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Eliana da Silva Gregório, da Teck Prints: empresa já está no clima para faturar com brindes personalizados
HORA DO ‘ESQUENTA’ PARA A COPA
Oito em cada dez pequenos negócios de São Paulo devem ser impactados pelo evento esportivo no Qatar, que neste ano será no verão e próximo ao Natal; saiba como aproveitar ao máximo Pág. 8
Quais as tendências mundiais no setor de alimentação Pág. 4
Divulgação é desafio para o mercado erótico Pág. 6
Artista e empreendedora, tudo depois de um câncer Pág. 16
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Liguem a TV que o Sebrae está chegando! TIRSO MEIRELLES, Presidente do Sebrae‑SP e empreendedor
Estamos em festa! O Sebrae completa neste mês 50 anos. E para marcar meio século ininterruptos de apoio aos pequenos negócios e aos empreendedores lançamos, junto com a TV Bandeirantes, um canal de televisão com conteúdo 100% voltado ao empreendedorismo, sete dias por semana e 24 horas no ar. É o Canal Empreender, que, a partir de 5 de julho, estará nas principais operadoras de TV a cabo, no streaming e nas redes sociais. Uma mídia de alto alcance que traz conteúdo de excelência para apoiar as decisões de gestão de Microempreendedores Individuais e donos de micro e pequenas empresas. São notícias, entrevistas, debates com especialistas e reportagens sobre histórias inspiradoras que nos ensinam, ditam tendências e incentivam a mudança. Essa conquista é sua, empreendedor, que, cada vez mais, tem mostrado a sua força e resiliência, que seguiu gerando emprego e renda – no ano passado, de cada dez novos postos de trabalho, oito foram criados pelos pequenos – e consoli-
dando seu papel vital no processo de reconstrução da economia nacional. Com essa nova mídia, além de acesso ao conhecimento transformador, os empreendedores vão ganhar visibilidade, reconhecimento e terão sua voz amplificada para reivindicar políticas públicas sustentáveis e um ambiente de negócio mais competitivo e igualitário para todos. O Canal Empreender já nasce vencedor, porque tem um público de mais de 43 milhões de pessoas, entre 18 e 64 anos, que são donos de pequenos negócios formais ou informais com desejo de empreender, inovar, transformar, e contribuir com esse movimento. Nasce ainda com a experiência do Sebrae que, desde 1972, participa ativamente da construção do empreendedorismo no Brasil, capacitando, estimulando e dando voz aos pequenos negócios nos cenários político e econômico. Por isso, considero o Canal Empreender um grande salto, um marco na história do Sebrae, que veio somar forças com a nossa equipe dedicada em todo Estado de São Paulo e no Brasil. Com essa impor-
tante mídia, vamos potencializar nossa presença e conectar mentes e corações de empreendedores com conhecimento de gestão, tendências de mercado, novas tecnologias, tripé importantíssimo para garantir a competitividade e sustentabilidade da empresa. Acabaram as fronteiras, os problemas logísticos, a distância e a falta de tempo. Liguem a TV que estamos chegando com novas perspectivas, para mudar a história da sua empresa e proporcionar melhor qualidade de vida a você e a toda sua família. Parabéns aos parceiros dessa iniciativa – Sebrae e TV Bandeirantes, nas figuras de seus presidentes, Carlos Melles e João Carlos Saad, respectivamente, e vice-presidente da Band, Paulo Saad – que certamente vai promover profunda e relevante transformação do cenário socioeconômico brasileiro, resultado do futuro sustentável e longevo da principal engrenagem motora da economia – os pequenos negócios.
Destaques
Sebrae-SP e Fapesp vão conceder R$ 20 milhões para startups validarem tecnologia
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onectar startups inovadoras e empresas estabelecidas com o objetivo de validar a tecnologia e gerar negócios é a proposta da ação lançada pelo Sebrae-SP em parceria com a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). Serão destinados R$ 20 milhões para apoiar, no mínimo, 40 startups. Os recursos poderão ser usados para custear material de consumo, serviços de terceiros, bolsas de treinamento técnico e diárias. Os projetos poderão ser enviados até o dia 18 de outubro no link https://fapesp.br/15501. O edital Pipe Fapesp Sebrae Startup-Empresa vai ajudar startups do Estado de São Paulo com soluções prontas a testar a tecnologia em um ambiente real, dentro de uma empresa estabelecida em qualquer lugar do Brasil, para saber se de fato a proposta funciona e
potencialmente gerar futuros negócios. Cada projeto poderá receber até R$ 500 mil e ter duração de até 12 meses. De acordo com Michel Porcino, responsável pelo Sebrae for Startups, o posicionamento do Sebrae-SP dedicado ao ecossistema de inovação paulista, em geral, as startups têm uma solução pronta, mas pouca propensão a customizar. Isso porque não contam com recursos para realizar as chamadas PoCs (Provas de Conceito) e MVPs (Produto Mínimo Viável). Aliado a esse cenário, existe a dificuldade de acessar grandes empresas e vender. “Sabemos o quão difícil é para uma startup bater na porta de uma grande empresa, achar a porta certa e passar por diversos momentos até conseguir implantar uma solução. E esse edital conecta as duas pontas e diz muito sobre o Sebrae
for Startups, que tem a missão de gerar negócios, de fomentar conexões”, destaca Porcino.
CONEXÃO
A startup interessada nos recursos precisa contar com uma empresa estabelecida parceira disposta a implementar o projeto. Essa empresa precisará ter uma pessoa dedicada ao projeto, ter uma carta de intenções assinada e, caso a proposta seja aprovada, formalizar a parceria. Os recursos vão ajudar na validação da tecnologia, como a criação de um protótipo de uma versão da solução e demonstração de viabilidade técnica em ambiente real ou simulado. Na prática, a ideia é ajudar a startup a testar uma solução em uma empresa de verdade. Por exemplo, uma empresa tem uma linha de produção e a startup
conta com dispositivos que podem medir informações do maquinário e gerar em tempo real indicadores para auxiliar na tomada de decisões, como troca de equipamentos e até mudanças na forma de trabalho para aumentar a produtividade. Ou, ainda, uma startup tem um drone testado apenas em laboratório e precisa verificar como o equipamento se comporta em áreas maiores, em condições climáticas adversas. Para ajudar as startups e empresas estabelecidas, o Sebrae-SP e a Fapesp vão promover ações para conectar demandas de empresas com as soluções das startups. Os interessados nessa conexão podem preencher o formulário no link https://bit.ly/Conexão-Startup-Empresa. Além disso, o Sebrae-SP promoverá um workshop de escrita de projetos.
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Entrevista do mês
Games para todas as horas
Dario Souza, da Gazeus Games, fala sobre o mercado crescente de jogos casuais para smartphones
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o mercado há 16 anos, a Gazeus Games é uma desenvolvedora 100% brasileira dos chamados jogos casuais e sociais eletrônicos. A empresa começou com itens inspirados nos clássicos do baralho, além dos consagrados dominó e dados; atualmente, oferece mais de 50 opções de diferentes estilos em sua plataforma. Com 10 milhões de usuários ativos mensais em todo o mundo e escritórios no Rio de Janeiro e Montreal, a Gazeus foi a primeira desenvolvedora do País a ter um título incluído no serviço da Netflix voltado a games: o Dominoes Café. Na conversa com o Jornal de Negócios, o fundador e CEO da Gazeus, Dario Souza, falou sobre a trajetória do negócio e quais são as perspectivas de mercado.
Divulgação
tem aquela conotação de jogo de azar, e nisso os bancos começaram a olhar com certa preocupação, chegando até a bloquear pagamentos. Então, os primeiros momentos foram recheados de questionamento.
Como surgiu a Gazeus? A Gazeus surgiu em 2006, começando com um site chamado “jogatina.com”. Nosso primeiro jogo foi o tradicional jogo de cartas buraco, sendo o primeiro a possibilitar a participação de várias pessoas. Essa opção permitia jogar em tempo real e participar de um ranking, com um modelo de assinatura. Em seguida, em 2010, recebemos um investimento e adquirimos uma outra empresa pequena, aumentando nosso time para nos lançarmos novamente nessa empreitada, como Gazeus Games.
O que explica a boa receptividade pelo público dos produtos da Gazeus? Desde sempre, a nossa intenção foi a de criar um ambiente fácil, sem atrito, justamente para um público que sabíamos ser mais velho que o gamer padrão. O nosso público de jogo de buraco, especificamente, tem mais predominância de mulheres e mulheres mais velhas. Então, o processo de cadastro era muito simples, e o site era de navegação clara para qualquer jogador. Acredito que essa preocupação com a simplicidade trazia um senso de conforto. A Gazeus recebeu a aprovação do público logo de cara. Hoje nos mantemos com os jogos mobile, que têm uma forma diferente de se relacionar com a tecnologia. No mobile, fizemos questão de desenvolver jogos de tamanhos pequenos, para facilitar o download, e também de rápida instalação. Novamente, tudo com a intenção de reforçar esse aspecto de passatempo de um jogo casual. Onde quer que a pessoa esteja – metrô, ônibus ou avião – ela pode apenas clicar e se divertir.
Quais foram os maiores desafios no começo da empresa? No início, nossa intenção foi investir em um modelo de negócio de assinatura e de produtos mais sofisticados. Por exemplo, nosso jogo de buraco envolvia muito mais do que entrar e jogar rapidamente. A ideia era que você pudesse jogar e estar imerso em um ambiente, se conectar com outras pessoas, criar uma comunidade e pagar por esse serviço. No início, os bancos não viam com bons olhos o nosso nome. Vale reforçar que “jogatina. com” tinha ótima receptividade entre os usuários, que realmente gostavam do conceito. Mas também
Como é competir em um mercado com concorrentes do mundo todo? Quando lançamos nosso primeiro jogo mobile, em 2013, vimos muitas oportunidades em outros tipos de jogos, alguns mais regionalizados e internacionais, outros mais globais, como dominó ou o mahjong, de origem chinesa. Vemos uma competitividade muito grande no ecossistema de apps mobile. A cada dia vemos crescer os números de downloads de novos apps e apps disponíveis para download. O mercado de publicidade online, especificamente em formato mobile, está encarecendo e está mais
Dario Souza, CEO da Gazeus: indústria de games mobile vai continuar crescendo
difícil conquistar usuários. Além disso, hoje é muito mais complexo desenvolver um jogo: precisamos de times maiores e mais sofisticados, com integrantes de várias expertises. Alguém pensando nas habilidades e outro pensando na arte, um game designer pensando na forma do jogo, como a pessoa está usando o jogo, estudando o comportamento. Tudo para criar a lógica do jogo. E isso é apenas uma fração do processo. Qual sua perspectiva para o setor de jogos eletrônicos no futuro próximo? O mercado mobile já ultrapassou o de consoles há alguns anos. Eu ainda vejo que essa indústria vai manter a tendência crescente, e percebemos também que os países em desenvolvimento ainda têm muito espaço para crescer.
Neste caso, isso não se limita ao aumento do acesso à tecnologia, mas também à questão de evolução do mercado de publicidade e meios de pagamento. Vemos muitas oportunidades. Streamings, por exemplo, estão criando plataformas de jogos sem anúncios ou compra de itens; tudo é vinculado à assinatura do serviço, permitindo que o jogador se divirta à vontade. Existe também a vertente que leva os apps diretamente para o browser, como uma forma de streaming. E por último, o mercado está se consolidando, então muitos investidores que já fizeram seu movimento na Europa e Estados Unidos estão voltando sua atenção para outros países. Inclusive, isso não se limita ao mobile, é uma característica da indústria de games de maneira geral. O fato é que a consolidação está acontecendo em um ritmo acelerado em 2022.
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As tendências
A Summer Fancy Food Show, uma das principais feiras do setor,
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Gisele Tamamar
audabilidade, sustentabilidade e ética são macrotendências do setor de alimentação fora do lar há algum tempo. Mas as grandes novidades do setor e os desdobramentos dessas macrotendências foram identificadas durante a Missão Empresarial do Sebrae-SP na Summer Fancy Food Show, uma das principais feiras de alimentação do mundo, realizada em Nova York, de 12 a 14 de junho. O Sebrae-SP levou 20 empresários do Estado de São Paulo para participar do evento, dentro de uma programação com visitas orientadas. “Com a pandemia, os consumidores passaram a ter novos desejos, que foram captados pela indústria da transformação de alimentos e bebidas e traduzidas em muitas inovações na feira”, relata Karyna Muniz, consultora do Sebrae-SP. Confira as novidades apontadas pelo Sebrae-SP na Summer Fancy Food:
Vegetal saudável disponível em snack Nas edições anteriores da feira, os vegetais eram “fakes”, apresentados como um salgadinho que parecia vegetal, como o brócolis. Agora, por meio de uma nova tecnologia de fritura a vácuo em baixas temperaturas, uma empresa apresentou alho, edamame e cogumelo como snacks. A tecnologia possibilitou uma cocção com menos óleo, deixando o alimento crocante e atrativo para o consumo.
Produtos transformados Partes não convencionais, que não eram vistas no varejo, foram transformadas e ganharam apelo, como a pele de frango. Uma empresa apresentou o torresmo de pele de frango embalado para ser consumido como um snack.
Desdobramento de várias certificações e selos
Certificação de negócios femininos
Produtos estampam uma série de certificações na embalagem, além do free from (livre de, na tradução do inglês). Um dos destaques é o selo para alimentos enquadrados na dieta cetogênica ou Keto, caracterizada por baixo teor de carboidratos, elevado teor de gorduras e moderado de proteínas.
Destaque para a disseminação de produtos de empresas lideradas e operadas por mulheres. “É uma certificação muito importante, e traz um olhar de que a mulher, sobretudo no contexto da pandemia, também precisou empreender, aumentar sua renda e sustentar a família. É uma boa prática que deve ser provocada no Brasil para a valorização dos negócios criados pelas mulheres”, destaca Karyna Muniz, do Sebrae-SP.
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da alimentação
realizada em Nova York, mostrou para onde aponta esse mercado
Sementes Elas ganharam espaço e foram traduzidas em novos produtos e novas alternativas de proteínas para alimentar uma sociedade que busca consumir cada vez mais vegetais. A semente de girassol foi apresentada como snack, como leite e no mix de farinhas para preparação na panificação e confeitaria. Outros destaques foram os gelatos de gergelim com tahine e de semente de abóbora.
Aproveitamento integral de alimentos Os salgadinhos “feios”, feitos de vegetais que não têm o apelo visual para o varejo também tiveram destaque. São batatinhas saborizadas em pacotes pequenos, que estão nutricionalmente boas para serem transformadas e se enquadram dentro dos conceitos de sustentabilidade e redução de descarte de alimentos.
Embalagens Com o desabastecimento de garrafas de vidro, as empresas já estavam buscando alternativas. A bag in box é um tipo de embalagem amplamente usada no food service, mas ela não está só nos bastidores. “Conhecemos a bag in box com embalagens feias, pouco atrativas. Na feira, encontramos essa revisitação da bag in box, com embalagens lindas, com design e história”, destaca Karyna Muniz, do Sebrae-SP. Exemplos: embalagem de vinho que pode ser usada até como objeto de decoração com o uso de flores e um azeite de oliva oferecido na bag in box e caixas com gravuras.
Produtos ‘botanical’, como as flores e mel Na Summer Fancy Food Show, uma das novidades foi o mel liofilizado, usado no blend de farinhas para panificação e confeitaria. E, no caso das flores, elas foram além dos chás, aparecendo em xaropes, temperos, com grande potencial de diversificação da sua utilização.
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Marketing
Mercado erótico cresce ano a ano, apesar de os empreendedores enfrentarem
Monica Oliveira, da Toque de Afrodite, teve de ajustar a comunicação com o público para não sofrer restrições
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Patricia Gonzalez
uem empreende no ramo de sex shops encara desafios que vão além dos enfrentados por negócios de outros segmentos. Empresas do mercado erótico lidam com restrições para divulgar seus produtos, que dependem muito do marketing digital, mas isso não tem impedido o crescimento do setor. Segundo os dados mais recentes da Associação Brasileira de Empre-
sas do Mercado Erótico (Abeme), houve aumento de 8% nas vendas em 2019 e de 12% em 2020, na comparação de cada ano com o anterior. Para a empreendedora Monica Oliveira, dona do Toque de Afrodite, a palavra de ordem de seu negócio é discrição. “É um mercado comum como qualquer outro e existe muita demanda. Mas as pessoas têm muita vergonha e lidamos com alguns tabus”, explica.
A empreendedora começou seu negócio vendendo de porta em porta em 2016. Na época, ela e o marido estavam desempregados e resolveram aproveitar o Dia dos Namorados para fazer um dinheiro extra. O negócio decolou. “Comprei alguns produtos no atacado e comecei oferecendo para amigos e conhecidos. Vendi todo meu estoque em uma semana. Comprei mais produtos e continuei vendendo. Não parei mais.”
Em um primeiro momento, Monica decidiu manter a divulgação de sua empresa somente no boca a boca. Mas, com a chegada da pandemia, o cenário mudou e suas vendas zeraram. Naquele momento, decidiu investir em um e-commerce próprio e descobriu que precisaria estudar as estratégias de divulgação. “Cheguei a tentar vendas em marketplace, mas tive muitos transtornos. Muitos produtos eram retirados do ar, então
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sem tabus
restrições para divulgar seus produtos; solução é adaptar linguagem e buscar discrição banido. Para resolver essa questão, comecei a postar na página do Facebook somente o link dos produtos que quero mostrar. Já para o Instagram, ainda estou fazendo alguns testes e estudando estratégias. Tem algumas postagens e por enquanto está tudo certo”, diz. A empreendedora também faz uso de grupos nas redes sociais com links diretos para seu e-commerce. Para garantir o sigilo dos compradores, garante que não guarda nenhum tipo de dado ou informação pela qual o cliente possa ser reconhecido. “Vi que muitas pessoas têm interesse em comprar, mas ficavam constrangidas. Nas vendas porta a porta, alguns compravam e falavam ‘o que você deve estar pensando de mim?’. Então, atrás da tela do computador, a pessoa não precisa perguntar como funciona, está tudo escrito. Ela vê tudo o que tem, escolhe o que quer e compra.” Apesar das vantagens do mundo digital, Monica sonha em um dia abrir sua loja física. “A pessoa que entra em uma loja no sex shop está aberta àquele ambiente. O contato pessoal faz com que você consiga vender mais. Presencialmente você dá uma atenção diferente e consegue agir sobre o processo de compra. Na loja online isso é mais difícil”, observa.
NEGÓCIO SÉRIO
resolvi montar meu próprio e-commerce. Foi um excelente investimento, que impulsionou minhas vendas em cerca de 50%”, comemora. Monica também resolveu adotar as redes sociais e o WhatsApp Business para divulgar sua sex shop. Contudo, precisou fazer adaptações para que não recebesse nenhum tipo de advertência no uso desses canais. “Dependendo da foto ou palavra que se usa, você acaba sendo
Com a chegada da pandemia, Marcia Maria decidiu colocar em prática o antigo sonho de ter o próprio negócio. Tomou coragem e optou pelo ramo de sex shop. Nascia em setembro de 2020 a Coquetel Sex Shop, 100% online. Criou perfis nas redes socias e também uma conta no WhatsApp Bussiness. No entanto, foi bloqueada em todas elas. “Recebi mensagem dizendo que não autorizavam as minhas imagens. Eles avisaram que iriam bloquear nosso número. Foi um momento muito desafiador”, relembra. Para resolver a questão, a empreendedora lançou mão de uma estratégia diferente: substituiu as fotos
de produtos por memes relacionados a seu negócio. Porém, o resultado que desejava não veio. “As pessoas passaram a não levar o meu negócio a sério e eu precisava vender.” Ela decidiu procurar o Sebrae-SP para aprender como gerir as redes sociais de seu empreendimento. “Fiz cursos como o Faça Fácil, com foco específico para o setor de sex shop. Uma das melhores dicas que recebi foi entrar no Google Meu Negócio. As vendas melhoraram 100%, minhas páginas começaram a ser visitas.” Marcia aproveitou sua localização, próxima a uma estação do metrô na zona leste da capital paulista, para combinar de fazer entregas naquele local. “O Sebrae abriu meus olhos para as estratégias do negócio. O que você acha que é bom, às vezes para o cliente não é. No início, eu tinha um site que não tinha visita nenhuma. Com o Google meu Negó-
cio as visitas passaram a acontecer, foi tudo numa crescente.” O próximo desafio da empresária é voltar a usar o WhatsApp Bussiness de maneira efetiva. “Fiz muitas adaptações de termos e imagens. Também penso em fazer minha lista de chá de lingerie no futuro. É preciso estudar bastante as formas de divulgação e colocar em prática. Só assim vamos para frente.” O consultor do Sebrae-SP Alexandre Giraldi ressalta que a divulgação é um desafio para todos os segmentos – seja para vendas em canais físicos ou digitais. Mesmo assim, algumas questões envolvendo os empreendedores do mercado de produtos sensuais são mais delicadas. “Muito da reclamação do vendedor de produtos sensuais tem relação com o fato de alguns tipos de mensagens ou impulsionamento em redes sociais serem restritos. Mas é possível impulsionar praticamente qualquer coisa ou produto”, destaca.
Comunicação no ponto certo Confira algumas orientações do consultor do Sebrae-SP Alexandre Giraldi sobre como divulgar seus produtos: Concentre seu primeiro esforço em divulgar para quem já quer comprar o produto ou serviço e não tentar convencer quem ainda nem pensou naquele tipo de item. Construa um perfil envolvente na rede social que seu cliente mais utiliza, faça postagens criativas, faça stories com frequência, faça lives em parceria, lives solo, postagens colaborativas e foque muito em conteúdos únicos e extremamente envolventes.
Outra ferramenta importante é a presença no Google Meu Negócio, principalmente para negócios locais. Essa ferramenta auxilia o comprador a descobrir que sua empresa existe e está perto dele para suprir suas necessidades. Neste caso o canal de vendas mais usado é o de loja com ou sem porta aberta para rua.
Para saber mais sobre cursos e orientações, entre em contato pelo telefone 0800 570 0800.
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UMA COPA DE
Maior evento de futebol do planeta acontece a partir de novembro, no Qatar, e terá
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Gabriel Jareta
Eliana Gregório, da Teck Prints: preparação para atender diversos públicos
a expectativa de a bola rolar para dar início à Copa do Mundo do Qatar, em 21 de novembro, os donos de pequenos negócios brasileiros terão uma janela de oportunidades para vender produtos e serviços que se encerra só no dia da grande final, em 18 de dezembro – a exatamente uma semana do Natal. Diferentemente das edições anteriores, o evento será realizado em 2022 no final do ano, devido às altas temperaturas do verão no Oriente Médio. Aqui no Brasil, a Copa será realizada no verão, o que abre oportunidades para eventos ao ar livre e pode impulsionar o setor de bares e restaurantes. Por outro lado, a proximidade das festas de fim de ano e das férias escolares pode se tornar uma forte concorrência para os empreendedores que apostarem na torcida verde e amarela. Por isso, é preciso mapear as oportunidades e tentar unir o melhor dos dois mundos. A pesquisa “Copa do Mundo 2022: expectativas e ações das MPEs”, realizada pelo Sebrae-SP, mostra que 81% dos pequenos negócios paulistas dizem que serão afetados – de forma positiva ou negativa – pelo evento. A pesquisa foi realizada junto a 1080 MPEs paulistas no mês de maio de 2022. Entre os empreendedores afetados, 22% dizem que isso se dará de forma “muito positiva”, enquanto 36% afirmam que será de maneira “pouco positiva”. “Esse número deve crescer durante o ano, mas o resultado é positivo. Isso demonstra que há oportunidades para aproveitar esse evento no verão, com possibilidades de negócios que a gente não estava acostumado”, diz Carolina Fabris, coordenadora de Gestão Estratégica do Sebrae-SP. Entre os que afirmam que a Copa afetará o negócio de maneira negativa, os principais motivos são: a parada do expediente para assistir aos jogos; o gasto com produtos relacionados ao evento que a empresa não vende; e porque o estabelecimento estará fechado na hora dos
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OPORTUNIDADES
impacto nos pequenos negócios às vésperas do Natal; saiba como estar pronto para faturar jogos. Mas isso não é motivo para não pensar em alternativas. “Entre as empresas que ainda não estão se preparando, 79% dizem que é porque ainda não sabem o que fazer, então é um indicativo de que precisam de um ‘empurrãozinho’, é hora de estar mais atento ao evento e pensar em algumas ações específicas”, afirma Carolina.
BRINDE EM CASA
No caso da empresa Teck Prints, que trabalha com brindes personalizados, a Copa do Mundo será uma grande oportunidade para aumentar o faturamento – e já está preparando para começar neste mês a divulgação para seus clientes
e enfeitar as vitrines com as cores do Brasil. “A camiseta é o carro-chefe, mas todos os produtos que a gente oferece podem ser personalizados com os temas da Copa”, explica Eliana da Silva Gregório, sócia-proprietária da empresa, que tem lojas em Osasco e no bairro da Lapa, em São Paulo. Entre os produtos, estão copos, baldes de pipoca e até kits personalizados para empresas que querem fazer com que os funcionários em home office entrem no clima da competição. “Para a Copa certamente teremos brindes personalizados para os funcionários com logo da empresa. O balde já vem com o milho para o funcionário estourar em casa, tudo personalizado”, conta.
TUDO PRONTO PARA O APITO INICIAL O consultor do Sebrae-SP Flávio Augusto da Silva explica como os empreendedores podem aproveitar a época de Copa do Mundo para aumentar o faturamento.
Com a pandemia, esse serviço “door to door” de entrega de itens personalizados se tornou comum entre os clientes, que pedem kits personalizados de “boas vindas” para novos funcionários – que é montado pela Teck Prints e enviado para a residência indicada. Mas o público que a empresa pretende atingir durante a Copa é muito mais amplo. “Os clientes compram camisa oficial e pedem para personalizar aqui. Atendemos desde a mãe que vai fazer aniversário com o tema Copa do Mundo até a empresa que quer um produto mais requintado”, diz Eliana. Para o consultor do Sebrae-SP Flávio Augusto da Silva, a Copa do Mundo no final do ano vai exigir
Ter clareza das datas, para poder realizar um bom planejamento
Cheque o calendário para saber exatamente quando serão os jogos do Brasil e de outras seleções importantes, como Argentina, Alemanha e Inglaterra. A Seleção Brasileira pode ter de três a sete jogos, se chegar à final ou à disputa do terceiro lugar. Ainda nessa análise do tempo, mapeie outras datas importantes que não estão relacionadas à Copa, pois neste ano a competição acontecerá no final do ano, dividindo as atenções com os festejos dessa época. Conforme o seu segmento, defina a antecedência ideal para fazer esse levantamento. Se, por exemplo, seu negócio está no ramo de viagens e turismo, a antecedência deve ser maior. Se estiver no setor de eventos, de alimentação, vestuário ou de itens utilizados para torcer, pode considerar, por exemplo, levantar as informações em outubro.
Conhecer os dados para nivelar a expectativa e dimensionar esforços
Olhe dados dos últimos três meses do mesmo período do ano passado ou até do último período de Copa. Além disso, veja se há projeções de faturamento de entidades relacionadas ao seu segmento. Com base nessas análises, você poderá projetar um crescimento nas vendas, cujo valor dependerá da sua situação individual e do seu segmento específico. Considere que esse aumento esperado nas vendas implica em questões operacionais, como necessidade de mão de obra para atendimento ou relacionadas à entrega.
Lançar novos produtos ou serviços ou inovar na apresentação dos já existentes
Aqui, há dois pontos muito importantes que você deve considerar. O primeiro ponto é ter plena clareza de quem é o seu/sua cliente. É até possível focar naquelas pessoas que não gostam de futebol ou da Copa do Mundo (na mesma lógica do “retiro espiritual” durante o Carnaval). Inclusive, como é uma data festiva em que, normalmente, há muito contato social, considere opções para grupos ou famílias. O segundo ponto está relacionado à situação econômica do público, aliada ao período do ano em que a Copa já irá acontecer. Portanto, considere formas diferentes de recebimento, com atenção às alternativas de pagamento online e aos parcelamentos ou vendas no crédito.
Pensar na Copa como opção de presente
um planejamento mais “pé no chão” e será necessário pensar em inovação. “A Copa do Mundo funciona como um excelente estímulo para o consumo, sobretudo aquele consumo ligado ao desejo. Os gastos da Copa competirão com os tradicionais gastos do final de ano, então vale a regra de ouro de ‘comprar bem para vender bem’ e, nesse caso, importa muito ter um bom planejamento. Do mesmo modo, para chamar a atenção da clientela, será preciso valer-se da inovação para despertar o desejo de consumo”, diz. No quadro abaixo, Silva elenca algumas orientações sobre como se preparar para aproveitar bem as oportunidades trazidas pela Copa do Mundo.
Você pode criar um kit de vestuário ou itens de torcida, como “tal pai/mãe, tal filho(a)” ou um kit “família pé quente”. Você pode estimular o consumo do seu produto ou serviço como um presente. Pode ser um item físico ou mesmo uma experiência (assistir ao jogo de determinada seleção servindo pratos típicos daquele país, por exemplo). Analise também potenciais parcerias que podem ajudar sua empresa a entregar mais e melhor para a clientela. Por exemplo, fazer um sorteio de uma TV sozinho pode custar caro, mas se você encontrar mais empresas que tenham o mesmo público-alvo ou estejam próximas a você, pode propor uma parceria para realizar uma divulgação conjunta e o sorteio.
Saber claramente quais recursos sua empresa já tem
Analise seu estoque e/ou cardápio e considere a diversidade e a quantidade de produtos ou matéria-prima que você já possui. Analise, também, informações de seu fornecedor, como preço, prazo de entrega, confiabilidade, qualidade do produto, entre outros. Com isso, você começará a ter dados para saber o que irá divulgar e vender no período da Copa. Também será importante verificar a sua projeção no aumento das vendas e avaliar se os canais de venda e a equipe estarão bem dimensionados.
Levantar ideias do que poderá fazer para atrair clientes e aumentar as vendas
Será preciso alterar o horário de funcionamento, para contemplar os jogos do Brasil, de outras seleções ou partidas importantes, como a final? Sua empresa terá uma decoração especial para as datas ou irá exibir os jogos? Um espaço “instagramável” bem atrativo pode ajudar muito. É possível prospectar parceiros que possam tornar isso viável ou reduzir os custos. Considere que há o pré-jogo, o jogo em si e o pós-jogo. Seu negócio pode apresentar soluções para os três momentos, como um “esquenta”, pratos fáceis de consumir, no estilo finger food, e música para até depois do jogo.
Preparar as redes sociais
Interação é palavra de ordem. Uma dica é usar os stories do Instagram para mostrar a preparação da empresa para a Copa. Uma estratégia que costuma fazer sucesso criar a “Copa do Mundo dos seus produtos”, utilizando a interação com os seguidores nos stories. Funciona assim: você estabelece quais serão os produtos ou serviços que irão disputar e o produto ou serviço preferido vai avançando de fase. Assim, seus seguidores irão interagir com o seu perfil e você ainda poderá dar destaque ao seu portfólio, utilizando a temática da Copa como pano de fundo.
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Dicas para bombar o TikTok Plataforma pode ser muito útil para ampliar vendas e divulgar a empresa
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á tempos a plataforma TikTok deixou de ser apenas um canal para veicular vídeos curtos engraçados ou com danças. O TikTok tem atualmente mais de um bilhão de usuários em todo o mundo e enorme potencial de alcance de visualizações, o que pode ser muito útil para as vendas dos negócios de pequeno porte. Uma pesquisa conduzida pela Nielsen em 2021 mostra que 76% dos usuários estão abertos a anúncios sobre novos produtos dentro da plataforma. O levantamento revelou também que 73% deles acham que a publicidade no TikTok é única e diferente; mais de 70% querem saber mais sobre itens anunciados; 72% têm interesse em aprender mais sobre o produto ou marca ao ver um anúncio na plataforma e um em cada três comprou algo que não estava considerando antes. A consultora do Sebrae-SP Ariadne Mecate preparou uma lista com orientações para ajudar o empreendedor a aproveitar o potencial do TikTok para vender mais e divulgar sua marca.
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Para conhecer mais é preciso baixar, navegar e assistir ao conteúdo para entender como funciona, ter ideias de conteúdos e tipos de vídeos.
Crie sua conta e transforme-a em corporativa, pois ela mostra os relatórios que ajudam a saber quem é seu público, que tipo de conteúdo gosta e, assim, melhorar sempre sua produção.
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TikTok é autenticidade, vida real; quanto mais natural, mais engajamento.
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Entenda que a plataforma funciona de forma diferente das outras; ela entrega o conteúdo independentemente do número de seguidores e por isso ela pode ser uma grande vitrine para sua empresa.
Não é só dancinha. Existem muitos formatos possíveis de vídeos que sua empresa pode fazer: tutoriais, mostrar os bastidores, ensinar, divertir seu público, inspirar, mostrar seu produto ou serviço.
Conheça seu público. Ninguém melhor do que você para saber aquilo que seu público gosta, interage e assiste.
Pegue carona nas trends.
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Você não precisa de grandes produções, um celular na mão e uma boa ideia faz a mágica acontecer.
Se quiser ter mais resultados, faça anúncios onde é possível definir o perfil de público para quem você quer mostrar sua empresa.
Não tenha vergonha. É possível fazer vídeos sem você aparecer; à medida que for perdendo a vergonha você pode experimentar e acabar gostando.
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Teste, teste, teste e aprenda com seus resultados.
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Divulgação
Ao trabalho!
MARCOS RABELLO Analista de negócios do Sebrae-SP
Atenção à economia compartilhada Ter um carro em qualquer parte do mundo, ou mesmo uma casa? E aquela roupa que foi destaque nos principais circuitos da moda? Talvez produzir o que eu quiser sem ter que me preocupar com os custos da adequação de espaços e compra de equipamentos? Isso é a economia compartilhada, que vem ganhando força e remodelando a maneira como consumimos produtos e serviços. Se antes ter um carro para chamar de meu era algo importante, hoje ter um carro para facilitar a “correria do dia a dia”, sem ter que me preocupar com documentação, IPVA, manutenção e seguro é o que importa. E essa mudança de comportamento traz o conceito interessante de pay-per-use (pague pelo uso), em que não preciso ter a propriedade do bem, mas somente a posse nos momentos em que me são convenientes. O conceito da economia compartilhada é tão amplo que se aplica até mesmo aos novos empreendimentos imobiliários. Até bem pouco tempo atrás era impensável um apartamento sem cozinha. Pois isso vem se tornando cada vez mais comum com espaços de cozinha compartilhada dentro de condomínios
que reúnem diversos serviços pay-per-use como lavanderia e bicicletário. O modelo não se restringe ao consumidor final. Empresas estão se valendo da economia compartilhada para economizar e focar nos seus modelos de negócios. A ascensão dos coworkings é apenas uma amostra do potencial desse mercado. Pequenos restaurantes e indústrias alimentícias, que antes precisavam de alto investimento e diversas licenças para funcionar, hoje encontram uma alternativa viável com o uso de cozinhas compartilhadas. Isso sem falar nos marketplaces, que possibilitam às empresas venderem online sem ter que arcar com os custos do desenvolvimento, implantação e manutenção de um e-commerce. Por ser uma mudança de comportamento entender esse conceito é importante para antever tendências de consumo que possam impactar os negócios. A evolução dos modelos de negócios deve acompanhar as mudanças comportamentais, pois quem não consegue identificá-las e acompanhá-las ficará para trás. Para quem quer iniciar o seu negócio, a economia compartilhada pode ser uma aliada.
Neste mês, o Sebrae completa 50 anos de vida e, em momento tão simbólico, assumo com muito orgulho e entusiasmo a superintendência, em São Paulo, dessa instituição tão importante. O Sebrae foi considerado a oitava marca mais forte do Brasil em um levantamento do Brand Asset Valuator (BAV), que avaliou 1,7 mil nomes. É um reconhecimento merecido pela valiosa atuação ao longo de cinco décadas. Vejo com grande alegria a oportunidade de contribuir para essa história. A entidade tem tido participação marcante e em total sintonia com São Paulo. Eu, que por conta da minha trajetória profissional já viajei muito por todo o Estado, digo, com total convicção, que o empreendedorismo é a essência do povo paulista. Povo que tem a garra de construir e alcançar os sonhos por meio do seu esforço. Chego com muita vontade de trabalhar em prol dos pequenos negócios. São eles que geram mais empregos no Brasil, peças fundamentais para o desenvolvimento social e econômico. Acredito que o acesso a crédito, inclusão produtiva, capacitações técnicas e de gestão, além da edu-
cação empreendedora entre os mais jovens são imprescindíveis para o aumento de renda e qualidade de vida da população. O Sebrae em São Paulo tem um plano de ação bem traçado para dar apoio às micro e pequenas empresas locais e vamos dar continuidade ao que já está em andamento. Para tanto, o empreendedor pode ter certeza de que nosso time está empenhado para atingirmos os objetivos, almejando sempre o melhor para o empreendedorismo paulista. Temos um desafio significativo pela frente, já que nosso Estado, por toda sua grandiosidade e pelo que representa para o País e para recuperação plena da economia, exige nada menos do que a excelência. A hora é de nos mobilizarmos pelo desenvolvimento dos pequenos negócios e, consequentemente, pelo nosso Estado e País. Ao trabalho!
MARCO VINHOLI, Diretor‑superintendente do Sebrae‑SP
O Sebrae Responde é um serviço para tirar dúvidas de empreendedores sobre a abertura de novos negócios e questões relacionadas à gestão de empresas já em atividade.
Acompanhe o Sebrae‑SP no ambiente digital, em www.sebraesp.com.br, e nas redes sociais: twitter.com/sebraesp facebook.com/sebraesp instagram.com/sebraesp flickr.com/sebraesp issuu.com/sebraesp soundcloud.com/sebraesp sebraeseunegocio.com.br youtube.com/sebraesaopaulo
ELOGIE. SUGIRA. CRITIQUE. RECLAME. Queremos ouvi‑lo: 0800 570 0800 ouvidoria@sebraesp.com.br
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Para anunciar
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o sebrae‑sp não se responsabiliza pelas informações disponibilizadas neste espaço publicitário. o anunciante assume responsabilidade total por sua publicidade.
Para tornar a comuni‑ cação mais acessível ao cliente com deficiência auditiva, o Sebrae ‑SP disponibiliza o serviço
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de intérprete de Libras em seus eventos pre‑ senciais. A solicitação do serviço deverá ser comunicada no ato da inscrição e com antece‑ dência de 5 (cinco) dias úteis à data de realiza‑ ção do evento. O cliente ou seu representante poderá se inscrever pes‑ soalmente nos Escri‑ tórios Regionais, pelo portal do Sebrae‑SP ou pelo 0800 570 0800.
Pra transformar aquele seu sonho em negócio. É pra já. É pra você.
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Tradição reinventada
A Marrocos Lanches, de Presidente Prudente, existe há 41 anos, mas mudou tudo nos últimos cinco
R
Ana Roxo*
eferência em lanches na cidade de Presidente Prudente, a Marrocos Lanches tem 41 anos de história. Em 2017, mudou de mãos: David Jean Castro, filho do fundador, David de Souza Castro, assumiu a lanchonete trazendo uma série de mudanças e inovações para a empresa – grande parte delas impulsionado por sua participação no Empretec, curso oferecido pelo Sebrae-SP. Foram dois anos reestruturando a lanchonete, já que os pais pretendiam vendê-la e era preciso trazer mais valor ao negócio. Logo no começo, criou uma planilha para organizar todos os custos e ganhos para tentar descobrir onde seria possível economizar e aumentar o lucro. David Jean conta que a principal mudança foi na maneira de pensar como empreendedor para assumir o negócio. “O negócio é reflexo de quem o gere”, afirma. Ao longo dos dois anos em que esteve à frente do negócio, David Jean percebeu que não queria mais arrumar a empresa para depois vendê-la, mas sim manter a empresa e comandar o empreendimento. Por isso, sentou-se com o pai e conversou sobre a possibilidade de fazer mudanças, cuidar da organização financeira, diminuir despesas, trazer ideias novas e melhorar o marketing. Hoje em dia, David Jean e mais cinco lanchonetes da região formam um grupo chamado “Clube do Lanche”, em que se unem para comprar os produtos direto dos fornecedores por um preço melhor. Eles também se encontram uma
vez ao mês para discutir ideias e novos projetos. O interesse do empreendedor pela capacitação começou após ver vários depoimentos de antigos clientes do Sebrae-SP, mas ele demorou para convencer o pai de que os cursos do Sebrae-SP valiam a pena e precisou da ajuda dos consultores para o pai acreditar e permitir a participação da Marrocos Lanches nos cursos do Sebrae-SP. Sem apoio no começo, David Jean chegou até a deixar de fazer a festa de formatura para pagar o Empretec. “Nem todo mundo que é dono de negócio é empreendedor, isso está ligado ao comportamento, inovação, busca de oportunidade, iniciativa, responsabilidade. Eu só percebi isso após fazer o Empretec”, diz. David Jean lembra que continuou se capacitando para estar preparado para tomar conta do negócio, participando de diversos cursos que o Sebrae-SP oferecia, como de alimentação fora do lar, gestão de pessoas, gestão financeira, marketing e um programa com acompanhamento de agentes locais de inovação, entre outros. “Praticamente todos os cursos oferecidos pelo Sebrae eu já fiz, porque dá resultado, afirma. A capacidade de inovação que David Jean adquiriu nos cursos do Sebrae-SP foi útil, por exemplo, no início da pandemia. Ele lembra que assim que soube que teria de fechar a lanchonete para os clientes comerem no local, criou em dois dias um sistema de drive-thru no espaço onde estavam algumas mesas e não deixou de servir os lanches enquanto todos os concorrentes ainda estavam se adaptando.
David Jean Castro, da Marrocos Lanches: o negócio é reflexo do gestor
A analista do escritório regional de Presidente Prudente Juliana Vioto conta que as mudanças na Marrocos Lanches são um “case” de sucesso na cidade. “É um exemplo aqui para nós. O empreendedor soube aproveitar o Sebrae e se
envolvia nas atividades, foi visível o crescimento, acredito que em todos os aspectos: pessoal e profissional”, diz. Hoje, por exemplo, ele dá palestras sobre o Empretec para novas turmas em Presidente Prudente. *Estagiária sob supervisão dos editores
EXPEDIENTE Publicação mensal do Sebrae‑SP Edição impressa
DIRETORIA EXECUTIVA Diretor‑superintendente: Marco Vinholi Diretor técnico: Ivan Hussni Diretor de administração e finanças: Guilherme Campos
Ana Roxo e Maya Ortega. Imagens: www.gettyimages.com. Diagramação: Douglas da Rocha Yoshida. Fotos: Ricardo Yoithi Matsukawa – ME e Carlos Raphael do Valle – ME para o Sebrae‑SP. Apoio comercial: Unidade Relacionamento: (11) 3177‑4784
CONSELHO DELIBERATIVO Presidente: Tirso Meirelles ACSP, ANPEI, Banco do Brasil, Faesp, FecomercioSP, Fiesp, Fundação ParqTec, IPT, Desenvolve SP, SEBRAE, Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia, Sindibancos‑SP, Superintendência Estadual da Caixa Econômica Federal.
JORNAL DE NEGÓCIOS Unidade Marketing e Comunicação Gerente: Mariana Ribas Coordenadora de Imprensa e Conteúdo: Marcelle Carvalho Editores responsáveis e redatores: Gabriel Jareta (MTB 34769) e Roberto Capisano Filho (MTB 46219). Assessores de imprensa: Gisele Tamamar, Patricia Gonzalez e Rogério Lagos. Estagiárias:
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LIVROS A FÓRMULA DE LANÇAMENTO (Best Business) A internet mudou a forma de fazer negócios e vem criando muitas possibilidades antes inexistentes para quem quer começar uma empresa ou aumentar seu negócio. O livro mostra uma maneira prática de fazer isso e que já se provou eficaz nos negócios do autor Jeff Walker e para centenas de outras pessoas que usaram sua abordagem em muitos tipos de mercados e negócios. A proposta é usar o marketing digital em passos específicos que façam o seu público se interessar pelo seu produto antes mesmo de que ele seja lançado.
MARKETING DIGITAL NA PRÁTICA (DVS Editora) Vivemos na era da informação e da atenção. Gerar vendas por meio dos canais digitais é, a cada dia que passa, uma tarefa mais difícil e complexa. Dominar as plataformas e ferramentas de marketing digital existentes não é a única solução. São essas “lições” que Paulo Faustino oferece no livro. A publicação traz um olhar prático e pragmático sobre a importância da estratégia, como tirar vantagem das principais plataformas e ferramentas de marketing digital disponíveis e aplicar esse conhecimento no desenvolvimento de qualquer tipo de negócio.
INEVITÁVEL: AS 12 FORÇAS TECNOLÓGICAS QUE MUDARÃO NOSSO MUNDO (Alta Books) Muito do que vai acontecer nos próximos 30 anos é inevitável, definido por tendências tecnológicas que hoje já estão em movimento. Em seu livro, Kevin Kelly oferece um roteiro para esse futuro, mostrando de que forma as próximas transformações afetarão nossas vidas, como a realidade virtual em casa até a inteligência artificial presente em tudo o que fabricamos. A maneira como compramos, trabalhamos, aprendemos e nos comunicamos uns com os outros passará por uma revolução. O que podemos fazer é compreender e assimilar, para assim aumentarmos a probabilidade de nos beneficiarmos delas.
TEC & GOOGLE LANÇA PROGRAMA PARA STARTUPS LIGADAS AO MEIO AMBIENTE
O Google lançou um programa de aceleração voltado para empresas que desenvolvem tecnologias de sustentabilidade e contra as mudanças climáticas. A iniciativa vai contemplar startups em estágio avançado. O objetivo é viabilizar que essas empresas trabalhem em projetos que contribuam com o meio ambiente. A aceleração vai ter duração de três meses e vai oferecer até US$ 200 mil em créditos de produtos como Cloud, Machine Learning, Android e Web. Ao todo, dez startups serão contempladas no programa. As startups interessadas podem se inscrever até 31 de julho em https://startup.google.com/ intl/pt-BR_ALL/.
MEI É A ALTERNATIVA DE 98% DOS TATUADORES QUE INICIAM CARREIRA EMPREENDEDORA
Tatuadores e profissionais de body piercing que pretendem ter seu próprio estúdio têm procurado a formalização do ofício por meio da figura jurídica do Microempreendedor Individual (MEI). Esse foi o caminho escolhido por 98% dos pequenos negócios do setor, nos primeiros três meses de 2022. Esse dado foi obtido a partir de uma análise do Sebrae sobre os números do Cadastro Nacional de Atividades Econômicas (CNAE), relativos à atividade. Para se ter uma ideia do peso do MEI nesse ramo, a taxa de participação de Microempreendedores Individuais encontra-se em torno de 68%, considerando a média dos diversos segmentos econômicos.
PARAISÓPOLIS AGORA TEM SUA PRÓPRIA EMISSORA DE TV
A favela de Paraisópolis, na capital paulista, inaugurou um estúdio de TV com programação direcionada aos moradores de favelas do Brasil. A +FavelaTV também vai incentivar a economia local, impulsionando os negócios dos moradores e os empregos da comunidade. O projeto tem distribuição gratuita de sinal de internet via wi-fi para favelas em 26 Estados e no Distrito Federal. A iniciativa é da Sou+Favela, que cria soluções de mídia para conectar grandes marcas às periferias, e o G10 Favelas, bloco de líderes e empreendedores de impacto social das favelas brasileiras.
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IDEIAS
PERGUNTE A QUEM ENTENDE O que o e-commerce nacional pode aprender com os marketplaces da China?
VillaFilmes
Por Alexandre Nogueira, CEO da Universidade Marketplaces e consultor oficial do Mercado Livre no Brasil
PODCAST
MENTE EMPREENDEDORA
Comandada por Gustavo Oliveira, o podcast traz insights, técnicas e princípios para você ser um empreendedor de sucesso, com dicas e ensinamentos para quem está começando e para os que querem se reinventar. Disponível no Spotify.
FILMES
OBRIGADO POR FUMAR O filme conta a história do Nick Naylor, porta-voz de grandes empresas de cigarro que defende os direitos do fumante. Tudo muda quando seu filho quer seguir a mesma carreira, fazendo-o se questionar sobre seu papel de pai. O filme aborda principalmente como conciliar a carreira com ética, integridade e valores morais. Disponível na Star+.
VÍDEO
SABORES DO BRASIL
Conheça a história em:
Com mais de 30 anos no mercado, a franquia de alimentação Água Doce Sabores do Brasil, de Tupã, apresenta pratos típicos com um toque caseiro e regional, porções generosas, drinques criativos.
https://youtu.be/WcBl8xJavFk
A China é hoje o país que mais fatura com e-commerce. É também o primeiro país em que as vendas online ultrapassaram a soma das feitas em lojas físicas, segundo o Trade International Administration. Entender e aplicar técnicas desse líder mundial é uma das estratégias para impulsionar o alcance e as vendas de um marketplace. Aqui estão as cinco principais lições que os marketplaces da China podem ensinar para os e-commerce nacionais. Pagamento mobile pay Um dos sistemas que têm revolucionado os pagamentos em marketplaces na China é a possibilidade de fazer a transação financeira dentro de aplicativos, o chamado Mobile Payment, a exemplo do AliPay (do Alibaba) e do WeChat Pay, sistema semelhante à funcionalidade do WhatsApp. Os chineses usam o celular como principal ferramenta para compra. Desde a pesquisa do produto até a finalização do pagamento, tudo é realizado em dispositivos móveis. Agilidade de entrega Enquanto no Brasil consumidores precisam aguardar, em média, 11 dias para receberem seus produtos, na China a entrega é realizada em até um dia. Investir na melhor experiência do consumidor aumenta significativamente as chances de fidelizar o cliente. Live commerce Essa modalidade veio da China e já é uma aposta de e-commerces no Brasil. A estratégia se baseia em realizar vendas por meio de transmissões ao vivo em mídias sociais. Além disso, negócios chineses oferecem descontos àqueles que se aproximam de lojas físicas, por meio do envio de mensagens instantâneas, direcionando esses consumidores para a compra online. Ecossistema de produtos O conceito de marketplace na China está diretamente ligado à variedade de serviços e produtos dentro de uma mesma plataforma como a Amazon. Lá, o varejo digital concentra opções diversas em um único lugar, diferente de alguns sites no Brasil, em que os produtos ainda são segmentados. Promoções e ofertas Com uma variedade enorme de produtos e anunciantes, os marketplaces apresentam alta concorrência de preços e serviços. Com tanta disponibilidade de um mesmo produto, o uso estratégico de promoções e ofertas é fator de atração para se sobressair. Tem alguma dúvida sobre como a tecnologia pode ajudar o seu negócio? Pergunte a quem entende! Mande um e‑mail para imprensa@sebraesp.com.br.
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Renascida na arte
O tratamento um câncer fez com que Natalí de Paula descobrisse na pintura uma terapia e um negócio
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Maya Ortega*
os 30 anos eu renasci. Era 2015 e eu levava minha vida normalmente, trabalhava no setor industrial durante o dia e lecionava para os alunos do EJA (Educação para Jovens Adultos) durante a noite, por conta das minhas duas formações: comércio exterior e letras. Eu estava em processo de mudança de emprego quando fui diagnosticada com câncer de mama. Foi um choque para todos, pois acabara de perder minha sogra pela mesma doença. De repente, tudo mudou. Eu passei a morar em São José dos Campos para realizar o tratamento e tive que me afastar do trabalho. Estava me sentindo muito desmotivada por estar parada e em tratamento, então fui em busca de algo para ocupar minha mente, e foi assim que me conectei com a arte. Nunca havia pintado nada antes. Busquei um ateliê local e comecei a me aprofundar nessa ocupação. De início, não pensei que iria empreender com esse nicho, mas conforme me desenvolvia, fui pegando paixão pela coisa. Aos poucos comecei a divulgar meu trabalho nas redes sociais, passei a fazer algumas encomendas e vender para amigos meus, que me ajudavam na divulgação também. Foi quando meus quadros começaram a ‘viralizar’ e descobri que aquilo poderia ser o meu próprio negócio. Quando voltei do meu afastamento para o trabalho, percebi que não retornaria para a situação anterior, então tomei a decisão de deixar os meus empregos e dar continuidade ao empreendimento. Sempre digo que renasci a partir desses acontecimentos, visto que me encontrei em algo que sentia que havia nascido para fazer.
Empreender com sua arte deu um novo rumo à vida de Natalí de Paula
No começo foi bem difícil, continuei com as encomendas e a divulgação, mas a questão financeira estava bem apertada. Mas fui vivendo um dia de cada vez e acabei pintando um quadro que foi um marco para minha carreira pelo interesse que ele despertou no público; foi a deixa para crescer mais ainda. Comecei a ser chamada para divulgar meu trabalho em mostras, feiras e eventos de arquitetura e design. Durante esse processo cheguei até o Sebrae onde participei de cursos para aprender mais sobre
como estruturar o meu negócio. Ao conhecer minha história, o pessoal do Sebrae em São José me convidou para dar palestras contando mais sobre como a arte e o empreendedorismo mudaram minha trajetória. Há dois anos, comecei um segundo negócio com uma amiga, também artista. Pintamos murais e telas juntando nossas técnicas. Hoje em dia, digo que estou bem empolgada e, embora não tenha sido fácil, aprendi a dividir tarefas burocráticas para poder manter o foco na produção do meu trabalho.
Percebi que trabalhar com arte fazia muito sentido para mim. Hoje, não vejo a arte como algo a ser somente apreciado, mas sim como um negócio. Agora digo que estou muito feliz e faço o que amo, mas vai muito além de pintar. Atualmente enxergo tudo o que passou como algo maior; se a vida não tivesse me proporcionado tudo isso, eu não estaria aqui fazendo o que sinto que fui predestinada. Levo comigo alguns ensinamentos, como viver o hoje intensamente e que com a arte vou até o fim.” *Estagiária sob supervisão dos editores