Revista do Produtor Rural - ed 68

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ISSN 1984-0004 Publicação bimestral do Sindicato Rural de Guarapuava Ano XI - Nº 68 - Agosto-Setembro/2018 Distribuição gratuita

REVISTA DO PRODUTOR RURAL DO PARANÁ

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Na foto, a associada Adriana do Rocio Passos de Lacerda Martins


Í N D I C E

MANCHETE

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SINDICATO RURAL DE GUARAPUAVA PRESTOU HOMENAGEM AO HOMEM DO CAMPO COM UMA GRANDE FESTA

10

Batata

24

Especial

70 62

Encontro técnico debateu a produção da cultura

43ª Expogua: um show de atrações para o setor rural

Diversificação

Fazenda de gado de corte começa produção de leite

8 14

Unicentro Fazesc levanta atributos do solo para balizar pesquisas

38 50 66

78

Educação

Agrinho reuniu 400 professores em Pitanga

74

Campo Futuro Painel levanta e divulga os custos da produção

Jantar do Empresário 2018 Sindicato Rural de Guarapuava recebe homenagem da ACIG

Justiça do Trabalho

Sindicato Rural sediou palestra sobre terceirização

Estradas rurais

Trecho que liga Jordão à Colônia Vitória passa por revitalização

Áreas Rurais

Reunião define VTN 2018 para Guarapuava

Imposto Territorial Rural É hora de declarar o ITR 2018


EXPEDIENTE DIRETORIA:

Rodolpho Luiz Werneck Botelho

Josef Pfann Filho

Anton Gora

Gibran Thives Araújo

Cícero Passos de Lacerda

João Arthur Barbosa Lima

Jairo Luiz Ramos Neto

Presidente

1º Vice Presidente

2º Vice Presidente

1º Secretário

2º Secretário

1º Tesoureiro

2º Tesoureiro

CONSELHO FISCAL: TITULARES:

Lincoln Campello

SUPLENTES:

Luiz Carlos Colferai

Carlos Eduardo dos Santos Luhm

Alexandre Seitz

Anton Gottfried Egles

Roberto Eduardo Nascimento da Cunha

NOSSA CAPA REDAÇÃO/FOTOGRAFIA:

Luciana de Queiroga Bren Diretora de Redação e Editora-Chefe Reg. Prof. 4333

Manoel Godoy

Geyssica Reis

Jornalista

Jornalista

PRÉ-DISTRIBUIÇÃO:

ENDEREÇO: Rua Afonso Botelho, 58 - Trianon CEP 85070-165 - Guarapuava - PR Fone/Fax: (42) 3623-1115 Email: comunicacao@srgpuava.com.br Site: www.srgpuava.com.br EXTENSÃO DE BASE CANDÓI Rua XV de Novembro, 2687 Fone: (42) 3638-1721 Candói - PR

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REVISTA DO PRODUTOR RURAL DO PARANÁ

Os artigos assinados não expressam, necessariamente, a opinião da REVISTA DO PRODUTOR RURAL ou da diretoria do Sindicato Rural de Guarapuava. É permitida a reprodução de matérias, desde que citada a fonte.


EDITORIAL RODOLPHO LUIZ WERNECK BOTELHO Presidente do Sindicato Rural de Guarapuava

A IMPORTÂNCIA DA REPRESENTATIVIDADE

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echamos essa edição surpresos com a notícia da solicitação da suspensão dos registros e uso de agroquímicos a base de Glifosato, Abamectina e Tiram. Isso às vésperas do plantio da safra de verão. Parece que faltou conhecimento de como uma decisão como essa pode prejudicar toda produção agrícola do país. Como presidente do Sindicato Rural, entrei em contato com representantes do governo e com a nossa Federação, solicitando urgentemente uma intervenção sobre o assunto. A FAEP (Federação da Agricultura do Estado do Paraná), imediatamente solicitou uma ação judicial urgente no sentido de neutralizar os efeitos suspensivos do comércio e uso dos agroquímicos que contém os ingredientes ativos em foco. Sindicato e FAEP entraram em ação. Isso porque esse é um dever das entidades representativas de classe. Existimos para defender os diretos dos produtores rurais, lutar pela agropecuária brasileira. E ações como essa demonstram a importância da Federação e de um Sindicato Rural. Vale destacar também o assunto fim da vacinação contra febre aftosa e o pleito da FAEP, para que o Estado do Paraná siga, de forma independente, para obter o reconhecimento como área livre da doença sem vacina em 2021. No dia 13 de agosto, a governadora Cida Borghetti encaminhou ofício ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) pedindo a suspensão da vacinação contra a doença em maio de 2019. Desta forma, o novo status sanitário do Paraná seria reconhecido na Assembleia Geral da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), em Paris, em maio de 2021. Essa notícia é fruto de conversas que tivemos com a governadora e também de informações repassadas pela FAEP sobre a cadeia produtiva de carnes do Paraná, o maior produtor de carnes do Brasil.

E esses são apenas dois exemplos importantes que demonstram que o Sistema FAEP (FAEP, Senar e Sindicato Rural) não se resume a cursos, serviços e palestras. Temos um grande trabalho por trás, reuniões em Curitiba, em Brasília, com governo, bancada ruralista, lideranças do setor... A Contribuição Sindical Rural tornou-se facultativa, porém era a principal receita do Sindicato Rural. Em 2018, a entidade recebeu menos de 30% da arrecadação prevista para o ano, referente à contribuição. Isso é preocupante, já que sem apoio, a força da representatividade fica comprometida. Peço para que cada produtor rural reflita sobre o assunto e colabore com a entidade. Estamos buscando outras fontes de receita, com novos serviços, por exemplo, no entanto, esse apoio é fundamental. E por falar em apoio, quero agradecer imensamente todas as empresas que participaram do Dia do Agricultor 2018, com doação de brindes para sorteios, com estandes no evento e prestigiando a festa, o que foi fundamental para o sucesso do evento. Também agradeço a todos os produtores rurais que participaram dessa nossa singela homenagem ao homem do campo. É um ano difícil, mas a diretoria do Sindicato Rural optou por fazer o evento, mesmo que mais modesto, porque é preciso comemorar a data. É preciso fazer um barulho e mostrar para a população em geral a importância do setor agropecuário. É preciso ter orgulho de ser produtor rural. Por fim, trazemos também nessa edição um resumo da 43ª Expogua - Exposição Feira Agropecuária e Industrial de Guarapuava, que abrigou, este ano, o Espaço da Pecuária, organizado pela Cooperaliança, com palestras e debates importantes para o setor agropecuário. A todos, desejo uma ótima safra de verão e boa leitura!


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ANTON GORA Produtor rural, diretor da Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep), vice-presidente do Sindicato Rural de Guarapuava e presidente do Núcleo Regional dos Sindicatos Rurais do Centro-sul do Paraná

POLÍTICA, A BASE DE TUDO

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rabalhei 35 anos na Cooperativa Agrária, na área técnica. Durante esse tempo, aprendi que nada acontece sem a política. Você pode ter a melhor técnica, se a política não aprovar, nada acontece. Foi por isso que decidi, depois da minha aposentadoria, entrar e participar na área sindical e política junto ao meu Sindicato. Por isso também estou voltando ao assunto política. Vamos ter eleições esse ano, em outubro, e precisamos nos engajar na política, ajudar a dar um rumo nas próximas eleições e assim definir o futuro do nosso pais e da próxima geração. Não podemos mais nos omitir. Sabemos o que aconteceu no Brasil durante os 13 anos de governo de esquerda, precedido de um governo também socialista e todos os governos populistas. O Brasil simplesmente empobreceu, perdeu os seus valores morais e éticos. Ideologias não enchem a barriga de ninguém. O que produz riqueza é o trabalho. Não tem outra forma. Tanto é que só existem mais dois países comunistas no mundo e os dois comandados por ditadores. Todos os países democráticos optaram pelo capitalismo. Em quase todos eles, sequer ainda existe um partido comunista. Estamos percebendo o que está acontecendo em nosso congresso. O congresso se tornou uma entidade com fins em si mesma, onde os políticos, na sua grande maioria, com raras exceções, pensam e legislam em beneficio próprio para obter vantagens pessoais e se perpetuar no poder. Brasil, o país do futuro, está vendo o futuro cada vez mais distante. Rico por natureza, temos de graça o que existe de mais caro no mundo: temperatura e água, pessoas de bem. O único problema é que as pessoas de bem não reagem e são dominadas, exploradas por pessoas mal intencionadas. Temos que dar um basta em tudo isso. Se ainda

queremos um futuro para nós e principalmente para os nossos filhos, precisamos participar efetivamente da política, não só como eleitores, mas também como formadores de opinião. Não podemos simplesmente aceitar aquilo que alguns definem como politicamente correto. Isso não existe mais. O politicamente correto é trabalho para gerar riqueza. É educação que gera trabalho, que por sua vez gera bem estar. A agropecuária vai bem no Brasil, pelas condições climáticas favoráveis e principalmente pela tecnologia que foi gerada pela pesquisa. Em uma decisão política. O ministro da Agricultura Alisson Paulinelli decidiu criar a Embrapa. Mandou seus técnicos para o exterior, eles se aperfeiçoaram, trouxeram tecnologias e recursos intelectuais para gerar tecnologia. O resultado e indiscutível. Isso é política de resultados. Se hoje não tomarmos nenhuma medida para recolocar o Brasil no caminho correto, o futuro também vai ser incerto. Colhe-se aquilo que se planta. Se não plantarmos nada, não colheremos nada, se plantarmos mal, vamos colher mal, se não cuidarmos daquilo que foi plantado ou será plantado, não teremos futuro. O mundo mudou, todos os países democráticos e prósperos elegeram políticos conservadores. Alemanha, França, Inglaterra e até a Grécia que vivia de filosofia percebeu que tem que produzir e que o socialismo simplesmente empobreceu o país. O que falar dos Estados Unidos? País rico, que está tendo um dos maiores PIBs do mundo, graças ao seu governo conservador, que está incentivando a produção através de redução de impostos. Menos estado e mais trabalho. Vamos pensar sobre o assunto. Vamos tomar as nossas decisões políticas, vamos trabalhar pelos nossos ideais, vamos escolher candidatos comprometidos com o trabalho e com a geração de riquezas. Só assim teremos um futuro.

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CAMPO FUTURO

PAINEL LEVANTA CUSTOS DE PRODUÇÃO DE GRÃOS

Após reuniões, Painel divulga dados na internet: parâmetro para o produtor pensar a gestão econômica da propriedade

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anto quanto a semente, o manejo da lavoura e a colheita, a contabilidade de despesas e receitas já faz parte do trabalho do produtor rural. Encerrada a comercialização da safra, obtém-se os números, que indicam lucro ou prejuízo. Mas qual seria a dimensão dos investimentos necessários a cada atividade, numa análise técnica, de âmbito estadual? Para trazer resposta a esta pergunta, o Projeto Campo Futuro, conduzido pela CNA com vários parceiros, está realizando novamente, em diversas regiões do Brasil, mais uma série de seus Painéis de Custos de Produção – encontros anuais em que técnicos da iniciativa e o setor rural debatem juntos os custos de atividades da agropecuária. O objetivo é gerar e depois divulgar, a todos os produtores, dados que possam ajudar na gestão econômica das atividades da propriedade. No Paraná, onde o projeto conta com o apoio da Federação da Agricultura (FAEP), o Painel de Custos de Produção analisou a produção de grãos ao longo de quatro reuniões regionais que ocorreram de 16 a 19 de julho, nas cidades de Castro, Guarapuava, Cascavel e Lon-

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drina. Os encontros foram coordenados pelos técnicos Alan Fabrício Malinski, da CNA, Renato Ribeiro, do Cepea/Esalq, e Ana Paula de Jesus Kovalski, da área de Grãos da FAEP. Durante a etapa de Guarapuava, dia 17, no Sindicato Rural, a reunião contou com a presença de produtores rurais, técnicos, representantes de cooperativa e empresas que atuam no setor agropecuário. Na ocasião, a REVISTA DO PRODUTOR RURAL conversou com a técnica da FAEP. Ana Paula destacou que a meta é levantar e disponibilizar números detalhados, numa perspectiva estadual, que sirvam para se verificar como está a rentabilidade da propriedade. Ela explicou que ter uma ideia clara da dimensão do lucro ou do prejuízo é importante para a tomada de decisões. “Alguns produtores fazem uma gestão muito bem detalhada, outros ainda não aprimoraram este acompanhamento de custos, de receitas. Alguns até têm uma ideia da margem, porque sabem o quanto sobra no final do mês. Mas a maioria tem dificuldade de ter este custo completo”. Conforme apontou, é preciso considerar um conjunto amplo de fatores – é onde o Painel de Custos

Ana Paula (FAEP): no Paraná, quatro reuniões regionais analisaram custo da produção de grãos

de Produção atua para ajudar: “Porque o custo não é só o que você desembolsa e o que sobra a cada safra. Tem as depreciações de máquinas e equipamentos. Você tem o custo de oportunidade da sua terra”. A técnica da FAEP recordou ainda que, após cada reunião do Campo Futuro, os participantes recebem informações dos levantamentos de custo. Porém, segundo ressaltou, os dados também ficam disponíveis aos produtores rurais em geral. “Quando chega o resultado final, é sempre feita uma divulgação no site do sistema (www.sistemafaep.org.br) e no boletim informativo”.


RECONHECIMENTO

DACOREGIO AUTOMOTIVO RECEBE PRÊMIO COMO MELHOR REVENDA YOKOHAMA DO BRASIL

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m 2018, a Dacoregio Automotivo segue atingindo marcas memoráveis. No ano em que completou 25 anos de história, a empresa foi eleita pela Yokohama, em reconhecimento pelo excelente trabalho, a melhor revenda de pneus Yokohama do Brasil. A empresa, considerada destaque e referência regional, agora carrega a conquista de um título nacional, resultado de um árduo trabalho de qualidade, produtos e serviços. A Dacoregio Automotivo constantemente renova seus conhecimentos e equipamentos de trabalho, seguindo rigorosamente a evolução do mercado automotivo. A empresa é especializada não apenas no ramo de pneus. Hoje vista como um dos maiores centro automotivos do Paraná, ela é destaque na qualidade de atendimento e especialização de serviços, tais como, suspensões originais e especiais para performance ou 4x4, freios, revisões periódicas, avançados alinhamentos, personalizações, acessórios, som e aprimoramentos de equipamentos da linha automotiva. A Dacoregio é representante oficial dos pneus Yokohama para Guarapuava e região, parceria que iniciou há mais de 20 anos, buscando cada vez mais o conhecimento técnico em pneus de passeio, pick-up e alta performance. Essa parceria

entre Dacoregio e Yokohama tem ganhado cada vez mais força. Segundo o proprietário da empresa, a conquista foi inesperada, porém merecida. “Ao longo destes 25 anos de trabalho, sempre primamos pela qualidade. Hoje possuímos uma equipe qualificada que, como família, busca agregar mais um membro, que é o nosso cliente! Quando recebemos a premiação foi uma surpresa, pois em todo o território nacional são mui-

tas revendas representantes, e devido a força da marca Yokohama em nível global, sabíamos que não seria fácil, mas nunca deixamos de fazer o melhor para aquele que deposita em nós a confiança em ser nosso cliente. Estamos muito felizes pelo reconhecimento da marca e vamos continuar trabalhando cada vez mais para que a Dacoregio e a nossa região de Guarapuava seja cada vez mais forte,” salienta Cirio Dacoregio, proprietário da empresa.

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BATATA

ENCONTRO TÉCNICO DEBATEU A PRODUÇÃO DA BATATA

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1º Encontro Técnico sobre a Cultura da Batata, promovido pela Agroalpha e Grupo Agrônomos da Batata Guarapuava, ocorreu no dia 19 de julho, no anfiteatro do Sindicato Rural de Guarapuava. O coordenador do Grupo, Edson Ishida, disse que a ideia do evento foi suprir uma demanda que a região de Guarapuava tem em relação à informações técnicas sobre a cultura. “A batata é uma cultura de alto risco e muito cara, portanto, não temos mais o luxo de errar no campo. Quanto mais o produtor tiver acesso à informação técnica e profissionalização, melhor”. O evento contou com o apoio das empresas Produ- Edson Ishida, engenheiro química, Corteva, FMC e Syngenta. agrônomo e coordenador do grupo

Integrantes do Grupo Agrônomos da Batata Guarapuava

Confira o resumo da programação técnica do evento:

Fertilidade e Nutrição

Pragas

GUILHERME FRANCO

RUI FURIATTI

Mestre em Ciências , Gerente de Desenvolvimento de Mercado Centro Sul - Produquímica Precisamos cuidar de 14 nutrientes e não pensar na nutrição de plantas como uma receita de bolo, com uma recomendação generalizada. É importante aprofundar o sistema radicular, reduzir impedimentos físicos para o crescimento de raiz e fornecer nutrientes para reduzir a limitação química do crescimento de raiz. Micronutrientes, como o Boro, tem relevância em todo o metabolismo da planta. Com uma nutrição equilibrada, a planta se porta melhor frente aos desafios fitossanitários”.

Fisiologia Vegetal EDWIN HOLMAN Engenheiro Agrônomo, sócio-proprietário da Dessa Consult Na palestra foram apresentados resultados de pesquisas revelando uma proteína do grupo das mono-oxigenases P450, com sede na membrana plasmática, responsável pela principal defesa de plantas, inclusive da batata, contra infecção por algas parasíticas”.

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Engenheiro Agrônomo, Mestre e Doutor em Entomologia Aplicada

A praga Minadora das Folhas é extremamente importante, inclusive na região de Guarapuava. É uma praga de verão, imigrante de outras lavouras, principalmente de soja e feijão, e que entra na batata de plantio em janeiro/fevereiro. Provoca grande desfolha e queda de rendimento. O inseto precisa ser controlado desde o início e deve-se trabalhar com a parte genética das plantas e inseticidas mais seletivos a inimigos naturais, porque é uma praga típica de desequilíbrio. Quanto ao manejo para evitá-la, existem várias ações: época ideal de plantio, destruição de resíduos culturais, cuidado com culturas vizinhas, entender o material genético que está usando, trabalhar com produtos seletivos de inimigos naturais - em quantidade e época certa, nunca a mais ou a menos que o recomendado pela fábrica - e acompanhamento constante da lavoura”.


Doenças AILTON REIS Engenheiro Agrônomo, Doutor em Fitopatologia e fitopatologista da Embrapa Hortaliças A rizoctoniose é causada por um patógeno de solo, provocando principalmente podridão de raiz e do colo da planta e vai refletir na parte aérea, causando murcha e morte da planta. O controle é mais complicado e tem que ser mais preventivo. Tem que tentar evitar a entrada do patógeno na lavoura. E quando ele entrar, o produtor tem que aprender a conviver com ele, diminuindo a quantidade de inóculo no solo, fazendo rotação de cultura, destruindo o resto da cultura, entre outras medidas. A pinta preta e a requeima são doenças que atacam a parte aérea da planta. Os patógenos atacam, principalmente, as folhas e causam queima. É mais fácil de controlar com fungicidas. Antes de manejar a doença é preciso conhecê-la muito bem. O diagnóstico preciso é fundamental para um bom controle”.

Agroalpha O grupo Agroalpha é formado por acadêmicas do curso de Engenharia Agronômica da Faculdade Campo Real. Idealizado há um ano pela engenheira agrônoma Fabiula Portolan Kuczer, visa promover a profissionalização e reconhecimento da mulher no campo. Hoje, o Agroalpha é formado por 16 acadêmicas. Vanessa Penteado é uma das integrantes. “Trabalhamos o ser como um todo, desenvolvendo habilidades, raciocínios, postura. Desenvolvemos atividades com os profissionais no mercado e também trabalhamos com valores, como seriedade e lealdade. Queremos quebrar essa barreira da mulher no agronegócio, conscientizando que a mulher tem o seu valor. Lutamos pela igualdade”, explica Vanessa.

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SOJA

MOFO-BRANCO NA CULTURA DA SOJA

MAURÍCIO CONRADO MEYER Pesquisador – Embrapa Soja

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mofo-branco, causado pelo fungo Sclerotinia sclerotiorum (Lib.) de Bary, é uma das doenças de plantas mais antigas no mundo, afetando mais de 400 espécies, inclusive soja, feijão, algodão, girassol, batata, canola, tomate, ervilha, nabo forrageiro, entre outras culturas de importância econômica. Os danos ocorrem com maiores frequência e intensidade em regiões de altitude acima de 800 m, onde ocorre clima chuvoso, temperatura amena e alta umidade relativa do ar. As perdas médias causadas pela doença na cultura da soja giram em torno de 20%, mas, em lavouras com elevado potencial de inóculo e sob condições ambientais favoráveis, essas perdas podem chegar a 70%. Estima-se que cerca de 28% da área de produção de soja brasileira esteja infestada pelo patógeno, compondo aproximadamente 10 milhões de hectares que necessitam da adoção de medidas integradas de manejo da doença. Os estados que apresentam maior área afetada pelo mofo-branco são Paraná e Goiás (com mais de 2,0 milhões de hectares infestados), Rio Grande do Sul, Bahia, Mato Grosso (de 1,0 a 2,0 milhões de hectares infestados), Minas Gerais (com 0,5 a 1,0 milhão de hectares infes-

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tados) e Mato Grosso do Sul, São Paulo e Santa Catarina (com menos de 0,5 milhão de hectares infestados). Uma característica marcante do patógeno é a produção de escleródios, que são estruturas de sobrevivência do fungo no solo. Em condições favoráveis, estes escleródios germinam, formando apotécios, de onde são produzidos os esporos que infectam a soja. A manutenção da umidade do solo é fundamental para a ocorrência da doença, pois a germinação dos escleródios depende de alta umidade (chuvas frequentes), de temperaturas entre 15°C e 25°C, e de pouca incidência de luz solar (sombreamento do solo pelas plantas). Pela dependência dessas condições, a ocorrência de mofo-branco em soja varia de intensidade entre as safras. O manejo da doença tem como objetivos a redução do inóculo (escleródios no solo), a redução da incidência e de sua taxa de progresso. A redução de inóculo é conseguida pela inviabilização dos escleródios no solo e pela diminuição da produção de escleródios nas plantas doentes, por medidas como: cobertura uniforme do solo por palhada de gramíneas; rotação e/ou sucessão com culturas não hospedeiras; emprego de controle biológico por meio da infesta-

ção do solo com agentes antagonistas; utilização de sementes de boa qualidade e tratadas com fungicidas; emprego de controle químico, por meio de pulverizações foliares de fungicidas no período de maior vulnerabilidade da planta (R1 a R4). Para a redução da incidência do mofo-branco e de sua taxa de progresso, as seguintes medidas são importantes: escolha de cultivares com arquitetura de plantas que favoreça uma boa aeração entre plantas (pouco ramificadas e com folhas pequenas) e com período mais curto de florescimento e a utilização de população de plantas e espaçamento das entrelinhas adequado às cultivares. Outra medida que contribui na redução da dispersão do fungo S. sclerotiorum é a limpeza de máquinas e equipamentos após utilização em área infestada, para evitar a disseminação de escleródios para novas áreas. A efetividade do controle do mofo-branco em soja só é conseguida com a integração dessas medidas, pois, considerando que ainda ocorre produção de escleródios, mesmo que reduzida em função do controle químico, as demais medidas de manejo devem ser adotadas com a finalidade de inviabilização desses escleródios durante a entressafra, promovendo o manejo integrado da doença.


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TrichoderMax EC® apresenta ação biocontroladora

Registrado pelo Ministério da Agricultura para as culturas de soja e feijão, TrichoderMax EC® é comprovadamente eficiente no controle de fungos dos gêneros Sclerotinia, Rhizoctonia e Fusarium.

Favorece a absorção de nutrientes

Outra característica importante deste fungo é a sua capacidade de produzir metabólicos que auxiliam e induzem o desenvolvimento do sistema radicular das plantas, favorecendo a absorção dos nutrientes.

Proteção de plantas

Trichoderma asperellum apresenta a capacidade de indução de resistência sistêmica na planta, favorecendo assim a resistência a outras doenças.

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JANTAR DO EMPRESÁRIO 2018

Fotos: Produza Eventos

SINDICATO RURAL DE GUARAPUAVA RECEBE HOMENAGEM DA ACIG

Rudival Kasczuk e Rodolpho Luiz Werneck Botelho

principal, a homenagem às empresas dos setores do comércio e da indústria. Além de promover a entrega do Prêmio Mérito Empresarial, a ACIG homenageou as empresas que completaram decênios. O evento realizou ainda a primeira edição do Prêmio Reconhecimento Empresarial Nivaldo Krüger, que objetiva destacar empresários que contribuem para o desenvolvimento de Guarapuava. Também durante o Jantar, a ACIG deu posse a sua nova diretoria, para o biênio 2018-2020. O ex-presidente Rudival Kasczuk passou a presidência para o empresário Cledemar Mazzochin, que administrará a entidade ao lado do 1º vice presidente Acássio Antonelli e da 2ª vice presidente Maria Inês Guiné. Empresários nomeados para assumir funções da Diretoria e do Conselho Deliberativo também foram empossados.

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Sindicato Rural de Guarapuava recebeu homenagem no Jantar do Empresário 2018, da Associação Comercial e Empresarial de Guarapuava (ACIG), realizado no dia 21 de julho, no Vittace Centro de Convenções. A ACIG entregou à entidade sindical uma placa alusiva ao jubileu de 50 anos, completados em outubro de 2017. A placa foi entregue pelo então presidente da associação, Rudival Kasczuk, ao presidente do sindicato, Rodolpho Luiz Werneck Botelho (Foto). Estiveram também presentes à ocasião outros membros da diretoria do Sindicato Rural, como os vice presidentes Josef Pfann Filho e Anton Gora, o 2º secretário, Cícero Passos de Lacerda e o membro do Conselho Fiscal, Alexandre Seitz, acompanhados de suas esposas. Em sua 25ª edição, registrando a presença de 700 convidados, o Jantar do Empresário 2018 teve, como ponto

Prêmio Reconhecimento Empresarial Nivaldo Krüger homenageou Getúlio Hyczy e Odacir Antonelli

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Nova diretoria da ACIG e Conselho Deliberativo

Rudival Kasczuk passou a presidência para Cledemar Mazzochin


MANEJO INTEGRADO DE INSETOS

CONTROLE DE LAGARTAS NA CULTURA DA SOJA

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esde a semeadura, até a colheita, a cultura da soja está sujeita ao ataque de pragas. O conhecimento do impacto dos insetos na lavoura é essencial para que as ações preventivas e as técnicas de manejo sejam adequadas. O monitoramento e reconhecimento das principais pragas, associado às ferramentas disponíveis para manejo integrado de insetos são aspectos fundamentais para a proteção da lavoura.

esbranquiçadas no dorso, e se movimentam como se estivessem “medindo palmos”. É um inseto que se alimenta de uma grande variedade de espécies de plantas, o que facilita o seu crescimento populacional, e torna possível encontrar a praga em vários estádios de desenvolvimento em uma mesma região.

AS LAGARTAS

o tempo, se movimentam para o caule, bloqueando o fluxo de seiva para as folhas, comprometendo o desenvolvimento da planta. Devido às galerias formadas no caule, o ataque das lagartas pode causar a perda de plantas na lavoura, principalmente em situações de chuva ou ventos fortes. O controle com inseticidas pode ser difícil, uma vez que as lagartas ficam, na maior parte do tempo, protegidas dentro do caule da planta.

Lagarta-das-maçãs (Heliothis virescens)

Lagarta-da-soja (Anticarsia gemmatalis)

Sendo o desfolhador mais comum na soja no Brasil, é uma praga de fácil reconhecimento. Apresenta coloração verde, com estrias brancas na parte superior, sendo que, quando em grande população, ou em situações de escassez de alimento, a coloração se torna mais escura. A lagarta-da-soja se protege na face inferior das folhas das plantas e apresentam comportamento característico de, quando perturbadas, caírem no solo. Estas lagartas se alimentam das áreas centrais das folhas, mas deixam as nervuras intactas.

Lagarta falsa-medideira

(Chrysodeixis includens e Rechiplusia nu) A falsa-medideira também é uma das principais lagartas desfolhadoras da cultura da soja. Apresentam coloração verde-clara com pontos pretos e linhas

Os insetos menores, iniciam a alimentação pela região central das folhas, mas à medida que vão crescendo, podem se alimentar de folhas mais velhas, preferindo as folhas do baixeiro. Como estas lagartas tem o hábito de ficar no terço inferior da planta, quando é realizado o controle com inseticidas, geralmente deve-se dar uma atenção especial na aplicação para fazer com que o produto atinja o inseto na dose necessária.

Broca das axilas (Epinotia aporema)

A broca das axilas está presente com maior frequência nas regiões de clima ameno. Sua coloração é branco esverdeada com a cabeça preta, e nos últimos ínstares, fica bege-amarelada com a cabeça marrom. Entram pelas axilas, e formam um cartucho com o trifólio da planta. Com

A coloração desta lagarta pode variar de creme, verde, amarelada, parda ou rósea com pintas escuras pelo corpo. Em sua fase inicial, fica escondida nas flores e vagens, o que dificulta o seu monitoramento. A lagarta-das-maçãs, sempre teve maior importância econômica para a cultura do algodão, contudo, também ataca a lavoura de soja, sendo que o ataque ocorre geralmente nas fases finais do desenvolvimento da cultura, causando danos à flores, vagens e grãos. Além dos danos diretos, proporciona também a entrada de patógenos, diminuindo o número de vagens e grãos viáveis.

MANEJO INTEGRADO DE PRAGAS É muito importante que o produtor de soja, ao realizar o controle dos inseREVISTA DO PRODUTOR RURAL DO PARANÁ

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tos presentes na lavoura, adote o Manejo Integrado de Pragas (MIP).O MIP é composto de várias medidas de controle que, se aplicadas em conjunto, além de atuar no controle das lagartas, também atua na prevenção de infestações e auxilia no Manejo de Resistência de Insetos.

1. Rotação de culturas O objetivo da rotação de culturas é eliminar hospedeiros para pragas e doenças, diminuindo assim a possibilidade de infestações iniciais. Contudo, como várias das pragas de soja são polífagas, apesar de ser uma boa estratégia para o controle de doenças, a rotação de culturas não tem um efeito tão impactante no controle de insetos.

2. Inseticidas no pré-plantio O produtor de soja, pensando no controle de insetos, já deve estar atento desde a fase de pré-plantio. O monitoramento dos restos culturais é extremamente importante para a identificação da presença desses insetos e, em muitos casos, a aplicação de inseticidas no pré-plantio e dessecação é uma prática necessária. Lembre-se sempre que uma das principais práticas de um programa de manejo integrado é o monitoramento da lavoura. A aplicação de inseticidas sem necessidade, além de representar custo para o produtor, pode eliminar inimigos naturais que são fundamentais para auxiliar no controle de pragas.

3. Plantio de variedades geneticamente modificadas Uma grande vantagem que não existia até alguns anos atrás é a biotecnologia. A soja Intacta RR2 PRO® é uma excelente ferramenta em um programa de manejo de insetos, e possui a vantagem de conferir proteção à toda a planta desde a germinação até os estádios finais de desenvolvimento. A tecnologia Intacta RR2 PRO® combina, em um único produto, tolerância ao herbicida glifosato e proteção contra às principais lagartas que atacam a cultura da soja, conferida pela proteína Bt (Cry1Ac). Para a safra 18/19 a marca Pioneer® está lançando nove cultivares de soja com a tecnologia Intacta RR2 PRO®, trazendo novos patamares de rendimentos

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para a cultura da soja. Fale com o representante da marca Pioneer®da sua região para que ele lhe passe mais informações sobre as novas cultivares. É importante lembrar que com o plantio de cultivares de soja Intacta, também é necessário o plantio de uma área de refúgio estruturado efetivo. O refúgio irá garantir a presença de plantas sem a tecnologia Bt, que servirão de hospedeiras para as pragas existentes na propriedade. A área de refúgio deverá ser, no mínimo, 20% da área plantada com a tecnologia IntactaRR2 PRO®, e estar, no máximo, a 800 metros de distância do campo plantado com a soja Bt. Contudo, mesmo com o plantio da soja Intacta RR2 PRO® é possível que seja necessária a aplicação de inseticidas químicos, uma vez que existem outras pragas, como a Spodoptera frugiperda e percevejos, que também causam danos na cultura da soja e não são controladas por esta tecnologia. Além disso, como a lagarta precisa ingerir a planta para morrer, dependendo do seu estádio de crescimento, ou do nível de infestação, pode ser que a aplicação de inseticidas seja necessária mesmo para pragas controladas. Desta forma, o monitoramento e a observação dos níveis de dano econômico são extremamente importantes para o sucesso da lavoura Bt.

4. Tratamento de Sementes O tratamento de sementes funciona como um seguro para o agricultor. Contudo, se a lavora já possui um histórico de pragas iniciais, o tratamento de sementes é medida necessária para manter o estande de plantas. No Tratamento de Sementes Industrial com DuPont™ Dermacor®, o agricultor conta com um pacote ainda mais completo no controle de insetos.

5. Aplicação de Inseticidas Conforme já dito, a aplicação de inseticidas químicos pode se tornar necessária, tanto na área de cultivo da soja Intacta RR2 PRO®,quanto na área de refúgio. Recomenda-se que se aplique o mínimo necessário nas áreas de refúgio para a preservação de uma população de insetos suscetíveis. Além disso, para retardar o desenvolvimento de resistência de insetos às moléculas químicas, recomenda-se sempre que sejam aplicados inseticidas com modos de ação diferentes alternadamente. Utilize sempre produtos registrados para a cultura, e de acordo com as recomendações de bula.

6. Inimigos naturais Os inimigos naturais são grandes parceiros do produtor e podem auxiliar no controle das pragas. Insetos que se alimentam de ovos, ou que fazem a postura de seus ovos dentro de outros insetos, auxiliam no controle da população de pragas. Da mesma forma, alguns fungos também podem contribuir neste controle. O ataque de lagartas na soja pode causar grandes perdas ao produtor, contudo, a aplicação de um programa de Manejo Integrado de Pragas, respeitando-se sempre as melhores práticas agrícolas auxilia o produtor no controle destas pragas, preservando inimigos naturais, auxiliando no manejo correto das tecnologias, e proporcionando resultados na colheita. Veja mais em: www.pioneersementes.com.br/blog

Intacta RR2 PRO® é marca registrada utilizada sob licença de uso da Monsanto Company.


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ACONTECEU

MOFO BRANCO A Monsanto BioAg realizou no dia 10 de agosto, no Sindicato Rural de Guarapuava, a palestra Controle Biológico do Mofo Branco. Conduzida pelo pesquisador da Embrapa Soja, Maurício Conrado Meyer, o evento foi direcionado a produtores rurais e técnicos, buscando esclarecer como controlar a doença que apresenta alto potencial de prejuízo na cultura da soja. A palestra também contou com o apoio da Agro10 Assessoria Agropecuária.

REUNIÃO DO PROJETO BOVINOS A Cooperaliança realizou no dia 24 de julho, no Sindicato Rural de Guarapuava, mais uma reunião do Projeto de Gestão, voltado a cooperados do Projeto Bovinos, da cooperativa.

PERFIL DO SOLO As empresas Órion e Mosaic Fertilizantes realizaram no dia 12 de julho, no Sindicato Rural de Guarapuava, uma palestra técnica sobre soja e milho. O professor Dr. Eduardo Fávero Caires abordou o tema “Construção do perfil do solo com altas produtividades”.

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MOMENTO INTACTA No dia 19 de julho, o Sindicato Rural de Guarapuava sediou o evento Momento Intacta - Rumo ao Topo. Produtores rurais assistiram um debate sobre o mercado da soja com alguns profissionais renomados da área.


AGRICULTURA

MASSEY SHOW REUNIU MAIS DE 400 PRODUTORES RURAIS DE GUARAPUAVA E REGIÃO Texto e fotos: Taís Belusso Nichelle

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o dia 4 de agosto, foi realizada mais uma edição do Massey Show. O evento, promovido pela concessionária Augustin Massey Ferguson de Guarapuava/PR, teve como objetivo apresentar aos produtores rurais de Guarapuava e região os últimos lançamentos, test drive de tratores, condições especiais em máquinas, peças e serviços. Mais de 400 agricultores, de diversas cidades, prestigiaram o evento e puderam conferir de perto a agricultura do futuro. Também estiveram presentes especialistas de produto diretamente da fábrica Massey Ferguson, para apresentar aos produtores o que há de mais inovador no mercado atual de tratores, colheitadeiras, pulverizadores, implementos e agricultura de precisão, além de dispor de peças e serviços com preços e condições especiais neste dia de negócios. “Grande parte dos agricultores que compareceram neste evento vieram acompanhados de seus filhos e/ou netos, sendo uma alegria para nós da Augustin poder contar com o ambiente familiar em nossas concessionárias, além de estarmos preparando essa nova geração para a agricultura do futuro”, comentou Márcio Ronei Kilpp, Gerente Vendas da Augustin Massey Ferguson SC/PR. Para os clientes Edilberto Luis Pizzi e seu filho Edilberto Luiz Jr. Pizzi, produtores de grãos no Faxinal dos Rodrigues (Turvo-PR), é justamente essa atmosfera familiar o principal diferencial da loja. “O evento Massey Show aproxima o produtor da concessionária e cria vínculos de amizade. Aqui reencontramos e fazemos novos amigos”, disse Pizzi, que adquiriu sua primeira máquina, uma MF5650 Advance, na

Márcio Ronei Kilpp, Gerente Vendas da Augustin Massey Ferguson SC/PR

Augustin em 2002 e, recentemente, comprou uma colheitadeira híbrida MF5690. “Esse relacionamento de amizade que temos com a Augustin foi determinante na negociação da última máquina. Além da garantia de qualidade da Massey Ferguson, sabemos que podemos contar sempre com o bom atendimento da loja”, elogiou Edilberto Luiz Jr. Pizzi. As condições especiais ofertadas pela Augustin no Massey Show motivaram Josef Stutz, produtor de grãos na Colônia Jordãozinho (Entre Rios - Guarapuava/PR), a investir em uma plantadeira da linha MF 500, agora, com os dosadores pneumáti-

cos que contam com a tecnologia Precision Planting, um sistema que garante mais de 99% de singulação, já que o singulador e disco único para sementes é simplificado e não exige regulagem, evitando erros de calibração. Outra novidade para a MF 500 é o aumento de 20% na capacidade da caixa suspensa de sementes, que assegura maior autonomia de trabalho e disponibilidade da máquina no campo, significando aumento de produtividade e qualidade do plantio em menos tempo de operação. “É um sistema já muito difundido nos Estados Unidos e agora está iniciando no O produtor rural Josef Brasil. É necessá- Stutz com a plantadeira rio acompanhar que comprou durante o a tecnologia, evento pois proporciona um grande avanço na produção”, declara Stutz, que é cliente de segunda geração da Massey Ferguson. “Meu pai sempre gostou muito da marca e aqui na Augustin eu me sinto valorizado como cliente. Encontro facilidades na negociação e agilidade no atendimento”.

Família Pizzi, cliente da Augustin desde 2002, comprou mais uma máquina Massey Ferguson

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NOTAS

LEITE DAS CRIANÇAS COM DEBATES REGIONAIS A Secretaria de Estado da Agricultura (SEAB) realizou, dia 25 de julho, em Guarapuava, uma das reuniões que promoveu, em macrorregiões do Paraná, para debater o programa estadual Leite das Crianças. De acordo com o coordenador do programa no Estado, Masaru Sugai, que esteve à frente dos encontros, o objetivo foi levar esclarecimentos sobre o Decreto nº 3.000 e as resoluções que o regulamentam. Sugai lembrou que o Leite das Crianças tem a participação de outras secretarias, como as da Educação, da Saúde e da Família e que por isso o debate incluiu também o papel de cada uma na iniciativa.

Masaru Sugai, coordenador estadual do Leite das Crianças

Da reunião, sediada no Sindicato Rural de Guarapuava, participaram o chefe regional da SEAB, Arthur Bittencourt, e membros das regionais do programa em Guarapuava, Irati, Ivaiporã, Pitanga e União da Vitória. Em nível estadual, os encontros ocorreram em Londrina, Cianorte, Cascavel, Pato Branco e Curitiba.

CURSO DE PREPARO DE MASSAS

HOMENAGEM DO ROTARY CLUB DE GUARAPUAVA LAGOA

O Sindicato Rural de Guarapuava sediou, de 11 a 19 de julho, mais um curso do SENAC: Preparo de Massas. Realizada no salão de festas da entidade sindical, a atividade apresentou, entre outros conteúdos, o preparo de ravióli de rabada com massa de milho, capeletti de banana com canela, ravioline de chocolate com castanha coberto com coulis de morango, capeletti quatro queijos e nhoque. Molhos deliciosos também fizeram parte do aprendizado, sob a orientação da instrutora Ângela Karla França.

O Rotary Club de Guarapuava Lagoa prestou homenagem aos produtores rurais no dia 31 de julho, pelo Dia do Agricultor, comemorado em 28 de julho. O presidente do Sindicato Rural de Guarapuava, Rodolpho Luiz Werneck Botelho e o diretor da entidade, Roberto Eduardo Nascimento da Cunha participaram da solenidade, representando os produtores rurais da região. Botelho recebeu do presidente do Rotary Club de Guarapuava Lagoa, Roberto Luiz Valduga, um certificado de reconhecimento pelo excelente serviço prestado à comunidade e pelo Dia do Agricultor, além da oração a Santo Isidoro - Padroeiro do Agricultor.

Roberto Cunha, Roberto Valduga, Rodolpho Botelho, Celso Fracaro e José de Souza (Juca)

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MÁQUINAS AGRÍCOLAS

MACPONTA AGRO:

SEMPRE PENSANDO NO AGRICULTOR! DESDE QUE ASSUMIU A BANDEIRA DA JOHN DEERE NA REGIÃO, O CONCESSIONÁRIO VEM DESENVOLVENDO AÇÕES ESPECIALMENTE PENSADAS PARA O AGRICULTOR

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o longo dos quase três anos em que a MacPonta Agro assumiu a região Centro Sul do Paraná, vem movimentando a sua área de atuação. Eventos, dias de campo e condições diferenciadas são frequentes no concessionário. Desde a festa em comemoração ao primeiro ano de atuação, em outubro de 2016, até o grande Sábado Show, realizado em maio deste ano, foram inúmeros eventos e ações.

A cumplicidade e afinidade dos colaboradores com os clientes fazem a diferença, tanto para a empresa quanto para os produtores rurais. “Nós criamos verdadeiros laços de amizade por aqui e essas relações têm se fortalecido ao longo do tempo”, afirma o Gerente de Loja em Guarapuava, Carlos Alberto Guarese. Tanto o departamento Comercial, quanto Peças e Serviços, trabalham fortemente para dar o suporte necessário ao cliente. O foco sempre é de que ele saia satisfeito com o atendimento e com os serviços. As ações não acontecem apenas na loja de Guarapuava. A MacPonta Agro faz questão de levar a marca John Deere cada vez para mais perto do agricultor. É por isso que muitos eventos ocorrem, também, nas cidades vizinhas. Um evento de destaque nesse primeiro semestre foi o Tratour, realizado na cidade de Pitanga. “Foi um grande evento! Os produtores responderam muito bem às nossas expectativas. Teve gente que teve contato com a marca John Deere pela primeira vez, no nosso Tratour”, descreve Carlão. Para o

Coordenador de Soluções de Agricultura de Precisão, José Carlos Corrêa Filho, os agricultores se mostraram interessados no conteúdo e nos equipamentos expostos. “Todos gostaram muito do que foi apresentado. Eles participaram e interagiram bem, tanto durante a dinâmica com as máquinas, quanto na palestra dentro do caminhão”, destaca. A última grande realização da MacPonta Agro na região foi o Sábado Show, que já era tradicional na cidade de Ponta Grossa e, desde de 2016, passou a ser realizado também em Guarapuava. Nesse ano, inclusive, o concessionário mudou o formato do evento, fazendo um dia exclusivo para o cliente! “Nós distribuímos os convites e, apenas quem o recebeu, poderia comparecer no evento”, explica Carlão. A aceitação do público com essa ação foi imediata, já que a atenção foi concentrada para quem mais interessa: o agricultor. E, para o segundo semestre, tem bastante coisa vindo por aí! Além de algumas ações programadas, a MacPonta Agro está presente, também, no WinterShow, de 16 a 18 de outubro, em Entre Rios.

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EMPRESAS

SOB NOVA DIREÇÃO: BIONUTRY TEM FOCO EM INOVAÇÃO E QUALIDADE

U

ma das mais conhecidas empresas de seu ramo em Guarapuava, a Bionutry, está agora sob nova direção e segue oferecendo ao produtor insumos para suas atividades no campo. O sócio proprietário Gianlucas Gomes Ferreira recorda que o início dos trabalhos ocorreu em 2015. Desde então, a Bionutry comercializa medicamentos e vacinas de uso veterinário, rações e outros produtos agropecuários. Na loja, o cliente encontra itens como suplementos minerais Matsuda, rações para equinos, aves de corte e postura, cães, gatos e pássaros e abastecimento permanente de nitrogênio. O empresário lembra que, além disso, a Bionutry presta atendimento a animais de grande porte, com acompanhamento de médico veterinário – responsável técnico (João Maurício Martins Kurshaidt [CRMV 3488]). Segundo Ferreira, o atendimento consiste em assistência veterinária clínica e cirúrgica em grandes animais, ferrageamento e casqueamento equino, odontologia equina, inseminação artificial, IATF, sêmen para gado de leite

João Maurício Martins Kurshaidt, médico veterinário

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Gianlucas Gomes Ferreira (Sócio-proprietário) e Luiz Carlos Ribeiro de Brito (colaborador)

e corte, exames de tuberculose e brucelose, vacinação de brucelose e diagnóstico de gestão com ultrassom. “Nossa empresa tem seu foco na qualidade dos serviços prestados, na redução de custos para nossos clientes, com inovação e ética em nosso trabalho. Nossa visão é ser a melhor empresa do segmento, gerando uma maior satisfação aos nossos clientes, parceiros e colaboradores”, resume o veterinário.

Entre produtos de marcas conhecidas, Bionutry comercializa a linha completa IATF, Biogénesis Bagó


IATF

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este artigo iremos abordar alguns aspectos e as principais variáveis relacionadas à IATF que podem afetar direta e indiretamente os seus resultados. Apesar dos fatores envolvidos no sucesso da IATF serem inúmeros, podemos dividir estas variáveis em quatro: a vaca, o sêmen, o inseminador e o protocolo hormonal. A condição nutricional que os animais estão sujeitos na IATF é diretamente relacionada ao resultado de prenhez. A forma mais comumente utilizada para “estimar” este status nutricional é dada pelo Escore de Condição Corporal (ECC). O ECC é dado através de uma avaliação subjetiva em uma escala de 1 a 5 (ou de 1 a 9) sendo 1 bem magra e 5 bem gorda. Estima-se que o ECC ideal para sincronizar vacas em IATF está entre 3,5 e 4,5. Categoria: A categoria animal é popularmente associada ao número de crias obtidas pelas fêmeas durante sua vida reprodutiva, sendo classificadas de forma geral em nulíparas (novilhas), primíparas (uma cria), multíparas (mais de uma cria) ou em vacas solteiras (sem cria ao pé). Diferentemente da condição nutricional, a categoria animal pode não necessariamente estar diretamente ligada ao resultado de prenhez. No entanto, entendendo as particularidades de cada categoria e levando em consideração que as condições fisiológicas dentre elas são normalmente similares, estratégias podem ser desenvolvidas de forma direcionada para cada uma delas. Por exemplo, cuidados devem ser maiores com categorias de maior exigência nutricional (no caso das primíparas que ainda estão em crescimento), podendo suplementar apenas esta categoria, manejá-las em pastos separados no ano anterior e emprenhando-as de forma a parirem em uma época com maior disponibilidade de

comida. No caso de novilhas e vacas solteiras, um exame ginecológico para determinar status uterino e principalmente se estão prenhas é muito importante, já que muitas vezes é difícil controlar a dinâmica de touros dentro das fazendas. No caso das novilhas, além de estipular peso e idade mínimos para entrar em reprodução de acordo com o critério do produtor, o exame ginecológico deve também determinar ciclicidade através da presença de uma estrutura no ovário chamada de corpo lúteo, que determina a puberdade e também pelo tônus e tamanho dos cornos uterinos. Dias pós-parto (DPP): Programas de IATF têm sido implementados a partir de 30 DPP, e quanto antes forem iniciados (respeitando sempre o período de involução uterina de aproximadamente 30 dias), melhor será a eficiência reprodutiva do sistema de produção. Além das chances de obter um bezerro/ vaca/ano aumentarem, devemos considerar que, na grande maioria dos sistemas de produção, as vacas perdem condição corporal com o decorrer dos DPP. Portanto, os resultados tendem a cair até aproximadamente três a quatro meses após o parto quando os bezerros passam a amamentar menos e a condição de pasto melhora, resultando em uma melhora na condição corporal das vacas. É importante lembrar que isto dependerá de particularidades climáticas da região e da disponibilidade de comida para estes animais.

Manejo de Curral:

Manejar os animais de forma menos estressante possível tem sido frequentemente associado a melhorias na reprodução. Entendem-se manejos menos estressantes como eventos que envolvem desde a escolha dos horários mais frescos do dia para trabalhar com os animais até por minimizar gritos e

agressividade durante os manejos. O estresse está intimamente ligado à liberação de hormônios, como o cortisol e proteínas de fase aguda, que são responsáveis por desencadear uma série de eventos que podem afetar a qualidade dos oócitos e embriões e/ou também atuar fazendo com que os animais despendam de mais energia de forma desnecessária, prejudicando assim os resultados de IATF. Programas de treinamento em bem-estar animal têm sido cada vez mais adotados, assim como a melhoria nas estruturas de currais utilizando estes conceitos. Outro aspecto relacionado ao estresse e perda de energia é deixar os animais em pastos longes durante os manejos de IATF. O ideal seria reservar os pastos mais próximos ao curral e destiná-los apenas aos animais trabalhados em IATF. O Sêmen: A tecnologia de processamento de sêmen entre as empresas tem melhorado e avançado muito nos últimos anos visando através de qualidade, melhoria nos resultados. Porém, muito ainda é desconhecido quanto à fertilidade desses sêmens dentro de protocolos de IATF, mesmo em situações com parâmetros mensuráveis como, por exemplo, concentração, motilidade e patologias espermáticas, diferentes touros (ou até partidas de um mesmo touro) demonstram resultados bastante variados. Por isto, recomenda-se antes de iniciar um programa de IATF sempre avaliar o sêmen para garantir que ao menos os parâmetros conhecidos estejam dentro das conformidades. O Inseminador: Por se tratar de uma variável humana, devemos considerar desde aspectos como treinamento, qualificações técnicas, reciclagem constante, até aspectos de gestão, motivacionais ou programas de incentivos ligados a resultados. Departamento de Serviços Técnicos Biogénesis Bagó Saúde Animal

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ESPECIAL

43ª EXPOGUA: UM SHOW DE ATRAÇÕES PARA O SETOR RURAL

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Exposição Feira Agropecuária e Industrial de Guarapuava (Expogua 2018), realizada de 3 a 12 de agosto, no Parque Lacerda Werneck, se consolidou, mais uma vez, como o grande destaque do calendário de eventos rurais do centro-sul do Paraná. Organizado pela Sociedade Rural com diversos apoios, o evento chegou a sua 43ª edição com mais atrações voltadas aos aspectos comercial e técnico do agronegócio. Neste ano, a abertura oficial, na noite do dia 3 de agosto, ocorreu no Espaço da Pecuária (estande da Cooperaliança, que ampliou sua instalação na exposição para abrigar uma série de eventos ao longo da Expogua). O momento reuniu dirigentes das entidades organizadoras, expositores, apoiadores, autoridades, produtores rurais, lideranças da agricultura e do empresariado e visitantes em geral. O presidente da Cooperaliança, Edio Sander, ressaltou que a presença do Espaço da Pecuária contribuiu para evidenciar a importância do segmento: “Vamos ter uma semana toda de eventos relacionados à atividade pecuária”. O presidente da Associação Comercial e Empresarial de Guarapuava (ACIG), Cledemar Mazzochin, destacou que o evento é resultado de uma somatória de esforços: “A Expogua representa a união de fortes setores econômicos de nossa cidade: o comércio, a indústria, a agricultura e a pecuária”. À frente do Sindicato Rural, Rodolpho Luiz Werneck Botelho, enfatizou o potencial econômico do Paraná: “Temos 2,3% do território brasileiro. Mas produzimos perto de um quarto da produção agropecuária do nosso país”. O vice-prefeito de Guarapuava e secretário de Viação, Obras e Serviços Urbanos e de Turismo, Itacir Vezzaro, assinalou a importância da Expogua: “A exposição é um evento que traz tecnologia, informações”, enalteceu.

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Neste ano, abertura ocorreu no Espaço da Pecuária, da Cooperaliança

Sander, pres. Cooperaliança

Vezzaro, vice prefeito e secretário municipal de Guarapuava

Cledemar Mazzochin, pres. da ACIG

Hiraiwa, secretário de Estado da Agricultura

O secretário de Estado da Agricultura e do Abastecimento, George Hiraiwa, ressaltou a necessidade do setor rural também se integrar nas tendências do desenvolvimento tecnológico mundial. “Somos de uma geração que transformou o país de importador a exportador de alimentos. Mas daqui para frente, a eficiência virá com a tecnologia”. O presidente da Sociedade Rural Guarapuava, Denílson Baitala, lembrou o papel do agro na economia: “Os em-

Botelho, pres. Sindicato Rural de Guarapuava

Baitala, pres. da Sociedade Rural Guarapuava

preendedores rurais geram riquezas e emprego. Neste sentido, a Expogua é um evento extremamente importante”. Encerrada a abertura, os participantes passaram à visitação do evento. Durante os 10 dias da Expogua, a equipe de reportagem da REVISTA DO PRODUTOR RURAL esteve presente aos principais pontos da programação e traz aqui um resumo das informações. Segundo os organizadores, 100 mil pessoas passaram pelo evento ao longo dos dias.


ESPECIAL EXPOGUA

LEITE: ENCONTRO REÚNE PRODUTORES DA REGIÃO

Botelho, pres. do Sindicato Rural de Guarapuava

Evento enfocou fatores que influenciam na relação entre bem-estar animal, produtividade e qualidade do leite

O 11º Encontro Regional de Produtores de Leite, uma das etapas técnicas tradicionais da Expogua, que aconteceu dia 4 de agosto, no Sindicato Rural de Guarapuava, mostrou que, além da nutrição das vacas leiteiras, outros fatores influenciam o bem-estar e produtividade. Na abertura, compuseram a mesa de honra e realizaram pronunciamentos o presidente do Sindicato Rural, Rodolpho Botelho, que deu as boas-vindas aos participantes; o diretor administrativo da EMATER, Sérgio Augusto Guarienti; o vice-prefeito de Guarapuava e secretário muni-

cipal de Obras e também de Turismo, Itacir Vezzaro; o diretor-presidente da ADAPAR, Inácio Kroetz; e o presidente da COAMIG, Edson Bastos. Estiveram também presentes outras autoridades, de Guarapuava, da EMATER, SEAB e ADAPAR. A programação, com duas palestras e espaço para perguntas, se estendeu durante toda a manhã. Participaram produtores de Guarapuava, Campina do Simão, Turvo, Goioxim, Candói, Cantagalo, Prudentópolis, Pinhão, Palmital e Reserva do Iguaçu. O Encontro foi organizado pela Comissão Técnica de Bovinocultura de

Mesa de Honra: Guarienti (EMATER); Botelho (Sind. Rural); Vezzaro (vice prefeito); Kroetz (ADAPAR); e Bastos (COAMIG)

Leite do Sindicato Rural de Guarapuava, formada pela Emater, Coamig, Sindicato Rural, Sociedade Rural e Unicentro; com patrocínio da Pioneer e Sicredi e apoio da Nutron Cargill. A REVISTA DO PRODUTOR RURAL esteve presente e conversou com os palestrantes.

PALESTRAS

Influência dos fatores não dietéticos sobre a produção de vacas leiteiras

MAILSON POCZYNEK (Veterinário da Nutron-Cargill) falou sobre a água e comentou que um free stall bem dimensionado para o tamanho das vacas é uma das opções que oferecem conforto.

É importante, para a vaca de leite, ter três coisas: água à vontade, de qualidade e perto. Se você limita a água, em qualidade, em quantidade, ou deixa muito longe, a vaca vai ‘falar’, levando menos leite para a ordenha. Ela também não gosta de água muito gelada. Então, muitas vezes, quando a água está um pouco mais morna, em algumas poças, elas acabam tomando. E o produtor acha que a vaca gosta de água suja, mas isso é uma inverdade. Com relação às instalações, talvez uma grande parte da aversão de produtores ao sistema de free stall é o mal dimensionamento das camas, o uso de material inadequado, o uso de colchões muitas vezes sem cobertura, que acabam machucando o joelho das vacas. As coisas evoluíram e temos que buscar o que está dando certo. Fazer uma cama do tamanho adequado, para que a vaca possa conseguir deitar com conforto. Deitando, descansando mais, essa vaca também vai ter um aumento de produtividade e do bem-estar dela”.

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ESPECIAL EXPOGUA

Como transformar CCS e CBT em dinheiro Quando a gente fala em células somáticas, não estamos falando apenas em qualidade para a indústria e produto final. Estamos falando também de sanidade de rebanho. Vacas com CCS abaixo de 200 mil são vacas saudáveis, que vão estar produzindo mais leite. A ideia é mostrar o impacto econômico na propriedade e mostrar algumas soluções para o produtor, para melhorar isso na propriedade. Temos excelentes regiões, com ótima qualidade de leite, que se poderia comparar a qualquer lugar de primeiro mundo. Anos e anos, nós debatemos esse assunto e no atual momento ainda temos grande parte das propriedades fora do parâmetro desejável para esses dois indicadores: células somáticas (CCS) e contagem bacteriana (CBT). Temos que estar sempre voltando a este assunto, porque ainda ele é uma preocupação para a indústria, para o produtor, para toda a cadeia de leite”.

AVELINO CORREA (Veterinário – APCBRH) destacou que embora haja regiões de excelência em qualidade de leite, os índices de CCS e CBT precisam melhorar em muitas propriedades leiteiras.

SORTEIOS

Pioneer sorteou brindes entre os participantes: chapéus, camisetas e sementes. Nas fotos, o representante Adilson Pagno com os produtores sorteados

LEILÕES DA 43ª EXPOGUA Os leilões da Expogua mais uma vez se confirmaram como uma das principais atrações do evento. Em pista, vendedores apresentaram qualidade em bovinos de leite e de corte e também em ovinos. Confira as médias de acordo com informações da Gralha Azul Remates, responsável pela comercialização.

LEILÃO DE GADO DE LEITE PREÇO/CABEÇA (R$) Holandesa

5.200,00 Jersey

LEILÃO ESPECIAL CRIADOR PESO MÉDIO/CABEÇA Bezerros

Bois

0,206 0,297 0,255 PREÇO/Kg (R$)

4.666,00

Bezerros

Bois

Novilhas

Jersolanda

5,56

4,78

4,98

4.750,00

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Novilhas

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LEILÃO ANGUS PESO MÉDIO/CABEÇA Bezerros Nov. Prenhez Nov. Reprod. Novilhas Vacas

0,211 0,376 0,359 0,212 0,586

PREÇO/Kg (R$) Bezerros Nov. Prenhez Nov. Reprod. Novilhas Vacas

6,64 5,33 5,00 5,23 4,60

LEILÃO MULTIRRAÇAS PREÇO MÉDIO/ CABEÇA (R$) Touros PO Nelore

7.000,00 Touros PO Tabapuã

7.000,00

LEILÃO UNIÃO RURAL PESO MÉDIO/CABEÇA Bezerros

Bois

Vacas

0,199 0,224 0,339 PREÇO/Kg (R$) Bezerros

Bois

Vacas

5,61

4,62

4,40

LEILÃO OVINOS PREÇO MÉDIO/ CABEÇA (R$) Reprodutores

1.800,00 a 2.180,00 Borregas

549,83


ESPECIAL EXPOGUA

Espaço da Pecuária

COOPERALIANÇA PROMOVEU PROGRAMAÇÃO TÉCNICA DE QUALIDADE DURANTE A EXPOGUA A Cooperaliança Carnes Nobres inovou na 43ª Expogua montando o Espaço da Pecuária. Durante todos os dias da feira diversos profissionais renomados da pecuária de corte passaram pela tenda montada no Parque de Exposições Lacerda Werneck, buscando debater temas importantes do setor. A vice-presidente da cooperativa de carnes, Adriane Araujo Azevedo, explicou que a ideia foi trazer o espaço para eventos técnicos buscando sanar essa carência dentro da Expogua. “Além da programação técnica, o espaço também foi uma oportunidade de negócios aos pecuaristas. As empresas, nossos apoiadores, também estiveram aqui durante todos os dias expondo seus serviços e produtos”. Avaliando o primeiro ano do espaço, Adriane se diz muito contente. “Nosso objetivo foi super alcançado. Tivemos público diariamente, mesmo com o frio intenso. E nosso feedback só foi positivo, ouvimos elogios sinceros. Até porque buscamos trazer profissionais renomados e com muito conhecimento da pecuária, que debateram os temas com qualidade”. Foram parceiros da Cooperaliança no Espaço da Pecuária: Núcleo de Bezerros de Guarapuava, Sociedade Rural de Guarapuava, Sindicato Rural de

Guarapuava, Associação Brasileira de Angus, Cooperativa Agrária, DSM Tortuga, Tru-test, Ipacol, Pioneer, Nupran, Atlântica Sementes, Nussed, Agrobrasil Currais, JetBov, Troncos Progresso, Alta Genetics, Allflex.

MESA REDONDA CARNE FORTE

Mesa Redonda Carne Forte, no dia 3 de agosto, abriu os trabalhos da Cooperaliança no Espaço da Pecuária da 43ª Expogua. Participaram como palestrantes e debatedores: professor doutor Sebastião Brasil Campos Lustosa (Agronomia/Unicentro); a nutricionista Vânia Schmitt (Faculdade Campo Real e Unicentro); o veterinário Alexandre Bombardelli de Melo (DSM Tortuga); a veteriná-

ria e gerente do Departamento Técnico da Cooperaliança, Marina Araújo Azevedo; e o professor Mikael Neumann (Veterinária/Unicentro). O evento mostrou a importância da carne na alimentação humana, evidenciando o papel da proteína no metabolismo. Os debatedores mostraram ainda que a pecuária de corte movimentou R$ 523 bilhões em 2017, o que representou um crescimento de 3,6% em relação a 2016 e que, na produção mundial do ano passado o Brasil, com 14,4%, já se aproxima dos EUA, que detém uma fatia de 17,95%. Segundo foi destacado, o setor da carne tem conseguido alcançar mercados importantes: em 2017, 26% das exportações foram para a Hong-Kong; 14% para China; e 10% para Egito e Rússia. Mas o debate também apontou necessidade de melhorar a condição das pastagens, a produtividade de grande parte dos sistemas

Alexandre Bombardelli; Sebastião Lustosa; Vânia Schmitt; Marina Azevedo e Mikael Neumann produtivos e apontou que a qualidade é o caminho para aumentar as vendas externas. Mesmo em meio a avanços e desafios, Marina Araújo Azevedo chamou a atenção para a necessidade de se mostrar à sociedade a importância do segmento: “Nós estamos sendo eficientes, sendo mais produtivos, respeitando o bem-estar animal, preservando o ambiente. Temos que continuar nosso trabalho. Divulgar mais o que fazemos de bom e ter orgulho disso”, resumiu.

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POTENCIAL DO PROFISSIONAL NA AGROPECUÁRIA No dia 6 de agosto, o Espaço da Pecuária apresentou a palestra Potencial do Profissional na Agropecuária. Ao enfocar o case de sucesso do presidente da Cooperativa Agrária, o agrônomo e produtor rural Jorge Karl, o evento objetivou mostrar ao público, a maioria estudantes, o campo para aqueles que pretendem atuar no agronegócio. Ao lado de Karl, participaram a zootecnista Mabely Lupepsa Pagnussat (Agropecuária Lupepsa); o agrônomo Tiago Silveira Hauage (gerente de Marketing Sul Pioneer); o veterinário Robson Ueno (Cooperaliança) e o veterinário Rogério Semchechem (DSM Tortuga). Estiveram também presentes o presidente da Cooperaliança, Edio Sander, a vice Adriane Thives Araújo Azevedo; e o presidente da Sociedade Rural Guarapuava (entidade organizadora da

43ª Expogua), Denílson Baitala, além de produtores rurais. Na equipe da DSM, uma das empresas apoiadoras do Espaço da Pecuária da Cooperaliança, Alexandre Bombardelli de Melo comentou a importância de se apresentar no local não só as questões téc(Da esq. p/ dir.) Johann Zuber Jr; Roberto Hyczy Ribeiro; Edio nicas e de mercado da Sander; Alceu Araújo; Adriane Azevedo; Jorge Karl; Denílson pecuária, mas também Baitala; Silvino Caus e Arlisson Sanches Sales (Foto Luzita Levi) as perspectivas de quem se prepara para trabalhar na agricultura ou na pecuária. “O estude como está o mercado de trabalho hoje dante que veio aproveitou muito, porque – que está exigindo cada vez mais pessoas pode ter uma idéia de como se preparar e preparadas”, comentou.

HARMONIZAÇÃO DE CARNES E CERVEJAS A Cooperaliança, em parceria com a Cooperativa Agrária, realizou o “Workshop de Harmonização de Carnes e Cervejas com Degustação Guiada” no dia 7 de agosto, no Espaço da Pecuária, na Expogua. O evento foi conduzido pelos bier sommeliers, técnicos cervejeiros, Carlos Balkau (que Carlos Balkau também é gastrônomo) e Clayton Luiz de Andrade (que também é homebrewer). Ambos explicaram a história da cerveja, seus ingredientes e como são as variações de harmonização. “As formas de harmonização são por contraste, semelhança, complementação e corte. Cada uma delas tem uma peculiaridade e primeiro é necessário fazer os testes. Todas elas têm uma diferença. Você pode fazer seu próprio teste em casa, sem ser especialista. Como faz? Testa a bebida com a comida, se sentir um prazer e uma vontade de um novo gole e uma nova garfada é porque deu certo”, explica Balkau. Andrade detalha ainda diversos fatores que influenciam na harmonização. “Se a carne é assada, grelhada ou crua, como o carpaccio, muda o tipo de cerveja. Temos cerveja de qualidade sendo produzida em nossa cidade, chefes altamente gabaritados e pessoas que entendem suficientemente do assunto para que as harmonizações corretas sejam feitas. Logo, os apreciadores de cervejas e carnes precisam conhecer mais as possibilidades e valorizar isso”.

Clayton Luiz de Andrade

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BRINCANDO NO CAMPO

No dia 6 de agosto, o Espaço da Pecuária da Cooperaliança Carnes Nobres recebeu a visita de mais de 80 crianças do Colégio Integração. A visita teve o objetivo de divulgar a importância do campo e do produtor rural para vida de todos. A acadêmica de nutrição Letícia Sabá explicou para as crianças a importância dos alimentos, como eles são produzidos e quais são os alimentos saudáveis. Os pequenos também conheceram uma família de agropecuaristas que trouxe um cordeiro para exemplificar uma de suas criações de trabalho. Todas ficaram encantadas. Depois do lanche saudável, que incluía suco de laranja natural, “x-carninha” e espetinho de frutas, a turminha foi até o barracão de animais. Ana Beatriz, de cinco anos, disse que agora sabe de onde vem a cenoura que ela gosta tanto. “Eu amo cenoura, minha mãe disse que sou um coelho e agora sei como ela nasce”. O carneirinho também chamou muita atenção. “Ele é muito fofinho, amei passar a mão nele”. Ana Beatriz


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SEMINÁRIO OVINOCULTURA

Um dos eventos técnicos que despertou interesse de produtores, no Espaço da Pecuária da Cooperaliança, na 43ª Expogua, foi o Seminário de Ovinocultura. No dia 8 de agosto, esta etapa da programação trouxe duas palestras que abordaram questões do cotidiano dos ovinocultores. Uma renomada especialista na área, a professora Alda Lúcia Gomes Monteiro (LAPOC/UFPR), apresentou pesquisa de 2017 mostrando o perfil de 25 propriedades de ovinocultura de várias regiões do Paraná. Ela apontou também detalhes técnicos que, se deixados de lado, podem trazer prejuízo para o ovinocultor. Na sequência, com sua experiência de campo, o veterinário Alexandre Bombardelli de Melo, especialista em Produção e Nutrição de Pequenos Ruminantes (Universidade Tuiuti/PR), que atua na DSM, destacou aspectos importantes para o manejo alimentar dos animais. A REVISTA DO PRODUTOR RURAL conversou com os palestrantes.

Produção de Cordeiros de Corte

Alda Lúcia Gomes Monteiro Dra. em Zootecnia (UNESP), agrônoma (ESALQ/USP) e coord. do Laboratório de Pesquisa em Ovinos e Caprinos da UFPR (LAPOC).

Não estamos num momento favorável para nenhuma atividade. Mas mesmo assim, acho que temos que considerar a evolução da atividade de ovinocultura no Estado e a perspectiva de crescimento. Todos os levantamentos que fizemos com os produtores e cooperativas nos últimos anos indicam, em números, que todos têm interesse e oportunidades para crescer o mercado da carne ovina”.

Manejo Nutricional de Ovelhas

Alexandre Bombardelli de Melo Veterinário e supervisor técnico comercial da DSM, especialista em produção e nutrição de pequenos ruminantes (Tuiuti/PR)

Entrei na empresa há 15 anos. Já tínhamos, na época, produtos inovadores. Mas hoje a velocidade (das mudanças) está muito alta. Não dá mais para fazer o básico. Os ovinocultores que estão buscando inovações, tecnologias e eficiência zootécnica, através de cooperativas ancoradas ao apoio de pesquisas, estão se destacando em produtividade e melhorando a realidade da propriedade.”.

SEMINÁRIO PECUÁRIA DE CRIA

O Espaço da Pecuária da Cooperaliança recebeu no dia 9 de agosto, profissionais qualificados para falar sobre a pecuária de cria. Confira o que os palestrantes debateram sobre o tema:

Miguel Abdalla Gerente de Produtos de Corte Taurino da Alta Genetics

Melhoramento Genético Para começar, o melhoramento genético é importante medir, saber onde estamos com o nosso rebanho e começar a produzir mais quilo/carne por hectare, sem aumentar custo. Precisamos ter um objetivo, para saber aonde se quer chegar. A partir daí, é preciso encontrar a ferramenta certa para chegar lá. Ver qual sumário que o produtor tem mais familiaridade, qual raça que ele vai preconizar para fazer este trabalho de melhoramento na fazenda. Com isso, o produtor pode ter aumento de produtividade, rentabilidade, melhoria na eficiência da fazenda e começar a produzir mais quilo por hectare, sem aumentar custo”.

Eduardo Madruga Gerente Técnico de Pecuária de Corte Sul da DSM Tortuga

Manejo nutricional de matrizes Com o manejo nutricional certo para as matrizes conseguimos melhorar o peso de desmama, ter o máximo de peso da terneira do nascimento à desmama, acasalar a novilha, seja com 14 ou 24 meses, com o peso mais próximo de uma vaca adulta, ou seja, superando os 350 kg no primeiro acasalamento e a repetição de cria após o primeiro serviço, visando estratégias nutricionais para que a novilha ganhe peso e venha a parir com condições de repetição de cria. O nosso planejamento nutricional é que a matriz não passe fome, que tenha condições de aproveitar esses nutrientes da dieta ao longo do ano e faça disso um maior ganho cabeça/dia para que a gente tenha melhores resultados zootécnicos e econômicos. Em resumo, buscamos um desmame de, no mínimo, 200kg/vacas/ano. A média do Brasil hoje é de 90 a 100 kg/vaca/ ano e nós temos potencial genético para dobrar essa produção e melhorar a rentabilidade do setor”.

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Ciclo de Palestras

UM DEBATE SOBRE EXIGÊNCIAS E INOVAÇÕES DA PECUÁRIA Com um ciclo de palestras de especialistas em assuntos ligados à pecuária e ao agronegócio em geral, o Espaço da Pecuária da Cooperaliança, na 43ª Expogua, dia 10 de agosto, deixou uma mensagem clara aos bovinocultores de corte: é preciso entender melhor o mercado – das oportunidades para a carne nobre no Brasil às exigências dos compradores internacionais, passando pelas inovações tecnológicas da comercialização.

MERCADO INTERNACIONAL DE CARNE

PERSPECTIVA DO MERCADO DO BOI E DA CARNE THIAGO CARVALHO

TATIANA LIPOVETSKAIA PALERMO Mestre em Direito Empresarial Internacional (Universidade de Leiden/Holanda); Mestre em Direito Privado (Escola Russa de PósGraduação); Bacharel em Direito pela Academia Federal de Direito dos Urais (Ekaterimburgo/Rússia); ex-secretária de Relações Internacionais do Agronegócio do MAPA e colunista da Gazeta do Povo.

Há muito espaço para a carne bovina. A demanda mundial está crescendo, principalmente na Ásia. Está surgindo uma nova classe média, com a demanda pela proteína animal. Para exportar é extremamente importante você manter a qualidade. Tem de se estar atento às exigências do mercado importador”.

O DIA A DIA DA GESTÃO PECUÁRIA COM O USO DA TECNOLOGIA

Doutor em administração de empresas (FEA/USP); mestre em Economia Aplicada e bacharel em Ciências Econômicas (ESALQ/USP); pesquisador do CEPEA/ESALQ/USP

Oportunidades sempre existem, desde que se tenha um projeto bem estruturado, uma boa estratégia, sabendo onde se quer chegar. No mercado de carne, temos um grande mercado consumidor: 80% da nossa carne fica no mercado doméstico. Nós podemos diferenciar produtos. Temos um nicho de mercado que busca padrão, conhecer cada vez mais novos cortes, novas raças. É aquela velha frase: o produtor precisa produzir mais com menos, porque o mercado exige isso”.

GESTÃO FINANCEIRA (NA PROPRIEDADE RURAL)

ELDER BRUNO

DANIEL PAGOTTO

MBA em Administração (UNA/Belo Horizonte-MG), especialista em produção animal, agrônomo (ESALQ/ USP), head de Canais e Alianças da Jetbov e coordenador do Clube de Práticas Zootécnicas.

MBA em Gestão Empresarial e Finanças (FGV), mestre em Agronegócio e agrônomo (ESALQ/USP). CEO e fundador da Tratto Consultoria – Gestão e Proteção de Patrimônio no Agronegócio

Estamos passando por um processo de mudanças. Elas estão acontecendo muito rápido. Já temos vários recursos (programas e aplicativos), hoje, para garantir uma melhor qualidade, rapidez nos processos, para ter o negócio mais na mão e tomar decisão. Não adianta nada a gente coletar dados e não tomar nenhuma decisão. O processo (de produção) fica transparente, auditável, e consequentemente gera um resultado melhor no final”.

A gente considera que só duas de cada 10 famílias de produtores rurais têm um modelo financeiro funcionando. Para quem quer começar, o jeito mais prático de fazer é estimando o que acontece no seu negócio. Na hora em que você começa a gerar um orçamento, em que você estima o que vai receber, o que vai custar, começa a ficar muito mais fácil fazer o gerenciamento do seu fluxo de caixa e também para encontrar o lucro do seu negócio”.

MESA REDONDA

Debate sobre custos, lucros e espaço nos mercados brasileiro e estrangeiro: (da esq. p/ dir.) Thiago Carvalho; Fábio Schuler Medeiros (mediador e Doutor em produção animal e qualidade de carne [UFRGS] e veterinário [UFSM] – Gerente nacional do Programa Carne Aguns Certificada/ABA); Tatiana L. Palermo; e Reynaldo Titoff Salvador (vice-Presidente Programa Carne Angus Certificada/ABA)

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ESPECIAL EXPOGUA

BENEFÍCIOS DA IDENTIFICAÇÃO ELETRÔNICA DOS ANIMAIS CALEBE MORENO Biólogo (USTJ), possui curso para implantação de sistema HACCP na indústria da carne (ITAL-CTC) e gerente comercial de Marketing na Allflex Brasil.

A identificação eletrônica traz uma série de vantagens dentro da propriedade: o produtor e os funcionários têm mais tempo para fazer um trabalho melhor. Além disso, traz maior segurança, porque você não tem erros de leitura dos animais, troca de animais. Inicialmente, para uma produção menor, pode ser considerado um investimento um pouco mais alto, mas é um investimento que você consegue diluir com o tempo”.

MANEJO DE PASTAGEM FELIPE MOURA Engenheiro agrônomo, mestre em Ciência Animal e Pastagens, vice-presidente de marketing da associação Brasileira de Angus, CEO do portal Pasto Online e sócio da Tratto Consultoria

O esquema de produção a pasto passa pelo entendimento do que a fazenda tem de limitante, o entendimento do que significa produtividade e a forma de comportamento das plantas, para que se faça uma colheita de pasto eficiente. Pasto tem que ser colhido como qualquer outra cultura. E há necessidade de fazer um planejamento forrageiro durante o ano todo, porque o pasto não produz igual o ano inteiro. Além disso, um planejamento área a área da fazenda. Porque dentro de uma mesma propriedade há diversas áreas que produzem diferente”.

CASE DE VERTICALIZAÇÃO DA PRODUÇÃO – FARM-TO-TABLE VITORIANO DORNAS NETO Especialista em produção de ruminantes e coordenador de pós-graduação e projetos do agronegócio na Rehagro

CASE: A PECUÁRIA DO FUTURO EDUARDO COELHO Médico veterinário, sócio e gerente de Produção da empresa Ruviara (São Borja – RS), consultor em Gestão de Produção de Pecuária de Corte

Já chegou na hora dos pecuaristas terem um domínio maior de informações que vêm dos animais. Nós estamos implantando essa gestão na empresa: coletamos todos os dados dos animais e tomamos decisões que proporcionam à propriedade um melhor desempenho e rentabilidade, dando um rumo certo para nossa atividade. Devemos assumir controles diversos para que, de fato, a propriedade se torne uma empresa, visando melhores números”.

NUTRIÇÃO PARA CARNE DE QUALIDADE FLAVIO PORTELA Doutor em Animal Science pela University of Arizona, mestre em Nutrição Animal e Pastagens pela Universidade de São Paulo e professor da Esalq/USP

A nutrição deve começar desde quando o bezerro ainda está dentro da vaca, depois precisamos pensar o nascimento, a desmama, recria e terminação. É preciso planejar as diversas etapas de um bezerro para produzir animal precoce, super precoce, jovem, bem acabado e com qualidade de carne. A vaca bem alimentada interfere no desempenho futuro do bezerro em termos de ganho de peso, potencial de marmoreio e carne de alta qualidade”.

MINI-CURSOS

Durante todo o sábado (11), no Espaço da Pecuária, aconteceram mini-cursos com o objetivo de aprofundar alguns temas tratados durante a programação na 43ª Expogua.

SEU CADERNO DE CAMPO DIGITAL Karla Klemke

CERCA ELÉTRICA Sérgio Leães

O conceito é a ligação da fazenda à mesa do consumidor final. É garantir que você leve ao consumidor um produto que tenha rastreabilidade total com a origem do animal, a nutrição e sanidade que foi utilizada para que o consumidor consiga conhecer todas as fases do processo e saber o que está na mesa dele. Esse conceito, além de te dar a rastreabilidade total, te permite conhecer a fazenda e ver que ela tem responsabilidade social e ambiental. Enxergar se a propriedade segue todos os parâmetros e normas para produção de um animal com bem-estar e qualidade”.

PLANEJAMENTO FORRAGEIRO Felipe Moura

FINANÇAS Daniel Pagotto REVISTA DO PRODUTOR RURAL DO PARANÁ

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UMA TARDE DE ALEGRIA! A 43ª Expogua apresentou mais uma vez uma atividade que faz a alegria de muitas crianças: no dia 6 de agosto, por volta das 14h, teve início a Tarde com a COAMIG, no espaço de shows da exposição, no Parque de Exposições Lacerda Werneck. Promovido pela cooperativa, que atua no setor do leite, e por vários apoiadores, o evento convida crianças do ensino fundamental de escolas locais a assistir a uma ordenha, buscando mostrar de onde vem o leite – momento de aprendizado e descontração, já que os pequenos têm a oportunidade de ver de perto uma vaca leiteira. Desta vez, participaram em torno de

550 alunos, das escolas municipais Dionísio Kloster Sampaio e Hipólita Nunes de Oliveira. Mas a programação também trouxe teatro, canto e música, com o tema do clássico sertanejo Menino da Porteira, apresentado pela Casa da Cultura de Guarapuava, além de lanche e bebida láctea e distribuição de gibis. Presente à ocasião, o presidente da COAMIG, Edson Bastos, disse que a atividade é sempre motivo de alegria para a cooperativa: “É uma participação nossa com a comunidade de Guarapuava, justamente com crianças das nossas escolas municipais, que têm pouca oportunidade

de participar da Expogua. É um motivo de alegria ver a felicidade da criançada”. Professora de primeiro ano na Escola Dionísio Kloster Sampaio, Joceli Aparecida Antunes, lembrou que esta foi a terceira participação da escola. “As crianças, sempre que sabem que vão vir, ficam bem ansiosas, elas gostam e nós também, porque é uma atividade cultural, que colabora também com o nosso currículo”. Apoiaram o evento: Adega Imperial (palco), BMilk, Casa da Cultura (Prefeitura de Guarapuava), Emater, Guarios, Pérola do Oeste, Rádio T, Sicredi, Sindicato Rural de Guarapuava, Sociedade Rural Guarapuava e Unicentro.

Dr. Edson Bastos, presidente da COAMIG

Profª Joceli: professores também gostam do evento

Tarde com a COAMIG: emoção de descobrir brincando uma das atividades rurais

Ordenha: ponto alto da programação

Teatro e música

Canto e encanto

Apresentações de dança

Gibis: distribuição no final do evento

Lanche: hora de descontração

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Crianças aproveitaram também o sol

Ao todo, cerca de 550 crianças participaram: vibração


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CHALÉ DO SINDICATO RURAL NA EXPOGUA Em mais uma edição da Expogua, o Sindicato Rural de Guarapuava recepcionou produtores rurais associados e parceiros da entidade em seu chalé. Aos sábados, dias 4 e 11, foi servido um café colonial aos visitantes. O espaço é um espaço de confraternização e troca de informações durante a feira.

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PALESTRAS

CIRCUITO AGRO BANCO DO BRASIL EM GUARAPUAVA

Antonio José Banhara, gerente executivo do BB

E

m Guarapuava, o Circuito Agro Banco do Brasil foi realizado no dia 14 de junho, no anfiteatro do Sindicato Rural. Durante toda a manhã, produtores rurais da região assistiram palestras sobre crédito para recuperação de solo, energias renováveis, ampliação de sistemas de armazenagens, consórcios e seguros rurais. “O lançamento do Circuito Agro foi em maio, em Brasília. Guarapuava foi a terceira cidade a receber o evento, que tem como objetivo a aproximação do Banco do Brasil com o produtor rural. O BB tem no DNA essa vocação de agronegócio. Sessenta por cento da carteira de crédito rural é no Banco do Brasil. O desenvolvimento do crédito rural e do agronegócio passa pelo BB também. Além dessa proximidade, outro objetivo é levar conhecimento por meio das palestras que achamos interessante para cada região onde o evento vai passar”, detalhou o gerente executivo do BB, Antonio José Banhara.

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CONFIRA A SEGUIR O RESUMO DAS PALESTRAS:

ALEXANDRE LUIS DOS SANTOS Presidente BB Consórcios

CONSÓRCIOS PARA O PRODUTOR RURAL A principal vantagem do consórcio é proporcionar ao produtor rural a possibilidade de adquirir determinados bens e serviços carentes de linhas de crédito, como por exemplo, o imóvel rural. A grande atratividade do produto é, sem dúvida, o custo financeiro reduzido, que por tratar-se de modalidade colaborativa, não possui incidência de juros ou IOF. O BB Consórcio é a única administradora a oferecer todas as modalidades de consórcio: automóveis, imóveis, tratores e caminhões, motocicletas, serviços e outros bens mó-

veis. Essa diversidade gera inúmeras possibilidades negociais. Como exemplo, podemos destacar a utilização do consórcio para implantação de sistemas de energia solar.O BB Consórcio também se destaca por disponibilizar os maiores prazos, tanto no segmento de imóveis, quanto nos consórcios de veículos leves e pesados. Outros diferenciais são a agilidade na condução dos processos de pagamento, sendo referência no mercado e a implementação dos fluxos semestrais e anuais para pagamento das parcelas”.


ALEXANDRE NUNES LEITE ROSA

Público lotou o Anfiteatro do Sindicato Rural

Eng. Agrônomo e Assessor de Agronegócios do Banco do Brasil

CRÉDITO PARA RECUPERAÇÃO DE SOLO Apresentamos aos produtores rurais alternativas de linhas de créditos e financiamentos, para que eles conheçam as ferramentas que o banco tem para apoiar sua atividade dentro da fazenda. Sempre são necessárias melhorias das condições ambientais da propriedade no que diz respeito ao sistema de plantio direto, a recuperação da pastagem degradada, a integração entre a pastagem e a lavoura, silagem, rotação de culturas, mecanismos para correção de solos. O produtor, tendo apoio de assistência técnica, tecnologia e crédito, pode melhorar a sua produtividade investindo no solo e corrigindo suas deficiências. Uma das alternativas que o Banco do Brasil oferece para isso é o ABC (Agricultura de Baixo Carbono), que visa promover a redução das emissões de gases de efeito estufa oriundas das atividades agropecuárias; reduzir o desmatamento; aumentar a produção agropecuária em bases sustentáveis; adequar as propriedades rurais à legislação ambiental; ampliar a área de florestas cultivadas e estimular a recuperação de áreas degradadas”.

ENERGIAS BIORENOVÁVEIS Mostramos aos produtores que eles têm hoje um desafio e uma oportunidade. O desafio, que também é uma ameaça, é que nós estamos muito dependentes do combustível diesel, seja no meio rural ou urbano. E o diesel tem data para acabar. A oportunidade é que o produtor tem dentro da fazenda a possibilidade de gerar outras formas de energia: energia elétrica, por meio do sol, do vento, da cana-de-açúcar, gerar biogás através do esterco dos animais, entre outras. E isso já é muito comum em outros países, com usinas enormes do Estado, cooperativas e empresas, como também pequenas usinas nas fazendas, mais familiar. Há uma possibilidade e a gente precisa, no Brasil, desburocratizar, financiar e apoiar essas formas alternativas de energia. Os produtores precisam tomar a decisão de fazer diferente. Então a ideia foi despertar essa curiosidade e mostrar que existem essas ferramentas, provocando-os à ação. Esperamos que eles passem a refletir sobre o que têm na propriedade e como eles podem individualmente ou coletivamente mudar essa realidade, fazendo uma produção de energia sustentável, mais barata, ambientalmente correta e local”.

JOSEANNE APª ARANA SANTOS Assessora de Agronegócios Banco do Brasil Regional Guarapuava

PROGRAMA DE CONSTRUÇÃO E AMPLIAÇÃO DE ARMAZÉNS Durante o Circuito Agro, em Guarapuava, busquei mostrar que a safra brasileira tem aumentado, mas os armazéns não tem acompanhado esse aumento. Isso gera problemas, como filas nos portos, fila nas estradas, entre outros. Os benefícios de ter um armazenamento próprio são vários: consegue-se aumentar a janela de venda do produto, não há necessidade de vender somente na safra, consegue dissolver na entressafra, às vezes conseguindo um preço maior. O Banco do Brasil oferece a linha de crédito PCA, que financia 100% do valor do projeto, com 25 milhões de teto, um prazo pra pagar de até 15 anos e taxa de juros de 5,25% para armazéns de até seis mil toneladas ou 6% para armazéns maiores”.

LUIZ ANTONIO DIGIOVANNI Consultor em Seguros Rurais

SEGUROS RURAIS Nós temos duas modalidades de seguros: a primeira delas, que já é mais conhecida, é associada ao valor do financiamento que o cliente toma no banco. Esse seguro protege por perdas de eventos climáticos, chuva, seca, granizo, que são eventos que acontecem frequentemente em todas as regiões; a outra modalidade é uma demanda do setor produtivo. É um seguro que não protege só o financiamento, mas também a renda do produtor, o Seguro Faturamento. Ele protege o cliente quando houver eventos climáticos e quando houver queda do preço do produto no mercado. Quando esses fatores prejudicarem o produtor, o seguro indeniza”.

Equipe Guarapuava do Banco do Brasil – Nelson Becker, Osvaldo de Paula, Sidnei Berezovski, Everton Koch, Ozires de Souza REVISTA DO PRODUTOR RURAL DO PARANÁ

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COOPERATIVA DE CRÉDITO

SICREDI PLANALTO DAS ÁGUAS PR/SP:

35 ANOS DE CRESCIMENTO SUSTENTÁVEL Cooperativa comemora 35 anos contribuindo com o desenvolvimento local

Fundada em 10 de Agosto de 1983, a então Cooperativa de Crédito Rural de Guarapuava Ltda. CREDIPUAVA

A

Sicredi Planalto das Águas PR/ SP foi constituída em 10 de agosto de 1983, por 32 sócios fundadores, com a denominação de CREDIPUAVA, e seu principal objetivo era de suprir a necessidade de recursos para o fomento das atividades rurais. Em 1985, junto com outras nove cooperativas de crédito em atividade no estado do Paraná, foi constituída a Cooperativa Central de Crédito Rural do Paraná – COCECRER/PR, filiada a COCECRER/ RS, que, em 1992, por decisão de todas as suas afiliadas, unificaram-se sob a denominação de Sistema de Crédito Cooperativo - SICREDI, um dos maiores avanços de toda a história do cooperativismo de crédito no Brasil. A partir da adoção sistêmica as dez cooperativas paranaenses passaram a integrar a Central Sicredi PR, hoje Central Sicredi PR/SP/RJ, dividindo geograficamente o seu mercado de atuação. Neste mesmo período a antiga CREDIPUAVA passou a se chamar Sicredi Terceiro Planalto PR. Em meados de 2011, após várias inaugurações de estruturas físicas, aconteceu

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Guarapuava - 1998

uma significativa ampliação do quadro de associados (mais de 9 mil) e já administrando um volume considerável de recursos, a então Sicredi Terceiro Planalto PR conquistou um dos grandes marcos da sua história: a livre admissão de associados, que possibilitou qualquer pessoa física ou jurídica a usufruir dos diferenciais na utilização de produtos e serviços financeiros. No final de 2015, houve a autorização por parte do Banco Central do Brasil para atuar no estado de São Paulo (49 municípios do noroeste paulista) a partir de um

projeto de expansão da sua área de responsabilidade, junto a este fato, houve também a troca do nome da cooperativa para Sicredi Planalto das Águas PR/SP. No final de 2016 foi realizado o maior marco histórico da cooperativa, desde a sua fundação, que foi a inauguração da primeira agência no estado de São Paulo. Neste período a cooperativa contava com mais de 15,5 mil associados e R$ 183,5 milhões de recursos administrados atuando em 8 dos 14 municípios da sua área de responsabilidade no estado do

Ponto Atendimento Candói, 1997


Paraná (Guarapuava – Agência Guarapuava inaugurada em 21 de fevereiro de 1984; Candói inaugurada em 07 de abril de 1997; Pinhão inaugurada em 01 de março de 2000; Pitanga inaugurada em 02 de setembro de 2001; Santa Maria do Oeste inaugurada em 02 de janeiro de 2002; Manoel Ribas inaugurada em 15 de agosto de 2004; Guarapuava – Agência Portal do Lago inaugurada em 05 de novembro de 2004; Palmital inaugurada em 12 de julho de 2007; Turvo inaugurada em 02 de abril de 2009 e Guarapuava – Agência Entre Rios inaugurada em 29 de janeiro de 2011) e 01 dos 49 municípios da sua área de responsabilidade no noroeste paulista (Votuporanga – agência inaugurada no dia 25 de novembro de 2016). O processo de expansão da cooperativa prevê, entre o segundo semestre de 2018 e em 2019, a ampliação da rede de atendimento, com mais quatro agências na região de São Paulo: Fernandópolis, prevista para setembro de 2018, Mira Estrela, até dezembro de 2018, Jales e Santa Fé para 2019. “Presenciar a cooperativa chegar aos 35 anos é motivo de grande alegria para todos os que estiveram e estão envolvidos com a construção dessa bela história. O sentimento é de gratidão e ao mesmo tempo reforça o compromisso com a confiança dos associados em promover o crescimento dessa instituição que tem como missão promover o desenvolvimento local”, reforça Adilson Primo Fiorentin, presidente da Sicredi Planalto das Águas PR/SP.

Agência de Votuporanga inaugurada em 2016 representa o marco do início da expansão no estado de São Paulo

Agência de Candói inaugurada em 2018 com o novo padrão ambiental

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JUSTIÇA DO TRABALHO

SINDICATO RURAL SEDIOU PALESTRA SOBRE TERCEIRIZAÇÃO

Compareceram magistrados, advogados, produtores rurais e outros interessados

Desembargador Cássio Colombo Filho ressaltou a responsabilidade pelo trabalho terceirizado

O

Tribunal Regional do Trabalho da 9ª Região realizou, na noite de 29 de junho, com uma palestra no Sindicato Rural de Guarapuava, o encerramento do TRT em Ação 2018. Segundo o TRT-PR, o objetivo da iniciativa foi interiorizar as ações conciliatórias de processos com recurso de revista pendente de julgamento pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST), visando estimular a conciliação e as soluções

alternativas de conflito e impulsionar as execuções trabalhistas fiscais. O diretor da Escola Judicial do TRT-PR, desembargador Cássio Colombo Filho, abordou o tema “Reforma Trabalhista, Terceirização e Agroindústria”. Compuseram a mesa de honra do evento as desembargadoras do Trabalho Rosemarie Diedrichs Pimpão, da Corregedoria Regimental do TRT-PR; e Nair Maria Lunardelli Ramos, vice-presidente do TRT-PR, que coordena o Fórum Trabalhista de Guarapuava; ao lado do presidente do Sindicato Rural, Rodolpho Luiz Werneck Botelho. No anfiteatro da entidade sindical, assistiram a palestra magistrados e servidores do TRT-PR, advogados, membros do Ministério Público do Trabalho (MPT), produtores rurais e outros interessados.

Mesa de honra: o pres. do Sindicato Rural, Rodolpho Botelho; as desembargadoras Rosemarie Diedrichs Pimpão e Nair Maria Lunardelli Ramos; e o desembargador Cássio Colombo Filho

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Ao final da palestra, refletindo a avaliação das demais autoridades do Judiciário presentes, a desembargadora Nair Maria Lunardelli Ramos considerou positivo o conjunto de atividades do TRT em Ação 2018, no Paraná e em Guarapuava. No município, naquele dia, ocorreram 39 audiências de conciliação. “Sim, foi muito positivo, porque nós conseguimos conciliar 50% dos processos em que as partes compareceram e totalizamos um valor líquido, para os reclamantes, nos acordos, de R$ 1,8 milhão. Então, considero que foi extremamente vitorioso esse evento aqui em Guarapuava”, disse a desembargadora. Em suas quatro etapas no interior, de acordo com o Tribunal, o TRT em Ação obteve um número de conciliações considerado expressivo, com um montante arrecadado com os acordos ultrapassando R$ 9,8 milhões. A iniciativa abrangeu ainda a realização de correição nas Varas do Trabalho das regiões das cidades em que ocorreu. Na atividade, é verificada a regularidade dos procedimentos das unidades judiciárias, em especial quanto aos prazos processuais e adequação às regulamentações da legislação e do Conselho Superior da Justiça do Trabalho.


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AFTOSA

PARANÁ ENCAMINHA PEDIDO AO MAPA PARA ANTECIPAR O FIM DA VACINAÇÃO CONTRA FEBRE AFTOSA Pleito da FAEP é que o Estado siga, de forma independente, para obter o reconhecido como área livre da doença sem vacina em 2021

O

Paraná deu mais um importante passo em busca do reconhecimento de Zona Livre de Febre Aftosa Sem Vacinação. No dia 13 de agosto, a governadora do Estado, Cida Borghetti, encaminhou ofício ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) pedindo a suspensão da vacinação contra a doença em maio de 2019. Desta forma, o novo status sanitário do Paraná seria reconhecido na Assembleia Geral da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), em Paris, em maio de 2021. No documento, a governadora ratificou o compromisso de implementar as ações e metas previstas no Programa Nacional de Erradicação de Febre Aftosa (PNEFA) do Mapa. Esse plano dividiu o Brasil em cinco blocos regionais para a retirada gradual da vacina, sendo que o Paraná integra o Bloco V, com o Rio Grande do Sul, Santa Catarina (que já é área livre de febre aftosa sem vacina-

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ção), Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Esse bloco, de acordo com o cronograma estabelecido pelo PNEFA, só se tornaria livre da vacinação em 2023. Porém, o Paraná reúne condições de obter o reconhecimento antes. “Encaminhamos ao ministro da Agricultura o ofício, que é uma tratativa para que a suspensão da vacinação no Estado possa ocorrer a partir de maio de 2019 e manifesta o compromisso de implantar as metas previstas no PFEFA. É preciso avançar nesta discussão tão importante. O setor é de extrema importância para que possamos construir de forma madura, transparente e que atenda as demandas do setor para obtermos o reconhecimento da OIE”, destacou a governadora do Estado. Auditoria realizada pelo Mapa, em janeiro, confirmou que o Estado reúne condições, considerando os programas, estrutura, capacidades técnica, financeira e administrativa do serviço de vigilância

da sanidade agropecuária, para suspender a vacinação a patir de março de 2019 e obter o reconhecimento de Zona Livre de Febre Aftosa Sem Vacinação pelo Mapa em 2020 e junto à OIE em 2021. “Fazer parte do Bloco V para retirar a vacina não é estratégico para os produtores paranaenses, pois o Estado já tem todas as condições técnicas para isso. O pleito da FAEP e outras tantas entidades do setor é que o Paraná siga, de forma independente, o mesmo cronograma do Bloco I, que seria reconhecido como área livre da doença sem vacinação em 2021”, destaca o presidente do Sistema FAEP/ SENAR-PR, Ágide Meneguette. O reconhecimento como Zona Livre de Febre Aftosa Sem Vacinação colocará o Paraná em outro patamar global como fornecedor de proteínas animais. A partir da conquista deste novo status sanitário, o Estado poderá buscar novos mercados que pagam mais pela qualidade da carne. Apesar da espécie vacinada contra a febre aftosa ser a bovina, os impactos se refletirão em todas as cadeias de proteínas animal e vegetal, principalmente na avicultura e suinocultura, atividades nas quais o Paraná é tido como referência nacional e mundial na produção, tanto na qualidade como na quantidade. Com informações Sistema Faep Foto: Manoel Godoy


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BioProtection usa o sistema de qualidade Total MIP GRÃOS (Manejo Integrado de Pragas) e coloca à disposição das empresas contratantes qualidade nos produtos e na prestação dos serviços. Com métodos seguros e modernos, a empresa segue os mais rigorosos padrões de segurança e qualidade na avaliação dos problemas e na aplicação de inseticidas e raticidas. Para implantação da MIP GRÃOS, oferece equipamentos de última geração para aplicação dos inseticidas líquidos, pó químico, biológico, pulverizadores e termonebulização. Oferece ainda assessoria para minimizar as perdas, através da implementação do Manejo Integrado de Pragas, que consiste num sistema de controle de pragas, através de mudanças conceituais no armazenamento dos grãos. A falta de um controle efetivo das pragas ocasiona basicamente dois tipos de perda: quantitativa e qualitativa. Em recente estudo realizado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e pela FAO, concluiu-se que no Brasil as perdas médias de grãos aproximam-se de 10% do total produzido anualmente. Essas perdas são geradas pela armazenagem inadequada de grãos,

devido à existência de pragas em armazéns, presença de fragmentos de insetos em subprodutos alimentares, deterioração da massa de grãos, contaminação fúngica, presença de micotoxinas. Isso gera efeitos na saúde humana e animal, dificuldades para exportação de produtos e subprodutos brasileiros, devido ao potencial de risco. Desta forma, é de suma importância seguir padrões de prevenção e correção das pragas em armazéns e silos, para

com isso, manter a qualidade e a quantidade dos produtos, melhorando a saúde humana e animal. “A BioProtection oferece métodos seguros e modernos, seguindo os mais rigorosos padrões de segurança e qualidade na avaliação e solução de seus problemas, atingindo objetivo de forma eficaz e eficiente no Manejo Integrado de Pragas para satisfação dos clientes”, garante Marcelo Augusto Miranda, administrador da BioProtection.

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Junior Barbosa (Representante da região)

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MANCHETE

SINDICATO RURAL DE GUARAPUAVA PRESTOU HOMENAGEM AO HOMEM DO CAMPO COM UMA GRANDE FESTA! m qualquer parte da terra, um homem estará sempre plantando, recriando a vida, recomeçando o mundo”, diz um dos versos do Poema do Milho, de Cora Coralina. Estes homens, heróis anônimos de todos os dias, fazem parte de uma das profissões mais antigas da história: ser Agricultor. Embora sejam essenciais a toda população, o reconhecimento

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nem sempre vem. Poucos reconhecem que por trás do pãozinho, do cafezinho, do prato de arroz e feijão e da saladinha de cada dia teve muito trabalho. Ser agricultor é um desafio diário. Planta a semente e espera que o tempo colabore, que a doença não chegue, que a nova tecnologia resolva o problema e que o preço no final de tudo compense. Por isso, nada mais justo que o produtor rural

tenha um dia só para ele. No Brasil, a data é comemorada no dia 28 de julho. Como forma de homenageá-los, o Sindicato Rural de Guarapuava realiza anualmente uma grande festa para comemorar a data. Este ano, o evento foi realizado no dia 27 de julho, na sede da entidade, reunindo mais de 400 pessoas, entre produtores rurais associados dos municípios de Guarapuava e região, au-


Rodolpho Luiz Werneck Botelho, presidente do Sindicato Rural Diretoria do Sindicato Rural presente no evento

toridades e representantes de empresas parceiras do sindicato e da Revista do Produtor Rural do Paraná. O presidente do Sindicato Rural de Guarapuava, Rodolpho Luiz Werneck Botelho, parabenizou os associados e comentou que o evento é uma forma simpática e singela de prestar homenagem ao produtor rural. “São eles que labutam diariamente para levar alimentos para a mesa da população brasileira. Com essa festa, o Sindicato Rural faz um agradecimento aos produtores rurais pelo trabalho, pelo afinco e principalmente, pela vontade que eles têm de crescer individualmente e coletivamente, trazendo desenvolvimento para nossa região, Estado e país”. Botelho ressaltou que o agronegócio é a atividade da última década que mais colabora para o crescimento do Brasil. “Sem o setor do agronegócio, estaríamos

num caos. E nós precisamos passar essas informações para a sociedade urbana, para que entendam a importância do trabalho do agricultor, levando alimentos, saúde e principalmente, melhorando a qualidade de vida de todos”. Outro diretor do Sindicato Rural, Gibran Thives Araújo, ressaltou que a valorização da atividade começa pelo produtor rural se valorizar. “O homem que cultiva sua terra, serve à sua pátria. Nunca nos esqueçamos disso!”. O secretário municipal de Agricultura, Ademir Fabiane, também prestigiou o evento. “Considero de suma importância esse trabalho que o Sindicato Rural tem dedicado ao agropecuarista. Não podemos nos esquecer da importância do pequeno, do médio e do grande produtor. Mais do que no Dia do Agricultor, precisamos valorizá-los diariamente”.

Ademir Fabiane, secretário municipal de Agricultura

Mais de 400 pessoas passaram pelo Dia do Agricultor 2018 REVISTA DO PRODUTOR RURAL DO PARANÁ

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ALEGRIA E CONFRATERNIZAÇÃO

A

s brincadeiras e sorteio de brindes ocuparam toda a tarde, levando diversão e confraternização para os produtores rurais. A gerente da entidade, jornalista Luciana de Queiroga Bren, comandou as perguntas, desafios, homenagens e muito mais. O associado Robson Schneider veio de Candói comemorar com seus colegas de profissão. “É fundamental a importância do Sindicato Rural promover essa confraternização, pois para muitos, a data passaria despercebida. Nenhuma outra entidade tem o poder de reunir e prestigiar os produtores rurais quanto o Sindicato, da mesma forma que a classe produtora merece a homenagem pelas batalhas que enfrenta e vence no dia a dia. O evento foi muito dinâmico, divertido e promoveu a integração entre os produtores. Minha avaliação é muito positiva e aguardo os próximos eventos. Muito obrigado pela lembrança e pelas felicitações”. A produtora rural e advogada Andreia Mariotti também avaliou o evento de maneira positiva. “Foi ótimo. Uma tarde agradável onde temos a oportunidade de rever amigos e fazer novas amizades. Ao promover esta festa, o Sindicato Rural confirma mais uma vez ser a casa do produtor rural na cidade, pois realmente nos acolhe tão bem que nos sentimos mesmo em casa. É a valorização do produtor rural, nos motivando a participar ainda mais de todas as atividades promovidas pelo Sindicato”. Outra produtora, Irene Filiposki, ressaltou a valorização da atividade. “Um evento de grande importância para homenagear a classe, pois a agricultura é a base do país inteiro e os agricultores precisam e devem ser incentivados e valorizados, já que é através deles que o alimento chega à mesa de toda população”. Ana Célia de Araújo complementou, dizendo que “é uma tarde muito agradável onde nos divertimos e temos contato com muitos produtores rurais e empresas. É confraternização e informação”, resumiu.

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Tjiago Gavanski, outro associado que participa frequentemente das atividades do Sindicato Rural, agradeceu a homenagem.“O evento que o Sindicato realizou, mais uma vez estava ótimo. É de suma importância a realização dessa confraternização que o Sindicato faz em prol do produtor rural, entidades do agronegócio, colaboradores, empresas da nossa região. É um

meio de prestar homenagem ao homem do campo e também de proporcionar momentos agradáveis e encontros com os amigos. Espero que continuem fazendo esses eventos e que cada vez mais os produtores, sócios da entidade, empresas, colaboradores venham prestigiar cada vez mais essa festa, que é feita com tanto carinho para todos nós. Muito obrigado”.


BANDA JOVEM MUNICIPAL A recepção no Dia do Agricultor 2018 ficou por conta da Banda Jovem de Guarapuava Maestro Leonel Rossetim que abrilhantou a festa com sua apresentação, sob a coordenação do maestro Rodrigo Santos.

PARCERIA DE TODO ANO! O evento contou com o apoio de diversas empresas, cooperativas e entidades parceiras do Sindicato Rural e da Revista do Produtor Rural do Paraná. Mais de 100 empresas colaboraram com a doação de brindes e 20 empresas participaram como expositoras no evento, divulgando produtos e serviços.

Pamela Turmina (Madetur Madeiras)

CONCURSO No final do evento, os participantes elegeram misses, misters, reis e rainhas do Dia do Agricultor 2018. Em clima de descontração, os eleitos tiveram direito a faixa e desfile na passarela. Confira:

Dayana Lubian (Ervateira Verdelândia)

Fernando Arisi e Monique Karoline dos Santos (Residencial Alto Santa Maria)

Anderson Boraiko e Kathia Algaier (Cooperativa Agrária)

André Almeida, Renan Opuchkevitch e José Neto (Inquima)

Gianlucas Gomes e Dhiandra Falkembach (Bionutry/BiogénesisBagó)

Eto Junior, Danilo Favaro e Douglas Lopes (Angus Rio da Paz)

Rei do gado: Anton Egles; Rei do Trigo: Cícero Lacerda; Rei da Soja: Adelino Bridi; Rei da Cevada: Ruy Laurici Alves Teixeira Neto; Rei Rural: Rodolpho Botelho; Rei do Leite: Anton Gora; Mister Universo Rural: Itacir Vezzaro; Mister Simpatia Rural: Aparecido Ademir Grosse.

Raphael Pupo e Valdir Gouvea (Grupo Pitangueiras)

Claiton Alan de Lima, André Schindler, Everton Stelle e Glauber Martins (Tratorsolo)

Felipe Pasternak e Julien Witzel (Bayer)

Orlando Fagundes e Juliana Ponciano (Erva-mate 81)

Leandro Bren (Agro 10)

Adilson Pagno, Henrique Pagno e Sergio Fernando Rovedo (Pioneer)

Carlos A. Schipanski, Debora F. Chagas e Igor Quivenbach de Carvalho (G12 Agro)

Anderson de Lima, Carlos Wosiak, João Manoel e Bruna Goés (Almix)

Rainha da Cevada: Leni Cunico; Rainha do Leite: Neusa Vier; Miss Universo Rural: Rosenei Kunz; Rainha Rural: Adriana Botelho; Rainha da Soja: Rosecleia Padilha; Rainha do Trigo: Ana Célia do Araújo; Miss Simpatia Rural: Maria Apª Siqueira; Rainha do Gado: Irene Filiposki.

Charles Taborda (Toyota Barigüi)

Luiz Henrique Marconato, Ana Paula Costa e Carlos Eduardo (ADS/Ilumisol)

Álvaro Bahls e Ederson Mulhsdtt (Álvaro Bahls)

Tiago Sacomore e Marcelo Vinicius Lopes de Andrade (Macponta)

Candido Bastos Filho, Toni Schinemann, Roberto Diego Matos, Andrey Kenji Maebata, Paulo Fialho, Pablo Leuch e Moacir Silva (CB Agro)

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TRIGO

PARA SEMEAR SOJA MAIS CEDO Trigo para abrir a semeadura e com período vegetativo mais longo ajuda a compor o escalonamento de semeadura. Vitrine tecnológica do trigo aconteceu em Arapongas/PR, no dia 9 de agosto

A cultivar TBIO Ponteiro, lançada para multiplicação em 2019, tem como grande diferencial o ciclo médio/tardio.

E

m Arapongas, no norte do Paraná, multiplicadores de sementes de trigo, triticultores, recomendantes, profissionais da indústria moageira de diversas regiões do Paraná, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Bahia e Paraguai, aproveitaram o dia 9 de agosto para conferir o que está dando certo nas lavouras através dos avanços em genética de trigo. No campo experimental da Biotrigo, instalado na Fazenda Escalada, eles participaram do dia de campo que apresentou duas novas gerações de trigos: médio/tardios e branqueadores. Entre os destaques, uma estação tecnológica com demonstração de qualidade de semeadura trouxe novidades para as operações no campo e outra mostrou a evolução nos últimos 20 anos dos trigos do portfólio TBIO. A atividade acontece anualmente na região e já faz parte da tradição do calendário de eventos agrícolas do Paraná. O frio, a chuva e a neblina não impediram que os presentes pudessem conferir as novidades, afinal o posicionamento de cada cultivar e o nível de investimento com a cultura do trigo é fundamental na tomada de decisão quanto ao destino das lavouras. Distribuídas em seis estações tecnológicas, as cultivares foram semeadas demonstrando a resposta de cada genótipo ao ambiente, os níveis tecnológicos aplicados e, ainda, o manejo de Oídio, doença prevalente na atual safra. Fernando Michel Wagner, gerente Regional Norte (PR, SP, Cerrado, Paraguai e

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Bolívia) da Biotrigo Genética, apresentou um dos lançamentos, de ciclo médio/tardio. Segundo ele, a cultivar TBIO Ponteiro é uma grande aposta para abrir a semeadura. “Sabemos que uma das principais demandas do agricultor é o melhor aproveitamento de sua área durante o ano inteiro e por isso o nosso programa de melhoramento genético busca encontrar soluções eficazes para que o trigo possa estar integrado ao sistema de produção. Essa cultivar, por exemplo, se caracteriza pelo período vegetativo mais longo, fazendo com que o trigo espigue mais tarde, tendo a fase reprodutiva curta, colhendo em fase adequada ao encaixe da semeadura da soja e com seu ciclo e trazendo maior estabilidade produtiva. Por ter ex-

celente nível de resistência a brusone, permite a antecipação nas regiões de transição e mais quentes, além de oportunizar às regiões mais frias o aumento das chances de escape de eventos como a geada em semeaduras antecipadas”, explica. A cultivar, que será multiplicada em 2019 e comercializada em 2020, tem ainda como diferenciais o excelente vigor de seu sistema radicular, o que dá indicativos de um melhor enfrentamento em anos de estiagem prolongada, segundo os dados apontam. Por possuir bom comportamento, mesmo em anos mais secos, será um trunfo para os agricultores. Ponteiro possui um pai que teve boa área na Argentina e entrega ótimos resultados para a indústria de pães, além de ter excelente reação ao Oídio e demais doenças da cultura. “Com certeza, será importante ferramenta para combinar com trigos mais precoces”, finaliza Wagner.

UMA NOVA GERAÇÃO DE TRIGOS BRANQUEADORES Para outro nicho de mercado que busca uma farinha mais clara e com um bom desempenho na panificação, foi desenvolvida a cultivar TBIO Duque. Conforme o diretor e melhorista da Biotrigo, André Cunha Rosa, a cultivar é o primeiro filho do TBIO Toruk neste segmento. “Além da qualidade industrial para panificação, a cultivar se diferencia entre outros trigos branqueadores pela

Mais de 200 integrantes da cadeia produtiva do trigo enfrentaram uma manhã fria e chuvosa para conferir o potencial de cultivares de trigo que estão em produção a campo e outras que serão lançadas nas próximas safras


excelente sanidade, inédita entre os branqueadores, o que facilitará na condução da lavoura. Outra vantagem é a ampla área de adaptação, incluindo diversas zonas tritícolas de climas de frio e quente”, explica o pesquisador. “Duque traz o DNA vencedor de seu pai, TBIO Toruk - trigo mais semeado no Brasil – agregando a todo o potencial agronômico a característica tão desejada pelos moinhos, ser branqueador. Possui um pacote fitossanitário completo, incluindo excelente nível de resistência a brusone, Giberela, doenças foliares, bacteriose e a germinação na espiga - característica nova en-

tre os branqueadores”, finaliza André. TBIO Duque, entra em multiplicação já na próxima safra e para comercialização em 2020.

ALIADOS NA PRODUTIVIDADE Além do uso de cultivares adequadas, práticas de manejo podem viabilizar o incremento no potencial produtivo do trigo. Na estação de qualidade de semeadura, o engenheiro agrônomo e gerente comercial da Biotrigo Genética, Lorenzo Mattioni Viecili, demonstrou o quanto os parâmetros velocidade e profundidade são imprescindíveis para a formação de um bom estande de plantas. “A regulagem na semeadora é determinante para controlar a população de plantas. Dependendo da velocidade e ainda da qualidade fisiológica da semente, em termos de germinação e vigor, se a profundidade superior a 3 cm, poderá haver uma redução do potencial da lavoura por meio da redução do número do estande

de plantas de trigo”, explicou. Para exemplificar, a Montagner Indústria de Máquinas mostrou o seu lançamento, SPM 3100, semeadora de precisão que permite uma germinação homogênea. “Essa tecnologia se diferencia pela escala de regulagem de profundidade e angularidade entre os discos, auxiliando na uniforme distribuição das sementes no solo, aumentando o contato do solo com a semente e melhorando significativamente a germinação homogênea”, finalizou.

ESTAÇÃO PORTFÓLIO BIOTRIGO Na vitrine de tecnologias também foram apresentadas algumas linhagens inéditas de diversos ciclos e segmentos, além da exposição do manejo do portfólio TBIO, incluindo as cultivares que chegam ao mercado em 2018, TBIO Sonic (superprecoce) e TBIO Audaz (precoce). O dia de campo também apresentou os trigos focados em alimentação animal, destacando a produção de silagem e pré-secado, com TBIO Energia I e II e para pastejo, com a cultivar Lenox.

Nova tecnologia da Montagner auxiliando na correta e uniforme distribuição das sementes de trigo no solo

Créditos: Divulgação Biotrigo

LANÇAMENTO

MELHORADOR

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GLIFOSATO

FAEP SOLICITA REVERSÃO DE DECISÃO JUDICIAL QUE SUSPENDE GLIFOSATO E PÕE SAFRA EM RISCO Em ofício enviado ao MAPA, Federação pede ação judicial urgente para neutralizar suspensão do comércio e uso de agroquímicos com Glifosato, Abamectina e Tiram. Ministério tem 30 dias para reverter medida

F

AEP enviou no dia 7 de agosto ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) ofício em que pede uma ação judicial urgente para neutralizar os efeitos suspensivos do comércio e uso de agroquímicos a base de Glifosato, Abamectina e Tiram. Em decisão da 7ª Vara de Brasília, divulgada no dia 3 de agosto, a juíza federal substituta Luciana Raquel Tolentino de Moura, da 7ª Vara Federal do Distrito Federal, mandou suspender os registros e o uso de agroquímicos a base dos ingredientes ativos em questão até que seja concluído um processo de reavaliação toxicológica. Cabe recurso da decisão. O presidente da FAEP, Ágide Meneguette, enfatiza que a medida vem às vésperas do plantio da safra de verão e que os produtos-alvo da medida judicial são indispensáveis para o plantio de grandes safras, como a da soja. Meneguette aponta que toda reavaliação de produtos é uma medida correta, mas que o procedimento não pode comprometer a agricultura brasileira. “Caso vingue a decisão daquele juízo, o país sofrerá um grande prejuízo em face da importância dos produtos agrícolas cuja produção dependem em parte da aplicação dos mencionados defensivos”, alerta o presidente.

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É importante lembrar que a decisão concede prazo de até 30 dias para o MAPA providenciar os trâmites da suspensão dos registros de todos os produtos que utilizem Glifosato, Abamectina e Tiram. Até que haja esse posicionamento do Ministério, tudo segue normal na venda e uso desses produtos. “Somente após a publicação da suspensão dos registros em Diário Oficial da União (DOU), tais produtos se tornam irregulares e seu comércio e utilização está sujeita as penas da lei. Ressalta-se que a decisão é passível de recurso, portanto pode ser revista pelo Tribunal”, informa parecer de consultoria jurídica especializada. A decisão judicial também prevê a suspensão da concessão de novos registros. Ou seja, essa medida vale para empresas que quiserem obter novas licenças para comercialização de produtos a base dos ingredientes ativos mencionados. Nesse caso, os efeitos são imediatos.


IMPLEMENTOS AGRÍCOLAS

ESTRELA BRILHA NO PORTFÓLIO DE MÁQUINAS DA STARA

U

ma plantadora da Stara vem se destacando no portfólio de implementos da marca: a Estrela chama a atenção não só por seu tamanho (largura útil entre 9,45m a 13,95m de acordo com o modelo), mas por três detalhes: linhas de plantio colocadas em três seções articuladas, com as duas externas dobráveis, o que reduz a largura do equipamento para transporte; o Topper 5500, um sistema (software e monitor dentro da cabine do trator) para contagem e amostragem da população aplicada de sementes; e a Telemetria Stara (informações em tempo real sobre taxas de aplicação em plantio, distribuição e pulverização). Nos modelos de 22, 26, 28, 30 e 32 linhas (espaçamento de 45cm), a plantadora traz ainda: reservatório para fertilizante (3.300 a 4.800kg conforme o modelo – distribuição por gravidade); reservatório de semente com mexedor interno; e sensor conectado ao Topper 5500 para visualizar o fluxo de semente por linha e por metro, entre outras novidades.

Claiton Lima (Tratorsolo) e Helmut Milla (produtor rural – Candói/PR)

Com esta tecnologia, a Estrela 26 foi a opção de um produtor de Candói, numa das regiões do Paraná conhecida por agricultura tecnificada. Há anos na lida do campo, Helmut Milla apostou na plantado-

Equipamento se destaca por seu tamanho e por inovações: mas as linhas de plantio são dobráveis

ra da Stara (modelo para culturas de verão) em meio ao plantio da safra passada e se diz satisfeito com a escolha. “Já que eu iria investir numa plantadeira, queria uma que tivesse o desligamento linha a linha. A plantabilidade dela é excelente. Esse sistema de distribuição de sementes é o que tem de melhor hoje no mercado”, opinou. Para o produtor, as seções de plantio dobráveis também facilitaram o transporte dentro da fazenda: “Isso é uma grande vantagem. Você fecha e já se transloca para outro talhão. Como tenho bastante talhões pequenos, optei por esta máquina. Nesse aspecto, é muito boa”. Outro ponto positivo, para Milla, é o Topper 5500. “Hoje, estamos numa agricultura muito avançada e a plantadeira depende disso aí”, comentou, assinalando que com o sistema é possível regular o plantio de dentro da cabine do trator. “Você faz tudo lá por dentro: a distribuição de semente, de adubo. É muito rápido para fazer e ela é muito precisa”, destacou. Observando que ainda não está utilizando a telemetria para

Na cabine do trator: Topper 5500

a agricultura de precisão, o produtor explica que a plantadora permite aquela técnica. Ele também avalia positivamente a assistência técnica: “A Tratorsolo está de parabéns. Ela é muito ágil”. Na revenda e assistência técnica Stara para Guarapuava e região, a Tratorsolo, o vendedor externo Claiton A. de Lima, diz que, a seu ver, um dos pontos altos da Estrela é a qualidade de plantio, proporcionada por regulagens antigamente impossíveis no sistema de engrenagem. Outro destaque é que a telemetria também permite monitorar a operação da plantadora pela internet. “Vai ficar gravado lá: quantidade de sementes, adubo, velocidade de plantio”, exemplifica. Resumindo, ele define a Estrela como um implemento pensado para a eficiência. De acordo com a Stara, para a linha Estrela se recomenda tratores com potência entre 290 cv a 420 cv, segundo o modelo.

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ESTRADAS RURAIS

TRECHO QUE LIGA JORDÃO À COLÔNIA VITÓRIA PASSA POR REVITALIZAÇÃO

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Prefeitura Municipal de Guarapuava vem readequando e revitalizando a estrada rural que liga o Jordão à Colônia Vitória, passando pela comunidade Banhados. São 46 quilômetros de estrada. “É um projeto onde temos uma patrulha que foi cedida pelo Governo do Estado do Paraná. Faz parte de um consórcio onde está Guarapuava e Pinhão. O projeto foi elaborado pela Codapar e está sendo executado pela Prefeitura Municipal de Guarapuava. A estrada está sendo remodelada, ficando num patamar superior às lavouras, para que possa ter escoamento da água”, explica o secretário de Viação, Obras e Serviços Urbanos, Itacir Vezzaro, que também é vice-prefeito e secretário de Turismo. Vezzaro conta que a obra se estenderá até o final deste ano, já que se trata de uma revitalização completa. “Além de adequar, alargar e fazer o cascalhamento da estrada, estamos fazendo os bueiros e consertando pontes. Apesar de ser uma obra cara, é importante e também terá uma durabilidade muito maior do que um simples patrulhamento”. O secretário destaca ainda que estradas rurais em outros locais de Guarapuava poderão receber essa readequação. “Temos vários trechos que

Estrada revitalizada e remodelada

podem receber esse projeto, como a região do Taguá, Palmeirinha, Guairacá, entre outros. Inclusive a Prefeitura, através da secretaria de Obras, está se equipando de máquinas e equipamentos, para que quando a patrulha do Estado não esteja mais em Guarapuava, nós possamos fazer a recuperação e re-

adequação de estradas com máquinas próprias”. Vezzaro cita ainda outras obras que estão sendo realizadas no meio rural: “Estamos trabalhando na questão de recuperação de bueiros e reconstruindo pontes. Em 2018, até o mês de junho, nós reconstruímos 26 pontes”.

As pontes no trecho também estão sendo reconstruídas

As pontes no trecho também estão sendo reconstruídas

O funcionário do consórcio do Estado, João, o produtor rural Armando, o secretário Itacir Vezzaro, o prefeito municipal Cesar Silvestri Filho e o diretor do Sindicato Rural, Anton Gora, na estrada que está recebendo manutenção

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MANEJO

A IMPORTÂNCIA DA DESSECAÇÃO

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o momento que antecede a semeadura das principais culturas de verão é importante adotar práticas de manejo que favoreçam o crescimento e desenvolvimento da cultura. Entre essas práticas destaca-se o manejo pré-semeadura, denominado de “dessecação”. A dessecação consiste na eliminação das culturas de cobertura e de toda vegetação existente antes da semeadura das culturas, incluindo as plantas daninhas. Para isso, devemos utilizar herbicidas de ação sistêmica ou de contato. Essa prática de manejo é de fundamental importância na semeadura, pois sua realização visa o não estabelecimento das principais ervas daninhas de difícil controle, como buva; amargoso; poaia-braca (Richardia brasiliensis); Trapoeraba (Commelinaspp); corda de viola (Ipomoeaspp); erva quente (Spermacocelatifola), entre outras, deve-se adotar estratégias específicas para o controle das mesmas. De maneira geral, essas espécies devem ser controladas durante a estação de crescimento ou com antecedência suficiente à semeadura da soja, de forma a obter controle eficiente das mesmas. Para Kluthcouski e Aidar (2003), o período ideal de aplicação de herbicida na dessecação situa-se entre de 10 a 25 dias antes da semeadura de culturas de verão para obter-se a melhor ação dos herbicidas dessecantes. Uma prática comum e de alta eficiência na dessecação é a acidificação da água de aplicação, visando melhorar

a eficiência do herbicida glyphosate. É importante salientar que a presença de íons como Ca+2, Fe+3, Mn+2, Zn+2 e Cu+2 podem interferir na eficiência do glyphosate, já que este herbicida tem a capacidade de complexar esses íons, dificultando sua ação sobre a planta. Sendo assim é importante acidificar a água de aplicação visando sequestrar estes íons que podem interferir na eficiência dos herbicidas. Visando esta importante prática agrícola e de grande importância a Inquima possui o Super Plus U10, um adjuvante que visa a melhor eficiência na dessecação pré plantio, pois possui características que aumentam a velocidade de absorção do ativo, sequestra os sais minerais evitando perdas de moléculas do princípio ativo, evita interfe-

rências produzidas pela alcalinidade, reduz o volume da calda e proporciona maior concentração do produto aplicado. Inquima, o produto certo para cada momento das aplicações.

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CAVALO CRIOULO

GUARAPUAVA SEDIOU PASSAPORTE PARA EXPOINTER 2018

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CONFIRA O RESULTADO DO EVENTO:

Felipe Ulbrich

FÊMEAS

O Melhor Exemplar da raça e Grande Campeã foi a Inédita do Ribeirão Bonito do criador e expositor Arison Jung da Cabanha Ribeirão bonito – Guarapuava/PR

Melhor Exemplar da raça e Grande Campeã Inédita do Ribeirão Bonito, fila de São João do Juncal Pandemônio e Baioneta do Tamboré; Criador e expositor Arison Jung; Cabanha Ribeirão bonito – Guarapuava/PR Reservada Grande Campeã Norteña do Morro Chato, filha de Índio do Boeiro e Harmonia do Morro Chato; Criador Marlus Silva; Expositor Marlus Silva e Ary André Velho; Cabanha Morro Chato – Painel/SC 3ª Melhor Fêmea Ilusão do Ribeirão Bonito, filha de Viragro Rio Tinto e SJ Tirana; Criador e expositor Arison Jung; Cabanha Ribeirão bonito – Guarapuava/PR

Felipe Ulbrich

4ª Melhor Fêmea Xacarera da Boa Vista, filha de Buenaço da Maior e Imperatriz da Boa Vista; Criador Fazenda Boa Vista; Expositor Fábio Camargo; Cabanha Boa Vista – Vacaria/RS

Manoel Godoy

O Grande Campeão foi o Gladiador de Rosazul do criador e expositor Renato Alcides Trombini da Cabanha Rozasul – Palmeira/PR

MACHOS Grande Campeão Gladiador de Rosazul, filho de AS Malke Vulto e Laranja 3054 da Tradição; Criador e expositor Renato Alcides Trombini; Cabanha Rozasul – Palmeira/PR Reservado Grande Campeão Jurado da Maya, filho de Equador de Santa Edwiges e JÁ Paloma; Criadora Zuleika Borges Torrealba; Expositores José Pereira, DenilsonUtpadel e Luiz Carlos Maeda; Cabanha Espigão, Estância Ágata e Cabanha Santa Larissa – Rio Negrinho/SC

Heiko Egles, presidente do Núcleo de Criadores de Cavalo Crioulo de Guarapuava (NCCCG)

3° Melhor Macho Que Momento Cordobez, filho de Viragro Rio Tinto e La Baguala Cordobez; Criadores Rodrigo e Thiago Silva; Expositores Rodrigo e Thiago Silva e Cleber Agnol; CabanhasCordobez e Selva Negra – Guarapuava/PR

Manoel Godoy

Manoel Godoy

Núcleo de Criadores de Cavalo Crioulo de Guarapuava (NCCCG), em parceria com a Associação Brasileira de Criadores de Cavalo Crioulo (ABCCC), realizou de 5 a 7 de julho, o evento Passaporte para Expointer 2018. Mais de 80 cavalos de diferentes regiões do país participaram do evento. De acordo com o jurado Luís Rodolfo Machado, “a organização e o bom andamento da prova foram reflexo do trabalho desempenhado pelo Núcleo. A quantidade de animais foi proporcional à qualidade, consequência do investimento que o Paraná tem feito na criação de Cavalos Crioulos”. Machado ainda comentou que o julgamento foi um dos grandes incentivos para criação da raça na região, contando com a participação de muitas cabanhas locais. “Lidamos com o trabalho e a esperança de muitas pessoas. É uma grande responsabilidade”, disse o jurado. Segundo a ABCCC, atualmente, o Paraná registra 1383 estabelecimentos de Cavalos Crioulos, dentre os quais 130 estão localizados em Guarapuava. O NCCCG vem consolidando a sua história desde 2010. Esse foi o primeiro Passaporte em Guarapuava. O presidente do Núcleo, Heiko Egles, comentou que “a receptividade e a hospitalidade são os grandes diferenciais do Paraná”. O presidente está terminando uma gestão de quatro anos no NCCCG e conta que a paixão pelo crioulo é recente. “Mas ela só tende a aumentar”.

4° Melhor Macho Nuestro da Maior, filho de Desafio de Santa Edwiges e Campana da Maior; Criadores Julia e Caio Fukushima Souto Maior; Expositor Paulo Roberto Pacheco; Cabanha Atalaia – Guarapuava/PR Com informações da ABCCC


NUTRIÇÃO VEGETAL

ADUBAÇÃO MOLIBÍDICA

A

través dos processos de domesticação, seleção e melhoramento genético, as médias de rendimento das culturas aumentaram consideravelmente. Recordes de produtividade são alcançados a cada ano pelas modernas cultivares de milho, soja e trigo. Aliadas a isso, novas tecnologias e sistemas de produção foram adotadas, principalmente em relação às práticas de nutrição mineral das culturas do sistema. Dentre estas, a da adubação molibídica destaca-se como importante aspecto a ser considerado, pois plantas não suficientemente nutridas em molibdênio (Mo) comprometem a produtividade e a qualidade da produção das culturas. A razão é a essencialidade do Mo para a produção do nitrogênio orgânico (-NH2) nas plantas, uma vez que faz parte da estrutura das chamadas molibdoenzimas nitrogenase, redutase do nitrato e oxidase do sulfeto, atuando como cofator enzimático de importantes reações bioquímicas em microrganismos e nas plantas, responsáveis pelo aumento da eficiência da FBN em leguminosas, como a soja, e pelo melhor aproveitamento da adubação nitrogenada de base e de cobertura em gramíneas, como o trigo e o milho. Logo, o Mo interfere diretamente no crescimento e desenvolvimento das plantas e, consequentemente, no rendimento e na qualidade de grãos/ sementes por meio do metabolismo do N. Entre outros fatores do manejo nutricional essenciais para a expressão do potencial produtivo das cultivares, é indispensável que a prática da adubação molibídica proporcione uma nutrição equilibrada em Mo. Nesse cenário, a UBYFOL oferece ao mercado agrícola o POTAMOL, um fertilizante fluido desenvolvido para fornecer de maneira eficiente o micronutriente Mo às enzimas responsáveis pela fixação biológica do N

atmosférico e pela redução assimilatória do N em compostos orgânicos nas plantas. Sua formulação apresenta a mais nobre fonte de Mo disponível no mercado de nutrição mineral, o molibdato de potássio. Com baixo índice salino e baixa condutividade elétrica, o POTAMOL confere grande segurança aos tratamentos de sementes, influenciando positivamente a sobrevivência da bactéria e a vida-média de UFC, a nodulação e a fixação do N2. Além disso, através de suas propriedades biorreguladoras, a Polihexose® (tecnologia exclusiva UBYFOL) estimula a germinação e a emergência de maneira uniforme, favorecendo um rápido desenvolvimento do sistema radicular, maior nodulação e uma brotação mais vigorosa. POTAMOL é recomendado para tratamento de manivas, sementes, toletes e tubérculos, e para aplicações foliares. Dentre algumas vantagens e benefícios do POTAMOL, destacam-se a elevada concentração de Mo, tendo o potássio como íon acompanhante para facilitar o acesso da planta ao Mo, a compatibilidade com os defensivos e inoculantes, assegurando maior aderência e melhor distribuição sobre sementes, toletes e tubérculos; uma maior formação de raízes, proporcionando superior arranque inicial e melhor estabelecimento do estande da cultura, uma melhor nodulação, com menor agressividade aos microrganismos da inoculação, e maior fixação biológica do N2. No tratamento via foliar

O alicerce da alta produtividade.

confere alta estabilidade à solução pulverizante, permitindo a associação com herbicidas, fungicidas e inseticidas. Ademais, melhora o aproveitamento do N durante o ciclo da planta, pois proporciona maior eficiência no uso do N da solução do solo e do N fertilizante pela planta, além de aumentar a tolerância das plantas ao ataque de pragas e doenças, uma vez que reduz a presença de nitratos e aminoácidos livres nos espaços livres aparentes do tecido vegetal.

PARCERIA PARA ALTAS PRODUTIVIDADES

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NUTRIÇÃO DE PLANTAS

MUITO ALÉM DA ADUBAÇÃO Como o manejo nutricional inteligente tem auxiliado no atingimento de novos patamares de produtividade pelo Brasil

DIAGNOSE PRÉVIA – ANÁLISE DE SOLO A análise físico-química estratificada do solo continua sendo a principal ferramenta para indicar quanto o solo pode fornecer de nutrientes para as plantas, sendo esta feita por meio da coleta de amostras de solo que normalmente representarão extensas áreas. Mesmo considerando uma boa amostragem, a análise química convencional possui algumas limitações de uso, pois a metodologia tradicional para avaliação da disponibilidade dos nutrientes no solo consiste em adicionar à amostra de solo uma solução extratora (Ex.: Mehlich, Resina, KCl, HCl, Ca (H2PO4)2), determinando-se posteriormente o teor dos nutrientes nesta solução. Como as plantas extraem os nutrientes da solução do solo, o método tradicional de analisepode diferir consideravelmente da real disponibilidade de nutrientes para as culturas. Visando mitigar potenciais erros de diagnose,uma opção a ser considerada é realizar também a análise da solução do solo. Ao trabalhar com estas duas análises de solo, tem-se maior assertividade em indicar quanto o solo pode fornecer de nutrientes para as plantas

mais de acúmulo de nutrientes na fitomassa seca (Figura 01). No entanto, a quantidade e a proporção de nutrientes acumulados são funções das características das plantas e dos fatores externos que influenciam esse processo. Os nutrientes extraídos do solo e acumulados pelas plantas variam de acordo com cultivar, com manejo do solo, o ciclo da cultura e insumos disponíveis para o desenvolvimento de plantas BENETT et al., 2013). Os resultados de análises químicas do tecido vegetal podem ser interpretados por diversos métodos, sobressaindo-se os métodos univariados, como o teor crítico (TC) e a faixa de suficiência (FS), bivariados, como o sistema integrado de diagnose e recomendação (DRIS), e o multivariado, como a diagnose da composição nutricional (CND) (MELO et al., 2016). A correta interpretação de resultados de análises foliares proporciona informações que favorecem o uso racional de insumos, evita desperdício, melhora o equilíbrio nutricional das plantas e, consequentemente, proporciona aumento da produtividade. Portanto, preconiza-se a utilização de métodos que disponibilizem subsídios para um diagnóstico nutricional eficiente e prático, a partir de resultados analíticos das folhas de uma planta ou lavoura (PARTELLI et al., 2005).

DIAGNOSE DE VERIFICAÇÃO – ANÁLISE DE TECIDO FOLIAR Existem diversos métodos de avaliar o estado nutricional das plantas, sendo os principais a diagnose visual e a diagnose foliar, embora existam outros como os testes de tecidos, testes bioquímicos, aplicações foliares, teor de clorofila (FAQUIM, 2002). Para o estabelecimento de um adequado nível de nutrição para as plantas, é necessário compreender os padrões nor-

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Figura 01 Acúmulo de macronutrientes na cultura da soja (Adaptado de Agrichem, 2015).


FERRAMENTAS DE MONITORAMENTO NUTRICIONAL Atualmente já existem ferramentas que utilizam da diagnose prévia e de verificação descritas acima de forma inteligente, levando em conta a disponibilidade precisa de nutrientes no solo e nos tecidos das plantas para elaborar uma recomendação racional de manejo de nutrição. O Programa Agronômico de Monitoramento Nutricional (PAMNutri®, Figura 02) é uma ferramenta inovadora, que além da diagnose precisa, conta com a mais extensa base de dados sobre a demanda nutricional das principais culturas: através de mais de 10 anos de pesquisas foram conduzidas centenas de experimentos, que permitiram construir a marcha de absorção, com a demanda precisa de cada nutriente em cada fase do desenvolvimento da cultura, nas principais regiões produtoras do Brasil. O PAMnutri utiliza modelagem matemática avançada para construir a recomendação do que a cultura realmente precisa, com base na disponibilidade real de nutrientes no solo, as inter-relações entre os elementos, a necessidade da cultura naquelas condições e, não menos importante, a ambição de produtividade do agricultor.

Figura 02 O Programa Agronômico de Monitoramento Nutricional entrega uma recomendação de nutrição racional, permitindo atingir maiores rendimentos e melhorar a fertilidade do solo ao longo dos anos.

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SOLIDARIEDADE

SINDICATO RURAL PARTICIPA DO

DO HOSPITAL SÃO VICENTE

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Sindicato Rural de Guarapuava mais uma vez somou forças com as empresas e organizações que apoiaram a edição 2018 do Arraiá beneficente do Hospital São Vicente de Paulo (HSV). No evento, que aconteceu de 6 a 8 de julho, no Parque Lacerda Werneck, reunindo em torno de 30 mil pessoas, a entidade sindical participou com a barraca da Pescaria. Para isso, dias antes, o sindicato realizou mais uma Campanha do Produtor Solidário, com o objetivo de arrecadar brinquedos ou doações em dinheiro, para a aquisição dos brindes. Os produtores rurais e parceiros da entidade responderam ao chamado, contribuindo com a iniciativa. Colaboradores, com familiares e amigos da entidade, também se engajaram, como voluntários, se revezando na barraquinha, nos três dias do Arraiá. Entre as atrações gastronômicas proporcionadas pelos vários apoiadores da festa, se destacaram estandes de comida típica e barraquinhas com quitutes, doces e bolos. No cardápio artístico, o Arraiá trouxe, a um palco montado no local, dança gaúcha, quadrilha, além de músicos e grupos de vários ritmos e estilos. O ponto alto da festa ocorreu na noite de domingo, 8, com o bingo de um carro, uma moto e uma bicicleta, que atraiu milhares de pessoas, registrando a venda de cerca de 5,9 mil cartelas (Ganhou o carro, Rodrigo José dos Santos; a moto, Vinícius Gaspar do Nascimento; e a bicicleta, Alceni Aparecida Lima).

Apresentações de música e dança

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Sindicato, produtores, parceiros e colaboradores se engajaram na barraca da pescaria, na festa

Membro da Provedoria do hospital, Huberto Limberger, assinalou que o arraiá é importante fonte de verbas para a instituição. “Esse evento, para nós, sempre nos traz um fôlego a mais, para reformas que se fazem necessárias, a aquisição de alguns equipamentos, que devem ser renovados”, declarou. A divulgação dos recursos arrecadados ocorreu no dia 18 de julho, na Sociedade Rural Guarapuava, durante uma prestação de contas aos apoiadores – entre os quais, o Sindi-

cato Rural de Guarapuava, representado por seu vice presidente, Anton Gora. O total líquido obtido na festa girou em torno de R$ 108 mil. O hospital antecipou que o montante será utilizado para a ampliação do centro de imagens.

Huberto Limberger (Provedoria) e Débora Schienemann (diretora adm.): prestação de contas


ADUBAÇÃO E CORREÇÃO DE SOLO

INOVAÇÃO NA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS AO PRODUTOR

A

Prime Agro, em parceria com a CB Agro, busca inovar sempre e tornar o agronegócio muito mais eficiente. As empresas fornecem fertilizantes líquidos especiais, com foco nos serviços para otimização dos recursos agrícolas e aumento da produtividade e rentabilidade dos agricultores. Os serviços que as empresas estão trabalhando na região de Guarapuava, vão desde o monitoramento nutricional das plantas, abrangendo os aspectos da química, física e biologia do solo, até a eficiência nas aplicações de produtos. Entre os serviços podemos destacar:

DIAGNÓSTICO FOLIAR E SEIVA

ADUBAÇÃO E CORREÇÃO DE SOLO Uma correta adubação para o estabelecimento de qualquer cultura a ser implantada, está relacionada com as condições atuais do solo e a manutenção do seu equilíbrio. Conhecer as limitações nutricionais do solo, como elementos tóxicos, níveis de reserva, disponibilidade, gênese e atividade da matéria orgânica é a principal finalidade deste serviço. Através de análises específicas, diagnosticamos os principais pontos a serem trabalhados na adubação e correção do solo, de forma a otimizar os recursos para equilibrar nutricionalmente a cultura a ser implantada. Com uso de análises específicas indicadas pelo nosso corpo técnico, fazemos o diagnóstico de curto e médio prazo, da atual condição nutricional do solo avaliado. Com base nas análises, trabalhamos de forma a garantir maior sustentabilidade na produção.

A planta absorve os nutrientes de acordo com seu momento fisiológico e as condições ambientais enfrentadas, sendo isto muito variável. Saber avaliar o atual estado nutricional da planta é a principal função deste serviço. Utilizar-se das melhores ferramentas de análise (foliar e de seiva) e contar com um banco de dados e pesquisa próprios para melhor determinar a condição nutricional da cultura, indicando os manejos necessários para otimizar a produtividade. A partir dos dados gerados pelas análises, utilizamos um software desenvolvido para correlacionar o momento atual da cultura, suas exigências e potencial produtivo. Após isto, indicamos as melhores intervenções necessárias para suprir a cultura e expressar seu máximo potencial.

CONTROLE DA CULTURA PARA AUMENTO DA PRODUTIVIDADE Monitorando sua produtividade do início ao fim, este programa procura aplicar o nosso conhecimento nas áreas de fertilidade, nutrição e fisiologia para otimizar o equilíbrio da planta durante seu ciclo. Monitorar o tripé “SOLO-PLANTA-AMBIENTE” para poder intervir de maneira eficiente na expressão da produtividade da cultura, diminuindo os riscos e aumentando a rentabilidade. Solo: Utilizando ferramentas para avaliar suas características físicas, químicas e biológicas, determinando as melhores ações para torná-lo apto a receber uma determinada cultura. Planta: com equipamentos, análises e produtos altamente eficientes, avaliamos o “status” metabólico da cultura, determinando, assim, seu potencial produtivo. Ambiente: utilizando de vários recursos, podemos determinar como o ambiente está impactando na produtividade, avaliando os riscos e determinando as intervenções necessárias.

TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO Grande parte da eficiência dos produtos deve-se a uma boa aplicação, sabendo disso, não poderíamos deixar de oferecer este serviço voltado à capacitação de operadores, regulagem de equipamentos e escolha de produtos adequados. Realizar cursos sobre aplicação, avaliar as condições do equipamento de aplicação e indicar as melhorias para que o aproveitamento dos produtos seja o mais eficiente possível. Entrando em contato conosco, agendaremos uma visita com um de nossos técnicos para verificar quais medidas serão necessárias.

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ESCRITURAÇÃO DIGITAL

eSocial

CONFIRA ALGUNS PONTOS IMPORTANTES DO NOVO SISTEMA

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Decreto nº 8373/2014 instituiu o Sistema de Escrituração Digital das Obrigações Fiscais, Previdenciárias e Trabalhistas (eSocial). Por meio desse sistema, os empregadores passarão a comunicar ao Governo, de forma unificada, as informações relativas aos trabalhadores, como vínculos, contribuições previdenciárias, folha de pagamento, comunicações de acidente de trabalho, aviso prévio, escriturações fiscais e informações sobre o FGTS. A transmissão eletrônica desses dados simplificará a prestaJoyce Batista Neto ção das informações referentes Scoto, advogada às obrigações fiscais, previdenciárias e trabalhistas, de forma a reduzir a burocracia para as empresas. A prestação das informações ao eSocial substituirá o preenchimento e a entrega de formulários e declarações separados a cada ente. Para as empresas com faturamento acima de R$ 78 milhões o prazo de implantação foi em janeiro, já para as organizações com faturamento abaixo desse valor, o prazo final foi em julho. Mas o sistema vem causando muitas dúvidas nos departamentos de Recursos Humanos (RH) das empresas e escritórios de contabilidade. Visando responder algumas questões, o Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis e das Empresas de Assessoramento, Perícias, Informações e Pesquisas no Estado do Paraná (Sescap-PR) vem realizando em todo o Estado treinamentos sobre o eSocial. Em Guarapuava, o evento ocorreu no dia 20 de junho, no Sindicato Rural, sob a coordenação da advogada Joyce Batista Neto Scoto. Joyce conversou com a REVISTA DO PRODUTOR RURAL buscando destacar alguns pontos

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importantes sobre o eSocial. Segundo ela, uma das principais preocupações das empresas em relação ao eSocial tem sido o prazo. “Hoje nós já temos na legislação regras que trazem prazos para admissão, demissão, afastamentos. Só que essas informações, muitas vezes, são colocadas para o Governo de forma extemporânea. E o eSocial vem trazendo uma nova forma de colocar isso, ou seja, eu tenho que obedecer o prazo estabelecido na legislação, porque, caso contrário, ele vai ver que não coloquei aquela informação no sistema e pode vir a te autuar. Por isso, haverá necessidade de mudança na rotina e na cultura do RH ou do escritório de contabilidade”. Outra mudança, segundo a advogada, é na admissão de novos funcionários. “A pessoa que você vai contratar precisa ter os dados dela na Receita Federal em ordem. Vai ser cruzado CPF, RG, Título de Eleitor antes de você contratar com a base de dados da Receita. Se estiver diferente, será necessário fazer a atualização de dados cadastrais do trabalhador em todos os órgãos. Por isso, a cada admissão será necessário checar estes dados”.

MEIO RURAL Já para o meio rural, Joyce destaca os seguintes pontos: “há uma previsão que não será mais pela matrícula CEI (Cadastro Específico do INSS) que as informações serão transmitidas. Tem uma nova tratativa que você terá que ter um código chamado KEPF. Só que ainda não há uma instrução normativa que trate desse KEPF. Então, teremos que aguardar. Segundo ponto: tanto quem está produzindo e comercializando, quanto quem está comprando o produto do produtor rural deverá prestar informação para o fisco. O Governo Federal espera, com isso, fiscalizar melhor quem está pagando os tributos de forma correta”, finaliza.


SOJA, MILHO E FEIJÃO

AGRO10 REÚNE CLIENTES PARA DISCUSSÃO DA SAFRA DE VERÃO 2017/2018

A

Agro 10 Assessoria Agropecuária realizou no dia 21 de junho, uma reunião com seus clientes objetivando avaliar a última safra de verão. Os resultados de cada área atendida pela empresa foram apresentados e discutidos junto aos clientes. “O objetivo foi discutir os erros e acertos. É uma oportunidade de se olhar o que foi realizado para definição de estratégias para a próxima safra de verão. Reunindo os produtores e mostrando os resultados, eles podem verificar quais foram as melhores tecnologias utilizadas, os principais problemas enfrentados durante a safra e a tendência para próxima safra em termos de manejo de pragas e doenças. Com isso, espera-se uma melhor assertividade com a melhor relação custo-benefício”, destacou o sócio proprietário da Agro 10, engenheiro agrônomo Leandro Bren. Para Bren, é muito importante que o debate sobre os resultados aconteça. “Só assim as ações podem ser redirecionadas. Com isso, eu também tenho retorno dos meus clientes, do que eu posso fazer para melhor atendê-los”, observa. O produtor rural Amauri Pissaia, proprietário da Fazenda Bom Retiro, em Manoel Ribas, vem aprovando o atendimento da empresa. “Essa participação da Agro10 é fundamental não só pelo atendimento na propriedade, com a visita pontual uma vez por semana, mas como também o compartilhamento das informações do que está acontecendo na região, com os vizinhos e com as outras propriedades, com

Leandro Bren, sócio proprietário Agro 10

Davi Cardin (Caixa Econômica Federal)

o aspecto de antecipar uma decisão ou minimizar um problema que está acontecendo no outro local. Podemos aproveitar o que tem de melhor em outra propriedade, acompanhar o que aconteceu com a nossa propriedade e comparar com a dos outros produtores. Aquilo que eu fui bem, ótimo. Aquilo que eu não fui bem, tenho que corrigir e tomar a decisão correta para

Pablo Rogério Soares (Heringer)

a próxima safra”, pontua. A reunião também contou com o apoio da Caixa Econômica Federal, Brevant-Corteva e Fertilizantes Heringer, que fizeram apresentações sobre serviços e novas tecnologias. A Agro 10 Assessoria Agropecuária atua em Guarapuava, Candói, Pinhão e Manoel Ribas.

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FESTA

TRAKTORFEST

CHEGA A 8ª EDIÇÃO

Fotos: Rose Nienkotter

A 8ª TraktorFest ocorreu no dia 29 de julho, na Colônia Samambaia, distrito de Entre Rios – Guarapuava. Durante todo o dia, mais de 2 mil pessoas passaram pela festa, para apreciar a exposição de tratores antigos. Foram aproximadamente 100 máquinas expostas, que ao final do evento, desfilaram, mostrando ao público do que elas ainda são capazes. Segundo a organização, o objetivo da festa é manter a história viva, por meio dos tratores que foram tão importantes para os produtores descendentes de alemães, que firmaram território na região e se reergueram por meio da agricultura.

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UNICENTRO

Fazesc: dados do levantamento de solo ajudam a orientar decisões da pesquisa

FAZESC LEVANTA ATRIBUTOS DO SOLO PARA BALIZAR PESQUISAS

C

onhecer as respostas de uma cultura a diferentes manejos é fundamental para se determinar qual deles é o mais indicado para uma determinada região. Mas numa época de tecnologias em constante desenvolvimento, os pesquisadores dedicam uma atenção cada vez mais global ao processo produtivo, considerando importantes todas as etapas do trabalho: do solo à colheita. Com esta visão, a Fazenda Escola (Fazesc) do curso de Agronomia da Unicentro, criada há apenas três anos numa área da Estação do IAPAR em Guarapuava (BR 277, km 350), deu neste ano mais um passo para a evolução de trabalhos que já acontecem no local. Segundo comentou o diretor, professor Marcelo Mendes, em entrevista à REVISTA DO PRODUTOR RURAL, o setor realizou, entre maio e junho, um segundo levantamento de solo de suas áreas de pesquisa. Obter dados e gerar uma série histórica de informações, explicou, é uma condição necessária às tomadas de decisão nas atividades ali conduzidas.

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Para isso, recordou Mendes, já em 2016 havia ocorrido uma primeira iniciativa neste sentido. Na época, foi estabelecida uma grade amostral, com dezenas de pontos georreferenciados sendo marcados em todo o local. Em cada um deles, se procedeu a coletas de amostras de solo, analisadas em seguida para se verificar seus atributos físicos e químicos: Diretor da Fazesc, prof. Marcelo Mendes “Esse projeto teve como intuito contribuir na fase inicial, de desenvolvimento da fazenda, visando tou, os técnicos utilizaram a mesma graconhecer melhor a área e principalmen- de amostral de 2016. O objetivo foi gerar te fazer um levantamento e caracteriza- informação atualizada sobre pontos fortes e fracos e verificar se houve modificação dos solos”. Na segunda etapa, que aconteceu ções em relação ao quadro inicial nas dineste ano, assinalou o diretor da Fazesc, ferentes zonas de manejo definidas. Ele o foco foram os atributos químicos. De ressaltou que, mesmo em áreas de meacordo com ele, a Fazenda Escola contou nor tamanho, podem existir, de um lugar com a colaboração de uma empresa de para outro, diferenças a ser consideradas agricultura de precisão, que se dispôs a quando se pensa em implantar uma derealizar, sem custos, a coleta de solo e a terminada pesquisa: “Esses 18 hectares produção de mapas. Segundo comple- têm uma heterogeneidade”.


O resultado deste trabalho na prática, resumiu o professor Marcelo Mendes, são diversos mapas da Fazesc, onde áreas com características distintas aparecem em cores diferentes, apresentando parecer técnico para cada zona de manejo. “Esse levantamento vai servir para embasar a evolução também dessas áreas, pensando na sequência das atividades a serem realizadas lá”, enfatizou. Assim que os dados estiverem totalmente computados, informou o diretor da Fazesc, serão disponibilizados a pesquisadores e professores. Ele sublinhou ainda que conhecer o solo é importante não só para instituições de pesquisa, mas também para o agricultor em geral: “Ressalto ainda a importância dos produtores realizar este tipo de levantamento em suas áreas de produção, visando aumentar a lucratividade do sistema de produção agrícola de forma mais sustentável”, acrescentou. Na Fazesc, contextualizou, os dados obtidos contribuirão para os trabalhos gerados atualmente e os que serão desenvolvidos futuramente: “Hoje, a Fazenda Escola tem 12 planos de atividades, com diferentes pesquisadores, ressaltando a área de manejo do solo e associação com a mecanização; temos o desenvolvimento da área de fruticultura, de horticultura, com planos e em fase de implementação; manejo de plantas daninhas; a parte de fitotecnia, com vários

SÉRIE DE MAPAS FORNECE UMA VISÃO EM DETALHES O levantamento de solo na área de pesquisa da Fazesc, realizado entre maio e junho de 2018, teve como objetivo gerar dados atuais dos atributos químicos, para estabelecer uma comparação com as informações de um primeiro levantamento realizado no local em 2016 (naquele ano, foram enfocados também os atributos físicos). O resultado deste segundo trabalho é uma série de mapas que destacam a variação da presença de diversos elementos (micro e macronutrientes, entre outros fatores) nos talhões analisados: cobre, zinco, ferro, manganês, enxofre, boro, cálcio, magnésio, alumínio, hidrogênio + alumínio, potencial de hidrogênio, além de soma de bases, matéria orgânica, capacidade de troca catiônica, saturação por bases e potássio. O levantamento gerou também mapas

Estabelecida em 2015, a Fazesc tem também a missão de difundir informação técnica para produtores

Pontos de coleta de solo (de 0 a 20 cm de profundidade) para gerar mapas de atributos químicos

de fertilidade de solo. Essas amostragens foram direcionadas em função da delimitação de unidades de mesmo potencial produtivo, sendo que foram usadas imagens históricas de NDVI ou Índice de Biomassa para tal delimitação.

projetos em desenvolvimento; e a participação da área ligada a melhoramento de plantas”. Ao lado da pesquisa, a Fazenda Escola da Unicentro vem divulgando informações técnicas por meio do dia de campo Unicentro Rural, realizado pela segunda vez, em março deste ano, no local. Na ocasião, também em entrevista, o professor Marcelo Mendes sublinhou que a Fazesc, em paralelo, tem o papel da extensão e por isso o dia de campo, além de ter a participação de acadêmicos, é aberto, voltando-se a todos os produtores rurais interessados nos temas apresentados (Em 2018, o evento aconteceu em conjunto com a Proec [Pro-reitoria de Extensão Cultural] e direção do campus Cedeteg/ Unicentro, com apoio do Sindicato Rural de Guarapuava, AEAGRO, Alunos do grupo PET Agronomia, Prefeitura Municipal, Coamig e IAPAR). REVISTA DO PRODUTOR RURAL DO PARANÁ

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INTERCÂMBIO

OPORTUNIDADE DE CRESCIMENTO PROFISSIONAL, PESSOAL E CULTURAL

G

uilherme Borazo Silveira, 23 anos, é engenheiro agrônomo. Ainda quando estava na universidade teve a oportunidade de realizar um intercâmbio. Silveira exerceu a função de trainee no grupo Andresen Farms, em Wolf Point (Montana-EUA), atuando principalmente na área de mecanização. Confira como foi essa experiência:

Durante a minha graduação sempre tive a ideia de fazer um intercâmbio agrícola, a fim de amadurecer meu inglês e também buscar novos conhecimentos sobre o sistema produtivo. Então, no ano de 2016, tomei a iniciativa de concretizar essa ideia e através de uma empresa intermediadora (CAEP) fui trabalhar em uma fazenda situada em Wolf Point – Montana, no extremo norte dos Estados Unidos. O grupo Andresen Farms possui 6.000 acres destinados à agricultura e o mesmo é coordenado pelo proprietário Butch Andressen. O principal uso da área é para o cultivo do chamado Spring Wheat, que é o trigo semeado durante a primavera, depois do derretimento da neve. Além disso, na fazenda também é cultivada cevada, alfafa e quando estava lá se iniciou o cultivo de lentilha, devido ao fomento do governo norte-americano. Na propriedade,

Grupo Andresen Farms

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eu desempenhava a função de trainee, responsável pela parte de mecanização, assim participando de todas as operações (semeadura, tratos culturais, colheita e transporte dos grãos). Butch, o meu host, faz parte do diretório agrícola da Montana State University (MSU) e também é um dos conselheiros da United States Departament of Agriculture (USDA/MT). Sendo assim, tive a oportunidade de ir a alguns dias de campo e uma série de seminários sobre a agricultura local. O que me chamou atenção foi o grande fomento de culturas leguminosas (lentilha, ervilha, feijão-de-fava) para opção de rotação com o trigo. Também percebi que o sistema de plantio direto, mesmo tardiamente, está se instalando na região. Fui o terceiro brasileiro a trabalhar na fazenda, e depois de mim já passaram mais dois na mesma função. Nossa equi-


Equipe de trabalho Andresen Farms - Esq. p/ direita: Tonny (Inglês), Guilherme (Brasileiro), Butch (Norte-Americano), Raymond (Sioux/Nativo Americano) e Reginald (Sul-Africano)

pe de trabalho era formada por quatro funcionários e o proprietário da fazenda, sendo todos os integrantes originados de culturas diferentes: Proprietário – Butch (EUA); Mecanização agrícola – Guilherme (Brasil); Motorista de caminhão – Tonny (Inglaterra); Mecânico – Reginald (África do Sul); e Diarista – Reymond (Nativo Americano/Tribo Sioux). Todos possuíam suas respectivas funções, porém o trabalho sempre era realizado um ajudando ao outro, o que possibilitou um grande intercâmbio de conhecimentos, história e cultura. Fato curioso sobre o sistema produtivo da região é que ele tem uma baixíssima necessidade do uso de defensivos químicos. Por exemplo: dos 3.500 acres de trigo culti-

vados, apenas em um talhão de 400 acres foi feita uma aplicação preventiva de fungicida, nos demais não foi feita nenhuma aplicação, seja ela preventiva ou curativa. Para inseticidas, não foi realizada nenhuma aplicação. Vale ressaltar que todas as áreas tiveram uma alta produtividade. O rigoroso inverno que a região possui contribui para isto também. Os campos ficam cerca de quatro meses abaixo de neve e o frio intenso faz com que a grande maioria dos patógenos e insetos não consigam completar o seu ciclo reprodutivo. Acredito que essa oportunidade de intercâmbio foi um divisor de águas em minha vida e um grande amadurecimento profissional, pessoal e principalmente cul-

Semeadora de trigo

Spring Wheat

tural. Serviu para que eu conseguisse visualizar de perto todos os detalhes do sistema de produção agrícola norte-americano e com isso valorizar ainda mais a agricultura brasileira. Convivemos com o constante aparecimento de novas pragas e doenças, porém estamos sempre buscando maiores produtividades. Isto prova o quão técnico e profissional é o produtor brasileiro”.

Fale com a Bayer e nossos parceiros para conhecer a proposta de valor que vai fortalecer o seu negócio. ES UÇ Õ E S L O S T IEN EFIC P

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OS F ÍC I O S E N BE SIV RES G O R

OS S V IÇ SER CIADO EN IFER

A ERI C R PA NTIDA A GAR

*Campanha válida para os Estados do Paraná e Mato Grosso do Sul. Fale com a Bayer e nossos representantes e verifique as regras e a validade da campanha. ATENÇÃO Os produtos envolvidos nesta campanha são perigosos à saúde humana, animal e ao meio ambiente. Leia atentamente e siga rigorosamente as instruções contidas nos rótulos, bulas e receitas. Utilize equipamentos de proteção individual. Nunca permita a utilização do produto por menores de idade. CONSULTE SEMPRE UM ENGENHEIRO AGRÔNOMO. VENDA SOB RECEITUÁRIO AGRONÔMICO. Faça o Manejo Integrado de Pragas. Descarte corretamente as embalagens e restos de produtos. Uso exclusivamente agrícola.

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ÁREAS RURAIS

REUNIÃO DEFINE VTN 2018 PARA GUARAPUAVA

O

Sindicato Rural de Guarapuava sediou no dia 13 de junho mais uma reunião anual do Valor da Terra Nua (VTN 2018). Coordenado pelo chefe regional da SEAB, Arthur Bittencourt, e pelo vice presidente do sindicato, Anton Gora, com a presença de diretores da entidade sindical, produtores rurais, representantes de setores como imobiliárias, escritórios de contabilidade e registro de imóveis, o encontro teve por objetivo estabelecer os referenciais de preço para a chamada “terra nua”, no âmbito das propriedades rurais, para o município de Guarapuava. Para isso, os participantes debateram os valores do hectare de áreas mecanizadas, mecanizáveis, não mecanizáveis e inaproveitáveis (uma estimativa descontando eventuais benfeitorias). Em todas as categorias analisadas, houve queda de preços em relação ao ano de 2017. Ao final da reunião, Arthur Bitten-

court se disse satisfeito, considerando que os preços debatidos e definidos refletem a realidade do mercado imobiliário. “A exemplo de anos anteriores, podemos dizer que a reunião foi muito produtiva, com muita participação de quem esteve presente. Os valores discutidos refletem praticamente o mercado imobiliário em nossa região no tocante às terras agrícolas”. Também para Anton Gora, o balanço foi positivo. “Acho que é uma das reuniões mais importantes do ano, porque fixa valores referenciais para imposto, para desapropriação, para vendas. Houve uma participação efetiva das pessoas interessadas. Achamos que a reunião realmente conseguiu atingir seu objetivo, e também, de uma forma bem clara, fixar valores reais”. Gora comentou ainda a redução do VTN. “O preço de soja abaixou, o rendimento da soja abaixou, tudo isso se refletiu nesta reunião. Esses fatos foram considerados e com isso foi

Troca de idéias considerou fatores que influenciam no preço de imóveis rurais

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Desde 2017, tabela determina os vários tipos de terras que são consideradas nas reuniões que fixam o VTN

CONFIRA OS VALORES DEFINIDOS PARA O MUNICÍPIO DE GUARAPUAVA: Classe/Ano

2017

2018

A II

R$ 48.300

R$ 45.000

A III

R$ 34.800

R$ 30.000

A IV

R$ 19.700

R$ 17.000

B VI

R$ 11.600

R$ 10.000

B VII

R$ 8.500

R$ 7.500

C

R$ 3.900

R$ 3.500

formado então o preço final do Valor da Terra Nua para este ano, com reduções, se comparado a 2017”, analisou.

O chefe da regional da SEAB em Guarapuava, Arthur Bittencourt, e o vice presidente do Sindicato Rural de Guarapuava, Anton Gora


Metodologia para caracterizar os diversos tipos de terra

GRUPO C

GRUPO B

GRUPO A

Em 2017 houve mudanças na metodologia de cobranças do VTN. Antes existiam apenas quatro classes de áreas rurais. Desde o ano passado, são consideradas oito, sendo: Classe I

Terras cultiváveis, aparentemente sem problemas especiais de conservação

Classe II

Terras cultiváveis com problemas simples de conservação

Classe III

Terras cultiváveis com problemas complexos de conservação

Classe IV

Terras cultiváveis apenas ocasionalmente ou em extensão limitada, com sérios problemas de conservação

Classe V

Terras adaptadas em geral para pastagens e/ou reflorestamento sem necessidade de prática especial de conservação, cultiváveis apenas em casos muito especiais

Classe VI

Terras adaptadas em geral para pastagens e/ou reflorestamento com problemas simples de conservação, cultiváveis apenas em casos especiais de algumas culturas permanentes protetoras do solo

Classe VII

Terras adaptadas em geral somente para pastagens ou reflorestamento, com problemas complexos de conservação

Classe VIII

Terras impróprias para cultura, pastagem ou reflorestamento, podendo servir apenas como abrigo e proteção da fauna e flora silvestre, como ambiente para recreação, ou para fins de armazenamento de água

A IMPORTÂNCIA DO VTN NA HORA DO ITR O Valor da Terra Nua (VTN) é a base de cálculo do Imposto Territorial sobre a Propriedade Rural (ITR). Os preços servem como referência no município e não precisam ser utilizados como valor absoluto, tendo em vista que cada propriedade rural tem suas características próprias, quanto ao tamanho, localização, vias de acesso, topografia, hidrografia, tipo de solo, capacidade de uso, etc. No entanto, os produtores rurais que declararem no ITR valores muito abaixo da tabela do VTN estarão sujeitos a fiscalização e terão que prestar esclarecimentos adicionais quanto à base de cálculo, formas de recolhimento, inconsistência de informações, etc.

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PALESTRA

MERCADO FUTURO DE TRIGO

F

oi realizado em Guarapuava, na sede do Grupo Pitangueiras, um evento sobre cultura de inverno. O tema principal da palestra foi sobre mercado futuro de trigo e sua tendência para este ano. Para tanto, esteve palestrando o consultor de mercado de grãos, Luiz Carlos Pacheco, que tem mais de 40 anos de experiência no segmento. Marcelo Scutti, gerente de Marketing do Grupo Pitangueiras, pontuou a extrema importância do conhecimento do produtor em saber a melhor hora de vender sua produção, e assim realizar seu lucro. Luiz Carlos Pacheco foi muito enfático ao dizer que os agricultores não podem ser produtores de grãos, mas sim produtores de resultados positivos (lucros) para si e para toda a cadeia do agronegócio. Luiz Carlos Pacheco, Dentro da estratégia da emconsultor de mercado de grãos presa, onde está a parte de treinamentos e capacitações, tanto do time e também dos clientes, o grupo estará formatando para o mês de agosto, juntamente com Pacheco, seu primeiro curso sobre Mercado de Grãos e Tendências, que será oferecido aos produtores, com o foco de melhoria e profissionalização contínua da cadeia. Nestes projetos, “sempre contamos com o apoio da Bayer, que enxerga a importância dos treinamentos e capacitações, deixando o produtor mais informado, independente e rentável”, finalizou Scutti.

Confraternização após a palestra

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DIVERSIFICAÇÃO

FAZENDA DE GADO DE CORTE COMEÇA PRODUÇÃO DE LEITE

Fazenda na região de Palmeirinha acrescentou à bovinocultura de corte, com nelore, o gado de leite, com raça holandesa

S

e no campo, muitas vezes, os produtores decidem diversificar, para reduzir a dependência de uma atividade, ou ter uma renda extra, na hora de mudar o sistema produtivo, muitos recorrem à criatividade, a novos conhecimentos ou ao espírito de equipe. O casal de pecuaristas Joair Mendes Pereira Junior e Estela Martim Pereira, de Guarapuava, optou pelas três alternativas ao mesmo tempo. Sem medo de seguir novos caminhos, eles transformaram o perfil de suas atividades. Antes focada só na bovinocultura de corte, trazida da tradição de família, a fazenda adotou uma rotina de remanejamento de local para aqueles animais, iniciou também com a pecuária leiteira e ainda criou mais uma fonte de receita, liberando uma parte da área para ser arrendada ao cultivo da soja. Para conhecer esta história, a REVISTA DO PRODUTOR RURAL foi até a propriedade, na região do distrito de Palmeirinha, dia 13 de julho. O casal relatou que resultado deste novo quadro, a diversificação, é uma caminhada que, de um lado, é gratificante, mas de outro exige muita disposição para aprender dia após

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dia e para realizar projetos em etapas. Além da antiga lida do gado de corte, conforme assinalou Junior Pereira, ele decidiu, há cerca de seis anos, começar também com a criação extensiva de vacas holandesas. Porém, há aproximadamente um ano e meio, veio a decisão de implantar o sistema intensivo. Em seu caso, a escolha possibilitaria remanejar uma parte da fazenda para a agricultura. “Hoje, existe um outro calendário de atividades, estações do ano e locais de

produção”, explicou. No verão, o antigo pasto das vacas agora é arrendado para soja; ainda durante a estação quente, o gado de corte, por sua vez, é mantido em áreas que o produtor arrenda, em propriedades próximas, além de Marquinho e Palmital. No inverno, ele traz seu plantel extensivo de volta para a fazenda. No campo em que a soja já foi colhida, os animais são engordados a pasto. Em paralelo, Estela divide com ele as tarefas, com foco no gado leiteiro.

O casal Estela e Junior: dividindo tarefas para conduzir três atividades na propriedade


Mas para implantar aquela atividade, para eles inédita, Junior Pereira contou que o primeiro passo foi buscar informação na região de Castro, referência no setor do leite no Paraná e no Brasil, sobre o espaço em si e sobre o manejo. Para o local, ele conta que montou uma estrutura. Ali, completou, entre freestall e compost barn, duas alternativas que disse considerar boas, sua opção foi pelo compost barn. O sistema, em sua avaliação, permite uma movimentação maior dos animais. Junior Pereira destacou que, no mesmo espaço, decidiu colocar o bezerreiro, cercado; a sala de ordenha, separada por parede e com piso de concreto; e um escritório, num mezanino. Na hora da transição de um espaço aberto para um fechado, observou, os animais, no entanto, apresentaram, durante cerca de 30 dias, um quadro de estresse, superado desde então. Porém, o produtor afirma que o compost barn tem igualmente desafios e aponta o maior deles, a seu ver: “É você conseguir acertar uma dieta ou um nutricionista bom. Esse é o ponto. A alimentação delas tem de estar muito bem balanceada. Senão, não tem sucesso”. Além de silagem feita com milho produzido na fazenda e pré-secado, acondicionado em bags, o manejo inclui agora também o farelo de soja. Para a ordenha, a opção da propriedade foi por um sistema de gerenciamento, passando todos os dados pelo

No compost barn, cama é revolvida por trator duas vezes ao dia

computador. Com o procedimento realizado duas vezes por dia (às 5h30 e às 16h30), a média de produtividade atual, estimaram, gira em torno de 26

litros de leite por animal por dia. Para Junior Pereira, este é um patamar que poderia ser mais elevado, mas ele enfatiza que ainda está ajustando a die-

Plantel de corte possui também novilhas de cruza industrial

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COMPOST BARN Barracão abriga um escritório, bezerreiro, ordenha e resfriadores. Pré-secado complementa dieta do gado de leite, que inclui silagem de milho e farelo de soja. Com a alimentação ainda em ajuste, produtividade média dos animais gira em torno de 26 litros por cabeça/dia.

Bezerros

Ordenha

Sistema informatizado

Escritório

ta do plantel. O leite produzido é todo destinado a um laticínio de um município da região. Numa avaliação geral, ele considera que a atividade está correspondendo às expectativas. “Para mim, está dando resultado. O leite, hoje, com esse preço, melhorou. Tomara que fique nesse preço, não é?”, comentou, num tom bem humorado. Mas o produtor sabe que o aprendizado continua e que é necessário evoluir constantemente. Existe em paralelo o desejo de aumentar o rebanho, atualmente de 96 animais com 80 em lactação, que geram cerca 62,4 mil litros por mês. Já na outra vertente da bovinocultura, no gado de corte, as novilhas também são a opção do casal de produtores: animais nelore e de cruza industrial conduzidos a pasto, na modalidade de recria e terminação. Alimentadas no verão com

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brizantão e no inverno com aveia e azevém, as novilhas são mantidas no sistema até a idade de dois anos a dois anos e meio, quando já atingiram cerca de 400 a 420 kg. Se alguma não alcança o peso no período previsto, recebe então outra alimentação, em confinamento, de 60 a 90 dias – uma alternativa que, segundo o produtor, eleva o investimento. Junior Pereira avalia que, naquele tipo de sistema, a rentabilidade é menor, preferindo a recria no pasto: “A campo, sim, porque a campo o custo é mínimo”. Com base neste sistema, a fazenda tem comercializado em torno de 100% daquele rebanho junto a frigoríficos de várias regiões do Paraná. Já para a aquisição dos animais, Junior Pereira conta que tem recorrido aos leilões, onde considera encontrar qualidade e genética. Com três atividades, Junior e Estela, tendo assistência técnica de um veteriná-

O desafio é você conseguir acertar uma dieta” Joair Mendes Pereira Junior

rio, seguem buscando eficiência cada vez melhor nos animais de corte, mantendo o arrendamento para soja, como uma receita importante, e buscando aprender mais e mais na produção leiteira – onde, independente da modalidade (pasto, compost barn ou freestall) eficiência, técnica e de qualidade, é também uma palavra de ordem. “O mais importante é gostar e acompanhar o manejo. Ficamos muito contentes de produzir leite, carne e matrizes de qualidade”, resumiu o produtor.


ARMAZENAGEM

KEPLER WEBER ABRE FILIAL NO PARANÁ Líder de armazenagem na América Latina abre Centro de Distribuição em Cascavel ENG. MARCIO GERALDO SCHÄFER Paraná Silos Representações Ltda.

A

Kepler Weber, empresa de equipamentos para armazenagem, está abrindo mais um Centro de Distribuição de Peças, localizado estrategicamente em Cascavel-PR. O objetivo dos centros de distribuição KW espalhados pelo Brasil, é manter em estoque um volume de peças originais de fabricação própria e venda direta KW/Cliente sem intermediários. As peças de estoque, todas originais Kepler Weber, atendem toda gama de equipamento instalados nas unidades armazenadoras como canecas, correias, rolamentos, canalizações etc. Os materiais à disposição nos Cds KW podem atender, em alguns casos, outras marcas de equipamentos uma vez que somos a única empresa do mercado a ter esse serviço à disposição dos clientes e unidades armazenadoras. O centro de distribuição está localizado no distrito industrial Guarujá, ao longo da Rodovia BR 277, entre o trevo oeste e o aeroporto municipal de Cascavel.

GUARUJÁ

Convidamos você, cliente e profissional do ramo, a nos fazer uma visita

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IMPOSTO TERRITORIAL RURAL

É HORA DE DECLARAR O

O

prazo para a declaração do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (ITR) 2018 iniciou no dia 13 de agosto e vai até o dia 28 de setembro. São obrigados a declarar, entre outros, a pessoa física ou jurídica proprietária, titular do domínio útil ou possuidora a qualquer título; um dos condôminos (quando o imóvel pertencer a várias pessoas); e o inventariante, em nome do espólio (enquanto não for concluída a partilha). O imposto é anual. Para o cálculo é utilizada uma alíquota que varia de acordo com a área da propriedade e o seu grau de utilização, sendo utilizado apenas o Valor da Terra Nua (VTN), ou seja, sem qualquer tipo de benfeitoria ou cultura. O Sindicato Rural de Guarapuava faz a declaração para os produtores rurais com taxas especiais para seus associados. Os documentos necessários são ITR 2017, matrícula atualizada do imóvel (se houver alguma alteração na situação jurídica) e recibo do Cadastro Ambiental Rural - CAR (no caso daqueles que já fizeram o cadastro). Os interessados podem comparecer na sede do Sindicato Rural (Rua Afonso Botelho, 58, Trianon – Guarapuava) ou na extensão de base em Candói (Rua XV de Novembro, 2687).

PRAZO É importante que o produtor declare no prazo para evitar possíveis multas e bloqueios em documentação. Se não estiver com a declaração atualizada, o produtor não terá acesso a documentos da propriedade, como a Certidão Negativa, indispensável para registrar a compra ou venda da propriedade e para conseguir financiamento bancário. A entrega da declaração do ITR após o prazo também implica em multa de 1,0% ao mês sobre o total do imposto.

ISENTOS O imposto não precisa ser pago quando a propriedade é uma pequena gleba rural, com tamanho inferior a 30 hectares. Porém, o proprietário não pode ter outro imóvel rural ou urbano, terreno rural de instituições sem fins lucrativos de educação e de assistência social.

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2018

Imposto sobre a propriedade Territorial Rural

FAÇA SUA

DECLARAÇÃO DO ITR NO

SINDICATO RURAL

PRAZO PARA ENTREGA

28 DE SETEMBRO É FÁCIL, RÁPIDO E SEGURO.

Sem a declaração do ITR, o produtor não obtém a Certidão Negativa de Débito. *Facilite o trabalho. Leve com você a declaração do ano passado. REVISTA DO PRODUTOR RURAL DO PARANÁ

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FINANCIAMENTO

CIRCULAR 46/2018/BNDES NOVA POSSIBILIDADE DE LIQUIDAÇÃO DE DÍVIDAS RURAIS LUIS EDUARDO PEREIRA SANCHES Aliança Legal dos escritórios Decker Advogados Associados e Trajano Neto e Paciornik Advogados

N

o início deste mês de agosto de 2018, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES, acabou por expedir a Circular 46/2018 que trata sobre a criação do “Programa BNDES para Composição de Dívidas Rurais – BNDES Pro-CDD Agro”, bem como o estabelecimento das condições e procedimentos operacionais do programa. Por essa nova linha de crédito, os produtores rurais poderão compor suas dívidas com instituições financeiras e fornecedores de insumos agropecuários, desde que observadas algumas condições estabelecidas pelo BNDES. Dentro do que se já se esperava, o texto legal tratou de uma alternativa para dívidas mais onerosas com Bancos e fornecedores de insumos em operação de crédito rural e os beneficiários são produtores rurais “pessoa física” e “pessoa jurídica”, bem como de suas cooperativas, inclusive com operações entre bancos, em que um agente financeiro poderá quitar a operação existente em outro. O novo programa, solicitado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, possui limite orçamentário de R$ 5 bilhões, a ser utilizado nos financiamentos contratados até 28 de junho de 2019. O BNDES poderá financiar até 100% do valor do saldo devedor, limitado a R$ 20 milhões, com um prazo de até 12 (doze)anos, incluindo uma carência de até três anos. Os produtores ou cooperativas podem contratar os recursos com base na Taxa de Longo Prazo (TLP). O custo final inclui a remuneração do BNDES, de 1,5% ao ano, e a dos agentes financeiros, limitado a até 3% ao ano, totalizando uma taxa mensal final de aproximadamente 1%.

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As operações de financiamento poderão ser contratadas com os 55 (cinquenta e cinco) agentes financeiros credenciados para operar com recursos do Banco. Entre eles, há bancos públicos, privados, bancos de cooperativa, cooperativas de crédito, bancos de montadoras, agências de fomento e bancos de desenvolvimento. Resta, entretanto, conveniente, que a alternativa postada pelo BNDES tenha alinhamento com os propósitos do negócio do produtor rural de forma específica, ou seja, não se aplica como vantajosa de forma geral. Um dos fatores que a torna favorável, decorre da carência de 36 (trinta e seis) meses, prazo no qual o devedor poderá achar outra fonte de receita e liquidar a operação, evitando os ônus da inadimplência existente hoje. Além disso, o prazo total da operação será de 144 (cento e quarenta e quatro) meses, com pagamentos, mensais, semestrais ou anuais a partir do término da carência. Numa outra assertiva favorável, o valor do crédito está limitado a R$ 20 milhões por beneficiário, sendo que os contratos podem ser de custeio, investimentos e compra de insumos, emitidos até dezembro de 2017, com manifestação de interesse até o mês de dezembro de 2018 e formalização até junho do ano de 2019, e as garantias serão de livre convenção entre o agente e o beneficiário. Enfim, a norma é bastante interessante para o setor. Embora não tenha a elasticidade e abrangência propagadas recentemente por outros veículos de informação, possui objetivo de equacionar o endividamento no setor agropecuário do País.


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EDUCAÇÃO

AGRINHO REUNIU 400 PROFESSORES EM PITANGA

Seminários como o de Pitanga visam formação continuada de professores que trabalham com o Agrinho

U

m dia para pensar sobre os métodos de ensinar em sala de aula e sobre a influência das novas realidades trazidas pelo século XXI na comunicação entre professores e alunos: assim foi mais uma edição do 2º Seminário Regional de Formação de Professores do Agrinho (FAEP/SENAR-PR), realizada dia 18 de junho, em Pitanga. À abertura oficial compareceram e realizaram pronunciamentos os supervisores regionais do SENAR-PR em Guarapuava, Aparecido Grosse, e em Campo Mourão, Josiel do Nascimento; o presidente do Sindicato Rural de Pitanga, Luiz Carlos Zampier; o secretário municipal de Educação e Cultura de Pitanga, Alfredo Luiz Schavaren; e o chefe do Núcleo Regional da Secretaria de Estado da Educação em Pitanga, Jonas Crensiglova. Estiveram presentes ao evento cerca de 400 professores, de municípios abrangidos pelos núcleos regionais de Educação de Pitanga e Ivaiporã. Antes das palestras dos três convidados, a pedagoga responsável pelo Agrinho, Josimeri Grein, contextualizou o programa dentro da escola. Entre vários outros tópicos, ela assinalou que nos estabelecimentos de ensino, o importante é mostrar aos alunos que os meios urbano e rural são igualmente importantes e que vivem numa interdependência. “Um não existe sem o outro”, ressaltou. Em seguida, na primeira apresentação do dia, o sociólogo e professor da UERJ Marcos Silva, enfocou o que chamou de “paradigma comunicacional” da relação en-

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Na abertura: (da esq. p/ dir.) chefe do Núcleo Regional da Secretaria de Estado da Educação em Pitanga, Jonas Crensiglova; presidente do Sindicato Rural de Pitanga, Luiz Carlos Zampier; secretário municipal de Educação e Cultura de Pitanga, Alfredo Luiz Schavaren; supervisores regionais do SENAR-PR em Campo Mourão, Josiel do Nascimento, e em Guarapuava, Aparecido Grosse

tre professor e aluno na sala de aula. De acordo com ele, a atual forma de comunicação que predomina no ensino provém de uma época anterior à Internet, em que uma pessoa fala e a outra apenas escuta. O sociólogo considera a TV uma mídia típica deste modelo, com um emissor que comunica informação e um receptor que somente assiste. No século XXI, apontou, os jovens já têm outro padrão de comunicação, que pode ser observado nas redes sociais, em que uma pessoa fala e outras comentam e


Josimeri Grein, pedagoga responsável pelo Agrinho

debatem as informações ou opiniões. “Historicamente, estamos acostumados com o professor orador, explicador. Este professor conferencista, palestrante, explicador, está em questão. Não se joga fora um professor nem um livro, jamais. Mas esse professor precisa de formação continuada, para repensar sua docência, sua didática”. Silva defende que as aulas incorporem a lógica da comunicação atual, vista na cibercultura da Web 2.0, que conforme listou inclui autoria, compartilhamento, conectividade e colaboração. Por outro lado, enfatizou que na prática o professor não precisa ter na escola equipamentos de informática, como tablets ou smartphones, para implementar este método: “Se aventurar por este universo não é necessariamente ter o equipamento em sala. Se tiver, será maravilhoso. Mesmo assim, ali, você pode fazer dialógica, colaboração, participação, coautoria, grupos de trabalho, projetos de trabalho. As crianças precisam sair de suas cadeiras, ir ao quadro, se posicionar, falar publicamente, colaborar com os colegas”. Na segunda palestra, o professor português Rui Trindade, da Universidade do Porto (Portugal), falou sobre como gerir as salas de aula como comunidades de aprendizagem. Em entrevista, ele detalhou como vê a questão. “O que pretendi aqui foi trazer uma mensagem sobre a possibilidade dos professores pensarem o seu trabalho muito em função da organização social do trabalho de aprendizagem entre os alunos”, comentou. Para Trindade, o atual modelo em que se espera que todos os alunos aprendam um mesmo conteúdo num mesmo tempo precisaria ser revisto. “Esta de fato é a mudança que temos de fazer. Seja ela dentro da sala de aula, seja através dos meios virtuais. A questão da tecnologia é muito importante, mas a minha questão não tem a ver com a tecnologia. Tem a ver com a organização do trabalho de sala de aula”, completou. Trindade avalia que o ensino está muito focado na figura do professor: “O professor faz tudo dentro da sala de aula. Muitas vezes é este excesso de focalização que está na origem dos problemas de indisciplina”. No encerramento do dia, uma professora paulistana que mora na Inglaterra destacou a importância da participação dos alunos no processo de aprendizagem. Alexandra Okada pontuou que seu trabalho é focado em inovação e pesquisa responsáveis. Para o professor ajudar o estudante a mudar o mundo, sublinhou, é necessário fazer com que o estudante possa ter um olhar científico para o mundo: “Para que ele possa realmente entender o que está acontecendo, com uma lente mais acurada dos problemas, entender as fontes que têm credibilidade e buscar aquilo que a sociedade precisa, compreender as inovações tecnológicas com uma visão mais global, dos riscos e benefícios, e ter um caminho de desenvolver suas próprias habilidades para fazer aí as mudanças necessárias”. Ao final do seminário, o supervisor regional do SENAR-PR em Guarapuava, Aparecido Grosse, em entrevista, fez um balanço positivo do evento. Para ele, as mensagens deixadas pelos professores convidados ajudam a balizar o trabalho daqueles que par-

Grosse, supervisor do SENAR-PR para Guarapuava e região

Marcos Silva (Rio de Janeiro): comunicação de mão-dupla

Rui Trindade (Portugal): sala de aula como comunidade de conhecimentos

Alexandra Okada (atuando na Inglaterra): visão sobre inovação e pesquisa responsáveis

ticipam do Agrinho em suas escolas: “O seminário teve como importância trazer a experiência de um professor da Inglaterra, um de Portugal e um do Rio de Janeiro. Uma experiência vivenciada em outros ambientes”. Grosse completou que a participação da responsável pelo projeto, Josimeri Grein, contribuiu também para divulgar mais o que é o próprio Agrinho e as formas de participação das escolas, em concursos como os de redação, entre alunos, ou de experiência pedagógica, entre professores. “Acho que o evento serviu para troca de informações, até para alguns professores conhecerem o SENAR, como um todo, e o projeto Agrinho”, comentou. O supervisor enalteceu ainda a participação de outras instituições: “Dá para ressaltar, como um ponto bastante importante, as parcerias, junto aos núcleos regionais de Educação, secretarias municipais e o Sindicato Rural de Pitanga, que foi o sindicato representante do Sistema FAEP do município que estava sediando (o evento)”.

Descontração: professores posam para foto com o mascote do Agrinho REVISTA DO PRODUTOR RURAL DO PARANÁ

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PROFISSIONAIS EM DESTAQUE

Celso Alves Araujo, Aparecido Ademir Grosse, Ademir Fabiane e Darci Carraro

LINDAS GRÁVIDAS

Anderson Rochoctzki, Kaue Puccoli Ferreira e Jean Carlo Alfáro (Microgeo)

HOMENAGENS PÓSTUMAS

JOVENS PERDAS

Cleide Cardoso Breda (a espera de Arthur), colaboradora da Regional do Senar de Guarapuava e Mery Ribas (a espera de Mariana), colaboradora do Sindicato Rural de Guarapuava/ mobilizadora do cursos do Senar

PROJETO IDENTIDADE SINDICAL 2018 NOVOS PARCEIROS

Valtezer Novach Pipica Pneus

Edson Schwingel

Premium Beef

Marisa Agner Uniaço

O Sindicato Rural de Guarapuava lamenta profundamente o falecimento da zootecnista Luciane Silvestri Araújo, filha de Vera e Alceu Araújo. Mesmo tão jovem, Luciane deixou um belíssimo exemplo de dedicação ao trabalho, contribuindo para o desenvolvimento da agropecuária regional. Ela trabalhava no Departamento Técnico -Projeto Bovinos da Cooperaliança Carnes Nobres.

A entidade também lamenta o falecimento do deputado estadual Bernardo Ribas Carli, ocorrido no dia 22 de julho de 2018, em decorrência de um acidente aéreo. Com um trabalho sério e comprometido, o jovem político vinha contribuindo significativamente, com passos firmes e com humildade, para o desenvolvimento de Guarapuava e região.


PRODUTORES EM DESTAQUE

Rodolpho Tavares de Junqueira Botelho, Francisco Serpa, Anton Egles e João Arthur B. Lima

Mario de Liz Andrade, Luiz Colferai e Jefferson José Martins

MAIS

FO UMA

Jefferson José Martins, Thiago Pfann, Cícero Lacerda e Gibran Thives Araújo

Soeli Lange e Astrydt Lange

Ariel Lima, Denilson Baitala, Cícero Lacerda e Johann Zuber Junior

Stefan Gerster e Maria Luiza Gerster

Walter Knaf, Aramis Siqueira e Rodolpho Botelho

Mario Bilek e Marli Terezinha Corrêa

TO

Regina Rickli Siqueira e Aramis Siqueira

Alexandre Seitz e Silvana Illich Seitz

Rodolpho Luiz Werneck Botelho e Adriana Botelho

Evelyn Pfann e Josef Pfann Filho Fotos: Luzita Levy e Produza Eventos

Dia do Agricultor 2018 CB Agro: Entrega de sementes

Guará Campo: entrega de produto - 1 litro de adjuvante Disperse (Ubyfol)

Felipe Paes e Bruno Limberger

Consultor Anderson Santiago entregou brinde para o casal de produtores rurais Tatiane e Willy Brunsfeld

O sócio do Sindicato Rural, Fábio Siqueira, já tem nogueira pecã produzindo com 5 anos. Na foto, seu filho Giovani Siqueira com a namorada Geovana Novacoski.

O produtor Carlos Eduardo dos Santos Luhm recebendo o brinde do consultor João Iurkiw

Atto-Sementes Adriana - Milheto híbrido ADRF 6010)

O representante Fernando Bianchini entregando o brinde à filha de João Arthur Barbosa Lima, Elaine Lima

KIDS & TEENS

Anton Egles e Gustavo Ritter

José Algaier e Henrique Algaier

Luciano Watzlawick e Pedro Watzlawick, filhos de Luciano Farinha Watzlawick e Jaqueline Arruda

REVISTA DO PRODUTOR RURAL DO PARANÁ

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2018 SETEMBRO 01/09 01/09 01/09 01/09 01/09 02/09 02/09 02/09 02/09 02/09 02/09 03/09 03/09 03/09 03/09 04/09 04/09 04/09 04/09 05/09

ERNST MICHAEL JUNGERT FELIX WILD MURILO PEREIRA MARCONDES RAFAEL MENDES DE ARAÚJO WILSON JOSÉ PAVOSKI ADRIANE THIVES ARAÚJO AZEVEDO ALCEU CICERO KUNTZ ROMULO KLUBER SILVIO BORAZO VANDA KAMINSKI WALTER KNAF ADELINO BRIDI EDILSON GERALDO MUGNOL LUIZA MARIA SOARES PACHECO SOELI PEREIRA LANGE ALCIDES ROZANSKI ANTONIO FERREIRA DA ROCHA HELCIO LUIZ CARNEIRO ROSEIRA LEOPOLDO BAYER JOÃO FRANCISCO DE LIMA

05/09 05/09 05/09 06/09 06/09 06/09 06/09 06/09 06/09 07/09 07/09 07/09 08/09 09/09 09/09 09/09 10/09 10/09 11/09 11/09 12/09

LUIS HENRIQUE VIRMOND ROBERTO MOTTA JÚNIOR VIVIANA HYCZY KAMINSKI ANTÔNIO IZAIAS LUSTOSA DARI ARAÚJO FILHO GERALD STEFFAN LEH PAULO SÉRGIO GOMES DE ASSIS ROLANDO FASSBINDER SÉRGIO DE MORAES ELKE MARINA LEH BASSO MIGUEL MAYER NORBERT REICHHARDT SANDRA TIKAMORI DOROTEA STOCK WILD GERTRUDES S. RIBAS M. MARCONDES JOSÉ CARLOS TROMBINI ANA MERI NAIVERTH MARCELO TARTARI KUNZ LUIZ JOSÉ ROYER VICTOR HUGO MARTINAZZO KHRISTIAN DUHATSCHEK

14/09 14/09 15/09 15/09 15/09 15/09 16/09 16/09 16/09 17/09 18/09 19/09 19/09 19/09 19/09 20/09 20/09 20/09 21/09 21/09 21/09

ADRIANA LOURES MAINGUE BOTELHO EMÍLIO CARLOS WEYAND HELMUTH DUHATSCHEK JULIANO FERREIRA ROSEIRA LEONARDO VALENTE HYCZY NETO NERY JOSÉ PACHECO ANTÔNIO KRAMER ROCHA LUCI KHOLER TOMPOROVSKI RONI ANTÔNIO GARCIA DA SILVA SANIR KARAM SEMAAN NILCEIA M. KLOSTER S. VEIGANTES FÁBIO LUIZ DE SIQUEIRA JOSÉ KRENDENSER MAGDALENA SCHLAFNER ROBERT WECKL ANTÔNIO ZUBER FILHO ARNALDO STOCK WALDEMAR GETESKI ANA PAULA FERREIRA RANSOLIN EVA ÚRSULA MILLA JOSÉ UBIRATAN DE OLIVEIRA

21/09 21/09 22/09 22/09 23/09 24/09 25/09 25/09 25/09 25/09 28/09 28/09 28/09 28/09 29/09 30/09 30/09 30/09 30/09 30/09

LEONEL MACEDO RIBAS FILHO ULISSES LUSTOSA NELSON DA SILVA VIRMOND ROBERTO KUNGEL JÚNIOR ROBERT DUHATSCHEK ANDRÉ DIEDRICH HERCULANO JORGE DE ABREU JOSÉ HAMILTON MOSS NETO MOREL PEREIRA KEINERT ROSANGELA CAMPELLO BLANC ELEMAR PERINAZZO EUCLIDES RIBEIRO TURRA JOÃO AMAZONAS FONSECA DE BRITO OLINTO JOSÉ PAZINATO CELSO DENARDI ADAM STEMMER ALISSON MARTINS ANDRADE ERVIN ANTON STOCK JÚLIO CEZAR D. GIOVANI BERNARDI MARCOS MAJOWSKI

07/10 08/10 09/10 09/10 09/10 10/10 11/10 11/10 11/10 12/10 12/10 12/10 13/10 13/10 14/10 14/10 14/10 14/10 14/10 14/10 15/10 16/10 16/10

TRAJANO DUARTE ALVES FELIPE DITTERT T. DE MACEDO CRUZ DALBY GIOVANI KARKLE LUIZ FERNANDO RIBAS CARLI OSNI CARLOS RAULIK ROBSON LOPES DE ARAÚJO ALINE MARIA SCHIMIM MENDES LAURY LOPES FRITES ROQUE MÁRCIO VEVIURKA CÍCERO ROGÉRIO KUNTZ MANFRED MICHAEL MAJOWSKI SIGRID APARECIDA WOLFL ESSERT ANDRÉ KULTZ RITA MARIA MARTINS ANDRADE CARLOS BOROMEUS MITTERER HARALD DUHATSCHEK JOSUÉ MARTINS DE OLIVEIRA LUCIANO FARINHA WATZLAWICK MARLON SCHLAFNER RUDOLF ABT MARIA DE LOURDES TULLIO CIRO GERALDO OLIVEIRA ARAÚJO VALMOR BELLATTO

17/10 17/10 17/10 17/10 18/10 18/10 19/10 19/10 19/10 20/10 20/10 20/10 21/10 21/10 22/10 22/10 22/10 22/10 22/10 22/10 22/10 22/10 23/10

ANTÔNIO BAYER EDUARDO GELINSKI JÚNIOR GISELE REMLINGER PEDRO IRINEU WEBER DANIEL PRIMAK ALVES REGIANE AP. CORDEIRO LUSTOSA ALFRED MILLA JAKOB WECKL MARIA LUZIA KLOTS GERSTER AMBROSIO ANTÔNIO ANTÔNIO CARLOS KIMAK ARTHUR PIRES DE ALMEIDA CLAUDIO IVATIUK VINÍCIUS VIRMOND KRUGER CIRO ANTÔNIO BROJAN CLODOALDO DINIZ JÚNIOR DENILSON FADEL ELFRIEDE BARBARA MAYER EMÍLIO ANTUNES DA COSTA ERCIO PADILHA CARNEIRO JOÃO ARTHUR BARBOZA LIMA ROSALYE PFANN DENARDI DANIEL MARCONDES CANESTRARO

23/10 24/10 25/10 25/10 26/10 26/10 26/10 26/10 26/10 27/10 27/10 27/10 28/10 28/10 29/10 30/10 31/10 31/10 31/10 31/10 31/10 31/10 31/10

HILDEGARD VICTORIA REINHOFER MARIANNE MILLA WOLFL ALAIR VALTRIN LUCINDO ZANCO IRENE WEIGAND SCHERER MARCOS ANTONIO THAMM RAINER MATHIAS LEH RICHARD WILFRIED SEITZ WALTZER DONINI JOÃO MARIA PEREIRA MAX HENRIQUE SPITZNER SEBASTIÃO NEI KUSTER DA SILVA CLEIS DE ARAÚJO FONSECA NOELIA MARA C. MARCONDES AUGUSTO KRÜGER FILHO MARIO LUIZ MARCONDES CORDEIRO ANDRÉ YOITI ENDO ARNO VIER DAISY VIRMOND JONATHAS BAGGIO P. SCHINEIDER MAURÍCIO MENDES DE ARAUJO MAURO MENDES DE ARAÚJO THIAGO TATEIVA

OUTUBRO 01/10 02/10 02/10 03/10 03/10 03/10 03/10 03/10 03/10 04/10 04/10 04/10 04/10 04/10 04/10 05/10 05/10 05/10 05/10 06/10 06/10 07/10 07/10

LEONEL RIBAS JOSÉ CARLOS KARPINSKI JOSÉ PASTAL ALCIOLY THEREZINHA G. DE ABREU ALFEO MUZZOLON ANDREIA O. MARIOTTI NUNES GEOVANI DE COL TEIXEIRA MARCELO DE ARAÚJO FONSECA SIMONE FERRAZ RUY STOEBERL EDMAR UDO KLEIN EVELYNE LEH KLEIN FRANCIELE GOES LACERDA DE PIERI HANS FASSBINDER MARIO CEZAR BUENO DANGUY THAISA RICKLI RANSOLIM KONRAD GOTTEL ROBERTO PFANN SERGIO NOBUMASA SUZUKI VALDIR DESCHK MARCIO DUCH SUZANA RICKLI EWALD MULLERLEILY MARIA DE LOURDES KELLER

CONFIRA A AGENDA DE EVENTOS AGROPECUÁRIOS: II Dia de Campo Produção Integrada 05 de setembro Fazenda Capão Redondo (42) 3623-1115

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8º PorkExpo e Congresso Internacional de Suinocultura 25 a 27 de setembro Foz do Iguaçu (PR) www.porkexpo.com.br

SET/OUT

2018

Expoinel 2018

Wintershow 2018

20 a 30 de setembro

16, 17 e 18 de outubro

Uberaba (MG) www.nelore.org.br

Campos da FAPA (Coop. Agrária) - Entre Rios - Guarapuava (PR) www.wintershow.com.br


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