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CAPACIDADE LOGÍSTICA DA EMPRESA EM ATENDER AS DEMANDAS
EMPREENDEDOR DE SI MESMO
Com a pandemia, advogados, dentistas e outros profissionais liberais precisam investir na gestão e acelerar mudanças
Gabriel Jareta
Na virada para o ano de 2020, a advogada Karen Pastorello Krähenbühl estava em viagem pelo Sudeste Asiático quando começou a ouvir notícias sobre um vírus misterioso na China. De volta ao Brasil, as informações aos poucos se tornaram mais preocupantes e ela decidiu que iria acelerar o processo de digitalização do seu escritório de advocacia, localizado em Santo André. Algum tempo depois, a Organização Mundial de Saúde (OMS) declararia a pandemia de Covid-19 e o Brasil – assim como quase todo o mundo – entraria em um período de quarentena que, pelo menos por aqui, ainda deve durar algum tempo.
“Muita gente achava que exagero, mas faz parte do perfil empreendedor se antecipar às situações e tomar decisões estratégicas”, diz Karen, que é sócia de um escritório próprio há mais de dez anos. A advogada conta que a migração para o ambiente digital é um caminho que o Judiciário brasileiro vem seguindo já há algum tempo, mas ela não imaginava que isso fosse acontecer de maneira tão abrupta para o setor. Na prática, porém, a
preparação com cursos de gestão e empreendedorismo fez com que, no caso dela, esse momento de trabalhar de casa não fosse tão traumático. “Nosso fluxo continuou igual, nossos clientes continuam precisando de orientação, mas o que mudou foi a maneira de gerir o escritório”, afirma.
Assim como aconteceu com Karen, um enorme contingente de profissionais liberais brasileiros tiveram de se adaptar para a nova realidade provocada pela pandemia do coronavírus. Não só advogados, mas também dentistas, fisioterapeutas, arquitetos, médicos, entre outros, precisaram se dedicar mais ao marketing digital, à gestão de pessoas a distância, à administração das finanças em um período de queda de faturamento e aos desafios de inovar em setores tradicionais. “Quem não estava preparado, ficou à margem e percebeu que precisava sobreviver”, observa o consultor do Sebrae-SP Márcio Bertolini, que também é advogado
O consultor também ajudou a colocar em prática o programa Advocacia Empreendedora, voltado para levar fundamentos de gestão