4 minute read
Coordenação entre os agentes da Cooperação Ibero-Americana
Organismos Ibero-Americanos
30. No que se refere aos Organismos Ibero-Americanos, cada um deles desenvolve ações de cooperação nas suas áreas de especialização, havendo áreas em que a coordenação e colaboração entre os organismos poderá incidir muito favoravelmente num maior alcance dos resultados.
31. Para fomentar a coordenação entre os organismos ibero-americanos, as e os Chefes de Estado e de Governo criaram um Comité de Direção Estratégica, o CODEI, promovido e presidido pela SEGIB. O CODEI tem por objetivo incorporar sistematicamente os quatro organismos setoriais (Organização de Estados Ibero-Americanos para a Educação, a Ciência e a Cultura-OEI, Organização Ibero-Americana de Segurança Social-OISS, Organismo Internacional de Juventude para Ibero-América-OIJ e Conferência de Ministros da Justiça dos Países Ibero-Americanos-COMJIB) num único âmbito funcionalmente relacionado com as instâncias da Conferências Ibero-Americana, estabelecendo os mecanismos para promover:
· A adoção de uma estratégia comum.
· A planificação comum e a articulação funcional.
· Maior transparência e prestação de contas aos países membros.
· O reforço da visibilidade.
· O aproveitamento mais eficiente dos recursos disponíveis.
32. Esta decisão não envolveu a alteração ou revogação de nenhum dos tratados constitutivos dos organismos ibero-americanos que mantêm os seus respetivos mandatos.
33. Tendo em conta a existência do sistema da Cooperação Ibero-Americana, integrado por diferentes agentes, e reiterando a importância de coordenar e articular o seu trabalho com os acordos alcançados nas Cúpulas das e dos Chefes de Estado e de Governo, o III Plano de Ação Quadrienal da Cooperação Ibero-Americana e as prioridades estabelecidas pelos países membros, os representantes dos países membros nos Organismos Ibero-Americanos setoriais temáticos são incumbidos de trabalhar neles para fazer avançar a implementação do III PAQCI. Além disso, solicita-se aos Organismos Ibero-Americanos que, no âmbito do Comité de Direção Estratégica dos Organismos Ibero-Americanos (CODEI) e com a SEGIB, coordenem a planificação e implementação das suas ações de cooperação para assegurar a coerência do conjunto da Cooperação Ibero-Americana. Por outro lado, seguindo as orientações dos países membros, a SEGIB realizará reuniões periódicas no contexto da equipa de Direção Estratégica do CODEI, para submeter à consideração das/dos Secretárias/os Gerais as questões que considere necessárias para promover a coordenação do relativo ao PAQCI.
Considera-se importante que os países membros intensifiquem os esforços de coordenação entre as diferentes instâncias governamentais relacionadas com a Conferência Ibero-Americana (Ministérios das Relações Exteriores/ Agências/Direções de Cooperação) e os Organismos Ibero-Americanos (Ministérios setoriais) para promover o alinhamento com as prioridades estabelecidas pelas pelos Chefes de Estado e de Governo.
Considera-se importante que os países membros intensifiquem os esforços de coordenação entre as diferentes instâncias governamentais relacionadas com a Conferência Ibero-Americana (Ministérios das Relações Exteriores/ Agências/Direções de Cooperação) e os Organismos Ibero-Americanos (Ministérios setoriais) para promover o alinhamento com as prioridades estabelecidas pelas e pelos Chefes de Estado e de Governo.
Programas, Iniciativas e Projetos Adstritos
34. Relativamente aos Programas, Iniciativas e Projetos Adstritos, a SEGIB mantém uma série de procedimentos que asseguram a coordenação e interação para uma melhoria constante. Esta coordenação verifica-se a diferentes níveis: por um lado, a SEGIB trabalha com as/os Responsáveis de Cooperação na criação de novos programas/iniciativas, na incorporação de novos países nos PIPA , ou na realização do processo de encerramento daqueles que não cumprem o Manual Operacional. Por outro lado, a SEGIB trabalha com as/os Representantes dos Países no Programas e Iniciativas (REPPI), incluindo as presidências dos Programas e Iniciativas, para os apoiar no seu âmbito de trabalho e na tomada de decisões estratégicas. Finalmente, a Secretaria para a Cooperação trabalha em estreito contacto com as Unidades Técnicas (UT) dos PIPA para acompanhar todas as suas atividades, validar o seu alinhamento com o Manual Operacional e fornecer-lhes o apoio técnico necessário para cumprir os critérios de qualidade desse Manual.
35. A SEGIB participa sempre nos Conselhos Intergovernamentais realizados pelos PIPA e, através da Plataforma de Acompanhamento da Cooperação Ibero-Americana e de um trabalho de monitorização constante e personalizado, dispõe sempre de informações que permitem detetar e atuar em conformidade. Esse conhecimento e o contacto permanente facilitam o trabalho de coordenação entre os PIPA, tendo-se alcançado a colaboração de vários programas na promoção de atividades conjuntas, uma linha de trabalho que será mais aprofundada no III PAQCI.
36. Considera-se que o sistema de relacionamento e trabalho existente com os Programas, Iniciativas e Projetos Adstritos está a funcionar bem e a permite melhorar a qualidade e os resultados da Cooperação Ibero-Americana, pelo que será mantido o mesmo sistema, intensificando esforços para assegurar que os PIPA realizem mais ações conjuntas entre si no contexto do III PAQCI.
Redes Ibero-Americanas
37. De forma habitual, a SEGIB desenvolve atividades e projetos de cooperação que envolvem as redes ibero-americanas especializadas no tema em causa. Algumas destas redes formalizaram a sua incorporação na Cooperação Ibero-Americana, realizando o processo de inscrição e registo que foi criado para esse fim pelas e pelos Chefes de Estado e de Governo e que é desenvolvido pela Secretaria-Geral Ibero-Americana.
38. O trabalho com as redes permite aproveitar as experiências, conhecimentos e contactos destes, que têm um altíssimo nível de especialização, sendo por isso parceiros estratégicos para a Cooperação Ibero-Americana.
39. No caso das redes, atuar-se-á em dois sentidos: Por um lado, promovendo a inscrição no Registo de Redes das redes que trabalham com a Secretaria nas diferentes áreas de cooperação e das que se identifiquem como mais relevantes nos âmbitos priorizados pelo PAQCI.
Por outro lado, considera-se conveniente promover o apoio aos planos de trabalho das redes inscritas, reforçando as suas capacidades.
Outros agentes
40. No Capítulo 7 deste documento, que descreve o conteúdo de cada um dos eixos do III PAQCI, foi realizado um exercício para identificar as organizações que já estão a trabalhar ou que podem ser parceiras em cada uma das linhas de ação. Tal como esta narrativa demonstra, existem muitos tipos diferentes de organismos que trabalham com a Cooperação Ibero-Americana: Agências das Nações Unidas, Organismos Internacionais, Organizações da Sociedade Civil, Centros de Investigação e outros. Alguns destes organismos são Observadores Consultivos da Conferência Ibero-Americana, que também conta com o apoio de Observadores Associados (países não ibero-americanos) com os quais a SEGIB desenvolve um constante trabalho de interlocução.
41. Os parceiros da Cooperação Ibero-Americana têm diferentes graus de envolvimento, trabalhando por vezes com a SEGIB em questões pontuais, enquanto noutros casos desenvolvem relações estreitas que levam à assinatura de acordos e planos de trabalho específicos.
42. É necessário manter a coordenação com os agentes que trabalham no espaço ibero-americano para unir forças, otimizar a utilização dos recursos e conseguir um maior impacto dos resultados.
43. Dada a variedade dos organismos e os seus diferentes graus de envolvimento com a SEGIB, considera-se necessário que haja um conjunto de critérios mínimos para o relacionamento com eles, entre outros e, principalmente, i) a sua ligação com os eixos, resultados e linhas de ação do III PAQCI; ii) e que as atividades se realizem com a necessária coordenação entre a SEGIB e os países membros.