Jornal de Negócios - 01 de Novembro de 2019 - Edição 307

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Ricardo Campagnoli trouxe dos EUA a ideia para sua empresa

UMA FRANQUIA PARA CHAMAR DE SUA Modelo é opção para quem pretende investir em negócio já testado no mercado e também para quem quer expandir e abrir sua própria rede Págs. 8

Healthtechs, as startups que apostam no setor de saúde Pág. 4

Falhe rápido: como a mudança de rumo pode salvar uma ideia Pág. 6

5 dicas de última hora para aproveitar a Black Friday Pág. 16


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Pequenos mais competitivos, São Paulo mais próspero TIRSO MEIRELLES, Presidente do Sebrae‑SP

Enquanto escrevia esta mensagem, acabava de ser anunciada a criação de mais de 121 mil novos postos de trabalho, sendo 95 mil (78%) nas micro e pequenas empresas. O melhor resultado para mês de agosto em seis anos, segundo o Ministério da Economia e o Sebrae. No mesmo período, o governo do Estado de São Paulo elevou a projeção do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) paulista para 1,7% em 2019. Certamente são indicadores positivos, que demonstram a retomada do crescimento econômico. O reflexo desse cenário foi sentido durante a Feira do Empreendedor do Sebrae-SP. Neste ano, realizamos um dos maiores eventos de empreendedorismo e negócios do mundo, com 450 expositores, 2,5 mil palestras e oficinas, mais de

120 mil visitantes e geração de negócios na ordem de R$ 12 milhões. Chamou a atenção o número expressivo de futuros empreendedores (cerca de 70% dos visitantes), que estavam sem ocupação há mais de dois anos – como a maioria dos 4 milhões de desempregados paulistas – assim como empresários que foram em busca de novos clientes, de conhecimentos em gestão, tendências de mercado e de inovações que pudessem ser implementadas a baixo custo e assim melhorar sua produtividade e competitividade. É essa busca que vai fazer a diferença. Hoje, a produtividade de uma microempresa é de 10% em relação a de uma grande empresa; a da pequena empresa é de 27%. Enquanto isso, na Alema-

nha, a relação é de 67% e 70%, respectivamente. Portanto, é o maior dinamismo do setor produtivo, em especial dos pequenos negócios, aliado às reformas macroeconômicas, à manutenção do teto de gastos do governo e à implementação da lei da Liberdade Econômica, que vão garantir a aceleração da geração de emprego e o crescimento econômico sustentável. Na tempestade ou na bonança, vai sair à frente e se manter entre os primeiros quem estiver mais bem preparado. A Feira do Empreendedor é a principal vitrine do Sebrae-SP e tudo que foi lá apresentado continua à disposição do empreendedor em nossas redes presencial e virtual. Acesse e construa uma jornada de sucesso ainda para este ano e para 2020.

Destaques Parceria fortalece empreendimentos rurais

Tecnologia integra os negócios do campo

O Sebrae-SP e a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (Faesp) assinaram acordo para apoiar de forma sistemática o desenvolvimento de pequenos negócios e produtores rurais nos próximos seis anos. O objetivo é criar e implementar em parceria projetos e programas que façam esse público ganhar produtividade e competitividade. “O agro é o início da cadeia produtiva e tem tudo a ver estarmos integrados para um Brasil melhor”, destacou o diretor técnico do Sebrae-SP, Ivan Hussni. Para o presidente da Faesp, Fábio Meirelles, “a parceria será mais um ins-

Caraguatatuba, no litoral norte do Estado de São Paulo, foi palco de piloto de usabilidade de uma plataforma digital que aproxima produtores rurais e agroindústrias dos empreendimentos do setor de alimentação fora do lar. Durante o Empreenda Caraguá, a ferramenta fez o agendamento de reuniões entre 100 empreendedores, em cinco rodadas de negócios. A projeção dos participantes é que desses encontros sejam gerados negócios na ordem de R$ 1,4 milhão. “Foi um passo muito importante para

trumento de apoio ao produtor para agregar valor aos produtos agropecuários, garantindo rentabilidade e que se mantenham no campo”. Entre as ações que já planejadas para capacitação e promoção comercial dos empreendedores rurais estão a implementação do programa Integra Agro, que vai aproximar produtores de possíveis compradores - minimercados, padarias, sorveterias, restaurantes, feirantes e varejões – e do Empreenda Rápido Agro, com orientação para agregação de valor ao produto e acesso a financiamento a juros baixos e à inovação.

acabar com o turismo de produtos, prática muito comum ainda hoje, aumentando assim a renda do produtor e reduzindo os custos para o restaurante, a padaria, o minimercado”, explicou o presidente do Sebrae-SP,Tirso Meirelles, que abriu as sessões das rodadas. Na ocasião assinou também, com o prefeito José Pereira de Aguilar, parceria para desenvolver o Programa de Desenvolvimento Local, com ações focadas em 12 cadeias produtivas, fortalecimento da cultura empreendedora e formalização de negócios.


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Entrevista do mês

‘Mercado não permite amador’ Sócio da 1900 Pizzeria, Erik Momo fala sobre inovação, tecnologia e o que faz uma pizzaria ter sucesso

gia móvel se torna um diferencial para o público mais jovem. Temos alguns produtos específicos para quem utiliza o telefone e bônus para quem faz o pedido pelo aplicativo. Quem define é o próprio cliente de acordo com a plataforma que mais valoriza. Hoje nossos pedidos estão quase iguais, sendo 40% pelo aplicativo e 60% por telefone.

Rogério Lagos

T

udo começou há 36 anos, quando o maestro Giovanni Paolo Momo e a esposa Katia Cesar resolveram seguir o conselho de amigos e abrir uma pizzaria em vez de um estúdio de gravação. O local, um antigo casarão do século 20, ainda sustenta nos dias de hoje a matriz da 1900 Pizzeria, na Vila Mariana, comandada hoje por um dos filhos do casal, o sócio-proprietário e também pizzaiolo Erik Momo. O negócio deu tão certo que hoje Momo é o responsável por oito unidades na Capital, incluindo um espaço dedicado ao público infantil no Shopping Eldorado. O sucesso reflete o potencial do mercado de pizzas no Brasil. Segundo a Neoway, empresa brasileira de big data, o universo das pizzarias formais e ativas soma hoje cerca de 40 mil estabelecimentos. As projeções da Food Consulting apontam para um faturamento total do segmento no País na casa dos R$ 22 bilhões por ano, o que significa que cada pizzaria fatura em média por mês R$ 45 mil. De acordo com o Instituto ConPizza, são comercializadas aproximadamente 1,5 milhão de pizzas por dia no Brasil. Erik Momo, que começou a respirar a 1900 aos 14 anos, conta que no começo ia trabalhar “carregado”, sem vontade. Passou a adolescência trabalhando sem compromisso, tendo a pizzaria como um simples negócio de família. Aos poucos foi se envolvendo mais, concluiu a faculdade de marketing na mesma época em que a unidade de Moema abria as portas e passou a tocar o negócio que hoje comercializa cerca de 30 mil pizzas por mês – ou seja, média de mil pizzas por dia – com muito mais vigor. Qual é o maior desafio para a 1900 ao trabalhar com pizzas em São Paulo? Observar o que está acontecendo no mercado e se manter aberto, vivo, faturando é o grande

Erik Momo, da 1900 Pizzeria: pizzarias precisam ter uma identidade

desafio. Precisamos sempre atrair os clientes e nos mantermos interessantes para eles. E cada época possui particularidades diferentes, desafios diferentes para continuarmos funcionando. A pizza da 1900 não é das mais baratas. Com o País em crise, como é possível manter o público e o tíquete médio? No pico da crise houve uma queda natural do movimento, mas não do consumo de pizzas. O cliente migrou da 1900, mas não deixou de comprar pizza. Passou a pedir uma ou duas vezes por mês, procurou alternativas mais baratas, mas sem tanto valor agregado como na 1900. Mas aquele cliente acostumado com a nossa velocidade, atendimento e, claro, o nosso produto, se manteve fiel, mesmo que consumindo menos do que o habitual. O que seria um diferencial da pizza da 1900? Existe muita pizzaria boa em São Paulo. A nossa intenção é fazer

uma pizza oferecendo variações de ingredientes que outras não têm. Temos pizzas de até três sabores, três tamanhos, possibilidades que agregam valor em nosso cardápio. Começamos com 15, mas hoje são quase 50 opções. A qualidade da pizza em si é muito subjetiva, mas ajustamos o ponto da massa com cuidado, a crocância, textura e maciez que acreditamos ser o ponto ideal. Então não é só questão de ser melhor ou pior, mas nós temos uma característica específica de pizza. Cada pizzaria tem o seu DNA diferente. Como aliar tecnologia a um mercado tão tradicional? A tecnologia tem de ajudar e aproximar a pizzaria do cliente. Se afastar vai ser um grande problema. Não podemos ser inovadores estando 100% online, mas sim focar em nosso público, que é bem variado. O cliente de idade sente-se mais à vontade por telefone, longe do aplicativo. Mas a tecnolo-

Como inovar? Inovação é muito arriscado, pois toda vez que há inovação partimos da ideia de ser algo que ninguém ou você nunca fez. Se inova o tempo todo, não gera a reação de expectativa e atendimento. É preciso ter referência, tomar cuidado e fazer algo consistente e que ajude a pizzaria perante a concorrência. Muitas pizzarias atiram para todos os lados, não inovam, mas sim copiam. Qual a possibilidade de liderar dessa forma? É preciso ter referência, uma certa constância, estabilidade da marca e confiar em sua própria inovação. Para quem está começando agora no mercado de pizzarias, ou até mesmo já está há algum tempo sem muito sucesso, qual a sua dica? Hoje o mercado não permite ser amador como foi meu pai no começo, que deu as caras, abriu a pizzaria e começou a fazer pizza do jeito que dava, sem gestão alguma, há 36 anos. Mas era outra época. Hoje qualquer empreendedor precisa estudar o mercado, entender do produto, da legislação ou ter alguém que o auxilie nessas questões dentro do negócio. O investimento para uma pizzaria não é pequeno e a possibilidade de dar errado é muito grande. Se não tiver uma boa identidade, um bom produto e os mecanismos corretos para atrair o público, será apenas fracasso e frustração.


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Empreender

Envelhecimento da população, preocupação com o bem-estar e desafios

Nathália Tavares, da Troposlab, aceleradora responsável pela CareTech: encontro de investidores com inovação em saúde

Ana Carolina Nunes

A

plataforma brasileira Cuidas nasceu a partir da percepção de seus criadores de que a área da saúde é uma das mais promissoras no País – e também uma das que mais precisam de melhorias. “Pensamos em qual problema poderíamos solucionar de forma social e financeiramente sustentável, e identificamos que a área da saúde era a que mais oferecia desafios”, conta Matheus Silva, um dos três fundadores da startup. A avaliação dele e dos sócios Deborah Alves e João Henrique Vogel

ganhou reforço diante de uma pesquisa da consultoria McKinsey feita com 5 mil brasileiros apontando que a maior insatisfação da população era com a área da saúde. Mesmo com um sistema de assistência de saúde universal e gratuita, ainda há muitas falhas e, principalmente, muita desigualdade no acesso e na qualidade do atendimento no País. Os desafios atuais, aliados às mudanças sociais, ao envelhecimento da população e à evolução tecnológica, criam uma variedade de oportunidades de negócios nesse segmento – e é aí que ganham espaço as chamadas healthtechs, as startups voltadas para a saúde.

No caso da Cuidas, o foco são os cuidados primários. É uma solução para empresas, mas não é um plano de saúde e tampouco possui clínicas, laboratórios ou hospitais. É uma plataforma que coloca à disposição dos funcionários da empresa contratante uma equipe de médicos e enfermeiros para atendimento básico de queixas, no local de trabalho, e, ao mesmo tempo, atua na gestão da saúde básica dos participantes. “Conseguimos absorver mais de 80% dos primeiros cuidados da saúde”, conta Silva. Isso significa que dores de cabeça, dores nas costas ou algum mal-estar simples não chegam até o aten-

dimento de urgência e emergência, como geralmente ocorre, impactando o sistema e aumentando o custo desse serviço de saúde, seja no setor público ou no privado.

POTENCIAL

Apesar de algumas limitações, como a questão regulatória, Silva vê o setor de saúde com bastante espaço para empreender, já que, segundo ele, ainda é uma área conservadora e carente de inovações. “Dá para fazer mais, de forma mais eficaz e eficiente e com mais economia. O uso da tecnologia nos processos ainda é limitado. Hoje, no Brasil, 70% dos


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com saúde

do atendimento público abrem espaço para as healthtechs

dados médicos ainda estão em papel”, afirma Silva. O consultor de negócios do Sebrae-SP Guilherme Arradi reforça essa avaliação. “Tecnologias cada vez mais acessíveis estão ampliando o leque de possibilidades de transformar a indústria da saúde”, diz. Não por acaso, o Hospital das Clínicas em São Paulo, maior complexo hospitalar da América Latina, acaba de abrir um centro de inovação para startups que queiram se dedicar ao tema, o Distrito Inova HC. Dados da Associação Brasileira de Startups (ABStartups) apontam que muitos empreendedores entenderam o potencial que inovar na área de saúde oferece. O número de healthtechs associadas quase dobrou entre 2015 e meados de 2019, passando de 235 para 406. Arradi destaca que no último ranking de transformação digital da consultoria McKinsey, a área da saúde aparece entre os setores ainda pouco impactados e mostra um mercado extremamente promissor, o que chama a atenção também dos investidores.

REDE PARA INOVAÇÃO

Destacar as soluções para os investidores é o objetivo da CareTech, criada pela Troposlab, aceleradora que queria justamente “estabelecer conexões que façam algo acontecer” no setor, como define a sócia e diretora comercial do hub de inovação, Nathália Tavares. “Quando começamos a estudar os possíveis mercados, chegamos ao CareTech, que tem grande potencial de negócio e de inovação. Ao mesmo tempo, há muitas tecnologias que estão sendo desenvolvidas, mas que não conseguem chegar ao mercado. Por outro lado, muitas empresas têm demanda por uma solução e não conseguem encontrá-la”, diz. A CareTech atua não só na promoção do desenvolvimento de soluções, mas também no encontro dessas inovações com o mercado e investidores, reunindo startups, a academia – geralmente celeiro de inovações –, investidores e grandes empresas em busca de inovações com agilidade.

A área da saúde envolve uma ampla gama de segmentos, mas Nathália destaca que a CareTech está bastante atenta a soluções que promovam hábitos mais saudáveis e que atuem nos cuidados com o envelhecimento. “A tendência do mercado é de trabalhar o envelhecimento, já que a sociedade está se direcionando para ser uma população com mais idosos. Por isso, a atenção em estratégias e tecnologias que deem apoio ao bem-estar do idoso”, diz. Hoje, a Troposlab atua com 65 healthtechs, de um total de 725 que abriga como aceleradora.

CUIDADOS BÁSICOS

Guilherme Arradi, consultor do Sebrae-SP, lista outros pontos de atenção para quem pretende empreender com uma healthtech, começando pela equipe. “É importante ter alguém que conheça a área, para fazer com que a solução possa resolver alguma dificuldade”, diz. Também é necessário fazer testes e análises que mostrem o desempenho do produto. Isso é muito importante para criar um plano de marketing e um argumento de vendas assertivo. Outra orientação do consultor é para que os empreendedores não foquem só na tecnologia que está sendo desenvolvida, mas sim que pensem em todo o modelo de negócios. Os empreendedores da área da saúde tendem a ser bons técnicos, mas não olham tanto para o negócio. O canal de distribuição, por exemplo, precisa do olhar de um profissional de marketing em saúde, que saberá como aquele produto ou tecnologia pode chegar ao mercado. Além disso, é importante lembrar que os produtos na área da saúde são classificados por risco. Quanto maior o risco, maior a burocracia e os passos para aprovar a solução e disponibilizar no mercado. Existem várias consultorias que podem ajudar nessa questão. Arradi dá o exemplo de equipamentos que são implantados no corpo humano, que tendem a ter risco mais elevado e têm processo de registro mais demorado.

Cenário favorável

Há uma série de fatores que, combinados, devem favorecer o segmento de startups voltadas para a saúde e o bem-estar. Guilherme Arradi, consultor de negócios do Sebrae-SP, destaca quais os pontos principais:

Envelhecimento populacional O IBGE estima que, em 2050, haverá mais idosos do que jovens entre 15 e 24 anos vivendo no País. A diminuição da taxa de natalidade e o aumento da expectativa de vida vão levar a uma sociedade com um porcentual cada vez maior de pessoas idosas. E quanto mais a população envelhece, mais se gasta com saúde. A tendência é que os gastos da população com saúde tripliquem. Melhoria da escolaridade e da renda Quanto mais escolaridade e maior a renda, maior a tendência de se consumir serviços de saúde, especialmente de cuidados e prevenção. Convergência tecnológica A convergência tecnológica e da informação tende a ampliar o acesso à saúde e também deve influenciar para que haja uma redução no custo dos serviços, especialmente por parte das operadoras de planos de saúde. Infraestrutura No Brasil, a estrutura de saúde ainda não é bem resolvida – como hospitais, leitos e equipamentos específicos de diagnósticos. Portanto, a tendência é que haja um crescimento nessas áreas. Soluções que impactem esses pontos são necessárias, especialmente em como fazer melhor aproveitamento de recursos. Big data A tecnologia migra cada vez mais para um mundo de dados. E o setor de saúde será diretamente impactado por isso. Os cuidados com a saúde deverão ser muito mais preventivos e proativos do que reativos, por conta do acompanhamento sistemático da rotina e hábitos de vida das pessoas.


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Falhar no começo Programas de startups do Sebrae-SP ajudam empreendedores na

Ao ouvir os clientes, Paulo Lança mudou a Big Data Wi-Fi para Big Data CRM

Gisele Tamamar

N

o basquete, o jogador interrompe uma jogada e sem mexer o pé de apoio olha para os lados antes de escolher outra opção de passe que julga ser melhor. Não é só no jogo que esse movimento é comum. A metáfora ajuda a explicar quando a startup resolve “pivotar”, isto é, mudar de direção para um modelo de negócio mais promissor, situação recorrente entre os par-

ticipantes dos programas de inovação do Sebrae-SP. Na avaliação do gestor estadual do Startup SP, Fabio Zoppi, os empreendedores ficam muito focados no desenvolvimento do produto, “amam muito a solução e o negócio” e, muitas vezes, não dão atenção para os potenciais clientes. Quando recebem a ajuda dos especialistas, vão a campo testar hipóteses e ouvir o que o cliente tem a dizer, eles acabam descobrindo que estavam

no caminho errado. “O programa quer ajudar a startup a realmente atender seu público-alvo, ajudar o empreendedor a dominar o que o cliente precisa naquele momento”, destaca. Quanto mais rápido interromper um projeto em andamento que não se mostra vantajoso, melhor. É o chamado fail fast, ou “fracasse rápido”, explorado por Eric Ries no livro “Lean Startup” (Startup Enxuta). “O autor basicamente fomenta a necessida-

de de criar algo, interagir com o público-alvo, aprender com isso e modificar. É um ciclo: quanto mais curto, mais rápido, melhor. Você não vai precisar criar um megaprojeto, investir tempo e dinheiro, e só no final descobrir que não era esse o caminho”, ressalta Zoppi. Pivotar foi essencial para a sobrevivência da startup criada pelo empresário Paulo Alberto Lança. Ele identificou uma oportunidade: com a aprovação do


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pode ser vantajoso validação do projeto e resultado pode ser a mudança do rumo do negócio

marco civil na internet, um estabelecimento, ao conceder a senha do seu wi-fi aos clientes sem controle, é responsável por todo o conteúdo que qualquer pessoa enviar por meio da sua conexão e pode responder processos na Justiça em casos de irregularidades. A startup oferecia então o serviço de identificação do usuário para alguns clientes, mas tinha dificuldade de dar escala para o negócio. “Percebemos que nosso marketing era um pouco de

marketing baseado no terrorismo. Com a ajuda do Sebrae começamos a estudar o mercado e entender a necessidade dos estabelecimentos. Eles desconheciam a legislação ou não estavam preocupados se teriam problemas na Justiça por causa da lei. O que eles tinham era muita dificuldade de conhecer os consumidores e aumentar o tíquete médio”, conta Lança. Foi aí que a Big Data Wi-Fi virou Big Data CRM e passou a desenvolver uma série de ferramentas para capturar os dados dos clientes e usá-los para melhorar o relacionamento por meio de cupons promocionais, sorteios, ações com QR Code e aplicativo, por exemplo. “Começamos a criar algoritmos para analisar comportamentos e dados para contribuir para o aumento do faturamento do estabelecimento”, explica Lança. Hoje, mais de mil estabelecimentos contam com a solução da Big Data CRM, com destaque para o atendimento de supermercados e atacarejos. Ouvir o público-alvo também foi fundamental para a QECO. A ideia inicial era um marketplace para conectar compradores e vendedores de carros usados. O fundador Renato Bon testou por 40 dias um MVP, sigla de Minimum Viable Product, ou Mínimo Produto Viável. Ao participar do processo de incubação do Sebrae-SP, a startup optou pela mudança para uma solução chamada end to end, ou de ponta a ponta, para ajudar mulheres a comprar ou vender carros com segurança. Foram entrevistadas 102 mulheres para entender que o problema de segurança na hora de comprar ou vender um veículo era algo que precisava ser revolvido. “A proposta de valor anterior, economia de tempo, não pareceu ser uma dor muito importante durante as interações realizadas para validação”, conta Bon. A fase atual é de acerto no modelo de monetização. “Estamos

desenvolvendo nosso primeiro algoritmo para mapeamento de perfil, escolha e comparação de veículos, que resultará em um produto que possibilitará o primeiro passo para escalarmos”, afirma Bon.

SIMPLIFICAÇÃO

O modelo inicial de negócios da Macaluxi era complexo: um programa de fidelidade ajustado com vendas diretas e marketing de rede. A proposta era que a startup participasse da criação e distribuição de todos os produtos que fossem comercializados dentro do aplicativo. A participação no Startup SP ajudou na redefinição do modelo para fazer apenas a conexão do consumidor interessado para o comércio local, criando uma plataforma de negócios. “Nossa motivação foi ouvir nosso cliente, estava pensando em algo muito complexo, e quando fomos ouvir os potenciais clientes, descobrimos uma necessidade muito mais simples”, conta Vítor Vidal, fundador da Macaluxi. “O programa do Sebrae foi fundamental para conseguirmos enxergar a necessidade de pivotagem, trabalhando de forma consistente para não anular totalmente a ideia ou até mesmo invalidar todo o projeto. A pivotagem foi uma decisão importante que tomei dentro do programa para simplificar o caminho de acesso ao mercado”, completa. A Macaluxi está na fase de acesso ao mercado, com mais de 30 empresas cadastradas e mais de 300 usuários após 90 dias de lançamento da primeira versão do aplicativo. A expectativa é crescer em dez vezes a base de usuários ativos até o fim do ano.

MUDANÇA TOTAL

O desafio para os sócios Thiago Nato dos Santos e Lucas de Freitas era fazer 100 interações com possíveis clientes. Mas depois de 40 entrevistas eles já des-

cobriram que os entrevistados não estavam procurando nem se interessavam pelo produto que eles estavam desenvolvendo: um ERP, sistema integrado de gestão empresarial, para representantes comerciais. No caso deles, não foi nem o caso de pivotar. “Nós abandonamos a ideia toda e partimos para um outro projeto do zero”, revela Santos. A troca ocorreu há um ano e hoje a UneCont é uma startup de solução para contabilidade. Segundo o empreendedor, a empresa está em fase de conclusão da validação do modelo de negócios, com 16 clientes ativos. “Após a validação, vamos estruturar a venda digital e em escala. Estamos conversando com grandes players do meio contábil e estudando parcerias, tanto para utilização do produto quanto para aumentar as vendas”, conta.

MOMENTO

Fabio Zoppi, do Sebrae-SP, ressalta que na educação formal as pessoas não são estimuladas a errar. Por isso, durante o programa Startup SP é incentivada a participação no Failtech, um movimento com objetivo de construir uma comunidade de compartilhamento da falha como parte do processo empreendedor inovador. “É uma iniciativa que procura levar para todos a ideia de que errar é necessário, é um primeiro passo. Isso tem feito bastante diferença, quando abordamos as startups e, logo de cara, falamos que errar é normal. É um apelo cultural que a gente tem feito no programa para facilitar essas tomadas de decisões”, conta. E como avaliar que é hora de pivotar? Zoppi reforça a importância de um bom time para discussão constante, análise das informações e interação com potenciais clientes. “Pivotar é um aprendizado. O que não pode fazer é mudar toda hora de direção no achismo. Isso não é pivotar, é desespero”, conclui.


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OS DOIS LADOS

Negócios testados e aprovados estão em crescimento no país, seja para

Ricardo Campagnoli, da Cook’n Ice: desde o início, ideia era criar uma rede de franquias

Patricia Gonzalez

P

ara muitas pessoas, o empreendedorismo surge como uma alternativa à falta de emprego. Sem experiência e com receio de investir em uma ideia própria, procurar uma franquia acaba sendo uma opção que traz certa sensação de segurança – afinal, as empresas franqueadoras costumam oferecer apoio em todo o processo de abertura e gestão do negócio. Os números do setor também são animadores. De acordo a Associação Brasileira de Franchising (ABF),

o mercado de franquias teve aumento de 6,4% no faturamento no primeiro semestre de 2019 em comparação com o mesmo período do ano passado. A empreendedora Bárbara Correa Babeto decidiu que era hora de abrir uma franquia depois de deixar o emprego. Ela desejava não apenas uma mudança em sua vida profissional, como também aproveitou o momento para conciliar outro desejo: retornar para sua cidade natal, Florianópolis. Bárbara acabou optando por uma franquia de varejo no ramo de saúde. “Eu não

sabia nada sobre o mercado de saúde nem entendia de comércio. Acreditamos na segurança da franquia, mas hoje vejo que isso também é um risco. Não existe garantia de sucesso”, explica. À frente da franquia há cerca de dois anos, Bárbara enfrentou muitos desafios – como a gestão do estoque e o capital de giro necessário para manter o negócio até que ele se sustente. Ela investiu R$ 180 mil para conseguir abrir o negócio e hoje está em fase de recuperação do investimento inicial. Para aqueles que pensam em abrir uma franquia,

Barbara aconselha que o candidato esteja consciente de que é preciso assumir riscos. “É preciso ter esse preparo emocional e também buscar a profissionalização de seu negócio, jamais confundi-lo com as finanças de sua vida pessoal”, diz. Com a experiência adquirida, a empreendedora agora avalia a possibilidade de ter sua própria marca no futuro. “Hoje realmente conheço a importância de ter um capital de giro e separar uma parte do dinheiro para imprevistos com manutenção e folha de pagamento. Tudo que aprendi foi


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DA FRANQUIA

para quem quer empreender ou para quem quer uma rede própria

muito útil. Hoje me sinto mais forte e corajosa”, conta. O exemplo de Bárbara mostra a importância de estar consciente sobre o real papel de quem assume uma franquia. O caminho pode ser facilitado com as orientações do franqueador, mas também há muita responsabilidade por parte de quem opta por esse modelo. “Como gestor de negócios, não há muita diferença entre a rotina de um franqueado ou aquele que possui um negócio independente. O principal ponto é que as boas franquias já têm seus manuais e processos definidos”, diz Ruy Barros, consultor de negócios do Sebrae-SP. “Por outro lado, o empreendedor independente tem mais liberdade de agir e tomar decisões”, completa.

ESCALA MAIOR

O mercado de franquias também surge como oportunidade para quem tem uma ideia de negócio que pode ser reproduzida em escala maior, trazendo bons resultados para outros empreendedores – iniciantes ou não. Esse foi o caso do empreendedor Ricardo Campagnoli: durante uma viagem para os Estados Unidos em 2014, ele trouxe na mala a ideia de abrir a Cookie’n Ice, loja especializada em uma espécie de sanduíche de cookies com recheio de sorvete. Junto com um sócio, ele abriu sua primeira loja em Moema, mas desde o início já tinha a ideia de transformar o empreendimento em uma rede que pudesse ser franqueada. O negócio deu tão certo que já no ano seguinte eles abriram a segunda nos Jardins e já havia fila de pessoas interessadas em tornar-se franqueadas da marca. Em agosto de 2015 foi aberta a primeira franquia, no formato bike food. “Tivemos um boom de mídia espontânea que nos ajudou muito. Eu também já tinha alguns locais escolhidos onde eu

gostaria que lojas fossem abertas, então parti desse ponto para realizar a expansão”, conta Ricardo Campagnoli. Depois de algum tempo, os sócios da Cookie’n Ice optaram por encerrar todas as lojas físicas e ficar apenas com as bikes, já que o custo operacional é menor e o faturamento acaba sendo maior. Os franqueados que trabalham nesta operação são em sua maioria jovens – menos de 30 anos – e costumam realizar as vendas em festas e eventos. Atualmente há três franquias bike em operação, mas eles chegaram a ter oito unidades quando também operavam com lojas físicas. Para investir no modelo completo o interessado gasta em média R$ 35 mil, com faturamento de cerca R$ 18 mil e retorno do investimento em cerca de sete meses. “Com a nossa experiência, vimos que é primordial para o sucesso do franqueado que ele realmente esteja à frente do negócio. Por isso não aceitamos interessados que querem apenas investir. É preciso ter muita dis-

posição para trabalhar por longos períodos, durante a noite e aos fins de semana”, explica. Para os empreendedores que pensam em franquear o seu negócio, Ricardo Campagnoli ressalta a importância de ter uma estrutura bem organizada para atender os franqueados – desde a criação de manuais para todos os procedimentos a um sistema em que seja possível monitorar as lojas e os consumidores de cada uma delas. “Conseguimos acompanhar e ensinar muito do nosso modelo para quem opta pela nossa franquia. Só não conseguimos ensinar algumas habilidades, como ser comunicativo e ter a disposição para colocar a mão na massa”, afirma. O caso do empreendedor Williams Sergio Duarte, dono da Só Varais, mostra como a opção de oferecer franquias de um negócio exige também muito planejamento. Há 23 anos no mercado trabalhando com a venda de varais sob medida, o empreendedor levou três anos para estruturar todos os processos e estar

pronto para oferecer sua franquia ao mercado. “Faço vendas online para o Brasil inteiro e não tenho representantes fora de São Paulo. Trabalho com mais de 30 tipos de varais e quero garantir que todos seguirão as normas da empresa”, explica. Além do consumidor final, a empresa de Duarte atende também outros públicos – como arquitetos e construtoras. Para iniciar o processo de franqueamento, ele investiu R$ 35 mil e contratou uma consultoria para ajudá-lo em todo o processo. Para conseguir prospectar seu primeiro franqueado, ele tem participado de feiras para demonstrar o valor de seu produto. Entre os desafios, ele ressalta a dedicação para conquistar a confiança dos candidatos. “Vivo disso há muitos anos e sei que é um negócio rentável. Mas é um mercado diferente, não tem o mesmo glamour de uma cafeteria no shopping, por exemplo. Quero mostrar que existem sim muitas oportunidades de negócio”, diz.

O QUE É PRECISO SABER Franqueador Ser franqueador significa ter um negócio testado, de sucesso comprovado que pode ser instalado em diferentes locais mantendo o mesmo padrão. Operar padrões vai além de reproduzir o mesmo sabor de um sanduíche ou até mesmo a forma de expor um sapato ou roupa, mas tudo aquilo que determina o que vai à frente do negócio e por trás do balcão. Isso implica em conhecer com profundidade como abrir e fechar a loja, como contratar, treinar, orientar, remunerar, decorar, expor, comprar, vender, atender, satisfazer, estocar, cobrar, financiar, enfim como ganhar dinheiro, tudo em detalhes. Franqueado Antes de entrar de cabeça em uma franquia, examine o negócio em detalhes. É importante visitar uma franquia primeiro como cliente, conversar com as pessoas que estão no negócio. Se o franqueado estiver lá, aproveite para conversar com ele. Pergunte se ele gosta do que faz. Analise os custos de implantação, se tem estoque e quanto custa, quais são as cobranças. Avalie também as informações técnicas fornecidas pelo franqueador, como taxas, royalties, faturamento médio mensal e tempo de retorno do investimento. Somente depois de ter essas informações detalhadas em mãos é possível tomar uma decisão.



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Foto: Flavio Foguerali

Pés no chão

SAMUEL POLONI, Consultor do Sebrae-SP

‘Não vejo a cor do dinheiro’ Talvez seja a sensação de alguns empreendedores: a empresa vende, mas o proprietário não consegue ver a cor do dinheiro, ou pior, não sabe se está tendo lucro ou prejuízo. O que está errado? Onde está o problema? Qual a solução? Para resolver a questão, algumas ferramentas e controles são fundamentais na gestão financeira do negócio, seja comércio, indústria ou prestação de serviços, principalmente nos de pequeno porte, onde os recursos são limitados e o empresário, na maioria das vezes, faz quase tudo sozinho. O controle de caixa registra todas as entradas e saídas de recursos, ou seja, todos os recebimentos em dinheiro, cheque, cartão de crédito/débito, crediário, assim como os pagamentos de fornecedores, impostos, aluguel, água, energia elétrica, comissões, salários etc. Esse controle é fundamental para saber de onde vem o dinheiro da empresa e para onde vai, em que está sendo gasto ou aplicado. Fazer a projeção desses recebimentos e pagamentos para as próximas semanas ou meses proporcionará ao empresário visualizar com antecedência possíveis

faltas ou sobras de dinheiro, dando condições para buscar soluções e/ou alternativas para resolver esses problemas, como antecipar recebíveis, negociar pagamentos ou promover novas vendas para a entrada de dinheiro. Essa ferramenta se chama fluxo de caixa e serve para verificar se a empresa terá dinheiro para pagar seus compromissos. Outra informação vital é identificar se está tendo lucro ou prejuízo, resultado que não visualizará no caixa da empresa nem no seu fluxo de caixa. Será preciso outra ferramenta: o Demonstrativo de Resultado do Exercício (DRE). O DRE também servirá para visualização e estabelecimento de indicadores que auxiliarão na gestão do negócio, tais como lucratividade, custos e despesas fixas e variáveis, além da margem de contribuição e do ponto de equilíbrio, essenciais para planejar, controlar e medir seu desempenho. Formar o preço de venda corretamente é outro fator determinante para a viabilidade da empresa, pois o ideal é aquele que cobre todos os custos e despesas, gera lucro e ainda é compatível com o mercado, ou seja, é competitivo.

Ter sucesso com uma empresa depende, entre muitos fatores, de afinidade. É fundamental que o empreendedor invista em um ramo com o qual tenha grande identificação, caso contrário será apenas uma questão de tempo para a experiência se tornar frustrante. Parece óbvio, mas nem sempre o empresário coloca esse item entre os fatores determinantes para abrir um negócio, o que resulta em uma avaliação falha dos prós e contras. Ele se entusiasma com a possibilidade de ganho e se esquece de que será dono do negócio 24 horas por dia, 365 dias por ano – ou seja, terá de conviver intensamente com tudo que envolve o empreendimento. Muitas vezes, ele só vai perceber que há algum aspecto inconciliável depois de muito tempo e dinheiro investidos. Um exemplo é abrir uma franquia. Essa é uma ótima pedida para quem prefere um modelo de negócio mais seguro e já testado no mercado. Mas para quem não abre mão da autonomia e do seu jeito de fazer as coisas, seguir as regras do franqueador não será agradável. Por isso, é uma questão que deve ser pensada logo de saída. Um dos pontos positivos de ser proprietário de uma empresa (excluindo aqui as citadas franquias) é ter o poder de decidir quando é hora de mudar de rumo, seja porque há algum fator incompatível, seja porque a proposta não está funcionando ou qualquer outro. Insistir em algo que dá sinais de que vai

naufragar só aumenta o problema. Se for para perder dinheiro, que a perda seja a menor possível. Nesse quesito, as startups levam relativa vantagem – como estão no começo e têm estruturas pequenas, é comum usar o termo “pivotar” para descrever o ato de alterar o direcionamento após testes indicarem que a estratégia adotada não vai ter resultado. Não significa desistir do negócio, mas dar outro destino a ele. E quanto mais rápida a virada, melhor, porque não se gasta tanto e o desapontamento pode se transformar em propulsor para um novo projeto. É o conceito de “fail fast” (fracasse rápido). Errar rápido, consertar rápido! Por mais que o empreendedor acredite em sua ideia e ela represente a realização de um sonho, é preciso ser racional para perceber o que vale e o que não compensa. Nesta edição do Jornal de Negócios, você encontra reportagens que vão aprofundar sua visão sobre os temas aqui tratados. Que elas sirvam de inspiração para seu empreendimento!

WILSON POIT, diretor-superintendente do Sebrae-SP

O Sebrae Responde é um serviço para tirar dúvidas de empreendedores sobre a abertura de novos negócios e questões relacionadas à gestão de empresas já em atividade.

Acompanhe o Sebrae-SP no ambiente digital, em www.sebraesp.com.br, e nas redes sociais: facebook.com/sebraesp twitter.com/sebraesp flickr.com/sebraesp instagram.com/sebraesp soundcloud.com/sebraesp issuu.com/sebraesp youtube.com/sebraesaopaulo

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Para tornar a comunicação mais acessível ao cliente com deficiência auditiva, o Sebrae-SP disponibiliza o serviço de intérprete de Libras em seus eventos presenciais. A solicitação do serviço deverá ser comunicada no ato da inscrição e com antecedência de 5 (cinco) dias úteis à data de realização do evento. O cliente ou seu representante poderá se inscrever pessoalmente nos Escritórios Regionais, pelo portal do Sebrae-SP ou pelo 0800 570 0800.

*Programa ALI requer conhecimento avançado em gestão.


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AGENDA

ELOGIE. SUGIRA. CRITIQUE. RECLAME. Queremos ouvi-lo: 0800 570 0800 ouvidoria@sebraesp.com.br

FEIRAS DE NEGÓCIOS

EVENTOS DO SEBRAE-SP

FIT - FEIRA INTERNACIONAL DO SETOR INFANTO-JUVENIL, TEEN E BEBÊ

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Quando: 6 a 8/11 Onde: Expo Center Norte Rua José Bernardo Pinto, 333 – Vila Guilherme, São Paulo-SP Informações: fit016.com.br

Quando: 4 a 7/11, às 18h30 Onde: Escritório Regional Rio Preto Rua Presciliano Pinto, 3184 Valor: R$ 240

NA MEDIDA PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO

ER CAPITAL CENTRO

SILICON VALLEY CONFERENCE

OFICINA ENTREVISTA DE SELEÇÃO

Quando: 30/11 Onde: Expo Center Norte Rua José Bernardo Pinto, 333 – Vila Guilherme, São Paulo-SP Informações: eventos.startse.com.br/silicon-valley-conference

Quando: 5 e 6/11, das 9h às 13h Onde: Escritório Regional Centro Rua 24 de Maio, 32 – Centro, São Paulo Valor: R$ 160

FEIRA DA GESTANTE, BEBÊ E CRIANÇA

ER SÃO CARLOS

Quando: 19 a 24/11 Onde: Expo Center Norte Rua José Bernardo Pinto, 333 – Vila Guilherme, São Paulo-SP Informações: feiradobebe.com.br

Quando: 11, 12, 13, 14, 18 e 19/11 – 19h Onde: Escritório Regional São Carlos Av. Bruno Ruggiero Filho, 649 – Jardim Santa Felícia Valor: R$ 280

SALÃO DUAS RODAS Quando: 18 a 24/11 Onde: São Paulo Expo Rodovia dos Imigrantes, km 1,5, Vila Água Funda, São Paulo-SP Informações: salaoduasrodas.com.br

FEIRA MÍSTICA Quando: 23 a 24/11 Onde: São Paulo Expo Rodovia dos Imigrantes, km 1,5, Vila Água Funda, São Paulo-SP Informações: donutssugaresugar.com.br/evento/mercado-mistico-2-2

EXPO EMPREENDEDOR Quando: 9/11 Onde: Blue Tree Premium Morumbi Av. Roque Petroni Júnior, 1000 – Vila Gertrudes, São Paulo-SP Informações: sympla.com.br/expo-empreendedor-2019__467865

EXPEDIENTE Publicação mensal do Sebrae-SP Edição impressa CONSELHO DELIBERATIVO Presidente: Tirso Meirelles ACSP, ANPEI, Banco do Brasil, Faesp, FecomercioSP, Fiesp, Fundação ParqTec, IPT, Desenvolve SP, SEBRAE, Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia, Sindibancos-SP, Superintendência Estadual da Caixa Econômica Federal.

NA MEDIDA – GESTÃO DE PESSOAS E EQUIPES

ER CAMPINAS CURSO NA MEDIDA – MARKETING DIGITAL

Quando: 4,6,7,11 e 12/11, às 18h30 Onde: Escritório Regional Campinas Rua da Abolição, 881 - Ponte Preta Valor: R$ 490

ER BOTUCATU CURSO NA MEDIDA – GESTÃO FINANCEIRA

Quando: 18, 19, 20, 25 e 26/11 – das 19h às 23h Onde: Escritório Regional Botucatu – Rua Dr. Costa Leite, 1570 – Centro Valor: R$ 260

ER GUARULHOS EMPREENDA

Quando: 25 a 29/11 Onde: Escritório Regional Guarulhos – Av. Salgado Filho, 1810 Valor: R$ 840

DIRETORIA EXECUTIVA Diretor-superintendente: Wilson Poit Diretor técnico: Ivan Hussni Diretor de administração e finanças: Guilherme Campos JORNAL DE NEGÓCIOS Unidade Marketing, Publicidade e Propaganda Institucional Gerente: Marcus Vinicius Sinval Coordenadora: Marcelle Carvalho Editores responsáveis e redatores: Gabriel Jareta (MTB 34769) e Roberto Capisano Filho (MTB 46219). Assessores de imprensa: Gisele Tamamar, Patricia Gonzalez e Rogério Lagos. Estagiários:

Julia Sansoni e Anderson Freitas. Imagens: gettyimages.com. Diagramação: Bruna Santos, Daniel Augusto de Resende Neves, Douglas da Rocha Yoshida, Gisele Resende Costa e Letícia Durães. Fotos: Ricardo Yoithi Matsukawa – ME e Carlos Raphael do Valle – ME para o Sebrae-SP. Apoio comercial: Unidade Relacionamento: (11) 3177-4784 SEBRAE-SP Rua Vergueiro, 1.117, Paraíso São Paulo-SP. CEP: 01504-001 PARA ANUNCIAR (11) 3177-4784


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LIVROS Negociação Total (Editora Gente) José Augusto Wanderley fala sobre os principais aspectos para uma negociação bemsucedida, destacando a importância das habilidades e dos relacionamentos necessários para ter sucesso, além de colocar algumas práticas para o seu autodesenvolvimento. Com isso ele argumenta que ganhar ou perder depende da qualidade da preparação. O autor aborda o assunto por meio do Modelo Integrado de Negociação (MIN), um mapa que revela os parâmetros mais importantes e presentes em qualquer negociação para conseguir os resultados pretendidos.

Avaliação de Empresas (Lura Editorial) No geral, quando se pensa no valor de uma empresa, estima-se como algo preciso e inquestionável. Não só é questionável, como também é extremamente amplo o intervalo de valor de empresas no Brasil. Como a literatura sobre avaliação de empresas (valuation) no País era praticamente baseada no mercado americano, Fernando Cabral procura dar um enfoque ao assunto considerando as características nacionais. O autor revela o que acontece no mundo de fusões e aquisições de forma direta e mostra que os desafios vão além do Fair Value. É preciso ter conhecimento e habilidade para fechar o melhor negócio. Não basta ter o “melhor valuation”.

A Quarta Revolução Industrial (Edipro) O avanço tecnológico é um caminho sem volta, a indústria 4.0 já é realidade e todos devem se preparar para mudanças drásticas. Novas tecnologias estão fundindo os mundos físico, digital e biológico de forma a criar novos produtos serviços e também perigos. Apesar de o conceito da indústria 4.0 ter emergido em 2011, foi somente em 2016, com a publicação deste livro, que o novo paradigma socioeconômico global se popularizou. Escrito por Klaus Schwab, a obra detalha a velocidade, o alcance e o impacto das novas tecnologias de informação, como internet das coisas, computação em nuvem, big data e inteligência artificial.

TEC & CONCURSOS DÃO PRÊMIO DE ATÉ R$ 40 MIL PARA PROFISSIONAIS LIBERAIS Profissionais liberais têm duas oportunidades de concorrer a prêmios de até R$ 40 mil. A Secretaria de Avaliação, Planejamento, Energia e Loteria (Secap), do Ministério da Economia, está com inscrições abertas para dois concursos de monografias. Um deles é a primeira edição do Prêmio Secap de Energia – 2019, que visa incentivar estudos e pesquisas sobre o tema “energia”, com ênfase nas áreas de regulação e defesa da concorrência. A outra iniciativa é o 3º Prêmio Secap de Loterias – 2019, com o objetivo de estimular estudos sobre o tema “loterias”, com destaque para as áreas de regulação e responsabilidade social corporativa. Ambos os concursos premiarão os três primeiros colocados com valores de R$ 10 mil, R$ 20 mil e R$ 40 mil. Além dos profissionais liberais, o público-alvo são servidores públicos, professores, estudantes e pesquisadores. Informações sobre o regulamento e inscrições estão disponíveis em www.enap.gov.br. As inscrições e o envio das monografias serão aceitos até 2 de dezembro.

NÚMERO DE STARTUPS NO BRASIL MAIS DO QUE TRIPLICA EM QUATRO ANOS Segundo dados de setembro da Associação Brasileira de Startups (Abstartups), o número de startups no Brasil mais do que triplicou em quatro anos. Isso significa que de 2015 até 2019 passaram de 4.151 para 12.727 – um aumento de 207%. Do total, apenas nove são “unicórnios” (empresas avaliadas em mais de US$ 1 bilhão). As “unicórnios” brasileiras são PagSeguro, Nubank, 99, Stone Pagamentos, iFood/Movile, Loggi, Gympass, QuintoAndar e Arco Educação. Os setores com mais startups são educação (748), finanças (492), internet (446), saúde e bem-estar (406) e agronegócio (316).


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IDEIAS

PERGUNTE A QUEM ENTENDE Como micro e pequenas empresas podem aproveitar as mídias sociais para impulsionar o seu negócio? Por Rafael Kiso, fundador da mLabs

EMPRESA CRIA APLICATIVO PARA ATENDIMENTO DOS BOMBEIROS

O CÓDIGO BILL GATES (2019) Disponível na Netflix, O código Bill Gates é uma série em três episódios que conta a vida do criador da Microsoft. A produção mostra como pensa e o que motiva um dos nomes mais importantes da história da tecnologia. Quando questionado sobre o seu maior medo, ele responde tranquilamente que é perder seu cérebro.

VÍDEO: BATE-PAPO EMPREENDEDOR Eles abandonaram o jornalismo para montar uma cafeteria no interior de São Paulo.

Veja a história da Olinto Café:

Divulgação

A eMIOLO, startup criada em 2005 como empresa de softwares e soluções em nuvem, vai ajudar no atendimento do corpo de bombeiros do Estado de São Paulo. A parceria resultará na criação de um aplicativo para registro de ocorrências e solicitações de regastes para tornar os chamados mais eficientes e simples, sem mais a necessidade de adicionar o telefone 193. A tecnologia começou a ser implementada em julho, e a previsão é estar disponível em janeiro de 2020.

Usando as redes sociais de maneira estratégica e correta, as empresas conseguem ampliar bastante seu alcance e interagir com os seus públicos. Seja ela de grande, médio ou pequeno porte. A estratégia que recomendo é atuar em cinco passos, sendo:

1) Consciência do produto e/ou serviço 2) Descoberta do produto e/ou serviço 3) Compra - conversão 4) Experiência própria 5) Experiência compartilhada Passo 1: Crie algo simples, rápido e curto, como listas e curiosidades. Listas são conteúdos que começam com algum número, ex.: “3 apps para você otimizar seu tempo na cozinha”. Se for um vídeo, pode durar seis segundos. Passo 2: Crie algo que aprofunde o conhecimento das pessoas e as eduquem. Ex.: “Receitas com o produto X”. Se for um vídeo, pode ser até 30 segundos. No caso de uma propaganda, fale dos seus diferenciais. Passo 3: Crie algo que ajude a pessoa a se identificar com outros clientes semelhantes. Ex.: “Depoimentos de casais com filhos na pousada X”. Se for um vídeo, pode ser algo maior do que um minuto. No caso de uma propaganda, fale dos argumentos que quebrem as objeções de vendas. Passo 4: Crie algo que ajude a pessoa a compartilhar sua primeira impressão. Crie conteúdo exclusivo para quem já é cliente. Evidencie isso no texto, ex.: “Para os amantes desse pão X, olha essa combinação”. Isso certamente irá estimular comentários de quem já é cliente. Passo 5: Crie algo que estimule as pessoas a compartilharem sua experiência com o seu produto ou serviço por meio de posts em suas redes sociais. Pode ser um conteúdo ou uma ação exclusiva para clientes que têm alto valor. Pergunte-se: “Alguém pagaria por esse conteúdo?”. Caso a resposta seja “sim”, você estará no caminho certo. Tem alguma dúvida sobre como a tecnologia pode ajudar o seu negócio? Pergunte a quem entende! Mande um e-mail para imprensa@sebraesp.com.br.


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5 passos para a Black Friday Data promocional do varejo é oportunidade de bons negócios. Prepare-se que ainda dá tempo

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ia 29 de novembro ocorre mais uma edição da Black Friday, data em que o varejo faz uma série de promoções para renovar os estoques e, ainda, fidelizar e atrair clientes, aumentar o capital de giro e se preparar para o Natal. A data foi criada nos Estados Unidos e cai na quarta sexta-feira de novembro, um dia após o tradicional feriado norte-americano de Ação de Graças. Mesmo não havendo o feriado por aqui, o varejo brasileiro importou a ideia da Black Friday em 2011, que chegou com força no varejo online, e hoje é uma das principais datas para vendas, não apenas no ambiente digital, mas também para lojas físicas e para ações de ofertas de produtos e de serviços. Leandro Reale, consultor de negócios do Sebrae -SP, lembra que a data deve ser explorada pelas micro e pequenas empresas. “O intuito da data é fazer um saldão”, reforça. Leandro dá algumas dicas para que o empreendedor se prepare para a Black Friday e destaca: “seja criativo nas promoções”.

1. Organize o estoque Faça um levantamento do que há em estoque e defina o que precisa ser desovado. “O estoque mal comprado pode ser colocado no formato de saldão. Mas analise e precifique com critério”, orienta Leandro Reale, Consultor do Sebrae-SP. O consultor diz que é possível promover lançamentos, dando descontos pequenos, mas o foco deve ser nos maiores em itens para renovar o estoque. O importante é definir o mix de produtos, priorizando o que não tem giro. 2. Negocie com fornecedores e tente parcerias Seus fornecedores podem ser bons parceiros nesse momento. O ideal seria repassar um desconto dado pelo fornecedor, sem mexer na margem. “Se o fornecedor for parceiro, ele consegue até mesmo oferecer itens em consignação.” 3. Comunicação Avise seus clientes sobre suas ações para a Black Friday. Invista no marketing digital. Patrocine posts provocando os clientes. Use hashtags. Coloque faixas e cartazes nas lojas ou banners no site. Envie mensagens para seu mailing via SMS ou

WhatsApp. É na comunicação que a criatividade deve surgir. Seja transparente na comunicação sobre descontos e condições. 4. Organize sua loja É importantíssimo preparar sua vitrine, seja uma loja física ou online. Promova “combos” colocando itens em desconto junto a outros com o preço cheio, mas que sejam similares ou complementares. Se o seu negócio for online, certifique-se de que seu site suportará o aumento de acessos no dia. 5. Planeje não apenas antes, mas durante e após o evento Faça um rígido controle das vendas. Assim será melhor para saber o que foi vendido e em que condições. Isso vai ajudar nas eventuais trocas e devoluções, que devem ser planejadas e as condições devem ser comunicadas claramente. Pense em como será o check-out, o frete ou estacionamento. Treine sua equipe. Para saber mais, acesse o site e as redes do Sebrae-SP e confira mais dicas e orientações que estão em vídeos, posts e e-books.

Inspiração do passado para empreender hoje

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iderança, perseverança, coragem, planejamento e conhecimento – nada disso pode faltar no dia a dia de um empreendedor de sucesso. Mas, há mais um item imprescindível nesta lista: inspiração. E uma ótima fonte de inspiração são os empreendedores e pioneiros de sucesso do passado. A oportunidade para conhecer um pouco mais sobre a história de homens e mulheres que contribuíram para o crescimento e a modernização da economia brasileira é a exposição Pioneiros & Empreendedores: A Saga do Desenvolvimento no Brasil, em cartaz no Centro Nacional de Referência em Empreendedoris-

mo, Tecnologia e Economia Criativa do Sebrae SP até 1º de dezembro. A mostra, baseada na trilogia publicada pelo professor Jacques Marcovitch, da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (FEA/ USP), traz um olhar transversal da história do Brasil, com foco na correlação entre empreendedorismo e visão pioneira, ressaltando a história de empreendedores que criaram obras que transpassam sua existência e que, em alguma medida, permanecem atuais. Para o Diretor Técnico do Sebrae-SP, Ivan Hussni, que participou da inauguração da exposição, “um país

que não valoriza sua história, jamais terá um futuro brilhante e essa exposição é um resgate da nossa História”. Segundo ele, o trabalho dessas pessoas ainda se faz relevante. “Eles construíram um Brasil do passado, suas obras ainda se fazem presentes e, certamente, ajudarão a construir um Brasil do futuro de muito sucesso, inspirando nossos jovens empreendedores.” Nesta quinta edição da exposição (que já passou pelas cidades de Fortaleza, Manaus, Recife e Rio de Janeiro), há um acréscimo: a inclusão de oito mulheres pioneiras e empreendedoras que se juntam aos outros 24 retratados na mostra.

Exposição Pioneiros & Empreendedores: a saga do desenvolvimento no Brasil Horário: de terça a domingo, das 10h às 17h Local: Av. Rio Branco, 1269 Campos Elíseos, São Paulo - SP Entrada gratuita Informações: pioneiros.fea.usp.br


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