| Versão impressa - 250 mil exemplares
Empresas apostam na oferta de vários serviços em um só espaço para atrair clientes e diversificar as fontes de receita. Pág. 8
Fabrício Cavalcanti investiu em um espaço de coworking dentro de sua oficina mecânica
# 293
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Tudo junto ao mesmo tempo
Entrevista: fábrica de ventiladores passa por gerações Pág. 3
Segmento de pesca esportiva cresce e atinge novos públicos Pág. 4
Práticos e baratos, negócios de garagem exigem disciplina Pág. 6
2 | JORNAL DE NEGÓCIOS EXPEDIENTE
Novidades
Publicação mensal do Sebrae-SP Edição impressa CONSELHO DELIBERATIVO
Presidente interino: Tirso de Salles Meirelles
Escolas estaduais vão contratar MEIs para serviços de manutenção
ACSP, ANPEI, Banco do Brasil, Faesp, FecomercioSP, Fiesp, Fundação ParqTec, IPT, Desenvolve SP, SEBRAE, Secretaria de Desenvolvimento Econômico,
Quem é Microempreendedor Individual
empresa no Sistema Escolar Digital (SED) da
(MEI) tem uma grande oportunidade para se
Secretaria da Educação, no endereço https://
tornar prestador de serviços de manutenção
sed.educacao.sp.gov.br/, no link “Obter Aces-
nas escolas estaduais paulistas. É o progra-
so como Empresa”.
ma Descola Trabalho, uma parceria entre
Se o cadastro for aprovado, o fornecedor
Sebrae-SP, Secretaria de Estado da Educa-
será incluído no banco de oportunidades e
ção e Fundação para o Desenvolvimento da
poderá baixar no celular o aplicativo Des-
Educação (FDE).
cola Trabalho (gratuito e disponível em App
Sempre que a unidade escolar precisar de
Store, Play Store e Microsoft Store). Quando
pequenos serviços, como pintura, troca de te-
houver interesse de alguma escola, o MEI
lha, reparos elétricos e encanamentos, entre
será informado diretamente via seu celular
outros, ela poderá recorrer aos MEIs locais
para enviar um orçamento.
cadastrados no sistema da Secretaria da Educação e contratar o serviço. O MEI interessado em participar deve cadastrar seus dados pessoais e os de sua
Ciência e Tecnologia, Sindibancos-SP, Superintendência Estadual da Caixa Econômica Federal. DIRETORIA EXECUTIVA
Diretor-superintendente: Bruno Caetano Diretor técnico: Ivan Hussni Diretor de adm. e finanças: Pedro Jehá JORNAL DE NEGÓCIOS
Unidade Inteligência de Mercado Gerente: Eduardo Pugnali. Coordenador: Luiz Otávio Paro. Editores responsáveis e redatores: Gabriel Jareta (MTB 34769) e Roberto Capisano Filho (MTB 46219). Assessores de imprensa: Gisele Tamamar, Marcelle Carvalho e
O programa engloba 721 escolas, gerando
Rogério Lagos. Estagiário: Wallace Leray.
oportunidade para mais de 56 mil MEIs nas re-
Imagens: istockphoto.com. Diagramação: Marcelo Costa Barros. Fotos: Ricardo Yoithi
giões de São Paulo (capital), Araçatuba, Bauru, Guarulhos, São Vicente e Taubaté.
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Matsukawa – ME para o Sebrae-SP. Apoio comercial: Unidade Comercial - Giulliano Antonelli (gerente). SEBRAE-SP
Rua Vergueiro, 1.117, Paraíso
Sebrae tem R$ 45 milhões para impulsionar em negócios inovadores O Sebrae terá R$ 45 milhões para investir em fundos que queiram participar do projeto
Inovação (FIP-PD&I), conforme Instrução da Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
“Capitalizando empresas inovadoras”. “Além
A soma do patrimônio comprometido e
do fomento a novas práticas pelas micro e
do patrimônio líquido do Fundo deverá ser
pequenas empresas, o Sebrae vai passar
de, no mínimo, R$ 50 milhões e o Sebrae par-
a investir recursos em pequenos negócios
ticipará como cotista, devendo seu recurso
inovadores; estamos atuando de forma es-
ser alocado integralmente nos pequenos ne-
tratégica para garantir empresas mais com-
gócios inovadores.
petitivas”, explica o diretor de Administração
O edital está no endereço: http://www.
e Finanças e presidente em exercício do Se-
sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/canais_
brae, Vinicius Lages.
adicionais/chamada_projetos.
O Sebrae selecionará até cinco fundos
Um pequeno negócio inovador é uma
para participação no projeto com base na
empresa com Cadastro Nacional da Pessoa
nota obtida por cada um, conforme análise
Jurídica (CNPJ) e constituída sob a forma
dos critérios classificatórios. Além disso, a
de Empresa Individual de Responsabilidade
instituição vai definir o montante a ser apor-
Limitada (Eireli), Sociedade Empresária de
tado em cada fundo escolhido. Pelas regras,
Responsabilidade Limitada (Ltda), Socie-
os fundos já devem estar regularmente cons-
dade Anônima de Capital Fechado (S.A.) ou
tituídos sob a forma de Fundo de Investi-
Microempreendedor Individual (MEI). Além
mento em Participações – Capital Semente
disso, ela deve se enquadrar como micro-
ou Multiestratégia ou Produção Econômica
empresa ou empresa de pequeno porte que
Intensiva em Pesquisa, Desenvolvimento e
desempenhe atividade inovadora.
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São Paulo-SP. CEP: 01504-001 ESCRITÓRIOS REGIONAIS SEBRAE-SP
Alto Tietê
Araçatuba Araraquara Baixada Santista Barretos Bauru Botucatu Campinas Capital Centro Capital Leste I Capital Leste II Capital Norte Capital Oeste Capital Sul Franca Grande ABC Guaratinguetá Guarulhos Jundiaí Marília Osasco Ourinhos Piracicaba Presidente Prudente Ribeirão Preto São Carlos São João da Boa Vista São José do Rio Preto São José dos Campos Sorocaba Sudoeste Paulista Vale do Ribeira Votuporanga
O Escritório Regional do Sebrae-SP em Campinas mudou de endereço. Agora, ele está na Rua da Abolição, 881/ 885 - Ponte Preta - Campinas - CEP: 13041-445
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Especialista em fazer vento Há 61 anos, no tradicional bairro paulistano da Mooca nascia a fábrica de ventiladores Ventisilva
E
m 1957, da iniciativa de Getúlio Lino da Silva, nascia uma oficina de conserto de aparelhos eletroeletrônicos no famoso bairro paulistano da Mooca. Poucos anos depois, em sociedade com o irmão Carlos, a empresa já fabricava seus próprios produtos e surgia a Metalúrgica Ventisilva, especializada em ventiladores. Hoje, a empresa tem entre seus objetivos se tornar a maior fabricante de produtos de ventilação da América Latina, como diz a diretora Marli Martani da Silva, filha de Getúlio. Ela conduz a empresa ao lado da prima e também diretora Miriam Mezher Silva, uma das filhas de Carlos. Os ventiladores fizeram a Ventisilva conhecida no mercado, mas na linha de produção figuram também exaustores e microventiladores. A engenheira elétrica Marli está no dia a dia do negócio desde 1977, ano marcado na história da empresa por um incêndio em suas instalações. Marli conta que com a morte do pai, em 1987, foi eleita pelos irmãos para representá-los na direção, na época, com o tio Carlos. Ela conversou com o Jornal de Negócios sobre o incêndio, mercado, entre outros assuntos.
mercado de microventiladores, aprimoramos a qualidade dos exaustores e dos ventiladores, o que nos fortaleceu para chegarmos até aos 61 anos. Quais as lições que o incêndio deixou para a Ventisilva? Que não existe nada que derrube um sonho. Devemos sempre enxergar as oportunidades que temos de se reinventar e recomeçar. A Ventisilva fez 61 anos em 2018. Qual a fórmula para a longevidade? Sem dúvida, ter muita paixão pelo que faz. A missão de empresa é levar satisfação ao cliente e se tornar a maior fabricante de produtos de ventilação da América Latina. Seguindo essa missão, temos muito para fazer sempre. Como a empresa lidou com a crise econômica dos últimos anos? Com muita dificuldade. A crise foi de uma intensidade extremamente forte. Ainda sentimos seus reflexos e estamos tentando chegar nos patamares que estávamos
em 2014 e 2015. Nós readequamos a produção e desde março de 2017 estamos implantando o sistema Kaizen de produção (metodologia de melhoria contínua nas empresas), reestruturando departamentos para sairmos da crise melhor do que entramos. Temperatura baixa, menos vendas; termômetro sobe, mais vendas. Como a empresa lida com a sazonalidade? Temos três linhas de produtos: ventiladores, que nos tornou conhecida no mercado, exaustores e microventiladores. As linhas de exaustores e microventiladores não sofrem com a sazonalidade porque são produtos específicos para a indústria de forma geral, atendem desde cozinhas industriais como painéis e maquinários em geral. Isso nos faz diminuir a enorme influência da sazonalidade da linha de ventiladores. Como é essa diversificação de produtos? A Ventisilva possui mais de 150 produtos. As aplicações são
O que a levou a trabalhar na Ventisilva? Comecei a trabalhar na Ventisilva por causa do incêndio que a empresa sofreu em julho de 1977. Inicialmente, eu e meus irmãos viemos ajudar meu pai a recuperar das cinzas as ferramentas que poderiam ser reaproveitadas. Qual foi o impacto do incêndio de 1977? O incêndio foi um marco para a Ventisilva. A partir dele, que destruiu grande parte da nossa planta, tivemos de reconstruir o imóvel. Criamos mais pisos, nova estrutura e isso nos ajudou a crescer. Como foi o recomeço? Avançamos na linha de produtos, no início dos anos 1980 entramos no
Marli Martani da Silva, diretora da Ventisilva: para ter sucesso, é preciso sentir prazer em ir para a empresa
as mais diversas possíveis, desde sopradores para secagem de folhas nas plantações até micromotores para equipamentos de UTI. Essa diversidade de aplicações se estende a equipamentos eletroeletrônicos, maquinas de solda, painéis eletrônicos, exaustores para churrasqueiras e lavabos etc. Por exigência do mercado e magazines que queriam um ventilador estilo retrô lançamos uma linha residencial com a qualidade Ventisilva. A Ventisilva é uma empresa familiar. Como vocês conciliam a relação familiar com a profissional? Não é uma missão fácil. Encontramos um equilíbrio com gestão de uma representante de cada grupo de sócios na direção. Essa composição existe desde 1992, quando meu tio Carlos passou para sua filha Ligia a direção em representação de suas irmãs. Hoje estou com a Miriam, irmã da Ligia, na direção. Todos os sócios fazem parte do conselho administrativo, onde relatamos o andamento da empresa a todos periodicamente. Um dia você e sua prima terão de passar o comando para a geração mais nova. Já existe algum planejamento para isso? Como empresa familiar, acreditamos no ditado “o olho do dono que engorda o gado”. Atualmente está trabalhando na Ventisilva a terceira geração de sócios e, dessa forma, estamos treinando profissionais para assumirem a empresa com experiência e, acima de tudo, com paixão pela Ventisilva. Qual o seu recado para o empreendedor ter sucesso? Nunca perder o foco. Acreditar sempre que há uma saída para as crises. Criar uma equipe que tenha empenho e compromisso com suas obrigações. Acima de tudo, ter imenso prazer em acordar pela manhã e se sentir privilegiado em ir para a empresa.
4 | JORNAL DE NEGÓCIOS
Pescaria de
O número de adeptos da pesca esportiva quase dobrou nos últimos anos,
Renato Furucho desenvolveu uma massa para isca e transformou o amor pela pesca em negócio
A
ntes vista como uma atividade de lazer rústica, típica de grupos de amigos no fim de semana, a pesca esportiva ganha cada vez mais adeptos e já virou programa para toda a família. Com isso, o mercado tem crescido e ampliam-se as oportunidades de negócio. Os pesqueiros, por exemplo, surgiram com força, facilitando a atividade para quem não dispõe de tempo para ir pescar nos grandes rios. Outra opção para se faturar na área está ligada ao aperfeiçoamento de equipamentos usados por esse público. Em Francisco Morato, o Pesqueiro Arueira oferece um lago de tilápias e outro misto com catfish (bagres-americanos), pacus e quatro tipos de carpa. A gestão do negócio nunca foi fácil. Inaugurado
em outubro de 2011, o estabelecimento quase fechou entre 2013 e 2014. O proprietário Aroldo Borges explica que já tinha a chácara e um tanque. Apenas investiu no tanque maior e achou que iria manter o negócio. “Não tínhamos noção das coisas, de como investir, o que fazer com as dívidas. Minha filha Bruna buscou auxílio no Sebrae-SP e conseguimos dar a volta por cima”, comemora o empreendedor. Na esteira do momento, o Pesqueiro Arueira hoje não oferece apenas peixes, mas também um miniplayground para as crianças e uma lanchonete. “Hoje os homens não vêm mais sozinhos, mas sim com toda a família. As mulheres pescam também e quem não sabe a gente ensina. Se a criança não gosta de pescar, fica no parquinho. A cidade não
tem muitas opções de lazer, então nós nos tornamos uma opção viável para as famílias”, explica. De acordo com o diretor da Associação Brasileira dos Criadores de Organismos Aquáticos (Abracoa) e da Peixe-SP, Wágner Camis, estima-se que o Brasil tenha hoje cerca de cinco mil pesqueiros, sendo três mil apenas no Estado de São Paulo. No entanto, apesar de estar em alta, ter um deles não é tarefa fácil. “Para construir um pesqueiro do zero o custo é altíssimo, pois ele vai estar relacionado ao que você oferece. Hoje, para começar, são necessários, ao menos, R$ 200 mil, pensando em uma estrutura mínima e de pequeno porte, além das questões ambientais e peixamento”, diz o especialista. No que depender dos pescadores, a quantidade de pesqueiros no
Brasil deve aumentar. Isso porque o número de brasileiros pescando praticamente dobrou nos últimos dez anos. De acordo com a consultoria Ipsos, em 2004 eram 4 milhões. Já em 2014 foram registrados 7,8 milhões. O perfil de público também vem mudando: em 2004, a participação das classes A e B era de 37%, mas em 2014 subiu para 53%. Segundo a Associação Nacional de Ecologia e Pesca Esportiva (Anepe), a pesca esportiva gera receita de R$ 3 bilhões no Brasil por ano. No entanto, há ainda muito espaço para crescer, visto que em outros países onde a modalidade é reconhecida, como nos Estados Unidos, o montante chega a R$ 115 bilhões. No mês de agosto, por exemplo, São Paulo foi palco de dois grandes eventos do setor: a Pesca Trade Show 2018 e a Mariner Boat Show 2018. As feiras atraem muitos investidores do mercado profissional, como fabricantes e operadores do turismo da pesca, como também consumidores finais, apaixonados pela pesca esportiva. “São 12 anos de feira e os números só crescem. No primeiro ano foram 30 expositores e 700 CNPJs diferentes. Hoje tivemos 120 expositores e aproximadamente 6 mil CNPJs distintos, com cerca de 15 mil visitantes”, comemora o presidente do grupo Atol, responsável pela organização das feiras, Marcelo Claro. Pensando neste cenário cada vez mais promissor, em março foi fundada a Confederação Brasileira de Pesca Esportiva (CBPE), tendo como um dos seus principais objetivos consolidar a pesca como o segundo esporte mais praticado no Brasil.
NICHOS DE MERCADO
Essa grande quantidade de pescadores, muitos com um bom poder aquisitivo, gera muitas oportunidades no mercado. Renato Furucho, por exemplo, uniu o seu amor pela pesca esportiva aos negócios. Ele conta que aprendeu a pescar com
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bons negócios
aumentando as oportunidades para quem quer empreender no setor
os pais quando tinha oito anos. Por volta dos 15 começou a se informar sobre a melhor forma de fisgar peixes em pesqueiros. Pesquisou muito sobre as necessidades dos animais como se fosse um trabalho de escola. Desenvolveu suas massas para isca e, após algumas experiências, passou a se destacar nos pesqueiros. “Começaram a perguntar se eu vendia as massas, então passei a pegar encomendas pequenas. Até clientes do interior vinham me procurar. Quando me dei conta, percebi que não havia massa no mercado com essa mesma qualidade”, explica Furucho. Na época o empreendedor tinha um bom emprego como gerente de importadora, mas deixou de lado para tocar o próprio negócio há cinco anos. Hoje com seis produtos diferentes no mercado, a Massa Japonesa está prestes a dar um passo muito importante: mudar de Microempreendedor Individual (MEI) para microempresa. “De 2016 para 2017, crescemos mais de 50%, foi um ‘boom’. De 2017 para 2018, cerca de 15%. Agora já estamos nos estruturando para essa mudança, que será importante para a sequência do nosso trabalho”, comemora Furucho. Não é apenas com produtos que o mercado oferece oportunidades. André Caldana também aprendeu
vitrine para um dia eu conseguir viver só de pesca, o meu sonho”.
Aroldo Borges recorreu ao Sebrae-SP para dar novo fôlego ao pesqueiro Arueira
a pescar cedo, já que a família tem um pequeno lago em Santa Isabel, interior de São Paulo. Apaixonado pela modalidade, dificilmente encontrava na internet as dicas de pesca que precisava. Foi então que resolveu unir a sua expertise de dez anos como produtor de TV aos conhecimentos de pescador. A princípio, criou um programa piloto para oferecer à emissora em que trabalha. Depois lançou em 2017 o canal no YouTube “Fisgada Pesca”, com dicas, técnicas e avaliações de equipamentos. No final do ano passado, Caldana tinha 2,8 mil inscritos. Até o fechamento desta reportagem, já havia 13.795 pescadores registrados no canal – um aumento de quase 500% em oito meses.
GESTÃO
“A repercussão está sendo muito bacana. Tenho um mínimo de 60 perguntas por dia, respondo todas, a interação é legal porque eu acabo aprendendo também, pesquiso bastante e até ganho novas amizades. Já fui pescar muitas vezes com inscritos do meu canal”, comenta. Hoje os vídeos do “Fisgada Pesca” já são monetizados pelo YouTube, mas Caldana afirma que o dinheiro ainda não é alto. O que está valendo a pena no momento são as parcerias que o ajudam a movimentar o canal. Hoje são cinco parceiros fixos que oferecem equipamentos, roupas, iscas e até local para pescar. “O canal está crescendo muito rápido e pode vir a se tornar uma boa
A COPRALON simplificou a gestão com SAP Business One.
Para a consultora do Sebrae-SP, Dòrli Terezinha Martins o setor realmente tem diversas oportunidades, mas, como em qualquer negócio, empreender requer alguns cuidados. O planejamento prévio, abordando aspectos como local, serviços, produtos, público, entre outros, são fundamentais. “Ser simpatizante não é o suficiente para abrir um negócio. O empreendedor precisa estudar bastante o setor para conhecer melhor o ramo de atuação”, alerta. Dòrli destaca que os empresários precisam ter sempre ferramentas de gestão disponíveis em seus negócios. “Fluxo de caixa, demonstrativo de resultados, preço de venda, planejamento estratégico e plano de marketing são algumas ferramentas imprescindíveis para esses empreendimentos” diz a especialista, que ainda estende a importância do planejamento estratégico para André Caldana, do canal “Fisgada Pesca”. “Um bom planejamento indica a missão, a visão e os valores de uma marca ou do canal, assim como expõe seus pontos fortes, fracos, as ameaças e oportunidades existentes no segmento”, complementa Dòrli.
A COPRALON buscava uma forma de centralizar a gestão das suas filiais em um único sistema. SAP Business One foi a resposta para gerenciar a distribuição em diferentes estados, simplificando processos com transparência e segurança. Descubra o que SAP Business One pode fazer pela sua empresa, acesse sap.com.br/simplifique e saiba mais.
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No lugar dos carros, Montar uma empresa em casa é mais barato e cômodo, mas exige
A
s histórias de quem abre um negócio na garagem costumam ser parecidas: é o desempregado que começou a empreender em casa para evitar o custo alto de um aluguel; é quem já alugava o local e, ao receber o espaço de volta, viu uma oportunidade para começar o seu; ou quem enxergou na vizinhança uma demanda reprimida. Seja qual for a motivação, o fato é que muita gente tem optado por iniciar uma empresa dentro de casa. Dos mais de sete milhões de Microempreendedores Individuais formalizados no Brasil, 45% têm sua residência como local de trabalho. A casa foi o ponto de partida para o negócio dos empresários Igor Macedo e Cristiano Zimmer quando decidiram abrir um hostel, em 2013, numa rua do bairro da Pompeia, na capital paulista. Mas foi na garagem que enxergaram a grande oportunidade que hoje é a principal atividade do professor de inglês Zimmer e do engenheiro Macedo. O bar que funcionava dentro
do hostel começou a ficar conhecido, sendo elogiado pelos hóspedes e logo se tornou maior que o hostel. Assim nasceu o Garagem da Pompeia Bar, que ocupa toda a garagem do imóvel e, no futuro, deve ser ampliado para dentro da casa. “Não imaginava que seria assim, mas o bar deu muito certo e decidimos investir nele, que virou nosso negócio principal. Já nos mudamos da casa e o próximo passo é ampliar o bar, ocupando também outros espaços da residência”, afirma Macedo. Para ele, a principal vantagem de manter um negócio na garagem é a economia com o custo do aluguel, que costuma pesar muito no orçamento de uma empresa. “Além disso, podemos ter o privilégio de ter os vizinhos como os primeiros clientes e também nos dedicar mais ao negócio por estarmos próximos a ele o tempo todo”, acrescenta o empreendedor. A tendência desse modelo permitiu a interação com negócios correlatos, isto é, aqueles que fornecem para empresas de garagem.
É o caso do segmento em que atua Eduardo Zanardo, um dos sócios da FC Gôndolas. A empresa produz prateleiras, gôndolas e estruturas pré-moldadas para montagem de mercados, padarias, lanchonetes, entre outros estabelecimentos. Ele percebeu a grande procura por estruturas menores para negócios de garagem e decidiu apostar no nicho. “Tivemos de adaptar nossa produção com estruturas menores e mais leves para garagens, que são 40% mais baratas que as tradicionais. Já começamos montando, em média, 40 lojas por mês e a grande maioria delas é de pequeno porte e dentro de casa, como mercadinhos, loja de doces e farmácias. Estávamos acostumados com estruturas que custam na faixa de R$ 20 mil, agora já fornecemos os kits de montagem de pequenas lojas começando com R$ 3 mil”, afirma o empresário. As maiores demandas da FC Gôndolas, que fica em Itaquaquecetuba, mas atende todo o Estado de São
Cristiano Zimmer (em pé) e Igor Macedo começaram com um hostel, mas o bar fez mais sucesso
Paulo, são de empreendedores que montam lojas de doce, pet shops, mercadinhos, lojas de R$ 1,99, lanchonetes e até pequenas farmácias de bairro. “Esse público de pequenas empresas já representa 60% da nossa receita atual. São negócios geralmente instalados em espaços de quatro metros quadrados e eles crescem a cada dia”, completa Zanardo.
PROPOSTA DE VALOR
Ao definir o negócio que irá montar, é importante que o empreendedor ofereça uma proposta de valor clara e alinhada ao que esperam os consumidores, diz o gerente do Escritório Regional Centro, do Sebrae-SP, Alexandre Robazza. “A proposta de valor nada mais é do que o diferencial da empresa em relação aos concorrentes, o que vai permitir ao empresário operar com melhores margens”, afirma. Robazza também ressalta a importância de o empreendedor entender e conseguir dar atenção especial à gestão da oferta, capaz de fazer toda a diferença na vida da empresa. “Isso envolve cuidar das compras, do estoque e dos preços. O primeiro passo para o fracasso das empresas, especialmente de varejo, é comprar errado, seja no tipo de produtos ou a quantidade errada, não controlar o estoque e não saber aplicar o preço correto de venda, porque estes aspectos afetam diretamente e rapidamente o caixa da empresa e, portanto, comprometem sua saúde financeira”, completa Robazza. Para quem deseja seguir os passos da dupla do Garagem da Pompeia, o empresário Macedo dá um conselho. “Abrir um negócio em casa é vantajoso, mas também tem os percalços que podem confundir com sua vida financeira, pessoal e profissional. Você precisa ter horários estabelecidos e separar o local de trabalho de onde você descansa. Montar o bar foi a melhor coisa que fiz na vida, foi o meu primeiro negócio e a experiência tem muito mais pontos positivos do que negativos”, destaca.
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negócios na garagem disciplina e postura profissional do empreendedor para dar certo
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DICAS PARA MONTAR SEU ESPAÇO
ANÁLISE DO MERCADO: Se houver uma oportunidade de negócio e identificada a existência de clientes para consumir aquele produto, vale a pena aproveitar. Verifique os produtos e serviços que as pessoas estão preferindo comprar, estude a possibilidade de comércio eletrônico, que cresce a cada dia, mas sempre com planejamento. É o profissionalismo que vai determinar o bom andamento do empreendimento.
ATITUDE EMPREENDEDORA E PLANEJAMENTO: Abrir um empreendimento na garagem, além dos cuidados comuns que qualquer empresa exige, necessita uma dose extra de disciplina para fazer funcionar. Primeiro, separe a vida da casa da do trabalho. Isso requer um espaço reservado para o trabalho e todo o cuidado para não se distrair com as coisas domésticas. Quanto mais organização, melhor. O ambiente tem de ser arrumado como local de trabalho, sem objetos ou móveis estranhos à atividade. Caso receba clientes ou fornecedores, o ideal é ter uma entrada independente.
DISCIPLINA: Faz muita diferença quando se monta o negócio onde mora. É preciso ter uma rotina com início, tempo para almoço e fim de jornada. O horário comercial deve ser obedecido, pois é nesse período que as relações profissionais se desenvolvem. O empresário deve vestir-se de acordo; bermuda e chinelo durante o expediente não combinam. Tem de entrar no clima da cabeça aos pés literalmente. E importante: não é porque residência e empresa estão fisicamente no mesmo lugar que o dinheiro de ambas se mistura. Separar as finanças é primordial para a saúde do negócio e da vida pessoal.
SETORES MAIS INDICADOS PARA ATUAR: Alimentação e artesanato são bem frequentes porque geralmente as ferramentas utilizadas são fáceis de ter em casa. Outros negócios, como e-commerce, intermediação de negócios (corretor, representação comercial), que precisam apenas de um telefone e computador, também são frequentes. Evite negócios que exijam linha de produção, que façam barulho, cheiro, que usem produtos químicos, que tenham muita movimentação de gente, porque isso vai interferir na vida dos moradores da casa e dos vizinhos.
LEGISLAÇÃO: Antes de dar o pontapé inicial, verifique se o zoneamento permite exercer a atividade naquele local, se há outras restrições legais ou condicionantes.
O QUE NÃO PODE FALTAR: Passada essa etapa de permissões, vem a instalação. O espaço da empresa não pode ser invadido pela movimentação dos moradores, nem interferir nos hábitos deles. Privacidade é a chave. Nada de trabalhar com as crianças brincando em volta, outros familiares cuidando de afazeres domésticos e rádio ou TV ligados. Pega mal atender o telefone (que deve ser só da empresa) com uma trilha sonora de falatório, risadas, choro de bebê, cachorro latindo, tão comuns ao dia a dia de uma residência. Disciplina, planejamento, entendimento do papel na família e na empresa são regras básicas desse negócio.
Vantagens
Desvantagens
• Redução de custos com aluguel, transporte e alimentação na rua. • Possibilidade de escolher os horários de trabalho. • Estar mais próximo à família para almoçar e jantar, com ganhos para a qualidade de vida.
• Risco de misturar vida doméstica e trabalho, principalmente em relação às contas. • Falta de disciplina com horários e compromissos. • Espaço inadequado para receber clientes e fornecedores, assim como para armazenar produtos. • Pode ser solitário para quem gosta de interagir com colegas.
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Nos ‘multiespaços’,
Empresas que oferecem mais de um serviço no mesmo local
N
inguém mais precisa perder horas de trabalho ou se preocupar com táxi para o escritório naquele dia em que o carro fica parado no mecânico. Pelo menos esse não é mais o caso dos clientes de uma oficina em Carapicuíba, na Grande São Paulo, que atende principalmente empresários e executivos que trabalham na vizinha Alphaville. Desde janeiro, a oficina oferece um espaço de coworking equipado com tomadas, internet de alta velocidade e café, com cuidados na decoração e no conforto para deixar os clientes à vontade para trabalhar enquanto esperam o veículo ficar pronto. O empresário Fabrício Cavalcanti, proprietário da oficina há 14 anos,
Fabrício Cavalcanti, da Castrol Auto Service: coworking para clientes que aguardam o carro ficar pronto
conta que a ideia começou a tomar corpo quando o estabelecimento passou a ser credenciado pela marca de lubrificantes Castrol e se tornou uma oficina de referência da empresa no Brasil. O local passou a receber muitas visitas de funcionários da multinacional – inclusive do exterior – interessados em conhecer a mecânica, hoje chamada Castrol Auto Service, assim como executivos das empresas da região, atraídos pelo boca a boca. “Nessa época, me preocupei em montar uma sala de espera melhor, e minha esposa sugeriu que eu colocasse tomadas à disposição dos clientes. A partir daí, surgiu a ideia de montar uma estrutura para eles poderem ligar o notebook e trabalhar”, conta.
Em um primeiro momento, no entanto, um espaço organizado à disposição dos clientes causou estranheza. “Eu brinco que o cliente no Brasil não está acostumado a ser bem tratado”, afirma Cavalcanti. Atualmente, o espaço de coworking já se tornou um dos principais atrativos da oficina, que trabalha principalmente com carros de luxo e importados. “Tenho clientes que continuam a trabalhar daqui mesmo com o carro pronto. No sábado, muitos vêm para cá só para bater papo. O custo foi baixo e me agregou muito”, diz. O empresário não cobra nada pelo uso do coworking, mesmo que o cliente não esteja com um carro parado na oficina naquele momento.
Para que a conta feche ainda mais facilmente, toda a parte de café é patrocinada por uma empresa parceira. Embora gratuito, o empresário pretende aumentar sua receita com o conceito de oficina e coworking: ele abriu uma oficina menor em Barueri seguindo o mesmo padrão e, para o futuro, o plano é criar um sistema de franquias do modelo. A oficina mecânica com espaço de coworking é parte de um fenômeno que está se tornando cada vez mais comum, especialmente nas grandes cidades: empresas que oferecem diversos serviços diferentes no mesmo espaço para que o cliente economize tempo. A diferença delas para um posto de combustível com loja de conveniência é que, nesses
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tempo é dinheiro fidelizam clientes com a comodidade e diversificam receita
LAVAR E COMER
A ideia de reunir vários negócios em um só lugar não precisa se restringir a duplas mais comuns, como a livraria com café. Instalada em um espaço de 450 metros quadrados em São Paulo, a Laundry Deluxe reúne lavanderia, bar, cafeteria, restaurante e um brechó. Já teve também uma barbearia – que deve voltar a funcionar em breve – e agora os proprietários planejam a abertura de um hostel no local. “No exterior, as lavanderias são comuns, mas é meio chato ficar esperando a roupa lavar e secar. No Brasil, esse costume ainda está começando. Principalmente na região central de São Paulo, muitos moram em apartamentos pequenos, que não têm lavanderia”, explica Jefferson Paiano, sócio do local. Aberta em 2016 na região dos Jardins, a lavanderia funciona das 8h até o último cliente do bar. Além de servir refeições, bebidas e petis-
cos, o espaço também recebe eventos. De acordo com Paiano, pelo menos 80% da clientela é formada por pessoas de fora de São Paulo que moram nas proximidades, incluindo uma grande quantidade de estrangeiros. E é também de olho nesse fluxo de clientes de fora do Brasil que o empreendedor decidiu abrir o hostel. “Percebemos que muitos hóspedes de hostels da região vinham lavar roupa aqui, então decidimos aproveitar um espaço livre que temos para abrir o hostel”, afirma. Apesar das dificuldades com a crise econômica – o local chegou a ter 11 funcionários e hoje tem seis –, Paiano não vê dificuldades em administrar vários negócios no mesmo local. “Tenho experiência no setor de bar e restaurante, mas tudo é uma questão de estudar para aprender. A concorrência em São Paulo é muito grande, então juntar serviços é um diferencial”, diz.
ADEQUAÇÃO
Para Smorigo, do Sebrae-SP, o empreendedor que decide diversificar seus negócios precisa ficar muito atento à legislação, principalmente se for preparar alimentos. Também é preciso ter bom senso e não seguir nenhuma moda por impulso. “O empresário precisa tomar cuidado com o que o cliente vai ver. É estranho você chegar a uma hamburgueria e ver que logo ao lado estão cortando cabelo, ou mesmo fazer tatuagem no mesmo espaço em que funciona uma oficina. Os locais precisam ser bem delimitados”, afirma. O consultor lembra que o empreendedor precisa levar em conta a adequação da proposta ao público – não dá para colocar uma oficina de moto junto com uma livraria, por exemplo – e é fundamental fazer um planejamento. “Ainda que a empresa seja a mesma, são negócios diferentes. Cada um tem sua formação de preço, os processos-chave são específicos, o planejamento de estoque é diferente”, explica.
PONTOS DE ATENÇÃO Estude o perfil do público que pretende atingir e evite abrir um negócio que está na moda sem antes se planejar
Pense em áreas afins para funcionarem juntas: o barulho de uma oficina de moto não é adequado para uma livraria
Fique atento à legislação e às regras da vigilância sanitária se for preparar alimentos ou oferecer serviços de tatuagem/ procedimentos estéticos
Cuide para que um serviço não acabe prejudicando o funcionamento de outro dentro do mesmo espaço, tudo precisa ser bem delimitado
Lembre-se de que, embora compartilhem o mesmo local, cada negócio tem sua especificidade na hora de formar preços ou de planejar estoque
Istockphoto.com
casos, os “multiespaços” costumam ser do mesmo proprietário e juntam os serviços dentro do mesmo local. São os casos, por exemplo, de uma barbearia que serve cervejas artesanais ou de uma livraria que passa a oferecer café e doces. O consultor do Sebrae-SP Diego Smorigo aponta que, além de oferecer comodidade aos clientes, esse tipo de negócio pode aumentar o faturamento da empresa sem precisar de mais espaço. “Estudando o perfil e o comportamento do público, o empreendedor consegue perceber se é possível atrair mais clientes agregando serviços ao que ele já oferece. Com o mesmo espaço, ele é capaz de diversificar sua receita”, diz. Smorigo cita o caso de um salão de beleza que passou a oferecer um espaço decorado para as noivas serem fotografadas, depois que o proprietário percebeu que elas iam fazer fotos em outro local. Ou o caso de um restaurante de perfil “natural” que passou a vender temperos e ervas frescas colhidas na própria horta.
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Transformador de vidas
Programa Jovem Aprendiz, do Sebrae-SP: oportunidade do primeiro emprego e de novas perspectivas
Samy e Leite participaram do programa Jovem Aprendiz, do Sebrae-SP
E
les têm vários pontos em comum: enfrentaram problemas familiares desde cedo, passaram dificuldades, tiveram de morar em casas de acolhimento, mas viram suas vidas darem uma guinada positiva. A nova perspectiva para Lucas Michel Callizaya Leite, de 19 anos, e Samy de Oliveira Grande, de 18, veio com a participação no programa Jovem Aprendiz, do Sebrae-SP, que oferece a oportunidade do primeiro emprego a jovens de 14 a 24 anos nesse tipo de situação. Leite foi Jovem Aprendiz no Sebrae-SP entre julho de 2015 e dezembro de 2016. Ao final do contrato, conseguiu uma vaga de estagiário, sempre atuando na área de tecnologia da informação. “Eu havia lido uma matéria no jornal que dizia que a área de TI era promissora. Quando cheguei ao Sebrae-SP lembrei, por isso a escolhi”, diz. “Eu queria aprender uma profissão e o Jovem Aprendiz me deu essa oportunidade”, conclui. No caso dele, o estágio foi possível por-
que o fim do período no programa coincidiu com a conclusão do ensino médio e o ingresso na faculdade de sistemas de informação. Hoje ele está no segundo ano do curso. Samy encerrou sua participação no Jovem Aprendiz em agosto. Ela trabalhou em mais de uma área no Sebrae-SP e conta que sua identificação maior foi com o setor de gestão de pessoas, tanto que seus planos incluem um curso técnico de recursos humanos enquanto não decide qual faculdade fazer – ela está no terceiro ano do ensino médio. Nesse meio tempo, Samy investiu ainda em outra área de interesse, a de beleza, passou por um curso de manicure e quer ser cabeleireira também. Ela ressalta a diferença que a oportunidade fez na vida dela. “Melhorei muito desde minha chegada ao Sebrae-SP, as pessoas me ajudaram bastante e foi uma experiência maravilhosa.” Pelo programa, o Sebrae-SP, em parceria com o Centro de Integração Empresa Escola (CIEE), que é
oficialmente o empregador, vai contratar até este mês mais um grupo de jovens para atuarem nos escritórios regionais da instituição, que totalizarão 74 em 2018. O programa com a contratação de jovens das casas de acolhimento está sendo ampliado para as unidades do Sebrae-SP em todo o território paulista. Os jovens cumprem carga horária de quatro ou seis horas diárias de trabalho, com participação total de 24 e 16 meses, respectivamente. Trabalham quatro dias da semana no Sebrae-SP e em um dia há atividade no CIEE, dentro da capacitação regular. Duas vezes por mês é feita uma capacitação complementar, também no CIEE. No Sebrae-SP, entre as atividades dos participantes do programa estão preenchimento de planilhas, cadastro em sistemas, controle de materiais e estoque, organização de salas para cursos e atendimento a clientes internos e externos. Os jovens recebem até um salário mínimo por mês (depende da carga horária) mais benefícios.
A gestora do Jovem Aprendiz no Sebrae-SP, Marcela Arashiro, destaca um diferencial do programa. “Cada aprendiz tem um funcionário do Sebrae-SP que atua como tutor fazendo o acompanhamento do dia a dia do jovem e dando o apoio de perto para ajudar no desenvolvimento profissional e pessoal.” E acrescenta: “Nosso objetivo é propiciar conhecimento, aprendizado e prepará-los para o mercado de trabalho”. Cerca de 250 jovens já passaram pelo Sebrae-SP dentro do programa, que neste ano chega à sua quinta edição na instituição e à terceira com jovens vindos das casas de acolhimento. Para o recrutamento dos participantes, o Sebrae-SP mantém contato com a Vara da Infância e da Juventude que, com as casas de acolhimento, indica os candidatos. Além da idade e da escolaridade exigida (cursar 9º ano do ensino fundamental, cursar ou ter completado o ensino médio), os pré-selecionados fazem uma prova escrita de português e matemática e são entrevistados por CIEE e Sebrae-SP. Além de cumprir o objetivo de oferecer experiência profissional, a ideia do Sebrae-SP é proporcionar aos jovens que estão em situação de acolhimento condições de viverem de forma autônoma ao completarem 18 anos. A atuação como aprendizes permite a preparação profissional e acumular uma reserva financeira.
MORADIA
Os jovens que moram nas casas de acolhimento foram para esses locais pela impossibilidade de convívio familiar, seja por escassez de recursos, condições inapropriadas de moradia, violência doméstica, uso de drogas e álcool por parentes entre outros problemas. Com 18 anos, são considerados independentes e têm de deixar o local. Leite, que morou dos 13 aos 18 anos em uma casa dessas, hoje vive em uma república de jovens da prefeitura, onde poderá ficar por até três anos. Samy viveu desde os 5 anos no abrigo e agora divide uma casa alugada com outras jovens.
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Valorização do tempo WAGNER ANTONIO JACOMETI, consultor do Sebrae-SP
Sobra no caixa é lucro? Falta de dinheiro é prejuízo? É necessário entendermos os regimes contábeis, denominados regime de caixa e regime de competência, para uma análise econômica e financeira de uma empresa. No regime de caixa, os registros das entradas e das saídas de recursos financeiros ocorrem no momento em que há o efetivo pagamento e recebimento, não importando quando ocorreu o fato gerador. Para um controle mais eficaz destes registros utiliza-se o fluxo de caixa. O regime de competência reflete as receitas das vendas deduzidos todos os gastos (custos, despesas, impostos) registrados no momento em que ocorre o fato gerador, independentemente de terem sido efetuados os pagamentos ou recebimentos referentes a esses fatos. Para o controle desses registros utiliza-se o Demonstrativo de Resultado do Exercício (DRE). Após o entendimento do regime de caixa e do regime de competência, o empresário deve, portanto, utilizar o flu-
xo de caixa para os registros das movimentações financeiras na sua empresa, projetando essas movimentações para identificar possíveis saldos positivos de recursos financeiros (sobra de dinheiro) ou saldos negativos de recursos (falta de dinheiro), e o Demonstrativo de Resultados do Exercício para analisar os resultados econômicos do negócio, ou seja, apurar se a empresa apresenta lucro ou prejuízo. Essa confusão entre os regimes contábeis e seus controles é um problema recorrente em um grande número de empresas. Para concluir, no regime de caixa devo utilizar o controle das movimentações financeiras das entradas e saídas por meio do fluxo de caixa, apurando o saldo. Já no controle de resultados, deve-se realizar a apuração do lucro ou prejuízo, utilizando-se o Demonstrativo de Resultados do Exercício. Dessa forma, sobra de caixa na empresa não é lucro e falta de dinheiro não é prejuízo.
O Sebrae Responde é um serviço para tirar dúvidas de empreendedores sobre a abertura de novos negócios e questões relacionadas à gestão de empresas já em atividade.
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Um conhecido meu ficou indignado com uma empresa de dedetização que contratou recentemente. Na data marcada para a realização do serviço, como já eram passados cerca de 30 minutos do horário combinado sem que o prestador aparecesse, ele resolveu entrar em contato com a companhia. Foram necessárias três ligações em um intervalo de outros 30 minutos para ouvir que não conseguiriam mais fazer a dedetização naquele dia. Novo agendamento, nova espera e outro furo do prestador. O detalhe é que o apartamento a ser dedetizado estava vazio, disponível para alugar e o contratante foi ao imóvel exclusivamente para receber o profissional da empresa. Ou seja, ele perdeu horas aguardando em plantões inúteis, impedido de se comprometer com outros compromissos. Somente na terceira tentativa o serviço foi executado conforme o combinado. O que fica dessa história é que a empresa prejudicou o cliente no que diz respeito a um dos “bens” mais preciosos: tempo. Numa época em
que as pessoas têm rotinas frenéticas, passam parte significativa do dia no trânsito, são pressionadas a cumprirem prazos cada vez mais exíguos, perder tempo é sinônimo de prejuízo. Tal fato gera insatisfação, reclamações e “queima” a marca. O pior é que falhas desse tipo acontecem com frequência. É o balconista mal treinado que demora para resolver a operação, o sistema que trava constantemente e atrasa a conclusão da compra, o atendimento telefônico que deixa na espera ou joga de um setor para outro, entre outras falhas. Felizmente, há quem realmente se preocupe em aperfeiçoar seus processos, reduzindo tais ocorrências e, se não as eliminam totalmente, as mantêm em um patamar tolerável. Outras vão além e procuram oferecer opções que otimizam o tempo do cliente. Enquanto ele aguarda o serviço ser concluído (pense numa lavanderia ou oficina mecânica), ele tem no mesmo local um café, uma barbearia, espaço de coworking, por exemplo, para cuidar de seus afazeres. Fica aqui a velha máxima: tempo é dinheiro. Valorizar o tempo do consumidor é dar aquele algo mais e apresentar um diferencial capaz de conquistar e fidelizar o público.
BRUNO CAETANO, diretor-superintendente do Sebrae-SP @bcaetano /bcaetano1 bcaetano@sebraesp.com.br
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Para tornar a comunicação mais acessível ao cliente com deficiência auditiva, o Sebrae-SP disponibiliza o serviço de intérprete de Libras em seus eventos presenciais. A solicitação do serviço deverá ser comunicada no ato da inscrição e com antecedência de 5 (cinco) dias úteis à data de realização do evento. O cliente ou seu representante poderá se inscrever pessoalmente nos Escritórios Regionais, pelo portal do Sebrae-SP ou pelo 0800 570 0800.
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AGENDA
ELOGIE. SUGIRA. CRITIQUE. RECLAME. Queremos ouvi-lo: 0800 570 0800 ouvidoria@sebraesp.com.br
FEIRAS DE NEGÓCIOS
EVENTOS DO SEBRAE-SP
EXPO BRASIL CHOCOLATE & CAKE DESIGN EXPO
GUARATINGUETÁ
Quando: 2 a 4/9 Onde: Centro de Convenções Frei Caneca Rua Frei Caneca, 569 - Bela Vista - São Paulo Informações: www.expobrasilchocolate.com.br
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7ª EXPO ALUMÍNIO – FEIRA INTERNACIONAL DE ALUMÍNIO
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Quando: 3 a 5/9 Onde: São Paulo Expo Exhibition & Convention Center Rodovia dos Imigrantes, km 1,5 - Água Funda - São Paulo Informações: www.expoaluminio.com.br
CAPITAL CENTRO
14ª BEAUTY FAIR – FEIRA INTERNACIONAL DE BELEZA PROFISSIONAL Quando: 8 a 11/9 Onde: Expo Center Norte Rua José Bernardo Pinto, 333 – Vila Guilherme - São Paulo Informações: www.beautyfair.com.br
GOTEX SHOW Quando: 11 a 13/9 Onde: Expo Center Norte – Pavilhão Amarelo Av. Otto Baumgarten, 1000 - Vila Guilherme - São Paulo Informações: www.gotexshow.com.br
11ª FEITINTAS – FEIRA DA INDÚSTRIA DE TINTAS, VERNIZES E PRODUTOS CORRELATOS E 12ª FESQUA – FEIRA INTERNACIONAL DE ESQUADRIAS, FERRAGENS E COMPONENTES Quando: 12 a 15/9 Onde: São Paulo Expo Exhibition & Convention Center Rodovia dos Imigrantes, km 1,5 - Água Funda - São Paulo Informações: www.feitintas.com.br / www.fesqua.com.br (eventos simultâneos)
56ª EQUIPOTEL Quando: 18 a 21/9 Onde: São Paulo Expo Exhibition & Convention Center Rodovia dos Imigrantes, km 1,5 - Água Funda - São Paulo Informações: www.equipotel.com.br
IN-COSMETICS LATIN AMERICA Quando: 19 a 20/9 Onde: Expo Center Norte – Pavilhão Azul Rua José Bernardo Pinto, 333 - Vila Guilherme - São Paulo Informações: www.latinamerica.in-cosmetics.com/pt-br
Quando: 1º a 3/9 Onde: Escritório Regional Sebrae-SP de Guaratinguetá Rua Duque de Caxias, 100, Centro - Guaratinguetá - SP
CURSO NA MEDIDA MARKETING Quando: 3 a 6/9 Onde: Escritório Regional do Sebrae-SP Capital Centro Rua 24 de Maio, 32, República Valor: R$ 240
MARÍLIA CURSO EMPREENDA Quando: 10 a 14/9 Onde: Escritório Regional Sebrae-SP de Marília Av. Brasil, 412, Centro - Marília - SP Valor: R$ 840
OSASCO CURSO NA MEDIDA – GESTÃO FINANCEIRA Quando: 10 a 14/9 Onde: Escritório Regional Sebrae-SP de Osasco Rua Dona Primitiva Vianco, 640, Centro - Osasco - SP Valor: R$ 260
RIBEIRÃO PRETO OFICINA TRANSFORME SUA IDEIA EM MODELO DE NEGÓCIOS Quando: 17, 18 e 19/9 Onde: Escritório Regional Sebrae-SP de Ribeirão Preto Rua Inácio Luiz Pinto, 280, Alto da Boa Vista - Ribeirão Preto - SP Valor: R$ 190
BOTUCATU CURSO SEBRAE MAIS GESTÃO ESTRATÉGICA Quando: 21/9, 5/10, 26/10 e 23/11 (9h às 12h), mais 18 horas de consultoria por empresa. Onde: Escritório Regional Sebrae-SP de Botucatu Rua Dr. Costa Leite, 1570 – Botucatu - SP Valor: R$ 1,5 mil (até dois participantes por empresa, sendo o proprietário e mais um participante)
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TEC &
LIVROS Quem Pensa Enriquece (Editora Fundamento) Escrito em 1937, mas atual até hoje, o livro de Napoleon Hill figura entre os maiores bestsellers do mercado editorial, com mais de 30 milhões de exemplares vendidos. Se a proposta mais evidente da obra é mostrar como enriquecer, na essência a lição que fica é ajudar as pessoas a conseguir atingir qualquer objetivo. O americano Hill acompanhou a trajetória das 500 maiores fortunas do mundo, assessorou presidentes dos Estados Unidos como Woodrow Wilson e Franklin Roosevelt, e conviveu com mitos como Henry Ford, King Gillette e John Rockefeller.
Como Ser Um Líder Inclusivo (Editora Scortecci) Com base em sua experiência profissional e pessoal, Liliane Rocha colocou no papel tudo o que aprendeu sobre preconceito e os desafios (que viveu na pele) de ser mulher, negra e lésbica. A partir de um olhar de dentro das empresas, viu o que funcionava e o que não funcionava a respeito de valorização da diversidade durante os 14 anos em que trabalhou nas áreas de sustentabilidade e diversidade. Em Como Ser Um Líder Inclusivo, a autora faz uma abordagem prática do assunto com o objetivo de disseminar o tema e jogar luz sobre ele.
O Lado Difícil Das Situações Difíceis (Editora Martins Fontes) Ben Horowitz é um dos empreendedores mais respeitados e experientes do Vale do Silício, que resolveu contar a história de como fundou, dirigiu, vendeu, comprou e geriu empresas de tecnologia. No livro, ele apresenta orientações práticas para ajudar os empreendedores a resolver os problemas mais difíceis, justamente aqueles que os estudantes de administração não veem nas aulas das faculdades. Horowitz não alivia o tom na hora de abordar assuntos delicados, como ter de demitir um amigo e o momento em que a empresa deve ser vendida. Fã de rap, ele completa o texto com letras de suas músicas favoritas.
DEFASAGEM TECNOLÓGICA PREJUDICA MOTIVAÇÃO DE FUNCIONÁRIOS Investir em tecnologia é fator básico para manter os profissionais de hoje produtivos e motivados em relação às suas funções. A conclusão vem do estudo The New Digital Divide – Transformação Digital no Ambiente de Trabalho, realizado pela Unisys Corporation, que avaliou a importância do uso atual e futuro de recursos digitais no ambiente de trabalho no Brasil e em 11 outros países. “Os dados mostram um novo paradigma no ambiente de trabalho digital no Brasil: quase metade das pessoas que trabalham em empresas tecnologicamente atrasadas sente que equipamentos obsoletos estão limitando a produtividade, sendo que mais da metade está frustrada e pensando em deixar seus empregos”, afirma Fabio Abatepaulo, diretor de transformação digital da Unisys para a América Latina. “Essa frustração é real e tem um impacto emocional tangível. Os funcionários querem realizar suas tarefas de qualquer lugar e de maneira simples, sem ter de enfrentar obstáculos. Ter equipamentos com aplicações adequadas e ferramentas de produtividade e colaboração corretas é extremamente importante para garantir o acesso e o relacionamento entre as pessoas”, completa. Mais da metade (52%) dos profissionais digitais em organizações tecnologicamente defasadas (slow tech) expressou frustração com seus empregadores em comparação com os 3% dos funcionários de organizações líderes em tecnologia (high tech).
SOBRAM VAGAS, MAS FALTAM PROFISSIONAIS DE TI NO BRASIL O mercado de tecnologia da informação (TI) no Brasil tem hoje cerca de 460 mil vagas de emprego abertas e não preenchidas por carência de pessoal com qualificação adequada. A informação foi divulgada por empreendedores e analistas durante Istockphoto.com o Startup Summit, primeiro evento nacional do setor, promovido pelo Sebrae, que aconteceu em julho em Florianópolis. Segundo Felipe Matos, um dos pioneiros em startup no Brasil, o déficit de mão de obra pode prejudicar a competitividade do País no setor. Matos diz que o número de estudantes graduados nunca foi tão grande, mas apenas 15% são da área de tecnologia, enquanto que a média mundial, também considerada baixa, é de 25%. De acordo com a Associação Brasileira de Startups (ABStartups), o problema pode aumentar se as universidades e outras instituições de ensino não alinharem seus propósitos às novas necessidades do mercado para formação de profissionais com visão estratégica, solução inovadora para problemas e não apenas operacionais.
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IDEIAS
As vendas de PCs aumentaram no segundo trimestre de 2018 no mundo. As informações foram divulgadas pela Gartner e IDC. É o primeiro crescimento Istockphoto.com do mercado em seis anos – a última vez que isso ocorreu foi no primeiro trimestre de 2012. As consultorias apresentam números diferentes para o crescimento por conta de métodos próprios de rastreamento. A IDC, cujos dados sobre PCs incluem Chromebooks e excluem tablets Windows (incluindo o Surface Pro), aponta que as vendas de computadores alcançaram 62,3 milhões de unidades entre abril e junho, um crescimento de 2,7% em relação ao mesmo período do ano passado. A HP aparece em primeiro no ranking da consultoria, com 23,9%, seguida pela Lenovo, com 22,1%. A Gartner, que contabiliza tablets Winddows como PCs e exclui Chromebooks e tablets com outros sistemas, traz vendas de 62,1 milhões de unidades, mas um crescimento menor do segmento, de 1,4%. No levantamento da Gartner, HP e Lenovo dividem o primeiro lugar, com 21,9% de participação no mercado cada.
UM CARRO À FRENTE DE SEU TEMPO Estrelado por Jeff Bridges e com direção de Francis Ford Coppola, Tucker – um homem e seu sonho é sobre a história real de Preston Tucker, um empreendedor que queria criar o “carro do futuro” nos anos 1940. De vendedor de concessionária a dono de sua própria empresa, Tucker realizou em parte seu sonho ao dar vida ao modelo Tucker Divulgação Torpedo, mais seguro e veloz que os veículos da época. A iniciativa não foi longe: foram produzidas apenas 50 unidades do automóvel e a fábrica, em Chicago, fechou em seguida, tendo em sua breve vida enfrentado o lobby das montadoras tradicionais americanas, que viam o projeto como ameaça.
“Como usar a tecnologia para fazer um controle de vendas mais eficaz?” Mario Guernelli, diretor de vendas e parcerias da iZettle no Brasil, responde: Divulgação
VENDA DE PCS VOLTA A SUBIR APÓS 6 ANOS
PERGUNTE A QUEM ENTENDE
Fazer um bom controle de vendas não é fácil. Mas existem formas de tornar essa tarefa mais simples. Com um relatório de vendas eficaz você otimiza tempo, se organiza, tem uma melhor visão do que mais agrada a seus clientes e criar estratégias para aumentar as vendas. Criar promoções e ofertas exclusivas fica mais simples se você sabe, com precisão, quais são os produtos mais atrativos e quais ficam esquecidos nas prateleiras. Uma solução para aprimorar o seu controle de vendas é o uso de aplicativos. Essas ferramentas garantem relatórios diários, semanais ou mensais, controle de estoque, recibos personalizados para os clientes e acompanhamento da equipe de vendas, com contas individuais para cada funcionário. As ferramentas disponíveis no mercado são simples de usar, basta fazer o download. Micro e pequenos empreendedores estão migrando cada vez mais do caderno ou da planilha Excel para sistemas e aplicativos de gestão. Abaixo, estão dicas para o controle de vendas: • Escolha um aplicativo que permita o armazenamento das informações na nuvem, o que garante mais segurança e praticidade. • Faça o relatório de vendas todos os dias. • Tenha em dia uma análise aprofundada das entradas, estoque e fluxo de caixa. • Examine as vendas por produto e busque oportunidades de melhorias. Quais vendem facilmente? Há como negociar custos com os fornecedores? Há como aumentar o preço? Qual produto teve a menor participação nas vendas no mês? Devo pensar em ação promocional? • Avalie as vendas por vendedor e saiba quem está com bom desempenho ou não. Você pode aprender truques com os melhores e ensiná-los aos outros. Planeje treinamentos e incentivos para a equipe. Tem alguma dúvida sobre como a tecnologia pode ajudar o seu negócio? Pergunte a quem entende! Mande um e-mail para imprensa@sebraesp.com.br.
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PUBLIEDITORIAL DIVULGAÇÃO
A COPRALON simplificou a gestão com SAP Business One.
A praticidade na gestão do estoque com acesso mobile do SAP Business One.
FICOU FÁCIL COORDENAR DIFERENTES FILIAIS ATRAVÉS DE UM ÚNICO SISTEMA.
Afinal, um gerenciamento único poderia simplificar processos que consomem tempo e recursos da empresa, dificultando seu desenvolvimento.
Realizar a gestão de diferentes filiais pode ser um desafio para empresas em crescimento, como foi o caso da COPRALON, distribuidora dos produtos Kibon e Ben & Jerry’s (marcas de sorvete da Unilever), com sede em Londrina - PR e unidades em Campo Grande (MS), Cuiabá (MT) e Porto Velho (RO).
A resposta para esses desafios foi a implementação do SAP Business One como forma de ganhar eficiência operacional para aumentar a competitividade. Com ele, a COPRALON pôde aperfeiçoar seus controles internos e garantir maior transparência, permitindo o compartilhamento de dados com seus gestores a qualquer hora, em qualquer lugar e com total segurança.
A empresa buscava uma forma de centralizar a gestão das suas filiais em um único sistema, o que ajudaria a manter uma visão de negócios mais ampla.
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