ÍNDICE
03 . ALERGOLOGIA
16 . ENDOCRINOLOGIA
19 . BIOLOGIA MOLECULAR
03 . SUBLINGUAL IMMUNOTHERAPY FOR PETS: A GUIDE FOR VETERINARY DERMATOLOGISTS 09 . Multicentre Open Trial Demonstrates Efficacy of Sublingual Immunotherapy in Canine Atopic Dermatitis 11 . A IMUNOTERAPIA COMO SOLUÇÃO PARA OS CASOS DE DERMATITE ATÓPICA CANINA (DAC)
16 . DIABETES MELLITUS E INSULINOTERAPIA
19 . GASTROENTERITES PARVOVIROSE E CORONAVIROSE EM CÃES E GATOS
22 . HEMATOLOGIA
26 . PATOLOGIA
28 . MEDICINA LABORATORIAL DE FELINOS
22 . Anemia Hemolítica em cães e gatos 23 . ALTERAÇÕES LAQUETÁRIAS PARTE I - TROMBOCITOPENIA
24 . LEISHMANIOSE VISCERAL CANINA
24 . DIAGNÓSTICO DA LEISHMANIOSE VISCERAL CANINA
32 . MICROBIOLOGIA
37 . URINÁLISE
32 . RESISTÊNCIA BACTERIANA 34 . ANTIFUNGIGRAMA: QUANDO SOLICITAR E COMO INTERPRETAR (1)
37 . INFECÇÕES DO TRATO URINÁRIO E UROCULTURA EM PETS
26 . COMO COLETAR MATERIAL PARA MIELOGRAMA
28 . DIABETES EM FELINOS, USO DA FRUTOSAMINA E GLICOHEMOGLOBINA NO DIAGNÓSTICO 30 . PANLEUCOPENIA FELINA
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Dr. Luiz Eduardo Ristow . CRMV-SP 5560S . CRMV-MG 3708 . ristow@tecsa.com.br Dr. Afonso Alvarez Perez Jr. . afonsoperez@tecsa.com.br Equipe de Médicos Veterinários TECSA . tecsa@tecsa.com.br Haja Comunicação . haja@hajacomunicacao.com
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ISSN: 2358-1018
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EDITORIAL EXECUTIVO
EDITORIAL TÉCNICO
GRUPO TECSA 20 ANOS ! A revista técnica do Grupo TECSA , voltada exclusivamente para o médico veterinário, foi um absoluto sucesso em seu primeiro número. Com uma linguagem fácil e direcionada ao dia a dia do clínico, optamos por trazer artigos no formato de comentário ou de resumos, apontando diretamente as partes relevantes de cada tema, especialmente no que diz respeito à correlação clínico laboratorial. Neste novo exemplar mantemos a mesma linha editorial, abrimos uma única exceção para publicarmos 2 artigos originais da HESKA, por se tratarem de textos muito bem delineados e que suportam o entendimento de nosso tema central desta 2ª edição: A Alergologia. Apresentamos ainda nesta edição a empresa de logística do Grupo TECSA – a LOGLIFE, criada especialmente para atender aos clientes do TECSA Laboratórios. Com
ALERGOLOGIA VETERINÁRIA A Alergologia entrou definitivamente para o escopo das especialidades da medicina veterinária. Trata-se da mais recente e mais tecnológica especialidade, onde os conhecimentos de dermatologia, gastroenterologia, pneumologia, infectologia e imunologia se encontram e são exigidos em sua mais profunda complexidade. Diagnosticar e tratar um alergia crônica em animais domésticos, foi por muitos anos um pesadelo para médicos veterinários clínicos. Porém, com a chegada ao Brasil de modernas metodologias de diagnóstico das atopias, com base técnica e respaldo da comunidade científica, este cenário mudou. Ao buscar a empresa suíça HESKA, o TECSA trouxe ao país a líder mundial em diagnóstico e em imunoterapia antialérgica. Por muitos anos estavam disponíveis no Brasil apenas testes duvidosos, pois não mediam a correta fração de IgE, mas outras imunoglobulinas que nada tem a ver com o quadro alérgico. Com a chegada dos testes HESKA Allercept a precisão e a especificidade tão sonhadas se fizeram presentes. Desta forma o alergologista passa a ter uma ferramenta confiável e segura para exercer a sua especialidade. Aliado a isto trouxemos o lançamento mundial da HESKA: a imunoterapia sublingual, que compõe com imunoterapia subcutânea HESKA, o mais avançado e eficaz sistema de tratamento das alergias. Estamos sempre abertos para ouvir sua opinião e seus comentários sobre este tema de capa e os demais temas da nossa revista . Boa leitura.
bases próprias nas cidades do Rio de Janeiro, Belo Horizonte e São Paulo, e já atuando em mais de 100 cidades no Brasil, a Loglife opera com segurança, atendendo a todas as exigências e normas do MAPA, ANVISA, ISO 17025 e ISO
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ça de grandes empresas como a LAB., NASA, DLE, DASA e de outras que já utilizaram a nossa coleta/transporte.
O Grupo TECSA se formou com qualidade classe mundial para o apoio total ao médico veterinário, sendo hoje o maior laboratório veterinário da América Latina. Portanto, exija o melhor e não se contente com pouco ou com cópias, venha para o TECSA – empresa campeã em qualidade no Brasil.
Dr. Luiz Eduardo Ristow ristow@tecsa.com.br
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Dr. Afonso Perez
Dr. Luiz Ristow
ALERGOLOGIA ORIGINAL ARTICLE
SUBLINGUAL IMMUNOTHERAPY FOR PETS: Mary Morris, M.D.* and Douglas J. DeBoer, D.V.M. A GUIDE FOR VETERINARY DERMATOLOGISTS *Allergy Associates of La Crosse, La Crosse, WI and School of Veterinary Medicine, University of Wisconsin,
SUBLINGUAL IMMUNOTHERAPY FOR PETS: A GUIDE FOR VETERINARY DERMATOLOGISTS +
+
Madison, WI
Mary Morris, M.D.* and Douglas J. DeBoer, D.V.M.+
*Allergy Associates of La Crosse, La Crosse, WI and +School of Veterinary Medicine, University of Wisconsin, Madison, WI
The formulaFon of SLIT treatment sets is different than that of injecFon ASIT. Allergy “shots” use phenol‐saline based allergen extracts as the starFng material, whereas SLIT is formulated with glycerin‐stabilized extracts prepared in a vehicle that augments uptake through the oral mucosa. In the United States, allergenic extracts for human injecFon are FDA‐registered, and therefore SLIT represents “off‐label” use. This is concerning to some physicians, and is a major factor that has limited the use of SLIT for human beings in the USA. The situaFon is much different in Europe, where many extracts and specific products, even including oral lozenge‐type products, are registered for use in SLIT. Some of these products are undergoing regulatory review in the USA for human use, and may be available here in the near future.
Canine atopic dermaFFs (AD) is a common diagnosis in veterinary dermatology, affecFng as much as 3‐10% of the canine populaFon.1 Though many treatments currently exist for AD, many have drawbacks and none are universally effecFve; there is clearly a need for addiFonal therapeuFc opFons. Allergen‐specific immune‐ therapy (ASIT) via subcutaneous injecFon – “allergy shots” – has efficacy in as many as 70% of treated paFents; however, it requires weekly to twice‐monthly injecFons. Owners who find injecFons difficult to administer, or who are frightened of needles, can be averse to use of this therapy. Allergen‐specific immunotherapy has been used in human beings for over 100 years, supported by well‐controlled studies showing its effecFveness with both environmental and venom allergens. ASIT has been used in dogs, cats and horses for over 40 years. Unlike ASIT in people, there are very few randomized, controlled scienFfic trials available to determine the efficacy, opFmal dose and frequency of injecFons for ASIT in companion animals. Recent reviews and commentary on treatment of AD in animals stress the lack of controlled studies on injecFon ASIT, yet there exists substanFal empirical evidence from open trials that immunotherapy is beneficial for AD in animals.2,3
Allergenic extracts sold in the USA for veterinary use are licensed by the USDA, much like a vaccine or other biological product. Because registraFon for veterinary extracts is not via the FDA, the same limitaFons on “off‐label” use do not apply. The prospect of using SLIT treatment in animals represents an exciFng and valuable new therapy opFon for AD in animals. SUBLINGUAL IMMUNOTHERAPY IN HUMANS Review of Mechanism
Sublingual immunotherapy (SLIT) or “allergy drops” is a form of ASIT that historically has been favored in Europe more so than in North America. Like injecFon ASIT, SLIT has been used in humans for over 50 years. A growing body of evidence and research supports the use of SLIT for human allergy, and the World Allergy OrganizaFon endorses its use.4
Over the last several years, a great deal of understanding has been gained on the mechanisms involved in humans, specifically the sublingual route. Sublingual immunotherapy allows specific anFgens placed under the tongue to induce immunologic tolerance. MulFple mechanisms are involved and include the 1
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ALERGOLOGIA
and are mediated by IL‐10 produced by dendriFc cells and regulatory T‐cells. An important observaFon from Marogna’s study on mulFple‐ versus single‐anFgen sublingual immunotherapy was that suppression by IL‐10 was non‐specific; treaFng a major allergen sensiFvity also resulted in some symptomaFc benefit even to allergens that were not included in the treatment mixture. 9
producFon of anF‐inflammatory cytokines such as IL‐10 and the inducFon of regulatory T‐cells. The mucosal area under the tongue is a privileged immunologic site with unique characterisFcs. It consists of a physical barrier with integrated immunologic elements that allow the uptake of anFgens while prevenFng the invasion by pathogens.5 Local immune cells must constantly differenFate between harmless anFgens and harmful pathogens and must tolerate a broad range of food anFgens for normal funcFon. There is a high concentraFon of dendriFc cells and T‐ cells and a low concentraFon of mast cells, basophils and eosinophils. DendriFc cells present in the oral cavity appear to have unique funcFonal properFes as well as differences in cell surface markers compared to other dendriFc cells, which may explain part of the difference in response between injecFon immunotherapy and SLIT.6 Both immediate and delayed allergic responses at this site are muted, which contrasts with other mucosal surfaces. The oral cavity is a unique, immunologically acFve area which tolerates foreign anFgens and thus is ideal for immunotherapy.
IgG4 induced by immunotherapy is thought to act as blocking anFbody to anFgens and is associated with immunologic tolerance.10 Secretory IgA may play a crucial role in the immunologic benefits of sublingual immunotherapy at lower doses where changes in IgG4 and IgE are not seen. 11, 12 A decrease in end‐organ sensiFvity, such as to bronchial and nasal provocaFon, is seen at all ranges of sublingual immunotherapy doses. As treatment progresses, increases in IgA and IgG4 induced by immunotherapy may require an increase in anFgen dosing. IgE may be transiently increased during the early phase of sublingual immunotherapy, before the IgE levels eventually decline. With higher doses of immunotherapy, clonal deleFon and anergy among reacFve T‐cells are seen.13
During sublingual immunotherapy, a small porFon of the anFgen is taken up by dendriFc cells in the mucosa. IgE bound to high affinity receptors on dendriFc cells facilitates anFgen uptake and has the effect of concentraFng the anFgen 100–1000 fold in sensiFzed individuals. DendriFc cells parFally mature and migrate to the basal lamina where the anFgen is presented to T‐cells, directly inducing an effector response. DendriFc cells also migrate to regional lymph nodes where they prime naive T‐cells and induce regulatory T‐cell formaFon. 7
Allergen‐specific immunotherapy has been shown to sustain disease‐modifying effects even aler disconFnuaFon of acFve treatment. IgG4 develops throughout the course of treatment and has shown persistence for an addiFonal year aler SLIT (as well as SCIT) has been stopped. IgG anFbodies appear pprotecFve with ability to block IgE.14,15 Review of Evidence for Efficacy Efficacy of sublingual immunotherapy depends on anFgen choice, frequency, and dose, as a variety of studies over the past several decades indicate. Since 1999, more than 80 double‐blind, placebo‐ controlled studies on SLIT were published in peer‐ reviewed journals, though most were European. The studies showed SLIT to be safe and effecFve for adults and children, indicated that SLIT
Regulatory T‐cells modulate Th1 and Th2 responses directly and indirectly through cell‐cell contact and by cytokines including IL‐10 and TGF‐ β. Very early effects of immunotherapy are related to mast cell and basophil desensiFzaFon.8 Non‐specific effects of sublingual immunotherapy may be seen within the first 4 weeks of treatment 2
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ALERGOLOGIA
However, several recent studies have re‐ examined the possibiliFes for SLIT in human atopic dermaFFs and have concluded that it can be clearly effecFve.17,18,19
reduced asthma symptoms, someFmes prevented asthma from developing, and showed lasFng benefit aler treatment was stopped. Research began in the USA in 1995, with Peter CreFcos of Johns Hopkins publishing a study on oral immunotherapy for ragweed. In a 1998 posiFon paper, the World Health OrganizaFon endorsed SLIT as a “viable alternaFve to injecFon therapy.” The Allergy RhiniFs and its Impact on Asthma Guidelines (ARIA) endorsement of SLIT followed in 2001.
SLIT and SCIT compared ARIA Update on Allergen Immunotherapy
In 2003, a Cochrane Report panel of experts reviewed 22 “grade A” clinical trials on SLIT involving 979 paFents. The experts reviewed six SLIT studies on dust mites, five on grass pollen, five on Parietaria (a common European pollen), two on olive pollen and one each on ragweed, cat dander, tree pollen, and cypress pollen. Each study was double‐blind and placebo‐controlled. Cochrane’s conclusion: For these allergies, SLIT significantly reduced symptoms and need for symptom‐relieving medicaFon. Across all trials, SLIT reduced symptoms by 42 percent and reduced medicaFon need by 43 percent. No adverse reacFons occurred. SLIT’s benefits persisted for at least three years aler treatment stopped. An update to the Cochrane review was completed in 2011. This confirmed the efficacy and safety of SLIT.16
SCIT
SLIT
Clinical Efficacy: RhiniFs
Ib
Ia
Clinical Efficacy: Asthma
Ia
Ia
Clinical Efficacy: RhiniFs (children)
Ib
Ia
PrevenFon of new sensiFzaFons
Ib
IIa
Long term effect
Ib
IIa
PrevenFon of asthma
Ib
Ib
Table lists grade of evidence for each parameter with SCIT vs SLIT.
Favorable research conFnues today, with ARIA noFng in 2007 that there is more research being done on SLIT than there is on SCIT, and that SLIT studies are higher quality as defined by WHO study design guidelines (see table below). A full bibliography can be found at www.allergychoices.com/bibliography.
Ref: Passalacqua, G, Durham, S. et al. Allergic RhiniFs and its Impact on Asthma update: Allergen immunotherapy. JACI. 2007; 119(4): 881‐891 SUBLINGUAL IMMUNOTHERAPY IN VETERINARY MEDICINE
Studies on SLIT in human allergic disease have focused mostly on allergic rhiniFs and asthma, and less on atopic dermaFFs (eczema) – perhaps because historically there has been a feeling among physician allergists that immunotherapy in general is not as useful for atopic skin disease.
Evidence for Efficacy Studies on SLIT and other non‐injecFon methods of ASIT for use in pets are only just being 3
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ALERGOLOGIA
experimental evidence that shows that the mechanism of SLIT is somewhat different than that of injecFon immunotherapy. SLIT is not just a different route of administraFon to produce the same effect, it’s actually in some ways a different treatment altogether.
reported. One recent study in an experimental model of canine AD failed to show evidence for efficacy of orally‐administered allergen in laboratory beagles experimentally sensiFzed to dust mite; however in this study the allergen was fed to the dog rather than applied to the mucosa.20 Another small open trial of atopic canine clinical paFents with dust mite allergy treated with SLIT reported clinical benefit in 80% of dogs, and that clinical benefit was usually accompanied by measurable immunologic changes, including significant increases in allergen‐specific IgG and decreases in allergen‐ specific IgE.21,22
Advantages and Disadvantages of SLIT One big advantage of SLIT is in ease of administraFon. We’ve found that though many owners “don’t mind” giving injecFons to their pets, most owners clearly don’t relish it, and are delighted to be presented with an alternaFve to giving injecFons. Most dogs accept administraFon easily, even viewing it as a treat, which increases compliance. On the other hand, successful SLIT requires faithful twice‐daily administraFon, and owners with busy travel schedules may find it much more convenient to give an infrequent injecFon. “Head‐shy” dogs may also resist treatment.
There are many reasons why discrepant results have been reported with non‐injecFon ASIT methods, but central to them may be the same principle that has plagued SLIT research in human beings for decades: different studies use widely differing protocols for dosing, frequency, treatment set vehicle and preparaFon, etc. These protocol differences are the most obvious explanaFon for differing results; it makes empirical sense that variaFons in dosing and formulaFon of the treatment sets may impact effecFveness. The formulaFon used for Heska’s ALLERCEPT® Therapy Drops was developed based on a unique, Fme‐tested protocol that has been used with success in tens of thousands of human allergy paFents over the past 40 years. In efficacy trials with hundreds of atopic dogs, treated by many veterinary dermatologists in varying geographic areas of the USA over the past 2 years, our experience has been that approximately 60% of dogs with AD that have not had prior immunotherapy arempts will have substanFal improvement of their clinical signs with this formulaFon. Actually, the response rate for dogs that HAVE had prior immunotherapy failure is also substanFal – about 50% of dogs that are “shot failures” due to lack of efficacy, difficulty with administraFon, or anaphylacFc reacFons can be successfully treated with SLIT. It’s especially encouraging that we’ve seen dogs that completely failed “allergy shots” olen respond very well to SLIT. This is consistent with
In human beings, anaphylacFc reacFons to SLIT are rare to nonexistent, and SLIT can be used in humans with a prior history of reacFon to allergy shots. In our experience, the same is true for dogs; we’ve treated numerous paFents with SLIT who have had anaphylacFc reacFons to allergy shots. AddiFonally, with SLIT you can include mold extracts with pollens in the same vial without fear of losing efficacy of non‐mold allergens, and SLIT treatment borles can be stored at room temperature for a shelf‐life of 6 months; refrigeraFon is not necessary. Finally, we encourage you to try SLIT in any of your paFents who simply have not improved aler a year of allergy shots. We’ve had remarkable response to SLIT in some of these “shot failures.” Recommended Protocol for SLIT in Dogs with AD: A Prac@cal Guide Tes@ng. In summary, do what you have always done! Dogs should be evaluated for different 4
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ALERGOLOGIA
sensiFviFes in exactly the same manner that the individual clinician is comfortable and familiar with for treatment using injecFon ASIT. Following establishment of a firm clinical diagnosis of AD, any combinaFon of serologic or intradermal tesFng techniques may be used to establish the individual sensiFviFes of each paFent. • Prescrip@on Formula@on. Following careful tesFng, again, principles for choosing the allergens in the prescripFon are exactly the same as those employed for choice of allergens for injecFon ASIT mixtures, and are completely familiar to every veterinary dermatologist, including:
dose of these allergens will be included in the final prescripFon. Typically the prescripFons do not “double‐up” on a parFcular allergen that is felt to be more “important” than others; all treatment sets are prepared with a uniform and standard dose of relevant allergen. If you believe molds or fungi (including Malassezia) are important allergens for a paFent, they may be included in the mixture – there is no need to give them by separate administraFon.
Dosing. As with many injecFon ASIT protocols, dosing is done with a set of three borles of gradually increasing concentraFon. Canine paFents start with the “A” diluFon, using the enFre contents of the borle. Then, the paFent is escalated to the “B” diluFon, and then again escalated to the “C” diluFon, which is the maintenance borle. Each borle is used unFl empty (and will last approximately 10 weeks) before progressing to the next diluFon. The volume of allergen dispensed into the oral cavity is always the same, two ‘pumps’ twice daily, every day. The glycerin imparts a slightly sweet taste which many dogs view as a treat!
•
History of exposure of the paFent to the allergen in quesFon • Cross‐reacFvity of allergens, including consideraFon of botanical groups of related weed, tree, or grass pollens • Empirical observaFons on the significance of a parFcular allergen in relaFon to others, such as may be suggested by the “score” of serologic or intradermal tests. A few consideraFons that may be unique to formulaFng a SLIT prescripFon include the following: • SLIT prescripFons in human beings tend to follow a “less is more” principle. There is much greater use of “mixes” of related allergens rather than combining many different individual extracts that are anFgenically‐related, and use of fewer allergens in the mix rather than a greater number. Consider limiFng the number of allergens in your prescripFon to a maximum of the 10‐12 you believe are most important for the paFent. Remember, there is substanFal documentaFon in other species that part of the mechanism of SLIT is allergen‐ specific, and part is nonspecific. • Generally, on the prescripFon just indicate a list of the relevant allergens; the correct
If the pa@ent has a history of prior anaphylac@c reac@on to allergy shots, to be cauFous we advise starFng at an even weaker treatment diluFon. Please contact Heska’s medical consultants for advice on procedures to follow in these situaFons. Ideally, the allergen soluFon should remain in contact with the oral mucosa for as long as possible. Humans are instructed to hold the soluFon under the tongue for 1 minute before swallowing. Obviously, we cannot request the same of our canine paFents, but it is important that the soluFon is dispensed into the oral cavity, not in food, and that the pet refrain from eaFng or drinking for a short period aler the dose is given.
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improved at 3 months, and most who will respond show at least some improvement, if not substanFal improvement, by 6 months.
A key difference with SLIT is this basic principle of treatment: the allergen must be dosed regularly and frequently. MulFple daily administraFons are required for efficacy in human beings, and we strongly recommend that owners be counseled to administer the “allergy drops” TWICE DAILY, EVERY DAY. If they forget to give a dose in the morning, give one in the alernoon and one before bed.
________________________________ REFERENCES REFERENCES
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This twice‐daily dosing schedule is indefinite for the duraFon of therapy. The schedule does not “taper” to once daily, every other day, etc. AdministraFon conFnues twice daily for the duraFon of treatment. At this Fme, the ideal total duraFon of treatment is not known in dogs. In human beings, mulFple‐ Fmes daily administraFon is conFnued for a period of 2‐5 years. Aler this Fme, if the paFent is stable, the treatment can be disconFnued and the effect appears to be permanent in nearly all cases. Whether this is true for a canine paFent is yet to be determined. Adverse Reac@ons. Mostly, these won’t occur. We’ve seen a few dogs rub or scratch at their mouth aler administraFon, perhaps analogous to the oral itch that some human SLIT paFents experience. Almost always, this will disappear aler the first few treatments. Likewise, occasional vomiFng has been observed in a few dogs for the first few doses. In a few cases with very sensiFve animals, we’ve seen worsening of clinical signs with SLIT administraFon – actually causing a flare of the disease. If any of these reacFons occur or persist, it may require lowering the allergen dose. Please contact Heska’s medical consulFng staff for specific instrucFons and advice on dealing with these potenFal reacFons. Follow‐up Evalua@ons. As with injecFon immunotherapy, it is important to re‐evaluate paFents on SLIT on a regular basis, for example aler 3, 6, and 12 months on treatment. Our subjecFve clinical impression is that response to SLIT olen occurs quite rapidly ‐ some dogs are 6
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efficacy, adverse reactions, or compliance difficulties. Of these injection failures, 23 dogs (49%) had a good-to-excellent response to SLIT. In this multicentre, open trial, we conclude that SLIT appears to be an effective treatment for canine atopic dermatitis, including in dogs that have failed injection immunotherapy.
BACKGROUND
Treatment Protocol. SLIT th escalating allergen conce extracts in a proprietary veh type dispenser bottles. Owne the treatment by hooking th dispensing solution into the twice daily every day (Fig. 1). control symptoms and seco with the goal of tapering su discontinuing it if response t
ALERGOLOGIA
ORIGINAL ARTICLE
Sublingual immunotherapy (SLIT) is allergen specific immunotherapy via administration of allergen extracts into the oral cavity, instead of by subcutaneous injection. SLIT is commonly used in Europe for allergic diseases in humans, but less so in the USA. Historically, there are conflicting reports of efficacy of SLIT. Widely-differing dosing protocols, allergen concentrations, intervals, vehicles, etc. may in part be responsible for the variation in results reported. Published efficacy studies are typically European, perhaps because SLIT administration is registered for human use in Europe, but not in North America. Recently however, increasing data and evidence- based reviews support the safety and efficacy of SLIT in human allergic disease.1,2 Most studies of SLIT are in human atopic rhinitis and asthma, though studies do demonstrate its effectiveness in human atopic dermatitis (AD) as well.3,4 We have reported the results of a pilot study of SLIT in canine AD, wherein ten dust mitesensitive dogs were treated with SLIT for 6 months. Clinical improvement occurred in 8/10 dogs, and was accompanied by reduction in dust-mite specific IgE and increase in dust-mite specific IgG.5,6
Multicentre Open Trial Demonstrates Efficacy of Sublingual Immunotherapy in Canine Atopic DermatitisOpen Trial De Multicentre
Figure 1: Admi
Clinical Response Scoring. system (“Response Catego assess clinical response to was based upon overall deg necessity for use of concurr of SLIT therapy, the veterina Response Categories A tho response. Categories “NF” o not be determined due to la use, respectively.
Sublingual D. J. DeBoer,1 M. Morris2Immunotherapy in 1School of Veterinary Medicine, University of Wisconsin, Madison, WI USA and 2Allergychoices Inc., La Crosse, WI USA
Table 1: “Response Cate clinical resp
RESPONSE CATEGORY
OVERALL DEGREE OF CONTROL
CONCURRENT MEDICATIONS
1 D. D. J. J. DeBoer, DeBoer,1 M. M. 1School of Veterinary Medicine, University of Wisconsin, A Madiso 1School of Veterinary Medicine, University of Wisconsin, Madiso
Multicentre Open Trial Dem OBJECTIVE ABSTRACT MATERIALS AND ABSTRACT OBJECTIVE ABSTRACT MATERIALS AND METHODS METHODS Sublingual Immunotherapy in C Disease control is not evident, or there is partial control.
B
Allergen-specific immunotherapy is commonly administered via the Allergen-specific immunotherapy is commonly administered the sublingual route (SLIT) in human atopic disease. There is renewedvia interest sublingual in human atopic disease.with There is renewed in SLIT forroute atopic(SLIT) dermatitis in man, especially recent evidenceinterest that it in SLIT for atopic dermatitis in man, especially with recent evidence that it may function by different mechanisms than does injection immunotherapy. may functionpilot by different thansensitive does injection immunotherapy. A previous study ofmechanisms SLIT in dogs to house dust mites 1 A previous pilot study of SLIT in dogs sensitive immunologic to house dust mites provided evidence of clinical benefit and coincident changes. provided evidence clinical benefit and coincident changes. The present study of evaluated the clinical efficacy of immunologic SLIT in a larger group The present study evaluated the clinicalspecialty efficacy clinics of SLITenrolled in a larger group of dogs. Nine veterinary dermatology a total of of dogs. veterinary dermatology specialty clinics enrolledofaSLIT. total All of 217 dogsNine with atopic dermatitis in an open study on the efficacy 217 dogs with atopic dermatitis in an open study on the efficacy of SLIT. All dogs received twice-daily administration of an escalating-dose, nondogs received of an escalating-dose, nonaqueous SLIT twice-daily formulationadministration devised according to individual tested aqueous SLIT devised according to individual sensitivities. The formulation response of each patient after at least 6 months oftested SLIT Allergen-specific immunotherapy is commonly via sensitivities. of each patient after at administered least 6 months of the SLIT was gradedThe by response the clinician according to four subjective response sublingual route in human atopic disease. There is renewed interest was gradedOf by the clinician according to(55%) four subjective response categories. 124(SLIT) evaluable cases, 68 dogs were judged to have a in SLIT for atopic dermatitis in man, especially with recent evidence that it a categories. Of 124response evaluabletocases, dogsthese (55%)124 were judged have good-to-excellent SLIT. 68 Among dogs, 77 to dogs that may function by response different mechanisms than does injection immunotherapy. good-to-excellent to SLIT. Among 124 dogs, dogs The that had received no previous immunotherapy hadthese a response rate77 of 59%. A received previous no pilot study immunotherapy of SLIT in dogshad sensitive to house dust mites had a response rate of 59%. The remaining dogs previous (n=47) had failed injection immunotherapy due to lack of provideddogs evidence of clinical benefit and coincident immunologic remaining (n=47) had failed injection immunotherapy duechanges. to lack of efficacy, adverse reactions, compliance difficulties. The present study evaluatedorthe clinical efficacy of SLIT Of in athese largerinjection group efficacy, adverse reactions, or compliance difficulties. Of to these injection failures, 23 dogs (49%) had a good-to-excellent response SLIT. In this of dogs. Nine veterinary dermatology specialty clinics enrolled a total of failures, 23 dogs (49%) hadconclude a good-to-excellent response to SLIT. In this multicentre, open trial,dermatitis we to be anSLIT. effective 217 dogs with atopic in an that openSLIT studyappears on the efficacy of All multicentre, trial, we conclude thatincluding SLIT be an effective treatment foropen canine atopic dermatitis, dogsto that have failed dogs received twice-daily administration of appears aninescalating-dose, nontreatment for canine atopic dermatitis, including in dogs that have failed injection immunotherapy. aqueous SLIT formulation devised according to individual tested injection immunotherapy. sensitivities. The response of each patient after at least 6 months of SLIT
School of
ABSTRACT
was graded by the clinician according to four subjective response categories. Of 124 evaluable cases, 68 dogs (55%) were judged to have a good-to-excellent response to SLIT. Among these 124 dogs, 77 dogs that had received no previous immunotherapy had a response rate of 59%. The remaining dogs (n=47) had failed injection immunotherapy due to lack of efficacy, adverse reactions, or compliance Of these specific injection Sublingual immunotherapy (SLIT)difficulties. is allergen failures, 23 dogs (49%) had a good-to-excellent response to SLIT. In this Sublingual immunotherapy (SLIT) is allergen specific immunotherapy via administration of allergen extracts multicentre, open trial, we conclude that SLIT appears to be an effective immunotherapy via administration ofin dogs allergen extracts treatment for canine atopic dermatitis, including that have failed into the oral cavity, instead of by subcutaneous injection. into the oral cavity, instead of by subcutaneous injection. injection immunotherapy.
BACKGROUND BACKGROUND BACKGROUND
SLIT is commonly used in Europe for allergic diseases in SLIT is commonly Europe allergic diseases in humans, but less used so ininthe USA. for Historically, there are humans, but less so in the USA. Historically, there are conflicting reports of efficacy of SLIT. Widely-differing BACKGROUND conflicting reports of efficacyconcentrations, of SLIT. Widely-differing dosing protocols, allergen intervals, dosing protocols, allergen concentrations, vehicles, etc. may in part be responsible for the intervals, variation Sublingual immunotherapy (SLIT) is allergen specific vehicles, etc.reported. may in part be responsible for the variation in results Published efficacy studies are immunotherapy via administration of allergen extracts in results reported. Published efficacy studies are typically European, perhaps because SLIT administration into the oral cavity, instead of by subcutaneous injection. typically European, perhaps because SLIT is SLIT registered for human use in Europe, butadministration not in North is commonly used in Europe for allergic diseases in is registered for human use in Europe, but not in North America. Recently however, increasing and humans, but less so in the USA. Historically, data there are America. Recently however, increasing data and evidencebased reviews support safety and efficacy conflicting reports of efficacy of the SLIT. Widely-differing evidencesupport theMost safety and efficacy 1,2 ofdosing SLIT in based humanreviews allergic disease. studies of SLIT protocols, allergen concentrations, intervals, 1,2 Most studies of SLIT of SLIT in human allergic disease. are in human asthma, though studies vehicles, etc. atopic may in rhinitis part be and responsible for the variation are human reported. atopic and asthma, doin indemonstrate itsrhinitis effectiveness in though human atopic results Published efficacy studiesstudies are do demonstrate its effectiveness in human atopic 3,4 typically European, perhaps SLIT administration dermatitis (AD) as well. We because have reported the results of 3,4 We have reported the results of dermatitis (AD) as well. is registered human use inAD, Europe, but ten not dust in North a pilot study offor SLIT in canine wherein miteasensitive pilot study of SLIT canine AD, wherein tendata miteAmerica. Recently however, increasing and dogs werein treated with SLIT for 6dust months. sensitive dogs treated with SLIT forand 6 and months. evidencebasedwere reviews support safety efficacy Clinical improvement occurred inthe8/10 dogs, was Clinical occurred in1,2 8/10 dogs, was of SLITimprovement in human allergic disease. Mostspecific studiesand of SLIT accompanied by reduction in dust-mite IgE and are in human rhinitisinand asthma, though studies accompanied byatopic reduction dust-mite specific IgE and 5,6 increase in dust-mite specific IgG. do demonstrate effectiveness increase in dust-miteitsspecific IgG.5,6 in human atopic dermatitis (AD) as well.3,4 We have reported the results of a pilot study of SLIT in canine AD, wherein ten dust mitesensitive dogs were treated with SLIT for 6 months. Clinical improvement occurred in 8/10 dogs, and was accompanied by reduction in dust-mite specific IgE and in dust-mite specific IgG.5,6 increase The purpose of the present study was to evaluate
OBJECTIVE OBJECTIVE
The purpose present studyinwas to evaluate clinical benefitof oftheSLIT treatment a larger, more clinical benefitofofdogs SLIT treatment a larger, openmore diverse group with AD, in a in multicentre, diverse group of dogs with AD, in a multicentre, openlabel field study. label field study. OBJECTIVE
SLIT The purpose of the present study was to evaluate therapy was studied in an open-label, uncontrolled SLIT therapy was in an open-label, clinical benefit of studied SLITat treatment in a Medical larger,uncontrolled more field study conducted the Veterinary Teaching field study conducted at the Veterinary Medical Teaching diverse group of dogs with AD, a multicentre, openHospital (VMTH), University of in Wisconsin-Madison and at Hospital (VMTH), University of Wisconsin-Madison and at label field study.
Any combination (includin “none”)
Anti-inflammatory drugs (steroids or CsA) are necessary for control, in standard doses. Other dru may be used as necessar
At least partial control of the disease is evident.
Disease is under
Anti-inflammatory drugs (steroids or CsA) may be
to good necessary for control, at Apartial total of doses. 217Otherd control. dru A total reduced ofbe used217 d may as necessar SLIT treatment ( SLIT treatment At the most, antihistamine Disease 1 is under practices). Of th fatty acids, or antimicrobia D D. J. DeBoer, good control. M. Mor may be necessary practices). Offor con th eight other geographically-diverse, U.S. dermatology to lack of follow eight other geographically-diverse, U.S.ofdermatology to lack of follow Any Any a Veterinary Medicine, University Wisconsin, Madison, ND specialty clinics, a with a total of 18 veterinarians evaluable atWt specialty clinics, with a total of 18 veterinarians evaluable at Any Any NF concurrent participating. med participating. concurrent med all, 124 of th Patients. All dogs entering the study were diagnosed with AD by all, 124 of R th Patients. All dogs entering the study were diagnosed with AD by by MATERIALS AND METHODS board-certified dermatologists, and tested for allergic sensitivities Successful resp board-certifiedand/or dermatologists, tested for sensitivities by Successful resp intradermal serologic and testing, as allergic preferred by each Response Categ intradermal and/or serologic by each participating doctor. Dogs inwere sensitiveas to preferred multiple allergens, Response Cate SLIT therapy was studied antesting, open-label, uncontrolled A totalunder of 217 control dogs we participating doctor. were sensitive to Most multiple including dust, pollen, Dogs and/or mold components. dogsallergens, had not field study conducted at the Veterinary Medical Teaching under control (86 med from including dust, previously pollen, and/or components. Most not SLIT treatment concurrent been treated withmold immunotherapy; somedogs hadhad failed Hospital (VMTH), University of Wisconsin-Madison andhad at failed practices). concurrent Of successf thesemed do been treated previously immunotherapy; some previous treatment with with subcutaneous immunotherapy (“allergy overall eight othertreatment geographically-diverse, dermatology previous with subcutaneousU.S. immunotherapy (“allergy to lackoverall success of followup (“NF shots”). dogs that had a shots”). clinics, with a total of 18 veterinarians specialty evaluable the had tim dogsatthat Treatment Protocol. SLIT therapy was initiated using a 3-vial set of responded to S participating. medication Treatment Protocol. therapy was prepared initiated using 3-vial set of concurrent responded to Sh escalating allergen SLIT concentration, from a glycerinated prior injection im escalating concentration, prepared glycerinated b in ofinjection the pati Patients. All entering the study diagnosedfrom with AD by pump- all, 124 extracts in dogs aallergen proprietary vehicle, bywere a commercial supplier prior im (Fig. 2c). b in pumpextracts in adermatologists, proprietary vehicle, by ainstructed commercial supplier board-certified and tested for allergic on sensitivities by Successful to type dispenser bottles. Owners were how to administer (Fig. response 2c).
C
MATERIALS AND METHODS
typetreatment dispenser bottles. Owners were instructed how administer intradermal and/or serologic as tippreferred by toeach the by hooking thetesting, dispenser overon the lower teeth and participating doctor. Dogs were sensitive to over multiple allergens, the treatment by hooking theoral dispenser tip lowerif teeth and dispensing solution into the cavity, under thethe tongue possible, including dust,every pollen, and/or mold components. Most dispensing solution into oral cavity, under thedogs tongue ifnot possible, twice daily day (Fig.the 1). Concurrent medications ashad necessary to been treated previously with immunotherapy; some had failed twice daily every day (Fig. 1). Concurrent medications as necessary to control symptoms and secondary infections were allowed initially, previous treatment with subcutaneous immunotherapy (“allergy control and secondary infections were allowed initially, with thesymptoms goal of tapering such additional medication and eventually shots”). with the goal of tapering such additional medication and eventually discontinuing it if response to SLIT occurred.
discontinuing it ifSLIT response to was SLITinitiated occurred. Treatment Protocol. therapy using a 3-vial set of escalating allergen concentration, prepared from glycerinated extracts in a proprietary vehicle, by a commercial supplierb in pumptype dispenser bottles. Owners were instructed on how to administer the treatment by hooking the dispenser tip over the lower teeth and dispensing solution into the oral cavity, under the tongue if possible, twice daily every day (Fig. 1). Concurrent medications as necessary to control symptoms and secondary infections were allowed initially, with the goal of tapering such additional medication and eventually Figure 1: Administration of SLIT treatment. discontinuing it if response SLIT occurred. Figure 1:to Administration of SLIT treatment.
Clinical Response Scoring. A global clinical improvement scoring Clinical (“Response Response Scoring. A global clinical scoring system Category”) was used by improvement each veterinarian to system clinical (“Response Category”) used by each veterinarian to assess response to SLITwas (Table 1). The Response Category assess clinical to SLITof(Table 1).ofThe was based uponresponse overall degree control the Response AD, along Category with the was basedfor upon degree medications. of control of After the AD, along6 with the necessity use overall of concurrent at least months necessity for usethe of veterinarian concurrent medications. at least 6 months of SLIT therapy, assigned eachAfter patient to one of four of SLIT therapy, the veterinarian assigned patient to one four Response Categories A thorough D, witheach D representing theof best Response Categories Categories A thorough D, with D representing thecould best Figure 1: Administration of SLIT treatment. response. “NF” or “ND” were assigned if response response. Categories or “ND” were assigned if response could not be determined due“NF” to lack of followup or concurrent medication Clinical Response Scoring. global scoring not be determined due toA lack of clinical followupimprovement or concurrent medication use, respectively. system (“Response Category”) was used by each veterinarian to use, respectively. assess clinical response to SLIT (Table 1). The Response Category Table 1: “Response Category” system for evaluation of patient was based upon overall degree of control of the AD, along with the clinical responses the veterinarian. Table 1: “Response Category” by system for evaluation of patient necessity for use of concurrent medications. After at least 6 months clinical responses by the veterinarian. OVERALL of SLIT therapy, the veterinarian RESPONSE CONCURRENTassigned each patient to one of four DEGREE OF DESCRIPTION OF PATIENT RESPONSE CATEGORY MEDICATIONS OVERALL CONTROL Response ACONCURRENT thorough D, with DESCRIPTION D representing the best RESPONSE Categories DEGREE OF OF PATIENT RESPONSE CATEGORY MEDICATIONS CONTROL response. Categories “NF” or “ND” SLIT, were assigned if isresponse could with or without other medications, not producing improvement. Disease control is OR, there is some control of the disease, but only by use of standard doses of concurrent not evident, or due to lack of followup not be determined or concurrent medication SLIT, with orsimilar without medications, is not producing improvement. medication, to other what was used before institution of SLIT. Disease control is Any combination (including there is partial A OR, there is some control of the disease, but only by use of standard of concurrent “none”) Any control is felt likely to be due to the medication, rather than SLIT. doses SLIT clearly is not not evident, or use, respectively. control. Any combination (including medication, to what was used before institution of SLIT. benefiting thissimilar patient.
A
there is partial control.
“none”)
Any owner controldoes is feltnot likely due to the medication, SLIT. as SLIT clearly is not The wishtotobecontinue SLIT because itrather is notthan perceived effective. benefiting this patient. The owner notiswish to continue it is not perceivedisas effective.for the Though the does disease being controlled,SLIT anti-inflammatory medication necessary Table 1: “Response Category” system for evaluation ofbecause patient Anti-inflammatory drugs At least partial control. (steroids or CsA) are responses byHowever, thetheveterinarian. Though disease is being controlled, is necessary for the control of theclinical there is a subjective feeling thatanti-inflammatory addition of SLIT medication has produced slight incremental Anti-inflammatory drugs necessary for control, in At least partial control. disease is improvement or is allowing somewhat less concurrent medication use than previously. (steroids doses. or CsA)Other are drugs standard control of the However, there isand a subjective addition slight incremental evident. The veterinarian owner arefeeling unsurethat of the value of of SLIT SLIT,has andproduced are considering possibly OVERALL necessary foras control, in may be used necessary. RESPONSE CONCURRENT disease improvement somewhat less concurrent medication use than previously. it. or is allowingOF DEGREE OFis DESCRIPTION PATIENT RESPONSE standard doses. Other drugs stopping CATEGORY MEDICATIONS evident. The veterinarian and owner are unsure of the value of SLIT, and are considering possibly CONTROL may be used as necessary. stopping it. Anti-inflammatory drugs Disease under good control. anti-inflammatory SLIT, with or withoutisother medications, is notThough producing improvement. medication may be necessary, it DiseaseDisease control isis under (steroids or CsA) may be OR, there isissome control the intermittent, disease, but or only by perhaps use of standard dosesthan of concurrent at doses thatofare low, much lower previously. Anti-inflammatory drugs not evident, or to good partial necessary for control, atmedication,Disease iswhat under control. Though control anti-inflammatory medication may be necessary, it Any combination (including similar wasgood used before institution of SLIT.on SLIT only OR, thetodog is under partial, acceptable without additional medications. Disease (steroids or CsA) may be there is control. partial is under drugs “none”) reduced doses. Other Any controlSLIT feltdoses likely to beare dueintermittent, to the some medication, than SLIT. SLIT clearly is not isis at that or low,rather perhaps much than previously. has clearly produced improvement, and the lower owner wishes to continue treatment. control. partial to good necessary for control, at may be used as necessary. benefiting this OR,patient. the dog is under partial, acceptable control on SLIT only without additional medications. control. reduced doses. OtherThe drugs owner does to continue SLIT because it is not perceived effective. SLIT not haswish clearly produced some improvement, and the as owner wishes to continue treatment. may be used as necessary. Disease is under good control. No additional medications may be necessary, or if used, At the most, antihistamines, Though theadditional disease ismedications being controlled, anti-inflammatory medication is necessary for the Disease is under are limited to antihistamines, fatty acids, or antimicrobials. Anti-inflammatory drugs fatty acids, or antimicrobials At leastgood partialcontrol. control. SLIT Disease underproduced good control. Noimprovement additional medications or if used, has isclearly marked in this dog,may andbe thenecessary, owner is eager to (steroids may or CsA) are antihistamines, At thebemost, necessary for control. control of the is under However, there is a subjective feelingare that addition of SLIT has produced slight incremental Disease additional medications limited to antihistamines, fatty acids, or antimicrobials. continue treatment. necessaryfatty for control, in antimicrobials acids, or diseasegood is control. improvement or is allowing somewhat less concurrent medication use than previously. standard may doses. Other drugs for control. SLIT has clearly produced marked improvement in this dog, and the owner is eager to be necessary Not determinable at this time. These pets are current on their recheck exams, but the evident. The veterinarian and owner are unsure of the value of SLIT, and are considering possibly continue treatment.
Response Category C under control with S Figur Figu concurrent medication overall successful resp dogs that had not ha responded to SLIT (Fig A prior injection immunot A 22% (Fig. 2c). 22%
B 2: Re Figure 23% B 23%
D
A
20%
22%
B
C A 35%
23%
18% A 18%
B
23% B 23%
A
B
C
36%
A
28% A
28%
C C D
B D
23%
23%
B B
A
D
18%
9
B
23% B
D 23%
A
15%
Trial Demonstrates Efficacy of Trial Demonstrates Efficacy of herapy in Canine Atopic Dermatitis ALERGOLOGIA Trial Demonstrates Efficacy of herapy in Canine Atopic Dermatitis D. J. DeBoer, M. Morris herapy in Canine Atopic Dermatitis f Wisconsin, Madison, WI USA and Allergychoices Inc., La Crosse, WI USA D. J. DeBoer, M. Morris
Historically, there are SLIT. Widely-differing entrations, intervals, sible for the variation efficacy studies are e SLIT administration ope, but not in North creasing data and e safety and efficacy Most studies of SLIT thma, though studies s in human atopic eported the results of wherein ten dust miteSLIT for 6 months. 8/10 dogs, and was mite specific IgE and
B
49% of evaluable patients who allergy shot treatment
C
23%
35%
Figure 1: Administration of SLIT treatment.
Further studies are warranted inclu and additional study of serologic during treatment.
Clinical Response Scoring. A global clinical improvement scoring system (“Response Category”) was used by each veterinarian to assess clinical response to SLIT (Table 1). The Response Category was based upon overall degree of control of the AD, along with the necessity for use of concurrent medications. After at least 6 months 2 assigned each patient to one of four of1SLIT therapy, the veterinarian Response Categories A thorough D, with D representing the best 2 if response could response. Categories “NF” or “ND” were assigned 1 be determined due to 2 not lack of followup or concurrent medication use, respectively.
b. NO PRIOR ALLERGY SHOTS (n=77 dogs)
A
18%
D
23%
59% RESPONSE
B
2Allergychoices
REFERENCES AND F
aThe
authors are grateful to the following veterinary clinics f for Animals (Las Vegas, NV); Upstate Veterinary Spe Dermatology Clinics (Eden Prairie, MN); Veterinary Referr CO); BluePearl Veterinary Partners (Tampa, FL); Veterina FL); Riverdale Veterinary Dermatology (Riverdale, NJ); Co A&M University (College Station, TX). bAllergychoices Inc., La Crosse, WI USA
f Wisconsin, Madison, WI USA and Inc., La CCrosse, WI USA 1 2 RESULTS 2 DISCUSSION S D. J. DeBoer, M. Morris DISCUSSION f Wisconsin, Madison, WI USA and Allergychoices Inc., La Crosse, WI USA Data collected was subjective and empirical. Response ntrolled DISCUSSION RESULTS S A total of 217 dogs were evaluated for their response to rates are estimates, since a large number of patients 23%
Table 1: “Response Category” system for evaluation of patient clinical responses by the veterinarian.
RESPONSE CATEGORY
OVERALL DEGREE OF CONTROL
CONCURRENT MEDICATIONS
PJ, Cox LS, Dunham SR, et al. Sublingu Organization Position Paper 2009. World Allergy Organizat S, Wilson D, Calderon M, et al. Systemic rev (SLIT). Allergy 66:740-52, 2011. 3Cadario G, Galluccio AG, Pezza M, et al. Sublingual imm atopic dermatitis and house dust mite sensitivity: a prosp 23:2503-6, 2007. 4Pajno GB, Caminiti L, Vita D, et al. Sublingual immunother atopic dermatitis: a randomized, double-blind, placebo-cont 120:164-70, 2007. 5DeBoer DJ, Verbrugge M, Morris M. Pilot trial of sublingu atopic dogs (abstract). Proceedings, North American Veteri OR, April 2010. 6DeBoer DJ, Verbrugge M, Morris M. Changes in mite-s sublingual immunotherapy (SLIT) in dust mite-sensitive do Proceedings, European Society of Veterinary Dermatolog Dermatology Meeting, Firenze, Italy, September 2010. 2Radulovic
DESCRIPTION OF PATIENT RESPONSE
Any combination (including “none”)
SLIT, with or without other medications, is not producing improvement. OR, there is some control of the disease, but only by use of standard doses of concurrent medication, similar to what was used before institution of SLIT. Any control is felt likely to be due to the medication, rather than SLIT. SLIT clearly is not benefiting this patient. The owner does not wish to continue SLIT because it is not perceived as effective.
At least partial control of the disease is evident.
Anti-inflammatory drugs (steroids or CsA) are necessary for control, in standard doses. Other drugs may be used as necessary.
Though the disease is being controlled, anti-inflammatory medication is necessary for the control. However, there is a subjective feeling that addition of SLIT has produced slight incremental improvement or is allowing somewhat less concurrent medication use than previously. The veterinarian and owner are unsure of the value of SLIT, and are considering possibly stopping it.
Disease is under partial to good control.
Anti-inflammatory drugs (steroids or CsA) may be necessary for control, at reduced doses. Other drugs may be used as necessary.
Disease is under good control. Though anti-inflammatory medication may be necessary, it is at doses that are intermittent, or low, perhaps much lower than previously. OR, the dog is under partial, acceptable control on SLIT only without additional medications. SLIT has clearly produced some improvement, and the owner wishes to continue treatment.
Disease is under good control.
At the most, antihistamines, fatty acids, or antimicrobials may be necessary for control.
Disease is under good control. No additional medications may be necessary, or if used, additional medications are limited to antihistamines, fatty acids, or antimicrobials. SLIT has clearly produced marked improvement in this dog, and the owner is eager to continue treatment.
Any
Any
Not determinable at this time. These pets are current on their recheck exams, but the response to SLIT is uncertain or cannot be determined because other medications are still being used in addition to the SLIT.
Any
Any
Not determinable due to lack of followup, poor client compliance, early discontinuation for mechanical reasons, death due to unrelated cause, etc.
Disease control is not evident, or there is partial control.
1Bousquet
36%
A eaching SLIT treatment (86 from the UW-VMTH and 131 from other c.for PRIOR were collected not evaluable oneALLERGY reason or another. Response Data was subjective andSHOT empirical. and at ntrolled practices). Of these dogs, evaluated 48 could not be evaluated FAILURES (n=47 dogs) A total of 217 dogs were for their responsedue to D rates are estimates, since a large number of patients 15% atology eaching Successful SLIT treatment in allergy shot failures to lack of followup (“NF”). additional 45 131 dogs were not SLIT treatment (86 from theAn UW-VMTH and from other B A Eand at not evaluable one reason another. were Data was for subjective andor empirical. 28%collected narians suggests the mechanism of action of SLIT in Response dogs may evaluable at these the were time evaluated of could data not collection because practices). Of dogs, 48 be evaluated due ntrolled A total of 217 dogs for their response to 49% RESPONSE rates are estimates, since a large number of patients atology differ from SLIT that of injection immunotherapy, an concurrent medication had not yet beenand tapered (“ND”). In Successful treatment in allergy shot failures to lack of followup (“NF”). An additional 45 dogs were not eaching SLIT treatment (86 from the UW-VMTH 131 from other C udy was to evaluate C were not evaluable for one reason narians observation that has an of established basis human FUNDING and DISCLOSU all, 124 of the responses. suggests the34% mechanism actionorofanother. SLIT in in dogs may evaluable at these the patients time 48 of had dataevaluable collection because atlarger, more hand AD by practices). Of dogs, could not be evaluated due nt in a B 23% from studies. Treatment vities by immunologic Successful response to treatment was tapered defined as either that treatment of injection immunotherapy, an materials were provided by Allergychoice concurrent medication had notadditional yet been In natology a multicentre, open differ Successful SLIT in allergy shot failures to lack of followup (“NF”). An 45 dogs(“ND”). were not of Allergychoices, Inc., and has licensed to Hesk D by each rights to manufacture and distribute the sublingua Response Category C or of D had (good-to-excellent; disease observation that has an of established basis in human all, 124 of evaluable narians h AD by thehad mechanism action of SLIT in dogs may evaluable at the the1 patients time data collectionresponses. because suggests Some dogs experienced anaphylaxis from allergy described in this study, under the trade name All llergens, 2 D. J. DeBoer, Morris vities by ND under control withM.SLIT with no additional immunologic studies. Successful response to treatment was or defined as either DeBoer is currently a consultant for Heska Corpor differ from that of injection immunotherapy, an concurrent medication had not yetlittle been tapered (“ND”). In had not shots, and were safely treated with SLIT; this is also timethe this study was conducted. by each NF concurrent medication Using this2Allergychoices definition, the Response Category C needed). or WI D had (good-to-excellent; disease versity of Wisconsin, Madison, USA and Inc., La Crosse, WI USA d AD failed observation that has an established basis in human all, 124 of the patients evaluable responses. h by case in human beings. Some dogs had experienced anaphylaxis from allergy llergens, (“allergy overall successful response rate was 55% (Fig. 2a). Of 77 under control with SLIT with little or no additional vities by immunologic studies. Successful response to treatment was defined as either had not shots, and were safely treated with SLIT; this is also the We were impressed how many owners were pleased to by each dogs that Category had not had immunotherapy, 59% concurrent medication Using this definition, the d failed Response C needed). orprevious D (good-to-excellent; disease case indogs human beings. Some had anaphylaxis llergens, RESULTS METHODS not have toDISCUSSION give experienced their pets injections. SLITfrom mayallergy allow al set of responded to SLIT (Fig. In 47 dogs (“allergy overall response rate was 55% (Fig. 2a). failed Of 77 under successful control with SLIT2b). with little or that no had additional had not shots, and were safely treated with SLIT; this is also not the cerinated more owners to access immunotherapy, who would Data Wecollected were impressed how many owners were pleased to prior injection immunotherapy, the response rate was 49% dogs that had not had previous immunotherapy, 59% concurrent medication needed). Using this definition, the was subjective and empirical. Response d pumpfailed uncontrolled en-label, in A total of 217 dogs were evaluated for their response to case in human beings. have considered it previously. not have to give their pets injections. SLIT may allow (Fig. 2c). al set of rates are estimates, since a large number of patients responded to SLITresponse (Fig. 2b).rate In 47 dogs that had failed (“allergy overall successful was 55% (Fig. 2a). Of 77 nary Medical Teaching dminister SLIT treatment (86 from the UW-VMTH and 131 from other cerinated not evaluable for reason or another. more owners to one access who pleased would not response was 59% 49% were We were impressed howimmunotherapy, many owners were to consin-Madison andprior at injection eeth and dogs thatpractices). hadimmunotherapy, notOf had immunotherapy, these previous dogs,the 48 could not berate evaluated due in pumphavehave considered ittheir previously. e, U.S.of dermatology possible, (Fig. 2c). toFigure Successful SLIT treatment in allergy shot failures not to give pets injections. SLIT may allow lackSLIT of followup (“NF”). An additional 45 dogs were not al set responded to (Fig. 2b). In 47 dogs that had failed 2: Results of SLIT treatment. dminister of 18to veterinarians essary suggests the mechanism of action of SLIT in dogs may evaluable at the time the of response data collection because cerinated more owners to access immunotherapy, who would not prior injection immunotherapy, rate was 49% eeth and initially, differ In this open sublingual immunotherapy (SLIT) from thatfield of trial, injection immunotherapy, an concurrent medication had not yet been tapered (“ND”). In in pumppossible, have considered it previously. (Fig. 2c). all,Figure 2: Results of SLIT treatment. ventually observation that has an established basisof inevaluable human 124 of the patients had evaluable responses. dminister ere diagnosed with AD by was a successful treatment in 59% patients essary to DOGS (n=124) for allergic studies. Successful response a. toALL treatment was defined as either eeth and sensitivities by who not This initially, immunologic In thishad open fieldhad trial,previous sublingualimmunotherapy. immunotherapy (SLIT) as preferred by each Response Category C or D (good-to-excellent; disease possible, ventually Figure 2:DResults of SLIT treatment. Some dogs had experienced anaphylaxis from allergy ve to multiple allergens, approximates thetreatment response typically reported for A was a successful in 59% of evaluable patients essary to under control with a. SLIT little(n=124) or no additional ALLwith DOGS 20% onents. Most dogs had not 22% shots, and were safely treated with SLIT; this is also the subcutaneous immunotherapy. who had not had previous immunotherapy. This initially, concurrent medication needed). Using this definition, the In this open field trial, sublingual immunotherapy (SLIT) herapy; some had failed case in human beings. immunotherapy (“allergy ventually overall successful response rate was 55% (Fig. 2a). Of 77 D approximates thetreatment response 59% typically reported for A was a successful of evaluable patients WeIn addition, SLIT was a safe in and successful treatment in 55% RESPONSE 20% a. ALL DOGS (n=124) 22% were impressed immunotherapy. how many owners were pleased to dogs that had not had previous immunotherapy, 59% subcutaneous who had not had previous immunotherapy. This B 49% of evaluable patients who had failed previous not have to give their pets injections. SLIT may allow iated using a 3-vial set of responded toCSLIT (Fig. 2b). In 47 dogs that had failed 23%A D approximates the response typically reported 35% pared from glycerinated owners to SLIT access immunotherapy, would not allergy shot treatment more In addition, was a safe and who successful treatmentfor in prior injection immunotherapy,55% the response rate was 49% RESPONSE 20% 22% mercial supplierb in pumpsubcutaneous immunotherapy. have considered it previously. (Fig. 2c). B 49% of evaluable patients who had failed previous ucted on how to administer C Further studies are warranted including controlled trials 23% p over the lower teeth and 35% shotSLIT treatment allergy In addition, was a of safe and successful treatment in 55% RESPONSE and additional study serologic changes occurring CONCLUSIONS der the tongue if possible, scoring Figure 2: Results of SLIT treatment. B 49% of evaluable patients who had controlled failed previous edications as necessary to C during treatment. narian to Further studies are warranted including trials 23% ons were allowed initially, In this openshot field treatment trial, sublingual immunotherapy (SLIT) 35% allergy Category and additional studyin of medication scoring and eventually was a successful treatment 59%serologic of evaluablechanges patients occurring with the ALL DOGS (n=124) d. b. NOa.PRIOR ALLERGY during narian to who had treatment. not had previous immunotherapy. This Further studies are warranted including controlled trials 6 months Category D SHOTS (n=77 dogs) approximates the response reported for occurring A and additional study oftypically serologic changes escoring of four A 20% 22% aThe authors are grateful to the following veterinary clinics for participation: Dermatology Clinic with the subcutaneous immunotherapy. D b. NO PRIOR ALLERGY 18% the best treatment. narian to for during Animals (Las Vegas, NV); Upstate Veterinary Specialties (Latham, NY); McKeever 6 months 23% SHOTS (n=77 dogs) Dermatology Referral Center of Colorado (Englewood, se could In addition,Clinics SLIT(Eden was Prairie, a safeMN); andVeterinary successful treatment in 55% RESPONSE Category e of four A CO); BluePearl Veterinary Partners (Tampa, FL); Veterinary Dermatology Center (Maitland, a edication The authors are grateful topatients the following veterinary clinics for participation: Dermatology Clinic B 49% of evaluable who hadNJ); failed previous withbest the D Cb. NO 59% 18% PRIOR ALLERGY FL); Riverdale Veterinary Dermatology (Riverdale, College of Veterinary Medicine, Texas the RESPONSE 23% for Animals (Las Vegas, NV); Upstate Veterinary Specialties (Latham, NY); McKeever 35% B 23% allergy shot (College treatment 6se months A&M University Station, TX). SHOTS (n=77 dogs) Dermatology Clinics (Eden Prairie, MN); Veterinary Referral Center of Colorado (Englewood, could bAllergychoices Inc., La Crosse, WI USA 23% e of four A CO); BluePearl Veterinary Partners (Tampa, FL); Veterinary Dermatology Center (Maitland, T treatment. aThe authors edication Further studies are to warranted including controlled trials Dermatology grateful the following veterinaryNJ); clinics for participation: Clinic CD FL); Riverdaleare Veterinary Dermatology (Riverdale, College of Veterinary Medicine, Texas 18% nt 59% RESPONSE the best 1Bousquet PJ, Cox LS, Dunham SR, et al. Sublingual immunotherapy: World Allergy for (Las Vegas, NV); Upstate Veterinary Specialties (Latham, NY); McKeever 36%23% B and additional study of TX). serologic changes occurring A&MAnimals University (College Station, ical improvement scoring
DISCUSSION RESULTS pen Trial Demonstrates Efficacy of notherapy in Canine Atopic Dermatitis
S
RESULTS
CONCLUSIONS
CONCLUSIONS CONCLUSIONS CONCLUSIONS
REFERENCES AND FOOTNOTES REFERENCES AND FOOTNOTES
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d by each veterinarian to edication ). ntThe Response Category SE of the AD, along with the ns. After at least 6 months oses of concurrent each nt patient to one of four SE hSLITDclearly representing the best is not assigned if response could as effective. oses concurrent orof concurrent medication
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B
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ve feeling thatthe additionitof SLIT has produced slight incremental may be necessary, exams, but essary, orless if used, somewhat concurrent ously. medications are still medication use than previously. microbials. are unsure of the value of SLIT, and are considering possibly dditional medications. wner is eager to odiscontinuation continue treatment. for
exams, butanti-inflammatory the rol. Though medication may be necessary, it essary, or ifperhaps used, ent, or low, much lower than previously. medications are still , acceptable control on SLIT only without additional medications. microbials. ome improvement, wner is eager to and the owner wishes to continue treatment. discontinuation for
rol. No additional exams, but themedications may be necessary, or if used, mited to antihistamines, fatty acids, or antimicrobials. medications are still marked improvement in this dog, and the owner is eager to
discontinuation for on their recheck exams, but the e. These pets are current in or cannot be determined because other medications are still e SLIT.
k of followup, poor client compliance, early discontinuation for due to unrelated cause, etc.
10
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Organization Position PaperPrairie, 2009. World Allergy Organization Journal Dermatology Clinics (Eden MN); Veterinary Referral Center of2:233-81, Colorado 2009 (Englewood,
C
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(SLIT). Allergy 66:740-52, 2011. FL); Riverdale (Riverdale, NJ); College of Veterinary Medicine, Texas 1 Bousquet PJ,Veterinary Cox LS, Dermatology Dunham SR, et al. Sublingual immunotherapy: World Allergy 3
Cadario G, Galluccio AG, PezzaTX). M, et al. Sublingual immunotherapy efficacy in patients with A&M University (College Station, Organization Position Paper 2009. World Allergy Organization Journal 2:233-81, 2009 REFERENCES AND FOOTNOTES atopic dermatitisInc., and house dust sensitivity: a prospective study. Curr Med Res Opin Allergychoices WImite USA Radulovic S, WilsonLaD,Crosse, Calderon M, et al. Systemic reviews of sublingual immunotherapy b 2
23:2503-6, 2007.
(SLIT). Allergy 66:740-52, 2011.veterinary clinics for participation: Dermatology Clinic authorsGB, are grateful to the following 1Bousquet Caminiti L,LS, Vita D, et al. Sublingual immunotherapy in mite-sensitized children with Cox Dunham SR, al. Sublingual immunotherapy: World Allergy 3Pajno Cadario(Las G, PJ, Galluccio AG,Upstate Pezza M, et al. et Sublingual immunotherapy efficacy in patients with for Animals Vegas, NV); Veterinary Specialties (Latham, NY); McKeever atopic dermatitis: a randomized, double-blind, placebo-controlled study.2:233-81, J Allergy Clin Immunol Organization Position Paper 2009. Worldsensitivity: Allergy Organization Journal 2009 Dermatology Clinics (Eden Prairie, MN); Veterinary Referral Center of Colorado (Englewood, atopic dermatitis and house dust mite a prospective study. Curr Med Res Opin 2 120:164-70, 2007. Radulovic S, Wilson D, Calderon M, et al. Systemic reviews of sublingual immunotherapy CO); BluePearl Veterinary Partners (Tampa, FL); Veterinary Dermatology Center (Maitland, 23:2503-6, 2007. DeBoer DJ, Verbrugge M, Morris M. Pilot trial of ofsublingual immunotherapy in mite-sensitive Allergy 66:740-52, FL);54(SLIT). Riverdale Veterinary Dermatology NJ); College Veterinary Medicine, Texas Pajno GB, Caminiti L, Vita2011. D,(Riverdale, et al. Sublingual immunotherapy in mite-sensitized children with 3 A&M University (College Station, TX). atopic dogs (abstract). Proceedings, Veterinary Dermatology Forum, Portland, Cadario G, Galluccio AG, Pezzadouble-blind, M, North et al. American Sublingual immunotherapy inClin patients with atopic dermatitis: a randomized, placebo-controlled study.efficacy J Allergy Immunol bAllergychoices Inc., La Crosse, WI USA OR, April 2010. and house dust mite sensitivity: a prospective study. Curr Med Res Opin atopic dermatitis aThe 4
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49% RESPONSE
120:164-70, 2007.
DeBoer DJ, Verbrugge M,SR, Morris Changesimmunotherapy: in mite-specific IgEAllergy and IgG levels during 23:2503-6, 2007. PJ,DJ, Cox LS, Dunham et M. al.M.Sublingual World DeBoer Verbrugge M, Morris Pilot trial of sublingual immunotherapy in mite-sensitive 4 sublingual immunotherapy (SLIT) in Sublingual dust mite-sensitive dogs with atopic dermatitis (abstract). Pajno dogs GB, Caminiti VitaWorld D, etAllergy al. immunotherapy in mite-sensitized children with Organization Position Paper L, 2009. Organization Journal 2:233-81, 2009 atopic (abstract). Proceedings, North American Veterinary Dermatology Forum, Portland, 2Radulovic S, WilsonEuropean D,aCalderon M, et al. reviews of sublingual immunotherapy Proceedings, Society ofSystemic Veterinary Dermatology/European atopic dermatitis: randomized, double-blind, placebo-controlled study. JCollege Allergy of ClinVeterinary Immunol OR, April 2010. (SLIT). Allergy 66:740-52, 2011.Firenze, Italy, September 2010. Dermatology Meeting, 120:164-70, 2007. 6 DeBoer DJ, Verbrugge M,etMorris M. Changes in mite-specific IgE and 3Cadario G, Galluccio AG, Pezza M, al. Sublingual immunotherapy efficacy in patients with IgG levels during 5DeBoer DJ, Verbrugge M, (SLIT) Morris M.dust Pilot trial of sublingual immunotherapy in mite-sensitive sublingual in dermatitis (abstract). atopic dermatitisimmunotherapy and house dust mite sensitivity: a mite-sensitive prospective study.dogs Curr with Med atopic Res Opin FUNDING and DISCLOSURES atopic dogs (abstract). North American Veterinary Dermatology Forum, Portland, 23:2503-6, 2007. Proceedings, EuropeanProceedings, Society of Veterinary Dermatology/European College of Veterinary 4Pajno OR, April 2010. GB, Caminiti L, Vita D, et al. Sublingual immunotherapy in mite-sensitized children with Dermatology Meeting, Firenze, Italy, September 2010. materials were provided by Allergychoices, Inc. M. Morris is an owner 6Treatment atopic dermatitis: a randomized, J Allergy ClinIgE Immunol DeBoer DJ, Verbruggedouble-blind, M, Morrisplacebo-controlled M. Changes instudy. mite-specific and IgG levels during of Allergychoices, Inc.,(SLIT) and in has licensed to Heska Corporation the exclusive 120:164-70, 2007. sublingual immunotherapy dust mite-sensitive dogs with atopic dermatitis (abstract). and DISCLOSURES 5DeBoer DJ, Verbrugge M, Morris M. FUNDING Pilotdistribute trial of sublingual immunotherapy in mite-sensitive rights to manufacture and the Dermatology/European sublingual immunotherapy Proceedings, European Society of Veterinary Collegeformulation of Veterinary atopic dogs (abstract). Proceedings, North American Veterinary Dermatology Forum, Portland, described in this study, under the trade name Allercept® Therapy Drops. D. Treatment materials were provided by Allergychoices, Inc. M. Morris is an owner Dermatology Meeting, Firenze, Italy, September 2010. OR, April 2010. 6DeBoer DeBoer is currently a consultant for Heska to Corporation, but during was not the of Allergychoices, Inc., has in licensed Heska the during exclusive DJ, Verbrugge M, Morris M.and Changes mite-specific IgE and IgGCorporation levels FUNDING and DISCLOSURES sublingual immunotherapy (SLIT) in dust mite-sensitive dogs with atopic dermatitis (abstract). time this was conducted. rights to study manufacture and distribute the sublingual immunotherapy formulation Proceedings, European Society of Veterinary Dermatology/European College of Veterinary described in Firenze, this study, under the trade name Allercept® Therapy D. Treatment materials were provided Allergychoices, Inc. M. Morris isDrops. an owner Dermatology Meeting, Italy, September 2010.by 6
1Bousquet 5
DeBoer is currentlyInc., a consultant Heska to Corporation, but was not the of Allergychoices, and has for licensed Heska Corporation the during exclusive FUNDING and DISCLOSURES time this was conducted. rights to study manufacture and distribute the sublingual immunotherapy formulation D. the
Treatment materials were provided by Allergychoices, Inc. M. Morris is an owner described in this study, under the trade name Allercept® Therapy Drops. of Allergychoices, Inc., and has licensed to Heska Corporation the exclusive DeBoer is currently a consultant for Heska Corporation, but was not during rights to manufacture and distribute the sublingual immunotherapy formulation time this study wasunder conducted. described in this study, the trade name Allercept® Therapy Drops. D. DeBoer is currently a consultant for Heska Corporation, but was not during the time this study was conducted.
ALERGOLOGIA MATÉRIA DE CAPA
A IMUNOTERAPIA COMO SOLUÇÃO PARA OS CASOS DE DERMATITE ATÓPICA CANINA (DAC)
INTRODUÇÃO
A Dermatite Atópica Canina (DAC) é uma dermatose inflamatória e pruriginosa de origem genética, e de alta incidência. Sua fisiopatologia é considerada complexa e envolve vários fatores de natureza imunológica e não imunológica. Acredita-se que mutações genéticas conduzam a distúrbios de função da barreira tegumentar, a defeitos na resposta imune antimicrobiana e a hiperreatividade cutânea a aeroalérgenos, antígenos microbianos, irritantes e trofoalérgenos. Sua prevalência tem sido estimada em 10 a 20% da população canina. Apesar do fato da DAC ser comum, a compreensão da sua patogênese e opções de tratamento ainda é limitada. As reações alérgicas típicas são, predominantemente, aquelas que envolvem predisposição genética, produção de anticorpos reagentes, além da degranulação de mastócitos. São reações que geralmente se iniciam após o segundo contato com o antígeno, sendo também chamadas de reações imediatas (figura 1). A DAC envolve este tipo de reação, que é mediada principalmente pela IgE. Uma vez feito o contato com o alérgeno, as células de Langerhans entram em contato com este e os linfócitos T auxiliares são requisitados para fazerem a apresentação do antígeno aos linfócitos B. Estes produzem anticorpos IgE alérgeno-específicos e células de memória. Os anticorpos IgE se ligam
aos mastócitos e basófilos teciduais, o que resulta em degranulação e liberação de mediadores inflamatórios pré-formados, além da estimulação da cascata do ácido aracdônico. Esses mediadores pré-formados são: histamina, heparina, serotonina, cininogenase, proteases neutras, fator quimiotático eosinofílico da anafilaxia, fator quimiotático do neutrófilo, fator ativador das plaquetas e todos os derivados do ácido aracdônico.
Figura 1: Cascata de resposta alérgica. – Fonte: (1)
Atualmente, os ensaios científicos remetem a especulações de que diferentes formas de IgE possuam diferentes potenciais patogênicos e que há mecanismos adicionais podendo exercer papéis decisivos na patogenia da dermatite atópica canina. CARACTERÍSTICAS DA DAC Devido ao seu caráter genético, esta é uma doença que na maioria das vezes não tem cura, apenas controle. O tratamento em geral é vitalício. Assim sendo, algumas drogas utilizadas, a exemplo dos corticosteróides, po-
dem causar efeitos colaterais que, em longo prazo, são capazes de diminuir a qualidade de vida do animal. Os sinais clínicos iniciais podem manifestar-se em determinada época do ano, dividindo a DAC em sazonal e não sazonal. Eventualmente, alguns pacientes desenvolvem a forma de atopia não sazonal, na qual o prurido ocorre durante todo o ano, porém, há agravamento dos sinais nos meses mais quentes. Nesses pacientes a doença tende a se tornar mais crônica. A idade em que os sinais clínicos se iniciam varia de seis meses a sete anos, sendo que, cerca de 70% dos cães desenvolvem o problema entre 1 e 3 anos de idade. Entretanto, Shar Peis, Akitas e Golden Retrievers podem ocasionalmente apresentar atopia antes dos 6 meses de idade. O sinal clínico inicial da DAC é prurido em áreas sem lesão visível ou com máculas eritematosas. Pode ser localizado ou generalizado. O primeiro ocorre principalmente na face, pavilhão auricular, extremidades distais dos membros, axilas e região inguinal. O segundo é relatado em cerca de 40% dos cães atópicos. Em virtude do prurido, pode-se observar também lambedura dos membros, atrito da face contra o chão, lesões axilares, entre outros. Estas manifestações contribuem para o desenvolvimento de infecções e podem originar lesões secundárias como alopecia focal ou difusa, pústulas, máculas, edema, liquenificação, hiperpigmentação
Fonte: http://wallpicshd.com/wp-content/uploads/2013/04/Dog-Animal-Pictures-Wallpapper-HD-Download.jpg
11
ALERGOLOGIA
e em animais de pelame claro pode ocorrer discromia ferruginosa devido à lambedura excessiva. As lesões crônicas são observadas principalmente nos locais onde há prurido intenso e repetido. Diferente dos outros cães, o Buldog Inglês atópico quase sempre apresenta eritema, edema e lesões cutâneas secundárias, mas pouco ou nenhum prurido. A otite externa e o prurido do pavilhão auricular ocorrem em aproximadamente 86% dos pacientes. Conjuntivite, epífora e blefaroespasmo podem estar presentes em 50% dos casos. Seborréia acentuada é observada em 12 a 23% dos cães atópicos.
Figura 2: Cão atópico com prurido. – Fonte: vettherapy
Alguns cães atópicos desenvolvem sinais não cutâneos, como rinite, catarata, asma, ceratoconjuntivite seca, distúrbios urinários, gastrointestinais e hipersensibilidade hormonal. Cadelas podem apresentar ciclos estrais irregulares, taxa de concepção diminuída e incidência elevada de pseudociese. DIAGNÓSTICO` O plano diagnóstico inicia-se com o intuito de promover o controle em relação aos fatores perpetuantes. Assim sendo, é necessário estabelecer os possíveis diagnósticos diferenciais, baseados na resenha, histórico e sinais clínicos. O diagnóstico definitivo da dermatite atópica geralmente não é dado na primeira consulta. Realizar raspado cutâneo de lugares di-
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Figura 3: Cães atópicos com (a) conjuntivite, (b) alopécia e (c) pústulas. Fonte: eofdreams, dermatopet e web animal
versos para sarna e exame micológico (pesquisa direta e cultura), o controle do ambiente, o uso de rações hipoalergênicas e o controle hormonal e clínico para descarte de patologias como Hiperadrenocorticismo, Hipotireoidismo e Hiperestrogenismo, são imprescindíveis para qualquer paciente portador de dermatopatia, salvo algumas exceções. Após descartar as patologias de ordem hormonal, ectoparasitoses e distúrbios alimentares, é imprescindível que se realize um Teste alérgico. Utiliza-se usualmente o Teste Alérgico baseado em sorologia de IgE por método Elisa. A dosagem de IgE utiliza o soro do animal, onde a reação de Elisa busca anticorpos IgE específicos para cada alérgeno. A superioridade da sorologia em comparação com outros testes alérgicos se deve pela reação de ELISA, que é mensurada por aparelhos calibrados e direcionados APENAS para este fim, garantindo sensibilidade e especificidade (superiores a 93%) infinitamente superior a qualquer método macroscópico, além disto, não existe desconforto para o paciente. Conseguir identificar o alérgeno específico que desencadeia o processo alérgico no animal é essencial para que o Médico Veterinário tenha sucesso no tratamento e na prevenção. Para realizar a análise basta coletar 3mL de sangue total em tubo de tampa VERMELHA e manter refrigerado até o envio ao TECSA. O ideal é interromper o uso de corticóides uma semana antes da coleta, porém o uso deste medicamento não leva a resultados falso-negativos,
mesmo podendo mascarar a intensidade da leitura do ensaio. TRATAMENTO COM IMUNOTERAPIA A partir dos resultados obtidos no teste alérgico sorológico, nós do TECSA disponibilizamos a IMUNOTERAPIA ESPECÍFICA, totalmente personalizada, desenvolvida unicamente para o animal, utilizando proteínas dos alérgenos que se mostraram positivos nos ensaios. O tratamento não é agressivo e muito raramente o animal apresenta algum tipo de reação secundária, ou seja, é uma opção muito melhor do que o uso de corticóides que a médio prazo causam efeitos colaterais irreversíveis.
Figura 4: Vacinas de IMUNOTERAPIA. Fonte: Heska, empresa Suíça parceira do TECSA
O objetivo da IMUNOTERAPIA é dessensibilizar o animal, ensinando o organismo a não montar uma res-
ALERGOLOGIA
posta alérgica contra os alérgenos. As aplicações são fáceis já que são subcutâneas ou orais, com doses crescentes à medida que o protocolo é seguido (fornecemos um modelo de protocolo geral que pode ser utilizado). Sessenta a oitenta por cento dos pacientes que passam pelo tratamento Imunoterápico apresentam melhora dos sintomas em até 6 a 10 meses. As aplicações são para toda a vida do animal, com intervalos de 30 dias em sua fase de manutenção. A imunoterapia alérgeno-específica é um tratamento biológico tipicamente usado para pacientes atópicos, com a finalidade de amenizar os sintomas da doença quando há exposição ao alérgeno. Consiste em administrações subcutâneas de crescentes doses de alérgenos aos quais o animal é sensível. A vantagem da imunoterapia em relação ao tratamento sintomático convencional inclui a baixa freqüência de administração, o baixo risco de efeitos colaterais devido à administração prolongada e o potencial de alterar permanentemente o curso da doença. O objetivo da terapia consiste em aumentar a capacidade do paciente em tolerar os alérgenos ambientais sem sinais clínicos. A imunoterapia permite a redução significativa na terapia farmacológica sintomática e ocasionalmente sua eliminação. Acredita-se que os efeitos benéficos da imunoterapia têm relação com a teoria do anticorpo de bloqueio, que propõe que o paciente responda formando anticorpos específicos. Esses anticorpos circulantes são protetores, por se ligarem aos alérgenos invasores antes que esses atinjam as IgE´s.
Figura 5: Indução de células Th1 e Treg pela imunoterapia específica, com consequente produção de IgG, IgG4 e IgA e inibição de linfócitos Th2. Ag = antígeno; APC = célula apresentadora de antígenos; EO = eosinófilo; IFN = interferon; LB = linfócito B; TGF = fator transformador de crescimento; Th1 = linfócito T helper 1; Th2 = linfócito T helper 2; Tr = célula T reguladora. Fonte: (3)
As reações adversas da imunização são raras, mas podem ocorrer em até 5% dos pacientes e são tratadas de acordo com os sinais. Edema localizado, eritema, dor e prurido podem ser observados no local da injeção. É bem aceito que esse tratamento é eficiente, valioso e relativamente seguro para cães atópicos.
Figura 6: Cão atópico após 6 meses de tratamento com a IMUNOTERAPIA. Fonte: Tecsa laboratórios
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ALERGOLOGIA EXAMES REALIZADOS NO TECSA LABORATÓRIOS MATERIAL Sangue total ou soro Sangue total ou soro Sangue total ou soro Raspado/Pêlos Raspado/Pêlos Raspado/Pêlos/Swab com meio Sangue total ou soro Sangue total ou soro Sangue total ou soro Sangue total ou soro Sangue total ou soro
CÓD/EXAMES 683 / TESTES ALERGICOS TRIAGEM - SCREENING 686 / TESTES ALERGICOS - PAINEL C/ 24 ALERGENOS 685 / TESTES ALERGICOS - PAINEL C/ 36 ALERGENOS 355 / PESQUISA DE SARNA E FUNGOS 60 / PESQUISA DE ECTOPARASITOS 255 / CULTURA DE FUNGOS KITD - KIT DERMATOFITOS VETCHECK 688 / TESTE ALÉRGICO – ALERGIA À Malassezia 684 / TESTE ALÉRGICO – ALERGIA À PICADA (SALIVA) DE PULGA 334 - PERFIL HIPERADRENOCORTICISMO 336 - PERFIL HIPOTIREOIDISMO 702 - PERFIL TRIAGEM HORMONAL FÊMEAS
PRAZO DIAS 2 7 7 1 2 12 3 7 7 3 2 2
Bibliografia • 1. Dermatite atópica canina. Zanon, Jakeline Paola, et al., et al. Out/Dez, Londrina : Semina, 2008, Vol. 29.
• 2. DERMATITE ATÓPICA CANINA: REVISÃO DE LITERATURA E RELATO DE CASO. DALLABONA, ADRIANE CRISTINA. Curitiba : AVS, 2010, Vol. Trabalho apresentado para conclusão do Curso de Medicina Veterinária da Universidade Federal do Paraná. • 3. V., Rita. e-portefoliobio. O lado B, da Biologia. [Online] 8 de Abril de 2011. [Citado em: 23 de Maio de 2014.] http://e-portefoliobio.blogspot.com.br/2011/04/desequilibrios-e-doencas.html.
• 4. Pinchbeck, Dr. Lauren R. Northeast Veterinary Dermatology Specialists. nevetdermatology. [Online] 9 de Setembro de 2013. [Citado em: 23 de Maio de 2014.] http://www.nevetdermatology.com/canine-atopic-dermatitis-treatment/. • 5. Imunoterapia específica em alergia respiratória. Silva, Eduardo Costa de Freitas. Jul/Dez, Rio de Janeiro : HUPE, 2008, Vol. 7.
14
ENDOCRINOLOGIA
DIABETES MELLITUS E INSULINOTERAPIA 1. INTRODUÇÃO O Diabetes Mellitus (DM) é um distúrbio crônico complexo, de alta prevalência na clínica médica de pequenos animais, caracterizado pela hiperglicemia. A alta taxa de glicose plasmática se deve à diminuição da secreção de insulina, da redução da sua efetividade, ou de ambos, resultando em distúrbios metabólicos de proteínas, gorduras e carboidratos. Assim sendo, cães e gatos diabéticos dependem de insulina exógena em doses adequadas para sobreviver. Os felinos apresentam a particularidade de, no início de suas patologias, não necessitarem de aportes de insulina. Nestes casos o tratamento se fundamenta em hipoglicemiantes orais, dieta adequada e atividades físicas. A progressão da doença pode determinar a diminuição da produção de insulina passando a ser imperiosa a insulinoterapia. O controle glicêmico baseado na insulinoterapia intensiva é o principal objetivo no tratamento dos pacientes, retardando as complicações do diabetes. Inúmeras são as apresentações comerciais da insulina assim como são inúmeros os protocolos de tratamento, que se fundamentam na curva glicêmica de 24 horas. Entretanto o sucesso do tratamento é extremamente influenciado pela cooperação e dedicação dos proprietários e do acompanhamento veterinário O tratamento inicial (seis primeiros meses) é de fundamental importância para a manutenção da vida dos animais acometidos, visto que 50% dos cães diabéticos morrem entre 4 e 9 meses após o diagnóstico. As principais causas dos óbitos são a cetoacidose severa, doenças intercorrentes
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(pancreatite, insuficiência renal) e inadequação do tratamento. 2. INSULINOTERAPIA Ao se iniciar um tratamento baseado na insulina, o veterinário deverá fazer algumas escolhas que influenciarão no sucesso da terapia. A primeira escolha a ser feita é pelo momento de início do tratamento, e se seguirão decisões sobre a escolha da insulina, qual dose deve ser ministrada para início e manutenção do paciente, além da frequência de aplicação. Tomadas todas estas decisões, o ideal é que a insulinoterapia se inicie em ambiente hospitalar, com monitoramento da glicemia nas primeiras 12 a 24 horas, para evitar a hipoglicemia e consequentemente as suas complicações. A insulina passou por avanços nos últimos tempos. A purificação e cristalização, obtenção de preparados de origens suína e bovina, uso da tecnologia do DNA recombinante para produção de insulina humana e produção de análogos das insulinas humanas possibilitou escolhas clínicas mais precisas e determinou a necessidade de classificação destes produtos. O controle de absorção da maioria das preparações insulínicas se dá por meio da regulação do tamanho de seus cristais, mas outros compostos estão sendo incorporados ao terapêutico para modular sua absorção.
Figura 1: Insulina administrada em cão com diabetes. Fonte: (1)
As apresentações comerciais da insulina estão disponíveis nas concentrações de 40, 100 e 500UI/mL, sendo designadas como U-40, U-100 e U-500, respectivamente. As insulinas utilizadas atualmente na medicina veterinária são: 2.1. Insulina de ação rápida Os análogos à insulina de ação rápida (lispro, aspart e glulisina) são utilizados para aplicações pós-prandiais em humanos. Apresentam grande absorção, altos picos de concentração plasmática 2.2. Insulina de ação curta A insulina de curta ação é caracterizada pelo início rápido e curta duração de sua ação 2.2.1. Insulina Regular A insulina regular, tipo recombinante humano possui alta potência e por isso tem seu uso restrito ao ambiente hospitalar nos pacientes que apresentam cetoacidose diabética. O acompanhamento da glicemia é de fundamental importância e visa evitar a hipoglicemia aguda. Quando aplicada por via endovenosa apresenta ação imediata e término do efeito em meia hora. Também se observa rápido início de ação quando a via intramuscular é a escolhida, entretanto o efeito pode durar até 8 horas. O término da ação deste tipo de insulina ocorre pela sua depuração e a restauração da glicemia basal resulta da ação de glucagon, epinefrina, norepinefrina, cortisol e hormônio do crescimento. 2.3. Insulina de ação intermediária Apresentam formulações que de-
ENDOCRINOLOGIA
terminam uma liberação mais gradual quando aplicadas por via subcutânea, estendendo o período de ação. As preparações mais utilizadas são a Insulina com Protamina Neutra de Hagedon (NPH), a Insulina e mais recentemente lançada no Brasil uma formulação bifásica específica para cães, de origem suína, a Caninsulin® (Intervet). 2.3.1. Insulina NPH O início de ação ocorre mais lentamente se comparada à insulina de ação curta, cerca de 60-120 min. e o pico é alcançado em 6-12 h, com duração de efeito de 18-24 h. Geralmente é necessário administrá-la duas vezes ao dia e a dose inicial é de 0,51,0 UI/kg por via subcutânea. 2.3.2. Insulina Lenta A insulina lenta é caracterizada por sua ação intermediária, obtida pela ação de substâncias que retardam sua absorção pelo organismo. 2.3.3. Insulina mista de ação intermediária A insulina de origem suína é específica para cães, visto que a sua sequência de aminoácidos é idêntica à canina. O que determina sua absorção inicialmente rápida e absorção lenta é a sua composição dupla. O início de ação ocorre rapidamente (30-60 min.), alcançando pico em 2-4 h, com duração de efeito entre 10-12 h. A dose inicial indicada é de 0,5 UI/kg. Alguns cães conseguem estabilizar a glicemia recebendo uma dose por dia, outros requerem duas aplicações ao dia. 2.4.Insulinas de ação longa Como o próprio nome referencia, as insulinas de ação longa apresentam pico de ação prolongado e início de ação mais lento, devido ao maior tamanho dos seus cristais, dificultan-
do a absorção. Assim proporcionam uma concentração basal baixa de insulina durante todo o dia. 2.4.1. Insulina Ultralenta O início do efeito da insulina ultralenta é mais tardio quando comparada com as demais, cerca de 2 a 5 horas, enquanto o pico se dá entre 5-24 horas e a duração entre 18-24 horas. São necessários vários dias de tratamento para a determinação da melhor dose visto que sua meia-vida é longa. Sugere-se iniciar o tratamento com 0,5 UI/kg, administrado 1 ou 2 vezes ao dia. Como acontece com as outras apresentações de insulina, o ajuste da dose deve ser feito baseado com o acompanhamento da glicemia em jejum. 3. CUIDADOS NA APLICAÇÃO Cabe ao médico veterinário o papel de ensinar ao proprietário todos os passos desde a preparação da injeção da insulina, passando pelo armazenamento, escolha da seringa e cuidados com assepsia. Os frascos de insulina que estiverem em uso não necessitam de refrigeração e podem ser mantidos assim por um mês. Quando guardada em geladeira, depois de aberta se conserva ainda por três meses. Entretanto a aplicação de uma solução gelada pode ser extremamente incômoda. A observação com a escolha da seringa é de fundamental importância para o sucesso da terapia. Existem três modelos com diferentes capacidades: 0,3, 0,5 e 1,0mL. As insulinas para uso humano são comercializadas em concentrações de 100 unidades por ml enquanto a Caninsulin® é apresentada em 40U/mL. Outro fator que deve ser observado é o comprimento da agulha, sendo recomendada aquela de comprimento mais curto (8mm). As seringas são destinadas a uso único e posteriormente descartadas.
A reutilização potencializa o risco de infecções bacterianas além de diminuir o poder de corte da agulha, fato que torna o procedimento mais doloroso. As preparações insulínicas são soluções que necessitam uma perfeita homogeneização, que deve ser feita de forma cuidadosa e delicada até que o aspecto se torne homogêneo. Antes de se fazer a aspiração da insulina, a rolha de borracha deve ser limpa com um algodão embebido em álcool e a sua completa evaporação deve ser aguardada. O preenchimento do corpo da seringa deve ser feito sem a presença de bolhas. Recomenda-se a determinação de uma pessoa para efetuar o procedimento diariamente. Tal fato impede as possíveis “aplicações repetidas” decorrentes da falta de comunicação entre os membros da família. As doses de insulina variam em função da apresentação escolhida. Ajustes devem ser feitos de acordo com horários de alimentação e correção dos efeitos secundários da diabetes, como a poliúria/polidipsia, manutenção do peso corpóreo. Além disso, deve-se fazer um rigoroso acompanhamento da glicemia. A reavaliação clínica periódica deve ser feita e o proprietário deve ser instruído a monitorar os efeitos da insulina, observando apetite, atitude, condição corporal, polidipsia e poliúria, que devem ser associados ao requerimento energético, urinálise e glicemia em jejum. Todos estes parâmetros permitirão o ajustamento da dose de insulina pelo veterinário. 4. AVALIAÇÃO DA EFICIÊNCIA DA INSULINOTERAPIA Avaliações seriadas da glicemia são parâmetros para observar a evolução do paciente quanto à resposta à insulina. Em ambiente hospitalar a alimentação deve ser seguida da administração de insulina, mensurando-se a glicemia duas horas após a alimentação.
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ENDOCRINOLOGIA
A mensuração glicêmica é necessária para que se possa elaborar a curva glicêmica do paciente. A curva deve ser feita seguindo os seguintes procedimentos: 1) coletar a amostra sanguínea inicial; 2) oferecer quantidade e tipo normais de alimento ao cão; 3) alimentar e administrar a insulina nos horários de costume e; 4) coletar amostras sanguíneas seriadas em intervalos de 2h por 24h em animais que recebam uma dose por dia, ou 2h por 12 em animais que recebam duas doses por dia. A insulinoterapia também pode ser avaliada mensurando-se a concentração sérica de frutosamina ou hemoglobina glicosilada. A meia-vida da hemoglobina glicolisada A1c é de cerca de 120 dias e sua
Figura 2: Animal diabético apresenta poliúria e polidpsia. Fonte: (2)
quantidade é proporcional à concentração de glicose e ao tempo de exposição da proteína à glicose. Portanto, a concentração de hemoglobina A1c na circulação reflete a gravidade do estado glicêmico ao longo de um período extenso (4 a 12 semanas) antes da coleta da amostra. Uma elevação da hemoglobina A1c de 5 para 10% sugere uma duplicação prolongada da concentração média de glicose no sangue. A frutosamina sérica é constituída por uma glicosilação de proteínas séricas de sobrevida curta, como a albumina. Devido à expectativa de vida mais curta da albumina em comparação com a hemoglobina, as concentrações de frutosamina refletem alterações mais recentes (1-3 semanas) na concentração sérica de glicose. Concentrações das proteínas glicosiladas que se situam dentro dos limites da variação de referência indicam controle diabético bom a excelente, enquanto níveis ligeiramente aumentados indicam controle razoável a bom e níveis muito altos indicam controle glicêmico ruim. Com o objetivo de auxiliar o clínico em suas decisões, o TECSA Laboratórios disponibiliza uma série de perfis facilitadores, que são pacotes compostos por todos os exames necessários para o mais preciso diagnóstico. No caso do paciente diabético, seja no diagnóstico ou na avaliação do tratamento recomendado, o veterinário
pode solicitar o perfil glicêmico que é composto pelas mensurações da glicemia de jejum, glicohemoglobina, frutosamina e insulina. Ao optar por este pacote diagnóstico o veterinário deve solicitar que o proprietário realize um jejum de pelo menos oito horas em seu animal. A coleta deve ser feita em três tubos diferentes, nas cores vermelha de onde será separado o soro para a quantificação da frutosamina e de insulina; cor roxa (EDTA) para dosar a glicohemoglobina; e na cor cinza (fluoreto) para determinação da glicemia. Para o paciente diabético, outra excelente ferramenta diagnóstica é a realização da curva glicêmica que permite avaliar o efeito da insulina sobre a glicemia, permitindo identificar falhas que provoquem hipo ou hiperglicemia, sendo uma ferramenta fundamental no ajuste das dosagens de insulina. Este exame é realizado com a coleta de seis amostras com intervalos de duas horas entre cada uma. O tubo recomendado é o de cor cinza (fluoreto). 5. Conclusão O sucesso do tratamento é um resultado diagnóstico bem consolidado e o acompanhamento do paciente. Os parâmetros laboratoriais permitirão a escolha da melhor apresentação da insulina, assim como ajustes nas doses, resultando em melhor condição de vida do animal.
EXAMES REALIZADOS NO TECSA LABORATÓRIOS MATERIAL COD/EXAMES Animal em jejum de 8hs. Enviar soro ou sangue em tubo tampa vermelha (2ml); Santue total em tubo tampa roxa (2ml); sangue 581 / PERFIL GLICÊMICO em tubo tampa cinza (2ml). Sangue total 2,0 ml coletado em tubo com EDTA (tampa roxa) 277 / GLICOHEMOGLOBINA - HEMOGLOBINA GLICOSILADA Sangue total 2,0 mL em tubo de tampa cinza/preta (fluoreto de sódio) 105 / GLICOSE - GLICEMIA
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PRAZO DIAS 1 Dia 2 Dias 1 Dia
BIOLOGIA MOLECULAR
GASTROENTERITES: PARVOVIROSE E CORONAVIROSE EM CÃES E GATOS INTRODUÇÃO: A parvovirose e a coronavirose são duas doenças infecciosas causadas por vírus mais comuns e conhecidas que afetam cães e gatos. Podem apresentar alta mortalidade, cerca de 80%, acometendo principalmente animais jovens e/ ou animais debilitados. A sintomatologia clínica é apresentada principalmente pela forma entérica e é bastante semelhante nestas duas doenças e, por serem facilmente transmissíveis, é de extrema importância realizar um rápido diagnóstico para que as medidas de combate, controle e prevenção sejam tomadas. PARVOVIROSE: Doença causada por um parvovírus (no caso do cão é o Parvovírus canino e no caso de gatos é o P. felino) de curso agudo já que o período de incubação varia de 1 a 3 dias pós primeiro contato com o agente. No caso dos gatos a doença é conhecida como Panleucopenia felina. Manifesta-se de duas formas, que são a forma entérica e a forma miocárdica. A forma entérica é mais freqüentemente reconhecida, por mostrar sinais evidentes. A forma miocárdica é geralmente diagnosticada no post-mortem (necropsia), pois a maioria dos animais morre subitamente sem mostrar sinais clínicos. É importante ressaltar que o desenvolvimento da doença está ligado a diversos fatores (carga antigênica muito alta acima da capacidade de defesa do organismo, baixa imunidade, condição corporal ruim, dentre outras). A vacina é o melhor método de prevenção da doença, pois estimula o sistema imune do animal a desenvolver proteção, mas, se o animal não estiver em perfeitas condições ou por qualquer motivo não desenvolver a resposta (produção de imunoglobulinas), ele poderá desenvolver sinais clínicos da doença.
PATOGENIA E SINAIS CLÍNICOS: Após o contato/ingestão com contaminados com o vírus, este ganha a corrente circulatória (fase de viremia) e invade vários tecidos, incluindo o timo, o baço, os linfonodos, a medula óssea, os pulmões, o miocárdio e finalmente o jejuno distal e o íleo, onde ele continua a se replicar. A replicação causa a necrose das criptas do epitélio do intestino delgado, com eventual destruição das vilosidades. Há morte das células e descamação da mucosa intestinal ocasionando uma queda na absorção e digestão dos alimentos causando diarréia nos animais que, na maioria das vezes, é sanguinolenta. Durante a fase virêmica há uma profunda leucopenia, especialmente linfopenia. No entanto, a leucopenia se transforma rapidamente em leucocitose devido à infecção secundária por bactérias à medida que os sinais clínicos se tornam mais evidentes. Outros sinais clínicos presentes são: elevação da temperatura corporal, vômito, perda de apetite, prostração e desitradatção. Nos casos em que há co-infecção por parvo e coronavírus os sintomas são mais severos ainda. Já a forma miocárdica se manifesta mais em filhotes e raramente em cães adultos. Cães que se recuperam da forma entérica podem ser afetados mais tarde, durante a vida, pela forma miocárdica. Os sinais clínicos são devidos a ataque do miocárdio pelo vírus e subseqüente degeneração e inflamação do músculo cardíaco. CORONAVIROSE: Doença causada por um vírus da família coronaviridae que também infecta cães e gatos. No caso dos gatos a doença é conhecida com Peritonite Infeccio-
sa Felina. Assim como a parvovirose, a forma de contaminação também é principalmente pelo contato com fezes contaminadas. O curso da doença também é agudo, daí a importância de realizar exames laboratoriais com o intuito de identificar o agente já que a sintomatologia clínica é semelhante à parvovirose. PATOGENIA E SINAIS CLÍNICOS: Assim como o vírus da parvovirose, o coronavírus também tem predileção pelo trato intestinal e raramente espalha por outros órgãos. Ocorre destruição das vilosidades intestinais seguida da descamação do epitélio intestinal levando a uma diminuição na absorção
Figura 1: Diarreia sanguinolenta. Fonte: (1)
e digestão dos alimentos. A sintomatologia clínica é idêntica à parvovirose. Diarréia (que pode ser sanguinolenta), vômito, febre, letargia, desidratação e emagrecimento são os mais comuns e a manifestação também vai depender dos fatores já citados. DIAGNÓSTICO LABORATORIAL: O diagnóstico clínico é sugestivo, mas deve sempre ser diferenciado de gastroenterites bacterianas como a salmonelose e de outras gastroenterites virais como a cinomose. Os achados de 19
BIOLOGIA MOLECULAR
hemograma mais freqüente são leucopenia com neutropenia. O diagnóstico Laboratoial se dá pela detecção precoce de vírus em fezes, inclusive antes da aparição de sintomas. Este exame não detecta antígenos de origem vacinal e não ocorrem reações cruzadas com parasitas da cinomose, hepatite infecciosa, parainfluenza e parasitas intestinais. Os testes sorológicos de Hemoaglutinação e Imunocromatografia servem para detecção de anticorpos IgG e IgM dos agentes causadores da patogenia. Além desses exames, há também a PCR, que vem sendo utilizada como método eficaz para o diagnóstico de inúmeras doenças de etiologia viral.
Figura 2: Gastrite catarral aguda em cão com parvovirose. É observada muita congestão e líquido rico em muco. Fonte: (2)
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O que é PCR Real Time? Também conhecida como “PCR em Tempo Real”, é uma avançada e moderna tecnologia de diagnóstico molecular que aprimora e substitui o PCR convencional. Seu avanço está baseado na amplificação e quantificação simultânea de fragmentos de DNA do agente patogênico alvo, presente na amostra testada.
BIOLOGIA MOLECULAR
Referências: 1. Clinical Signs of Parvo Virus Infection. Best Vet Store. [Online] 12 de Agosto de 2008. [Citado em: 16 de Maio de 2014.] http://www.bestvetstore.com/ clinical-signs-of-parvo-virus-infection/. 2. Anatomia Patológica Veterinária. Faculdade de Medicina Veterinária. [Online] Universidade Técnica de Lisboa, 2001. [Citado em: 16 de Maio de 2014.] http://www.fmv.utl.pt/atlas/digest/paginas_pt/ digest_058.htm.
Figura 3: Aglomerado de partículas do Parvovirus canino. Fonte: (1)
3. Canine Parvovirus. The Science Picture Company. [Online] 2012. [Citado em: 16 de Maio de 2014.] http://www.sciencepicturecompany.com/ images/3617/Canine-Parvovirus.html.
EXAMES REALIZADOS NO TECSA LABORATÓRIOS MATERIAL Sangue total (2,0mL) colhido em tubo de tampa roxa (EDTA) Fezes frescas sem conservantes Sangue total (2,0mL) colhido em tubo de tampa vermelha Sangue total (2,0mL) colhido em tubo de tampa vermelha Coletar sangue total 0,5 mL em tubo de tampa roxa ou Fezes frescas (sem conservantes) Coletar sangue total 0,5 mL em tubo de tampa roxa ou Fezes frescas (sem conservantes) Sangue total (2,0mL) colhido em tubo de tampa vermelha Fezes frescas Sangue total colhido em tubo de tampa cinza e em tubo de tampa vermelha
COD/EXAMES PRAZO DIAS 39 / HEMOGRAMA COMPLETO - PET E ANIMAIS SILVESTRES 0 671 / PARVOVIRUS + CORONAVIRUS CANINO 1 670 / CINOMOSE + PARVOVIROSE -IGG MÉTODO: IMUNOCROMATOGRAFIA 1 239 / CINOMOSE + PARVOVIROSE - IGM - MÉTODO: IMUNOCROMATOGRAFIA 1 781 / PARVOVIRUS CANINO - MÉTODO PCR REAL TIME 7 QUANTITATIVO 732 / PARVOVÍRUS CANINO - MÉTODO PCR REAL TIME 7 QUALITATIVO 2 310 / PARVOVIROSE (CANÍDEOS) - MÉTODO: ELISA 1 538 / PARVOVIROSE - PESQUISA DO ANTÍGENO VIRAL 1 570 / PERFIL CHECK UP GLOBAL DE FUNÇÕES
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HEMATOLOGIA
Anemia Hemolítica em cães e gatos
DICAS DO LABORATÓRIO
DR. LUIZ EDUARDO RISTOW tecsa@tecsa.com.br MV, Mestre em Medicina Veterinária UFMG CRMV-SP 5540 V CRMV-MG 3708
Anemia Hemolítica em cães e gatos
Introdução A anemia é definida como uma alteração dos componentes da série vermelha do sangue caracterizada pela diminuição de eritrócitos, concentração de hemoglobina e/ou hematócrito em relação aos valores de referência para a idade e espécie animal. Constitui-se raramente em uma doença primária e geralmente é o resultado de um processo (doença) generalizado. Sendo assim, é necessário que se conheça a causa da anemia para que o tratamento racional seja empregado, pois ele não é direcionado por si só para a anemia, exceto como uma medida de emergência. Hemólise A hemólise é o processo normal de destruição dos eritrócitos velhos pelas células do sistema monocítico-fagocitário (SMF). Eventualmente, pode haver um aumento da taxa de hemólise atingindo inclusive os eritrócitos normais e resultando numa anemia hemolítica. A anemia por destruição acelerada dos eritrócitos, pode ser causada por hemólise intra ou extravascular (fagocitose). A hemólise intravascular pode ser causada por bactérias como Clostridium perfringens tipo A ou C, Clostridium hemolyticum, Leptospira sp; produtos químicos como a fenotiazina, cebola, azul de metileno, cobre. Já a hemólise imunomediada, pode ser causada por transfusão incompatível ou isoeritrólise neonatal. A hemólise extravascular é causada por parasitas de eritrócitos como por exemplo, Mycoplasma Mycoplasma haemofelis, haemofelis, Anaplasma sp, sp, Eperythrozoon Eperythozooon sp; imunomediada, como AHAI (Anemia Hemolítica Auto-Imune), lupus eritematoso, anemia infecciosa eqüina e defeitos eritrocíticos intrínsecos como deficiência da enzima piruvato quinase. As anemias hemolíticas são normalmente refletidas por uma reticulocitose que varia de moderada a acentuada e parâmetros eritrocitários que vão de macrocítico e normocrômico a macrocítico e hipocrômico. Devese sempre lembrar que são necessários vários dias para que estes índices se tornem alterados e aparentes. Podemos classificar as anemias regenerativas hemolíticas conforme a sua causa em: anemias de origem parasitária, tóxica e por distúrbios imunológicos. Anemias Hemolíticas de origem Parasitária Alguns microorganismos parasitam diretamente as hemácias podendo resultar em hemólise intravascular ou extravascular. Hemoparasitas como a Babesia são os causadores da Babesiose Canina, que é um pro-
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tozoário intracelular (Babesia canis - transmitida por carrapatos), tendo-se no início uma hemólise intravascular, com aparecimento de icterícia, embora isso não seja uma constante. Outros sintomas são febre, hemoglobinemia e esplenomegalia. As alterações laboratoriais mais importantes são anemia regenerativa, trombocitopenia, leucocitose no pico da hemólise (não muito intensa), linfocitose na fase de recuperação, hemoglobinúria, bilirrubinúria, proteinúria , cilindrúria e alterações bioquímicas inespecíficas. Hemobartonelose é uma parasitemia de gatos e cães causada por ricketsias denominadas de Mycoplasma haemofelis e Mycoplasma haemocanis, localizadas na periferia dos eritrócitos. Os principais sintomas são febre, icterícia, esplenomegalia, hepatomegalia, prostação, anorexia e petéquias. As alterações laboratoriais encontradas são: anemia regenerativa macrocítica hipocrômica, leucocitose com eosinofilia, trombocitopenia e proteinúria na urinálise. Anemia Hemolítica tóxica Anemia hemolítica por corpúsculo de Heinz pode ocorrer em cães e gatos. São compostos oxidantes presentes na circulação que podem reagir na hemoglobina em dois pontos: no radical sulfidril dos aminoácidos da globina e em parte da molécula de ferro. A oxidação da hemoglobina leva à precipitação e à formação do corpúsculo. Muitos casos de anemia hemolítica por corpúsculo de Heinz são resultantes da ingestão de substância oxidantes como cebola, ou da ação de drogas oxidantes como a acetaminofen. A Cebola e o alho contêm dissulfeto de alilpropila e alicina respectivamente, que causam a formação de corpúsculos de Heinz e anemia hemolítica. Os princípios tóxicos destes alimentos são oxidantes e acumulam-se nas hemácias, ocasionando a desnaturação da hemoglobina e formação dos corpúsculos. Há então a perda da capacidade de deformação das hemácias, havendo sua retenção nos capilares e subsequente fagocitose. Anemias Hemolíticas causadas por disfunção do sistema imunológico A anemia hemolítica imunomediada (AHIM) é uma conseqüência do aumento da destruição de hemácias, como resultado da ação de anticorpos contra estas ou da adesão de complexos imunes a ela. Uma forma de anemia hemolítica imunomediada que acomete animais recém nascidos é a isoeritrólise neonatal. A anemia hemolítica auto-imune é con-
siderada uma das causas mais freqüentes de doença hemolítica em cães, mas é descrita com uma frequência muito menor em gatos. Pode ocorrer como um evento idiopático ou ser secundária a uma variedade de desordens infecciosas, neoplásicas entre outras. Os fármacos mais incriminados são o levamizol em cães e o propiltiouracil em gatos. Distinguir entre AHIM primária e secundária é crucial para um tratamento efetivo. A doença primária requer terapia imunossupressora agressiva. A AHIM secundária raramente responde bem sem que a causa primária seja eliminada e em alguns casos, pode piorar com terapia imunossupressora. Não há achados patognomônicos para a AHIM mas, sabe-se que anemia com hematócrito inferior a 25%, presença de hemoglobinúria e/ou bilirrubinúria, reticulocitose, auto-aglutinação, esferócitos e uma resposta apropriada a terapia imunossupressora, confirmam o diagnóstico de AHIM primária. Dica baseada no texto de João Leite, Luciana Carvalho e Patrícia Pereira, em Semina, 2011 e Priscila Solato et al, em Revista Científica Eletrônica de M.V., 2008
CÓD
EXAMES RECOMENDADOS
PRAZO DIAS
39
Hemograma Completo Material: Sangue em EDTA
1
666/ 667
Pesquisa de deErlichia Erlichia--IGM IGG (666) e IGM Pesquisa Método RIFI Pesquisa de Erlichia - IGG (66) Material:RIFI Soro Método: - Material: Soro
23
632
Babesia - Sorologia IGM Material: Soro
23
327
Babesia - Sorologia IGG Material: Soro
23
667
0
Perfil Doença Transmitida pelo Carrapato 668
Exames: babesia - sorologia IgM, IgG;
23
pesquisa de Erlichia - sorologia IgM, IgG Material: Soro 234
Urina Rotina Material: Urina
11
Anticorpo Anti Nuclear (ANA) 253
Diagnóstico de Lúpus Eritematoso
44
Material: Soro 570
Perfil Check up Global de Funções Material: Soro e sangue em Fluoreto
11
409
Pesquisa de Mycoplasma Haemofelis (antiga Haemobartonella) Material: Sangue em EDTA
12
713
Tipagem de Cães Tipagem Sanguínea Cães Material: Sangue emdeEDTA Material: Sangue em EDTA
11
710
Tipagem Sanguínea de Gatos
1
HEMATOLOGIA
ALTERAÇÕES PLAQUETÁRIAS PARTE I - TROMBOCITOPENIA As plaquetas, também conhecidas como trombócitos, são pequenos fragmentos citoplasmáticos derivados de megacariócitos, sendo produzidas principalmente na medula óssea. Possuem vida-média de 5 dias no cão e 30 h no gato. Sua liberação na circulação ocorre por estímulo da trombopoietina e sua concentração circulante é regulada não pelo número de plaquetas, mas pela massa plaquetária circulante total. FUNÇÃO Seu papel na hemostasia primária é aderir ao colágeno subendotelial exposto após a lesão vascular. Também atua na hemostasia secundária com fatores responsáveis pela estabilização do coágulo. ALTERAÇÕES QUANTITATIVAS TROMBOCITOPENIA: Redução do número de plaquetas por μL de sangue. Constitui-se a causa mais comum de sinais clínicos de sangramento em cães. 1 - Diminuição na produção mielossupressão Fármacos - quimioterápicos, ácido acetil salicílico, paracetamol, estrógeno endógeno/exógeno, furosemida, fenilbutazona, penicilina, estreptomicina, tetraciclinas, griseofulvina, sulfonamidas;
Imuno-mediada - trombocitopenia amegacariocítica; Causas infecciosas - erlichiose crônica, toxinas bacterianas, micotoxinas; Uremia. 2 - Vida-média reduzida e/ou aumento da destruição plaquetária Causas infecciosas; Processos imuno-mediados; Hemorragia aguda e severa; Coagulação Intravascular Disseminada (CID); Alterações funcionais plaquetária adquiridas ou congênitas. 3 - Redução do número de plaquetas Causas tóxicas: fármacos, uremia, bacteremia, micoses, Ofidismo/envenenamento (Bothrops sp. e Crotalus sp); Anemias ferroprivas severas; Hemodiluição: infusão com colóides, cristalóides, plasma; 4 - Distribuição anormal à seqüestro Esplenomegalia; Hipotermia severa; Endotoxemia. 5 - Mecanismos idiopáticos/multifatoriais à diminuição na produção e redução da meia-vida plaquetária. Anafilaxia; Doenças infecciosas: babesiose, cinomose, parvovirose, erlichiose, infecções por FeLV ou FIV, endotoxemia, histoplasmose, leishmaniose ou leptospirose. Neoplasia: carcinomas, sarcomas, linfoma, leucemias. A severidade da trombocitopenia
pode auxiliar no diagnóstico e tratamento. A trombocitopenia leve (100 a 175.000 plaquetas/μL) pode não ser específica para uma doença em particular. Contagens inferiores a 20.000 plaquetas/μL em cães sugerem trombocitopenia imuno-mediada. Sinais clínicos como epistaxe, hematoquesia, melena, hematúria, hematêmese, hemorragia petequial e equimose são mais comuns em trombocitopenias severas (< 20.000 plaquetas/μL). Alguns animais podem não apresentar sinais de sangramento com 10.000 plaquetas/μL, embora outros os apresentem com contagens entre 30.000 e 50.000 plaquetas/μL. Para o diagnóstico laboratorial de possíveis enfermidades relacionadas a alterações plaquetárias, o TECSA Laboratórios disponibiliza exames complementares de grande auxílio no diagnóstico e instituição de protocolos terapêuticos adequados.
Figura 1 - Megacariócito em medula óssea hematógena (HE, 40x) - Fonte: http://www.histologia2.ufba.br/ sangue_mo.html
EXAMES REALIZADOS NO TECSA LABORATÓRIOS MATERIAL Sangue total (2,0mL) colhido em tubo de tampa roxa (EDTA) Sangue total (2,0mL) colhido em tubo de tampa roxa (EDTA) Punção de medula óssea em EDTA + resultado recente de hemograma Sangue total (2,0mL) colhido em tubo de tampa vermelha Sangue total (2,0mL) colhido em tubo de tampa roxa (EDTA)
EXAMES 39 / HEMOGRAMA COMPLETO 43 / CONTAGEM DE PLAQUETAS 132 / MIELOGRAMA 668 / PERFIL DOENÇA TRANSMITIDA PELO CARRAPATO 358 / PESQUISA DE HEMATOZOÁRIOS
PRAZO DIAS 0 Dias 1 Dia 4 Dias 3 Dias 1 Dia
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LEISHMANIOSE VISCERAL CANINA
DIAGNÓSTICO DA LEISHMANIOSE VISCERAL CANINA A Leishmaniose visceral canina é uma doença grave, transmitida por um protozoário que tem o nome científico de Leishmania chagasi (infantum). O seu principal transmissor (vetor) é um inseto (flebotomíneo), da espécie Lutzomyia longipalpis, também conhecido como “mosquito palha”. O contágio em cães ocorre principalmente através da picada do inseto infectado. O diagnóstico da Leishmaniose visceral canina deve ser realizado por um clínico veterinário, que deve considerar três fatores indissociáveis:
laboratoriais estão a sensibilidade e especificidade. A sensibilidade indica a capacidade de um teste de detectar animais positivos enquanto a especificidade é a capacidade do teste detectar animais negativos. MÉTODOS IMUNOLÓGICOS (Detecção indireta do parasita) A detecção no soro de anticorpos específicos contra antígenos do parasita pode ser efetuada, através do Teste rápido, ELISA e RIFI.
ELISA (Enzyme-Linked Immunosorbent Assay) É um teste imunoenzimático indireto que permite a detecção de anticorpos (por exemplo, no soro sanguíneo). Possui média sensibilidade e boa especificidade, utilizado como um dos métodos confirmatórios. Como não indica doença e sim infecção, o médico veterinário deve interpretá-los com base em outros achados clínicos e laboratoriais. RIFI - Reação de Imunofluorescência Indireta
Fonte: http://cdn.mundodastribos.com/610655-Como-proteger-o-cão-da-leishmaniose-2.jpg / Fonte:http://saudefloripa33pj.files.wordpress.com/2010/06/industria-farmaceutica-safada.jpg
o exame epidemiológico, o exame clínico e sempre os exames laboratoriais. A conclusão diagnóstica da leishmaniose, entretanto, deve ser feita unindo-se o exame epidemiológico e clínico aos exames laboratoriais específicos. Estes podem ser feitos com diferentes técnicas, que por sua vez utilizam princípios diversos. Desta forma, há os métodos com princípio direto e indireto. Os métodos diretos permitem observar o próprio agente etiológico (causador da doença). Os métodos indiretos ou imunológicos são os que utilizam reações antígeno x anticorpo para evidenciar a infecção. Dentre os diversos indicadores que servem para avaliar as técnicas
TESTE RÁPIDO –IMUNOCROMATOGRAFIA Detecção de titulação de anticorpos para Leishmania de forma rápida e qualitativa em sangue, soro ou plasma de cães. Método de alta sensibilidade e média especificidade, sugerindo um diagnóstico específico complementar como confirmatório.
Não Reagente
Reagente Fig 1 – Kit teste rápido para leishmaniose Visceral canina
Fig 2 - Representação esquemática do ELISA e sua visualização em placa de microtitulação. N: Reação Negativa; P: Reação Positiva.. Fonte: http://www.cpqam.fiocruz.br/ bibpdf/2005lira-ra.pdf
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LEISHMANIOSE VISCERAL CANINA
Técnica de média sensibilidade e alta especificidade. A reação da imunofluorescência indireta, ou técnica de dupla camada, é realizada por antígenos fixados em uma lâmina, onde se aplica primeiro um anticorpo específico não fluorescente. E por último coloca-se um anticorpo fluorescente com especificidade marcada contra determinantes antigênicos do primeiro anticorpo utilizado para reagir com o antígeno. Esta técnica apresenta como vantagem à possibilidade de se ter uma fluorescência mais evidente, pelo fato do anticorpo fluorescente se ligar apenas aos anticorpos primários. Técnica utilizada para confirmação de sorologia positiva para Leishmaniose Visceral Canina pela sua alta especificidade,entretanto, pode ocorrer reações cruzadas com outros Trypassomatídeos. É uma técnica que permite a quantificação do resultado . Segundo a maioria dos autores podem ser considerados animais positivos para Leishmaniose apenas aqueles com título igual ou superior a 1/160. I M U N O - H I S T O Q U Í M I CA (Detecção direta do parasita) A imuno-histoquímica é uma téc-
cedimentos que utilizam anticorpos (policlonais ou monoclonais) como reagentes de grande especificidade para a detecção de antígenos que marcam estruturas teciduais e celulares. Fornece o diagnóstico definitivo de um processo neoplásico, inflamatório ou degenerativo em que a avaliação histopatológica de rotina (biópsia), com ou sem auxílio de colorações especiais, não consegue definir o caso. DIAGNÓSTICO MOLECULAR PCR- REAL TIME Reação da cadeia polimerase em tempo real
nica de diagnóstico direto de alta especificidade que se baseia em localizar antígenos (proteínas) em tecidos, explorando o princípio da ligação específica de anticorpos x antígenos no tecido biológico. Representa um conjunto de pro-
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Quando solicitar testes moleculares por PCR Real Time na detecção das leishmanioses?
Fig 5 – Amplificação de ciclos em tempo real. Fonte: http:// www.mun.ca/biology/scarr/Principle_of_RT-PCR.html
Fig 4 - Reação de imunohistoquímica mostrando formas amastigotas de Leishmania sp. Fonte: http://www.cve. saude.sp.gov.br/agencia/bepa67_lvasp.htm Fig 3 -Teste de Imunofluorescência Indireta positivo (A) e negativo (B) para LVC. Fonte: http://www.cpqam.fiocruz. br/bibpdf/2005lira-ra.pdf
redução de tempo na realização dos testes moleculares. Especificidade: no PCR Real Time para Leishmania é utilizado material genético específico desse parasita, garantindo que apenas material genético de Leishmania seja alvo da reação. Daí a especificidade de 99,99%.
Quantitativo - Permite o monitoramento da carga parasitária e a quantificação da expressão gênica em diferentes amostras biológicas. Detecção rápida da Leishmania graças à amplificação e à detecção simultânea dos produtos a cada ciclo realizado. A PCR Real Time representa uma significativa
A abordagem quantitativa é uma ferramenta extremamente útil no monitoramento da carga parasitária em tecidos caninos em fase de tratamento e pós-tratamento. Atualmente é o método mais eficaz para diagnosticar a detecção de carga parasitaria para Leishmania pela sua robustez e especificidade. Assim, é possível identificar recidivas da eishmaniose, acompanhar a evolução da patologia e avaliar a eficiência de um tratamento farmacológico. Conseqüentemente, o teste fornece informações para a otimização do tratamento e quanto ao prognóstico da infecção. A escolha de métodos sensíveis somados aos específicos é de suma importância para o diagnóstico da Leishmaniose Visceral Canina e para tomadas de decisões para tratamentos.
PATOLOGIA
COMO COLETAR MATERIAL PARA MIELOGRAMA FINALIDADE A coleta de medula óssea seguida da análise laboratorial é indicada visando o diagnóstico e a obtenção de células pluripotenciais para avaliar com mais acurácia possíveis distúrbios sanguíneos, tais como: - Linfomas; - Leucemias; - Trombocitopenias; - Anemias não regenerativas; - Presença de parasitas, - Acompanhamento de quimioterapias. QUANDO COLETAR Geralmente, é solicitado quando se encontram alterações no hemograma, tais como: - Neutropenia persistente; - Trombocitopenia; - Leucocitose; - Morfologia anormal de células sanguíneas; - Presença inexplicável de células imaturas no sangue; - Anemia arregenerativa, - Combinação dessas enfermidades. Ou ainda para o diagnóstico de: - Mieloma múltiplo; - Leucemias mielóides e linfóides; - Leishmaniose; - Brucelose; - Erliquiose, - Doenças sistêmicas de origem fúngica.
porta-lâmina plástico, bem vedado e protegido de luz direta, e de compressões externas. Obs: As amostras devem ser acompanhadas dos últimos resultados de Hemograma. Caso não tenha resultado de hemograma, favor encaminhar amostra de sangue em tubo com EDTA e solicitar hemograma. MATERIAL PARA COLETA Lista de material para coleta de amostra de medula óssea (figura 1): - Luvas estéreis; - Lidocaina 2% com seringa de 3 ml e agulha 25x7 para bloqueio anestésico; - Bisturi para incisão da pele; - Agulhas de biópsia de medula óssea (figura 2): Rosenthal, Osgood, Jamshid ou hipodérmica 40x12; - Seringas de 10 ml contendo anticoagulante para obtenção do aspirado da medula óssea; - Tubo de coleta com EDTA (tampa roxa); - Lâminas de vidro foscas não lapidadas e limpas, - Placa de Petri.
LOCAL PARA COLETA Em cães e gatos, a medula óssea pode ser obtida na epífise dos ossos longos, regiões do íleo (figura 3A), crista ilíaca, borda acetabular ou esterno. Contudo, em cães de pequeno porte ou gatos, a coleta é facilitada na região trans-ilíaca ou porção proximal do fêmur. Para cães obesos ou musculosos, a porção crânio-lateral da tuberosidade maior do úmero é uma ótima opção para coleta de material (figura 3C).
Figura 3: Obtenção de medula óssea com agulha de Steiss em felino. (A) Agulha introduzida no corpo do íleo; (B) Agulha no trocânter maior do fêmur; (C) Agulha no tubérculo maior do úmero; (D) Imagem lateral da região epifisária proximal da tíbia. Fonte: Técnicas e sítios de coleta de medula óssea em cães e gatos. Müller, D. C. M.; et al.
AMOSTRA - Punção de medula óssea em tubo com EDTA (tubo com tampa roxa). - Dois a três esfregaços fixados em lâminas de vidro (fixadas a seco – no ar) devem ser armazenados dentro de
Figura 2 – Agulhas especiais para biópsia de medula óssea.
MÉTODO DE COLETA
Figura 1 – Lista de material para coleta de amostra de medula óssea. Fonte: DVM News Magazine.
1 - Jejum alimentar de 12 horas e restrição hídrica de 6 horas; 2- O paciente deverá ser anestesia-
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PATOLOGIA
do e posicionado em decúbito lateral. A anestesia geral pode ser necessária para cães agitados, mas é adequada para a maioria dos pacientes; 3- Tricotomia e preparação cirúrgica do sítio de coleta; 4 - Realização do bloqueio anestésico da pele, tecido subcutâneo e periósteo com lidocaína 1% ou 2%. A inervação endosteal permanece intacta e é ponto de dor durante a aspiração; 5 - Introduzir a agulha rotacionando-a até que esta esteja firmemente fixada ao osso. Para iniciar a perfuração, devem ser realizados movimentos de rotação entre o pulso e o antebraço, simultaneamente, evitando a movimentação lateral da agulha (figura 4). O cotovelo e o braço do cirurgião deverão permanecer imóveis, para garantir que o orifício de entrada da agulha seja o menor possível. Atenta-se ainda, para que os movimentos de rotação sejam lentos e de grande amplitude, pois assim, aproveita-se melhor a superfície de corte da extremidade do bisel; 6 - Inserir a seringa de 20mL contendo EDTA 3% na agulha e aspirar a medula óssea; 7 - Soltar o êmbulo da seringa assim que surgir medula óssea no interior da mesma. Um volume total de 0,5 a 1,0 mL é suficiente para adequada avaliação; 8- O sangramento é tipicamente mínimo e requer apenas compressão local quando o procedimento é finalizado. Caso necessário, administrar analgésico pós-procedimento com antinflamatório não esteroidal; 9 - A medula óssea deve ser depositada em frasco esterilizado e com anticoagulante - EDTA (tubo tampa roxa). Deve-se retirar a agulha da seringa e depositar a medula óssea lentamente sobre a parede do frasco, homogeneizando lentamente. Devese enviar ao laboratório no prazo máximo de 24 horas; 10- Confeccionar imediatamente 28
cinco esfregaços e submeter à fixação em temperatura ambiente - secar ao ar livre (figura 5); 11 - Caso seja necessário, colocar material medular em placa de Petri e, com auxílio do capilar de microhematócrito, recolher os grumos medulares para a confecção dos esfregaços. A vantagem deste processo é uma correta avaliação nos casos de suspeita de hipoplasia ou aplasia medular.
Figura 4 – Alinhar a agulha ao longo do eixo do úmero, penetrar o córtex e aplicar pressão para frente enquanto rotaciona-se a agulha no sentido horário e anti-horário. Fonte: DVM News Magazine.
cinco esfregaços e submeter à fixação em temperatura ambiente - secar ao ar livre (figura 5); 11 - Caso seja necessário, colocar material medular em placa de Petri e, com auxílio do capilar de microhematócrito, recolher os grumos medulares para a confecção dos esfregaços. A vantagem deste processo é uma correta avaliação nos casos de suspeita de hipoplasia ou aplasia medular.
Figura 5: A lâmina superior é deslizada na direção indicada na figura da esquerda. O esfregaço deve ser finamente distribuído como demonstrado na figura e baixo. Fonte: Universidade do Estado de Washington.
com EDTA (tubo com tampa roxa) enviar ao laboratório sob refrigeração no prazo máximo de 24 horas. - 2 a 3 esfregaços fixados em lâminas de vidro - devem ser fixadas a seco (ao ar) e acondicionadas em frascos porta-lâminas de plástico, bem vedados e protegidos de luz direta e de compressões externas. AMOSTRAS INADEQUADAS -Lâminas quebradas; -Lâminas justapostas e aderidas uma a outra; -Lâminas enroladas em papel ou qualquer outro material semelhante, -Amostras não fixadas adequadamente. EXAMES COMPLEMENTARES Hemograma completo, dosagem de eritropoietina, biópsia de medula óssea, pesquisa de Leishmania sp, coagulograma e perfil bioquímico.
CONSERVAÇÃO - Punção de medula óssea em tubo
EXAMES REALIZADOS NO TECSA LABORATÓRIOS CÓDIGO
EXAMES
132
MIELOGRAMA
408
PESQUISA DE Leishmania sp. LEISHMANIOSE – IMUNOCITOQUÍMICA HEMOGRAMA COMPLETO PERFIL COAGULOGRAMA PERFIL CHECK UP GLOBAL DE FUNÇÕES
456 39 591 570
MATERIAL PRAZO DIAS LÂMINAS COM ESFREGAÇO E PUNÇÃO 4 Dias EM TUBO COM EDTA 4 Dias ASPIRADO DE MEDULA ÓSSEA ASPIRADO DE MEDULA ÓSSEA
4 Dias
SANGUE EM EDTA SANGUE EM CITRATO
0 Dias 1 Dia
SORO E SANGUE EM FLUORETO
1 Dia
MEDICINA MEDICINA LABORATORIAL LABORATORIAL DE SILVESTRES DE FELINOS
DIABETES EM FELINOS, USO DA
FRUTOSAMINA E GLICOHEMOGLOBINA NO DIAGNÓSTICO
Fonte: businessinsider.com
INTRODUÇÃO O número de pacientes felinos vem aumentando cada vez mais nas clinicas e hospitais veterinários. Sendo assim, é primordial que o médico veterinário possua conhecimento especial das enfermidades mais comuns que afetam esta espécie animal. Uma das doenças que merece atenção é a Diabetes Mellitus, uma das endocrinopatias mais importante, principalmente no gato idoso. A Diabetes Mellitus é um distúrbio endócrino crônico manifestado pela incapacidade absoluta ou relativa das células ß do pâncreas produzirem e secretarem insulina e/ou ação deficiente de insulina nos tecidos, incapacitando a utilização de glicose pelo organismo, ocorrendo como conseqüência mais comum à hiperglicemia prolongada, podendo causar cetoacidose e outras alterações na maioria dos siste-
mas corpóreos que podem ser fatais se não tratados. A Diabetes Mellitus tem sido diagnosticada progressivamente na prática da clínica de felinos e este fato é comprovado com os métodos alternativos, e mais eficientes no caso dos gatos para o diagnósticos. A quantidade de gatos, diabéticos está aumentando cada vez mais devido à eficiência dos métodos diagnósticos. A doença apresenta diversas classificações, porém, para o uso em felinos utilizam-se os termos: Tipo 1 (incapacidade das células B secretarem insulina) e Tipo 2 (resistência periférica à ação da insulina). Os quatro sintomas clássicos do paciente diabético são: aumento da freqüência de micções, polidipsia (aumento demasiado da sede), polifagia (aumento do apetite) e perda de peso. DESORDENS METABÓLICAS Com o processo de digestão, há um aumento da concentração de glicose
sangüínea, aminoácidos e hormônios intestinais que fazem com que as células ß secretem insulina. Num gato diabético, a deficiência de insulina diminui a absorção e a utilização de glicose pelos diversos tecidos, causando uma hiperglicemia moderada a grave. Com isso, o organismo do animal reconhece esse estado como se fosse inanição, e cataboliza de maneira intensa a gordura e a proteína corporal para serem utilizadas como fonte de energia. Para a compensação deste processo, ocorre a gliconeogênese, que remove aminoácidos e glicogênio do fígado, piorando o desarranjo no metabolismo dos carboidratos. Ácidos graxos, derivados do tecido adiposo, são transportados até o fígado e convertidos a corpos cetônicos através da oxidação. Em curto prazo, há preservação da vida do animal, porém quando em excesso, causa cetonúria e cetoacidose. SINAIS CLÍNICOS Os sinais clínicos da Dibetes Mellitus em gatos são súbitos e progressivos. Muitas vezes, a obesidade associada à hiperglicemia são os únicos sinais precoces de Diabetes. Os sinais clínicos clássicos do gato diabético não complicado incluem polidipsia, poliúria, polifagia e perda de peso. A deficiência de insulina culmina em cetoacidose diabética. O acúmulo de cetona e ácido láctico no sangue, a perda de eletrólitos e água na urina, causam desidratação profunda, hipovolemia, acidose metabólica e choque. A cetonúria e a diurese osmótica são causadas pela glicosúria e resultam na perda de sódio e de potássio na urina, o que exacerba a hipovolemia e a desidratação. Os sinais clínicos mais comuns em gatos portadores de Diabetes cetoacidótica são anorexia, fraqueza, depressão e vômito. Freqüentemente, animais que sofrem de cetoacidose são levados ao veterinário quando
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MEDICINA LABORATORIAL DE FELINOS SILVESTRES
em estado de choque. No exame físico, pode-se evidenciar depressão, taquipnéia, desidratação, fraqueza, vômito e, ocasionalmente, um odor de acetona forte na respiração.
Principais sintomas clínicos apresentados pelos gatos diabéticos relatadas pelos proprietários.
Poliúria/Polidipsia Perda de Peso Letargia/Depressão Anorexia Fraqueza Muscular Emese Polifagia Diarréia Alt. Locomotoras
77,9% 70,2% 61,5% 46,2% 34,6% 30,8% 17,3% 10,6% 7,7%
DIAGNÓSTICO O diagnóstico da Diabetes Mellitus em gatos é confirmado principalmente pelos exames laboratoriais, pois a sintomatologia clínica não é patognomônica desta doença. Diferentemente das outras espécies, o diagnóstico não pode se basear unicamente nos valores de glicemia de um animal em jejum visto que ao coletar o sangue do gato, é comum haver uma hiperglicemia de estresse, que pode causar glicosúria transitória ou aumento na concentração da glicose sanguínea que pode chegar a 300 a 400 mg/dl e consequentemente ,pode acusar falsos positivos. A dosagem da glicohemoglobina e frutosamina são os exames mais indicados e recomendados para identificar com segurança os gatos diabéticos, pois indicam hiperglicemia de longa duração e ajudam na diferenciação da hiperglicemia de estresse.
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GLICOHEMOGLOBINA E FRUTOSAMINA NO DIAGNÓS TICO DEFINITIVO HEMOGLOBINA GLICOSILADA A hemoglobina glicosilada (também conhecida como glicohemoglobina) é formada por uma ligação irreversível da glicose à hemoglobina. Quando as concentrações de glicose plasmática aumentam, a hemoglobina glicosilada aumenta proporcionalmente. Portanto, a meia-vida da hemoglobina glicosilada está relacionada à duração das hemácias no sangue, que no caso dos gatos, equivale à aproximadamente dois meses. Uma hemoglobina glicosilada elevada indica uma hiperglicemia durante os primeiros 1 a 2 meses precedentes sendo por isso um importante método de diagnóstico da diabetes. No entanto, a hemoglobina glicosilada não é apropriada para gatos que estão sofrendo mudanças na dosagem de insulina ou que estejam anêmicos.
FRUTOSAMINA A frutosamina é formada pela glicosilação de proteínas séricas, principalmente a albumina. A concentração de frutosamina no plasma é relacionada diretamente à concentração de glicose sanguínea. Portanto, a dosagem de frutosamina sérica é um método que permite o conhecimento do nível da glicose nas 2 ou 3 semanas anteriores. Estes são os exames laboratoriais mais indicados para os animais que estejam sofrendo ajustes na dosagem de insulina e também para diferenciar hiperglicemia por estresse, já que sua dosagem não é afetada por mudanças agudas na glicemia. APOIO DIAGNÓSTICO TECSA LABORATÓRIOS O TECSA Laboratórios oferece inúmeros exames para o diagnóstico de doenças endócrinas como a Diabetes Mellitus. Os seguintes exames são oferecidos com os respectivos prazos de entrega:
EXAMES REALIZADOS NO TECSA LABORATÓRIOS MATERIAL Sangue total (2,0mL) colhido em tubo de tampa roxa (EDTA). Sangue total (2,0mL) colhido em tubo de tampa vermelha. Sangue total colhido em tubo de tampa cinza e em tubo de tampa vermelha. Sangue total (2,0mL) colhido em tubo de tampa vermelha. Coletar sangue total 2,0 mL em tubo de tampa cinza (fluoreto). Sangue total colhido em tubo de tampa cinza + tubo de tampa vermelha + tubo tampa roxa. Sangue total (2,0mL) colhido em tubo de tampa roxa (EDTA). Urina fresca.
EXAMES 277 / GLICOHEMOGLOBINA HEMOGLOBINA GLICOSILADA 103 / FRUTOSAMINA 570 / PERFIL CHECK UP GLOBAL DE FUNCOES 72 / DOSAGEM DE INSULINA (Medicamentosa)
PRAZO DIAS 2 Dias 1 Dia 1 Dia 2 Dias
105 / GLICOSE - GLICEMIA
1 Dia
581 / PERFIL GLICEMICO
1 Dia
39 / HEMOGRAMA COMPLETO
0 Dias
234 / URINA ROTINA
1 Dia
MEDICINA MEDICINA LABORATORIAL LABORATORIAL DE SILVESTRES DE FELINOS
PANLEUCOPENIA F
E
L
INTRODUÇÃO A panleucopenia felina, também conhecida como laringoenterite contagiosa ou agranulocitose infecciosa, é uma doença viral que acomete exclusivamente felinos. Ela é causada por um vírus pertencente à família Parvoviridae, sendo classificado como parvovírus felino. Este vírus é encontrado em todo o ambiente e é altamente contagioso. Seu reservatório são os próprios gatos, sendo transmitido através do contato direto entre animais doentes e susceptíveis, por meio de alimentos, água contaminada, excretas, vômito e também por aerossóis, em casos de comprometimento do trato respiratório. Outro modo de transmissão se dá através de ectoparasitas infectados. Não há uma preferência por idade ou sexo, no entanto, o vírus infecta e manifesta-se principalmente em gatos jovens, entre 1 e 2 meses até 1 ano de idade, sendo rara sua ocorrência em animais adultos. A maioria das infecções é subclínica, pois 75% dos gatos não vacinados têm anticorpos ao chegar a 1 ano de vida
Figura 1: Gatos podem contrair a panleucopenia felina durante brigas, devido às mordidas. Fonte: anthrophysis.blogspot.com
PATOGENIA Este vírus se multiplica em células que estão em divisão ativa, sendo as-
I
N
A
sim, a infecção ocorre em tecidos que possuem alta taxa mitótica. Em animais mais velhos, a infecção ocorre mais intensamente no tecido linfático, medula óssea e criptas da mucosa intestinal. Nos casos de infecção prénatal tardia ou neonatal precoce, afeta tecido linfático, medula óssea e pode afetar também sistema nervoso central, retina e nervo óptico. Infecção In Útero Transtornos reprodutivos na gata: morte fetal com reabsorção, infertilidade, aborto e fetos mumificados. Os gatinhos podem conter o vírus subclinicamente por 8 a 9 semanas. Infecção no Sistema Nervoso Central Só são susceptíveis os animais que sofrem a infecção no estágio pré-natal ou neonatal cedo. Lesão cerebelar é a mais comum, pois o cerebelo desenvolve-se mais tarde, no final da gestação e no início do período neonatal. O vírus interfere com o desenvolvimento do córtex cerebelar e o cerebelo pode ser afetado se a infecção ocorrer até o nono dia de vida. Podem haver lesões na medula espinhal e cérebro, cursando com hidrocefalia e hidranencefalia. Também pode afetar a retina e o nervo óptico. Infecção Sistêmica A proliferação das células intestinais é maior na presença de bactérias e seus metabólitos, por isso a infecção é menos severa em animais gnotobióticos (ausência de flora intestinal ou flora conhecida). Ocorre viremia plasmática entre 2 e 7 dias pós-infecção, disseminando o vírus para todos os tecidos, sendo infectados aqueles
com maior taxa mitótica. Primeiro há necrose linfática, seguida de proliferação e degeneração e involução tímica. Com isso diminui a resposta de linfócitos T citotóxicos, mas não dos B. Os sobreviventes desenvolvem altas taxas de anticorpos, aproximadamente 7 dias pós-infecção, baixando a viremia. As lesões são menos severas no cólon, onde a taxa mitótica é menor. O Jejuno e o íleo são mais afetados que o duodeno, pois têm maior população bacteriana. O dano é maior às células em alta taxa mitótica, nas partes profundas das criptas. As células absortivas diferenciadas dos topos dos vilos não são afetadas. Produz-se diarréia por má absorção e hipersecreção. A ocorrência de infecção secundária pela própria flora é usual. Endotoxemia por bactérias Gram negativas com ou sem bacteremia também é comum. SINAIS CLÍNICOS Há mais gatos infectados do que com sinais clínicos, devido ao alto nível populacional de anticorpos. Casos subclínicos, que ocorrem geralmente em gatos mais velhos, usualmente não são detectados. Gatinhos não vacinados apresentam sinais severos, com as maiores taxas de mortalidade e morbidade entre 3 e 5 meses. Febre (40°C a 41,6°C), depressão e anorexia, desidratação extrema (figura 2) são comuns (às vezes o gato fica agachado com a cabeça sobre o pote d’água). Alguns autores mencionam a “posição de panleucopenia” onde o gato tende a ficar com a parte anterior do corpo num plano inferior à posterior, com os quartos traseiros mais erguidos em direção aos dianteiros, na tentativa de amenizar a dor abdominal. Na palpação abdominal encontramos alças espessadas, como cordas, e observa-se desconforto. Geralmente há linfadenomegalia mesentérica,
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MEDICINA LABORATORIAL DE FELINOS SILVESTRES
enquanto que linfonodos periféricos não costumam estar aumentados.
Figura 2: Desidratação Fonte: homepage.usask.ca
Em infecções complicadas, pode haver ulcerações bucais, diarréia sanguinolenta (figura 3) e icterícia. A desnutrição severa com anorexia associada à intensa desidratação podem levar a um estado semi-comatoso e com hipotermia nos estágios terminais da doença. Geralmente, recuperam-se animais que sobreviveram há mais de 5 dias de doença sem complicações, porém pode levar várias semanas. Gatas infectadas durante a prenhez podem apresentar aborto de fetos mortos, às vezes mumificados, e infertilidade, mas não apresentam sinais clínicos gastrintestinais. Alguns gatinhos podem nascer com ataxia, incoordenação, tremores e estado mental normal, típicos de doença cerebelar. Caminham com movimentos amplos (hipermetria), caem freqüentemente para os lados e têm tremores de cabeça. Os sinais de tremores desaparecem durante o sono. Nem todos os gatinhos são afetados ou apresentam os sinais na mesma intensidade. Casos neurológicos geralmente demonstram lesões retinais fúndicas.
Figura 3: Diarréia hemorrágica. Fonte: drveale. blogspot.com
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DIAGNÓSTICO CLÍNICOLABORATORIAL Associam-se, para diagnóstico, os sinais clínicos + leucopenia + detecção de antígenos do vírus. Os leucócitos podem chegar a 50 – 3000 céls / mm3, do quarto ao sexto dia de doença. Tal leucopenia não ocorre em todos os casos, sendo a neutropenia mais importante que a linfopenia. A elevação da leucopoiese indica melhora no prognóstico. Pode haver confusão com salmonelose aguda, pois também cursa com severa leucopenia. Diferencia-se pela cultura fecal das bactérias. É incomum haver anemia, devido à longa vida dos eritrócitos, a menos que haja severa hemorragia intestinal. Anemia arregenerativa persistente e leucopenia são mais sugestivos de leucemia viral. A trombo-
citopenia é variável (mais presente se houver CID), mas pode ocorrer devido à lesão de medula óssea, no início da infecção. Provas bioquímicas não são específicas: em casos de lesão hepática, costuma haver elevação leve a moderada de ALT, AST e bilirrubina.
A DETECÇÃO DE ANTÍGENOS DE VÍRUS DA PANLEUCOPENIA FELINA EM FEZES DE GATOS É O EXAME MAIS INDICADO PARA A CONCLUSÃO DO DIAGNÓSTICO. EXAMES DO TECSA LABORATÓRIOS (LABORATÓRIO DE REFERÊNCIA NACIONAL) QUE AUXILIAM NO DIAGNÓSTICO:
EXAMES REALIZADOS NO TECSA LABORATÓRIOS MATERIAL Fezes frescas Sangue total (2,0mL) colhido em tubo de tampa roxa (EDTA) Sangue total colhido em tubo de tampa cinza e em tubo de tampa vermelha Sangue total (2,0mL) colhido em tubo de tampa roxa (EDTA) + tubo tampa vermelha. Sangue total (2,0mL) colhido em tubo de tampa vermelha Fezes frescas ou líquido de efusão Fezes frescas ou líquido de efusão Sangue total (2,0mL) colhido em tubo de tampa vermelha Sangue total (2,0mL) colhido em tubo de tampa vermelha Sangue total (2,0mL) colhido em tubo de tampa vermelha Sangue total (2,0mL) colhido em tubo de tampa vermelha Fezes frescas ou swab intestinal
EXAMES 672 / PANLEUCOPENIA FELINA
PRAZO DIAS 1 Dias
39 / HEMOGRAMA COMPLETO
0 Dias
570 / PERFIL CHECK UP GLOBAL DE FUNCOES 679 / PERFIL FELINOS TRIAGEM 361 / CORONAVIRUS FELINO - SOROLOGIA (PERITONITE INFECCIOSA FELINA - PIF) 730 / CORONAVIRUS FELINO (PIF) - PCR REAL TIME QUALITATIVO 782 / CORONAVIRUS FELINO (PIF) - PCR REAL TIME QUANTITATIVO 271 / FIV / FELV - LEUCEMIA E IMUNODEFICIENCIA FELINA 290 / LEISHMANIOSE FELINA ( ELISA + RIFI+ DPP ) 305 / TOXOPLASMOSE + CLAMIDIOSE FELINAS
1 Dia 2 Dias 1 Dia 7 Dias 7 Dias 1 Dia 3 Dias 1 Dia
82 / TOXOPLASMOSE FELINA
5 Dias
393 / COPROCULTURA
5 Dias
MICROBIOLOGIA
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RESISTENCIA BACTERIANA A ANTIBIOTICOTERAPIA NO MUNDO PET A antibioticoterapia é uma prática indispensável no controle de infecções nos animais de companhia no Brasil e em várias partes do mundo, realizada a partir do uso de antibióticos. Sua função é destruir ou paralisar bactérias envolvidas no processo infeccioso, ao utilizar antibióticos bactericidas ou bacteriostáticos, respectivamente, contribuindo para a saúde do animal.
ença, perfil do animal, interação medicamentosa, dentre outros. Caso a dose e o período do tratamento não forem seguidos corretamente, as bactérias não serão combatidas eficientemente, de modo que apenas as mais sensíveis serão atingidas, prevalecendo as mais agressivas e selecionando bactérias cada vez mais resistentes.
USO INDISCRIMINADO DE ANTIBIÓTICOS O uso indiscriminado e indevido destes medicamentos levou a um aumento considerável na resistência das bactérias frente a estas drogas, diminuindo a eficácia terapêutica e dificultando o controle das infecções bacterianas. Várias atitudes corriqueiras repercutem no uso medicamentoso indevido. Alguns exemplos: O proprietário atuar como Médico Veterinário: O proprietário administra antibióticos por contra própria em seu animal, por achar que está economizando os gastos referentes à consulta aos Médicos Veterinários especialistas, sendo que, na verdade, pode perder algo muito mais valioso, que é a vida do animal; A não utilização do auxílio de exames laboratoriais in vitro: O antibiograma é o exame de escolha para atestar a real sensibilidade bacteriana e certificar qual o antibiótico mais adequado para combater o processo infeccioso presente; Redução da dose e do tempo de tratamento: A posologia depende de vários fatores como agente envolvido, medicamento utilizado, curso da do-
Figura 1: Antibiograma. Fonte: (1)
Além das falhas humanas citadas que comprometem a qualidade do tratamento com antibióticos, mais um inimigo compromete a atuação destes medicamentos. As próprias bactérias podem se defender e se tornar resistentes quando produzem enzimas que inativam estas drogas, alteram os pontos-alvos de ligação dos antibióticos e os expulsam ao modificar sua permeabilidade de membrana de forma que a concentração intracelular eficaz fique reduzida. CONSEQUÊNCIAS DA RESISTÊNCIA BACTERIANA Redução na eficácia dos tratamentos: As bactérias não serão eliminadas pelos antibióticos, persistindo os processos infecciosos e aumento das taxas de mortalidade dos animais; Limitação do espectro de drogas disponíveis e eficazes: Se não reduzirmos o uso inadequado dos antibióticos, aumentam as chances de, futuramente, não possuirmos medicamentos eficazes para o combate às
doenças dos nossos animais. COMO EVITAR A RESISTÊNCIA ANTIMICROBIANA Buscar consulta técnica especializada de um Médico Veterinário: Na maioria das vezes, a economia obtida pela não contratação desta consulta não paga as perdas causadas pela doença. Devemos estar atentos a qualquer mudança na saúde de nossos animais, e caso haja alterações, consultar um Médico Veterinário; Utilizar as ferramentas laboratoriais: O antibiograma é um método muito eficaz e realizado após o isolamento das bactérias envolvidas na infecção. Este teste nos informa qual o antibiótico adequado para o combate aos microrganismos envolvidos. O TECSA Laboratórios oferece estes testes e está a sua disposição. Consulte-nos; Seguir o protocolo recomendado pelo Médico Veterinário responsável: O Médico Veterinário especializado é a pessoa mais indicada a prescrever o tratamento, pois conta com uma formação voltada também para este fim. CONSIDERAÇÕE FINAIS Com o intuito de aprimorar e jamais retroagir com esta valiosa ferramenta da Medicina Veterinária, isto é, a antibioticoterapia, devemos sempre seguir as recomendações explicitadas anteriormente, como a utilização do exame laboratorial de Cultura com Antibiograma. Sendo assim, podemos aperfeiçoar o foco do tratamento, tornando-se este pontual e eficaz, reduzindo as chances do desenvolvimento de resistência bacteriana e aumentando as chances de cura do animal. 33
MICROBIOLOGIA
Figura 2: Semeando secreção de ouvido em placa. Fonte: TECSA, 2007.
Bibliografia 1. FULKS, JANET. Chapter 10 Identification of Prokaryotes. Bakersfield College. [Online] Kern Community College District, 09 de Setembro de 2010. [Citado em: 19 de Maio de 2014.] http://www2.bc.cc.ca.us/bio16/10_lecture_identification.htm.
EXAMES REALIZADOS NO TECSA LABORATÓRIOS MATERIAL SECREÇÕES E EXCRETAS DIVERSAS - SWAB URINA RECENTE SWAB COM SECREÇÃO DE OUVIDO SECREÇÕES E LÍQUIDOS CORPORAIS - SWAB
EXAMES PRAZO DIAS 51 – CULTURA COM ANTIBIOGRAMA 5 Dias 184 – UROCULTURA COM ANTIBIOGRAMA 4 Dias 766 - OTOCULTURA COM ANTIBIOGRAMA 5 Dias 576 - CULTURA COM ANTIBIOGRAMA COMBINADO (AERÓBI8 Dias OS E ANAERÓBIOS)358 /SANGUE EM EDTA
Figura 3: Coleta de colônias de bactérias para efetuar o antibiograma. Fonte: TECSA, 2007.
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ANTIFUNGIGRAMA: QUANDO SOLICITAR E COMO INTERPRETAR INTRODUÇÃO O antifungigrama é recomendado para situações específicas quando o paciente portador de fungemia e/ou imunocomprometido não responde bem ao tratamento e existe a necessidade de se detectar o desenvolvimento de resistência ou avaliar uma alternativa terapêutica. FUNGOS COMO AGENTES DE INFECÇÕES A dermatofitose, infecção causada por fungos, também é conhecida como “tinha” ou “ringworm” devido à aparência da lesão de pele, característica da doença: uma área circular de perda de pêlo com a borda externa alta e avermelhada. Estas lesões são resultados de uma reação inflamatória ao fungo. Entretanto, nem todos os animais infectados têm este tipo de lesão. Na verdade, como os sintomas da doença podem variar muito, a dermatofitose deveria ser considerada como uma possível causa de afecção dermatológica em todos os quadros de erupção de pele. Cães e gatos são infectados pelo fungo Microsporum canis, Microsporum gypseum e Trichophyton mentagrophytes com maior freqüência, mas outros tipos de fungo também podem causar a dermatofitose. Os gatos, especialmente das raças de pêlos longos, apresentam uma forma de infecção mais generalizada que a dos cães. Estes animais podem ser portadores crônicos do fungo mesmo que não apresentem nenhum sinal da infecção. A dermatofitose pode ser transmitida para os seres humanos (zoonoses) sendo assim, os proprietários de animais infectados devem
Figura 1: Zonas convergentes de alopécia circular, eritema, descamação e crostas no membro posterior esquerdo de canídeo com dermatofitose localizada. Fonte: (2)
considerar a possibilidade de deixá-los de quarentena, até que a infecção seja curada. Devem ser tomadas precauções durante o tratamento dos animais, de modo a evitar contaminação humana e ambiental. Os animais entram em contato com os esporos infectados dos fungos, tanto em ambientes internos quanto externos. O solo contaminado é uma fonte comum da infecção, bem como outros animais infectados. Nem todos os animais que são expostos aos esporos do fungo desenvolvem a infecção e mesmo que esta ocorra, o cão ou gato podem não apresentar sinais clínicos da doença, sendo apenas um portador assintomático. De cerca de 100.000 espécies descritas de fungos, apenas 150 são reconhecidas como patógenos primários de seres humanos e animais, podendo causar desde lesões localizadas na pele, tecido subcutâneo ou mucosas, a doenças sistêmicas e potencialmente fatais. FUNGOS OPORTUNISTAS Fungos não reconhecidamente patogênicos que infectam pacientes imunocomprometidos são chamados oportunistas. O aumento no uso de terapêutica que deprime o sistema imunológico, uso freqüente e indiscriminado de antibacterianos de amplo
espectro, instalação de sondas e cateteres, aumento de infecções imunossupressivas, são os principais fatores de risco para infecções oportunistas, em especial as infecções fúngicas crônicas. Infecções oportunistas causadas por espécies de Candida têm aumentado substancialmente nos últimos 15 anos, tornando-se um problema cada vez maior em pacientes imunodeprimidos. Estas leveduras são usualmente confinadas a reservatórios humanos e animais e podem ser recuperadas do solo, alimentos e ambiente hospitalar. São habitantes normais do trato genital feminino e gastrointestinal.
Figura 2: Candida albicans. Fonte: (3)
As espécies de fungos filamentosos oportunistas podem ser adquiridas de fontes exógenas, uma vez que esporos de fungos filamentosos estão extremamente disseminados no ambiente e podem ser encontrados como colonizantes do trato respiratório do hospedeiro, causando neste desde processos alérgicos até infecções sistêmicas ou disseminadas. ANTIFUNGIGRAMA Os testes de suscetibilidade aos antifúngicos foram derivados dos métodos de suscetibilidade aos antimicrobianos. Bauer e Kirby em 1956 estabeleceram a correlação da CIM (Concentração Inibitória Mínima) obtida por diluição em caldo com os diâmetros de halo, dos testes de difusão com discos. Desde então, essa metodologia vem sendo atualizada e utilizada pela maioria dos
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laboratórios de microbiologia. Somente em 1982 o National Comittee for Clinical of Laboratory Standards (NCCLS, atualmente CLSI) organizou um subcomitê para padronização do teste de suscetibilidade a antifúngicos para leveduras, pelo método de micro diluição em caldo. O ANTIFUNGIGRAMA PARA LEVEDURAS
Figura 3: Sensibilidade do T. mentagrophytes ao antifungigrama. g: Griseofulvina; k: Ketoconazol; c: Clotrimazol; m: Miconazol; f: Fluconazol; t: Terbinafine. Fonte: (4)
Os testes realizados com anfotericina B apresentam nítida definição do ponto de leitura, sendo a concentração inibitória mínima definida como a menor concentração da droga capaz de inibir qualquer crescimento visualmente perceptível nos ensaios. Os azóis, drogas consideradas fungistáticas, apresentam início de atuação retardado pela necessidade de entrada de droga na célula fúngica e necessária inibição do metabolismo celular. Durante esse período, geralmente ocorre crescimento do organismo utilizado como inoculo do ensaio, independente da concentração de antifúngico utilizado. Assim, a inibição tardia da multiplicação do microrganismo permite a visualização do seu tênue crescimento residual, sendo este fenômeno denominado de trailing. O ANTIFUNGIGRAMA PARA FUNGOS FILAMENTOSOS Apesar do menor número de infecções serem causadas por fungos filamentosos, em comparação às causadas por leveduras, a determinação da CIM é de extrema importância para os pacientes com
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infecção por estes patógenos. Tanto para orientação ao tratamento, geralmente difícil e frequentemente sem sucesso, assim como para a avaliação de novos agentes antifúngicos. ENTÃO, QUANDO REALMENTE SOLICITAR O ANTIFUNGIGRAMA? • Solicitar teste de suscetibilidade para microrganismos com possibilidade de desenvolvimento de resistência, realizando testes seriados; • Quando houver necessidade de avaliação do desenvolvimento de resistência durante o tratamento; • Para avaliação de novas alternativas terapêuticas; • Para avaliação de microrganismos “novos” para os quais não se conheça o perfil de sensibilidade. VETCHECK – Dermatófitos Além do diagnóstico laboratorial, o clínico pode agora contar com o VetCheck – Dermatófitos!Trata-se de um kit diagnóstico para uso veterinário composto de um meio de cultura específico (4 placas/testes) e folheto de instruções. O meio é o mesmo utilizado no TECSA Laboratórios, que contém nutrientes específicos que facilitam o crescimento de dermatófitos além de antibióticos específicos que previnem o crescimento de outros microorganismos não patogênicos. A finalidade do kit abrange o auxílio no diagnóstico das dermatofitoses em cães, gatos, equinos e até mesmo bovinos e suínos. Resultados positivos são caracterizados pela mudança de cor do meio de cultivo (indicador de alteração de pH) e as colônias formadas são de cor branca, possuindo aspectos específicos. Demais crescimentos e ausência da mudança de cor do meio caracterizam o crescimento de fungos não dermatófitos ou saprofíticos. Microsporum, Trichophyton e Epidermophyton produzem metabólitos
Bibliografia 1. Antifungigrama: Quando solicitar e Como Interpretar. SCHREIBER, Angelica Zaninelli. São Paulo : Prática Hospitalar, 2007, Vols. 49, pp.87-91. 2. MC Peleteiro, M Pinho, JS Orvalho. Anatomia Patológica Veterinária FMV - UTL. Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade Técnica de Lisboa. [Online] 2001. [Citado em: 22 de Maio de 2014.] http://www.fmv.utl.pt/atlas/ pele/paginas_pt/pele_017.htm. 3. VetNext. vetnext.com. [Online] [Citado em: 22 de Maio de 2014.] http://www.vetnext. com/search.php?s=aandoening&id=73305581206%20170. 4. Pakshir, Keyvan, et al., et al. In vitro activity of six antifungal drugs against clinically important. Jundishapur Journal of Microbiology. Outono, 2009, Vol. 2, 4.
Figura 4: Kit VetCheck TECSA Laboratórios Fonte: TECSA Laboratórios
alcalinos, o que determina a mudança de cor do meio. Os resultados podem ser obtidos a partir de 48 horas (mudança de cor do meio) até 14 dias (colônias adultas características). Uma observação complementar em microscopia ótica pode ser necessária, podendo uma amostra da colônia formada ser enviada ao laboratório para a identificação do agente (gênero e espécie) e para realização do antifungigrama.
MICROBIOLOGIA
EXAMES REALIZADOS NO TECSA LABORATÓRIOS MATERIAL Raspado de pele com pêlos, secreções (auricular, ocular, vaginal, uretral), lavados cavitários, líquor, outras secreções ou swabs com meio. Raspado de pele com pêlos Raspado de pele com pêlos
EXAMES 759- CULTURA DE FUNGOS COM ANTIFUNGIGRAMA 355-PESQUISA DE SARNA E FUNGOS 55-EXAME DIRETO PARA FUNGOS (MICOLÓGICO DIRETO) 686- TESTE ALERGICO PAINEL C/ 24 ALERGENOS
Sangue em tubo tampa vermelha
685- TESTE ALERGICO PAINEL C/ 36 ALERGENOS 683-TESTE ALERGICO TRIAGEM SCREENING IMUNOTE - IMUNOTERAPIA SUBCUTANEA ESPECIFICA IMUNOTESL- IMUNOTERAPIA SUBLINGUAL ESPECIFICA
Sangue em tubo tampa vermelha Sangue em tubo tampa vermelha Resultado positivo para Teste Alérgico Resultado positivo para Teste Alérgico
PRAZO DIAS 30 Dias 1 Dia 1 Dia 7 Dias 7 Dias 2 Dias 45 Dias 45 Dias
KIT VETCHECK - DERMATÓFITOS
Kit VetCheck Dermatófitos com 6 ou 12 testes
3 Dias
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URINÁLISE
INFECÇÕES DO TRATO URINÁRIO E UROCULTURA EM PETS INTRODUÇÃO As infecções do trato urinário (I.T.U.) são um dos problemas mais comuns na prática de pequenos animais, acometendo cerca de 14% de todos os cães em alguma fase de suas vidas. Na espécie felina correspondem a um percentual mínimo, sendo a incidência maior de urolitíase e cistite. Em relação a sua classificação, têm-se: • ITU alto ou superior – acometimento de rins e ureteres; • ITU baixo ou inferior – acometimento de bexiga e uretra. AS INFECÇÕES E A AVALIAÇÃO CLÍNICA A gravidade das infecções varia em função do microrganismo envolvido, sua patogenicidade e a resistência do hospedeiro. Vale ressaltar que a via de infecção mais comum é a ascendente, através da uretra. As vias secundárias envolvem a hematógena, disseminação linfática e por continuidade. Os principais microrganismos envolvidos nos processos infecciosos das vias urinárias são: • Escherichia coli: responsável por 30% a 40% das I.T.U em cães e gatos. • Proteus sp, Staphylococcus intermedius, Streptococcus α e β hemolíticos: 35% a 50% • Klebsiella pneumoniae, Pseudomonas aeruginosa, Enterobacter spp, Clostridium spp: menor incidência. Além dos principais agentes causais, devem ser considerados também os fatores que predispõem às infecções: urolitíase, neoplasias, trauma, retenção urinária, utilização de imunossupressores, defeitos congênitos, prostatite bacteriana crônica e cateterização. Clinicamente, os sinais sistêmicos como febre, apatia e anorexia geralmente não estão presentes nas infecções do trato urinário inferior. Se houver infecção ascendente dos rins, pielonefrite, esses sinais serão mais evidentes. Nas 38
pielonefrites ainda podemos observar: poliúria e polidipsia e em casos graves os sinais de Insuficiência Renal. É importante lembrar que a região medular do rim é mais susceptível às infecções quando comparada à cortical. Ao exame físico, durante a palpação da bexiga, onde a parede pode estar espessada, pode haver sensibilidade dolorosa, a micção pode ser estimulada mais facilmente que o normal e pode-se suspeitar de cálculos ou neoplasias. Nas Infecções altas (pielonefrite) é comum observar sinais de sensibilidade dolorosa à palpação renal, relutância em andar, e dependendo da gravidade, sinais relacionados à crise urêmica. Cuidado! Relutância em andar não significa paralisia de posteriores. DIAGNÓSTICO LABORATORIAL O Hemograma e a Bioquímica Sérica estão geralmente normais nos casos de cistite/uretrite e podem estar alterados nas Pielonefrites. A Urinálise (Urina Rotina / EAS) associada à cultura da urina (Urocultura) são os exames mais importantes para diagnóstico das I.T.U. A urinálise normalmente revela: urina turva e com odor fétido (até amoniacal); piúria; hematúria; bacteriúria; pH normal ou alcalino (quando houver bactérias produtoras de urease como Staphylococcus sp. e Proteus sp. Se tiver envolvimento renal (Pielonefrite) podemos encontrar cilindros (granulosos, leucocitários, por exemplo) e excessiva presença de células da pelve renal. Vale lembrar que antibioticoterapia prévia pode interferir no cultivo bacteriano, mascarando-o ou apresentando resultados falso-negativos para crescimento de algum agente patogênico de interesse. Além disso, a utilização empírica de fármacos de amplo espectro favorece a seleção de cepas resistentes,
sendo portanto o isolamento e sensibilidade antimicrobiana essenciais para a escolha do tratamento mais adequado. Quanto à amostragem, recomenda-se a coleta da primeira urina matinal, descartando-se os primeiros jatos, volume mínimo de 10 ml em frasco estéril de rosca ou tipo seringa (Monovet – fornecido pelo TECSA) seguido do armazenamento REFRIGERADO por período máximo de 12 horas após a coleta para que se evite deterioração celular, aumento de pH, formação de cristais e proliferação bacteriana. AMOSTRA DE URINA PARA EXAMES MICROBIOLÓGICOS Para a realização de exames microbiológicos na urina faz-se necessário
Figura 1: Tubo para coleta de urina. Fonte: (1)
Figura 2: Coleta de urina por cistocentese orientada por palpação. Fonte: (2)
a forma correta de envio e/ou tipo de material. Muitas vezes, recebemos amostras de urina para realização de exame e o cliente não sabe o que deve ser solicitado ou solicita um exame que não é o adequado para o tipo de amostra. Abaixo segue um passo-a -passo de como solicitar e o que solicitar na ficha de pedido de exames do TECSA Laboratórios.
URINÁLISE
1 – Amostra de urina: Deve-se marcar UROCULTURA - 184 Obs.: Na urocultura são identificados o agente etiológico envolvido, o número de unidades formadoras de colônias (UFC) por ml de urina que será interpretado de acordo com o padrão disponibilizado no laudo (exemplo abaixo) e o resultado do antibiograma.
2 – Swab de urina: Cultura e Antibiograma – 51; Cultura e Antibiograma- Anaeróbios – 254 Obs.: Como não temos a referência da quantidade de urina não é possível interpretar o laudo baseado na UFC/ml. Então neste exame, apenas é identificado o agente etiológico e o resultado de antibiograma.
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URINÁLISE
Bibliografia 1. A Virtual Expo Company. Productos. Medical Expo. [Online] A Virtual Expo Company. [Citado em: 19 de Maio de 2014.] http://www.medicalexpo.es/prod/ sarstedt-69921.html#product-item_585915. 2. College of Veterinary Medicine, Michigan State University . AMRLS. Antimicrobial Resistance Learning Site. [Online] Plone & Python. [Citado em: 22 de Maio de 2014.] http://amrls.cvm.msu.edu/species-specific/pet/antibiotic-use-in-feline-urinary-tract-disease/07-cystocentesis.
EXAMES REALIZADOS NO TECSA LABORATÓRIOS
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MATERIAL Urina coletada em frasco estéril por cistocentese (utilizar frascos coletores tipo seringa Monovet – TECSA Laboratórios), mantida sob refrigeração entre 2 e 8 ºC.
EXAMES 234- URINA ROTINA 368- SEDIMENTOSCOPIA DE URINA 184- UROCULTURA
PRAZO DIAS 1 Dia 1 Dia 4 Dias
Cálculo em frasco com tampa de rosca, sem conservante.
219- ANALISE DE CALCULO URINARIO – PET
2 Dias
Swab de urina Swab de urina
51- CULTURA C/ ANTIBIOGRAMA 254- CULTURA C/ ANTIBIOGRAMA ANAEROBIOS
5 Dias 5 Dias