 ou R$ 15”, relembra um dos diretores da miniempresa, Gustavo Góes. Parte do lucro foi doada para o Hospital Martagão Gesteira. A conquista seguinte seria o quarto lugar na grande final do I Prêmio Miniempresa, organizado pela Junior Achievement Brasil em parceria com o Sebrae Nacional. No total, participaram 250 miniempresas do País, sete delas baianas. Da experiência, ficaram os aprendizados sobre todas as etapas para se constituir uma empresa e a possibilidade de ama-

A Big Bag se destacou em Brasília e figurou entre as 250 miniempresas do País

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Gervázio acompanhou a formação da Big Bag e conta que houve muitas dificuldades iniciais no desenvolvimento do produto, mas que os jovens se esmeraram em desenvolver uma metodologia capaz de superar os desafios. “Naquele grupo, podemos perceber de forma clara o sentido da expressão ‘correr atrás dos objetivos’. Eles perceberam que, a partir de estratégias e ações, as metas se concretizariam”, lembra. O coordenador financeiro da Junior Achievement Bahia, Gervázio Filho, acompanhou o trabalho da miniempresa por sete meses

O Projeto Estimular o empreendedorismo através da inclusão de conteúdos temáticos no sistema formal de ensino é uma das propostas do Projeto Fomento ao Empreendedorismo no Ensino Formal da Bahia, desenvolvido pelo Sebrae e em parceria com a Junior Achievement, a Associação dos Jovens Empreendedores (AJE-Bahia) e a Faculdade Social da Bahia (FSBA). “Empreendedorismo não significa apenas estimular a abertura de novos negócios, mas fomentar ideias inovadoras, criativas e, fundamentalmente, sustentáveis”, afirma a analista da Unidade de Educação Empreendedora, Janaina Neves Silva, Em 2012, um projeto-piloto com a parceria da Junior Achievement Bahia, capacitou mais de 1,4 mil alunos dos ensinos fundamental e médio, através de soluções educacionais, como o Jovens Empreendedores Primeiros Passos (Colégio Estadual Raphael Serravale) e o Crescendo e Empreendendo (Co-

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légio Estadual Luiz Vianna), ambos com foco no despertar para o empreendedorismo juvenil. Há dois anos que a AJE-Bahia une esforços com o Sebrae para a formatação de encontros capazes de promover o empreendedorismo no Estado. Dentre as atividades desenvolvidas em 2012, destaque para a realização do I Seminário de Educação Empreendedora durante o 18º Conaje, em novembro, com a participação de 180 profissionais de educação interessados em estimular a criatividade empreendedora em sala de aula. “Ficamos honrados e dispostos a fazer coisas grandes com a confiança do Sebrae em nosso trabalho”, destacou o presidente da Associação, Ivo D’Aguiar. Já o projeto piloto Empreendedorismo na Universidade Brasileira, em parceria com a FSBA e o Sebrae Nacional, contemplou um total de mil estudantes, em ações como feira de negócios,

torneio de simulação empresarial e o Desafio Sebrae. Além disso, 10 professores foram capacitados na metodologia de simulação empresarial Campus do Empreendedor e 300 pessoas do entorno do bairro de Ondina contempladas com as ações da Feira da Cidadania, Expossocial e Atendimento ao Empreendedor Individual. Este ano, a partir de um acordo firmado com o Sebrae Nacional, a Bahia está sediando a primeira turma de capacitação de alunos e professores do ensino superior, na disciplina de Empreendedorismo, que será disponibilizada em âmbito nacional. Inclui-se, ainda, o destaque do Estado como piloto para sede da primeira turma da disciplina de Empreendedorismo no Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), resultado da parceria entre Sebrae Nacional e Ministério da Educação (MEC).


Delivery de saladas Foi com a proposta de entregar pratos saudáveis em domicílio, que o Microempreendedor Individual Anderson Aquino resolveu abrir o Salada Salvador Delivery. A experiência adquirida no restaurante da mãe foi decisiva para que percebesse um nicho de mercado pouco aproveitado: o de fornecimento de alimentos naturais. Após as orientações do Sebrae e a percepção de uma demanda crescente, o empresário buscou clientes que priorizavam uma alimentação à base de produtos orgânicos.

Anderson Aquino revela que a formalização do negócio trouxe uma série de vantagens e benefícios

Formalizado há quase um ano, Anderson Aquino afirmou que a legalização do negócio permitiu uma série de vantagens, a exemplo da facilidade em conseguir financiamento junto aos bancos, emitir nota fiscal e ter direito a benefícios, como aposentadoria, a partir da contribuição à Previdência. “Para crescer é necessário investir em conhecimento. Portanto pretendo aproveitar os cursos e capacitações oferecidos pelo Sebrae. Meu desejo agora é ter um ponto fixo”, planeja.

Foto: MATEUS PEREIRA

Foto: MATEUS PEREIRA

Empreendedorismo


Sebrae perto de você O Sebrae possui uma estrutura de atendimento presencial em diversas cidades na Bahia, disponibilizando aos empresários orientação, formalização, consultoria, capacitação e informação.

Centro de Atendimento ao Empreendedor Av. Sete de Setembro, 261 – Mercês CEP. 40060-035 Tel. 71 3320.4526

Pontos de Atendimento na Bahia

O Ponto de Atendimento do Sebrae em Teixeira de Freitas está com novo endereço, na Avenida Presidente Getúlio Vargas, nº 3.986, no centro da cidade. O horário de funcionamento é das 9h às 12h30 e das 13h30 às 17h.

Guanambi

Lauro de Freitas

Av. Barão do Rio Branco, 292 – Centro. CEP: 46430-000. Tel. 77 3451.4557.

Lot. Varandas Tropicais, nº 279, Q.3, Lote 16, Rua A, Galpão 01 – Pitangueiras. CEP: 42700-000. Tel. 71 3378.9836.

Ilhéus Av. Dois de Julho, 1.039, Térreo – Centro. CEP: 45653-040. Tel. 73 3634.4068.

Ipiaú

Além do Centro de Atendimento ao Empreendedor, o Sebrae Bahia possui 31 Pontos de Atendimento, distribuídos em dez unidades regionais.

Praça João Carlos Hohllenwerger, 39 – Centro. CEP: 45570-000. Tel. 73 3531.6849/5696.

Alagoinhas

Itaberaba

R. Rodrigues Lima, 126-A – Centro. CEP: 48010-040. Tel. 75 3422.1888.

Barreiras Av. Benedita Silveira, 132, Ed. Portinari Térreo – Centro. CEP: 47804-000. Tel. 77 3611.3013/4574.

Brumado R. Dr. Mário Meira, 79 – Centro. CEP: 46100-000. Tel. 77 3441.3543.

Camaçari

Irecê R. Coronel Terêncio Dourado, 161 – Centro. CEP: 44900-000. Tel. 74 3641.4206. R. Rubens Ribeiro, 253, Ed. Tropical Center, Salas 22/23 – Centro. CEP: 46880-000. Tel. 75 3251.1023.

Itabuna Av. Francisco Ribeiro Júnior, nº 198, Ed. Atlanta Center – Centro. CEP: 45600-921. Tel. 73 3613.9734.

Itapetinga Av. Itarantim, 178 – Centro. CEP: 45700-000. Tel. 77 3261.3509.

R. do Migrante, s/nº – Centro. CEDAP – Casa do Trabalho. CEP: 42800-000. Tel. 71 3622.7332.

Ipirá

Euclides da Cunha

Jacobina

Praça Roberto Cintra, 400-A – Centro. CEP: 44600-000. Tel. 75 3254.1239.

Paulo Afonso R. Amâncio Pereira, 60 – Centro. CEP: 48602-110. Tel. 75 3281.4333.

Porto Seguro Praça ACM, 55 – Centro. CEP: 45810-000. Tel. 73 3288.1564.

Salvador / Boca do Rio. SAC Empresarial Av. Otávio Mangabeira, 6.929, Multishop – Boca do Rio. CEP: 41706-690. Tel. 71 3281.4154.

Salvador / Itapagipe R. Direta do Uruguai, 753, Bahia Outlet Center, Lojas 134/135 – Uruguai. CEP: 40454-260. Tel. 71 3312.0151.

Salvador / Liberdade Estrada da Liberdade, 26, Lojas 13 e 26 – Liberdade. CEP: 40375-016. Tel. 71 3241.8126.

Salvador / Pelourinho. Qualicultura R. das Laranjeiras, 02, Terreiro de Jesus – Pelourinho. CEP: 40026-230. Tel. 71 3321.9509.

Santo Antônio de Jesus

R. Oliveira Brito, 404 – Centro. CEP: 48500-000. Tel. 75 3271.2010.

R. Senador Pedro Lago, 100, Salas 1 e 2 – Centro. CEP: 44700-000. Tel. 74 3621. 4342.

R. Ruy Barbosa, 22/26, Ed. Saene, Loja 3, Sala 104 – Centro. CEP: 44572-000. Tel. 75 3631.3949.

Eunápolis

Jequié

Seabra

R. 5 de Novembro, 66, Térreo – Centro. CEP: 45820-041. Tel. 73 3281.1782.

Feira de Santana R. Barão do Rio Branco, 1.225 – Centro. CEP: 44149-999. Tel. 75 3221.2153.

R. Felix Gaspar, 20 – Centro. CEP: 45200-350. Tel. 73 3525.3552/3553.

Juazeiro Praça Dr. José Inácio da Silva, 15 – Centro. CEP: 48903-430. Tel. 74 3612.0827.

R. Horácio de Matos, 25, Salas 01/02 – Centro. CEP: 46900-000. Tel. 75 3331.2368.

Senhor do Bonfim R. Benjamim Constant, 12 – Centro. CEP: 48970-000. Tel. 74 3541.3046.

Teixeira de Freitas

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0800 570 0800 Segunda a sexta-feira das 8h às 20h

Sede do Sebrae Bahia

R. Horácio César, 64, Dois de Julho Salvador - Bahia. CEP: 40060-350. Tel. 71 3320.4301.

Av. Presidente Getúlio Vargas, 3.986 – Centro. CEP: 45985-200. Tel. 73 3291.4333/4777.

Valença R. Barão de Jequiriçá, 297, Galeria Central – Centro. CEP: 45400-000. Tel. 75 3641.3293.

Vitória da Conquista R. Coronel Gugé, 221 – Centro. CEP: 45000-510. Tel. 77 3424.1600.


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