Srg rev prod rural 56 web

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ISSN 1984-0004 Publicação bimestral do Sindicato Rural de Guarapuava Ano IX - Nº 56 - Ago/Set 2016 Distribuição gratuita

Revista do Produtor Rural do Paraná

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Expogua

Commodities: França Jr encerra em Guarapuava Seminário da FAEP sobre mercado

86

Leite: Produtores da região visitam Agroleite 2016

ARRAIÁ HSV

90

80

32

Pesquisa: Sindicato Rural sedia reunião sobre batata

ARTESANATO TROFEÚS

Originalidade: artesão produz troféus que marcam vitórias rurais preço no mercado

Agroleite

Reunião Batata

PROJETO CAMPO FUTURO

Reuniões definem custo de produção de grãos e eucalipto em Guarapuava

24

41ª Expoguá: leilões e eventos técnicos de alto nível

Tendências de Mercado

08

Dia do Agricultor 2016 valoriza produtores

26

48 62

Manchete

PECUÁRIA MODERNA

Guarapuava: Sindicato Rural apoiou Arraiá do Hospital São Vicente

Em Guarapuava encerra a programação de treinamento para técnicos


Diretoria Presidente

1º Vice Presidente

2º Vice Presidente

1º Secretário

2º Secretário

1º Tesoureiro

2º Tesoureiro

Rodolpho Luiz Werneck Botelho

Josef Pfann Filho

Anton Gora

Gibran Thives Araújo

Cícero Passos de Lacerda

João Arthur Barbosa Lima

Jairo Luiz Ramos Neto

Conselho Fiscal Titulares:

Lincoln Campello

Suplentes:

Luiz Carlos Colferai

Carlos Eduardo dos Santos Luhm

Alexandre Seitz

Projeto gráfico

Redação/Fotografia Editora-Chefe

Repórter

Repórter

Luciana de Queiroga Bren Reg. Prof. 4333

Manoel Godoy

Geyssica Reis

Anton Gottfried Egles

Roberto Eduardo Nascimento da Cunha

Nossa capa

Foto: Manoel Godoy

Pré-distribuição

Roberto Niczay Arkétipo Agrocomunicação

Distribuição

Endereço: Rua Afonso Botelho, 58 - Trianon CEP 85070-165 - Guarapuava - PR Fone/Fax: (42) 3623-1115 Email: comunicacao@srgpuava.com.br Site: www.srgpuava.com.br

Guarapuava, Candói e Cantagalo:

Extensão de Base Candói Rua XV de Novembro, 2687 Fone: (42) 3638-1721 Candói - PR

Distrito de Entre Rios:

Extensão de Base Cantagalo Rua Olavo Bilac, 59 - Sala 2 Fone: (42) 3636-1529 Cantagalo - PR

Mundial Exprex

Impressão: Midiograf - Gráfica e Editora Tiragem: 2.500 exemplares André Zentner

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Revista do Produtor Rural do Paraná

Os artigos assinados não expressam, necessariamente, a opinião da REVISTA DO PRODUTOR RURAL ou da diretoria do Sindicato Rural de Guarapuava. É permitida a reprodução de matérias, desde que citada a fonte.


Editorial

OLIMPÍADAS E AGRONEGÓCIO

A

s últimas matérias dessa edição foram produzidas durante as Olimpíadas do Rio. Na torcida pelo Brasil, o agronegócio não parou. Nos campos da região: trigo, cevada, pastagem. Enquanto nossos atletas lutavam pelo ouro, o produtor rural seguia sua luta pela qualidade e produtividade. Pela primeira vez como sede dos Jogos Olímpicos, o Brasil teve a oportunidade de divulgar sua imagem no exterior. As expectativas não eram boas. A imprensa estrangeira falou sobre o risco de zika, problemas de segurança, infraestrutura e até ataques terroristas. Apesar dos gastos com a estrutura esportiva, os jogos e as belezas naturais do Rio de Janeiro - mar, montanha e floresta - foram aplaudidos. O país viveu momentos de agitação. Um megaevento esportivo aconteceu. Muito esforço, empenho, sofrimento e o Brasil apresentou o que tinha de melhor. Mesmo em um momento de crise política, instabilidade social, a vontade de que tudo desse certo, valeu a pena. As Olimpíadas abriram caminho para novas perspectivas de respeito mútuo, solidariedade, de um mundo melhor. Que possamos, no campo, continuar mostrando um trabalho de qualidade e excelência. Que possamos inspirar as pessoas, assim como fizeram nossos atletas. A vida é melhor com mais movimento. Não podemos ficar parados e todos juntos, podemos sim, reinventar! Uma nova autoconfiança tomou conta dos cidadãos. Precisamos ter orgulho de ter sediado o maior evento esportivo do mundo, com mais de 10 mil atletas e 500 mil espectadores.

Rodolpho Luiz Werneck Botelho Presidente do Sindicato Rural de Guarapuava

A medalha de ouro chegou com persistência, dedicação, investimento. Vamos aproveitar esse momento pós Olimpíadas para abrir nossas mentes também para construção de um agro cada vez melhor. O Brasil é ouro! O agro é ouro! O Brasil é agro! Boa leitura!

Revista do Produtor Rural do Paraná

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Sucesso!!! 10ยบ Encontro Regional de Produtores de Leite - Anfiteatro do Sindicato Rural de Guarapuava

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ARTIGO Anton Gora Produtor rural, diretor da Federação da Agricultura do Estado do Paraná (FAEP), vice-presidente do Sindicato Rural de Guarapuava e presidente do Núcleo Regional dos Sindicatos Rurais do Centro-Sul do Paraná

Seguro agrícola

S

eguro agrícola me parece ser esse um dos principais instrumentos de que o produtor dispõe para garantir o sucesso de sua atividade, sem correr riscos desnecessários. Não temos a cultura de fazer seguro das nossas atividades agrícolas. Seguro de carro e caminhão é normal e fazemos, às vezes, seguro de máquinas agrícolas por imposição do banco que as financia, ao contrário do que acontece em outros países como Estados Unidos e países da Europa, onde quase que a totalidade dos produtores asseguram as suas culturas. Por isso, nesses países o seguro agrícola é muito barato. Todos fazem. Nos Estados Unidos, por exemplo, quem faz a corretagem do seguro são os sindicatos rurais, em conjunto com as seguradoras e/ou corretores. Com esse trabalho prestado ao associado, os sindicatos também têm conseguido rendas extras para a manutenção das entidades e para a defesa dos seus interesses. No Brasil, alem da falta de cultura do seguro, ele ainda é muito caro, pela baixa adesão dos produtores. Ficamos nesse círculo vicioso: não fazemos seguro porque ele é caro. E ele é caro porque não fazemos. Tivemos no passado o PROAGRO, programa governamental de seguro agrícola. Por ser um programa gerido pelo próprio governo, ele foi mal administrado e não alcançou os seus objetivos. Ciente disso, o governo

tem incentivado a iniciativa privada a fazer o seguro agrícola, subsidiando inclusive o prêmio para os produtores. Da mesma forma, o governo do Estado também tem subsidiado o prêmio do seguro. O governo entendeu que com um seguro eficiente os problemas de inadimplência se tornam quase nulos. Seguro agrícola com um programa de preços mínimos coerentes resolveria totalmente os problemas dos produtores e do governo. Concordo também que o risco, pelo menos na nossa região, é muito baixo, o que deveria ser mais um motivo para aderirmos ao seguro. Não tivemos ainda grandes catástrofes como seca e/ou excesso de chuva. Já perdemos safras inteiras por geadas. A tecnologia hoje usada também tem minimizado os riscos. Os nossos maiores riscos hoje são granizo e chuva na colheita e, para isso, existem seguros específicos, que nos podem dar uma ótima segurança a custo baixo. Eu vejo como risco maior a ocorrência de granizo, mesmo porque o granizo atinge apenas parte da nossa lavoura ou então é muito localizado, podendo atingir apenas um proprietário. Quando ocorre uma frustração geral da safra, ainda existe a possibilidade de se renegociar dívidas de custeio e/ou investimento, mas quando se é atingido isoladamente, essa renegociação fica mais difícil e, nesse caso, é fundamental contarmos com um seguro. Uma perda dessa forma

pode ser fatal para a atividade e a propriedade. Precisamos repensar o seguro, começar a analisá-lo de uma forma diferente, pensar que é melhor pagar o seguro sem precisar utilizá-lo, em vez de termos um prejuízo sem seguro. A Federação da Agricultura do Estado do Paraná (FAEP), sob a coordenação do economista Pedro Loyola, tem sido incansável na busca de um seguro viável para o produtor. E ele tem tido êxitos. Graças ao seu trabalho hoje podemos até já pensar em seguro de renda, não apenas no seguro do custo, mas também em uma parcela do lucro. Para divulgar a cultura do seguro foi realizado no ultimo dia 08 de agosto, em Curitiba, coordenado pela FAEP, o Fórum Nacional de Seguro Agrícola, contando com a presença do governo federal, estadual, seguradoras, resseguradoras, entidades de classe de produtores e inclusive do Banco Mundial. O Seminário foi um sucesso, contando com quase 200 participantes. A semente foi lançada, tem todas as condições de germinar e trazer bons frutos a todos. Vai depender de nós sabermos usar mais essa ferramenta que está a nossa disposição para assegurar e garantir a estabilidade das nossas propriedades. A Federação e o Sindicato estão à disposição de todos os associados para orientar os produtores a usar essa ferramenta da melhor maneira possível.


Projeto Campo Futuro

Custo de produção de grãos e eucalipto

O

Sindicato Rural de Guarapuava sediou, no dia 12 de julho, o Painel Custo de Produção de Grãos e no dia 15 de julho o Painel de Custo de Produção de Eucalipto, que fazem parte do Projeto Campo Futuro, da Confederação Nacional da Agricultura (CNA), Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), com o apoio da Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep). O encontro ocorre todo ano e tem por objetivo determinar o custo de produção de culturas de destaque. Em Guarapuava, as culturas analisadas foram soja, milho, trigo, cevada e eucalipto. Para o agrônomo do Departamento Técnico da Faep, Fernando Aggio, a reunião é importante porque oferece ao produtor rural e órgãos da agricultura um panorama econômico geral da região. Fábio Francisco de Lima, pesquisador do Cepea, complementa que este panorama possibilita que o produtor possa lutar por politicas econômicas melhores, como preço mínimo, crédito bancário, entre outros. Durante o encontro é realizado um levantamento técnico bastante minucioso para criar a base de dados dos custos das culturas. “Analisamos a propriedade como um todo, como ela é representativa para a região de Guarapuava, o seu tamanho, o que foi plantado, a produtividade, preço, coeficientes técnicos de cada uma das culturas, quantas aplicações de inseticidas ou herbicidas, qual produto foi utilizado. Depois a gente fecha um custo total que vai representar não só o desembolso daquela cultura, mas o quanto se gasta pra manter uma propriedade sustentável”.

Levantamento de Custos de Produção de Grãos

Fernando Aggio (Faep) e os pesquisadores do Cepea, Fábio F. de Lima e Fernando Perez Camppello

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Soja

Milho Verão OGM

Milho Verão Convencional

Trigo

Cevada

4.441,88

5.737,13

5.539,74

2.525,70

2.614,70

Revista do Produtor Rural do Paraná

Arrendamento O pesquisador do Cepea, Fábio F. de Lima, disse que um ponto que chamou atenção em Guarapuava foi a questão do arrendamento. “Aqui nesta região muita gente arrenda. E o preço do arrendamento está inviabilizando


Levantamento de custo de produção de eucalipto

o cultivo das culturas”. Lima ressalta que se o produtor planta em área própria, ele tem uma lucratividade muito boa, mas se planta e arrenda, ele já não consegue pagar o custo. O painel de custos de produção, no Paraná, aconteceu nas cidades de Castro, Guarapuava, Cascavel e Londrina.

destinados ao cultivo do eucalipto. “O eucalipto é sempre plantado em áreas marginais da propriedade, que não seriam aproveitadas por

nenhuma outra atividade”. Ele conta também que os produtores ressaltaram que não investem na cultura, sendo que a média de produção é de 30 toneladas por hectare. “Chegamos à conclusão juntos que com o preço de hoje, aqui na região, o eucalipto não é autossuficiente economicamente”. O preço médio do eucalipto, alcançado pelos produtores daqui, ficou em R$ 60,00 a tonelada. Sendo assim, foi calculado que o prejuízo econômico, segundo os dados coletados, fica em torno de R$ 1.738,00 por hectare. Foi a primeira vez que a reunião foi sediada em Guarapuava. Meyer explica que no ano passado, no Paraná, o painel aconteceu em Telêmaco Borba. “Guarapuava, no estado, é uma das cidades representativas na atividade, por isso a reunião foi realizada aqui. Como em outras culturas, esse levantamento de custos visa estabelecer critérios de politicas públicas para o setor florestal no âmbito do Brasil, já que esta é uma ação da CNA e ocorre em todos os estados”.

Eucalipto A reunião de Levantamento de Custos de Produção de Eucalipto foi conduzida pelo técnico da Faep, engenheiro agrônomo Werner Hermann Meyer e pelo engenheiro agrônomo da Labo Rural, Walter Coelho da Rocha Neto. Neto conta que após os dados apresentados pelos produtores rurais, chegou-se à conclusão que na região as fazendas possuem, em média, 330 hectares, sendo que 30ha são

Walter C. da Rocha Neto (Labo Rural) e Werner Hernann Meyer (Faep)

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15º Encontro

Difusores de Tecnologia DuPont Pioneer Texto: Luciana de Queiroga Bren (Jornalista convidada pela DuPont Pioneer para cobertura do evento) Fotos: Geyssica Reis

P

elo 15º ano consecutivo, a DuPont Pioneer realizou o Encontro de Difusores de Tecnologia. Na capital paranaense, durante os dias 27 e 28 de junho, o evento reuniu 150 técnicos e produtores rurais do Paraná, Santa Catarina, São Paulo e Mato Grosso do Sul. O líder de Marketing e Comunicação Brasil e Paraguai da DuPont Pioneer, Frederico Barreto, abriu o

encontro ressaltando a importância desta 15ª edição. Em entrevista à REVISTA DO PRODUTOR RURAL, Barreto falou sobre a evolução do evento. “Primeiramente, sentimos a evolução do público-alvo. É um público seleto e específico dentro do contexto de cada região. Outro aspecto é o aumento no número de eventos. Começamos com quatro nacionais e hoje são sete regiões sendo atendidas. Com isso, conseguimos focar mais os assuntos, de acordo com cada região. Outra mudança significativa foi a relevância do milho verão para o milho safrinha, que mudou muito nos últimos 15 anos. A participação da empresa dentro da biotecnologia também é algo notório. Nesses 15 anos, os temas variaram muito. No início, focávamos no manejo do milho e da soja, depois começamos a focar em manejo de biotecnologias e de resistência”. Frederico Barreto - Líder de Marketing e comunicação Brasil e Paraguai da DuPont Pionner

Barreto avaliou ainda que o desafio do evento é continuar sendo relevante. “A cada ano, isso é mais desafiador, porque os assuntos, em teoria, vão se esgotando e temos sempre que trazer novidades. Termina um encontro, já começamos a planejar o outro, porque trabalhamos com visão de longo prazo, estabelecida há quase 90 anos pelo nosso fundador Henry Wallace, que criou esse Long Look Vision. Lá estava escrito: levar informações técnicas e úteis para o produtor. Isso norteia o nosso DNA, faz parte da nossa história, é um compromisso. Então não temos nenhum interesse em desfazer esse evento tão bem sucedido”. O Encontro de Difusores de Tecnologia reunirá, até outubro, 2.000 pessoas, entre convidados e público interno. O evento acontece nos estados do Paraná, Rio Grande do Sul, Goiás, Minas Gerais, Tocantins, Mato Grosso e no segundo semestre, no Paraná novamente, onde o foco será o milho safrinha. Revista do Produtor Rural do Paraná

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15 anos ao lado do produtor Após a abertura do evento, o engenheiro agrônomo, líder de Agronomia Brasil e Paraguai da DuPont Pioneer, Itavor Nummer, fez a apresentação “Difusores de Tecnologia - Há 15 anos ao seu lado, agregando tecnologia no campo”. Resumindo os principais acontecimentos desde o primeiro Encontro de Difusores, que aconteceu em 2002, Itavor destacou a evolução da agricultura. “Naquele ano, a área de soja no Brasil não chegava a 18 milhões de hectares. Hoje se fala em aproximadamente 33 milhões. A área de milho era mais ou menos estável, ou seja, ao redor de 12 milhões de hectares, onde a safrinha ocupava, em média, 2 milhões e meio de hectares. O restante da área era milho verão, milho de alta produtividade e alto investimento, foco do melhoramento genético da DuPont Pioneer naquela época. O investimento maior da pesquisa até então era todo para o milho verão, a exemplo do modelo americano, um país essencialmente milhocultor, diferente do Brasil que é um país sojicultor. Apresentávamos informações úteis para os agricultores, para que eles conseguissem obter melhores resultados das genéticas vegetais que a empresa obtinha naquela época. O Difusores de Tecnologia surgiu como uma convocação aos principais produtores e técnicos da região, para difundir as práticas de manejo e os resultados que conseguíamos no campo. Ao longo dos anos fomos evoluindo à medida que os desafios da agricultura vinham surgindo. Em 2012, por exemplo, tivemos a inversão da área de verão pela safrinha, onde praticamente se dobrou a área de soja no Brasil e, quando ocorreu, com mais força, a entrada da DuPont Pioneer no mercado de soja. Na apresentação, resgatamos tudo aquilo que em determinados momentos desses 15 anos foi importante. E na pauta de cada ano dos Difusores, destacamos aqueles assuntos que mais contribuíam para o aumento das produtividades das lavouras. O terceiro slide que eu apresentei apontou esses ganhos ao longo dos anos, mostrando incre-

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Em nível nacional encontros devem ter participação de 2 mil convidados mento médio de 3,5 sacos por hectare/ ano, uma evolução constante de produtividade, sendo que grande parte disso veio da genética. Pautei todos os avanços genéticos que obtivemos, mas um boa parte também veio através da adoção das técnicas de manejo pelos produtores, principalmente o aumento nas doses de nitrogênio, na população final de plantas e a utilização de fungicidas, as quais considero ser a grande diferença de 2002 para cá. Tudo isso evidenciado com o advento do uso da biotecnologia. É impressionante o salto no nível de investimentos que o produtor fez. Ele acreditou mais na cultura do milho a partir da biotecnologia. É claro que esses incrementos não ocorreram de um ano para o outro, foram incrementos paulatinos”.

Plantar bem

logias. Temos visto adesões temporárias a determinadas tecnologias, como por exemplo, a agricultura de precisão. Uma ferramenta que traz benefícios a médio e longo prazo, mas que por erro ou falta de entendimento do produtor, é utilizada apenas nos dois primeiros anos após a sua implementação, e já deixada de lado na safra seguinte. Isso tem muito a ver com essa capacidade de entender e de colocar em prática efetivamente todo o pacote tecnológico. Quanto às condições climáticas para próxima safra, o engenheiro agrônomo comentou que existe um receio dos produtores em relação ao La Niña, que de certa forma, força um estresse hídrico no sul do Brasil e um excesso de chuva no Brasil central. “Mas qualquer previsão climática de mais de três meses tende a não ser precisa e com capacidade de previsibilidade de qual fase da lavoura será atingida”. Normalmente esse tipo de

Quanto à próxima safra de milho, Nummer comentou que “existe um processo que é eterno na agricultura, que é sempre o contraste ou a dicotomia entre o que operacionalmente é mais fácil do que tecnicamente necessita ser feito. Existem produtores, de diversos níveis de tecnologia, que levam muito mais em consideração o custo operacional das atividades da lavoura, o que, muitas vezes, pode resultar em perdas de produtividade em relação àqueles produtores que dão ênfase maior a um bom planejamento operacional, à correta utilização das tecno-

Itavor Nummer - líder de Agronomia Brasil e Paraguai da DuPont Pioneer


informação, na cabeça do produtor, o remete a fazer economias no investimento da lavoura e essa não é uma prática adequada. Esse ano que passou, por exemplo, foi um ano em que os produtores que não investiram estão se sentindo penalizados por não terem colhido algo em torno de 15 sacos a mais por hectare. Resumindo, pelo fato de não saberem exatamente onde vai ser o estresse, estes não deveriam deixar de fazer um investimento correto na lavoura. Existe uma frase em inglês que a gente poderia traduzir assim: quem faz um baixo investimento na lavoura está fadado a colher pouco. Não existe a possibilidade de uma lavoura de baixo investimento colher bastante. Acho que esse é o ponto: por mais medo que o produtor tenha, ou por uma condição de capitalização, é preferível reduzir a área fazendo um investimento maior, do que fazer um investimento menor em uma área maior, apostando numa adversidade climática. No fundo, plantas bem tratadas suportam muito mais o estresse do que plantas maltratadas. A dica é plantar bem”. Nummer também falou à REVISTA DO PRODUTOR RURAL sobre mercado. “As perspectivas dizem que não haverá aumento de área de verão, só pontualmente, uma ou outra região deverá retomar, mas isso não será suficiente para recuperar a diminuição de área na safra passada. Milho ainda será uma boa aposta. Não vejo a necessidade de milho valer tudo que está valendo hoje, isso não se sustenta. Mas é uma boa aposta, inclusive para rotação de cultura, favorecendo a soja”.

Planejamento da lavoura O engenheiro agrônomo Fabrício Passini, gerente de Agronomia na DuPont Pioneer para a região Sul e Paraguai, ministrou a palestra “Como planejar agronomicamente uma nova safra: histórico x previsão do tempo”. Ele destacou a importância do planejamento da lavoura. “Para um bom planejamento é necessário conhecimento histórico do clima e previsão climática. Existem vários fatores que roubam produtividade do produtor de milho e, independente do clima - se ele será mais ou menos chuvoso, se teremos a inter-

Do 1º ao 15º Difusores de Tecnologia, participantes elogiam encontro

João Luis Costa Vaz

Roberto Pfann

Luiz Gabriel de Morais

“Participei do 1º Encontro de Difusores de Tecnologia da DuPont Pioneer, em 2002. Fomos, pela Agrária, para Toledo, acompanhando o início desse importante trabalho. Lembro que o segundo Encontro aconteceu no distrito de Entre Rios, ou seja, em nossa área de atuação. Participamos inclusive com nossos pesquisadores fazendo parte da programação. O evento evoluiu bastante ao longo dos anos, em número de participantes, conteúdo e aqui reúnem-se os principais agrônomos e pesquisadores que estão no topo da produção de milho no Brasil e até a nível mundial. Hoje podemos nos comparar aos Estados Unidos, o maior produtor, ou a uma região da Itália e África do Sul, onde há importantes tetos produtivos. Esse grupo do Encontro de Difusores é o que vai ajudar o Brasil a alcançar os maiores índices de produtividade”.

“Participei do primeiro Encontro de Difusores e nesses 15 anos só falhei um ano, pois estava viajando. Esse é um evento técnico, onde é apresentado o que a empresa está desenvolvendo em termos de tecnologia para os produtores, inovações que estão trazendo para o mercado. Considero importante porque sempre traz informações sobre algum problema do setor produtivo do milho e agora também na cadeia de soja. São informações valiosas para o segmento, que agregam na nossa propriedade e também como revendedor de sementes de milho e soja. Sempre tem algo novo: uma tecnologia, híbridos, cultivares de soja”.

“Participo do encontro anualmente, desde o primeiro. Lembro-me da participação de pesquisadores da FAPA no primeiro evento e que foi o primeiro encontro técnico voltado à troca de conhecimento e com repasse de informações para nós que trabalhávamos na assistência técnica. Até então, nenhuma empresa havia disponibilizado para nós essa possibilidade de trocar ideias e absorver conhecimento. Isso foi bacana demais. Como todo evento, passou por um processo de evolução e amadurecimento. E a DuPont Pioneer tem esse lado mais firme de trabalhar junto com a assistência técnica e o agricultor, maximizando os resultados no campo. O evento é muito frutífero”.

“É a segunda vez que eu participo do Encontro de Difusores. Ele agrega conhecimento, é enxuto e bem técnico. Vale a pena participar. Traz sempre conceitos que a gente acaba revendo e promove uma confraternização entre os colegas”. Robert Milla

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Fabrício Passini ferência do fenômeno El Niño ou La Niña - é preciso implementar bem a lavoura. Precisamos fornecer todas as condições para que a lavoura se desenvolva bem, alcance a população ideal de plantas no final e que todas as plantas emerjam e consigam se desenvolver juntas. Para isso, existem alguns cuidados básicos que o produtor deve tomar, como por

exemplo, a relação entre nutrientes e parcelamento da dose de nitrogênio. Ele precisa fazer uma lavoura bem feita para poder colher bem, indiferente se o ano será bom ou ruim. Trabalhar com o sistema de combinação de híbridos também ajuda a diluir alguma perda. Outro fator muito importante é o tipo e data do plantio. O produtor tem que saber, historicamente, qual o melhor momento para plantar na sua região, se o frio será mais cedo ou prolongado naquele ano, para conseguir estipular uma temperatura de solo ideal, que deve ser em torno de 19°, e a partir disso, realizar o plantio. Desta forma, teremos uma probabilidade maior de que o plantio se desenvolva bem, sem atrasos e com a produtividade final desejada. Em suma, o foco principal é o planejamento. No entanto, alguns produtores não têm o costume de armazenar esses dados. É importante que se tenha o histórico dessas informações, para que se consiga tomar decisões mais assertivas”, conclui Fabrício.

Dois dias intensos O 15º Encontro de Difusores de Tecnologia DuPont Pioneer contou ainda com debates e mais seis palestras técnicas: Manejo inicial de pragas em milho, com o engenheiro agrônomo Josemar Foresti; Futuro do melhoramento genético em milho, com o diretor de Pesquisa Milho da DuPont Pioneer, Carlos Raupp; Previsão de Mercado - Cenário e perspectivas para as culturas de soja e milho, com o engenheiro agrônomo Leonardo Sologuren; Manejo de Mancha-branca e Turcicum na cultura do milho, com o engenheiro agrônomo Richard Paglia de Mello; Futuro do melhoramento genético em soja, com o engenheiro agrônomo Luis Prado e Qualidade de Sementes, com Delson Horn, líder da área de Qualidade para Milho e Soja Brasil. O evento contou ainda com a participação do agrometeorologista Marco Antonio dos Santos, da Somar Meteorologia.

Guarapuava e região prestigiaram o evento. Confira algumas fotos:

Elizandro Kluge, Alessandro Illich, Paulo Domit, Vinicius Moraes, Luis Grigoletto, João Luiz Costa Vaz, Cyrano Yazbek, Robert Reinhofer e Robert Milla

Roberto Pfann, Cristhian Ribas Sekula, Marcelo Mayer, Martinho Luis Skawinski e Ricardo Formentini

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Revista do Produtor Rural do Paraná

Antonio Marcos Franciscon, Jair Swarowsky, Vitor Spader, Rodrigo Ferreira e Fabricio Passini

Fabrício Passini, Celso Wobeto e Paulo Gallo


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Educação rural Colégio Estadual do Campo da Palmeirinha premia as melhores redações escritas para o Programa Agrinho

O

Colégio Estadual do Campo de Palmeirinha realizou no dia 17 de agosto uma premiação interna das melhores redações escritas para o Programa Agrinho, iniciativa do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar). É o segundo ano consecutivo que o colégio participa do programa. Ao todo, 28 alunos do ensino fundamental foram premiados, recebendo um certificado do colégio e brinde do Sindicato Rural de Guarapuava. Destas redações, 14 delas serão enviadas para a competição estadual do Agrinho. O diretor Altevir Vilhas Voas diz que a iniciativa é uma forma de valorizar e motivar os alunos. “Nós, como escola do campo não podemos deixar de participar do Agrinho, pela riqueza que o material oferece e pelos temas que envolvem o meio ambiente e a agricultura sustentável. Além de estarmos desenvolvendo a produção cientifica dos alunos, também estamos conscientizando-os quanto a estes temas”.

Diretor Altevir Vilhas Voas, diretor do Colégio Estadual do Campo da Palmeirinha

Cleide Breda, representando a Regional do Senar

Equipe pedagógica e representantes das entidades parceiras do colégio

Anton Gora, vicepresidente do Sindicato Rural de Guarapuava

Alunos com redações escolhidas pela escola concorrerão a prêmios no Agrinho 2016

Personagens do Agrinho (Agrinho e Aninha), a aluna Bianca Paola de Souza e o vice presidente do Sindicato Rural, Anton Gora.

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Revista do Produtor Rural do Paraná

O vice-presidente do Sindicato Rural, Anton Gora, esteve presente na premiação, parabenizou a direção do colégio pela iniciativa e ainda falou aos alunos da importância do agricultura. “Hoje, quem sustenta a nossa cidade e até mesmo o país é a agricultura. Portanto, vocês, filhos de produtores rurais e futuros produtores, devem se sentir valorizados por essa nobre profissão. Valorizem o campo e continuem participando das atividades oferecidas pela escola”. Também esteve presente no evento a colaboradora Cleide Breda, representando o Senar e colaboradores do Sindicato Rural de Guarapuava.


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Imposto Territorial

É hora de declarar o

ITR 2

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O

prazo para a declaração do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (ITR) 2016 vai de 23 de agosto a 30 de setembro. São obrigados a declarar, entre outros, a pessoa física ou jurídica proprietária, titular do domínio útil ou possuidora a qualquer título; um dos condôminos (quando o imóvel pertencer a várias pessoas); e o inventariante, em nome do espólio (enquanto não for concluída a partilha). O imposto é anual. Para o cálculo é utilizada uma alíquota que varia de acordo com a área da propriedade e o seu grau de utilização, sendo utilizado apenas o Valor da Terra Nua (VTN), ou seja, sem qualquer tipo de benfeitoria ou cultura. Áreas de interesse ambiental, como APPs, Reserva Legal, Servidão Ambiental, entre outras, podem resultar em isenção do imposto e para essa finalidade é necessário apresentar o Ato Declaratório Ambiental (ADA) da área, junto ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA). O Sindicato Rural de Guarapuava realiza o procedimento para os produtores rurais com taxas especiais para seus associados. Os documentos necessários são ITR 2016, matrícula atualizada do imóvel (se houver alguma alteração na situação jurídica) e recibo do Cadastro Ambiental Rural, o CAR (no caso daqueles que já fizeram o cadastro).

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Prazo

Isentos

É importante que o produtor declare no prazo para evitar possíveis multas e bloqueios em documentação. Se não estiver com a declaração atualizada,o produtor não terá acesso a documentos da propriedade, como a Certidão Negativa, indispensável para registrar a compra ou venda da propriedade e para conseguir financiamento bancário. A entrega da declaração do ITR após o prazo também implica em multa de 1,0% ao mês sobre o total do imposto.

O imposto não precisa ser pago quando a propriedade é uma pequena gleba rural, com tamanho inferior a 30 hectares. Porém, o proprietário não pode ter outro imóvel rural ou urbano, em condomínio, terreno rural de instituições sem fins lucrativos de educação e de assistência social. O isento do ITR, deve declarar o terreno rural junto a Receita Federal somente se a área sofreu alterações de um ano para o outro. Por exemplo, no caso da compra ou venda de áreas, mas que ainda não extrapole o limite de 30 hectares.

Revista do Produtor Rural do Paraná

No Sindicato Rural de Guarapuava e Extensões de Base Candói e Cantagalo, funcionários habilitados realizam a declaração do ITR para sócios e não sócios

Municipalização do ITR No caso de Guarapuava, 100% do valor da arrecadação do imposto fica no município, conforme convênio celebrado com a Secretaria da Receita Federal (SRF) em 2013.



Empresas

Cândido Bastos Filho inaugura a CB Agro

G

uarapuava e região ganharam um novo empreendimento voltado à comercialização de insumos e assistência técnica agrícola: a CB Agro, estabelecida pelo agrônomo e empresário guarapuavano Cândido Bastos Filho. Depois de ter participado de uma produtiva parceria com a Lavoura S/A (na empresa Lavoura Guarapuava), o empresário, com este passo, decidiu seguir rumo a uma iniciativa individual. Ao comentar este momento, o empresário destacou que sua equipe permanece com o mesmo objetivo de oferecer soluções aos clientes, tanto na comercialização de insumos (agroquímicos, sementes, nutrientes e fertilizantes) quanto na prestação de assistência diretamente no campo. Bastos também reafirmou que o trabalho segue focado em culturas de destaque na região, como soja, milho, batata, trigo e feijão. Mas observou que a CB Agro está atenta a

tendências que hoje se difundem no Paraná, como a condução agronômica de pasto de qualidade e o cultivo de produtos do setor de HF, vistos mesmo por grandes produtores como uma eventual alternativa de diversificação. Por isso, completou, os produtos e serviços passaram a voltar-se também para a comercialização de sementes de pastagens de qualidade e para as lavouras da olericultura. A assistência técnica a campo, outro ponto já considerado positivo e aprovado pelos clientes, também terá continuidade, conforme sublinhou. O empresário ressaltou que atualmente o time designado àquela tarefa soma quatro colaboradores, atendendo agropecuaristas tecnificados. A ideia é seguir evoluindo, numa atitude de entregar resultados para merecer a fidelidade dos produtores rurais: “Nosso setor é o que está movimentando a economia brasileira, mas é muito competitivo. Com esta visão, sempre estamos

Desejamos nos tornar uma referência, com uma boa equipe, bem treinada e bons produtos” Cândido Bastos Filho, diretor da CB Agro

buscando ter uma ótima qualidade na prestação de serviços ao nosso cliente, tanto na venda quanto no pós-venda. Não queremos apenas vender, mas acompanhar, ver os resultados, para que o cliente se sinta satisfeito. Não desejamos fazer negócios em um único ano, mas negócios duradouros”. Dentro desta filosofia, ele anunciou que uma parceria permitirá mais novi-

Equipe CB Agro

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Sempre estamos buscando ter uma ótima qualidade na prestação de serviços ao nosso cliente, tanto na venda quanto no pós-venda” dade: “Nesta nova fase, estamos trazendo uma inovação na área de nutrição vegetal, junto com um parceiro nosso, a Prime Agro. Eles têm um programa de interpretação de absorção de nutrientes, em diversas culturas, mas principalmente soja, milho e trigo. Eles sabem a calibração dos nutrientes, de acordo com as novas cultivares que existem no mercado hoje”, comentou. Com formação em agronomia, o diretor da CB Agro ressaltou também outra linha de atuação da empresa: a partir de agora serão promovidos encontros técnicos para a divulgação, junto aos clientes e demais produtores interessados, de informação sobre o cultivo de diversas lavouras. Contudo este, apontou, não é apenas um projeto para o futuro, mas uma ideia que já começou a virar realidade. No último dia 10 de agosto, Bastos e sua equipe se mostravam felizes de promover, na sede da empresa, seu 1º Workshop da Cebola. Recepcionados com um café da manhã, os convidados puderam, ao longo do dia, receber e trocar informações. A programação incluiu palestras de representantes de empresas de insumos daquele segmento, abordando aspectos agronômicos, como o manejo fitossanitário, ao lado de questões dos mercados nacional e internacional. O evento proporcionou ainda a visitação a lavouras de cebola em propriedades da região. “O objetivo foi também trazer novidades para os produtores que estão buscando diversificação em suas propriedades”, contextualizou Bastos. Somando todas estas ações, ele assinalou que a meta da CB Agro é se tornar uma referência. Conceito que, indicou, está presente na Visão do empreendimento. “Acho que temos todo o potencial, com muita seriedade e humildade, mas desejamos nos tornar uma referência, com uma boa equipe, bem treinada, e com ótimos produtos, de alta tecnologia, que tragam resultados aos nossos clientes”, concluiu.

CB Agro: insumos e assistência técnica para batata, feijão, milho, soja e trigo

Empresa também promove eventos técnicos, como o 1º Workshop de Cebola, realizado recentemente

Agradecemos aos clientes que já estão nos prestigiando e também aos nossos fornecedores” Revista do Produtor Rural do Paraná

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Visita Sindicato Rural de Guarapuava na Faep

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o dia 28 de junho, a gerente e assessora de comunicação do Sindicato Rural de Guarapuava, Luciana de Queiroga Bren (editora da Revista do Produtor Rural) e a jornalista Geyssica Reis visitaram a Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep) a pedido do presidente da entidade sidical, Rodolpho Luiz Werneck Botelho. No local, elas estiveram em alguns departamentos do Sistema Faep/Senar. A intenção foi conhecer e trocar experiências com os colaboradores. Luciana e Geyssica também reuniram-se com a coordenadora da Assessoria de Comunicação da Faep, jornalista Cynthia Calderon, onde tiveram a oportunidade de conhecer as atividades realizadas pelo departamento.

Luciana Bren, Ágide Meneguette (Presidente da FAEP) e Geyssica Reis Geyssica Reis, Alessandra Malva, Flávia Manika, Roberta Ruckl e Luciana Bren

Carlos Augusto Albuquerque (Assessor do Presidente)

Henrique e Salles Gonçalves (gerente planejamento), José Carlos Gabardo (assessor), Humberto Malucelli Neto (superintendente), Patrícia Lupion Torres (assessora)

Cynthia Calderon e Luciana Bren Gerência Técnica do Senar: Umberto Valentini, Leandro Alegransi, Márcia Gottardello, Vanessa Reinhart, Sônia Benteo Martins, Luciana Shizue Matsuguma, Regiane Hornung, Josimeri Aparecida Grein e Daniella Sgarioni de Faria

Ronei Volpi, Luciana Bren, Angelina Viel e Geyssica Reis

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Vicente Miranda (Superintendente administrativo financeiro da Faep e Klauss Dias Kuhnen (Assessor jurídico Faep)

Ronei Volpi (Assessor técnico da FAEP) e o presidente do IAPAR, Florindo Dalberto Revista do Produtor Rural do Paraná

Neusa R. Bonfim da Silva, Mariny de Oliveira, Eliane Rodrigues, Lidiane Santi, Noeli Schultz, Vicente Miranda, Tania Mofatti, Jane Nascimento e Luiz da Fonseca (Depto. Administrativo e Eventos)


Revista do Produtor Rural do Paranรก

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Perfil

Artesão se dedica a vitórias e memórias do meio rural Artesão por vocação, José Luiz Paul fabrica desde os troféus que consolidaram seu trabalho até os móveis de casa, que inspiram encomendas de clientes

feito aqui”, relatou. Com o tempo, clientela e portfólio só aumentaram. As encomendas, destacou, hoje incluem brindes, lembranças, porta-chaves, porta-garrafas, quadros e objetos decorativos, como fundos de barril para paredes de bar ou cervejaria. Na ornamentação, ele mostrou mais uma aptidão, com o pirógrafo, a estampar nas peças os seus próprios desenhos. Da madeira para o vidro foi um passo: passou a decorar ou personalizar também copos e taças – de novo, com as próprias mãos, utilizando uma ferramenta com ponta própria para desenhar sobre o delicado material.

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ma vida dedicada a retirar, de dentro de pedaços de madeira, formas criativas e repletas de significados, para ele mesmo e para aqueles a quem elas se destinam. Assim é o trabalho de José Luiz Paul, artesão que há vários anos veio de São José dos Pinhais para Guarapuava. Na cidade, em cerca de 30 anos, ele encontrou espaço para realizar o que para muitos é um desafio em qualquer lugar: viver de uma atividade em que cabe aos clientes reconhecer o espírito inventivo e o senso estético de quem nela atua. Ao receber a REVISTA DO PRODUTOR RURAL, em 21 de julho, Paul apresentou seus trabalhos, que vêm ganhando destaque em especial no meio rural. Em vários deles, se encontra alguma referência que o remete ao

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início de tudo. Seu primeiro contato com a madeira, rememorou, aconteceu quando ainda menino, “na serraria da família”. Já a inclinação para o ofício que abraçou é a seu ver uma aptidão herdada de sua mãe: “Ela era artista plástica”, comentou. Mas a primeira coisa a que o artesão lapidou, segundo contou, foi sua própria técnica, dispondo-se a ler sobre o assunto, experimentar, ousar. Esforço recompensado: as peças há muito são requisitadas em Guarapuava, no Paraná e em outros Estados. Seus troféus se destinam aos mais diferentes clientes, de CTGs até clubes de tiro esportivo, passando por círculos tradicionalistas adeptos das tropeadas. E o rol de trabalhos vai mais além: “Numa época, grande parte dos restaurantes de Guarapuava tinha o numerário de mesa

Miniatura de fachada de uma casa rural


O processo de criação, revelou, reúne imaginação e planejamento: “Normalmente, a pessoa pede: ‘Vamos fazer um projeto’. Então vou criando, imaginando, colocando no papel e apresento” – Porque tudo surge a partir de um esboço. Na hora de produzir, tempo, atenção e paciência são insumos indispensáveis. É trabalho para “o dia todo”, disse. Outras de suas peças mostram que o artesanato também preserva a cultura, como fachadas de antigas casas rurais, feitas para clientes de Santa Catarina. Memória de um tipo de arquitetura que, em seu tamanho natural, faz parte da história rural do Sul do país. Porém, no momento de sua entrevista, o clima era de olhar para uma nova conquista: neste ano, depois de participar de várias edições da Expogua apresentando seu artesanato, era ele que produziu os troféus do maior evento da agropecuária de Guarapuava. Feliz com sua trajetória, Paul deixa entrever que uma de suas realizações é que seu trabalho proporciona aos clientes algo exclusivo: “São peças únicas, não tem nenhuma igual a outra”, resumiu.

Souvenir de Guarapuava com alusões ao frio

Criatividade em diversos tipos de peças

Sobre o vidro delicado de copos e taças, desenhos feitos à mão

Troféus Expogua 2016

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Commodities Consultor Flávio França Jr.: trigo sem perspectiva de preço empolgante

Tendências de mercado

âmbito global e a saída do Reino Unido da União Européia, o consultor avaliou que o mercado deve operar sem grandes perspectivas de altas expressivas. Na soja, França Jr. analisou que, em nível mundial, o momento é negativo: “O episódio do Reino Unido com a União Europeia trouxe para o mercado financeiro um grau de nervosismo e indefinição muito grande. Os fundos de investimento, nas últimas três semanas, saíram de posições de risco. Venderam petróleo, ações e venderam soja, milho e trigo” – commodities agrícolas, assinalou, são considerados investimentos de risco, o que leva os investidores a vendê-las diante de algum receio sobre a evolução da economia. De acordo com ele, esta foi uma das razões que neste período provocou queda no bushel da soja na Bolsa de Chicago (CBOT), fazendo a cotação baixar de US$ 11,80 para US$ 10,00. “Outra causa é que a safra norte-americana vai muito bem. Apesar da área deles ser mais ou menos igual, ligeiramente maior, o sentimento é de que colham uma safra cheia”, completou. Com isso, a tendência de preços estimou que seja “destes níveis atuais talvez um pouco para cima”. Dois fatores contribuiriam para esta possibilidade: primeiro, o consultor conta que, por experiência, se tem visto reacomo-

O

ciclo de palestras Seminário Tendências de Mercado, promovido pelo Sistema FAEP, encerrou-se no dia 28 de julho, em Guarapuava, com explanação do consultor Flávio França Jr. sobre os mercados de soja, milho e trigo. Na oitava e última cidade a sediar o evento, o seminário aconteceu no Sindicato Rural, reunindo 90 participantes, entre produtores rurais, profissionais ligados ao agronegócio e diretores da entidade. Em cerca de duas horas de apresentação, respondendo também a perguntas, França Jr. disse ver para os próximos meses um quadro diferente do ano passado: considerando o fim do forte El Niño de 2015, os níveis de estoques mundiais, as perspectivas de safras em

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Revista do Produtor Rural do Paraná

Abrangendo oito cidades do PR, evento da FAEP se encerrou no Sindicato Rural de Guarapuava


Diretoria e convidados: Cícero Lacerda, Carlos Luhm, França Jr. (consultor e palestrante), Rodolpho Botelho (pres. Sindicato Rural), Luiz Colferai e Fernando Aggio (FAEP) dações do mercado financeiro; além disso, lembrou, nos Estados Unidos, “ainda tem cinco ou seis semanas para fechar o ciclo da soja”. Mesmo se houver safra cheia, ele contextualizou que os estoques globais da soja, tanto nos Estados Unidos quanto em outros países, tendem a ser um pouco menores no próximo ano. “Em termos de média de preço, entendo que esta temporada 2016/2017, será um pouco melhor do que a do ano passado”, resumiu. No milho, o consultor chamou a atenção para a formação de um novo quadro de preços no Brasil. A pouca oferta do produto no país fez os preços se descolarem das tendências mundiais, refletindo numa alta das cotações. Como consequência, citou um recorde de preço em maio deste ano. “Vendemos muito milho, ano passado, na exportação. Isso enxugou completamente a disponibilidade do grão. Mesmo com a colheita da safra de verão deste ano, o mercado absorveu isso muito rápido. Apertou a oferta de produto internamente. Não foi pelo câmbio, por Chicago, foi por questão de escassez interna mesmo”, relatou. Agora, o Brasil está colhendo o milho de inverno. Mas para França Jr., esta é uma safra bem complicada: “No Paraná, temos uma perda de 15% a 20%, mas no Brasil é maior do que isso. Nesta mesma época do ano passado, tínhamos grandes excedentes de milho. Estávamos colhendo uma safra gigante, de inverno, de 87 milhões de toneladas”. Uma safra recorde, muito grande”. Neste ano, prosseguiu, não há um grande suporte no mercado externo. A área americana, mencionou, cresceu 7%, sob um clima “que vai muito bem”. Por outro lado, o ciclo da cultura já está se encerrando, devendo finalizar no máximo em duas semanas. “O milho está muito próximo de uma super safra nos Estados Unidos”, afirmou. Nesse quadro, os

estoques americanos e mundiais, antecipou, deverão aumentar: “No milho, o perfil de preço é para baixo e não para cima”. Lembrando que no Brasil o câmbio não tem perspectivas de “grandes melhoras”, o consultor avaliou que, no país, quem está mandando no preço “é o mercado interno”. Em paralelo, a safra deste ano é bem menor do que a de 2015: 72 milhões de toneladas. “É uma perda considerável”, explicou. No trigo, entre vários fatores que influenciam o preço, França Jr destacou os estoques mundiais elevados, uma safra Argentina que, de acordo com ele, não deve baixar as cotações no âmbito brasileiro e ainda a influência da alta do milho. “Os estoques mundial e norte-americano estão aumentando. A safra, no geral, no mundo, vai bem”, disse. No Brasil, o plantio se reduziu, mas em sua avaliação o país está diante de “uma safra boa”, considerando possível até que, se o clima colaborar, a colheita de 2016 seja maior do que a do ano passado. A safra argentina, no entender do consultor, “não vai trazer muitos estragos para o preço ao produtor brasileiro”. Mas as cotações do momento no mercado interno, alertou, são passageiras: “Este preço atual, de R$ 900,00 a R$ 950,00 a tonelada, não

é parâmetro. Estamos na entressafra. Este nível vai cair na sequência”. França Jr disse esperar um patamar em torno de R$ 700,00 R$ 750,00. “O que vai ajudar também o trigo a não cair muito é o próprio milho. Esses preços de milho, a R$ 40,00, não vão permitir que o trigo fique muito barato. Porque na verdade, se baixar demais, mesmo o trigo bom vai para ração. O perfil de preços não é empolgante, mas acho que é bem razoável”, avaliou. A venda, entretanto, sublinhou, segue com seus desafios, com diferenças entre vendedores e compradores quanto ao momento de fazer negócio. “O trigo só tem o velho problema da liquidez. Não é um produto que você vende a hora que quer. É na hora em que o comprador quer comprar. A gente colhe em setembro, outubro. Se o produtor tem condição – o que não é muito fácil – de segurar este trigo para a entressafra, pega preço melhor. Mas é muito difícil. Entendo que o mais importante é colher bem, com boa qualidade”, preconizou. O Seminário Tendências de Mercado foi realizado em oito municípios: Cornélio Procópio, Londrina, Maringá, Campo Mourão, Cascavel, Pato Branco e Ponta Grossa, encerrando-se em Guarapuava.

Pres. do Sindicato Rural, Rodolpho Botelho, entregou brindes sorteados entre os presentes: ganharam Edmar Udo Klein e Amauri Pissaia Revista do Produtor Rural do Paraná

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Cooperativa de crédito

Na contramão da economia, Sicredi apoia o desenvolvimento local Linhas de crédito com juros menores e educação financeira são diferenciais da instituição financeira cooperativa

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crise pela qual o Brasil passou em 2015, e que se estende por 2016, afetou a maioria dos segmentos da economia. O crescimento da inadimplência fez com que a oferta de crédito fosse reduzida e também mais seletiva. O resultado pode ser observado atualmente: a economia gira mais lentamente e o país praticamente não cresce. Alguns setores, no entanto, seguem desafiando a recessão. Como é o caso do cooperativismo de crédito e também do agronegócio, que caminham juntos e alavancam o crescimento do país. Isso acontece porque as instituições financeiras cooperativas como o Sicredi atuam de forma diferenciada para promover o desenvolvimento ao invés de visar apenas o lucro. Uma prova disso é o crescimento da procura por crédito no último ano. Presidente, diretores e assessor participando do lançamento do Plano Safra 2016/2017 em Curitiba/PR “Em comparação com 2014, o ano de 2015 apresentou cerca de 14% de aumento na carteira de crédito. Isso é reflexo tanto do aumento da nossa base Sicredi estima liberar, nacionalmente, cerca de R$ 10,6 bide associados como do atual cenário econômico, que tornou lhões, em 185mil operações, entre custeio e investimento. o crédito mais caro e difícil no mercado financeiro tradicioNos estados do Paraná, São Paulo e Rio de Janeiro, a libenal”, explicou o gerente de Desenvolvimento de Crédito da ração será de R$ 2,82 bilhões, o que significa um aumento Central Sicredi PR/SP/RJ Gilson Farias. de 12% nos recursos oferecidos em relação à safra passada. Esse crescimento vem da força do campo também. Em Para a agricultura familiar o Sicredi disponibilizará apro2015, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico ximadamente 18% a mais de recursos e para produtores do e Social (BNDES) reconheceu o Sicredi como o principal PRONAMP (média agricultura empresarial) aproximadaapoiador do fortalecimento da agricultora familiar, pelo mente 20% a mais. segundo ano consecutivo, pois foi o agente financeiro que Embora ofereça os mesmos produtos e serviços de um liberou o maior volume de crédito do Programa Nacional banco tradicional, uma cooperativa de crédito é uma sociede Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), com dade de pessoas e não de capital. Essa, considerada a prinrecursos do BNDES, no Plano Safra 2014/2015, totalizando cipal diferença entre as instituições, faz com que todo o reR$ 882 milhões. sultado obtido no ano seja dividido entre os associados de Para a Safra 2016/2017, que começou no dia 1º de julho, o

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acordo com suas movimentações financeiras; sem falar que a estrutura cooperativa permite uma proximidade maior do sistema com as comunidades onde está inserida, possibilitando um melhor atendimento, desburocratização de muitos processos e maior agilidade operacional. “É nessa proximidade com a comunidade e disponibilizando um atendimento diferenciado que as cooperativas de crédito ganham espaço e aumentam diariamente seu quadro de associados. O acesso fácil e rápido às linhas de crédito com condições diferenciadas às do mercado são atualmente os principais motivos de associação”, frisou Valmir Dzivielevski, diretor executivo da Sicredi Planalto das Águas PR/SP. Para o presidente da cooperativa, Adilson Primo Fiorentin, as frequentes publicações de destaque do Sicredi em âmbito nacional, tanto no agronegócio quanto no meio empresarial, são frutos diretos do crescimento enquanto sistema, bem como, da confiança que o cooperativismo de crédito vem repassando às comunidades em geral dia após dia. “Por ser uma instituição financeira cooperativa, o Sicredi apoia o desenvolvimento do produtor e da região onde atua. Além do resultado do exercício retornar para o associado proporcionalmente ao volume de suas operações (sobras), os recursos captados pelas cooperativas proporcionam localmente, às pessoas e suas empresas, melhores condições de negociação quando precisam de produtos bancarizados. Sempre friso que, devido a nossa proximidade com nossos associados, precisamos nos tornar a principal instituição financeira das comunidades onde atuamos”, destacou Adilson.

Quem coopera cresce A divisão de resultados (chamados de sobras) ao fim do ano fiscal entre todos os participantes de forma proporcional ao investimento é o grande diferencial característico das cooperativas. O destino desse valor, assim como os investimentos feitos nas agências, são sempre decididos em assembleias, onde todos têm direito a voto. A atuação cooperativa de gerir e oferecer serviços financeiros rende bons frutos. Com mais de 3,3 milhões de associados em 20 estados do Brasil, o Sicredi possui um patrimônio líquido superior a R$ 9,5 bilhões e cerca de R$ 60,7 bilhões em ativos. Esses números crescem a cada ano, assim como o número de pontos de atendimentos qual já passa de 1.490 agências. Atualmente, o plano de expansão para a região Norte e Nordeste, bem como, o estado de São Paulo, região econômica estratégica, marca a atuação regional com presença nacional da cooperativa e o atendimento aos públicos de todos os setores (tanto pessoas físicas como jurídicas). Em 2015, foram inauguradas aproximadamente 50 novas agências e estima-se que São Paulo receberá 25 novos pontos de atendimento por ano até 2020.

sicredi.com.br

Os recursos da safra 2016/2017 já estão disponíveis.

Sicrediagro Custeio

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Trigo

Dia de campo apresenta perspectivas para a cadeia tritícola Potencial produtivo de cada cultivar, recomendações, avaliação da atual e projeções para próxima safra e novidades em genética são alguns dos principais pontos abordados durante o Dia de Campo Institucional da Biotrigo Genética. Evento ocorreu dia 10 de agosto, em Apucarana (PR).

O

envolvimento direto no campo aproxima o programa de melhoramento do restante da cadeia do trigo. E foi buscando tecnologia e maior eficiência que recomendantes, profissionais da indústria moageira e multiplicadores de sementes de trigo participaram de mais um dia de campo da Biotrigo Genética. A atividade, que reuniu mais de 200 pessoas em Apucarana/PR, aconteceu no dia 10 de agosto. A região é uma área trigueira com altitude de transição e representa as características de várias outras regiões. Segundo o Gerente Regional Norte (PR, SP, Cerrado e Paraguai) da Biotrigo Genética, Fernando Michel Wagner, a proposta do dia de campo é integrar as diferentes demandas e colocar todos os elos da triticultura em sintonia. Somente em 2015, a Biotrigo Genética participou mais de 120 dias de campo em todo o Brasil, possibilitando a troca

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No campo, o público presente pode ver o porte e o desempenho das 14 cultivares desenvolvidas pela Biotrigo Genética.

de informações e proporcionando um momento onde todas as dúvidas podem ser sanadas, como por exemplo, verificar o potencial produtivo de cada cultivar, novos ciclos, pré-lançamentos, além da oportunidade de comparar a reação às doenças que são prevalentes naquela localidade e naquele período. “Neste ano, os melhoristas puderam evidenciar uma grande diferença na reação a tolerância ao calor e ao déficit hídrico, além de observar as diferentes reações ao complexo de manchas foliares”, explica Wagner. Pela manhã foram atendidos os participantes dos estados do Paraná, São Paulo e do cerrado brasileiro. À tarde, o evento contou com a presença do público vindo do Paraguai, país que possui características de plantio muito parecidas com algumas regiões brasileiras. Participaram profissionais da Biotrigo de vários setores, trazendo para discussão temas ligados ao setor

comercial, melhoramento, qualidade industrial e fitopatologia, temas que interessam a toda a cadeia tritícola.

Vitrine tecnológica Além de buscar informações sobre as cultivares já lançadas, os participantes tiveram a oportunidade de conhecer as tecnologias que chegarão ao mercado nos próximos anos. Ao todo foram sete estações que trataram, entre outros temas, do resgate da safra atual, o comportamento das cultivares TBIO já lançadas em comparação com as testemunhas concorrentes, os últimos lançamentos da Biotrigo, as linhagens superprecoces e informações sobre manejo de doenças, nitrogênio, além da estação novos negócios, onde o foco foi o lançamento TBIO Energia I, focado em alimentação animal e na discussão


sobre qualidade industrial. Outro destaque da edição ficou por conta do detalhamento do manejo da cultivar mais recente, o TBIO Sossego, cujo maior diferencial é o pacote fitossanitário, tanto de folha, devido ao alto nível de resistência à ferrugem da folha, ao complexo de manchas foliares e bacteriose, além do elevado nível de resistência aos maiores problemas de difícil controle na cultura do trigo, contemplando doenças como Brusone, Giberela, incluindo ainda excelente pacote para resistência à germinação da espiga. O TBIO Toruk, trigo com genética francesa, focado em maior nível de tecnologia também foi apresentado aos sementeiros e técnicos. A cultivar, que deve ser mais semeada no próximo ano no Brasil, traz alto potencial de rendimento combinado a uma excelente qualidade de grão.

Safra 2016 O campo demonstra que o clima, em 2016, foi mais favorável à cultura do trigo, quando comparado aos dois últimos anos. De acordo com Bruno Leonardo Alves, Supervisor Comercial da Biotrigo para os estados do PR e MS, o

Sem aristas, TBIO Energia I é focado para alimentação animal

ano teve como característica marcante o clima seco, com baixas precipitações, o que não favoreceu a ocorrência de doenças de espiga, conforme os modelos meteorológicos vinham prevendo. “A tendência é de que a colheita seja favorecida por isto. Produtividades podem baixar um pouco, mas a qualidade do grão será grande destaque se as previsões se confirmarem”, avalia Alves. Nas regiões que estão com o trigo com ciclo mais adiantado prevaleceram doenças como mancha amarela e marrom, especialmente em áreas sem rotação de culturas; oídio, que se

Principal característica do TBIO Sossego é o pacote fitossanitário

intensifica com os baixos volumes de chuva e, isoladamente, áreas com solo compactado onde o encharcamento ocorreu na fase inicial, se observou a ocorrência do vírus do mosaico do trigo, especialmente na região de transição do Paraná. Atualmente, no Norte do Paraná, algumas áreas começam a demandar a chuva, mas o florescimento em período seco favorece o não aparecimento de doenças de difícil controle na espiga. “Nas demais regiões, o desenvolvimento segue superior aos dois anos anteriores”, finalizou Alves.

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Batata

Reunião divulga pesquisa do plantio à pós-colheita

Reunião do grupo de pesquisa em bataticultura ocorreu dia 23 de junho, no Sindicato Rural de Guarapuava, para divulgar informação técnica

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ma recente reunião técnica sobre batata mostrou que a pesquisa realizada em nível local segue encontrando respostas para algumas questões importantes da cultura. Promovida pelo Grupo de Pesquisa em Bataticultura, Irrigação e Microclima da UNICENTRO e pela empresa Serrana Treinamento e Pesquisas, a 1ª Reunião Técnica da Batata, dia 23 de junho, no anfiteatro do Sindicato Rural de Guarapuava, trouxe informações sobre as etapas principais do cultivo, do posicionamento de insumos à sustentabilidade. Cuidados com o produto em todo o período pós-colheita mereceram igualmente destaque. Os assuntos foram abordados em palestras do professor Sidnei Jadoski (Depto. de Agronomia) e do doutorando em agronomia Adriano Suchoronczek. Estiveram presentes estudantes e profissionais ligados à agricultura, além de representantes técnicos de vendas de empresas de insumos e agropecuaristas. Falando à REVISTA DO PRODUTOR RURAL após o evento, o professor Jadoski destacou que, apesar do cultivo da batata ser conhecido pela huma-

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orientar por recomendações elaboradas para regiões diferentes. Já na fase de lavagem da batata, completou Jadoski, a pesquisa verificou que a qualidade da água é importante. O recomendável, disse, é evitar a limpeza de vários lotes com a mesma água. Na pós-colheita, completou, é a temperatura que requer atenção. De acordo com ele, naquela etapa, entre lavoura, lavagem, resfriamento, transporte e comercialização, ocorrem alterações enzimáticas associadas a variações de temperatura, reduzindo longevidade e qualidade da batata. “A oscilação cons-

nidade há 10 mil anos, “a cadeia produtiva ainda apresenta gargalos em manejo de pragas, doenças, fertilidade do solo e pós-colheita”. É para estas questões, explicou, que a pesquisa na Professor Sidnei Jadoski – Adriano Suchoronzczek, universidade vem Unicentro doutorando em Agronomia buscando respostas locais, que possam ser aplicadas pelo bataticultor tante se mostrou tão ou mais prejudide Guarapuava e região. Para isso, concial do que uma temperatura um pouco forme especificou, nas várias linhas de elevada, porém constante”, especifitrabalho se observa o comportamento cou. No estudo, contou, ambas as culde duas cultivares – as mais usadas em tivares utilizadas sofreram os efeitos nível nacional e regional nas categorias daquela situação, com a de uso indusmesa e indústria. trial se mostrando ainda mais sensível Na etapa de posicionamento de inao manejo pós-colheita. sumos, o professor relatou que a pesResumindo o espírito da pesquisa quisa abrange itens como defensivos, local, que prossegue como um traprodutos biológicos para o aumento da balho permanente na universidade, resistência a pragas e doenças e o cono professor ressaltou que o objetivo trole de nematóides. Ao recorrer a estas dos vários pesquisadores que se deferramentas no campo, ele defendeu bruçam sobre a cultura é “encurtar o que o produtor considere as condições caminho do produtor para as melhoregionais de solo e clima, evitando se res alternativas”.


Pesquisa experimental

Serrana Treinamento & Pesquisa

Treinamentos teóricos e práticos

Treinamentos e cursos são atividades que devem ser constantes no projeto de vida de acadêA pesquisa experimental é um processo investigativo que exige micos e profissionais. A atualização em conheseriedade, eficiência e imparcialidade. A Serrana está apta para o cimentos técnicos-científicos agroambientais desenvolvimento de atividades experimentais, atuando prioritariaproporciona o aprimoramento necessário para mente na área de Ciências Agrárias e, com maior ênfase, no campo a atuação com desempenho em níveis elevaagronômico. dos, ocasionando crescimento profissional e Por meio de parcerias, os projetos podem ser discutidos e impleconsequente aumento da satisfação pessoal. mentados, incluindo o planejamento, preparo da área de pesquisa, Inserida no meio científico/educacional, a implantação de unidades experimentais e condução com aplicação de Serrana Treinamento & Pesquisa está prepaprotocolos e tratamentos, coleta de dados e avaliação de resultados, rada para colaborar com a formação complementar associada prioritariamente à agriculincluindo os procedimentos estatísticos mais adequados. Esses procetura e meio ambiente. dimentos possibilitam a obtenção de conclusões precisas que podem O conceito de “ir direto ao ponto”, propicontribuir para o posicionamento adequado de produtos e estratégias ciando aprendizado com eficiência, qualidade de manejo no campo. e máximo aproveitamento do tempo, é forteA atuação conveniada com profissionais pesquisadores mestres mente considerado na elaboração de cada um e doutores de todo o Brasil, possibilita a garantia de procedimendos projetos dos cursos e treinamentos ofertatos experimentais adequados e avaliações estatísticas que atribuem dos pela Serrana. Como o tempo disponível no clareza e precisão nos resultados obtidos. A parceria com empredia a dia é cada vez mais escasso para todos, a sas do agronegócio e produtores rurais viabiliza a condução das atualização também deve ser dinâmica, trazenatividades experimentais que possibilitam maior dinamização do resultados rápidos que possibilitem aprender e do processo investigativo, aproximação direta entre o setor de conhecer sempre mais. desenvolvimento, comercialização de produtos, insumos e o produtor rural. A realização de atividades experimentais, respeitando as mais valorosas prerrogativas de preservação e sustentabilidade ambiental, expressa permanente compromisso sócio-ambiental. Estas características de organização e critérios de atuação contribuem para fazer da Serrana Treinamento & Pesquisa referência na investigação experimental de campo na área agronômica.

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Reunião

Diretoria do Sindicato Rural em Candói

A

reunião de diretoria do Sindicato Rural de Guarapuava do mês de junho foi realizada na Extensão de Base de Candói, no dia 24, visando uma maior aproximação dos diretores com os sócios e colaboradores daquele município. Após a reunião, o grupo seguiu para um almoço na propriedade do diretor Gibran Thives Araújo. Em seguida, visita à Agrícola Colferai, que tem como proprietário, Luiz Carlos Colferai, também diretor do Sindicato.

No final da tarde, os diretores reuniram-se com os associados que residem ou possuem propriedade no município. O presidente do Sindicato Rural, Rodolpho Luiz Werneck Botelho recepcionou os sócios dizendo que além de todos os serviços que a entidade oferece, ela também tem como função representar os produtores rurais no âmbito municipal, estadual e federal. “Todas as demandas que vocês tiverem devem ser trazidas até nós. Quero destacar que temos comissões onde cada uma trabalha em prol exclusivamente de cada atividade que ela representa. Dentro da Faep, temos representantes nas comissões de cereais, pecuária de corte e leite, meio

ambiente, ovinocultura, suinocultura e hortifruticultura. Os representantes encaminham todas as demandas da nossa região”, ressaltou. O diretor Gibran Thives Araújo observou que a iniciativa da reunião em Candói aproxima ainda mais o sindicato rural do produtor da cidade. Aos associados presentes à reunião, ele disse que “muitas vezes, as atividades ficam centradas em Guarapuava e muitos produtores daqui não podem ir até lá. Mas o Sindicato Rural precisa também da participação dos sócios de Candói para poder cumprir o papel dele. Por isso, em nome dos diretores, coloco-me à disposição para o que vocês precisarem”.

Extensão ganha veículo A reunião encerrou com a entrega, realizada pela diretoria, de um veículo seminovo Uno à Extensão de Base Candói, que será utilizado para serviços da entidade, atendimento aos sócios e cursos do Senar.

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Visão empresarial

Após curso, grupo de cooperados receberá orientação em gestão

C

ooperados da CooperAliança concluíram, dia 7 de julho, um curso de gestão da propriedade rural, promovido numa parceria entre OCEPAR, SESCOOP e a cooperativa. A atividade teve por objetivo colocar os participantes em contato com uma abordagem empresarial de gerenciamento rural, contribuindo para aumentar a eficiência de seus sistemas produtivos. Iniciada dia 9 de junho, a capacitação aconteceu no Sindicato Rural de Guarapuava. O professor Paulo Rossi Junior (Coordenador do LapBov-UFPR) enfocou em três módulos temas como gestão financeira e técnica, formas de cruzar aqueles dois tipos de informação e gestão de pessoas. Rossi Junior preconizou que as propriedades estabeleçam em organogramas a hierarquia e a atribuição de pessoas e funções. “Tudo o que falamos anteriormente só vai funcionar se tivermos uma boa organização de trabalho”, ponderou. Já para tarefas do dia a dia, ele defendeu um plano que apresente o trabalho, o prazo e os responsáveis, para que se possa avaliar o resultado. O professor também sugeriu a adoção de um sistema de premiação aos colaboradores da propriedade de acordo com o desempenho. Ao final do curso, o presidente da CooperAliança, Edio Sander, destacou aos participantes que o curso é o início de uma visão mais empresarial para as propriedades. Ele anunciou que a cooperativa decidiu abrir inscrições para formar um grupo-piloto, de 20 produtores, com objetivo de iniciar a implantação de programas de gestão em seus sistemas produtivos. O grupo, que começou a ser formado naquele momento, contará com a orientação de Rossi Junior como consultor.

Módulo do dia 23 de junho: aplicação do controle de informações técnicas e financeiras

Prof. Rossi Junior (UFPR)

Edio Sander, pres. CooperAliança

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Máquinas

MASSEY SHOW:

o sol brilhou para a Augustin e seus clientes

U

m dia ensolarado, com uma amena temperatura de outono em pleno inverno de Guarapuava, impulsionou o Massey Show da Augustin, realizado em 13 de agosto. A presença de produtores rurais surpreendeu e alegrou o evento, divulgando a marca Massey Ferguson, a filosofia de pós-venda da Augustin, a divulgação das tecnologias dos recentes lançamentos e as formas de pagamento. Confira o balanço deste animado e produtivo dia de negócios.

Paulo Finger |

Augustin – Sócio Diretor

“A Augustin é uma empresa focada na linha de máquinas e implementos agrícolas. A empresa completa 90 anos no dia 2 de setembro. Nossa filosofia de trabalho é realmente um pós-venda. A gente procura vender o equipamento e prestar ao cliente a assistência técnica. Nossa maior riqueza é fazer a venda e ver ele multiplicar isso em sua propriedade, em renda. Temos também a representação dos pneus Pirelli, dos lubrificantes Shell e a Bardall. São parceiros que estão conosco nestes eventos. A Augustin, aqui no Paraná, já completou cinco anos. Ontem, assinei um contrato para uma nova filial, aqui no trevo. É onde vamos fincar nossa raíz, dentro do padrão Massey Ferguson. Já construímos em Mangueirinha, temos o ponto de vendas em Pitanga e também em Laranjeiras. Então, nesta região, de 37 municípios, estamos bem instalados.

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Mauro Muraro |

AGCO América do Sul – Coordenador Comercial

“Apresentamos o que é a nova linha, os lançamentos em colhedeiras, que a Massey Ferguson fez nos últimos dois anos. Lançamos toda a nossa linha renovada de colhedeiras. São cinco modelos, em tamanhos, aptidões e classes diferentes, para que tenha abrangência não só local, como nacional também. Temos todos os produtos que o cliente precisa. Na soja, no milho, no arroz, no trigo, em todas as culturas, temos uma máquina mais destinada para aquela produção, com melhor rendimento, com economia, com tecnologia embarcada e com qualidade de grão no final da safra. Todos estes modelos já estão à disposição do cliente. Lançamos dois modelos em 2014 e mais três em 2015. Tem máquinas que já estão indo para uma segunda safra, com comprovação de resultado, muita eficiência e bastante rentabilidade”.

Rodolpho Ferreira |

AGCO Finance – Coordenador Regional

“É um belo evento que a Augustin e a Massey Ferguson prepararam para a região de Guarapuava, abrangendo todas as filiais. Aqui, oferecemos a linha de financiamento da AGCO Finance. Hoje, trabalhamos como as linhas BNDES, Pronamp e Moderfrota, além de CDC. Linhas do BNDES com taxas de 8,5% ao ano. E um grande diferencial que temos hoje, no banco, é a agilidade no retorno da análise do crédito, e agilidade na condução da proposta junto ao BNDES. Estamos conseguindo aprovar as condições de desembolsar a prazos excelentes. Agilizando o processo, o produtor tem um ganho. Ele consegue receber o equipamento o quanto antes. Outro diferencial: hoje, não exigimos qualquer tipo de produto, não cobramos qualquer tipo de taxa para a análise de crédito, fazendo com que a compra do equipamento seja mais barato para o produtor”.

Márcio Kilpp |

Gerente de Vendas PR da Augustin

“Para nós é uma grande alegria poder fazer este evento. Registramos neste dia a passagem de 500 pessoas no evento. Nossa intenção é esta: mostrar tecnologia, diferencial, mostrar o que se pode fazer a mais. Acredito que este objetivo está sendo muito bem alcançado. Selecionamos e trouxemos os principais parceiros de implementos agrícolas: GTS do Brasil, Jacto, Vence Tudo, Jan, Baldan e Haramaq. Estamos muito satisfeitos. Na Augustin enxergamos um dia como este como uma oportunidade única de nos aproximarmos de clientes e também de possíveis clientes. Convidamos o público agrícola em geral. Trouxemos representantes da fábrica, do Consórcio Massey, do banco fábrica e a diretoria da Augustin, que se deslocou da matriz para vir passar este dia com os clientes. O dia foi muito bom, com expressivos resultados em vendas”.

Arinei Coradin |

Gerente Comercial da Augustin

“É um bom evento. O público veio. Nossos clientes estão presentes aqui. É mais um evento para marcarmos em definitivo nossa revenda, nossa marca, aqui no Paraná. Precisamos mostrar para o agricultor, para todos, que a Augustin veio para o Paraná para ficar. Os agricultores compareceram. Fizemos vários negócios. É um dia de trabalho. Especialmente, nada seria possível se não fosse a presença maciça dos agricultores. Ficamos felizes, realizados por mais este evento. Com certeza muitos outros virão pelo futuro próximo”.

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Campanha Plante Refúgio

Refúgio: a solução para preservar os benefícios da soja Intacta O pesquisador de soja da FAPA, Vitor Spader, fala sobre a forma correta de plantar refúgio e sobre a importância dessa técnica para manter a eficácia da soja resistente a lagartas

N

as últimas safras houve um salto na área cultivada com variedades de soja Intacta em todos os municípios da região de Guarapuava. Aproximadamente metade da área plantada na safra 2016/17 deve conter a tecnologia que torna as plantas resistentes às principais lagartas da soja. Isso se deve ao fato de que várias cultivares Intacta têm apresentado maior potencial produtivo, ao mesmo tempo em que possibilitam uma redução nos custos de produção. Esse avanço desperta a necessidade de divulgar uma prática muito importante: a de plantar área de refúgio. O método, que consiste em plantar 20% da área com cultivares não-Intacta, tem o objetivo de evitar uma seleção de insetos resistentes à proteína Bt, o que causaria o desenvolvimento de uma população de lagartas imunes à tecnologia. Com o refúgio, espera-se prolongar o seu tempo de eficácia. Mas qual é a forma correta de plantar refúgio? Ele é de fato um método eficaz? Qual o benefício ao produtor? O pesquisador na área de soja da FAPA (Fundação Agrária de Pesquisa Agropecuária), Vitor Spader, explica a importância de se fazer o refúgio da maneira recomendada.

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O que é o refúgio? Como funciona esse método na soja? Vitor Spader – Refúgio é uma ferramenta utilizada para dificultar ou evitar a seleção de insetos resistentes à tecnologia Bt, que é a proteína presente na soja Intacta. Nós temos na natureza, mesmo em frequência extremamente pequena, indivíduos resistentes a essa tecnologia. Então, se eu tiver somente soja Intacta, todos os indivíduos suscetíveis que comerem essa soja morrerão, mas se houver indivíduos resistentes, eles comerão essa soja sem morrer. E não morrendo, podem cruzar entre si e gerar uma população de indivíduos resistentes. Como nós temos na região uma condição de clima propícia ao desenvolvimento de várias gerações de insetos dentro de uma mesma safra, isso faz com que possamos ter um aumento dessa população resistente muito rapidamente. Assim, podemos perder a tecnologia Intacta em pouco tempo. Se permitirmos que uma população resistente se desenvolva, as lagartas não morrerão e, logicamente, teremos que voltar a trabalhar com inseticidas para controlá-las.


Como funcionam as áreas de refúgio? 1

Ocasionalmente, um inseto resistente (homozigoto resistente) pode sobreviver se alimentando nas plantas Bt e atingir a fase adulta.

2

Um refúgio de plantas não-Bt garante que insetos suscetíveis (homozigotos suscetíveis) estejam presentes nas áreas. Refúgio

Área Bt

2

20%

3 Vitor Spader: o refúgio estruturado preconiza a distância máxima de 800 metros entre as variedades Intacta e a soja não-Bt

1

800 m

Uma vez que há mais insetos suscetíveis comparados aos insetos sobreviventes na cultura Bt, é provável que um sobrevivente (homozigoto resistente) irá se acasalar com um inseto suscetível (homozigoto suscetível). Refúgio

Área Bt

Isso já aconteceu no passado com o milho. As primeiras tecnologias Bt que surgiram no milho já não funcionam mais. E no caso da soja, a Intacta é a única tecnologia que temos nesse sentido, por enquanto. Portanto, a preocupação em relação à quebra dessa tecnologia é muito maior.

Qual é a forma correta de plantar refúgio? Como funciona o refúgio estruturado? Vitor Spader – Estudos comprovam que a distância média que uma mariposa voa dentro de uma lavoura é 800 metros. Portanto, se eu tenho uma lavoura que, de um lado ao outro, tem uma distância maior do que essa, significa que um indivíduo resistente que sobreviveu no meio do talhão não irá encontrar um indivíduo suscetível para cruzar. Se ele não encontrar um indivíduo suscetível, ele pode cruzar com outro indivíduo resistente, e nós não queremos isso, para que eles não comecem a gerar uma população resistente. O refúgio estruturado preconiza que se respeite essa distância de 800 metros, para que haja a possibilidade de os indivíduos resistentes voarem e encontrarem outros indivíduos não resistentes para cruzar. O cruzamento entre um resistente e um não resistente seria um “meio resistente”, ou seja, heterozigoto. Esse heterozigoto, caso se alimente de soja Intacta, morrerá, e a tecnologia não perde a eficácia.

20%

4

800 m

A geração seguinte de lagartas será heterozigota e controlada com uma dose efetiva de Bt. Refúgio

20%

Área Bt

800 m

Fonte: Monsanto®

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Dessa forma, a fim de possibilitar que haja o cruzamento entre indivíduos resistentes e não resistentes, deve-se ter outra soja que não seja Intacta. Deve-se fazer o planejamento do plantio dos talhões, de maneira que se tenha sempre talhões com soja não-Intacta intercalados com soja Intacta, de modo que não haja mais de 800 metros seguidos de soja Intacta. Quando tem um talhão muito grande, o ideal é que se faça, no meio dele, uma faixa com soja não-Intacta.

Como dispor a área de refúgio na propriedade? Note que o Refúgio pode ser plantado em faixas a cada 1600 m. Opção 01 - Bordadura/Perímetro

Então o produtor terá soja Intacta e não-Intacta dentro do mesmo talhão. Como manejar essa situação? Vitor Spader – Primeiro é preciso escolher cultivares que tenham ciclos semelhantes, para que possam ser plantadas e colhidas na mesma época, ou muito próximas. O produtor deve fazer esse planejamento junto com o agrônomo responsável. Na Cooperativa Agrária Agroindustrial existe facilidade de fazer isso, porque todas as propriedades e talhões são georreferenciados. Isso facilita muito para o agrônomo da assistência técnica, na hora de fazer o planejamento junto com o produtor.

Máximo de 800 m

Máximo de 800 m

Opção 02 - Modelo Bloco

Por que é importante falar de refúgio neste momento? O que mudou nas últimas safras? Vitor Spader – A tecnologia Intacta é relativamente recente. Dentro da Agrária plantamos Intacta nas duas últimas safras, mas começamos com áreas extremamente reduzidas, com menos de 2% da área plantada total. No ano passado, houve uma evolução para 18% da área plantada, e na próxima safra teremos uma área bem significativa, com mais de 40%. Nós alertamos desde o primeiro ano a importância de se fazer refúgio. Mas agora isso ganha mais importância, porque quanto maior a área cultivada, maior o risco de ocorrer uma seleção de indivíduos resistentes.

Máximo de 800 m

Opção 03 - Modelo Faixa

Como funciona a parceria entre Agrária e Monsanto para divulgar a campanha ‘Plante Refúgio’? Vitor Spader – A parceria, entre Agrária e Monsanto, que é a detentora da tecnologia, envolve uma campanha de divulgação do uso correto do refúgio. Temos feito isso dentro da Cooperativa em todos os dias de campo, em treinamentos e conversas com agrônomos e cooperados. Mas é importante divulgar essa informação em toda a região onde se planta soja Intacta, porque é do interesse de todo produtor que essa tecnologia permaneça. Caso se desenvolva uma população de insetos resistentes na região, independente se dentro ou fora da Agrária, todos serão igualmente prejudicados.

Máximo de 1600 m

Máximo de 1600 m

área de refúgio

área plantada com INTACTA RR2 PRO®

DICA: Recomendação mínima de 40 linhas nas áreas de Refúgio. Fonte: Monsanto®

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Dia de Campo

Produtores visitam pesquisas do IAPAR em Santa Tereza

O

presidente da Comissão Técnica de Bovinocultura de Corte da Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep), coordenador do Programa Pecuária Moderna e presidente do Sindicato Rural de Guarapuava, Rodolpho Luiz Werneck Botelho, participou do Dia de Campo no pólo regional do Iapar em Santa Tereza, região de Cascavel, no dia 26 de julho. Cerca de 30 pecuaristas participaram da visita técnica. O grupo teve a oportunidade de conhecer e discutir tecnologias que o IAPAR vem pesquisando, tais como suplementação de bovinos a pasto com grãos de aveia e uso de creep-feeding; consórcio de aveia IAPAR 61 e leguminosa em sobressemeadura de gramas Tifton

85, Coastcross e capim Aruana, triticale forrageiro; novos cultivares de aveia; consórcio de centeio IPR 89 com aveia e centeio com azevém sob pastejo; sistema silvipastoril com mogno africano, cedro australiano, acácia negra e eucalipto. Entre os temas abordados, o pesquisador do IAPAR, Elir de Oliveira, destacou a importância do consórcio de aveia ou azevém com centeio, visando antecipar o pastejo e permitir ainda boa palhada residual para o plantio direto da soja. O pesquisador ainda apresentou resultados de pesquisas realizadas em áreas pastejadas. Ele ressaltou que em dois anos de pesquisa, a produção de soja nas áreas pastejadas foi, em média, 7% superior as áreas não pastejadas.

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Pitanga

Trabalho de equipe para produzir leite em free stall

U

m produtor de leite e sua equipe de trabalho decidiram encarar o desafio de mudar o sistema de produção da fazenda, situada em Pitanga (PR), com objetivo de aumentar eficiência e produção. Do pasto, partiram há dois anos para o free stall, aceitando todas as modificações que isso significa em termos de investimento e de rotina. Ao receber a REVISTA DO PRODUTOR RURAL, Giovani Maziero, na atividade desde 2000, contou que a ideia levou ao confinamento. O atual plantel possui entre 240 e 260 cabeças (quase todas da raça holandesa, com algumas de pardo suíço). Em piquetes, ficam os animais jovens. No pasto, as vacas prenhas. No free stall, com capacidade para 110 animais, são mantidas 100 vacas em produção. A instalação é voltada ao bem-estar animal, com assoalho emborrachado para preservar os cascos, limpador de piso automático, camas macias e ventiladores, para manter a temperatura adequada. Além disso, Maziero passou a trabalhar com um agrônomo especificamente para o milho silagem, um supervisor técnico de uma indústria de rações, focado exclusivamente no manejo alimentar, e um veterinário, dedicado ao manejo reprodutivo. O resultado, de acordo com ele, é que a fazenda saltou de uma média de 23 quilos de leite/

Bezerreiro: 60 a 70 dias, com leite em temperatura controlada

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Produtor Giovani Maziero: valorizando trabalho de toda a equipe

animal/dia para nada menos do que 30 quilos de leite/animal/dia (elevação de cerca de 30,4%). O início do processo é um cultivo agronômico do milho silagem. Concentrado esta tarefa, o agrônomo Deividison Luiz de Paula, de uma cooperativa, ressaltou que utiliza materiais específicos para aquela finalidade. Na adubação, a decisão ocorre em cima de análise de solo. Na colheita, o momento certo é verificado: “Se colhermos antes do ponto, vamos perder tanto em produti-

Piquetes: baixa lotação, para evitar competição por comida

vidade quanto em qualidade”, explicou. No free stall, o ciclo de vida dos animais começa no bezerreiro. Os recém-nascidos permanecem ali, de 60 a 70 dias, em baias com piso de ripas (vazado) para se manterem limpos. Um cuidado especial: o leite é fornecido a uma temperatura de 32°C. Para isso, numa sala ao lado, fogão, termômetro e recipientes dão à equipe de campo as condições para a exatidão deste cuidado. Os bezerros seguem depois para um dos oito piquetes externos, onde se implantou divisão por faixa etária e redução da lotação. “São lotes de cinco animais, para não haver concorrência entre eles na hora da comida”, observou Maziero. O produtor disse ter visto que a competição acabava levando os menores a emagrecer. Com ganho de peso lento, o ciclo e a lucratividade demoravam mais: “Antes, a gente só conseguia inseminar uma novilha, de 350 kg, com idade de 24 meses. Hoje, com 14 a 16 meses, estamos emprenhando a


novilha. Ela dá um parto a mais”, comparou, comemorando que agora “sobra até novilha para vender”. Na alimentação nos piquetes, foi introduzido feno (de azevém e tifton). Para isso, mais uma mudança: a instalação das “feneiras”, de baixo custo, porém práticas e de fácil acesso para os animais. Já no interior do free stall, o regime alimentar é específico para cada um dos lotes: vacas em alta produção, novilhas em alta produção, vaca de média produção e animais em final de lactação (num quinto lote, a “maternidade”, ficam as vacas que recém tiveram cria, com alimentação diferenciada). Supervisor técnico comercial da indústria de rações de uma cooperativa, Paulo Lupatelli comentou que todos os animais têm como base da alimentação a silagem de milho. “Para aqueles em alta produção, 35 kg de silagem, seis quilos de pré-secado de azevém, oito quilos de ração concentrada, dois quilos de casquinha de soja, além de uma pré-mistura, feita na propriedade, contendo farelo de soja, minerais e aditivos”,

Bem-estar animal: ventiladores e limpador de piso automático

Agrômomo Deividison Luiz de Paula: atenção ao milho silagem

Supervisor técnico comercial, Paulo Lupatelli: dieta específica para cada lote de vacas

comentou. Nas vacas de média produção, comparou Lupatelli, a principal diferença é “a redução de concentrado”. Nas de final de produção, se reduz o fornecimento de nutrientes. “Se mantivermos uma dieta muito concentrada, elas começam a engordar e isso pode gerar problemas para o próximo parto”, completou. Quem agradece o cuidado com a alimentação do rebanho é o veterinário Diego Ricardo Meira da Silva, responsável pelo manejo reprodutivo. Ele assinala que esta fase é totalmente dependente dos manejos anteriores: “Não consigo fazer a reprodução se o rebanho não tiver uma nutrição adequada”. Na propriedade, afirmou, as vacas passam por acompanhamento ginecológico no máximo a cada 15 dias. O objetivo é que as matrizes voltem a emprenhar entre 100 a 120 dias após o parto. “Lançamos mão de algumas biotecnologias, para facilitar esta reprodução: tanto os protocolos de IATF quanto a TE (transferência de embriões). Depende da necessidade da vaca. A ultrassonografia, também temos de usar”, especificou. A pasto, admitiu o veterinário, a

Veterinário Diego Ricardo Meira da Silva: vacas com ciclo de 100 a 120 dias entre uma e outra prenhez

Gerente João Márcio Tizote: definição clara de pessoas e tarefas

facilidade de trabalho é maior do que no free stall. No sistema fechado, detalhou, os animais aumentam a produção, mas com isso direcionam sua energia mais para gerar leite do que para a reprodução. Aí, destacou, o papel do pessoal de campo é decisivo na identificação de cio. Para isso, fichas registram o histórico de cada vaca. “Ali, se acompanha o primeiro cio e o número de inseminações. Inclusive é um critério de seleção ou descarte e de avaliação do trabalho”, analisou. Neste esforço conjunto, o gerente João Márcio Tizote menciona uma pequena mas importante inovação, que propôs e foi aceita: a “setorização”, com uma clara divisão de pessoas e tarefas. “Cada funcionário tem a sua função. Sei o que cada um está fazendo. Tem serviço que é diário, outros são semanais. Então isso já está programado”. Em meio aos investimentos, modificações dos manejo e organização da rotina, o proprietário da fazenda pondera que, no leite, é preciso evoluir sempre, em qualidade e eficiência. “Todos nós, produtores, temos de melhorar”, afirmou Maziero.

Direcionados a uma lagoa, dejetos são reaproveitados como adubo para pastagem Revista do Produtor Rural do Paraná

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Ensino superior

Coamig doa novilhas para curso de Veterinária da Unicentro

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m gesto simples. Mas uma demonstração de que o setor privado também pode ajudar instituições de ensino. No dia 24 de junho, a Cooperativa Agropecuária Mista de Guarapuava (Coamig), voltada à produção de leite, realizou a doação de três novilhas ao Departamento de Medicina Veterinária da Universidade Estadual do Centro-Oeste (UNICENTRO). Na faculdade, situada no Campus Cedeteg (Guarapuava), os animais se juntaram ao rebanho da Leiteria (Unidade Didática de Bovinocultura de Leite) – uma instalação que serve a alunos de todos os anos do curso como uma sala de aulas práticas para várias disciplinas. No local, diante de professores e profissionais voltados à produção agropecuária, o reitor da universidade, Aldo Bona, e o presidente da Coamig, Edson Bastos, assinaram documentos oficializando a doação. Ao comentarem o ato, ambos destacaram a importância da geração de conhecimentos, para a universidade e para o setor leiteiro. Lembrando que Unicentro e IAPAR firmaram ano passado acordo para a universidade utilizar a área do instituto em Guarapuava para pesquisa agropecuária, Bastos ressaltou a necessidade da expansão de trabalhos neste setor. Bona agradeceu publicamente a iniciativa da Coamig e apontou que o apoio à universidade é ainda mais importante no atual momento econômico do país. Logo após, em entrevista, o presidente da Coamig observou que se tratava de uma forma de apoio às atividades do curso de Veterinária: “Vemos a doação como uma pequena participação da cooperativa, nesse sentido de

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Novilhas doadas serão utilizadas na Leiteira do curso de Medicina Veterinária que a Unicentro se afirme, que atenda às necessidades dos alunos, do público em geral, que forme bons profissionais, contribuindo com a agropecuária de nossa região e do Brasil”. Falando também à REVISTA DO PRODUTOR RURAL, o reitor expressou o agradecimento da Unicentro e considerou que toda a ajuda aumenta a responsabilidade: “Ter o apoio da sociedade faz com que a gente renove cada vez mais o estímulo no trabalho, mas também renove cada vez mais o compromisso de dar bons resultados a essa sociedade que nos atende”. Coordenadora da Leiteria, a vice-chefe do Departamento de Veterinária, professora Helcya Mime Ishiy Hulse, explicou que, como numa propriedade comercial, também na unidade é necessário renovar o plantel, hoje em 28 animais. Segundo detalhou, a

produção atual, entre 1.300 e 1.500 litros de leite por mês, é vendida à Coamig e se torna, assim, também uma fonte de receita para fazer frente a despesas com alimentação, medicamentos, vacina, adubo e sementes, entre outros itens. Apesar da dificuldade de promover pesquisas devido ao pequeno espaço, Helcya mencionou que a unidade realiza trabalhos em forragicultura. “Isso é importante para a gente levar o resultado para o produtor”, afirmou. A professora antecipou que em setembro um dia de campo abrirá o local para que os participantes possam conhecer as atividades.

Reitor Aldo Bona e pres. da Coamig, Edson Bastos

Profª. Helcya: necessidade de renovar o plantel na Leiteria


Tecnologia de aplicação

TA 35 In-Tec U10 ®

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Super Plus

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Trato cultural fitossanitário atual Jeferson Luís Rezende, RTV

É

preciso que todos que trabalham no campo se sensibilizem que as aplicações fitossanitárias devem ser repensadas. Mudanças climáticas e maior pressão exercida pelas plantas invasoras, pragas e doenças, faz com que a tecnologia de aplicação tenha que ser mais efetiva. O uso de novas moléculas químicas, algumas até combinadas, estão exigindo precisão que antes não havia. É sabido, por exemplo, que alguns defensivos perdem eficiência e até se tornam inócuos por conta da acidificação da calda, processo este que pode ser causado pelas “combinações” ou pelo uso de determinados adjuvantes. Produtos em pó exigem mais cuidado e paciência na hora do preparo da calda. Os granulados/WG, que são bastante suscetíveis à formação de espuma, devem ter o seu tempo. Não é mais como no passado, quando o operador adicionava o produto no tanque e saía para a pulverização sem maiores preocupações.

Todos os defensivos existente/disponíveis estão prontos para combater os inimigos da lavoura, desde que manuseados em acordo com as especificidades técnicas. Justamente por conta disso, a INQUIMA desenvolveu ao longo do tempo um portfólio de adjuvantes sintéticos capaz de atender todas as necessidades do mercado, tanto no sentido de acidificar a calda para os dessecantes; como especialmente, os que não interferem no seu pH, essenciais para todos os fungicidas e para a maioria dos pós-emergentes. Este diferencial é importante para dar segurança agronômica e efetividade ao trato cultural fitossanitário. Aliada aos adjuvantes sintéticos, a escolha das pontas de pulverização é parte inexorável do processo de pulverização. O tripé ponta/vazão/adjuvante precisa caminhar em sintonia para que a aplicação tenha o êxito desejado. Outro fator relevante diz respeito à adoção de velocidades operacionais adequadas à região. Jamais devemos adotar velocidades maiores de 15

km/h na região centro-sul do Paraná. Diríamos em todo o sul do Brasil. As operações comuns do cerrado não se enquadram na maioria dos nossos casos. Isso por causa da topografia e das condições ambientais. Comprovadamente, a adição de adjuvantes sintéticos nas caldas fitossanitárias se tornou um processo comum de relevância. São ferramentas estratégicas que possibilitam aplicações sobre orvalho, com maior presença de vento, e com formulações de moléculas mais complexas. Isso não significa que todos os produtos disponíveis no mercado são idênticos. Ao contrário dos defensivos, não existem adjuvantes genéricos. O grande ponto a ser alcançado pelo trato cultural é efetivamente o de balancear os químicos necessários, numa calda homogênea, que não sofra interferências para atuar com a máxima eficácia. A adição de adjuvantes sintéticos à calda de pulverização é importante do ponto de vista da eficiência dos herbicidas, inseticidas e fungicidas. É um seguro para a aplicação! info@inquima.com.br

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Comissões Técnicas FAEP

Reuniões discutem importantes temas do setor agropecuário Nos últimos meses, a Federação da Agricultura do Estado do Paraná (FAEP) prosseguiu seus trabalhos de debate e busca de avanços para os diversos setores da agropecuária. As comissões técnicas da entidade se reuniram para discutir demandas e promover ações. Confira:

Cereais, Fibras e Oleaginosas 18 de julho (Curitiba) – A comissão teve em sua agenda temas diversificados: a normativa de classificação de soja; conjuntura por região; commodities agrícolas e clima; informes técnicos sobre trigo e cereais de inverno, áreas de refúgio, fiscalização de fertilizantes, novas tecnologias em sementes, Campo Futuro, Seguros Agrícolas e o Seminário de Mercado de Grãos. Manejo de percevejos e impactos no sistema de produção soja-milho, também estiveram em pauta.

produtivo semi-intensivo e licenciamento ambiental para bovinos confinados. O encontro abrangeu ainda visitas técnicas a propriedades rurais da região e apresentações sobre acesso ao mercado de carnes.

27 de julho (Parque de Exposições Celso Garcia Cid / Cascavel, durante o Show Pecuário 2016) – Num evento marcante para o setor, a pauta da comissão incluiu: custo de produção de bovinos super-precoces em um sistema

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Hortifruticultura 21 de julho, (Curitiba) - Assuntos discutidos: Tráfego de tratores em vias públicas; culturas com suporte sanitário insuficiente “MinorCrops”; informações previdenciárias e tributárias na área rural; e sistema de produção integrada agropecuária – gargalos e potencialidades.

Caprinocultura e Ovinocultura Bovinocultura de Leite

Bovinocultura de Corte

Céu Azul) - Produção de biogás e confinamento de bovinos leiteiros no sistema Compost Barn.

26 de julho (Parque de Exposições Celso Garcia Cid / Cascavel, durante o Show Pecuário 2016). Assuntos discutidos: Cenário atual e perspectivas do mercado lácteo em 2016; Mercado de proteína animal – futuro e perspectivas; bem-estar animal na produção leiteira e de corte – visão de realidade; Visita à Granja Haacke – município de Santa Helena - Produção de biogás aproveitado para produção de biometano utilizado como combustível para automóveis e geração de energia elétrica; visita à Fazenda Star Milk (município de

29 de julho (Parque de Exposições Celso Garcia Cid / Cascavel, durante o Show Pecuário 2016) – Os membros da comissão assistiram a uma apresentação sobre resultados do projeto de Determinação dos Custos de Produção de Cordeiros no Estado do Paraná. Em seguida, o assunto foi um relato da visita técnica a uma Propriedade de Descanso de Ovinos para Abate (PDOA), em Campo Grande (MS).


Ovinocultura

FAEP e UFPR levam a produtores planilha para gerir custo e lucro

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ovinocultura do Paraná deu um novo passo para ampliar a prática de uma gestão empresarial entre os produtores do setor. A pedido da Comissão Técnica de Ovinocultura da FAEP, a UFPR realizou em 2015 levantamento de custos de produção e apresentou recentemente o resultado do trabalho: uma planilha para a gestão de custos e lucros. Refletindo a realidade paranaense, a ferramenta considerou itens de custos de ovinocultores em Londrina, Cascavel, Pato Branco, Castro e Guarapuava. Em reuniões regionais, a comissão levou a planilha aos 25 produtores que participaram do trabalho, para que a utilizem no dia a dia. Um dos encontros ocorreu dia 5 de julho, na Cooperaliança (Guarapuava).

“O produtor vai identificar pontos que ele pode melhorar para incrementar seu resultado”, disse a presidente da comissão e vice presidente da cooperativa, Adriane Thives Araújo Azevedo. A coordenadora do Laboratório de Ovinos e Caprinos da UFPR, Alda Lúcia Gomes Monteiro, comentou que entre os maiores custos variáveis o estudo apontou alimentação e mão-de-obra: “São dois aspectos importantes a se avaliar”. Doutorando em zootecnia na UFPR, Elísio de Camargo de Bortoli lembrou que a planilha, além disso, revela o impacto de outros custos no preço final da carne – itens que ficam esquecidos, como a depreciação de equipamentos e instalações. Participaram também da reunião, em Guarapuava, o veterinário Nordon

Rodrigo Steptjuk (Depto. Técnico-Econômico/FAEP) e a zootecnista Janayna Navroski (Depto. Técnico do Projeto Ovinos/Cooperaliança).

Comissão de Ovinos FAEP: Custos de produção (Da esq. p/ dir.) Nordon R. Steptjuk (FAEP); Alda Lúcia G. Monteiro (UFPR); Elísio C. de Bortoli (doutorando UFPR); Adriane T. A. Azevedo (pres. Comissão de Ovinocultura – FAEP); e zootecnista Janayna Navroski (CooperAliança).

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MANCHETE

Viva o Ag

Evento alusivo ao Dia do Agricultor reuniu mais de 500 produtores em Guarapuava, Candói e Cantagalo

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agricultura é, historicamente, uma das principais bases da economia do país, desde a colonização até nos dias de hoje, evoluindo das monoculturas para a diversificação da produção. Nos últimos anos assumiu ainda mais importância, especialmente no nosso país, já que, segundo o IBGE, o agronegócio teve participação de 71,44% no PIB brasileiro em 2015. As vendas externas do setor chegaram a US$ 28 bilhões no primeiro quadrimestre deste ano e representaram 50,2% das exportações totais do País, segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP. Isto deve-se a vários fatores e um dos principais é o empenho e dedicação dos agricultores. Por conta disso, nada mais justo homenagear aqueles que estão por trás desses números, daqueles que sustentam, há anos, a balança comercial brasileira. O Dia do Agricultor é comemorado nacionalmente no dia 28 de julho. Este ano, o Sindicato Rural de Guarapuava, com suas Extensões de Base em Candói e Cantagalo, prestou homenagem ao homem do campo na tarde de uma bela sexta-feira, dia 29 de julho. O evento contou com muita animação, confraternização, brincadeiras, doces, salgados, bebidas, food trucks, sorteio de brindes e bingo.

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! ! ! r o t l u c i r Dia de Campo da Bovinocultura de Corte, promovido pelo Sindicato Rural de Guarapuava e FAEP, reuniu centenas de participantes, em junho

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Prestigiaram o evento, além dos produtores rurais, a diretoria do Sindicato Rural, empresas, cooperativas e entidades parceiras do sindicato e da Revista do Produtor Rural do Paraná. “O evento é uma pequena homenagem do Sindicato Rural para a classe produtora da nossa região. É um dia de comemoração, mas uma comemoração que leva em conta 365 dias do trabalho do produtor rural, do seu suor, da sua labuta de produzir alimentos e levar comida à mesa da população brasileira. O Sindicato Rural, seus associados, parceiros e colaboradores faz, nesta data, um belo trabalho e homenagem ao agricultor, levando alegria, descontração, amizade. O evento pretende também mandar um recado aos produtores, mostrando o quanto eles são importantes e bem quistos pela sociedade”, enfatizou o presidente do Sindicato Rural de Guarapuava, Rodolpho Luiz Werneck Botelho. A programação, que começou às 14h, estendeu-se por toda a tarde. Ao todo, 550 pessoas participaram da confraternização.

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Os diretores do Sindicato Rural Rodolpho Botelho, João Arthur Barbosa, Anton Gora, Anton Egles, Cícero Lacerda e o supervisor do SENAR Aparecido Grosse


e d o d a t l u Res s a i r e c r a p

Como em todos os anos, o evento só foi um sucesso porque contou com o apoio de diversas empresas, cooperativas e entidades parceiras do Sindicato Rural e da Revista do Produtor Rural do Paraná. Ao todo 60 empresas colaboraram com a doação de brindes e 20 empresas participaram com estandes no Dia do Agricultor, expondo produtos e serviços.

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e d o i e t r So brindes Foram vários associados e familiares que ganharam brindes durante o evento. Ana Célia de Araújo foi uma das sorteadas. Ela levou para casa um pulverizador costal. A produtora contou que desde que começou o evento no sindicato, ela e sua família participam do Dia do Agricultor. “É um momento de confraternização, reunião da classe produtora e de troca de informações. É uma tarde de alegria”. Para ela, a homenagem ao agricultor é justa, mas em sua opi-

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nião o produtor rural precisa de muito mais que isso. “Ainda falta apoio e incentivo do governo. No entanto, pelo menos esse dia nos ajuda a lembrar o quanto somos importantes”. O produtor rural Jeferson Martins também ganhou um pulverizador costal. Além de participar sempre do Dia do Agricultor, ele parabenizou a organização do evento. “Parabenizo a diretoria e os funcionários. O evento estava muito bonito, organizado e animado”.


m a r a h n a g s e Produtor m k 0 o t o m 1 e motosserra Ao todo, foram realizados quatro bingos com grandes prêmios para os associados. Em Guarapuava, o bingo foi da motosserra e uma moto 0KM e em Candói e Cantagalo, duas lavadoras de alta pressão. Quem levou a motosserra foi o associado José Pastal. “É muito bom participar do evento. Sempre que podemos, eu e minha família estamos presentes no Dia do Agricultor. Além dos brindes, que sempre são bons, a gente revê muitos amigos que não temos a oportunidade de ver no dia a dia. É bem animado”. Ele parabenizou a entidade não só pelo o evento, mas por reconhecer a importância do produtor rural durante todo o ano e pela assistência que presta aos seus associados. “Sempre que precisamos de documentos, temos dúvidas ou queremos indicações, somos muito bem recebidos por toda a equipe, que é bem prestativa”. O grande sortudo, ganhador da moto, foi o associado Jonathas Baggio Prestes Schineider. Ele que não tinha ganhado nenhum prêmio até então, nem nas brincadeiras e nem nos sorteios, mas ficou até o final da festa e levou pra casa o melhor prêmio. “Já participo do evento há alguns anos. Acho muito organizado, uma oportunidade de rever os colegas e de confraternizar. Nunca tinha levado um prêmio para casa. Agora vou tirar carteira de moto e usá-la na fazenda. Fiquei bem contente de ganhar”, contou Schineider.

O grande sortudo que levou a moto foi o associado Jonathas Baggio Prestes Schineider Associado José Pastal ganhou a motosserra Revista do Produtor Rural do Paraná

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Em Candói, 100 pessoas passaram pela Extensão de Base para comemorar o Dia do Agricultor. A programação também incluiu sorteio de brindes, bingo e coquetel. Os diretores do Sindicato Rural Gibran Thives Araújo e Lincoln Campello recepcionaram os associados e parceiros da entidade. Araújo ressaltou a importância de homenagear o agricultor. “É muito merecedor esse dia para o agricultor. Passamos por muitas dificuldades durante todo o ano na nossa atividade. Sofremos com excesso e falta de chuva e outras ações do clima que não dependem de nós. Os problemas políticos nos afetam, os problemas econômicos também. Por isso acho que todo agricultor merece sim uma homenagem. O evento estava muito organizado e foi bem prestigiado. Todos que estiveram presentes se mostraram contentes em estar lá. Temos que continuar todos os anos com esse dia, que tem um caráter de união e ao mesmo tempo de valorização do agricultor”. Sócio antigo ao Sindicato Rural, Orlando Deschck sempre participa do Dia do Agricultor em Candói. Neste ano, ele foi o ganhador da lavadora de alta pressão. “É um evento muito bom, sempre encontro os colegas, conversamos bastante, pois muitas vezes durante o ano nos vemos rapidamente e nem dá tempo de colocar o papo em dia. Além disso, sempre saio com prêmios bons! Esse ano acabei ganhando o melhor. Foi ótimo”, comemorou.

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O diretor Gibran Thives Araujo abriu o evento em Candói.

Quem ganhou o bingo em Candói e levou a lavadora de alta pressão foi o sócio Orlando Deschck (à esquerda). Na foto, com o diretor Lincoln Campello.

Foto Color: Paulo Sérgio Pereira de Christo

r o t l u c i r g Dia do A i ó d n a C m e


Fotos: Claudinéia Kovalski dos Santos

r o t l u c i r g A Dia do o l a g a t n a C em

O diretor Luiz Carlos Colferai saudou os associados de Cantagalo

O evento em Cantagalo contou com a presença de 60 pessoas. O diretor Luiz Carlos Colferai recepcionou os convidados. “O Sindicato Rural deve continuar prestando essa homenagem, reconhecendo a importância que o agricultor tem para o Brasil como um todo, para a economia, sendo ele um gerador de riquezas e alimentos. Essa é a nossa mensagem para o agricultor, já que o Sindicato exerce o papel de valorizar e amparar o produtor rural. Os produtores que estiveram presentes se mostraram contentes com o evento e é algo que com certeza deve continuar sendo realizado por nós”, comentou Colferai. Os associados elogiaram a iniciativa. “O evento é muito bom, a gente sempre reencontra os amigos e é bastante animado. São poucos que dão importância aos agricultores e o Sindicato sempre se mostra preocupado e valoriza o produtor. Acho que o evento deve continuar acontecendo todos os anos”, comentou Helcio Luiz Carneiro Roseira, ganhador da lavadora de alta pressão.

Em Cantagalo quem levou a lavadora de alta pressão no bingo foi o sócio Helcio Luiz Carneiro Roseira. Na foto, sua esposa Giovana Pereira da Silva Revista do Produtor Rural do Paraná

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o

Fotos: Eunizio Horongozo

al g a t n a C m e r o t l u c gri A o d a t o s ã ç Fe i d e ª 5 a1 u s a a g e ch

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15ª Festa do Agricultor de Cantagalo foi realizada nos dias 23 e 24 de julho no CTG Jacob Fritz. O evento alusivo ao Dia do Agricultor contou com o apoio do Sindicato Rural de Guarapuava. A programação incluiu torneio de futebol, apresentações culturais, casamento caipira e fogueira de São João, baile caipira com o Grupo Geração 2, carreata, celebração ecumênica, churrasco, gincana, corrida e sarau. A organização do evento contou com a participação de Condarcan, governo municipal de Cantagalo, Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Cantagalo, ACIAC, Rotary Club, Grêmio Estudantil Olavo Bilac, Pastoral da Criança, SISMUCA, PRCentrosul, Associações da Agricultura Familiar, Câmara Municipal, Emater, Coopergalo e CTG Jacob Fritz.

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Soja Tecnologia de co-inoculação combina alto rendimento com sustentabilidade Produtividade (Kg ha-1)

4500 brasilense, sendo esse pro4070 4042 4012 4000 cesso conhecido como co3460 3500 -inoculação.Várias institui3000 ções de pesquisa, entre elas 2500 2000 a Embrapa Soja vêm desta1500 cando essa tecnologia como 1000 uma nova e funcional ferra500 menta para a otimização da 0 Inoculante de soja Nod + Maíz 50 mL Nod + Maíz 100 mL Nod + Maíz 150 mL FBN na cultura da soja. Tratamentos Baseado nisso, a Empre3472 sa Simbiose Agro, localizada 3500 3300 no município de Cruz Alta/ 2970 3000 2787 RS, vem realizando vários 2500 trabalhos de pesquisa com 2000 a associação de seus inocu1500 lantes, sendo que os resultados obtidos demonstra1000 ram aumentos produtivos 500 significativos para a cultura 0 Inoculante de soja Nod + Maíz 50 mL Nod + Maíz 100 mL Nod + Maíz 150 mL da soja. Ensaios realizados em áreas comerciais no município de Cruz Alta persui a capacidade de sintetizar algumas tencentes aos produtores Elio Donatto e moléculas que estimulam a formação Paulo Weber demonstraram incremende pelos radiculares e por consequêntos variando de 183 a 685 Kg por hectare cia irá resultar em maior capacidade quando da utilização da co-inoculação. de absorção de água e nutrientes, bem Uma das justificativas para os recomo maior formação de nódulos, fato sultados obtidos com a co-inoculação estes observados pelos pesquisadores está relacionada aos estímulos cauda Simbiose Agro nas parcelas onde foi sados pelo A. brasilense presente no realizada a co-inoculação. inoculante de milho. Essa bactéria posProdutividade (Kg ha-1)

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soja é o grão mais importante produzido sob cultivo extensivo no Brasil. Vários fatores podem influenciar negativamente a produtividade da soja, sendo a falta de nitrogênio um dos mais limitantes. O N é o nutriente mais requerido pela cultura, tanto que para se alcançar produtividades acima de 3000 Kg/ha, a necessidade de N chega a aproximadamente 250 Kg. Nesse sentido, a Fixação Biológica de Nitrogênio (FBN) tem papel fundamental para viabilidade econômica da cultura, pelo fato da adição de bactérias fixadoras de nitrogênio nas sementes da soja no momento da semeadura substituir totalmente a utilização dos adubos nitrogenados. Assim, inoculantes de alta concentração e viabilidade são ferramentas indispensáveis para o produtor rural obter sucesso em sua lavoura. Uma das mais recentes tecnologias que vêm dando ótimos resultados, bem como ganhando espaço nas lavouras brasileiras, é a da associação entre inoculantes para a cultura da soja formulados a base de Bradyrhizobium japonicum associados aos inoculantes de milho e trigo que possuem como ingrediente ativo a bactéria Azospirillum

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Notas

O Fórum Nacional “O Futuro do Seguro Rural no Brasil”, dia 8 de agosto em Curitiba, decidiu intencificar a divulgação daquela ferramenta de proteção à produção. Um dos participantes do evento, o vice-presidente do Sindicato Rural de Guarapuava, Anton Gora, acredita que a medida contribuirá para uma cultura do seguro. “Sempre teve aquele problema: o seguro é caro porque ninguém usa e ninguém usa porque é caro. O Fórum visou quebrar este paradigma”, explicou. De acordo com ele, uma cartilha sobre seguro rural, lançada na ocasião, será distribuída também entre os associados do Sindicato Rural. Promoveram o Fórum: Sistema FAEP, FenSeg, CNA, Sistema Ocepar, com apoio do Sistema OCB, Grupo Banco Mundial, MAPA, Governo Federal, Governo do Paraná, FENABER, FEAP e Governo de São Paulo.

Foto: Divulgação

Fórum Nacional lança cartilha sobre seguro rural

Da esquerda para a direita: Pedro Loyola (FAEP), Robson Mafioletti (Sistema Ocepar), Bruno Lucchi (CNA) e Julio Cesar Rosa (FenSeg).

Fundação Clube Lions Guarapuava Lobo Guará

Entre as mais conhecidas entidades filantrópicas do mundo, o Lions Internacional, ao iniciar as comemorações dos 100 anos de fundação, no dia 25 de junho, inaugurou em Guarapuava mais um Clube: o Lobo Guará. Estiveram presentes autoridades de Lions. Entre elas, o presidente do Distrito Múltiplo (RS, SC, PR) João Péricles Goulart; a Governadora do PR, Neiva Genari Scalco, representantes de Ponta Grossa, Laranjeiras do Sul; e Curitiba; autoridades e representantes de entidades da cidade de Guarapuava. Em sessão solene, foi realizada a posse da di-

retoria e dos sócios fundadores no Hotel Küster. O objetivo é sintetizado no lema da associação: ‘Nós servimos’, além das ideologias políticas e credos religiosos. O interesse do Clube é promover, de forma realista e permanente, ações de serviço, que beneficiem a comunidade e a sociedade, evitando ações que, embora úteis, beneficiem momentaneamente e poucos. Entre os sócios fundadores, estão docente universitários, empresários e funcionários públicos. Preside o Clube o Prof. Valdir Michels. Entre os membros, o associado do Sindicato Rural de Guarapuava, professor Ms. Luigi Chiaro.

CMDR: debates da agricultura local O Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural de Guarapuava (CMDR) realizou, no dia 4 de julho, mais uma reunião de trabalho. Desta vez, na pauta incluiu temas como comunicado de afastamento do presidente; nova forma de trabalho da secretaria municipal de agricultura (grupos de produção) e novos profissionais; disponibilidade de um resfriador de leite de 1.600 litros; apresentação do trabalho do sindi-

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cato dos trabalhadores rurais; apresentação de mudanças no PRONAF pelo Banco do Brasil; proposta de mercado municipal; e Caminhada na Natureza. Os encontros do CMDR acontecem sempre na primeira segunda do mês, na Secretaria Municipal de Agricultura (Avenida Sebastião de Camargo Ribas, nº 2301, na Rodoviária). O Sindicato Rural de Guarapuava é uma das entidades que têm representante no conselho.


Exposição Agropecuária

Tratorcase na Expogua

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urante a 41ª Expogua, a Concessionária Tratorcase esteve presente com estande expondo as linhas das máquinas Case, com tratores, plantadeiras e colheitadeiras. No dia 11 de agosto, a empresa ofereceu aos clientes e parceiros uma confraternização. Estiveram presentes também os diretores e colaboradores da empresa, departamento comercial da fábrica Case IH e representante do banco CNH.

Fotos: Luzita Levy

Colheitadeira Axial Flow 130 O grande destaque no estande da Tratorcase durante a Expogua foi o lançamento da marca, a Colheitadeira Axial Flow Série 130, a empresa estava expondo o modelo 130, que oferece a mais alta performance e o melhor desempenho da categoria. Com o Rotor Small Tube, o volume útil para debulha e separação pode ser até 26% maior. Além disso, a máquina conta com uma transição eficiente e suave, configurações específicas para cada tipo de cultura e suas condições de lavoura, resultando no baixo índice de perda de grãos durante a colheita. Equipe da Concessionária Tratrocase em Guarapuava

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Diversificação

Produtores de Guarapuava e região investem em nogueira pecã

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empresa gaúcha Viveiros Pitol realizou a entrega de encomendas de mudas de Nogueira Pecã no dia 28 de julho, no Sindicato Rural de Guarapuava. Foram entregues 113 mudas para produtores rurais da região. As mudas destacam-se pela qualidade e tamanho: de raiz nua, as mudas atingem até 2 metros de altura. Com isso, de acordo com o Viveiros Pitol, existe a possibilidade de, ao serem

plantadas, já serem consorciadas com animais e outras culturas (milho, soja, erva-mate etc.). Ainda de acordo com a empresa, as plantas possuem características únicas, como boa genética de produção, coleta de material de matrizes produtivas do próprio pomar, variedades selecionadas. São super precoces, precoces e normal, ou seja, oferecem garantia de produção, devido ao ciclo de polinização e ainda um período mais alongado para

a colheita. O processo de enxertia do Viveiros Pitol possibilita que a nogueira tenha frutos com maior índice de massa e uma casca mais fina, facilitando o processo de industrialização. Entre os produtos que podem ser elaborados com o fruto estão as nozes com casca, nozes in natura, nozes doces e salgadas, nozes inteiras, quebradas e moídas, chá de nozes e rapaduras. Confira algumas fotos da entrega realizada no Sindicato Rural:

Lucas Azevedo Rudolf Abt

Alfredo Abt

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Stefan Gerster Filho e Garon Gerster


Nozes pecã Perspectivas de clima na safra 2016/2017 são favoráveis para a cultura de nogueira-pecã Engenheiro Agrônomo MSc. Julio Cesar F. Medeiros CREA 15.364-D Responsável Técnico Viveiros Pitol JMedeiros Consultoria em Agronomia – julio@jmedeirosambiental.com.br

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nogueira-pecã é originária de uma região situada entre o sul dos Estados Unidos e Norte do México, de clima temperado e sub-tropical, onde a média de ocorrência de chuvas fica na faixa de 600 a 1.200 milímetros por ano. A cultura tem o melhor desenvolvimento com precipitações ao redor de 750 milímetros durante as estações de crescimento, que ocorrem na primavera-verão. Esta região tem um clima com semelhanças com o sul do Brasil, onde, porém, a nossa média de precipitações fica entre 1.600 e 1.800 milímetros. Esta média, quando bem distribuída no ano, é suficiente para a obtenção de altos índices de produtividade, superiores aos da região de origem, onde grande parte da produção é baseada em irrigação. No Brasil, os dois últimos anos foram caracterizados pela ocorrência de chuvas acima da média, provocadas pelo efeito do El Niño, o que foi desfavorável para a cultura da planta. As perdas aconteceram em função da maior ocorrência de doenças fúngicas, favorecidas pela maior umidade, e também pelos prejuízos causados à polinização, que ocorre somente pelo efeito do vento, necessitando para isto, que os grãos de pólen

permaneçam secos, o que não ocorreu em boa parte da primavera passada. Assim, tivemos dois anos com maiores custos, com os tratamentos fúngicos, e, ao mesmo tempo, menor produtividade, devido às perdas ocorridas em função do excesso de precipitação, que provocaram aumento na ocorrência de doenças e menor índice de pegamento de frutos. O El Niño, que começou no início do ano de 2015 e se estendeu por todo o verão de 2015/2016, foi classificado entre os três mais fortes das últimas três décadas. Este fato trouxe impactos diretos nas condições do clima do Brasil e do mundo, tendo atingido o seu ápice entre os meses de outubro e dezembro do ano passado, o que provocou grandes perdas aos pomares. Já a estação do inverno deste ano foi marcada por um comportamento típico, com mais frio para o Sul do Brasil. No lugar de excesso de chuva e calor atípicos enfrentados em 2015, provocados pelo El Niño, neste inverno estamos verificando uma redução das chuvas, temperaturas mais baixas e ondas de frio, como é característico desta estação. Para o segundo semestre de 2016, as previsões climáticas antecipam a

volta do fenômeno La Niña, o que significa a ocorrência de taxas de chuvas bem inferiores à dos últimos dois anos. Segundo estas previsões, é muito provável que a partir da primavera deste ano já comecemos a sentir os primeiros efeitos deste fenômeno, caracterizado pelo prolongamento dos dias de frio e redução das chuvas no sul do Brasil. Deste modo, levando em conta que a cultura de nogueira-pecã é favorecida pela ocorrência de frio no inverno e menores taxas de precipitação, em particular na primavera, as perspectivas de produção para o próximo ano são muito favoráveis, comparadas às dos últimos dois anos. Porém, em função da perspectiva de menor disponibilidade hídrica, deveremos redobrar os cuidados com o fornecimento de água para as plantas, em especial para os plantios realizados neste ano, iniciando no plantio e no pós-plantio, e se estendendo por todo o período da primavera-verão.

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Especial 41ª Expogua

Exposição-Feira Agropecuária e Industrial de Guarapuava

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41ª Exposição-Feira Agropecuária e Industrial de Guarapuava (Expogua) foi realizada dos dias 5 a 14 de agosto, no Parque de Exposições Lacerda Werneck. A feira, uma das mais importantes da região, novamente movimentou a economia regional e fomentou discussões técnicas do setor agropecuário. Durante os dez dias de exposição foram realizados leilões, julgamentos, provas equestres, exposição de animais pet e de grande porte, shows nacionais e regionais, ciclo de palestras, exposição da indústria, comércio e máquinas agrícolas, rodeio, praça de alimentação e parque de diversões. Na noite de sexta-feira, dia 5, no Recinto de Leilões, organizadores e parceiros do evento, autoridades regionais e estaduais, lideranças ligadas ao setor agropecuário e do comércio estiveram presentes na solenidade de abertura. Ambos em seus pronunciamentos ressaltaram a importância que o evento tem para a economia regional. O secretário Estadual de Agricultura e Abastecimento, Norberto Ortigara, falou sobre as dificuldades econômicas do país, mas que o agronegócio foi pouco contaminado. Em sua fala também desejou sucesso a feira. O agropecuarista Rodolpho Luiz Werneck Botelho, presidente do Sindicato Rural de Guarapuava e vice-presidente da Sociedade Rural, destacou as parcerias entre as entidades e empresas da classe rural, e que isso contribui cada vez mais para o sucesso do agronegócio da região. “Essa parceria entre entidades é o que torna a feira de Guarapuava tão forte. É uma história de vitórias, que segue de maneira inédita”. Já o presidente da Sociedade Rural, Denilson Baitala, destacou que, naquele momento, as expectativas para a feira eram as melhores. Além disso, ressaltou uma das principais novidades que foi o espaço para shows e rodeios, que contou com uma estrutura maior, toda coberta e com arquibancadas, trazendo mais comodidade ao público. O presidente também agradeceu as parceria fieis da Expogua, com a Associação Comercial e Empresarial de Guarapuava (ACIG), Associação dos Pais e Amigos

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Denilson Baitala, presidente da Sociedade Rural de Guarapuava

Norberto Ortigara, secretário Estadual de Agricultura e Abastecimento

dos Excepcionais (Apae), Associação dos Pais e Amigos dos Deficientes Visuais (Apadevi), Associação Centro-Oeste do Paraná de Estudo e Combate ao Câncer (Acopecc), Associação de Deficientes Físicos de Guarapuava, grupos de escoteiros, Polícia Militar, Corpo de Bombeiros e outros. No último dia do evento, Baitala avaliou a 41ª edição. Para ele, a comercialização tanto nos leilões de pecuária, como no setor agrícola, com a venda de máquinas, foram fatores positivos da feira. “Os leilões tiveram uma boa liquidez, foi bastante satisfatório para vendedores e compradores. O leilão mais forte dessa edição foi o de ovinos, que teve 100% de vendas em pista”. A venda de máquinas agrícolas realizadas no parque durante o evento foi algo que surpreendeu, segundo o presidente. “Foi uma surpresa, pois foram vendidas máquinas agrícolas aqui dentro do parque, algo que a gente não esperava por conta da situação econômica do país”. Um dos destaques para Baitala foram os eventos técnicos, realizados na Expogua, que discutiram temas da pecuária. “O ciclo de palestras e o encontro dos produtores de leite, foram pontos altos da Expogua, para os produtores, eventos realizados em parceria com várias entidades, empresas e cooperativas do setor”.

Público Nesta edição, o público durante os 10 dias

Rodolpho Luiz Werneck Botelho, presidente do Sindicato Rural de Guarapuava e vice-presidente da Sociedade Rural

totalizou 100 mil pessoas. Houve uma queda de 20% em relação a edição passada. Conforme Baitala, um fator que contribuiu para isso foram as condições climáticas. “Na segunda-feira, que é tradicionalmente o Dia Social da Expogua, com entrada mais barata, choveu muito. Todos os anos a gente recebe cerca de 15 mil pessoas na segunda, esse ano deu apenas 1.600 pessoas, por causa da chuva”. Em compensação, o público lotou o parque no dia do show Cabaré, com os cantores Leonardo e Eduardo Costa, que bateu recorde de público. Outra surpresa positiva foram as arquibancadas lotadas nos quatro dias de rodeio. “Todos os dias do rodeio a arena estava lotada, acredito que isso se deve ao investimento que nós fizemos na estrutura coberta da arena, para deixar mais confortável para os visitantes. Fazer rodeio é sempre satisfatório para a Sociedade Rural”.

Exposição Pet Um espaço que foi novidade e destaque na 41ª Expogua foi a Mostra Pet, que deve continuar nas próximas edições com uma maior variedade de espécies. “Para a 42ª edição vamos entrar em contato com a exposição de Maringá e de Londrina, que têm uma estrutura maior só para expor pequenos animais e animais exóticos. A ideia é convidar esses criadores cadastrados, que têm licença ambiental e trazê-los para Guarapuava”.


Encontro reuniu 270 produtores de leite

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10º Encontro Regional de Produtores de Leite, realizado no dia 6 de agosto, no Sindicato Rural de Guarapuava, superou as expectativas dos organizadores. Integrando a programação da 41ª Expogua, o evento reuniu 270 pessoas. O presidente do Sindicato Rural, Rodolpho Luiz Werneck Botelho, saudou os presentes e se disse feliz de ver “a casa cheia”, referindo-se ao comparecimento de produtores de Guarapuava e diversos municípios vizinhos. O secretário Norberto Ortigara também dirigiu um cumprimento aos produtores e aos organizadores, enaltecendo a iniciativa do evento e a importância do setor leiteiro. Na primeira palestra, com o tema “Desafios para a Qualidade do Leite”, o gerente do Programa para a Análise de Rebanhos Leiteiros do Paraná, da Associação Paranaense de Bovinos da Raça Holandesa (APBRH), José Augusto Horst, deixou uma mensagem: “Qualidade começa na propriedade”. Para isso, ele recordou que cuidados simples, que dependem apenas do produtor, devem ser adotados no manejo, na ordenha e no resfriador. Um dos procedimentos que ressaltou foi o do teste de raquete, capaz de apontar, na análise do leite, a presença de mastite em uma vaca leiteira. Horst enfatizou que, fora da porteira, “ninguém melhora a qualidade do leite”. Ele lembrou que, depois que o produto sai da fazenda, o papel dos demais elos da cadeia produtiva, como transporte, industrialização e comércio, é manter uma qualidade que foi obtida no início da produção, na propriedade. Na segunda palestra, com o tema “Pastagem, a base da Produção”, o professor Sebastião Brasil Campos Lustosa (pós-doutorado na linha de pesquisa de Produção Vegetal em Sistemas Integrados de Produção Agropecuária), da Unicentro, também apontou um caminho: para ter pastagem o ano todo, o produtor deve adotar um planejamento forrageiro, a exemplo do que acontece com os agricultores que plantam culturas de verão e inverno. “Tanto no inverno quanto no verão, temos os momentos de fazer as adubações, a entrada dos animais,

Sucesso: produtores de leite lotaram anfiteatro do Sindicato Rural. Norberto Ortigara foi o primeiro secretário de Estado a prestigiar o evento.

Secretário de Estado da Agricultura, Norberto Ortigara, abriu a 10ª edição do evento.

Mesa de honra: José Aurizonas Rocha (Sec. Mun. de Agricultura); Rodolpho Botelho (pres. Sindicato Rural); Edson Bastos (pres. Coamig); e Richard Golba (dir. adm. Emater-PR) os manejos intensivos, de colher os excedentes de forragem. A produção de leite depende da qualidade da alimentação dos animais”, explicou. Ao final do encontro, a organização sorteou sementes de milho da DuPont Pioneer entre os produtores de leite presentes. Organizadora do evento, a Comissão Regional do Leite é formada por Seab/Emater, Coamig, Sindicato Rural de Guarapuava, Sociedade Rural de Guarapuava e Secretaria Municipal de Agricultura. Foram patrocinadores do evento: (master) Dupont Pioneer, com apoio da FAEP, além de Sicredi, Rações Batavo, Sementes Adriana e Unicentro.

José Augusto Horst

Prof. Sebastião Brasil Campos Lustosa Revista do Produtor Rural do Paraná

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Especial 41ª Expogua

Julgamento de Novilhas premia Grande Campeã Jersey e Holandesa

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Bovinocultura de Leite marcou presença no primeiro final de semana da 41ª Expogua. A programação técnica iniciou com a Avaliação de Novilhas Leiteiras das raças Jersey e Holandesa no dia 5 de agosto, no Parque de Exposições Lacerda Werneck, em Guarapuava. Sob a coordenação do jurado Altair Antônio Valloto, da Associação Paranaense de Criadores de Bovinos da Raça Holandesa, os animais foram avaliados nas categorias: fêmeas de seis a 10 meses; fêmeas de 10 a 15 meses; fêmeas de 15 a 20 meses e fêmeas de 20 meses ao 1º parto. Valloto afirmou que ficou impressionado, principalmente com os animais da raça Jersey. “Essa raça está mostrando que, na região, tem animais de muita força para a produção de leite. Quando avaliamos a conformação desses animais, observamos que a raça está muito bem selecionada, com animais que têm muita estrutura para produzir leite, estrutura de pernas e pés para buscar alimentos, estrutura de garupa para parir bem”. O grande destaque do julgamento da raça Jersey foram os animais do produtor rural Vanderlei Kuachinhak, que levou prêmios em todas as categorias. Há apenas dois anos na atividade, é a primeira vez que Kuachinhak participa de uma exposição. “Sentimo-nos realizados pelo trabalho que estamos fazendo e o resultado nos mostrou que estamos no caminho certo”. Ele conta que em sua propriedade, no Sítio Paiol de Telha (Jordão –Guarapuava), genética da mais alta qualidade é empregada em sua produção leiteira. “Desde que iniciamos, fazemos a inseminação de touros provados, de empresas idôneas no mercado e touros melhorados sempre cada vez mais na raça, tanto em produção quanto conformação”. Já na raça Holandesa, o produtor Gustavo Augusto Camargo, proprietário do Sítio Paiol Velho, no Turvo, faturou o primeiro lugar na categoria de novilhas de 15 a 20 meses e também o primeiro lugar geral da raça. “Isso mostra o trabalho que está sendo feito na propriedade. Para qualquer produtor é um sonho ter um animal com essa qualidade e conquistar o título de Grande Campeã Holandesa. Fico orgulhoso pelo resultado conquistado”. Os vencedores ganharam troféu e um saco de sementes de milho da DuPont Pioneer, patrocinadora master do evento. O julgamento foi organizado pela Comissão Regional do Leite, formada pela Seab, Emater, Coamig, Sindicato Rural de Guarapuava, Sociedade Rural de Guarapuava e Secretaria Municipal de Agricultura, com apoio da Faep, Sicredi, Rações Batavo, Sementes Adriana e Unicentro.

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Revista do Produtor Rural do Paraná

O vencedor da Grande Campeã da raça Jersey foi Vanderley Kuachinhak (entregando o troféu: Edson Bastos)

O vencedor da Grande Campeã da raça Holandesa foi Gustavo Camargo (entregando o troféu: Roberto Motta Junior)

Altair Antônio Valloto, da Associação Paranaense de Criadores de Bovinos da Raça Holandesa, foi o jurado da competição

Confira o resultado da avaliação: JERSEY 6 a 10 meses 1º lugar Beka Hulk – Vanderley Kuachinhak 2º lugar Klara Hulk – Vanderley Kuachinhak 10 a 15 meses 1º lugar Chuchu – Vanderley Kuachinhak 2º lugar Tatá – Vanderley Kuachinhak 15 a 20 meses 1º lugar Bebel – Vanderley Kuachinhak 2º lugar Silvia – Vanderley Kuachinhak 20 meses até o primeiro parto 1º lugar Romana – Vanderley Kuachinhak 2º lugar Nelci – Vanderley Kuachinhak Grande campeã Jersey – Chuchu - Vanderley Kuachinhak Campeã reservada Jersey – BekaHulk - Vanderley Kuachinhak

HOLANDESA 6 a 10 meses 1º lugar Lagoa Age – Anton Egles 15 a 20 meses 1º lugar Amelia – Gustavo Camargo 2º lugar Nobreza – Gustavo Camargo Grande campeã Holandesa Amélia - Gustavo Camargo Campeã reservada Holandesa Nobreza - Gustavo Camargo


Crianças de escolas municipais visitaram a Expogua

A

proximadamente 450 crianças das escolas municipais Dalila Haenisch Teixeira, Dionísio Kloster Sampaio e Irene Guimarães Pupo, de Guarapuava, visitaram a 41ª Expogua na tarde do dia 5 de agosto. A visita foi organizada por mulheres envolvidas no meio rural e teve o apoio da Cooperativa Agropecuária Mista de Guarapuava (Coamig), Sociedade Rural de Guarapuava, Sindicato Rural de Guarapuava, Casa da Cultura e BMilk. A programação da visita incluiu ordenha, para mostrar as crianças de onde vem o leite, apresentação teatral e musical, lanche com leite e produtos derivados. Niura Bastos, uma das organizadoras da ação social, conta que a intenção foi dar uma oportunidade de conhecimento e diversão para as crianças. “Possivelmente, elas não visitariam a Expogua. Com atividades como essa, elas se sentem mais valorizadas. Geralmente, para essas atividades são escolhidas as escolas do centro por não haver disponibilidade de ônibus, mas com o apoio da Pérola do Oeste e da Guarios conseguimos trazer escolas mais distantes”. A diretora da Escola Municipal Dalila Haenisch Teixeira, Jucimara de Lima aprovou a iniciativa. “Foi fantástica a ideia. Vimos isso na alegria deles. Essas crianças são carentes, estão numa periferia e geralmente possuem poucas oportunidades. A programação também é uma forma pedagógica de estarmos trabalhando com eles, porque a criança aprende com atividades lúdicas. Ficamos muito felizes com todas as entidades apoiadoras por ofertar essa oportunidade a elas”. Maiza Araújo Batista, de 10 anos, adorou a visita. “Adorei esse passeio e aprendi várias coisas hoje. O teatro, as músicas e a ordenha foram bem legais”.

Jucimara de Lima, diretora da Escola Municipal Dalila Haenisch Teixeira

Comissão organizadora da ação social, formada por Maria do Horto Motta, Niura Bastos, Adriana Botelho, Elisa Maria Hyczy e Rosivera Bernardim

A aluna da Escola Municipal Dalila Haenisch Teixeira, Maiza Araújo Batista

Ordenha

Hora do lanche

Revista do Produtor Rural do Paraná

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Especial 41ª Expogua

“Mais conhecimento, mais crescimento”

I

nserido na programação da 41ª Expogua, o “Seminário Mais conhecimento, mais crescimento”, organizado pela CooperAliança com o apoio da FAEP e Sindicato Rural de Guarapuava, proporcionou aos participantes, nos dias 11 e 12 de agosto, seis palestras técnicas na área de bovinocultura de corte, encerrando com um dia de campo em duas propriedades rurais. Confira o resumo das palestras:

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Revista do Produtor Rural do Paraná

Programação fetal e a influência da nutrição da vaca na performance do bezerro/novilho Pedro Veiga Rodrigues Paulino Gerente global de Tecnologia Bovinos de Corte – Cargill “Tem muita pesquisa mostrando que o terço médio da gestação é o período crítico para formação das fibras musculares do bezerro. Se a vaca passar por uma subnutrição nessa fase, isso pode comprometer o potencial de crescimento do bezerro pelo resto da vida dele. Tem muita oportunidade de melhorar o setor de cria brasileiro, que, de uma forma geral, é extensivo e com baixo uso de tecnologia. Existe bastante oportunidade de intensificar e melhorar a nutrição da vaca, para obtenção de índices produtivos melhores em um primeiro momento e em um segundo momento, bezerros com maior potencial de crescimento, ganho de peso e produção de carne com qualidade superior. Melhorar a nutrição da vaca resulta na melhoria da condição econômica da produção”.

Angus: Escolhendo o touro certo. Compra e manejo pré e pósperíodo reprodutivo Reynaldo Titoff Salvador Diretor Programa Carne Angus (Associação Brasileira de Angus – ABA) “Defendemos o uso de uma genética de animais de tamanho moderado, nem pequenos, nem muito grandes. Animais que tenham facilidade de ser terminados a pasto e com uso de genética nacional, que são adaptados às condições do nosso ambiente. Defendemos também a utilização de prática de manejo, como um touro para 30 vacas; touros de idade de dois a três anos; pouca utilização de touros jovens, porque há mais dificuldade para trabalhar e para realizar a monta. Junto com isso, há uma grande vantagem em utilizar a raça Angus nesta região do Paraná para melhorar a pecuária em termos de eficiência, produtividade e qualidade de carne. A raça Angus tem características importantes para contribuir com esses fatores, como a facilidade de parto, a habilidade maternal, a rusticidade e a qualidade da carne. ”.


Pastagens Cultivadas: A importância do manejo adequado Professor Sebastião Brasil Departamento de Agronomia da Unicentro “Tem alguns aspectos em que os produtores têm deixado a desejar em relação ao manejo de pastagens. Desde o primeiro pastejo, da altura das pastagens, da entrada de animais e isso reflete diretamente no ganho de peso dos animais. Tratando-se de uma cooperativa de carnes, como a CooperAliança, é interessante o ganho por área e o ganho individual. É difícil conseguir atingir os dois ao mesmo tempo, mas não é impossível. Hoje nós temos ferramentas que ajudam a conquistar esses ganhos. Uma delas é o manejo da pastagem. O que que é esse manejo? Não é só tirar e colocar animais na altura ideal, mas, principalmente, quantificar o que existe de forragem para os animais ao longo do ano, pois a alimentação é diária e o ganho de peso também tem que ser diário”.

Boi gordo e o ciclo de preços: o que esperar para o curto e médio prazos? Gustavo Adolpho Maranhão Aguiar – Consultor e analista de mercado / Scot Consultoria “Sabemos pela análise da história do mercado que ele se comporta em ciclos. Quando há um ciclo, há notoriamente uma fase de baixa. Vivemos já o terceiro ano de preços na bovinocultura de corte acima da inflação, o que já nos dá um indicativo de atenção. O que os preços mostram? Este ano, devemos ficar em uma variação próxima da inflação, já indicando uma estabilidade frente a 2015. Como a oferta vem se comportando de maneira crescente, principalmente neste ano – e para o ano que vem a projeção ainda é a mesma – imaginamos que a gente já deve atingir momentos de uma transição no ciclo. Não quer dizer que o preço vai cair, neste primeiro momento, mas que vai se igualar à inflação, para posteriormente se direcionar a um momento de variação abaixo da inflação ou uma queda nominal. É preciso entender que o mercado tem estas dinâmicas e se preparar. Lembrando que a fase de baixa também traz oportunidades. Oportunidades de compras por preços mais baixos. Quem sabe, aumentar o plantel a preços de estoque mais baixos”.

Há futuro no futuro da carne bovina? Osler Dezouart – Diretor executivo da OD Consulting “Pelos números que extrapolei, vamos ter, por volta de 2050, um adicional perto de 50 milhões de toneladas. Hoje, se produz (no Brasil) perto de 68 milhões de toneladas. Quer dizer: quase que vamos dobrar. Verifique que o mundo, que hoje consome 319 milhões de toneladas, vai para 509 milhões, pelas projeções que a gente fez. Estas potências bovinas (Estados Unidos, Brasil e Austrália) tenderão a concentrar mais a produção e a ter também menos atores. Vai cair a produção bovina? Não, vai aumentar. O futuro está em não ir mais caçar sozinho. Lembre-se que os outros atores, dos outros elos da cadeia produtiva da carne bovina, são atores grandes. Vocês têm a necessidade de partilhar conhecimento, desafios, mas também soluções. Isso, você não faz sozinho. Se você está querendo fazer um produto diferenciado, como está a Cooperaliança, o segmento que existe para isso é um segmento em inúmeros países do mundo. Não significa fazer como atividade principal a exportação. Mas significa complementar. A exportação tem uma outra vantagem: ela traz uma confrontação qualitativa”.

Margens estreitas: como aumentar o lucro com uma gestão eficiente? Paulo Rossi Jr. – Prof. Dr. da UFPR, coordenador do Centro de Informações do Agronegócio (CIA) e consultor em pecuária de corte

Ao final do evento, um debate foi realizado sobre os temas discutidos durante todo o dia. O mediador foi o gerente do Programa Carne Angus da Associação Brasileira de Angus (ABA), Fábio Schuler Medeiros.

“Todo negócio precisa ser bem conhecido. Só tem um jeito: o produtor precisa gerar seus números. Anotar as coisas. Trabalhar esses dados. É aquilo que comentei: o pecuarista precisa gastar um pouco mais do seu tempo para olhar para o seu negócio e não ficar só tentando resolver problemas. A gente vê muito isso nas fazendas. Você vai lá e o produtor diz: ‘Mas eu não tenho tempo para isso que o senhor está falando’. E aí, eu digo: ‘O senhor nunca vai conseguir chegar em lugar algum, porque não consegue enxergar o seu negócio’. Geramos números justamente para isso: para saber o que é bom e o que é ruim. O que é ruim, o produtor vai corrigir. O que é bom, vai tentar melhorar. Esse é o primeiro passo. É um objetivo, bem claro. Depois, começar a ter uma ideia assim: para quem vender? Onde vender? Montar um orçamento. Planejar toda a parte de gastos e começar a acompanhar. Para o produtor começar, ele define alguém, lá na propriedade, para fazer isso. Pode começar com coisas muito simples e ir transformando em coisas muito complexas”. Revista do Produtor Rural do Paraná

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Especial 41ª Expogua

No campo, mais conhecimento

N

o dia 12 de agosto, a CooperAliança promoveu um Dia de Campo em propriedades da região de Guarapuava, reunindo diretores, cooperados, produtores rurais em geral e os membros da Associação Brasileira de Angus (ABA), Fábio S. Medeiros e Reynaldo T. Salvador. A primeira estação foi na Fazenda Galo Vermelho. O proprietário Márcio Pacheco Marques, analisou que o maior giro de animais precoces e o melhor preço, por qualidade, é o que ajudará a fazenda a permanecer viável: “Esta mudança trará no futuro praticamente a única solução. Como temos pequenas áreas disponíveis, o gado tem de ser de qualidade, para que tenha um retorno financeiro melhor”. À tarde, na Agropecuária Cachoeirinha, Herbert Schlafner, proprietário e anfitrião do evento, se disse feliz de receber os colegas produtores: “É muito gratificante divulgar o nosso trabalho, realizado durante todo este tempo”, sintetizou.

Manejo nutricional em confinamento: tema detalhado

Fazenda Galo Vermelho: dicas sobre dimensão e lotação do creep feeding

Padronização de bezerros

Cláudio Azevedo – Pres. Núcleo de Criadores de Bezerros de Guarapuava e Núcleo Angus “Para uma padronização, primeiramente, o produtor deve se definir por uma raça. Ele pode até ter vacas de diferentes raças, mas que tenha o touro de uma raça só. Porque aí o produtor vai começar a ter um padrão dentro do plantel. Terá animais, já frutos deste cruzamento, e se pode reservar algumas fêmeas, que são de melhor destaque, para repor no plantel.”.

Creep feeding

Marina Azevedo (Veterinária) – CooperAliança “O produtor tem de saber adequar a estrutura do creep dele ao tamanho do rebanho, à quantidade de matrizes e de bezerros que ele tem naquele lote. É importante que o creep feeding tenha 10 cm de cocho por bezerro, que o produtor calcule um espaço para que o animal consiga comer e os outros possam circular em volta”.

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Revista do Produtor Rural do Paraná

Evento abordou da padronização de bezerros à nutrição de bovinos em confinamento

Produtores e anfitriões do Dia de Campo: Márcio Pacheco Marques (Faz. Galo Vermelho) e Herbert Schlafner (Agropecuária Cachoeirinha)

Forrageiras

Rodolfo Carletto (Agrônomo) – CooperAliança “Trabalhamos com tifton no verão. No inverno, a área que normalmente estava ocupada com soja e milho recebe um azevém tetraplóide, que tem uma qualidade bromatológica superior, teor de fibra e de proteína adequados às necessidades dos animais. O nível de tecnologia é de médio a alto: uma alta dose de adubação nitrogenada. Estimamos que aqui vai chegar a uma produção superior a nove toneladas de massa seca por hectare”.

Participantes do evento Fábio Schuler Medeiros – Associação Brasileira de Angus “Hoje, a carne da CooperAliança é uma das melhores que temos dentro do programa Carne Angus Certificada. Por este limite de idade dos bovinos: aqui, são só animais dente de leite”. Márcio Banruque – Criador de nelore (Nova Tebas-PR) “Na verdade, aqui é outro mundo. A lotação que eles mantém aqui é algo fabuloso. O tempo de abate do animal: 14 meses, é muito rápido. Lá, no geral, é até três anos. Na minha região, abato com 28 meses. Eles aqui abatem duas vezes, enquanto eu abato uma”.


XXIII Expo Brasil de Charolês: quando a qualidade é imponente

U

m dos destaques de qualidade em bovinos, na 41ª Expogua (2016), foram os animais apresentados na XXIII Expo Brasil de Charolês, realizada pelo Núcleo de Criadores de Charolês de Guarapuava. Em seu julgamento e classificação, dia 6 de agosto, no Parque Lacerda Werneck, a exposição mostrou que, se o número de participantes foi reduzido, os criadores seguem implementando um alto nível de genética e manejo em seus plantéis. A difícil decisão de julgar ficou por conta do agropecuarista Johann Zuber Jr. “A qualidade estava muito boa, é indiscutível”, resumiu. “Estamos passando por um momento um pouco difícil na pecuária de elite, que são animais de galpão. A tendência, hoje, é investirmos cada vez mais em animais rústicos, de mangueira,

Zuber Jr: tendência moderna do charolês é de animais de menor porte do que no passado

criados a campo”, explicou. “O número de animais de galpão tem caído muito, não só em Guarapuava, mas em outras exposições do Brasil”, acrescentou. Na raça charolesa, ele revelou que vêm ocorrendo modificações no padrão mais atual: “Antigamente, dávamos muita ênfase em cima do peso. Agora, há animais um pouco menores. Por que? A fertilidade, normalmente, é mais precoce, eles têm um acabamento de carcaça mais precoce. Antes, tínhamos animais de 1.500 quilos, nos machos. Hoje, em torno de 1.100 a 1.200 quilos”. Já nos pontos avaliados na Expogua, Zuber Jr. disse que, nas fêmeas, analisou as características maternais, como com-

Em pista, mais qualidade do que quantidade: padrão moderno dos animais nivelou por cima a competição entre os participantes da XXIII Expo Brasil de Charolês

primento e largura de bacia e de costelas, entre outros traços. No machos, em meio a outros detalhes, considerou os aprumos traseiros, quantidade de carne, orelhas bem postas e uma aparência típica. Presidente do Núcleo de Criadores de Charolês e um dos participantes da Expo Brasil de Charolês, Josef Pfann Filho, também afirmou ver que criadores, em nível local e em todo o Brasil, vêm promovendo uma evolução de seus rebanhos. O charolês, comparou Pfann Filho, permite assim como outras raças

Pfann Filho: pres. do Núcleo de Criadores de Charolês e expositor, elogiou o nível de todos os animais em pista

europeias, também um manejo para a redução da idade de abate, com a produção de novilhos precoces, proporcionando as vantagens desta prática.

Guarapuava faz um Grande Campeão

Entre as várias categorias que fizeram parte da XXIII Expo Brasil de Charolês, realizada em Guarapuava durante a 41ª Expogua, Guarapuava se destacou com um Grande Campeão. Confira a tabela resumida dos resultados, com os quatro principais vencedores. XXIII Expo Brasil de Charolês – 2016 / 41ª Expogua CLASSIFICAÇÃO

ANIMAL

PROPRIEDADE

CRIADORES

LOCAL

ESTADO

Fazenda Estrela

Josef Pfann Filho e Annemarie

Guarapuava

PR

Nelson João Klas

Palmeira

PR

Grande Campeão

Olavo 0735 da Estrela

Reservado Grande Campeão

Mandrake do Tesourão Cabanha Tesourão

Grande Campeã

Nina do Tesourão

Cabanha Tesourão

Nelson João Klas

Palmeira

PR

Reservada Grande Campeã

Olímpia do Tesourão

Cabanha Tesourão

Nelson João Klas

Palmeira

PR

Revista do Produtor Rural do Paraná

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Especial 41ª Expogua

Leilões: um show de qualidade em lotes de bovinos e ovinos

S

how de qualidade. Esta é a definição para os lotes de animais apresentados em pista na 41ª Expogua. Seja no gado de leite, no de corte ou ainda nos ovinos de alto nível, o pecuarista de Guarapuava e região que compareceu à exposição para adquirir animais se surpreendeu mais uma vez com a quantidade e o excelente padrão do plantel colocado à venda. Com informações da Gralha Azul Remates, a REVISTA DO PRODUTOR RURAL traz dados principais de cada leilão.

6 de agosto

13 de agosto

Leilão de Novilhas de Gado Leiteiro

2º Leilão Angus Guarapuava

(30 novilhas prenhes, selecionadas holandesas e jersey) NOVILHAS HOLANDESAS Média por cabeça: R$ 6.650,00 NOVILHAS JERSEY Média por cabeça: R$ 4.450,00

8º Leilão Tabapuã (20 touros PO, 5 fêmeas PO e 100 novilhas para matrizes) TOUROS Preço médio: R$ 8.073,33 BEZERROS Preço médio por cabeça: R$ 1.344,91 Preço médio por kg: R$ 6,05 Peso médio por cabeça: 222 kg NOVILHAS Preço médio por cabeça: R$ 1.138,06 Preço médio por kg: R$ 5,59 Peso médio por cabeça: 203 kg

7 de agosto 2º Leilão Especial do Criador (10 touros braford, 10 charolês, bezerros e novilhas selecionados) BEZERROS Preço médio por cabeça: R$ 1.344,91 Preço médio por kg: R$ 6,05 Peso médio por cabeça: 222 kg BOIS Preço médio por cabeça: R$ 1.517,14 Preço médio por kg: 5,25 Peso médio por cabeça: 288 kg NOVILHAS Preço médio por cabeça: R$ 1.110,09 Preço médio por kg: R$ 5,28 Peso médio por cabeça: 210 kg Touros charolês – média: R$ 9.500,00 Touros tabapuã – média: R$ 8.073,00

12 de agosto 3º Leilão de Ovinos Cooperaliança BORREGAS Preço médio por cabeça: R$ 523,91 Preço médio por kg: R$ 11,15 Peso médio por cabeça : 47 kg MACHOS PO Preço médio por cabeça: R$ 2.062,50

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(25 touros registrados, 220 bezerros Angus certificados, 180 bezerras Angus certificadas, 40 novilhas cruza Angus prenhes, 10 matrizes Angus registradas) REPRODUTOR Preço médio: 13.950,00 BEZERROS Preço médio por cabeça: R$ 1.531,01 Preço médio por kg: R$ 6,71 Peso médio por cabeça: 228 kg NOVILHAS Preço médio por cabeça: R$ 1337,43 Preço médio por kg: R$ 5,80 Peso médio por cabeça: 230 kg NOVILHAS PRENHES Preço médio por cabeça: R$ 2597,14 Preço médio por kg: R$ 6,87 Peso médio por cabeça: 377 kg

14 de agosto Leilão União Rural REPRODUTORES Preço médio por cabeça: R$ 6.956,66 BEZERROS Preço médio por cabeça: R$ 1.374,83 Preço médio por kg: R$ 5,99 Peso médio por cabeça: 229 kg BOIS Preço médio por cabeça: R$ 1.782,18 Preço médio por kg: R$ 5,67 Peso médio por cabeça: 314 kg NOVILHAS Preço médio por cabeça: R$ 1.303,01 Preço médio por kg: R$ 5,29 Peso médio por cabeça: 246 kg VACAS Preço médio por cabeça: R$ 1.548,00 Preço médio por kg: R$ 4,04 Peso médio por cabeça: 382 kg VACAS COM CRIA Preço médio por cabeça: R$ 1.800,00 Preço médio por kg: R$ 4,39 Peso médio por cabeça: 410 kg VACAS PRENHES Preço médio por cabeça: R$ 2.505,00 Preço médio por kg: R$ 5,79 Peso médio por cabeça: 432 kg


Julgamento destaca ovinos do 3º Leilão CooperAliança

A

CooperAliança decidiu destacar a qualidade dos ovinos que as cabanhas convidadas e os cooperados trazem à venda em seu leilão na Expogua. Para isso, a cooperativa realizou, dia 12 de agosto, no Parque Lote Padrão Borregas

Lacerda Werneck, um Julgamento de Ovinos, com entrega de troféus aos criadores dos melhores animais em várias categorias e raças. A atividade ficou a cargo de especialistas convidados: os zootecnistas e professores da UEPG,

Victor Breno Pedrosa e Evandro Maia Ferreira, além do também zootecnista e professor da Unicentro, Luiz Gonzaga Pego de Macedo. Os vencedores receberam seus troféus na abertura do 3º Leilão de Ovinos Cooperaliança.

Melhor Lote Borregas

Criador: Rodolpho Tavares Junqueira

Criador: Elizabete Noriler (ao centro) e a filha Elaine

Denilson Baitala (Pres. Soc. Rural) entrega o troféu a João Paulo, representando o criador

Entrega o troféu: professor Victor Breno Pedrosa (UEPG)

Campeão Borrego Texel

Campeão Borrego Île-de-France

Julgamento dos Ovinos colocados à venda no leilão: presença de especialistas convidados

Concurso de Carcaça Angus CooperAliança

A

CooperAliança Carnes Nobres realizou durante a Expogua, no dia 13 de agosto, O Concurso de Carcaças Angus. Os critérios avaliados nas carcaças foram: idade, conformação, rendimento e contusões. Ao todo, 11 produtores participaram da disputa, com 134 machos e 86 fêmeas. Confira os vencedores:

Criador: Evandro Martins (à dir.) Entrega o troféu: professor Evandro Maia Ferreira (UEPG)

Campeão Borrego Poll Dorset

Criador: Adriane Thives Araújo Azevedo Entrega o troféu: agropecuarista Roberto Hyczy Ribeiro

Frederico Jaeger Neto Entrega o troféu: professor Luiz Gonzaga Pego de Macedo (UNICENTRO)

1º lugar: Antônio Zancanaro 2º lugar: Augustinho Passaúra 3º lugar: Deni Lineu Scwartz

CATEGORIA FÊMEAS:

1

1º lugar: Augustinho Passaúra 2º lugar: Edio Sander 3º lugar: Cristina Samek

Campeão Borrego Hampshire Down Criador: Paulo Dzierwa

CATEGORIA MACHOS:

1. Max Ted Teixeira (representando Antônio Zancanaro) recebendo o troféu de Edio Sander e Augustinho Passaúra recebendo de Reynaldo T. Salvador

2

2. Augustinho Passaúra recebendo o troféu de Adriane Araujo 3. Reynaldo T. Salvador entregando troféu a Edio Sander

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Especial 41ª Expogua Zootecnista explica critérios para adquirir ovinos de qualidade Um dos pontos destaque da programação de ovinocultura da 41ª Expogua foi uma palestra técnica para orientar produtores rurais sobre os critérios a observar para comprar ovinos de qualidade. Com realização da Sociedade Rural Guarapuava e apoio da CooperAliança e da Unicentro, o encontro trouxe ao Recinto de Leilões do Parque Lacerda Werneck, dia 11 de agosto, um especialista: o professor Luiz Gonzaga Pego de Macedo (Veterinária/Unicentro), zootecnista, produtor e inspetor técnico da ARCO (Associação Brasileira de Criadores de Ovinos). Com a palestra, o objetivo foi ajudar os interessados a entrar com sucesso num ramo que é promissor: “Hoje, só para atender a demanda do mercado interno, teríamos de multiplicar por 10 vezes o nosso rebanho, considerando o consumo atual”, destacou o zootecnista.

Cavalo Crioulo na Expogua Nos dias 12, 13 e 14 de agosto, na 41ª Expogua, o Núcleo de Criadores de Cavalos Crioulos de Guarapuava (NCCCG) realizou as tradicionais provas equestres da raça. Aproximadamente 50 cavalos crioulos foram inscritos para disputar as provas, acompanhados de competidores de todas as idades. Além da prova de morfologia, que avalia os animais em relação a seus traços característicos, foram realizadas a Prova do Troféu, na qual conta a velocidade do conjunto ao percorrer um trajeto, Patrão, Patroa e a “dança da cadeira”, entre outras. A intenção do evento na Expogua é criar um momento de entretenimento e confraternização entre os admiradores da raça.

Chalé do Sindicato Rural

O

Sindicato Rural de Guarapuava, além de patrocinador da 41ª Expogua, também esteve presente no Parque de Exposição Lacerda Werneck. Assim como em todos os anos, o chalé da entidade foi um local de encontro, confraternização e também de troca de informações entre os produtores rurais da região. Nos dias 6 e 13 de agosto foi organizado um café da tarde para os sócios. Também passaram pelo chalé duas caravanas de produtores rurais das Extensões de Base de Candói e Cantagalo.

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Revista do Produtor Rural do Paraná

Caravana Candói

Caravana Cantagalo

Um brinde entre os diretores do Sindicato Rural Anton Egles e Rodolpho Botelho. A cerveja artesanal começou a ser produzida recentemente por Egles.


Angus

Contra fatos não há argumentos: no melhoramento genético também vale A Fazenda Rio da Paz é destaque na avaliação genética da raça Angus, entenda o porquê.

E

ntre as diversas vantagens da seleção objetiva por dados de desempenho, ou através de programas de melhoramento genético, é que temos indicadores técnicos para comparar animais e rebanhos. Desta forma podemos rankear fornecedores de reprodutores conforme o posicionamento dos rebanhos na avaliação genética para as características que buscamos. A RIO DA PAZ tem focado o seu trabalho em selecionar e multiplicar animais baseado no mérito genético medido através do desempenho animal. Esta decisão tem se mostrado muito acertada. O posicionamento do rebanho RIO DA PAZ no Sumário PROMBEO prova esta situação e podemos afirmar, sem erro, que o programa genético da fazenda a posiciona entre as mais importantes e produtivas da raça no Brasil. Vejamos os seguintes exemplos práticos:

TOUROS JOVENS SA No Sumário PROMEBO 2016/2017 são apresentados os 100 melhores touros Angus 2 anos (Ger. 2014). Esta relação é chamada Touros Jovens Superiores para Acasalamento. Entre os primeiros 50 touros estão 08 animais RIO DA PAZ. No total dos 100 touros estão 09 animais RIO DA PAZ. A grande presença nesta relação é uma prova técnica e inegável da grande qualidade genética dos touros da RIO DA PAZ.

Observe que a Associação Brasileira de Angus possui aproximadamente 400 sócios no Brasil e a RIO DA PAZ produziu os 8 melhores touros de 50 em toda a raça. É uma fatia muito representativa.

VACAS LÍDERES As melhores vacas PO da raça também são apresentadas no Sumário PROMEBO em uma listagem chamada VACAS LÍDERES e novamente a RIO DA PAZ tem grande destaque.

As 4 melhores mães da raça em 2016 são da RIO DA PAZ e o rebanho possui 06 matrizes entre as melhores 1o. São elas: RANK

MATRIZ

ÍND. FINAL

01

Reconquista 1746 Ressolana

35,80

02

May da Rio da Paz

31,65

03

Tabata da Rio da Paz

30,57

04

Dádiva da Rio da Paz

29,99

09

Estaca da Rio da Paz

26,47

10

Noviça da Rio da Paz

26,36

Revista do Produtor Rural do Paraná

73


• CAMARO DA RIO DA PAZ Alta Genetics (Teste de Progênie Angus); • DENIZ CANDELERO RIO DA PAZ Top Bulls; • LÁRIO DA RIO DA PAZ Seleon; • GERUMAI DA RIO PAZ ABS Pecplan; • DARTAGNAN CRV Lagoa

As matrizes constantes nesta relação são as mães que produziram os melhores animais da raça e figuram neste ranking pela sua produção e não premiações ou pelo seu visual somente. Os melhores touros do mundo estão disponíveis para todos criadores através da inseminação artificial e os rebanhos se diferenciam pela qualidade de suas matrizes, a verdadeira força de um plantel.

Como iniciei este texto encerro: Contra dados não há argumentos. Qual o sentido de afirmar isso? Os dados técnicos e resultados no programa de melhoramento da raça Angus (PROMEBO) nos dão a tranquilidade de recomendar a genética RIO DA PAZ e afirmar sem receio que o rebanho posiciona-se entres os melhores da raça na atualidade. O mercado reconhece a superioridade genética dos reprodutores RIO DA PAZ e as centrais de inseminação vem buscando touros para as suas baterias no rebanho. A genética RIO DA PAZ está ao seu alcance para levar mais produtividade para o seu rebanho. Aproveite enquanto nem todos perceberam o que representam os números apresentados aqui.

TOUROS EM CENTRAIS DE INSEMINAÇÃO

Bons negócios!

O setor de inseminação também vem reconhecendo a qualidade da genética RIO DA PAZ. Os seguintes touros foram comprados ou contratados por centrais de inseminação:

Med. Vet. Fernando F. Velloso - Inspetor Técnico da Associação Brasileira de Angus / Assessoria Agropecuária FFVelloso & Dimas Rocha

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Melhoramento genético

Alta destaca em palestras possibilidades da IATF

T

écnicas de manejo reprodutivo , como a IATF, já estão bem consolidadas entre bovinocultores tecnificados. Mas quais são as possibilidades destas técnicas? Com objetivo de divulgar informações que contribuam para maior eficiência no manejo reprodutivo em bovinos de corte, a Alta (uma central de sêmen com sede em Uberaba-MG) realizou dia 1º de julho, no Sindicato Rural de Guarapuava, palestras enfocando vários aspectos tanto da inseminação artificial quanto do melhoramento genético. Durante cerca de três horas, técnicos da empresa detalharam estas duas ferramentas. O primeiro tema foi “Introdução e manejo reprodutivo atual”, com o gerente de programas especiais da Alta, Manoel Sá Filho. Ele destacou que atualmente, no país, a inseminação já vem sendo utilizada em larga escala na bovinocultura. No entanto, observou que um reprodutor, para ser eficiente, precisa ter, além das características genéticas em si, a capacidade de gerar descendentes e de transmitir a eles suas características. Para assegurar estas condições, relatou que a Alta criou o programa Concept Plus. A iniciativa, afirmou, vem possibilitando à empresa identificar os animais que têm maiores probabilidades de repassar suas características às gerações seguintes, apontando ao mesmo tempo os que devem ser excluídos do uso para melhoramento genético via inseminação. Na sequência, o veterinário Luciano Penteado da Silva (Firmasa – Tecnologia para a Pecuária) apresentou o tema “Lucratividade e ressincronização na IATF”. Silva comentou que já existe tecnologia para realizar mais de uma IATF numa mesma estação de monta, sendo possíveis até três inseminações, com sincronização prévia em cada uma delas. Ainda de acordo com

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Em cerca de três horas, Alta detalhou IATF e melhoramento genético de bovinos de corte

Introdução e Manejo Reprodutivo Atual

Manoel Sá Filho

Gerente de Programas Especiais da Alta É interessante ver que, nos programas de inseminação, um dos fatores que mais afetam a rentabilidade é o índice de sucesso da inseminação: a taxa de prenhez. Quando se faz a inseminação, por mais que a central tenha todo o controle para produzir um sêmen de qualidade, os touros têm potenciais diferentes para determinar uma gestação. Touros que determinam maior ou menor taxa de prenhez. Como o produtor vai saber disso? Com o programa Concept Plus. A própria central identifica estes animais, por um banco de informações anuais, com vários colaboradores em todo o Brasil. Esse banco passa por uma análise bioestatística, que é um grande diferencial exclusivo da Alta. Aí sim conseguimos comparar os touros de maneira muito clara. A partir desta análise, temos um ‘ranquiamento’. Os de melhor fertilidade são identificados no catálogo como touros Concept Plus. Outro ponto é que a Alta cancela os de pior fertilidade, com objetivo de entregar realmente resultados para o produtor. O touro tem de ser melhorador. Mas sempre frisamos que, se não determinar uma prenhez, não existe a progêne. O Concept Plus é um programa que, desde 2001, existe para vacas de leite – um programa global da Alta. Há três anos, começamos aqui no Brasil a fazer o Concept Plus Beef para gado de corte”. Para o próximo ano, estamos expandindo para a Argentina”.


Lucratividade e Ressincronização na IATF

Luciano Penteado da Silva Veterinário (Firmasa)

A grande vantagem de se fazer uma segunda e chegar a uma terceira inseminação é seguir o princípio da IATF: continuar fazendo o melhoramento genético do rebanho sem perder a eficiência reprodutiva; cada vez mais aumentar a população de indivíduos, dentro da fazenda, oriundos de inseminação artificial, de animais geneticamente melhorados, que vão produzir filhos geneticamente melhorados, com benefícios dentro da eficiência reprodutiva, que são: intervalo entre partos de 12 meses, diminuir a estação de monta, fazer três inseminações em 110 dias. Podemos chegar a três inseminações em 58 dias. Toda tecnologia está à disposição para ser usada. Claro que é muito importante o pecuarista avaliar quais são as suas limitações. De repente, algumas técnicas não podem ser implantadas e acabam trazendo um insucesso. Não porque a tecnologia é ruim. Ela foi mal aplicada. Buscamos novas tecnologias que deem resultado, tanto produtivo quanto para aumentar a eficiência, a rentabilidade do produtor. As técnicas existem, mas seu uso tem de ser avaliado, tem de ter uma consultoria. Até para que a tecnologia se molde à característica de cada propriedade, que tem estações de monta diferentes, cruzamentos diferentes. Não posso seguir o mesmo programa reprodutivo do Pará em Guarapuava”.

Melhoramento Genético Lucrativo

Adriano Rúbio

Zootecnista

O pecuarista não produz boi. Produz carne. Produzindo carne, ele tem de se integrar nesta cadeia produtiva. Para se integrar, tem de conhecer as especificações do produto que vai vender. Há 10, 15 anos, cada criador definia seu cruzamento, seu melhoramento, seu produto. Na verdade, hoje, temos de trabalhar como qualquer indústria: ligados no mercado consumidor. Se vendermos bezerros na desmama, temos de verificar o que os invernistas preferem e entregar exatamente o que eles querem. Da mesma forma, quando vamos planejar um trabalho de melhoramento genético: sem gestão de informação, de pessoas, sem planejamento de como atingir aqueles objetivos, de como monitorar isso – não ficar só no ‘achismo’ –, não conseguimos identificar um problema. O produtor acaba, muitas vezes, abandonando uma tecnologia porque não mediu absolutamente nada e não tem como resolver o problema. Nos bovinos de corte, temos características que são antagônicas: quanto mais músculo tiver o animal, menor será sua fertilidade, sua capacidade de produção de leite. São raríssimos os touros que conseguem aliar essas qualidades de carne com qualidade maternal. Temos de ter também conhecimento para planejar e selecionar, porque tudo isso vai mexer no bolso do pecuarista. Temos que vender valor”.

o veterinário, há situações que permitem manejos reprodutivos (quantidade e momento de IAFT e sincronização) que podem reduzir o custo da prenhez em matrizes. Porém ressaltou que o bovinocultor deve buscar a orientação de profissionais para saber as possibilidades e limites de seu sistema produtivo, já que cada fazenda tem uma situação diferente (como clima e raça). “Melhoramento Genético Lucrativo” foi o terceiro e último tema do encontro, com o zootecnista Adriano Rúbio. Ele iniciou destacando que o melhoramento depende de fatores como genética, gestão, ambiente e interação genética-ambiente. Segundo comentou, hoje existem mais de 600 raças bovinas, mas independente da raça, estudos mostram que o nível de melhoramento se eleva conforme se avança entre quatro formas básicas de pecuária: sem seleção e sem cruzamento (menor nível); sem seleção e com cruzamento; com seleção e sem cruzamento; e com seleção e com cruzamento (maior nível). Mesmo para quem realiza simultaneamente aqueles dois procedimentos, Rúbio defendeu que se trabalhe com planejamento para estabelecer metas e gestão para medir resultados. Na definição dos objetivos, apontou, o pecuarista precisa lembrar que é impossível melhorar todas as características do rebanho de uma única vez. Nos bovinos em que predominam genes de ganho de peso, exemplificou, é menor a expressão dos genes que conferem a habilidade maternal – com o inverso ocorrendo também. Na gestão, recordando que a meta é produzir carne, sugeriu que se utilize alguns indicadores-chave para avaliar resultados: um indicador produtivo (arroba por carcaça abatida ao ano); um indicador reprodutivo (quilos de bezerros desmamados por vaca exposta à reprodução) e um indicador financeiro (taxa de retorno líquido ao ano sobre o faturamento bruto). Pela Alta, estiveram também presentes o gerente regional para Guarapuava e um dos organizadores das palestras em nível local, Oswaldo Portella, além de Marcos Floriano Longas, veterinário e gerente distrital. Compareceram às palestras, associados do Sindicato Rural de Guarapuava e produtores rurais em geral. A REVISTA DO PRODUTOR RURAL esteve no evento e traz comentários dos palestrantes sobre seus respectivos temas. Revista do Produtor Rural do Paraná

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Monitoramento rural

Almix: mais que equipamentos, suporte permanente com acesso remoto

J

á faz parte da realidade do cotidiano das propriedades rurais a internet e a tecnologia. Entretanto, muitos produtores rurais estão investindo em internet e monitoramento rural, mas acabam se decepcionando, tendo em vista que não encontram o resultado esperado. A questão é que a Internet e o Monitoramento Rural envolvem muitos fatores, não só os equipamentos. A Almix pensa em todos eles. Por isso, a empresa conta com: • Internet Banda Larga Rural estável e Altas Velocidades; • Diversas centrais espalhadas pela zona rural de vários municípios, entre eles: Guarapuava, Goioxim, Candói, além dos distritos de Palmeirinha e Entre Rios; • Acesso remoto das imagens da fazenda em tempo real e durante 24 horas, viabilizado através da interligação da fazenda com as centrais da Almix Internet; • Suporte técnico local, especializados em monitoramento com acesso remoto e Internet; • VPN, Interligações de filiais ou com cooperativas; • Internet para residência dos funcionários na fazenda; • Emissão de Notas Fiscais • Destaca ainda, a importância de questões com a energia rural.

Além de altas velocidades e estabilidade do sinal de internet, para o produtor evitar prejuízo e acompanhar as atividades da propriedade em tempo real é preciso contar com equipamentos de alta tecnologia, suporte técnico local especializado e acompanhamento de uma empresa com tecnologia e credibilidade há 18 anos”. João Manoel Almeida Junior, diretor da Almix Internet

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Confira o que os produtores rurais acham sobre o monitoramento rural da Almix Internet: Monitoramento com acesso remoto e interligação entre as sedes

Câmeras com controle e acesso remotos na administração da propriedade rural

O início das atividades com a Almix Internet aconteceu com a interligação da indústria Erva Mate 81, que até então era um grande problema quanto à qualidade e estabilidade do sinal de Internet. Superado este desafio, ampliamos nossa rede, interligando outras propriedades, proporcionando ainda, explorar o monitoramento e acompanhamento de nossas atividades com imagens em tempo real. Além da qualidade dos serviços prestados, chama a atenção o suporte técnico personalizado à nossa empresa”.

Há quase dois anos nossa propriedade utiliza os serviços de Internet e monitoramentos da Almix. Com a alta velocidade e estabilidade do sinal, conseguimos implantar projeto de monitoramento com câmeras de última geração, que nos permitem controlar as imagens em 360º, com zoom, tendo acesso remoto de qualquer lugar. O resultado da implementação desse projeto facilitou a comunicação entre o escritório e nossas sedes, aumentou a segurança e permitiu, através das imagens, o gerenciamento de todas as atividades da propriedade”.

Marcelo Schier Erva Mate 81 (Guará)

Cícero Passos de Lacerda

Fazenda Capão da Lagoa (Goioxim)

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Leite

Produtores de Guarapuava visitam o maior evento do país voltado ao setor leiteiro

Produtores de Guarapuava no estande da DSM Tortuga, recepcionados pelo supervisor técnico comercial Alexandre Bombardelli de Melo e pelo zootecnista Edgar Moser

A caravana foi recepcionada com café-damanhã no estande da Agrária

P

rodutores rurais de Guarapuava visitaram a 16ª edição do Agroleite, em Castro, no dia 18 de agosto. A caravana foi organizada pelo Sindicato Rural de Guarapuava e Cooperativa Agrária. A feira é o maior evento técnico do setor no Brasil, voltado a todas as fases da cadeia do leite. Segundo a organização, durante os cinco dias de evento 60 mil pessoas passaram pelo Parque de Exposições Dario Macedo, chamado de Cidade do Leite. Integra a programação a exposição de animais, torneio leiteiro, clube de bezerras, leilão, dia de campo, fóruns, seminários, painéis e dinâmica de máquinas. Além da exposição de inúmeras tecnologias para o setor, que nesta edição, contou com a presença de 180 empresas. Em entrevista à REVISTA DO PRODUTOR RURAL, o presidente da Castrolanda, Frans Borg, cooperativa promotora do Agroleite, afirmou que esta edição atraiu um público de qualidade para o setor leiteiro como nos outros anos. Segundo o presidente, apesar do momento do setor leiteiro não ser in-

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Julgamentos dos animais da raça Holandesa, Jersey e de ovinos ocorreram durante o evento.

No estande da ST Genetics, os produtores foram recepcionados pelo gerente de Produtos de Leite, Albert Johan Kuipers

Frans Borg, presidente da Castrolanda em entrevista à jornalista Luciana Bren.

teressante, tanto as empresas como o público continuaram aderindo a participação na feira. “As pessoas precisam dessa comunicação entre os elos da cadeia, buscando inovação, tecnologias, conhecimento e negócios. A missão do evento é justamente essa”.

Produtores de Guarapuava A produtora Alice Jurgovski disse que todos os anos participa da Agroleite para ficar por dentro das novidades do setor. O produtor Jairo Luiz

Ramos Neto acrescentou que o evento é muito interessante porque é especializado na bovinocultura de leite. “Na Agroleite encontramos desde a oferta de material genético, como sêmen, até equipamentos de todos os tamanhos, qualidade e preço que você possa imaginar para a produção de comida, sala de ordenha e resfriadores. Além de encontrar animais de altíssima qualidade, as maiores empresas de nutrição animal, reprodução e medicamentos estão no evento. A estrutura e organização também é invejável”. Este ano, Ramos Neto adquiriu sêmens, que segundo ele são de qualidade e preço interessante.


Reguladores vegetais

Uso adequado de bioativadores Engº Agrônomo Paulo Henrique Fialho

A

soja que hoje cultivamos é muito diferente dos seus ancestrais, que eram plantas rasteiras que se desenvolviam na costa leste da Ásia, principalmente ao longo do rio Yangtse, na China. Sua evolução começou com o aparecimento de plantas oriundas de cruzamentos naturais entre duas espécies de soja selvagem que foram domesticadas e melhoradas por cientistas da antiga China. As primeiras citações do grão aparecem no período entre 2.883 e 2.838 AC, quando a soja era considerada um grão sagrado, ao lado do arroz, do trigo, da cevada e do milheto. Os investimentos em pesquisa levaram à “tropicalização” da soja, permitindo, pela primeira vez na história, que o grão fosse plantado, com sucesso, em regiões de baixas latitudes, entre o trópico de capricórnio e a linha do equador (Embrapa/Soja). A soja chegou ao Brasil via Estados Unidos, em 1882. Gustavo Dutra, então professor da Escola de Agronomia da Bahia, realizou os primeiros estudos de avaliação dos cultivares que foram introduzidos daquele país. A soja, como lavoura comercial, chegou ao Estado do Paraná em meados dos anos 50. Até então a cultura era quase uma curiosidade. Com o passar dos anos, a agricultura evoluiu, com o maquinário mais

moderno, adequação da fertilidade do solo, cultivares adaptados a cada região, melhores práticas culturais, conseguindo assim maiores produtividades. Conjuntamente a isso, os pesquisadores evoluíram os cultivares de soja, que hoje são mais produtivos, com melhores componentes de rendimento, somado a isso, introduziram a biotecnologia com foco na resistência a alguns insetos e herbicidas. É sabido que em regiões com altitudes mais elevadas – como exemplo centro-sul do PR e parte de SC e RS, alguns cultivares apresentam crescimento excessivo, aumento de ciclo, alongamento dos entrenós, aumento de massa verde, abortamento de flores e legumes e acamamento (MUNDSTOCK & THOMAS, 2005) que somados ao notório aumento da incidência de pragas e doenças acabam por afetar a produtividade. Devido a este conjunto de fatores, o uso de reguladores vegetais (ou biorreguladores) na agricultura, tem mostrado grande potencial no aumento da produtividade, embora sua utilização ainda não seja uma prática rotineira em culturas que não atingiram alto nível tecnológico. Nestas regiões onde as características de clima e altitude resultam em tais problemas descritos, os agricultores buscam incansavelmente soluções para o problema, objetivando melhor

estrutura de plantas, melhores componentes de rendimento, melhores produtividades. Reguladores vegetais são definidos como substâncias naturais ou sintéticas que podem ser aplicadas diretamente nas plantas para alterar seus processos vitais e estruturais para incrementar produção e melhorar a qualidade de culturas de interesse econômico (LACA-BUENDIA, 1989). Tais substâncias são hoje classificadas como hormônios vegetais. Entre eles, podem ser citados: auxinas, giberelinas, citocininas, retardadores, inibidores de etileno, etc. Há uma tendência no mercado em encontrar biorreguladores que ajustem determinados hormônios nas plantas, melhorando assim componentes de produção, proporcionando uma quebra da dominância apical, promovendo melhor estrutura de plantas, estimulando gemas laterais, diminuindo abortamento de flores e legumes, reduzindo o porte das plantas e evitando assim o acamamento. O uso de adequado Biorreguladores, com concentrações hormonais balanceadas para os distintos estádios de aplicação (tratamento de sementes, estádio vegetativo e reprodutivo), tem se mostrado como uma grande ferramenta para a obtenção de melhores produtividades e rentabilidade, auxiliando as plantas em pontos falhos como os já citados.

Biorreguladores: o ajuste fino para a sua cultura. Qualytus CoMo: diminui o estresse causado por herbicidas, melhor estruturação da planta. MetabMax SF: Balanço hormonal produção/fixação de flores e mais vagens Distribuidor Revista do Produtor Rural do Paraná (42) 9132-6929 / (42) 9977-4361

www.rhal.com.br

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FAPA - Entre Rios Guarapuava - Paraná

18 a 20 outubro 2016

Das 8h às 18h30

Palestrantes convidados Canola Day e palestras sobre hortaliças de inverno incrementam o maior evento de cereais de inverno do País

Dia 18 – 10h30

R

José Luiz Tejon (TCA International)

eserve a data: de 18 a 20 de outubro acontece a edição 2016 do WinterShow, maior evento técnico-científico do Brasil voltado a cereais de inverno, promovido pela Cooperativa Agrária Agroindustrial e pela FAPA (Fundação Agrária de Pesquisa Agropecuária). Mas o evento não se restringirá a informações sobre trigo, cevada, aveia e outros cereais da época. Este ano, haverá também aulas e demonstrações voltadas a outras culturas de inverno, que começam a ganhar maior importância na região e no âmbito da Agrária, como canola e hortaliças. Como de costume, o evento é gratuito e aberto ao público em geral, direcionado a produtores rurais, agrônomos, pesquisadores, estudantes e outros empresários e profissionais ligados ao agronegócio. Ao longo dos três dias de evento, a programação se estende das 8h às 18h30, entre ciclos de palestras simultâneas – promovidas por pesquisadores da FAPA e de instituições parceiras –,visitas aos expositores, aulas de palestrantes convidados e dinâmicas de máquinas.

Canola Day Data: 20 de outubro de 2016 Horário: 13h às 18h30

O último dia de WinterShow contará com o seminário especial “Cano-

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la Day”, que tratará exclusivamente dessa oleaginosa. Por se tratar de uma cultura que tem potencial de cultivo na região, e que possui boa procura no mercado, a canola é vista como uma alternativa interessante de cultivo de inverno. O Canola Day, organizado pelo pesquisador da FAPA Juliano Luiz de Almeida, mostrará as opções de sementes – incluindo novas cultivares – e de defensivos voltados a essa cultura. Haverá campos demonstrativos e aulas sobre épocas de plantio, de aplicação e dos híbridos utilizados. Será realizada ainda uma dinâmica de máquinas relacionada ao plantio de canola.

Hortaliças de inverno Em um estande voltado exclusivamente à hortifruticultura, o engenheiro agrônomo da assistência técnica da Agrária Rafael Mendes dará orientações sobre o cultivo de hortaliças de inverno. Essa palestra atende ao crescimento da área de HF cultivada naregião de atuação da Cooperativa. O WinterShow 2016 conta com patrocínio de Caixa Econômica Federal, Oro Agri, Nufarm, Dow Agrosciences, Banco do Brasil e Sindicato Rural de Guarapuava. Texto e fotos: Assessoria de Comunicação Agrária

Mario Cortella (MSCortella)

Dia 18 – 15h00 Dia 19 – 09h00

André Pessôa (Agroconsult)

Dia 20 – 15h00

Luís Prochnow (IPNI Brasil)

Palestras simultâneas • Manejo de cultivares de cevada

Noemir Antoniazzi e Eduardo Pagliosa (FAPA)

• Culturas de inverno em sistemas de rotação Juliano de Almeida (FAPA) • Aveias brancas para produção de grãos e forragem Marcelo Teixeira Pacheco (UFRGS) e Juliano de Almeida (FAPA) • Difusão de tecnologia para expansão do cultivo de canola

Gilberto Omar Tomm e Paulo Ernani Peres Ferreira (Embrapa Trigo) e Juliano de Almeida (FAPA)

• Novidades sobre adubação nitrogenada Sandra Mara Vieira Fontoura (FAPA) • Manejo de plantas daninhas em cereais de inverno Vitor Spader (FAPA) • Manejo de pragas em cereais de inverno visando produtividade e rentabilidade Alfred Stoetzer (FAPA) • Conservação de solo: rumos para a excelência Paulo José Alba (FAPA) • Impacto de doenças foliares no manejo de micotoxina em cereais de inverno Heraldo Rosa Feksa (FAPA)


ORO AGRI

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II VETLEITE Unicentro: mais uma vez, sucesso! Estudantes de quarto ano do curso de Veterinária da Unicentro comemoraram o sucesso do II VETLEITE. Atividade acadêmica realizada dias 14 e 15 de julho no auditório central do Campus Cedeteg, o evento é uma série de palestras sobre temas importantes para a produção leiteira. Neste ano, foram 20 apresentações, destacando manejo sanitário, reprodutivo, taxa de reprodução, qualidade do leite, equipamentos, custos e casqueamento. No encontro, os futuros veterinários apresentam os assuntos a seus colegas de primeiro ano. O objetivo é desenvolver nos veteranos a capacidade de repassar

conhecimentos e dar, aos iniciantes do curso, uma visão a respeito de vários conteúdos. Um dos organizadores, o professor Luiz Gonzaga Pego de Macedo, de Veterinária, se disse feliz com a presença do público: “Graças a Deus e a colaboração de todos foi um sucesso. Entre alunos e visitantes, tivemos um público médio de 130 pessoas (90 alunos e 40 visitantes), inclusive com boa participação de familiares dos alunos, que era um dos objetivos”. O Sindicato Rural também ajudou a divulgar o evento, publicando nota antecipadamente em seus canais de comunicação na internet.

Campo Real: Café da Manhã para estreitar parcerias A Faculdade Campo Real promoveu, no dia 20 de julho, um Café da Manhã para estreitar o relacionamento da instituição com diversos de seus parceiros. Na ocasião, foram apresentados projetos como Cidadania Real e parcerias para estágios. Parceiro também da Faculdade Campo Real, o Sindicato Rural de Guarapuava foi representado no evento pela gerente Luciana de Queiroga Bren. Foto: Acessoria Campo Real

Aconteceu

Dias Juninos e Julinos

Sindicato recebe visita de futuros jornalistas O Sindicato Rural de Guarapuava recebeu, no dia 22 de julho, uma visita importante para o setor de comunicação da entidade: acompanhados dos professores Gilson Boschiero e Cristiele Tomm, alunos do terceiro ano de Comunicação Social (Jornalismo) da Unicentro vieram conhecer o departamento de comuncação do sindicato e saber como é produzida a REVISTA DO PRODUTOR RURAL, uma publicação bimensal sobre agropecuária, voltada

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aos associados. No anfiteatro, o grupo foi recepcionado pela gerente do sindicato e editora-chefe da revista, a jornalista Luciana de Queiroga Bren. Em cerca de duas horas de troca de experiências, ela relatou o surgimento daquele periódico e as atuais ações do setor de comunicação. Um dos repórteres da revista, o jornalista Manoel Godoy comentou sua visão sobre fotografia, destacando o papel da técnica e a necessidade de aprender constantemente. Para os futuros jornalistas, a visita foi uma atividade com o objetivo de ter contato com profissionais que estão atuando no mercado de trabalho, conhecendo os desafios e as oportunidades da carreira.

Durante os meses de junho e julho, o Sindicato Rural de Guarapuava proporcionou, semanalmente, quitutes típicos desta época do ano aos seus associados e parceiros. Vários tipos de bolo, chocolate quente e, claro, muito pinhão fizeram a alegria de quem passou pela entidade nesses dias.


Gerenciamento

Desafios e oportunidades na gestão de custos para o agronegócio Máquinas e Equipamentos; Implementos; Pessoas (Colaboradores); Dinheiro; Infraestrutura; etc. Os insumos e recursos são apontados na atividade (quantidades e valores) e direcionados ao produto compondo o custo de cada atividade. Assim, proporcionam análises individualizadas de todas as atividades ORÇADAS x REALIZADAS, comparando quanto cada uma delas representa sobre o custo total do produto armazenado e pronto para a venda. Para facilitar o processamento dessas informações é recomendada a utilização de softwares especialistas na Gestão de Custos. Neste contexto, a BRISA Consulting disponibiliza, através da solução AGRISIGN®, o módulo de Custos do Agronegócio que organiza e gera informações de custeio por: Safra; Cultura; Produto; Atividades; Serviços; Operações; Talhões, Fazendas; etc. Através dessa ferramenta o produtor terá em mãos o controle do negócio e poderá acompanhar de perto todos os eventos de cada safra. Como diz a famosa frase “Quem não mede não controla”, só é possível controlar se tiver a noção efetiva de cada parte (evento) e possa filtrar o que é exatamente crucial ao sucesso do negócio, focando e dedicando ações no que realmente importa. A BRISA Consulting está empenhada em orientar seus clientes a estruturar seu negócio via a gestão integrada de custos, compondo a visão que vai desde o planejamento até a realização das operações e disponibilização dos produtos, contribuindo para que a tomada de decisão seja efetiva e criadora de riqueza.

Cliente comenta sobre os benefícios do Sistema AGRISIGN® “A partir da implantação do Sistema AGRISIGN®, a UTEVA Agropecuária pôde focar naquilo que realmente agrega valor: a produção no campo. Ter informações pontuais de cada fase da cultura, em tempo real, sem perder tempo na busca e consolidação de dados. As informações estão todas no mesmo ambiente, com fácil acesso. Nossos colaboradores participam ativamente na gestão da empresa, produzindo informações com segurança, sem a necessidade de retrabalhos no escritório. Com a certeza de dados íntegros, ganhamos tempo. Agora, nos concentramos apenas no mais importante: gerir e planejar nosso negócio. Os dados gerados utilizando a solução AGRISIGN® Mobile, permitem tomada de decisão já no dia seguinte. Isso é gestão em tempo real. A BRISA Consulting, utilizando as mais modernas tecnologias disponíveis no mercado, transformou nossa gestão, quebrando o grande paradigma: o permanente conflito entre operação e administração. Agora, ambos caminham juntos.” Foto: Revista Globo Rural

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produtor tem hoje a sua disposição suporte técnico e tecnologia que orienta para o sucesso, contudo se não houver controle sobre tudo isso, nada adianta. A resposta ideal para se ter controle é a gestão, mais especificamente a “Gestão de Custos”. Pode-se ter as melhores máquinas, melhores insumos, melhores operadores, boas fontes de financiamentos, funcionários bem treinados, porém se não houver a medição e a apuração integrada dos resultados gerados em cada ponto citado, o produtor não conseguirá compor racionalmente as ações de decisões. A Contabilidade de Custos é a ferramenta que proporcionará esse controle. O método de custeio prepara a organização para condução cuidadosa dos eventos necessários para obter um bom produto e criar valor nas operações. Para uma gestão de custos efetiva é necessário que o negócio seja dividido em atividades que sejam essenciais para obtenção do produto final. Exemplos de atividades: Preparo de Solo; Plantio; Adubação; Dessecação; Colheita; Transportes; Armazenamento; Máquinas e Equipamentos; Implementos; Infraestrutura; Administração; Planejamento; etc. Cada atividade requer a utilização de insumos e recursos, as quais deverão ser inicialmente planejadas e após a aplicação real, comparadas com este planejamento. Insumos são todos os itens de consumo que compõem, formam ou integram o produto final. Exemplos: Semente; Adubo; Herbicidas, Pesticidas, etc. Recursos são todos os itens necessários para que o produto seja obtido. Exemplos:

Florian Bernhard Schudt, proprietário da UTEVA Agropecuária

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Solidariedade

Sindicato Rural colaborou com Arraiá do Hospital São Vicente

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4º Arraiá Beneficente do Hospital São Vicente foi realizado nos dias 2 e 3 de julho, no Parque de Exposições Lacerda Werneck, em Guarapuava. Segundo a Polícia Militar, 18 mil pessoas passaram pelo parque. A programação envolveu atrações artísticas, danças típicas de festa julina, bingo e mais de 70 barraquinhas gastronômicas e food trucks, que trabalharam de forma voluntária. O evento arrecadou R$ 100.412,27. O Sindicato Rural de Guarapuava foi um dos patrocinadores do evento e também esteve presente com a barraca do milho. Todo o dinheiro arrecadado foi doado ao hospital

Bingo

O provedor do HSV, Huberto José Limberger e o presidente do Sindicato Rural, Rodolpho Botelho - entidade também apoiou o evento

A entrega dos prêmios do bingo do Arraiá aconteceu no dia 8 de julho, na sede do hospital. Os ganhadores receberam tanto a documentação como as chaves dos prêmios. Os prêmios foram: uma Moto Sundown Hunter 0KM, uma Moto Sundown Max e um carro UP 0KM. Os ganhadores, respectivamente, foram: Emanuel Strela e Medcosta Comercio de Produtos e Medicamentos, Verci Barbosa e João Augusto Alves de França. Verci Barbosa que ganhou a Moto Sundown Max, doada pelo Sindicato Rural de Guarapuava, afirmou ser a primeira vez que ganhou um prêmio em sorteio. “Como eu não estava presente no dia, eles me ligaram. Em um primeiro momento, fiquei surpreso, achei até que fosse trote. Mas fiquei muito feliz, quando percebi que era verdade. Comprei a cartela com a intenção de ajudar o hospital. Nem imaginava que seria ganhador de um dos prêmios”.

Melhorias no Hospital

O vice-presidente do Sindicato Rural, Josef Pfann entregou a chave da moto para o ganhador Verci Barbosa

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O Sindicato Rural participou do arraiá com a barraca do milho verde

A renda arrecadada nessa edição será revertida para a ampliação do Centro Cirúrgico do Hospital, que realiza mais de 600 cirurgias por mês. Com esta ampliação, será implantada uma nova sala exclusiva para obstetrícia e mais uma sala de Cirurgia Geral, que irá contribuir para atender as demandas cirúrgicas de média e alta complexidade, especialmente as do SUS.


Registro Sindicato Rural entrega doações da Campanha Produtor Solidário

No dia 24 de agosto, os diretores do Sindicato Rural de Guarapuava, por meio da Campanha Produtor Solidário, realizaram a entrega de roupas e brinquedos para a Associação Canaã de Proteção aos Menores, que fica localizada no distrito de Entre Rios – Guarapuava. O psicólogo do Canaã Altair Rafael dos Santos recebeu a doação.

Prazo para Cadastro Nacional de Imóveis Rurais foi prorrogado até 31 de dezembro Foi prorrogado até 31 de dezembro de 2016 o prazo para o Cadastramento Nacional dos Imóveis Rurais (CNIR). O novo prazo foi publicado na Instrução Normativa Conjunta nº 1 Incra/RFB de 18/08/2016, que estabelece prazos e procedimentos para atualização do Sistema Nacional de Cadastro Rural (SNCR) e do Cadastro de Imóveis Rurais (Cafir). A vinculação dos imóveis visa a integração dos atuais sistemas cadastrais do Incra e da Receita Federal para a estruturação CNIR. A falta da vinculação nos cadastros a partir de 1º de janeiro de 2017 sujeitará o imóvel rural à situação de pendência cadastral no Cafir e à inibição da emissão do Certificado de Cadastro de Imóvel Rural (CCIR).

CESB: produtor de SP é campeão de produtividade em nível nacional Um ranking de produtividade de soja vem chamando cada vez mais a atenção de produtores e profissionais ligados àquela cultura, por mostrar potencial da oleaginosa: o Prêmio de Produtividade da Soja, realizado anualmente pelo Comitê Estratégico Soja Brasil (CESB). Neste ano, o CESB anunciou os novos campeões nacionais (safra 2015/2016) no dia 29 de junho, durante o Fórum Nacional de Máxima Produtividade da Soja, realizado na sede da Cocamar, em Maringá (PR). O primeiro lugar foi para um agricultor paulista: João Carlos da Cruz, de Buri. Na inscrição ao Desafio, ele apresentou uma área de 10 hectares que somou produtividade de 120,07 sacas por hectare, superior ao dobro do que o Brasil atinge como média anualmente. Em segundo lugar, ficou o campeão da edição anterior, Alisson Alceu Hilgenberg, de Ponta Grossa (PR), com 114,85 sacas por hectare. Para chegar ao ranking, o comitê recebeu inscrições de 4.400 áreas de todas as regiões do País e realizou 208 auditorias. Para o presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja Brasil), Marcos da Rosa, os resultados apresentados durante o Fórum são extremamente satisfatórios. “O Prêmio de Máxima Produtividade é fundamental para

(Da esq. p/ dir.) João Carlos da Cruz , produtor, campeão nacional e regional sudeste; Ney Eduardo Montalvão Alves representando Roberto Ishimura, consultor campeão nacional e regional sudeste; Marcos Adriano Storch, consultor campeão regional centro-oeste; Elton Zanella, produtor campeão regional centro-oeste; Maurício Sanches, consultor campeão nacional irrigado; Edson Agnes, produtor campeão nacional irrigado; Wilson Hilgemberg, produtor campeão regional sul; Alisson Hilgemberg, consultor campeão regional sul; Ivair Gomes, consultor campeão regional norte/ nordeste; Rui Gaio, produtor campeão regional norte/nordeste o crescimento sustentável da sojicultura nacional e por isso os cases do CESB devem ser estudados e difundidos aos produtores da oleaginosa”, explica. Estabelecido em 2009, o CESB é qualificado como

uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP) e composto por 19 membros e 16 entidades patrocinadoras. Seu objetivo é trabalhar estratégicamente em prol da sojicultura brasileira. Revista do Produtor Rural do Paraná

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Legislação

Decker Advogados Associados Fábio Farés Decker (OAB/PR nº 26.745)

Produtor rural pessoa física é dispensado do pagamento do salário-educação O produtor rural pessoa física pode economizar 2,5% (dois e meio por cento) da folha de pagamento deixando de recolher o salário-educação, além de recuperar valores. Vivian Albernaz (OAB/PR nº41.281)

O

salário-educação foi instituído em 1964, sendo uma contribuição social destinada ao financiamento de programas, projetos e ações voltados para o financiamento da educação básica pública e que também pode ser aplicada na educação especial, desde que vinculada à educação básica. A contribuição social do salário-educação está prevista no artigo 212, § 5º, da Constituição Federal, regulamentada pelas leis n.ºs 9.424/96, 9.766/98, Decreto n.º 6003/2006 e Lei n.º 11.457/2007. É calculada com base na alíquota de 2,5% sobre o valor total das remunerações pagas ou creditadas pelas empresas, a qualquer título, aos segurados empregados, ressalvadas as exceções legais, e é arrecadada, fiscalizada e cobrada pela Secretaria da Receita Federal do Brasil, do Ministério da Fazenda (RFB/MF). São contribuintes do salário-educação as empresas em geral e as entidades públicas e privadas vinculadas ao Regime Geral da Previdência Social, entendendo-se como tal qualquer firma individual ou sociedade que assuma o risco de atividade econômica, urbana ou rural, com fins lucrativos ou não, sociedade de economia mista, empresa pública e demais socie-

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dades instituídas e mantidas pelo poder público, nos termos do § 2º, art. 173 da Constituição. Com efeito, de acordo com a Constituição Federal, o contribuinte do salário-educação é a empresa, urbana ou rural, com fins lucrativos ou não. Sabemos que o produtor rural também pode atuar como “pessoa física”, quando então, não pode ser tratado nem igualado como “empresário individual” nem “sociedade”. Dessa forma, os produtores rurais que exercem sua atividade como pessoas físicas, sem registro na Junta Comercial nem no Cartório, não devem ser reputados como contribuintes do salário-educação. Vale dizer que esse entendimento conta com apoio do Superior Tribunal de Justiça STF, inclusive em sede de recursos repetitivos. Assim, o produtor rural que, em função de sua atividade, exerce a função de empregador pessoa física não tem a obrigação de pagar a contribuição do salário-educação. Portanto, assiste ao produtor rural, neste caso, o direito de manejar a competente ação judicial visando a declaração de inexigibilidade do tributo, bem como, a repetição do indébito tributário, reavendo o que pagou indevidamente nos últimos 5 (cinco) anos.


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Pecuária Moderna

Guarapuava encerra programação de treinamento para técnicos O curso regional do Programa Pecuária Moderna, para profissionais da assistência técnica da bovinocultura de corte, prosseguiu em julho, encerrando-se em agosto, em várias cidades do interior paranaense. Em Guarapuava, a capacitação ocorreu no Sindicato Rural.

14 e 15 de julho | Bem-estar animal Tâmara Duarte Borges – Veterinária, pós-doutoranda na PUC-PR, na área de bem-estar animal “O que a gente vê na parte de manejo dos animais? Que ainda há pouco conhecimento da parte comportamental, de como eles vêem o ambiente. Este tipo de conhecimento não chega para as pessoas que estão manejando o gado. Mas é o que vai evitar muitas perdas. Principalmente de animais que pulam uns sobre os outros. Na hora em que mostramos um vídeo do estouro de uma boiada, mostramos que ali está faltando controle dos animais. Na maioria dos vídeos apresentados, essa falta de controle é ocasionada pelo número excessivo de animais dentro do curral. Normalmente, indicamos entre 30 a 32. A partir disso, utilizando as técnicas de ponto de equilíbrio e distância de fuga, você consegue manejá-los para onde

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quiser. Outro assunto do módulo, foram os manuais, que temos no Grupo Ético, sobre cada processo de manejo dentro da pecuária: manuais de vacinação, identificação, de cuidado com os bezerros, de instalações de currais. Foram feitas pesquisas para se elaborar estes manuais, identificar os pontos críticos de cada processo e poder corrigir. Outra parte, neste curso, são os protocolos de bem-estar animal. Ele nos dão como que um score e mostram onde a fazenda está em questões de bem-estar animal. Mostrei aqui que existem três fases de estresse: a de alerta, em que o animal percebe o fator estressante, a fase de resistência, que é quando este estresse perdura durante um tempo, e a fase de exaustão, quando acontece a baixa da

imunidade, e que pode ocasionar até a morte. Um dos exemplos que trago é o da lama de confinamento. Você consegue ver que por questões de lama, que seria o fator estressante, se tem animais com aumento de adrenal e diminuição do consumo de ração, no caso de confinamento”.


28 e 29 de julho | Produção de Carne de Qualidade José Luiz Moletta – Zootecnista e pesquisador do IAPAR (Estação Experimental de Ponta Grossa) “Pela dificuldade que temos, hoje, com a aplicabilidade do sistema de classificação e tipificação de carcaças na pecuária não só do Paraná, mas do Brasil como um todo, entendo que nas aulas temos primeiro de passar pelo processo de como produzimos uma carne de qualidade. Quais os fatores que interferem neste produto? Sabemos que o consumidor busca uma carne de qualidade. Só que, para que se possa entregar este tipo de produto, ou classificar e tipificar, primeiro temos de entender como se produz. O Sistema Brasil, que é o preconizado para classificação e avaliação de carcaça, já existe desde 1977, como proposta, e foi normatizado em 2004. No entanto, a dificuldade de imple-

mentação deste sistema é pelo número de variáveis adotadas. Hoje, há sistemas que têm focado em alguns pontos fundamentais, que seriam principalmente a idade de abate e o grau de acabamento desta carcaça. São dois pontos determinantes no resultado do produto. Claro: isso é do ponto de vista de avaliação e classificação do produto apresentado ao frigorífico. Mas para que o produtor consiga apresentar este produto, aí há fatores determinantes, que precisamos trabalhar com os produtores, com os técnicos. Um exemplo que uso como referência no Paraná, nos cursos que estou dando, é o da Cooperaliança, aqui de Guarapuava. Eles têm um sistema de classificação e de tipificação de carcaça,

baseado nestes critérios, e estão indo além: utilizando o novilho precoce, que é o topo da cadeia no Sistema Brasil. Acima deste que seria o top da pecuária moderna, estão trabalhando com o super precoce e o hiper precoce. Temos ainda de dar alguns passos para chegar a este nível. Mas acho que precisamos realmente dar estes passos”.

11 e 12 de agosto Comercialização da carne Luiz Fernando Brondani (coordenador estadual de pecuária de corte da Emater) “Esse módulo é bem diferente dos demais, porque não foi uma aula catedrática, a intenção foi mostrar as opções que, hoje, o pecuarista que faz carne com qualidade tem para ganhar dinheiro. No fundo, se você ensina a ele a fazer uma pecuária mais moderna com mais investimento e ele colocar essa carne na bica comum, ás vezes não é muito rentável. Então nós ensinamos a ele a produzir qualidade, a fazer a pecuária moderna, mas também vamos ensinar a ele se organizar e comercia-

lizar melhor. A primeira questão para isso, é que ele nunca deve trabalhar sozinho. Sempre deve estar inserido em um grupo de produtores, que pode ser em condomínio, consorcio ou uma cooperativa. Quando ele não está inserido em uma cooperativa e está em condomínio ou consorcio, ele tem a possibilidade de fazer um contrato com uma indústria e realizar uma escala de entrega anual. Quando o pecuarista produz o bezerro, ele deve fazer uma parceria entre produtores e achar uma

forma melhor de vender o animal. E a questão mais importante é que o pecuarista que produz carne deve produzir de janeiro a dezembro, não deve ser sazonal, porque se não ele não consegue entrar em mercado nenhum”.

Crédito Rural para pecuária Joseanne Arana (Banco do Brasil) “Apresentamos a introdução ao crédito rural, aos projetos, linha de créditos e como o técnico deve fazer um projeto passo a passo, desde o levantamento, diagnóstico e tentar atender as necessidade do cliente. Também foi

passado como realizar o cadastro que serve de base para todo o limite de crédito do cliente, que vai falar quanto que ele tem de custeio, investimento, comercialização.”

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Tratores antigos

5ª Traktor Fest No dia 31 de julho o Grupo T.A.E.R. (Tratores Antigos de Entre Rios) realizou a 5ª Traktor Fest em Guarapuava. O evento ocorreu na Colônia Samambaia e reuniu milhares de pessoas, que prestigiaram um saboroso churrasco, com animação

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da Banda Os Schilangueiros e o tradicional desfile de tratores antigos. A festa também teve caráter social, com arrecadação de alimentos para o Hospital Semmelweis. Confira algumas fotos do evento:



Chef Kids

Crianças fazem sucesso na cozinha

A

gastrônoma Leila Pires ofertou, no Sindicato Rural de Guarapuava, durante as férias escolares de julho, duas edições do Curso Chef Kids. As turmas tinham, em média, 20 crianças com idade entre 9 e 14 anos. Foram três dias temáticos: Mundo das Pizzas, Cupckes/Bolachas e Comida Mexicana. Leila conta que a demanda do curso surgiu das próprias mães, que procuram atividades diferentes durante as férias das crianças. Eduarda M. Ferreira, de 12 anos, filha da associada ao Sindicato Rural, Carolina Ribas Martins Ferreira, conta que quem pediu para ela fazer o curso foi sua avó, mas no final acabou gostando muito. “Adorei fazer as bolachas de doce de leite com chocolate. Adoro doce e vou fazer muito na minha casa”. Já Helena Ruy Stoeberl, de 12 anos, filha de Simone Ferraz Ruy Stoeberl, sócia ao Sindicato Rural, logo se interessou em fazer o curso assim que viu a divulgação. “Eu amo cozinhar. Quando vi essa oportunidade, achei que poderia aprender mais”, contou, destacando que o que mais gostou de fazer foram os cupcakes e bolachas, que ela nunca tinha feito em casa sozinha. Gabriela Zanin Crevelin tem 10 anos e foi ela que se interessou também pelo curso e pediu aos seus pais para fazer. “Eu gosto muito de cozinhar. Gostei de tudo que aprendi, mas achei mais legal fazer os cupcakes. Eu já tinha feito em casa, mas não sabia decorar. Agora já aprendi”. Daniel de Siqueira Porto, representando os meninos, mostrou que homens também podem e gostam de cozinhar. “Eu sempre achei legal cozinhar. Já sei fazer carne e arroz. Quando a minha mãe falou do curso, eu quis vir para aprender mais. Aqui no curso, gostei muito de fazer pizza. Vou querer fazer na minha casa para os meus pais”. Devido ao sucesso, Leila informa que há possibilidade de novas turmas aos sábados, o dia todo. Interessados devem entrar em contato pelo telefone (42) 9955-2653.

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TURMA 1

TURMA 2

Helena Ruy Stoeberl

Daniel de Siqueira Porto

Gabriela Zanin Crevelin

Leila Pires, chefe de cozinha e coordenadora do curso


Projeto Identidade Sindical 2016 Produtor rural, apresente a carteirinha* do Sindicato Rural e obtenha descontos nos locais abaixo: (*Se ainda não possui a carteirinha de sócio, compareça ao Sindicato Rural de Guarapuava ou nas Extensões de Base: Candói - Foz do Jordão e Cantagalo)

GUARAPUAVA BetoAgro AGRONEGÓCIOS

3% em toda linha de insumos agrícolas

3% na linha de produtos Forquímica

10% em serviços

3% sobre o preço de lista no ato da compra

Newdeal Agroscience

Descontos para sócios

Descontos em exames

Desconto de 3% na linha de produtos New Deal

5% em serviços ou equipamentos

Descontos diversos

Benefícios diversos

Descontos em todos os ramos de seguros

5% nas prestações de serviços

10% à vista ou parcelamento em 10 vezes s/ juros nos cartões

5% em medicina do trabalho, segurança do trabalho, consultorias, intermediação de consultas e exames médicos e 10% em exames de diagnóstico laboratorial (Torreforte Clin)

5% nas compras de produtos, lanches em geral, porções e bebidas

10% em todos os serviços prestados

10% na prestação de serviços

5% nas compras à vista

5% nas compras realizadas na loja

15% nos exames radiográficos

5% sobre valor final da negociação

3% para compras à vista

10% análise de solos e de tecido vegetal

Fluxo de caixa gratuito, atualizado mensalmente, tanto trabalhos fiscais quanto trabalhos decisoriais

CANDÓI

3% em produtos veterinários, ferramentas agrícolas e lubrificantes

10% na elaboração do CAR e 5% na execução de serviços de topografia

6% em materiais de construção, móveis e casa pronta

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Profissionais em destaque

Aniversariantes de Agosto Bio Soja: Frank Ratier e Mário Monferdini

João Francisco de Assis (INCRA) e Arnaldo Catapan (Sindicato Rural)

Guilherme Moraes (Dow Agrosciences)

Equipe Agropantanal Guarapuava, Candói e Bayer: Orlando Deschk Junior, Marcelo Gomes de Assis, Diego Caldas, Bruno Oliveira, Dante Rundbuchner, Vinicius Burko, Wesley Bucco, Jean Carlos, Marcelo Martins Pereira, Robson Ribeiro, Marcos Zanella, Felipe Vaz , Raphael Pupo, Anderson Luiz Taques, Cassiano Medeiros e Cleiton de Prá.

e Gabriel Saniele Roseira Helcio Luiz de os filh , Roseira ira se Ro Carneiro

Júnior Freitas, filho de Silmara Freitas

Daniel Lodewig Sueke, filho de Nelci Oliveira Lodewig e Leurici Almeida Sueke

lero com o Vitor Lucca da Silva Brande riel Thomé pai Claudemir e o amigo Gab

Comemoração dos aniversários de Cleide Breda (SENAR-PR) e Arnaldo Catapan Machado, do Departamento Financeiro.

Parabéns!

Ruan Brandeleiro, filho de Valmira Senhorim e Paulino Brandeleiro

Misael Lodewig, filho de Danieli Lodewig Sueke e Misael Kavass in

Estefani Ternouski, filha de Eliane e Estefano Ternouski Valentina Marques com a tia Marina Azevedo e a avó Adriane Araújo Azevedo

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A pequena Lara nos braços da avó Neusa Vie r

ail: ra o e-m a foto pa om.br .c va a Envie su u p g acao@sr comunic


Produtores em destaque Brucutú

Rodolpho Luiz Werneck Botelho, Ciro Davi Dellê e Francisco Dellê

Dari Araújo Filho, Astrid e cinco de seus oito netos na Fazenda Vale do Iguaçu. O carro foi feito a partir de uma árvore que secou com um raio. Brucutú é o nome dele!

SÓCIOS PILOTOS

Max Francisco Marcondes de Andrade, Josef Pfann Filho e Roberto Pfann.

Parabéns!

15 de julho - Aniversário do 2º vice-presidente do Sindicato Rural de Guarapuava, Anton Gora. Parabéns! Saúde e sucesso!!

A equipe CRK AGRICOLA RACING, liderada pelo empresário rural Cícero Rogério Kuntz, participou do Rally Transcatarina 2016 com dois Jipes, apoiados pela Inquima. Os tripulantes Leonardo Kuntz e Raul Ferreira Neto finalizaram em 10º lugar numa das etapas, enquanto os tripulantes Cícero Kuntz e Rosni Vesentin em 13º. A equipe de apoio foi formada por Jeferson Rezende e José Rezende Neto. A competição iniciou dia 27 de julho, em Fraiburgo e finalizou no dia 30 de julho, em Itajaí.

Novos Sócios Adriana do Rocio Passos de Lacerda Martins

Anelise Dalterman Buhali

Antônio Lopes dos Santos

Thaisa Rickli Ransolin

Vivaldino Ortolan

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Aniversariantes/2016

OUTUBRO

SETEMBRO

01/09 01/09 01/09 01/09 01/09 01/09 02/09 02/09 02/09 02/09 02/09 02/09 02/09 03/09 03/09 03/09 04/09 04/09 04/09 04/09 05/09 05/09 05/09

Ernst Michael Jungert Felix Wild Murilo Pereira Marcondes Rafael Mendes de Araujo Tadeu Zukovski Palinski Wilson José Pavoski Adriane T. Araujo Azevedo Alceu Cicero Kuntz Romulo Kluber Silvio Borazo Thiago Mayer Vanda Kaminski Walter Knaf Adelino Bridi Edilson Geraldo Mugnol Luiza Maria Soares Pacheco Alcides Rozanski Antonio Ferreira da Rocha Helcio Luiz Carneiro Roseira Leopoldo Bayer João Francisco de Lima Luis Henrique Virmond Roberto Motta Junior

01/10 Leonel Ribas 02/10 José Carlos Karpinski 02/10 José Pastal 03/10 Alcioly T. Gruber de Abreu 03/10 Alfeo Muzzolon 03/10 Andreia O. Mariotti Nunes 03/10 Geovani de Col Teixeira 03/10 Juarez José Simao 03/10 Marcelo de Araujo Fonseca 03/10 Núcleo de Produtores de Bezerros 03/10 Simone Ferraz Ruy Stoeberl 04/10 Edmar Udo Klein 04/10 Evelyne Leh Klein 04/10 Franciele G. Lacerda de Pieri 04/10 Hans Fassbinder 04/10 Lilian Cristiane Tambosetti 04/10 Elisson Luis Santos 04/10 Mario Cezar Bueno Danguy 04/10 Raul Milla 04/10 Thaisa Rickli Ransolim 05/10 João Carlos Nunes da Rocha 05/10 Konrad Gottel 05/10 Roberto Pfann 05/10 Sérgio Nobumasa Suzuki

05/09 06/09 06/09 06/09 06/09 06/09 06/09 06/09 07/09 07/09 08/09 09/09 09/09 09/09 10/09 11/09 11/09 12/09 12/09 14/09 14/09 15/09 15/09

05/10 06/10 06/10 06/10 07/10 07/10 07/10 08/10 09/10 09/10 09/10 10/10 10/10 11/10 11/10 11/10 12/10 12/10 12/10 13/10 13/10 14/10 14/10 14/10 14/10

Viviana Hyczy Kaminski Antonio Izaias Lustosa Dari Araujo Filho Gerald Steffan Leh Patrikk John Martins Paulo Sérgio Gomes De Assis Rolando Fassbinder Sérgio de Moraes Elke Marina Leh Basso Norbert Reichardt Sandra Tikamori Dorotea Stock Wild Gertrudes S. R. M. Marcondes José Carlos Trombini Ana Meri Naiverth Luiz Jose Royer Victor Hugo Martinazzo Bartus Marius Voorsluys Khristian Duhatschek Adriana L. Maingue Botelho Emilio Carlos Weyand Helmuth Duhatschek Juliano Ferreira Roseira

Valdir Deschk Antonio Vanderlei Bayer Marcio Duch Suzana Rickli Ewald Mullerleily Maria de Lourdes Keller Trajano Duarte Alves Felipe Dittert T. de M. Cruz Dalby Giovani Karkle Luiz Fernando Ribas Carli Osni Carlos Raulik Helmuth Zimmermann Robson Lopes de Araujo Aline Maria Schimim Mendes Laury Lopes Frites Roque Márcio Veviurka Cicero Rogério Kuntz Manfred Michael Majowski Sigrid Aparecida Wolfl Essert André Kultz Rita Maria Martins Andrade Carlos Boromeus Mitterer Harald Duhatschek Josué Martins de Oliveira Luciano Farinha Watzlawick

15/09 Leonardo Valente Hyczy Neto 15/09 Nery José Pacheco 16/09 Antonio Kramer Rocha 16/09 Luci Kholer Tomporovski 16/09 Roni Antonio Garcia da Silva 17/09 Sanir Karam Semaan 18/09 Nilceia Mabel K. S. Veigantes 19/09 Adam Egles 19/09 Fabio Luiz de Siqueira 19/09 José Krendenser 19/09 Magdalena Schlafner 19/09 Oscar José Rigoni 19/09 Osni Christiano Rigoni 19/09 Robert Weckl 20/09 Antonio Zuber Filho 20/09 Arnaldo Stock 20/09 Luiz Marcos Muzzolon 20/09 Waldemar Geteski 21/09 Ana Paula Ferreira Ransolin 21/09 Eva Ursula Milla 21/09 José Ubiratan de Oliveira 21/09 Leonel Macedo Ribas Filho 21/09 Ulisses Lustosa

14/10 15/10 15/10 16/10 16/10 17/10 17/10 17/10 17/10 18/10 18/10 19/10 19/10 19/10 20/10 20/10 20/10 21/10 21/10 22/10 22/10 22/10 22/10 22/10 22/10

Rudolf Abt Luiz Orlando Araujo Maria de Lourdes Tullio Ciro Geraldo Oliveira Araujo Valmor Bellatto Antonio Bayer Eduardo Gelinski Junior Gisele Remlinger Pedro Irineu Weber Daniel Primak Alves Regiane Ap. Cordeiro Lustosa Alfred Milla Jakob Weckl Maria Luzia Klots Gerster Ambrosio Antonio Antonio Carlos Kimak Arthur Pires de Almeida Claudio Ivatiuk Vinicius Virmond Kruger Ciro Antonio Brojan Clodoaldo Diniz Junior Denilson Fadel Elfriede Barbara Mayer Ercio Padilha Carneiro Joao Arthur Barboza Lima

Confira a agenda de eventos agropecuários: Encontro Nacional da Soja  3º Londrina(PR)

 Expoinel Uberaba (MG)

 Mercoagro Chapecó (SC)

 PorkExpo Foz do Iguaçu (PR)

8 e 9 de setembro Tel.: (43) 3378-2000 www.fealq.org.br

13 a 16 de setembro Tel. (49) 3321-2800 www.mercoagro.com.br

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15 a 25 de setembro Tel. (11) 3293-8900 www.nelore.org.br/expoinel

18 a 20 de outubro Tel. (19) 3305-2295 info@porkexpo.com.br www.porkexpo.com.br

22/09 22/09 22/09 23/09 24/09 25/09 25/09 25/09 25/09 27/09 28/09 28/09 28/09 28/09 29/09 29/09 30/09 30/09 30/09 30/09 30/09

22/10 23/10 23/10 24/10 25/10 25/10 26/10 26/10 26/10 26/10 26/10 27/10 27/10 27/10 28/10 29/10 30/10 31/10 31/10 31/10 31/10 31/10 31/10 31/10

Americo da Luz Ribeiro Nelson da Silva Virmond Roberto Kungel Junior Robert Duhatschek Andre Diedrich Herculano Jorge de Abreu Jose Hamilton Moss Neto Morel Pereira Keinert Rosangela Campello Blanc Manoel Toczek Elemar Perinazzo Euclides Ribeiro Turra João A. Fonseca de Brito Olinto José Pazinato Celso Denardi Valderico Miguel da Silva Adam Stemmer Alisson Martins Andrade Ervin Anton Stock Julio Cezar D. Giovani Bernardi Marcos Majowski

Rosalye Pfann Denardi Daniel Marcondes Canestraro Hildegard Victoria Reinhofer Marianne Milla Wolfl Alair Valtrin Lucindo Zanco Irene Weigand Scherer Marcos Antonio Thamm Rainer Mathias Leh Richard Wilfried Seitz Waltzer Donini Joao Maria Pereira Max Henrique Spitzner Sebastiao Nei Kuster Da Silva Cleis De Araujo Fonseca Augusto Kruger Filho Mario Luiz Marcondes Cordeiro Andre Yoiti Endo Arno Vier Daisy Virmond Jonathas Baggio P. Schineider Mauricio Mendes de Araujo Mauro Mendes de Araujo Thiago Tateiva

SET/OUT

2016

 Wintershow Entre Rios – Guarapuava (PR) 18 a 20 de Outubro Campos da Fapa (Agrária) Tel.: (42) 3625-8035 www.wintershow.com.br


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