VetScience Magazine nº2

Page 1


ÍNDICE

03 . ALERGOLOGIA

16 . ENDOCRINOLOGIA

19 . BIOLOGIA MOLECULAR

03 . SUBLINGUAL IMMUNOTHERAPY FOR PETS: A GUIDE FOR VETERINARY DERMATOLOGISTS 09 . Multicentre Open Trial Demonstrates Efficacy of Sublingual Immunotherapy in Canine Atopic Dermatitis 11 . A IMUNOTERAPIA COMO SOLUÇÃO PARA OS CASOS DE DERMATITE ATÓPICA CANINA (DAC)

16 . DIABETES MELLITUS E INSULINOTERAPIA

19 . GASTROENTERITES PARVOVIROSE E CORONAVIROSE EM CÃES E GATOS

22 . HEMATOLOGIA

26 . PATOLOGIA

28 . MEDICINA LABORATORIAL DE FELINOS

22 . Anemia Hemolítica em cães e gatos 23 . ALTERAÇÕES LAQUETÁRIAS PARTE I - TROMBOCITOPENIA

24 . LEISHMANIOSE VISCERAL CANINA

24 . DIAGNÓSTICO DA LEISHMANIOSE VISCERAL CANINA

32 . MICROBIOLOGIA

37 . URINÁLISE

32 . RESISTÊNCIA BACTERIANA 34 . ANTIFUNGIGRAMA: QUANDO SOLICITAR E COMO INTERPRETAR (1)

37 . INFECÇÕES DO TRATO URINÁRIO E UROCULTURA EM PETS

26 . COMO COLETAR MATERIAL PARA MIELOGRAMA

28 . DIABETES EM FELINOS, USO DA FRUTOSAMINA E GLICOHEMOGLOBINA NO DIAGNÓSTICO 30 . PANLEUCOPENIA FELINA

EXPEDIENTE Editores /publishers:

CIRCULAÇAO DIRIGIDA

Projeto Gráfico e Diagramação:

A revista VetScience® Magazine é uma publicação do Grupo TECSA dirigida somente aos médicos veterinários, como parte do Projeto JORNADA DO CONHECIMENTO, criado pelo mesmo. Este projeto visa a universalização do conhecimento em Medicina Laboratorial Veterinária. A periodicidade é Bimestral, com artigos originais de pesquisa clínica e experimental, artigos de revisão sistemática de literatura, metanálise, artigos de opinião, comunicações, imagens e cartas ao editor.

Dr. Luiz Eduardo Ristow . CRMV-SP 5560S . CRMV-MG 3708 . ristow@tecsa.com.br Dr. Afonso Alvarez Perez Jr. . afonsoperez@tecsa.com.br Equipe de Médicos Veterinários TECSA . tecsa@tecsa.com.br Haja Comunicação . haja@hajacomunicacao.com

Contatos e Publicidade:

comunicacao@tecsa.com.br Av. do Contorno , nº 6226 , B. funcionários, Belo Horizonte- MG – CEP 30.110-042 PABX-(31) 3281-0500 5000 revistas Publicação Bimestral

Não é permitida a reprodução total ou parcial do conteúdo desta revista sem a prévia autorização do TECSA. Os editores não podem se responsabilizar pelo abuso ou má aplicação do conteúdo da revista VetScience magazine.

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Grupo TECSA – 20 anos de precisão, tecnologia e agilidade.

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ISSN: 2358-1018


Dr. Afonso Perez Diretor Executivo

Dr. Luiz Ristow Diretor Técnico

EDITORIAL EXECUTIVO

EDITORIAL TÉCNICO

GRUPO TECSA 20 ANOS ! A revista técnica do Grupo TECSA , voltada exclusivamente para o médico veterinário, foi um absoluto sucesso em seu primeiro número. Com uma linguagem fácil e direcionada ao dia a dia do clínico, optamos por trazer artigos no formato de comentário ou de resumos, apontando diretamente as partes relevantes de cada tema, especialmente no que diz respeito à correlação clínico laboratorial. Neste novo exemplar mantemos a mesma linha editorial, abrimos uma única exceção para publicarmos 2 artigos originais da HESKA, por se tratarem de textos muito bem delineados e que suportam o entendimento de nosso tema central desta 2ª edição: A Alergologia. Apresentamos ainda nesta edição a empresa de logística do Grupo TECSA – a LOGLIFE, criada especialmente para atender aos clientes do TECSA Laboratórios. Com

ALERGOLOGIA VETERINÁRIA A Alergologia entrou definitivamente para o escopo das especialidades da medicina veterinária. Trata-se da mais recente e mais tecnológica especialidade, onde os conhecimentos de dermatologia, gastroenterologia, pneumologia, infectologia e imunologia se encontram e são exigidos em sua mais profunda complexidade. Diagnosticar e tratar um alergia crônica em animais domésticos, foi por muitos anos um pesadelo para médicos veterinários clínicos. Porém, com a chegada ao Brasil de modernas metodologias de diagnóstico das atopias, com base técnica e respaldo da comunidade científica, este cenário mudou. Ao buscar a empresa suíça HESKA, o TECSA trouxe ao país a líder mundial em diagnóstico e em imunoterapia antialérgica. Por muitos anos estavam disponíveis no Brasil apenas testes duvidosos, pois não mediam a correta fração de IgE, mas outras imunoglobulinas que nada tem a ver com o quadro alérgico. Com a chegada dos testes HESKA Allercept a precisão e a especificidade tão sonhadas se fizeram presentes. Desta forma o alergologista passa a ter uma ferramenta confiável e segura para exercer a sua especialidade. Aliado a isto trouxemos o lançamento mundial da HESKA: a imunoterapia sublingual, que compõe com imunoterapia subcutânea HESKA, o mais avançado e eficaz sistema de tratamento das alergias. Estamos sempre abertos para ouvir sua opinião e seus comentários sobre este tema de capa e os demais temas da nossa revista . Boa leitura.

bases próprias nas cidades do Rio de Janeiro, Belo Horizonte e São Paulo, e já atuando em mais de 100 cidades no Brasil, a Loglife opera com segurança, atendendo a todas as exigências e normas do MAPA, ANVISA, ISO 17025 e ISO

9001. Nossa preocupação com a logística perfeita é tanta que não nos contentamos em fazer parcerias e montamos nossa própria empresa, que já nasceu grande e reconhecida. A prova desse reconhecimento é a confian-

ça de grandes empresas como a LAB., NASA, DLE, DASA e de outras que já utilizaram a nossa coleta/transporte.

O Grupo TECSA se formou com qualidade classe mundial para o apoio total ao médico veterinário, sendo hoje o maior laboratório veterinário da América Latina. Portanto, exija o melhor e não se contente com pouco ou com cópias, venha para o TECSA – empresa campeã em qualidade no Brasil.

Dr. Luiz Eduardo Ristow ristow@tecsa.com.br

Dr. Afonso Alvarez Perez Jr afonsoperez@tecsa.com.br

Dr. Afonso Perez

Dr. Luiz Ristow


ALERGOLOGIA ORIGINAL ARTICLE

SUBLINGUAL IMMUNOTHERAPY FOR PETS: Mary
Morris,
M.D.*
and
Douglas
J.
DeBoer,
D.V.M. A GUIDE FOR VETERINARY DERMATOLOGISTS *Allergy
Associates
of
La
Crosse,
La
Crosse,
WI
and
 School
of
Veterinary
Medicine,
University
of
Wisconsin,

SUBLINGUAL
IMMUNOTHERAPY
FOR
PETS:

A
GUIDE
FOR
VETERINARY
DERMATOLOGISTS
 +

+

Madison,
WI

Mary Morris, M.D.* and Douglas J. DeBoer, D.V.M.+

*Allergy Associates of La Crosse, La Crosse, WI and +School of Veterinary Medicine, University of Wisconsin, Madison, WI

The
formulaFon
of
SLIT
treatment
sets
is
different
 than
 that
 of
 injecFon
 ASIT.
 
 Allergy
 “shots”
 use
 phenol‐saline
 based
 allergen
 extracts
 as
 the
 starFng
material,
whereas
SLIT
is
formulated
with
 glycerin‐stabilized
 extracts
 prepared
 in
 a
 vehicle
 that
 augments
 uptake
 through
 the
 oral
 mucosa.

 In
the
United
States,
allergenic
extracts
for
human
 injecFon
 are
 FDA‐registered,
 and
 therefore
 SLIT
 represents
 “off‐label”
 use.
 
 This
 is
 concerning
 to
 some
 physicians,
 and
 is
 a
 major
 factor
 that
 has
 limited
 the
 use
 of
 SLIT
 for
 human
 beings
 in
 the
 USA.
 
 The
 situaFon
 is
 much
 different
 in
 Europe,
 where
 many
 extracts
 and
 specific
 products,
 even
 including
 oral
 lozenge‐type
 products,
 are
 registered
for
use
in
SLIT.

Some
of
these
products
 are
 undergoing
 regulatory
 review
 in
 the
 USA
 for
 human
use,
and
may
be
available
here
in
the
near
 future.

Canine
 atopic
 dermaFFs
 (AD)
 is
 a
 common
 diagnosis
 in
 veterinary
 dermatology,
 affecFng
 as
 much
as
3‐10%
of
the
canine
populaFon.1

Though
 many
 treatments
 currently
 exist
 for
 AD,
 many
 have
 drawbacks
 and
 none
 are
 universally
 effecFve;
 there
 is
 clearly
 a
 need
 for
 addiFonal
 therapeuFc
 opFons.
 Allergen‐specific
 immune‐ therapy
 (ASIT)
 via
 subcutaneous
 injecFon
 –
 “allergy
shots”
–
has
efficacy
in
as
many
as
70%
of
 treated
 paFents;
 however,
 it
 requires
 weekly
 to
 twice‐monthly
 injecFons.
 
 Owners
 who
 find
 injecFons
 difficult
 to
 administer,
 or
 who
 are
 frightened
of
needles,
can
be
averse
to
use
of
this
 therapy.
 Allergen‐specific
 immunotherapy
 has
 been
 used
 in
human
beings
for
over
100
years,
supported
by
 well‐controlled
 studies
 showing
 its
 effecFveness
 with
 both
 environmental
 and
 venom
 allergens.

 ASIT
 has
 been
 used
 in
 dogs,
 cats
 and
 horses
 for
 over
 40
 years.
 
 Unlike
 ASIT
 in
 people,
 there
 are
 very
 few
 randomized,
 controlled
 scienFfic
 trials
 available
 to
 determine
 the
 efficacy,
 opFmal
 dose
 and
frequency
of
injecFons
for
ASIT
in
companion
 animals.
 
 Recent
 reviews
 and
 commentary
 on
 treatment
 of
 AD
 in
 animals
 stress
 the
 lack
 of
 controlled
 studies
 on
 injecFon
 ASIT,
 yet
 there
 exists
 substanFal
 empirical
 evidence
 from
 open
 trials
 that
 immunotherapy
 is
 beneficial
 for
 AD
 in
 animals.2,3

Allergenic
 extracts
 sold
 in
 the
 USA
 for
 veterinary
 use
are
licensed
by
the
USDA,
much
like
a
vaccine
 or
 other
 biological
 product.
 
 Because
 registraFon
 for
 veterinary
 extracts
 is
 not
 via
 the
 FDA,
 the
 same
 limitaFons
 on
 “off‐label”
 use
 do
 not
 apply.

 The
 prospect
 of
 using
 SLIT
 treatment
 in
 animals
 represents
 an
 exciFng
 and
 valuable
 new
 therapy
 opFon
for
AD
in
animals.
 SUBLINGUAL
IMMUNOTHERAPY
IN
HUMANS
 Review
of
Mechanism

Sublingual
 immunotherapy
 (SLIT)
 or
 “allergy
 drops”
is
a
form
of
ASIT
that
historically
has
been
 favored
in
Europe
more
so
than
in
North
America.

 Like
injecFon
ASIT,
SLIT
has
been
used
in
humans
 for
 over
 50
 years.
 
 A
 growing
 body
 of
 evidence
 and
 research
 supports
 the
 use
 of
 SLIT
 for
 human
 allergy,
 and
 the
 World
 Allergy
 OrganizaFon
 endorses
its
use.4

Over
 the
 last
 several
 years,
 a
 great
 deal
 of
 understanding
 has
 been
 gained
 on
 the
 mechanisms
 involved
 in
 humans,
 specifically
 the
 sublingual
 route.
 
 Sublingual
 immunotherapy
 allows
 specific
 anFgens
 placed
 under
 the
 tongue
 to
 induce
 immunologic
 tolerance.
 
 MulFple
 mechanisms
 are
 involved
 and
 include
 the
 1

3


ALERGOLOGIA

and
are
mediated
by
IL‐10
produced
by
dendriFc
 cells
 and
 regulatory
 T‐cells.
 An
 important
 observaFon
 from
 Marogna’s
 study
 on
 mulFple‐
 versus
 single‐anFgen
 sublingual
 immunotherapy
 was
 that
 suppression
 by
 IL‐10
 was
 non‐specific;
 treaFng
 a
 major
 allergen
 sensiFvity
 also
 resulted
 in
 some
 symptomaFc
 benefit
 even
 to
 allergens
 that
were
not
included
in
the
treatment
mixture.
9

producFon
of
anF‐inflammatory
cytokines
such
as
 IL‐10
and
the
inducFon
of
regulatory
T‐cells.
 The
mucosal
area
under
the
tongue
is
a
privileged
 immunologic
 site
 with
 unique
 characterisFcs.
 
 It
 consists
 of
 a
 physical
 barrier
 with
 integrated
 immunologic
 elements
 that
 allow
 the
 uptake
 of
 anFgens
 while
 prevenFng
 the
 invasion
 by
 pathogens.5
 
 Local
 immune
 cells
 must
 constantly
 differenFate
 between
 harmless
 anFgens
 and
 harmful
 pathogens
 and
 must
 tolerate
 a
 broad
 range
of
food
anFgens
for
normal
funcFon.

There
 is
 a
 high
 concentraFon
 of
 dendriFc
 cells
 and
 T‐ cells
 and
 a
 low
 concentraFon
 of
 mast
 cells,
 basophils
and
eosinophils.

DendriFc
cells
present
 in
 the
 oral
 cavity
 appear
 to
 have
 unique
 funcFonal
properFes
as
well
as
differences
in
cell
 surface
 markers
 compared
 to
 other
 dendriFc
 cells,
 which
 may
 explain
 part
 of
 the
 difference
 in
 response
 between
 injecFon
 immunotherapy
 and
 SLIT.6
 
 Both
 immediate
 and
 delayed
 allergic
 responses
at
this
site
are
muted,
which
contrasts
 with
other
mucosal
surfaces.

The
oral
cavity
is
a
 unique,
 immunologically
 acFve
 area
 which
 tolerates
 foreign
 anFgens
 and
 thus
 is
 ideal
 for
 immunotherapy.

IgG4
induced
by
immunotherapy
is
thought
to
act
 as
blocking
anFbody
to
anFgens
and
is
associated
 with
immunologic
tolerance.10

Secretory
IgA
may
 play
a
crucial
role
in
the
immunologic
benefits
of
 sublingual
 immunotherapy
 at
 lower
 doses
 where
 changes
in
IgG4
and
IgE
are
not
seen.
11,
12
 A
 decrease
 in
 end‐organ
 sensiFvity,
 such
 as
 to
 bronchial
 and
 nasal
 provocaFon,
 is
 seen
 at
 all
 ranges
 of
 sublingual
 immunotherapy
 doses.
 
 As
 treatment
 progresses,
 increases
 in
 IgA
 and
 IgG4
 induced
 by
 immunotherapy
 may
 require
 an
 increase
in
anFgen
dosing.

IgE
may
be
transiently
 increased
 during
 the
 early
 phase
 of
 sublingual
 immunotherapy,
 before
 the
 IgE
 levels
 eventually
 decline.
 
 With
 higher
 doses
 of
 immunotherapy,
 clonal
deleFon
and
anergy
among
reacFve
T‐cells
 are
seen.13

During
sublingual
immunotherapy,
a
small
porFon
 of
the
anFgen
is
taken
up
by
dendriFc
cells
in
the
 mucosa.
 
 IgE
 bound
 to
 high
 affinity
 receptors
 on
 dendriFc
 cells
 facilitates
 anFgen
 uptake
 and
 has
 the
effect
of
concentraFng
the
anFgen
100–1000
 fold
 in
 sensiFzed
 individuals.
 DendriFc
 cells
 parFally
 mature
 and
 migrate
 to
 the
 basal
 lamina
 where
the
anFgen
is
presented
to
T‐cells,
directly
 inducing
an
effector
response.

DendriFc
cells
also
 migrate
 to
 regional
 lymph
 nodes
 where
 they
 prime
 naive
 T‐cells
 and
 induce
 regulatory
 T‐cell
 formaFon.
7

Allergen‐specific
immunotherapy
has
been
shown
 to
 sustain
 disease‐modifying
 effects
 even
 aler
 disconFnuaFon
 of
 acFve
 treatment.
 
 IgG4
 develops
throughout
the
course
of
treatment
and
 has
shown
persistence
for
an
addiFonal
year
aler
 SLIT
 (as
 well
 as
 SCIT)
 has
 been
 stopped.
 
 IgG
 anFbodies
 appear
 pprotecFve
 with
 ability
 to
 block
IgE.14,15
 Review
of
Evidence
for
Efficacy
 Efficacy
of
sublingual
immunotherapy
depends
on
 anFgen
 choice,
 frequency,
 and
 dose,
 as
 a
 variety
 of
studies
over
the
past
several
decades
indicate.

 Since
 1999,
 more
 than
 80
 double‐blind,
 placebo‐ controlled
studies
on
SLIT
were
published
in
peer‐ reviewed
 journals,
 though
 most
 were
 European.

 The
 studies
 showed
 SLIT
 to
 be
 safe
 and
 effecFve
 for
 adults
 and
 children,
 indicated
 that
 SLIT

Regulatory
 T‐cells
 modulate
 Th1
 and
 Th2
 responses
 directly
 and
 indirectly
 through
 cell‐cell
 contact
and
by
cytokines
including
IL‐10
and
TGF‐ β.
 
 Very
 early
 effects
 of
 immunotherapy
 are
 related
to
mast
cell
and
basophil
desensiFzaFon.8

 Non‐specific
effects
of
sublingual
immunotherapy
 may
be
seen
within
the
first
4
weeks
of
treatment
 2

4


ALERGOLOGIA

However,
 several
 recent
 studies
 have
 re‐ examined
 the
 possibiliFes
 for
 SLIT
 in
 human
 atopic
 dermaFFs
 and
 have
 concluded
 that
 it
 can
 be
clearly
effecFve.17,18,19

reduced
asthma
symptoms,
someFmes
prevented
 asthma
 from
 developing,
 and
 showed
 lasFng
 benefit
 aler
 treatment
 was
 stopped.
 
 Research
 began
 in
 the
 USA
 in
 1995,
 with
 Peter
 CreFcos
 of
 Johns
 Hopkins
 publishing
 a
 study
 on
 oral
 immunotherapy
 for
 ragweed.
 
 In
 a
 1998
 posiFon
 paper,
 the
 World
 Health
 OrganizaFon
 endorsed
 SLIT
as
a
“viable
alternaFve
to
injecFon
therapy.”

 The
 Allergy
 RhiniFs
 and
 its
 Impact
 on
 Asthma
 Guidelines
(ARIA)
endorsement
of
SLIT
followed
in
 2001.

SLIT
and
SCIT
compared
ARIA
Update
on
 Allergen
Immunotherapy

In
 2003,
 a
 Cochrane
 Report
 panel
 of
 experts
 reviewed
 22
 “grade
 A”
 clinical
 trials
 on
 SLIT
 involving
 979
 paFents.
 
 The
 experts
 reviewed
 six
 SLIT
 studies
 on
 dust
 mites,
 five
 on
 grass
 pollen,
 five
 on
 Parietaria
 (a
 common
 European
 pollen),
 two
on
olive
pollen
and
one
each
on
ragweed,
cat
 dander,
 tree
 pollen,
 and
 cypress
 pollen.
 
 Each
 study
 was
 double‐blind
 and
 placebo‐controlled.

 Cochrane’s
 conclusion:
 
 For
 these
 allergies,
 SLIT
 significantly
 reduced
 symptoms
 and
 need
 for
 symptom‐relieving
 medicaFon.
 
 Across
 all
 trials,
 SLIT
 reduced
 symptoms
 by
 42
 percent
 and
 reduced
 medicaFon
 need
 by
 43
 percent.
 
 No
 adverse
 reacFons
 occurred.
 
 SLIT’s
 benefits
 persisted
 for
 at
 least
 three
 years
 aler
 treatment
 stopped.

 An
update
to
the
Cochrane
review
was
completed
 in
2011.
This
confirmed
the
efficacy
and
safety
of
 SLIT.16

SCIT

SLIT

Clinical
Efficacy:
RhiniFs

Ib

Ia

Clinical
Efficacy:
Asthma

Ia

Ia

Clinical
Efficacy:
RhiniFs
 (children)

Ib

Ia

PrevenFon
of
new
 sensiFzaFons

Ib

IIa

Long
term
effect

Ib

IIa

PrevenFon
of
asthma

Ib

Ib

Table
 lists
 grade
 of
 evidence
 for
 each
 parameter
with
SCIT
vs
SLIT.

Favorable
 research
 conFnues
 today,
 with
 ARIA
 noFng
 in
 2007
 that
 there
 is
 more
 research
 being
 done
on
SLIT
than
there
is
on
SCIT,
and
that
SLIT
 studies
 are
 higher
 quality
 as
 defined
 by
 WHO
 study
 design
 guidelines
 (see
 table
 below).
 
 A
 full
 bibliography
 can
 be
 found
 at
 www.allergychoices.com/bibliography.

Ref:
Passalacqua,
G,
Durham,
S.
et
al.
Allergic
 RhiniFs
 and
 its
 Impact
 on
 Asthma
 update:
 Allergen
immunotherapy.
JACI.
2007;
119(4):
 881‐891

 
 SUBLINGUAL
IMMUNOTHERAPY
IN
VETERINARY
 MEDICINE

Studies
 on
 SLIT
 in
 human
 allergic
 disease
 have
 focused
 mostly
 on
 allergic
 rhiniFs
 and
 asthma,
 and
less
on
atopic
dermaFFs
(eczema)
–
perhaps
 because
 historically
 there
 has
 been
 a
 feeling
 among
physician
allergists
that
immunotherapy
in
 general
 is
 not
 as
 useful
 for
 atopic
 skin
 disease.

Evidence
for
Efficacy
 Studies
 on
 SLIT
 and
 other
 non‐injecFon
 methods
 of
 ASIT
 for
 use
 in
 pets
 are
 only
 just
 being
 3

5


ALERGOLOGIA

experimental
 evidence
 that
 shows
 that
 the
 mechanism
 of
 SLIT
 is
 somewhat
 different
 than
 that
of
injecFon
immunotherapy.

SLIT
is
not
just
 a
different
route
of
administraFon
to
produce
the
 same
effect,
it’s
actually
in
some
ways
a
different
 treatment
altogether.

reported.
 
 One
 recent
 study
 in
 an
 experimental
 model
 of
 canine
 AD
 failed
 to
 show
 evidence
 for
 efficacy
 of
 orally‐administered
 allergen
 in
 laboratory
 beagles
 experimentally
 sensiFzed
 to
 dust
mite;
however
in
this
study
the
allergen
was
 fed
 to
 the
 dog
 rather
 than
 applied
 to
 the
 mucosa.20
 
 Another
 small
 open
 trial
 of
 atopic
 canine
 clinical
 paFents
 with
 dust
 mite
 allergy
 treated
with
 SLIT
reported
 clinical
 benefit
in
80%
 of
 dogs,
 and
 that
 clinical
 benefit
 was
 usually
 accompanied
 by
 measurable
 immunologic
 changes,
 including
 significant
 increases
 in
 allergen‐specific
 IgG
 and
 decreases
 in
 allergen‐ specific
IgE.21,22

Advantages
and
Disadvantages
of
SLIT
 One
 big
 advantage
 of
 SLIT
 is
 in
 ease
 of
 administraFon.
 
 We’ve
 found
 that
 though
 many
 owners
 “don’t
 mind”
 giving
 injecFons
 to
 their
 pets,
 most
 owners
 clearly
 don’t
 relish
 it,
 and
 are
 delighted
 to
 be
 presented
 with
 an
 alternaFve
 to
 giving
 injecFons.
 
 Most
 dogs
 accept
 administraFon
 easily,
 even
 viewing
 it
 as
 a
 treat,
 which
 increases
 compliance.

 On
 the
 other
 hand,
 successful
 SLIT
 requires
 faithful
 twice‐daily
 administraFon,
 and
 owners
 with
 busy
 travel
 schedules
 may
 find
 it
 much
 more
 convenient
 to
 give
 an
 infrequent
 injecFon.
 
 “Head‐shy”
 dogs
 may
also
resist
treatment.

There
 are
 many
 reasons
 why
 discrepant
 results
 have
 been
 reported
 with
 non‐injecFon
 ASIT
 methods,
 but
 central
 to
 them
 may
 be
 the
 same
 principle
that
has
plagued
SLIT
research
in
human
 beings
 for
 decades:
 
 different
 studies
 use
 widely
 differing
 protocols
 for
 dosing,
 frequency,
 treatment
set
vehicle
and
preparaFon,
etc.

These
 protocol
 differences
 are
 the
 most
 obvious
 explanaFon
 for
 differing
 results;
 it
 makes
 empirical
 sense
 that
 variaFons
 in
 dosing
 and
 formulaFon
 of
 the
 treatment
 sets
 may
 impact
 effecFveness.
 
 The
 formulaFon
 used
 for
 Heska’s
 ALLERCEPT®
Therapy
Drops
was
developed
based
 on
 a
 unique,
 Fme‐tested
 protocol
 that
 has
 been
 used
with
success
in
tens
of
thousands
of
human
 allergy
paFents
over
the
past
40
years.

In
efficacy
 trials
 with
 hundreds
 of
 atopic
 dogs,
 treated
 by
 many
 veterinary
 dermatologists
 in
 varying
 geographic
areas
of
the
USA
over
the
past
2
years,
 our
experience
has
been
that
approximately
60%
 of
 dogs
 with
 AD
 that
 have
 not
 had
 prior
 immunotherapy
 arempts
 will
 have
 substanFal
 improvement
 of
 their
 clinical
 signs
 with
 this
 formulaFon.

Actually,
the
response
rate
for
dogs
 that
 HAVE
 had
 prior
 immunotherapy
 failure
 is
 also
 substanFal
 –
 about
 50%
 of
 dogs
 that
 are
 “shot
 failures”
 due
 to
 lack
 of
 efficacy,
 difficulty
 with
administraFon,
or
anaphylacFc
reacFons
can
 be
 successfully
 treated
 with
 SLIT.
 
 It’s
 especially
 encouraging
 that
 we’ve
 seen
 dogs
 that
 completely
 failed
 “allergy
 shots”
 olen
 respond
 very
 well
 to
 SLIT.
 
 This
 is
 consistent
 with

In
 human
 beings,
 anaphylacFc
 reacFons
 to
 SLIT
 are
 rare
 to
 nonexistent,
 and
 SLIT
 can
 be
 used
 in
 humans
with
a
prior
history
of
reacFon
to
allergy
 shots.
 
 In
 our
 experience,
 the
 same
 is
 true
 for
 dogs;
 we’ve
 treated
 numerous
 paFents
 with
 SLIT
 who
 have
 had
 anaphylacFc
 reacFons
 to
 allergy
 shots.
 AddiFonally,
 with
 SLIT
 you
 can
 include
 mold
 extracts
with
pollens
in
the
same
vial
without
fear
 of
 losing
 efficacy
 of
 non‐mold
 allergens,
 and
 SLIT
 treatment
 borles
 can
 be
 stored
 at
 room
 temperature
 for
 a
 shelf‐life
 of
 6
 months;
 refrigeraFon
is
not
necessary.
 Finally,
 we
 encourage
 you
 to
 try
 SLIT
 in
 any
 of
 your
paFents
who
simply
have
not
improved
aler
 a
 year
 of
 allergy
 shots.
 
 We’ve
 had
 remarkable
 response
to
SLIT
in
some
of
these
“shot
failures.”
 Recommended
Protocol
 for
 SLIT
in
Dogs
with
 AD:

 A
Prac@cal
Guide
 Tes@ng.
 
 In
 summary,
 do
 what
 you
 have
 always
 done!
 
 Dogs
 should
 be
 evaluated
 for
 different
 4

6


ALERGOLOGIA

sensiFviFes
 in
 exactly
 the
 same
 manner
 that
 the
 individual
 clinician
 is
 comfortable
 and
 familiar
 with
for
treatment
using
injecFon
ASIT.

Following
 establishment
 of
 a
 firm
 clinical
 diagnosis
 of
 AD,
 any
 combinaFon
 of
 serologic
 or
 intradermal
 tesFng
 techniques
 may
 be
 used
 to
 establish
 the
 individual
sensiFviFes
of
each
paFent.
 • Prescrip@on
Formula@on.


 Following
careful
tesFng,
again,
principles
for
 choosing
the
allergens
in
the
prescripFon
are
 exactly
the
same
as
those
employed
for
choice
of
 allergens
for
injecFon
ASIT
mixtures,
and
are
 completely
familiar
to
every
veterinary
 dermatologist,
including:

dose
of
these
allergens
will
be
included
in
 the
 final
 prescripFon.
 
 Typically
 the
 prescripFons
 do
 not
 “double‐up”
 on
 a
 parFcular
 allergen
 that
 is
 felt
 to
 be
 more
 “important”
 than
 others;
 all
 treatment
 sets
 are
 prepared
 with
 a
 uniform
 and
 standard
dose
of
relevant
allergen.
 If
 you
 believe
 molds
 or
 fungi
 (including
 Malassezia)
 are
 important
 allergens
 for
 a
 paFent,
 they
 may
 be
 included
 in
 the
 mixture
–
there
is
no
need
to
give
them
by
 separate
administraFon.

Dosing.
 
 As
 with
 many
 injecFon
 ASIT
 protocols,
 dosing
 is
 done
 with
 a
 set
 of
 three
 borles
 of
 gradually
 increasing
 concentraFon.
 
 Canine
 paFents
 start
 with
 the
 “A”
 diluFon,
 using
 the
 enFre
contents
of
the
borle.

Then,
the
paFent
is
 escalated
 to
 the
 “B”
 diluFon,
 and
 then
 again
 escalated
 to
 the
 “C”
 diluFon,
 which
 is
 the
 maintenance
 borle.
 
 Each
 borle
 is
 used
 unFl
 empty
 (and
 will
 last
 approximately
 10
 weeks)
 before
 progressing
 to
 the
 next
 diluFon.
 
 The
 volume
 of
 allergen
 dispensed
 into
 the
 oral
 cavity
 is
always
the
same,
two
‘pumps’
twice
daily,
every
 day.
 
 The
 glycerin
 imparts
 a
 slightly
 sweet
 taste
 which
many
dogs
view
as
a
treat!

History
 of
 exposure
 of
 the
 paFent
 to
 the
 allergen
in
quesFon
 • Cross‐reacFvity
 of
 allergens,
 including
 consideraFon
 of
 botanical
 groups
 of
 related
weed,
tree,
or
grass
pollens
 • Empirical
 observaFons
 on
 the
 significance
 of
 a
 parFcular
 allergen
 in
 relaFon
 to
 others,
 such
 as
 may
 be
 suggested
 by
 the
 “score”
 of
 serologic
 or
 intradermal
 tests.
 
 A
 few
 consideraFons
 that
 may
 be
 unique
 to
 formulaFng
 a
 SLIT
 prescripFon
 include
 the
 following:
 
 • SLIT
prescripFons
in
human
beings
tend
to
 follow
 a
 “less
 is
 more”
 principle.
 
 There
 is
 much
 greater
 use
 of
 “mixes”
 of
 related
 allergens
 rather
 than
 combining
 many
 different
 individual
 extracts
 that
 are
 anFgenically‐related,
 and
 use
 of
 fewer
 allergens
 in
 the
 mix
 rather
 than
 a
 greater
 number.
 
 Consider
 limiFng
 the
 number
 of
 allergens
 in
 your
 prescripFon
 to
 a
 maximum
 of
 the
 10‐12
 you
 believe
 are
 most
 important
 for
 the
 paFent.

 Remember,
 there
 is
 substanFal
 documentaFon
 in
 other
 species
 that
 part
 of
 the
 mechanism
 of
 SLIT
 is
 allergen‐ specific,
and
part
is
nonspecific.
 • Generally,
on
the
prescripFon
just
indicate
 a
list
of
the
relevant
allergens;
the
correct

If
 the
 pa@ent
 has
 a
 history
 of
 prior
 anaphylac@c
 reac@on
to
allergy
shots,
to
be
cauFous
we
advise
 starFng
 at
 an
 even
 weaker
 treatment
 diluFon.

 Please
 contact
 Heska’s
 medical
 consultants
 for
 advice
 on
 procedures
 to
 follow
 in
 these
 situaFons.
 Ideally,
 the
 allergen
 soluFon
 should
 remain
 in
 contact
 with
 the
 oral
 mucosa
 for
 as
 long
 as
 possible.
 
 Humans
 are
 instructed
 to
 hold
 the
 soluFon
 under
 the
 tongue
 for
 1
 minute
 before
 swallowing.
 
 Obviously,
 we
 cannot
 request
 the
 same
 of
 our
 canine
 paFents,
 but
 it
 is
 important
 that
the
soluFon
is
dispensed
into
the
oral
cavity,
 not
 in
 food,
 and
 that
 the
 pet
 refrain
 from
 eaFng
 or
 drinking
 for
 a
 short
 period
 aler
 the
 dose
 is
 given.

5

7


ALERGOLOGIA

improved
 at
 3
 months,
 and
 most
 who
 will
 respond
 show
 at
 least
 some
 improvement,
 if
 not
 substanFal
improvement,
by
6
months.

A
key
difference
with
SLIT
is
this
basic
principle
of
 treatment:
 
 the
 allergen
 must
 be
 dosed
 regularly
 and
frequently.

MulFple
daily
administraFons
are
 required
 for
 efficacy
 in
 human
 beings,
 and
 we
 strongly
recommend
that
owners
be
counseled
to
 administer
 the
 “allergy
 drops”
 TWICE
 DAILY,
 EVERY
 DAY.
 
 If
 they
 forget
 to
 give
 a
 dose
 in
 the
 morning,
 give
 one
 in
 the
 alernoon
 and
 one
 before
bed.

________________________________
 REFERENCES REFERENCES

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sublingual
immunotherapy
for
 ting, Firenze, Italy, September 2010.

This
 twice‐daily
 dosing
 schedule
 is
 indefinite
 for
 the
 duraFon
 of
 therapy.
 
 The
 schedule
 does
 not
 “taper”
 to
 once
 daily,
 every
 other
 day,
 etc.

 AdministraFon
 conFnues
 twice
 daily
 for
 the
 duraFon
of
treatment.
 At
this
Fme,
the
ideal
total
duraFon
of
treatment
 is
not
known
in
dogs.

In
human
beings,
mulFple‐ Fmes
 daily
 administraFon
 is
 conFnued
 for
 a
 period
of
2‐5
years.

Aler
this
Fme,
if
the
paFent
 is
 stable,
 the
 treatment
 can
 be
 disconFnued
 and
 the
 effect
 appears
 to
 be
 permanent
 in
 nearly
 all
 cases.

Whether
this
is
true
for
a
canine
paFent
is
 yet
to
be
determined.
 Adverse
 Reac@ons.
 
 Mostly,
 these
 won’t
 occur.

 We’ve
 seen
 a
 few
 dogs
 rub
 or
 scratch
 at
 their
 mouth
aler
administraFon,
perhaps
analogous
to
 the
 oral
 itch
 that
 some
 human
 SLIT
 paFents
 experience.
 
 Almost
 always,
 this
 will
 disappear
 aler
 the
 first
 few
 treatments.
 
 Likewise,
 occasional
 vomiFng
 has
 been
 observed
 in
 a
 few
 dogs
 for
 the
 first
 few
 doses.
 
 In
 a
 few
 cases
 with
 very
 sensiFve
 animals,
 we’ve
 seen
 worsening
 of
 clinical
 signs
 with
 SLIT
 administraFon
 –
 actually
 causing
 a
 flare
 of
 the
 disease.
 
 If
 any
 of
 these
 reacFons
occur
or
persist,
it
may
require
lowering
 the
allergen
dose.

Please
contact
Heska’s
medical
 consulFng
 staff
 for
 specific
 instrucFons
 and
 advice
on
dealing
with
these
potenFal
reacFons.
 Follow‐up
 Evalua@ons.
 
 As
 with
 injecFon
 immunotherapy,
 it
 is
 important
 to
 re‐evaluate
 paFents
 on
 SLIT
 on
 a
 regular
 basis,
 for
 example
 aler
 3,
 6,
 and
 12
 months
 on
 treatment.
 
 Our
 subjecFve
 clinical
 impression
 is
 that
 response
 to
 SLIT
 olen
 occurs
 quite
 rapidly
 ‐
 some
 dogs
 are
 6

8


efficacy, adverse reactions, or compliance difficulties. Of these injection failures, 23 dogs (49%) had a good-to-excellent response to SLIT. In this multicentre, open trial, we conclude that SLIT appears to be an effective treatment for canine atopic dermatitis, including in dogs that have failed injection immunotherapy.

BACKGROUND

Treatment Protocol. SLIT th escalating allergen conce extracts in a proprietary veh type dispenser bottles. Owne the treatment by hooking th dispensing solution into the twice daily every day (Fig. 1). control symptoms and seco with the goal of tapering su discontinuing it if response t

ALERGOLOGIA

ORIGINAL ARTICLE

Sublingual immunotherapy (SLIT) is allergen specific immunotherapy via administration of allergen extracts into the oral cavity, instead of by subcutaneous injection. SLIT is commonly used in Europe for allergic diseases in humans, but less so in the USA. Historically, there are conflicting reports of efficacy of SLIT. Widely-differing dosing protocols, allergen concentrations, intervals, vehicles, etc. may in part be responsible for the variation in results reported. Published efficacy studies are typically European, perhaps because SLIT administration is registered for human use in Europe, but not in North America. Recently however, increasing data and evidence- based reviews support the safety and efficacy of SLIT in human allergic disease.1,2 Most studies of SLIT are in human atopic rhinitis and asthma, though studies do demonstrate its effectiveness in human atopic dermatitis (AD) as well.3,4 We have reported the results of a pilot study of SLIT in canine AD, wherein ten dust mitesensitive dogs were treated with SLIT for 6 months. Clinical improvement occurred in 8/10 dogs, and was accompanied by reduction in dust-mite specific IgE and increase in dust-mite specific IgG.5,6

Multicentre Open Trial Demonstrates Efficacy of Sublingual Immunotherapy in Canine Atopic DermatitisOpen Trial De Multicentre

Figure 1: Admi

Clinical Response Scoring. system (“Response Catego assess clinical response to was based upon overall deg necessity for use of concurr of SLIT therapy, the veterina Response Categories A tho response. Categories “NF” o not be determined due to la use, respectively.

Sublingual D. J. DeBoer,1 M. Morris2Immunotherapy in 1School of Veterinary Medicine, University of Wisconsin, Madison, WI USA and 2Allergychoices Inc., La Crosse, WI USA

Table 1: “Response Cate clinical resp

RESPONSE CATEGORY

OVERALL DEGREE OF CONTROL

CONCURRENT MEDICATIONS

1 D. D. J. J. DeBoer, DeBoer,1 M. M. 1School of Veterinary Medicine, University of Wisconsin, A Madiso 1School of Veterinary Medicine, University of Wisconsin, Madiso

Multicentre Open Trial Dem OBJECTIVE ABSTRACT MATERIALS AND ABSTRACT OBJECTIVE ABSTRACT MATERIALS AND METHODS METHODS Sublingual Immunotherapy in C Disease control is not evident, or there is partial control.

B

Allergen-specific immunotherapy is commonly administered via the Allergen-specific immunotherapy is commonly administered the sublingual route (SLIT) in human atopic disease. There is renewedvia interest sublingual in human atopic disease.with There is renewed in SLIT forroute atopic(SLIT) dermatitis in man, especially recent evidenceinterest that it in SLIT for atopic dermatitis in man, especially with recent evidence that it may function by different mechanisms than does injection immunotherapy. may functionpilot by different thansensitive does injection immunotherapy. A previous study ofmechanisms SLIT in dogs to house dust mites 1 A previous pilot study of SLIT in dogs sensitive immunologic to house dust mites provided evidence of clinical benefit and coincident changes. provided evidence clinical benefit and coincident changes. The present study of evaluated the clinical efficacy of immunologic SLIT in a larger group The present study evaluated the clinicalspecialty efficacy clinics of SLITenrolled in a larger group of dogs. Nine veterinary dermatology a total of of dogs. veterinary dermatology specialty clinics enrolledofaSLIT. total All of 217 dogsNine with atopic dermatitis in an open study on the efficacy 217 dogs with atopic dermatitis in an open study on the efficacy of SLIT. All dogs received twice-daily administration of an escalating-dose, nondogs received of an escalating-dose, nonaqueous SLIT twice-daily formulationadministration devised according to individual tested aqueous SLIT devised according to individual sensitivities. The formulation response of each patient after at least 6 months oftested SLIT Allergen-specific immunotherapy is commonly via sensitivities. of each patient after at administered least 6 months of the SLIT was gradedThe by response the clinician according to four subjective response sublingual route in human atopic disease. There is renewed interest was gradedOf by the clinician according to(55%) four subjective response categories. 124(SLIT) evaluable cases, 68 dogs were judged to have a in SLIT for atopic dermatitis in man, especially with recent evidence that it a categories. Of 124response evaluabletocases, dogsthese (55%)124 were judged have good-to-excellent SLIT. 68 Among dogs, 77 to dogs that may function by response different mechanisms than does injection immunotherapy. good-to-excellent to SLIT. Among 124 dogs, dogs The that had received no previous immunotherapy hadthese a response rate77 of 59%. A received previous no pilot study immunotherapy of SLIT in dogshad sensitive to house dust mites had a response rate of 59%. The remaining dogs previous (n=47) had failed injection immunotherapy due to lack of provideddogs evidence of clinical benefit and coincident immunologic remaining (n=47) had failed injection immunotherapy duechanges. to lack of efficacy, adverse reactions, compliance difficulties. The present study evaluatedorthe clinical efficacy of SLIT Of in athese largerinjection group efficacy, adverse reactions, or compliance difficulties. Of to these injection failures, 23 dogs (49%) had a good-to-excellent response SLIT. In this of dogs. Nine veterinary dermatology specialty clinics enrolled a total of failures, 23 dogs (49%) hadconclude a good-to-excellent response to SLIT. In this multicentre, open trial,dermatitis we to be anSLIT. effective 217 dogs with atopic in an that openSLIT studyappears on the efficacy of All multicentre, trial, we conclude thatincluding SLIT be an effective treatment foropen canine atopic dermatitis, dogsto that have failed dogs received twice-daily administration of appears aninescalating-dose, nontreatment for canine atopic dermatitis, including in dogs that have failed injection immunotherapy. aqueous SLIT formulation devised according to individual tested injection immunotherapy. sensitivities. The response of each patient after at least 6 months of SLIT

School of

ABSTRACT

was graded by the clinician according to four subjective response categories. Of 124 evaluable cases, 68 dogs (55%) were judged to have a good-to-excellent response to SLIT. Among these 124 dogs, 77 dogs that had received no previous immunotherapy had a response rate of 59%. The remaining dogs (n=47) had failed injection immunotherapy due to lack of efficacy, adverse reactions, or compliance Of these specific injection Sublingual immunotherapy (SLIT)difficulties. is allergen failures, 23 dogs (49%) had a good-to-excellent response to SLIT. In this Sublingual immunotherapy (SLIT) is allergen specific immunotherapy via administration of allergen extracts multicentre, open trial, we conclude that SLIT appears to be an effective immunotherapy via administration ofin dogs allergen extracts treatment for canine atopic dermatitis, including that have failed into the oral cavity, instead of by subcutaneous injection. into the oral cavity, instead of by subcutaneous injection. injection immunotherapy.

BACKGROUND BACKGROUND BACKGROUND

SLIT is commonly used in Europe for allergic diseases in SLIT is commonly Europe allergic diseases in humans, but less used so ininthe USA. for Historically, there are humans, but less so in the USA. Historically, there are conflicting reports of efficacy of SLIT. Widely-differing BACKGROUND conflicting reports of efficacyconcentrations, of SLIT. Widely-differing dosing protocols, allergen intervals, dosing protocols, allergen concentrations, vehicles, etc. may in part be responsible for the intervals, variation Sublingual immunotherapy (SLIT) is allergen specific vehicles, etc.reported. may in part be responsible for the variation in results Published efficacy studies are immunotherapy via administration of allergen extracts in results reported. Published efficacy studies are typically European, perhaps because SLIT administration into the oral cavity, instead of by subcutaneous injection. typically European, perhaps because SLIT is SLIT registered for human use in Europe, butadministration not in North is commonly used in Europe for allergic diseases in is registered for human use in Europe, but not in North America. Recently however, increasing and humans, but less so in the USA. Historically, data there are America. Recently however, increasing data and evidencebased reviews support safety and efficacy conflicting reports of efficacy of the SLIT. Widely-differing evidencesupport theMost safety and efficacy 1,2 ofdosing SLIT in based humanreviews allergic disease. studies of SLIT protocols, allergen concentrations, intervals, 1,2 Most studies of SLIT of SLIT in human allergic disease. are in human asthma, though studies vehicles, etc. atopic may in rhinitis part be and responsible for the variation are human reported. atopic and asthma, doin indemonstrate itsrhinitis effectiveness in though human atopic results Published efficacy studiesstudies are do demonstrate its effectiveness in human atopic 3,4 typically European, perhaps SLIT administration dermatitis (AD) as well. We because have reported the results of 3,4 We have reported the results of dermatitis (AD) as well. is registered human use inAD, Europe, but ten not dust in North a pilot study offor SLIT in canine wherein miteasensitive pilot study of SLIT canine AD, wherein tendata miteAmerica. Recently however, increasing and dogs werein treated with SLIT for 6dust months. sensitive dogs treated with SLIT forand 6 and months. evidencebasedwere reviews support safety efficacy Clinical improvement occurred inthe8/10 dogs, was Clinical occurred in1,2 8/10 dogs, was of SLITimprovement in human allergic disease. Mostspecific studiesand of SLIT accompanied by reduction in dust-mite IgE and are in human rhinitisinand asthma, though studies accompanied byatopic reduction dust-mite specific IgE and 5,6 increase in dust-mite specific IgG. do demonstrate effectiveness increase in dust-miteitsspecific IgG.5,6 in human atopic dermatitis (AD) as well.3,4 We have reported the results of a pilot study of SLIT in canine AD, wherein ten dust mitesensitive dogs were treated with SLIT for 6 months. Clinical improvement occurred in 8/10 dogs, and was accompanied by reduction in dust-mite specific IgE and in dust-mite specific IgG.5,6  increase The purpose of the present study was to evaluate

OBJECTIVE OBJECTIVE

 The purpose present studyinwas to evaluate clinical benefitof oftheSLIT treatment a larger, more clinical benefitofofdogs SLIT treatment a larger, openmore diverse group with AD, in a in multicentre, diverse group of dogs with AD, in a multicentre, openlabel field study. label field study. OBJECTIVE

 SLIT The purpose of the present study was to evaluate therapy was studied in an open-label, uncontrolled SLIT therapy was in an open-label, clinical benefit of studied SLITat treatment in a Medical larger,uncontrolled more field study conducted the Veterinary Teaching field study conducted at the Veterinary Medical Teaching diverse group of dogs with AD, a multicentre, openHospital (VMTH), University of in Wisconsin-Madison and at Hospital (VMTH), University of Wisconsin-Madison and at label field study.

Any combination (includin “none”)

Anti-inflammatory drugs (steroids or CsA) are necessary for control, in standard doses. Other dru may be used as necessar

At least partial control of the disease is evident.

Disease is under

Anti-inflammatory drugs (steroids or CsA) may be

to good necessary for control, at Apartial total of doses. 217Otherd control. dru A total reduced ofbe used217 d may as necessar SLIT treatment ( SLIT treatment At the most, antihistamine Disease 1 is under practices). Of th fatty acids, or antimicrobia D D. J. DeBoer, good control. M. Mor may be necessary practices). Offor con th eight other geographically-diverse, U.S. dermatology to lack of follow eight other geographically-diverse, U.S.ofdermatology to lack of follow Any Any a Veterinary Medicine, University Wisconsin, Madison, ND specialty clinics, a with a total of 18 veterinarians evaluable atWt specialty clinics, with a total of 18 veterinarians evaluable at Any Any NF concurrent participating. med participating. concurrent med all, 124 of th Patients. All dogs entering the study were diagnosed with AD by all, 124 of R th Patients. All dogs entering the study were diagnosed with AD by by MATERIALS AND METHODS board-certified dermatologists, and tested for allergic sensitivities Successful resp board-certifiedand/or dermatologists, tested for sensitivities by Successful resp intradermal serologic and testing, as allergic preferred by each Response Categ intradermal and/or serologic by each participating doctor. Dogs inwere sensitiveas to preferred multiple allergens, Response Cate SLIT therapy was studied antesting, open-label, uncontrolled A totalunder of 217 control dogs we participating doctor. were sensitive to Most multiple including dust, pollen, Dogs and/or mold components. dogsallergens, had not field study conducted at the Veterinary Medical Teaching under control (86 med from including dust, previously pollen, and/or components. Most not SLIT treatment concurrent been treated withmold immunotherapy; somedogs hadhad failed Hospital (VMTH), University of Wisconsin-Madison andhad at failed practices). concurrent Of successf thesemed do been treated previously immunotherapy; some previous treatment with with subcutaneous immunotherapy (“allergy overall eight othertreatment geographically-diverse, dermatology previous with subcutaneousU.S. immunotherapy (“allergy to lackoverall success of followup (“NF shots”). dogs that had a shots”). clinics, with a total of 18 veterinarians specialty evaluable the had tim dogsatthat Treatment Protocol. SLIT therapy was initiated using a 3-vial set of responded to S participating. medication Treatment Protocol. therapy was prepared initiated using 3-vial set of concurrent responded to Sh escalating allergen SLIT concentration, from a glycerinated prior injection im escalating concentration, prepared glycerinated b in ofinjection the pati Patients. All entering the study diagnosedfrom with AD by pump- all, 124 extracts in dogs aallergen proprietary vehicle, bywere a commercial supplier prior im (Fig. 2c). b in pumpextracts in adermatologists, proprietary vehicle, by ainstructed commercial supplier board-certified and tested for allergic on sensitivities by Successful to type dispenser bottles. Owners were how to administer (Fig. response 2c).

C

MATERIALS AND METHODS

typetreatment dispenser bottles. Owners were instructed how administer intradermal and/or serologic as tippreferred by toeach the by hooking thetesting, dispenser overon the lower teeth and participating doctor. Dogs were sensitive to over multiple allergens, the treatment by hooking theoral dispenser tip lowerif teeth and dispensing solution into the cavity, under thethe tongue possible, including dust,every pollen, and/or mold components. Most dispensing solution into oral cavity, under thedogs tongue ifnot possible, twice daily day (Fig.the 1). Concurrent medications ashad necessary to been treated previously with immunotherapy; some had failed twice daily every day (Fig. 1). Concurrent medications as necessary to control symptoms and secondary infections were allowed initially, previous treatment with subcutaneous immunotherapy (“allergy control and secondary infections were allowed initially, with thesymptoms goal of tapering such additional medication and eventually shots”). with the goal of tapering such additional medication and eventually discontinuing it if response to SLIT occurred.

discontinuing it ifSLIT response to was SLITinitiated occurred. Treatment Protocol. therapy using a 3-vial set of escalating allergen concentration, prepared from glycerinated extracts in a proprietary vehicle, by a commercial supplierb in pumptype dispenser bottles. Owners were instructed on how to administer the treatment by hooking the dispenser tip over the lower teeth and dispensing solution into the oral cavity, under the tongue if possible, twice daily every day (Fig. 1). Concurrent medications as necessary to control symptoms and secondary infections were allowed initially, with the goal of tapering such additional medication and eventually Figure 1: Administration of SLIT treatment. discontinuing it if response SLIT occurred. Figure 1:to Administration of SLIT treatment.

Clinical Response Scoring. A global clinical improvement scoring Clinical (“Response Response Scoring. A global clinical scoring system Category”) was used by improvement each veterinarian to system clinical (“Response Category”) used by each veterinarian to assess response to SLITwas (Table 1). The Response Category assess clinical to SLITof(Table 1).ofThe was based uponresponse overall degree control the Response AD, along Category with the was basedfor upon degree medications. of control of After the AD, along6 with the necessity use overall of concurrent at least months necessity for usethe of veterinarian concurrent medications. at least 6 months of SLIT therapy, assigned eachAfter patient to one of four of SLIT therapy, the veterinarian assigned patient to one four Response Categories A thorough D, witheach D representing theof best Response Categories Categories A thorough D, with D representing thecould best Figure 1: Administration of SLIT treatment. response. “NF” or “ND” were assigned if response response. Categories or “ND” were assigned if response could not be determined due“NF” to lack of followup or concurrent medication Clinical Response Scoring. global scoring not be determined due toA lack of clinical followupimprovement or concurrent medication use, respectively. system (“Response Category”) was used by each veterinarian to use, respectively. assess clinical response to SLIT (Table 1). The Response Category Table 1: “Response Category” system for evaluation of patient was based upon overall degree of control of the AD, along with the clinical responses the veterinarian. Table 1: “Response Category” by system for evaluation of patient necessity for use of concurrent medications. After at least 6 months clinical responses by the veterinarian. OVERALL of SLIT therapy, the veterinarian RESPONSE CONCURRENTassigned each patient to one of four DEGREE OF DESCRIPTION OF PATIENT RESPONSE CATEGORY MEDICATIONS OVERALL CONTROL Response ACONCURRENT thorough D, with DESCRIPTION D representing the best RESPONSE Categories DEGREE OF OF PATIENT RESPONSE CATEGORY MEDICATIONS CONTROL response. Categories “NF” or “ND” SLIT, were assigned if isresponse could with or without other medications, not producing improvement. Disease control is OR, there is some control of the disease, but only by use of standard doses of concurrent not evident, or due to lack of followup not be determined or concurrent medication SLIT, with orsimilar without medications, is not producing improvement. medication, to other what was used before institution of SLIT. Disease control is Any combination (including there is partial A OR, there is some control of the disease, but only by use of standard of concurrent “none”) Any control is felt likely to be due to the medication, rather than SLIT. doses SLIT clearly is not not evident, or use, respectively. control. Any combination (including medication, to what was used before institution of SLIT. benefiting thissimilar patient.

A

there is partial control.

“none”)

Any owner controldoes is feltnot likely due to the medication, SLIT. as SLIT clearly is not The wishtotobecontinue SLIT because itrather is notthan perceived effective. benefiting this patient. The owner notiswish to continue it is not perceivedisas effective.for the Though the does disease being controlled,SLIT anti-inflammatory medication necessary Table 1: “Response Category” system for evaluation ofbecause patient Anti-inflammatory drugs At least partial control. (steroids or CsA) are responses byHowever, thetheveterinarian. Though disease is being controlled, is necessary for the control of theclinical there is a subjective feeling thatanti-inflammatory addition of SLIT medication has produced slight incremental Anti-inflammatory drugs necessary for control, in At least partial control. disease is improvement or is allowing somewhat less concurrent medication use than previously. (steroids doses. or CsA)Other are drugs standard control of the However, there isand a subjective addition slight incremental evident. The veterinarian owner arefeeling unsurethat of the value of of SLIT SLIT,has andproduced are considering possibly OVERALL necessary foras control, in may be used necessary. RESPONSE CONCURRENT disease improvement somewhat less concurrent medication use than previously. it. or is allowingOF DEGREE OFis DESCRIPTION PATIENT RESPONSE standard doses. Other drugs stopping CATEGORY MEDICATIONS evident. The veterinarian and owner are unsure of the value of SLIT, and are considering possibly CONTROL may be used as necessary. stopping it. Anti-inflammatory drugs Disease under good control. anti-inflammatory SLIT, with or withoutisother medications, is notThough producing improvement. medication may be necessary, it DiseaseDisease control isis under (steroids or CsA) may be OR, there isissome control the intermittent, disease, but or only by perhaps use of standard dosesthan of concurrent at doses thatofare low, much lower previously. Anti-inflammatory drugs not evident, or to good partial necessary for control, atmedication,Disease iswhat under control. Though control anti-inflammatory medication may be necessary, it Any combination (including similar wasgood used before institution of SLIT.on SLIT only OR, thetodog is under partial, acceptable without additional medications. Disease (steroids or CsA) may be there is control. partial is under drugs “none”) reduced doses. Other Any controlSLIT feltdoses likely to beare dueintermittent, to the some medication, than SLIT. SLIT clearly is not isis at that or low,rather perhaps much than previously. has clearly produced improvement, and the lower owner wishes to continue treatment. control. partial to good necessary for control, at may be used as necessary. benefiting this OR,patient. the dog is under partial, acceptable control on SLIT only without additional medications. control. reduced doses. OtherThe drugs owner does to continue SLIT because it is not perceived effective. SLIT not haswish clearly produced some improvement, and the as owner wishes to continue treatment. may be used as necessary. Disease is under good control. No additional medications may be necessary, or if used, At the most, antihistamines, Though theadditional disease ismedications being controlled, anti-inflammatory medication is necessary for the Disease is under are limited to antihistamines, fatty acids, or antimicrobials. Anti-inflammatory drugs fatty acids, or antimicrobials At leastgood partialcontrol. control. SLIT Disease underproduced good control. Noimprovement additional medications or if used, has isclearly marked in this dog,may andbe thenecessary, owner is eager to (steroids may or CsA) are antihistamines, At thebemost, necessary for control. control of the is under However, there is a subjective feelingare that addition of SLIT has produced slight incremental Disease additional medications limited to antihistamines, fatty acids, or antimicrobials. continue treatment. necessaryfatty for control, in antimicrobials acids, or diseasegood is control. improvement or is allowing somewhat less concurrent medication use than previously. standard may doses. Other drugs for control. SLIT has clearly produced marked improvement in this dog, and the owner is eager to be necessary Not determinable at this time. These pets are current on their recheck exams, but the evident. The veterinarian and owner are unsure of the value of SLIT, and are considering possibly continue treatment.

Response Category C under control with S Figur Figu concurrent medication overall successful resp dogs that had not ha responded to SLIT (Fig A prior injection immunot A 22% (Fig. 2c). 22%

B 2: Re Figure 23% B 23%

D

A

20%

22%

B

C A 35%

23%

18% A 18%

B

23% B 23%

A

B

C

36%

A

28% A

28%

C C D

B D

23%

23%

B B

A

D

18%

9

B

23% B

D 23%

A

15%


Trial Demonstrates Efficacy of Trial Demonstrates Efficacy of herapy in Canine Atopic Dermatitis ALERGOLOGIA Trial Demonstrates Efficacy of herapy in Canine Atopic Dermatitis D. J. DeBoer, M. Morris herapy in Canine Atopic Dermatitis f Wisconsin, Madison, WI USA and Allergychoices Inc., La Crosse, WI USA D. J. DeBoer, M. Morris

Historically, there are SLIT. Widely-differing entrations, intervals, sible for the variation efficacy studies are e SLIT administration ope, but not in North creasing data and e safety and efficacy Most studies of SLIT thma, though studies s in human atopic eported the results of wherein ten dust miteSLIT for 6 months. 8/10 dogs, and was mite specific IgE and

B

49% of evaluable patients who allergy shot treatment

C

23%

35%

Figure 1: Administration of SLIT treatment.

 Further studies are warranted inclu and additional study of serologic during treatment.

Clinical Response Scoring. A global clinical improvement scoring system (“Response Category”) was used by each veterinarian to assess clinical response to SLIT (Table 1). The Response Category was based upon overall degree of control of the AD, along with the necessity for use of concurrent medications. After at least 6 months 2 assigned each patient to one of four of1SLIT therapy, the veterinarian Response Categories A thorough D, with D representing the best 2 if response could response. Categories “NF” or “ND” were assigned 1 be determined due to 2 not lack of followup or concurrent medication use, respectively.

b. NO PRIOR ALLERGY SHOTS (n=77 dogs)

A

18%

D

23%

59% RESPONSE

B

2Allergychoices

REFERENCES AND F

aThe

authors are grateful to the following veterinary clinics f for Animals (Las Vegas, NV); Upstate Veterinary Spe Dermatology Clinics (Eden Prairie, MN); Veterinary Referr CO); BluePearl Veterinary Partners (Tampa, FL); Veterina FL); Riverdale Veterinary Dermatology (Riverdale, NJ); Co A&M University (College Station, TX). bAllergychoices Inc., La Crosse, WI USA

f Wisconsin, Madison, WI USA and Inc., La CCrosse, WI USA 1 2 RESULTS 2 DISCUSSION S D. J. DeBoer, M. Morris DISCUSSION f Wisconsin, Madison, WI USA and Allergychoices Inc., La Crosse, WI USA  Data collected was subjective and empirical. Response ntrolled DISCUSSION RESULTS S A total of 217 dogs were evaluated for their response to rates are estimates, since a large number of patients 23%

Table 1: “Response Category” system for evaluation of patient clinical responses by the veterinarian.

RESPONSE CATEGORY

OVERALL DEGREE OF CONTROL

CONCURRENT MEDICATIONS

PJ, Cox LS, Dunham SR, et al. Sublingu Organization Position Paper 2009. World Allergy Organizat S, Wilson D, Calderon M, et al. Systemic rev (SLIT). Allergy 66:740-52, 2011. 3Cadario G, Galluccio AG, Pezza M, et al. Sublingual imm atopic dermatitis and house dust mite sensitivity: a prosp 23:2503-6, 2007. 4Pajno GB, Caminiti L, Vita D, et al. Sublingual immunother atopic dermatitis: a randomized, double-blind, placebo-cont 120:164-70, 2007. 5DeBoer DJ, Verbrugge M, Morris M. Pilot trial of sublingu atopic dogs (abstract). Proceedings, North American Veteri OR, April 2010. 6DeBoer DJ, Verbrugge M, Morris M. Changes in mite-s sublingual immunotherapy (SLIT) in dust mite-sensitive do Proceedings, European Society of Veterinary Dermatolog Dermatology Meeting, Firenze, Italy, September 2010. 2Radulovic

DESCRIPTION OF PATIENT RESPONSE

Any combination (including “none”)

SLIT, with or without other medications, is not producing improvement. OR, there is some control of the disease, but only by use of standard doses of concurrent medication, similar to what was used before institution of SLIT. Any control is felt likely to be due to the medication, rather than SLIT. SLIT clearly is not benefiting this patient. The owner does not wish to continue SLIT because it is not perceived as effective.

At least partial control of the disease is evident.

Anti-inflammatory drugs (steroids or CsA) are necessary for control, in standard doses. Other drugs may be used as necessary.

Though the disease is being controlled, anti-inflammatory medication is necessary for the control. However, there is a subjective feeling that addition of SLIT has produced slight incremental improvement or is allowing somewhat less concurrent medication use than previously. The veterinarian and owner are unsure of the value of SLIT, and are considering possibly stopping it.

Disease is under partial to good control.

Anti-inflammatory drugs (steroids or CsA) may be necessary for control, at reduced doses. Other drugs may be used as necessary.

Disease is under good control. Though anti-inflammatory medication may be necessary, it is at doses that are intermittent, or low, perhaps much lower than previously. OR, the dog is under partial, acceptable control on SLIT only without additional medications. SLIT has clearly produced some improvement, and the owner wishes to continue treatment.

Disease is under good control.

At the most, antihistamines, fatty acids, or antimicrobials may be necessary for control.

Disease is under good control. No additional medications may be necessary, or if used, additional medications are limited to antihistamines, fatty acids, or antimicrobials. SLIT has clearly produced marked improvement in this dog, and the owner is eager to continue treatment.

Any

Any

Not determinable at this time. These pets are current on their recheck exams, but the response to SLIT is uncertain or cannot be determined because other medications are still being used in addition to the SLIT.

Any

Any

Not determinable due to lack of followup, poor client compliance, early discontinuation for mechanical reasons, death due to unrelated cause, etc.

Disease control is not evident, or there is partial control.

1Bousquet

36%

A eaching SLIT treatment (86 from the UW-VMTH and 131 from other c.for PRIOR were collected not evaluable oneALLERGY reason or another. Response  Data was subjective andSHOT empirical. and at ntrolled practices). Of these dogs, evaluated 48 could not be evaluated FAILURES (n=47 dogs) A total of 217 dogs were for their responsedue to D rates are estimates, since a large number of patients 15% atology eaching  Successful SLIT treatment in allergy shot failures to lack of followup (“NF”). additional 45 131 dogs were not SLIT treatment (86 from theAn UW-VMTH and from other B A Eand at not evaluable one reason another.  were Data was for subjective andor empirical. 28%collected narians suggests the mechanism of action of SLIT in Response dogs may evaluable at these the were time evaluated of could data not collection because practices). Of dogs, 48 be evaluated due ntrolled A total of 217 dogs for their response to 49% RESPONSE rates are estimates, since a large number of patients atology differ from SLIT that of injection immunotherapy, an concurrent medication had not yet beenand tapered (“ND”). In  Successful treatment in allergy shot failures to lack of followup (“NF”). An additional 45 dogs were not eaching SLIT treatment (86 from the UW-VMTH 131 from other C udy was to evaluate C were not evaluable for one reason narians observation that has an of established basis human FUNDING and DISCLOSU all, 124 of the responses. suggests the34% mechanism actionorofanother. SLIT in in dogs may evaluable at these the patients time 48 of had dataevaluable collection because atlarger, more hand AD by practices). Of dogs, could not be evaluated due nt in a B 23% from studies. Treatment vities by immunologic Successful response to treatment was tapered defined as either that treatment of injection immunotherapy, an materials were provided by Allergychoice concurrent medication had notadditional yet been In natology a multicentre, open differ Successful SLIT in allergy shot failures to lack of followup (“NF”). An 45 dogs(“ND”). were not of Allergychoices, Inc., and has licensed to Hesk D by each rights to manufacture and distribute the sublingua Response Category C or of D had (good-to-excellent; disease observation that has an of established basis in human all, 124 of evaluable narians h AD by thehad mechanism action of SLIT in dogs may evaluable at the the1 patients time data collectionresponses. because  suggests Some dogs experienced anaphylaxis from allergy described in this study, under the trade name All llergens, 2 D. J. DeBoer, Morris vities by ND under control withM.SLIT with no additional immunologic studies. Successful response to treatment was or defined as either DeBoer is currently a consultant for Heska Corpor differ from that of injection immunotherapy, an concurrent medication had not yetlittle been tapered (“ND”). In had not shots, and were safely treated with SLIT; this is also timethe this study was conducted. by each NF concurrent medication Using this2Allergychoices definition, the Response Category C needed). or WI D had (good-to-excellent; disease versity of Wisconsin, Madison, USA and Inc., La Crosse, WI USA d AD failed observation that has an established basis in human all, 124 of the patients evaluable responses. h by case in human beings.  Some dogs had experienced anaphylaxis from allergy llergens, (“allergy overall successful response rate was 55% (Fig. 2a). Of 77 under control with SLIT with little or no additional vities by immunologic studies. Successful response to treatment was defined as either had not shots, and were safely treated with SLIT; this is also the  We were impressed how many owners were pleased to by each dogs that Category had not had immunotherapy, 59% concurrent medication Using this definition, the d failed Response C needed). orprevious D (good-to-excellent; disease case indogs human beings.  Some had anaphylaxis llergens, RESULTS METHODS not have toDISCUSSION give experienced their pets injections. SLITfrom mayallergy allow al set of responded to SLIT (Fig. In 47 dogs (“allergy overall response rate was 55% (Fig. 2a). failed Of 77 under successful control with SLIT2b). with little or that no had additional had not shots, and were safely treated with SLIT; this is also not the cerinated more owners to access immunotherapy, who would Data Wecollected were impressed how many owners were pleased to prior injection immunotherapy, the response rate was 49% dogs that had not had previous immunotherapy, 59% concurrent medication needed). Using this definition, the  was subjective and empirical. Response d pumpfailed uncontrolled en-label, in A total of 217 dogs were evaluated for their response to case in human beings. have considered it previously. not have to give their pets injections. SLIT may allow (Fig. 2c). al set of rates are estimates, since a large number of patients responded to SLITresponse (Fig. 2b).rate In 47 dogs that had failed (“allergy overall successful was 55% (Fig. 2a). Of 77 nary Medical Teaching dminister SLIT treatment (86 from the UW-VMTH and 131 from other cerinated not evaluable for reason or another. more owners to one access who pleased would not response was 59% 49% were We were impressed howimmunotherapy, many owners were to consin-Madison andprior at injection eeth and dogs thatpractices). hadimmunotherapy, notOf had immunotherapy, these previous dogs,the 48 could not berate evaluated due in pumphavehave considered ittheir previously. e, U.S.of dermatology possible, (Fig. 2c). toFigure  Successful SLIT treatment in allergy shot failures not to give pets injections. SLIT may allow lackSLIT of followup (“NF”). An additional 45 dogs were not al set responded to (Fig. 2b). In 47 dogs that had failed 2: Results of SLIT treatment. dminister of 18to veterinarians essary suggests the mechanism of action of SLIT in dogs may evaluable at the time the of response data collection because cerinated more owners to access immunotherapy, who would not prior injection immunotherapy, rate was 49% eeth and initially, differ In this open sublingual immunotherapy (SLIT) from thatfield of trial, injection immunotherapy, an concurrent medication had not yet been tapered (“ND”). In in pumppossible, have considered it previously. (Fig. 2c). all,Figure 2: Results of SLIT treatment. ventually observation that has an established basisof inevaluable human 124 of the patients had evaluable responses. dminister ere diagnosed with AD by was a successful treatment in 59% patients essary to DOGS (n=124) for allergic studies. Successful response a. toALL treatment was defined as either eeth and sensitivities by who not This initially, immunologic In thishad open fieldhad trial,previous sublingualimmunotherapy. immunotherapy (SLIT) as preferred by each Response Category C or D (good-to-excellent; disease possible, ventually Figure 2:DResults of SLIT treatment.  Some dogs had experienced anaphylaxis from allergy ve to multiple allergens, approximates thetreatment response typically reported for A was a successful in 59% of evaluable patients essary to under control with a. SLIT little(n=124) or no additional ALLwith DOGS 20% onents. Most dogs had not 22% shots, and were safely treated with SLIT; this is also the subcutaneous immunotherapy. who had not had previous immunotherapy. This initially, concurrent medication needed). Using this definition, the  In this open field trial, sublingual immunotherapy (SLIT) herapy; some had failed case in human beings. immunotherapy (“allergy ventually overall successful response rate was 55% (Fig. 2a). Of 77 D approximates thetreatment response 59% typically reported for A was a successful of evaluable patients WeIn addition, SLIT was a safe in and successful treatment in 55% RESPONSE 20% a. ALL DOGS (n=124) 22%  were impressed immunotherapy. how many owners were pleased to dogs that had not had previous immunotherapy, 59% subcutaneous who had not had previous immunotherapy. This B 49% of evaluable patients who had failed previous not have to give their pets injections. SLIT may allow iated using a 3-vial set of responded toCSLIT (Fig. 2b). In 47 dogs that had failed 23%A D approximates the response typically reported 35% pared from glycerinated owners to SLIT access immunotherapy, would not allergy shot treatment more In addition, was a safe and who successful treatmentfor in prior injection immunotherapy,55% the response rate was 49% RESPONSE 20% 22% mercial supplierb in pumpsubcutaneous immunotherapy. have considered it previously. (Fig. 2c). B 49% of evaluable patients who had failed previous ucted on how to administer C  Further studies are warranted including controlled trials 23% p over the lower teeth and 35% shotSLIT treatment  allergy In addition, was a of safe and successful treatment in 55% RESPONSE and additional study serologic changes occurring CONCLUSIONS der the tongue if possible, scoring Figure 2: Results of SLIT treatment. B 49% of evaluable patients who had controlled failed previous edications as necessary to C during treatment. narian to  Further studies are warranted including trials 23% ons were allowed initially,  In this openshot field treatment trial, sublingual immunotherapy (SLIT) 35% allergy Category and additional studyin of medication scoring and eventually was a successful treatment 59%serologic of evaluablechanges patients occurring with the ALL DOGS (n=124) d. b. NOa.PRIOR ALLERGY during narian to who had treatment. not had previous immunotherapy. This  Further studies are warranted including controlled trials 6 months Category D SHOTS (n=77 dogs) approximates the response reported for occurring A and additional study oftypically serologic changes escoring of four A 20% 22% aThe authors are grateful to the following veterinary clinics for participation: Dermatology Clinic with the subcutaneous immunotherapy. D b. NO PRIOR ALLERGY 18% the best treatment. narian to for during Animals (Las Vegas, NV); Upstate Veterinary Specialties (Latham, NY); McKeever 6 months 23% SHOTS (n=77 dogs) Dermatology Referral Center of Colorado (Englewood, se could  In addition,Clinics SLIT(Eden was Prairie, a safeMN); andVeterinary successful treatment in 55% RESPONSE Category e of four A CO); BluePearl Veterinary Partners (Tampa, FL); Veterinary Dermatology Center (Maitland, a edication The authors are grateful topatients the following veterinary clinics for participation: Dermatology Clinic B 49% of evaluable who hadNJ); failed previous withbest the D Cb. NO 59% 18% PRIOR ALLERGY FL); Riverdale Veterinary Dermatology (Riverdale, College of Veterinary Medicine, Texas the RESPONSE 23% for Animals (Las Vegas, NV); Upstate Veterinary Specialties (Latham, NY); McKeever 35% B 23% allergy shot (College treatment 6se months A&M University Station, TX). SHOTS (n=77 dogs) Dermatology Clinics (Eden Prairie, MN); Veterinary Referral Center of Colorado (Englewood, could bAllergychoices Inc., La Crosse, WI USA 23% e of four A CO); BluePearl Veterinary Partners (Tampa, FL); Veterinary Dermatology Center (Maitland, T treatment. aThe authors edication  Further studies are to warranted including controlled trials Dermatology grateful the following veterinaryNJ); clinics for participation: Clinic CD FL); Riverdaleare Veterinary Dermatology (Riverdale, College of Veterinary Medicine, Texas 18% nt 59% RESPONSE the best 1Bousquet PJ, Cox LS, Dunham SR, et al. Sublingual immunotherapy: World Allergy for (Las Vegas, NV); Upstate Veterinary Specialties (Latham, NY); McKeever 36%23% B and additional study of TX). serologic changes occurring A&MAnimals University (College Station, ical improvement scoring

DISCUSSION RESULTS pen Trial Demonstrates Efficacy of notherapy in Canine Atopic Dermatitis

S

RESULTS

CONCLUSIONS

CONCLUSIONS CONCLUSIONS CONCLUSIONS

REFERENCES AND FOOTNOTES REFERENCES AND FOOTNOTES

REFERENCES REFERENCESAND ANDFOOTNOTES FOOTNOTES

se could

d by each veterinarian to edication ). ntThe Response Category SE of the AD, along with the ns. After at least 6 months oses of concurrent each nt patient to one of four SE hSLITDclearly representing the best is not assigned if response could as effective. oses concurrent orof concurrent medication

23%

B

g controlled, anti-inflammatory medication is necessary for the

ve feeling thatthe additionitof SLIT has produced slight incremental may be necessary, exams, but essary, orless if used, somewhat concurrent ously. medications are still medication use than previously. microbials. are unsure of the value of SLIT, and are considering possibly dditional medications. wner is eager to odiscontinuation continue treatment. for

exams, butanti-inflammatory the rol. Though medication may be necessary, it essary, or ifperhaps used, ent, or low, much lower than previously. medications are still , acceptable control on SLIT only without additional medications. microbials. ome improvement, wner is eager to and the owner wishes to continue treatment. discontinuation for

rol. No additional exams, but themedications may be necessary, or if used, mited to antihistamines, fatty acids, or antimicrobials. medications are still marked improvement in this dog, and the owner is eager to

discontinuation for on their recheck exams, but the e. These pets are current in or cannot be determined because other medications are still e SLIT.

k of followup, poor client compliance, early discontinuation for due to unrelated cause, etc.

10

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Organization Position PaperPrairie, 2009. World Allergy Organization Journal Dermatology Clinics (Eden MN); Veterinary Referral Center of2:233-81, Colorado 2009 (Englewood,

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(SLIT). Allergy 66:740-52, 2011. FL); Riverdale (Riverdale, NJ); College of Veterinary Medicine, Texas 1 Bousquet PJ,Veterinary Cox LS, Dermatology Dunham SR, et al. Sublingual immunotherapy: World Allergy 3

Cadario G, Galluccio AG, PezzaTX). M, et al. Sublingual immunotherapy efficacy in patients with A&M University (College Station, Organization Position Paper 2009. World Allergy Organization Journal 2:233-81, 2009 REFERENCES AND FOOTNOTES atopic dermatitisInc., and house dust sensitivity: a prospective study. Curr Med Res Opin Allergychoices WImite USA Radulovic S, WilsonLaD,Crosse, Calderon M, et al. Systemic reviews of sublingual immunotherapy b 2

23:2503-6, 2007.

(SLIT). Allergy 66:740-52, 2011.veterinary clinics for participation: Dermatology Clinic authorsGB, are grateful to the following 1Bousquet Caminiti L,LS, Vita D, et al. Sublingual immunotherapy in mite-sensitized children with Cox Dunham SR, al. Sublingual immunotherapy: World Allergy 3Pajno Cadario(Las G, PJ, Galluccio AG,Upstate Pezza M, et al. et Sublingual immunotherapy efficacy in patients with for Animals Vegas, NV); Veterinary Specialties (Latham, NY); McKeever atopic dermatitis: a randomized, double-blind, placebo-controlled study.2:233-81, J Allergy Clin Immunol Organization Position Paper 2009. Worldsensitivity: Allergy Organization Journal 2009 Dermatology Clinics (Eden Prairie, MN); Veterinary Referral Center of Colorado (Englewood, atopic dermatitis and house dust mite a prospective study. Curr Med Res Opin 2 120:164-70, 2007. Radulovic S, Wilson D, Calderon M, et al. Systemic reviews of sublingual immunotherapy CO); BluePearl Veterinary Partners (Tampa, FL); Veterinary Dermatology Center (Maitland, 23:2503-6, 2007. DeBoer DJ, Verbrugge M, Morris M. Pilot trial of ofsublingual immunotherapy in mite-sensitive Allergy 66:740-52, FL);54(SLIT). Riverdale Veterinary Dermatology NJ); College Veterinary Medicine, Texas Pajno GB, Caminiti L, Vita2011. D,(Riverdale, et al. Sublingual immunotherapy in mite-sensitized children with 3 A&M University (College Station, TX). atopic dogs (abstract). Proceedings, Veterinary Dermatology Forum, Portland, Cadario G, Galluccio AG, Pezzadouble-blind, M, North et al. American Sublingual immunotherapy inClin patients with atopic dermatitis: a randomized, placebo-controlled study.efficacy J Allergy Immunol bAllergychoices Inc., La Crosse, WI USA OR, April 2010. and house dust mite sensitivity: a prospective study. Curr Med Res Opin atopic dermatitis aThe 4

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bAllergychoices Inc., La Crosse, WI USA during treatment. 2Radulovic S, Wilson D, Calderon et al. Systemic reviewsDermatology of sublingual immunotherapy CO); BluePearl Veterinary PartnersM, (Tampa, FL); Veterinary Center (Maitland,

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120:164-70, 2007.

DeBoer DJ, Verbrugge M,SR, Morris Changesimmunotherapy: in mite-specific IgEAllergy and IgG levels during 23:2503-6, 2007. PJ,DJ, Cox LS, Dunham et M. al.M.Sublingual World DeBoer Verbrugge M, Morris Pilot trial of sublingual immunotherapy in mite-sensitive 4 sublingual immunotherapy (SLIT) in Sublingual dust mite-sensitive dogs with atopic dermatitis (abstract). Pajno dogs GB, Caminiti VitaWorld D, etAllergy al. immunotherapy in mite-sensitized children with Organization Position Paper L, 2009. Organization Journal 2:233-81, 2009 atopic (abstract). Proceedings, North American Veterinary Dermatology Forum, Portland, 2Radulovic S, WilsonEuropean D,aCalderon M, et al. reviews of sublingual immunotherapy Proceedings, Society ofSystemic Veterinary Dermatology/European atopic dermatitis: randomized, double-blind, placebo-controlled study. JCollege Allergy of ClinVeterinary Immunol OR, April 2010. (SLIT). Allergy 66:740-52, 2011.Firenze, Italy, September 2010. Dermatology Meeting, 120:164-70, 2007. 6 DeBoer DJ, Verbrugge M,etMorris M. Changes in mite-specific IgE and 3Cadario G, Galluccio AG, Pezza M, al. Sublingual immunotherapy efficacy in patients with IgG levels during 5DeBoer DJ, Verbrugge M, (SLIT) Morris M.dust Pilot trial of sublingual immunotherapy in mite-sensitive sublingual in dermatitis (abstract). atopic dermatitisimmunotherapy and house dust mite sensitivity: a mite-sensitive prospective study.dogs Curr with Med atopic Res Opin FUNDING and DISCLOSURES atopic dogs (abstract). North American Veterinary Dermatology Forum, Portland, 23:2503-6, 2007. Proceedings, EuropeanProceedings, Society of Veterinary Dermatology/European College of Veterinary 4Pajno OR, April 2010. GB, Caminiti L, Vita D, et al. Sublingual immunotherapy in mite-sensitized children with Dermatology Meeting, Firenze, Italy, September 2010. materials were provided by Allergychoices, Inc. M. Morris is an owner 6Treatment atopic dermatitis: a randomized, J Allergy ClinIgE Immunol DeBoer DJ, Verbruggedouble-blind, M, Morrisplacebo-controlled M. Changes instudy. mite-specific and IgG levels during of Allergychoices, Inc.,(SLIT) and in has licensed to Heska Corporation the exclusive 120:164-70, 2007. sublingual immunotherapy dust mite-sensitive dogs with atopic dermatitis (abstract). and DISCLOSURES 5DeBoer DJ, Verbrugge M, Morris M. FUNDING Pilotdistribute trial of sublingual immunotherapy in mite-sensitive rights to manufacture and the Dermatology/European sublingual immunotherapy Proceedings, European Society of Veterinary Collegeformulation of Veterinary atopic dogs (abstract). Proceedings, North American Veterinary Dermatology Forum, Portland, described in this study, under the trade name Allercept® Therapy Drops. D. Treatment materials were provided by Allergychoices, Inc. M. Morris is an owner Dermatology Meeting, Firenze, Italy, September 2010. OR, April 2010. 6DeBoer DeBoer is currently a consultant for Heska to Corporation, but during was not the of Allergychoices, Inc., has in licensed Heska the during exclusive DJ, Verbrugge M, Morris M.and Changes mite-specific IgE and IgGCorporation levels FUNDING and DISCLOSURES sublingual immunotherapy (SLIT) in dust mite-sensitive dogs with atopic dermatitis (abstract). time this was conducted. rights to study manufacture and distribute the sublingual immunotherapy formulation Proceedings, European Society of Veterinary Dermatology/European College of Veterinary described in Firenze, this study, under the trade name Allercept® Therapy D. Treatment materials were provided Allergychoices, Inc. M. Morris isDrops. an owner Dermatology Meeting, Italy, September 2010.by 6

1Bousquet 5

DeBoer is currentlyInc., a consultant Heska to Corporation, but was not the of Allergychoices, and has for licensed Heska Corporation the during exclusive FUNDING and DISCLOSURES time this was conducted. rights to study manufacture and distribute the sublingual immunotherapy formulation D. the

Treatment materials were provided by Allergychoices, Inc. M. Morris is an owner described in this study, under the trade name Allercept® Therapy Drops. of Allergychoices, Inc., and has licensed to Heska Corporation the exclusive DeBoer is currently a consultant for Heska Corporation, but was not during rights to manufacture and distribute the sublingual immunotherapy formulation time this study wasunder conducted. described in this study, the trade name Allercept® Therapy Drops. D. DeBoer is currently a consultant for Heska Corporation, but was not during the time this study was conducted.


ALERGOLOGIA MATÉRIA DE CAPA

A IMUNOTERAPIA COMO SOLUÇÃO PARA OS CASOS DE DERMATITE ATÓPICA CANINA (DAC)

INTRODUÇÃO

A Dermatite Atópica Canina (DAC) é uma dermatose inflamatória e pruriginosa de origem genética, e de alta incidência. Sua fisiopatologia é considerada complexa e envolve vários fatores de natureza imunológica e não imunológica. Acredita-se que mutações genéticas conduzam a distúrbios de função da barreira tegumentar, a defeitos na resposta imune antimicrobiana e a hiperreatividade cutânea a aeroalérgenos, antígenos microbianos, irritantes e trofoalérgenos. Sua prevalência tem sido estimada em 10 a 20% da população canina. Apesar do fato da DAC ser comum, a compreensão da sua patogênese e opções de tratamento ainda é limitada. As reações alérgicas típicas são, predominantemente, aquelas que envolvem predisposição genética, produção de anticorpos reagentes, além da degranulação de mastócitos. São reações que geralmente se iniciam após o segundo contato com o antígeno, sendo também chamadas de reações imediatas (figura 1). A DAC envolve este tipo de reação, que é mediada principalmente pela IgE. Uma vez feito o contato com o alérgeno, as células de Langerhans entram em contato com este e os linfócitos T auxiliares são requisitados para fazerem a apresentação do antígeno aos linfócitos B. Estes produzem anticorpos IgE alérgeno-específicos e células de memória. Os anticorpos IgE se ligam

aos mastócitos e basófilos teciduais, o que resulta em degranulação e liberação de mediadores inflamatórios pré-formados, além da estimulação da cascata do ácido aracdônico. Esses mediadores pré-formados são: histamina, heparina, serotonina, cininogenase, proteases neutras, fator quimiotático eosinofílico da anafilaxia, fator quimiotático do neutrófilo, fator ativador das plaquetas e todos os derivados do ácido aracdônico.

Figura 1: Cascata de resposta alérgica. – Fonte: (1)

Atualmente, os ensaios científicos remetem a especulações de que diferentes formas de IgE possuam diferentes potenciais patogênicos e que há mecanismos adicionais podendo exercer papéis decisivos na patogenia da dermatite atópica canina. CARACTERÍSTICAS DA DAC Devido ao seu caráter genético, esta é uma doença que na maioria das vezes não tem cura, apenas controle. O tratamento em geral é vitalício. Assim sendo, algumas drogas utilizadas, a exemplo dos corticosteróides, po-

dem causar efeitos colaterais que, em longo prazo, são capazes de diminuir a qualidade de vida do animal. Os sinais clínicos iniciais podem manifestar-se em determinada época do ano, dividindo a DAC em sazonal e não sazonal. Eventualmente, alguns pacientes desenvolvem a forma de atopia não sazonal, na qual o prurido ocorre durante todo o ano, porém, há agravamento dos sinais nos meses mais quentes. Nesses pacientes a doença tende a se tornar mais crônica. A idade em que os sinais clínicos se iniciam varia de seis meses a sete anos, sendo que, cerca de 70% dos cães desenvolvem o problema entre 1 e 3 anos de idade. Entretanto, Shar Peis, Akitas e Golden Retrievers podem ocasionalmente apresentar atopia antes dos 6 meses de idade. O sinal clínico inicial da DAC é prurido em áreas sem lesão visível ou com máculas eritematosas. Pode ser localizado ou generalizado. O primeiro ocorre principalmente na face, pavilhão auricular, extremidades distais dos membros, axilas e região inguinal. O segundo é relatado em cerca de 40% dos cães atópicos. Em virtude do prurido, pode-se observar também lambedura dos membros, atrito da face contra o chão, lesões axilares, entre outros. Estas manifestações contribuem para o desenvolvimento de infecções e podem originar lesões secundárias como alopecia focal ou difusa, pústulas, máculas, edema, liquenificação, hiperpigmentação

Fonte: http://wallpicshd.com/wp-content/uploads/2013/04/Dog-Animal-Pictures-Wallpapper-HD-Download.jpg

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ALERGOLOGIA

e em animais de pelame claro pode ocorrer discromia ferruginosa devido à lambedura excessiva. As lesões crônicas são observadas principalmente nos locais onde há prurido intenso e repetido. Diferente dos outros cães, o Buldog Inglês atópico quase sempre apresenta eritema, edema e lesões cutâneas secundárias, mas pouco ou nenhum prurido. A otite externa e o prurido do pavilhão auricular ocorrem em aproximadamente 86% dos pacientes. Conjuntivite, epífora e blefaroespasmo podem estar presentes em 50% dos casos. Seborréia acentuada é observada em 12 a 23% dos cães atópicos.

Figura 2: Cão atópico com prurido. – Fonte: vettherapy

Alguns cães atópicos desenvolvem sinais não cutâneos, como rinite, catarata, asma, ceratoconjuntivite seca, distúrbios urinários, gastrointestinais e hipersensibilidade hormonal. Cadelas podem apresentar ciclos estrais irregulares, taxa de concepção diminuída e incidência elevada de pseudociese. DIAGNÓSTICO` O plano diagnóstico inicia-se com o intuito de promover o controle em relação aos fatores perpetuantes. Assim sendo, é necessário estabelecer os possíveis diagnósticos diferenciais, baseados na resenha, histórico e sinais clínicos. O diagnóstico definitivo da dermatite atópica geralmente não é dado na primeira consulta. Realizar raspado cutâneo de lugares di-

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Figura 3: Cães atópicos com (a) conjuntivite, (b) alopécia e (c) pústulas. Fonte: eofdreams, dermatopet e web animal

versos para sarna e exame micológico (pesquisa direta e cultura), o controle do ambiente, o uso de rações hipoalergênicas e o controle hormonal e clínico para descarte de patologias como Hiperadrenocorticismo, Hipotireoidismo e Hiperestrogenismo, são imprescindíveis para qualquer paciente portador de dermatopatia, salvo algumas exceções. Após descartar as patologias de ordem hormonal, ectoparasitoses e distúrbios alimentares, é imprescindível que se realize um Teste alérgico. Utiliza-se usualmente o Teste Alérgico baseado em sorologia de IgE por método Elisa. A dosagem de IgE utiliza o soro do animal, onde a reação de Elisa busca anticorpos IgE específicos para cada alérgeno. A superioridade da sorologia em comparação com outros testes alérgicos se deve pela reação de ELISA, que é mensurada por aparelhos calibrados e direcionados APENAS para este fim, garantindo sensibilidade e especificidade (superiores a 93%) infinitamente superior a qualquer método macroscópico, além disto, não existe desconforto para o paciente. Conseguir identificar o alérgeno específico que desencadeia o processo alérgico no animal é essencial para que o Médico Veterinário tenha sucesso no tratamento e na prevenção. Para realizar a análise basta coletar 3mL de sangue total em tubo de tampa VERMELHA e manter refrigerado até o envio ao TECSA. O ideal é interromper o uso de corticóides uma semana antes da coleta, porém o uso deste medicamento não leva a resultados falso-negativos,

mesmo podendo mascarar a intensidade da leitura do ensaio. TRATAMENTO COM IMUNOTERAPIA A partir dos resultados obtidos no teste alérgico sorológico, nós do TECSA disponibilizamos a IMUNOTERAPIA ESPECÍFICA, totalmente personalizada, desenvolvida unicamente para o animal, utilizando proteínas dos alérgenos que se mostraram positivos nos ensaios. O tratamento não é agressivo e muito raramente o animal apresenta algum tipo de reação secundária, ou seja, é uma opção muito melhor do que o uso de corticóides que a médio prazo causam efeitos colaterais irreversíveis.

Figura 4: Vacinas de IMUNOTERAPIA. Fonte: Heska, empresa Suíça parceira do TECSA

O objetivo da IMUNOTERAPIA é dessensibilizar o animal, ensinando o organismo a não montar uma res-


ALERGOLOGIA

posta alérgica contra os alérgenos. As aplicações são fáceis já que são subcutâneas ou orais, com doses crescentes à medida que o protocolo é seguido (fornecemos um modelo de protocolo geral que pode ser utilizado). Sessenta a oitenta por cento dos pacientes que passam pelo tratamento Imunoterápico apresentam melhora dos sintomas em até 6 a 10 meses. As aplicações são para toda a vida do animal, com intervalos de 30 dias em sua fase de manutenção. A imunoterapia alérgeno-específica é um tratamento biológico tipicamente usado para pacientes atópicos, com a finalidade de amenizar os sintomas da doença quando há exposição ao alérgeno. Consiste em administrações subcutâneas de crescentes doses de alérgenos aos quais o animal é sensível. A vantagem da imunoterapia em relação ao tratamento sintomático convencional inclui a baixa freqüência de administração, o baixo risco de efeitos colaterais devido à administração prolongada e o potencial de alterar permanentemente o curso da doença. O objetivo da terapia consiste em aumentar a capacidade do paciente em tolerar os alérgenos ambientais sem sinais clínicos. A imunoterapia permite a redução significativa na terapia farmacológica sintomática e ocasionalmente sua eliminação. Acredita-se que os efeitos benéficos da imunoterapia têm relação com a teoria do anticorpo de bloqueio, que propõe que o paciente responda formando anticorpos específicos. Esses anticorpos circulantes são protetores, por se ligarem aos alérgenos invasores antes que esses atinjam as IgE´s.

Figura 5: Indução de células Th1 e Treg pela imunoterapia específica, com consequente produção de IgG, IgG4 e IgA e inibição de linfócitos Th2. Ag = antígeno; APC = célula apresentadora de antígenos; EO = eosinófilo; IFN = interferon; LB = linfócito B; TGF = fator transformador de crescimento; Th1 = linfócito T helper 1; Th2 = linfócito T helper 2; Tr = célula T reguladora. Fonte: (3)

As reações adversas da imunização são raras, mas podem ocorrer em até 5% dos pacientes e são tratadas de acordo com os sinais. Edema localizado, eritema, dor e prurido podem ser observados no local da injeção. É bem aceito que esse tratamento é eficiente, valioso e relativamente seguro para cães atópicos.

Figura 6: Cão atópico após 6 meses de tratamento com a IMUNOTERAPIA. Fonte: Tecsa laboratórios

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ALERGOLOGIA EXAMES REALIZADOS NO TECSA LABORATÓRIOS MATERIAL Sangue total ou soro Sangue total ou soro Sangue total ou soro Raspado/Pêlos Raspado/Pêlos Raspado/Pêlos/Swab com meio Sangue total ou soro Sangue total ou soro Sangue total ou soro Sangue total ou soro Sangue total ou soro

CÓD/EXAMES 683 / TESTES ALERGICOS TRIAGEM - SCREENING 686 / TESTES ALERGICOS - PAINEL C/ 24 ALERGENOS 685 / TESTES ALERGICOS - PAINEL C/ 36 ALERGENOS 355 / PESQUISA DE SARNA E FUNGOS 60 / PESQUISA DE ECTOPARASITOS 255 / CULTURA DE FUNGOS KITD - KIT DERMATOFITOS VETCHECK 688 / TESTE ALÉRGICO – ALERGIA À Malassezia 684 / TESTE ALÉRGICO – ALERGIA À PICADA (SALIVA) DE PULGA 334 - PERFIL HIPERADRENOCORTICISMO 336 - PERFIL HIPOTIREOIDISMO 702 - PERFIL TRIAGEM HORMONAL FÊMEAS

PRAZO DIAS 2 7 7 1 2 12 3 7 7 3 2 2

Bibliografia • 1. Dermatite atópica canina. Zanon, Jakeline Paola, et al., et al. Out/Dez, Londrina : Semina, 2008, Vol. 29.

• 2. DERMATITE ATÓPICA CANINA: REVISÃO DE LITERATURA E RELATO DE CASO. DALLABONA, ADRIANE CRISTINA. Curitiba : AVS, 2010, Vol. Trabalho apresentado para conclusão do Curso de Medicina Veterinária da Universidade Federal do Paraná. • 3. V., Rita. e-portefoliobio. O lado B, da Biologia. [Online] 8 de Abril de 2011. [Citado em: 23 de Maio de 2014.] http://e-portefoliobio.blogspot.com.br/2011/04/desequilibrios-e-doencas.html.

• 4. Pinchbeck, Dr. Lauren R. Northeast Veterinary Dermatology Specialists. nevetdermatology. [Online] 9 de Setembro de 2013. [Citado em: 23 de Maio de 2014.] http://www.nevetdermatology.com/canine-atopic-dermatitis-treatment/. • 5. Imunoterapia específica em alergia respiratória. Silva, Eduardo Costa de Freitas. Jul/Dez, Rio de Janeiro : HUPE, 2008, Vol. 7.

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ENDOCRINOLOGIA

DIABETES MELLITUS E INSULINOTERAPIA 1. INTRODUÇÃO O Diabetes Mellitus (DM) é um distúrbio crônico complexo, de alta prevalência na clínica médica de pequenos animais, caracterizado pela hiperglicemia. A alta taxa de glicose plasmática se deve à diminuição da secreção de insulina, da redução da sua efetividade, ou de ambos, resultando em distúrbios metabólicos de proteínas, gorduras e carboidratos. Assim sendo, cães e gatos diabéticos dependem de insulina exógena em doses adequadas para sobreviver. Os felinos apresentam a particularidade de, no início de suas patologias, não necessitarem de aportes de insulina. Nestes casos o tratamento se fundamenta em hipoglicemiantes orais, dieta adequada e atividades físicas. A progressão da doença pode determinar a diminuição da produção de insulina passando a ser imperiosa a insulinoterapia. O controle glicêmico baseado na insulinoterapia intensiva é o principal objetivo no tratamento dos pacientes, retardando as complicações do diabetes. Inúmeras são as apresentações comerciais da insulina assim como são inúmeros os protocolos de tratamento, que se fundamentam na curva glicêmica de 24 horas. Entretanto o sucesso do tratamento é extremamente influenciado pela cooperação e dedicação dos proprietários e do acompanhamento veterinário O tratamento inicial (seis primeiros meses) é de fundamental importância para a manutenção da vida dos animais acometidos, visto que 50% dos cães diabéticos morrem entre 4 e 9 meses após o diagnóstico. As principais causas dos óbitos são a cetoacidose severa, doenças intercorrentes

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(pancreatite, insuficiência renal) e inadequação do tratamento. 2. INSULINOTERAPIA Ao se iniciar um tratamento baseado na insulina, o veterinário deverá fazer algumas escolhas que influenciarão no sucesso da terapia. A primeira escolha a ser feita é pelo momento de início do tratamento, e se seguirão decisões sobre a escolha da insulina, qual dose deve ser ministrada para início e manutenção do paciente, além da frequência de aplicação. Tomadas todas estas decisões, o ideal é que a insulinoterapia se inicie em ambiente hospitalar, com monitoramento da glicemia nas primeiras 12 a 24 horas, para evitar a hipoglicemia e consequentemente as suas complicações. A insulina passou por avanços nos últimos tempos. A purificação e cristalização, obtenção de preparados de origens suína e bovina, uso da tecnologia do DNA recombinante para produção de insulina humana e produção de análogos das insulinas humanas possibilitou escolhas clínicas mais precisas e determinou a necessidade de classificação destes produtos. O controle de absorção da maioria das preparações insulínicas se dá por meio da regulação do tamanho de seus cristais, mas outros compostos estão sendo incorporados ao terapêutico para modular sua absorção.

Figura 1: Insulina administrada em cão com diabetes. Fonte: (1)

As apresentações comerciais da insulina estão disponíveis nas concentrações de 40, 100 e 500UI/mL, sendo designadas como U-40, U-100 e U-500, respectivamente. As insulinas utilizadas atualmente na medicina veterinária são: 2.1. Insulina de ação rápida Os análogos à insulina de ação rápida (lispro, aspart e glulisina) são utilizados para aplicações pós-prandiais em humanos. Apresentam grande absorção, altos picos de concentração plasmática 2.2. Insulina de ação curta A insulina de curta ação é caracterizada pelo início rápido e curta duração de sua ação 2.2.1. Insulina Regular A insulina regular, tipo recombinante humano possui alta potência e por isso tem seu uso restrito ao ambiente hospitalar nos pacientes que apresentam cetoacidose diabética. O acompanhamento da glicemia é de fundamental importância e visa evitar a hipoglicemia aguda. Quando aplicada por via endovenosa apresenta ação imediata e término do efeito em meia hora. Também se observa rápido início de ação quando a via intramuscular é a escolhida, entretanto o efeito pode durar até 8 horas. O término da ação deste tipo de insulina ocorre pela sua depuração e a restauração da glicemia basal resulta da ação de glucagon, epinefrina, norepinefrina, cortisol e hormônio do crescimento. 2.3. Insulina de ação intermediária Apresentam formulações que de-


ENDOCRINOLOGIA

terminam uma liberação mais gradual quando aplicadas por via subcutânea, estendendo o período de ação. As preparações mais utilizadas são a Insulina com Protamina Neutra de Hagedon (NPH), a Insulina e mais recentemente lançada no Brasil uma formulação bifásica específica para cães, de origem suína, a Caninsulin® (Intervet). 2.3.1. Insulina NPH O início de ação ocorre mais lentamente se comparada à insulina de ação curta, cerca de 60-120 min. e o pico é alcançado em 6-12 h, com duração de efeito de 18-24 h. Geralmente é necessário administrá-la duas vezes ao dia e a dose inicial é de 0,51,0 UI/kg por via subcutânea. 2.3.2. Insulina Lenta A insulina lenta é caracterizada por sua ação intermediária, obtida pela ação de substâncias que retardam sua absorção pelo organismo. 2.3.3. Insulina mista de ação intermediária A insulina de origem suína é específica para cães, visto que a sua sequência de aminoácidos é idêntica à canina. O que determina sua absorção inicialmente rápida e absorção lenta é a sua composição dupla. O início de ação ocorre rapidamente (30-60 min.), alcançando pico em 2-4 h, com duração de efeito entre 10-12 h. A dose inicial indicada é de 0,5 UI/kg. Alguns cães conseguem estabilizar a glicemia recebendo uma dose por dia, outros requerem duas aplicações ao dia. 2.4.Insulinas de ação longa Como o próprio nome referencia, as insulinas de ação longa apresentam pico de ação prolongado e início de ação mais lento, devido ao maior tamanho dos seus cristais, dificultan-

do a absorção. Assim proporcionam uma concentração basal baixa de insulina durante todo o dia. 2.4.1. Insulina Ultralenta O início do efeito da insulina ultralenta é mais tardio quando comparada com as demais, cerca de 2 a 5 horas, enquanto o pico se dá entre 5-24 horas e a duração entre 18-24 horas. São necessários vários dias de tratamento para a determinação da melhor dose visto que sua meia-vida é longa. Sugere-se iniciar o tratamento com 0,5 UI/kg, administrado 1 ou 2 vezes ao dia. Como acontece com as outras apresentações de insulina, o ajuste da dose deve ser feito baseado com o acompanhamento da glicemia em jejum. 3. CUIDADOS NA APLICAÇÃO Cabe ao médico veterinário o papel de ensinar ao proprietário todos os passos desde a preparação da injeção da insulina, passando pelo armazenamento, escolha da seringa e cuidados com assepsia. Os frascos de insulina que estiverem em uso não necessitam de refrigeração e podem ser mantidos assim por um mês. Quando guardada em geladeira, depois de aberta se conserva ainda por três meses. Entretanto a aplicação de uma solução gelada pode ser extremamente incômoda. A observação com a escolha da seringa é de fundamental importância para o sucesso da terapia. Existem três modelos com diferentes capacidades: 0,3, 0,5 e 1,0mL. As insulinas para uso humano são comercializadas em concentrações de 100 unidades por ml enquanto a Caninsulin® é apresentada em 40U/mL. Outro fator que deve ser observado é o comprimento da agulha, sendo recomendada aquela de comprimento mais curto (8mm). As seringas são destinadas a uso único e posteriormente descartadas.

A reutilização potencializa o risco de infecções bacterianas além de diminuir o poder de corte da agulha, fato que torna o procedimento mais doloroso. As preparações insulínicas são soluções que necessitam uma perfeita homogeneização, que deve ser feita de forma cuidadosa e delicada até que o aspecto se torne homogêneo. Antes de se fazer a aspiração da insulina, a rolha de borracha deve ser limpa com um algodão embebido em álcool e a sua completa evaporação deve ser aguardada. O preenchimento do corpo da seringa deve ser feito sem a presença de bolhas. Recomenda-se a determinação de uma pessoa para efetuar o procedimento diariamente. Tal fato impede as possíveis “aplicações repetidas” decorrentes da falta de comunicação entre os membros da família. As doses de insulina variam em função da apresentação escolhida. Ajustes devem ser feitos de acordo com horários de alimentação e correção dos efeitos secundários da diabetes, como a poliúria/polidipsia, manutenção do peso corpóreo. Além disso, deve-se fazer um rigoroso acompanhamento da glicemia. A reavaliação clínica periódica deve ser feita e o proprietário deve ser instruído a monitorar os efeitos da insulina, observando apetite, atitude, condição corporal, polidipsia e poliúria, que devem ser associados ao requerimento energético, urinálise e glicemia em jejum. Todos estes parâmetros permitirão o ajustamento da dose de insulina pelo veterinário. 4. AVALIAÇÃO DA EFICIÊNCIA DA INSULINOTERAPIA Avaliações seriadas da glicemia são parâmetros para observar a evolução do paciente quanto à resposta à insulina. Em ambiente hospitalar a alimentação deve ser seguida da administração de insulina, mensurando-se a glicemia duas horas após a alimentação.

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ENDOCRINOLOGIA

A mensuração glicêmica é necessária para que se possa elaborar a curva glicêmica do paciente. A curva deve ser feita seguindo os seguintes procedimentos: 1) coletar a amostra sanguínea inicial; 2) oferecer quantidade e tipo normais de alimento ao cão; 3) alimentar e administrar a insulina nos horários de costume e; 4) coletar amostras sanguíneas seriadas em intervalos de 2h por 24h em animais que recebam uma dose por dia, ou 2h por 12 em animais que recebam duas doses por dia. A insulinoterapia também pode ser avaliada mensurando-se a concentração sérica de frutosamina ou hemoglobina glicosilada. A meia-vida da hemoglobina glicolisada A1c é de cerca de 120 dias e sua

Figura 2: Animal diabético apresenta poliúria e polidpsia. Fonte: (2)

quantidade é proporcional à concentração de glicose e ao tempo de exposição da proteína à glicose. Portanto, a concentração de hemoglobina A1c na circulação reflete a gravidade do estado glicêmico ao longo de um período extenso (4 a 12 semanas) antes da coleta da amostra. Uma elevação da hemoglobina A1c de 5 para 10% sugere uma duplicação prolongada da concentração média de glicose no sangue. A frutosamina sérica é constituída por uma glicosilação de proteínas séricas de sobrevida curta, como a albumina. Devido à expectativa de vida mais curta da albumina em comparação com a hemoglobina, as concentrações de frutosamina refletem alterações mais recentes (1-3 semanas) na concentração sérica de glicose. Concentrações das proteínas glicosiladas que se situam dentro dos limites da variação de referência indicam controle diabético bom a excelente, enquanto níveis ligeiramente aumentados indicam controle razoável a bom e níveis muito altos indicam controle glicêmico ruim. Com o objetivo de auxiliar o clínico em suas decisões, o TECSA Laboratórios disponibiliza uma série de perfis facilitadores, que são pacotes compostos por todos os exames necessários para o mais preciso diagnóstico. No caso do paciente diabético, seja no diagnóstico ou na avaliação do tratamento recomendado, o veterinário

pode solicitar o perfil glicêmico que é composto pelas mensurações da glicemia de jejum, glicohemoglobina, frutosamina e insulina. Ao optar por este pacote diagnóstico o veterinário deve solicitar que o proprietário realize um jejum de pelo menos oito horas em seu animal. A coleta deve ser feita em três tubos diferentes, nas cores vermelha de onde será separado o soro para a quantificação da frutosamina e de insulina; cor roxa (EDTA) para dosar a glicohemoglobina; e na cor cinza (fluoreto) para determinação da glicemia. Para o paciente diabético, outra excelente ferramenta diagnóstica é a realização da curva glicêmica que permite avaliar o efeito da insulina sobre a glicemia, permitindo identificar falhas que provoquem hipo ou hiperglicemia, sendo uma ferramenta fundamental no ajuste das dosagens de insulina. Este exame é realizado com a coleta de seis amostras com intervalos de duas horas entre cada uma. O tubo recomendado é o de cor cinza (fluoreto). 5. Conclusão O sucesso do tratamento é um resultado diagnóstico bem consolidado e o acompanhamento do paciente. Os parâmetros laboratoriais permitirão a escolha da melhor apresentação da insulina, assim como ajustes nas doses, resultando em melhor condição de vida do animal.

EXAMES REALIZADOS NO TECSA LABORATÓRIOS MATERIAL COD/EXAMES Animal em jejum de 8hs. Enviar soro ou sangue em tubo tampa vermelha (2ml); Santue total em tubo tampa roxa (2ml); sangue 581 / PERFIL GLICÊMICO em tubo tampa cinza (2ml). Sangue total 2,0 ml coletado em tubo com EDTA (tampa roxa) 277 / GLICOHEMOGLOBINA - HEMOGLOBINA GLICOSILADA Sangue total 2,0 mL em tubo de tampa cinza/preta (fluoreto de sódio) 105 / GLICOSE - GLICEMIA

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PRAZO DIAS 1 Dia 2 Dias 1 Dia


BIOLOGIA MOLECULAR

GASTROENTERITES: PARVOVIROSE E CORONAVIROSE EM CÃES E GATOS INTRODUÇÃO: A parvovirose e a coronavirose são duas doenças infecciosas causadas por vírus mais comuns e conhecidas que afetam cães e gatos. Podem apresentar alta mortalidade, cerca de 80%, acometendo principalmente animais jovens e/ ou animais debilitados. A sintomatologia clínica é apresentada principalmente pela forma entérica e é bastante semelhante nestas duas doenças e, por serem facilmente transmissíveis, é de extrema importância realizar um rápido diagnóstico para que as medidas de combate, controle e prevenção sejam tomadas. PARVOVIROSE: Doença causada por um parvovírus (no caso do cão é o Parvovírus canino e no caso de gatos é o P. felino) de curso agudo já que o período de incubação varia de 1 a 3 dias pós primeiro contato com o agente. No caso dos gatos a doença é conhecida como Panleucopenia felina. Manifesta-se de duas formas, que são a forma entérica e a forma miocárdica. A forma entérica é mais freqüentemente reconhecida, por mostrar sinais evidentes. A forma miocárdica é geralmente diagnosticada no post-mortem (necropsia), pois a maioria dos animais morre subitamente sem mostrar sinais clínicos. É importante ressaltar que o desenvolvimento da doença está ligado a diversos fatores (carga antigênica muito alta acima da capacidade de defesa do organismo, baixa imunidade, condição corporal ruim, dentre outras). A vacina é o melhor método de prevenção da doença, pois estimula o sistema imune do animal a desenvolver proteção, mas, se o animal não estiver em perfeitas condições ou por qualquer motivo não desenvolver a resposta (produção de imunoglobulinas), ele poderá desenvolver sinais clínicos da doença.

PATOGENIA E SINAIS CLÍNICOS: Após o contato/ingestão com contaminados com o vírus, este ganha a corrente circulatória (fase de viremia) e invade vários tecidos, incluindo o timo, o baço, os linfonodos, a medula óssea, os pulmões, o miocárdio e finalmente o jejuno distal e o íleo, onde ele continua a se replicar. A replicação causa a necrose das criptas do epitélio do intestino delgado, com eventual destruição das vilosidades. Há morte das células e descamação da mucosa intestinal ocasionando uma queda na absorção e digestão dos alimentos causando diarréia nos animais que, na maioria das vezes, é sanguinolenta. Durante a fase virêmica há uma profunda leucopenia, especialmente linfopenia. No entanto, a leucopenia se transforma rapidamente em leucocitose devido à infecção secundária por bactérias à medida que os sinais clínicos se tornam mais evidentes. Outros sinais clínicos presentes são: elevação da temperatura corporal, vômito, perda de apetite, prostração e desitradatção. Nos casos em que há co-infecção por parvo e coronavírus os sintomas são mais severos ainda. Já a forma miocárdica se manifesta mais em filhotes e raramente em cães adultos. Cães que se recuperam da forma entérica podem ser afetados mais tarde, durante a vida, pela forma miocárdica. Os sinais clínicos são devidos a ataque do miocárdio pelo vírus e subseqüente degeneração e inflamação do músculo cardíaco. CORONAVIROSE: Doença causada por um vírus da família coronaviridae que também infecta cães e gatos. No caso dos gatos a doença é conhecida com Peritonite Infeccio-

sa Felina. Assim como a parvovirose, a forma de contaminação também é principalmente pelo contato com fezes contaminadas. O curso da doença também é agudo, daí a importância de realizar exames laboratoriais com o intuito de identificar o agente já que a sintomatologia clínica é semelhante à parvovirose. PATOGENIA E SINAIS CLÍNICOS: Assim como o vírus da parvovirose, o coronavírus também tem predileção pelo trato intestinal e raramente espalha por outros órgãos. Ocorre destruição das vilosidades intestinais seguida da descamação do epitélio intestinal levando a uma diminuição na absorção

Figura 1: Diarreia sanguinolenta. Fonte: (1)

e digestão dos alimentos. A sintomatologia clínica é idêntica à parvovirose. Diarréia (que pode ser sanguinolenta), vômito, febre, letargia, desidratação e emagrecimento são os mais comuns e a manifestação também vai depender dos fatores já citados. DIAGNÓSTICO LABORATORIAL: O diagnóstico clínico é sugestivo, mas deve sempre ser diferenciado de gastroenterites bacterianas como a salmonelose e de outras gastroenterites virais como a cinomose. Os achados de 19


BIOLOGIA MOLECULAR

hemograma mais freqüente são leucopenia com neutropenia. O diagnóstico Laboratoial se dá pela detecção precoce de vírus em fezes, inclusive antes da aparição de sintomas. Este exame não detecta antígenos de origem vacinal e não ocorrem reações cruzadas com parasitas da cinomose, hepatite infecciosa, parainfluenza e parasitas intestinais. Os testes sorológicos de Hemoaglutinação e Imunocromatografia servem para detecção de anticorpos IgG e IgM dos agentes causadores da patogenia. Além desses exames, há também a PCR, que vem sendo utilizada como método eficaz para o diagnóstico de inúmeras doenças de etiologia viral.

Figura 2: Gastrite catarral aguda em cão com parvovirose. É observada muita congestão e líquido rico em muco. Fonte: (2)

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O que é PCR Real Time? Também conhecida como “PCR em Tempo Real”, é uma avançada e moderna tecnologia de diagnóstico molecular que aprimora e substitui o PCR convencional. Seu avanço está baseado na amplificação e quantificação simultânea de fragmentos de DNA do agente patogênico alvo, presente na amostra testada.


BIOLOGIA MOLECULAR

Referências: 1. Clinical Signs of Parvo Virus Infection. Best Vet Store. [Online] 12 de Agosto de 2008. [Citado em: 16 de Maio de 2014.] http://www.bestvetstore.com/ clinical-signs-of-parvo-virus-infection/. 2. Anatomia Patológica Veterinária. Faculdade de Medicina Veterinária. [Online] Universidade Técnica de Lisboa, 2001. [Citado em: 16 de Maio de 2014.] http://www.fmv.utl.pt/atlas/digest/paginas_pt/ digest_058.htm.

Figura 3: Aglomerado de partículas do Parvovirus canino. Fonte: (1)

3. Canine Parvovirus. The Science Picture Company. [Online] 2012. [Citado em: 16 de Maio de 2014.] http://www.sciencepicturecompany.com/ images/3617/Canine-Parvovirus.html.

EXAMES REALIZADOS NO TECSA LABORATÓRIOS MATERIAL Sangue total (2,0mL) colhido em tubo de tampa roxa (EDTA) Fezes frescas sem conservantes Sangue total (2,0mL) colhido em tubo de tampa vermelha Sangue total (2,0mL) colhido em tubo de tampa vermelha Coletar sangue total 0,5 mL em tubo de tampa roxa ou Fezes frescas (sem conservantes) Coletar sangue total 0,5 mL em tubo de tampa roxa ou Fezes frescas (sem conservantes) Sangue total (2,0mL) colhido em tubo de tampa vermelha Fezes frescas Sangue total colhido em tubo de tampa cinza e em tubo de tampa vermelha

COD/EXAMES PRAZO DIAS 39 / HEMOGRAMA COMPLETO - PET E ANIMAIS SILVESTRES 0 671 / PARVOVIRUS + CORONAVIRUS CANINO 1 670 / CINOMOSE + PARVOVIROSE -IGG MÉTODO: IMUNOCROMATOGRAFIA 1 239 / CINOMOSE + PARVOVIROSE - IGM - MÉTODO: IMUNOCROMATOGRAFIA 1 781 / PARVOVIRUS CANINO - MÉTODO PCR REAL TIME 7 QUANTITATIVO 732 / PARVOVÍRUS CANINO - MÉTODO PCR REAL TIME 7 QUALITATIVO 2 310 / PARVOVIROSE (CANÍDEOS) - MÉTODO: ELISA 1 538 / PARVOVIROSE - PESQUISA DO ANTÍGENO VIRAL 1 570 / PERFIL CHECK UP GLOBAL DE FUNÇÕES

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HEMATOLOGIA

Anemia Hemolítica em cães e gatos

DICAS DO LABORATÓRIO

DR. LUIZ EDUARDO RISTOW tecsa@tecsa.com.br MV, Mestre em Medicina Veterinária UFMG CRMV-SP 5540 V CRMV-MG 3708

Anemia Hemolítica em cães e gatos

Introdução A anemia é definida como uma alteração dos componentes da série vermelha do sangue caracterizada pela diminuição de eritrócitos, concentração de hemoglobina e/ou hematócrito em relação aos valores de referência para a idade e espécie animal. Constitui-se raramente em uma doença primária e geralmente é o resultado de um processo (doença) generalizado. Sendo assim, é necessário que se conheça a causa da anemia para que o tratamento racional seja empregado, pois ele não é direcionado por si só para a anemia, exceto como uma medida de emergência. Hemólise A hemólise é o processo normal de destruição dos eritrócitos velhos pelas células do sistema monocítico-fagocitário (SMF). Eventualmente, pode haver um aumento da taxa de hemólise atingindo inclusive os eritrócitos normais e resultando numa anemia hemolítica. A anemia por destruição acelerada dos eritrócitos, pode ser causada por hemólise intra ou extravascular (fagocitose). A hemólise intravascular pode ser causada por bactérias como Clostridium perfringens tipo A ou C, Clostridium hemolyticum, Leptospira sp; produtos químicos como a fenotiazina, cebola, azul de metileno, cobre. Já a hemólise imunomediada, pode ser causada por transfusão incompatível ou isoeritrólise neonatal. A hemólise extravascular é causada por parasitas de eritrócitos como por exemplo, Mycoplasma Mycoplasma haemofelis, haemofelis, Anaplasma sp, sp, Eperythrozoon Eperythozooon sp; imunomediada, como AHAI (Anemia Hemolítica Auto-Imune), lupus eritematoso, anemia infecciosa eqüina e defeitos eritrocíticos intrínsecos como deficiência da enzima piruvato quinase. As anemias hemolíticas são normalmente refletidas por uma reticulocitose que varia de moderada a acentuada e parâmetros eritrocitários que vão de macrocítico e normocrômico a macrocítico e hipocrômico. Devese sempre lembrar que são necessários vários dias para que estes índices se tornem alterados e aparentes. Podemos classificar as anemias regenerativas hemolíticas conforme a sua causa em: anemias de origem parasitária, tóxica e por distúrbios imunológicos. Anemias Hemolíticas de origem Parasitária Alguns microorganismos parasitam diretamente as hemácias podendo resultar em hemólise intravascular ou extravascular. Hemoparasitas como a Babesia são os causadores da Babesiose Canina, que é um pro-

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tozoário intracelular (Babesia canis - transmitida por carrapatos), tendo-se no início uma hemólise intravascular, com aparecimento de icterícia, embora isso não seja uma constante. Outros sintomas são febre, hemoglobinemia e esplenomegalia. As alterações laboratoriais mais importantes são anemia regenerativa, trombocitopenia, leucocitose no pico da hemólise (não muito intensa), linfocitose na fase de recuperação, hemoglobinúria, bilirrubinúria, proteinúria , cilindrúria e alterações bioquímicas inespecíficas. Hemobartonelose é uma parasitemia de gatos e cães causada por ricketsias denominadas de Mycoplasma haemofelis e Mycoplasma haemocanis, localizadas na periferia dos eritrócitos. Os principais sintomas são febre, icterícia, esplenomegalia, hepatomegalia, prostação, anorexia e petéquias. As alterações laboratoriais encontradas são: anemia regenerativa macrocítica hipocrômica, leucocitose com eosinofilia, trombocitopenia e proteinúria na urinálise. Anemia Hemolítica tóxica Anemia hemolítica por corpúsculo de Heinz pode ocorrer em cães e gatos. São compostos oxidantes presentes na circulação que podem reagir na hemoglobina em dois pontos: no radical sulfidril dos aminoácidos da globina e em parte da molécula de ferro. A oxidação da hemoglobina leva à precipitação e à formação do corpúsculo. Muitos casos de anemia hemolítica por corpúsculo de Heinz são resultantes da ingestão de substância oxidantes como cebola, ou da ação de drogas oxidantes como a acetaminofen. A Cebola e o alho contêm dissulfeto de alilpropila e alicina respectivamente, que causam a formação de corpúsculos de Heinz e anemia hemolítica. Os princípios tóxicos destes alimentos são oxidantes e acumulam-se nas hemácias, ocasionando a desnaturação da hemoglobina e formação dos corpúsculos. Há então a perda da capacidade de deformação das hemácias, havendo sua retenção nos capilares e subsequente fagocitose. Anemias Hemolíticas causadas por disfunção do sistema imunológico A anemia hemolítica imunomediada (AHIM) é uma conseqüência do aumento da destruição de hemácias, como resultado da ação de anticorpos contra estas ou da adesão de complexos imunes a ela. Uma forma de anemia hemolítica imunomediada que acomete animais recém nascidos é a isoeritrólise neonatal. A anemia hemolítica auto-imune é con-

siderada uma das causas mais freqüentes de doença hemolítica em cães, mas é descrita com uma frequência muito menor em gatos. Pode ocorrer como um evento idiopático ou ser secundária a uma variedade de desordens infecciosas, neoplásicas entre outras. Os fármacos mais incriminados são o levamizol em cães e o propiltiouracil em gatos. Distinguir entre AHIM primária e secundária é crucial para um tratamento efetivo. A doença primária requer terapia imunossupressora agressiva. A AHIM secundária raramente responde bem sem que a causa primária seja eliminada e em alguns casos, pode piorar com terapia imunossupressora. Não há achados patognomônicos para a AHIM mas, sabe-se que anemia com hematócrito inferior a 25%, presença de hemoglobinúria e/ou bilirrubinúria, reticulocitose, auto-aglutinação, esferócitos e uma resposta apropriada a terapia imunossupressora, confirmam o diagnóstico de AHIM primária. Dica baseada no texto de João Leite, Luciana Carvalho e Patrícia Pereira, em Semina, 2011 e Priscila Solato et al, em Revista Científica Eletrônica de M.V., 2008

CÓD

EXAMES RECOMENDADOS

PRAZO DIAS

39

Hemograma Completo Material: Sangue em EDTA

1

666/ 667

Pesquisa de deErlichia Erlichia--IGM IGG (666) e IGM Pesquisa Método RIFI Pesquisa de Erlichia - IGG (66) Material:RIFI Soro Método: - Material: Soro

23

632

Babesia - Sorologia IGM Material: Soro

23

327

Babesia - Sorologia IGG Material: Soro

23

667

0

Perfil Doença Transmitida pelo Carrapato 668

Exames: babesia - sorologia IgM, IgG;

23

pesquisa de Erlichia - sorologia IgM, IgG Material: Soro 234

Urina Rotina Material: Urina

11

Anticorpo Anti Nuclear (ANA) 253

Diagnóstico de Lúpus Eritematoso

44

Material: Soro 570

Perfil Check up Global de Funções Material: Soro e sangue em Fluoreto

11

409

Pesquisa de Mycoplasma Haemofelis (antiga Haemobartonella) Material: Sangue em EDTA

12

713

Tipagem de Cães Tipagem Sanguínea Cães Material: Sangue emdeEDTA Material: Sangue em EDTA

11

710

Tipagem Sanguínea de Gatos

1


HEMATOLOGIA

ALTERAÇÕES PLAQUETÁRIAS PARTE I - TROMBOCITOPENIA As plaquetas, também conhecidas como trombócitos, são pequenos fragmentos citoplasmáticos derivados de megacariócitos, sendo produzidas principalmente na medula óssea. Possuem vida-média de 5 dias no cão e 30 h no gato. Sua liberação na circulação ocorre por estímulo da trombopoietina e sua concentração circulante é regulada não pelo número de plaquetas, mas pela massa plaquetária circulante total. FUNÇÃO Seu papel na hemostasia primária é aderir ao colágeno subendotelial exposto após a lesão vascular. Também atua na hemostasia secundária com fatores responsáveis pela estabilização do coágulo. ALTERAÇÕES QUANTITATIVAS TROMBOCITOPENIA: Redução do número de plaquetas por μL de sangue. Constitui-se a causa mais comum de sinais clínicos de sangramento em cães. 1 - Diminuição na produção mielossupressão Fármacos - quimioterápicos, ácido acetil salicílico, paracetamol, estrógeno endógeno/exógeno, furosemida, fenilbutazona, penicilina, estreptomicina, tetraciclinas, griseofulvina, sulfonamidas;

Imuno-mediada - trombocitopenia amegacariocítica; Causas infecciosas - erlichiose crônica, toxinas bacterianas, micotoxinas; Uremia. 2 - Vida-média reduzida e/ou aumento da destruição plaquetária Causas infecciosas; Processos imuno-mediados; Hemorragia aguda e severa; Coagulação Intravascular Disseminada (CID); Alterações funcionais plaquetária adquiridas ou congênitas. 3 - Redução do número de plaquetas Causas tóxicas: fármacos, uremia, bacteremia, micoses, Ofidismo/envenenamento (Bothrops sp. e Crotalus sp); Anemias ferroprivas severas; Hemodiluição: infusão com colóides, cristalóides, plasma; 4 - Distribuição anormal à seqüestro Esplenomegalia; Hipotermia severa; Endotoxemia. 5 - Mecanismos idiopáticos/multifatoriais à diminuição na produção e redução da meia-vida plaquetária. Anafilaxia; Doenças infecciosas: babesiose, cinomose, parvovirose, erlichiose, infecções por FeLV ou FIV, endotoxemia, histoplasmose, leishmaniose ou leptospirose. Neoplasia: carcinomas, sarcomas, linfoma, leucemias. A severidade da trombocitopenia

pode auxiliar no diagnóstico e tratamento. A trombocitopenia leve (100 a 175.000 plaquetas/μL) pode não ser específica para uma doença em particular. Contagens inferiores a 20.000 plaquetas/μL em cães sugerem trombocitopenia imuno-mediada. Sinais clínicos como epistaxe, hematoquesia, melena, hematúria, hematêmese, hemorragia petequial e equimose são mais comuns em trombocitopenias severas (< 20.000 plaquetas/μL). Alguns animais podem não apresentar sinais de sangramento com 10.000 plaquetas/μL, embora outros os apresentem com contagens entre 30.000 e 50.000 plaquetas/μL. Para o diagnóstico laboratorial de possíveis enfermidades relacionadas a alterações plaquetárias, o TECSA Laboratórios disponibiliza exames complementares de grande auxílio no diagnóstico e instituição de protocolos terapêuticos adequados.

Figura 1 - Megacariócito em medula óssea hematógena (HE, 40x) - Fonte: http://www.histologia2.ufba.br/ sangue_mo.html

EXAMES REALIZADOS NO TECSA LABORATÓRIOS MATERIAL Sangue total (2,0mL) colhido em tubo de tampa roxa (EDTA) Sangue total (2,0mL) colhido em tubo de tampa roxa (EDTA) Punção de medula óssea em EDTA + resultado recente de hemograma Sangue total (2,0mL) colhido em tubo de tampa vermelha Sangue total (2,0mL) colhido em tubo de tampa roxa (EDTA)

EXAMES 39 / HEMOGRAMA COMPLETO 43 / CONTAGEM DE PLAQUETAS 132 / MIELOGRAMA 668 / PERFIL DOENÇA TRANSMITIDA PELO CARRAPATO 358 / PESQUISA DE HEMATOZOÁRIOS

PRAZO DIAS 0 Dias 1 Dia 4 Dias 3 Dias 1 Dia

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LEISHMANIOSE VISCERAL CANINA

DIAGNÓSTICO DA LEISHMANIOSE VISCERAL CANINA A Leishmaniose visceral canina é uma doença grave, transmitida por um protozoário que tem o nome científico de Leishmania chagasi (infantum). O seu principal transmissor (vetor) é um inseto (flebotomíneo), da espécie Lutzomyia longipalpis, também conhecido como “mosquito palha”. O contágio em cães ocorre principalmente através da picada do inseto infectado. O diagnóstico da Leishmaniose visceral canina deve ser realizado por um clínico veterinário, que deve considerar três fatores indissociáveis:

laboratoriais estão a sensibilidade e especificidade. A sensibilidade indica a capacidade de um teste de detectar animais positivos enquanto a especificidade é a capacidade do teste detectar animais negativos. MÉTODOS IMUNOLÓGICOS (Detecção indireta do parasita) A detecção no soro de anticorpos específicos contra antígenos do parasita pode ser efetuada, através do Teste rápido, ELISA e RIFI.

ELISA (Enzyme-Linked Immunosorbent Assay) É um teste imunoenzimático indireto que permite a detecção de anticorpos (por exemplo, no soro sanguíneo). Possui média sensibilidade e boa especificidade, utilizado como um dos métodos confirmatórios. Como não indica doença e sim infecção, o médico veterinário deve interpretá-los com base em outros achados clínicos e laboratoriais. RIFI - Reação de Imunofluorescência Indireta

Fonte: http://cdn.mundodastribos.com/610655-Como-proteger-o-cão-da-leishmaniose-2.jpg / Fonte:http://saudefloripa33pj.files.wordpress.com/2010/06/industria-farmaceutica-safada.jpg

o exame epidemiológico, o exame clínico e sempre os exames laboratoriais. A conclusão diagnóstica da leishmaniose, entretanto, deve ser feita unindo-se o exame epidemiológico e clínico aos exames laboratoriais específicos. Estes podem ser feitos com diferentes técnicas, que por sua vez utilizam princípios diversos. Desta forma, há os métodos com princípio direto e indireto. Os métodos diretos permitem observar o próprio agente etiológico (causador da doença). Os métodos indiretos ou imunológicos são os que utilizam reações antígeno x anticorpo para evidenciar a infecção. Dentre os diversos indicadores que servem para avaliar as técnicas

TESTE RÁPIDO –IMUNOCROMATOGRAFIA Detecção de titulação de anticorpos para Leishmania de forma rápida e qualitativa em sangue, soro ou plasma de cães. Método de alta sensibilidade e média especificidade, sugerindo um diagnóstico específico complementar como confirmatório.

Não Reagente

Reagente Fig 1 – Kit teste rápido para leishmaniose Visceral canina

Fig 2 - Representação esquemática do ELISA e sua visualização em placa de microtitulação. N: Reação Negativa; P: Reação Positiva.. Fonte: http://www.cpqam.fiocruz.br/ bibpdf/2005lira-ra.pdf

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LEISHMANIOSE VISCERAL CANINA

Técnica de média sensibilidade e alta especificidade. A reação da imunofluorescência indireta, ou técnica de dupla camada, é realizada por antígenos fixados em uma lâmina, onde se aplica primeiro um anticorpo específico não fluorescente. E por último coloca-se um anticorpo fluorescente com especificidade marcada contra determinantes antigênicos do primeiro anticorpo utilizado para reagir com o antígeno. Esta técnica apresenta como vantagem à possibilidade de se ter uma fluorescência mais evidente, pelo fato do anticorpo fluorescente se ligar apenas aos anticorpos primários. Técnica utilizada para confirmação de sorologia positiva para Leishmaniose Visceral Canina pela sua alta especificidade,entretanto, pode ocorrer reações cruzadas com outros Trypassomatídeos. É uma técnica que permite a quantificação do resultado . Segundo a maioria dos autores podem ser considerados animais positivos para Leishmaniose apenas aqueles com título igual ou superior a 1/160. I M U N O - H I S T O Q U Í M I CA (Detecção direta do parasita) A imuno-histoquímica é uma téc-

cedimentos que utilizam anticorpos (policlonais ou monoclonais) como reagentes de grande especificidade para a detecção de antígenos que marcam estruturas teciduais e celulares. Fornece o diagnóstico definitivo de um processo neoplásico, inflamatório ou degenerativo em que a avaliação histopatológica de rotina (biópsia), com ou sem auxílio de colorações especiais, não consegue definir o caso. DIAGNÓSTICO MOLECULAR PCR- REAL TIME Reação da cadeia polimerase em tempo real

nica de diagnóstico direto de alta especificidade que se baseia em localizar antígenos (proteínas) em tecidos, explorando o princípio da ligação específica de anticorpos x antígenos no tecido biológico. Representa um conjunto de pro-

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Quando solicitar testes moleculares por PCR Real Time na detecção das leishmanioses?

Fig 5 – Amplificação de ciclos em tempo real. Fonte: http:// www.mun.ca/biology/scarr/Principle_of_RT-PCR.html

Fig 4 - Reação de imunohistoquímica mostrando formas amastigotas de Leishmania sp. Fonte: http://www.cve. saude.sp.gov.br/agencia/bepa67_lvasp.htm Fig 3 -Teste de Imunofluorescência Indireta positivo (A) e negativo (B) para LVC. Fonte: http://www.cpqam.fiocruz. br/bibpdf/2005lira-ra.pdf

redução de tempo na realização dos testes moleculares. Especificidade: no PCR Real Time para Leishmania é utilizado material genético específico desse parasita, garantindo que apenas material genético de Leishmania seja alvo da reação. Daí a especificidade de 99,99%.

Quantitativo - Permite o monitoramento da carga parasitária e a quantificação da expressão gênica em diferentes amostras biológicas. Detecção rápida da Leishmania graças à amplificação e à detecção simultânea dos produtos a cada ciclo realizado. A PCR Real Time representa uma significativa

A abordagem quantitativa é uma ferramenta extremamente útil no monitoramento da carga parasitária em tecidos caninos em fase de tratamento e pós-tratamento. Atualmente é o método mais eficaz para diagnosticar a detecção de carga parasitaria para Leishmania pela sua robustez e especificidade. Assim, é possível identificar recidivas da eishmaniose, acompanhar a evolução da patologia e avaliar a eficiência de um tratamento farmacológico. Conseqüentemente, o teste fornece informações para a otimização do tratamento e quanto ao prognóstico da infecção. A escolha de métodos sensíveis somados aos específicos é de suma importância para o diagnóstico da Leishmaniose Visceral Canina e para tomadas de decisões para tratamentos.


PATOLOGIA

COMO COLETAR MATERIAL PARA MIELOGRAMA FINALIDADE A coleta de medula óssea seguida da análise laboratorial é indicada visando o diagnóstico e a obtenção de células pluripotenciais para avaliar com mais acurácia possíveis distúrbios sanguíneos, tais como: - Linfomas; - Leucemias; - Trombocitopenias; - Anemias não regenerativas; - Presença de parasitas, - Acompanhamento de quimioterapias. QUANDO COLETAR Geralmente, é solicitado quando se encontram alterações no hemograma, tais como: - Neutropenia persistente; - Trombocitopenia; - Leucocitose; - Morfologia anormal de células sanguíneas; - Presença inexplicável de células imaturas no sangue; - Anemia arregenerativa, - Combinação dessas enfermidades. Ou ainda para o diagnóstico de: - Mieloma múltiplo; - Leucemias mielóides e linfóides; - Leishmaniose; - Brucelose; - Erliquiose, - Doenças sistêmicas de origem fúngica.

porta-lâmina plástico, bem vedado e protegido de luz direta, e de compressões externas. Obs: As amostras devem ser acompanhadas dos últimos resultados de Hemograma. Caso não tenha resultado de hemograma, favor encaminhar amostra de sangue em tubo com EDTA e solicitar hemograma. MATERIAL PARA COLETA Lista de material para coleta de amostra de medula óssea (figura 1): - Luvas estéreis; - Lidocaina 2% com seringa de 3 ml e agulha 25x7 para bloqueio anestésico; - Bisturi para incisão da pele; - Agulhas de biópsia de medula óssea (figura 2): Rosenthal, Osgood, Jamshid ou hipodérmica 40x12; - Seringas de 10 ml contendo anticoagulante para obtenção do aspirado da medula óssea; - Tubo de coleta com EDTA (tampa roxa); - Lâminas de vidro foscas não lapidadas e limpas, - Placa de Petri.

LOCAL PARA COLETA Em cães e gatos, a medula óssea pode ser obtida na epífise dos ossos longos, regiões do íleo (figura 3A), crista ilíaca, borda acetabular ou esterno. Contudo, em cães de pequeno porte ou gatos, a coleta é facilitada na região trans-ilíaca ou porção proximal do fêmur. Para cães obesos ou musculosos, a porção crânio-lateral da tuberosidade maior do úmero é uma ótima opção para coleta de material (figura 3C).

Figura 3: Obtenção de medula óssea com agulha de Steiss em felino. (A) Agulha introduzida no corpo do íleo; (B) Agulha no trocânter maior do fêmur; (C) Agulha no tubérculo maior do úmero; (D) Imagem lateral da região epifisária proximal da tíbia. Fonte: Técnicas e sítios de coleta de medula óssea em cães e gatos. Müller, D. C. M.; et al.

AMOSTRA - Punção de medula óssea em tubo com EDTA (tubo com tampa roxa). - Dois a três esfregaços fixados em lâminas de vidro (fixadas a seco – no ar) devem ser armazenados dentro de

Figura 2 – Agulhas especiais para biópsia de medula óssea.

MÉTODO DE COLETA

Figura 1 – Lista de material para coleta de amostra de medula óssea. Fonte: DVM News Magazine.

1 - Jejum alimentar de 12 horas e restrição hídrica de 6 horas; 2- O paciente deverá ser anestesia-

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PATOLOGIA

do e posicionado em decúbito lateral. A anestesia geral pode ser necessária para cães agitados, mas é adequada para a maioria dos pacientes; 3- Tricotomia e preparação cirúrgica do sítio de coleta; 4 - Realização do bloqueio anestésico da pele, tecido subcutâneo e periósteo com lidocaína 1% ou 2%. A inervação endosteal permanece intacta e é ponto de dor durante a aspiração; 5 - Introduzir a agulha rotacionando-a até que esta esteja firmemente fixada ao osso. Para iniciar a perfuração, devem ser realizados movimentos de rotação entre o pulso e o antebraço, simultaneamente, evitando a movimentação lateral da agulha (figura 4). O cotovelo e o braço do cirurgião deverão permanecer imóveis, para garantir que o orifício de entrada da agulha seja o menor possível. Atenta-se ainda, para que os movimentos de rotação sejam lentos e de grande amplitude, pois assim, aproveita-se melhor a superfície de corte da extremidade do bisel; 6 - Inserir a seringa de 20mL contendo EDTA 3% na agulha e aspirar a medula óssea; 7 - Soltar o êmbulo da seringa assim que surgir medula óssea no interior da mesma. Um volume total de 0,5 a 1,0 mL é suficiente para adequada avaliação; 8- O sangramento é tipicamente mínimo e requer apenas compressão local quando o procedimento é finalizado. Caso necessário, administrar analgésico pós-procedimento com antinflamatório não esteroidal; 9 - A medula óssea deve ser depositada em frasco esterilizado e com anticoagulante - EDTA (tubo tampa roxa). Deve-se retirar a agulha da seringa e depositar a medula óssea lentamente sobre a parede do frasco, homogeneizando lentamente. Devese enviar ao laboratório no prazo máximo de 24 horas; 10- Confeccionar imediatamente 28

cinco esfregaços e submeter à fixação em temperatura ambiente - secar ao ar livre (figura 5); 11 - Caso seja necessário, colocar material medular em placa de Petri e, com auxílio do capilar de microhematócrito, recolher os grumos medulares para a confecção dos esfregaços. A vantagem deste processo é uma correta avaliação nos casos de suspeita de hipoplasia ou aplasia medular.

Figura 4 – Alinhar a agulha ao longo do eixo do úmero, penetrar o córtex e aplicar pressão para frente enquanto rotaciona-se a agulha no sentido horário e anti-horário. Fonte: DVM News Magazine.

cinco esfregaços e submeter à fixação em temperatura ambiente - secar ao ar livre (figura 5); 11 - Caso seja necessário, colocar material medular em placa de Petri e, com auxílio do capilar de microhematócrito, recolher os grumos medulares para a confecção dos esfregaços. A vantagem deste processo é uma correta avaliação nos casos de suspeita de hipoplasia ou aplasia medular.

Figura 5: A lâmina superior é deslizada na direção indicada na figura da esquerda. O esfregaço deve ser finamente distribuído como demonstrado na figura e baixo. Fonte: Universidade do Estado de Washington.

com EDTA (tubo com tampa roxa) enviar ao laboratório sob refrigeração no prazo máximo de 24 horas. - 2 a 3 esfregaços fixados em lâminas de vidro - devem ser fixadas a seco (ao ar) e acondicionadas em frascos porta-lâminas de plástico, bem vedados e protegidos de luz direta e de compressões externas. AMOSTRAS INADEQUADAS -Lâminas quebradas; -Lâminas justapostas e aderidas uma a outra; -Lâminas enroladas em papel ou qualquer outro material semelhante, -Amostras não fixadas adequadamente. EXAMES COMPLEMENTARES Hemograma completo, dosagem de eritropoietina, biópsia de medula óssea, pesquisa de Leishmania sp, coagulograma e perfil bioquímico.

CONSERVAÇÃO - Punção de medula óssea em tubo

EXAMES REALIZADOS NO TECSA LABORATÓRIOS CÓDIGO

EXAMES

132

MIELOGRAMA

408

PESQUISA DE Leishmania sp. LEISHMANIOSE – IMUNOCITOQUÍMICA HEMOGRAMA COMPLETO PERFIL COAGULOGRAMA PERFIL CHECK UP GLOBAL DE FUNÇÕES

456 39 591 570

MATERIAL PRAZO DIAS LÂMINAS COM ESFREGAÇO E PUNÇÃO 4 Dias EM TUBO COM EDTA 4 Dias ASPIRADO DE MEDULA ÓSSEA ASPIRADO DE MEDULA ÓSSEA

4 Dias

SANGUE EM EDTA SANGUE EM CITRATO

0 Dias 1 Dia

SORO E SANGUE EM FLUORETO

1 Dia


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DIABETES EM FELINOS, USO DA

FRUTOSAMINA E GLICOHEMOGLOBINA NO DIAGNÓSTICO

Fonte: businessinsider.com

INTRODUÇÃO O número de pacientes felinos vem aumentando cada vez mais nas clinicas e hospitais veterinários. Sendo assim, é primordial que o médico veterinário possua conhecimento especial das enfermidades mais comuns que afetam esta espécie animal. Uma das doenças que merece atenção é a Diabetes Mellitus, uma das endocrinopatias mais importante, principalmente no gato idoso. A Diabetes Mellitus é um distúrbio endócrino crônico manifestado pela incapacidade absoluta ou relativa das células ß do pâncreas produzirem e secretarem insulina e/ou ação deficiente de insulina nos tecidos, incapacitando a utilização de glicose pelo organismo, ocorrendo como conseqüência mais comum à hiperglicemia prolongada, podendo causar cetoacidose e outras alterações na maioria dos siste-

mas corpóreos que podem ser fatais se não tratados. A Diabetes Mellitus tem sido diagnosticada progressivamente na prática da clínica de felinos e este fato é comprovado com os métodos alternativos, e mais eficientes no caso dos gatos para o diagnósticos. A quantidade de gatos, diabéticos está aumentando cada vez mais devido à eficiência dos métodos diagnósticos. A doença apresenta diversas classificações, porém, para o uso em felinos utilizam-se os termos: Tipo 1 (incapacidade das células B secretarem insulina) e Tipo 2 (resistência periférica à ação da insulina). Os quatro sintomas clássicos do paciente diabético são: aumento da freqüência de micções, polidipsia (aumento demasiado da sede), polifagia (aumento do apetite) e perda de peso. DESORDENS METABÓLICAS Com o processo de digestão, há um aumento da concentração de glicose

sangüínea, aminoácidos e hormônios intestinais que fazem com que as células ß secretem insulina. Num gato diabético, a deficiência de insulina diminui a absorção e a utilização de glicose pelos diversos tecidos, causando uma hiperglicemia moderada a grave. Com isso, o organismo do animal reconhece esse estado como se fosse inanição, e cataboliza de maneira intensa a gordura e a proteína corporal para serem utilizadas como fonte de energia. Para a compensação deste processo, ocorre a gliconeogênese, que remove aminoácidos e glicogênio do fígado, piorando o desarranjo no metabolismo dos carboidratos. Ácidos graxos, derivados do tecido adiposo, são transportados até o fígado e convertidos a corpos cetônicos através da oxidação. Em curto prazo, há preservação da vida do animal, porém quando em excesso, causa cetonúria e cetoacidose. SINAIS CLÍNICOS Os sinais clínicos da Dibetes Mellitus em gatos são súbitos e progressivos. Muitas vezes, a obesidade associada à hiperglicemia são os únicos sinais precoces de Diabetes. Os sinais clínicos clássicos do gato diabético não complicado incluem polidipsia, poliúria, polifagia e perda de peso. A deficiência de insulina culmina em cetoacidose diabética. O acúmulo de cetona e ácido láctico no sangue, a perda de eletrólitos e água na urina, causam desidratação profunda, hipovolemia, acidose metabólica e choque. A cetonúria e a diurese osmótica são causadas pela glicosúria e resultam na perda de sódio e de potássio na urina, o que exacerba a hipovolemia e a desidratação. Os sinais clínicos mais comuns em gatos portadores de Diabetes cetoacidótica são anorexia, fraqueza, depressão e vômito. Freqüentemente, animais que sofrem de cetoacidose são levados ao veterinário quando

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em estado de choque. No exame físico, pode-se evidenciar depressão, taquipnéia, desidratação, fraqueza, vômito e, ocasionalmente, um odor de acetona forte na respiração.

Principais sintomas clínicos apresentados pelos gatos diabéticos relatadas pelos proprietários.

Poliúria/Polidipsia Perda de Peso Letargia/Depressão Anorexia Fraqueza Muscular Emese Polifagia Diarréia Alt. Locomotoras

77,9% 70,2% 61,5% 46,2% 34,6% 30,8% 17,3% 10,6% 7,7%

DIAGNÓSTICO O diagnóstico da Diabetes Mellitus em gatos é confirmado principalmente pelos exames laboratoriais, pois a sintomatologia clínica não é patognomônica desta doença. Diferentemente das outras espécies, o diagnóstico não pode se basear unicamente nos valores de glicemia de um animal em jejum visto que ao coletar o sangue do gato, é comum haver uma hiperglicemia de estresse, que pode causar glicosúria transitória ou aumento na concentração da glicose sanguínea que pode chegar a 300 a 400 mg/dl e consequentemente ,pode acusar falsos positivos. A dosagem da glicohemoglobina e frutosamina são os exames mais indicados e recomendados para identificar com segurança os gatos diabéticos, pois indicam hiperglicemia de longa duração e ajudam na diferenciação da hiperglicemia de estresse.

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GLICOHEMOGLOBINA E FRUTOSAMINA NO DIAGNÓS TICO DEFINITIVO HEMOGLOBINA GLICOSILADA A hemoglobina glicosilada (também conhecida como glicohemoglobina) é formada por uma ligação irreversível da glicose à hemoglobina. Quando as concentrações de glicose plasmática aumentam, a hemoglobina glicosilada aumenta proporcionalmente. Portanto, a meia-vida da hemoglobina glicosilada está relacionada à duração das hemácias no sangue, que no caso dos gatos, equivale à aproximadamente dois meses. Uma hemoglobina glicosilada elevada indica uma hiperglicemia durante os primeiros 1 a 2 meses precedentes sendo por isso um importante método de diagnóstico da diabetes. No entanto, a hemoglobina glicosilada não é apropriada para gatos que estão sofrendo mudanças na dosagem de insulina ou que estejam anêmicos.

FRUTOSAMINA A frutosamina é formada pela glicosilação de proteínas séricas, principalmente a albumina. A concentração de frutosamina no plasma é relacionada diretamente à concentração de glicose sanguínea. Portanto, a dosagem de frutosamina sérica é um método que permite o conhecimento do nível da glicose nas 2 ou 3 semanas anteriores. Estes são os exames laboratoriais mais indicados para os animais que estejam sofrendo ajustes na dosagem de insulina e também para diferenciar hiperglicemia por estresse, já que sua dosagem não é afetada por mudanças agudas na glicemia. APOIO DIAGNÓSTICO TECSA LABORATÓRIOS O TECSA Laboratórios oferece inúmeros exames para o diagnóstico de doenças endócrinas como a Diabetes Mellitus. Os seguintes exames são oferecidos com os respectivos prazos de entrega:

EXAMES REALIZADOS NO TECSA LABORATÓRIOS MATERIAL Sangue total (2,0mL) colhido em tubo de tampa roxa (EDTA). Sangue total (2,0mL) colhido em tubo de tampa vermelha. Sangue total colhido em tubo de tampa cinza e em tubo de tampa vermelha. Sangue total (2,0mL) colhido em tubo de tampa vermelha. Coletar sangue total 2,0 mL em tubo de tampa cinza (fluoreto). Sangue total colhido em tubo de tampa cinza + tubo de tampa vermelha + tubo tampa roxa. Sangue total (2,0mL) colhido em tubo de tampa roxa (EDTA). Urina fresca.

EXAMES 277 / GLICOHEMOGLOBINA HEMOGLOBINA GLICOSILADA 103 / FRUTOSAMINA 570 / PERFIL CHECK UP GLOBAL DE FUNCOES 72 / DOSAGEM DE INSULINA (Medicamentosa)

PRAZO DIAS 2 Dias 1 Dia 1 Dia 2 Dias

105 / GLICOSE - GLICEMIA

1 Dia

581 / PERFIL GLICEMICO

1 Dia

39 / HEMOGRAMA COMPLETO

0 Dias

234 / URINA ROTINA

1 Dia


MEDICINA MEDICINA LABORATORIAL LABORATORIAL DE SILVESTRES DE FELINOS

PANLEUCOPENIA F

E

L

INTRODUÇÃO A panleucopenia felina, também conhecida como laringoenterite contagiosa ou agranulocitose infecciosa, é uma doença viral que acomete exclusivamente felinos. Ela é causada por um vírus pertencente à família Parvoviridae, sendo classificado como parvovírus felino. Este vírus é encontrado em todo o ambiente e é altamente contagioso. Seu reservatório são os próprios gatos, sendo transmitido através do contato direto entre animais doentes e susceptíveis, por meio de alimentos, água contaminada, excretas, vômito e também por aerossóis, em casos de comprometimento do trato respiratório. Outro modo de transmissão se dá através de ectoparasitas infectados. Não há uma preferência por idade ou sexo, no entanto, o vírus infecta e manifesta-se principalmente em gatos jovens, entre 1 e 2 meses até 1 ano de idade, sendo rara sua ocorrência em animais adultos. A maioria das infecções é subclínica, pois 75% dos gatos não vacinados têm anticorpos ao chegar a 1 ano de vida

Figura 1: Gatos podem contrair a panleucopenia felina durante brigas, devido às mordidas. Fonte: anthrophysis.blogspot.com

PATOGENIA Este vírus se multiplica em células que estão em divisão ativa, sendo as-

I

N

A

sim, a infecção ocorre em tecidos que possuem alta taxa mitótica. Em animais mais velhos, a infecção ocorre mais intensamente no tecido linfático, medula óssea e criptas da mucosa intestinal. Nos casos de infecção prénatal tardia ou neonatal precoce, afeta tecido linfático, medula óssea e pode afetar também sistema nervoso central, retina e nervo óptico. Infecção In Útero Transtornos reprodutivos na gata: morte fetal com reabsorção, infertilidade, aborto e fetos mumificados. Os gatinhos podem conter o vírus subclinicamente por 8 a 9 semanas. Infecção no Sistema Nervoso Central Só são susceptíveis os animais que sofrem a infecção no estágio pré-natal ou neonatal cedo. Lesão cerebelar é a mais comum, pois o cerebelo desenvolve-se mais tarde, no final da gestação e no início do período neonatal. O vírus interfere com o desenvolvimento do córtex cerebelar e o cerebelo pode ser afetado se a infecção ocorrer até o nono dia de vida. Podem haver lesões na medula espinhal e cérebro, cursando com hidrocefalia e hidranencefalia. Também pode afetar a retina e o nervo óptico. Infecção Sistêmica A proliferação das células intestinais é maior na presença de bactérias e seus metabólitos, por isso a infecção é menos severa em animais gnotobióticos (ausência de flora intestinal ou flora conhecida). Ocorre viremia plasmática entre 2 e 7 dias pós-infecção, disseminando o vírus para todos os tecidos, sendo infectados aqueles

com maior taxa mitótica. Primeiro há necrose linfática, seguida de proliferação e degeneração e involução tímica. Com isso diminui a resposta de linfócitos T citotóxicos, mas não dos B. Os sobreviventes desenvolvem altas taxas de anticorpos, aproximadamente 7 dias pós-infecção, baixando a viremia. As lesões são menos severas no cólon, onde a taxa mitótica é menor. O Jejuno e o íleo são mais afetados que o duodeno, pois têm maior população bacteriana. O dano é maior às células em alta taxa mitótica, nas partes profundas das criptas. As células absortivas diferenciadas dos topos dos vilos não são afetadas. Produz-se diarréia por má absorção e hipersecreção. A ocorrência de infecção secundária pela própria flora é usual. Endotoxemia por bactérias Gram negativas com ou sem bacteremia também é comum. SINAIS CLÍNICOS Há mais gatos infectados do que com sinais clínicos, devido ao alto nível populacional de anticorpos. Casos subclínicos, que ocorrem geralmente em gatos mais velhos, usualmente não são detectados. Gatinhos não vacinados apresentam sinais severos, com as maiores taxas de mortalidade e morbidade entre 3 e 5 meses. Febre (40°C a 41,6°C), depressão e anorexia, desidratação extrema (figura 2) são comuns (às vezes o gato fica agachado com a cabeça sobre o pote d’água). Alguns autores mencionam a “posição de panleucopenia” onde o gato tende a ficar com a parte anterior do corpo num plano inferior à posterior, com os quartos traseiros mais erguidos em direção aos dianteiros, na tentativa de amenizar a dor abdominal. Na palpação abdominal encontramos alças espessadas, como cordas, e observa-se desconforto. Geralmente há linfadenomegalia mesentérica,

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enquanto que linfonodos periféricos não costumam estar aumentados.

Figura 2: Desidratação Fonte: homepage.usask.ca

Em infecções complicadas, pode haver ulcerações bucais, diarréia sanguinolenta (figura 3) e icterícia. A desnutrição severa com anorexia associada à intensa desidratação podem levar a um estado semi-comatoso e com hipotermia nos estágios terminais da doença. Geralmente, recuperam-se animais que sobreviveram há mais de 5 dias de doença sem complicações, porém pode levar várias semanas. Gatas infectadas durante a prenhez podem apresentar aborto de fetos mortos, às vezes mumificados, e infertilidade, mas não apresentam sinais clínicos gastrintestinais. Alguns gatinhos podem nascer com ataxia, incoordenação, tremores e estado mental normal, típicos de doença cerebelar. Caminham com movimentos amplos (hipermetria), caem freqüentemente para os lados e têm tremores de cabeça. Os sinais de tremores desaparecem durante o sono. Nem todos os gatinhos são afetados ou apresentam os sinais na mesma intensidade. Casos neurológicos geralmente demonstram lesões retinais fúndicas.

Figura 3: Diarréia hemorrágica. Fonte: drveale. blogspot.com

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DIAGNÓSTICO CLÍNICOLABORATORIAL Associam-se, para diagnóstico, os sinais clínicos + leucopenia + detecção de antígenos do vírus. Os leucócitos podem chegar a 50 – 3000 céls / mm3, do quarto ao sexto dia de doença. Tal leucopenia não ocorre em todos os casos, sendo a neutropenia mais importante que a linfopenia. A elevação da leucopoiese indica melhora no prognóstico. Pode haver confusão com salmonelose aguda, pois também cursa com severa leucopenia. Diferencia-se pela cultura fecal das bactérias. É incomum haver anemia, devido à longa vida dos eritrócitos, a menos que haja severa hemorragia intestinal. Anemia arregenerativa persistente e leucopenia são mais sugestivos de leucemia viral. A trombo-

citopenia é variável (mais presente se houver CID), mas pode ocorrer devido à lesão de medula óssea, no início da infecção. Provas bioquímicas não são específicas: em casos de lesão hepática, costuma haver elevação leve a moderada de ALT, AST e bilirrubina.

A DETECÇÃO DE ANTÍGENOS DE VÍRUS DA PANLEUCOPENIA FELINA EM FEZES DE GATOS É O EXAME MAIS INDICADO PARA A CONCLUSÃO DO DIAGNÓSTICO. EXAMES DO TECSA LABORATÓRIOS (LABORATÓRIO DE REFERÊNCIA NACIONAL) QUE AUXILIAM NO DIAGNÓSTICO:

EXAMES REALIZADOS NO TECSA LABORATÓRIOS MATERIAL Fezes frescas Sangue total (2,0mL) colhido em tubo de tampa roxa (EDTA) Sangue total colhido em tubo de tampa cinza e em tubo de tampa vermelha Sangue total (2,0mL) colhido em tubo de tampa roxa (EDTA) + tubo tampa vermelha. Sangue total (2,0mL) colhido em tubo de tampa vermelha Fezes frescas ou líquido de efusão Fezes frescas ou líquido de efusão Sangue total (2,0mL) colhido em tubo de tampa vermelha Sangue total (2,0mL) colhido em tubo de tampa vermelha Sangue total (2,0mL) colhido em tubo de tampa vermelha Sangue total (2,0mL) colhido em tubo de tampa vermelha Fezes frescas ou swab intestinal

EXAMES 672 / PANLEUCOPENIA FELINA

PRAZO DIAS 1 Dias

39 / HEMOGRAMA COMPLETO

0 Dias

570 / PERFIL CHECK UP GLOBAL DE FUNCOES 679 / PERFIL FELINOS TRIAGEM 361 / CORONAVIRUS FELINO - SOROLOGIA (PERITONITE INFECCIOSA FELINA - PIF) 730 / CORONAVIRUS FELINO (PIF) - PCR REAL TIME QUALITATIVO 782 / CORONAVIRUS FELINO (PIF) - PCR REAL TIME QUANTITATIVO 271 / FIV / FELV - LEUCEMIA E IMUNODEFICIENCIA FELINA 290 / LEISHMANIOSE FELINA ( ELISA + RIFI+ DPP ) 305 / TOXOPLASMOSE + CLAMIDIOSE FELINAS

1 Dia 2 Dias 1 Dia 7 Dias 7 Dias 1 Dia 3 Dias 1 Dia

82 / TOXOPLASMOSE FELINA

5 Dias

393 / COPROCULTURA

5 Dias


MICROBIOLOGIA

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RESISTENCIA BACTERIANA A ANTIBIOTICOTERAPIA NO MUNDO PET A antibioticoterapia é uma prática indispensável no controle de infecções nos animais de companhia no Brasil e em várias partes do mundo, realizada a partir do uso de antibióticos. Sua função é destruir ou paralisar bactérias envolvidas no processo infeccioso, ao utilizar antibióticos bactericidas ou bacteriostáticos, respectivamente, contribuindo para a saúde do animal.

ença, perfil do animal, interação medicamentosa, dentre outros. Caso a dose e o período do tratamento não forem seguidos corretamente, as bactérias não serão combatidas eficientemente, de modo que apenas as mais sensíveis serão atingidas, prevalecendo as mais agressivas e selecionando bactérias cada vez mais resistentes.

USO INDISCRIMINADO DE ANTIBIÓTICOS O uso indiscriminado e indevido destes medicamentos levou a um aumento considerável na resistência das bactérias frente a estas drogas, diminuindo a eficácia terapêutica e dificultando o controle das infecções bacterianas. Várias atitudes corriqueiras repercutem no uso medicamentoso indevido. Alguns exemplos: O proprietário atuar como Médico Veterinário: O proprietário administra antibióticos por contra própria em seu animal, por achar que está economizando os gastos referentes à consulta aos Médicos Veterinários especialistas, sendo que, na verdade, pode perder algo muito mais valioso, que é a vida do animal; A não utilização do auxílio de exames laboratoriais in vitro: O antibiograma é o exame de escolha para atestar a real sensibilidade bacteriana e certificar qual o antibiótico mais adequado para combater o processo infeccioso presente; Redução da dose e do tempo de tratamento: A posologia depende de vários fatores como agente envolvido, medicamento utilizado, curso da do-

Figura 1: Antibiograma. Fonte: (1)

Além das falhas humanas citadas que comprometem a qualidade do tratamento com antibióticos, mais um inimigo compromete a atuação destes medicamentos. As próprias bactérias podem se defender e se tornar resistentes quando produzem enzimas que inativam estas drogas, alteram os pontos-alvos de ligação dos antibióticos e os expulsam ao modificar sua permeabilidade de membrana de forma que a concentração intracelular eficaz fique reduzida. CONSEQUÊNCIAS DA RESISTÊNCIA BACTERIANA Redução na eficácia dos tratamentos: As bactérias não serão eliminadas pelos antibióticos, persistindo os processos infecciosos e aumento das taxas de mortalidade dos animais; Limitação do espectro de drogas disponíveis e eficazes: Se não reduzirmos o uso inadequado dos antibióticos, aumentam as chances de, futuramente, não possuirmos medicamentos eficazes para o combate às

doenças dos nossos animais. COMO EVITAR A RESISTÊNCIA ANTIMICROBIANA Buscar consulta técnica especializada de um Médico Veterinário: Na maioria das vezes, a economia obtida pela não contratação desta consulta não paga as perdas causadas pela doença. Devemos estar atentos a qualquer mudança na saúde de nossos animais, e caso haja alterações, consultar um Médico Veterinário; Utilizar as ferramentas laboratoriais: O antibiograma é um método muito eficaz e realizado após o isolamento das bactérias envolvidas na infecção. Este teste nos informa qual o antibiótico adequado para o combate aos microrganismos envolvidos. O TECSA Laboratórios oferece estes testes e está a sua disposição. Consulte-nos; Seguir o protocolo recomendado pelo Médico Veterinário responsável: O Médico Veterinário especializado é a pessoa mais indicada a prescrever o tratamento, pois conta com uma formação voltada também para este fim. CONSIDERAÇÕE FINAIS Com o intuito de aprimorar e jamais retroagir com esta valiosa ferramenta da Medicina Veterinária, isto é, a antibioticoterapia, devemos sempre seguir as recomendações explicitadas anteriormente, como a utilização do exame laboratorial de Cultura com Antibiograma. Sendo assim, podemos aperfeiçoar o foco do tratamento, tornando-se este pontual e eficaz, reduzindo as chances do desenvolvimento de resistência bacteriana e aumentando as chances de cura do animal. 33


MICROBIOLOGIA

Figura 2: Semeando secreção de ouvido em placa. Fonte: TECSA, 2007.

Bibliografia 1. FULKS, JANET. Chapter 10 Identification of Prokaryotes. Bakersfield College. [Online] Kern Community College District, 09 de Setembro de 2010. [Citado em: 19 de Maio de 2014.] http://www2.bc.cc.ca.us/bio16/10_lecture_identification.htm.

EXAMES REALIZADOS NO TECSA LABORATÓRIOS MATERIAL SECREÇÕES E EXCRETAS DIVERSAS - SWAB URINA RECENTE SWAB COM SECREÇÃO DE OUVIDO SECREÇÕES E LÍQUIDOS CORPORAIS - SWAB

EXAMES PRAZO DIAS 51 – CULTURA COM ANTIBIOGRAMA 5 Dias 184 – UROCULTURA COM ANTIBIOGRAMA 4 Dias 766 - OTOCULTURA COM ANTIBIOGRAMA 5 Dias 576 - CULTURA COM ANTIBIOGRAMA COMBINADO (AERÓBI8 Dias OS E ANAERÓBIOS)358 /SANGUE EM EDTA

Figura 3: Coleta de colônias de bactérias para efetuar o antibiograma. Fonte: TECSA, 2007.

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MICROBIOLOGIA

MICROBIOLOGIA

ANTIFUNGIGRAMA: QUANDO SOLICITAR E COMO INTERPRETAR INTRODUÇÃO O antifungigrama é recomendado para situações específicas quando o paciente portador de fungemia e/ou imunocomprometido não responde bem ao tratamento e existe a necessidade de se detectar o desenvolvimento de resistência ou avaliar uma alternativa terapêutica. FUNGOS COMO AGENTES DE INFECÇÕES A dermatofitose, infecção causada por fungos, também é conhecida como “tinha” ou “ringworm” devido à aparência da lesão de pele, característica da doença: uma área circular de perda de pêlo com a borda externa alta e avermelhada. Estas lesões são resultados de uma reação inflamatória ao fungo. Entretanto, nem todos os animais infectados têm este tipo de lesão. Na verdade, como os sintomas da doença podem variar muito, a dermatofitose deveria ser considerada como uma possível causa de afecção dermatológica em todos os quadros de erupção de pele. Cães e gatos são infectados pelo fungo Microsporum canis, Microsporum gypseum e Trichophyton mentagrophytes com maior freqüência, mas outros tipos de fungo também podem causar a dermatofitose. Os gatos, especialmente das raças de pêlos longos, apresentam uma forma de infecção mais generalizada que a dos cães. Estes animais podem ser portadores crônicos do fungo mesmo que não apresentem nenhum sinal da infecção. A dermatofitose pode ser transmitida para os seres humanos (zoonoses) sendo assim, os proprietários de animais infectados devem

Figura 1: Zonas convergentes de alopécia circular, eritema, descamação e crostas no membro posterior esquerdo de canídeo com dermatofitose localizada. Fonte: (2)

considerar a possibilidade de deixá-los de quarentena, até que a infecção seja curada. Devem ser tomadas precauções durante o tratamento dos animais, de modo a evitar contaminação humana e ambiental. Os animais entram em contato com os esporos infectados dos fungos, tanto em ambientes internos quanto externos. O solo contaminado é uma fonte comum da infecção, bem como outros animais infectados. Nem todos os animais que são expostos aos esporos do fungo desenvolvem a infecção e mesmo que esta ocorra, o cão ou gato podem não apresentar sinais clínicos da doença, sendo apenas um portador assintomático. De cerca de 100.000 espécies descritas de fungos, apenas 150 são reconhecidas como patógenos primários de seres humanos e animais, podendo causar desde lesões localizadas na pele, tecido subcutâneo ou mucosas, a doenças sistêmicas e potencialmente fatais. FUNGOS OPORTUNISTAS Fungos não reconhecidamente patogênicos que infectam pacientes imunocomprometidos são chamados oportunistas. O aumento no uso de terapêutica que deprime o sistema imunológico, uso freqüente e indiscriminado de antibacterianos de amplo

espectro, instalação de sondas e cateteres, aumento de infecções imunossupressivas, são os principais fatores de risco para infecções oportunistas, em especial as infecções fúngicas crônicas. Infecções oportunistas causadas por espécies de Candida têm aumentado substancialmente nos últimos 15 anos, tornando-se um problema cada vez maior em pacientes imunodeprimidos. Estas leveduras são usualmente confinadas a reservatórios humanos e animais e podem ser recuperadas do solo, alimentos e ambiente hospitalar. São habitantes normais do trato genital feminino e gastrointestinal.

Figura 2: Candida albicans. Fonte: (3)

As espécies de fungos filamentosos oportunistas podem ser adquiridas de fontes exógenas, uma vez que esporos de fungos filamentosos estão extremamente disseminados no ambiente e podem ser encontrados como colonizantes do trato respiratório do hospedeiro, causando neste desde processos alérgicos até infecções sistêmicas ou disseminadas. ANTIFUNGIGRAMA Os testes de suscetibilidade aos antifúngicos foram derivados dos métodos de suscetibilidade aos antimicrobianos. Bauer e Kirby em 1956 estabeleceram a correlação da CIM (Concentração Inibitória Mínima) obtida por diluição em caldo com os diâmetros de halo, dos testes de difusão com discos. Desde então, essa metodologia vem sendo atualizada e utilizada pela maioria dos

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MICROBIOLOGIA

laboratórios de microbiologia. Somente em 1982 o National Comittee for Clinical of Laboratory Standards (NCCLS, atualmente CLSI) organizou um subcomitê para padronização do teste de suscetibilidade a antifúngicos para leveduras, pelo método de micro diluição em caldo. O ANTIFUNGIGRAMA PARA LEVEDURAS

Figura 3: Sensibilidade do T. mentagrophytes ao antifungigrama. g: Griseofulvina; k: Ketoconazol; c: Clotrimazol; m: Miconazol; f: Fluconazol; t: Terbinafine. Fonte: (4)

Os testes realizados com anfotericina B apresentam nítida definição do ponto de leitura, sendo a concentração inibitória mínima definida como a menor concentração da droga capaz de inibir qualquer crescimento visualmente perceptível nos ensaios. Os azóis, drogas consideradas fungistáticas, apresentam início de atuação retardado pela necessidade de entrada de droga na célula fúngica e necessária inibição do metabolismo celular. Durante esse período, geralmente ocorre crescimento do organismo utilizado como inoculo do ensaio, independente da concentração de antifúngico utilizado. Assim, a inibição tardia da multiplicação do microrganismo permite a visualização do seu tênue crescimento residual, sendo este fenômeno denominado de trailing. O ANTIFUNGIGRAMA PARA FUNGOS FILAMENTOSOS Apesar do menor número de infecções serem causadas por fungos filamentosos, em comparação às causadas por leveduras, a determinação da CIM é de extrema importância para os pacientes com

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infecção por estes patógenos. Tanto para orientação ao tratamento, geralmente difícil e frequentemente sem sucesso, assim como para a avaliação de novos agentes antifúngicos. ENTÃO, QUANDO REALMENTE SOLICITAR O ANTIFUNGIGRAMA? • Solicitar teste de suscetibilidade para microrganismos com possibilidade de desenvolvimento de resistência, realizando testes seriados; • Quando houver necessidade de avaliação do desenvolvimento de resistência durante o tratamento; • Para avaliação de novas alternativas terapêuticas; • Para avaliação de microrganismos “novos” para os quais não se conheça o perfil de sensibilidade. VETCHECK – Dermatófitos Além do diagnóstico laboratorial, o clínico pode agora contar com o VetCheck – Dermatófitos!Trata-se de um kit diagnóstico para uso veterinário composto de um meio de cultura específico (4 placas/testes) e folheto de instruções. O meio é o mesmo utilizado no TECSA Laboratórios, que contém nutrientes específicos que facilitam o crescimento de dermatófitos além de antibióticos específicos que previnem o crescimento de outros microorganismos não patogênicos. A finalidade do kit abrange o auxílio no diagnóstico das dermatofitoses em cães, gatos, equinos e até mesmo bovinos e suínos. Resultados positivos são caracterizados pela mudança de cor do meio de cultivo (indicador de alteração de pH) e as colônias formadas são de cor branca, possuindo aspectos específicos. Demais crescimentos e ausência da mudança de cor do meio caracterizam o crescimento de fungos não dermatófitos ou saprofíticos. Microsporum, Trichophyton e Epidermophyton produzem metabólitos

Bibliografia 1. Antifungigrama: Quando solicitar e Como Interpretar. SCHREIBER, Angelica Zaninelli. São Paulo : Prática Hospitalar, 2007, Vols. 49, pp.87-91. 2. MC Peleteiro, M Pinho, JS Orvalho. Anatomia Patológica Veterinária FMV - UTL. Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade Técnica de Lisboa. [Online] 2001. [Citado em: 22 de Maio de 2014.] http://www.fmv.utl.pt/atlas/ pele/paginas_pt/pele_017.htm. 3. VetNext. vetnext.com. [Online] [Citado em: 22 de Maio de 2014.] http://www.vetnext. com/search.php?s=aandoening&id=73305581206%20170. 4. Pakshir, Keyvan, et al., et al. In vitro activity of six antifungal drugs against clinically important. Jundishapur Journal of Microbiology. Outono, 2009, Vol. 2, 4.

Figura 4: Kit VetCheck TECSA Laboratórios Fonte: TECSA Laboratórios

alcalinos, o que determina a mudança de cor do meio. Os resultados podem ser obtidos a partir de 48 horas (mudança de cor do meio) até 14 dias (colônias adultas características). Uma observação complementar em microscopia ótica pode ser necessária, podendo uma amostra da colônia formada ser enviada ao laboratório para a identificação do agente (gênero e espécie) e para realização do antifungigrama.


MICROBIOLOGIA

EXAMES REALIZADOS NO TECSA LABORATÓRIOS MATERIAL Raspado de pele com pêlos, secreções (auricular, ocular, vaginal, uretral), lavados cavitários, líquor, outras secreções ou swabs com meio. Raspado de pele com pêlos Raspado de pele com pêlos

EXAMES 759- CULTURA DE FUNGOS COM ANTIFUNGIGRAMA 355-PESQUISA DE SARNA E FUNGOS 55-EXAME DIRETO PARA FUNGOS (MICOLÓGICO DIRETO) 686- TESTE ALERGICO PAINEL C/ 24 ALERGENOS

Sangue em tubo tampa vermelha

685- TESTE ALERGICO PAINEL C/ 36 ALERGENOS 683-TESTE ALERGICO TRIAGEM SCREENING IMUNOTE - IMUNOTERAPIA SUBCUTANEA ESPECIFICA IMUNOTESL- IMUNOTERAPIA SUBLINGUAL ESPECIFICA

Sangue em tubo tampa vermelha Sangue em tubo tampa vermelha Resultado positivo para Teste Alérgico Resultado positivo para Teste Alérgico

PRAZO DIAS 30 Dias 1 Dia 1 Dia 7 Dias 7 Dias 2 Dias 45 Dias 45 Dias

KIT VETCHECK - DERMATÓFITOS

Kit VetCheck Dermatófitos com 6 ou 12 testes

3 Dias

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URINÁLISE

INFECÇÕES DO TRATO URINÁRIO E UROCULTURA EM PETS INTRODUÇÃO As infecções do trato urinário (I.T.U.) são um dos problemas mais comuns na prática de pequenos animais, acometendo cerca de 14% de todos os cães em alguma fase de suas vidas. Na espécie felina correspondem a um percentual mínimo, sendo a incidência maior de urolitíase e cistite. Em relação a sua classificação, têm-se: • ITU alto ou superior – acometimento de rins e ureteres; • ITU baixo ou inferior – acometimento de bexiga e uretra. AS INFECÇÕES E A AVALIAÇÃO CLÍNICA A gravidade das infecções varia em função do microrganismo envolvido, sua patogenicidade e a resistência do hospedeiro. Vale ressaltar que a via de infecção mais comum é a ascendente, através da uretra. As vias secundárias envolvem a hematógena, disseminação linfática e por continuidade. Os principais microrganismos envolvidos nos processos infecciosos das vias urinárias são: • Escherichia coli: responsável por 30% a 40% das I.T.U em cães e gatos. • Proteus sp, Staphylococcus intermedius, Streptococcus α e β hemolíticos: 35% a 50% • Klebsiella pneumoniae, Pseudomonas aeruginosa, Enterobacter spp, Clostridium spp: menor incidência. Além dos principais agentes causais, devem ser considerados também os fatores que predispõem às infecções: urolitíase, neoplasias, trauma, retenção urinária, utilização de imunossupressores, defeitos congênitos, prostatite bacteriana crônica e cateterização. Clinicamente, os sinais sistêmicos como febre, apatia e anorexia geralmente não estão presentes nas infecções do trato urinário inferior. Se houver infecção ascendente dos rins, pielonefrite, esses sinais serão mais evidentes. Nas 38

pielonefrites ainda podemos observar: poliúria e polidipsia e em casos graves os sinais de Insuficiência Renal. É importante lembrar que a região medular do rim é mais susceptível às infecções quando comparada à cortical. Ao exame físico, durante a palpação da bexiga, onde a parede pode estar espessada, pode haver sensibilidade dolorosa, a micção pode ser estimulada mais facilmente que o normal e pode-se suspeitar de cálculos ou neoplasias. Nas Infecções altas (pielonefrite) é comum observar sinais de sensibilidade dolorosa à palpação renal, relutância em andar, e dependendo da gravidade, sinais relacionados à crise urêmica. Cuidado! Relutância em andar não significa paralisia de posteriores. DIAGNÓSTICO LABORATORIAL O Hemograma e a Bioquímica Sérica estão geralmente normais nos casos de cistite/uretrite e podem estar alterados nas Pielonefrites. A Urinálise (Urina Rotina / EAS) associada à cultura da urina (Urocultura) são os exames mais importantes para diagnóstico das I.T.U. A urinálise normalmente revela: urina turva e com odor fétido (até amoniacal); piúria; hematúria; bacteriúria; pH normal ou alcalino (quando houver bactérias produtoras de urease como Staphylococcus sp. e Proteus sp. Se tiver envolvimento renal (Pielonefrite) podemos encontrar cilindros (granulosos, leucocitários, por exemplo) e excessiva presença de células da pelve renal. Vale lembrar que antibioticoterapia prévia pode interferir no cultivo bacteriano, mascarando-o ou apresentando resultados falso-negativos para crescimento de algum agente patogênico de interesse. Além disso, a utilização empírica de fármacos de amplo espectro favorece a seleção de cepas resistentes,

sendo portanto o isolamento e sensibilidade antimicrobiana essenciais para a escolha do tratamento mais adequado. Quanto à amostragem, recomenda-se a coleta da primeira urina matinal, descartando-se os primeiros jatos, volume mínimo de 10 ml em frasco estéril de rosca ou tipo seringa (Monovet – fornecido pelo TECSA) seguido do armazenamento REFRIGERADO por período máximo de 12 horas após a coleta para que se evite deterioração celular, aumento de pH, formação de cristais e proliferação bacteriana. AMOSTRA DE URINA PARA EXAMES MICROBIOLÓGICOS Para a realização de exames microbiológicos na urina faz-se necessário

Figura 1: Tubo para coleta de urina. Fonte: (1)

Figura 2: Coleta de urina por cistocentese orientada por palpação. Fonte: (2)

a forma correta de envio e/ou tipo de material. Muitas vezes, recebemos amostras de urina para realização de exame e o cliente não sabe o que deve ser solicitado ou solicita um exame que não é o adequado para o tipo de amostra. Abaixo segue um passo-a -passo de como solicitar e o que solicitar na ficha de pedido de exames do TECSA Laboratórios.


URINÁLISE

1 – Amostra de urina: Deve-se marcar UROCULTURA - 184 Obs.: Na urocultura são identificados o agente etiológico envolvido, o número de unidades formadoras de colônias (UFC) por ml de urina que será interpretado de acordo com o padrão disponibilizado no laudo (exemplo abaixo) e o resultado do antibiograma.

2 – Swab de urina: Cultura e Antibiograma – 51; Cultura e Antibiograma- Anaeróbios – 254 Obs.: Como não temos a referência da quantidade de urina não é possível interpretar o laudo baseado na UFC/ml. Então neste exame, apenas é identificado o agente etiológico e o resultado de antibiograma.

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URINÁLISE

Bibliografia 1. A Virtual Expo Company. Productos. Medical Expo. [Online] A Virtual Expo Company. [Citado em: 19 de Maio de 2014.] http://www.medicalexpo.es/prod/ sarstedt-69921.html#product-item_585915. 2. College of Veterinary Medicine, Michigan State University . AMRLS. Antimicrobial Resistance Learning Site. [Online] Plone & Python. [Citado em: 22 de Maio de 2014.] http://amrls.cvm.msu.edu/species-specific/pet/antibiotic-use-in-feline-urinary-tract-disease/07-cystocentesis.

EXAMES REALIZADOS NO TECSA LABORATÓRIOS

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MATERIAL Urina coletada em frasco estéril por cistocentese (utilizar frascos coletores tipo seringa Monovet – TECSA Laboratórios), mantida sob refrigeração entre 2 e 8 ºC.

EXAMES 234- URINA ROTINA 368- SEDIMENTOSCOPIA DE URINA 184- UROCULTURA

PRAZO DIAS 1 Dia 1 Dia 4 Dias

Cálculo em frasco com tampa de rosca, sem conservante.

219- ANALISE DE CALCULO URINARIO – PET

2 Dias

Swab de urina Swab de urina

51- CULTURA C/ ANTIBIOGRAMA 254- CULTURA C/ ANTIBIOGRAMA ANAEROBIOS

5 Dias 5 Dias



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