fotos: Osvaldo Noceti
dafnĂŠe canello
Editorial COMO QUEREM VIVER 2019?
Índice DIVULGAÇÃO
Páginas 5 Tecnologia: Escolas recebem lousas digitais, kits multimídias e outros recursos que contribuem para aulas dinâmicas e interativas
SILVIA LETICIA DALEFFE
Páginas 6 e 7 Inaugurações: Rede estadual de ensino acolhedora com novas escolares, ampliação e reforma de unidades existentes
OSVALDO NOCETTI
Páginas 8 e 9 Ensino Médio Integral: Jornada ampliada atende mais alunos e programa se fortalece com formação continuada de professores
DIVULGAÇÃO
Página 11 Reconhecimento: Estudantes fazem foguete de garrafa pet e vencem desafio da Sociedade de Astronomia Brasileira e a Agência Espacial Brasileira
ANDRÉIA OLIVEIRA
Recordar é uma ação simples no dia a dia. Mas quando se confere uma intenção, a recordação pode tornar-se uma ferramenta para observar os passos dados. Folhear as páginas do jornal Escola Aberta é acompanhar parte de uma produtiva caminhada da rede estadual de ensino em 2018. Alunos, professores, escolas apresentam os trabalhos desenvolvidos, alguns com envolvimento da comunidade do bairro ou mesmo com abrangência maior no respectivo município, num exercício desde crianças e jovens de engajamento e cidadania. A Escola de Educação Básica Dom Vital, em Ponte Serrada, região Oeste, começou em março uma série de ações de sustentabilidade, como, por exemplo, a coleta do óleo usado em restaurantes para reaproveitar na fabricação de sabão. Com o conjunto de ações do programa Da Consciência pela Persistência para Sobrevivência, desenvolvido durante o ano, ganhou o prêmio Escola Cidadã 2018. No Complexo Penitenciário de Chapecó, 22 apenados se dedicaram aos estudos do curso de pintor de imóveis com os professores do Centro de Educação Profissional (Cedup). Neste mês, ocorreu a formatura deles, numa cerimônia comovente com a presença de familiares, que comemoravam a qualificação profissional durante o ano como uma oportunidade para a ressocialização. Também houve produtiva caminhada no trabalho de gestão da rede. Em Políticas Educacionais e Planejamento, o lançamento dos sete cadernos das Políticas de Educação nas Diversidades, mais do que cumprir as diretrizes legais, apresentou orientações para organização e funcionamento das políticas educacionais com estratégias adequadas em cada tema proposto. Outro grande passo apresentado, neste fim de ano, foi a entrega à sociedade catarinense da versão preliminar do Currículo Base de Santa Catarina para a Educação Infantil e o Ensino Fundamental, documento importante para a implementação da Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Na Gestão da Rede Estadual, os programas de educação se fortaleceram, como o do Ensino Médio Integral em Tempo Integral (Emiti). Neste mês, professores, diretores, coordenadores que se envolveram diretamente com o Emiti participaram do 2º Seminário de Saberes e Práticas de Educação Integral, com cobertura nas páginas 8 e 9. Outros seminários e cursos, dirigidos a toda a rede estadual, foram realizados desde fevereiro com mais de 15 mil inscrições em formação continuada dos profissionais da rede estadual de ensino. Investimentos também foram feitos, durante o ano, em infraestrutura e, nestes últimos meses, as comunidades escolares estão recebendo as ampliações e reformas concluídas, novos prédios, equipamentos de tecnologia, entre outras entregas. Deixo aqui um convite para cada um também recordar o que viveu em seu processo de ensino e aprendizagem neste ano. E como querem viver este processo em 2019?
Página 12 Superação: Apenados concluem curso de pintor e conquistam oportunidade para ressocialização
Gisele Kakuta Monteiro Editora do Escola Aberta
Expediente Editora: Gisele Kakuta Monteiro
Editor de fotografia: Osvaldo Nocetti
Participaram dessa edição: Ana Paula Keller/ADR Joinville, Andréia Oliveira/ADR Chapecó, Carolina Debiasi/ADR Xanxerê, Cristiane Cordioli, Dafnée Canello, Dales Hoeckesfeld, Daniela Meurer, Francieli Dalpiaz/Secom, Maurício Vieira/Secom, Murilo Roso/ADR Videira, Paula Darós Darolt/Secom, Silvia Letícia Daleffe/ADR Itajaí, Wagner José Mezoni
Revisão: Jovelino Domingos Cardoso Jr. Diagramação: Bruno Pagani
2 / DEZembro de 2018 / secretaria de estado da educação
Assessora de Comunicação: Gisele Kakuta Monteiro / Secretaria de Estado da Comunicação Nossa capa: As fotos das alunas do Ensino Médio Integral em Integral em Tempo Integral (Emiti), dos professores em seminário de formação continuada, do docente aproveitando o recurso da lousa digital e da nova escola de Itajaí formam um panorama das ações da SED em 2018.
Mensagem
Escolas mais acolhedoras e conectadas com nossos jovens
“Computadores, lousas digitais, notebooks, tablets, mobiliários, kits esportivos estão sendo distribuídos para diversas escolas.”
“Chegou o fim de ano, tempo de aproveitarmos as férias! 2018 foi bastante produtivo para a comunidade escolar com intercâmbios, muito estudo e projetos diversos. Alguns conquistaram prêmios nacionais, numa demonstração do reconhecimento do desempenho dos alunos e professores da rede estadual de ensino de Santa Catarina. As 1.073 unidades escolares receberam cerca de 534 mil alunos atendidos pelos 36.296 docentes dispostos a tornar a aprendizagem significativa. Com a ampliação da jornada escolar, professores e alunos tiveram a oportunidade de se aproximarem mais, estreitar o vínculo, contribuindo para a educação de qualidade. Computadores, lousa digital, notebooks, tablets, aparelhos de sonorização, tvs de 55 polegadas, condicionadores de ar, mobiliários, kits esportivos e materiais de pintura dos prédios estão sendo distribuídos para diversas escolas. Trabalhamos num ritmo acelerado para tornar o ambiente escolar mais atraente, acolhedor e conectado com os jovens catarinenses. Encerrar o ano com a distribuição de recursos pedagógicos, inaugurações de obras em escolas, o fortalecimento de programas educacionais e a formação continuada dos professores exigiram medidas específi-
cas para conter despesas e otimizar verba. Em maio, quando fui nomeada como secretária de Estado da Educação, havia um déficit de R$ 98 milhões. Hoje, temos R$ 15 milhões de superávit e deixamos todos os pagamentos dos contratos em dia. Alinhada à política do Governo do Estado de controle absoluto dos gastos e otimização da estrutura administrativa, a primeira medida adotada foi a adequação da folha de pagamento por meio da redução do número de Admitidos em Caráter Temporário e das gratificações. A gestão das despesas incluiu ainda a revisão de processos licitatórios e de contratos, além da contenção de viagens e seus respectivos custos com diárias, combustível e passagens. Em 2018, o intenso trabalho de articulação com os municípios catarinenses, por meio de entidades representativas da educação, consolidou outras ações importantes para o desenvolvimento de políticas educacionais. As parcerias também envolveram instituições estaduais e federais. Entre os resultados, a conclusão da versão preliminar do Currículo do Território Catarinense para a Educação Infantil e Ensino Fundamental e o lançamento de sete documentos das Políticas de Educação nas Diversidades. Desde junho, também assumi a
DIVULGAÇÃO
“Em maio, quando fui nomeada como secretária de Estado da Educação, havia um déficit de R$ 98 milhões. Hoje, temos R$ 15 milhões de superávit.”
vice-presidência da Região Sul do Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed), que promove a integração das redes estaduais de educação para intensificar a participação dos estados nos processos decisórios das políticas nacionais. Educação é uma construção coletiva e como é gratificante construir uma nova educação a várias mãos. Há muito o que fazer, mas não podemos deixar de comemorar as conquistas deste ano para a educação pública de qualidade em Santa Catarina. Sigamos em frente, com a alegria do caminho percorrido e entusiasmados com o novo ano letivo!”
Simone Schramm Secretária de Estado da Educação
secretaria de estado da educação / DEZembro de 2018 / 3
Qualidade social fotos: Osvaldo Noceti/Ascom
Cerimônia de apresentação dos documentos ocorreu em Florianópolis
SED lança sete cadernos de Políticas Educacionais nas Diversidades A Secretaria de Estado da Educação lançou sete cadernos para as Políticas de Educação nas Diversidades. Mais do que cumprir as diretrizes legais, a SED elaborou orientações para a organização e o funcionamento das políticas educacionais que definem estratégias adequadas de atuação em cada tema proposto. O trabalho foi apresentado por meio de sete documentos: Educação Especial; Educação e Prevenção às Violências na Escola; Educação do Campo; Educação Ambiental; Educação Escolar Indígena; Educação Escolar Quilombola; e Educação para as Relações Étnico-raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-brasileira e Africana. Estas políticas têm caráter inclusivo e reforçam o de-
safio de Santa Catarina em assegurar a todos o direito ao ensino público e qualificado, com investimentos em prol da educação para os direitos humanos e para as diversidades. Além de documentar estas Políticas de Educação nas Diversidades, a coletânea compartilha este desafio com agentes públicos e sociedade. “Estas políticas educacionais resultam do compromisso com a justiça social via educação e se materializa pelo esforço coletivo, durante três anos, dos profissionais da Secretaria de Estado da Educação, de outras Secretarias de Estado, de universidades e das comunidades diretamente atendidas por elas”, destaca Júlia Siqueira, à frente da Diretoria de Políticas e Planejamento Educacional, quem coordenou este trabalho.
divulgação
Coordenadora do Programa ProBNCC no Estado, Júlia Siqueira, entrega documento a Osvaldir Ramos
Para garantir a inclusão • Educação Especial • Educação e Prevenção às Violências na Escola • Educação do Campo • Educação Ambiental • Educação Escolar Indígena • Educação Escolar Quilombola • Educação para as Relações Étnico-raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-brasileira e Africana.
Conselho recebe preliminar do Currículo para educação Infantil e Fundamental Júlia Siqueira da Rocha, coordenadora estadual do Programa ProBNCC - Base Nacional Comum Curricular do Estado de Santa Catarina, fez a entrega oficial, em novembro, ao presidente do Conselho Estadual de Educação (CEE/ SC), conselheiro Osvaldir Ramos, do Currículo Base do Território Catarinense para Educação Infantil e Ensino Fundamental – versão preliminar.
A elaboração do documento foi em regime de colaboração entre a Secretaria de Estado da Educação (SED), onde Júlia é diretora de Políticas e Planejamento, União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), União Nacional dos Conselhos Municipais de Educação (UNCME) e outras entidades ligadas ao setor. Esta é a versão preliminar para a apreciação da
Comissão de Educação Básica do Conselho. A Base Nacional Comum Curricular para Educação Infantil e Ensino Fundamental foi homologada em dezembro de 2017 e define os conhecimentos essenciais que todos os estudantes têm o direito de aprender, sendo referência para a relaboração dos currículos em todas as redes e escolas do país.
Uma extensa agenda de cursos e seminários recebeu mais de 15 mil inscrições ao longo deste ano. Este investimento em formação continuada foi direcionado para toda a rede de ensino, envolvendo docentes, diretores, coordenadores, gerentes e técnicos.
divulgação
Formação continuada tem mais de 15 mil inscrições no ano Para incentivar a formação superior, a Secretaria de Estado da Educação oferece o Programa de Bolsas Universitárias de Santa Catarina (UniEdu), que beneficiou 26.803 matriculados em cursos de graduação e pós-graduação, para estudo e pesquisa, no valor total de R$ 108 milhões. divulgação
Valorização do magistério por meio de cursos e seminários
4 / DEZembro de 2018 / secretaria de estado da educação
Concursados se apresentam nas Coordenadorias e Gerências, como na de Xanxerê
Efetivos ingressam na rede estadual de ensino Com a política de ampliação e fortalecimento do quadro efetivo no Magistério, foram convocados neste ano 2 mil aprovados em concurso público realizado em 2017. Em fevereiro, 1 mil deles ingressaram na rede de ensino estadual. Neste final de ano, foi anunciada a segunda
chamada para mais 1 mil professores no ensino regular e também nas escolas indígenas. A apresentação deles movimentou as Gerências e Coordenadorias Regionais de Educação no começo deste mês. Os professores tomam posse no dia 1º de fevereiro de 2019.
Recursos didáticos
fotos: Osvaldo Noceti
Professor de Informática, Fabrício dos Santos orientou o curso de formação dos professores do IEE para o uso da lousa digital
ESCOLAS RECEBEM EQUIPAMENTOS DE TECNOLOGIA, KITS ESPORTIVOS E MOBILIÁRIO Escolas do Ensino Médio Integral em Tempo Integral (Emiti) e outras com obras recém-inauguradas estão recebendo, neste mês, equipamentos de tecnologia, kits esportivos e mobílias. A distribuição também atenderá outras unidades da rede estadual de ensino até início do próximo ano letivo. Com um investimento de R$ 19 milhões foram adquiridos recursos didáticos e mobiliário, que serão entregues para 80 escolas no total. O parque tecnológico da Secretaria de Estado da Educação (SED) tem mais de 10 anos de uso e está sendo renovado para atender às demandas atuais. Novos computadores vão para os setores administrativos e as salas dos professores correspondendo às necessidades
de sistemas como o Professor Online, Aluno Online, contagem automatizada da alimentação escolar, elaboração das aulas, entre outras. Para os alunos, estão previstos os carrinhos de carregamento, que cabem até 20 tablets e 20 notebooks, para que eles tenham mobilidade para uma aula em sala, no laboratório ou no pátio, oferecendo mais possibilidades para o ensino-aprendizagem. Outro novo recurso deste pacote tecnológico recém-adquirido pela SED é a lousa digital. O gerente de Tecnologia da Informação e Governança Eletrônica, Felipe Xavier de Oliveira, explica que o professor pode levar para a sala toda a apresentação da sua aula com mapas, fotos, entre outros conteúdos. Na sala, o docente exibe na
Lousa digital Em vez do quadro estático à frente das carteiras da sala de aula, uma grande tela de computador sensível ao toque, com recursos multimídia. Esta é a lousa digital que as escolas públicas estaduais estão recebendo neste fim de ano e também no começo do ano letivo 2019. As escolas EEM Monsenhor Vendelino Hobold, em Itajaí, e a EEB Theodureto Carlos de Faria Souto, em Dionísio Cerqueira, são algumas das escolas que já conheceram a novidade
quando foram inauguradas, recentemente. O professor pode preparar a aula em programas comuns de computador, como Power Point, e incluir vídeo, mapas e outros recursos, por exemplo. Além de um recurso que pode contribuir para tornar a aula mais dinâmica e interativa, a lousa digital auxilia o professor na preparação dela. Pode levá-la pronta, de casa, no pendrive e também disponibilizá-la no Aluno Online para revisão, por exemplo.
lousa digital, com possibilidade de ampliar imagens, movimentar textos, por exemplo. O aluno acompanha, interage, sem precisar copiar, porque depois pode receber, por email, o arquivo da aula para acessar a qualquer momento, em qualquer lugar, pelo computador, tablet ou celular dele. “A aula é interativa não só dentro da sala, mas em qualquer lugar; o estudante consegue acessar no ônibus a apresentação do professor”, diz Felipe Xavier. Além destes equipamentos, também foram adquiridos televisores de 55 polegadas e aparelhos de sonorização, entre outros, o que possibilita as escolas montarem salas multimídia. “Os investimentos são transformadores para o setor, especialmente com o uso da tec-
nologia. Queremos trabalhar projetos atrativos e atualizados para os professores e também para que os nossos jovens tenham aulas mais dinâmicas e queiram ficar na escola”, destaca a secretária de Estado da Educação, Simone Schramm. Fabrício dos Santos, professor de Informática do Ensino Médio no Instituto Estado de Educação, em Florianópolis, orientou o curso de formação para professores da escola para o uso da lousa digital. Ele avalia que os equipamentos distribuídos são mais um passo significativo para o projeto de tecnologia da rede estadual de ensino, que inclui wifi, os aplicativos Professor e Aluno Online, a plataforma de estudo Google for education, entre outras ações.
A aula fica mais dinâmica quando usamos um equipamento de tecnologia porque tem mais interação. Lauren Louize, 17 anos, aluna do Ensino Médio no Instituto Estadual de Educação, em Florianópolis
Com a lousa digital fica mais fácil a aprendizagem em algumas matérias, como geografia, porque a gente pode “ir” até outro país, por exemplo. Laís Poerner, 17 anos, aluna Ensino Médio no Instituto Estadual de Educação, em Florianópolis
secretaria de estado da educação / DEZembro de 2018 / 5
Inauguração
Novas escolas para receber mais alunos Por Francieli Dalpiaz e Paula Darolt - Secom
O novo prédio da Escola de Educação Básica Theodureto Carlos de Faria Souto, em Dionísio Cerqueira, recebeu uma moderna estrutura, equipada com seis laboratórios, auditório para eventos e ginásio poliesportivo. Os 700 alunos do antigo prédio foram transferidos para a nova instalação, que tem capacidade para mais 500 matrículas. A unidade mantém oficinas de tecnologia, música, dança, artesanato, além do apoio pedagógico de reforço escolar. Desde 2005, a Theodureto, que fica no Extremo-Oeste do Estado, participa do programa Escolas Interculturais Bilíngues de Fronteira realizando intercâmbio docente duas vezes por semana
com a Escuela Internacional Bilíngue, da cidade vizinha de Bernardo Irigoyen, na Argentina. A diretora Márcia Joana Moreira avalia que a educação ganha um salto em qualidade com a nova estrutura, que teve investimento de R$ 9,3 milhões. “Foi um esforço muito grande transferir toda a memória e a história da nossa escola para este novo espaço. Vencemos muitos desafios, problemas estruturais, mas hoje estamos entregando uma escola totalmente nova e adequada às nossas atividades. Ao mesmo tempo, estaremos comprometidos em mantê-la para as próximas gerações”, ressalta Márcia.
EEB Theodureto Carlos de Faria Souto tem 700 matriculados e ampliou a capacidade para mais 500
Itajaí e Navegantes Por Silvia Letícia Daleffe - ADR de Itajaí
Escola Professora Daniela Pereira preparada para a crescente demanda
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Médio Integral e planeja, também, oferecer o profissionalizante. Em Navegantes, uma cerimônia realizada em novembro marcou oficialmente a entrega da Escola Professora Daniela Pereira, que atende, desde março, cerca de 350 alunos dos ensinos fundamental e médio. A capacidade é de 1.200 matrículas e o novo prédio tem o projeto padrão de 12 salas de aula, laboratórios, biblioteca, auditório, ginásio, com investimento de aproximadamente R$ 10 milhões.
R$ 99,3 milhões em 2018 O programa do governo estadual Pacto pela Educação intensificou, por meio da Secretaria da Educação, os recursos na construção de novas escolas e na reforma de unidades existentes por todo o Estado, num investimento de R$ 65 milhões para 83 obras em andamento durante 2018. Dez escolas têm inaugurações de obras programadas para este fim de ano. Mais R$ 34,3 milhões foram investidos na rede estadual de ensino em obras menores e manutenção, com a participação das Agências de Desenvolvimento Regional.
fotos: divulgação
EEB Monsenhor Vendelino Hobold localizada numa das regiões que mais se desenvolveu nos últimos anos
A região de Itajaí passa a contar com mais uma escola de educação básica, inaugurada final de novembro. A EEB Monsenhor Vendelino Hobold atenderá a demanda de alunos dos ensinos fundamental e médio do bairro Itaipava, uma das regiões que mais se desenvolveu nos últimos anos no município de Itajaí. Duzentos alunos foram transferidos de outra escola para o novo prédio, com capacidade para 1.200 matrículas. A instalação inclui 12 salas de aula, Centro Esportivo e Cultural, laboratórios, cozinha e refeitório equipados. A unidade mantém o Ensino
Construída em 1946, a EEB São Miguel passa pela primeira reforma geral
A obra de ampliação e reforma da primeira escola do município de São Miguel do Oeste, construída em 1946, foi inaugurada em final de novembro. As 23 salas de aula, os três laboratórios e o ginásio de esportes da Escola de Educação Básica São Miguel receberam melhorias e um muro de contenção foi construído, com um investimento total de cerca de R$ 3,8 milhões.
Atualmente com 595 alunos e 60 colaboradores, a unidade escolar ampliou sua capacidade para 1.200 alunos por turno, com estrutura ampla e completa. “Esta obra representa o anseio de toda a comunidade. Desde 1946, a escola passou por ampliações, mas reforma é a primeira. Estávamos perdendo alunos pelas condições que a escola se encontrava”, relata o diretor Marcelo Teixeira.
A aluna do 1º ano do Ensino Médio, Poliana Pinotti, aguardava ansiosamente pela conclusão da obra. “Hoje, me sinto feliz em ver como a escola ficou porque foi muito batalhado. Nossos estudantes merecem, a direção merece e ficou muito bom. Dá mais vontade de vir para a escola agora e usufruir de cada espaço que tem aqui”, diz Poliana.
quadras esportivas recebem investimentos
Iluminação e pintura novas tornam ambiente mais acolhedor na EEB Albina Mosconi
“Tudo em ordem para 2019”
Das 83 obras em andamento nas escolas públicas estaduais durante este ano, 14 são construções de quadras esportivas e coberturas e reformas das existentes, um investimento que estrutura as escolas para melhor atender os estudantes da Educação Básica. Com investimento de R$ 204 mil, as Escolas de Educação Básica Vereador Guilherme Zuege, no bairro Rio Bonito, e Jandira D’Avila, no Aventureiro, ambas no município de Joinville, receberam revitalização incluindo pintura, construção da rampa de acessibilidade e reforma nas quadras esportivas.
O ginásio de esportes da Escola de Educação Básica Jorge Lacerda, também em Joinville, passou por reforma e a inauguração da obra ocorreu em novembro. Além da reforma do complexo esportivo, outras melhorias foram executadas a pedido da comunidade: nova calçada, muro e na rede elétrica. Um projeto de reforma e ampliação da escola está sendo elaborado. Todos os investimentos totalizam R$ 406 mil. Nas ruas circundantes, os alunos plantaram mudas de olandim, adequadas para a arborização urbana.
Por Murilo Roso - ADR de Videira
“Estamos fechando bem 2018 e já com tudo em ordem para o ano letivo de 2019”, comemora a diretora Patrícia Tasca Didomenico, da EEB Albina Mosconi, em Macieira. Depois de dois meses de duração e com investimento de R$ 63,5 mil, a reforma da unidade foi concluída. Além de melhorias na iluminação e no assoalho das salas de aula, a escola recebeu nova pintura interna e externa. “Sempre prezamos pelo zelo da escola e essa reforma era bastante esperada. Ajudou a melhorar ainda mais o aspecto visual do prédio, o ambiente interno fi-
cou mais adequado e mais aconchegante para todos”, ressalta Patrícia. Também foi construído um muro em frente ao ginásio de esportes. O espaço era aberto e alguns veículos trafegavam nesta área, colocando em risco as crianças. Com o muro e o portão, o acesso passou a ser controlado. A Associação de Pais e Professores, com recursos próprios, investiu na substituição do telhado e do forro. A EEB Albina Mosconi atende a 148 alunos do 6º ano do Ensino Fundamental ao 3º ano do Ensino Médio.
Comunidade escolar acompanha inauguração da reforma do ginásio da EEB Jorge Lacerda
secretaria de estado da educação / DEZembro de 2018 / 7
fotos: divulgação
Reformas ampliam e melhoram os espaços de estudos
Experiência compartilhada fotos: Osvaldo Noceti
Diretora de Gestão da Rede Estadual, Marilene Pacheco, abre seminário com 300 representantes do Programa Emiti em Santa Catarina
Alunos, professores e gestores apresentam mudanças bem-sucedidas no Ensino Médio integral do estado POR GISELE KAKUTA – ASCOM
O Conselho Nacional de Educação (CNE) e o Congresso Nacional aprovaram o ponto de partida na tentativa de melhorar o ensino médio no país. A reforma do Ensino Médio, as Diretrizes Curriculares e a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) estão definidas. Agora, governo federal, estadual e as escolas terão que trabalhar juntos para implementar as mudanças até 2022. A diretora de Gestão da Rede Estadual, Marilene Pacheco, explica que, em Santa Catarina, 127 escolas da rede estadual de ensino serão piloto, no próximo ano, para avaliar as possibilidades de itinerários e para a construção do Currículo do Território Catarinense do Ensino Médio, a partir das referências da BNCC e das Diretrizes nacionais. Outra experiência será a análise de duas escolas estaduais com Ensino Médio Integral e outras duas com Ensino Médio Regular. Elas receberão recursos extras diretamente do Ministério da Educação (MEC), durante 2019, para promover melhorias necessárias e disponibilizarem condições similares para o ensino e a aprendizagem. O MEC sorteou escolas em todo o país para esta avaliação. Em seminário realizado no começo do mês, em Florianópolis, 300 alunos, professores e gestores do progra-
ma do Ensino Médio Integral em Tempo Integral (Emiti) compartilharam suas práticas e mostraram como Santa Catarina vem antecipando as mudanças previstas para o país. Mais de 3.500 alunos e 500 profissionais da educação de 30 escolas públicas estaduais participam do programa. Esses representantes destacaram alguns pontos-chaves do novo Ensino Médio para a formação integral: o protagonismo dos jovens estudantes e sua maior vinculação com os professores; a formação continuada dos profissionais envolvidos; o cooperativismo com ações e estruturas da rede de ensino; e a integração de competências. Em Santa Catarina, isto tem sido colocado em prática por meio de um conjunto de metodologias pedagógicas e de formação, acompanhamento e avaliação implementadas em parceria com o Instituto Ayrton Senna, desde 2017, quando o Emiti iniciou em 15 escolas. “No ensino fundamental, fui aquela aluna medíocre, que saia com a nota média. Não gostava de falar, era tímida”, recorda Yasmin Souza, aluna da Escola de Educação Básica Governador Ivo Silveira, em Palhoça. “Agora, no Emiti, compreendi que não preciso ser a melhor e sim dar o melhor de mim em tudo o que faço”.
Yasmin relata que nos projetos de intervenção e pesquisa, que fazem parte do programa, os alunos se veem como solução, não mais passivos diante dos problemas que observam. “Os muros da escola são pintados, as salas mantidas limpas, e isto não se restringe ao espaço físico. A intervenção tem que ser feita no intelecto porque nós somos a escola”, destaca Yasmim. O consultor de Ciências Humanas e Educação Integral do Instituto Ayrton Senna, Paulo Rota, afirma que a proposta é formar pessoas atuantes, respeitosas, empreendedoras de suas vidas. “Estamos mudando a cognição de aprendizagem no chão da escola. A cognição passa por todo o corpo e se estende ao ambiente. A escola é como um ecossistema, que vários autores constroem”, explica o consultor, também pesquisador de Tecnologias da Inteligência e Design Digital em pós-graduação na PUC-SP. Rota, que trabalha há 30 anos na área da educação, destaca que a mudança que vem ocorrendo por meio desta experiência do Emiti nas escolas da rede estadual catarinense é muito grande. “O resultado é saber que a mudança que a gente tanto busca neste país está aqui na educação. Levarei a mensagem do Emiti de Santa Catarina ao Brasil”, diz o consultor.
Jornada ampliada versus necessidade de trabalhar O ano letivo de 2019 começa com mais quatro escolas que aderiram ao programa Emiti. Outras quatro não vão abrir turmas novas, sendo que uma delas encerra o programa e as outras três darão continuidade ao segundo e terceiro ano até a conclusão das turmas. A decisão de saída ou adesão ao programa é feita pela comunidade escolar, em comum acordo dos alunos, pais e profissionais da unidade. Nas quatro escolas que anunciaram que deixarão o programa nos próximos anos, a principal justificativa é a necessidade de cumprir a jornada ampliada diante da necessidade de trabalhar.
O consultor de Ciências Humanas e Educação Integral do Instituto Ayrton Senna, Paulo Rota, foi o mediador da mesa-redonda de abertura do simpósio Saberes e Práticas de Educação Integral, realizado no começo deste mês, em Florianópolis. Questionado sobre este possível entrave na expansão do novo ensino médio, que também prevê a jornada ampliada em todas as escolas do país até 2022, ele respondeu que não teria uma solução para isto, mas pensa que uma alternativa poderia passar pelos itinerários formativos previstos na mudança e que podem se aprofundar na formação técnica e profissional.
8 / DEZembro de 2018 / secretaria de estado da educação
Educação com foco no protagonismo dos jovens
O que dizem Na mesa-redonda de abertura do 2º Seminário de Saberes e Práticas de Educação Integral, a aluna Jéssica Klassmannm, o professor Tiago Kestering, a diretora Giana Martins e a integradora Jeanine Rodermel foram os representantes de todos os envolvidos no programa Emiti na rede estadual de ensino de Santa Catarina.
Devolutivas com observações Construir relação em sala de aula é estar presente pedagogicamente dentro da sala de aula, mostrar o que está bom, o que não está bom antes mesmo de fazer a correção (de um trabalho). Historicamente, os estudantes são formados, educados para alcançar notas. E nós, professores, também. A nota não é um fim, é consequência. Lanço a nota porque temos que fazer isto. Mas faço minhas devolutivas com observações do trabalho. Inicialmente, o aluno não gosta. Mas convido para refazer o que não está bom. Com o tempo, ele passa a ter mais envolvimento, pertencimento, desvinculando a cultura da nota, o quanto vale o que vai fazer, sem me perguntar se vale nota. Na aprendizagem por projeto de vida, os jovens puderam se conhecer mais. Alguns pais me disseram “como meu filho mudou, está melhor”.
Professor Tiago Kestering, da Escola de Educação Básica Toneza Cascaes, em Orleans
Mais tempo de planejamento Quando fui convidada para coordenar o programa (na Escola de Educação Básica Casimiro de Abreu, em Curitibanos), pensei: mais um projeto... Mas minha surpresa foi que o projeto tem uma estrutura diferente. Seria possível desenvolver as competências pensadas no Emiti sem estar inserido no programa desde que tivesse a formação prevista e o mesmo contexto dentro de nós. Mas não temos porque isto é exercício de reflexão e tempo de planejamento e estudo que está previsto no Emiti. Esses espaços e tempo de planejamento dão o tom para o que os professores farão dentro da escola. Tem as etapas de planejar, avaliar e planejar novamente. Não deixemos nenhum aluno para traz, a riqueza do nosso país está no jovem, vamos fazer de tudo para que o jovem siga em frente e seja feliz. Jeanine Rodermel , Integradora da Gerência Regional de Educação de Curitibanos
Gestão de pessoas O protagonismo juvenil não é ensinado; vou entrar na sala e dar aula de protagonismo juvenil. Com o desenvolvimento de competências, integrando dimensões socioemocionais e cognitivas, que vão funcionando de forma articulada, o protagonismo juvenil desabrocha. Os jovens precisam de uma intermediação humana presencial. Nossa matéria-prima é gente. Gente que pensa. Temos presenciado estas vidas serem modificadas: não só a do aluno, mas lá na casa dele também. O Emiti é um programa que tivemos que nos tornar aprendizes, estudantes. A formação faz toda a diferença, de qualidade e contínua. A condição que nos é dada de ter um professor com exclusividade na escola, que não precisa sair correndo para estar em outra escola, faz a diferença do antes e depois com o Emiti.
Diretora Giana Martins, Escola de Educação Básica Mater Dolorum, em Capinzal
Geração de alunos diferentes O Emiti vai sim gerar resultados. Eu já sou resultado disto, nossos colegas são resultado do Emiti. No Ensino Fundamental, eu estudava para tirar notas boas. A escola era o lugar que a gente vai para ser alguém na vida! Agora compreendo que a escola vai além disto. Com o Emiti, eu tenho uma família que me ajuda a ser melhor. Eu não preciso ser a melhor em tudo. Preciso ser a minha melhor versão. Juntamente com os professores, nós alunos, somos produtores de ideias e saberes. Não vemos mais os professores como aqueles que nos obrigam a ficar dentro da sala de aula. Agora, nós gostamos da sala de aula porque é lá que conversamos sobre nossas ideias e vemos os professores colocá-las em prática já na aula seguinte. O professor tem a força de vontade, ele quer, ele faz acontecer. Com o Emiti, somos uma geração de alunos diferentes, transformada por fazer parte disto. Estudante Jéssica Klassmann, Escola de Educação Básica Governador Ivo Silveira, em Palhoça
POR DAFNÉE CANELLO – ASCOM
Mais do que fortalecer o aprendizado em sala de aula, colocar em prática o conteúdo pode proporcionar experiências inovadoras para muitos jovens. É assim que Alex Chini, 16 anos, conta como foi a viagem de estudos para o Rio Grande do Sul (RS), junto com 47 colegas. Ele é estudante do 1º ano do Emiti na escola Valmir Omarques Nunes, em Bom Retiro. “Eu nunca tinha visitado um museu tão grande, com uma dimensão incrível. Parecia que o mundo estava na minha frente. Foi uma experiência inovadora”, diz Alex sobre a visita ao Museu de Ciências e Tecnologia da PUC-RS. “O que saiu do papel, vimos na prática e foi muito mais fácil compreender.” Viagens de estudos é uma das atividades programadas no Emiti com o propósito de potencializar o trabalho que os professores desenvolvem na escola e unir teoria e prática, com o envolvimento dos estudantes, fortalecendo ainda mais o protagonismo juvenil. Os estudantes Bruno dos Santos e Éder da Silva conheceram como funciona a tecnologia que emite luz nas TVs de plasma. Por meio do Globo de Plasma, composto de vidro e gás de baixa pressão com um eletrodo central de alta tensão, eles conseguiram relacionar como as cargas elétricas provocam a excitação e ionização dos átomos que, ao voltarem ao seu estado inicial, emitem luz. “A viagem nos proporcionou muito além de conhecimento. A gente aprende a ver o mundo de outra forma, respeitar, cuidar, a importância de cada um fazer a sua parte”, ressalta Maria Gabriela Wiggers.
divulgação
Estudantes relatam experiências inovadoras
Em visita a museu, Bruno Chini (à esq.) e Éder da Silva observam o globo de plasma
secretaria de estado da educação / DEZembro de 2018 / 9
Reconhecimento
Alunos e professores da Escola Dom Vital se mobilizam em ações de sustentabilidade
Escola Cidadã 2018 vai para o Oeste Por Carolina Debiasi - ADR de Xanxerê
O conjunto de ações de sustentabilidade da Escola de Educação Básica Dom Vital, em Ponte Serrada, região Oeste, levou à conquista do primeiro lugar no Prêmio Escola Cidadã, promovido anualmente pela Fundação Aury Luiz Bodanese, do grupo Aurora Alimentos, que entregou o cheque simbólico no valor de R$ 1,5 mil. A premiação valoriza os projetos com temas socioambientais desenvolvidos nas escolas. A EEB Dom Vital inscreveu o projeto Da Consciência pela Persistência para Sobrevivên-
cia, desenvolvido com os alunos desde 2010. As atividades esse ano iniciaram em março com os programas Eco Cooperação e Roda de Leitura. Na ação Com as mãos na Terra, toda a produção da horta escolar é utilizada para consumo na própria escola. Também foram realizadas as oficinas De óleo no futuro, que incentivam o aproveitamento do óleo de cozinha usado para a fabricação de sabão. Na ação Consumo Consciente, o objetivo despertar a comunidade escolar, por meio de ações sustentáveis, atitudes de cuidado com o planeta.
Professor do Sul conquista troféu nacional
Foram escolhidos dois alunos por turma para serem os monitores ambientais. A escola trabalha a conscientização da realidade ambiental, a começar pela realidade escolar com frequentes reuniões com os monitores, para que os alunos sejam os porta-vozes da escola em sua turma. Cada professor dentro de sua referida disciplina trabalha a ação que lhe compete. “Fomos contemplados com este prêmio porque temos uma escola com profissionais que se empenham em fazer o melhor sempre. Temos alunos e pais comprometidos
e que são parceiros em todas as ações da escola. O mais importante do prêmio não é o dinheiro que iremos receber, mas sim saber que estamos fazendo a diferença na educação e no mundo. Estamos ensinando, além dos componentes curriculares, valores que ninguém vai tirar de nossos alunos. Eles vão levar para vida e se tornarão seres humanos melhores. Isso sim é gratificante. Esse é o prêmio maior”, destaca a coordenadora dos projetos de sustentabilidade, Maria Elenice Branco
Aluno de escola de caçador garante prata na Olimpíada de Matemática Por Murilo Roso - ADR de Videira
Por Carolina Debiasi - ADR de Xanxerê
O professor Marcos Antonio dos Santos, do Centro de Educação de Jovens e Adultos (Ceja) de Criciúma, conquistou o XIX Prêmio Arte na Escola Cidadã, na categoria Educação de Jovens e Adultos, com o projeto Autorretratos: tecendo histórias e memórias nas aulas de Artes da Educação de Adultos. Na cerimônia de premiação, em novembro, no Teatro do Museu Brasileiro da Escultura, em São Paulo, ele recebeu R$ 10 mil e o Ceja, um computador e uma câmera fotográfica. “Sinto-me muito feliz por uma experiência tão significativa com os estudantes do Ceja ter sido escolhida em uma premiação expressiva. Discutir Direitos Humanos e abordar o território da identidade com meus estudantes, em linguagens e materialidades tão distintas, propiciou criações nas quais a autoria, a pesquisa e o envolvimento teceram uma história linda em sala de aula”, relata o professor Marcos Santos. O Prêmio Arte na Escola Cidadã é organizado pelo Instituto Arte na Escola e aberto a professores que desenvolvem projetos em Artes Visuais, Dança, Música e Teatro, em escolas de ensino regular, públicas ou particulares. A proposta é incentivar, reconhecer e dar visibilidade para projetos com potencial de transformar alunos, cidadãos e comunidades.
O aluno Yuri de Oliveira, da escola estadual Dom Orlando Dotti, em Caçador, ganhou medalha de prata na Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (OBMEP 2018). Essa foi a segunda conquista do estudante, que no ano anterior levou o bronze. Yuri tem 13 anos e está no 7º ano do Ensino Fundamental. Para a professora Adriana Loss, a medalha de Yuri é resultado de um esforço de toda a equipe de professores de matemática da escola. “Fizemos aulas e atividades extras e estamos muito felizes pelo desempenho dos nossos alunos. É gratificante conquistar um destaque nacional, ainda mais sendo o único medalhista da nossa região”, disse. Yuri conta que a medalha de prata é um incentivo para seguir buscando mais conquistas. “Ano passado foi uma surpresa, mas esse ano me preparei bem. Vou me dedicar ainda mais em 2019 para tentar a medalha de ouro.”
10 / DEZembro de 2018 / secretaria de estado da educação
Prêmio Embraco valoriza estudo do rio no Norte Por Ana paula Keller - ADR de Joinville
Nos fundos da Escola de Ensino Médio Governador Celso Ramos, em Joinville, passa o rio Jordão. Um muro separa o curso d´água da escola. Durante as aulas de história, a professora Elizete Demont teve a ideia de desenvolver com os alunos um estudo do local. Intitulada “Um rio, uma escola, sustentabilidade e territorialidade”, a iniciativa venceu o Prêmio Embraco de Ecologia e recebeu troféu e R$ 10 mil, como prêmios. Elizete explica que integrou as disciplinas de biologia e geografia para os alunos dos primeiros anos do ensino médio. “Elaboramos um projeto para que, em primeiro lugar, os estudantes pudessem visualizar o rio e então conhecer a flora, a fauna e a importância dele para o ecossistema da cidade”, conta. Na área onde era a antiga horta, foi planejado construir, em 2019, um espaço de contemplação, ensino e sociabilização, com a abertura no muro e instalação de telas de aço.
Notícias das Escolas
Pais de alunos aceitaram o convite de subirem ao palco com os filhos para participarem das apresentações de fim de ano. Arrasaram! A escola estadual Gertrud Aichinger, no município de Ibirama, propôs como temas empatia e inclusão social, e também convidaram outras unidades escolares e a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae). Junto com os colegas, Fabiana Frey, portadora da síndrome de Down, mostrou como a dança pode ser um instrumento de superação e integração. Ela interpretou a
Divulgação
Arte para integrar alunos e familiares Rainha de Copas, no musical Alice no País das Maravilhas, e emocionou a plateia com sua desenvoltura. Fabiana frequenta o ensino regular na escola Gertrud Aichinger, que mantém no currículo atividades diversas, como dança e teatro, recursos de incentivo à interação dos alunos, entre outros benefícios. Ester Bortotti, da mesma sala de Fabiana no 3º ano no ensino regular e na Apae, participou do musical Madagascar e também empolgou os expectadores com sua energia nos passos da dança. Ernani Roos/Divulgação
Ernani Roos/Divulgação
Pais participam dos espetáculos de fim de ano da escola Gertrud, de Ibirama
Fabiana Frey, portadora da síndrome de Down, emociona amigos e convidades com sua superação na dança
Juliana e Cassandra (à dir.) alcançam 204,9 metros com garrafa PET e combustível de vinagre e bicarbonato
Campeãs em lançar foguetes Lançar canudinhos, tubinhos de papel e garrafas PET se tornaram assunto sério. A Sociedade de Astronomia Brasileira e a Agência Espacial Brasileira coordenaram um campeonato para estudantes de todo o país, com 118 mil inscritos! O desafio era construir foguetes com os tubinhos, garrafas e canudinhos plásticos e atingir distâncias pré-determinadas. Alunos de escolas públicas e privadas de Santa Catarina conquistaram 253 medalhas: 49 de ouro, 80 de prata e 124 de bronze. Entre os medalhistas, estão Juliana Schneider da Silva e Cassandra Aparecida da Silva, que frequentam a escola estadual Valmir Omarques Nunes, em Bom Retiro, município na Serra catarinense.
Orientadas pela professora de física Kátia do Nascimento, elas iniciaram com um protótipo que percorria 53 metros. A meta era atingir, pelo menos, 150 metros para a medalha de bronze. Juliana e Cassandra são estudantes do Ensino Médio e recorreram aos ensinamentos de química e física para melhorar a construção do foguete e testar as dosagens de vinagre e bicarbonato de sódio, usados como combustível. Aumentaram para 204,9 metros a distância percorrida pelo foguete que construíram e, assim, conquistaram medalha de prata na primeira etapa do campeonato e o troféu de equipe campeã nacional na segunda etapa, que ocorreu em novembro, no Rio de Janeiro.
História de aluno rende cinco meses de projeto Divulgação
Luís Felipe Lindemann contou para a professora bióloga Karine Radavelli que, na propriedade de seu pai, havia uma ossada de bezerro morto devido a uma picada de cobra. Poderia ter sido apenas mais uma história destas que os estudantes levam para as escolas diariamente. Mas a professora, que é orientadora do laboratório de biologia e química da escola estadual Nossa Senhora da Salete, no município de Maravilha, aproveitou a oportunidade e propôs à turma estudar anatomia e outros conteúdos por meio da limpeza e reestruturação dos ossos do mamífero. As aulas práticas se estenderam por cinco meses, de junho a novembro, e estimularam os alunos a participarem da atividade extraclasse do contraturno até o término do projeto.
Luís Felipe Lindemann leva ossada da propriedade do pai para estudos na escola
secretaria de estado da educação / DEZembro de 2018 / 11
Notícias da SED ANDRÉIA OLIVEIRA /ADR CHAPECÓ
Cedup promove qualificação profissional no Complexo Penitenciário de Chapecó
Apenados recebem familiares para formatura Por Andréia Oliveira - ADR de Chapecó
Foi com grande emoção que os familiares de 22 apenados do Complexo Penitenciário de Chapecó acompanharam a formatura deles no curso de pintor, cerimônia realizada no começo deste mês. Outros 16 apenados concluíram o curso de pedreiro. Representando toda turma, um dos formandos escreveu em duas páginas o que significou esta qualificação profissional. Durante a cerimônia, ele leu seu texto: “Fomos privilegiados em sermos escolhidos. Agora, estamos nos formando, esta é uma oportunidade de qualificação para quando estivermos em liberdade nos tornarmos pessoas melhores”. A mãe, de 82 anos, de um dos reeducandos, compartilhou a emoção. “Já participei de várias formaturas, mas nada comparado com a lindeza desta”, declarou.
A gerente Regional de Educação de Chapecó, Maria Salete Perin, destaca que a educação cumpre seu papel ao levar conhecimento e novas oportunidades. “Com esta formação, eles terão mais condições de ressocialização. Nossa equipe não mediu esforços para que esta qualificação fosse concretizada”, afirma. O curso de pintor de obras imobiliárias teve duração de 180 horas e de pedreiro 200 horas, por meio do Centro de Educação Profissional (Cedup) de Chapecó, com recursos do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec – FIC) em parceria com a Secretaria de Estado da Educação. Estas foram as primeiras turmas no Complexo Penitenciário de Chapecó.
CRONOGRAMA ANO LETIVO 2019 O Calendário da rede estadual para o ano letivo 2019: • Início das aulas - 11 de fevereiro • Recesso para alunos - 15 a 28 de julho • Término das aulas - 16 de dezembro Matrículas • As escolas da rede estadual iniciaram o processo de matrículas para o próximo ano. A orientação é que o aluno seja matriculado na escola mais próxima de sua residência ou do trabalho dos pais. Segundo período para inscrição: 4 a 7 de fevereiro Apresentar os documentos: • Certidão de Nascimento • Carteira de Identidade • Atestado de Frequência com indicação da etapa/ano em 2018 ou histórico escolar • Comprovante de residência atualizado (até três meses anteriores à matrícula) • 1 foto 3x4 (opcional) • Carteira de vacinação, somente para os alunos do Ensino Fundamental • Fotocópia do CPF dos pais ou responsáveis
SED e Univali oferecem curso de Pedagogia Intercultural Indígena Graduandos assistem às aulas no campus de Biguaçu e nas aldeias próximas
Estudantes de Pedagogia Intercultural Indígena Guarani e alunos do curso de Música, da Universidade do Vale de Itajaí (Univali) fizeram um intercâmbio no início deste mês. No campus de Biguaçu, 45 indígenas compartilharam sua tradição com músicas da cultura Guarani e os estudantes de Música apresentaram canções de seus repertórios, com a finalidade de integração entre os dois grupos. O curso de Pedagogia Intercultural Indígena é oferecido, desde julho, na Univali, finanAldeias envolvidas ciado pelo Programa de Bolsas Universitárias de Santa Catarina (Uniedu) e pelo Fundo de • Pira Rupá e Morro dos Apoio à Manutenção e ao Desenvolvimento da Cavalos, de Palhoça Educação Superior (Fumdes), para oportunizar à própria comunidade indígena a docência • Itanhaém e Mbya Roká, de na educação infantil e nos anos iniciais do enBiguaçu sino fundamental em suas escolas. • Tekoa Vya, de Major Gercino As aulas são presenciais, distribuídas em oito semestres, e ocorrem no campus de Bi• Tekoá Tavaí e Tekoa guaçu e em aldeias próximas com periodiciMarangatu, de Imaruí dade semanal. A equipe de profissionais que atua no curso é formada por professores da • Yvy Ju e Morro Alto, de São Secretaria de Estado da Educação e da Univali Francisco do Sul e por lideranças das comunidades indígenas • Pindoty, de Araquari Guarani de Santa Catarina.
12 / DEZembro de 2018 / secretaria de estado da educação
DALES HOECKESFELD / UNIVALI
Por Dafnée Canello - Ascom SED e Wagner José Mezoni – Univali