REVISTA ANO IX- N°36 / 2022
Secovi Entrevista
Benefícios e desafios do síndico morador do condomínio.
A Taxa de Alvará e a liberdade econômica.
TDAH em adultos
O transtorno também atinge a população adulta, embora seja mais difícil de ser identificado nessa fase.
Mercado imobiliário 2022 O que deve mudar.
EDITORIAL DIretoria Presidente: Ronaldo Arantes de Mendonça Vice-Pres. do Mercado Imob. e Incorporadoras: Fernando Santos Silveira Vice- Pres. Administrativo e Financeiro Alessandro Henrique Nascimento Vice-Pres. de Relações Institucionais Cremilda Pereira de Lima Vice-Pres. de Locação Alex Feliciano Amaral Alves Vice-Pres. de Marketing Comunicação e Eventos Tereza Maria Siqueira Guimarães Netto Vice-Pres. de Neg. Imobiliárias e Ética Ivan Graciano da Costa Filho Vice-Pres. de Desenvolvimento Urbano Luiz Henrique Neves de Sousa Vice-Pres.de Economia e Estatística Rogério Gosuen Vice-Pres. de Redes Imobiliárias Ricardo Alves Ferreira Conselho Consultivo e Fiscal Donizete Tavares dos Reis expediente editora chefe: Cida Bitencourt Diagramação/design: Nando Silva Revisão: Caroline Schwarzbold Imagens: Pexels, Google, Freepik Impressão: RB Digital Comercial: Alcione Rosa (34) 99866-5131 negocios@secovitap.com.br Ano IX - Nº 36 Jan. | Fev. | Mar. - 2022 CONTATO Av. Ubiratan Honório de Castro, 220, Santa Monica Uberlândia-MG 38408-154 (34) 3210-5131
Os artigos assinados são de exclusiva responsabilidade de seus autores. Reprodução de matérias somente após expressa autorização da Redação. Os anúncio publicitários são de inteira responsabilidade dos anunciantes.
Em 23 de Dezembro de 2021, a Lei Municipal Nº 13.673 declara o Secovi-Tap como instituição de utilidade pública. Mais uma conquista que vem comprovar a importância dos trabalhos que o Sindicato vem realizando ao longo de sua trajetória. Mesmo que nos últimos dois anos o Secovi-Tap tenha sido impedido, pela pandemia, de realizar todas as ações a que se propôs, manteve-se firme em seu propósito, acreditando sempre no retorno mais breve possível de todos os seus projetos, enquanto trabalhou firmemente na manutenção daqueles serviços que se mostraram ainda mais importantes neste contexto. Assim, durante o ano de 2021, foram disponibilizadas mais de 7mil consultas ao longo do ano, realizados mais de 500 exames custeados pelo Secovimed, além de mais de 2 mil encaminhamentos para realização de exames e consultas com valores acessíveis em parceiros e clínicas particulares. E ainda foi disponibilizado aos usuários do Secovimed mais um serviço de saúde, pois este agora conta também com nutricionista. E o ano se encerrou com um crescimento de 4,17% no número
de novas vidas que fizeram adesão ao serviço. Complementando este valoroso resultado e dando continuidade a ações solidárias promovidas por intermédio de sua assistente social, o Secovimed concretizou, também no último ano, três importantes campanhas: a primeira foi incentivada devido à pandemia, que trouxe consigo considerável diminuição nas doações de sangue ao hemocentro de Uberlândia que chegou a ver seu estoque de sangue 48% abaixo do ideal e, assim, em junho, o Secovimed promoveu a campanha de doação de sangue: “Você pode Salvar Vidas”. Pouco tempo depois, motivado pela forte onda de frio que o último inverno trouxe para Uberlândia, o Secovimed realizou a campanha de arrecadação de agasalho: “Sua doação é um abraço em quem tem frio” e arrecadou mais de 1.800 roupas e sapatos. Para finalizar, no dia das crianças, em outubro, a campanha “Um Sorriso Contagia” levou brinquedos novos a crianças carentes acolhidas por duas entidades de nossa cidade. Ademais, foram mais de 300 síndicos atendidos com informações, orientações e assistência no auxílio da condução da administração condominial, além de prestação de assessoria jurídica constante para diversos associados.
Também foram criados e entregues pelo Secovi-tap diversos materiais de apoio durante o ano, como: agendas, calendários, cadernos para corretores de imóveis, controle de portaria para condomínios, revistas, marcadores de página, folhetos informativos, entre outros. Mesmo em um ano atravancado como 2021, o Secovi-Tap conseguiu encerrar o período com bons resultados, prestou diversos serviços de apoio e auxílio e realizou bons trabalhos na área da saúde. Os bons resultados alcançados no ano anterior são impulsos para realizar ainda mais em 2022. Ainda não é possível prever os desafios que nos aguardam, ainda assim os planos de implantação de melhorias e novidades, além da manutenção das ações mantidas pelo Secovi-Tap e Secovimed, estão sempre evoluindo e se adaptando ao acompanhar as necessidades de nossos filiados. Por isso apontam para grandes acontecimentos ao longo do ano que se inicia. Enfim, continue acompanhando sempre nossa revista. Trazemos aqui tudo o que o Secovi faz e pretende ainda fazer por você.
Sumário 04
ASSOCIADOS SECOVI-TAP
06
O SÍNDICO PERGUNTA
09
TDAH EM ADULTOS.
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SECOVI ENTREVISTA
08
TAXA DE ALVARÁ
SECOVIMED RESPONDE
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DICAS DE SAÚDE
MERCADO IMOBILIÁRIO 2022
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A REVISTA DO MERCADO IMOBILIÁRIO E CONDOMINIAL DE UBERLÂNDIA.
De quem é a responsabilidade pelo pagamento da taxa condominial? As obrigações condominiais têm natureza propter rem e, portanto, aderem à coisa e não à pessoa, bastando a demonstração de que o devedor é proprietário ou possuidor da unidade integrante do condomínio para o reconhecimento de seu dever de pagar a quota condominial.
Existe valor percentual máximo que pode ser exigido do condômino inadimplente a título de multa moratória? Sim. Nos termos do art. 1.336, § 1º, do Código Civil, o condômino inadimplente está sujeito à multa de até dois por cento sobre o débito.
Caso a convenção condominial estipule percentual maior a
título de multa 8.009/1990 é moratória que o oponível em relação à estabelecido no Código quota condominial? Civil, qual deve Não. O benefício do bem de família prevalecer? não é aplicado aos imóveis penhoraA redução da multa moratória para o patamar de 2% (dois por cento), conforme dispõe o Código Civil deve ser acatada por todos os condomínios, independentemente destes terem constituição anterior ou posterior à data mencionada. Contudo, é certo que a redução da multa não alcança débitos vencidos anteriormente à data do começo de sua vigência. Nos termos do art. 2.035, parágrafo único, do Código Civil, tem-se que a redução da multa moratória para 2% (dois por cento) é ponto de ordem pública e como tal, de observância obrigatória. Portanto, o Código Civil prevalece sobre a convenção condominial.
A impenhorabilidade do bem de família instituída pela Lei n.º
dos em razão de débitos condominiais, por força de expressa disposição da Lei nº 8.009/90, posto ser hipótese de cobrança de contribuição devida em função do imóvel familiar.
Pode o condomínio implantar o sistema de desconto pelo pagamento antecipado da taxa condominial? Há de se ter cautela. O condomínio pode adotar o chamado "desconto de pontualidade", entretanto, caso o condômino não pague a taxa condominial, orientamos não cumular a perda do desconto com a multa moratória, haja vista que tal medida pode caracterizar aplicação de dupla penalidade em virtude do mesmo fato gerador o que, por sua vez, é vedado por nosso ordenamento jurídico.
Gustavo Storti Pizzotti
O Síndico
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A REVISTA DO MERCADO IMOBILIÁRIO E CONDOMINIAL DE UBERLÂNDIA.
Com a edição da Medida Provisória 881/2019 – que foi convertida em lei ordinária, com a sanção pelo Presidente da República da lei nº 13.874, de 20 de setembro de 2019, foi instituída a chamada Declaração de Direitos de Liberdade Econômica, prevendo que toda pessoa natural ou jurídica poderá "desenvolver atividade econômica de baixo risco, para a qual se valha exclusivamente de propriedade própria ou de terceiros consensuais, sem a necessidade de quaisquer atos públicos de liberação da atividade econômica" (art. 3º, I), com respaldo no parágrafo único do art. 170 da Constituição Federal, que garante "a todos o exercício de qualquer atividade econômica, independentemente de autorização de órgãos públicos, salvo nos casos previstos em lei". A Lei de Declaração de Direitos de Liberdade Econômica, ao tratar sobre a dispensa de licença para aquelas atividades econômicas de baixo risco, traz à luz o princípio da livre iniciativa e o princípio da liberdade econômica, dois princípios constitucionais de extrema importância para o direito econômico, os quais, salvo nos casos previstos em lei, asseguram a todos o livre exercício de qualquer atividade econômica, independente da autorização de órgãos públicos. O que ocorre é que, ao contrário do que prevê a Constituição Federal em seu art. 170 parágrafo único, muitos municípios exigem a licença de funcionamento para o exercício de toda e R E V I S T A
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qualquer atividade econômica. Logo, a lei nº 13.874/2019 se fez necessária, não para tirar a competência dos municípios sobre a questão, mas para elucidar onde a dispensa da licença deve ser aplicada, em uma tentativa de regular e fazer valer o que já está previsto em nossa Constituição Federal. O alvará de licença concedido pelos munícipios aos particulares, para que possam exercer algum tipo de atividade econômica, decorre da competência que a Constituição Federal em seu art. 30, inciso I atribuiu aos municípios para legislar sobre assuntos de interesse local. É um reconhecimento por parte da Administração Pública Municipal, frente a uma pessoa, seja ela natural ou jurídica, informando se ela está apta a exercer uma atividade econômica dentro daquele determinado município. A emissão do alvará está fundamentada na proteção do interesse público, que deve prevalecer sobre o interesse particular, logo, caso o município verifique que existe alguma irregularidade ou que está sendo descumprida alguma legislação que venha a prejudicar a população, o município poderá negar a emissão desse Alvará. Com a instituição da lei nº 13.874/2019, caso o particular cumpra os requisitos que ela impõe de ser uma atividade econômica de baixo risco (classificação essa que poderá ser feita por cada municípios de acordo com art. 3º, §1º, III da lei) e de que seja exercida exclusivamente em propriedade privada própria ou de terceiros consensuais, a lei dá amparo para que o exercício desse tipo de atividade tenha início sem qualquer dependência de ato liberatório do Poder Público Municipal, um meio de garantir e incentivar a abertura de novas atividades e negócios no município. Apesar dessa garantia, os municípios continuam competentes para regular as atividades econômicas de baixo risco, podendo exigir que sejam apre-
sentadas, à administração pública, informações sobre a atividade que está sendo exercida, para que assim possa, caso necessário, exercer seu poder de polícia e realizar a cobrança de eventuais tributos incidentes sobre essa atividade. A ideia é que os municípios flexibilizem a forma como esses cadastros sejam feitos uma vez que ele não pode ser uma condição para o início do exercício desse tipo de atividade. Neste mesmo sentido: "Ressalta-se que cabe ao Municípios estabelecer quais são as atividades de baixo grau de risco e em quais condições essas atividades serão assim consideradas. Recomenda-se que as exigências necessárias à identificação da atividade de baixo risco sejam claramente definidas na Lei Municipal, de forma que o contribuinte interessado em exercer determinada atividade compreenda a análise dos riscos e em quais condições ele pode exercer a atividade no local pretendido, perceba que a existência de Lei de baixo risco não dispensa a consulta prévia, ou consulta de viabilidade". CONFEDERAÇÃO NACIONAL DOS MUNICÍPIOS. Nota Técnica n.º 09/2019 (atualizada). Brasília/DF: 2019 Vale lembrar que a Declaração de Direitos de Liberdade Econômica está em vigor desde a data de sua publicação, logo, é de extrema importância que os municípios já tenham feitos as adequações necessárias em suas legislações para adaptar diretrizes quanto à emissão de alvarás para particulares e empresas que prestem atividades econômicas de baixo risco.
FRANCISCO DE PAULA Jurídico Secovi-Tap
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Quais são os problemas mais comuns no cotidiano de quem tem TDAH?
É um transtorno neurobiológico, de causas genéticas, que aparece na infância e frequentemente acompanha o indivíduo por toda a sua vida. Ele se caracteriza por sintomas de desatenção, inquietude e impulsividade. A Associação Brasileira de Déficit de Atenção (ABDA) estimam que 4% da população adulta pode ter déficit de atenção e, aproximadamente, 80% dos casos tiveram início na infância. Quais são as causas do TDAH? Estudos científicos mostram que portadores de TDAH têm alterações na região frontal e nas suas conexões com o resto do cérebro. A região frontal orbital é uma das mais desenvolvidas no ser humano em comparação com outras espécies animais e é responsável pela inibição do comportamento (isto é, controlar ou inibir comportamentos inadequados), pela capacidade de prestar atenção, memória, autocontrole, organização e planejamento. O que parece estar alterado nesta região cerebral é o funcionamento de um sistema de substâncias químicas chamadas neurotransmissores (principalmente dopamina e noradrenalina), que passam informação entre as células nervosas (neurônios). TDAH em adultos, existe? O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), ao contrário de que muitos pensam, não é apenas um problema de crianças e adolescentes. Algumas estimativas apontam que cerca de 2.5 a 3,4% da população adulta ao redor do globo possui TDAH. Além disso, o TDAH é um transtorno que na maioria dos casos persiste da infância até a vida adulta. 9
Como saber se você tem TDAH? Com a popularização recente do TDAH e do uso de estimulantes na mídia, muitas pessoas passaram a se questionar sobre a possibilidade de possuírem o transtorno. As manifestações do TDAH tendem a ser um pouco diferentes em adultos e crianças. Adultos tendem a sofrer mais de problemas de desatenção ao passo que os sintomas de hiperatividade são menos proeminentes. Se você suspeita de que possa ter TDAH, é importante que você receba uma avaliação por um profissional de saúde mental habilitado (psicólogo clínico ou psiquiatra). O diagnóstico de TDAH engloba uma avaliação detalhada de vários aspectos da vida de um indivíduo. Quais são os sinais de alerta para o transtorno em adultos? 1. Dificuldade para organizar tarefas e priorizar atividades 2. Dificuldade para iniciar e completar tarefas 3. Esquecimento 4. Procrastinação 5. Pouca habilidade para manejar o tempo 6. Labilidade emocional, irritabilidade e falta de motivação 7. Impulsividade Quem tem TDAH pode ter outros transtornos associados? Adultos com TDAH também sofrem frequentemente de outros transtornos psiquiátricos comórbidos, como: transtornos de humor, transtornos de ansiedade e transtorno de uso de substâncias.
1. Dificuldade em realizar os compromissos do dia-a-dia como limpeza da casa, pagamento de contas, etc. 2. Grande variabilidade na produtividade, com momentos de trabalho excessivo e períodos de inércia 3. As tarefas são realizadas apenas de última hora ou não chegam a ser feitas. 4. Perda de prazos ou compromissos 5. Problemas no trabalho ou na performance acadêmica, com perda ou abandono de empregos 6. Problemas nos relacionamentos por esquecimento ou por não completar compromissos 7. Maiores taxas de acidentes de trânsito ou multas de trânsito por desatenção ou impulsividade e maiores taxas de abuso de substâncias 8. Sentimento de inquietude, incapacidade de aguardar sua vez de falar ou ser atendido. Comportamentos como falar demais ou interromper os outros. Como funciona o tratamento? Após o diagnóstico ser feito pelo profissional, o mesmo conduzirá o tratamento com psicoterapia, a mais indicada para esse transtorno é a Terapia Cognitivo Comportamental, e, se necessário, o médico psiquiatra lhe indicará o medicamento mais eficaz. No mais, você mesmo já pode se cuidar seguindo algumas dicas: - Aprenda a lidar com o estresse e a mudança de humor. - Pratique exercícios - Durma bem - Alimente-se de maneira correta - Se organize e evite a desordem diária - Defina lugares para seus pertences - Use uma agenda - Administre o seu tempo - Crie uma curta rotina diária - Aprenda a dizer não Fonte: tdah.org.br
Ariana Oliveira Gonçalves Psicóloga do Secovimed CRP04/37709
A REVISTA DO MERCADO IMOBILIÁRIO E CONDOMINIAL DE UBERLÂNDIA.
O Secovimed foi criado pelo Secovi-Tap, Sindicato da Habitação, para oferecer assistência social na área da saúde para a categoria que representa. Por esse motivo, o atendimento realizado por ele é direcionado para funcionários de condomínios, imobiliárias, administradoras de condomínios e para Síndicos. A sua equipe atende a todos com muita atenção e respeito, oferecendo um atendimento humanizado sempre em função da melhora da saúde e qualidade de vida do paciente. Além disso, por meio deste canal, busca esclarecer eventuais dúvidas, a fim de que pacientes e empregadores estejam sempre bem informados a respeito de tudo que o Secovimed disponibiliza e quem pode usufruir desses serviços. Nesta edição, aborda temas relacionados às parcerias que mantém. Afinal, mesmo disponibilizando nove diferentes serviços na área da saúde e mais de 30 exames laboratoriais sem custo, existem especialidades e exames que o Secovimed não dispõe no momento. Por isso, mesmo estando em constante expansão, buscando oferecer cada vez mais novos serviços, conta com diferentes parcerias que garantem descontos exclusivos na realização de diversos exames em clínicas particulares, além de consultas com valores reduzidos para aqueles serviços que ainda não possui. Acompanhe abaixo um pouco de como funcionam estas parcerias: Atualmente o Secovimed disponibiliza os seguinte serviços de saúde: Clínica Médica, Médico da Família e Comunidade, Ortopedia, Ginecologia, Nutricionista, Psicologia, Psiquiatria e Dentista, além de contar com o apoio e orientação de Assistente Social. Então, quanR E V I S T A
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do o paciente precisa de outro serviço de saúde, diferente desses, o que acontece? R: O paciente deverá ligar no Secovimed e falar com a Assistente Social. Durante o atendimento, a profissional identifica a necessidade do paciente e fornece todas as orientações de que este precisar. Ajuda a identificar a especialidade que o paciente deve buscar, muitas vezes, a própria médica da família do Secovimed pode atender. Se o Secovimed de fato não puder atendê-lo sem custo, a Assistente Social aciona um de nossos parceiros. Faz contatos, esclarece dúvidas, busca todas as informações necessárias com médicos e parceiros. Uma vez identificada a melhor opção para ajudar o paciente em sua necessidade, este é informado sobre todos os detalhes, o que precisa fazer, onde deverá ir, como deve se preparar para cada exame, ser for o caso, qual será o custo, etc. Paciente do Secovimed que possui pedido de exames do SUS pode fazer o exame através dessas parcerias? R: Sim. O paciente poderá apresentar o pedido ao médico do Secovimed, caso tenha consulta agendada. Ou se preferir, basta encaminhar o pedido para a assistente social do Secovimed pelo whatsapp 98404-3436. Neste caso, será feita uma guia de autorização para realização do exame em um de nossos parceiros. Com essa guia e o pedido do SUS, o paciente poderá fazer o exame com os valores mais acessíveis proporcionados pelas nossas parcerias. O que é e pra que serve a Guia de Encaminhamento? R: A Guia de Encaminhamento ou guia de autorização, como também é chamada, é uma guia específica emi-
tida, assinada e carimbada pelo Secovimed que autoriza o seu titular a realizar procedimentos na área da saúde em instituições parceiras do Secovimed, com descontos exclusivos. É necessário ir pessoalmente ao Secovimed para buscar a guia de autorização? R: Depende de cada instituição. Algumas instituições parceiras consideram exclusivamente a autorização original, nestes casos o paciente, ou alguém indicado por ele, precisará ir até o Secovimed para buscar a guia, como é o caso de uma tomografia, por exemplo. Porém, há parceiros que aceitam o pedido enviado pelo whatsapp, bastando mostrar a guia no próprio celular. Familiares dos usuários do Secovimed podem ser atendidos através desse sistema de parceria? R: Sim, tanto para consultas quanto em exames. Basta o usuário do Secovimed ligar 3210-4656 e fazer o pedido, informando nome completo da pessoa que precisa de atendimento e o grau de parentesco. Lembrando que em caso de exames, o mesmo precisa ter em mãos o pedido do médico. Existe custo para solicitar uma guia de autorização? R: Não. Os encaminhamentos para qualquer uma das instituições parceiras são totalmente sem custo, tanto para usuários do Secovimed, quanto para seus familiares. Este é mais um benefício que o Secovimed oferece. O paciente deverá pagar exclusivamente o procedimento que irá executar quando o fizer e diretamente para o parceiro. Não existe nenhum ganho financeiro por parte do Secovimed nestas parcerias. O único objetivo das mesmas é atender da melhor forma possível o paciente Secovimed.
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A REVISTA DO MERCADO IMOBILIÁRIO E CONDOMINIAL DE UBERLÂNDIA.
A hanseníase, amplamente conhecida pela designação de “lepra”, parece ser uma das mais antigas doenças que acometem o homem. Em 1873, coube ao norueguês Gerhardt Henrik Armauer Hansen demonstrar a existência de Mycobacterium leprae, ou bacilo de Hansen, identificado em lesões cutâneas de indivíduos acometidos pela doença.
A maioria da população, ao ser contaminada, oferece resistência ao M. leprae e não chega a adoecer, embora essa situação possa ser alterada em função da relação agente infeccioso/ meio ambiente/indivíduo, podendo ocorrer o adoecimento de parcelas crescentes de indivíduos em áreas endêmicas (isto é, áreas onde a doença é frequente na população).
A hanseníase não se trata apenas de uma doença infecciosa transmissível capaz de provocar lesões de pele, mas também de um agravo crônico, inflamatório, capaz de provocar incapacidades e deformidades relacionadas ao acometimento dos nervos periféricos, quando não diagnosticada precocemente.
Nos indivíduos que adoecem, a infecção evolui de maneiras diversas, de acordo com a característica da resposta imunológica do hospedeiro (o indivíduo que hospeda o bacilo). Se a resposta imunológica é competente, produz-se uma forma localizada e não contagiosa da doença; se essa competência não é efetiva, desenvolve-se
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uma forma generalizada e transmissível. Entre esses dois extremos, encontram-se as formas intermediárias, que refletem um largo espectro de variações de resistência e carga bacilar. É uma doença primariamente do sistema nervoso periférico, com terminações que inervam as glândulas do suor, os vasos sanguíneos da pele, a sensibilidade cutânea e a força muscular dos olhos, braços, pernas. Secundariamente, acomete a pele e outros tecidos, aparecendo os sinais e sintomas da hanseníase que podem ser manchas ou lesões elevadas esbranquiçadas ou avermelhadas com sensação de “piniqueira”, queimação, ardência, ou mesmo sensação de coceira e em seguida evoluindo para
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dormência (perda de sensibilidade). Outras vezes pode ocorrer placas, caroços vermelhos dolorosos, febre, dor nas articulações (juntas), inchaço nas pernas, obstrução nasal, etc. Além disso, dor em trajeto dos nervos que passam pelos cotovelos, punhos, atrás dos joelhos e tornozelos, com perda da função sensitiva e motora (diminuição da força) de mãos, pés e olhos (pálpebras). Por ser uma doença infecciosa, transmissível pelas vias aéreas superiores, principalmente pelo nariz e boca (porta de entrada e saída), o importante é tratar o doente que está transmitindo a doença para eliminar a fonte de infecção. Quanto à mulher grávida com hanseníase, o bacilo não é transmitido ao feto pela placenta. O importante é que a mulher seja tratada mesmo durante a gravidez, para que ela não transmita a doença para o bebê ao nascer, através da respiração da mãe. A hanseníase não contraindica a amamentação que, ao contrário, deve ser incentivada pelos benefícios ao recém-nascido. O diagnóstico da hanseníase é feito por meio do exame dermatoneurológico, que consiste em um exame minucioso da pele e palpação dos nervos periféricos situados na face, no braços e pernas. Como não é uma doença no sangue, pois o bacilo gosta de temperatura mais fria para se multiplicar, a pesquisa do bacilo de Hansen é feita através de esfregaços cutâneos, por meio de um pequeno corte na pele dos lóbulos das orelhas, cotovelos e lesão da pele (regiões frias do corpo). Além disso, para se confirmar o diagnóstico, pode ser feita biópsia (retirada de um pequeno fragmento) da lesão de pele. As formas clínicas da hanseníase são: Indeterminada (I), Tuberculoide (T), Dimorfa (D) e Virchowiana (V). Se os sinais e sintomas
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estiverem em trajeto de nervos, uma eletroneuromiografia e ultrasssonografia podem auxiliar o diagnóstico de hanseníase neural primária. O tratamento com PQT é composto por três medicamentos (Rifampicina, Clofazimina e Dapsona) apresentados em blister para cada 28 dias. O paciente toma a dose supervisionada no serviço de saúde e as doses diárias autoadministradas são feitas no domicílio, com duração de 6 meses para os pacientes com formas paucibacilares PB (poucos bacilos) e de 12 a 24 meses para aqueles com formas multibacilares – MB ( maior carga de bacilos). Como a PQT é eficaz desde a primeira dose, após o início do tratamento não é necessário isolar o paciente ou mesmo os seus talheres, roupas de cama e banho. O paciente pode conviver normalmente com a família, pois aquele contato domiciliar que venha a adoecer no futuro, já foi contaminado pelo doente antes do diagnóstico. Por isso, o Programa de Controle da Hanseníase preconiza o exame dermatoneurológico de todos os contatos domiciliares que convivem ou conviveram com o doente, para que se possa diagnosticar precocemente algum contato com maior risco de adoecer. Quanto mais precoce for o diagnóstico, a doença pode estar no estágio inicial e o tratamento é mais curto e a pessoa ainda não está transmitindo a doença. O tratamento precoce e o controle das reações e inflamações dos nervos (neurites) podem evitar as incapacidades. Se o indivíduo tiver seu diagnóstico precoce e for bem orientado e monitorado durante o tratamento e após a alta medicamentosa, ele pode evoluir sem sequelas, as quais acometem em torno de 20% dos pacientes. Não há vacina específica contra a
hanseníase. Por isso, sua prevenção, é preciso que a população e os profissionais de saúde conheçam os sinais e sintomas para o diagnóstico precoce, tratamento adequado, visando, a eliminar rapidamente a fonte de infecção na população, quebrando a cadeia de transmissão da doença e evitando, assim, o aparecimento de novos casos. Em 2019, o Brasil contava com 34.640 casos registrados de hanseníase e mais de 28.000 casos novos. Somos o 2º país no mundo em número absoluto de casos e o primeiro em prevalência (número de casos por habitante). Concentramos 93% dos casos de hanseníase do continente Sul-Americano. Portanto, a hanseníase continua sendo um problema de saúde pública em nosso país e seguimos não enxergando esse problema. Em Minas Gerais foram notificados 1391 casos e em Uberlândia, 210 casos em 2019. Estima-se que exista uma endemia oculta, que é o estoque de doentes sem diagnóstico nas comunidades, mantendo a cadeia de transmissão da doença. Daí a importância de se levar a sério uma campanha de divulgação da hanseníase e que o paciente com suspeita de hanseníase possa ter acesso ao serviço de saúde e ser diagnosticado por profissionais capacitados
Dra. Isabela Maria Bernardes Goulart
Médica Hansenologista – CRM/MG 15.781 Professora Titular do Departamento de Clínica Médica -Faculdade de Medicina/UFU Coordenadora Centro de Referência Nacional em Dermatologia Sanitária e Hanseníase (CREDESH) Hospital de Clínicas - UFU
A REVISTA DO MERCADO IMOBILIÁRIO E CONDOMINIAL DE UBERLÂNDIA.
Ter um síndico presente no condomínio é, além de obrigatório, um importante canal de desenvolvimento e aprimoramento da qualidade de vida dos moradores. Ser síndico não é uma tarefa fácil. Na maioria das vezes, aquele que assume o cargo precisa conciliar as demandas da função com outros trabalhos profissionais. Mas, independente das dificuldades, ninguém discorda que sem um bom síndico é difícil o condominio oferecer qualidade de vida aos seus moradores. E com esse pensamento em mente, nesta edição, o Secovi Entrevista vem conhecer um pouco da trajetória de Samantha Martins, síndica do Condomínio Edifício Domingos Gonçalves de Oliveira, localizado no bairro Aparecida. Acompanhe com a gente como foi essa conversa e saiba como é seu dia a dia como síndica, as dificuldades e privilégios que ela encontra na função.
Secovi Entrevista: Para iniciarmos essa conversa, conta para gente há quanto tempo você é síndica e o que te levou a encarar essa missão?
Condomínio Edifício Domingos Gonçalves de Oliveira
Samantha Martins: Estou nessa função há pouco mais de um ano e quatro meses. Antes essa parte de sindicância estava sob a responsabilidade da administradora, mas percebemos a importância de termos um síndico que resida no prédio para acompanhar os problemas diários ou. às vezes, de coisas que precisavam ser socorridas no período da noite. Por conta disso, vimos uma necessidade de eleger um síndico morador do condominio. A partir dessa iniciativa e da vontade de todos os moradores de termos um síndico, com o tempo acabei sendo escolhida para a função. Secovi Entrevista: E hoje o que
você consegue identificar de melhora que essa mudança trouxe para o condominio?
Samantha Martins: A proximida-
de com os próprios moradores. Porque se eles não conseguem o contato comigo pelo telefone, às vezes eles batem na porta do meu apartamento. Isso torna o ambiente mais acolhedor, porque, no final, todos nós temos
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o mesmo propósito. Isso é muito mais fácil do que um síndico profissional que não reside no condomínio e, muitas vezes, não dá um retorno imediato que seja dentro de um tempo que consideremos plausível de espera.
Secovi Entrevista: Você é síndi-
ca em tempo integral ou concilia essa com outras funções?
Samantha Martins: Eu sou ad-
vogada. Fico no escritório o dia todo. Então meu telefone pessoal acabou se tornando meu telefone para o condomínio porque o tempo todo eu tenho que estar à disposição e preciso conciliar com minha vida profissional. O condomínio veio como um acréscimo. Mas hoje já está bem tranquilo e bem conciliado. Às vezes eu não consigo atender uma ligação por estar em uma reunião do trabalho, mas logo eu mando uma mensagem e isso foi bem avisado que, às vezes, eu não conseguiria atender uma ligação, mas mando mensagem o mais rápido possível. O whatsapp tomou muito mais força, porque é o contato mais breve e rápido que conseguimos ter. Eu consigo resolver muitas coisas por whatsapp e com isso não me complico tanto em relação a ter que sair da sala onde estou para atender uma ligação e incomodar colegas de trabalho, por mensagem eu consigo resolver muita coisa.
Secovi Entrevista: Atualmente uma das maiores demandas dos síndicos é com relação às dificuldades impostas aos condomínios pelos decretos de isolamento. Como foi pra você se adequar a esses decretos? Samantha Martins: Quando eu
assumi, ainda não estávamos no período crítico da pandemia. Na verdade, a eleição foi anterior a esse momento, somente quando acabou a gestão da administradora que eu assumi. Tivemos que tomar algumas medidas por questão de proteção, adquirimos o tapete que higieniza e o pedal de álcool em gel. Vários comunicados e avisos foram espalhados pelo condomínio informando que o uso de máscaras é obrigatório, principalmente dentro dos elevadores. Adaptamos também
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o álcool em gel dentro dos elevadores. De acordo com o nosso regimento interno decidimos não deixar o salão de festas ativo independente dos decretos. Permanecemos sem a utilização desse salão até final do ano passado e liberamos agora no início do ano, mas mesmo assim ainda não teve adesão ao uso desse espaço.
Secovi Entrevista: Foi difícil para você implementar essas mudanças já no início do seu mandato?
Samantha Martins: Foi bem tranquilo. Nosso prédio, inclusive, é considerado pela prefeitura da cidade como prédio de idosos. O número de idosos do nosso condomínio é imenso, praticamente em todos os apartamentos tem um idoso, com exceção apenas de dois apartamentos onde não há nenhum idoso morando. Por isso, todos os familiares agiram com extrema cautela, proteção e cuidado. Tanto pelo idoso que morava em seu apartamento como pelo prédio todo. A nossa preocupação sempre foi em manter a saúde dos idosos por conta das comorbidades e da idade avançada e, graças a Deus, a adesão foi por completa. Secovi Entrevista: De que modo você resumiria como está sendo sua experiência nesse período que está como síndica?
Samantha Martins: Então, são vários aprendizados. Muitas coisas eu não tinha conhecimento nem noção sobre as questões de funcionamento, às vezes, relacionadas à própria gestão. Foram muitos problemas pós reforma que o condomínio passou e, mesmo assim, a gente conseguiu caminhar dentro do plausível. A maior dificuldade talvez seja filtrar profissionais que atendam diversas áreas de serviços pois, se conseguirmos isso, além de termos um prestador que crie um laço de confiança com o condomínio, os prestadores de serviços não seriam tão diversificados. Mas são muitos aprendizados e muitos desafios, além de muito conhecimento profissional de gestão de condomínio e gestão de pessoas, porque lidamos com famílias e cada um com uma realidade
diferente, ainda mais nesse período de pandemia. Então digo que foi um mix de aprendizado.
Secovi Entrevista: E o Secovi tem te ajudado de alguma forma na sua gestão como síndica? Samantha Martins: Sim. Tanto
pelas questões de suporte dos materiais físicos que oferecem, tipo a agenda e o calendário, tudo isso é importante, pois eu não vivo sem a agenda do síndico, ela é muito importante para mim, quanto a assessoria jurídica, porque mesmo eu sendo da área jurídica é importante trocar conhecimento e como vocês são especializadas na parte condominial me ajuda muito quando tenho uma dúvida, preciso de orientação ou de suporte, além das questões de lidar com os funcionários. Nós já tivemos funcionários registrados e vocês me deram um suporte de acompanhar de tudo que a gente fizesse com eles, como cesta básicas, acordos trabalhistas e, além disso, temos o SecoviMed e tudo isso ajuda bastante.
Secovi Entrevista: Pra encerrar,
que dicas, conselhos ou mensagem você gostaria de deixar para outros síndicos e síndicas que estão lendo nossa entrevista?
Samantha Martins: O que posso dizer é que busque prestadores de serviços qualificados, mas que para isso troque ideias com pessoas da área, com outros síndicos, com pessoas que já têm experiências nessa vivência, porque são informações muito válidas. Às vezes, ficamos presos em empresas que têm nome, mas deixam a desejar na qualidade do serviço prestado. Então, às vezes, uma empresa menor vai oferecer uma qualidade de serviços melhor para gente, com menos desgastes. Outra coisa importante é que tente resolver tudo no diálogo mesmo, porque o síndico precisa ter um diálogo aberto com a vizinhança para ter menos estresse e confusão. O síndico é apenas uma figura, ele não faz nada sozinho, então ele precisa muito desse suporte de todos os moradores, porque se não for assim, ele não é ninguém.
A REVISTA DO MERCADO IMOBILIÁRIO E CONDOMINIAL DE UBERLÂNDIA.
É grande o número de pessoas envolvidas no Mercado Imobiliário. Aqueles que pagam aluguel e aqueles que precisam receber o aluguel. Tem também quem pretende sair do aluguel, além de investidores e vendedores. Isso sem falar no grande número de profissionais envolvidos e na gigantesca movimentação financeira que este mercado representa para o município.
consenso de que o ano de 2021 apresentou um cenário angustiante, com fechamento de diversos comércios, queda na renda e altos índices de reajuste dos aluguéis. Contudo, apesar das dificuldades, o setor vislumbrou oportunidades de mudança que vieram ao encontro dos novos hábitos dos consumidores e propiciaram um resultado positivo para o setor.
O mercado de imóvel é complexo e, muitas vezes, um único imóvel é fator determinante na vida de mais de uma família concomitantemente, e não muito ocasionalmente, de forma antagônica.
“Mesmo com incerto e tumultuado cenário econômico de 2020 e 2021 devido à Pandemia, o setor imobiliário teve seus momentos difíceis, mas também de recuperação e de mudança de preferencias dos consumidores (proprietários, locatários e investidores). No ano de 2021, mesmo com redu-
Somado a essa realidade, existe o
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ção de empregos e renda, o mercado imobiliário sofreu com os altos índices de reajuste de aluguéis, o que foi contornado pelas negociações entre Locadores e Locatários. Em favorável contrapartida, houve um aumento na oferta e na procura por imóveis tanto no setor de locação quanto no de venda. Este último principalmente devido aos lançamentos de projetos inéditos que rapidamente se adaptaram e seguiram as novas necessidades dos consumidores, em decorrência da tendência inevitável do Home Office ou do trabalho híbrido. Nós, particularmente, tivemos um grande aumento na procura de imóveis para locação.”, afirma Tereza Maria Guimarães Netto, Diretora da Módulo Imóveis - Imobiliária Associada ao Secovi-Tap, com 38 anos de mercado. Realidade presenciada em todo o setor, conforme corrobora Leonardo Garcia, Gestor de Locações da Arantes Imóveis - Imobiliária Associada ao Secovi-Tap, com 23 anos de mercado: “Com o trabalho das imobiliárias e en-
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tendimento de locadores e locatários, grande parte das locações se sustentaram por negociações amigáveis, tanto se tratando de descontos de aluguéis nos períodos que o comércio permaneceu fechado como nos momentos de reajustes. Mesmo assim, houve desocupações decorrentes de mudanças de hábitos de locatários. Tanto pela questão de redução de custos como para obter melhor qualidade de vida. Famílias perceberam que com, a pandemia, precisariam de imóveis maiores, principalmente quem tem criança e quem passou a trabalhar em Home office. Com isso, podemos dizer que o mercado de locação não sofreu tanta redução como era imaginado lá em 2020 quando foi o início da pandemia. 2021 foi um ano bem produtivo para a área.” As negociações dos reajustes dos alugueis foram fundamentais para este panorama, como explica Cremilda Pereira Lima, Diretora da Objetiva Imóveis - Imobiliária Associada ao Secovi-Tap, com 26 anos de mercado: “Os impactos foram amenizados pela disposição dos proprietários em negociar o valor do aluguel. Muitos proprietários não aumentaram o valor, outros deram descontos no reajuste, e, somente aqueles que vinham recebendo o aluguel com valor defasado, ou que queriam a desocupação do seu imóvel, se negaram a negociar. Importante lembrar que a maioria dos locadores, ao contrário do que muita gente pensa, são proprietários de um ou dois imóveis e precisam desses aluguéis para se manterem. Daí a disposição e necessidade da negociação do valor do reajuste.” Diante do esforço mútuo para vencer os impasses que se apresentaram no
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último período e o desfecho positivo, não é de surpreender que o avanço do Mercado Imobiliário em 2022 também seja unânime. “Houve uma mudança de comportamento dos consumidores. A procura pela compra de imóveis com mais opções de lazer e, até mesmo, para investimento cresceu. Para 2022, a expectativa é de que o mercado continue em ascensão, isso depende muito da economia do país, mas estamos com a esperança de permanecer numa constância positiva.” Declara Rodrigo Cardoso, Diretor da RE/MAX ACERTI - Imobiliária Associada ao Secovi-Tap, com 10 anos de mercado. Visão que é complementada por Cremilda Lima, quando avalia o setor de locação: “Entramos o ano com muitos imóveis desocupados. A oferta, principalmente de imóveis comerciais, está maior que a procura e isso reflete nos valores dos imóveis ocupados, forçando uma queda. Contudo, esperamos que o ano de 2022 seja um ano mais tranquilo para o mercado, e a oferta e procura estejam mais equilibradas. O desemprego está afetando o mercado, por outro lado, aquele trabalhador, que tem estabilidade no emprego, está tendo oportunidade de adquirir seu imóvel pelos programas habitacionais do Governo, como “Casa Verde e Amarela”, o que, também, acaba impactando nas desocupações principalmente de apartamentos mais baratos. Existe uma expectativa de melhora, mas somente será concretizada se houver uma melhoria na nossa econo-
mia com uma maior oferta de empregos.” Não obstante, em Uberlândia, o âmbito universitário também impele sua influência de forma direta no mercado de locação. “A possível volta das aulas presencias na UFU impacta favoravelmente o aumento de locações de imóveis em várias regiões da cidade e principalmente próximos aos Campus!” reconhece Leonardo Garcia. O que é confirmado por Tereza Maria: “Os imóveis voltados para estudantes sofreram grade impacto, pois, com as aulas presenciais suspensas, os estudantes voltaram para suas cidades adotando as aulas remotas, o que provocou vacância nestes imóveis que geralmente são de investidores. Uma situação que deve ser normalizada no início do ano com o retorno destes estudantes.” Já em se tratando de venda de imóveis, um grande agente que pesa sobre o mercado é a taxa Selic, sobre a qual Rodrigo Cardoso expõe suas expectativas: “Sempre teremos a influência da SELIC no mercado imobiliário, mas acreditamos que em 2022 não será estrondosa. Será amena e poderemos continuar trabalhando com segurança nesses investimentos.” Tereza Maria, por sua vez, faz a seguinte avaliação: “Acredito que o desempenho dos aluguéis em 2022 será melhor do que em 2021, pois a geração de empregos e as altas de juros em 2022 são fatores que estimulam a demanda por locação, pois existe uma faixa da população que decide entre “Compra e Locação”, baseado na tendência da Taxa Selic.” Por outro lado, o que existe em co-
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mum, tanto no mercado de locação quanto no mercado de compra e vendas de imóveis, é o fato de que ambos possuem perfis de consumidores muito diversificados. Rodrigo Cardoso exemplifica: “Pessoas se casando, separando, indo morar longe da família, casos de perdas na família, tudo isso mexe com o mercado imobiliário. Em algum momento da vida, alguém irá comprar ou vender um imóvel.” Ainda assim, a mudança de perfil do consumidor é uma certeza que permeia mais que nunca os empresários do meio. Como confirma Cremilda Lima: “Principalmente com relação às locações de espaços comerciais, os chamados coworking, cuja procura vinha aumentando e se intensificou por conta da obrigatoriedade, em muitas empresas, do trabalho remoto. Muitas empresas aderiram ao formato reduzindo seus espaços físicos, visando à redução de custos necessária para enfrentar as dificuldades geradas pela crise econômica causada, em parte, pela pandemia. Assim como com relação à locação residencial, houve um aumento na procura por casas ou apartamentos com espaço para lazer, entretenimento, atividades físicas, etc. Já quanto ao mercado de compra e venda de imóveis, temos em Uberlândia investidores de vários perfis: de áreas comerciais, loteamentos e de imóveis para locação. Mas o que vem crescendo são investidores interessados em áreas comerciais, loteamentos em bairros planejados, apartamentos em empreendimentos que oferecem áreas de convivência e lazer completo
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como academias, piscinas, sala de cinema, brinquedoteca, etc...” Tereza Maria também concorda com essa mudança: “O consumidor evita, cada vez mais, sair do conforto de sua casa e, com isto, a escolha “onde e como morar” passa a ser ainda mais acentuada e cada vez com mais critérios. Por isso, a procura por imóveis maiores teve relevância, pois, com a tendência do home office, os consumidores preferiram buscar por imóveis maiores e mais afastados dos grandes centros o que, a meu ver, é um cenário que não irá recuar. Outra mudança é que já se percebe um aumento na procura de locação para grandes empresas varejistas e comércios em geral. A tendência para 2022 é de que as incorporadoras com projetos imobiliários que mais atenderem estas novas demandas do consumidor pós-pandemia, tanto em termos de localização quanto em tipologia, e ainda somados a uma maior inserção e introdução de tecnologia aos imóveis e ao dia a dia das pessoas, terão melhores resultados independentemente do macro cenário econômico e, ainda, atrelado um ano de eleição.” Declara Tereza Maria. Diante desse contexto, fica claro o motivo das boas perspectivas para este ano. Leandro Garcia ainda complementa: “Nesse início de ano, aumentou muito a procura por pessoas que estão vindo de outras regiões do país para nossa cidade, principalmente a trabalho, sendo contratados por grandes empresas ou até mesmo na prestação de serviços em obras que estão ocorrendo na região.”
Harmonizando com esse quadro, os consumidores deste mercado já percebem investimentos em recursos tecnológicos adotados pela maioria das imobiliárias de Uberlândia. Já é possível fazer a maioria dos negócios imobiliários sem ter que ir pessoalmente até a empresa intermediadora do serviço. Desde a procura do imóvel até o fechamento do negócio. Um ponto-chave e de atenção constante por parte dos empresários locais. Sem abandonar os clientes que ainda fazem questão de manter o “olho no olho”. Uma combinação certeira e a garantia de evolução para o setor. Por isso mesmo, a continuidade do uso das redes sociais foi apontada como importante elemento para aproximação dos clientes por Rodrigo Cardoso: “A tecnologia alavanca a automatização assim o que faz a diferença é assertividade nas estratégias definidas, da mesma maneira que facilita e traz agilidade. As mídias sociais são a melhor forma de alcançar mais pessoas em menor tempo possível, além de proporcionar mais interação com o cliente e conseguir mostrar com mais fidelidade o imóvel a ser vendido.” E como sintetiza Leonardo Garcia: “O mercado imobiliário, como todos de modo geral, deve acompanhar as mudanças e a chegada de novos modelos de trabalho, pois estes, atrelados à tecnologia, podem trazer mais agilidade aos processos, mais satisfação dos clientes com fechamentos de negócios de forma mais rápida, além de maior produtividade para todo o setor e retorno positivo para todos os envolvidos.”
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