A importância das políticas públicas para o empreendedorismo
TIRSO DE SALLES MEIRELLES Presidente do Sebrae‑SP e empreendedorPassado o pico da pandemia e observando os indicadores econômicos, pudemos constatar que 76% dos empregos gerados no Brasil em 2022 foram por meio dos pequenos negócios, o que demonstra a grande importância desse segmento para a sociedade, que soma mais de 18 milhões de empresas no País, dentre MEIs, microempre sas e empresas de pequeno porte. Se considerar mos todas as pessoas que desenvolvem suas vidas em torno desses empreendimentos, chegaremos a mais de 40% da população brasileira.
Não resta dúvida de que a iniciativa empreende dora faz a diferença no desenvolvimento econômico e social do País, e que temos sempre de estimu lar políticas públicas que valorizem os pequenos negócios vislumbrando melhorias no emprego, renda e circulação de capital nos municípios, além de oferecer aos cidadãos a possibilidade de um futuro mais próspero.
Entre as políticas públicas que merecem ser priori tárias nos próximos anos para os setores do agronegó cio, da indústria, do comércio e dos serviços, destaco os arranjos produtivos locais, que fortalecem a compe titividade das vocações de cada município; a integra ção das regiões tecnológicas existentes, consolidando
Destaques
o grande avanço das startups no Estado de São Paulo; a desburocratização e a simplificação tributária, liberando o tempo do empresário para fazer negócios; o estímulo à agregação de valor em produtos por meio de certificações como a de indicação geográfica; mais opções para acesso ao crédito orientado com juros viáveis; disponibilização de tecnologia para conecti vidade e consequente digitalização das empresas, como é o caso do 5G; acesso às tecnologias desenvol vidas nos centros de pesquisa; formação de recursos humanos qualificados e acesso à novos mercados, inclusive internacionais, com diferenciais de qualidade e sustentabilidade em produtos e serviços. Essas políti cas devem também ter como foco a cultura da inova ção que aumenta a competitividade dos pequenos negócios e seu protagonismo no processo de recons trução da economia após a crise dos últimos anos.
Afinal, vender para lucrar e crescer é a essência do mundo dos negócios.
Precisamos então, mais do que nunca, de ações públicas e privadas que valorizem o empreendedor, personificado por homens, mulheres, os sêniores (com 60 anos ou mais), jovens, de diversas etnias e formações. Com esse objetivo, nossas institui ções estão, dia a dia, desenvolvendo novos proje
tos para melhor atendê-los em suas necessidades de crescimento.
Um exemplo disso será a Feira do Empreendedor, que ocorrerá no São Paulo Expo de 7 a 11 de outubro e para a qual gostaria de convidar a todos e a todas para participarem presencialmente ou online.
A Feira, que é a maior do mundo em empreende dorismo, agora será internacional com uma progra mação fantástica de atividades de capacitação, orientação, relacionamento e negócios.
Faça sua inscrição pelo link:
https://feiradoempreendedor.sebraesp.com.br/.
Espero sua visita! Um país desenvolvido se faz com empreendedores cada vez mais qualificados.
Por fim, relaciono aqui dados da dimensão do empreendedorismo no Brasil:
86 milhões de brasileiros beneficiados pela ativi dade empreendedora (40% da população);
54% dos empregos de carteira assinada;
78% dos empregos formais criados em 2021;
30% de todas as riquezas produzidas no País (PIB nacional);
44% de todos os salários pagos no País em empregos formais;
99% do número de empresas existentes.
Empresas do Vale do Ribeira recebem Selo Qualidade para o Turismo
Paraincentivar o desenvolvi mento econômico por meio do turismo regional, o Sebrae-SP e o Consórcio de Desenvolvimento Intermunicipal do Vale do Ribeira e Litoral Sul (Codivar) contempla ram 126 micro e pequenos negó cios do Vale do Ribeira com o Selo Qualidade para o Turismo desde o início da pandemia, entre 2020 e 2022. Ainda neste ano, mais 24 se los serão entregues no município de Apiaí, chegando ao número de 150 empresas capacitadas envolvendo as regiões turísticas Caminhos da Mata Atlântica, Cavernas da Mata Atlântica e Lagamar.
Desde o início da pandemia, o Sebrae-SP e o Codivar capacitam
empresas do trade do turismo no Vale do Ribeira visando a retomada e fortalecimento dos negócios. Empreendedores e empreendedoras participam de cursos de gestão nas áreas de marketing digital, finanças, gestão de pessoas e planejamento, além de consultorias individualizadas focadas no aumento da produtividade e na manutenção das atividades e planejamento especial direcionado ao retorno do turismo após o avanço da vacinação. As empresas participantes também são recebidas pelas prefeituras que apresentam seus atrativos turísticos e, por fim, participam de uma pales tra com o Sebrae-SP sobre a histó ria do Vale do Ribeira que estimula
o orgulho de se viver e trabalhar na região.
“Após um ano de incertezas e de mudanças radicais em todos os setores, nosso objetivo foi traba lhar este novo momento focando a experiência do cliente no atendi mento presencial e digital. O Selo de Qualidade no Turismo é uma forma de incentivar empreendedores e empreendedoras a oferecer servi ços de mais qualidade e também para o consumidor local e turistas reconhecerem os estabelecimen tos recomendados, proporcionando ainda mais visibilidade e desenvol vimento para o Vale do Ribeira”, comenta o diretor-superintendente do Sebrae-SP, Marco Vinholi.
Para a gerente regional do Sebrae -SP no Vale do Ribeira, Michelle Santos, o Selo de Qualidade para o Turismo não só proporciona mais competitividade para os peque nos negócios, como faz com que os empreendedores e empreendedoras sintam ainda mais orgulho de gerir uma empresa na região. “A maioria das pessoas cresce no Vale do Ribeira escutando que, para prosperar, precisa ir embora, que não tem perspectivas. Além da gestão, esse projeto estimula também o resgate do orgulho dessas pessoas que passam a entender o motivo desse pensa mento histórico e transformam essas questões em oportunidades. Mostra mos, cada vez mais, que dá gosto ser do Ribeira”, destaca.
Trabalho em novos tempos
Advogado especialista em direito trabalhista, Cassiano D’Angelo Braz analisa as mudanças do mercadoAs restrições impostas pela pandemia mudaram o modo de organizar as relações de trabalho: o home office se tornou comum e reuniões a distância pas saram a fazer parte do dia a dia. Mas outras mudanças, até mais disrup tivas, foram aceleradas pela pande mia. A principal delas é a jornada de trabalho de quatro dias por três de descanso sem redução salarial, que deixou de ser uma ideia exótica de países desenvolvidos e está sendo adotada até por pequenas empresas brasileiras. A principal justificativa é de que os empregados passam a ter mais qualidade de vida e otimi zam o tempo para desempenhar –ainda melhor – suas funções.
Para o advogado Cassiano D’Angelo Braz, especialista em direito trabalhista e sócio do Gaudên cio Advogados, a jornada reduzida pode trazer benefícios a empresas e a funcionários desde que haja um treinamento adequado e uma mudança na cultura interna para que as expectativas entrem em equilíbrio. Na entrevista a seguir, ele ressalta também que o teletrabalho veio para ficar – e que as regras precisam se adequar à legislação brasileira.
Há a tendência de algumas empresas adotarem jornada de trabalho semanal de quatro dias sem diminuição do salá rio, abrindo espaço para mais qualidade de vida do traba lhador. A legislação brasileira permite isso?
Sim. A Reforma Trabalhista, realizada em 2017, não alterou dispositivos da CLT que determi nam o princípio da irredutibilidade salarial. Assim, se a empresa optar pela jornada semanal reduzida para quatro dias, não poderá reduzir proporcionalmente os salários dos colaboradores. Também deve ser considerado que a legislação não permite o trabalho extraordiná rio em mais de 2h além da jornada de 8h diárias. Portanto, a empresa que optar por reduzir a jornada não poderá, em tese, distribuir
a jornada de 44h semanais nesses quatro dias. Uma opção é realizar acordos individuais ou coletivos de compensação da jornada. Outra alternativa é reduzi-la para 32h ou 35h, sem redução salarial.
Qual o perfil dessas empre sas? É possível aplicar essa jornada aos pequenos negócios?
Avalio que essa modalidade pode ser adotada por empresas que priori zam o resultado, e não a jornada de trabalho em si, que não precisam atender o cliente imediatamente e naquelas em que a oferta de servi ços ou produção possa sofrer parali sações pontuais. Se esse for o caso da pequena empresa, talvez seja possível aplicar a jornada de traba lho reduzida.
A quais pontos o empreen dedor deve ficar atento antes de adotar a jornada reduzida?
Para que essa iniciativa traga benefícios aos colaboradores e à empresa deve haver um treinamento bastante rigoroso e a aplicação de uma cultura interna que mante nha a produtividade, ainda que em uma jornada semanal de quatro dias, cuidando para não haver cobrança excessiva por parte das lideran ças de modo que não haja casos de assédio moral. Recomenda mos que as empresas avaliem com cautela as vantagens que possivel mente ocorrerão.
Quais tendências de mode los de trabalho também estão crescendo no pós-pandemia?
A pandemia estabeleceu novos paradigmas a empresas e colabo radores. A principal mudança foi a possibilidade de realizar o trabalho em home office. Houve a condição emergencial, que demonstrou o quanto empregadores e emprega dos conseguem se adaptar às novas realidades. Agora, após a abertura geral, muitas empresas que antes nem sequer pensavam na hipótese do teletrabalho hoje estão, ao menos, na modalidade híbrida. Além
disso, a pandemia forçou muitas empresas a adotar modelos de negócio que atendam à nova realidade, muitas vezes priorizando as vendas e negócios online, o que inclui reuniões telepresenciais. Ainda é um tempo de rescaldo da pandemia, mas podemos afirmar que os modelos de trabalho e os próprios trabalhadores terão que estar atentos à modalidade virtual, nos diversos segmentos.
Com a adoção cada vez maior de trabalho remoto, como fazer empresas e funcio nários respeitarem a jornada?
A Reforma Trabalhista de 2017, muito antes da pandemia, já estabeleceu que o teletrabalho é uma modalidade de trabalho que pode ser realizada sem o controle de jornada, ou seja, sem o chamado “cartão ponto”. Ocorre que há posicionamentos relevantes nas Procu radorias do Trabalho e no próprio Judiciário do Trabalho que deter
minam que, se a empresa tem possi bilidade de controlar a jornada, o faça a distância, como por meio de mensagens via WhatsApp, telefonemas, e-mails, etc. Elas têm a obrigação de registrar o ponto de seus colaboradores. Essa é uma tendência na jurisprudência e aconselhamos isso aos nossos clientes. Há diversos sistemas homologados pelo Ministério do Trabalho, que possibilitam o contrato por aplicativos em smart phones e computadores. Por isso, sugerimos que, mesmo em home office, haja o registro e controle de jornada. No que se refere ao respeito à jornada contratual, é muito comum que os colaboradores em home office trabalhem até mesmo além da jornada, o que não é aconse lhável, tendo em vista que, se a empresa possui meios de controle, podem ser devidos pagamentos das horas extras. Empresa e colabo rador devem se ajustar a essa nova realidade.
Entrevista do mês Divulgação O advogado Cassiano D’Angelo Braz: jornada reduzida pode ser adotada em empresas que priorizam o resultadoStartups lideradas por pessoas acima de 50 anos apontam caminhos para A inovação que
Entre as tendências que estão no radar do mercado e das or ganizações, a pauta da “econo mia prateada” está cada vez mais presente. Fazendo referência aos cabelos grisalhos de mulheres e ho mens que já passaram dos 50 anos, esse segmento da economia diz res peito não só ao grande contingente de consumidores nessa faixa etária, mas também àqueles que estão à frente de um negócio próprio.
Números do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatís tica) mostram que a parcela de brasileiros com 60 anos ou mais passou de 11,3% para 14,7% da população entre 2012 e 2021 – em número absolutos, o salto foi de 22,3 milhões para 31,2 milhões. Por outro lado, uma pesquisa do Sebrae aponta que, entre os donos de micro e pequenas
empresas em atividade em 2022, 29% tem mais de 50 anos – somente os maiores de 65 anos correspon dem a 6% do total de empreendedo res na ativa.
Na esteira desses números, nada mais natural que os empreendedores mais velhos passem a explo rar também uma área que ainda é dominada pelos mais jovens: a tecno logia. Mapeamento da Associação Brasileira de Startups mostra que 18,2% das startups brasileiras foram fundadas por pessoas com 46 anos ou mais. “A inovação envolve diver sidade, e uma startup nasce de uma dor de mercado, que muitas vezes é conhecida por quem a vivenciou. Existe aí uma grande possibilidade de criar algo que ainda não foi criado”, diz o consultor do Sebrae-SP Ricardo Sérgio Martins, gestor do Silver Startup Lab, uma iniciativa do
Sebrae for Startups para apoiar o desenvolvimento e crescimento de startups lideradas por pessoas acima de 50 anos. (Leia mais ao lado)
Hoje o programa tem 35 startups selecionadas, em diversas fases, desde a ideação até aquelas que já estão validadas pelo mercado. Para Martins, a troca de ideias e impressões entre esses empreendedores mais velhos e os mais jovens é fundamental para o crescimento das startups, cada um dando sua colaboração, porém os “prateados” conseguem se sair melhor em alguns tópicos funda mentais para quem quer ganhar mercado. “Em quatro anos traba lhando em projetos com startups, vejo que os mais experientes se aprofundam mais e também são os que têm uma visão mais clara de negócios”, diz.
REINVENÇÃO
A vontade de transformar uma ideia inovadora em negócio –e também o receio de não conseguir mais espaço no mercado de traba lho devido à idade – foi o que levou a engenheira química Lilian Laraia a investir na criação de sua startup, a Laraia Tech, há cerca de seis anos. A empresa atua com análise de dados e informações para auxiliar na tomada de decisões de empresas, utilizando para isso ferramentas de inteligência artificial, aprendi zado de máquina, análise semân tica e mineração de texto. “Acredito que as empresas precisam estar se reinventando o tempo todo, e preci sam de ferramentas para que isso aconteça”, diz.
Com uma carreira dedicada à pesquisa e desenvolvimento, e mais de 20 anos de atuação na indústria
Gabriel Jaretaautomobilística, Lilian encontrou uma oportunidade para empreender unindo a experiência dos processos do chão de fábrica com os estudos desenvolvidos em seu mestrado. Entre as soluções que a startup oferece, estão, por exemplo, um algoritmo para análise de paten tes e análises preditivas a partir de grandes bancos de informação. “Nosso objetivo é fazer com que nossos clientes sejam protagonistas do futuro da inovação, que possam dar um salto mais disruptivo ou fazer um passo a passo até estarem prontos”, afirma.
Para a startup sair do papel, porém, ela teve de passar por capaci tações para lidar com temas básicos necessários para gerir uma empresa, como finanças e planejamento de negócios. Hoje são cinco pessoas na empresa, incluindo um sócio de
75 anos, ex-professor da fundadora. “A experiência de quem viveu muito tempo é valiosa e nem sempre conseguimos fazer com que ela seja transferida. Hoje a equipe tem de 25 a 75 anos, e os mais novos estão absorvendo o que os mais velhos têm a oferecer. Antigamente, uma pessoa com 50 anos era velha, havia uma cultura de desprezar o idoso, mas a gente pode fazer muita coisa”, diz Lilian. Atualmente, a empresa está em fase de tração para se tornar sustentável no mercado.
MEMÓRIA AFETIVA
Ver de perto uma das principais queixas da pessoa idosa – a solidão – foi o que levou o empreende dor Adirson Allen a ter um “estalo”: por que não criar uma startup voltada para esse público, oferecendo as habilidades que eles têm para pessoas próximas que estejam com saudades do carinho dos avós?
Foi assim que surgiu a VoVs, nome inspirado no jeito carinhoso de chamar o avô e a avó, empresa criada por ele, hoje com 60 anos, e as duas filhas, na faixa de 20 anos.
“A gente trabalha com a memória afetiva, com quem sente falta daquele bolinho de chuva que a avó fazia com a receita dela”, diz.
O objetivo da VoVs é unir as pessoas mais velhas com uma habili dade especial a interessados em seus produtos ou serviços. Segundo Allen, o carro-chefe são habilidades culiná rias, mas há muitos que oferecem serviços de artesanato, de produção de acessórios, de pequenos reparos em roupas e sapatos e até companhia para atividades: uma cliente procurou uma senhora que a acompanhasse à feira semanalmente para ajudar a escolher frutas e verduras, como a avó fazia. “Tem também os que fazem serviços de reparos que ninguém mais faz. É fácil achar alguém que arruma celular, isso tem em qualquer esquina, mas não tem quem arrume um toca-fitas”, explica. Allen cita que o contingente de idosos conectados após a pandemia chega a 11 milhões de pessoas – e 95%
Sobre o programa
O Silver Startup Lab é resultado de uma parceria entre o Sebrae for Startups – iniciativa do Sebrae-SP para inovação – e a plataforma Maturi, voltada para conectar pessoas acima de 50 anos no mercado de trabalho. O programa teve início em junho e deve se encerrar em dezembro, e envolve diagnóstico, mentorias e acompanhamentos. Outras turmas estão previstas para o ano que vem, e o edital de participação será divulgado no site do Sebrae for Startups (startups. sebraesp.com.br).
deles acessam a internet via mobile. “Nesse processo, entendi que a tecnologia poderia ser uma barreira, por isso o aplicativo é muito fácil, simples de usar”, diz.
De acordo com o empreendedor, o VoVs tem uma logística baseada em “células” dentro de bairros ou regiões menores – hoje está em Campinas e em um bairro de São Paulo – e os pagamentos são feitos diretamente entre o tomador e o
fornecedor de serviços. O modelo de negócios é baseado em mídia dentro do aplicativo e em projetos maiores junto a empresas, além de mentoria para organizações que estão contratando pessoas acima de 60 anos. “Para empreender depois dos 50 anos é preciso ser intergeracional, procurar estar com gente mais jovem. São vários dogmas que precisam ser quebrados”, afirma Allen.
espaços que empreendedores e consumidores mais velhos ocupam no mercado vem dos ‘prateados’
donas
Proprietárias de hamburguerias colhem os resultados de
Aparticipação feminina no comando de hamburguerias, entre outras atividades de lanchonetes e fast food, vem cres cendo nos últimos anos. De dezem bro de 2019 até agosto de 2022, o número de Microempreendedores Individuais (MEIs) mulheres que atuam nesse segmento no Estado de São Paulo passou de 32,7 mil para 47,6 mil, um aumento de 45,7%, segundo dados do Portal do Empreendedor.
Atento ao maior interesse feminino no ramo, o escritório do Sebrae -SP na zona sul da capital paulista criou um projeto especial para
atender 42 donas de hambur guerias da região. A consultora de negócios Helena Andrade explica que a formação de um grupo voltado para mulheres criou a possibilidade de abordar questões específicas trazidas por elas. “Estamos sempre ouvindo o que os nossos clientes precisam e trazendo soluções para facilitar a sua jornada empreende dora. Acreditamos que iniciativas como essa podem encorajar cada vez mais mulheres a tirarem seus sonhos do papel e ver que é possível ser uma empreendedora de sucesso.”
Raquel Ramos, dona da Ramos Hamburgueria, é uma das empre sárias que fazem parte do grupo.
Ela começou a empreender em 2008 com uma loja para venda de salga dos. O negócio não deu certo e, afundada em dívidas, fechou as portas em 2010. “Abri meu negócio sem nenhum apoio, sem acesso à informação. Eu não fazia nenhum tipo de controle. Depois comecei a perceber que estava devendo muito dinheiro. Eu trabalhava, trabalhava e não tinha um real na conta”, relembra.
A experiência negativa fez Raquel desistir da ideia de se tornar empreendedora. Após receber ajuda da família para quitar as dívidas, ela se mudou para outra cidade e arrumou um emprego. “Eu me senti
muito envergonhada e humilhada. Fui embora para Brasília e lá trabalhei em um jornal com venda de anúncios. Fiquei assim por dois anos. Precisava restabelecer minha saúde mental. Eu me senti muito estranha, não sei explicar tudo que se passou comigo”, desabafa.
Tempos depois, a vontade de empreender falou falou mais alto e ela abriu uma loja de roupas em Gama, cidade-satélite do Distrito Federal. No entanto, a falta de informação a prejudicou novamente. Após contratar uma contadora para abrir seu CNPJ e ajudar com algumas questões administrativas, ela conheceu outra empreendedora que fazia cur-
Patricia Gonzalez Raquel Ramos, da Ramos Hamburgueria: “Hoje não vendo apenas comida, vendo momentos”da chapa
sos no Sebrae que a alertou que todas as capacitações e orientações eram gratuitas. “Eu pagava R$ 250 sem nenhuma necessidade; era muito dinheiro para mim na época. E eu me via cometendo os mesmos erros que havia cometido em 2008”, relembra.
O negócio também não deu certo e Raquel estava convencida de que empreender não era para ela. Retor nou para São Paulo e conseguiu emprego em uma escola de idiomas. Ficou lá durante sete anos e acreditou que aquele seria o rumo de sua vida. Até que uma mudança de gestão na empresa a abalou emocionalmente. “Tive crises de ansiedade e acabei demitida. Meu marido começou a insistir para que eu abrisse um CNPJ, mas eu não tinha forças para pensar nisso e não queria mais passar vergonha.”
O marido de Raquel tomou a iniciativa de ir até o Sebrae buscar ajuda para abrir o CNPJ e iniciar as primeiras consultorias e orientações. Raquel então participou de diversas capacitações, destacando o Sebrae Delas como uma das mais marcan tes. “Ouvi depoimentos de tantas mulheres que não tinham experiên cia como eu. Elas aprenderam e hoje estão dando muito certo”. Esse foi o incentivo que Raquel precisava.
A Ramos Hamburgueria comple tou cinco anos e Raquel se divide entre os cuidados com seu negócio e a maternidade. Atualmente ela trabalha apenas com delivery pois decidiu fechar a loja física, no bairro do Capão Redondo, quando sua filha nasceu. O foco principal de seu negócio são os mini-hambúr gueres sob encomenda para eventos e encontros. “Hoje não vendo apenas comida, vendo momentos”, afirma, com muito orgulho.
Depois de participar de diver sas capacitações, Raquel foi convi dada a entrar no projeto Mulheres no Universo do Hambúrguer junto com outras empreendedoras e destaca que esse é um momento especial de sua trajetória. “Estar com mulheres empreendendo no mesmo
setor com certeza faz com que a sintonia dobre. Está sendo de extrema importância para o meu negócio. Aprendo sobre custos, controle. É tudo que eu preciso para mim. Porque agora eu estou fazendo uma boa gestão com a hamburgueria. O Sebrae me ajuda a ver tudo que eu não conseguia enxergar sozinha.”
ACOLHIMENTO
A empreendedora Mariana Brait, dona da Grampa Burger, também migrou para o ramo de hamburgue rias em 2018 após decidir encerrar as atividades do pequeno mercado que administrava. Até a chegada da pandemia, o negócio caminhava bem. Porém, precisou fechar as portas e ainda enfrentar a morte
do marido, em julho de 2020. Com a ajuda da mãe e da cunhada, ela teve que recomeçar o empreendimento sem dinheiro no caixa.
“Hoje estou conseguindo administrar e ver meu negócio de uma forma melhor. Consigo não estar 100% na operação”, conta.
Mas Mariana percebe que há preconceito com as mulheres no dia a dia do trabalho. “Ser mulher nesse ramo é mais difícil. As pessoas acham que é um mercado mascu lino e respeitam mais quando tem o homem à frente. E agora temos apenas mulheres. Quando contrato homens eles não querem me ver como chefe. Eles querem me ver como amiga, ainda mais pela minha idade. A maioria das hamburgue-
Projeto Mulheres no Universo do Hambúrguer
rias tem homens à frente e é comum chegarem aqui perguntando quem é o dono, e não quem é a dona”, reflete.
Com o apoio recebido por outras mulheres que estão no mesmo ramo, Mariana deseja crescer e faz planos. “Estamos todas (participantes do grupo do Sebrae-SP) na região sul da Capital, mas não nos vemos como concorrentes. Eu me sinto acolhida, vejo que não estou sozinha. Agora eu quero ter mais visibilidade, quem sabe ter loja em outros bairros, sem fugir do que eu sou hoje.”
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O projeto Mulheres no Universo do Hambúrguer foi criado no escritório do Sebrae-SP na zona sul da capital paulista para atender um grupo de 42 mulheres que atuam no setor. A ideia surgiu após uma ação do Programa de Desenvolvimento Local, em que clientes suge riram o desenvolvimento de atividades específicas para um grupo com este perfil.
Assim o projeto nasceu com uma característica bem clara: focar em mulheres que atuam especificamente com o nicho de hamburgue rias. Quando nichamos um segmento, conseguimos atuar em necessidades específicas dessas empreendedoras e com isso o aumento de faturamento e a redução de custos tornam muito mais perceptíveis”, explica a consultora do Sebrae-SP Helena Andrade.
A consultora dá algumas dicas para quem deseja empreender no ramo de hamburguerias.
Fazer um plano de negócios e de marketing para identificar a viabilidade do futuro empreendimento.
Definir se irá atuar de forma presencial ou apenas delivery.
Fazer uma pesquisa de mercado para entender as necessidades dos potenciais clientes.
Escolher uma localização para o empreendimento de acordo com o público-alvo.
Estudar o setor e fazer cursos que ampliem a visão empreendedora e facilitem a gestão do negócio.
projeto do Sebrae-SP voltado a empreendedoras do segmento
Achegada do cão Pudim na vida de Alexandre Horta trouxe muita alegria e companhei rismo, mas também despertou uma vontade já existente de empreen der. Isso porque Pudim não aceitava muito bem as rações disponíveis no mercado, mesmo as mais caras. Foi então que Horta pesquisou, estudou e resolveu criar a Chef Vira-lata, uma empresa de comida natural para cães.
O administrador faz parte de um grupo de empreendedores do
Seja por necessidade veterinária ou por estilo de vida, pequenas COMIDA SAUDÁVEL
mercado pet que enxergou na alimentação saudável para animais de estimação uma oportunidade de negócio. A gestora estadual do segmento pet do Sebrae-SP, Vanessa Lima, afirma que se trata de uma tendência, com uma indústria muito competitiva e exigente.
Dados do Instituto Pet Brasil mostram que o Brasil ocupa o sexto lugar em faturamento mundial no setor, com R$ 51,7 bilhões em 2021. Para 2022, a expectativa é de um crescimento
de 14% e cifras de R$ 58,9 bilhões. “Os tutores estão cada vez mais fazendo um tratamento humani zado com seus animais, muitos os vendo como ‘seus filhos’, e não medindo esforços para oferecer -lhes qualidade de vida. Com isso, surgem diversos tipos de servi ços, brinquedos e, recentemente, a alimentação saudável”, destaca Vanessa, reforçando que existe uma série de regulamentações para quem vai trabalhar com alimenta ção animal.
No caso de Alexandre Horta, da Chef Vira-lata, ele procurou ajuda especializada e iniciou uma série de testes, inclusive com cães da família e de amigos, além de testes laboratoriais para verificar o balan ceamento dos pratos.
Um dos fatores que deram mais segurança para a criação da empresa foi o curso Empreenda, do Sebrae, em 2019. “O curso basicamente respondeu a todas as dúvidas que eu tinha com relação à marca, mercado, processos e me deixou muito bem preparado, ao ponto de já começar a entrar com regis tro da marca, trâmites burocráticos e desenvolvimento de embalagens”, relata Horta.
A empresa utiliza ingredientes, como arroz integral, seleta de legumes, moela de frango ou peito de frango ou coração bovino e proteína texturizada de soja, além de vender geleia de colágeno. A empresa oferece o serviço de assinatura mensal, em que as fórmulas são desenvolvidas de acordo com a característica de cada animal, e também por meio de vendas avulsas de potes com 400 ou 800 gramas.
A Chef Vira-lata foi uma das micro e pequenas empresas selecio nadas para expor no estande do Sebrae-SP na Expo Pet South America, maior evento voltado para o mercado pet da América Latina, realizado em agosto, em São Paulo. Segundo Horta, foi um “divisor de águas”, onde ele teve a oportuni dade de conversar com comprado res do Brasil e da América Latina.
“Este ano estamos ampliando nossa rede de revendedores, para que nossos produtos alcancem novas regiões. Nossa meta é atingir todos os Estados brasileiros. Como trabalhamos com a comida conge lada, nosso grande desafio é a logística”, afirma Horta.
EXPERIÊNCIA
A empreendedora Tania Addêo Carlquist atua no mercado de alimentação saudável para pets desde 2016, quando criou a Nena Pet
Alexandre Horta, da Chef Vira-lata: o problema do seu cão, Pudim, foi o ponto de partida para a empresaTAMBÉM É COISA DE PET
Alimentação Natural, em Sorocaba. Com formação em zootecnia e gastronomia, Tania encontrou uma oportunidade de unir as duas formações e trabalhar com algo que se sente confortável e segura.
A Nena Pet vende as receitas em porções para pronta entrega na loja de fábrica, tem freezers em pet shops e "creches" para pets, repre sentantes comercias e e-commerce. A empresa também oferece planos mensais com a possibilidade de escolha de receitas e porções perso nalizadas, produz receitas prescri tas por um profissional e ainda produz para marcas terceiras.
Tania relata que já houve um momento que a maior procura pelo produto era de clientes que estavam com seus pets em situação em que a mudança de alimenta ção era um recurso necessário e iminente por problemas de saúde. Hoje, o perfil está mais equilibrado, envolvendo pessoas que buscam alternativas entendidas como mais saudáveis seguindo o estilo de vida deles e estendendo para os pets da casa.
“Mesmo os profissionais que antes entendiam esse modelo de alimentação como não adequado, com o aquecimento desse mercado e maior compreensão do que é essa alimentação, estão mais adeptos e indicando para qualquer perfil de pet, não somente os que estão em condições de saúde debilitada”, afirma a empreendedora. “Enten demos que o nosso produto é uma tendência e não um modismo e cada vez mais o próprio mercado nos leva a entender que estamos no caminho certo”, completa.
RAÇÃO VEGANA
Os sócios Victor Augusto Ramos e Thais Lage de Almeida criaram a VegPet, empresa que engloba um e-commerce e distribuidora, e a Bicho Green, marca de ração vegana para cães e gatos. O envolvimento com o mercado começou com a chegada dos cães Rufus e Frodo. Vegetarianos, os sócios começa
ram a pesquisar uma alimentação natural para os pets que estivesse alinhada com os mesmos valores.
Eles encontraram uma opção vegetariana no interior de São Paulo e encontraram uma oportunidade de começar a vender o produto. O início envolveu um site bem simples até o lançamento, em 2015, do e-commerce para vender alimentos e outros produtos de higiene e acessórios.
Em 2017, após uma captação de investimento, eles lançaram a própria ração vegana, a Bicho Green, com planos de lançar novos produ tos relacionados à nutrição pet.
“O mercado, de forma geral, é muito receptivo a essa ideia de produtos vegetarianos e veganos. Gera muita discussão, principal mente porque nem todos conhe cem nutrição animal e confundem o fato de a ração ser vegana com uma possível necessidade de
suplementar proteínas de origem animal. Na realidade, eles preci sam dos aminoácidos, que podem ser extraídos de fontes vegetais ou sintetiza-los na hora da formula ção”, explica Victor Ramos.
Para ajudar a esclarecer os temas envolvendo a ração vegana,
a VegPet publica vídeos no YouTube com explicações e relatos de clien tes para tirar as principais dúvidas.
Conheça as tendências do mercado pet em https://bit.ly/3AN7Ft6
empresas investem em opções naturais e apostam no crescimento do mercadoVictor Augusto Ramos e Thais de Almeida apostaram na ração vegana Divulgação
A atitude que faz diferença
Desenvolver-se é um processo contínuo, tanto no campo pessoal quanto no profissional. Para quem empreende, as competências podem fazer diferença ao atender um cliente ou enfrentar um problema. Mas que competências são essas? Habilidades técnicas, conhecimentos teóricos e práticos são as chamadas hard skills. Competência comportamental, aspectos relacionados à inteligência emocional e a capacidade de se relacionar com os outros são as soft skills. Saber lidar com os outros é fundamental para o empreendedor, que mantém contato com muitas pessoas como clientes, colaboradores, fornecedores ou parceiros.
1. Inteligência emocional
O primeiro passo é o autoconhecimento. Tenha atenção aos seus comportamentos, aos feedbacks recebidos e aos problemas que encontra. Avalie quais competências você já tem e quais precisa desenvolver. Seja capaz de se autorregular diante de fatos negativos ou positivos, que tiram o foco. Você não deve reprimir seus sentimentos e emoções, mas respei tá-los e regulá-los. Outras opções para o desenvolvimento envolvem treinamentos, vivências e exercícios, inclusive físicos. A decisão de como buscar isso varia de uma pessoa para outra. A seguir, um pouco mais sobre soft skills
Envolve a capacidade de lidar com as emoções e os sentimentos próprios e dos outros. Quem tem inteligência emocional é capaz de racionalizar, entender suas emoções e seus sentimentos e canalizar sua energia para onde precisa. O objetivo é ter controle e conseguir separar questões pessoais e profissionais, evitar conflitos, ter maior compreensão sobre as emoções dos outros e saber como se comportar em momentos de crise.
8. Resolutividade e orientação para resultados
Um empreendedor orientado para o resultado buscará oferecer ao cliente a melhor solução para o problema dele, de forma rápida, precisa e o mais eficaz possível. Mas apenas resolver o problema do cliente não é suficiente, você precisa encantálo. Por isso, o seu sucesso será reflexo da combinação de diversas competências.
2. Comunicação
Em essência, a comunicação envolve a transmissão de uma mensagem entre emissor e receptor. Se o emissor não escolher corretamente palavras, símbolos ou imagens, o receptor pode não entender. A comunicação eficaz envolve atenção, escuta ativa (com foco e interesse genuíno) e empatia.
3. Empatia
A empatia ajuda a compreender a pessoa, o contexto, as necessidades apresentadas pelos envolvidos na situação. Isso pode fazer com que você repense a forma como realiza o seu serviço, como fabrica/comercializa seu produto e como atende o cliente.
7. Criatividade
Nem sempre percebemos a oportunidade de sermos criativos na realização das nossas atividades. Se você questionar e raciocinar sobre seu atendimento, serviço, produto e ações, você manterá sua criatividade aguçada. Evite ações repetitivas e automáticas que não fazem sentido.
6. Colaboração
Quando você se relaciona bem com os outros, sejam colaboradores, parceiros, fornecedores e, principalmente, com seus clientes, vocês passam a ter colaboração. Cada pessoa busca facilitar a atuação do outro em prol de um resultado melhor.
4. Flexibilidade
Envolve saber se adaptar às mudanças. Tanto a flexibilidade quanto a adaptabilidade possuem uma relação muito próxima com outra competência comportamental: a resiliência.
5. Resiliência
Resiliência é a capacidade de resolver problemas e seguir em frente. O resiliente é capaz de lidar com as próprias frustrações e persistir. A resiliência acompanhada da flexibilidade, permite que você seja um empreendedor aberto às mudanças.
Soft skills são competências comportamentais cada vez mais necessárias no ambiente empresarial
Ser velho é bom?
Quando será que a gente começa a ficar velho? É quando começamos a fa lar “no meu tempo”? Muita gente utili za a expressão com saudosismo, como se no passado as coisas fossem me lhores. Na verdade, acredito que eram apenas diferentes, mas esse comporta mento se repete nas empresas.
Um mito é considerar que a empresa existente há muitos anos passa credibili dade. Estar no mercado há muito tempo pode significar muitas coisas: resiliência para crises econômicas, boa administra ção, processos de melhoria contínua ou, por outro lado, estar estagnada em pro dutos antigos, dificuldades financeiras, dilapidação de bens pessoais para man ter a empresa funcionando.
Ser antigo no mercado, em alguns se tores, também pode causar mal-estar. As empresas de tecnologia precisam estar sempre “jovens”, se não a empre sa em si, o seu conceito, a sua maneira de atuar, seus produtos e serviços e tec nologia entregue.
Mas dá para fazer com que micro e pequenas empresas, que não são de tecnologia e no mercado há muito tempo
(ou nem tanto assim), fiquem com cara de novas?
A resposta é sim. Há espaço para inovação. Esse processo contribui para ampliar mercado, surgimento de opor tunidades e mais ganhos da empresa.
Inovar é fazer algo que não se fazia an tes e que vai gerar resultado positivo para a empresa. Pode ser um processo, um novo produto, uma forma de falar com os cola boradores, uma estratégia ou ferramen ta de marketing. Pode ser um detalhe que vai economizar tempo, que pode vi rar venda. Inovar é fazer diferente e obter resultados positivos diferentes.
Se é tão bom, por que as empre sas são tão resistentes? Porque quan do foram criadas as coisas aconteciam de forma diferente e o empresário se acostumou. O comodismo o paralisa.
Mas como fazer? O Sebrae tem inú meros programas que apoiam o desen volvimento de processos inovadores, entre eles o Brasil Mais. É gratuito para empresas que precisam de uma orien tação sobre como começar. Para saber como participar, acesse: https://brasil mais.economia.gov.br/
O Sebrae Responde é um serviço para tirar dúvidas de empreendedores sobre a abertura de novos negócios e questões relacionadas à gestão de empresas já em atividade.
Tudo começa no município
É na cidade que tudo começa. Traba lhamos, estudamos, cuidamos da saúde, fazemos compras, nos divertimos, entre inúmeras outras atividades, no município. É nele que os negócios nascem e fazem a economia girar.
Nessa engrenagem, as micro e pe quenas empresas — 99% das exis tentes no País — exercem um papel fundamental na geração de postos de trabalho e renda, influindo na qua lidade de vida da população.
Mas para um pequeno negócio ter lucro, prosperar e dar sua parcela de contribuição para o município, é necessário haver uma combinação de fatores que favoreçam seu desenvolvimento.
Algumas condicionantes dependem exclusivamente da empresa, como competência no que faz e boa gestão. Entretanto, fatores externos, que fogem ao controle do empreen dedor, podem pesar nos resultados.
É nesse ponto que políticas de in centivo aos pequenos negócios devem ser postas em prática. Poder público, lideranças locais, representantes setoriais e sociedade civil precisam estar unidos para proporcionar um ambiente favorável ao empreendedorismo.
Cabe a esses atores pensarem conjuntamente e encontrarem so luções para facilitar a atividade em preendedora, passando por medidas incentivos fiscais, maior participa
ção das micro e pequenas empresas em compras governamentais, menos burocracia, com redução de tem po para liberação de alvarás e agili dade para abertura e manutenção dos negócios, entre outras possibili dades que tornem o município atrati vo aos investimentos.
Outro ponto é a cidade ter boa infraestrutura, como oferta de ener gia elétrica, água, gás, saneamento e transporte, além de serviços que tra gam bem-estar como hospitais, esco las, projetos de sustentabilidade etc.
O capital humano também tem in fluência direta nessa equação. Incor porar o empreendedorismo como disciplina regular nas escolas des de o ensino fundamental e capacitar o empreendedor — ambas frentes de trabalho do Sebrae-SP — formam mão de obra qualificada a ser apro veitada localmente
Apoiar as pequenas empresas é agregar valor ao município. O desen volvimento das cidades passa por um empreendedorismo forte.
MARCO VINHOLI, Diretor‑superintendente do Sebrae‑SP
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ELOGIE. SUGIRA. CRITIQUE. RECLAME. Queremos ouvi-lo: 0800 570 0800 ouvidoria@sebraesp.com.br
Divulgação sebraeseunegocio.com.brSaúde na garrafa
Do combate a uma infecção intestinal crônica surgiu a AR Kombucha
Rogério Lagos
Formada em gastronomia, An gélica Araújo sempre gostou de preparar alimentos saudáveis, ainda mais quando o seu marido, Rogério Godoy, foi diagnosticado com colite, uma infecção intestinal crônica, em meados de 2015. Quan do se mudaram de São Paulo para Sete Barras, no Vale do Ribeira, tiveram contato pela primeira vez com a kombucha, bebida probióti ca adocicada, gaseificada, prepara da a partir da fermentação de chás verdes ou pretos. Por ser conhecida como “elixir da saúde” entre os povos asiáticos, Angélica passou a preparar em casa para a família. Em um pe ríodo de dois anos, segundo ela, os três pontos de inflamação do marido se reduziram a apenas um, enquanto que os seus próprios problemas com espinhas, cravos, refluxo e outros distúrbios intestinais melhoraram "em 90%", segundo sua avaliação.
Foi a partir deste momento que a empreendedora deixou de lado o ateliê de bolos com que traba lhava quando vivia em São Paulo e resolveu investir nos kombuchas, no final de 2019. Ela e o marido iniciaram com garrafinhas de água mineral e usavam uma barraca emprestada em eventos de degus tação e vendas; a identidade visual do produto ficava a cargo de Rogério. Com o tempo, muitos amigos começaram a pedir – os amigos dos amigos também – e o aumento da demanda teve o seu ápice no início da pandemia de Covid-19. “As pessoas passaram a se preocu par mais com a saúde e nossas vendas aumentaram bastante. Nossas kombuchas foram sendo
EXPEDIENTE
Publicação mensal do Sebrae‑SP
Edição impressa
CONSELHO DELIBERATIVO
Presidente: Tirso Meirelles
indicadas cada vez mais e passa mos a vender também em parceria com pontos comerciais da região e ampliamos o delivery para outros municípios do Vale do Ribeira”, comemora Angélica.
Foi nesse momento de cresci mento que o Sebrae-SP entrou na vida da AR Kombucha. Angélica participou de consultorias, cursos de finanças, marketing digital e realizou o curso Empretec, que trabalha as dez características do comportamento empreendedor por meio de uma metodologia desenvol vida pela Organização das Nações Unidas (ONU). “O Sebrae nos ajudou muito na organização, a separar o dinheiro pessoal do da empresa, a precificar corretamente os nossos produtos, a definir um pró-labore, a fazer um bom atendimento, a definir metas e objetivos. O Empretec, por exemplo, trabalha muito essas ques-
DIRETORIA EXECUTIVA
Diretor‑superintendente: Marco Vinholi
tões. Não adianta apenas crescer, apenar ir. Precisamos saber exata mente aonde queremos chegar.”
Para o consultor de negócios do Sebrae-SP Cláudio Perin, um dos profissionais que acompanham de perto a AR Kombucha no Vale do Ribeira, um dos pontos-chave para a prosperidade do negócio é a resolução da equação entre logís tica e escala, desafio que Angélica e Rogério terão de enfrentar daqui para frente. “O momento agora é de fortalecer a logística no mercado regional. O produto tem uma adesão muito boa e uma representatividade alinhada à região, muito por conta da sustentabilidade. Quando eles conseguirem se estabelecer no Vale, estarão aptos a investirem na escala”, explica.
Atualmente, Angélica e Rogério alugam um espaço que funciona como fábrica e também como escri
tório, ao mesmo tempo que troca ram as garrafas plásticas pelas de vidro. Oferecem dez sabores diferen tes de kombuchas, além de sabores extras sazonais. Tudo sempre preparado com produtos regionais, como o chá verde, de Registro, e frutas de cooperativas locais e até mesmo do próprio sítio da família, em Sete Barras. Enviam as bebidas para vários municípios do Vale do Ribeira e também para alguns pontos de São Paulo via transporta dora. A meta para 2023 é ampliar a escala, passando a atender todo o Vale do Ribeira e capital paulista. “Nossos clientes elogiam as mudanças e seguem indicando os nossos produtos, ao mesmo tempo que temos o suporte do Sebrae-SP sempre que necessário. Estamos confiantes para levar saúde em forma de kombucha para cada vez mais pessoas”, conclui Angélica.
Diretor Técnico do Sebrae SP e Diretor interino de Administração e Finanças do Sebrae SP: Ivan Hussni
JORNAL DE NEGÓCIOS
Unidade Marketing e Comunicação
Gerente: Vanessa Silva Pinto
ACSP, ANPEI, Banco do Brasil, Faesp, FecomercioSP, Fiesp, Fundação
ParqTec, IPT, Desenvolve SP, SEBRAE, Secretaria de Desenvolvimento
Econômico, Ciência e Tecnologia, Sindibancos‑SP, Superintendência
Estadual da Caixa Econômica Federal.
Coordenadora de Imprensa e Conteúdo: Marcelle Carvalho
Editores responsáveis e redatores: Gabriel Jareta (MTB 34769) e
Roberto Capisano Filho (MTB 46219). Assessores de imprensa: Gisele Tamamar, Patricia Gonzalez e Rogério Lagos. Estagiárias:
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PARA ANUNCIAR sp jn@sebraesp.com.br imprensa@sebraesp.com.br
Angélica e Rogério, da AR Kombucha: Sebrae-SP foi fundamental para eles organizarem melhor a empresaLIVROS
O MOMENTO DE VOAR (Sextante)
Motivados pela crença de que todas as vidas se igualam, Melinda Gates e seu marido Bill, fundador da Microsoft, vêm lutando constantemente para reduzir a desigualdade mundial. Durante o processo para extinguir a pobreza, Melinda chegou à conclusão de que para mudar a vida de uma comunidade, o ponto de partida crucial é o empoderamento das mulheres e o fortalecimento de sua autonomia na sociedade. No livro, ela divide histórias inesquecíveis e apresenta dados chocantes sobre as causas que mais precisam de atenção hoje – como o combate ao casamento infantil, a universalização do acesso a métodos anticoncepcionais e o fim da desigualdade de gênero no mercado de trabalho.
FAÇA ACONTECER (Companhia das Letras)
As mulheres representam grande parte da força de trabalho mundial, mas ainda são os homens que ocupam cargos de liderança. Dos 195 países, apenas 17 são liderados por mulheres, e ao olhar no mundo empresarial a liderança feminina é ainda menor. Sheryl Sandberg investiga as razões de o crescimento das mulheres na carreira estar há tantos anos estagnado, identificando a raiz do problema e oferecendo soluções práticas e sensatas para que elas atinjam todo o seu potencial. Na edição brasileira, inclui dados específicos da situação das mulheres no nosso País e conta com um prefácio da empresária Luiza Helena Trajano, presidente do Magazine Luiza.
MINDSET: A NOVA PSICOLOGIA DO SUCESSO (Objetiva)
Carol S. Dweck, professora de psicologia na Universidade Stanford e especialista internacional em sucesso e motivação, desenvolveu ao longo de décadas de pesquisa, um conceito fundamental: a nossa atitude mental com que vemos e encaramos a vida, que ela denomina mindset é de extrema importância na nossa trilha para o sucesso. Dessa forma, Dweck, revela como o sucesso pode ser traçado pela maneira como lidamos com nossos objetivos.
VAREJO DE PRODUTOS USADOS ESTÁ EM ALTA NO BRASIL
Tendência que ganhou força com a chegada da pandemia de Covid-19, a compra e venda de usados veio para ficar. Levantamento do Sebrae mostra que o mercado continua aquecido: foram 2.308 pequenos negócios abertos somente no primeiro semestre do ano, 74 a mais do que o mesmo período de 2021.
O fator financeiro aliado ao consumo consciente e sustentável e à redução de desperdício vêm garantindo a expansão de negócios no setor. Segundo o balanço da instituição, pouco mais de 2.050 Microempreendedores Individuais (MEIs) começaram a trabalhar com o comércio varejista de usados nos seis primeiros meses de 2022. Já as microempresas somaram quase 200 novos registros no segmento desde o início do ano. O número é menor nas empresas de pequeno porte, que chegaram a 55 no período.
48% DOS BRASILEIROS PREFEREM JOGAR NO CELULAR
A plataforma preferida de jogos dos brasileiros é o smartphone, mostra a 9ª edição da Pesquisa Game Brasil, que entrevistou 5.830 pessoas. De acordo com o levantamento, 48,3% dos entrevistados disseram que preferem jogar em celulares; 20% afirmaram que gostam mais de jogar nos consoles e 15,5% optam pelos desktops. A pesquisa também indagou sobre os hábitos da comunidade gamer durante o período de restrições mais duras da pandemia de Covid-19, com a população em casa por mais tempo; nesse aspecto, 72% dos entrevistados disseram que jogaram mais durante o isolamento social.
60% DAS EMPRESAS BRASILEIRAS NÃO ATINGEM META DE VENDAS
Por falta de planejamento, 60% das empresas brasileiras não atingiram as metas de vendas em 2021, segundo pesquisa Panorama de Vendas, feita pela RD Station com o apoio de TOTVS, Rock Content e the news. O estudo foi feito com 1.656 respostas de empresas em diferentes segmentos, portes variados e de todas as regiões do País entre 4 e 20 de abril deste ano. O levantamento mostrou também que 54% das empresas ainda não utilizam ferramentas para gerenciar o relacionamento com o cliente e fazer a gestão da equipe de vendas. Sem uma base para acompanhar as movimentações, a adoção de novas estratégias acaba prejudicada, o que pode influenciar nos resultados dos anos seguintes.
IDEIAS
PODCAST
GUN CAST
Murilo Gun, apresentador do podcast, é palestrante, professor de criatividade e ganhou dois prêmios iBest, em 1997 e 1998. No Gun Cast, ele compartilha os ensinamentos que obteve na Singularity University, onde estudou, e dá dicas para quem quer começar a empreender. Disponível: Spotify, Apple Podcasts.
PERGUNTE A QUEM ENTENDE
O que esperar do marketing digital em 2023?
FILME
O REI DO SHOW
O filme conta a história de P.T. Barnum (Hugh Jackman), inspirado em um personagem real do século 19, um menino pobre e sonhador que, com sua coragem e criatividade, conquista a atenção de Charity (Michelle Williams), uma menina rica. Enquanto os dois crescem e vivem um romance, ele tem a ideia de criar um show com personalidades excêntricas se apresentando para que o público esqueça a realidade. O filme mostra a carreira de altos e baixos do showman e como ele se agarrou ao sonho de mudar de vida para não desistir diante dos obstáculos. Disponível na Disney Plus.
Saiba mais em:
VÍDEO INOVAÇÃO
NO NEGÓCIO
Saiba como a inovação pode ajudar no sucesso do seu negócio e ser uma aliada para bons resultados.
A comunicação digital, que já crescia em alta velocidade, ganhou novo impulso com a pandemia. O marketing digital acompanha esse movimento, já mudou a forma de a empresa se comunicar e vender seus produtos e a perspectiva é de que continue nessa trajetória de transformações. Pesquisa do grupo WPP prevê que os investimentos de publicidade nos marketplaces brasi leiros vão crescer 550% em 2023, atingindo receita de R$ 2,6 bilhões.
Tendências estão solidificando suas formas no mercado digital. Uma delas é o marketing cada vez mais focado nos smartphones: os anúncios devem ser priorizados para esses dispositivos em 2023.
Outra grande tendência para 2023 é o aumento significativo de conteúdos em vídeos curtos. O Instagram já se prepara para a entrega cada vez maior do conteúdo publicado no reels, assim como a plataforma TikTok continua ganhando força. Com diversas redes em ação, esse conteúdo precisa ser direcionado e alternado. Materiais como e-books, conteúdos rápidos e interativos e que tenham a participa ção do público, vão se fortalecer em 2023.
A Pesquisa Global Interconnection Index (GXI) aponta que 64% dos entrevistados pretendem construir novos modelos de negócios digitais para permanecer economicamente viáveis até 2023. Até 2025, 75% dos líderes de negócios impulsionarão plataformas digitais e recursos de ecossis tema para adaptar suas cadeias de valor a novos mercados. Ainda conforme essa pesquisa, até o fim deste ano, 65% do PIB global será digitalizado.
Levantamento da consultoria EY Parthenon, publicado no Veja Insights, mostra que 23% dos entrevistados passaram a usar a internet para descobrir novos produtos e servi ços. Esse aumento deve crescer dentro das próprias redes sociais como Instagram e Whatsapp já em 2023.
A criação de conteúdos com qualidade em podcasts, com áudios longos que possam ser ouvidos em segundo plano, também continuam ganhando espaço. Finalmente, o marke ting de influência deve seguir forte e as empresas devem estar atentas à importância do uso de influenciadores digitais nas estratégias de marketing digital.
Tem alguma dúvida sobre como a tecnologia pode ajudar o seu negócio? Pergunte a quem entende! Mande um e ‑mail para imprensa@sebraesp.com.br.
Por Thaís Leonel, CEO da WSI Tecnologia Online e consultora de marketing digital DivulgaçãoTestada e aprovada
Depois de falir, Aguinalda de Souza Bezerra hoje colhe os frutos do sucesso à frente da Aipim CongeladosDepoimento a Ana Roxo*
“Eu comecei a empreender quando meu marido, Álvaro Vieira Ramos, pediu para ser demitido da metalúrgica onde trabalhava. Na ocasião, o patrão dele o incentivou a montar uma pa daria e nos apoiou financeiramen te para a abertura. Em seis meses falimos, pois não sabíamos como gerir o negócio e não tínhamos ex periência com o ramo alimentício. Tivemos que vender a padaria por um preço muito abaixo do merca do para pagar os funcionários e as contas, e meu marido ficou com o nome sujo.
Sempre fui dona de casa, e após perder tudo passamos por diversas dificuldades, tivemos que tirar nossa filha do colégio, estávamos os dois sem trabalho. Começamos a tentar fazer salgados congelados para vender, e o Álvaro um dia inventou de fazer um salgado de mandioca.
Foi muito difícil, porque no início não acertávamos a massa, a gente nessa época já vendia outros salga dos, mas meu marido queria imple mentar a mandioca no cardápio. Demorou um tempo até conseguir mos acertar a receita, mas quando deu certo, todos gostaram dessa linha feita com mandioca. Isso foi há cerca de dez anos, e hoje vendemos uma tonelada de salga dos dessa linha por mês.
No começo fazíamos os salgados na cozinha de casa e as vendas eram de porta em porta: colocávamos os salgados no carro e passávamos vendendo, às vezes íamos também a pé, e conquistamos nossos clien tes assim. Vendíamos em padarias, bares e lanchonetes. Hoje já vende mos nossos produtos nos principais mercados e atacadões de Jundiaí e os clientes também podem fazer os pedidos direto aqui na loja.
Por dia, nossa média de vendas é de 3 mil a 4 mil salgados. Hoje, na Aipim Congelados, temos quatro funcionários e quero contratar mais dois até o fim do ano. O espaço da fábrica já está ficando pequeno e quero mudar para um local maior ano que vem.
Hoje em dia vendo meus salga dos também no Mercado Munici pal da Lapa, em São Paulo. Um dia levei para um familiar meu que tem um estande lá e eles adora ram: de 15 em 15 dias, meus salga
dos são levados para São Paulo e as vendas estão indo muito bem.
Após uma série de medidas de segurança, ensinar meus funcio nários, confiar neles, hoje consigo delegar algumas funções e não tenho que ficar 100% do tempo traba lhando. Agora não abro mais a fábrica de manhã e vou um sábado sim, um não. A próxima meta é parar de trabalhar de sábado e deixar aos cuidados deles.
Com o Sebrae-SP, aprendi a implementar a tecnologia na empresa,
usar computador para fazer a parte burocrática, assim eu otimizo meu tempo na hora de produzir meus salgados.
Um conselho que posso dar é ter sempre determinação, ter confiança em você e no seu produto e não desistir nunca, persistir sempre para poder virar um gigante.”
*Estagiária sob supervisão dos editores
Saiba como transformar sua ideia em um negócio de sucesso em https://bit.ly/3Bfm7LK
Aguinalda de Souza, da Aipim Congelados: mandioca salvou as finanças