Srg rev prod rural 44 web

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ISSN 1984-0004 Publicação bimestral do Sindicato Rural de Guarapuava Ano VIII - Nº 44 - Ago/Set-2014 Distribuição gratuita

Revista do Produtor Rural do Paraná

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10 20 22 34 38 50 58 84 107

Manchete

Obrigado ao homem do campo

Agrometeorologia

Condições climáticas ocorridas e tendências para os próximos meses

Imposto Territorial Rural É hora de declarar o ITR 2014

Candói

Pecuarista aposta na raça brangus

Cantagalo

Lavoura-pecuária: reorganizando para uma evolução da eficácia

Especial

Expogua 2014

Fazendas Históricas

Cachoeirinha: desenho vivo de um passado rural

Batata

Entressafra: planejar é fundamental

Região

Revivendo o tropeirismo


Diretoria Presidente

1º Vice Presidente 2º Vice Presidente 1º Secretário

2º Secretário

1º Tesoureiro

2º Tesoureiro

Rodolpho Luiz Werneck Botelho

Josef Pfann Filho

Luiz Carlos Colferai

João Arthur Barbosa Lima

Jairo Luiz Ramos Neto

Anton Gora

Gibran Thives Araújo

Conselho Fiscal Titulares:

Ernesto Stock

Suplentes:

Nilceia Mabel Kloster Spachynski Veigantes

Lincoln Campello

Redação/Fotografia Editora-Chefe

Repórter

Estagiária

Luciana de Queiroga Bren (Registro Profissional - 4333)

Manoel Godoy

Geyssica Reis

Roberto Hyczy Ribeiro

Alceu Sebastião Pires de Araújo

Projeto gráfico

Distribuição

Roberto Niczay Arkétipo Agrocomunicação

André Zentner

Impressão: Midiograf - Gráfica e Editora Tiragem: 3.400 exemplares Endereço: Rua Afonso Botelho, 58 - Trianon - CEP 85070-165 Guarapuava - PR - Fone/Fax: (42) 3623-1115 Email: comunicacao@srgpuava.com.br Site: www.srgpuava.com.br

Extensão de Base Candói Rua XV de Novembro, 2687 Fone: (42) 3638-1721 Candói - PR

Extensão de Base Cantagalo Rua Olavo Bilac, 59 - Sala 2 Fone: (42) 3636-1529 Cantagalo - PR

Os artigos assinados não expressam, necessariamente, a opinião da REVISTA DO PRODUTOR RURAL ou da diretoria do Sindicato Rural de Guarapuava. É permitida a reprodução de matérias, desde que citada a fonte.

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Cícero Passos de Lacerda

Fernando Mancuelo Oliveira


Editorial

A agropecuária, as eleições de outubro e o futuro do Brasil Estamos vivendo um período pré-eleitoral. O setor agropecuário apresenta suas demandas aos candidatos e, novamente, as demandas de Guarapuava e região são as mesmas. Resumem-se a infraestrutura e logística, ou seja, adequação das estradas para o escoamento da safra, duplicação da BR 277, melhorias em ferrovias e no Porto de Paranaguá, incentivo à agroindustrialização... Mais uma vez, a hora é agora. Não podemos fechar os olhos, é preciso atenção. A classe produtora rural precisa cobrar dos candidatos o compromisso com o agronegócio para que a agropecuária brasileira continue se desenvolvendo e avançando. Temos que ficar atentos às propostas dos candidatos para o desenvolvimento do Brasil e do setor produtivo. Lembramos que o setor representa 44,4% das exportações, cerca de 23% do Produto Interno Bruto e um terço dos empregos formais do País. Aliás, a importância do setor agropecuário para o Brasil está registrada na matéria de capa dessa edição (Heróis do Brasil), seguido de imagens do nosso tradicional evento alusivo ao Dia do Agricultor, uma singela homenagem aos nossos associados. Esperamos que no dia 05 de outubro, a escolha do presidente da República, governadores, deputados federais, deputados estaduais e senadores seja, acima de tudo, consciente. Chega de corrupção. Por uma agropecuária melhor, por um Brasil melhor! Atenção também para a redução dos preços das commodities agrícolas. Planejar é preciso!

Rodolpho Luiz Werneck Botelho Presidente do Sindicato Rural de Guarapuava

Boa leitura!

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Foto: Manoel Godoy

Foto destaque da edição

José Ernani Lustosa, Gibran Thives Araújo e Eros Lustosa Araújo

Cultura e tradição:

revivendo o tropeirismo 6

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Artigo

Anton Gora Produtor rural, diretor da Federação da Agricultura do Estado do Paraná (FAEP), vice-presidente do Sindicato Rural de Guarapuava e presidente do Núcleo Regional dos Sindicatos Rurais do Centro-Sul do Paraná

Eleições 2014 em nossas mãos

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entro de mais algumas semanas teremos eleições. Considero esse evento como o mais importante de um povo de uma nação. Nas eleições decidiremos o nosso futuro, dos nossos filhos, do País, decidiremos inclusive se teremos ainda eleições no futuro. Trabalhei durante 35 anos na Cooperativa Agrária como técnico, mas foram nesses 35 de trabalho técnico que aprendi a importância da política. E foi esse aprendizado que me levou a entrar na vida sindical. Tudo se decide politicamente, a parte técnica serve apenas de subsídio para as decisões políticas. Muitas vezes, pensamos em deixar a política para os outros. Repito apenas o que muitas personalidades ilustres já falaram: estamos deixando os outros decidirem o nosso futuro. Na primeira semana de agosto, participei de um debate político com três candidatos a presidência da República: Aécio Neves, Eduardo Campos e Dilma Rousseff. Considero de minha responsabilidade repassar as minhas impressões para os meus colegas agropecuaristas: Aécio Neves se mostrou como profundo conhecedor dos problemas brasileiros, apontou soluções práticas para esses problemas, tudo dentro de uma economia de mercado, democracia e inserido no mundo moderno. Eduardo Campos também se mostrou como conhecedor dos problemas, mas foi menos enfático quando apontou possíveis soluções para esses problemas. Precisamos, porém, reconhecer o bom trabalho por ele feito como Governador de Pernambuco. Infelizmente, no dia 13 de agosto, perdemos esse candidato em um trágico acidente aéreo. Dilma Roussef leu a sua mensagem, mostrou desconhecimento de causa e falou de coisas que sabemos que esse governo não pratica, principalmente na área de segurança jurídica, livre iniciativa, ideologia, honestidade. Precisamos reconhecer que o governo do PT, respeitou, em parte, a agricultura, nos dando condições de plantar e colher. Os bons resultados, porém, que a agricultura obteve, foram gra-

ças a uma conjuntura internacional favorável. Como sempre, fomos eficientes da porteira para dentro. Da porteira para fora, perdemos dinheiro e esse governo teve 12 anos para resolver todos os gargalos da infraestrutura, porém não resolveu. Dizer agora que vão fazer o que não foi feito em 12 anos, me parece um paradoxo. Mas esse ainda seria dos males o menor. O grande problema se resume à ideologia do PT, o que não deixa o Brasil crescer. Ideologia não enche a barriga de ninguém! O que gera riqueza é o trabalho. E o que nós precisamos do próximo governo, são condições para trabalhar, dentro da expectativa e capacidade de cada um, e não de discursos ideológicos para manter as pessoas dependentes na pobreza, para se manter no poder. É de nossa responsabilidade o resultado das próximas eleições. E a nossa responsabilidade vai muito além de votar conscientemente. Precisamos também orientar as pessoas menos esclarecidas a votarem corretamente. Não basta apenas produzir bem, como já fazemos, precisamos também vender bem, o que estamos aprendendo, mas principalmente, precisamos participar efetivamente da política, para que possamos decidir juntos o nosso futuro e não deixar essa decisão na mão dos outros. Vamos arregaçar as mangas, deixar a nossa zona de conforto e trabalhar para o nosso futuro!

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Projeto Identidade Sindical 2014 Produtor rural, apresente a carteirinha* do Sindicato Rural e obtenha descontos nos locais abaixo:

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5% sobre valor final da negociação

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30% em cursos oferecidos pelo escritório

5% em medicina do trabalho, segurança do trabalho, consultorias, intermediação de consultas e exames médicos

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Tecnologia, Saúde e Outros

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5% em serviços ou equipamentos

Descontos em exames

Benefícios para associados

Benefícios para associados

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* Se ainda não possui a carteirinha de sócio, compareça ao Sindicato Rural de Guarapuava ou nas Extensões de Base: Candói - Foz do Jordão e Cantagalo.

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3% sobre o preço de lista no ato da compra. Descontos não cumulativos


Máquinas e Implementos Agrícolas

Produtos Veterinários/Agroveterinárias 3% à vista ou cartão de débito e 2% a prazo ou cartão de crédito; exceto vacina aftosa e produtos de promoção

5% em toda loja, exceto linha equina Proequi e produtos promocionais

3% à vista na compra de suplementos para equinos.

Bonificações em produtos

5% nas compras realizadas na loja

3% nos implementos agrícolas, rolos destorroadores, renovador de pastagens e grade de dentes espalhador de palha

5% à vista, exceto para produtos promocionais

candói Agroveterinárias e Insumos Agrícolas

Serviços 3% nos produtos da loja, em produtos de veterinária e pet-shop

3% em produtos veterinários, ferramentas agrícolas e lubrificantes para pagamento à vista

5% sobre valor final da negociação

Saúde

6% em Materiais de construção, movéis e casa pronta

5% toda linha de medicamentos

cantagalo Agroveterinárias e Insumos Agrícolas

3% em produtos veterinários, ferramentas agrícolas e lubrificantes para pagamento à vista

Materiais, Assessorias e Serviços

5% sobre valor final da negociação

Saúde

15% à vista 5% parcelado

20% em exames clínicos laboratoriais, ao preço da tabela particular vigente

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Cícero Lacerda, produtor rural

Depois de assegurar as condições para que o Brasil alcançasse sucessivos recordes em sua balança comercial nos últimos anos, a agropecuária confirmou sua importância para o desempenho das exportações e da economia do país. 10

Foto: Manoel Godoy

Manchete

Obrigado ao homem do campo!

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agronegócio brasileiro é exemplo de eficiência e dinamismo econômico, apesar dos inúmeros gargalos de infraestrutura. Um dos maiores pilares da maior economia da América Latina, o setor agropecuário mostra, ano a ano, a sua importância para o país. Os números comprovam: a balança do agronegócio teve superávit de US$ 40,8 bi no primeiro semestre de 2014. O desempenho do agronegócio contrasta com o resultado negativo da balança comercial do país, que teve déficit de US$ 3 bilhões no período. A exportação do agronegócio brasileiro alcançou US$ 49,6 bilhões no primeiro semestre deste ano, com queda de 0,92% em relação ao mesmo período de 2013. A importação foi de US$ 8,8 bilhões (aumento de 0,2%), resultando em superávit de US$ 40,8 bilhões no período. Os dados fazem parte do boletim do Agronegócio Internacional, desenvolvido pela Superinten-

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dência de Relações Internacionais da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), a partir de dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). O agronegócio teve participação de 44,4% no resultado da balança no primeiro semestre. Dado consolidado indica que a participação do setor em 2013 foi de 41,3% das vendas externas do país e de 39,5% em 2012. De acordo com a CNA, a soja continua como principal item das exportações brasileiras do agronegócio, respondendo por 14,8% do total das vendas externas de US$ 16,1 bilhões no primeiro semestre. O principal destino dos embarques de soja foi a China, que comprou, de todos os seus fornecedores, 34,2 milhões de toneladas no primeiro semestre, um aumento de 24,4% em relação ao volume importado em igual período de 2013. No acumulado deste ano, as vendas brasileiras de soja para a China renderam US$ 12,2 bilhões, um


Dia do agricultor: justa homenagem aumento de 9,4% em valor e de 14,5% em volume. Também foram destaque na exportação a carne bovina (US$ 2,7 bilhões), café em grão (US$ 2,6 bilhões) e celulose (US$ 2,6 bilhões). No boletim, a CNA também avalia o cenário do comércio agrícola do Brasil com os Estados Unidos, a União Europeia e a Rússia. No bloco europeu, destaque para o crescimento de 7,5% nas importações de carne de frango industrializada no Brasil em virtude da redução do ritmo de desembarque da carne proveniente da Tailândia. De acordo com os dados comerciais de 2014, a Rússia passou a ser o 4º destino das exportações brasileiras do agronegócio. Até o ano passado, o país ocupava o 6º lugar. Nos seis primeiros meses do ano, os principais produtos exportados para Moscou foram: complexo carnes (US$ 989,7 milhões), complexo sucroalcooleiro (US$ 244,4 milhões) e complexo soja (US$ 196 milhões). O desempenho do agronegócio contrasta com o resultado negativo da balança comercial do país, que teve déficit de US$ 3 bilhões no acumulado do primeiro semestre de 2014. As exportações totais somaram US$ 110,5 bilhões e as importações, US$ 113 bilhões. Com informações de http://agricultura.ruralbr.com.br

Por tudo isso, o Sindicato Rural de Guarapuava tem, no seu calendário anual de eventos, a comemoração alusiva ao Dia do Agricultor. Comemorado no dia 28 de julho e instituído pelo Decreto nº 48.630, de 27 de julho de 1960, a data prevê justa homenagem àqueles que se dedicam à produção de alimentos. Diz a história que em algum momento da evolução humana, o homem descobriu que podia tirar da terra o seu alimento. Desde o século XIX, quando se estabeleceram hipóteses de como teria sido o desenvolvimento da humanidade, foram estabelecidas quatro fases de evolução: na primeira fase, o homem foi selvagem; na segunda, nômade e domesticador; na terceira, agricultor; e somente na quarta, começa a civilização. O momento da passagem de caçador para pastor e agricultor nunca ficou muito preciso, não se concluiu exatamente qual foi, ou onde foi. Estudos arqueológicos, etnográficos e históricos mostram que ao mesmo tempo, em várias partes do mundo, o homem passou a mexer na terra com o objetivo de se alimentar, que é o que conhecemos como agricultura: uma arte, a arte de cultivar a terra. A agricultura como é feita hoje, a chamada agricultura convencional, se baseia num conjunto de técnicas produtivas que surgiram em meados do século XIX, conhecida como a segunda revolução agrícola, e que se baseou no lançamento dos fertilizantes químicos. Expandiu-se após as grandes guerras, com o advento do emprego de sementes manipuladas geneticamente para provocar o aumento da produtividade, associado ao emprego de agroquímicos (agrotóxicos e fertilizantes) e de maquinaria agrícola. Esse modelo de agricultura industrial, envolvendo uso intensivo de produtos químicos e grande especialização, tem predominado na agricultura e produção de alimentos mundial. Com informações de http://variedadesma01.blogspot.com.br/2012/07/28-de-julho-dia-do-agricultor.html

O agronegócio teve participação de 44,4% no resultado da balança no primeiro semestre”

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Confraternização reuniu mais de 500 pessoas em 2014 Este ano, a confraternização alusiva ao Dia do Agricultor, realizada pelo Sindicato Rural de Guarapuava, superou expectativas. O evento aconteceu no dia 31 de julho, simultaneamente em Guarapuava e Candói. Mais de 500 pessoas prestigiaram as festividades. Na sede, o evento atraiu 300 pessoas, entre sócios, familiares e parceiros da entidade. Em Candói, 130 pessoas prestigiaram o evento e em Cantagalo, 60 pessoas passaram pelo estande do Sindicato Rural na Festa do Agricultor, realizada nos dias 26 e 27 de julho. Cerca de 80 empresas parceiras doaram brindes (de chapéus, bonés, cadernos, caixas de ferramentas, kits churrasco até antena parabólica e impressora), o que rendeu uma tarde inteira de sorteios. O bingo, realizado na sede, com os maiores prêmios (TV, microondas, fritadeira elétrica e motosserra) também fez sucesso, animando os produtores rurais. A associada Erna Teresa Milla foi a ganhadora da TV 32 polegadas. “O evento é ótimo. A gente encontra pessoas que não víamos há muito tempo, conversa e se diverte. Além disso, é muito bom ficar na expectativa de ganhar prêmios e brindes. Realmente não esperava sair daqui com uma TV. Estou muito feliz”, comemorou. O ganhador do microondas, associado Josnei Augusto da Silva Pinto, também ficou bastante contente ao receber o prêmio e disse que sempre procura participar dos eventos do Sindicato Rural. “O Dia do Agricultor é uma forma de valorizar o produtor rural. Além disso, é uma tarde diferente com os colegas. Vale a pena participar”, elogiou. Além do sorteio de brindes, bingos e coquetel no salão de festas, os participantes puderam apreciar uma exposição de tratores e veículos de empresas parceiras do Sindicato Rural, no pátio da entidade. Empresas de prestação de serviços e de saúde também ofereceram descontos aos associados durante o evento, através de estandes.

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Flashes do evento


Ganhadores dos grandes prêmios (bingo)

Sorteio de brindes Confira todas as fotos dos ganhadores de brindes no site www.srgpuava.com.br (Multimídia)

Fazendas Históricas

O lançamento da Exposição Fotográfica “Fazendas Históricas” foi um dos pontos altos do evento. As imagens se originaram da série de reportagens Fazendas Históricas, que começaram a ser publicadas na Revista do Produtor Rural do Paraná em fevereiro deste ano. São 21 fotografias da Fazenda Lagoa Seca (Gilda Campello), Fazenda Capão Bonito de Baixo (Sebastião Meira Martins) e Fazenda Capão Redondo (Rodolpho Tavares de Junqueira Botelho e Cleuza Werneck Botelho), que mostram casas com arquitetura antiga, objetos, móveis, paisagens, espaços e detalhes que rememoram a história de cada propriedade. Muitas possuem um século de idade ou mais. Tudo foi mantido pelos donos para que a memória do que foi construído por seus antepassados esteja sempre presente. A associada Gilda Campelo, proprietária da Fazenda Lagoa Seca, a primeira propriedade da série Fazendas Históricas, disse que para ela foi muito importante deixar pública toda a luta de sua família. “Valorizo todas as coisas da propriedade e fico feliz de ver, através das imagens, um pouco de tudo o que preservamos”, disse. Pela Fazenda Capão Bonito de Baixo, do associado Sebastião Meira Martins, falou sua filha, Gertrudes Salete Ribas Martins Marcondes. “Foi muito importante participar da série de reportagens e da exposição, porque é mais uma maneira de preservação da trajetória da propriedade. Eu sempre aprendi com meus pais, a importância de preservar. Lá temos muitas coisas antigas, é um lugar bonito, que gostamos de viver. É bom dividir um pouco dessa história”, afirmou. Os proprietários da Fazenda Capão Redondo não puderam estar presentes, mas agradeceram a oportunidade de participar da série de reportagens e da exposição. “Lastimei imensamente não poder presenciar esta bela reunião. Envio cumprimentos pelo sucesso do evento, pela participação dos associados e pela organização de todos os detalhes. Parabéns”, disse a associada Cleuza Werneck Botelho. As fotografias foram feitas por Manoel Godoy, jornalista do Sindicato Rural. O trabalho foi bastante elogiado pelos homenageados. O fotógrafo também agradeceu a colaboração e o apoio dos três proprietários rurais, durante a produção das fotos.

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Candói também comemorou o Dia do Agricultor Entre sócios, familiares e parceiros da entidade, 130 pessoas prestigiaram o evento em Candói, na Extensão de Base do Sindicato Rural de Guarapuava. Ao todo, 13 empresas da cidade foram parceiras do evento, doando brindes para sortear entre os sócios. Também em Candói, a tarde foi em clima de festa, com participação de produtores e profissionais da área rural.

Confira todas as fotos do evento no site www.srgpuava.com.br (Multimídia)

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Cantagalo: Festa de agricultores e motoristas Em Cantagalo, motoristas e agricultores festejaram juntos os dias das duas categorias – respectivamente em 25 e 28 de julho Mais uma vez a Festa do Dia do Agricultor de Cantagalo, realizada de 25 a 27 de julho, conjunto com a Festa do Dia do Motorista, movimentou o município de Cantagalo, a cerca de 75 quilômetros de Guarapuava, na região centro-oeste do Estado. Realizado neste ano na Igreja Matriz Imaculada Conceição, o evento teve seu ponto alto no final da manhã do dia 27, quando aconteceu a benção de carros, caminhões e máquinas agrícolas. Dezenas de veículos se concentraram nas proximidades da igreja, formando um desfile que atraiu os participantes da festa e chamou a atenção das pessoas nas ruas próximas. Motoristas e produtores rurais fizeram soar as buzinas, como forma de celebrar a ocasião e destacar a importância das duas categorias para o município e o País. Apresentações musicais também animaram o público durante os dias da programação, organizada pelo Condarcan (Conselho de Desenvolvimento de Cantagalo) em conjunto com o Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Cantagalo, prefeitura e diversos outros órgãos, entidades e instituições. Entre as empresas e entidades presentes na área de estandes da festa, participou também o Sindicato Rural de Guarapuava – a entidade possui em Cantagalo uma de suas duas extensões de base, contando com diversos produtores rurais locais entre seus associados. Recebidos pelos funcionários da extensão de base, os agricultores cantagalenses que passaram pelo espaço do sindicato tiveram ali um local para confraternizar em clima de descontração, encontrando amigos, ganhando brindes e conhecendo mais sobre os serviços prestados aos associados. Entre os participantes da festa, os produtores rurais aprovaram mais uma vez a realização do evento. “Cantagalo está de parabéns, alguém tem de enfrentar para fazer (a festa)”, disse o produtor rural Iraze Rocha de Abreu, da localidade de Linha Parreiral. Para outro agricultor, Neri Machado Bonfim, de Linha Vicente, o evento “é um incentivo” à categoria. “Hoje em dia, o pequeno produtor é o mais sofrido. O agricultor é muito pouco lembrado. A festa significa a união dos agricultores”, completou. Um dos organizadores, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Cantagalo, Vitorino Coradin, também sublinhou a necessidade de se destacar os agricultores. “Para nós, da agricultura familiar, e todos os produtores rurais, é muito importante que a sociedade veja que somos os responsáveis pela produção desse país”, comentou. Coradin acrescentou que com o evento, a intenção foi reunir vários setores da sociedade para que se compreenda melhor a agricultura familiar.

Desfile de tratores e outros veículos movimentou a rua em frente à Igreja Matriz de Cantagalo

Estande do Sindicato Rural de Guarapuava (Extensão de base Cantagalo): ponto de encontro de produtores rurais

Tarde do dia 27: animação

Irazê Rocha de Abreu

Neri Machado Bonfim

Vitorino Coradin

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Mudas

Pitol entrega mudas em Guarapuava

Eugênio Billek e Luizinho Pitol

Evaldo Klein adquiriu 100 mudas

Vilmar Barfknecht e Luizinho Pitol

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empresa Viveiros Pitol entregou mudas de nogueira pecã no dia 20 de agosto, no Sindicato Rural de Guarapuava, aos produtores que fizeram encomendas. O empresário Luizinho Pitol destacou que os produtores rurais da região estão satisfeitos e plantando cada vez mais, o que demonstra o potencial da atividade. “Desta vez, entregamos cerca de 1000 mudas somente em Guarapuava e região. Inclusive não temos mais mudas esse ano no viveiro. Agora somente em 2015”. As mudas foram entregues em várias cidades do Paraná, como Pirai do Sul, Maringá, Campo Mourão, Londrina, Cianorte e Cascavel, além de outras no Rio Grande do Sul. “Precisamos muito da matéria-prima. Estamos com pedidos de nozes da China, por exemplo e vamos ficar parados durante dois meses por falta de matéria-prima. A notícia boa é que Guarapuava vai começar a produzir nozes, pois já temos produtores com árvores de três e quatro anos”, destaca Pitol. O produtor rural Eugênio Billek vai plantar 150 mudas na propriedade São Francisco, localizada no distrito do Guairacá, em Guarapuava. Ele planta erva-mate e tem dois objetivos com a aquisição das mudas: “Vou consorciar com o meu plantio de erva-mate e também vejo as nozes pecã como uma segunda fonte de renda”. O produtor optou por essa diversificação após participar de palestras no Sindicato Rural. Ele também fez uma visita ao Viveiros Pitol e sua agroindústria, em Anta Gorda-RS. “Existe uma perspectiva de um retorno razoável”, afirmou. Evaldo Klein já é cliente antigo do Pitol. Desta vez, ele adquiriu mais 100 mudas para plantio na Fazenda Montanha Sagrada, na localidade de Banhado Grande, distrito de Entre Rios. O produtor está apostando bastante na atividade. Já são 20 hectares plantados de pecã e as árvores plantadas há quatro anos darão frutos no próximo ano. “Optei mais uma vez pelos Viveiros Pitol pela confiança. A gente sabe que as mudas deles são boas, de qualidade”, destacou. Diferente de Klein, Vilmar Barfknecht comprou as mudas pela primeira vez para plantio em propriedade no Pinhão. “Fiz o acompanhamento sobre nozes pecã pela Internet e me interessei bastante. Penso em consorciar com o gado e o carneiro, pois isso não vai me atrapalhar em nada. Vou unir o útil ao agradável”. O produtor Daniel Schneider também aproveitou a oportunidade para ampliar seu pomar. Ele já tem dois hectares de nogueira pecã e adquiriu mais mudas para completar três hectares. Na sua propriedade, Fazenda Cambará, no distrito de Entre Rios, também haverá colheita em 2015. Johann Vollweiter também adquiriu as mudas pela segunda vez, apenas para repor algumas que não vingaram. “Estou analisando a atividade para ver a rentabilidade”. Aproveitando a vinda do Viveiros Pitol, Elizabeth Vier adquiriu algumas mudas visando consumo próprio. “Gosto muito de nozes para fazer tortas, doces e bolos”.

Matheus (Viveiros Pitol) e Johann Vollweiter

Elizabeth Vier vai plantar para consumo próprio


Nogueira

Cuidados pós-plantio de pomar de nogueira pecã Eng. Agr. MSc. Julio Cesar Farias Medeiros Responsável técnico Viveiros Pitol - CREA 15.364-D julio@jmedeirosambiental.com.br

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partir do plantio, os cuidados principais com o pomar recém estabelecido são principalmente, com a irrigação, o controle de formigas, as podas de formação, o controle de ervas e as adubações de crescimento. A questão do fornecimento adequado de água é de vital importância para o bom desenvolvimento do pomar e para redução de riscos de perdas de mudas, especialmente logo após o plantio, pois estas passam por um período de estresse ao ser retiradas de seu ambiente no viveiro e levadas a campo. Posteriormente, em particular nos meses de verão, quando costumam ocorrer déficit hídricos, muitas vezes podem ocorrer grandes perdas se o pomar não contar com uma boa disponibilidade de água. Por este motivo, sempre que ocorrem períodos sem chuvas, deverão ser realizadas irrigações com frequência mínima de 07 dias, na quantidade de 60 a 70 litros por cova, que deve ser colocada de forma gradual, de modo que infiltre adequadamente no solo. Dentre as pragas que podem atacar o pomar, sem dúvida nenhuma a formiga é a principal, em função de seu alto potencial de dano, podendo provocar grandes perdas, muitas vezes irrecuperáveis. Por este motivo, o controle, que deve ser iniciado sempre na primavera anterior ao plantio, precisa ser mantido de forma rigorosa durante pelo menos os dois primeiros anos de vida do pomar. Para isto, o fruticultor deve adotar o hábito de realizar vistorias frequentes ao nogueiral, visando identificar os olheiros eventualmente existentes, e realizar o controle de imediato. Em relação à poda de formação, fundamental para o adequado desenvolvimento das plantas, é necessário que o produtor busque assistência técnica especializada para orientação, pois o correto formato e distribuição das galhos

na planta, privilegiando os ramos que irão ser os responsáveis pela frutificação, determinará o potencial de produção desta planta, que pode ter diferenças muito significativas quando bem ou mal conduzida. As intervenções de poda devem ser realizadas desde os primeiros meses de vida da muda, sendo realizada no inverno, durante a dormência da planta, e no verão, a chamada poda verde. O adequado controle de ervas daninhas também é muito importante. Para isto, deverão ser realizadas roçadas nas entre -linhas e capina de coroamento ao redor da muda. Nas entre-linhas podem ser cultivadas gramíneas e leguminosas, que terão a função de proporcionar cobertura ao solo e de prover as plantas com nitrogênio oriundo da fixação biológica de plantas de inverno, como ervilhaca e os trevos, e de verão, como o amendoim forrageiro e o feijão guandu. É preciso que se tome muito cuidado com o uso de capina química, pois os herbicidas podem provocar fitotoxidade às plantas, particularmente no primeiro ano. O mais seguro é a capina manual ou o uso de cobertura morta ao redor das mudas, tendo o cuidado, neste caso, de não aproximar muito o mulching do caule, pois poderia provocar danos devido à fermentação do material quando ainda verde. Com referência à adubação, caso não tenha sido realizada antes da implantação do pomar, que é o preconizado, deverá ser providenciada a retirada de amostras de solo em 03 profundidades, de 0 a 20, 20 a 40 e de 40 a 60 centímetros, de modo que se possa realizar a correção de solo com calcário, que pode ser acrescido de gesso, se for o caso, e dos corretivos fósforo e potássio. A adubação de crescimento também será definida pela análise de solo, devendo ser realizada em 03 etapas ao longo do ano. Para isto, deve ser consultado um engenheiro agrônomo, que fará a interpretação da análise de solo e a recomendação de correção adequada.

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Crédito rural

Sicredi vai liberar R$ 9,5 bilhões no Plano Safra 2014/2015 No Paraná, o valor será 15% superior ao ciclo passado, somando 2,4 bilhões em custeio e investimento

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Presidente Adilson e Diretoria Executiva

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Sicredi registra crescimento constante em valores e em número de operações no Plano Safra. No período 2013/2014, liberou R$ 8,5 bilhões em 185 mil operações, um aumento de 25% e 12% comparado ao ciclo anterior. Também foi registrada manutenção nos índices de inadimplência de crédito rural e recursos direcionados, de 0,22% ao ano, reflexo da natureza cooperativa do negócio. Para o Plano Safra 2014/2015, a instituição financeira cooperativa projeta liberar R$ 9,5 bilhões em crédito rural, em 195 mil financiamentos. Do total de recursos previstos no Plano Safra 2014/2015, 12% a mais do que no ciclo anterior, o Sicredi irá direcionar R$ 7,5 bilhões para custeio, comercialização e investimento em linhas do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), do Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp), e voltadas aos demais produtores. Os outros R$ 2 bilhões serão liberados em operações com recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e do Fundo Constitucional do Centro-Oeste (FCO). Para o Sicredi no Paraná, os valores previstos são de 2,4 bilhões, sendo 1,9 bilhão voltado ao custeio (Pronaf, Pronamp e demais produtores)

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e 500 milhões em investimentos. “Planejamos esses valores conforme a necessidade dos associados e a capacidade das cooperativas, buscando sermos assertivos”, afirma o gerente de Desenvolvimento de Crédito da Central PR/SP/RJ, Gilson Nogueira Farias. “Nesse sentido, os recursos planejados são 15% maiores na comparação com a safra anterior, com previsão de liberação de 95% do total”, destaca. A Cooperativa Sicredi Terceiro Planalto PR irá liberar mais de 70 milhões, sendo 53 milhões voltados ao custeio (Pronaf, Pronamp e demais produtores) e 17 milhões em investimentos. Os recursos planejados são 20% maiores na comparação com a safra anterior. Para o presidente Adilson Primo Fiorentin, o Sicredi vem alcançando cada vez mais resultados positivos devido a participação ativa dos seus associados. “Nossos associados estão entendendo cada vez mais que quanto mais movimentarem suas contas, mais benefícios e recursos terão ao longo do ano. Um bom exemplo são as aplicações em poupança, que quanto mais recursos forem captados, maiores serão as liberações de crédito agrícola para aquele município”, comentou. Em Guarapuava, no dia 24 de julho, aconteceu o lançamento do plano safra 2014/2015 para os técnicos agrícolas e engenheiros agrônomos da área de responsabilidade da Sicredi Terceiro Planalto PR. Mais de 40 pessoas participaram do evento que teve como principal objetivo discutir as alterações técnicas que aconteceram este ano. Para o Diretor de Negócios da superintendência regional Terra dos Pinheirais, Jardiel Cherpinski, o plano safra é um momento impor-


tante para a nossa cooperativa. “Estamos avançando de forma significativa na oferta de valores a cada plano, evidenciando o compromisso que temos com o agronegócio e com o desenvolvimento das nossas comunidades”, destacou. Outro ponto de destaque do Plano Safra 2014/2015 é o fato de estar alinhado com o Ano Internacional da Agricultura Familiar, promovido pela Organização das Nações Unidas. Entre os aspectos defendidos pela ONU, estão a busca pela segurança alimentar, proteção da agrobiodiversidade, sustentabilidade e, sobretudo, o impulso à economia local, por meio dos nichos e oportunidades regionais. “O investimento e custeio do Plano Safra pelo Sicredi estão de acordo com os objetivos estabelecidos pela ONU, fortalecendo e mantendo os recursos dentro das comunidades. O Brasil é um exemplo positivo de políticas públicas de incentivo à agricultura familiar”, analisa Manfred Dasenbrock, presidente da Central Sicredi PR/SP/RJ. Todo esse crescimento também levou o Sicredi, no início do mês de julho, pela terceira vez

Lançamento do Plano Safra em Guarapuava consecutiva, ser considerada a terceira instituição financeira com maior volume de recursos concedidos ao crédito rural, segundo o ranking Melhores e Maiores 2014, da revista Exame.

Sobre o Sicredi

O Sicredi é uma instituição financeira cooperativa com mais de 2,6 milhões de associados e 1.281 pontos de atendimento, em 11 Estados* do País. A Sicredi Terceiro Planalto PR conta hoje com mais de 12,5 mil associados distribuídos em 10 unidades de atendimento instaladas em 8 municípios** da região. Mais informações no site sicredi.com.br. * Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Mato Grosso do Sul,

Mato Grosso, Tocantins, Pará, Rondônia e Goiás.

** Candói, Guarapuava, Manoel Ribas, Palmital, Pinhão, Pitanga,Santa Maria do Oeste e Turvo.

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Agrometeorologia

Condições climáticas ocorridas e tendências para os próximos meses Luiz Renato Lazinski Meteorologista/ INMET/MAPA

A

s precipitações ocorridas durante o mês de agosto variaram muito em toda a região sul do Brasil, mostrando mais uma vez, uma irregularidade muito grande. As chuvas ficaram acima da média histórica, no centro–sul do Rio Grande do Sul e no centro-oeste e maior parte do norte do Paraná. Nas demais áreas da região os volumes observados ficaram abaixo da média. As precipitações também ficaram acima da média no oeste de S.Paulo, no Mato Grosso do Sul, sul de Mato Grosso e sul de Goiás. Apesar da irregularidade observada nas precipitações, a maior parte da região sul do Brasil vem apresentando bons índices de umidade no solo. As temperaturas observadas no decorrer do mês ficaram entre a média e levemente acima da média, porém apresentaram dois padrões bem distintos no centro-sul do Brasil. Na primeira quinzena observamos temperaturas acima da média para a época do ano, já na segunda quinzena de julho as temperaturas ficaram abaixo da média histórica. As temperaturas das águas da superfície do mar, no Oceano Pacífico Equatorial, continuaram apresentando valores acima da média no decorrer do mês, indicando a volta de um novo “El Niño” nos próximos meses, conforme podemos observar na figura 01. Os modelos de previsão climática seguem indicando o estabelecimento do fenômeno climático “El Nino”, no decorrer do segundo semestre deste ano. As figuras de 02 a 05 mostram esta tendência. O clima, no decorrer do segundo semestre deste ano, segue influenciado pelo “El Niño”. Com isto, podemos esperar, para os próximos meses, precipitações com volumes acima da média no sul do Brasil, bem como uma melhor distribuição destas precipitações. As temperaturas ainda devem continuar com estas variações bruscas, intercalando períodos um pouco mais quentes com quedas acentuadas de temperaturas no centrosul do Brasil, devido a entrada de massas de ar frio mais intensas, que ainda devem ocorrer ao longo de agosto. Chance de formação de geadas mais significativas, somente nas áreas mais altas do sul do Brasil.

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Figura 01 - Anomalia da temp. da superfície do mar, semana de 27.07.2014 a 02.08.2014. (Fonte: CPC/NOAA).

Figura 02 - Prognóstico da anomalia da temperatura da superfície do mar – Agosto/2014. (Fonte: CPC/NOAA).

Figura 03 - Prognóstico da anomalia da temperatura da superfície do mar – Setembro/2014. (Fonte: CPC/NOAA).

Figura 04 - Prognóstico da anomalia da temperatura da superfície do mar – Outubro/2014. (Fonte: CPC/NOAA).

Figura 05 - Prognóstico da anomalia da temperatura da superfície do mar – Novembro/2014. (Fonte: CPC/NOAA).


Tecnologia

Nutrição de plantas é com a UPL

A

UPL é uma empresa global que traz soluções diferenciadas e atualizadas em proteção e nutrição de cultivos para o agricultor brasileiro. Fundada em 1969 na Índia, a UPL atua hoje em mais de 86 países com 25 fábricas que desenvolvem, fabricam, formulam e comercializam produtos da mais alta qualidade e tecnologia. A diferenciação é o motor do crescimento UPL: são 10 moléculas chave com liderança global entre as 110 moléculas sintetizadas/produzidas. Com 26 nacionalidades diferentes no time de liderança global e integração forte e bem sucedida de 28 aquisições nos últimos 10 anos, a UPL teve o maior crescimento entre as empresas de agroquímicos. E a estratégia é continuar investindo em INOVAÇÃO e DIFERENCIAÇÃO através de novas formulações, produtos e combinações inovadoras que sejam cada vez menos agressivas ao meio ambiente e à saúde das pessoas, através de uma forte capacitação em pesquisa e desenvolvimento e através da competência de um grande time dedicado a registros.

É assim, com diferenciação e liderança, que a UPL traz soluções inovadoras como a linha de Fertilizantes Foliares Especiais WUXAL. Com 7 benefícios exclusivos WUXAL traz, direto da Alemanha para as lavouras do Brasil, equilíbrio nutricional para todo o ciclo das culturas e eficiência nas pulverizações, assegurando que os nutrientes cheguem e sejam absorvidos em maior quantidade pelas plantas. Uma formulação que realmente faz diferença na produtividade e rentabilidade das lavouras. Para a UPL Brasil, a estratégia de Nutrição de Plantas passou a ter um foco ainda maior desde o início de 2014. Criamos uma equipe de engenheiros agrônomos especialistas e 100% dedicados ao segmento de Nutrição de Plantas, tanto na área técnica e desenvolvimento de produtos, como também na área comercial. Este é o compromisso UPL de fornecer produtos inovadores e de alta performance, através de uma equipe especializada para atender os agricultores de todo o Brasil.

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Imposto Territorial Rural

É hora de declarar o ITR 2014

O

Produtores devem apresentar o documento à Receita Federal até o dia

30/09

prazo para os produtores rurais declararem o Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (ITR) já está definido. Segundo a Instrução Normativa nº 1.483, publicada no Diário Oficial da União, no dia 22 de julho, as pessoas físicas e jurídicas proprietárias de imóveis rurais terão 44 dias para entregar o ITR para a Receita Federal, de 18 de agosto a 30 de setembro. São obrigados a declarar, entre outros, a pessoa física ou jurídica proprietária, titular do domínio útil ou possuidora a qualquer título; um dos condôminos (quando o imóvel pertencer a várias pessoas); e o inventariante, em nome do espólio (enquanto não for concluída a partilha). O imposto é anual. Para o cálculo deste imposto é utilizada uma alíquota que varia de acordo com a área da propriedade e o seu grau de utilização, sendo utilizado apenas o valor da terra nua, ou seja, sem qualquer tipo de benfeitoria ou cultura. Áreas de interesse ambiental, como APPs, Reserva Legal, Servidão Ambiental, entre outras, podem resultar em isenção do imposto e para essa finalidade é necessário apresentar o ADA (Ato Declaratório Ambiental) da área, junto ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA).

ITR no Sindicato Rural O Sindicato Rural de Guarapuava realiza o procedimento para os produtores rurais com taxas especiais para seus associados. O custo é de R$ 30,00 para sócios e R$ 50 para não sócios. Os documentos necessários são ITR 2013 e matrícula atualizada do imóvel. Segundo o técnico da FAEP, Altevir G. de Góes, é importante que o produtor declare no prazo para evitar possíveis multas e bloqueios em documentação. “Se não estiver com a declaração atualizada, não terá acesso a documentos da propriedade, como a Certidão Negativa, indispensável para registrar a compra ou venda da propriedade e para conseguir financiamento em banco. A entrega da declaração do ITR após o prazo também implica em multa de 1,0% ao mês sobre o total do imposto”.

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A declaração pode ser feita pelo computador usando o Programa Gerador da Declaração do ITR de 2014, disponível no site da Receita Federal. Segundo o técnico Altevir Getúlio de Góes, do Departamento Sindical da Federação da Agricultura do Estado do Paraná (FAEP), os produtores podem ter algumas dúvidas referentes à declaração do imposto. “A orientação é que procurem os sindicatos rurais para que os funcionários treinados possam auxiliar no preenchimento da declaração”.

Isentos O imposto não precisa ser pago quando a propriedade é uma pequena gleba rural, com tamanho inferior a 30 hectares. Porém, o proprietário não pode ter outro imóvel rural ou urbano, terreno rural de instituições sem fins lucrativos de educação e de assistência social. O isento do ITR, deve declarar o terreno rural junto à Receita Federal somente se o mesmo sofreu alterações de um ano para o outro. Por exemplo no caso da compra ou venda de áreas, mas que ainda não extrapole o limite de 30 hectares.

Municipalização do ITR No caso de Guarapuava, 100% do valor da arrecadação do imposto fica no município, conforme convênio celebrado com a Secretaria da Receita Federal (SRF) em 2013. A Prefeitura Municipal se comprometeu a destinar o recurso para recuperação de estradas rurais.

VTN e ITR O Valor da Terra Nua (VTN) é a base de cálculo do Imposto Territorial sobre a Propriedade Rural (ITR). Os preços servem como referência no município e não precisam ser utilizados como valor absoluto, tendo em vista que cada propriedade rural tem suas características próprias, quanto ao tamanho, localização, vias de acesso, topografia, hidrografia, tipo de solo, capacidade de uso etc. Os produtores rurais que declararem no ITR valores muito abaixo da tabela do VTN estarão sujeitos a fiscalização e terão que prestar esclarecimentos adicionais quanto à base de cálculo, formas de recolhimento, inconsistência de informações etc. Os valores do VTN Guarapuava em 2014 são R$ 30.000,00/ha para áreas mecanizadas; R$ 11.500,00/ha para áreas mecanizáveis; R$ 6.200,00/ha para áreas não mecanizáveis e R$ 3.900/ha para áreas inaproveitáveis.


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Aconteceu Custo de produção de grãos de Guarapuava O Sindicato Rural de Guarapuava sediou, no dia 19 de agosto, reunião sobre custo de produção de grãos do Projeto Campo Futuro. As culturas que foram consideradas na região de Guarapuava são soja, milho e trigo. Os participantes apresentaram informações sobre o preço de insumos (fertilizantes e defensivos), preço de comercialização dos produtos agrícolas e outros dados referentes à safra 2013/14. O Projeto Campo Futuro é um projeto da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), em parceria com Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (CEPEA) e Federação da Agricultura do Estado do Paraná (FAEP). Consiste na definição da propriedade típica de produção em cada região de estudo. Um grupo formado por técnicos e produtores conhecedores da realidade local se reúne para construir um sistema de produção (a moda), mediante um debate aberto. Juntos, eles montam uma planilha de custos de insumos e receita da faixa mais representativa da produção naquele município. O levantamento será disponibilizado para o Sindicato Rural pelas entidades de pesquisa em breve.

Pesquisa sobre tecnologia e agricultura familiar A Céleres Consultoria esteve em Guarapuava e região nos dias 7 e 8 de agosto para realizar uma pesquisa sobre agricultura familiar e a utilização de tecnologia por esses agricultores. Segundo Vinicius Paiva, consultor da empresa, o objetivo é retratar a agricultura familiar no Brasil. “Essa pesquisa é nacional. Foram escolhidos quatro estados: Sergipe, Pará, Mato Grosso e Paraná”. Ao todo, foram entrevistados oito pequenos produtores na região de Guarapuava, que usam a tecnologia em suas propriedades. A mestranda na área de agricultura familiar da Universidade de Campinas, Josilene Ramos, acompanhou a pesquisa. Em Guarapuava, além do Sindicato Rural, a empresa de consultoria também contou com o apoio da Secretaria Municipal de Agricultura.

Candidato à presidência Eduardo Campos morre em acidente; FAEP lamenta perda Como representante dos produtores rurais do nosso Estado, a Federação da Agricultura do Paraná (FAEP) se une aos milhões de brasileiros no pesar pela perda do governador de Pernambuco e candidato à presidência da República Eduardo Campos. Com uma trajetória política irretocável e vitoriosa, Campos, como uma jovem liderança, trazia a mensagem de renovação e esperança de mudança ao nosso país, a partir das próximas eleições. De família consolidada, comportamento digno e ético que expunha e defendia com coragem, Eduardo Campos deixa um vácuo na boa política. Ciente deste perfil, a FAEP foi uma das primeiras entidades a lhe abrir espaço. Em 2013, ele falou a milhares de produtores e trabalhadores rurais durante o evento do Empreendedor Rural, no Expotrade Pinhais, onde foi ovacionado. A perda de Eduardo Campos no episódio trágico de 13 de agosto provoca um vazio no coração dos brasileiros, mas suas mensagens não cairão no esquecimento dos brasileiros que desejam um Brasil diferente, um país melhor. Texto: Assessoria FAEP

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Nutrição vegetal

Uso de sais na agricultura Inovação em busca de maiores produtividades Ander Vinícius Possan Assistente Técnico Comercial – Agrícola AGP ander@agricolaagp.com.br

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uso de fertilizantes tem apresentado um crescimento significativo na agropecuária brasileira, cada vez mais tecnificada e exigente quanto à qualidade e versatilidade dos produtos, que devem atender as demandas e exigências nutricionais das culturas no momento adequado. Com base nesta demanda, a Fertilizantes Heringer, através da Agrícola AGP, dispõe de uma linha completa de sais com alto grau de pureza e solubilidade. Estes fertilizantes são recomendados para o uso em fertirrigações (gotejamento, micro aspersão, pivô central), hidroponia, adubações foliares ou dirigida, através de pulverização ou adubação de cobertura. A alta qualidade dos produtos permite um fácil preparo das soluções nutritivas, proporcionando excelentes resultados, apresentando alta eficiência e velocidade da absorção dos nutrientes, devido à sua elevada solubilidade. A utilização de fertilizantes de alta solubilidade é compatível com a maioria dos produtos agroquímicos, possibilitando a aplicação conjunta e assim economia, otimizando máquinas e implementos. O fornecimento de nutrientes às culturas na quantidade adequada, evitando-se doses excessivas e perdas por lixiviação só é possível com a aplicação de nutrientes de modo parcelado. Somente desse modo é possível fornecer o que a planta precisa no momento correto, obedecendo assim, suas necessidades fisiológicas. A aplicação de fertilizantes somente via solo, muitas vezes, é concentrada, ou seja, feita em grandes quantidades que em muitos casos, a planta não absorve totalmente. Isso ocorre porque ela não está preparada para essa grande quantidade ou por perdas por lixiviação. A utilização de fertilizantes solúveis (sais) permite que o nutriente correto seja fornecido às plantas no momento adequado. Permite também que mais aplicações sejam feitas, obedecendo assim às diferentes necessidades nutricionais que as plantas apresentam durante seu ciclo de vida.


Com uma completa linha de sais, a Fertilizantes Heringer disponibiliza os seguintes produtos: • Ácido Bórico; • Cloreto de Potássio (KCL branco purificado); • Cloreto de Cálcio; • Fosfato Monopotássico (MKP Ferti); • Mono – amônio – fosfato (MAP Ferti); • Nitrato de Potássio; • Nitrato de Magnésio; • Nitrato de Cálcio; • Nitrato duplo de Sódio e Potássio (Salitre do Chile); • Sulfato de Potássio; • Sulfato de Magnésio; • Uréia Fosfatada; Também iniciando em breve a comercialização de: • Sulfato de Cobre; • Sulfato de Manganês; • Sulfato de Zinco; Visando atender a demanda crescente destes produtos, a Agrícola AGP passa a ofertar a linha de fertirrigação completa da Fertilizantes Heringer, produtos estes pronta entrega, acompanhados de assistência técnica qualificada.

A preocupação com o desenvolvimento econômico sustentável, aliado ao aumento da produtividade e a um atendimento de qualidade faz com que a Agrícola AGP busque alternativas para melhor atender a região, tornando-se um diferencial em nutrição vegetal, sempre buscando melhorias e inovações que possam auxiliar o agricultor em sua jornada por melhores resultados.

(42) 3629-1366 / 9119-6449 agricolaagp@agricolaagp.com.br Av. Manoel Ribas, 4253 - Guarapuava - PR

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Aprendizagem rural

Cursos na área de segurança do trabalho

Curso NR35 ministrado na Cereal, em Guarapuava

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O

Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR - PR) é um dos meios mais acessíveis para que os produtores e trabalhadores rurais possam se atualizar. No estado do Paraná, o SENAR oferece, aproximadamente, 240 cursos em diversas áreas do setor agropecuário. “Hoje, com os avanços tecnológicos, é preciso se atualizar. Com as pesquisas desenvolvidas, qualquer atividade pode ser feita de formas diferentes, dando mais resultados para o produtor”, comenta o supervisor regional do Senar em Guarapuava, Aparecido Ademir Grosse. O SENAR atende duas linhas de qualificações: Cumprimento de legislação atendendo às normas do Ministério do Trabalho (NR 31: Aplicação de agrotóxico; NR 33 – Espaço confinado; NR 35 – trabalho em altura e primeiros socorros) e aperfeiçoamentos em geral. Com as fiscalizações frequentes do Ministério do Trabalho nos últimos meses, o SENAR está intensificando os cursos de segurança do trabalho. Estar regularizado nas normas regulamentadoras (NRs) impostas pelo Ministério do Trabalho, além de proporcionar um ambiente saudável para os trabalhadores, também evita autuações e multas.

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Segundo o instrutor do SENAR, Anderson Nogueira dos Santos, as normas mais fiscalizadas nas propriedades e empresas da área rural estão sendo, atualmente, as NR 33 e 35. “Tanto uma quanto a outra são importantes. Em um armazém, por exemplo, dependendo do processo do grão que esteja sendo armazenado, pode haver a formação de alguns gases e esses serem letais ao trabalhador. Por isso, é necessário todo um procedimento, além da utilização de alguns equipamentos para realizar a atividade. Na NR 35, nas edificações, armazéns, silos, enfim, todos esses lugares envolvem o trabalho em altura. E se houver subida ou descida em um espaço confinado, a altura está presente”. Santos ressalta que os instrutores estão capacitados para atender às demandas de qualquer curso, em especial nesse momento, os da área de segurança do trabalho. “As fiscalizações estão cobrando e os nossos cursos estão atendendo. Estamos treinando e capacitando o produtor rural ou funcionário ligados a essas atividades”, afirma. Outras informações sobre os cursos ou agendamentos devem ser feitos no Sindicato Rural de Guarapuava, pelo telefone (42) 36231115, com Rosemeri. ou Extensões de Base: Candói e Foz do Jordão, pelo telefone (42) 3638-1721, falar com Ana Paula; ou Cantagalo, pelo telefone (42) 3636-1529.

Curso NR33 ministrado no Sindicato Rural de Guarapuava


Maquinário agrícola

Tratorcase traz nova linha de tratores Farmall para disputar mercado de média potência

O

s tratores Farmall representam o mercado com potência e versatilidade desde 1923. A linha conquistou a confiança do agricultor com suas qualidades que vão de dimensões compactas, incrível capacidade de manobra e facilidade de operação até o alto padrão de alinhamento entre potência e peso. Após noventa anos de muito sucesso e produtividade proporcionados por essa linha, a Tratorcase traz três novos modelos para categoria de tratores de média potência. Projetados para trabalhos pesados, os tratores fornecem potência nominal e desempenho, de 110cv com o Farmall 110A, 120cv para o modelo 120A, e 130cv no Farmall 130A, sempre com economia no consumo de combustível e uma longa vida útil do motor. Com um novo padrão de cabine, os modelos possuem ambiente interno amplo oferecendo muito mais conforto ao agricultor. São alimentados por motores turbo e um motor de quatro cilindros (4,5L), visando maior produtividade. Oferecem três tipos de transmissões, sendo estas versões: 8x8 Synchro com conversor eletro-hidráulico e 16x8 Synchro com reverso eletro-hidráulico com a opção high-low (seleção de duas velocidades em cada marca).

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Fotos: Manoel Godoy

Sindicato Rural de Pitanga

Buski Los: busca constante de mais eficiência na produção, mantendo árvores antigas na propriedade

Preservando e produzindo

cada vez mais P

reservar, diversificar, inovar e produzir mais. Estas são atitudes de um produtor rural de Pitanga (região central do Paraná), que vem mostrando que é possível praticar uma agropecuária economicamente viável e ambientalmente racional. No sítio São José, na localidade de Rio Xaxim, a poucos quilômetros da cidade, José Adélio Buski Los utiliza em torno de 21 dos 40 alqueires da propriedade e faz questão de preservar a natureza em nada menos do que cerca de 19 alqueires. Admirador de árvores centenárias, ele se alegra com a presença em especial de algumas grandes imbuias que ainda podem ser vistas por ali – imagens vivas de lembranças de seus tempos de menino, quando as árvores já impressionavam pelo porte. Para manter esta filosofia de trabalho na terra, fazendo frente também às mudanças que os tempos trazem ao mercado e à tecnologia, Buski Los demonstra que não tem receio de ousar, tentar, recomeçar e inovar.

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Tendo começado com a suinocultura em 1991, o produtor relatou que decidiu prosseguir com a atividade, apesar dos altos e baixos, por gosto, mas entendendo que era preciso investir em genética. E além disso implantou um sistema em que a lavoura de milho ajuda naquela modalidade de pecuária, fornecendo alimento também para o gado de leite (raça holandesa). Outra frente, nova, aberta sem medo de tentar agregar renda mantendo a mesma área. Realizando o chamado ciclo completo, a suinocultura abrange cerca de 80 a 100 matrizes, num plantel que, ao todo, gira em torno de 900 a 1.100 animais. Investimento num reprodutor de alto nível, mantido no sítio, trouxe um resultado desejado e compreendido como necessário no setor: a padronização das carcaças. “Veja como eles são bem iguais”, disse, referindo-se aos leitões, durante entrevista, dia 29 de julho, para a REVISTA DO PRODUTOR RURAL DO PARANÁ.


O milho também recebeu atenção especial, com Buski Los observando que pratica a rotação de culturas, com soja e trigo, o que contribui para reduzir as doenças na lavoura do produto que está na base da nutrição dos rebanhos. De acordo com o produtor, numa área que todo ano fica entre 12 e 13 alqueires, a produtividade atual alcança 515 sacos/alqueire, “com a tendência de melhorar mais”. Para isso, segundo antecipou, a ideia agora é fazer como alguns de seus conhecidos: adotar a agricultura de precisão. Os primeiros passos já estão em mente – “Seria mapear a terra, para saber as áreas que produzem mais, as que produzem menos e fazer a correção total”. Ele recordou que, no milho, quanto mais produzir, mais conseguirá baratear os custos. Mas está consciente de que aquela tecnologia exigirá investimento, coleta de dados e gerenciamento constante das informações. “Hoje, a gente já ouve falar em produzir, no milho, 600, 700 sacos por alqueire. Na soja, 250 a 300 sacos por alqueire. Temos de correr atrás disso. Não adianta querermos derrubar mato para fazer mais lavoura. Temos de arrumar essas que já estão feitas, usar mais tecnologia”, afirmou. Buski Los recordou que, há 30 anos, quando começou a trabalhar no que se denominava então de roça, começou com dois cavalos. “Hoje, graças a Deus, a gente tem todo o maquinário: tratores, colheitadeiras, plantadeiras. Devido às tecnologias que fomos usando. Aquele que não usou, desapareceu”, acrescentou. Para as próximas colheitas, a expectativa é boa: “Estamos usando produtos de alta tecnologia. Se a gente faz a nossa parte bem feita e chove na hora certa, colhe bem”.

Helinton: na expectativa de usar agricultura de precisão para produzir mais alimento para o gado de leite

Imbuia, estimada como centenária, simboliza atitude de um produtor rural de Pitanga: manter a natureza em cerca de metade da propriedade, apostando em tecnologia para aumentar produtividade na área de agropecuária

Sítio São José investiu em genética para padronização de carcaças na suinocultura

Leite para gerar mais renda O Sítio São José não parou na suinocultura. Buski Los e a família decidiram partir para a pecuária de leite, como forma de gerar mais renda. Responsável por conduzir aquela atividade na propriedade, num sistema de semi-confinamento, Helinton, filho do produtor, contou que os maiores investimentos foram feitos em 2011. E de lá para cá, agricultura e pecuária passaram a se encaixar cada vez mais, numa verdadeira integração que se faz sentir durante todo o ano: “A gente está trabalhando com milho super precoce. Tiramos o grão para o suíno. Entramos com um outro mais precoce ainda, tipo milho safrinha, e colhemos para silagem das vacas. Nessa mesma área, ou é plantado o trigo – se for soja no ano seguinte – ou aveia, para as vacas pastarem. Ou para silagem, para as vacas também”, explicou. “Não perdemos tempo nem espaço. É otimizando a produção que conseguimos chegar onde esperamos”, completou. Assim como o pai, torcendo para que o sítio esteja em condições de entrar na agricultura de precisão nos próximos meses, ele antevê que a tecnologia trará benefício também para o rebanho: “Temos uma silagem rica em energia. Quanto mais milho produzirmos por pé, mais massa, vamos ter um alimento de mais qualidade, com maior produção de leite”. A produtividade naquela semana, segundo disse, havia chegado a 26 litros/ dia por vaca. Mas a meta é bem mais alta: 40 litros/dia por animal. A expectativa é a de que maior volume de milho contribua num futuro próximo para aquele objetivo, um dos fatores importantes, ao lado de genética e manejo. Por enquanto, conforme mostraram pai e filho, os avanços trazidos pela forma de gestão da propriedade já trouxeram frutos que podem ser comemorados. Se ao longo do tempo foi possível adquirir maquinário, agora, a renovação é na sede, que está em obras. Uma alegria que para a família tem um sabor especial. Buski Los rememora que com trabalho foi possível recomprar, depois de 25 anos, as terras que haviam sido vendidas por seu pai. Chão que prosperou e hoje abre caminho para novas gerações.

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Automóveis

Exemplos de sucesso Dumas Peugeot quer continuar satisfazendo e crescendo com seus clientes A Concessionária Dumas Peugeot em Guarapuava e região busca sempre satisfazer seus clientes da melhor forma. Em alguns casos, acompanha e contribui para o sucesso profissional deles. Na edição passada da REVISTA DO PRODUTOR RURAL DO PARANÁ foi mostrado um pouco da trajetória profissional do empresário Harry Reinnerth, que é cliente Peugeot. Desta vez, o exemplo de sucesso é Anderson Lemke, proprietário da Transportes Lemke. A empresa iniciou suas atividades em 1999, transportando os funcionários da Cooperativa Agrária, fazendo a linha Guarapuava - distrito de Entre Rios. “Há vários setores que trabalham 24 horas, como maltaria e ração. Portanto, foi nos dada essa oportunidade”, conta. A principio, Lemke trabalhava com outra marca de veículos, mas como o negócio foi crescendo, surgiu a necessidade de um veículo maior. Foi quando decidiu adquirir uma Peugeot Boxer. “É um veículo grande, com muito mais conforto e segurança para os passageiros. Ar condicionado, air bag, freio ABS, enfim, tudo que é necessário para cumprir as normas no ramo de transportes. Esse modelo atende muito bem às minhas necessidades e a dos usuários”, elogia. Atualmente, a Transportes Lemke expandiu e além de passageiros da Agrária, também transporta documentos da cooperativa. Já são dois veículos e o proprietário mantém a escolha pela Peugeot Boxer. “Eu acredito que no ramo de transportes a tendência é sempre crescer. É um ramo que, sem dúvida, é um braço de economia. Como eu trabalho para uma cooperativa específica, espero que ela cresça e que, desta forma, o meu negócio se expanda também”, diz o empresário, sobre suas expectativas. Continuar trabalhando com a marca Peugeot, para Lemke é quase uma certeza. “Estou bastante satisfeito, tenho pouco gasto com manutenção. Mesmo os veículos rodando muito, há pouca manutenção. Além disso, o atendimento no pós-venda da Dumas Peugeot é excelente. Sempre que precisei fui muito bem atendido. A equipe é bastante prestativa, esforçada e prezo muito isso. Sempre será uma boa escolha optar pela Peugeot”.

PEUGEOT

Anderson Lemke, proprietário da Transporte Lemke

Dumas Peugeot A Concessionária Dumas Peugeot de Guarapuava faz parte do Grupo Le Lac. Atualmente, o grupo possui oito revendas em todo o Paraná, sendo quatro em Curitiba, uma em Ponta Grossa, outra em Guarapuava, Francisco Beltrão e Pato Branco. O Le Lac ainda comporta um centro de Preparação de Veículos Novos com capacidade para 600 carros por mês e o maior e mais completo Centro de Preparação, Logística e Funilaria do Sul do Brasil. A Dumas Peugeot de Guarapuava trabalha com a venda de veículos novos Peugeot, seminovos multimarcas, serviços de pós-venda e funilaria, além de peças de reposição e acessórios. Para mais informações acesse www.grupolelac.com.br.

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Foto: Sindicato Rural/Manoel Godoy

Candói

Pecuarista aposta na raça brangus Fazenda Bebinha, em Candói

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o mapa nacional da raça brangus, uma propriedade rural de Candói vem se destacando nos últimos anos como fornecedora de animais de alto padrão. A decisão de investir neste segmento, tendo por base a experiência de cabanhas de referência no Rio Grande do Sul, além de melhoramento do plantel e uma filosofia de trabalho em equipe, trouxe resultados que superaram as expectativas. À frente da criação, o produtor rural Aldoíno Goldoni Filho, o veterinário Marcelo Kunz e o técnico agropecuário André Luiz Correia já comemoram a evolução da atividade, que, segundo disseram, tornou a Fazenda Bebinha (localidade de Lagoa Seca) conhecida entre os pecuaristas paranaenses que adquirem gado brangus regularmente. Goldoni relatou que a opção pela raça veio em 2003, pensando no futuro da fazenda e nas características favoráveis dos animais, entre as quais destaca facilidade de manejo, docilidade, rusticidade, habilidade materna e – o foco principal – qualidade de carne. Para iniciar, a opção foi buscar novilhas em Alegrete (RS), visando já criar reprodutores para a venda. A comercialização de touros começou por volta de 2008. Desde então, a média de vendas no ano evoluiu, passando de 20 a 30 touros, para os

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atualmente cerca de 80 a 90. Por trás dos números, o pecuarista destacou a preocupação com qualidade e explicou que na fazenda a equipe decidiu ser bem rigorosa naquele quesito, aceitando a elevação de custos desta decisão para, no final, poder oferecer satisfação aos clientes. “Estamos comprando este sêmen dos Estados Unidos, da Argentina, o que tem de melhor. Então, nosso custo é alto, mas vale a pena”, analisou. Além disso, na propriedade, os touros são avaliados: “No caso de quatro reprodutores, a gente tira um para reprodutor. Tem que ser muito bom”, exemplificou, justificando que a ideia é oferecer animais de alto nível para “vender sempre”. E por isso, o que vale para os reprodutores, vale também para as novilhas de qualidade – artigo raro hoje no Brasil, conforme assinalou. “Quem tem vende muito caro. Ano passado, tivemos a proposta de compradores que me ofereceram por novilhas de um ano R$ 8 mil. Não quis vender, porque quero aumentar o meu plantel”, relembrou. Na parcela de contribuição da raça brangus, em si, para a nova fase da propriedade, Goldoni aponta as peculiaridades dos animais: “O diferencial maior está na rusticidade. Ele se adapta a qualquer tipo de clima e relevo. Existem algumas raças que são muito boas na qualidade carne,


Fotos: Sindicato Rural/Manoel Godoy

mas não se adaptam ao relevo, áreas de calor extremo, e o brangus, não, ele veio e veio pra ficar”. De acordo com o pecuarista, com isso, a Fazenda Bebinha encontrou espaço para a venda de brangus junto a criadores de várias regiões paranaenses: de Foz do Iguaçu a Jaguariaíva, passando por Pato Branco, Mangueirinha, Palmas, Palmital, Laranjal, Ariranha do Ivaí e Apucarana. E o melhor, para quem quer vender sempre: “Os primeiros clientes nossos continuam sendo clientes até hoje”. Goldoni disse que a propriedade, apesar do êxito no setor, ainda não tem investido em marketing, porque não dá conta de atender à demanda. “Nosso marketing hoje é o boca-a-boca”, revelou em tom descontraído, informando que só recentemente é que a equipe decidiu fazer uma página da fazenda numa rede social. Para o futuro, o rumo é prosseguir: “Não só eu, mas espero que minhas filhas dêem continuidade a tudo isso no futuro”.

Bem-estar animal orienta manejo Segundo contaram o veterinário Marcelo Kunz e o técnico agropecuário André Correa, que conduzem o manejo do rebanho brangus na Fazenda Bebinha, desde o início se buscou critérios técnicos para a atividade. Ao mesmo tempo em que a propriedade seguiu utilizando genética de alto nível, eles contaram que, há dois anos, fizeram uma “mudança total” no manejo, visando enfatizar o bem-estar animal. Todos os colaboradores de campo, incluindo eles mesmos, reciclaram seus conhecimentos. À nova técnica e à inseminação artificial de 100% das fêmeas (seguindo protocolos de IATF – Inseminação Artificial em Tempo Fixo), Kunz atribui uma melhora dos índices reprodutivos. Já o técnico agropecuário assinalou que um dos próximos passos será melhorar também a estrutura. Na nutrição, no campo, de acordo com eles, o gado é alimentado totalmente com pastagem, durante o ano. No verão, braquiária, hemartria e brizantão. No inverno, pasto de aveia.

O criador Aldoíno Goldoni (ao centro), ao lado do veterinário Marcelo Kunz (esq.) e do téc. agropecuário André Correa (à dir.): êxito na venda de animais brangus de alto nível

Raça brangus: cruzamento de angus com nelore ou brahman Brangus é uma raça sintética. Ela é formada por um cruzamento de angus com os zebuínos nelore ou brahman, tendo 5/8 de angus. De acordo com o veterinário Marcelo Kunz, da Fazenda Bebinha, hoje, no Brasil, o plantel brangus é, em sua maior parte, de animais formados por angus e nelore. Mas segundo completou, existem no País também alguns animais brangus compostos por angus com brahman. Esta composição com brahman ocorre ainda nos Estados Unidos. Revista do Produtor Rural do Paraná

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Empresa

Agrícola Colferai completa 20 anos Com base em capacitação e inovação, a empresa se tornou referência na região Centro-Sul do PR

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ma empresa que desde o início uniu trabalho e profissionalismo completa em setembro duas décadas de história. Com sede no município de Candói, região Centro-Sul do Paraná, a Agrícola Colferai expandiu-se para outros municípios e hoje possui unidades em Cantagalo e Virmond, onde atua na área de insumos agrícolas, veterinários, ferramentas, equipamentos, além de suas unidades de recebimento de cereais. Com uma equipe de mais de 70 profissionais entre agrônomos, veterinários, técnicos agrícola, operacional e de transporte, atua com competência e seriedade para atender as necessidades do produtor rural. Com presença forte no campo, seus agrônomos e técnicos estão em constante aperfeiçoamento. Através de cursos e especializações, são capacitados para atender seus clientes com o que há de mais moderno em tecnologia, atuando desde o planejamento da lavoura, plantio até a colheita, dando ao produtor maior segurança e tranquilidade na utilização dos insumos agrícolas. Com tudo isso, a empresa se tornou reconhecida não somente por possuir ampla linha de produtos de qualidade, mas por um grande diferencial que tornou a Agrícola Colferai referência em toda a região: sua assistência técnica, que hoje serve de exemplo a outras empresas. Preocupada sempre em inovar e trazer aos seus clientes novas tecnologias, que possam incrementar a produtividade e lucratividade, há cinco anos, iniciou os trabalhos em agricultura

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Colferai: Capacitação da equipe, segurança no trabalho e parceria com os produtores

de precisão. Com a aquisição de equipamentos de ultima geração para coleta de solo, e programas que transformam essas informações em mapas de fertilidade, consegue diagnosticar mais detalhadamente os níveis de fertilidade do solo e com isso fazer a correção de forma mais homogênea, possibilitando o uso mais racional dos insumos. Além de atuar no segmento agrícola, a empresa também atua forte no segmento pecuário. Com uma ampla linha de produtos e profissionais capacitados, orienta os produtores desde o manejo, nutrição até o atendimento clínico de seus animais. O diretor e proprietário Luiz Carlos Colferai, em entrevista sobre os 20 anos da Agrícola Colferai,


enfatizou a importância da capacitação do seu quadro de funcionários. Segundo ele, a empresa se tornou referência não por acaso em assistência técnica. “Nossa equipe técnica está em constante aperfeiçoamento. Sabemos da importância de um profissional capaz de atender bem as necessidades de nossos clientes a campo, orientando-os sobre o uso correto de seus insumos. Entendemos que bons resultados são colhidos quando conseguimos associar bons produtos a uma boa orientação quanto ao seu uso. Isso é respeito ao produtor que confiou a nós sua lavoura”. De acordo com Colferai, a preocupação com seus clientes, funcionários e com o meio ambiente faz com que a empresa capacite não somente seu quadro técnico, mas toda sua equipe administrativa, operacional e de transporte. Através de cursos de segurança do trabalho e capacitação profissional,seus funcionários são treinados para trabalhar no transporte de produtos perigosos, nas unidades de tratamento de sementes, nas suas unidades de cereais e nos departamentos administrativos. “Uma empresa não se faz forte se tudo não estiver em sincronia”, destaca. Referindo-se aos 20 anos de atuação da Agrícola Colferai, o empresário dirigiu-se a clientes, parceiros e colaboradores uma mensagem de agradecimento: “Somos uma das primeiras empresas de insumos a chegar em Candói. Construímos junto com os nossos clientes uma história de sucesso na agricultura. Enfrentamos muitos desafios, mas isso nos tornou mais fortes para construir uma empresa sólida e que hoje é referência no ramo em que atuamos. Estou muito feliz pelos 20 anos da Agrícola Colferai e por fazer parte do crescimento e do desenvolvimento do agronegócio de nossa região. Agradeço a todos e, em especial, aos nossos clientes, que depositaram confiança em nossa empresa. Vamos retribuir tudo isso com muito trabalho e sempre trazendo as melhores tecnologias e produtos para que juntos continuemos construindo uma agricultura de sucesso.

A equipe conta com mais de 70 funcionários

Agrícola Colferai em Candói- empresa possui lojas também em Cantagalo e Virmond

Uma empresa não se faz forte se tudo não estiver em sincronia” Ampla linha de produtos

Luiz Carlos Colferai

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Cantagalo

Lavoura-pecuária: reorganizando para uma evolução da eficiência Produtora rural busca reorganizar estrutura de seu sistema lavoura-pecuária para elevar eficiência – um “quebra-cabeça” que exige visão, disposição e paciência

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eorganizar tudo, das instalações físicas da propriedade rural ao manejo de lavouras e da pecuária, na busca por crescimento, é, com certeza, o desejo de muitos produtores. Quem trabalha a terra e tem vontade de fazer seu empreendimento evoluir, acompanhar as tendências de tecnologia e mercado, de certo, em algum momento, já se perguntou: Onde relocar as instalações físicas para melhorar a logística do maquinário? É possível redimensionar os piquetes de pasto e aguadas, de forma racio-

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nal, garantindo bem estar para os animais e aumento da produtividade? E se tudo isso pudesse ser feito da noite para o dia?... Nessa hora, disposição, conhecimento e paciência são fatores fundamentais, como relatou a agrônoma e produtora rural Nilceia Veigantes. Coordenando pessoalmente os trabalhos em sua propriedade, a Fazenda Três Lagoas, na localidade de Juquiá de Cima, a cerca de 18 quilômetros de Cantagalo (centro-oeste do PR), ela considera que, apesar do êxito alcançado em


seu sistema de lavoura-pecuária, para evoluir é preciso reorganizar o sistema produtivo. Em entrevista à REVISTA DO PRODUTOR RURAL DO PARANÁ, dia 25 de julho, a agropecuarista, que também é diretora do Sindicato Rural de Guarapuava, contou o que já fez, desde que começou os trabalhos nas áreas de plantio, em 2003, e o que ainda é necessário fazer. Um dos pontos mais importantes foi adotar um planejamento, que orientasse a logística de máquinas e animais. Mesmo sem utilizar um software específico, gerenciando seus dados em planilhas de computador, Nilceia tem em seus números uma base para as tomadas de decisão no dia-a-dia. Segundo enfatizou, dois tipos de atividade numa única propriedade exigem que uma coisa esteja sincronizada com a outra: “Você tem de fazer o planejamento de verão pensando como vai realizar as atividades de inverno. E baseado em como ajustou a pastagem de inverno, fazer a agricultura de verão do ano seguinte”. Na lavoura, no verão, a opção é milho e soja. No inverno, trigo – “por pelo menos mais dois anos, até atingir a meta de crescimento do rebanho”, como faz questão de frisar. No rebanho,o início foi com zebuínos. Hoje, esta é ainda a

base que predomina, mas a propriedade realiza o cruzamento com touros Angus e Hereford. A intenção é manter esta linha, para obter a chamada heterose: combinação das melhores características de duas raças num mesmo animal resultante da cruza. A produtora avaliou que, graças à rusticidade do zebuíno e ao ganho de peso dos taurinos, o desenvolvimento dos bezerros destinados a venda vem alcançando bons resultados. AlimentaPropriedade abriga em torno de 250 matrizes, mas meta é chegar a 400

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“Na agricultura, o que posso fazer é sempre melhorar na fertilidade do solo e na produtividade”

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dos no creepfeeding, com ração no verão e aveia no inverno, os animais com média de oito meses chegam a 260kg (machos) e 240kg (fêmeas). Os touros são voltados ao repasse de IATF (Inseminação Artificial em Tempo Fixo). A reposição de matrizes é feita mediante aquisição de novilhas zebuínas, num percentual de 15% ao ano em relação ao rebanho. No calendário das duas atividades, de janeiro a março os campos estão cobertos de milho e soja e, em março, entram nas mesmas áreas as pastagens de aveia e azevém. E nelas, os animais, assim que haja condição de pastejo. No inverno, a fazenda registra 40% da área produtiva para trigo e 60% para o pasto. Com a colheita entre outubro e novembro, as lavouras de trigo dão lugar então às de soja a serem colhidas no ano seguinte, com milho entrando nos talhões de pastagem, formando uma proporção de 30% de milho e 70% de soja. “Acho que ainda não faço o suficiente em termos de controles”, opinou, apontando ser preciso ainda anotar o tempo de permanência do gado nos talhões de pastagem, durante todo o ano – uma tarefa e tanto, já que toda semana os animais são redirecionados a outras áreas de pasto na fazenda. A recompensa seria conhecer melhor os limites da lotação: “Isto facilitaria bastante para saber em quanto se pode elevar a quantidade de animais a cada ano”. Os números atuais e a experiência diária na

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lida, no entanto, mostraram uma necessidade de melhoria da estrutura. Transferir a residência para outro lugar da fazenda já está nos planos. “A sede hoje não está bem localizada em relação à agricultura. Gastamos muito tempo em deslocamento”, avaliou, ponderando que “é um gasto que não traz um retorno imediato”. Por enquanto, o que decidiu foi trazer energia elétrica até as proximidades da futura sede, abrindo ali também um poço artesiano. Esta infraestrutura permitiu priorizar a construção de uma melhoria mais urgente: um novo barracão para o maquinário, pronto e em funcionamento. Porém, mesmo completando esses projetos, a produtora sabe que a agricultura não tem mais como crescer em área. “O que eu posso fazer é sempre me atualizar, usar as tecnologias mais adequadas para a minha situação, melhorar na fertilidade do solo e na produtividade”, disse. Já na pecuária, ainda existe espaço para uma expansão. A meta, conforme antecipou, é dobrar o número atual de matrizes até o número considerado como limite para que a propriedade possa continuar manejando o rebanho com qualidade. Na nutrição, ela antevê que poderá ser preciso recorrer ao feno, como complementação. Reorganização ou melhorias de estrutura também se fariam necessárias. “A dificuldade maior é a questão de água. Alguns talhões de pastagem são mais altos. É preciso fazer a água chegar até lá, porque quanto menos o animal andar melhor vai ser o resultado dele – ganho de peso e aproveitamento melhor da pastagem também”, explicou. Nilceia vê ainda a necessidade de redividir os piquetes e de elevar a qualidade da própria pastagem. Alcançado aquele patamar, um avanço importante seria partir então para a terminação dos animais produzidos. Até lá, tanto na agricultura quanto na pecuária, ela sublinhou que os investimentos são elevados, exigindo realismo. Um passo após o outro, no ritmo da rentabilidade.


Tecnologia de aplicação

Pulverização Fitossanitária:

velocidade... mais água... menos água... enfim, como fica melhor? Jeferson Luís Rezende RTV Inquima

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os últimos anos, o trato cultural tem sofrido transformações significativas importantes, por conta da dificuldade para o controle de pragas, invasoras e doenças. Técnicos e empresários rurais já observaram que o modelo tradicional de pulverizar usado ao longo do tempo não se mostra mais eficaz. Também entenderam que a tecnologia de aplicação é uma ferramenta nova que deve e precisa ser usada em benefício da lavoura, a fim de se manter o teto produtivo esperado, com custos adequados. Em alguns casos, com custos mais enxutos. Sabemos, hoje, que o volume de água na calda de aplicação é apenas um detalhe no processo e não uma condição imprescindível. Ao contrário do que muitos imaginam, as menores taxas de aplicação são tão eficientes quanto e até melhores do que os grandes volumes de vazão. Aplicações com taxas mais eficientes trazem diversos benefícios, diretos e indiretos: reduzem o consumo de combustível (a hora máquina), aproveitam as melhores janelas do dia, evitam problemas de escorrimento, possibilitam aplicações na presença de orvalho, concentram o ativo, cobrem mais e melhor o dossel foliar. No entanto, para se conseguir operar com volumes de vazões menores, o pro-

dutor precisa levar em conta a sua estrutura de trabalho (máquinas e funcionários), a sua topografia, sua condição ambiental e o tipo de cultura cultivada. Para se ter uma ideia, é possível pulverizar atualmente com uma taxa de 30 l/ha por via terrestre, com eficácia e segurança! Isso já acontece em muitos lugares do centro-oeste, no norte e nordeste e em algumas regiões do sul do Brasil. Lavouras de batata, por exemplo, já trabalham com vazões de 150 l/ha, com eficiência agronômica comprovada. Isso não significa que outros volumes deixaram de ser utilizados. Em casos necessários, há variações, entre 170 l e até 200 l/ha. Em soja é bastante comum aplicações com 100 l/ha há alguns anos, com eficácia. O importante nestas questões é que os responsáveis pelos tratamentos entendam que as aplicações não devem ser engessadas, padronizadas, mas sim, personalizadas. Cada caso, cada fazenda tem a sua peculiaridade. Outro ponto a ser destacado diz respeito às velocidades de aplicações. Muitos produtores que adquiriram máquinas autopropelidas acham que podem aplicar “voando” sobre a lavoura. Operam com velocidades altas, mesmo em áreas onde a topografia é irregular,

onde existe a presença de coxilhas e de vento. Estas máquinas são realmente muito eficientes, mas também possuem limitadores naturais ou seja, devem ser usadas de maneira adequada e com bom senso. Velocidades superiores aos 15 Km/h na maioria das regiões do Paraná, onde as lavouras possuem solo irregular e o vento é constante afetam negativamente as gotas aspergidas, tornando a pulverização menos eficiente. Em alguns casos, o excesso de velocidade torna o processo ineficiente. Dito isso, relembramos pontos estratégicos que devem ser considerados para uma aplicação de sucesso: pontas compatíveis com a taxa de aplicação escolhida, pressão adequada à ponta em uso, velocidade moderada e que oscile o mínimo possível, taxas de vazão ajustadas às necessidades, respeito às condições ambientais e o uso regular do adjuvante sintético – para garantir a melhor deposição possível e reduzir ao máximo perdas. O tratamento fitossanitário é uma das etapas de maior trabalho ao longo da safra e o momento de garantir a produtividade da cultura plantada. Quando realizado de maneira correta, garante o sucesso da lavoura naquilo que depende das ações do homem.

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Interatividade

Produtor rural pergunta

Sindicato Rural responde Associada: “Minha vizinha tem uma bananeira que produziu bananas diferentes. O pé tem uns 20 anos e nunca havia dado a fruta. No primeiro cacho, além das bananas possuírem um formato menor, elas possuem sementes bem grandes. O que aconteceu com essas bananas?”

Fotos: Geyssica Reis

Maria de Lourdes Tulio (vizinha de Joanita Santos Lima)

Resposta:

Maria de Lourdes e Joanita com o cacho de bananas silvestres

“Na verdade, não aconteceu nada, nenhum tipo de anomalia. Elas são bananas normais, apenas de uma espécie silvestre, que possuem sementes, ou seja, não se trata de uma espécie comercial. As bananas comerciais são os chamados frutos partenocárpicos (sem sementes). Elas são originadas de um melhoramento genético, híbridas, geralmente das espécies Musa Acuminata e Musa Balbisiana. As bananas silvestres são encontradas, no Brasil, geralmente, em regiões litorâneas de Mata Atlântica. O fato da bananeira ter demorado tanto para dar frutos é exatamente por, provavelmente, ter sido plantada por semente. Neste caso, demora mesmo. Observação: Os pontinhos pretos que são encontrados nas bananas comuns, como as espécies prata ou maçã, não são sementes. São apenas óvulos não fecundados”. Explicação fornecida à REVISTA DO PRODUTOR RURAL DO PARANÁ pelo professor do Depto. de Agronomia da Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro), Renato Botelho.

As bananas são bem menores que as comuns

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Utilidade Pública

Documentos e certidões.

Guarapuava tem Cartório Mais!

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o dia a dia, deparamos com situações em que precisamos de algum órgão público ou algum tipo de cartório: para fazer o registro de um filho, casar, comprar um imóvel, fazer um contrato, autenticar documentos, pagar impostos, entre milhares de situações. Culturalmente no Brasil, associamos o serviço cartorário ou de utilidade pública à trâmites burocráticos, chatos ou de difícil acesso e entendimento. Em sua maioria, essa associação está correta. Pensando nisso e buscando oferecer um serviço especializado nessas intermediações, a fim de facilitar a vida dos moradores do Centro Sul do Paraná, os empresários Sandra Camargo e Thiago Belin Camargo trouxeram para Guarapuava o Cartório Mais. Esse ramo de prestação de serviço é relativamente novo no País e uma inovação para a região. Com um serviço especializado, o Cartório Mais trabalha, entende e atende todas as esferas cartorárias e públicas existentes no Brasil, fazendo toda a intermediação dos processos, facilitando e gerando comodidade e produtividade para as pessoas e empresas.

Certidões O mercado imobiliário brasileiro se encontra aquecido e com ele a busca por liberações de financiamentos ocorrem a todo momento, onde as pessoas se deparam com uma lista de certidões exigidas pelos bancos e cartórios, com pra-

zos determinados de vencimentos. A falta de tempo e de conhecimento faz com que muitos negócios não se realizem, gerando desgaste e insatisfação nas pessoas interessadas. O Cartório Mais oferece um serviço que em sua essência compreende todo o processo de buscas de documentações e ainda auxilia durante o processo de registros. Em troca, os clientes deixam de se incomodar, continuam com suas rotinas, não se desgastam, e ainda saem satisfeitos, pois conseguem determinar seu tempo para o que realmente importa. A situação acima é somente um exemplo. O portfólio do Cartório Mais possui mais de 300 serviços, abrangendo muitas outras facilidades no que diz respeito a intermediações cartorárias de esferas públicas. Inclusive vai mais além, com serviços de consultoria para cidadania, tradução juramentada, elaboração de contratos e documentos, buscas e localizações de certidões, gerenciamento de documentos, renegociação de dívidas, pesquisas patrimoniais, consultoria para Inventário, suporte para reunir documentos para concursos públicos e licitações.

Thiago Belin Camargo e Sandra Camargo Diretores do Cartório Mais Guarapuava

Parceria com Sindicato Rural de Guarapuava O Cartório Mais acaba de firmar uma parceria com o Sindicato Rural de Guarapuava. A partir de agora, os associados poderão contar com esse serviço e obter benefícios que vão além da comodidade e produtividade.

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Lavoura-Pecuária

Integração que gera resultado Luiz Fernando Menegazzo Gheller Médico Veterinário/Assistência Campo CooperAliança

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região de Guarapuava é uma das mais valiosas do Paraná, em se tratando de agropecuária. O alto valor das terras da região e a concorrência com outras culturas de inverno e verão demandam que os bovinocultores se tornem cada vez mais eficientes nas suas propriedades. Como o sistema de trabalho da Cooperaliança não possui o período de safra e entressafra de animais, por a demanda por carne acontecer durante todo o ano, os produtores precisam, também, ter a sua produção e eficiência no rebanho, distribuída anualmente. Porém, no período de inverno, as pastagens perenes de verão estão em baixíssima qualidade e a produção de matéria seca por hectare, não suportando a mesma carga animal utilizada nos meses anteriores, leva a uma queda de rendimento no campo. Esta questão tem movido produtores e técnicos envolvidos a buscarem alternativas que comportem tal produtividade. Na região de Guarapuava, como em quase todo o sul do Brasil, a baixa produção forrageira no período de inverno está mais relacionada à queda de temperatura do que ao déficit hídrico. Em decorrência desta característica climática, o uso de pastagens de inverno, principalmente aveia e azevém, solteiras ou em consórcio, torna-se uma alternativa viável para a produção de bovinos de corte na região neste período, devido a sua boa qualidade nutricional e aceitabilidade. No cenário da bovinocultura de corte é inaceitável que animais no período de inverno deixem de ganhar, ou até mesmo, percam peso, tendo como consequência uma visível perda de lucratividade. No entanto, para que a integração lavoura-pecuária se torne algo lucrativo, para ambos os lados, as culturas deverão receber investimentos adequados. De acordo com dados de outras regiões e de produtores da Cooperaliança, atualmente este cultivo tem um investimento

médio de R$ 900,00 por hectare, já inclusos sementes, implantação, adubação e manejo. Neste período, os animais recebem suplementação energética para que se consiga um melhor balanceamento dos nutrientes da dieta e um aumento do consumo total de matéria seca, fazendo com que a lotação animal média alcançada por estes produtores seja de 4,4 UA/ha, com um ganho de peso médio de 1.152 kg/ha durante o período. Se considerarmos o preço do quilo vivo do boi gordo no mercado comum, girando em torno de R$ 4,25, o sistema deveria produzir aproximadamente 621 kg de peso vivo/ ha, para que os custos das forrageiras, suplementação e manejo operacional fossem pagos, gerando uma sobra média de 531 kg de peso vivo. Além disso, onde estes sistemas são bem manejados, com carga animal compatível, resultará em uma boa massa residual para cobertura de solo, favorecendo o plantio das próximas culturas de verão, principalmente milho e soja, onde a produtividade é alavancada, devido à adubação realizada no período de inverno, melhora biológica do sistema, maior controle de pragas e doenças, além da reciclagem dos nutrientes do solo. A produtividade superior de soja nas áreas de integração, em confronto com outras áreas, quando bem conduzidas, pode chegar de 1,6 a 12,4 sacas/ha, conforme dados de produtividade de cooperados da Cooperaliança. Portanto, um sistema de integração lavoura-pecuária, com planejamento eficiente e com alguns investimentos, traz um retorno financeiro satisfatório, visto que as culturas tradicionais de inverno, como o trigo, por exemplo, apresentam um risco muito elevado devido às variações climáticas, como geadas e secas. Além de que a próxima cultura de verão também será afetada positivamente, levando a um incremento na produtividade.

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Plantio direto

Utilização de Coberturas nos Sistemas de Produção AUTORES:

Marlon Denez

Rogério Gasparin

Introdução Para entendermos a importância que a cobertura do solo tem no sistema plantio direto, é preciso saber os efeitos do preparo convencional na dinâmica do solo e no ambiente. O preparo convencional engloba uma série de atividades de nivelamento e destorroamento da superfície do solo por meio de arados e grades – isso aumenta o contato solo-semente. Áreas descobertas e desestruturadas, encontradas no plantio convencional, sofrem alta erosão hídrica (sulco e entressulco) e acarretam selamento superficial, reduzindo a infiltração de água. A perda de solo em sistema conservacionista é, em média, 57% menor que a perda de solo em sistema convencional (CORDEIRO et al., 1996). O sistema convencional pode propiciar perdas de solo por erosão na proporção de 10 t ha-1 para cada tonelada de grão produzida (AMADO & ELTZ, 2003), o que compromete fortemente a produtividade das culturas e posteriores reflexos de melhoramento e manejo. A formação do solo é um processo lento e gradativo. Estima-se que leve aproximadamente de 100 a 400 anos para a constituição de um centímetro de solo. Solos descobertos podem perder vários centímetros com apenas uma chuva. A utilização de resíduos vegetais como cobertura, priorizada nos sistemas conservacionistas, diminui a influência do impacto da gota de chuva, dissipando sua energia, protegendo a superfície e diminuindo o carregamento de partículas no perfil do solo. A redução do revolvimento do solo e a manutenção da cobertura vegetal morta aumentam o equilíbrio físico-químico no sistema solo (Tabela 1), preservando a biota de organismos benéficos e aumentando os teores de matéria orgânica. Com a concretização do sistema plantio direto no cenário agrícola brasileiro, o conhecimento do manejo e das espécies vegetais de cobertura é fundamental para a correta utilização do manejo conservacionista. Com esse enfoque, este Agronômico abordará a utilização de cobertura no sistema de produção agrícola.

Conceituação O sistema plantio direto (SPD) é baseado no cultivo conservacionista, que visa à exploração mais equilibrada do sistema solo-planta-at-

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mosfera e ao aumento da resiliência do meio. Entretanto, o SPD abrange não só o conceito de revolvimento mínimo do solo, mas também os seguintes preceitos (Mapa): • Movimentação do solo somente na linha de semeadura. • Cobertura permanente do solo com resíduos vegetais (palhada) ou plantas vivas pelo maior tempo possível. • Diversificação de culturas, visando à ampliação da biodiversidade, mediante o cultivo de múltiplas espécies em rotação, sucessão ou consorciação de culturas. • Adição de palhada em quantidade, qualidade e frequência compatíveis com a demanda biológica (consumo e decomposição) do solo. • Implementação do processo colher-semear. • Uso de insumos de forma precisa. • Controle do tráfego de máquinas e equipamentos agrícolas. Os benefícios do SPD são notórios e diversos quando o sistema é corretamente utilizado. Um dos fatores que impulsionou a expansão desse sistema foi a inserção do glifosato – herbicida de amplo espectro e custo acessível –, que possibilitou a fácil dessecação de plantas. O SPD proporciona: • Redução significativa de erosão. • Promoção da conservação do solo e da água. • Economia de combustíveis, otimização de tempo de trabalho e semeadura. • Maior retenção de umidade e redução da temperatura do solo. • Melhor resposta da cultura às chuvas após um período de seca. • Melhor efeito de fertilizantes e corretivos. • Aumento do teor de matéria orgânica e carbono e da atividade biológica do solo. • Menor compactação do solo. • Maior infiltração de água e reposição de água subterrânea. • Possibilidade de uso em pequenas, médias e grandes propriedades rurais. • Redução de gases do efeito estufa. • Aumento de renda para o produtor. A cobertura vegetal do solo é um dos alicerces para a manutenção do SPD, pois reduz o efeito do impacto físico da gota de chuva sobre o solo (evitando a degradação hídrica), incrementa a matéria orgânica, favorece organismos benéficos ao solo,


Figura 1 - Semeaduras de milho (A) e de soja (B) em SPD

Foto: Torres, R.

B Foto: Torres, R.

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quatro a seis folhas. As lagartas e os pulgões são as principais pragas que afetam a cultura. O uso de inseticidas é recomendado, devendo-se, no entanto, avaliar o período de carência para a entrada de animais no pastejo (KICHEL & MIRANDA, 2000). As principais doenças que atacam a cultura são ferrugem da folha e colmo, helmintosporiose, carvão e viroses. O monitoramento e as intervenções devem ser analisados conforme a incidência e a severidade da doença, bem como o custo de controle. Figura 3 - Planta de azevém em plena floração

Foto: El Rincó

Opções de cobertura vegetal para formação de palhada Aveia Azevém

O azevém (Lolium multiflorum) é uma espécie anual e, assim como a aveia, prefere clima temperado, adaptando-se melhor à região Sul do País (Figura 3). O azevém também pertence à família Poaceae e possui ciclo vegetativo maior que o da aveia, com pico de acúmulo de matéria seca tardio. É uma espécie de fácil dispersão e perpetuação de sementes. Por esse motivo, além de ser utilizada como forrageira e formadora de cobertura para o plantio direto, também é considerada planta daninha em outros cultivos de inverno, como, por exemplo, no do trigo (VARGAS & ROMAN, 2000). Outro fato relevante na sua cultura é o elevado poder supressor e alelopático sobre o desenvolvimento de outras plantas daninhas. Figura 2 - Aveia branca (A) e aveia preta (B)

A

B

Foto: IAPAR

A aveia é uma das principais culturas anuais utilizadas com o objetivo de produzir palhada e grãos para o plantio direto, principalmente no Sul do País, sendo uma alternativa de rotação de culturas. Pertence à família Poaceae e tem preferência por clima temperado (região Sul). As principais espécies cultivadas são aveia branca (Avena sativa) (Figura 2A); aveia amarela (Avena byzantina), que apresenta folhas largas e colmos grossos, sendo mais utilizada nos cultivos de grãos; e aveia preta (Avena strigosa) (Figura 2B), que apresenta folhas estreitas e colmos finos, mais utilizada como forrageira. Outros pontos positivos estão na flexibilidade de implantação e estabelecimento da cultura, possibilidade de produção de feno e silagem e excelente qualidade forrageira para alimentação animal antes de seu florescimento. Além disso, os grãos podem ser utilizados para alimentação tanto humana quanto animal. Destaca-se também o poder alelopático da aveia contra algumas plantas daninhas durante a decomposição da palhada, recicladora de nutrientes e mobilizadora de cátions no perfil do solo (AMADO & MIELNICZUK, 2000). Um dos fatores que dificultam a expansão de sua cultura está na baixa qualidade de sementes e variedades com baixo potencial de acúmulo de matéria seca. A intensidade de crescimento das espécies é determinada pelas condições de clima e solo; elas podem, no entanto, ser cultivadas em altitudes de até mil metros. A adubação da cultura, principalmente a nitrogenada, é condicionada pelo teor de matéria orgânica do solo. Com relação às invasoras, as espécies de folha larga são as mais comuns. O controle pode ser realizado com herbicidas pós-emergentes e à base de 2-4D quando elas apresentarem de

Foto: Piraí Sementes

aumenta o controle de plantas daninhas e a rotação entre cultivos no solo. Portanto, o conhecimento das espécies de cobertura é essencial para a melhoria do sistema produtivo e a maximização da produtividade (Figura 1).

Nabo O nabo forrageiro (Raphanus sativus L.) é uma planta da família das Crucíferas muito utilizada para adubação verde no inverno, rotação de culturas e alimentação animal. É uma planta muito vigorosa que em 60 dias cobre cerca de 70% do solo, com sistema radicular pivotante bastante profundo, atingindo mais de dois metros (Derpsch & Calegari, 1992). Devido às suas características radicuRevista do Produtor Rural do Paraná

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Foto: TOCCHETTO, S.

B Foto: TOCCHETTO, S.

A

do-se razoavelmente em solos fracos com problemas de acidez, por isso é muito importante para a rotação de culturas. Em razão da baixa relação carbono/nitrogênio (C/N), a decomposição de sua palha é muito rápida. O consórcio com aveia, triticale ou outra gramínea favorece a sua maior permanência no solo.

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A ervilhaca (Vicia sativa L.) é uma leguminosa exótica, originária da região do Mediterrâneo, com boa adaptação às regiões de clima temperado ou de altitude. Apresenta ciclo anual e precoce, sendo cultivada principalmente entre o outono e o inverno. É a leguminosa forrageira mais utilizada no Rio Grande do Sul e destaca-se por apresentar boa rusticidade, rápido crescimento inicial e boa capacidade de cobertura do solo. A ervilhaca é uma ótima opção de cobertura de inverno, com excelente fonte de nitrogênio, melhorando a fertilidade do sistema agrícola. Também pode ser utilizada como fonte de nutrientes na alimentação animal. Quando destinada a animais, o pastejo deve ser feito antes da floração (DERPSCH; CALEGARI, 1992). Quando consorciada com gramíneas, como aveia preta e centeio, pelo hábito de crescimento trepador, produz maior biomassa do que em cultivo solteiro (TOMM, 1990). Consorcia-se bem com azevém, centeio e aveia preta, melhorando a qualidade nutritiva da pastagem para bovinos de leite. Não é muito resistente ao pisoteio; no entanto, quando consorciada com gramínea, pode ser usada em pastejo direto, desde que observadas as condições de manejo da gramínea, ou seja, os pastejos são determinados pela altura da gramínea. A ervilhaca pode produzir até 4 t ha-1 de matéria seca. Esta leguminosa se reproduz muito bem em solos argilosos e férteis, mas apresenta boa capacidade de estabelecimento em solos mais arenosos, desde que estejam bem nutridos, não tolerando solos muito úmidos nem os excessivamente ácidos. Por isso, é importante entender cada ambiente antes de adotar essa cobertura de inverno. A época indicada para semear ervilhaca estende-se de abril a maio. A semeadura pode ser efetuada a lanço ou em linhas, normalmente espaçadas em 0,20 m. A profundidade de semeadura deverá ser de 3 a 5 cm e pode ser estabelecida em plantio direto. A densidade de semeadura varia de 40 a 60 kg ha-1. Quando consorciada, podem ser utilizados 40 kg ha-1 de semente. O peso de mil sementes varia de 30 a 57 g (FONTANELI; SANTOS, 2009). Sua produção de massa verde está em torno de 20 a 28 t ha-1 (ALCÂNTARA et al.,1992). Figura 5 - Ervilhaca (A) e ervilhaca + aveia preta (B)

A

B

Foto: FAVARETTO , R.

Figura 4 - Nabo em pleno florescimento (A) e desenvolvimento da raiz de nabo (B)

Ervilhaca

Foto: FAVARETTO , R.

lares, o nabo é capaz de romper camadas de solo extremamente adensadas e/ou compactadas em grandes profundidades, sendo classificado como excelente subsolador natural. Seu florescimento ocorre aproximadamente 80 dias após o plantio, atingindo plenitude aos 120 dias, com altura variando de 1 a 1,80 m. Devido ao seu rápido crescimento, possui excelente capacidade de produção de massa, com volumes de 10 a 15t por hectare, e, desde o início, compete com ervas daninhas invasoras, diminuindo os gastos com herbicidas ou capinas, o que facilita a cultura seguinte. Apresenta ainda características alelopáticas muito acentuadas, que lhe conferem a condição de inibir a emergência e o desenvolvimento de uma série de daninhas indesejáveis. Não há ocorrência de pragas ou doenças que mereçam controle. Como adubo verde de inverno, é excelente para cobertura do solo, além de produzir grande volume de palha para a prática do plantio direto. A época de plantio na região Sul vai a partir da segunda quinzena de março até o início do inverno (junho), sendo uma planta bastante tolerante à seca e ao frio. A quantidade de sementes utilizadas varia de 3 a 15 kg ha-1. No caso do plantio em linha, este deverá ser realizado preferencialmente por meio de plantadeira e/ou semeadora de plantio direto, com espaçamentos que variem de 0,17 a 0,40 m de entrelinhas e densidade média de 25 sementes por metro linear, consumindo de 3 a 10 kg por hectare. Para o plantio a lanço, recomenda-se misturar as sementes exclusivamente com calcário ou adubo fosfatado (não utilizar outras fontes de fertilizantes) em uma relação de 1 kg de sementes para 50 kg, visando facilitar a operação de semeadura. Nesse caso, a incorporação das sementes deve ser superficial e por meio de grade leve, e seu consumo aumentará cerca de 20%. O nabo forrageiro possui crescimento inicial rápido e capacidade elevada de reciclar nutrientes, principalmente nitrogênio e fósforo, desenvolven-


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Especial

Expogua 2014

movimenta setor rural E

m sua 39ª edição, a Exposição-Feira Agropecuária e Industrial de Guarapuava (Expogua), promovida pela Sociedade Rural de Guarapuava, de 08 a 17 de agosto, se firmou mais uma vez como o principal evento de agropecuária da região. Na abertura, na noite do dia 8 de agosto, no recinto de leilões do Parque de Exposições Lacerda Werneck, estiveram presentes diretores da entidade organizadora, lideranças e produtores rurais, além de autoridades. Vice-presidente da Sociedade Rural de Guarapuava, Josef Pfann Filho procedeu à abertura oficial do evento, no lugar do presidente, Johann Zuber (devido uma elevação de pressão antes do início do evento, o dirigente teve de passar algumas horas em observação num hospital da cidade). Sobre a exposição, Pfann Filho disse em entrevista que o campo vive um momento “um

pouco delicado”, devido à expectativa em relação às eleições deste ano e ao declínio no preço das commodities agrícolas. “Mas novamente estão começando a ser operacionalizados os Finames, então com certeza as vendas devem andar de novo”, observou, ao lembrar que já naquele dia a soja registrava elevação de preço. “O Paraná e Guarapuava são lugares de agricultura consolidada. São diferentes de lugares de abertura, onde se demanda muito mais dinheiro”, prosseguiu, analisando que por aqui os produtores já fazem suas programações de aquisições de tecnologia. “Nós não devemos ter muita queda (de volume de negócios). Acredito até num crescimento. Tivemos também uma boa oferta de animais para serem comercializados. Alguns setores como o do leite são setores compradores. Essa é a parte boa da diversificação. Sempre tem gente investindo, por isso que acredito na Expogua”, finalizou.

Fotos: Manoel Godoy

Norberto Ortigara, secretário de Estado da Agricultura

Cezar Silvestri Filho, prefeito municipal

Eloi Mamcsz, presidente da Acig

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Pfann Filho: abertura da 39ª Expogua teve grande presença de autoridades

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Caixa ressalta presença da instituição no agronegócio Entre os participantes da abertura da 39ª Expogua, esteve presente o superintendente nacional de Agronegócio da Caixa Econômica, Abel Silvestre Reder. Num pronunciamento aos produtores rurais, ele lembrou que a Caixa recentemente começou a atuar também Reder: superintendente de no setor rural, comenagronegócio da Caixa tando este novo passo. Em entrevista, Reder detalhou a expansão do portfolio da instituição: “A Caixa é hoje o maior agente de políticas públicas do governo. É um banco com mais de 5 mil pontos de atendimento em todo o Brasil, com presença em todos os municípios. Nos faltava esse produto que era o financiamento de crédito rural no nosso portfolio”. Ainda segundo o superintendente, a decisão ajuda políticas públicas voltadas ao agronegócio. “A gente pretende, através de nossa rede de agências, poder chegar a cada produtor, oferecendo simplicidade, agilidade, disponibilidade de recursos. É uma instituição financeira a mais que está colocando um volume considerável de recursos, até pelo próprio porte da Caixa”, declarou. Reder completou que a intenção é ajudar a desenvolver o segmento do agronegócio, “com operações, tanto de custeio e comercialização, atingindo toda a cadeia produtiva do agronegócio”.

Sucesso de público e negócios Durante 10 dias, os produtores rurais puderam fazer boas aquisições em termos de maquinário de ponta e animais de qualidade. Para os visitantes em geral foi de novo oportunidade de conhecer um pouco do mundo rural e de descontrair, com os shows musicais, o parque de diversões e as barraquinhas de comidas. Enquanto acompanhava a desmontagem do evento na tarde do dia 18 de agosto, o presidente da Sociedade Rural, Johann Zuber Júnior, conversou com a REVISTA DO PRODUTOR RURAL DO PARANÁ. Ele fez um balanço positivo da exposição que é, há quase 40 anos, o maior acontecimento do agronegócio em Guarapuava e região. “Entre bilheteria e expositores, (o público) está em torno de 103 mil pessoas durante esses 10 dias de feira. Para nós, foi uma grata satisfação, visto que tivemos dois dias difíceis”, relembrou, referindo-se também ao clima. “Nos shows do Michel Teló e do Jads e Jadson tivemos chuva intensa, e na quarta-feira (13), muito frio”, acrescentou, recordando que “o público não deixou de comparecer nos dois shows”. Na programação do setor da pecuária, Zuber destacou a volta do Leilão de Ovinos, desta vez promovido pela Cooperaliança, de Guarapuava, especializada na produção de ovinos e de bovinos angus para produção de carne. Realizado na noite do dia 15 de agosto, no parque de exposições, o evento alcançou êxito: “Foram vendidos 100% dos animais e

Johann Zuber: presidente da Sociedade Rural de Guarapuava, promotora da Expogua

com preços muito bons, mostrando realmente que a ovinocultura está voltando com força na nossa região”. No Leilão de Gado Geral, o presidente da Sociedade Rural destacou que dos 70 lotes, apenas três retornaram. Ainda segundo disse, foram também vendidos quase todos os animais ofertados nas raças brangus e angus. No segmento de maquinário agrícola, Zuber contou que ainda não tinha o fechamento total dos números e observou que, assim como os organizadores previam, o volume ficou pouco abaixo do ano passado, já que neste ano os preços de milho e soja se mostraram menores do que em 2013. Mesmo assim, o presidente destacou que as aquisições somaram valor estimado de R$ 18 milhões a R$ 20 milhões. Entretanto, somando o montante com a movimentação financeira nas compras feitas em estandes de automóveis, expositores e nos leilões de animais, ele avaliou que o total deverá girar em torno de R$ 25 milhões. “Eu quero agradecer a toda a população guarapuavana e de toda a região. Uma festa desta não é feita só para negócios. A gente tenta fazer um evento bem completo”, concluiu.

Civismo, tradição e emoção – Em eventos esportivos ou culturais, o brasileiro tem ouvido o Hino Nacional ser executado de várias formas: de um canto à capela até versões festivas. Na abertura da 39ª Expogua, o público foi brindado com uma versão pouco comum, mas emocionante. À frente de cavaleiros que entraram com bandeiras na pista do Recinto de Leilões, a jovem Maryane Francescon, de Medianeira (oeste do PR), vestida como prenda, apresentou o Hino Nacional num solo de “gaita”. No melhor estilo tradicionalista gaúcho, a execução uniu civismo e identidade cultural, ao transmitir um sentimento de amor à pátria que arrancou aplausos do público. Revista do Produtor Rural do Paraná

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Especial

Participaram do evento produtores de leite de Guarapuava, Campina do Simão, Goioxim, Turvo e Pinhão

Pioneer sorteia brindes

A Pioneer sorteou brindes entre os presentes ao Encontro dos Produtores de Leite: sementes de milho de alta qualidade. Na foto, os ganhadores (da esq. p/ dir.: Marcelo Mayer, da Pioneer; e os produtores: Alcebíades de Souza Soares – Turvo; Antônio Klaiton Ferreira – Turvo; e Pedro Cordeiro da Silva – Guarapuava).

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Encontro destaca gestão e silagem na produção de leite O Encontro Regional dos Produtores de Leite, realizado dia 16 de agosto, no Sindicato Rural de Guarapuava, chegou a sua 9ª edição se confirmando, mais uma vez, como um dos pontos de destaque na programação técnica da Expogua. Promovido pela Emater, Seab, Prefeitura de Guarapuava, Coamig, com o apoio do Sindicato Rural, reunindo diversas autoridades em sua abertura, o evento proporcionou a cerca de 200 produtores, de Guarapuava e região, oportunidade de assistir palestras que ressaltaram a importância do planejamento e da tecnologia para fortalecer o segmento leiteiro. Coordenador regional da pecuária de leite na Emater de Guarapuava, Valdir Tambosetti, ressaltou que a cada ano os organizadores buscam destacar temas voltados à realidade da região e que contribuam para desenvolver as propriedades: “Uma das palestras é sobre a gestão da produção e o outro sobre a produção de alimento (para o rebanho). Se o produtor, mesmo se for pequeno, não se preocupar com a gestão, não saberá o quanto está ganhando. E não adianta fazer a gestão se ele não tiver um plano alimentar dentro da propriedade”, alertou.

Jairo Luiz Ramos Neto, diretor do Sindicato Rural, deu boas-vindas aos participantes do encontro

A primeira palestra foi “Negócio do Leite – Os segredos de um agricultor de sucesso”, com Sidnei Aparecido Baroni, do Instituto Emater; na sequência, “Silagem, pré-secados e fenação”, com o engenheiro agrônomo João Ricardo Alves Pereira. Em entrevista, Baroni comentou que, entre os principais fatores de sucesso, o produtor de leite deve pensar num modelo de negócio que gere renda e atenda a expectativa do mercado. “Essa expectativa não está ligada só a preço e custo, mas também à qualidade”, completou. Mas recordou que qualidade depende da oferta: “Se o mercado está mais ofertado, as empresas compradoras tendem a ser mais exigentes, têm opção de escolher o produto”. Ao analisar a opção pela silagem numa região como a de Guarapuava, que utiliza para aquela finalidade culturas de verão e de inverno, João Ricardo Alves Pereira preconizou qualidade: “Ele (o produtor) Sidnei Aparecido tem de ser bom de produzir Baroni silagem de milho, no verão, e bom para usar as forragens de inverno”, afirmou. E enfatizou que a lavoura deve ser eficiente, agronomicamente, para que as culturas usadas na silagem possam fornecer a quantidade necessária de energia e proteína para o rebanho. “Seja pasto, silagem de milho, forragem de João Ricardo Alves inverno, todas são culturas e o Pereira produtor tem de tratá-las desta forma”, recomendou. Após o evento, os participantes visitaram a Expogua, no Parque Lacerda Werneck, assistindo o Torneio Leiteiro, entre outros atrativos da exposição.

Projeto Porteira Adentro Durante o Encontro Regional de Produtores de Leite, o vereador Milton Roseira falou em entrevista sobre o projeto Porteira Adentro, regulamentado recentemente em Guarapuava. A iniciativa permite ao Município realizar, dentro de propriedades, melhorias em acessos que se encontrem em estado precário. O objetivo é ajudar no escoamento. Segundo destacou o vereador, por vezes, a falta de condições de retirar a produção de dentro da fazenda acaba sendo um gargalo. “Esse projeto é um avanço, não são muitas cidades do País que têm um projeto neste sentido”, disse. O Porteira Adentro, de acordo com o Secretário de Agricultura, Itacir Vezzaro, que também participou do encontro de produtores, já está em andamento.

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Itacir Vezzaro, Secretário de Agricultura

Milton Roseira, vereador


Torneio Leiteiro mais uma vez faz parte da programação da Expogua Por mais um ano, durante a Expogua foi realizado o Torneio Leiteiro. A programação aconteceu do dia 14 a 17 de agosto e foi organizada pelo Instituto Emater. Ao todo, participaram da competição 11 produtores rurais, com 14 vacas leiteiras, sendo 7 da raça Jersey e 7 da raça Holandesa. A avaliação foi feita de acordo com o volume (o total em litros das sete ordenhas) e eficiência (que mede a quantidade de leite produzido por quilo do animal). “O objetivo do Torneio Leiteiro é que o produtor mostre o que ele tem de melhor na sua propriedade e a maneira como ele produz. Há tam-

bém a competição, depende de cada um, claro, mas o intercâmbio de conhecimento talvez seja o mais importante”, afirmou o zootecnista da Emater e coordenador do torneio, Vadir Tambosseti. A premiação aconteceu na tarde do dia 17 de agosto. Além dos troféus (patrocinados pelo Sindicato Rural de Guarapuava), os primeiros colocados de cada categoria levaram uma bezerra (patrocinadas pela Coamig). Os participantes ainda ganharam brindes, como sacos de sementes da Pioneer Sementes e sacos de ração da Cooperativa Agrária. Houve, também, o tradicional banho de leite.

Vencedores: O vencedor na categoria Holandesa foi Ivan Adelmo Machado da Leiteria Vô David, em Palmital, com a média de 72,76 kg/dia. Em segundo lugar ficou Gustavo Camargo, do Turvo, com a média de 61,9 kg/dia. E em terceiro, ganhou o produtor Anton Egles com a média de 44,82 Kg/dia. Na raça Jersey, o primeiro lugar ficou para a produtora Maria Eli Poczynek de Guarapuava, com a média de 55,36 Kg/dia. O segundo lugar foi para Claraci Borges, de Guarapuava, com a média de 51,87 kg/dia, que também ganhou o terceiro lugar com a média de 51,86 kg/dia. “Estas produtividades são de ponta, não é a média da nossa região. São produtores que trabalham em cima de animais de alta produção. Mas o mais importante é que isso mostra que a nossa produção de leite tem potencial, mas que depende de cada sistema de manejo dentro da propriedade”, finalizou Tambosseti.

Tradicional banho de leite para os vencedores do torneio

1º Lugar Categoria Holandesa Ivan Adelmo Machado

1º Lugar Categoria Jersey Maria Eli Poczynek

Julgamento Morfológico No julgamento morfológico, realizado dia 16, com a premiação também no dia 17 participaram 11 animais, sendo 6 Holandesas e 5 Jersey. O primeiro lugar na categoria Holandesa foi para a vaca leiteira do produtor rural Anton Egles. A reservada campeã foi a do Gustavo Camargo e a campeã foi da família Jurgovski. Na categoria Jersey o primeiro lugar foi para a vaca leiteira da produtora Claraci Borges. A reservada campeã foi do casal Valdeni e Murici Mendes da Rosa. A campeã foi a da Maria Eli Poczynek. Os troféus do julgamento morfológico foram patrocinados pelo Sindicato Rural de Guarapuava.

Walter Jurgovski com a vaca Lagoa Age 15 Galaxy, de Anton Egles (1º lugar - Holandesa)

Julgamento Morfológico Jersey 1º Lugar: Claraci Borges

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Especial

Confira os resultados: Morfologia Incentivo machos:

Programação NCCCG foi um sucesso A programação do Núcleo de Criadores de Cavalos Crioulos de Guarapuava (NCCCG) aconteceu nos dias 8,9 e 10 de agosto, durante a Expogua. Mais de 60 animais participaram dos julgamentos e das provas de Movimento a La Rienda, Funcionais e Campereada. O julgamento de Cavalos Patrão foi realizado no primeiro dia de programação, pelo jurado Romeu Koch. Já no dia 9 de agosto, foi iniciado o Julgamento Morfológico. Na categoria Morfologia Incentivo Machos, o Grande Campeão e Melhor Exemplar da Raça foi o Jamaicano do Rio das Pedras, dos criadores Marcelo Cunha e Esmael Cadore, da Cabanha Rio das Pedras de Guarapuava. Na categoria Morfologia Incentivo Fêmeas, a Grande Campeã foi a égua Selva Negra Delta, com o expositor Cleber Dall Agnol, de Guarapuava. As provas que aconteceram durante os dias 9 e 10 tiveram bastante participação do público. Destaque para a Movimento a La Rienda, que era classificatória para a final que acontece na Expointer 2014, em Esteio-RS. Dos participantes, três se classificaram para a prova, sendo eles: Eder Salgueiro (Categoria Profissional), Mariana Serpa e Luiz H. Vatrin (Categoria iniciante), alcançando pontuação e ficando entre os 10 melhores do Brasil em suas categorias. O presidente do Núcleo de Criadores de Cavalos Crioulos, Rodrigo Córdova ficou bastante satisfeito com o evento, pois além de um número expressivo de animais e com qualidade, as provas também foram interessantes. “Também foi muito positiva a participação das crianças nas provas funcionais. Consequentemente, houve grande confraternização das famílias em torno do Cavalo Crioulo. Além, claro, da classificação de três representantes de Guarapuava na final da Expointer, que é um grande evento”, destacou. Os troféus oferecidos aos vencedores foram patrocinados pelo Sindicato Rural de Guarapuava.

Grande Campeão e Melhor exemplar da raça: Jamaicano do Rio das Pedras Criadores e Expositores: Marcelo Cunha / Esmael Cadore - Cabanha Rio das Pedras - Guarapuava-PR Reservado Campeão: DKP Hebraico Criador: Délcio Rodrigues Pereira Expositor: Eder R. Salgueiro - Guarapuava-PR 3º Melhor macho: Xangô da Lagoa Seca RP 63 Criador e Expositor: Gabriele Campello Manfredini – Cabanha Lagoa Seca - Guarapuava 4º Melhor Macho: Facada do Santo Coração RP 02 Criadores e Expositores: Pedro, Lucas e Thiago Pedro Horst Cabanha Santo Coração - Guarapuava

Morfologia Incentivo fêmeas

Grande Campeã: Selva Negra Delta Criador e Expositor: Cleber Dall Agnol - Guarapuava Reservada Campeã: Baroneza Marca-Passo Expositores: Helton Taubinger e Patrick Abt Cabanha Marca-Passo - Guarapuava 3º melhor fêmea: Ingrata do Forte Atalaia Criador : Paulo Roberto Martins Pacheco Expositor: Alcione Baldessar - Guarapuava 4º melhor fêmea: Brisa do Capão da Noiva Criador e Expositor: Rachel Weckl – Cabanha Capão da Noiva - Guarapuava

Julgamento Cavalo de Patrão-Castrados 1º Lugar: Matreiro do Lobo Bravo – Felipe Trentin 2º Lugar: Fidalgo da Ilha Velha – Johann Fortkamp 3º Lugar: CRT Duque – Eduardo Simão

Movimento a La Rienda

Categoria Potros: 1ºLugar: Garota da Ilha Velha – Rayan Ribas Barbosa 2º Lugar: Juquiá Mandaçaia – Valdinei de Souza Categoria Profissional: 1º Lugar: OK Escorpião – Alan Delon Ribas Barbosa 2º Lugar: Garboso do Recanto Crioulo – Eder Salgueiro 3º Lugar: OK Cubalibre – Felipe Kruger. Categoria Amador: 1º Lugar: Atrevido do Novo Horizonte – Rayan Ribas Barbosa Categoria Iniciante: 1º Lugar: HH Cigana – Mariana Serpa 2º Lugar: Dengosa da Ilha Velha – Luiz Henrique Vatrin 3º Lugar: Matreiro do Lobo Bravo – Felipe Trentin

Campereada

1º Lugar: Mariana Serpa , Luiz H. Vatrin e Felipe Kruger. 2º Lugar: Luiz Flávio Lacerda, Eder Salgueiro e Odair. 3º Lugar: Alan Delon Ribas, Rayan Ribas e Felipe Lopes.

Provas Funcionais Núcleo de Criadores de Cavalos Crioulos divulga a raça e reúne criadores na Expogua

Mariana Serpa foi a primeira colocada na categoria Iniciante do Movimento a La Rienda e se classificou para a Expointer

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Amanda Serpa Szabo foi a primeira colocada na categoria Infanto Juvenil das Provas Funcionais

Categoria Infanto Juvenil: 1º Lugar: Amanda Serpa Szabo. Categoria Juvenil: 1º Lugar: Maria Eduarda Camargo 2º Lugar: Pedro Vatrin e Amanda Serpa Szabo (empatados) Categoria Aspirante: 1º Lugar: Rayan Ribas Barbosa 2º Lugar: Maria Eduarda Camargo 3º Lugar: Pedro Vatrin Categoria Adulto: 1º Lugar: Thiago Araújo 2º Lugar: Wesley Geremias 3º Lugar: Wesley Geremias Categoria Patrão: 1º Lugar: Thiago Araújo 2º Lugar: Luiz Flávio Lacerda e Vinicius Kruger (empatados)


Leilões: qualidade e preço se destacam

Leilão Brangus

Leilão de Gado de Corte

Leilão Multirraças

Leilão Angus

Foto: assessoria/Unicentro

Leilão de Bezerros e Novilhas Foto: assessoria/Unicentro

A Expogua 2014 trouxe aos pecuaristas visitantes a oportunidade de participar de sete leilões que apresentaram animais de alta qualidade. Em entrevista no encerramento da exposição, Armando França de Araújo, um dos diretores da Gralha Azul Remates, empresa que realizou os leiArmando, da Gralha lões, considerou um sucesso Azul a comercialização de bovinos e ovinos. Segundo contou, a venda começou bem, com o Leilão Novilhas do Criador. O Leilão Brangus, lembrou Araújo, foi realizado já pelo terceiro ano consecutivo. “A Fazenda Bebinha está melhorando a qualidade cada vez mais”, disse, referindo-se à propriedade, de Candói (PR), que trouxe a raça para o evento. “Este ano, foram vendidos todos os animais”, completou, informando que a média de touros ficou em R$ 8.250,00. Na raça angus, o leilão também foi considerado um êxito. “Vendemos todos os animais”, comemorou. No Leilão de Gado de Corte, com oferta de 600 animais, o empresário da Gralha Azul ressaltou a liquidez. Outro leilão da programação foi o de bezerros e novilhas. “A qualidade estava superior à de 2013. Sentimos que, em certas categorias, vendeu melhor do que no ano passado. Em algumas, um pouco abaixo. Mas vendeu-se praticamente 100% (dos animais)”, analisou, assinalando que os preços ficaram dentro da média e que o destaque ficou por conta da quantidade de animais, com 600 cabeças. Além da participação de criadores de Guarapuava e região, Araújo contou que houve também a presença de pecuaristas de Laranjeiras do Sul e de Manoel Ribas. No Leilão Multi Raças, o último da exposição, houve um incremento de preço de 20% acima da média, no caso dos reprodutores. “Acredito que os preços estão dentro do satisfatório. Vendemos bons reprodutores, a qualidade está melhorando ano a ano”, finalizou.

1º Leilão Novilhas do Criador

Cooperaliança - Criadores lotam recinto do Leilão de Ovinos Realizado na noite do dia 15 de agosto, o Leilão de Ovinos Cooperaliança surpreendeu pelo público de criadores interessados na aquisição de animais de alta qualidade. Conduzidas também pela Gralha Azul Remates, as vendas trouxeram à pista 200 borregas cruzadas, ao lado de reprodutores PO (texel, île-de-france e hampshire down). O evento foi aberto pela vice -presidente da cooperativa, Adriane Thives Araújo de Azevedo, e pelo presidente da Sociedade Rural de Guarapuava , Johann Zuber. Armando França de Araújo, da Gralha Azul, que participou da condução dos lances, avaliou como positiva a realização do leilão, após um intervalo de três anos: “Quando entrou a Cooperaliança, organizando o Leilão, trouxe os produtores na organização. Foi um sucesso. Vendemos, no caso das fêmeas, 30% acima da média. E vendemos 100% dos animais”.

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Especial

21ª edição da ExpoBrasil de Charolês obteve excelentes resultados Foto: Geyssica Reis

1º Concurso de Carcaças Angus

Confira a lista dos vencedores do julgamento Charolês da Expogua 2014 Grande campeã:

Nome: Kharina 0518 da Estrela Idade: 40 meses e 17 dias Expositor: Annemarie Pfann e outros

Reservada de grande campeã:

Nome: Luma 620 do Tesourão Idade: 36 meses e 6 dias Expositor: Nelson J. Klas

Terceira melhor fêmea:

Nome: Nevada 713 do Tesourão Idade: 10 meses e 4 dias Expositor: Nelson J. Klas

Grande campeão:

Nome: Kleber da Estância Nova Idade: 17 meses e 16 dias Expositor: Maurício e Marco Checchia

Reservado de grande campeão:

Nome: Nelson 693 do Tesourão Idade: 15 meses e 28 dias Expositor: Nelson J. Klas

Terceiro melhor macho: Nome: Navegador 708 do Tesourão Idade: 10 meses e 10 dias Expositor: Nelson J. Klas

Campeão de honra (entre macho e fêmea):

Nome: Kharina 0518 da Estrela Idade: 40 meses e 17 dias Expositor: Annemarie Pfann e outros

Reservada:

Nome: Kleber da Estância Nova Idade: 17 meses e 16 dias Expositor: Maurício e Marco Checchia

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Campeã de honra: Kharina 0518 da Estrela

Os julgamentos morfológicos de animais de várias raças sempre movimentam a Expogua. No dia 9 de agosto, aconteceu o julgamento de classificação da raça Charolês. Ao todo, 61 animais integraram a avaliação da raça na 21ª edição da ExpoBrasil, sendo 43 fêmeas e 18 machos. Para julgar e avaliar cada um dos animais participantes, esteve presente o presidente da Associação Brasileira de Criadores de Charolês, Joaquin Villegas, que destacou as principais especificidades desses animais. “Charolês é uma das raças de corte mais criadas no mundo, é a raça nº 1 na Europa. É a mais utilizada em cruzamentos industriais nos Estados Unidos, criada em mais de 70 países nos cinco continentes e tem a particularidade de se adaptar ao que o mercado demanda em cada país. A maior característica do charolês é o ganho de peso e a produção de carne de qualidade”, destacou. Sobre os animais da competição, o presidente disse estar bastante satisfeito, afirmando que o número de animais participantes foi expressivo. “Vale destacar a qualidade dos animais, sobretudo das fêmeas. É de encher os olhos. Fiquei muito satisfeito com o padrão de animais apresentado”, declarou Villegas. O presidente do Núcleo de Criadores de Charolês de Guarapuava, Josef Pfann Filho, exaltou os resultados do evento pecuário. “Foi dentro do esperado, com animais de altíssima qualidade e com um jurado que entende bastante de charolês. Acho que os resultados foram bons e a premiação foi bem dividida também, o que é importante”, avaliou.

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Durante a Expogua, foi realizado o 1º Concurso de Carcaças de Animais da Raça Angus. A competição foi promovida pela Associação Brasileira de Angus e CooperAliança Carnes Nobres. O objetivo foi estimular os criadores da raça a buscarem certificação, padrão e qualidade, visando uma maior produção e rendimento. O médico veterinário João Paulo Boese Ferreira, gerente industrial do Departamento de Qualidade da CooperAliança, explicou que a cooperativa pretendeu também evidenciar o trabalho realizado pelos cooperados, além de divulgar a raça Angus na região. Participaram da competição, apenas cooperados da CooperAliança com, no mínimo, 50% de animais Angus certificados em 2013. O modelo deste concurso já existe em outros estados, como Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul. Dentre os critérios de avaliação, estão o peso de carcaça, a cobertura de gordura e a idade do animal. O julgamento foi feito pela equipe técnica da CooperAliança e da Associação Brasileira de Angus e o abate técnico foi realizado no frigorífico Frigokeller, em Guarapuava Os vencedores foram anunciados no dia 16 de agosto, no Ciclo de Palestras Aliança Angus. Na categoria machos, o primeiro lugar foi para o cooperado Antônio Zancanaro e o segundo lugar ficou com Augustinho Passaura. Já na categoria fêmeas, o primeiro colocado foi o produtor Edio Sander (presidente da Cooperaliança) e o segundo, Deni Schwartz.

Vencedores e comissão organizadora do concurso


A casa do produtor rural na Expogua O Sindicato Rural de Guarapuava, além de ser patrocinador da Expogua, também esteve presente no Parque de Exposição Lacerda Werneck, no chalé da entidade. O local funciona, todos os anos, como um espaço para o associado descansar, tomar um café ou uma água. “Um lugar de confraternização entre os produtores rurais da região”, explicou a gerente da entidade, Luciana Queiroga Bren. No dia 16 de agosto, o chalé recebeu a visita de associados das extensões bases de Candói e Cantagalo. As caravanas promovidas pelo Sindicato Rural em parceria com as prefeituras foram uma

Caravana de Candói

oportunidade desses produtores visitarem a Expogua, um dos maiores eventos agropecuários da região. “É importante essa visita. Aqui podemos ver muitas novidades que podem ajudar no nosso dia a dia como produtor rural, tanto na parte de máquinas agrícolas como no que diz respeito aos animais”, elogiou o sócio Eraclides José Cordeiro Roseira. O chalé do Sindicato Rural também foi a sede da assessoria de imprensa da Expogua, que esteve sob o comando da Coordenadoria de Comunicação da Unicentro e contou com o apoio da assessoria do Sindicato Rural.

Caravana de Cantagalo

Lançamento Núcleo Angus Durante o 12º Leilão Angus, dia 16 de agosto, foi fundado o Núcleo de Criadores de Angus do Terceiro Planalto do Paraná, que terá sede em Guarapuava. A criação vem de encontro a uma necessidade antiga dos produtores da raça. O agropecuarista Cláudio Marques de Azevedo assumiu a presidência do Núcleo. Durante a solenidade, ele destacou que as atividades da entidade devem começar já nos próximos dias. Os primeiros passos são contatar o maior número possível de criadores e produtores da raça, para fomentar a produção de Angus na região e suprir a demanda existente. Azevedo ainda afirmou que haverá outra ações para que seja atingido o objetivo.

“Serão promovidas palestras e eventos técnicos, além de dias de campo com pessoas especializadas”, contou.

Apoiadores e autoridades estiveram presentes, dentre eles o secretário de Governo do Estado, César Silvestri; o diretor do Programa Carne Angus Certificada, Reynaldo Salvador, representando a Associação Brasileira de Angus e o gerente do Programa Carne Angus Certificada, Fábio Medeiros.

Afrânio L. Nardelli - CREA/PR 85033/TD alnardelli@yahoo.com.br (42) 9933-7201 - (42) 3625-2271 Av. E 1061 - CEP 85139 - 400 Colônia Vitória - Guarapuava - PR Paulo José Alba - CREA/RS 177284/TD pjagro@yahoo.com.br (45) 99356745 / (45) 91286588 / (45) 30296067 Rua Caracas, 45 - CEP 85858-040 Beverly Fahls - Foz do Iguaçu - PR

Shows Nacionais Nesta 39ª edição, a feira contou com quatro shows nacionais: Paula Fernandes, Jads&Jadson, Michel Teló e Fernando & Sorocaba. Em entrevista exclusiva para à REVISTA DO PRODUTOR RURAL DO PARANÁ a cantora Paula Fernandes, que cativa o público que gosta do ritmo sertanejo, revelou que apesar de já ter uma carreira consolidada, ainda tem muitos sonhos e que deseja sempre ter lucidez ao longo da vida. “O fato de eu ter começado nova me tirou muitas coisas, mas também me deu muitas coisas, ou seja, um aprendizado muito rico. São 22 anos de carreira e eu tenho muito orgulho de tudo que fiz. Foi uma caminhada muito honesta. Eu escolhi o caminho mais longo, acho que é por isso que demorou tanto, mas também sinto que chegou (o sucesso) no momento em que eu estava mais preparada. Meu desejo é sempre ter lucidez para que eu possa administrar tudo que planejo”, contou Paula.


Fazendas hist贸ricas

Cachoeirinha:

desenho vivo de um passado rural

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Forno, feito de tijolos, era usado para secar erva-mate

Sede da Cachoeirinha, em foto antiga

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ento cair de uma tarde de inverno. Leve cantar de águas numa cachoeirinha. Cores leves, sob uma leve brisa, levando de um canto do jardim, para o mundo, para ninguém, algum perfume, de leveza, de jasmim. Ovelhas voltam do pastejo. Casal de curucacas acha seu lugar sobre uma árvore, frente a uma antiga casa. As janelas se fecharão logo após a escuridão. Rotina em que o tempo é soberano. Mas impressionante é pensar que a cena não é recordação de alguma amarelada página de diário. Não é só lembrança de quem, olhar redesenhado pela maturidade, revisita a infância no sabor de um doce de batata roxa. É apenas o findar-se de mais um dia, em uma das antigas propriedades rurais da região de Guarapuava. Construída no século XIX, segundo estimam as proprietárias, Solange Ribas Cleve, e sua irmã, Gilda Roseira Ribas, a sede da Fazenda Cachoeirinha é uma das várias construções centenárias que ainda podem ser encontradas no centro-sul do Paraná. As linhas, que ainda deixam entrever alguma influência da arquitetura lusitana, caracterizam toda a estrutura externa, fazendo lembrar, em seus tons e traços, gravuras do Brasil Colônia. Solange e Gilda explicam que ao longo dos anos a família realizou reformas. Algumas por necessidade, para reparar o desgaste natural do imóvel. A mais “recente” ocorreu em 1957 – há quase 60 anos. Entretanto, o aspecto da residência foi preservado em sua maior parte. Paredes espessas. Pesadas pedras irregulares na calçada. As mesmas que formam as paredes. Reflexo de um passado distante, porém vivo. A primeira pessoa da família a viver na fazenda, de acordo com Solange, foi Antônio de França Loures, no século retrasado. Ele era neto do Capitão Rocha e filho do brigadeiro Rocha, cujos nomes, por sua importância histórica, foram atribuídos a duas ruas na área central de Guarapuava. O avô das proprietárias, Serafim Ribas, casouse com Maria do Belém, tendo seis filhos. Entre os

quais, o pais delas, Rutílio Loures Ribas, nascido em 1900. Conforme relata o historiador Sebastião Meira Martins, em seu livro Soberbas Fazendas de Nosso Rincão, o guarapuavano Rutílio, ainda jovem, depois de estudar por dois anos em São Paulo, retornou a Guarapuava em 1920, com a formação de Guarda-Livros. Com seu primo, Antônio Saldanha Loures, adquire uma loja conhecida como Casa Minerva, renomeando-a como Casa Vênus. Mais tarde, dissolvida a sociedade, ele associa-se com o pai na Fazenda Cachoeirinha. Em 1931, Rutílio casou-se com Judite Roseira Ribas. E até idade avançada, permaneceu sempre ligado à propriedade, da qual mais tarde cuidaria o marido de Solange, o dentista Dalmo Cleve, falecido em 2002. Desde então, é ela quem está à frente da fazenda. No histórico da produção agropecuária, no campo, já em meados do século XX, predominavam o gado de corte, com a raça nelore, a ovinocultura, além de galinhas e suínos. Para com-

Velas feitas de sebo, guardadas até hoje entre relíquias

Marca da fazenda

Solange, Cláudia e Gilda

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Cachoeirinha, a cerca de 500m da sede, dá nome à propriedade

Moedor, usado para mandioca

pletar o quadro, não poderia faltar a criação de cavalos – tipo pampa. “Por gosto” de seu pai, como sublinhou Solange, explicando que lucro não se tinha com aquela atividade. O manejo dos bovinos, contudo, nem de longe lembra o de hoje: “Era uma cabeça de gado por alqueire”, disse a produtora rural, sem conter o riso. Ela rememorou também que “não havia o hábito da pastagem de inverno” e que, na estação fria, quando morria o pasto, “o gado sentia demais”. E se chegava até a perder animais. Em meados dos anos 60, uma mudança: o início da pecuária com raça charolesa. Atualmente, mantendo ainda a ovinocultura, com Île-de-France, a fazenda começou com bovinos da raça angus. “A carne está tendo mais aceitação”, avaliou Solange, que atribuiu a consolidação das duas modalidades de pecuária, na região, à fundação da Cooperaliança, em 2007, em Guarapuava. Ela relatou que sentia já a necessidade de que os criadores fortalecessem seus rebanhos e por isso participou da criação da cooperativa, ao lado das amigas e também pecuaristas Adriane Thives Araújo Azevedo, Edla Lustosa e Geni Lacerda Lima. Na agricultura, hoje, a fazenda produz milho e soja, atividades conduzidas por Luis Alberto Ribas Prestes, filho de Gilda, e também em parceria com produtores vizinhos.

Outra página do passado, ainda vista no presente, está no jardim da Fazenda Cachoeirinha. A carroça ali estacionada não é mera peça decorativa. Era para a família o único meio de transporte até a cidade. A travessia do Rio Coutinho era de balsa. E aos solavancos, o trajeto – uma verdadeira viagem – exigia um dia inteiro... Fato que explica também a atitude da época, de se tentar produzir, na propriedade, tudo aquilo de que se necessitasse para o cotidiano, de objetos a alimentos, como charque, lingüiça, frutas, doces e erva-mate, colhida e seca num antigo forno de tijolos. Queijo também. Com o desenho característico dado por um cincho de madeira em forma de coração. Café e carne, eram moídos igualmente ali. E, sem luz elétrica, as velas eram fabricadas em casa, com sebo. Os panos dos sacos de sal eram desfiados, para se fazer os pavios. Usou-se também lampiões a gás. Mais tarde veio o motor a combustível, para gerar eletricidade. Contudo, como em outras antigas fazendas, só até um determinado horário da noite. Energia de uma rede elétrica, só a partir de 1984. Em tempos mais recentes, um fato marcou a história da Fazenda Cachoeirinha: num vendaval ocorrido dia 22 de setembro de 2013, uma araucária estimada como centenária, próxima à sede, foi ao chão como se não tivesse peso nem raízes profundas. Dela restou a imagem em preto e branco, em fotos antigas. Se a dureza da antiga lida campeira não deixou saudades, saudades ficaram entretanto do estilo de vida. Solange e Gilda recordam, com saudade, que viveram por lá parte da infância. Mesmo após terem ido morar na cidade, para frequentar a escola, voltavam sempre, nos finais de semana ou nas férias. Era, como enfatizaram, um mundo à parte: brincar nas cachoeiras, correr pelo campo, tomar leite das vacas, andar a cavalo. De seu lado, Gilda relatou que ainda existia a cultura das famílias rurais se visitarem.

Cincho em forma de coração, para produção de queijo

Chaleira de cobre: utensílio de peso impensável para uma dona-de-casa atual Tesoura para cortar pavio de vela Bacia de louça

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Sede possui alguns móveis do século XIX


Foto: arquivo da família

Foto: arquivo da família

Ângela, em 1984, sobre um cavalo pampa, na Fazenda Cachoeirinha

Foto: arquivo da família

Solange, o sobrinho Luis Alberto Ribas Prestes e a irmã, Gilda

Rutílio Loures Ribas e Dalmo Cleve

Visitas eram bem-vindas. Era gente nova, com quem conversar, num ambiente onde todos os dias eram os mesmos rostos que se via. “Quando aparecia uma carrocinha cheia de visita, para pousar, festar, nossa, eles ficavam tão alegres!”, comentou. E não era só com visitantes que imperava a alegria de ouvir e falar. Gilda completou que, no final do dia, ela e a irmã ficavam em torno dos empregados, que já debulhavam o milho para alimentar os animais no dia seguinte. Conversar era a distração. “A gente, que era criança, ficava louca de medo. Eles ficavam contando causos de ‘visagem’, que aparecia uma velha aqui nos fundos... A gente quase morria de medo!”, acrescentou, entre risadas. Filha de Solange e sobrinha de Gilda, Cláudia Ribas Cleve Losso, apesar de pertencer a uma geração mais jovem, chegou a vivenciar, entre a idade de 4 a 12 anos, um pouco daquele ambiente rural: “A gente passava as férias brincando, andando de trator, indo tomar banho de rio. As amigas vinham também, construíamos uma casinha de bambu, andávamos a cavalo, de carroça...” Hoje, ela conta que traz os dois filhos para esse contato com a natureza. Mas os tempos parecem haver mudado... “O mais novo gosta de fazenda, o mais velho, não, gosta mais de computador”, admitiu. Ainda assim, a tradição da propriedade promete manter-se preservada na força das mulheres da família: Solange, Gilda, Cláudia, Ângela. São elas que guardam a história, contida em fotos, louças antigas, móveis com cerca de 100 anos, ou no selim utilizado pela avó, no século XIX, e nos vários utensílios rudimentares de então, que traduzem a garra de que se precisava (e de que ainda se precisa...) para vencer. Se depender delas, não há dúvida: a Fazenda Cachoeirinha permanecerá sendo uma propriedade que, modernizando a produção, preserva-se no entanto como um vivo desenho de um antigo e saudoso passado rural.

Antônio de França Loures, primeiro membro da família a morar na propriedade

Hoje decorativa, carroça no jardim já foi o único meio de transporte até a cidade

Quarto: mobília da década de 30

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Campanha Produtor Solidário

Sindicato Rural de Guarapuava recebe certificado por ajudar desabrigados da enchente Receberam certificado de agradecimento: • ABSER – Associação Beneficente de Senhoras de Entre Rios • CAD – Clube Atlético Deportivo • Centro de Nutrição Renascer • Colégio SESI • Evidência Empreendimentos Imobiliários • Imobiliária Gaspar • Inviolável Guarapuava • Núcleo Regional de Educação • Paróquia Santana de Guarapuava • Sindicato Rural de Guarapuava • Voluntários Fábio Luiz Barros e Regiane Aparecida de Andrade Barros

O

Sindicato Rural de Guarapuava, representando pelo vice-presidente, Josef Pfann Filho, foi uma das entidades que recebeu no dia 12 de agosto, no Paço Municipal, certificado por haver colaborado nas ações em prol de pessoas atingidas pela enchente do dia 8 de junho. O reconhecimento vem sendo feito, há alguns dias, pelo prefeito Cesar Filho a todas as organizações que se empenharam em minimizar os efeitos do que já se considera como a maior catástrofe natural da história de Guarapuava. Logo após os temporais, o Sindicato Rural direcionou a Campanha Produtor Solidário para sensibilizar associados a destinar donativos aos desabrigados. Com a participação dos produtores, a entidade conseguiu doar itens como água, alimentos, produtos de higiene pessoal, de limpeza, roupas e cobertores. Após a entrega dos certificados, com a presença do Secretário de Assistência Social, Abraham Virmond Haick, o prefeito agradeceu às entidades e empresas, afirmando que o poder público tem a obrigação de ajudar e que o voluntariado da sociedade demonstrou solidariedade. Cesar Filho comentou a extensão dos danos causados pelas chuvas. “O que comoveu todo mundo foi o alagamento urbano. Mas o prejuízo foi na área rural. Perdemos mais de 40 pontes. Dessas, 12 com mais de 20 metros.

Abraham Virmond Haick (Secretário de Assistência Social), Josef Pfann Filho (vice-presidente do Sindicato Rural) e Cesar Silvestri Filho (prefeito municipal)

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Tivemos mais de 1.000 quilômetros de estradas danificadas. Nunca vi nada igual, parecia um terremoto na zona rural”, relembrou. O prefeito relatou ainda as ações do Plano de Recuperação de Danos. Em nome das organizações presentes, falou o Padre Ari Marcos Bona. Após receber o certificado, o vice-presidente do Sindicato Rural de Guarapuava, em entrevista, destacou também a importância da mobilização de toda a sociedade no atendimento aos atingidos pelas chuvas de junho: “Tanto o Sindicato, como as outras entidades que se fizeram presentes, desempenharam um papel de extrema importância. O setor rural não tem como ficar de fora desse processo todo e precisa se envolver. E tem habilidade e pessoas competentes para isso”. Para Pfann Filho, a participação do segmento agropecuário no dia a dia da cidade foi e permanece sendo necessário: “Não podemos, de forma alguma, ficar à margem dos problemas que a comunidade enfrenta. Temos de estar sempre prontos para atender às necessidades não só de Guarapuava, mas de toda a região, já que o Sindicato se estende além de Guarapuava”.

Em junho, município sofreu sua maior enchente Dados da estação meteorológica do Simepar/ Fapa, no distrito de Entre Rios, mostraram que, apenas nos dias 7 e 8 de junho deste ano, choveu 369,6 mm. O volume é mais do que o dobro da média histórica daquele mês (1976 a 2013), que é de 154 mm. Com isso, até o dia 9, junho havia registrado 466 mm de chuva. O fenômeno fez rios transbordarem, destruiu pontes, causou alagamento ou erosão em várias áreas de lavoura e deixou estradas rurais total ou parcialmente intransitáveis. Os distritos de Jordão e Entre Rios foram alguns dos lugares mais atingidos. No Jordão, as águas invadiram propriedades próximas à margem do rio e destruíram a cabeceira da ponte que dá acesso ao local. Na PR 170, o asfalto afundou em alguns trechos, entre o distrito de Entre Rios e a cidade, e houve ainda queda de barreira. A destruição parcial ou total de estradas e acessos de propriedades também afetou o transporte de leite, no distrito de Guará.


Boletim AEAGRO

Ações desenvolvidas no primeiro semestre de 2014: • Entrega do prêmio dos 5 melhores TCC’s pelo 6º ano consecutivo, durante a formatura, envolvendo o trabalho de 05 profissionais que assistiram e analisaram 38 TCCs, ou seja, 38 horas. • Reunião com a FEAP em Maringá, com 27 participantes das 18 Associações que fazem parte da FEAP. Foram debatidos os temas: Projeto de Lei 268/2007 que permitirá a comercialização de sementes com genética de restrição de uso de variedade somente para plantas biorreatores para uso terapêutico ou industrial; Congresso Brasileiro de Agronomia CBA 2015, que será realizado em Foz do Iguaçu sob a responsabilidade dos Agrônomos do Paraná. • Palestra aos alunos de agronomia do IFPr – Instituto Federal do Paraná de Palmas à convite do Departamento de Agronomia durante a III Semana Acadêmica de Agronomia, levou a divulgação da associação e a orientação profissional. • Seminário Regional de Manejo e Conservação de Solos: evento marcante na divulgação de técnicas e legislação sobre o assunto. • Presença do SENGE, CREA e AEAGRO na Unicentro, a convite do Departamento de Agronomia, debatendo com os formandos a atuação de cada uma das entidades. A ação proporcionou aos novos profissionais a visão clara de que forma atuam as entidades representativas. • Continuidade da obra da sede, que demanda um acompanhamento quase que diário. • Reunião com CREA-PR, AEAG e APROGEO com o vereador Milton de Lacerda Roseira Júnior sobre a importância dos engenheiros, dos agrônomos e das geociências na prevenção de catástrofes.

Premiação do TCC 2014

Seminário Regional de Manejo e Conservação de Solos Palestra aos formandos da Unicentro: lançamento do Prêmio TCC 2014 e atuação da AEAGRO

III Semana Acadêmica de Agronomia o IFPR – Palmas-PR, de 02 a 07 de junho

• Participação do nosso Conselheiro no CREA-Pr, Rodrigo Luz Martins, com 100% de presença nas reuniões em Curitiba e ainda nos representando na Comissão de Ética e na Câmara de Agronomia como vice coordenador. • Participação também em 100% das reuniões de Inspetoria do CREA-Pr do nosso Inspetor Wilson Aparecido Juliani. Este ano temos eleições no Sistema Confea/CREA, quando vamos eleger o Presidente do Confea, do CREA e o Conselheiro da AEAGRO. Gostaríamos que os colegas entendessem a importância para a categoria de uma votação expressiva na região, para aumentar a nossa representatividade perante o Sistema.

Reunião em Maringá, dia 17 de maio de 2014, com FEAP

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Trimestre

Café da manhã reuniu sócios aniversariantes

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Josef Pfann Filho, vicepresidente do Sindicato Rural de Guarapuava

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m momento de confraternização: assim foi mais uma edição do Café da Manhã dos Aniversariantes, promovido pelo Sindicato Rural de Guarapuava para seus associados, no dia 30 de junho. No salão de festas da entidade, Josef Pfann Filho, 1º vice-presidente do sindicato, deu boasvindas aos produtores rurais em nome de toda a diretoria e do presidente, Rodolpho Luiz Werneck Botelho, que se encontrava em viagem. Pfann ressaltou que o sindicato vem cumprindo seu papel de representar o setor, mostrando à sociedade que os produtores rurais têm, na terra, seu maior patrimônio e que, por isso, praticam uma agropecuária que respeita a conservação do solo. O 2º vice-presidente do sindicato, Anton Gora, também participou do café da manhã. Para os cerca de 15 produtores presentes,

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mais uma vez o evento representou um momento de confraternização, diálogo direto com diretores e troca de ideias com amigos. Produtor rural e associado Pedro Wilson Padilha da Rosa elogiou a iniciativa do café da manhã: “A gente vem para cá, conversa com pessoas de todo o segmento da agropecuária e sempre tira muito proveito desses ‘bate-papos’ nessas ocasiões”, disse. Ele agradeceu ao sindicato e completou que o encontro proporciona oportunidade de rever amigos e conhecer novas pessoas. Outro associado, Daniel Schneider, também avaliou positivamente o evento: “É bom para encontrar as pessoas que estão fazendo aniversário, para a gente se reunir”, destacou. O Café da Manhã dos Aniversariantes acontece trimestralmente, como forma de homenagear os associados que fizeram aniversário no período.


Segurança e medicina do trabalho

Mais segurança, saúde e bem-estar para empresas e propriedades rurais

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Torre Forte Saúde começou suas atividades há 10 anos, visando suprir uma demanda das empresas referente à regularização dos funcionários nos quesitos segurança e medicina do trabalho. “Nós atendemos atualmente a gestão de segurança, medicina do trabalho e assessoria na segurança do trabalho. Gestionamos para nossos clientes a manutenção dos programas que são exigidos pelo Ministério do Trabalho e também as normas previdenciárias de prevenção de doenças e acidentes de trabalho”, explica o sócio-diretor Ednilson José Coniezmi. Ele ressalta que atualmente houve uma evolução na área de medicina e segurança do trabalho, devido à rigorosidade da legislação, fiscalização, mas também por uma maior conscientização dos empregadores e trabalhadores. “A Torre Forte Saúde entende que não há como separar o bem estar no local do trabalho da qualidade dos produtos e serviços oferecidos”. A empresa também atende a área rural e percebe que no campo a legislação vem sendo mais rigorosa. Segundo Coniezmi, neste ambiente profissional, assim como em todos os outros, é necessário que o trabalhador exerça sua função com toda a segurança. Um exemplo é a criação da Norma Regulamentadora (NR) 31 que é específica para segurança e saúde no trabalho na agricultura, pecuária, silvicultura, exploração florestal e aquicultura. Ela estabelece os preceitos a serem observados na organização e no ambiente de trabalho, de forma a tornar compatível o planejamento e o desenvolvimento das atividades da agricultura e áreas afins. “Antigamente não era assim. Tínhamos que pegar uma norma da indústria, por exemplo, e adaptar para o meio rural”, destaca o sócio-diretor. A fiscalização nos últimos meses vem se intensificando na região, valendo também para o meio rural. Segundo Coniezmi, o Ministério do Trabalho é bastante pontual quando realiza as fiscalizações, vindo de acordo com incidentes e acidentes que vem acontecendo na região. “No momento, nas últimas fiscalizações em propriedades da região, eles estão focando nas

normas regulamentadoras 33 e 35”, informa. A NR 33 diz respeito aos espaços confinados e tem como objetivo estabelecer os requisitos mínimos para identificação de espaços confinados e o reconhecimento, avaliação, monitoramento e controle dos riscos existentes, de forma a garantir permanentemente a segurança e a saúde dos trabalhadores que interagem direta ou indiretamente nestes espaços. Para o Ministério do Trabalho, espaço confinado é qualquer área ou ambiente não projetado para ocupação humana contínua, que possua meios limitados de entrada e saída, cuja ventilação existente é insuficiente para remover contaminantes ou onde possa existir a deficiência ou enriquecimento de oxigênio. Já a NR 35 estabelece os requisitos mínimos e as medidas de proteção para o trabalho em

Ednilson José Coniezmi, sócio-diretor da Torre Forte Saúde

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É necessário que o trabalhador exerça sua função com toda a segurança”

altura, envolvendo o planejamento, a organização e a execução, de forma a garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores envolvidos direta ou indiretamente com esta atividade. Considera-se trabalho em altura toda atividade executada acima de 2,00 m (dois metros) do nível inferior, onde haja risco de queda.

Coniezmi atenta que quando estiver ocorrendo a fiscalização para estas normas, outros itens também podem ser observados pelos fiscais, gerando uma possível autuação. “É importante o empregador ficar atento também, por exemplo, a equipamentos, folha de pagamento, fundo de garantia, entre outras normas”.

Clientes da Torre Forte

Ednilson José Coniezmi

Roberto Pfann, Agrícola Estrela “A Torre Forte presta consultoria para nós nas áreas de medicina e segurança do trabalho. Iniciamos uma nova etapa agora focando a NR33, que foi alvo de fiscalização do Ministério do Trabalho em nossa propriedade. A Torre Forte vai participar do processo, com os treinamentos para os funcionários. Algumas vezes, temos a visão de que empresas de medicina e segurança do trabalho são somente para realizar exames periódicos, mas o trabalho é muito mais amplo”.

Peter Spiess Junior, Spiess Contadores Associados “A consultoria que a Torre Forte presta em minha propriedade é fundamental, já que não conseguimos atender e ficar por dentro de tudo que está sendo exigido. A empresa nos dá um apoio, nos auxilia e coordena o que deve ou não ser feito. A Torre Forte foi a primeira empresa do ramo contratada na propriedade há quatro anos e, hoje, sabemos da importância de uma consultoria na segurança do trabalho, devido às fiscalizações, mas também pensando no benefício para os funcionários”.

Elke Leh, Grupo Leh “Em termos de medicina do trabalho, a consultoria que a Torre Forte nos presta é funcional, pois realizam os exames admissionais, demissionais e periódicos. Sei que se fôssemos cuidar disso de uma forma particular seria bem mais trabalhoso. Com essa consultoria, o processo dos exames se torna mais ágil”.

Luis Fernando Kazahaya, Batatas Guará “Nossa equipe é pequena, portanto não conseguíamos atender a área da segurança do trabalho e por isso buscamos uma parceria junto à Torre Forte. Atualmente, não nos preocupamos com esse assunto. Eles deixam o técnico aqui na empresa, que observa o que está faltando e promove os treinamentos. Após essa parceria, nosso ambiente de trabalho melhorou muito, inclusive as faltas reduziram, porque os colaboradores precisavam ir ao médico com mais frequência. A qualidade e o bem-estar melhoraram na empresa”.

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Parceria

Sindicato promove semanalmente o

Dia do Seguro alguns casos, por achar que não é necessário. Mas lembrou que as intempéries são uma das razões para proteger o patrimônio. O empresário recordou que há várias modalidades de seguro e que em alguma delas o produtor poderá se encaixar com uma boa relação custo-benefício. Carla Dalla Vecchia, gestora de carteira agrícola da Promissor, disse que no Dia do Seguro busca, principalmente, informar os produtores sobre as várias possibilidades de seguro. “Esclareço dúvidas, as coberturas disponíveis para cada segmento”, contou. Ela completou que, além dos seguros rural e agrícola, a empresa também oferece o de automóveis. “As pessoas têm ainda a ideia de que o seguro é muito caro. Na verdade, não é. É uma garantia do patrimônio”, concluiu.

Carla Dalla Vecchia e José Maneira: parceria com o Sindicato Rural de Guarapuava

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A

gropecuaristas interessados em proteger seu patrimônio por meio de seguro têm, no Sindicato Rural de Guarapuava, um dia na semana em que podem conhecer várias modalidades de contratos. O atendimento está sendo feito todas as quartas-feiras, das 13h30 às 17h30. Em parceria com a Promissor Corretora de Seguros, que atua em Guarapuava desde 1979, a entidade promove, desde 16 de julho, o Dia do Seguro. Trata-se de um momento semanal em que o associado, na sede do sindicato (Rua Afonso Botelho nº 58), pode conversar com a corretora e informar-se sobre as possibilidades que ela oferece para o setor da agropecuária. Proprietário da empresa, José Carlos Maneira recordou que o diálogo com o sindicato começou há cerca de dois anos: “Já houve algumas palestras aqui sobre seguro agrícola, de colhedeiras, caminhões, frotas, automóveis, de vida, empresarial, barracões”. Maneira observou que, por vezes, o produtor rural só contrata um seguro em

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Saúde animal

Biogénesis Bagó renova embalagens de suas linhas de produtos Mudanças facilitam a organização dos produtos nas prateleiras de revendedores e no armazenamento na fazenda A empresa de saúde animal Biogénesis Bagó apresenta a partir do mês de agosto as embalagens de suas linhas de produtos totalmente renovadas para facilitar a identificação e localização nos revendedores e a organização nas fazendas. O nome do produto está em destaque nas novas embalagens, seguido da sua principal indicação e princípio ativo. Foram criados também ícones que identificam facilmente para qual espécie animal o produto se destina, além de nove cores que indicam a qual classe terapêutica o produto pertence, como Antibióticos, Antiparasitários externos, Vitaminas e Minerais, Reprodutivos, Antiparasitários internos, Farmacêuticos,

Aftosa, Biológicos e Endectocidas. “Essas mudanças visuais facilitam muito a organização dos produtos nas prateleiras dos revendedores e também no armazenamento na fazenda, evitando erros na hora de aplicar os medicamentos nos animais”, explica o gerente de marketing da Biogénesis Bagó, Luciano Lobo. “A renovação das embalagens da Biogénesis Bagó está alinhada com o slogan da empresa ‘A evolução da saúde animal’ e complementa os investimentos institucionais que vem realizando nos últimos anos, fazendo com que seja uma das empresas que mais cresce no mercado veterinário”, ressalta o gerente de marketing.

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SEMINÁRIOS

Conteúdo:

Locais e datas de realização:

Conceituação e contextualização da Agricultura de Precisão (AP). Ferramentas envolvidas: GNSS, sensores, técnicas de amostragem,

Londrina - 25 de setembro / 14h-17h (tarde) Local: Sociedade Rural do PR - Parque de exposições Gov. Ney Braga - Auditório Milton Alcover - Av. Tiradentes, 6355 Informações: Arthur Piazza Bergamini (43) 3357-1481 / (43) 9961-0602

máquinas e equipamentos.

Maringá - 26 de setembro / 09h-12h (manhã) Local: Sociedade Rural de Maringá - Parque de Exposição Francisco Feio Ribeiro Av. Colombo, 2186 Informações: Salvador José Morales Stefano (44) 3245-2055 / (44) 9973-8502

e tirar proveito da sua variabilidade espacial e temporal.

Ponta Grossa - 09 de outubro / 14h-17h (tarde) Local: Associação dos Engenheiros Agrônomos dos Campos Gerais Rua Júlia Wanderley, 1376 - Centro Informações: Lucas Hongo Oliveira (42) 3225-8915 / (42) 9972-4522

As técnicas atuais e perspectivas para o futuro.

Guarapuava - 10 de outubro / 09h-12h (manhã) Local: Sindicato Rural de Guarapuava

Palestrante: Prof. José Paulo Molin

Departamento de Engenharia de Biossistemas Área de Mecânica e Máquinas Agrícolas ESALQ-USP

Rua Afonso Botelho, 58 - Trianon Informações: Aparecido Ademir Grosse (42) 3626-4789 / (42) 9977-2799 Toledo - 31 de outubro / 09h-12h (manhã) Local: Auditório da PUCPR Campus Toledo Av. da União, 500 - Jardim Coopagro Informações: Francisco Pelição de Oliveira (45) 3262-2774 / (45) 9972-4710


Fertilizante foliar

Produto, momento e alvo CERTO Proporciona tempo em deslocamento de máquinas em áreas distintas considerando a diminuição de volume de água, possibilitando assim o ganho no tempo.

A

s aplicações fitossanitárias estão na agenda dos agricultores, agrônomos e pesquisadores. Experimentos realizados durante anos mostram que a água, embora importante, não é o fator principal para o sucesso das aplicações. Altas vazões estão associadas à gotas grossas, desuniformes, com menor cobertura, além de alto índice de escorrimento (efeito guarda chuva). Muitos produtos já estão se adaptando à tecnologia de BAIXA VAZÃO, pois além de aumentar a eficiência de suas aplicações (gotas concentradas), diminuem o custo operacional de seus pulverizadores (combustível, horas/ máquinas e água). Sendo assim, a AGROFERTI Indústria e Comércio Ltda. desenvolveu um produto FOLIAR para dar suporte na aplicação de BAIXA VAZÃO. A TECNOLOGIA DE BAIXA VAZÃO vem de encontro com o CERTO, produto com diferencial que atua nas plantas com sua composição de P e N, bem como contém em sua formulação agentes que propiciam a atração de gotas, o que possibilita trabalhar com baixo volume de aplicação, minimizando perdas de defensivos, hoje um gargalo nas aplicações em alta vazão. Possuindo um efeito emulsificante que homogeneíza a calda, diminuindo a chance de incompatibilidade de produtos e entupimento de bicos. CERTO é um fertilizante FOLIAR, com propriedades em sua composição que possibilita

aplicações com grande quantidade de orvalho, temperaturas altas e baixa umidade relativa do ar. Inúmeros testes foram realizados, em lavouras comerciais, comprovando a eficiência da tecnologia e desempenho do produto. Depois do plantio direto, a tecnologia de BAIXA VAZÃO é a mais nova tecnologia que chegou para os agricultores. A tecnologia de aplicação sofreu profundas mudanças no setor produtivo, dessa forma, já estão no mercado: pulverizador com piloto automático, GPS, corte de seção automática e controladores de vazão. Tudo isso ao alcance do produtor. Atualmente, as pesquisas de campo em alta vazão demonstram grandes perdas nas aplicações por deriva, evaporação e escorrimento. Bicos devem produzir gotas homogeneizadas, distribuição uniforme e volume desejado. Bicos com pontas desgastadas, inadequadas, geram perda de até 50% do produto utilizado na aplicação. Gotas finas têm uma penetração melhor e consequentemente, uma eficiência maior em acertar o alvo, sem problema de deriva e evaporação. GOTAS FINAS = vertical = alvo interno. GOTAS GROSSAS = grande dificuldade de penetração, alvo externo e escorrimento. UMIDADE RELATIVA BAIXA = gota perde líquido e peso pela evaporação sem atingir completamente o alvo e deriva.

Aumenta o espaço de tempo para aplicação, pois o produto responde aos efeitos, e índices de baixa umidade relativa do ar, ventos moderados, orvalho, temperatura alta.

Revista do Produtor Rural do Paraná

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Pesquisa

Eleitor brasileiro compreende dependência ao agronegócio Por José Luiz Tejon Megido Diretor Vice Presidente de Comunicação do Conselho Cientifico para a Agricultura Sustentável (CCAS)

E

m pesquisa realizada pela Abag/ESPM, nas cidades de São Paulo, Salvador, Porto Alegre, Belém e Goiânia, 81,2% preferem um candidato que entenda de agronegócio e 72,8% não votam em candidato que tem descaso com a agricultura. Esses dados conjugados a hoje elevada percepção do eleitor a respeito da dependência que a economia, e o Brasil, têm do agronegócio, alteram consideravelmente a importância desse macrossegmento, que reúne cerca de 25% do PIB. Relevância essa não apenas real, mas já percebida, mesmo pela sociedade urbana brasileira. Quase unanimidade, 91,2% dos eleitores concordam com a afirmação: o agronegócio é muito importante para o país, ao lado de outras opções na mesma alternativa, como concorda, concorda pouco, concorda ligeiramente, nem concorda nem discorda, discorda levemente, discorda pouco, discorda, discorda muito e não sabe. E 86,4% dos eleitores consideram as estradas do país mal conservadas, e que isso aumenta os custos dos alimentos. Sendo que 86,3% interpretam os portos brasileiros como antigos e mal gerenciados, e por isso prejudicam o agronegócio nacional. O setor, se por um lado ocupa uma posição de relevo na percepção da população, por outro apresenta pontos a serem trabalhados pelas organizações e suas entidades. Já que 66,4% não acreditam que a reforma agrária possa resolver problemas de inclusão econômica e social; 42,7% não concordam com os transgênicos, enquanto 14,3% nem concordam nem discordam nessa categoria, sobrando apenas 37,4% na concordância. A engenharia genética exige ações de monitoramento e de educação da sociedade urbana. No aspecto do “agrotóxico”, 90% concordam que o governo deve aumentar a fiscalização, o que dramatiza a necessidade de clareza e de comunicação ética nessa relação com a cidade. Outro aspecto a exigir uma gestão competente do tema está sob o assunto das florestas: 54,6%

72

Revista do Produtor Rural do Paraná

não concordam que o Brasil seja um dos países do mundo que melhor preserva suas florestas, com 13,2% nem concordando ou discordando, 1,5% diz não saber e, 30,7%, que acreditam ser o Brasil, sim, um dos países mais preservadores do mundo. A Água surge como o grande ponto da preocupação urbana, onde 78,8% concordam de que vai haver falta de água potável no mundo. Sobre segurança alimentar, temos nos eleitores uma conclusão curiosa: 56% concordam de que não faltam alimentos no Brasil. Essa situação explica o fato do setor não estar no “Top of Mind” das grandes preocupações emergenciais do eleitor, como segurança, saúde, mobilidade urbana, moradia, empregos, educação e corrupção. Porém, 32,1% não concordam com a afirmação, 11,2% nem concordam, nem discordam, e, ao trazermos para essa questão, outra pergunta a respeito da oferta de alimentos no país: 82,5% concordam que isso será dependente da capacidade do futuro presidente em orientar e apoiar o agronegócio. A respeito dos candidatos que aparecem na liderança das pesquisas eleitorais, (esta pesquisa realizada pelo Ipeso não foi feita para intenção de voto) a candidata Dilma Roussef surge como mais vinculada a incentivos e eliminação de impostos para a agricultura. O candidato Aécio Neves aparece como uma personalidade de mais investimentos em infraestrutura e que poderia levar o país a ser o campeão mundial em exportação no agronegócio. Na época, o candidato Eduardo Campos aparecia como um apoiador do setor. Os candidatos são percebidos pela população como positivos para o agronegócio brasileiro, mas com diferenciais entre si. Surge como dado interessante adicional, dentre outros, a paixão do brasileiro pelo biocombustível. Os eleitores acreditam numa proporção de 89,9% que o Brasil precisaria usar mais a energia renovável que vem da agricultura como o etanol e o biodiesel. Este estudo, ao lado de outros cumulativos anteriores, nos permite afirmar que houve uma


Arquivo Sindicato Rural de Guarapuava

mudança não apenas de realidades concretas, no que tange ao agronegócio e sua relação com a economia e a vida no país, mas que esse fato, hoje, também já tem uma percepção de valor diferente e muito positiva, instalada potencialmente na mente do cidadão urbano e do eleitor brasileiro. Enquanto macrossetor, as pessoas valorizam o agro, como economia, além de vida nova num novo interior, tecnologia, e um campo onde o Brasil se destaca mundialmente, e que isso traz benefícios e gera emprego nas cidades. E sabem também que a infraestrutura e os impostos prejudicam o setor, bem como, a falta de crédito e de renda mínima assegurada. Quando aspectos pontuais são tratados, como orgânicos, defensivos agrícolas, transgênicos, questões de terras, demarcações indígenas, reforma agrária, água, árvores, mão de obra, cooperativismo e outros, fica evidente a necessidade de comunicação, diálogo, e educação, sob todos esses aspectos, seja por qualquer ângulo que possamos tomar a questão, contra ou a favor. Aí está também instalado um campo fértil para ser utilizado ou pela razão, ou por alternativas não científicas desses vitais assuntos.

Ao concluir podemos afirmar: se o agronegócio mudou, do lado de dentro da porteira das fazendas, é fato também ter mudado e impactado a opinião pública brasileira e urbana das grandes cidades. Não se trata de um tema próximo, e do dia a dia, inclusive pela não percepção na maioria das pessoas de que tenhamos falta de comida no país. Porém, ali existe um potencial acessível com extraordinária facilidade para a boa intenção de educação e de planos saudáveis de gestão, seja na área pública como privada. E, o macrossetor apresenta, também, pontos controversos e de ignorância de um não saber e de falta de informação quando adentramos aspectos específicos ao longo de toda a sua cadeia produtiva, desde a mesa do consumidor, passando pelo varejo, agroindústrias, serviços, produção, e tecnologia propriamente dita. Mas fica aqui o registro potencial da promessa de um sonho, onde o Brasil poderia prometer e ter a competência para entregar. Ele também vive e existe na aspiração desse cidadão e eleitor urbano: 89,9% concordam que o agronegócio brasileiro pode alimentar o mundo e que também significa uma vital fonte de renda para o Brasil.

91,2%

dos eleitores concordam com a afirmação: o agronegócio é muito importante para o país”

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Novidade

Dacoregio Automotivo:

inovando sempre A

Dacoregio Automotivo está em obras para melhor atender seus clientes. A empresa, que já tem 21 anos de existência, é especializada em pneus de caminhonetes e alta performance, além de uma vasta gama de produtos e serviços e busca crescer constantemente. Até 2020, o objetivo é tornar-se um modelo padrão de autocenter, “Hoje já temos uma empresa acima da média nacional. Estamos sempre inovando, com criatividade, planejando e investindo tanto no espaço físico como na equipe. Desta forma, esperamos sempre resultados melhores”, conta o gerente Thiago Lima. Atualmente, as mudanças estão sendo feitas principalmente no espaço físico, que será mais bem distribuído, com novos elevadores e softwares de ponta, atendendo a necessidade de veículos comuns até os mais luxuosos. “Na oficina, também haverá novidades e algumas surpresas. Em breve estará disponível um vídeo com o tour virtual da empresa, mostrando todos os setores. Postaremos no facebook da Dacoregio e também no Youtube”, conta Thiago. A Dacoregio Automotivo, ano após ano, tem mudado e renovado, se tornando diferente das demais empresas do segmento. Como isso tem agradado muito os clientes, a equipe não pretende parar.

74

Revista do Produtor Rural do Paraná

Confira abaixo o projeto de como deverá ficar os espaços após a reforma: Agora

Depois


Revista do Produtor Rural do Paranรก

75


Máquinas e implementos

Fotos: Almir Soares Junior

Paraná comemora seu primeiro ano com noite especial para clientes e colaboradores

A A John Deere vem trazendo tecnologias novas para o Brasil constantemente” Werner Santos Diretor de vendas 76

Paraná Sistemas Mecanizados, concessionária autorizada da John Deere em Guarapuava, comemorou no dia 5 de junho, o seu primeiro ano de existência. Para marcar a data realizou, em sua sede, um jantar de comemoração, no dia 6 de junho. Em clima de festa, alegria e confraternização, o evento que a empresa ofereceu aos seus clientes e colaboradores foi um sucesso. Todos puderam se confraternizar em um delicioso jantar, conhecer umpouco mais da John Deere, e em especial da história da Paraná. Ainda prestigiaram o lançamento da nova colheitadeira Série S da John Deere. E as comemorações não pararam por aí. A festa continuou com animação de uma banda.

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Paraná Sistemas Mecanizados Segundo o gerente geral de negócio da unidade, Paulo Kowalski, Foi um ano de muito trabalho mas também um ano de muitas conquistas. Neste primeiro ano resgatamos a confiança de nossos clientes oferecendo produtos e serviços de qualidade diferenciada. A área de peças & serviços foi onde fizemos os maiores investimentos. Além de veículos disponíveis para o atendimento de serviços no campo, ferramental especializado, temos 30 colaboradores treinados para prestar o melhor atendimento aos produtos e aos nossos clientes. Kowalski acrescenta que já pode afirmar que a Paraná conquistou novos clientes entregando mais de 200 produtos neste primeiro

Convidados puderam prestigiar uma bela noite de comemoração da Paraná Sistemas Mecanizados


Colheitadeiras

Série S

Equipe Paraná comemorou o primeiro ano da concessionária

O grande lançamento da noite: Colheitadeiras Série S da John Deere

ano, na região “Eles notaram que nós viemos com uma proposta diferente, de oferecer além do melhor produto, o melhor serviço”. Para este próximo ano “Quero ter uma linha direta com o cliente, para saber deles a satisfação com relação ao nossos produtos e serviços”. Também está previsto investimentos com a abertura de duas lojas da Paraná em Prudentópolis e Quedas do Iguaçu, para estarmos mais próximo do nosso cliente e do mercado. Quanto à região de Guarapuava, o diretor de vendas Werner Santos diz que a John Deere apostou na cidade por se tratar de um local que busca a aplicação de novas tecnologias, o que vem de encontro com a proposta da empresa, de estar sempre renovando seus produtos para satisfazer seus clientes. “A John Deere vem trazendo tecnologias novas para o Brasil constantemente. Implantamos a unidade em Guarapuava porque foi reconhecida essa oportunidade. Tivemos um momento mais complicado no início, mas tivemos o apoio total da empresa e também a compreensão dos clientes, o que fez com que superássemos. Agora estamos com o time completo e acreditando cada vez mais no mercado da região”.

Durante o evento, o grande destaque foi o lançamento e a apresentação do desempenho das novas Colheitadeiras Série S da John Deere. As novas colheitadeiras possuem os modelos: S540, S550, S660, S670 e S680. Estas não são apenas novas em seus desenhos, mas todos os componentes e sistemas foram projetados para proporcionar o máximo em produtividade e capacidade de colheita. Desde a plataforma até o tubo descarregador foram desenvolvidos para resistir e obter alta performance. Os sistemas de trilha, separação e limpeza são os mais avançados do mercado, juntamente com o novo sistema de retrilha independente, resultando em máxima qualidade de grãos. Além disso, a Série S conta com a moderna e espaçosa Cabine Premium, para trazer ainda mais conforto ao produtor rural em sua jornada de trabalho.

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Nutrição vegetal

Uso de biorreguladores minimiza os efeitos do estresse nas plantas

O

s fatores ambientais são as principais causas de estresse no meio agrícola. A falta ou excesso de água, luminosidade e nutrientes adequados ao solo, além dos ataques de pragas e doenças, como fungos, vírus e bactérias são responsáveis por reduzir ou aumentar a produtividade e a viabilidade econômica das culturas. Dentre os fatores estressantes, a falta de chuva na maior parte do País tende a prejudicar o desenvolvimento da soja, já que para a obtenção do rendimento máximo, esta cultura necessita de água durante todo o clico. Com o tempo seco e a baixa umidade relativa do ar, os níveis de umidade do solo diminuem levando a planta ao estresse hídrico. Para combater ou minimizar os efeitos do estresse, muitas ações podem ser tomadas dependendo da causa específica. O professor da UNOESTE Gustavo Maia explica que a primeira providência deve ser cessar a causa do estresse. “É preciso irrigar plantas que estão desidratadas, aplicar defensivo em plantas doentes ou fertilizantes nas que apresentam deficiência nutricional”, exemplifica. No entanto, o professor ressalta que biorreguladores tem se mostrado uma alternativa bastante efetiva, pois atuam em processos fundamentais para a sobrevivência e a manutenção do bom estado da planta, podendo amenizar os danos causados pelo estresse. Quando a planta é afetada por algum estresse, acaba utilizando grande parte da energia, refletindo na redução do crescimento, desenvolvimento e produção. “O uso do Stimulate, produto consolidado no mercado pela Stoller foi utilizado no estudo e contribuiu de forma significativa para reduzir em mais de 20% as perdas de produção em ambientes com deficiência hídrica. Tal efeito se dá por uma influência positiva no processo fotossintético”, explica. O principal processo afetado é a fotossíntese, devido sua importância para a planta e para produtividade, já que esse processo é o responsável para o fornecimento de energia que mantém a vida e o acúmulo de biomassa de interesse econômico, além de garantir a energia para o reparo de danos causados por estresses. Durante o estudo notou-se que as plantas tratadas com Stimulate apresentam aumento de 34% no potencial fotossintético e 35% na atividade da enzima Rubisco, a qual participa

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Revista do Produtor Rural do Paraná

desse importante processo para as plantas. No estudo realizado, foi comprovado que a utilização do bioregulador proporcionou um efeito positivo nas taxas fotossintéticas em plantas submetidas a estresse, evidenciando seu papel como agente de combate ou amenização do estresse, podendo reverter parte das perdas de produtividade causadas pelo gasto de energia que a planta teria para combater o estresse. “Os resultados mostraram que as plantas supridas com o Stimulate tiveram uma recuperação significativamente melhor após a deficiência hídrica cessar”, conclui Maia.

Sobre o Stimulate Registrado no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), o Stimulate, produto da Stoller do Brasil, contém uma combinação de reguladores vegetais que age no equilíbrio fisiológico e hormonal das plantas, promovendo maior qualidade e produtividade das culturas. O produto da Stoller do Brasil contém uma combinação exclusiva de princípios ativos, formada por três reguladores vegetais. Estes biorreguladores promovem o desenvolvimento da planta, contribuindo para maiores produtividades e qualidade de produção. O Stimulate, que apresenta mais de 400 trabalhos oficiais em órgãos de pesquisas e universidades, garante germinação de sementes, maior área foliar (maior capacidade fotossintética), sistema radicular (raízes das plantas) mais desenvolvido e maior pagamento de flores, frutos e vagens. O resultado é uma maior rentabilidade ao produtor que terá plantas mais eficientes, produtivas e tolerantes a estresses como falta de chuva ou temperaturas elevadas. O Stimulate enquadra-se na legislação de agrotóxicos e afins, sendo classificado como regulador pouco tóxico e pouco perigoso ao ambiente. Sua aquisição e utilização devem estar condicionadas ao Receituário Agronômico, emitido por um profissional habilitado. O usuário deverá seguir todas as instruções contidas na bula do produto, inclusive sobre a destinação correta das embalagens vazias.


Revista do Produtor Rural do Paranรก

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Notas

Sindicato Rural no Tribuna Humaitá A gerente e assessora de comunicação do Sindicato Rural de Guarapuava, Luciana de Queiroga Bren, que também é editora-chefe da REVISTA DO PRODUTOR RURAL DO PARANÁ, está participando do programa Tribuna Humaitá. A estreia foi no dia 04 de agosto. Apresentado por Fernando Guiné, no novo canal aberto de Guarapuava, a TV Humaitá, a jornalista divide bancada com mais dois jornalistas convidados. A cada edição, o programa debate um tema, como educação, política e cultura. Agropecuária também está na pauta do Tribuna Humaitá, que vai ao ar todas as segundas, às 22 horas (canal 58).

Reunião com candidatos a presidência do Brasil No dia 6 de agosto, o vice-presidente do Sindicato Rural de Guarapuava, Anton Gora, participou, em Brasília, da reunião promovida pela Confederação Nacional da Agricultura (CNA) com os três candidatos a presidência do Brasil, Dilma Rousseff, Aécio Neves e Eduardo Campos (antes do acidente aéreo que resultou em seu falecimento). Os candidatos tiveram a oportunidade de expor seus programas de trabalho, com foco na agricultura. Segundo Gora, as propostas apresentadas pelos três foram, em sua avaliação, boas para o desenvolvimento da atividade. “A candidata Dilma praticamente prometeu continuar o trabalho que já vêm fazendo. E, para ser sincero, para agricultura ela foi boa, apenas deixou a desejar na infraestrutura e na ideologia. O Eduardo Campos expôs um trabalho que acho necessário, que é o livre mercado, direito a propriedade, segurança jurídica. O Aécio Neves, na minha opinião, foi o melhor dos três, porque foi bastante incisivo, apresentando seus programas para agricultura, que também falou muito de livre mercado e fomentar essa área”, relatou.

Novas aquisições Produtor ganha tablet O Sindicato Rural de Guarapuava patrocinou um tablet para uma ação do 2º ano do Ensino Médio do Colégio Imperatriz, localizado no distrito de Entre Rios. A atividade foi para festa dos Dia dos Pais, que visa arrecadar fundos para uma viagem de fim de ano da turma. A mãe de um dos alunos, Elizabeth Vier agradeceu o apoio do Sindicato e relatou que a festa foi um sucesso. O ganhador do tablet foi o produtor rural Felix Wild.

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Revista do Produtor Rural do Paraná

No mês de agosto o Sindicato Rural de Guarapuava adquiriu dois novos carros. Os veículos serão utilizados pela equipe de colaboradores para serviços administrativos e financeiros, aberturas de cursos do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) e ainda, para cobertura fotográfica e jornalística da Revista do Produtor Rural do Paraná em eventos técnicos e propriedades rurais da região.


Veja a seleção de campeãs de produtividade em sua região.

,4 81

NS5000 IPRO

,3 91

NS5959 IPRO

sc/ha

Jefferson Cavali da Luz Prudentópolis - PR

1,0 ha

PRODUTOR

CIDADE

ÁREA (ha)

WR Consultoria Fernando Yasuda Roberto Luiz Chasko Rein de Jorge Ricardo José Schapuiz Augusto Luiz Pinto Martins Neto

Carambeí - PR

0,5

Ponta Grossa - PR

0,5

Irati - PR

1,0

Piraí do Sul - PR

0,5

Teixeira Soares - PR

1,0

Castro - PR

0,5

NS5445 IPRO

sc/ha

74,7 73,3 69,7 68,5 67,8 67,1

,0 100

sc/ha

Adriano Braganholo

Luiziana - PR

7,3 ha

PRODUTOR

CIDADE

ÁREA (ha)

José Antônio Corazza Adilson Stocker Vitório Bytczkovski José Antônio Romangnoli Clayton Sanches Carvalho Plínio Destro Wilson Grolli Pedro Paulo Adamante Celso Macedo Kossate Álvaro Tatsuya Yamamoto José Henrique Cordeiro Lustosa Hermann Weigand

São Jorge do Ivaí - PR

1,0

Corbélia - PR

26,4

Fernandes Pinheiro - PR

5,0

Mariluz - PR

20,0

Mamborê - PR

9,0

Cascavel - PR

13,0

Santa Tereza do Oeste - PR

1,8

Rebouças - PR

9,0

Ponta Grossa - PR

70,0

Castro - PR

50,0

Guarapuava - PR

30,0

Palmital - PR

3,0

sc/ha

Laercio Zangeroli

Luiziana - PR

0,7 ha

PRODUTOR

CIDADE

ÁREA (ha)

Rodrigo Schneider Adilson Stocker Gion Carlos Gobbi Neves Iurczaki Hermes Brunetta Júlio Cézar Bassegio Antônio C. Teodoro de Oliveira Vinícius Pietro Rizzi Maycon Salvatti Vinícius Virmond Abreu José Henrique Cordeiro Lustosa

Boa Ventura de São Roque - PR

6,8

Corbélia - PR

26,2

Cascavel - PR

41,0

Cascavel - PR

20,0

Mamborê - PR

2,5

Nova Cantu - PR

2,5

Luiziana - PR

5,0

Pitanga - PR

8,0

Cascavel - PR

23,0

Guarapuava - PR

10,0

Guarapuava - PR

30,0

88,0 84,3 83,9 81,0 78,1 78,1 75,2 74,4 71,2 70,8 69,0 68,3

,9 83

sc/ha

85,6 81,4 78,0 75,2 75,2 75,0 72,8 72,7 68,2 67,0 66,0

sc/ha

NS6909 IPRO

sc/ha

WR Consultoria

Carambeí - PR

0,5 ha

PRODUTOR

CIDADE

ÁREA (ha)

José Maurício Zanon Guinter S. Duch Augusto Luiz Pinto Martins Neto Roberto Luiz Chasko Jil de Paula Xavier Moro Rein de Jorge Grupo Karly Claudio Henrique Kugler Gerda de Geus

Castro - PR

0,5

Guarapuava - PR

1,0

Castro - PR

0,5

Irati - PR

1,0

Imbituva - PR

0,5

Piraí do Sul - PR

0,5

Candói - PR

Ensaio

Piraí do Sul - PR

0,5

Tibagi - PR

0,5

sc/ha

78,0 76,4 75,9 75,4 74,8 74,6 72,4 69,4 69,0

,4 81

NS7000 IPRO

sc/ha

Intacta RR2 PRO™ é marca registrada utilizada sob licença de uso da Monsanto Company.

Sempre ao seu lado. Sempre à frente. Juntos produzimos mais. niderasementes.com.br

Nilson Barreto

Juranda - PR

12,0 ha

PRODUTOR

CIDADE

ÁREA (ha)

Paulo Cesar Anzolin Rodrigo Inácio Romitti José Aurélio Trevisan Guinter S. Duch Wilian Paulo Kasprzak Guilherme Fernando Bertolin Claudio Bagini Cicero Felicio de Carvalho Luis Grigoletto

Imbituva - PR

5,0

Turvo - PR

0,5

Mariluz - PR

3,6

Guarapuava - PR

1,0

Irati - PR

0,5

Bom Sucesso - PR

17,0

Tuneiras do Oeste - PR

18,0

Perobal - PR

3,6

Campina do Simão - PR

1,0

sc/ha

78,3 78,1 76,5 72,4 69,3 68,7 68,2 67,0 65,7


Bovinocultura de corte

Análise conjuntural do mercado do boi gordo no estado do Paraná Bruno José Cumin Ogibowski Victor Antonio Fernandes Codognio Paulo Rossi Junior Centro de Informação do Agronegócio da UFPR www.ciaufpr.com.br

N

o decorrer do último bimestre, compreendido entre junho e julho, a pecuária no estado do Paraná viveu a manutenção da cotação da arroba praticada ao produtor. Após atingir seu maior preço histórico no início do mês de abril, cotado perto de R$122,00/@ do boi gordo e R$112,00/@ da vaca gorda, os preços praticados ao produtor rural no início do mês de junho chegaram a atingir R$116,00/@ e R$106,00/@ respectivamente. Após este início de mês, onde havia uma tendência de queda, o valor pago pela arroba do boi quanto da vaca gorda, se mantiveram firmes e voltaram a subir chegando a romper novamente a barreira dos R$120,00/@ no boi e R$110,00 na vaca. Entre os valores encontrados no início do mês de junho e os praticados ao fim do mês de julho, conseguimos observar uma alta de 3,37% nos preços do boi gordo e 3,19% na vaca. Tendências de alta como esta que se dá principalmente pela falta de escala dos frigoríficos que voltaram a se apertar, antes trabalhadas por semana, agora voltam a estar vinculadas em dias. Também ocorre uma pressão de preço feita pelo produtor por conta da manutenção do preço em alta, que faz com que o frigorífico tenha de desembolsar um pouco mais se quiser ter um animal bem acabado nos seus ganchos. Ainda relevante o fator de que, com a valorização no preço do boi, frigoríficos têm optado pela compra da vaca, fazendo o volume de vacas abatidas aumentasse consideravelmente. De acordo com o indicador LAPBOV/UFPR os preços

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Revista do Produtor Rural do Paraná

do boi gordo iniciaram o bimestre cotados em R$117,71/@ no dia 02 de junho, atingindo seu menor valor no período logo no dia seguinte, sendo cotado em R$116,72/@, após isso em constante valorização, rompeu a barreira dos R$120,00/@ no dia 11 de julho, sendo cotado em R$120,01/@ e fechando o mês valorizado em comparação com o início do período. Já a vaca iniciou o período cotada em R$107,78/@ no dia 02/06/2014, manteve na casa dos R$107,00 até o dia 18 do sexto mês do ano onde foi cotada em R$106,93, após este período entrou em uma tendência de manutenção de alta, onde chegou a ser cotada em R$110,73/@ no dia 21 de julho, fechando o mês em R$110,24/@. Os preços do novilho e novilha precoces iniciaram o período cotados em R$121,43/@ e R$117,31/@ respectivamente. Após continuarem ambos em uma tendência de alta, variando 1,80% o novilho e 1,30% a novilha até a semana compreendida entre o dia 24 a 31 de julho, terminaram o mês com expectativas contrárias. Enquanto o macho foi mais valorizado e foi cotado em R$125,89/@, a fêmea precoce caiu a R$115,53 atingindo seu menor patamar do período. O indicador dos preços do bezerro LAPBOV/ UFPR fechou o período cotado em R$ 811,00 por animal, queda de 11,71% em comparação com o bimestre abril/maio. Entre junho e julho o preço do bezerro oscilou bastante, sendo cotado em R$ 983,35 no meio do mês de junho e em R$795,14 na segunda semana do mês de julho, variação esta superior a 23% em apenas 3 semanas.


Legislação

Decker, De Rocco Bastos Advogados Associados Fábio Farés Decker (OAB/PR nº 26.745) Tânia Nunes De Rocco Bastos (OAB/PR nº 20.655) Vivian Albernaz (OAB/PR nº41.281)

Imposto Territorial Rural 2014

O

prazo para os produtores rurais declararem o Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (ITR) do ano de 2014 já está definido. De acordo com a Instrução Normativa n.º 1.483/2014, as pessoas físicas e jurídicas proprietárias de imóveis rurais terão até o dia 30 de setembro de 2014 para entregar o ITR para a Receita Federal. São obrigados a declarar o ITR, entre outros, a pessoa física ou jurídica proprietária, titular do domínio útil ou possuidora a qualquer título; um dos condôminos (quando o imóvel pertencer a várias pessoas); e o inventariante, em nome do espólio (enquanto não for concluída a partilha). A declaração é obrigatória inclusive para os contribuintes imunes ou isentos do ITR. Para o cálculo deste imposto é utilizada uma alíquota que varia de acordo com a área da propriedade e o seu grau de utilização, sendo utilizado apenas o valor da terra nua, ou seja, sem qualquer tipo de benfeitoria ou cultura. Nos parece que efetivamente o que dá maior segurança ao contribuinte é utilizar como parâmetro mínimo de valoração das suas propriedades os valores definidos anualmente pela Secretaria de Estado da Agricultura – SEAB, por meio do Departamento de Economia Rural – DERAL, órgão oficial responsável para realização da pesquisa. Cumpre-nos esclarecer que as informações prestadas pelo contribuinte para o recolhimento do ITR devem efetivamente corresponder à realidade fática de sua propriedade e de acordo com

a legislação aplicável, sob pena do poder público proceder à determinação e ao lançamento de ofício do imposto. Assim, infere-se que casos de subavaliação ou prestações inexatas, incorretas ou fraudulentas da propriedade rural sujeitaram o contribuinte ao lançamento de ofício do imposto, considerando informações apuradas em procedimentos de fiscalização, acrescido de multa de 120% a 220% mais taxas SELIC, sem parcelamento. Importa salientar, ainda, que o contribuinte que não fizer a declaração ficará impedido de obter a Certidão Negativa de Débitos. Documento este indispensável para registro de compra ou venda de propriedade rural, bem como obtenção de financiamento agrícola. É de se destacar que áreas de interesse ambiental, como Área de Preservação Permanente, Reserva Legal, Servidão Ambiental, entre outras, podem resultar em isenção do imposto e para essa finalidade é necessário apresentar o ADA (Ato Declaratório Ambiental) da área, junto ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA). Ademais o imposto não precisa ser pago quando a propriedade é uma pequena gleba rural, com tamanho inferior a 30 hectares. Porém, o proprietário não pode ter outro imóvel rural ou urbano, terreno rural de instituições sem fins lucrativos de educação e de assistência social. Mesmo isento do ITR, o proprietário precisa declarar anualmente o terreno rural à Receita Federal.


Batata

Entressafra:

planejar é fundamental

N

o dicionário dos bataticultores de Guarapuava e região, a entressafra, que ocorre de junho a dezembro, é sinônimo de preparação para produzir e comercializar com sucesso a próxima colheita. Tempo de pensar até nas safras dos próximos anos, já que, para respeitar a necessidade técnica de fazer um rodízio de áreas, é sempre preciso buscar novas lavouras, que para esta cultura, no centro-sul do Paraná, são geralmente arrendadas. O segundo semestre do ano é, ainda, a época de definir as áreas de produção de sementes, para as quais a preferência recai em grande parte sobre lugares de clima mais quente, como Campo Mourão e adjacências. O bataticultor que também tem estrutura para o beneficiamento aproveita para realizar

uma manutenção completa. Afinal, numa cultura em que colheita e comercialização acontecem ao mesmo tempo, as máquinas não podem parar. Se por um lado tudo isso é feito quando mercado local é comprador da batata vinda de outras regiões brasileiras, por outro, planejar contribui para que Guarapuava e região, no primeiro semestre do ano seguinte, estejam em condições de oferecer para o mercado local e outras regiões um produto de qualidade, realizando vendas rentáveis. Pensar com antecedência é, para Osmar Kloster, um dos tradicionais bataticultores de Guarapuava, a base do segmento. “Nesta época, já temos de ter as áreas arrendadas, preparando-as para o plantio, que se inicia entre o final de agosto e o início de setembro”, comentou, lembrando que a semeadura se dá gradativamente, até o início de janeiro. “Esta é uma forma de distribuir plantio, tratamento da cultura, colheita e comercialização”, completou. Para isso, a produção de sementes já foi prevista: “nos próximos dias, já vamos entrar na fase de dessecação das lavouras de semente e iniciar a colheita”, disse em entrevista no dia 22 de julho. Material a ser plantado em setembro estava pronto em maio e junho; sementes colhidas naquele momento serão plantadas em novembro e dezembro. “Como temos um inverno rigoroso aqui em Guarapuava, procuramos fazer as áreas de sementes em regiões mais quentes, em Campo Mourão, Ivaiporã, São João do Ivaí,

Kloster: batata exige rotação de áreas

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Os mecânicos Roberto Cesar Loures e Edenilson Luís Delgado Santos: preparação também do maquinário de beneficiamento

onde o índice de geadas é bem menor, reduzindo o risco de uma perda”, contou. Enquanto o produtor se debruçava em cima dos números da produção, ao lado, na área de beneficiamento, transformada temporariamente em oficina, os mecânicos Roberto Cesar Loures e Edenilson Luís Delgado Santos se aplicavam em mais um dia de trabalho voltado a desmontar, revisar, consertar e remontar o maquinário. Simultaneamente, o agrônomo da beneficiadora de batatas, Eduardo Estoquinque Galeski, terminava de preparar o solo em áreas situadas no distrito de Entre Rios, que serão utilizadas para a produção de sementes. Ali, contou, o principal trabalho era proceder à subsolação, em dois sentidos, perpendiculares. “Todo mundo gosta da batata grande, bonita, redonda, mas para isso o solo tem de estar solto, para ela poder crescer bem”, explicou. Este tipo de preparação e outros detalhes técnicos tornam, a seu ver, as condições para a implantação da batata muito mais complexas do que as de outras culturas. “Mas é o que a gente gosta de fazer e quando vê o resultado fica feliz”, finalizou.

Pensar com antecedência é a base do segmento” Osmar Kloster

Guarapuava inicia plantio em setembro

O agrônomo Galeski, da equipe da beneficiadora de Kloster: subsolação é fundamental para batata bonita

A safra de batata 2013/2014 em Guarapuava e região encerrou-se em final de junho. Na entressafra, o mercado local adquire o produto de regiões como Brasília, Goiás, sul de Minas e interior de São Paulo. Em Guarapuava, a implantação das lavouras de batata está prevista para começar em setembro, com colheita entre dezembro de 2014 e junho de 2015.

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Registro

2º Congresso de Ciências Agrárias e Ambientais

Malbec, o campeão No dia 19 de agosto, o touro Malbec da Ranho 1M, do criatório de Márcio Mendes de Araujo, partiu rumo a Uberaba -MG, contratado pela Alta Genetics do Brasil Ltda. Em breve, para todos os admiradores da raça Nelore, haverá sêmen desse Grande Campeão da raça à venda em todo o Brasil.

A Universidade Estadual do Centro Oeste (Unicentro), em parceria com a Faculdade Guairacá, com o apoio do Sindicato Rural de Guarapuava, realiza o 2º Congresso do Setor de Ciências Agrárias e Ambientais, do dia 3 a 6 de novembro, no campus Cedeteg. As inscrições para apresentação de trabalhos começam no dia 15 de agosto e vão até o dia 9 de setembro. Com o tema “Ciência e tecnologia: cenário atual e perspectiva”, a coordenadora do evento, professora Ana Lúcia Crisóstimo afirma que o objetivo do congresso é convidar alunos de graduação, pós-graduação e profissionais das áreas de agrárias e ambientais a se aprofundarem sobre os mais diversos assuntos que este tema abrange. A programação inclui palestras, minicursos e apresentações de trabalhos. Para este ano é esperado um público de 400 a 500 pessoas. O investimento para alunos é de R$ 45,00 e para profissionais, R$60,00. As inscrições devem ser feitas pelo site: eventos.unicentro.br/conseaa2014. Outras informações pelo telefone: 3629-8111, no Setor de Ciências Agrárias e Ambientais da Unicentro.

Visita técnica JAA Alunos do curso Jovem Agricultor Aprendiz (JAA), do Colégio Estadual Maria de Jesus Pacheco Guimarães, no distrito de Guará, visitaram a propriedade rural de Regina Seitz, no município de Pinhão, no dia 4 de agosto. O instrutor do curso é Tibério Budal. A visita contou com o patrocínio do Sindicato Rural de Guarapuava.

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Regularização ambiental

CAR Cadastro Ambiental Rural 1. O que é?

O “CAR” é uma ferramenta eletrônica, disponível no site da internet, com a qual se pode fazer o cadastro das informações ambientais dos imóveis rurais (propriedades e posses).

2. O que devo saber sobre ele?

Ficha de Dados para Preenchimento do CAR

• O cadastro de uma área rural no “CAR”, permite que se compute uma menor “Área de Preservação Permanente” dentro do imóvel, uma vez que a mesma poderá ser utilizada, parcial ou totalmente, como Reserva Legal; • O cadastro no “CAR” permite a adesão ao “PRA” – Programa de Regularização Ambiental, que visa a recuperação das áreas desmatadas antes de julho de 2008, com a suspensão das sanções administrativas causadas pela autuação no desmatamento. • O cadastro no “CAR” permite a adesão ao “CRA” – Cota de Reserva Ambiental. Para aqueles que tenham falta/excesso de Reserva Legal e queiram comprar/vender tais áreas como servidão florestal, poderão fazê-lo, através do “CRA”. • O cadastro no “CAR” isentará o proprietário de averbar a Reserva Legal em Cartório. O “CAR” é um ato declaratório do proprietário ou do posseiro do imóvel rural que passará por fiscalização do órgão ambiental para checar a veracidade das informações.

3. Como devo proceder para me cadastrar?

O registro rural no “CAR” exigirá, no mínimo, as informações conforme a “Ficha de Dados para Preenchimento do CAR” (ao lado), observando-se a documentação listada no ítem 13. Entre os anexos, está o mapa de uso do solo do imóvel, que poderá ser feito a campo, ou interpretado de dados remotos (fotografia aérea, imagem orbital), ou vetorizando-se dentro do próprio site do “CAR”. De posse da documentação e dos dados da ficha, deve-se acessar o site do “CAR” (www.car.gov.br) e realizar o preenchimento diretamente no site, até 05 de maio de 2015. Podendo, esta data, ser prorrogada até 05 de maio de 2016.

Maiores informações,consulte um profissional de sua confiança.

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Gesso agrícola

Para fortalecer raízes

José Antonio Malucelli Engenheiro Agrônomo

O

uso do gesso agrícola como condicionador de solo tem sido a forma mais eficaz para driblar alguns entraves e fazer com que, mesmo em anos atípicos, o produtor rural consiga tirar o máximo potencial da sua lavoura e aproveitar melhor os recursos. Também chamado de sulfato de cálcio di-hidratado ou fosfogesso, o gesso agrícola (CaSO4.2H2O) é um condicionador de solo e fertilizante, obtido o processo de produção do ácido fosfórico, utilizado na fabricação de superfosfato triplo e fosfatos de amônio (MAP e DAP).

1 - Composição química e garantias:

Gesso Agrícola – In Natura Garantias (%) Cálcio(Ca)...............................................................17 a 20 Enxofre (S).............................................................14 a 17

2 - O gesso agrícola não altera o pH do solo.

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O gesso agrícola não altera o pH do solo por apresentar uma base (SO4) 2 derivada de ácido forte (H2SO4). Desta forma, permanece dissociado, não havendo a neutralização do H+ ( Vitti,2000).

3 - O gesso possui várias funções e benefícios:

• Efeito fertilizante: fonte de cálcio e enxofre, fornece cálcio e enxofre em profundidade. • Condicionador de subsuperfície • Reduz a saturação por alumínio na subsuperfície: Complexo do Al3+ pelo (SO4)2 : • Al3+ + (SO4)2 ->AlSO4+ diminuição na absorção de Al e redução do efeito tóxico. • Melhora a distribuição e propicia o desenvolvimento do sistema radicular em profundidade. • Aumenta a eficiência na absorção de água e nutrientes do solo. • Aumenta a tolerância a seca (veranicos) • Condiciona e melhora a estrutura do solo.

4 - Níveis de enxofre no solo, para cereais, visando altas produtividades:

A partir de 15 mg/dm3.

5- Para refletir:

Como está seu solo de enxofre? Acima de 15 mg/dm3 ? Se não, como fica seu solo com relação à lei


do mínimo? (Lei do Mínimo– as produções das culturas são reguladas pelo nutriente que está limitante). Quando se usa adubos que contém enxofre, não se atinge os benefícios que o gesso pode proporcionar. Adubar sim, mas dependendo da análise da situação, a gessagem pode ser fundamental! Analise custos! Apenas usar fertilizantes que por ventura contenham enxofre, não corrige os solos a níveis desejáveis deste macronutriente: enxofre 15 mg/dm3 .

6 - Além de cereais, na região sul,estão usando o gesso agrícola:

• Em pastagens • Em reflorestamentos (Eucaliptos) • Em hortaliças • Em camas de frango • Em esterco, como condicionador, diminuindo odor e moscas e enriquecendo o mesmo. • Em aquicultura.

7 - Relação Cálcio (Ca): Magnésio (Mg)

Em muitas situações, o gesso agrícola pode

contribuir para ampliar a relação cálcio: magnésio, melhorando a nutrição das plantas e a estrutura do solo. O desejável é se ter uma relação Ca: Mg de 3 para 1 ou 4 para 1 .

8 - Níveis de enxofre (S) no solo para altas produtividades em cereais:

Níveis adequados: S (enxofre) igual ou maior que 15 mg/dm3. Verifique e veja na análise do solo como está o nível deste elemento no solo, para sua cultura atingir altas produtividades!

9 - Lei da Restituição - consiste na devolução ao

solo dos nutrientes retirados pelas culturas. Se não for feito isto, o solo vai empobrecendo.

10 - O equilíbrio dos elementos no solo é fundamental. Para o Paraná e Rio Grande do Sul os níveis de enxofre nestes solos são baixíssimos e podem ser limitantes na produtividade. O gesso agrícola é a melhor forma de repor este nutriente, entre os outros benefícios do produto. Peça a um técnico uma avaliação da sua área e experimente usar este produto. Eu indico!

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Certificação

Ganhe mais com o selo orgânico

O

consumo de produtos orgânicos tem aumentado significativamente no país. Segundo o Instituto Biodinâmico (IBD), responsável por certificações no país, é possível que o Brasil já tenha quase 1 milhão de hectares em produção orgânica. Destes, 95% são produtores de pequeno e médio porte, exceto o açúcar. O faturamento chega a U$ 150 milhões com estes produtos e há mais de 50 mil produtores orgânicos no país, segundo o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA). Para que o produtor orgânico seja ainda mais valorizado pelo mercado e pelos consumidores é importante que ele seja certificado. “O selo que atesta que o produto é orgânico valoriza o produto, pois é válido em todo o território nacional. Além disso, há programas governamentais de aquisição de alimentos que pagam 30% a mais em relação ao preço base, caso o produto seja certificado”, explica o professor de agronomia da Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro), Jackson Kawakami.

Como obter a certificação Em Guarapuava, os produtores da agricultura familiar podem adquirir a certificação gratuitamente. A Unicentro é responsável por um dos núcleos do Programa Paranaense de Certificação de Orgânicos. No total, são nove no Estado que abrangem as regiões de Cantuquiriguaçu, Centro-Sul e Paraná-Centro. Segundo Kawakami, que também é o coordenador do programa no núcleo Guarapuava, o objetivo geral do projeto é contribuir para a consolidação do Paraná como estado de maior produção de orgânicos do país; fomentar inovação tecnológica no tocante aos sistemas de produção orgânica para pequenos produtores rurais; e fomentar a organização dos pequenos produtores através do cooperativismo/associativismo para a comercialização em escala da produção orgânica. O projeto também beneficia os consumidores, que ao consumirem produtos orgânicos contribuem com a preservação ambiental, a justiça social e ainda para a própria saúde.

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“Podem participar todos os produtores da agricultura familiar que tenham interesse em certificar a sua produção. Os profissionais do projeto farão uma visita aos interessados e nesta visita é feita uma triagem inicial. Caso o produtor tenha aptidão para a produção orgânica, ele será selecionado”, explica Kawakami. Quando o produtor é selecionado para participar do programa passa por visitas técnicas regularmente na propriedade e precisa passar por eventuais medidas para adequação da produção. Após essa etapa, passa por auditoria juntamente com os técnicos do Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar). Somente depois, o certificado é expedido. “Há vários requisitos que a legislação brasileira estabelece. Para cada tipo de produção (vegetal, animal ou extrativismo vegetal, por exemplo), há uma legislação específica”, conta o coordenador. Mas segundo ele, o produtor não precisa se preocupar com os detalhes legislativos da certificação, pois os profissionais do projeto fazem toda a orientação, levando em consideração essas legislações. Qualquer produtor rural interessado em participar do programa pode ligar para o telefone (42) 3629 – 8352 e solicitar uma visita em sua propriedade com os profissionais do projeto. O núcleo de Guarapuava fica localizado no campus Cedeteg da Unicentro (Rua Simeão Camargo Varela de Sá, 03).


Forragicultura

Pastagem Tifton 85 e Jiggs: novidades da Golden Tree

Q

uem pratica pecuária dentro de padrões técnicos sabe o que significa um bom pasto para os animais. Em Guarapuava e região, os criadores de bovinos e ovinos que utilizam pastagem têm agora uma nova opção para a aquisição desta alternativa de nutrição do plantel: a Reflorestadora Golden Tree anunciou recentemente que começou também a atuar no segmento de mudas para pastagem. Destaques são o Tifton 85 e o Jiggs. De acordo com um dos responsáveis pela produção no viveiro da empresa em Guarapuava, o técnico agrícola Junior Luiz Rodighero, as mudas são produzidas com o mesmo cuidado dedicado às de árvores. Parte disso, como mencionou, passa pelas instalações dos viveiros. As estufas, amplas e cobertas, contam com sombrites internos reguláveis, para diferentes dosagens da luz do sol e possuem um sistema de tubulações e registros independentes, que permitem conduzir e aplicar água e/ou fertilizante de forma individualizada, por canteiro. A própria quantidade de água, ressaltou Rodighero, é criteriosa, para evitar a lixiviação, objetivando que o fertilizante de fato possa trazer os resultados esperados. Ainda de acordo com ele, toda esta atenção é para que, dentro dos chamados “tubetes”, nos quais serão fornecidas, as mudas daqueles dois tipos de pastagem, possam desenvolver uma boa estrutura radicular – fator que contribui para sua boa formação no campo. Ouvido pela REVISTA DO PRODUTOR RURAL DO PARANÁ, um dos pecuaristas de Guarapuava que utiliza pastagens em sua produção de leite, o veterinário Jairo Luiz Ramos Neto, comentou características gerais do Tifton 85 e do Jiggs. Ele observou que ambas são pastagens de verão, que têm, cada uma, suas vantagens. O Tifton, sublinhou, é mais rústico, suportando melhor o chamado “pisoteio”

dos animais, enquanto o Jiggs, por outro lado, é apropriado para fenação. Ainda de acordo com Ramos Neto, “em verões quentes, com bastante chuva”, o Tifton produz por hectare massa de qualidade e em grande quantidade. Já em regiões de verões mais secos, como em municípios ao norte de Guarapuava, o veterinário disse que há pastagens irrigadas, para evitar a deficiência hídrica. Quanto ao teor de proteína, ele assinalou que vai depender muito do estágio vegetativo. “Quanto mais tenra for esta pastagem, quanto mais folhas tiver, numa certa altura, não ultrapassando 30 a 35 cm, talvez o produtor consiga o ápice de produção de proteína bruta na matéria seca”, estimou. Para a região de Guarapuava, que tem um inverno mais rigoroso, ele apontou que as duas pastagens apresentam outra possibilidade favorável: “Você pode utilizar estas mesmas áreas para fazer sobressemeadura com pastagens de inverno, na nossa região, que podem ser a aveia ou o próprio azevém, consorciados ou não com leguminosas, como trevo ou cornichão”. Sobre o Jiggs, Ramos Neto lembrou que é do mesmo gênero do Tifton, o cynodon. “Ela tem uma característica um pouco mais interessante para quem produz feno. Não dá um volume de crescimento tão alto quanto o Tifton, mas produz uma pastagem muito boa, por que tem um teor de folha bastante alto. E o pessoal, na nossa região, está destinando as áreas de Jiggs justamente para fazer feno”, explicou. Para a fenação, ele acrescenta ser necessário observar o estágio da planta, que deve estar entre 30 e 35 cm de altura, com percentual de folhas “bastante alto”. A regra é a de que a planta esteja “em sua melhor fase”. O veterinário e produtor lembrou, no entanto, que a qualidade do feno dependerá também da condição de temperatura e de água da pastagem. Obtenha outras informações sobre Tifton 85 e Jiggs na Golden Tree, em Guarapuava-PR.

Sistema radicular de Jiggs

Sistema radicular de Tifton 85

Técnico agrícola Junior Luiz Rodighero, da Golden Tree

O veterinário e produtor de leite Jairo Luiz Ramos Neto

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Seguro rural

A sonolência de Brasília com os produtores rurais Recursos para a comercialização e seguro estão empacados

S

istematicamente a FAEP tem alertado o governo federal para a liberação de recursos anunciados de R$ 5,6 bilhões na Política de Garantia de Preços Mínimos (PGPM) e R$ 700 milhões no Programa de Subvenção ao Prêmio de Seguro Rural (PSR). Estranhamente, mesmo o Paraná sendo o 2° produtor de grãos do país e fundamental para o abastecimento de alimentos, as autoridades de Brasília têm feito ouvidos moucos às solicitações resultando em dificuldades na condução e execução dessas políticas. Exemplo clássico desse comportamento ocorre com o feijão de cores, onde os preços praticados no Paraná vêm sendo praticados, em média, no mercado, a R$ 49,15 em média pela saca de 60 kg. Isso significa 48% abaixo do preço mínimo e do custo de produção de R$ 95,00. Consequência disso pode ser exemplificada na desesperança e até desespero de produtores de Três Barras do Paraná, no Oeste paranaense. Um grupo de 200 agricultores distribuiu 19 toneladas de feijão à população em protesto contra a falta de atuação do governo federal e dos preços baixos, que em algumas regiões chegou a R$ 30,00/sc. O Paraná tem ainda 150 mil toneladas de feijão por comercializar e precisa de mais R$ 70 milhões em Aquisições do Governo Federal (AGF). Ocorre que entre maio e agosto o governo liberou apenas R$ 22 milhões, valor insuficiente que auxiliou a compra de apenas 3% da produção.

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Trigo/Milho/Seguro O cenário de descompromisso com o produtor se repete com o trigo. Há a necessidade de apoio para a comercialização de 3,1 milhão de toneladas do trigo nacional com o Prêmio Equalizador Pago ao Produtor Rural (Pepro) e AGF. Pelo menos 1,5 milhão a 2 milhões de toneladas estão no Paraná, onde se concentra 52% da produção do país. Os preços médios de R$ 32,89/sc 60 kg não cobrem o preço mínimo de R$ 33,45/sc. O anúncio de medidas precisa ocorrer ainda no começo de setembro, quando os produtores começam a pagar os compromissos financeiros com fornecedores e a colheita e a comercialização se intensificam. O milho também já apresenta preços depreciados com a maior oferta do produto no mercado internacional e interno. Para o Paraná, estima-se a necessidade de apoiar a comercialização de 2 milhões de toneladas via PGPM. O estado possui em torno de 10 milhões de toneladas de milho a serem comercializados no segundo semestre. Dos R$ 700 milhões no Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR), apenas R$ 400 milhões foram liberados e já estão esgotados. Falta assinatura de decreto presidencial com crédito suplementar dos R$ 300 milhões restantes, liberando-os com urgência em setembro para garantir a contratação de seguro de soja, milho e frutas. No momento, a maioria das seguradoras não tem mais ofertado seguro por falta desse recurso. Diante desse quadro extremamente delicado para os produtores rurais, o presidente da FAEP, Ágide Meneguette, tem insistido junto ao Ministério da Agricultura e outras autoridades do executivo federal para soluções urgentes. “Não são apenas os produtores que perdem pela ausência de medidas para a comercialização, é a própria economia do país”, diz ele.

Fonte: Assessoria de Comunicação Social da FAEP


Grãos

Mais uma inovação BAYER CROPSCIENCE nas culturas de SOJA e FEIJÃO, exclusividade AGROPANTANAL

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Silvicultura

Comissão segue com projeto de criação da cooperativa florestal

E

m julho, foi realizada mais uma reunião da Comissão de Criação da Cooperativa Florestal de Guarapuava. No encontro, foi apresentado ao grupo o que foi discutido na última visita técnica realizada por representantes da comissão. No dia 10 de julho, a engenheira florestal Hildegard Abt e o produtor rural Eugênio Billek fizeram uma visita à cooperativa florestal Copergera, do município de Imbaú. Fundada em 15 de março deste ano, a cooperativa conta com 25 cooperados. Com o presidente, Marcos Geraldo Speltz, eles puderam conversar sobre a criação da Copergera e sobre como a cooperativa – em fase de estruturação – vem trabalhando no mercado de sua região. Durante o encontro foi feito o convite para que os membros da Comissão da Cooperativa Florestal de Guarapuava se associassem à Copergera. “Porém, decidimos em consenso com todos que estavam presentes na reunião que não iremos nos associar e sim continuar com a ideia de criar a nossa própria cooperativa”, afirmou Hildegard. Ela também informou que a comissão recebeu o convite do presidente do Sindicato da Indústria da Madeira de Guarapuava (Sindusmadeira), o empresário Alvir Antonelli, para participar da reunião daquele Sindicato no final do mês. O próximo passo da comissão será um estudo mais aprofundado de viabilidade econômica da área florestal da região, além da análise da documentação necessária para efetivar a criação da cooperativa florestal.

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Cultura Alternativa

Nogueira-pecã e atividades consorciadas EDSON ROBERTO ORTIZ Biólogo (Univale), Técnico Agrícola (ETA), Técnico em Hidrologia (IPH – UFRGS) , Especialista em Tecnologia de Alimentos (Unisc), Especialista em Capacitação Empresarial (UFSM), Mestrado em Energia, Meio ambiente e Materiais (Ulbra). Diretor da Divinut Indústria de Nozes Ltda. – www.divinut.com.br - edson@divinut.com.br - 51 3723 6003

A

nogueira-pecã vem sendo consorciada com várias culturas, desde arbustos, culturas anuais e pecuária. Especialmente pelas características de espaçamento e retorno financeiro a médio prazo. Na maioria dos casos, não há prejuízo entre as atividades, havendo inclusive ganho para ambas. O principal fator que ocasiona problema está na aplicação de pesticidas, que pode afetar tanto a nogueira como a atividade associada. O predomínio de novos plantios em pequenas propriedades de agricultura familiar, vem também fortalecendo o consórcio de nogueiras com outras atividades. Por isso, necessita-se aproveitar bem a área, pois nessas propriedades existe limitação. Pelo aspecto financeiro, a fim de manter a sustentabilidade econômica da família, é possível adequar uma atividade de retorno rápido associado as nogueiras, já que o início da produção das mesmas é a partir do 3º ano. e da propriedade. O Sistema Divinut de Produção, tem como base o sistema agrosilvipastoril, que além das experiências dos produtores parceiros, tem iniciado vários experimentos em universidades e institutos. A seguir, descrevemos algumas experiências que já vêm sendo aplicadas: NOGUEIRA-PECÃ X CULTURAS ANUAIS - Culturas como fumo, milho, mandioca, feijão, soja, batatadoce, porongo e melancia são alguns exemplos de culturas que vêm sendo plantadas entre as linhas da nogueira-pecã. Nos primeiros dois anos, a lavração não prejudica as nogueiras, porém quando as raízes começam a se espalhar, a partir do terceiro ano, não recomendamos mais essa prática. Assim como a prática de gradeação, devido ao dano no sistema radicular das nogueiras. No entanto, o plantio direto pode ser feito até o momento que o sombreamento das nogueiras começar a inviabilizar a cultura anual. Os herbicidas também podem ser utilizados, porém com todo o cuidado, pois podem matar ou trazer danos se atingirem as folhas das nogueiras. Cuidado especialmente com os herbicidas pré-emergentes e os de folha larga. Muito cuidado também com as derivas de lavouras vizinhas, não necessariamente consorciadas. É fundamental a aplicação de adubação para ambas as culturas. A palhada da cultura consorciada é benéfica para melhorar a estrutura do solo e manter uma cobertura morta para a nogueira. Normalmente, pragas e doenças dessas culturas não atacam a nogueira, mas deve-se ficar atento com cochonilhas, cascudos e lagartas. Não temos histórico de nematoides, mas também é uma preocupação associada com a cultura intercalar. Deve-se implantar a cultura consorciada de forma a não competir por luz com a nogueira, especialmente culturas mais altas, como milho, mandioca,trepadeiras e alguns feijões. No aspecto luz, vale lembrar que a

nogueira perde as folhas no inverno, permitindo plena luz para uma cultura anual nessa época. NOGUEIRA-PECÃ X CULTURAS PERMANENTES - Outras frutíferas como citros, figueira, oliveira, mirtilo, pessegueiro e videira, são bem viáveis para associar com a Nogueira. Porém, com o tempo a nogueira irá sombrear a cultura consorciada, mas pode-se amenizar isso com aumento do espaçamento da nogueira. Contudo, deve-se estudar bem o caso, pois a rentabilidade da outra cultura pode não compensar essa mudança. A nogueira tem a presença de alguns pulgões e outros insetos que não lhe causam muito dano, mas podem ocasionar Fumagina em citros, e outras plantas sob suas copas. Alguns insetos também podem atacar a nogueira a partir de outras culturas. Um exemplo a ser observado são as cochonilhas dos citros, já observados em vários pomares novos de nogueiras. A broca das mirtáceas (Timocrática palpális) ataca muitas rosáceas e plantas de mato, podendo também atacar a nogueira. Além das culturas frutíferas, temos vários casos de consórcio como o da erva-mate, por exemplo, inclusive ocasionando valor a erva pelo sombreamento. NOGUEIRA-PECÃ X PECUÁRIA - Temos muitos exemplos de produtores aplicando o consórcio de nogueira-pecã com pecuária. Os mais destacados são pecuária leiteira e ovinocultura. Pecuária de corte, sombreamento de aviários e pocilgas também são bem usuais, mas para viabilizar essa integração é necessário que se trabalhe com variedades de nogueiras que não necessite pesticidas, especialmente fungicidas, para evitar a contaminação dos animais. A Divinut selecionou híbridos norte-americanos imunes ou resistentes a Sarna, a queima e as principais doenças fúngicas, dispensando os fungicidas. Algumas pesquisas já apontam a maior produção de biomassa por pastagens no semissombreado, mas ainda se tem muito a descobrir nesse sentido. Em novembro de 2013, a Divinut firmou convênio com mais uma universidade que fará pesquisa em sistemas agrosilvipastoris com nogueira-pecã, a Unijuí. No plantio experimental com 230 mudas em Augusto Pestana, serão testadas várias pastagens entre outros manejos relacionados a esses consórcios. Como cresce rápido e perde as folhas no inverno, a nogueira tem sido bem recomendada para sombreamento de aviários. Pocilgas e outros galpões de animais também são beneficiados pela sombra da nogueira no verão. IMPLANTAÇÃO DE UM POMAR – Dependendo das características do solo e seu histórico de cultivo, será definido um plano de manejo do solo para o plantio. Deve-se evitar solos alagados ou com lajeado de pedra. Em solos corrigidos e não compactados, pode-se somente preparar as covas

e proceder ao plantio. Já em solos mais pesados, pouco trabalhados ou ainda com baixo pH e teor de fósforo, faz-se necessário aplicação integral com incorporação, e eventualmente até subsolagem, podendo-se também ser feita em faixas. As mudas de raiz coberta podem ir a campo o ano todo, o espaçamento que recomendamos é de 7 x 7 m (204 plantas/há), com podas em pontas de galhos previstas para o vigésimo ano, e raleio de plantas entre 25 e 30 anos, com venda da madeira, que é de excelente qualidade. Em solos muito férteis, pode-se utilizar 9 x 9 m (123 plantas/há). Quanto mais população por hectare, melhor a taxa de retorno do investimento. A escolha de mudas de qualidade é fundamental para o sucesso do empreendimento. COLHEITA – É possível que o início da produção se de entre o segundo e o quarto ano, dependendo das variedades, cobertura ou não da raiz, solo, clima e manejo. A produção por árvores é crescente podendo superar 10 kg aos 7 anos; 20 kg aos 10 anos; 50 kg aos 15 anos e os 100 kg aos 20 anos. O amadurecimento inicia no final de março ou início de abril e se estende por até 60 dias. É um fruto seco e pouco perecível, mas o secamento pós-colheita é essencial. Recomendamos o uso de sacaria tipo o usado para batata ou cebola. A produção pode ter alternância, que em algumas variedades pode ser muito abrupta, até a produção nula após uma super carga, que muitas vezes tem baixa qualidade. Recomendamos utilizar as Boas Práticas Agrícolas. MERCADO – O mercado é crescente mundialmente, especialmente pelo alto valor nutricional das nozes-pecã, seu sabor suave e adocicado e a ampla aplicabilidade na culinária e industria. O valor de mercado depende da qualidade das nozes, granação, umidade, grossura de casca e uniformidade. Na safra o valor vai de R$ 4,00 a R$ 6,00/kg, já na entressafra, pode superar R$ 7,00/kg. CONCLUSÃO - Por todas as características técnicas desenvolvidas; pelo amparo técnico e de comercialização oferecido; pela ampla possibilidade de atividades consorciadas; pela qualidade das mudas produzidas em raiz coberta com possiblidade de plantio e pronta entrega o ano todo; pelas várias linhas de financiamento, com carência de até 8 anos e 12 para pagar; pela necessidade urgente de diversificação das propriedades agrícolas; pela busca sustentável de baixo impacto ambiental e baixo uso de insumos; pela necessidade de sustentabilidade econômica e fixação das famílias e especialmente dos jovens no meio rural; pelo mercado mundial com alta demanda por alimentos funcionais, como as nozes, que estão no topo dessa categoria; pela multiplicidade de usos culinários domésticos e industriais, entende-se a nogueira-pecã como uma das mais promissoras culturas agrícolas para a Região Sul do Brasil.


Máquinas Agrícolas

Augustin massey Ferguson

A

Augustin e Cia Ltda, iniciou suas atividades em 2 de setembro de 1926, com a vinda do casal Guilherme e Leopoldina Augustin para Não-Me-Toque (RS), onde abriram sua casa comercial de secos e molhados, tecidos e armarinhos. As atividades da modesta firma individual “Guilherme Augustin” foram se ampliando e na década de 50. Com o impulso que lhe foi dado por seus filhos e genros, passou a denominar-se Augustin e Cia. Ltda., (uma sociedade por quotas de responsabilidade limitada), nome este que ostenta até os dias de hoje. Empresa tradicional, que já na década de 1950 tornou-se uma revenda de tratores, máquinas e implementos agrícolas importados das marcas Fordson Major, Ursus, Zetor e Fendt. Foi também pioneira na importação dos caminhões e caminhonetas da marca International-Harvester e dos jipes WILLYS. Em 1962 começou a representar os produtos MASSEY FERGUSON. Nos últimos anos, a empresa tem se destacado com vários prêmios e distinções, tais como: seis vezes premiada como Concessionária Diamante, pelo Programa Massey Ferguson de Excelência Gestão. Três vezes premiada pelo Programa Dealer Incentive Trip – AGCO Corporation, distinção mundial entre Concessionárias Massey Ferguson. Hoje, a área de abrangência como concessionária Massey Ferguson é de 75 na região norte do Rio Grande do sul e mais 37 municípios na região Centro-Sul do Paraná e ainda 4 municípios em Santa Catarina, comercializando: tratores, colheitadeiras e implementos agrícolas de diversas marcas, peças e acessórios, combustíveis, lubrificantes e serviços.

Estrutura de Atendimento no Paraná

Guarapuava - BR 277 - KM 344 - Fone: (42) 3624-6630

União da Vitória - BR 476 - KM 225 - Fone: (42) 3519-1073

Mangueirinha - PR 281 - KM 01 - Fone: (46) 3243-1531 16 96

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Destaque-MF 9895 a colheitadeira axial de alta performace Lançamento da MF9895 no AGRISHOW 2014, está apta para trabalhar com tecnologia embarcada de última geração, como o monitor de produtividade Fieldstar II, o piloto automático AutoGuide 3000 e o sistema de telemetria AGCOMMAND, o que aumenta ainda mais o desempenho e a rentabilidade dos serviços de colheita.

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Ação beneficente

Arraiá do Hospital São Vicente supera expectativas Além de patrocinar o evento, o Sindicato Rural foi responsável pela barraca do milho. Comercialização do produto alcançou 100%

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2º Arraiá Beneficente do Hospital São Vicente de Paulo, realizado nos dias 26 e 27 de julho, no Parque de Exposições Lacerda Werneck, reuniu diversas entidades e empresas do município, dentre elas, o Sindicato Rural de Guarapuava. Pelo segundo ano, a entidade doou as duas motos 0 km para sorteio no bingo. Nesta edição, a equipe do Sindicato Rural ficou responsável pela barraca do milho. Segundo a gerente Luciana Bren, 100% do produto foi comercializado. “Ficamos muito felizes, porque nossa meta foi

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atingida. Todos os funcionários do Sindicato trabalharam na festa, contribuindo para o sucesso do evento. Foi bastante gratificante”. O produtor rural e associado do Sindicato Rural, José Massamitsu Kohatsu prestigiou a festa e compareceu à barraca do milho. Ele destacou que o evento deve ser apoiado por entidades, a exemplo do Sindicato, já que todo o lucro é revertido para o hospital, um local público e importante para a comunidade. Durante todo o fim de semana, o público, além de saborear diversas comidas típicas nos


almoços e barracas, também pode conferir várias atrações. Apresentações musicais com cantores regionais, casamento caipira, concurso de quadrilha, melhor traje, pega porco e a grande fogueira foram algumas delas. Ao final da tarde do domingo, o público lotou o parque para conferir o sorteio do carro 0 km e das duas motos (bingo). A gerente do Sindicato Rural, Luciana Bren acompanhou o sorteio ao lado do provedor do São Vicente, Rui Primak, do presidente da Sociedade Rural, Johann Zuber Junior e do gerente do Banco do Brasil, Márcio Alexandre Rockenbach. Avaliando a festa, Primak disse que vários fatores fizeram com que esse ano a festa fosse

mais uma vez um sucesso, sendo que o público foi maior do que na edição passada. “O tempo colaborou, o número de entidades que nos apoiaram esse ano também foi maior - em média 80, a qualidade dos shows agradou o povo. Todos esses fatores nos levaram a ter uma excelente festa”, declarou. Todo o dinheiro arrecadado nesta edição será destinado à reforma da Clínica Médica, especificamente a ala dos pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS). “O Sindicato Rural juntamente com a Sociedade Rural foram os nossos primeiros parceiros. Temos muita gratidão às duas entidades”, agradeceu o provedor do Hospital São Vicente, Rui Primak.

Bingo

Airton Passeti

Ganhador de 1 moto 0 km

Dirceu Guedes

Ganhador de 1 moto 0 km

Irizeia Gomes do Amaral

Ganhadora de 1 carro 0 km

Prestação de contas O Hospital São Vicente de Paulo prestou contas do 2º Arraiá no dia 21 de agosto, no anfiteatro do Sindicato Rural de Guarapuava. Segundo o provedor do hospital, Rui Primak, a festa, como já era previsto, gerou um lucro líquido maior do que no ano passado. “Vários fatores contribuíram para isso: mais entidades apoiaram o evento, tivemos um número maior de participantes. Enfim, concluímos que houve adesão da população e dos parceiros à festa e que, portanto, ela já pode ser inserida no calendário de eventos da cidade. O resultado financeiro aumentou de R$ 120 mil para R$ 160 mil”. Esse dinheiro será utilizado para reforma na Clínica Médica, ala para pacientes do SUS. Para a obra, também serão utilizados os recursos provenientes da barraquinha do São Vicente na Expogua e do jantar do centenário do hospital. “Também faremos mais eventos até o final do ano voltados para essa reforma, como um café colonial e um bazar com produtos doados pela Receita Federal”, revelou.

Rui Primak, provedor do Hospital São Vicente Revista do Produtor Rural do Paraná

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Avicultura

Nunca houve hormônio Autores: Josiane Schuvank Maculan, Priscila Michelin Groff, Gabriela Garbossa, Max William Siqueira, Juliana Heida Orientador: Paulo Ost

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produção de frangos no Brasil cresceu 1,2% em 2013 comparando com 2012 (IBGE), mostrando sua importância na economia. Além disso, novamente a carne de frango se destacou como a proteína animal mais consumida no Brasil. De acordo com a estatística divulgada pela ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal), o consumo no país foi de aproximadamente 42 kg por habitante em 2013 e a produção total foi de 12,3 milhões toneladas. A carne de frango brasileira é a mais consumida no mundo. Desde 2004 o ranking de exportações é ocupado pelo Brasil, sendo o maior exportador. Em 2013, segundo a ABPA, foram exportados 3,87 milhões de toneladas de frango. Devido a isso, se houvesse uma informação sobre a existência de hormônios na carne de frango, com certeza nossa reputação seria abalada e não ocuparíamos essa colocação internacional.

O Mito Um grande mito que se mantém vivo no imaginário dos brasileiros, é que os frangos, no país, são criados sob o uso de hormônios promovedores de crescimento, o que justificaria o rápido crescimento dessas aves, sendo assim desaconselhável o consumo do frango brasileiro, uma vez que, a carne com essas substancias seria nociva à saúde humana. Atualmente são veiculadas notícias na mídia e artigos sobre produtos avícolas como prejudi-

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ciais à saúde humana, mencionando inverdades como a utilização de hormônios na produção de carne. Em geral estes informes são redigidos por pessoas mal informadas, que não possuem o conhecimento técnico suficiente para defender tais posicionamentos. A utilização de hormônios para promover o crescimento, no Brasil, não possui nenhuma base técnica e cientifica, além do que, é proibido pelo Ministério da Agricultura, tornando-se crime o uso dessas substâncias em qualquer tipo de animal no Brasil. Sendo assim, o primeiro impasse que a indústria avícola teria que superar seria o contrabando contínuo e sistemático destes produtos em escala gigantesca, sem chamar a atenção das autoridades e das empresas concorrentes, além de manter o sigilo dos funcionários que teriam conhecimento do uso de substâncias ilegais nos aviários. Tudo não passa de um grande mal entendido, afinal, não há qualquer possibilidade do uso do mesmo em avicultura. Porém, algumas pessoas ainda relacionam o grande potencial de desenvolvimento dos frangos, com a utilização de hormônio de crescimento na alimentação das aves, por falta de conhecimento ou instrução. Ao longo dos anos a avicultura passou por mudanças que resultaram em significativos ganhos de produtividade, melhorias na infraestrutura e no melhoramento genético das aves. Este progresso é resultado de décadas de pesquisa para melhoramento da nutrição, sanidade, ma-


nejo, ambiência e melhoramento genético e, de forma nenhuma, está relacionado com os supostos mitos envolvendo a atividade, o que pode ser comprovado pelo desempenho do Brasil como principal exportador mundial de carne de frango.

O que é hormônio?

Os hormônios de crescimento são substâncias proteicas, que quando utilizadas através da dieta não produzem os efeitos desejados, pois são quebrados/destruídos pelas enzimas proteases do sistema digestivo das aves. Também não poderiam ser injetados uma vez que para obter algum efeito no crescimento a administração parenteral deve ser diária. Pode-se imaginar a demanda de mão de obra para realizar a aplicação deste fármaco em cinco bilhões de aves diariamente, além do estresse gerado aos animais e o custo das operações, algo inviável sem dúvida. Assim, é inviável e impossível a utilização de hormônios em frangos, pois os animais não podem absorver hormônios via oral e em doses injetáveis demandaria muito tempo com manejo e, ainda, o tempo de ação é prolongado, ou seja, quando chegar à idade dos animais irem para o abate, o hormônio ainda não teria tempo de realizar sua ação. Visto que o ciclo de produção das aves gira em torno de 42 dias, enquanto o hormônio demora pelo menos 60 dias para apresentar algum resultado. Assim, listados abaixo os principais motivos que tornam desmascarar esse mito: • Qualquer hormônio necessita de um período de latência para atuação e resposta funcional em um organismo vivo. Esse tempo geralmente está entre 60 e 90 dias. As aves, atualmente, são abatidas e processadas em até 42 dias, ou seja, não há tempo para que hormônios tenham algum efeito sobre o organismo das mesmas; • Como o hormônio é uma molécula de proteína, esta se degradaria pelas enzimas no aparelho digestivo do animal, inviabilizando que este pudesse ser ingerido por via oral, através da ração ou da água; • Os hormônios também não poderiam ser administrados de forma injetável, visto que sua aplicação é inviável por razões práticas e operacionais, se considerarmos os enormes plantéis que existem atualmente.

Genética

A explicação para a excelente produção na avicultura se deve principalmente ao melhoramento genético, feito durante décadas, sendo um dos grandes responsáveis pelo maior ganho de peso em menor tempo. Esse melhoramento também é impulsionado pelo fato de que uma galinha tem muitos pintinhos em apenas uma vez, permitindo uma seleção melhor, enquanto que

outras espécies como bovinos, por exemplo, tem apenas um bezerro por parto (geralmente). Os critérios de seleção genética são estabelecidos para garantir a renovação dos plantéis com animais de potencial genético superior geração após geração. São escolhidas aquelas aves com desempenho eficiente, basicamente com metabolismo mais acelerado, crescimento rápido, com máxima deposição proteica, melhor utilização dos nutrientes da dieta e boa conversão alimentar.

Nutrição

Os avanços na nutrição, também influenciaram para o crescimento mais rápido das aves com dietas balanceadas e cada vez mais precisas; em geral, os frangos recebem diferentes rações de acordo com a idade, fato importante, pois durante o crescimento das aves ocorrem alterações nas exigências nutricionais das mesmas.

Ambiente

O controle ambiental de toda a linha de produção, com extrema atenção para luminosidade e temperatura; a prevenção severa de doenças; também são apontados como fatores de relevância na avicultura, responsáveis pela alta e rápida produtividade, que não tem nenhuma relação com o uso de hormônios. A condição ambiental é controlada, na medida do possível, para evitar um efeito negativo sobre o desempenho produtivo dos frangos, onde a temperatura, umidade, água, luz, velocidade do ar e umidade da cama são manejados de forma que fique o mais compatível às necessidades fisiológicas das aves, e assim um crescimento adequado das mesmas.

Curiosidades

Em dezembro de 2013 o Ministério da Agricultura, pecuária e abastecimento (MAPA) autorizou as empresas do setor avícola a utilizarem, nos rótulos de seus produtos, a mensagem “sem uso de hormônio, como estabelece a legislação brasileira”. Em teoria essa mensagem não teria sentido de ser colocado nas embalagens, porém a difusão das ideias enganosas é mais séria do que parece, e necessita dessa ferramenta. Várias análises foram realizadas em frangos, pelo Ministério da Agricultura, a fim de detectar o uso ou não de hormônios. Os resultados, como já eram de se esperar, não apontaram nenhum indício de utilização dessas substâncias na carne das aves.

Considerações finais

Portanto, o uso de hormônio não passa de um verdadeiro mito sem nenhum fundamento, uma mentira que objetiva simplesmente prejudicar você. Não se deixe influenciar por boatos, consuma frango, um produto extremamente barato e saudável. Revista do Produtor Rural do Paraná

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Suinocultura

Análise conjuntural do mercado do suíno no estado do Paraná Greici Joana Parisoto / Pedro Henrique Busto Silva / Paulo Rossi Junior Centro de Informação do Agronegócio da UFPR www.ciaufpr.com.br

Após anos de crescimento contínuo da produção, em 2013 a suinocultura brasileira apresentou uma redução de 5,62% no número de animais abatidos, passando de 33.629.036 animais em 2012 para 31.738.629 no ano passado. O primeiro semestre de 2014 encerrou com uma oferta ainda menor, com queda de 10,47% em relação ao primeiro semestre de 2013, segundo dados da ABPA. Esta queda pode ser em parte explicada pela última crise enfrentada pela suinocultura brasileira, onde suinocultores enfrentaram altos custos de produção e pouco mercado. Apesar da diminuição do volume, o preço do suíno vivo se firmou com a ajuda do crescente número de exportações e a melhora nos custos de produção, além da oferta restrita. O indicador de preços do quilograma do suíno vivo, LAPESUI/UFPR, registrou alta de 9,4%, comparando os preços entre o primeiro e o último dia do período. O preço vem subindo desde o começo do bimestre, onde apresentou a maior cotação na semana do dia 16, no valor de R$ 3,59, e sofreu uma leve queda no fim do período, fechando o mês de julho com cotação de R$ 3,48.

Figura 1. Gráfico do comportamento dos preços reais do quilograma do suíno vivo no estado do Paraná, para os meses de junho e julho de 2014. Fonte CIA/UFPR O preço do quilograma da carcaça se manteve em alta até a penúltima semana do mês de julho, com oscilações no início do segundo mês, onde apresentou a menor cotação do período de R$ 5,21 e a maior cotação de R$ 5,79, fechando o sétimo mês do ano com o kg da carcaça valendo R$ 5,69. Na comparação das médias, houve uma alta de 8,6% no período.

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supermercados de Londrina para o corte mais barato, a paleta, fechou a média em R$ 9,04, aumento de 10,9% se comparado com a média mensal do mês anterior. Em comparação com as médias mensais dos supermercados da Capital do estado, apresentou queda no preço de 17,6%, já para a comparação com os valores praticados pelos açougues de Curitiba, de R$ 11,50, a variação foi de 27,2%.

Figura 2. Gráfico do comportamento dos preços reais do quilograma da carcaça do suíno no estado do Paraná, para os meses de junho e julho de 2014. Fonte: CIA/UFPR Conforme os dados da ABPA, as exportações brasileiras de carne suína in natura em julho registraram queda de 20,7% Carne em relação ao mesmo período do ano passado, totalizando 34,4 mil toneladas. Em receita, houve crescimento de 10,1% segundo a mesma comparação, com US$ 126,1 milhões. No acumulado de 2014 (janeiro a julho), foram embarcadas 200,8 mil toneladas de carne suína in natura, resultado 1% menor em relação sete primeiros meses de 2013. Em receita, houve aumento de 12,6% no mesmo período comparativo, com US$ 635,9 milhões. Mesmo assim, no âmbito internacional o suíno vivo vem mostrando melhoras. “O comércio exterior do segmento permanece enxuto e pressionado pelas ocorrências sanitárias de Diarreia Suína Epidêmica (PED) na América do Norte e pelo cenário político no leste europeu. Neste contexto, mesmo com volumes menores, os embarques de carne suína vêm alcançando receitas superiores às de 2013”, destaca o vice-presidente de suínos da ABPA, Rui Eduardo Saldanha Vargas. Para o comportamento dos preços dos cortes de suíno segundo o CIA/UFPR, a média mensal do mês de junho nos mercados de Curitiba para a costela suína foi de R$ 12,94 já nos açougues da Capital Paranaense, o valor médio ficou em R$ 12,77, diferença de R$ 0,17. Para a cidade de Londrina, o mesmo corte na média do mês de junho ficou em R$ 10,50, fechando o mês com 25.2% abaixo dos preços dos Supermercados de Curitiba e 19,1% mais barato que nos açougues da capital. Para o mês de julho a cotação nos

Figura 3. Gráfico do comportamento das médias dos preços reais do quilograma dos cortes de suíno nos Supermercados de Curitiba, para os meses de abril e maio de 2014. Fonte: CIA/UFPR.

Figura 4. Gráfico do comportamento das médias dos preços reais do quilograma dos cortes de suíno nos Açougues e Casas de Carnes de Curitiba, para os meses de abril e maio de 2014. Fonte: CIA/UFPR

Figura 5. Gráfico do comportamento das médias dos preços reais do quilograma dos cortes de suíno nos Supermercados de Londrina, para os meses de junho e julho de 2014. Fonte: CIA/UFPR


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Cursos Senar

Guarapuava

Curso: Trabalhador na Bovinocultura de leite - manejo e ordenha

Curso: Cerqueiro - cerca elétrica

Curso: Trabalhador no Cultivo de Plantas Industriais - erva-mate / plantas industriais adubação, tratos culturais e podas

Curso: Trabalhador na Bovinocultura de leite manejo e ordenha

Curso: Trabalhador na segurança do trabalho NR 35 – trabalho em altura

Curso: Trabalhador na Segurança no Trabalho primeiros socorros

Data: 24/6 a 28/6 Local: Sindicato Rural de Guarapuava Instrutor : Emerson Orestes Ferraza

Data: 9/7 Local: Sindicato Rural de Guarapuava Instrutor : Zeno Alceu Retka

Data: 3/7 a 4/7 Instrutor: Josias Batista de Barros Local: Cereal

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Revista do Produtor Rural do Paraná

Data: 1/7 a 3/7 Local: Pista de Laço Estância Noca Pio Instrutor: Juliano Antunes da Silva

Data:23/6 a 27/6 Local: Assentamento Nova Geração Instrutor: Itamar Cousseau

Data: 7/8 a 8/8 Instrutor: Josias Batista de Barros Local: Batatas Santa Fé


Candói

Curso: Programa Agrinho Data: 13/6 Local: Colégio Estadual de Segredo Instrutor Alana Paula de Melo Mamus Parceria: Secretaria de Educação Foz do Jordão

Curso: Trabalhador na Produção Artesanal de Alimentos – Conservação e Frutas e HortaliçasDoce de Corte e Geléias Data: 16/6 a 17/7 Local: Pavilhão da Comunidade da Colônia São João Batista Instrutor : Margarida Maria Bocalon Weiss Parceria: Secretaria de Promoção Social.

Curso: Trabalhador na Produção Artesanal de Alimentos – Panificação

Curso: Trabalhador na Agricultura Orgânica olericultura orgânica

Data: 10/7 a 11/7 Local: Pavilhão da Comunidade de Rio Novo Instrutor: Inês Maria Wietozikoski Parceria: Secretaria de Promoção Social

Data: 9/7 a 10/7 Local: Colégio da Ilha do Cavernoso Instrutor: Tibério Pimentel Budal Parceria: Secretaria de Agricultura

Curso: Trabalhador na Segurança no Trabalho - NR 33 - espaço confinado - trabalhador e vigia

Curso: Trabalhador na Operação e Manutenção de Tratores Agrícolas (tratorista agrícola) - tratorista polivalente - básico (tratorista)

Data: 24/06 a 25/06 Local: AG Teixeira Instrutor : Josias Batista de Barros Parceria: AG Teixeira

Data: 04/08 a 05/08 Local: Sede da Agropecuária Santa Clara Instrutor : Pedro Felipe Kastel Parceria: Agropecuária Santa Clara

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Cursos Senar

Cantagalo

Curso: Olerículas de frutos e sementes Curso: Mulher Atual Data: 4/4 a 13/6 Local: Sindicato Rural - Extensão Cantagalo Instrutora: Ednilza Godoy Vieira Parceria: COAMO

Foz do Jordão

Data: 14,15 e 16/7 Local: Sindicato Rural - Ext. de base Cantagalo Instrutor: Luiz Sergio Krepki Parceria: Secretaria de Agric. de Cantagalo

Curso: Panificação

Curso: Qualidade de vida – Família Rural

Data: 11 e 12/7 Local: Comunidade Santo Antônio Instrutora: Ednilza Godoy Parceria: Secretaria de Assistência Social de Cantagalo

Data: 28/7 Local: Sindicato Rural - Extensão Cantagalo Instrutora: Fabíola Bocalon Weiss Parceria: CRAS – Assistência Social de Cantagalo

Curso: Programa Agrinho Data: 18/6 Local: Auditório João Maurina Instrutor: Alana Paula de Melo Mamus. Parceria: Secretaria de Educação Foz do Jordão

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Região

Revivendo o tropeirismo Interior de Candói: o verde das lavouras e a presença do gado compõem uma imagem típica do campo

Grupo “Tropeiros dos Campos de Guarapuava” mostra que a tradição das antigas tropeadas ainda permanece viva na memória e no coração de quem vive no campo

T

ropear é preciso. Para manter uma tradição, que irmana os brasileiros dos três Estados do Sul e também muitos outros, em outras regiões rurais do Brasil. Quem descende daqueles que há mais de 100 anos tocavam as chamadas tropas de mulas, de Viamão (RS) a Sorocaba (SP), cortando o Paraná pelos Campos de Guarapuava, faz questão de reviver, sempre que possível, o estilo de vida ligado àquela história. Com este espírito, 25 produtores rurais de Candói e de Guarapuava, reunidos no grupo “Tropeiros dos Campos de Guarapuava”, promoveram, de 21 a 23 de agosto, a Terceira Tropeada Tiro Longo. A atividade teve início na Fazenda San Sebastian, de Gibran Thives Araújo, em Candói, onde os participantes se concentraram por volta das 7h do primeiro dia do passeio e de onde saíram depois para dezenas de quilômetros de estradas e campos, passando por várias propriedades rurais, de parentes e amigos. Antes, porém, como manda o rito do tradicio-

nalismo, os tropeiros se perfilaram num semicírculo, lembraram os antepassados, exaltaram a cultura campeira e entregaram ao companheiro de tropeadas Gibran Thives Araújo, um dos organizadores, homenagem por sediar em sua propriedade o início da jornada. A distinção, na forma de uma faixa, foi entregue ao produtor rural por seu pai, Eros Lustosa Araújo, o que emocionou o homenageado. “Para nós, da família Araújo, é um imenso prazer receber os amigos e a oportunidade de darmos continuidade ao movimento tropeiro, para resgatar as características que deram origem ao desbravamento da nossa região. Trazemos a família, os filhos. De certa forma, passamos um pouquinho do que os antepassados fizeram por aqui, na lida do campo, do gado”, disse Gibran. Eros também referiu-se aos tempos antigos: “É um tributo aos nossos antepassados. Esse contato com os animais, esse congraçamento, nos dá alegria”. Responsável por conduzir o momento de reverência dos participantes aos tropeiros de ouRevista do Produtor Rural do Paraná

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tros tempos, José Ernani Lustosa contou do significado do ato: “Estamos aqui por causa de nossos antepassados. O que seria de nós se não fossem estas pessoas que, a muito suor, transformaram essa campanha no que ela produz hoje”. Ele também comemorou o fato de que a tropeada, anual e que teve sua primeira edição em 2012, está se tornando “mais calendarizada”, promovida sempre em agosto: “É um mês bonito, as campanhas estão todas verdes”. E definiu o entusiasmo dos participantes: “ É uma alegria estar na casa dos amigos, visitando a parentada, revivendo este resgate bonito da cultura do tropeirismo. Isso

Na preparação das montarias, cuidado e entrosamento com os animais

Antes da partida: reverência aos tropeiros de outros tempos

Gibran: das mãos do pai, Eros, a homenagem dos companheiros do grupo de tropeiros

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Trajeto percorreu fazendas da região De 21 a 23 de agosto, os 25 cavaleiros do grupo Tropeiros dos Campos de Guarapuava, em sua 3ª Tropeada Tiro Longo, percorreram dezenas de quilômetros, entre estradas rurais e campos. O percurso teve início na manhã do dia 21 de agosto, na sede da Fazenda San Sebastian (Gibran Thives Araújo), passando pela Fazenda Lageado (Jaime Tonon), com pouso na Fazenda Santo Antônio (Nelson Luiz Lacerda). No dia 22, Fazenda Lagoa Seca (Gilda Campelo) e pernoite na Fazenda Capão Bonito (Rodolpho Luiz Werneck Botelho). Já no dia 23, a tropeada seguiu para a Fazenda Capão da Lagoa (Família Lacerda) e encerrou-se à noite na Fazenda Santa Cruz (Rui e Renato Cruz). A atividade contou com patrocínio do Sindicato Rural de Guarapuava.

Passo lento e uma boa conversa fazem parte do roteiro


faz parte da nossa tradição guarapuavana. É isso que a gente leva hoje por bandeira de frente”. Outro integrante na organização, Rafael Mendes Araújo, comentou o que significa para ele e os companheiros reviverem o passado do campo. “Fizemos isso para voltar à tradição de antigamente”, disse, destacando que o grupo foi formado entre amigos e parentes. Um dos participantes, Carlos Pereira Araújo, produtor rural de Entre Rios, pouco depois de preparar seu animal, também enalteceu o encontro: “Andar a cavalo é uma terapia”, afirmou. Para ele, que deixou de comparecer apenas na segunda tropeada, em 2013, voltar foi uma alegria. Segundo ressaltou, outro fator importante é que a tropeada é oportunidade de estar em família. Ao lado, o amigo, José Siqueira, também estava na expectativa para o início do trajeto. “Que seja bem boa, divertida (a tropeada)”, comentou. Pouco depois, os cavaleiros deixavam a sede da Fazenda San Sebastian, sobre as montarias, em passo lento, distanciando-se pouco a pouco na paisagem. Logo a manhã revelou a beleza da região rural de Candói: amplidões de campos de

trigo, como tapetes verdes, pontuados aqui e ali de capões com araucárias. Cavaleiros adultos, jovens, experientes, em clima de confraternização, ao sabor do tempo de ontem, quando o dia abre espaço para o ar puro, o sol, a amizade e uma boa prosa, como manda a tradição.

Reunidos, cavaleiros lembram tempos antigos

Ernani Lustosa, Gibran Thives Araújo e Eros Lustosa Araújo

Samuel, filho de Gibran Thives Araújo e Patrícia Rocha Araújo

Pais e filhos unidos na tradição

Passeio cruzou rios e matas Revista do Produtor Rural do Paraná

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Evento

5ª Noite das Batatas foi um sucesso Evento contou com o apoio do Sindicato Rural de Guarapuava

O salão social do Guarapuava Esporte Clube ficou lotado

O cardápio com pratos diferentes das edições anteriores agradou bastante o público

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O

Rotary Club, Rotaract Clube de Guarapuava e Faculdade Guairacá promoveram a 5ª Noite das Batatas no dia 19 de julho. O objetivo do evento, realizado anualmente, é arrecadar fundos para a realização de diversos projetos humanitários. Nesta edição, o dinheiro arrecadado foi destinado ao projeto “Escola que vai além”, desenvolvido no distrito da Palmeirinha, em Guarapuava. Serão adquiridos equipamentos para a orquestra de violões, que oferece cultura e lazer aos alunos do Colégio de Campo da Palmeirinha e da Escola Municipal Manoel Moreira de Campos. Durante o evento, as crianças que participam do projeto fizeram uma apresentação. Ao longo da noite, o público ainda contou com outras apresentações musicais e vários sorteios de brindes doados por empresas e entidades parceiras do evento. A novidade deste ano foi a parceria com o curso de Gastronomia da Faculdade Guairacá. “Essa parceria nos possibilitou uma cardápio novo que agradou bastante ao público”, conta a presidente do Rotaract Club, Sheila Cristina Chemeres de Lima. O número de pessoas presentes ao evento foi maior do que no ano passado, totalizando 480. “Nossas expectativas foram superadas. Todos gostaram da organização e também do novo cardápio. Ficamos bastante felizes”, finalizou Sheila. O evento contou com o apoio do Sindicato Rural de Guarapuava, entre outras entidades e empresas.


Profissionais em destaque

Júlio Sandrini Deragro

Luiz Carlos e Júnior Spyra Nutrisêmen

Maxsuel Zart e sua filha Maria Izabel Zart

Ana Paula Mayer, Vanderlei Vaz e Reinaldo F. Rodrigues - Agroferti

Luiz Fernando Andrade e Mário Meyer Agrocenter

Zanoni Camargo Buzzi – Coamo

Fabrício Lacerda, Ruan Coniezmi e Ednilson José Coniezmi - Torre Forte Saúde

Tiago Marsaro, Marcelo Zago, Dalciane Miss e Aguinaldo A. Svilkovski - Agrícola Colferai

Jorge Antônio Caldas Júnior Sociedade Rural

Projeto Identidade Sindical Apresente a carteirinha de sócio do Sindicato Rural de Guarapuava e ganhe descontos nestes estabelecimentos comerciais (confira os benefícios nas páginas 8 e 9)

Paulo Celivi - Relojoaria Pérola I

José Carlos Maneira - Promissor Seguros

Valcenor Leopoldo Fleck - Loja Insight

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Produtores em destaque

Confira alguns flashes do evento alusivo ao Dia do Agricultor 2014, promovido pelo Sindicato Rural de Guarapuava.* *Mais fotos no site www.srgpuava.com.br (Multimídia)

Novos sócios

• Márcio Antônio Pereira Marcondes

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• Pedro Alberto Ilibrante

• José Vilmar Sopchuk

• Paulo Afonso Ferreira Silveira

• Pedro Cordeiro da Silva


ens e t & s d i k l Espaço rura

Ingrid (9 anos), filha de Adaulto Brandeleiro e Josiane Brandeleiro

Verônica, filha de Valdomiro Araújo e Dionir Madruga Araújo

Ruan, filho de Paulino Brandeleiro e Valmira Senhorin Brandeleiro

Yasmin, filha de Adalto Brandeleiro e Josiane Brandeleiro

Benício, filho de Ana Laura Alves Teixeira e Guilherme Ida (neto do associado Sérgio Alves Teixeira)

Monique (5 anos), filha de Patrícia Toledo Caldas e Everton Caldas, na fazenda do avô Sebastião Caldas, em Inácio Martins

Arthur, filho de Terezinha Busanello Freire e Claudemir José Freire

Paola Leh Klein, Maria Izabel Zart, Heika Leh Klein e Eduardo Correia

Ruy, filho de Andriele Cosmo Alves Teixeira e Ruy Laureci Alves Teixeira Neto

Ricardo, filho de Susie Bayer e Ricardo Ignês Dalla Rosa

Estefani (5 anos), filha de Eliane Ternouski e Estefano Ternouski

Miguel (2 anos e 10 meses), filho de Alexandre Bombardelli de Melo e Emanoeli da Rosa de Melo

Caio Fernando Kloster Oliveira (filho do associado Osmar Kloster) está estudando em Sentinel, cidade do estado de Oklahoma (EUA)

e-mail: o a r a p a foto om.br Envie su @srgpuava.c cacao

comuni

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Setembro

01/09 01/09 01/09 01/09 01/09 01/09 02/09 02/09 02/09 02/09 02/09 02/09 02/09 03/09 03/09 04/09 04/09 04/09 04/09 05/09 05/09 05/09 05/09 06/09

Ernst Michael Jungert Felix Wild Murilo Pereira Marcondes Rafael Mendes de Araújo Tadeu Zukovski Palinski Wilson José Pavoski Adriane Thives A. Azevedo Alceu Cicero Kuntz Romulo Kluber Silvio Borazo Thiago Mayer Vanda Kaminski Walter Knaf Adelino Bridi Soeli Flizicoski Mariani Alcides Rozanski Antônio Ferreira da Rocha Helcio Luiz Carneiro Roseira Leopoldo Bayer João Francisco de Lima Luis Henrique Virmond Roberto Motta Júnior Viviana Hyczy Kaminski Antônio Izaias Lustosa

06/09 06/09 06/09 06/09 06/09 07/09 07/09 07/09 08/09 08/09 09/09 09/09 09/09 10/09 11/09 11/09 11/09 12/09 12/09 12/09 14/09 14/09 15/09 15/09

Dari Araújo Filho Gerald Steffan Leh Patrikk John Martins Rolando Fassbinder Sergio de Moraes Elke Marina Leh Basso Miguel Mayer Norbert Reichardt Gilberto Franco de Souza Sandra Tikamori Dorotea Stock Wild Gertrudes Salete R. M. Marcondes José Carlos Trombini Ana Meri Naiverth Antônio Renato Diedrich Luiz José Royer Victor Hugo Martinazzo Bartus Marius Voorsluys Khristian Duhatschek Laurence Augusto Virmond Adriana Loures M. Botelho Emílio Carlos Weyand Helmuth Duhatschek Juliano Ferreira Roseira

15/09 15/09 16/09 16/09 16/09 17/09 17/09 18/09 19/09 19/09 19/09 19/09 19/09 20/09 20/09 20/09 20/09 21/09 21/09 21/09 21/09 21/09 21/09 22/09

Leonardo Valente Hyczy Neto Nery José Pacheco Antônio Kramer Rocha Luci Kholer Tomporovski Roni Antonio Garcia da Silva Jakob Gartner Júnior Sanir Karam Semaan Nilceia Mabel K. S. Veigantes Adam Egles Fábio Luiz de Siqueira José Krendenser Magdalena Schlafner Oscar José Rigoni Antonio Zuber Filho Arnaldo Stock Luiz Marcos Muzzolon Waldemar Geteski Ana Paula Ferreira Ransolin Eva Úrsula Milla José Ubiratan de Oliveira Leonel Macedo Ribas Filho Robercil Fabro Teixeira Ulisses Lustosa Américo da Luz Ribeiro

22/09 22/09 22/09 22/09 23/09 24/09 24/09 25/09 25/09 25/09 25/09 26/09 27/09 28/09 28/09 28/09 29/09 29/09 30/09 30/09 30/09 30/09 30/09

João Amazonas Fonseca de Brito Josef Mayer Nelson da Silva Virmond Roberto Kungel Júnior Robert Duhatschek André Diedrich Júlio Cesar Gonçalves Arnold Detlinger Herculano Jorge de Abreu José Hamilton Moss Neto Morel Pereira Keinert Erwin Brandtner Manoel Toczek Elemar Perinazzo Euclides Ribeiro Turra Olinto José Pazinato Celso Denardi Valderico Miguel da Silva Adam Stemmer Alisson Martins Andrade Ervin Anton Stock Júlio Cezar D. Giovani Bernardi Marcos Majowski

Outubro

Aniversariantes

01/10 01/10 02/10 02/10 03/10 03/10 03/10 03/10 03/10 03/10 03/10 04/10 04/10 04/10 04/10 04/10 04/10 04/10 05/10 05/10 05/10 05/10 05/10 06/10 06/10

Henry M. Nascimento Leonel Ribas José Carlos Karpinski José Pastal Alcioly Therezynha G. Abreu Alfeo Muzzolon Andreia O. Mariotti Nunes Geovani de Col Teixeira Juarez José Simão Marcelo de Araújo Fonseca Simone Ferraz Ruy Stoeberl Edmar Udo Klein Evelyne Leh Klein Franciele Goes L. de Pieri Hans Fassbinder Lilian Cristiane Tambosetti Mário Cézar Bueno Danguy Raul Milla João Carlos Nunes Da Rocha Konrad Gottel Roberto Pfann Sérgio Nobumasa Suzuki Valdir Deschk Antônio Vanderlei Bayer Márcio Duch

06/10 07/10 07/10 07/10 08/10 09/10 09/10 10/10 10/10 11/10 11/10 11/10 12/10 12/10 12/10 13/10 13/10 14/10 14/10 14/10 14/10 14/10 15/10 15/10 16/10

Suzana Rickli Ewald Mullerleily Maria de Lourdes Keller Trajano Duarte Alves Felipe D. Taques de Macedo Cruz Dalby Giovani Karkle Luiz Fernando Ribas Carli Helmuth Zimmermann Robson Lopes de Araújo Aline Maria Schimim Mendes Laury Lopes Frites Roque Márcio Veviurka Cícero Rogério Kuntz Manfred Michael Majowski Sigrid Aparecida Wolfl Essert Rita Maria Martins Andrade Suzana Missae Kazahaya Carlos Boromeus Mitterer Harald Duhatschek Josue Martins de Oliveira Luciano Farinha Watzlawick Rudolf Abt Luiz Orlando Araújo Maria de Lourdes Tullio Ciro Geraldo Oliveira Araújo

16/10 17/10 17/10 17/10 17/10 18/10 18/10 19/10 19/10 19/10 20/10 20/10 20/10 20/10 21/10 21/10 21/10 22/10 22/10 22/10 22/10 22/10 22/10 22/10

Valmor Bellatto Antônio Bayer Eduardo Gelinski Júnior Gisele Remlinger Pedro Irineu Weber Daniel Primak Alves Regiane Cordeiro Lustosa Alfred Milla Jakob Weckl Maria Luzia Klots Gerster Ambrósio Antônio Antonio Carlos Kimak Arthur Pires de Almeida Tacyano Lunardi Potulski Cláudio Ivatiuk Romilda Hanysz Noriler Vinícius Virmond Kruger Ciro Antônio Brojan Clodoaldo Diniz Junior Denilson Fadel Elfriede Barbara Mayer Emílio Antunes da Costa Ercio Padilha Carneiro João Arthur Barboza Lima

22/10 23/10 23/10 24/10 25/10 25/10 26/10 26/10 26/10 26/10 26/10 27/10 27/10 27/10 28/10 28/10 29/10 30/10 31/10 31/10 31/10 31/10 31/10 31/10

Rosalye Pfann Denardi Daniel Marcondes Canestraro Hildegard Victoria Reinhofer Marianne Milla Wolfl Alair Valtrin Lucindo Zanco Irene Weigand Scherer Marcos Antonio Thamm Rainer Mathias Leh Richard Wilfried Seitz Waltzer Donini João Maria Pereira Max Henrique Spitzner Sebastião Nei Kuster da Silva Cleis de Araújo Fonseca Noelia Mara Cordeiro Marcondes Augusto Kruger Filho Mário Luiz Marcondes Cordeiro André Yoiti Endo Arno Vier Daisy Virmond Kiryla Jonathas Baggio Prestes Schineider Maurício Mendes de Araújo Mauro Mendes de Araújo

Confira a agenda de eventos agropecuários: Ovinotec Cooperaliança

19 e 20 de setembro Anfiteatro do Sindicato Rural de Guarapuava (42) 3622-2443

Encontro de Secretárias Sindicato Rural e ACIG

30 de setembro Anfiteatro do Sindicato Rural de Guarapuava (42) 3623-1115

VI Conferência Brasileira de Pós-Colheita e 8º Simpósio Paranaense de Pós-Colheita 14 a 16 de outubro Maringá 43 3371-6068

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Set/Out Seminário de Agricultura de Precisão FAEP 10 de outubro Anfiteatro do Sindicato Rural de Guarapuava (42) 3626-4789 ou 3623-1115

Workshop da Avicultura Paranaense 24 de outubro (Inscrições até dia 30 de setembro) Sindiavipar e Apavi Foz do Iguaçu (PR) www.sindiavipar.com.br

2014

WinterShow - Agrária 14 a 16 de outubro Campos da FAPA Cooperativa Agrária Entre Rios - Guarapuava (42) 3625-8035

PorkExpo 2014 & VI Fórum Internacional de Suinocultura 28 a 30 de outubro Foz do Iguaçu (PR) (19) 3709 -1100/R. 207


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