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APRENDER A EMPREENDER ESPECIAL EDUCAÇÃO EMPREENDEDORA
CO N E X ÃO B A H I A
FOTO: DARIO G. NETO
O EMPREENDEDORISMO QUE REVOLUCIONA O ENSINO
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EXPEDIENTE Publicação do Sebrae Bahia, nº 222, setembro de 2019 Presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae Bahia
Carlos de Souza Andrade Diretor-superintendente
Jorge Khoury Hedaye Diretores
Franklin Santana Santos José Cabral Ferreira
UNIDADE DE MARKETING E COMUNICAÇÃO Gerente
Camila Passos Jornalista responsável
Pedro Soledade (DRT/BA 5546) Equipe
Alice Vargas, Isabela Oliveira, Ítalo Loreto, Pedro Soledade, Rafael Pastori e Vanessa Câmera. Estagiários: Alezis Miranda, Cristiano Pita, Ilana Pêpe e Victor Melo. Agência Sebrae de Notícias (Varjão & Associados Comunicação)
Analice Vieira, Bruna Pires, Carla Fonseca, Carlos Baumgarten, Clara Solla, Darío G. Neto, Igor Leonardo, Juliana Vital, Luciane Souza, Lucilene Santos, Nara Zaneli, Rafael Lopes, Tamara Leal, Viviane Cabral e Yara Lopes. Revisão de texto
Igor Leonardo e Carlos Baumgarten Edição
Carla Fonseca Edição de fotografia
Darío G. Neto Capa
Darío G. Neto Projeto gráfico original
Eduardo Vilas Boas Editoração
Yayá Comunicação Integrada Gráfica Santa Bárbara Ltda. Tiragem
10.000 exemplares Cartas
Sebrae – Unidade de Marketing e Comunicação Rua Horácio Cézar, 64 – Dois de Julho Salvador/BA - CEP: 40060-350 jornalistassalvador@varjao.com
FOTO: DARÍO G. NETO
Impressão
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EDITORIAL
COMO APRENDER A EMPREENDER E GERAR NEGÓCIOS?
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ducação Empreendedora é o tema central desta edição da Revista Conexão. Preparamos reportagens especiais sobre o Programa Nacional de Educação Empreendedora do Sebrae, que atua em todos os níveis da educação: fundamental, médio, profissionalizante e superior. As reportagens mostram que o papel da educação empreendedora vai além da ideia de iniciar um negócio próprio. Os resultados positivos são percebidos ao longo da vida do estudante, independentemente de optarem por abrir um negócio ou serem colaboradores de alguma empresa. Na Bahia, o programa está em mais de 130 municípios, já capacitou mais de 5 mil professores e mais de 150 mil alunos. O Sebrae Bahia atua, hoje, em 558 escolas, 33 centros profissionalizantes e 23 instituições de ensino superior. Crianças do Ensino Fundamental, por exemplo, têm noções de empreendedorismo por meio da metodologia Jovens Empreendedores Primeiros Passos (JEPP). Você vai conhecer histórias de estudantes e professores que enxergam no empreendedorismo uma ferramenta de transformação de vida. Além do tema central, a Revista Conexão traz outras histórias inspiradoras de empreendedores da Bahia. É o caso das duas amigas, Ellen Barbosa e Luiza Sampaio, que montaram a AGB Engenharia e Extintores, em Teixeira de Freitas. Nesta edição, vamos contar também a história de Decinei Santos, que começou trabalhando como office boy e depois de 20 anos montou sua própria empresa, em Candeias. Boa leitura!
Educadores, estudantes e profissionais em formação despertam para o empreendedorismo
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FOTO: DARÍO NETO
SUMÁRIO |
SETEMBRO 2019
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CONEXÃO BAHIA
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SEBRAE BAHIA
FOTO: MARCUS CAMBRAIA
SOU MEI
EMPREENDER
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8_PRA COMEÇAR
14_SOU MEI
19_EMPREENDER
Primeiros passos
Doce sonho
De office boy a empresário
12_SOU MEI
16_EMPREENDER
22_MERCADO
Crescendo de negócio a negócio
Gelados o ano todo
Unir para fortalecer
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FOTO: MARCOS SANTIAGO
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CAPA ;;;;;;;;;;;;;;;;;
32 Aprender a Empreender
EMPREENDER
FOTO: DARÍO G. NETO
19 INOVAR ;
25_MERCADO
40_INOVAR
Original da Bahia
Projeto seguro
28_ABRE ASPAS
44_MEU NEGÓCIO
Fábio Roberto Fowler
Empreender e compartilhar
32_PRA CRESCER
46_SEBRAE PERTO DE VOCÊ
FOTO: WILIAM MORO
A pedagogia do empreendedor
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PRIMEIROS PASSOS Programa do Sebrae incentiva estudantes do ensino básico a pensar sobre o empreendedorismo FOTOS: DARÍO G. NETO
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onsiderada como uma das ações mais desafiadoras do Sebrae, o curso Jovens Empreendedores Primeiros Passos (JEPP) tem possibilitado que estudantes do Ensino Fundamental aprendam e desenvol-
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vam habilidades e comportamentos empreendedores por toda a Bahia. Desde que foi lançado no Estado, em 2014, o curso que integra o programa de Educação Empreendedora do Sebrae já alcançou 558 escolas
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PRA COMEÇAR
A supervisora pedagógica da Escola Pirlilim, Evelyn Santana, aplica o JEPP nos cerca de 200 alunos do Ensino Fundamental I e percebe mudança no comportamento
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de 128 municípios baianos. Já são mais de 80 mil alunos e 1.500 professores participantes nos últimos cinco anos. A realização do programa nas escolas de Ensino Fundamental é de extrema importância para trabalhar temas voltados ao empreendedorismo nos estudantes e contribuir para a abertura de um negócio futuramente. Um dos exemplos de sucesso do programa é a Escola Pirlilim, em Salvador, que iniciou a formação de Educação Empreendedora com os professores em 2018 e, atualmente, apli-
Com o JEPP, Malu Pedreira e sua turma despertam para o empreendedorismo e aprendem sobre educação financeira
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ca o JEPP com cerca de 200 alunos do Ensino Fundamental I (1º ao 5º ano). A supervisora pedagógica, Evelyn Santana, explica que a unidade escolar já colhe os frutos da parceria com o Sebrae Bahia. “Temos percebido a descoberta dos alunos em relação ao que é empreender. Muitos descobriram que têm pais empreendedores e isso despertou neles o empreendedorismo. Além disso, trabalhamos de forma interdisciplinar, envolvendo matemática, língua portuguesa, ciências, além do engajamento da família”, afirma. Malu Pedreira, de 9 anos, aluna do quarto ano do Ensino Fundamental 1, está mais atenta às questões ligadas à educação financeira e já desperta o comportamento empreendedor. Outro case, dessa vez no ensino público, está no município de Curaçá, localizado no Vale do São Francisco, onde 22 escolas já possuem o JEPP e ficou em segundo lugar no Prêmio Sebrae de Educação Empreendedora 2019. Para o secretário de Educação do município, Daniel Ribeiro Torres, desde a adesão ao Programa Nacional de Educação Empreendedora (PNEE) do Sebrae, em 2015, Curaçá vem colhendo resultados positivos em toda a comunidade escolar, que envolve equipe pedagógica da secretaria, gestores, coordenadores pedagógicos, professores, alunos e pais das escolas atendidas. “Percebe-se um maior envolvimento e comprometimento com todos os demais projetos propostos. Os alunos nos surpreendem com o desenvolvimento do protagonismo juvenil e com a demonstração de características do comportamento empreendedor no dia a dia. Nossos educadores vêm evoluindo na construção do conceito do empreendedorismo e da necessidade de aprender a empreender”, afirma, lembrando que, somente em 2019, foram mais de quatro mil alunos capacitados no município. Quanto ao Prêmio Sebrae de Educação Empreendedora recebido pela Escola Municipal Caminhos da Cidadania, de Curaçá, o secretário municipal reforça que a conquista gerou grande satisfação entre a comunidade escolar, reafirmando o comprometimento e o trabalho da equipe da pasta desde a implementação do projeto. “A parceria com o Sebrae nos possibilitou o alcance deste resultado positivo que representa, na prática, um avanço para toda a cidade de Curaçá, através dos jovens empreendedores que estamos ajudando a construir”, completa Torres.
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PRA COMEÇAR
Da esquerda para a direita: Josenita Freire (gestora escolar), Jascira França (professora) e Edinaira Martins (coordenadora pedagógica) da Escola Municipal Caminhos da Cidadania, em Curaçá, receberam o prêmio de reconhecimento do Diretor Administrativo e Financeiro, José Cabral
De acordo com Márcia Suede, gestora do programa de Educação Empreendedora para o ensino básico no Sebrae Bahia, o projeto busca, além de incentivar que jovens e adolescentes possam desenvolver o perfil empreendedor, contribuir para o desenvolvimento da região. "O JEPP contribui para a construção de um novo perfil de estudante, pautado em um modelo de educação que favorece metodologias criativas, linguagem adequada e compromisso com a realidade local", conta. A gestora afirma ainda que o desenvolvimento do programa nas escolas de ensino básico das redes pública e privada visa trabalhar o comportamento dos estudantes, para que possam "desenvolver habilidades e competências que promovam mudanças no comportamento e nas atitudes dos mesmos e que os torne protagonistas diante da vida", completa. Na busca da prática de aprendizagem que considere a autonomia do aluno para aprender, além de favorecer o desenvolvimento de atributos e atitudes necessários para a gestão da própria vida, o projeto busca também seguir os pilares da educação propostos pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO): aprender a conhecer, isto é, adquirir os instrumentos; aprender a fazer, para poder agir sobre o meio envolvente; aprender a viver juntos, a fim de participar e cooperar com os outros em todas as atividades humanas; e aprender a ser, via essencial que integra as três precedentes. Dessa forma, o curso, aliado a um ambiente propício à aprendizagem, favorece o envolvimento dos jovens estudantes no próprio ato de fazer, pensar e aprender. Essas são características fundamentais dos comportamentos em-
preendedores, nos quais o estudante e o grupo em que está inserido reconhecem que suas contribuições são importantes e valorizadas. PROPOSTA PEDAGÓGICA Com a proposta pedagógica do JEPP para cada ano do Ensino Fundamental, por meio de atividades lúdicas, o ambiente da aprendizagem sensibiliza os estudantes a assumirem riscos calculados, tomarem decisões e terem um olhar observador para que possam identificar, ao seu redor, oportunidades de inovações, mesmo em situações desafiadoras, aguçando o perfil empreendedor. Durante a realização do programa, o JEPP realiza nove cursos, que se iniciam no 1º ano e prosseguem até o 9º ano do nsino undamental. No total, são mais de 230 horas de capacitação com temas relacionados à sustentabilidade, ao empreendedorismo social e a novas ideias de negócios, culminando com eventos como feiras e mostras temáticas. COMO PARTICIPAR A Secretaria Municipal de Educação ou Instituição de Ensino interessada em atuar com o JEPP deve procurar o Sebrae mais próximo para negociar a parceria e a realização da capacitação dos professores, que tem duração de 45 horas e pode ser dividida para o 1º e o 2º ciclos do nsino undamental. As informações completas sobre o programa podem ser obtidas pela Central de Relacionamento Sebrae, no telefone 0800 570 0800, ou por meio do site www.sebrae.com.br. O Sebrae Bahia está presente em 27 agências em todas as regiões do stado.
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Rosinéia Souza implantou soluções do Sebrae sugeridas pelo Programa Negócio a Negócio
CRESCENDO DE NEGÓCIO A NEGÓCIO Empresárias do segmento feminino de Barreiras foram premiadas pelo Programa Negócio a Negócio FOTOS: BRUNA PIRES
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oi com coragem e organização que duas empresárias de Barreiras, Oeste da Bahia, conquistaram o Prêmio Negócio a Negócio do Sebrae (NAN). Com histórias marcadas pela luta e foco nos objetivos, as duas investiram em um dos segmentos que mais crescem em vendas no país: os negócios para o público feminino. Com um sorriso de satisfação, a empreendedora Rosinéia Souza atendeu à equipe do Sebrae na sua loja, que fica no centro da cidade, para receber a notícia de que foi uma das ganhadoras. Feliz com o reconhecimento de anos de trabalho e dedicação após ter a ideia de montar uma loja de lingeries na mesma época que o marido perdeu o emprego, a empresária conta que fez
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cursos e adotou metodologias diferentes na rotina de trabalho. “Eu trabalhava no hospital, vendia para minhas colegas de trabalho. Tomei coragem de pedir demissão quando fiz um curso do Sebrae que falava que eu precisava acreditar no meu produto. Fui adiante, meu marido também se dedicou e hoje temos nosso negócio consolidado”, afirma Rose, como gosta de ser chamada, que começou a vender lingeries para as amigas há sete anos. Para gerir o negócio, o marido de Rose, Márcio Souza, trabalha com ela e está na administração da loja desde que se tornou uma microempreendedora.
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perseverança das empresárias Bem perto da Rose Moda Íntima fica a loja de cosméticos da Eusita Rodrigues, que também foi um dos destaques no Prêmio Negócio a Negócio. A história dela começa no stado do Pará. Depois de trabalhar na empresa de terraplanagem do marido, ela resolveu empreender no segmento da beleza. Lá ela abriu a primeira loja e, em 2015, mudou-se para Barreiras. A empreendedora abriu o Atacadão dos Cosméticos em uma área de bastante movimento na cidade e próxima às lojas maiores do mesmo segmento. Ela afirma que aprender a lidar com a concorrência foi um dos maiores ensinamentos. “Melhorou a visão que a gente tem do nosso público, do mercado e nossos concorrentes. Fez a gente crescer e se desenvolver, abrir a mente”, revela Eusita. Depois de aderir ao NAN, a empresária já fez cursos e consultorias pelo Sebrae. Periodicamente, a agente do Programa Negócio a Negócio vai até a loja para tirar dúvidas e tentar ajudar na resolução de problemas. Com os investimentos feitos nos últimos anos, Eusita está se organizando para abrir uma filial. “Esse é o meu plano a médio prazo. Acredito que, em alguns meses, já estaremos com mais uma loja aberta em Barreiras”, planeja a empresária. Edina Aragão é a agente que acompanha a rotina das empresas de Rose e Eusita. Para ela, a perseverança das empresárias e a vontade de aprender são características que as fizeram chegar em uma posição de destaque no segmento de produtos femininos. "Os agentes desenvolvem esse trabalho porta a porta, entendendo as peculiaridades de cada negócio e identificando novas oportunidades", analisa o gestor estadual do Negócio a Negócio, Rafael Galindo. O PROGRAMA Voltado exclusivamente para a orientação de microempresas e Microempreendedor Individual (MEI), o programa trabalha com
e a vontade de aprender são características que as fizeram chegar em uma posição de destaque no segmento de produtos femininos visitas gratuitas, orientando e indicando as capacitações mais adequadas para cada empreendimento. Para este ano, a expectativa do Sebrae é que 425 empresas sejam atendidas pelos agentes do NAN em Barreiras e Luís Eduardo Magalhães. Os agentes do Sebrae fazem visitas e aplicam diagnósticos abrangendo temas como finanças, mercado e planejamento. As visitas podem ser feitas sem a solicitação do empresário. Depois do diagnóstico, os agentes propõem soluções para a melhoria da gestão. “O atendimento gratuito e personalizado do NAN aproxima os empresários das soluções do Sebrae. Com as recomendações feitas pelos nossos agentes, é possível participar das capacitações ou consultorias que atendem às necessidades dessas empresas. A premiação do NAN para as duas empresárias de Barreiras é um reconhecimento ao trabalho realizado e os resultados alcançados com a implementação do programa”, afirma o gerente regional do Sebrae, Emerson Cardoso. Outras informações sobre o programa e os produtos do Sebrae podem ser obtidas na agência em Barreiras, localizada na Avenida Benedita Silveira, 118, Edifício Portinari, Centro, pelo telefone (77) 3611-3013 ou pela Central de Atendimento 0800 570 0800.
Eusita Rodrigues iniciou seu empreendimento no Pará e depois montou o Atacadão dos Cosméticos na Bahia, em Barreiras
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A jovem empreendedora Tamirys Riesenberg fez da paixão pelo bolinho doce um negócio e montou a Doce Sonho Sonheria
DOCE SONHO Microempreendedora Individual inova na produção de sonhos e encanta clientes com sabores e sensações nas ruas de Juazeiro FOTOS: MARCOS SANTIAGO
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udo começa com um sonho. E para a jovem Tamirys Riesenberg, de 27 anos, foi literalmente assim os primeiros passos, ou melhor, as primeiras pedaladas rumo à realização de empreender. Natural do Rio de Janeiro, a sonhadora mudou-se para Juazeiro, no norte da Bahia, ainda criança, e trouxe na bagagem memórias afetivas das terras cariocas. “Sou apaixonada por sonhos desde pequena. Meu pai despertou esse gosto em mim, pois sempre trazia sonho de creme ao retornar do trabalho”, lembra. Ao chegar em solo baiano, começou a busca incessante por sonhos nas padarias, mas nenhuma vendia um sonho como os recheados, de massa mais sequinha com o açúcar para polvilhar diferente, igual aos do Rio de Janeiro. Pouco mais de uma década, o sonho de criança se transformaria em uma ideia de negócio, que deu origem à Doce Sonho Sonheria. O negócio começou por necessidade e de forma tímida em outubro de 2016. Tamirys atuava como técnica em instrumentação cirúrgica, assistente social e também se especializou em Educação do Ensino Superior. Trabalhava em uma empresa privada e amava o trabalho que desenvolvia, mas não enxergava oportunidade de crescimento dentro da empresa, além disso, sobrava pouco tempo para se dedicar à filha, Zoe.
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Coragem e ousadia não faltaram para a menina carioca, agora juazeirense. Era hora de o sonho de criança virar sonho de gente grande. Tamirys tirou do papel o projeto de produzir sonhos para vender de bicicleta, dessa forma conseguia fazer a produção em casa, perto da filha e na hora de vender levava Zoe junto pelas ruas de Juazeiro. Ela planejou como venderia os sonhos, a roupa que usaria, a cesta que levaria, a ornamentação da bicicleta, mas havia esquecido de um detalhe crucial para quem quer seguir carreira no ramo de alimentação: cozinhar bem. “Eu era péssima na cozinha! Eu errei a receita do sonho e todas as outras que tentei depois. Então pedi ajuda ao meu pai, que é conhecido por seus admiráveis pães de massa de batata, mas nem ele acertou fazer a massa do sonho, então resolvi parar e procurar um emprego”. A pausa não durou muito tempo e a ideia de retomar o projeto da sonheria não saía da cabeça de Tamirys. Ela então decidiu, mais uma vez, colocar a mão na massa. “Para ser exata, foram 20 receitas diferentes até achar a que me trazia uma memória afetiva do sonho de infância. Foram quatro processos diferentes no preparo da massa, muitos artigos de panificação lidos, muitos vídeos de culinária assistidos e, claro,
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Foram testadas 20 receitas até chegar ao resultado final
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Atualmente são vendidos 70 sonhos por dia, das 13h às 16h, de segunda a sábado. Tamirys e sua bike personalizada viraram atração na cidade muitos ingredientes gastos até conseguir o sonho dos meus sonhos, mas ele chegou e provei pra mim mesma que com força de vontade é possível alcançar tudo que se deseja”, revelou emocionada. Com a receita certa em mãos, hora de muito trabalho e boas pedaladas. Sempre ao lado da Zoe, que anos depois ganhou a companhia do Zion, o filho mais novo, Tamirys subia e descia pelas ruas da cidade. Começou pelo sabor tradicional do norte do stado, o recheio de goiabada, mas foi inserindo os recheios do Rio de Janeiro, como creme de baunilha, doce de leite e chocolate, que virou o carro-chefe. Depois vieram os de limão, maracujá, morango e os recheios gourmet, como nutella, ganache, creme de Amendoim e tantas outras delícias. Os resultados começaram a aparecer e a empreendedora contratou uma funcionária e adquiriu equipamentos que trouxeram mais agilidade e maior produtividade. Atualmente são vendidos 70 sonhos por dia, das 13h às 16h, de segunda a sábado. Tamirys e sua bike personalizada viraram atração na cidade. Mas como toda empreendedora de sucesso, ela queria pedalar mais e chegar mais longe. PEDALADAS PARA A FORMALIZAÇÃO E O ACESSO AO CONHECIMENTO Foi na agência do Sebrae, em Juazeiro, que Tamirys encontrou toda orientação para se formalizar como Microempreendedora Individual (MEI) e passar a atuar como empresa jurídica no mercado, além de acessar os benefícios da Previdência Social e facilidade em linhas de financiamentos. Foi também na instituição que ela buscou conhecimento. as capacitações tirou dúvidas sobre planejamento, se aprimorou em gestão de empresa, controle financeiro e encontrou a segurança que precisava para tocar o negócio e buscar a expansão. “Antes de conhecer o Sebrae, além de estar na informalidade, o meu conhecimento sobre
empreendedorismo era restrito às informações que encontrava na internet. Recebi total apoio e incentivo para continuar acreditando no meu potencial”, conta. Tamirys passou a participar de palestras, oficinas e cursos oferecidos no Sebrae, a exemplo do Empretec, ferramenta desenvolvida pela ONU e ministrada exclusivamente pelo Sebrae no Brasil, que ajuda no autoconhecimento e no aprimoramento do comportamento empreendedor. “O maior aprendizado que eu tive foi assumir a autorresponsabilidade, saber que as decisões e as escolhas são minhas, e elas que vão direcionar o sucesso ou não do meu negócio”. SONHANDO GRANDE Durante a entrevista, Tamirys revelou que já estava de malas prontas para embarcar para Salvador e levar a doçura e os sabores dos seus sonhos para as ladeiras soteropolitanas. A empreendedora dos sonhos irá expandir o negócio na capital, mas felizmente vai deixar representantes em Juazeiro, e as funcionárias já receberam todo treinamento para manter a fidedignidade da receita, o padrão e a mesma qualidade da marca Doce Sonho Sonheria. “É muito gratificante ver uma ideia de criança dando certo e crescendo a cada dia. Ainda falta muito, mas me emociono de vivenciar as pequenas conquistas. Eu quero ir além de produzir e vender sonhos. Eu quero proporcionar às pessoas a mesma memória afetiva que eu quis resgatar em mim. Quero que, daqui alguns anos, um adulto lembre que na infância uma moça vendia sonho de vários sabores, em uma bicicleta de madeira toda enfeitada, que ainda tinha um sonzinho que tocava a música Sonho Meu, de Dona Ivone Lara e Délcio Carvalho, na voz de Maria Bethânia. quando me perguntarem por que quis empreender com sonhos, vou responder: porque eu queria eternizar memórias, marcar a infância das pessoas e também provar que quem pode sonhar, pode realizar”, concluiu.
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Laelson do Nascimento está à frente da empresa familiar Gelados Bombom, que é referência na produção e na inovação
GELADOS O ANO TODO Beneficiada com o programa ALI do Sebrae, a empresa investiu na qualidade e na diversidade de produtos FOTOS: MAURÍCIO MARON
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riatividade, dedicação e inovação são algumas das palavras que definem a Indústria de Gelados Bombom, situada em Ilhéus, no sul da Bahia. Muito além de investir na fabricação de sorvetes e picolés, a empresa é referência na diversificação de produtos de qualidade, que garantem a comercialização em todas as estações do ano, alinhada às ações de marketing através das redes sociais. As iniciativas de inovação na gestão do negócio ganharam o impulsionamento a partir da participação no programa Agentes Locais de Inovação (ALI), da Unidade Regional do Sebrae, em Ilhéus. A Bombom é uma empresa familiar, com 27 anos de atuação no ramo de sorveteria, fundada pelo sócio-diretor, Aroldo Eduardo do Nascimento, e que hoje é responsável pela parte de edificações e investimentos. A administração dos setores comercial, marketing e financeiro fica com o filho, Laelson do Nascimento, que conta com a participação da sua mãe, Elielza Carvalho do Nascimento (sócia-diretora), no desenvolvimento de produtos e controle de qualidade. A empresa conta ainda com a participação de familiares nos setores de recursos humanos e compras, nutrição, operações e logística. Especializada na produção de picolés e sorvetes de sabores tradicionais, a Bombom ampliou o leque de produtos com a fabricação de paletas mexicanas, creme de açaí (diversos tamanhos e formatos) e sorvetes com funcionalidades nutricionais (sem glúten, sem lactose, zero adição de açúcares, feitos de frutas e com açúcar demerara). Em 2014, a empresa tinha uma média de 60 itens. Atualmente, tem quase 200 produtos no portfólio oficial. “Tínhamos 14 sabores de picolés e hoje temos 26. Em 2014 não tínhamos paleta mexicana e hoje temos 20 sabores. Temos produtos zero adição de açúcar, a minipaleta para o público infantil, a linha do açaí, o picolé com cobertura e mais de 60 sabores de sorvetes”, explicou Laelson.
Em maio de 2017, a Bombom aderiu ao rograma ALI, do Sebrae, e passou a ter orientações e acompanhamentos
MUDANÇAS A PARTIR DO ALI Em maio de 2017, a Bombom aderiu ao rograma ALI, do Sebrae, e passou a ter orientações e acompanhamentos feitos pela agente Laíse Santos, bolsista do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), que foi capacitada pelo Sebrae para acompanhar a empresa, sem nenhum custo. Ao longo de dois anos, a empresa inovou o modelo de negócio ao agregar valor abrangente, oferecendo uma experiência de diversão e lazer, além de um alimento de qualidade.
Com uma participação ativa no rograma ALI, Laelson investiu na agilidade do atendimento e na estrutura física da indústria
Com uma participação ativa no rograma ALI, Laelson investiu na agilidade do atendimento e na estrutura física da indústria, com ambiente climatizado e espaço para a recreação das crianças. Dentre as inovações, a gestora regional do Programa ALI, Luciani Dória, pontuou as principais. “A inserção de novos produtos no portfólio da Bombom; mapeamento e melhoria de processos; produção mais enxuta; redução de desperdício na indústria; adesão de novas tecnologias de gestão; participação no Seminário Empretec; capacitação dos revendedores e pontos de revenda da Bombom; e análise de rotas para minimizar a distância de entregas dos produtos". A empresa investiu na diversificação de produtos de acordo com as estações do ano e as datas comemorativas. No verão deste ano, a sensação do momento foram as jarras de sorvete, confeitadas com bordas de chocolate, açaí e decorações diversas. No mês de junho, a Bombom inovou com a confecção de 10 sabores típicos da época de São João, a exemplo de paçoca, arroz-doce, mungunzá, pé de moleque, tapioca
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com leite condensado e milho verde especial, além de cinco sabores especiais para o Dia dos Namorados, entre eles, maçã do amor e chocolate com pimenta. No processo de produção dos sorvetes, a gordura hidrogenada passou a ser substituída pelo leite. Dentre os produtos de fabricação local, o picolé e o sorvete de capim-santo são produzidos com a matéria-prima que é cultivada na própria fábrica. “Estamos trabalhando cada vez mais com atributos que tragam o produto saudável. A gente trabalha com leite em pó integral e não utiliza o soro de leite. Nossos produtos são à base de fruta. Para o picolé de açaí, trabalhamos com o açúcar demerara”, destacou Laelson. CRESCIMENTO APESAR DA CRISE De acordo com dados da empresa, de 2015 a 2018 foi registrado um aumento de 268% no faturamento. Em relação ao ano de 2019, tem uma margem de 10% de crescimento quando é comparado com ao último ano, o que segundo Laelson, a empresa tem crescido mesmo diante da crise. Em uma pesquisa de clima organizacional aplicada pelo ALI, o resultado foi muito positivo em relação à visão que os colaboradores têm das condições gerais de trabalho e da gerência. Foi identificada confiança na liderança, sentimento de colaboração entre os colegas e valorização no trabalho.
A empresa atua como atacado e varejo. A fábrica fica localizada na Praia do Norte, rodovia Ilhéus-Uruçuca, 374 A, Iguape, próxima ao Chocolate Caseiro Ilhéus. Já a loja da empresa fica localizada na ua Vereador João Batista de Souza, centro da cidade. Os dois empreendimentos funcionam das 9h às 18h e estão nas redes sociais (Facebook: @bombomgelados e Instagram: @bombomgeladosoficial). ALI ATENDE CERCA DE 80 EMPRESAS EM ILHÉUS E REGIÃO O Programa ALI tem como objetivo promover a prática continuada de ações de inovação nas empresas de pequeno porte e microempresa, por meio de orientação proativa, gratuita e personalizada. As ações inovadoras são identificadas a partir da aplicação da ferramenta de mensuração RI (Radar de Inovação), que consiste em realizar uma investigação mensurando e revelando quais inovações ativas dentro da empresa e as atitudes inovadoras inativas que podem ser acionadas. A gestora responsável pelo programa na Unidade Regional de Ilhéus, Luciani Dória, explica que “atualmente cerca de 80 empresas de Ilhéus e Itabuna são atendidas pelo programa, sendo que a maioria deste universo está comprometida em implementar ações inovadoras em suas empresas”.
Pesquisa de clima organizacional sugerida pelo ALI identificou confiança na liderança, sentimento de colaboração e valorização
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EMPREENDER Após vinte anos trabalhando no ramo de ótica, Decinei Santos, e sua esposa, Andréa Oliveira, inauguraram a De.Ótica no ano de 2016, em Candeias
DE OFFICE BOY A EMPRESÁRIO Empresário é atendido pelo Negócio a Negócio (NAN) e aponta melhoria de gestão proporcionada pelo programa FOTOS: DARÍO G. NETO
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er empreendedor não estava nos planos de Decinei Santos, quando começou a sua vida profissional como office boy, em Valença, onde trabalhou para uma ótica. Hoje ele conta com orgulho sua trajetória até ter seu próprio negócio, a De.Ótica, no município de Candeias, e se tornar destaque regional. O empresário foi reconhecido pela aplicação de ferramentas de gestão do Programa Negócio a Negócio
(NAN), oferecido gratuitamente pelo Sebrae para atendimento e orientação empresarial. Decinei conta que tudo começou quando foi promovido de office boy a operador do laboratório da ótica em que trabalhava. “Tinha 20 anos no ramo de óticas. Saí da empresa, prestei serviços fora e acabei assumindo a gestão, com um sócio desta mesma empresa. Porém acabou não dando certo”, afirma.
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Após três anos, o empresário decidiu investir no negócio próprio, em outra cidade. Foi quando, com sua esposa, Andréa Oliveira, inaugurou a De.Ótica no ano de 2016, em Candeias. “Um ano após a inauguração da nossa empresa, recebemos a primeira visita do agente do NAN, Matheus Carvalho, durante Mutirão de Atendimentos do Programa no município. Foi aí que tudo começou. Participar do NAN foi a melhor coisa que aconteceu e estamos implantando melhorias. Hoje minha perspectiva é de crescer cada vez mais, consolidando a empresa no mercado e alcançando referência em qualidade”, conta. O agente Matheus Carvalho, que acompanhou a De.Ótica, conta que em sua primeira visita, no ano de 2016, a empresa não tinha noção real da margem de lucro, controles de entradas e saídas, o que impactava na organização financeira. Além disso, o layout de loja e a sinalização não eram tão atrativos para os clientes. O Programa Negócio a Negócio foi muito bem recebido pelo empresário e sua esposa. Desde a primeira visita, foi criado um vínculo com o Sebrae. A partir daí foram muitas evoluções e, no ano seguinte, as mudanças eram visíveis, com documentos organizados, ferramentas de gestão financeira implementadas, ações de marketing na vitrine e clientes impactados pelas mudanças.
Sebrae, empresário e pessoas envolvidas nas ações de potencial de melhoria”, destacou. O Negócio a Negócio é um programa gratuito de atendimento e orientação empresarial que oferece diagnósticos e recomendações para microempreendedores individuais e donos de microempresas. A ideia é auxiliar nas principais dificuldades do dia a dia da gestão do negócio e indicar outras soluções do Sebrae alinhadas às necessidades. Por meio do programa, um Agente de Orientação Empresarial realiza visitas na em-
INTERESSADOS PODEM SOLICITAR VISITAS DO PROGRAMA GRATUITO O gestor estadual do programa Negócio a Negócio, Rafael Galindo, falou que a importância do programa e o desenvolvimento do empresário se relacionam com dois fatores principais. O programa leva a oportunidade de ser um gerador de conhecimentos e soluções ao empresário, que se motiva e se compromete com ações para o desenvolvimento e o aumento de sua competitividade. “Casos de destaque, como o da empresa De.Ótica, refletem exatamente a integração da composição Programa Negócio a Negócio, Desde 2016, Decinei Santos implementou as ações sugeridas pelo NAN e hoje se tornou empresário de destaque regional
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EMPREENDER
O Negócio a Negócio é um programa gratuito de atendimento e orientação empresarial que oferece diagnósticos e recomendações para microempreendedores individuais e donos de microempresas
presa e aplica um diagnóstico de gestão básica, abrangendo temas como finanças, operações e mercado. Em seguida, sugere soluções para melhoria do negócio. É um atendimento especializado do Sebrae, com foco em gestão empresarial, de forma presencial, gratuita e continuada. O grande diferencial do Negócio a Negócio é que ele vai até o empresário. Interessados em receber uma visita do programa podem procurar um ponto de atendimento do Sebrae ou ligar para 0800 570 0800.
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UNIR PARA FORTALECER Rede de supermercado Numerc visa o fortalecimento empresarial e a competitividade FOTOS: DONLOW PHOTOS
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Donos de supermercados da região do Portal da Chapada se unem e criam Rede Numerc, presidida por Florisvaldo Oliveira
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umentar o poder de negociação para se tornar mais competitivo. Este foi o jeito encontrado por um grupo de supermercadistas de Itaberaba, cidade localizada no Portal da Chapada, ao criar a rede de supermercados Numerc. Em 2016, a rede já nasceu com 22 lojas, um total de 48 caixas e 128 colaboradores. Atualmente a rede possui associados em Itaberaba e nas cidades de Boa Vista do Tupim e
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MERCADO
Além da redução de custos, as lojas associadas à Rede Numerc obtiveram aumento no faturamento
Marcionilio Souza, compondo 24 empresários e 24 lojas, totalizando aproximadamente 60 caixas. A Rede planeja crescimento para cidades como Rui Barbosa, Ipirá, Iaçu, Macajuba e Utinga. Além da redução de custos, as lojas associadas à Rede Numerc obtiveram aumento no faturamento, se tornaram mais competitivas e os empresários mais antenados com o mercado externo, uma vez que a troca de informações e experiências tornou-se prática.
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A ideia de união teve início em 2004, com o projeto Empreender, realizado pelo Sebrae em Itaberaba, que reuniu 29 empresários do ramo de supermercados para discutir assuntos sobre o comércio local e a capacidade de compra de cada um. Já em 2005, com a atuação do projeto de varejos de alimentos do Sebrae, foi possível fomentar a formalização da rede e da central de negócios. De acordo com Florisvaldo Oliveira, empresário e presidente da ede Numerc, o projeto encurtou distâncias e possibilitou acesso a informações e novos conhecimentos, importantes para o amadurecimento da gestão dos negócios. “Com o Sebrae pudemos fazer várias missões empresariais e participar de grandes feiras, como a Superbahia, onde pudemos fazer trocas de experiências e conhecer o trabalho de outras redes. Foi onde vislumbramos como poderíamos conseguir realizar a nossa”, afirma. Ainda de acordo com Florisvaldo, em julho de 2015 surgiu o sentimento de cooperação e que, com essa união, eles seriam capazes de formar uma central de negócios em Itaberaba. “Começamos a pesquisar sobre central de negócios, criando uma rede de supermercado e não pensando apenas em compras conjuntas, mas diversas ações promocionais, de marketing e negociações de cartões de crédito”, relembra. Em 2016 nasceu a ede Numerc para Itaberaba e região, que hoje faz parte da Federação de Redes de Supermercados da Bahia, com 24 empresários. A Numerc teve um crescimento de 32% no faturamento, quando comparado a 2017. São mais de 5 mil metros quadrados de lojas e aproximadamente 200 colaboradores. “Quando montamos a central de negócios, passamos a descobrir a quantidade de oportunidades que existem ao nosso redor e também o número de desafios. Alta carga tributária, manter a competitividade, conquistar novos mercados, ampliar a participação, fortalecer a nossa marca e enfrentar os concorrentes unidos”, ressalta Florisvaldo.
A Numerc reúne atualmente 24 empresários e 24 lojas, totalizando aproximadamente 60 caixas.
Para o empresário, o maior crescimento alcançado pela criação da rede foi o amadurecimento profissional. “Quando nos unimos, conseguimos transformar alguns empresários em empreendedores através de consultoria financeira, de marketing e de gestão de liderança. Isso causou uma grande transformação, tirou cada um do seu 'quadrado', despertou um crescimento profissional e trouxe mudanças nos negócios. Hoje somos referência para outras cidades, exemplo de união de empresas e de força de pequenos empresários, que juntos nos tornamos grandes e mais competitivos no mercado”, reflete. Entre as transformações promovidas pela criação da rede, Florisvaldo destaca a maior capacidade de oferecer diversidade e qualidade nos produtos e serviços. “Antes, as empresas não tinham formação de preço, tinham margem de lucro pequena, condições de compras limitadas, mix de produtos reduzido, não alcançavam as mudanças do comportamento do consumidor, e também não conseguiam oferecer bons serviços aos clientes por causa da falta de mão de obra qualificada”, relembra. De acordo com a analista do Sebrae e gestora do projeto de Varejo de Alimentos, Lucia Souza, o ambiente empresarial atualmente encontra-se em um nível de competitividade elevada. As empresas perceberam na parceria uma estratégia para fazer negócio. “As redes empresariais, através da cooperação, contribuem para que as micro e pequenas empresas busquem motivações para manter e aumentar a competitividade. Além disso, há outros motivos para a formação de redes de empresas, tais como a troca de benefícios mútuos, a utilização de marketing coletivo, compras em conjunto, entre tantos outros”, afirma. Ainda de acordo com a analista, o apoio do Sebrae junto às micro e pequenas empresas para formação e fortalecimento de redes empresariais se dá através da estratégia de atuação setorial visando o desenvolvimento e o fortalecimento de redes de cooperação. “Com o Projeto Varejo de Alimentos, foi possível aprofundar os conceitos e os benefícios de uma rede empresarial para os empresários da Rede Numerc”, conclui.
As empresas perceberam na parceria uma estratégia para fazer negócio 24
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Realizado há oito anos, o showroom Bahia Original mostra o diferencial do artesanato baiano
ORIGINAL DA BAHIA Showroom que acontece há oito edições expõe e comercializa artesanato produzido no stado FOTOS: DARÍO G. NETO
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á oito anos, o Sebrae viabiliza um espaço de comercialização para o artesanato baiano, que possibilita um aumento significativo na divulgação do trabalho e nas vendas desses profissionais. O artesanato de referência da Bahia é exposto no showroom em uma das lojas do Shopping Barra, em Salvador, que reúne os produtos de artesãos apoiados pelo Sebrae Bahia. Este ano, mais uma vez, por meio de uma parceria com o Sistema Faeb/Senar, o Sebrae contou com o apoio do Shopping Barra para realizar o Bahia Original. Esta oitava edição conta com alguns diferenciais, como destaca a gestora do projeto Artesanato Bahia Original, Tatiana Martins. “São produtos feitos com base em conceitos de sustentabilidade e também de referência religiosa. Contemplamos no showroom artesanatos de diversas tipologias, com design e qualidade diferenciados, focando na iconografia da Bahia”, disse. A loja traz o artesanato de referência da Bahia de mais de 60 unidades produtivas, priorizando os oito destinos turísticos e culturais do stado. Muitas peças expostas nesta edição fazem referência ao turismo religioso. Tatiana conta também que, ao longo dos anos, o Sebrae realizou uma série de ações de capacitação, que contribuíram com a qualificação do artesanato baiano também em aspectos ligados à gestão. “Hoje são os próprios artesãos que fazem toda a gestão da loja”.
Muitas peças expostas nesta edição fazem referência ao turismo religioso
A gestora do projeto Artesanato Bahia Original, Tatiana Martins, destaca que o Sebrae também realizou capacitações com foco na gestão dos artesãos 26 Conexão Bahia
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A superintendente do Senar Bahia, Carine Magalhães, reiterou a parceria com o Sebrae para a realização de mais uma edição do Bahia Original. “Este é o nosso terceiro ano e entendemos que é uma parceria que deve continuar, diante de sua importância para uma atividade tão significativa para o nosso stado, que é o artesanato”, conclui. Desde 2016, Marialba Gomes participa do Bahia Original. Nesta edição do showroom, além de expor, ela também está responsável pela gestão comercial. “Com o apoio do Sebrae, nós obtivemos condições de cuidar de todo o processo, desde a produção diferenciada e adotando conceitos de sustentabilidade, até a precificação e venda ao cliente final", conta. Marialba produz peças em madeira, tricô e crochê. A habilidade com os dois últimos ela herdou da família, observando a avó produzir peças
quando criança. A artesã ressalta os resultados positivos da iniciativa. “O showroom é sempre uma vitrine importante para o artesanato baiano. Atrai não apenas os moradores de Salvador, mas também os turistas, que podem levar peças de referência da Bahia para os seus lares”.
O Bahia Original tem apoio do Shopping Barra e parceria do sistema Faeb/Senar
No showroom estão expostos o artesanato de referência da Bahia de mais de 60 unidades produtivas
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EDUCAR CRIANÇAS PARA O EMPREENDEDORISMO FÁBIO ROBERTO FOWLER
“ educação empreendedora é o melhor caminho para desenvolver o empreendedorismo” FOTOS: FAELI FOWLER
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Professor da Universidade Federal de Itajubá-UNIFEI (1992), Fowler é apaixonado por Empreendedorismo e Inovação. Ele foi diretor de Empreendedorismo-CEU/ UNIFEI (2010-2018), com doutorado em Administração pela Universidade de São Paulo - USP (2003) e mestrado em Administração pela Universidade de São Paulo (1997). O entrevistado da Revista Conexão tem especialização em Educação Empreendedora pela Durham University Business School - DUBS Inglaterra (1994). Fowler atua com ensino, pesquisa e extensão nas áreas de Administração e Engenharia, com ênfase em Empreendedorismo, e trabalha principalmente os temas de Administração de Marketing, Finanças, Educação Empreendedora, Criação de Novos Negócios, Formação Gerencial e Intraempreendedorismo. Na entrevista, Fowler explica questões que envolvem as competências empreendedoras e a importância de desenvolver o empreendedorismo ainda na infância.
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QUAL A IMPORTÂNCIA DE DESENVOLVER A EDUCAÇÃO EMPREENDEDORA NA INFÂNCIA/ JUVENTUDE?
Ensino básico, né?! Enquanto criança, é muito mais fácil trabalhar com a educação de formar um indivíduo. É um dos projetos que eu tenho mais interesse, tentar trabalhar com escolas com Ensino Fundamental, Ensino Médio e Ensino Técnico Vocacional. Se nós tivéssemos, desde o início, trabalhado a educação empreendedora com a criança, com certeza, na universidade, não precisava trabalhar, porque o jovem adulto universitário já estaria com a formação. Ele já teria habilidades empreendedoras que são essenciais para o desenvolvimento do empreendedorismo. Deveria ser prioridade do país implementar a educação empreendedora no que tange ao desenvolvimento de competências empreendedoras na criança. O ENSINO FORMAL DESENVOLVE ESSA HABILIDADE?
A grande maioria do ensino formal do país, seja ele o ensino básico ou no ensino universitário, não desenvolve essas habilidades. O que existe é um ou outro professor, uma ou outra escola que tem essa preocupação de desenvolver competências empreendedoras com seus alunos. O que pode existir é o seguinte: o ambiente em que esse aluno está inserido, seja ele na casa, trabalho, onde ele estiver, pode desenvolver essa habilidade, mas de uma maneira informal.
Tem que formar um indivíduo mais competente, que possa planejar, buscar ser uma pessoa que consiga ter o seu próprio trabalho A EDUCAÇÃO EMPREENDEDORA É O MELHOR CAMINHO PARA O EMPREENDEDORISMO?
Com certeza! É obrigação de um país educar. Ainda mais nesse mundo competitivo, até mesmo com as reformas que estão sendo inseridas no país, como trabalhista e a previdenciária. Tem que formar um indivíduo mais competente, que possa planejar, buscar ser uma pessoa que consiga ter o seu próprio trabalho. Porque emprego não vai existir. O que vai existir é trabalho. A pessoa precisa ter competências, como: criatividade, autonomia, trabalhar sob pressão, comunicação oral, escrita, entre outras competências que são tidas como de empreendedores de sucesso. Eu tenho certeza que a educação empreendedora é o melhor caminho para desenvolver o empreendedorismo. .
“Se nós tivéssemos, desde o início, trabalhado a educação empreendedora com a criança, com certeza, na universidade, não precisava trabalhar, porque o jovem adulto universitário já estaria com a formação” Edição 222 | Sebrae Bahia
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“O brasileiro não tem uma
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educação financeira” QUAIS OS PRINCIPAIS BENEFÍCIOS DE DESENVOLVER A CULTURA EMPREENDEDORA ENTRE ALUNOS E PROFESSORES?
Para responder essa pergunta, eu preciso definir para você o que é empreendedor. Aqui no Centro de Empreendedorismo nós temos como a definição para empreendedor uma pessoa que cria e gerencia projetos. Projeto para nós é tudo aquilo que requer recursos materiais, infraestrutura, financeiros, capital humano e que tem algum objetivo. Muitos deles são os lucros. Às vezes o objetivo é de, como um professor que tem o projeto, gerar conhecimento, lazer, entretenimento ou outros benefícios, até mesmo intangíveis. Nesse sentido, os indivíduos têm que gerenciar projetos, inserindo a cultura empreendedora na sociedade, mais especificamente nos alunos e professores. Com certeza, esses alunos e professores terão condições de gerenciar os seus projetos. Inicialmente seus projetos de vida, de carreira profissional e financeiro. O brasileiro não tem uma educação financeira. Você vê o quanto que ele é endividado, o quanto que ele não se planeja e é altamente dependente do governo com a sua previdência, que vem do governo. Disseminando a cultura empreendedora, você terá condições muito maiores de colocar no indivíduo que ele possa ter um projeto de vida, melhor expectativa. Todos os indivíduos têm seus projetos pessoais, profissionais e financeiros, e com a competência advinda de uma cultura empreendedora isso ficaria muito mais fácil. EXISTE RELAÇÃO ENTRE O EMPREENDEDORISMO ENSINADO NAS UNIVERSIDADES E AQUELE PRATICADO DE FATO NO MERCADO?
É difícil eu responder isso de uma maneira geral. Primeiro, diversos cursos ‘empreendedorísticos’ que nós vemos e ouvimos falar estão muito ligados a planos de negócios, disciplinas na parte de criação de negócio, um pouquinho de planejamento de marketing, finanças, RH. A educação empreendedora é muito mais ampla que isso. Ela é colocada de maneira transversal, através de qualquer disciplina, de qualquer conteúdo de área de conhecimento. A maioria dos cursos que a gente ouve de empreendedorismo no país inclui disciplinas de 40 ou algumas horas a mais que visa apenas dar conteúdos de plano de negócio. E eu acho isso uma perda de tempo, porque o brasileiro tem criatividade para criar o seu próprio negócio, o que às vezes lhe falta são
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as competências necessárias. É claro que é importante o conhecimento de negócios, de gestão. Mas é muito mais importante esse indivíduo ter as competências essenciais de uma pessoa empreendedora para que ele realmente seja útil no mercado. O empreendedorismo ensinado nas universidades não é aquele que precisa ser praticado no mercado. O mercado quer pessoas que sejam empreendedoras para trabalhar nas grandes corporações e gerenciar projetos como intraempreendedores. Ensinar empreendedorismo em universidade é desenvolver competências empreendedoras e avaliar essas competências no aluno. QUAIS COMPETÊNCIAS EMPREENDEDORAS QUE O UNIVERSITÁRIO DEVE DESENVOLVER?
Eu não falo só o universitário. Eu acho que desde a infância essa criança tem que desenvolver essas competências que são tidas como competências empreendedoras. Existem competências essenciais para dizer que a pessoa tem um potencial empreendedor: criatividade, arriscar-se, com moderação; autonomia e independência; determinação; e necessidade de realização. Essas são tidas como competências essenciais. Fora essas, existem várias outras como capacidade de planejamento, visão de longo prazo, networking. Filion (Louis Jacques Filion) é um dos meus mentores, um dos primeiros pesquisadores sobre empreendedorismo. Ele fala também sobre a característica de visão de mundo. Ele é uma pessoa otimista, que vê o mundo de uma maneira otimista. É POSSÍVEL DESENVOLVER CARACTERÍSTICAS EMPREENDEDORAS EM UM DETERMINADO MOMENTO DE SUA VIDA?
O melhor momento seria enquanto criança, porque essa criança é muito mais fácil de ser formada por vários aspectos cognitivos, mas nunca é tarde para desenvolver competências empreendedoras. O meu sonho seria, como até fala o Martin Luther King, ‘I have a dream’ (eu tenho um sonho). Eu também tenho um sonho. Se a educação empreendedora fosse implementada de maneira transversal no ensino básico, com certeza em, no máximo 30 anos, não se precisaria falar de educação empreendedora nas universidades, porque as pessoas já viriam com essa competência. É uma competência que nunca fica obsoleta.
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A PEDAGOGIA DO EMPREENDEDOR Programa de Educação Empreendedora do Sebrae atua em todos os níveis de ensino FOTO: DARÍO G. NETO
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ompetências, habilidades e atitudes. Eis três palavras-chaves que devem estar no vocabulário de qualquer empreendedor. E são esses justamente os aspectos principais trabalhados pelo Programa Nacional de Educação Empreendedora do Sebrae, que atua em todos os níveis de ensino: Fundamental, Médio, Profissionalizante e Superior. Na Bahia, o programa está em mais de 130 municípios, já capacitou mais de 5 mil professores e mais de 150 mil alunos. O Sebrae Bahia atua, hoje, em 558 escolas, 33 centros profissionalizantes e 23 instituições de ensino superior.
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Coordenador pedagógico do Marízia Maior, Daniel Maior trabalhou na implantação do curso Despertar, primeiro projeto de educação empreendedora aplicado ao colégio
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Mais de 4 mil professores e 110 mil alunos baianos já foram capacitados pelo Programa de Educação Empreendedora do Sebrae
O programa traz um conjunto de iniciativas para fortalecer a cultura empreendedora nos municípios brasileiros, ofertando soluções sobre empreendedorismo, proporcionando empoderamento e o desenvolvimento de novas formas de pensar e agir, conectando os estudantes a conteúdos inovadores, metodologias ágeis e ferramentas que estimulam o surgimento de novos modelos de negócio, além de desenvolver comportamentos empreendedores e intraempreendedores.
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COMPORTAMENTO Como observa a gerente adjunta da Unidade de Ambiente de Negócios do Sebrae Bahia, Janaína Neves, o papel da educação empreendedora vai além da ideia de iniciar um negócio próprio. “Os impactos não ficam apenas em sala de aula e não dizem respeito apenas ao período escolar ou ao período universitário. Trabalhar o comportamento empreendedor vai proporcionar resultados positivos ao longo da vida desses alunos, independentemente de optarem por abrir um negócio próprio ou serem colaboradores de alguma empresa”, conclui.
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A estudante Leila Brito, de 17 anos, participante do Despertar, aprendeu a traçar metas e definir prioridades
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E é por isso que, desde o Ensino Fundamental, o programa do Sebrae atua com iniciativas para fomentar a educação e a cultura empreendedora entre os alunos, por meio da metodologia Jovens Empreendedores Primeiros Passos (JEPP). O curso apresenta práticas de aprendizagem considerando a autonomia do aluno para aprender, além de favorecer o desenvolvimento de atributos e atitudes necessários para a gestão da própria vida. Outras iniciativas também contemplam as escolas e envolvem o Ensino Médio, a exemplo do curso Despertar. Esse foi o primeiro projeto de educação empreendedora aplicado ao Colégio Marízia Maior, de Salvador. O Despertar trabalha características do comportamento empreendedor e também introduz aspectos relacionados ao planejamento, que podem ser aplicados tanto à vida pessoal quanto à vida profissional. O coordenador pedagógico do Marízia Maior, Daniel Maior, afirma que, em 2018, foram cerca de 80 alunos envolvidos no projeto e dez professores capacitados. “Contamos com o suporte altamente profissional do Sebrae, qualidade do material, pertinência e atualidade da metodologia, perfeitamente replicável pelos professores, e a existência de uma entrega final muito bem estruturada, que foi a feira realizada”, destaca. Na perspectiva da educação empreendedora, Daniel cita também o desenvolvimento de programas internos, focados em liderança, para o nsino édio e para o nsino undamental. “Temos um projeto de unidade em que os alunos do nsino édio criam ideias para novos negócios, o Emprelab. Esse ano, um projeto social nosso - Ideias do Bem - teve como etapa a criação de negócios de impacto social, desenvolvido por alunos da 2ª série do nsino édio”. Uma das estudantes que participou do Despertar foi Leila Brito, de 17 anos, hoje cursando o 3º ano do nsino édio. Ela conta que aprendeu, entre outros aspectos, a traçar metas e definir prioridades. “São aprendizados que impactam dentro e fora de sala de aula. Além disso, obtive conhecimentos sobre gestão que agregaram não só a mim, mas também à minha família”, diz Leila, acrescentando que hoje a mãe e a irmã atuam na venda de bolos e doces, e os conhecimentos puderam ser aplicados na prática nesse empreendimento. “Quando terminar os estudos, pretendo me dedicar aos negócios da família”, complementa.
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Alunos de ngenharia ecânica do Instituto Federal de Ciência e Tecnologia da Bahia (IFBA), Leonardo Santiago e Marília da Silva estão entre os idealizadores do Areja Bus, um sistema de ventilação parcialmente natural
TEORIA E PRÁTICA O resultado observado junto aos alunos do Marízia Maior rende importantes frutos no aspecto comportamental, mas também pode despertar o espírito empreendedor nos jovens que desejam desenvolver uma ideia inovadora mais à frente. É o caso dos alunos de ngenharia ecânica do Instituto Federal de Ciência e Tecnologia da Bahia (IFBA), Leonardo Santiago, Pedro Rocha e Marília da Silva. A ideia partiu de Leonardo, que buscava uma solução para amenizar o calor da parte interna dos ônibus em Salvador. Assim nasceu o Areja Bus, um sistema de ventilação parcialmente natural, que usa o próprio movimento do ônibus para promover conforto térmico. “O sistema realiza a exaustão do ar quente do ônibus e permite a entrada de ar frio pelas laterais. Quando
o ônibus está parado, um sistema embarcado aciona exaustores motorizados”, explica Leonardo. A iniciativa dos alunos recebeu apoio do Hotel de Projetos do IFBA, que conta com a atuação do Sebrae, também por meio do Programa Nacional de Educação Empreendedora. Leonardo e seus colegas receberam um apoio financeiro do IFBA e também orientação sobre conteúdo. Participaram de capacitações sobre modelo de negócios, marketing, estruturação financeira e liderança. Para o Ensino Profissional, que instituições como IFBA dispõem, o Sebrae traz também metodologias para implementar a disciplina de Empreendedorismo. Por meio dela, é possível alcançar cada vez mais potenciais empreendedores, apresentando possibilidades concretas
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INOVAÇÃO Soluções inovadoras também foram apresentadas por jovens estudantes baianos vencedores do Hackathon Universitário, promovido pelo Sebrae, por meio do Programa Nacional de Educação Empreendedora, que inclui a capacitação de professores para que assuntos sobre empreendedorismo sejam trabalhados em sala de aula. Em cada instituição, as equipes foram desafiadas a desenvolver ideias nos eventos realizados em três cidades diferentes para os segmentos de alimentação e varejo (Faculdade Adventista da Bahia - Cachoeira), transporte e logística (FTC - Feira de Santana) e desastres ambientais (Unifacs - Salvador). O evento é aberto para estudantes de ensino superior de qualquer universidade. A conquista do Hackathon Universitário permitiu que os 11 alunos das três equipes vencedores viajassem a Florianópolis para participar, em agosto, do Startup Summit, evento do Sebrae que promove o fortalecimento da inovação, através da união do ecossistema empreendedor de todo o Brasil. Os vencedores foram as equipes do aplicativo ANA, de Feira de Santana, a equipe Five Bot, de Cachoeira, e a equipe Reverte: Ecommerce Verde, de Salvador. REPRESENTATIVIDADE Foi no Centro de Empreendedorismo e Inovação (CEI) da Unifacs que Georgia Nunes encontrou apoio para potencializar seu empreendimento, o teliê Amora, voltado para promover a representatividade negra, por meio de brinquedos e ações afirmativas. Aluna da Unifacs, hoje cursando já a segunda pós-graduação, ela desenvolveu a ideia ao perceber a escassez no mercado de bonecas negras. Colocou em prática em 2016 e, em 2017, encontrou o CEI.
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de aplicabilidade dos conteúdos em sua vida profissional, tanto em um negócio já existente quanto em um novo negócio. Os planos dos estudantes do IFBA agora consistem em levar o projeto adiante. Leonardo apresentou o Areja Bus no Fórum de Educação Empreendedora, promovido pelo Sebrae, em maio, e conta que estão conseguindo avançar. “Estamos buscando parceiros para a produção do nosso sistema, ao mesmo tempo que cuidamos de aspectos legais para formalizarmos o negócio e aprimorando o nosso marketing e outros aspectos de gestão”, conta.
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Aluna da Unifacs, a empreendedora Georgia Nunes criou o teliê Amora, voltado para promover a representatividade negra, por meio de brinquedos e ações afirmativas
“O Centro potencializou a Amora e me forneceu subsídios para montar um plano de negócios e desenvolver melhor o modelo. Enxerguei com mais clareza de que forma eu poderia atuar”, conta Georgia que, hoje, além de bonecas, também fabrica e vende bonecos negros e revende caixas de giz de cera com 24 cores de diferentes tons de pele. O CEI é um conjunto de estruturas institucionais que coordenam o ecossistema de empreendedorismo e inovação da universidade, composto pela Incubadora de Negócios, a Agência de Inovação, o Laboratório de Empreendedorismo Social e o Clube de Empreendedorismo. A instituição conta com o apoio do Sebrae, por meio do programa de Educação Empreendedora, recebendo consultorias especializadas para o desenvolvimento de ações nessa área. Recentemente, a Unifacs foi premiada na etapa estadual do Prêmio Sebrae de Educação Empreendedora, justamente com o projeto do Centro de Empreendedorismo e Inovação. Segundo o coordenador do CEI, Marcelo Dultra, a estrutura já abrigou 35 projetos de startups na sua incubadora e 70 projetos no Laboratório de Empreendedorismo Social, além do registro de oito patentes de pesquisadores e alunos da universidade. Segundo ele, um dos grandes diferenciais do projeto é a possibilidade de pessoas com diferentes competências e conhecimentos atuarem de forma interativa e sinérgica, favorecendo o amadurecimento dos projetos e alunos apoiados. FEIRA NO RECÔNCAVO Ainda no âmbito do ensino superior, a Faculdade Adventista da Bahia (FADBA) também vem colhendo frutos das boas práticas desenvolvidas na área de educação empreendedora, sobretudo com a parceria do Sebrae. A instituição, que fica no município de Cachoeira, no Recôncavo Baiano, ficou em segundo lugar no Prêmio Sebrae de Educação Empreendedora. O projeto contemplado foi o da Feira do Empreendedor, realizada há 17 anos. Segundo o professor e coordenador do evento, Jean do Ouro, a FADBA iniciou a parceria com o Sebrae há cerca de seis anos, quando percebeu a importância de uma formação que criasse no egresso habilidades empreendedoras. “Foi realizada uma capacitação do Sebrae para professores da faculdade, a fim de formá-los para ministrar disciplinas re-
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Faculdade Adventista da Bahia (FADBA) ficou em segundo lugar no Prêmio Sebrae de Educação Empreendedora, com o projeto da Feira do Empreendedor, realizada há 17 anos
lacionadas ao empreendedorismo”, ressalta. Para o coordenador, a feira traz um diferencial ao agregar integrantes da comunidade local e da região, além de proporcionar uma vivência prática aos estudantes. “Na última feira, tivemos mais de 40 expositores e um faturamento de R$ 50 mil. São valores expressivos, levando em consideração que o objetivo principal não é financeiro, e sim desenvolver habilidades empreendedoras”. Das 23 instituições de ensino superior com as quais o Sebrae desenvolve ações atualmente, 14 possuem termos de cooperação técnica assinados. A gestora do programa de Educação Empreendedora para o Ensino Superior do Sebrae Bahia, Ana Luci Des Graviers, reitera que o foco das iniciativas está no desenvolvimento das competências. “Atuamos com os dois públicos principais de uma instituição de ensino: o professor e o aluno.
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Para o professor, o Sebrae disponibiliza capacitações em metodologias que têm como objetivo, não somente enriquecer o seu conhecimento, mas engajá-los na cultura do empreendedorismo, de forma que ele seja um parceiro do movimento do Sebrae voltado para a educação empreendedora. Já com os alunos, trabalha-se em duas perspectivas: no desenvolvimento das competências empreendedoras e no processo de curiosidade, ideação e planejamento de novos negócios”. O Sebrae oferece para instituições de Ensino Superior disciplinas de empreendedorismo e inovação, além de um programa de extensão em Empreendedorismo Social e Negócios de Impacto Social. As metodologias podem ser ofertadas nas instituições por meio da capacitação de professores. Além disso, há iniciativas como editais para apoiar a oferta de educação empreendedora, guia de boas práticas e mentoria on-line.
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PRA CRESCER
ficou o Colégio do Sesi, de Salvador, com o projeto "Iniciação científica como educação empreendedora". Na categoria Ensino Profissional, o Ceep Letice, de Seabra, conquistou a primeira colocação, com o projeto "Tecnologias e práticas sustentáveis". O segundo e o terceiro lugares foram para dois projetos do Centro Territorial de Educação Profissional de Vitória da Conquista: respectivamente, "Empreendedorismo: uma experiência de sucesso" e "Conecta: aprendizagem criativa na escola pública". Por fim, na categoria Ensino Superior, foram premiados a Universidade Salvador, com o projeto "Centro de empreendedorismo e inovação", a Faculdade Adventista da Bahia, de Cachoeira, com o projeto "Feira do Empreendedor", e o Instituto Federal da Bahia (IFBA), com a iniciativa "Hotel de Projetos Tecnológicos", que veio também da capital baiana.
FOTO: DARÍO G. NETO
RECONHECIMENTO O programa busca reconhecer e premiar boas práticas que fomentam e inspiram a educação empreendedora por todo o país, com casos de sucesso destinados aos diversos atores do ecossistema de educação. No mês de maio foi entregue, na Bahia, o Prêmio de Educação Empreendedora. Ao todo, foram 11 premiados na etapa estadual. Na categoria Ensino Fundamental, o Grupo Escolar José Fernandes, de Itagibá, conquistou o primeiro lugar, com o projeto "Uma locadora dos sonhos". Logo em seguida, veio a Escola Municipal Caminho da Cidadania, de Curaçá, com o projeto "Bazar Coisa Nossa". Em terceiro, ficou o Grupo Escolar Agostinho Pinheiro, também de Itagibá, com o projeto "Jeep". Já na categoria Ensino Médio, o primeiro lugar ficou com o Colégio Estadual Georgina de Melo Erismann, de Feira de Santana, com o projeto "Georgina Games Festival". Em segundo
Prêmio de Educação Empreendedora do Sebrae aconteceu em maio e teve 11 premiados na etapa estadual
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PROJETO SEGURO Dupla de empresárias teixeirenses investe em fabricação própria de extintores FOTO: WESLEY MORAU
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I NOVAR
F
As amigas Ellen Barbosa e Luiza Sampaio montaram a AGB Engenharia e Extintores, em Teixeira de Freitas, e mostram que lugar de mulher é onde ela quiser
abricar e instalar extintores é coisa de homem? Apesar de ter quem ainda acredite nesse tipo de divisão, as mulheres provam que podem atuar em qualquer área. Luiza Sampaio, engenheira florestal, e Ellen Barbosa, engenheira civil, ambas também técnicas em segurança do trabalho, são sócias na AGB Engenharia e Extintores. Com a experiência que Luiza já tinha na área de incêndios, ao sair da primeira sociedade que formou, convidou a amiga para trabalharem juntas. Elas começaram a empresa em 2015, em Teixeira de Freitas, e atendiam em um espaço improvisado na casa de Ellen. No fim de 2015, mudaram-se para o endereço onde atendem até hoje, na ua Paraíba, 53, bairro São Lourenço. “Mesmo quando saímos da casa da Ellen e nos mudamos para cá, o espaço ainda não era bem organizado. Não tínhamos noção de como a nossa apresentação fazia diferença. Aos poucos fomos percebendo na reação dos clientes que eles esperavam um ambiente mais bonito”, conta Luiza. As engenheiras relatam que, inicialmente, trabalhavam apenas com a preparação de projetos, indicando aos clientes onde deveriam ser colocados os extintores, as placas e as saídas de emergência. “Preparávamos todo o projeto, mas precisávamos entregar para outra empresa fazer os extintores. Depois finalizávamos com a instalação para os clientes”, explica Ellen. Tudo isso começaria a mudar em 2017, com a entrada do Sebrae no caminho da AGB, através do programa Agentes Locais de Inovação (ALI). A consultora sênior Ana Carolina Marinho Badin já conhecia a empresa e fez o convite para participarem. Com a primeira etapa que é a de sensibilização do empresário, explicando o programa e as ações, foi firmado um contrato de adesão para dar início aos trabalhos.
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ALI E AGB O programa do Sebrae Agentes Locais de Inovação tem como objetivo a orientação de empresários para constante prática da inovação, o que não significa necessariamente altos investimentos e tecnologia, mas uma atenção constante à empresa e ações cotidianas que possam fazer a diferença. Em parceria com o CNPq, há disponibilização de bolsistas que ficam responsáveis por oferecer soluções de acordo com as demandas de cada empresa. O gerente regional do Sebrae em Teixeira de Freitas, Alex Brito, ressalta a oportunidade que o empresário tem de dar um giro em seu negócio com esse apoio especializado do programa. “O empresário que adere ao ALI tem atendimento de até 30 meses com o consultor. É um trabalho muito completo e com várias etapas. E, o melhor de tudo, sem custo nenhum para ele, totalmente gratuito”.
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Luiza e Ellen aproveitaram essa oportunidade e relatam que as mudanças feitas através do ALI foram essenciais, chegando a classificar a empresa como antes e depois do Sebrae. Com ajuda da consultora, Luiza conta que aprenderam um pouco mais sobre empreendedorismo e administração. “Nós não tínhamos noção do quanto um projeto de fato custava, do que era nosso lucro e o que deveria ser reinvestido na empresa. Tínhamos o conhecimento técnico da área, mas só com a interferência do Sebrae realmente nos tornamos verdadeiras empresárias”. Fizeram uma análise da empresa, do mercado da cidade e da região, e definiram metas a curto, médio e longo prazos. Aceitaram a ideia de investir na empresa e crescer, com uma grande reforma e a compra das máquinas para começarem a fabricar os próprios extintores. “Acredito que o maior desa-
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No início, a empresa, que participa do ALI apenas fazia projetos. Hoje produz seus próprios extintores e oferece o serviço completo, do projeto à instalação
P R A C RI NE O SV CA ER
O programa do Sebrae Agentes Locais de Inovação tem como objetivo a orientação de empresários para constante prática da inovação, o que não significa necessariamente altos investimentos e tecnologia fio foi conseguir o investimento, porque com a verba para executar o que planejamos ficou bem mais fácil. Ainda assim, foi necessário ter muita paciência e foco em todo o processo”, pontua Ellen. Em maio, Luiza e Ellen viram todas as máquinas chegarem à empresa e, neste momento, o sonho pareceu concretizado e real. Tudo já está instalado, e elas esperam apenas a vistoria do Inmetro para começarem a produzir seus próprios extintores e oferecerem um serviço totalmente completo, do projeto à instalação. “Sensação maravilhosa, de dever cumprido”, dizem. DESAFIOS DO EMPREENDEDORISMO FEMININO Durante esses quatro anos de empresa, as duas engenheiras passaram por vários mo-
mentos de discriminação e preconceito. O motivo? Atuar em uma área predominantemente masculina. “Perdemos as contas de quantas vezes disseram que estavam esperando um homem chegar com o projeto ou para instalar os extintores. Acham que não vamos conseguir, que é serviço pesado. Mas a isso tudo, respondemos com um trabalho bem feito e cabeça erguida. Estamos conquistando o nosso espaço”, garante Ellen. Para quem está começando um negócio, as empresárias indicam muita paciência, organização e determinação, pois é possível vencer as barreiras. Elas já estão estudando a expansão para outras cidades. Com o Sebrae ao lado, o caminho se torna muito mais fácil, aconselham.
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SEU NEGÓCIO DEVE SER MAIS INCLUSIVO O Sebrae dá dicas para inclusão e acessibilidade, uma forma de respeitar e oferecer segurança ao cliente FOTO: ISTOCK
Garantir igualdade é fundamental para um atendimento humanizado e de qualidade
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MEU NEGÓCIO
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lém de estar previsto em lei, o tratamento às pessoas com dificuldade de locomoção ou algum outro tipo de deficiência precisa garantir igualdade. É fundamental que as empresas conheçam as necessidades desse público e se preparem para atendê-lo de forma correta. Além de tudo, os donos de pequenos negócios precisam compreender que ser inclusivo não é um modismo, mas um dever das empresas, exigido por clientes cada vez mais atentos e vigilantes. Conheça as cinco dicas que melhoram e alinham o seu negócio com as premissas da inclusão:
3.
O ideal é que todos os estabelecimentos de atendimento ao público tivessem um interprete de Libras (Língua Brasileira de Sinais), que é a língua que os surdos usam para se comunicar. Na impossibilidade de ter um intérprete, a comunicação pode ser feita por sinalização com as mãos. É importante lembrar que da mesma forma que nem toda comunidade sem deficiência sabe se comunicar em Libras, nem toda a comunidade com deficiência sabe se comunicar em português escrito. 4.
1.
Cadeirantes:
Acompanhamento:
Pessoas com deficiência devem ser consultadas sobre a melhor maneira de serem atendidas. Assim, o vendedor ou prestador de serviços evita possíveis constrangimentos. O importante é deixar a pessoa confortável e em segurança. Fique por perto, mas respeite sempre a autonomia do seu cliente. 2.
Surdos:
Pessoas cegas:
Ao acompanhar um cliente cego, seja objetivo ao explicar as direções. Ofereça o braço ou o ombro e caminhe na frente da pessoa. Em caso de restaurantes, coloque o copo de um lado e a garrafa do outro. As refeições devem ser colocadas no prato em forma de relógio. Não deixe a pessoa falando sozinha e converse com seu tom de voz normal. Os cães-guias têm a responsabilidade de guiar o seu dono, por isso não devem ser distraídos com carinhos e brincadeiras. Oriente todos os funcionários da empresa que esses animais são autorizados a entrar em qualquer lugar, exceto UTIs (Unidades de Terapia Intensiva) e centros de queimados.
Procure acompanhar o passo da pessoa e se achar que ela está com dificuldades, ofereça ajuda e pergunte sempre como deve proceder. Sempre que for falar com uma pessoa cadeirante, procure ficar de frente e no mesmo nível do seu olhar. Quando estiver empurrando alguém sentado em uma cadeira de rodas e parar para falar com outra pessoa, lembre-se de virar a cadeira de frente pra a conversa, de modo que o cadeirante também possa participar do diálogo. Mas não esqueça de antes pedir permissão para movimentar a cadeira de rodas. 5.
Segurança:
Em casos de emergência, pessoas com deficiência requerem prioridade e os devidos cuidados. É importante que os funcionários de estabelecimentos comerciais saibam como agir de forma correta nessas ocasiões. Uma edificação acessível também é uma edificação segura. Ficar atento às normas de acessibilidade vai garantir que seu estabelecimento seja seguro para todos, ou seja, pessoas com ou sem deficiência.
Veja o vídeo completo no Canal do Sebrae Bahia no YouTube: www.youtube.com/sebraebahia
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SEBRAE PERTO DE VOCÊ O Sebrae possui estrutura de atendimento presencial em diversas cidades da Bahia, disponibilizando aos micro e pequenos empresários orientação, formalização, consultoria, capacitação e informação.
Agências de atendimento na Bahia O Sebrae Bahia possui 27 agências, distribuídas em dez unidades regionais.
Salvador / Mercês Unidade Regional 01 Tel.: (71) 3320-4526
Paulo Afonso
Salvador / Itapagipe
Santo Antônio de Jesus
Tel.: (71) 3312-0151
Alagoinhas
Tel.: (75) 3422-1888
Camaçari
Tel.: (71) 3622-7332
Lauro de Freitas Tel.: (71) 3378-9836
Barreiras
Unidade Regional 02 Tels.: (77) 3611-3013/4574
Feira de Santana O Ponto de Atendimento do Sebrae em Teixeira de Freitas fica localizado na Avenida Presidente Getúlio Vargas, 3.986, no Centro. Funciona de segunda a sexta-feira, das 9h às 12h30 e das 13h30 às 17h FOTO: WESLEY MORAU / ASN BAHIA
On-line Redes sociais
/sebraebahia
Juazeiro
Unidade Regional 06 Tel.: (74) 3612-0827
Unidade Regional 03 Tel.: (75) 3221-2177
Euclides da Cunha Tel.: (75) 3271-2010
Itaberaba
Tel.: (75) 3251-1023
Ilhéus
Unidade Regional 04 Tel.: (73) 3634-4068
Itabuna
Tel.: (73) 3613-9734
Jacobina
Tel.: (75) 3281-4333/ 4223 Unidade Regional 07 Tel.: (75) 3631-3949
Valença
Tel.: (75) 3641-3293
Irecê
Unidade Regional 08 Tel.: (74) 3641-4206
Seabra
Tel.: (75) 3331-2368
Teixeira de Freitas
Unidade Regional 09 Tels.: (73) 3291-4333/4777
Eunápolis
Tel.: (73) 3281-1782
Porto Seguro
Tel.: (73) 3288-1564
Vitória da Conquista Unidade Regional 10 Tel.: (77) 3424-1600
Brumado
Tels.: (77) 3441-3699/3543
Guanambi
Tel.: (77) 3451-4557
Unidade Regional 05 Tel.: (74) 3621-4342
Itapetinga
Senhor do Bonfim
Jequié
Tel.: (74) 3541-3046
Tel.: (77) 3261-3509 Tels.: (73) 3525-3552/3553
Agenda de capacitações
www.lojavirtual.ba.sebrae.com.br
Portal Sebrae Bahia e chat on-line www.ba.sebrae.com.br
Agência Sebrae de Notícias www.ba.agenciasebrae.com.br
Atendimento a distância
0800 570 0800 Segunda a sexta-feira, das 8h às 20h
Ouvidoria Sebrae Reclamações, críticas, denúncias, sugestões e elogios web.ouvidoria.sebrae.com.br
Sede do Sebrae Bahia
R. Horácio César, 64 – Dois de Julho Salvador/BA – CEP: 40060-350 Tel.: (71) 3320-4301
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Atendimento com hora marcada Com foco na comodidade dos empreendedores baianos que buscam as soluções do Sebrae Bahia, a instituição oferece o atendimento empresarial com hora marcada. O agendamento está disponível para todas as 27 agências da instituição distribuídas pelo Estado. O interessado deve agendar, gratuitamente pela Central de Relacionamento Sebrae (0800 570 0800), das 9h às 17h, o dia e a hora. A ligação é gratuita, inclusive de celular. O novo modelo garante atendimento gratuito e personalizado para serviços de orientação sobre abertura de empresas, além de orientações sobre finanças, mercado e marketing, legislação e tributação, acesso a crédito e serviços financeiros, sustentabilidade, planejamento, inovação, pessoas, políticas públicas, organização e processos, e cooperativismo.
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