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ISSN 1984-0004 Publicação bimestral do Sindicato Rural de Guarapuava Ano IX - Nº 58 Dez/2016-Jan/2017 Distribuição gratuita

Revista do Produtor Rural do Paraná

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Tradicionalismo

Rodeio do Piquete Cacique Candói: emoção e amizade

Canola: contraste de cenários no Brasil e PR

69 Conselho discute cenário da madeira

Ágide Meneguette conversa com lideranças rurais em Guarapuava

CULTURAS DE INVERNO

EXTENSÃO RURAL

84 76

Silvicultura

18

Encontro de Líderes e Empreendedores Rurais premia melhores projetos

FAEP

86

14

Empreendedor Rural

20

O agronegócio em 2016, um ano de superação

CONCURSO

90

50

Manchete

AGRICULTURA FAMILIAR

Emater realiza reunião de planejamento para 2017 Revista do Produtor Rural é premiada no Franz Jaster de Comunicação

Feira Regional fomenta comercialização de produtos de Guarapuava e região


Diretoria Presidente

1º Vice Presidente

2º Vice Presidente

1º Secretário

2º Secretário

1º Tesoureiro

2º Tesoureiro

Rodolpho Luiz Werneck Botelho

Josef Pfann Filho

Anton Gora

Gibran Thives Araújo

Cícero Passos de Lacerda

João Arthur Barbosa Lima

Jairo Luiz Ramos Neto

Conselho Fiscal Titulares:

Suplentes:

Lincoln Campello

Luiz Carlos Colferai

Alexandre Seitz

Carlos Eduardo dos Santos Luhm

Projeto gráfico

Redação/Fotografia Editora-Chefe

Jornalista

Anton Gottfried Egles

Roberto Eduardo Nascimento da Cunha

Nossa capa

Jornalista

Fazenda Sepultura - Candói Proprietário: Robson Schneider Manoel Godoy

Luciana de Queiroga Bren Reg. Prof. 4333

Roberto Niczay Arkétipo Agrocomunicação

Geyssica Reis

Colaborou nesta edição: Jornalista Lucas Mendes

Pré-distribuição

Distribuição Guarapuava, Candói e Cantagalo: Mundial Exprex

Distrito de Entre Rios:

Revista do Produtor Rural do Paraná

Extensão de Base Candói Rua XV de Novembro, 2687 Fone: (42) 3638-1721 Candói - PR Extensão de Base Cantagalo Rua Olavo Bilac, 59 - Sala 2 Fone: (42) 3636-1529 Cantagalo - PR Impressão: Midiograf - Gráfica e Editora Tiragem: 2.500 exemplares

André Zentner

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Endereço: Rua Afonso Botelho, 58 - Trianon CEP 85070-165 - Guarapuava - PR Fone/Fax: (42) 3623-1115 Email: comunicacao@srgpuava.com.br Site: www.srgpuava.com.br

Os artigos assinados não expressam, necessariamente, a opinião da REVISTA DO PRODUTOR RURAL ou da diretoria do Sindicato Rural de Guarapuava. É permitida a reprodução de matérias, desde que citada a fonte.


Editorial

COLHEMOS O QUE PLANTAMOS!

M

ais um ano se encerra e outro se aproxima. Momento propício para um balanço. Cada um de nós se pergunta: quanto pudemos avançar para alcançar os objetivos? Onde erramos? Onde acertamos? É a ocasião em que fazemos a nós mesmos aquela pergunta tão antiga quanto a humanidade: o que nos aguarda? Porém, no campo, mais do que em qualquer outro setor da economia, onde plantar e colher é mais do que um simbolismo – é a nossa rotina do dia a dia –, temos ainda mais motivos para considerar uma realidade: colhemos o que plantamos. A semente da determinação dos produtores tem feito o agronegócio crescer, com benefícios para todo o Brasil. Nesta linha, a REVISTA DO PRODUTOR RURAL traz em sua última edição de 2016, como matéria principal, um balanço do que foi o ano em diversos setores. Nossa equipe conversou com produtores ou empresários dos mais diferentes ramos da agropecuária: da hortifruticutura à produção de grãos, do gado de corte ao de leite, ovinos, sem esquecer a silvicultura. Com cada entrevistado, buscamos uma avaliação dos avanços e das dificuldades do ano (que não foram poucas), tentando inclusive antever quais poderão ser as tendências de cada setor. Um verdadeiro desafio, porque em vários segmentos, considerando a situação do país, é difícil antecipar o que os mercados poderão determinar. Entretanto, a leitura atenta da reportagem deixa claro: no agronegócio, a complexidade técnica, a incerteza de mercado, o clima, o desafio das conjunturas político-econômicas são o pano de fundo em que pesquisadores, produtores, cooperativas, instituições como o Sistema FAEP e agroindústrias somam todo um conhecimento, todo um potencial e muita, mas muita garra, fazendo de sua atividade um destaque na economia nacional.

Rodolpho Luiz Werneck Botelho Presidente do Sindicato Rural de Guarapuava

Exemplos, aliás, não faltam. Matéria sobre o encerramento do Projeto Empreendedor Rural, do Sistema FAEP, mostra que, da regional do SENAR-PR em Guarapuava, três projetos chegaram à final (Goioxim, Turvo e Pitanga). Outra iniciativa do SENAR-PR está entre os assuntos: um programa que traz cursos atualizados e específicos para a olericultura, com uma visão de gerenciamento e sustentabilidade. Uma matéria mostra também a Feira da Agroindústria Familiar de Guarapuava, que de novo colocou em destaque iniciativas de produtores da região. Mais um tema relevante em nossas páginas: o evento No Caminho da Soja passou de novo por Guarapuava, levantando uma série de questões fundamentais para o fortalecimento da cultura. Mostramos ainda desafios e possibilidades da canola como cultura de inverno. Outra matéria enfoca o Conselho Temático da Madeira. Abrimos ainda espaço para a corrida e a caminhada que encerraram a campanha Outubro Rosa em Guarapuava (o Sindicato Rural foi um dos apoiadores). Afinal, este é um assunto de mulheres e homens, no campo e na cidade, não só em outubro, mas o ano inteiro. Gostaríamos também de fazer alguns agradecimentos: na revista, a todos os anunciantes, produtores rurais e autoridades da agropecuária que nos cederam seu tempo em entrevistas; no âmbito do Sindicato Rural, a todos os colaboradores, à toda a diretoria, aos parceiros comerciais e institucionais. Vamos em frente! Lembremos: temos, sim, coragem, criatividade. Mais do que um puro e simples pessimismo, ou do que um otimismo sem fundamento, vale lembrar que uma coisa é certa: em 2017, estaremos diante de desafios antigos e novos e como sempre teremos de ser capazes de tomar as melhores decisões. Feliz Natal e Feliz Ano Novo a todos!

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ARTIGO Anton Gora Produtor rural, diretor da Federação da Agricultura do Estado do Paraná (FAEP), vice-presidente do Sindicato Rural de Guarapuava e presidente do Núcleo Regional dos Sindicatos Rurais do Centro-Sul do Paraná

TRIGO E CEVADA, UM ETERNO DRAMA.

E

stamos em plena colheita das culturas de trigo e cevada em nossa região. Quando esse artigo for publicado, a colheita já vai estar encerrada, mas o problema de sempre - preço - não! A comercialização dessas culturas de inverno estará apenas começando. Trigo, cevada e aveia são culturas essenciais para a nossa região. Não temos outra alternativa de inverno. Elas têm uma importância fundamental para a cobertura de solo e viabilização das culturas de verão. Foram feitas várias tentativas e programas para viabilizar essas culturas, mas nenhum conseguiu obter êxito pleno, por uma simples razão: falta de competitividade. Sempre foram nossos concorrentes desleais as importações da Europa, que subsidiava os preços, e da América do Sul, principalmente da Argentina, que tem vantagens competitivas naturais, impostos menores e os moinhos quando importam o trigo tem até um ano para pagar. O mesmo acontece com a cevada. Impossível concorrer. A pesquisa fez a sua parte: criou tecnologias. A produtividade bate recordes. O produtor plantou. Mas a comercialização não avançou. Podem-se escrever livros, não apenas um, sobre a história do trigo no Brasil, mas quero colocar apenas alguns fatos que hoje ainda são empecilho para essas culturas. Para viabilizar a cultura do trigo foi criado em 15 de dezembro de 1938 a CTRIN – Comissão de Compra do Trigo Nacional, através do Decreto Lei 955. Para a cevada foi criado em 1976 o PLANACEM - Programa Nacional de Auto-Suficiência em Cevada e Malte no Brasil. Os dois planos deram certos, estimularam as duas culturas, mas não foram suficientes. Isso porque os produtos agrícolas sempre entravam como moeda de troca nas negociações internacionais. A Europa comprava produtos primários, como minério de ferro, em troca da venda de trigo e cevada. A argentina comprava produtos industriais do Brasil, principalmente da linha branca, em troca da exportação de trigo e cevada. Nos anos 80, quando houve as negociações para a criação do MERCOSUL, tive a oportunidade de participar

como representante das cooperativas nas negociações. Na época, os argentinos chegaram a propor um programa que se chamava reconversão de áreas. Em resumo, o Brasil deveria abandonar as culturas de inverno em troca de exportação de produtos industriais e produtos agrícolas tropicais. O plano só não foi aprovado pela resistência das cooperativas e da CNA. O governo brasileiro era a favor, com o apoio da indústria. Foram negociações difíceis. Tinha que se lutar contra tudo e todos, mas felizmente conseguimos nos impor. Imaginem, hoje, o sul do Brasil sem essas culturas? Mas as coisas mudaram. Hoje, o agronegócio é o motor econômico do país: demonstrou a sua capacidade de produção e gestão. Desta forma, talvez tenha chegado novamente a hora de mostrarmos a nossa força diante da importância que conquistamos e assim, definitivamente, exigir do governo federal uma política agrícola de longo prazo para a agropecuária, principalmente para as culturas de inverno. Não exigimos nada a mais do governo, a não ser as mesmas condições de produção e comercialização. Incentivos para as desigualdades de solo e clima; financiamento da comercialização nos mesmos moldes do crédito de importação; agilidade no registro de defensivos agrícolas, equivalentes, aos produtos utilizados para a produção do trigo argentino; exigências ambientais do exportador iguais às do Brasil, que também têm o seu custo; além da equiparação de outras vantagens competitivas. As culturas de inverno têm solução. As soluções são políticas, pois a técnica já fez a sua parte. O ambiente é oportuno para as reivindicações políticas. Precisamos apenas nos unir novamente em volta das nossas entidades, para fazer o lobby político necessário, da mesma forma que foi feito na questão ambiental, posse da terra etc. Isso depende apenas de nós. Precisamos ir à luta ou então continuar com o drama das culturas de inverno e quem sabe, num futuro próximo, inviabilizar as culturas de verão. Somos capazes, podemos conseguir!

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Indutor de resistência

Consistência de resultados no uso de DP98 associado aos fungicidas no manejo da ferrugem asiática da soja Heraldo Feksa Pesquisador de Fitopalogia da FAPA Fundação Agrária de Pesquisa Agropecuária

D

iversos fatores podem influenciar na produção das culturas, dentre eles as doenças, causadas por diversos patógenos. Na cultura da soja, dentre as principais doenças, destacam-se o oídio, a ferrugem asiática, doenças de final de ciclo, etc. A ferrugem asiática é a que vem ocasionando maiores prejuízos. Desde a sua primeira identificação no Brasil, em 2001, já foram constatadas perdas de até 80% na produtividades em lavouras com alta severidade da doença e não manejadas corretamente (Yorinori et al., 2004).

O uso frequente de fungicidas, além de aumentar os custos, ainda pode selecionar raças do patógeno resistentes, quando utilizado de forma inadequada, dificultando ainda mais o manejo da doença. Uma forma alternativa ao manejo das doenças que vem sendo bastante discutida como prática de controle seria a indução de resistência, a qual envolve a ativação de mecanismos de defesa latentes existentes nas plantas em resposta ao tratamento com agentes biológicos ou abióticos (Cavalcanti et al., 2005). Os agentes indutores capazes de ativar ou induzir qualquer resposta de resistência nas plantas são chamados de elicitores (Smith, 1996), podendo apresentar natureza química variada, como oligossacarídeos, glicoproteínas, oligopeptídeos ou ácidos graxos, o que demonstra a não existência de característica estrutural única na determinação da atividade eliticora (Stangarlin et al., 1999). Sendo assim, o objetivo dos trabalhos realizados nas duas últimas safras foi avaliar o uso dos indutores como estratégia no combate da ferrugem asiática da soja.

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Ambos os experimentos foram instalados na estação experimental da FAPA – Fundação Agrária de Pesquisa Agropecuária, localizada em Entre Rios, Colônia Vitória, distrito de Guarapuava-PR. No primeiro experimento, (Safra 14/15), utilizou-se a cultivar SYN 1158 RR, semeada no dia 20 de novembro de 2014. No segundo experimento, (Safra 15/16), utilizou-se a cultivar NS 6209 RR, as aplicações foram realizadas nos estádios R2, R3, R5.1, R5.5 e R6. Tabela 1. Descrição de tratamentos utilizados no ensaio – Safra 2014/15 Safra 2014/2015

Safra 2015/2016

1. Testemunha absoluta

1. Testemunha absoluta

2. DP98 + Fungicida padrão 1

2. DP98 + Fungicida padrão 1

3. Fungicida padrão 1

3. Fungicida padrão 1 4. Fungicida padrão 2

OBS: Fungicida padrão 1: TRIFLOXISTROBINA + PROTIOCONAZOL + Óleo Vegetal Fungicida padrão 2: AZOXISTROBINA + CIPROCONAZOL + Óleo Mineral

Tabela 2. Severidade de Ferrugem Asiática Safra 2014/2015

Safra 2015/2016

AACPD

Eficiência do Produto (%)

1323,8 a

-

2. DP98 + fungicida padrão 1

22,8 d

98,3

3. Fungicida Padrão 1

75,4 c

94,3

Tratamentos 1. Testemunha

AACPD

Eficiência do Produto (%)

1452,8 a

-

2. DP98 + fungicida padrão 1

165,8 e

88,6

3. Fungicida Padrão 1

194,6 d

86,6

4. Fungicida Padrão 2

277,9 c

80,9

Tratamentos 1. Testemunha

OBS: Fungicida padrão 1: TRIFLOXISTROBINA + PROTIOCONAZOL + Óleo Vegetal Fungicida padrão 2: AZOXISTROBINA + CIPROCONAZOL + Óleo Mineral AACPD: Área Abaixo da Curva do Progresso da Doença


TABELA 3. RENDIMENTO E INCREMENTO NA PRODUÇÃO NA CULTURA DE SOJA APÓS A APLICAÇÃO DOS PRODUTOS Safra 2014/2015 Tratamentos

Rendimento (kg/ha)

Safra 2015/2016

Incremento na Produção (%)

Tratamentos

Rendimento (kg/ha)

Incremento na Produção (%)

1. Testemunha absoluta

2214,3 c

-

1. Testemunha absoluta

3054,5 c

-

2. DP98 + fungicida padrão 1

4646,0 a

52,1

2. DP98 + fungicida padrão 1

4422,5 a

99,7

3. Fungicida Padrão 1

4148,5 b

35,8

3. Fungicida Padrão 1

4151,5 ab

87,5

4. Fungicida Padrão 2

3866,8 b

74,6

CONCLUSÃO: De acordo com os dados obtidos em ambos os experimentos em diferentes safras (14/15 e 15/16), fica evidente que o uso de DP98 associado ao fungicida proporciona menor severidade da ferrugem asiática, e maiores rendimentos na lavoura.

OBS: Fungicida padrão 1: TRIFLOXISTROBINA + PROTIOCONAZOL + Óleo Vegetal Fungicida padrão 2: AZOXISTROBINA + CIPROCONAZOL + Óleo Mineral

O segundo experimento também foi instalado na estação experimental da FAPA - Fundação Agrária de Pesquisa Agropecuária, localizada em Entre Rios, Colônia Vitória, distrito de Guarapuava-PR. Utilizou-se a cultivar de soja NS 6209 RR, safra 2015/16. Foram realizadas cinco aplicações, nos estágios R2, R3, R5.1, R5.5 e R6.

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Nutrição de plantas

Stoller promove palestra sobre biorreguladores

P

alestra promovida pela Stoller para profissionais de assistência técnica em agricultura, no dia 16 de novembro, no Sindicato Rural de Guarapuava, abordou um tema que une fisiologia e produtividade na cultura da soja: os efeitos dos biorreguladores. Agrônomo, mestre em fitotecnia, doutor em solos e nutrição de plantas, professor da ESALQ/USP e membro do Comitê Estratégico Soja Brasil–CESB (órgão que desde 2008 realiza o concurso nacional Desafio de Máxima Produtividade), Antônio Luiz Fancelli, em sua apresentação intitulada “Inovações Tecnológicas e Produtividade”, apontou técnicas que contribuem para que a lavoura de soja possa expressar seu potencial – de um plantio direto correto a um manejo nutricional que considere as exigências da planta em seus vários estádios fenológicos. Como ponto principal,

Fancelli detalhou a função de hormônios, biorreguladores e micronutrientes na cultura. À REVISTA DO PRODUTOR RURAL, ele ressaltou que o primeiro passo para o produtor que cogita usar aquele recurso tecnológico é um diagnóstico da lavoura, para verificar se é necessário. Uma assistência técnica capacitada, apontou, “é extremamente importante”. Em caso positivo, recordou ser preciso considerar os efeitos de cada hormônio e os momentos indicados de aplicação. “Quando se trabalha com biorreguladores, hormônios, bioestimulantes, é extremamente importante a aplicação no estádio fenológico exato da cultura, para que a planta possa entender a mensagem que aquelas substâncias estão lhe transmitindo, desencadear determinados processos metabólicos e mudar sua condição orgânica”, explicou. Diante destes

Realizado no Sindicato Rural de Guarapuava, palestra foi dirigida a profissionais de assistência técnica em agricultura

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Fancelli: doutor em solos e nutrição de plantas, professor da ESALQ/USP e membro do Comitê Estratégico Soja Brasil–CESB

sinais, acrescentou, a planta passa então a produzir substâncias que a ajudam na sua defesa, na atividade fotossintética ou ainda na estruturação. Entre os hormônios que desempenham papel relevante, mencionou Fancelli, estão os que integram o conjunto das citocininas: “Várias substâncias desse grupo são importantes para o desenvolvimento inicial do sistema radicular e para a estruturação da planta em sua fase inicial, promovendo o aumento do número de nós – que estaria relacionado com o potencial produtivo”. O professor lembrou ainda que as citocininas “são fundamentais para a redução da síntese de etileno”, outro hormônio que, “em condições de estresse, vai proporcionar muitas vezes queda de flor, de vagens e folhas velhas”. Ainda de acordo com ele, “produtos adequados em momentos adequados podem fazer com que a planta entenda melhor os sinais que o ambiente está a ela transmitindo, se adaptar melhor a essa condição e manifestar o seu potencial produtivo”. Já as fases para a utilização da tecnologia são, segundo disse, bem definidas, correspondendo a estádios fenológicos: “Os momentos seriam no tratamento de sementes, por ocasião da emissão da quinta e sexta folhas, quando a planta tem o seu crescimento mais acentuado – isso promove o engalhamento –, no pleno florescimento, para aumentar a fixação das estruturas reprodutivas, e no enchimento de grãos”, concluiu.


Informática

Advantage: assistência técnica rápida e eficiente

E

m um mundo cada vez mais globalizado, as empresas devem valorizar e saber utilizar da forma correta tudo que a informática tem a oferecer para o crescimento das organizações. “No atual cenário de um mercado cada vez mais competitivo, a correta utilização de recursos tecnológicos deixa de ser um diferencial e se torna uma premissa”, afirma Allan Patrick Ksiaskiewcz, consultor técnico da Advantage Informática. Por isso, uma assistência técnica adequada pode fazer muita diferença para uma empresa em vários quesitos, com destaque para o armazenamento e a segurança de dados. Quando se trata de assistência técnica de qualidade, a Advantage Informática faz seu papel. O diferencial é que a empresa oferece aos seus clientes uma assistência ágil, segura e adequando o serviço às necessidades do perfil de cada empresa. “Não nos preocupamos apenas em resolver o problema, mas sim a causa, de maneira que agregue valor ao cliente, reduzindo o processo e gerando maior previsibilidade de seus negócios. A exemplo, o controle de acesso à Internet, diminuindo a perda de produtividade e de soluções de backup, que possibilitam o retorno das informações devido a qualquer tipo de problema”, observa Ksiaskiewcz.

Alex Trindade Barbosa, Allan Patrick Ksiaskiewcz e Julian Henrique Ksiaskiewcz Desde 2003 no mercado, a empresa continua crescendo de maneira sólida, absorvendo as tecnologias emergentes. Atualmente, presta serviços de suporte e consultoria especializada, com serviços na área de segurança dos dados da empresa, que envolve bloqueio à Internet, proteção contra hackers, soluções antivírus, soluções de backup, monitoramento de servidores, dentre outros, com foco no segmento empresarial e governo.

A Advantage disponibiliza aos seus clientes uma interação diferenciada. “Nosso atendimento é baseado numa central única de atendimento, via web, que nos permite interagir com o cliente de maneira que ambos tenham controle das suas solicitações. Isso garante que nenhuma solicitação seja perdida ou esquecida. É possível também acompanhar tempo de resposta e grau de satisfação. Dentro deste sistema, as interações ficam armazenadas e disponíveis para consulta posterior”. Revista do Produtor Rural do Paraná

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Serviços da Advantage Informática: Antivírus BitDefender

Soluções em Backup

Vários programas que permitem uma diversidade de combinações com desempenho e as melhores taxas de detecção a partir de console centralizado de administração, seja via Cloud ou On-Premisse.

A Advantage trabalha com o Acronis Backup e Recovery, que é um poderoso gerenciamento centralizado de backups com painel dinâmico desenvolvido para reduzir a indisponibilidade de sistemas.

Soluções Corporativas e Governo O serviço inclui soluções em interligação de empresas via VPN; restrições de acesso à internet – proxy; chat interno; servidor de páginas e e-mails; e soluções antivírus.

Soluções em Segurança As soluções de segurança fornecem filtros e camadas que ficam entre sua rede interna e a Internet, minimizando a possibilidade de invasão de rede e uso inadequado de seus recursos e sistemas internos.

Clientes elogiam serviços: Cooperativa Agropecuária Mista Guarapuava (Coamig) Odair José Brunelli – assistente financeiro “Há mais de quatro anos a Advantage atende a cooperativa. Conhecemos a equipe por meio de uma indicação e a princípio eles nos atendiam esporadicamente, mas depois, como o serviço foi aprovado, firmamos um contrato. Atualmente, eles prestam uma consultoria fixa. A equipe é muito prestativa e todos que nos atendem demonstram bastante conhecimento na área. Tudo o que precisamos, eles tem a solução, a nível de servidor, rede e na informática em geral. Além disso, o atendimento por meio das chamadas da central única facilita e torna mais ágil o atendimento”.

Seven Mitsubishi Cristiane do Nascimento Oster - auxiliar contábil e Aline Katchorouski - recepcionista O atendimento da Advantage na Seven é realizado há seis anos. A empresa nos atende no suporte à informática em geral, na parte de sistema e rede de Internet. Nunca tivemos problemas com perda de dados, por exemplo, porque eles sempre estão nos precavendo. Na área de backup, que não tínhamos, eles sugeriram para nós, assim como com relação à antivírus. Eles sempre estão atentos aos riscos. O serviço é rápido e ágil. Fazer as chamadas por meio da central facilita muito para toda a equipe e agiliza nosso dia a dia através do atendimento remoto”.

Zico Motosserras Thiago Vieira de Mello - diretor comercial A Zico Motosserras é atendida pela Advantage Informática há aproximadamente seis anos. Eles fazem o suporte e a assistência técnica na parte de rede e servidores. Inclusive foram eles que fizeram a montagem. Na parte de segurança também, com antivírus. A comunicação, hoje, com as filiais é via VPN. Os vendedores externos se conectam também via VPN e contamos sempre com o suporte deles. Anteriormente, a gente mesmo executava algumas coisas do sistema, mas tínhamos alguns problemas. Quando eles começaram a prestar assistência foram resolvidos os problemas e muita coisa melhorou. Raramente temos falhas e quando precisamos, abrimos o chamado e é resolvido tudo muito rápido, via remoto ou presencial. Por isso, não temos do que reclamar do atendimento da Advantage”.

Agroplan João Batista – contador A Advantage nos atende há aproximadamente um ano. O serviço deles está dentro do padrão e nesse pouco tempo a equipe nos deixou a contento. Com o início dessa consultoria, nós modernizamos o sistema, equipamentos e servidores, melhorando a agilidade e facilidade do nosso trabalho. Sempre que precisamos de assistência, o atendimento é muito rápido ou se temos alguma dúvida, eles estão sempre à disposição. Isso faz toda a diferença”.

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Empreendedor Rural

ENCONTRO DE LÍDERES E EMPREENDEDORES RURAIS PREMIA MELHORES PROJETOS

O

Assessoria Sistema Faep/Senar

Programa Empreendedor Rural (PER) 2016 revelou os melhores projetos no dia 2 de dezembro, durante o Encontro de Líderes e Empreendedores Rurais, realizado na Expotrade Pinhais, em Curitiba. Mais de 5 mil pessoas estiveram presentes ao evento, que além da premiação do PER, contou também com a palestra do engenheiro agrônomo e mestre em sociologia rural Zander Navarro, depoimentos de autoridades, premiação das Olímpiadas Rurais e apresentações artísticas. Durante a abertura do encontro, Ágide Meneguette, presidente do Sistema Faep/Senar, refletiu sobre o atual momento econômico e politico do país, destacando a importância do produtor rural neste contexto. “O que o país mais precisa, é o que vocês sabem fazer de melhor: trabalhar, produzir. Mais do que nunca, o Brasil precisa de gente consciente, que trabalhe, que gere riquezas, que aja para arrancar nosso país do fundo do pântano em que nos colocaram, os que agiram com incompetência e desonestidade. O Sistema Faep/Senar-PR trabalha neste sentido e faz o que pode para tornar a vida dos produtores rurais e suas famílias a mais digna e rentável possível”.

CONFIRA OS GANHADORES DO PER: Mais renda, por favor Autora: Carolina Ferreira Porto Município: Maringá Otimização da produção de alimentos através do investimento em um sistema móvel de irrigação e benfeitorias Autor: Hezion Eduardo Naiverth Município: Paula Freitas Investimento em benfeitorias da leiteira visando o bem-estar animal e qualidade de vida da família Autor: Gustavo Freyhardt Município: União da Vitória

OLÍMPIADAS RURAIS Os três ganhadores da Olimpíada de Matemática foram Alisson Cesar Grocholski, Júlio Valéria Tamm Mendes de Morais e Laura Massuda Crema. Na Olimpíada de Português, os premiados foram Aline Frontella, Diego Alex Pedroso e Igor Mateus Mariano Dutra. Todos ganharam tablets. Ganhadores do PER 2016

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REGIONAL SENAR GUARAPUAVA Onze ônibus saíram no dia 1º de dezembro de cidades pertencentes à regional do Senar – Guarapuava rumo à Curitiba para participarem do evento. Entre eles, estavam caravanas de Guarapuava, Candói e Cantagalo, municípios atendidos pelo Sindicato Rural de Guarapuava. Três trabalhos, dos dez selecionados para a final do Empreendedor Rural, pertenciam à esta regional. Os projetos eram dos municípios de Goioxim, Pitanga e Turvo. Eram eles, respectivamente: Barracão para implantação do Sistema Compost Barn, de Aldino Albino Iargas e Esiquel de Fátima Tascher (Instrutor Luiz Augusto Burei); Análise do complexo produtivo da empresa rural Sítio Santo Antônio, visando sua estruturação e aplicação de um programa de gestão de custos por atividade e maximização de estrutura leiteira, de Ana Paula Costa Schimitt (Instrutora Francieli Grings); e Projeto de Otimização no rebanho leiteiro para posterior engorda de bezerros holandeses, de Cimone Giacomin e Marta Giacomin (Instrutor Josias Schulze). Ainda da regional, a aluna do Programa Jovem Agricultor Aprendiz (JAA) do Colégio Estadual do Campo da Palmeirinha, Eduarda Gralaki, foi selecionada para a final do Concurso Olímpiada Rural na modalidade Português. A instrutora do JAA na Palmeirinha foi Francieli Grings.

Selecionados da regional Senar/Guarapuava para final do PER juntamente com os instrutores, o supervisor do Senar Ademir Aparecido Grosse e o presidente do Sindicato Rural de Guarapuava, Rodolpho L. Werneck Botelho

PALESTRA

CARAVANA CANDÓI

CARAVANAS CANTAGALO E GUARANIAÇU

CARAVANA GUARAPUAVA

No encontro, ainda na parte da manhã, Zander Navarro, engenheiro agrônomo, mestre em sociologia rural e pós-doutor em ciência política, debateu sobre o tema “A situação atual e o futuro próximo da agricultura e das regiões rurais do Brasil”. Navarro destacou que hoje, o Brasil passa por uma nova fase na sua agricultura. Ele ressaltou que os índices de produtividade estão bem maiores do que há alguns anos e que o país tem a potencialidade para se tornar o maior produtor de alimentos do mundo. Comentou também sobre questões ambientais e disse que o Brasil já evoluiu muito nesse quesito, apesar dos comentários, algumas vezes, desfavoráveis. “A modernização da agricultura e pecuária no Brasil fizeram com que fossem poupados recursos, como água e solo. Há o que melhorar, mas já estamos bastante avançados”. O palestrante ainda discutiu a questão do esvaziamento do campo como uma preocupação. “As famílias estão diminuindo e assim, a força de trabalho também está reduzindo. As mulheres estão deixando o campo com maior proporção e assim o meio rural está cada vez mais velho e masculinizado. Com isso, a formação de novas famílias rurais fica mais difícil”. Navarro vê a questão do abandono do campo pelo Governo Federal, como um item que dificulta também a produção no meio rural. “Para se ter um ideia, em 1987 era destinado 11,95% do orçamento federal para ‘funções’ rurais, incluindo o crédito rural. Este número veio caindo ano a ano e em 2015, foram destinados apenas 0,88%”. Entre outros assuntos, o engenheiro agrônomo comentou sobre a inviabilidade da reforma agrária, questões sociais que refletem no agronegócio e outros desafios que a agricultura vem enfrentando e pode enfrentar futuramente. Revista do Produtor Rural do Paraná

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Empresas

Caravana da Produtividade Merial: tecnologia para eficiência na pecuária

G

uarapuava recebeu, no último dia 25 de outubro, um evento nacional que uma parceria de empresas promoveu para difundir as tecnologias para a pecuária: a Caravana da Produtividade. Idealizada e lançada ano passado pela Merial, a iniciativa, já em sua segunda edição, que começou dia 12 de setembro em Indaiatuba (SP), ganhou parceiros como Simcro, Dow AgroSciences-Linha Pastagem, DSM-Tortuga, Volkswagen e Conexão JBS, passando a acontecer junto com o Rally da Pecuária, a maior expedição privada do Brasil com foco na bovinocultura. Neste ano, com cinco equipes, cada uma percorrendo uma região, o rally totaliza 17 dos 27 estados brasileiros. Em nível local, a Caravana da Produtividade Merial teve lugar no Sindicato Rural de Guarapuava, reunindo produtores que se dedicam à criação comercial de animais, em especial à bovinocultura. A programação trouxe palestras e a troca de ideias em torno de questões técnicas e comerciais da atividade. Presente ao evento, o Coordenador de Demanda da Merial para os territórios oeste e central do Paraná, César Santucci Filho, destacou que a Caravana veio para trazer tecnologias que permitam intensificar a produção e,

assim, aumentar a produtividade. A razão, apontou, é que atualmente vários fatores de produção, como o custo da terra, representam investimentos elevados, o que obriga o pecuarista a buscar maior eficiência. Para a empresa, explicou, maior produção em uma mesma área passa, não pelo puro e simples aumento do plantel, mas por tecnologias que permitam a melhoria da eficiência: “50% de todo o abate de animais, do Brasil, está na mão de 20% dos pecuaristas. E não são grandes áreas. São realmente pecuaristas que intensificaram sua produção, tecnificaram, e estão colhendo os frutos hoje”. Mas para alcançar aquele objetivo, indicou, a Merial acredita que a sanidade do rebanho é fundamental – e, neste quesito, a linha de trabalho é atuar com vacinas e vermífugos de alta qualidade. “A sanidade é o menor custo de uma propriedade rural. Se pensamos numa vacina de raiva: hoje, tem um custo próximo de R$ 0,35 a R$ 0,40 por animal”, lembrou, observando que economizar num item importante pode acabar custando caro. Ainda segundo Santucci Filho, a Merial também oferece ao pecuarista um programa sanitário amplo para o rebanho, englobando a prevenção a vermi-

César Santucci Filho

nose, carrapato, bernes, moscas, aftosa e carbúnculo, com investimento em torno de R$ 15,90, por ano, por animal. Além de palestras, complementou, em cada escala a Caravana se divide em duas equipes para buscar contato com pecuaristas: uma conversa com produtores em uma empresa parceira local, enquanto outra sai a campo, no Rally da Pecuária: “São 600 pecuaristas visitados por caravana, em cinco caravanas. Com todos esses dados, vamos ter como avaliar tanto a questão macro, de pastagem, de tecnologia, como também a de arroba por hectare e intensificação da produção. Poderemos comparar as regiões”. Em Guarapuava, finalizou Santucci Filho, o parceiro local foi a agrorevenda Galpão do Boiadeiro.

ROTEIRO

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FAEP

Ágide Meneguette conversa com lideranças rurais em Guarapuava

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presidente do Sistema FAEP/SENAR-PR, Ágide Meneguette, e o diretor secretário, Livaldo Gemin, acompanhados de técnicos da FAEP, percorreram o interior do Paraná, entre 7 e 11 de novembro, para apresentar, em reuniões de núcleos regionais de sindicatos rurais, o andamento de pautas de trabalho da entidade, ações de 2016 e conquistas em prol dos interesses dos produtores rurais. No giro, que somou 1,7 mil quilômetro, abrangendo Guarapuava, Ponta Grossa, Francisco Beltrão, Cascavel, Umuarama, Paranavaí, Ibiporã e Ivaiporã, a comitiva conversou com 450 lideranças sindicais rurais. Na primeira etapa, em Guarapuava, dia 7 de novembro, os representantes da FAEP estiveram no encontro do Núcleo Centro, que reuniu dirigentes dos sindicatos membros (Guarapuava, Turvo e Pinhão), além de Laranjeiras do Sul, representantes de cooperativas e produtores rurais. Na presença do presidente do Sindicato Rural de Guarapuava, Rodolpho Luiz Werneck Botelho, o vice presidente do sindicato e presidente do núcleo, Anton Gora, abriu a reunião saudando os presentes e destacando a visita do presidente do Sistema FAEP à entidade. Ágide Meneguette relatou várias das ações que a FAEP vem realizando para que sejam atendidas reivindicações do setor rural. A engenheira-agrônoma do Departamento Técnico-Econômico (DTE) da FAEP, Carla Beck, apresentou a atual situação de questões ambientais importantes para segmento, como o Cadastro Ambiental

Em novembro, presidente do Sistema FAEP, Ágide Meneguette apresentou balanço das ações de 2016 a vários sindicatos rurais Rural (CAR), o Programa de Regularização Ambiental (PRA), os registros de imóveis, orientações sobre notificações ambientais e o Programa Integrado de Conservação de Solo e Água do Paraná. Meneguette comentou o diálogo direto com lideranças e produtores no interior do Estado: “As reuniões foram organizadas para levarmos as informações em primeira mão aos nossos associados. Uma ótima

Agrônoma Carla Beck: atualização de questões ambientais, como o CAR e o PRA

Diretores de Sindicatos Rurais da região com técnicos e presidente da FAEP

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Reunião em Guarapuava: ao todo, comitiva da FAEP conversou com cerca de 450 lideranças rurais no Estado

oportunidade para mostrar o andamento das coisas e para o produtor ficar informado sobre assuntos de interesse geral, como as questões ambientais”. Em entrevista à REVISTA DO PRODUTOR RURAL, ele completou que, com o giro, a federação encerrava atividades importantes de 2016, como o Agrinho (24 de outubro) e o Empreendedor Rural (2 de dezembro). Meneguette destacou que a federação também busca levar informações de mercado aos produtores, apoiando iniciativas como o evento “Perspectivas da Economia Brasileira”, uma série de palestras do ex-presidente do Banco Central, Gustavo Loyola, realizada em várias cidades paranaenses (a primeira, naquela noite, em Guarapuava, levou cerca de 1 mil pessoas ao Pahy Centro de Eventos). “Temos procurado dar conhecimento ao nosso produtor, para que ele tome as melhores decisões quando for o momento”, observou o presidente do Sistema FAEP. Com informações da FAEP

Pres. do Núcleo Centro, Anton Gora; pres. do Sistema FAEP, Ágide Meneguette; e pres. do Sindicato Rural de Guarapuava, Rodolpho Botelho

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Culturas de inverno

No centro-sul do PR, canola é uma das opções de cultura de inverno

CANOLA: CONTRASTE ENTRE CENÁRIOS NO BRASIL E NO PR

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iante de cotações pouco empolgantes para o trigo, cujo preço caiu abaixo do mínimo, houve produtor no Paraná que buscou, para o inverno deste ano, alguma outra alternativa de cultura comercial. No centro-sul do Estado, onde o clima frio impossibilita a safrinha de milho para os meses frios, a REVISTA DO PRODUTOR RURAL encontrou, em Pinhão, um tradicional triticultor que decidiu pela primeira vez dividir o espaço de suas costumeiras lavouras de inverno com uma cultura nova para ele. Manfred Spieler ainda manteve espaço para o trigo, mas acrescentou a canola na propriedade. De acordo com o produtor, após os prejuízos na triticultura, em 2015, avaliou que a área neste ano teria um custo alto demais para tornar a correr o risco de um novo revés. Trocando ideia com sua assistência técnica, partiu para implantar a nova alternativa em nada menos do que 120 hectares.

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Em entrevista dia 7 de novembro, quando sua colheita de canola já havia terminado, ele contou como foi trabalhar com uma oleaginosa que tem suas especificidades – de uma semente de tamanho reduzido à sensibilidade às geadas. Entre os desafios, o produtor enumerou a correta regulagem de máquinas no plantio, as sucessivas geadas de junho que atingiram a lavoura, trazendo prejuízo no balanço final, e a colheita, que começou com cargas de umidade elevada. Entre os pontos que, a seu ver, parecem promissores, mencionou um custo por hectare menor do que o do trigo, uma boa produtividade em áreas não atingidas pela geada e um preço de comercialização próximo ao da soja. Conforme detalhou, seu plantio de canola teve início em maio. Escalonado. Nesta fase, a dificuldade, comentou, foi regular os equipamentos para uma semente que “parece alpiste” – “Levamos quase uns 10 dias para plantar toda a área”, assinalou.

Em junho, veio um período de dias seguidos com temperatura próxima a zero grau, com o gelo recobrindo os campos. A canola atingida rebrotou, mas ficaram falhas no estande. Resultado: na colheita, em outubro, enquanto uma parte da lavoura estava já madura, outra ainda permanecia verde. Após dessecação, o produtor utilizou para colher a mesma máquina com que trabalha na soja. Outro aprendizado: “Você tem que ter paciência. As primeiras cargas ficaram com 20 e poucos porcento de umidade”, admitiu, ponderando que outra área, colhida depois, apresentou 11%. “Neste caso, o rendimento da máquina é bem outro”, afirmou. “Cometemos erros. Mas para o ano que vem pelo menos já temos uma noção sobre como que se poderia realizar melhor a colheita para essa cultura”, antevê. A produtividade média final, em sua análise, situou-se em torno de 1.200 kg/ ha. Partes não afetadas da lavoura, no en-


Spieler (Pinhão): em 2016, primeira lavoura de canola sofreu com geada; mas para 2017, plano é expandir área tanto, renderam entre 2.000 e 2.100 kg/ha, patamar que vê como sinal de que a cultura pode ser uma boa opção no inverno. O custo de produção, calculou, alcançou R$ 1.600/ ha, em torno de metade do investimento que disse ter feito para o trigo. Ele também considerou o manejo mais fácil. Por outro lado, nesta primeira safra de canola, contabilizou prejuízo – atribuído ao clima. A comercialização, no entanto, segundo opinou,

pesa para o lado positivo, com a cotação do produto girando hoje em torno dos valores pagos à soja. Nesse quadro, Spieler antecipou: em 2017, a canola não só estará de volta entre as suas culturas de inverno, mas também deverá praticamente dobrar de área. “Estamos pensando em plantar 220 hectares”, revelou. Mas pontuou que, ao contrário de muitos produtores, na rotação inverno-verão, sua

ideia não é a sucessão canola/milho, mas canola/feijão – cultura em que ele e a esposa Sueli já acumulam experiência de 10 anos na região central do Paraná e que passaram a produzir também em Pinhão. Com o feijão já implantado sobre área de canola, o produtor diz que agora é esperar para ver como a lavoura vai se comportar. Na outra ponta da cadeia produtiva, numa empresa de Candói que fomenta e

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A produtividade variou entre 90 e 40 sacas por alqueire” Sebastião Hollandini, gerente comercial de indústria de canola em Candói

Hollandini (Candói): liquidez é atrativo da cultura industrializa a canola em várias regiões do Paraná, para produção de óleo e farelo, o diretor comercial Sebastião Hollandini encerrou a safra com um balanço positivo. Em entrevista no dia 24 de novembro, ele disse que o inverno deste ano, com frio prolongado, trouxe de início preocupação,

mas avaliou que o resultado de modo geral foi “muito bom”. A produtividade, prosseguiu, oscilou entre 90 e 40 sacas por alqueire. Referindo-se aos riscos do clima, lembrou que a canola tem zoneamento agrícola, o que permite a contratação de seguro: “O produtor jamais vai perder toda

Canola: safra aumenta 36% no Brasil e cai 18% no PR De acordo com o Levantamento de Safras da CONAB (edição Novembro de 2016), a safra de canola de 2016 deve registrar uma significativa expansão. Na área plantada, os 47,5 mil hectares representam aumento de 7%. Na produtividade, a expectativa é de incremento de quase 30%. Com isso, a produção estimada é de 75 mil toneladas – elevação de 36,6% em relação à safra anterior. No Paraná, a cultura teve, em 2016, uma área de 6,3 mil hectares, o que significou queda de 20,2% em relação à safra passada, quando esteve presente em 7,9 mil hectares. Ainda de acordo com a CONAB, em novembro, no momento de lançamento do levantamento (os dados são divulgados sempre no início de cada mês), com o Estado tendo colhido então 55% de suas lavouras de canola, a estimativa de produtividade situava-se em 1.300 kg/ha, mas com perspectiva de alcançar 1.439 kg/ha. Entretanto, foram registradas perdas por geadas, que afetaram principalmente as lavouras da região centro-sul. A estimativa aponta para uma produção de 9,1 mil toneladas, ou redução de 18% em relação a 2015, com 11,1 mil toneladas. Os preços da cultura, também segundo a CONAB, oscilavam próximos aos da soja, entre R$ 66 e R$ 68 a saca. Já no centro-sul paranaense, onde há anos a canola é opção de lavoura comercial de inverno de vários produtores, a regional da SEAB em Guarapuava, que abrange 12 municípios, aponta para retração: embora a área plantada tenha aumentado, de 1.270 hectares em 2015 para 1.600 hectares neste ano, a chamada área perdida, subiu de 10 para 180 hectares. A produtividade média também se reduziu, de 1.640 kg/ha na safra passada para 950 kg/ha nesta. A produção caiu 34%, de 2.067 toneladas em 2015 para 1.349 toneladas neste ano (São municípios abrangidos pela regional da SEAB em Guarapuava: Campina do Simão, Candói, Cantagalo, Foz do Jordão, Goioxim, Guarapuava, Laranjal, Palmital, Pinhão, Prudentópolis, Reserva do Iguaçu e Turvo).

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a lavoura”, complementou, apontando ainda que “o residual da cultura traz inúmeros benefícios”. Na comercialização, indicou, a liquidez é um ponto que vê como interessante: “Quem colheu já recebeu”, afirmou. Já numa avaliação da canola em âmbito estadual, considerou que a redução de área neste ano foi efeito da concorrência do milho safrinha. “O milho chegou a R$ 40,00 a saca. Agora, está em R$ 30,00”, recordou. Para 2017, Hollandini diz que a canola tem boas perspectivas. Por um lado, crê que a liquidez da cultura possa acabar motivando produtores a entrar na atividade. Por outro, estima que alguns podem até expandir a lavoura: “Quem foi bem neste ano, acho que vai continuar e até aumentar área”. Ele também considera possível que a canola possa ser considerada por alguns agricultores como alternativa para a soja safrinha, já proibida em todo o Estado para evitar a propagação da ferrugem asiática.


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Registro Gustavo Loyola debateu a economia brasileira em Guarapuava

O 12º Ciclo Paranaense de Palestras, no dia 7 de novembro, trouxe a Guarapuava o economista Gustavo Loyola para debater o tema “Perspectivas da economia brasileira”. O ciclo de palestras contou com o apoio do Sistema Faep/Senar. Para Loyola, que é doutor em Economia pela Fundação Getúlio Vagas e foi presidente do Banco Central (BC) em duas ocasiões, a crise econômica do Brasil tem origem política. No entanto, a avaliação do economista é otimista. Entre seus apontamentos, ele acredita que o país precisa expandir a sua capacidade produtiva para atrair novos investimentos e oportunidades. O economista ainda afirmou que os sinais vitais da economia brasileira estão melhorando. “Todos estão mais otimistas com a economia. A produção industrial e a produção de veículos estão melhorando e temos indicadores da retomada moderada do crescimento do PIB em 2017 e 2018”, mencionou Loyola. Além de Guarapuava, Loyola ministrou a palestra no mês de novembro nas cidades de Ponta Grossa, Foz do Iguaçu, Cascavel, Campo Mourão, Maringá e Londrina.

Visita de Auditoria Anual na regional de Guarapuava A regional do SENAR-PR em Guarapuava recebeu, dia 23 de novembro, técnicos da sede da instituição, de Curitiba, que vieram para a Auditoria Anual. Realizada no âmbito de uma filosofia de trabalho de melhoria contínua, a verificação ocorre sempre em uma das regionais da instituição, em que o SENAR-PR analisa a conformidade das ações com os requisitos normativos, além de identificar pontos de melhoria no sistema de gestão. De acordo com o supervisor da regional em Guarapuava, Aparecido Grosse, que recebeu os técnicos do SENAR-PR, a instituição busca evolução constante e as auditorias visam alcançar aquela meta. Na foto: Cleide Breda (SENAR-Guarapuava); José Luiz Machado (auditor líder); Alexandre Lobo Blanco (GETEC); Aparecido Grose (supervisor do SENAR-PR/Guarapuava); Daniele Ribas de Moura (GETEC); Nilze Assolari (GEPLAN).

Com informações da Assessoria de Comunicação da Casa Civil do Paraná

Leilão do DETRAN-PR negocia 99% dos veículos disponíveis em Guarapuava A alta taxa de vendas foi comemorada pela leiloeira Maria Clarice de Oliveira, responsável pelo evento que foi realizado no auditório do Sindicato Rural de Guarapuava no dia 23 de novembro. E não é para menos: dos 150 veículos que foram colocados a venda (145 motocicletas e 5 automóveis) apenas 2 motos não foram arrematadas. Maria Clarice destacou ainda que a participação popular a surpreendeu positivamente, mesmo com a maioria

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dos veículos (145) estando em pátios do DETRAN-PR de outras cidades paranaenses e apenas 5 em Guarapuava: “tivemos 40 participantes nesse leilão, comparado a outros eventos é pouco público, mas isso ocorreu por causa da distância da maioria dos bens em relação a sede e também pela falta do pregão eletrônico nesta edição. Mas em termos gerais foi muito satisfatório.” Os dois veículos não negociados permanecerão nos pátios do órgão

estadual de trânsito até que sejam arrematados por particulares ou colocados a venda em novos pregões. Ainda falando sobre o evento de Guarapuava a leiloeira Maria Clarice destacou a importância do apoio do Sindicato Rural para o sucesso do leilão: “a estrutura oferecida e também o atendimento ficaram acima do esperado por nós e pelo DETRAN-PR. Pretendemos retornar a cidade e contar novamente com essa parceria.”


Soja

DuPont Pioneer anuncia que terá INTACTA RR2 PRO® no seu portfólio de soja a partir da safra verão 2017

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eguindo sua missão de desenvolver os melhores produtos para aumentar as rentabilidades dos agricultores brasileiros, a DuPont Pioneer anuncia oficialmente o lançamento comercial da tecnologia INTACTA RR2 PRO® em produtos DuPont Pioneer na safra verão 2017. A tecnologia combina, em um único produto, tolerância ao herbicida glifosato e controle das principais lagartas que atacam a cultura da soja conferida pela proteína Bt (Cry1Ac). No momento, a empresa está trabalhando no seu plano de lançamento e informa que o portfólio de variedades de soja que será ofertado ao mercado já na safra verão 2017 atenderá as necessidades dos sojicultores do Brasil. Segundo o Gerente de Marketing e Comunicação da

DuPont Pioneer para o Brasil e Paraguai, Frederico Barreto, “o lançamento das cultivares de soja marca Pioneer® com a tecnologia Intacta RR2 PRO® era um anseio dos nossos clientes e nos permitirá ofertar produtos mais seguros e produtivos, com a mesma qualidade e prestação de serviço técnico que nos identifica no mercado há mais de 40 anos. Com este progresso, teremos produtos mais modernos, com uma arquitetura de plantas que facilite os manejos e hábito de crescimento que possibilite maiores rendimentos na cultura da soja, a qual tem se transformado profundamente na última década. Sendo a soja a principal cultura agrícola de nosso país e o Brasil um importante player no mercado mundial, a empresa dá um passo importante no seu posicionamento no mercado, oferecendo aos agricultores mais opções

para otimização de seus negócios”. Buscando a preservação da tecnologia, a DuPont Pioneer, paralelamente à sua campanha de lançamento comercial, continuará recomendando e orientando os produtores sobre a importância da adoção das “Boas Práticas de Manejo”, especialmente o Refúgio Estruturado Efetivo como ferramenta de MRI (Manejo de Resistência de Insetos). Ao longo dos seus mais de 40 anos no Brasil, a DuPont Pioneer trabalha com a missão de compartilhar com o agricultor brasileiro os melhores produtos e informações técnicas inovadoras, através de uma força comercial e agronômica que atuam ao lado do agricultor, compreendendo suas realidades in loco, a fim de lhes oportunizar as melhores escolhas para a gestão de seus negócios.

Intacta RR2 PRO® é marca registrada utilizada sob licença de uso da Monsanto Company. As marcas com ®, ™ ou SM são marcas e marcas de serviço da DuPont, Pioneer ou de seus respectivos titulares. © 2016 PHII Revista do Produtor Rural do Paraná

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DuPont Pioneer, avaliação de plantio na palma da mão. Pioneira em trazer soluções e inovações para a agricultura, a DuPont Pioneer lançou o aplicativo de Avaliação de Plantio para facilitar a vida dos produtores de milho.

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No aplicativo – disponível no Portal Pioneer, e para smartphones e tablets das plataformas iOS e Android – o produtor pode medir a distância entre as plantas e avaliar a qualidade do seu plantio, identificando os locais onde ocorreram as chamadas “falhas” e/ou “duplas” dentro do estande, fatores estes que podem interferir diretamente no estabelecimento da cultura. Com mais essa ferramenta à disposição, os agricultores poderão tomar decisões mais seguras e assertivas, além de ter maior controle sobre o plantio, garantindo melhores produtividades e maiores resultados com a sua lavoura. O aplicativo serve como uma ferramenta que auxilia nos cálculos de uniformidade de plantio e de quantidade correta de sementes a serem utilizadas por cada metro linear. Com este aplicativo, também é possível guardar um histórico de todas as avaliações para que, futuramente, o produtor possa consultá-las. A ferramenta já está disponível no Portal Pioneer em: www.pioneersementes.com.br/AvaliacaoDePlantio; na Apple AppStore (para iPhones e iPads) e também na Google Play Store (para smartphones e tablets com Android) em: www.pioneersementes.com.br/Aplicativos.


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Novidade

Mais benefícios

para Guarapuava e região Grupo Pitangueiras promove campos experimentais para atender os produtores desta área do Estado Anelize Salvagni

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om o objetivo de contribuir com a agricultura de Guarapuava e região, o Grupo Pitangueiras passa a promover, a partir desta safra de verão, campos experimentais para atender os produtores desta área. Os Centros de Treinamento Bayer (CTB) devem beneficiar também produtores da região de Candói, onde a empresa possui filial. “Somos parceiros do produtor e trabalhamos continuamente para estreitar e valorizar esse laço. Qualquer negócio precisa ter viabilidade econômica e nós entendemos que com a agricultura isso não é diferente. Garantir que nossos clientes produzam mais e melhor é o foco do nosso trabalho e os CTBs são uma excelente oportunidade de disseminar conhecimento”, explica o gerente de marketing do Grupo Pitangueiras, Marcelo Scutti.

Visão aplicada

“Pretendemos oferecer produtos e soluções que respondam aos desafios da agricultura, sendo referência no mercado nacional do agronegócio pela qualidade e excelência dos nossos produtos e serviços”. Esta é a visão do Grupo Pitangueiras e, para a empresa, não se trata apenas de um texto bonito para ser colocado em um quadro. É a sua verdade, vivida diariamente em sua sede e em suas 10 filiais no Paraná, uma delas em Guarapuava e outra em Candói. A empresa iniciou suas atividades em Curitiba, em 1990, como redistribuidor autorizado da Bayer na região. A parceria com a companhia alemã persiste até hoje – inovação, qualidade, tecnologia estão entre os valores essenciais do Grupo Pitan-

gueiras. Ao longo dos anos, com a abertura das lojas e das unidades de armazenamento, produtos de outros fornecedores foram incorporados ao portfólio, sempre com a preocupação de manter o alto nível de qualidade levado às lavouras.

Evolução contínua

Direção da empresa, gerências e funcionários premiados

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Além da busca para oferecer sempre o que existe de mais moderno no mundo dos produtos agrícolas, a empresa é comprometida também em desenvolver seus profissionais. “Apostamos em assessoria técnica altamente qualificada. Para isso, treinamos nossos profissionais com frequência. Convidamos consultores e pesquisadores que são referência na área para manter o nosso time atualizado. Esse tipo de atendimento faz toda a diferença no resultado final de nossos clientes”, salienta Scutti.


água e modalidades de aplicação, regulagem e limpeza de pulverizadores, entre outras. Também estamos disponibilizando um adesivo para colar na pré-mistura do pulverizador que funciona como um checklist de operações, para que produtor ou aplicador não deixe para trás nenhuma norma de segurança, ou ainda, melhore a qualidade de sua aplicação”, finaliza o gerente de marketing.

Inovação

Trazer novidades ao mercado está no DNA da empresa. Não só em produtos, mas também na forma como conduz seus projetos de marketing e comunicação. Ações como a “Academia de Vendas”, que desenvolve os consultores da área segundo as técnicas mais modernas de negócios, ou o lançamento de vídeo institucional com linguagem diferenciada para o meio agrícola e ainda o intenso trabalho nas redes sociais, ilustram o esforço do Grupo Pitangueiras para manter-se atualizado, lançar tendências e estar mais próximo do agricultor. “A gente vê a grandeza e a dependência de todo o planeta da agricultura”. É com essa frase que o vídeo da empresa é encerrado e ela reflete o propósito de homenagear e se aproximar daqueles que se dedicam a uma atividade fundamental que se reflete em todas as ações.

Cuidado com o meio ambiente

É por meio do Projeto Pitanguinha que a empresa expressa um valor importante de sua cultura: o cuidado com o meio ambiente. O projeto, que começou em 2015, visita escolas da região de atuação do Grupo, levando conhecimento sobre preservação ambiental e destinação de resíduos de forma lúdica. Além disso, a empresa distribui entre os agricultores um Manual de Boas Práticas Agrícolas. “Neste material estão informações relevantes sobre uso de EPI, qualidade de

Energia para o futuro

Nos últimos anos, o Grupo Pitangueiras cresceu e se desenvolveu muito. No entanto, a empresa nunca perdeu sua essência familiar, que reconhece a importância de todos aqueles que fizeram parte de sua história nos últimos 26 anos. O Grupo Pitangueiras deseja que todos os seus clientes e parceiros tenham um fim de ano de muito amor e paz para que todos renovem suas energias para 2017, que vem por aí cheio de novos desafios que, com trabalho e dedicação, certamente serão convertidos em oportunidades.

Onde estamos Sede: Curitiba Lojas: Guarapuava, Ponta Grossa, Arapoti, Palmeira, Ibaiti, Irati, Candói, Wenceslau Braz. Silos: Arapoti e Wenceslau Braz. Conecte-se conosco Facebook: fb.com/grupopitangueiras Instagram: @grupo_pitangueiras LinkedIn: Grupo Pitangueiras


SENAR-PR

Olericultura, assim como o cultivo de grãos, também evoluiu e hoje se orienta por boas práticas e planejamento da produção

PROGRAMA HORTIMAIS TRAZ CURSOS PARA OLERICULTORES

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lericultores de todo o Paraná passaram a ter, a partir deste ano, um novo caminho para alcançar uma produção moderna, tecnicamente eficiente, ambientalmente correta e gerencialmente mais assertiva. O SENAR-PR lançou o HortiMais, um programa específico para a qualificação de produtores de hortaliças. A iniciativa é um conjunto de 13 novos cursos. Abrangendo assuntos que vão da nutrição de plantas ao manejo integrado de pragas, além de irrigação e hidroponia, as capacitações foram formatadas especialmente para o programa e têm por objetivo dar ao olericultor uma visão do que existe de mais moderno em termos de condução dos sistemas produtivos. Os primeiros cursos tiveram início na Região Metropolitana de Curitiba (RMC) e em Toledo (região oeste), onde segundo a técnica responsável pelo HortiMais, agrônoma Vanessa Reinhart, do SENAR-PR, produtores se interessaram tanto que resolveram cursar vários dos módulos do programa. Ao longo do ano, a coordenadora realizou um giro pelo Paraná, para divulgar o HortiMais junto às regionais do SENAR-PR e a produtores da olericultura.

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Na regional da instituição em Guarapuava, que abrange 28 municípios, Vanessa e o supervisor regional Aparecido Grosse conversaram, dia 9 de novembro, sobre a realização do programa na região. Na ocasião, ela explicou à REVISTA DO PRODUTOR RURAL que os novos cursos chegam para suprir uma lacuna na área de capacitações em olericultura. “Primeiramente, não tínhamos no SENAR-PR um atendimento exclusivo para esses produtores. Alguns cursos levavam informações gerais. Porém, para o produtor que está profissionalizado, que deseja atender um mercado diferenciado, ou até para aquele que está querendo melhorar a sua propriedade, essas informações gerais não eram suficientes”, relembrou. A coordenadora acrescentou que, além disso, o programa visa trazer uma abordagem em sintonia com as expectativas dos próprios consumidores, que hoje se preocupam mais com a qualidade dos produtos. “Cada vez mais as pessoas estão tendo preocupação com a segurança desses alimentos, com rastreabilidade”, comentou. Para estruturar um programa que cor-

Cada vez mais as pessoas estão tendo preocupação com a segurança desses alimentos, com rastreabilidade.” respondesse às expectativas do setor no Paraná, relatou, o SENAR-PR realizou primeiro um diagnóstico da atividade na RMC, onde existem desde pequenos produtores até os que entregam regularmente para grandes redes de mercados. Um questionário aplicado a 100 participantes abrangeu todo o processo produtivo, desde solo, pragas, doenças até a colheita. “A partir do levantamento, começamos a procurar especialistas, professores de universidades e pesquisadores que pudessem auxiliar a trazer um conteúdo técnico para suprir esses temas”, disse. Outro enfoque foi a pro-


Agrônoma Vanessa Reinhart, coordenadora do HortiMais: divulgação do programa no interior do PR dução sustentável, resgatando conceitos como conservação de solo, rotação de cultura, manejo integrado de pragas e manejo integrado de doenças. Boas práticas agrícolas também entram no programa: “Em todos os nossos cursos, sejam sobre doenças ou pragas, focamos sempre na prevenção, para que a última opção seja um controle químico”.

Outro exemplo prático, citou, é o uso da água: “geralmente, o produtor acha que tem que irrigar todos os dias e nem sempre isso é necessário. Ensinamos a fazer este manejo, que vai gerar uma economia de eletricidade e de água”. A partir da formatação dos materiais dos cursos do HortiMais, os instrutores do SENAR-PR passaram por treinamento com especialistas, o programa foi lançado no início do ano e se encontra disponível em todo o Estado. “Agora, o trabalho é de ir às regionais, tentar identificar os possíveis parceiros e grupos de olericultores que possam participar”, destacou Vanessa. Em Guarapuava, informações e inscrições para todos os cursos do SENAR-PR, incluindo os do HortiMais, são feitas pelo Sindicato Rural. A entidade fica na Rua Afonso Botelho, nº 58, no Bairro Trianon e funciona das 8h às 11h30 e das 13h às 17h30 (Fone: 3623 1115) – Mais informações sobre HortiMais também podem ser obtidas no site do programa: www.programahortimais.com.br (São parceiros da iniciativa: Novozimes, Promip, Hidrogood, Sebrae, Yara, Isla Pro, Bayer, UEPG, Agroplás, ESALQ/USP, Biocontrole, Bug, GlobalG.A.P. e UFPR).

Cursos do Programa HortiMais • Implantação de boas práticas agrícolas • Planejamento da produção • Caracterização e conservação de solos • Nutrição de plantas • Qualidade da água, métodos e manejo de irrigação • Pragas e inimigos naturais • Identificação e controle de doenças • Controle biológico e manejo integrado de pragas – MIP • Cultivo em ambiente protegido/ plasticultura • Hidroponia • Cultivo de minitomates em ambiente protegido • Colheita e pós-colheita • Gestão de custos

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Inauguração

SICREDI Planalto Das Águas PR/SP expande sua área de atuação

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m 2016, vários foram os motivos de comemoração para a Sicredi Planalto das Águas PR/SP, dentre eles o mais significativo talvez tenha sido a liberação, por parte do Banco Central, para atuar em uma nova área de responsabilidade composta por 49 municípios no noroeste paulista. A primeira agência da cooperativa em terras paulistas já foi inaugurada em Votuporanga/SP, no dia 25 de novembro. Uma obra com mais de 700 metros quadrados, oferece um ambiente moderno e aconchegante para os mais de 90 mil habitantes da cidade, que além de referência no estado em atendimento médico e educação, é também um polo regional industrial. Para o presidente da cooperativa Adilson Primo Fiorentin, o momento é histórico. “Lá em meados de 1983, ano de fundação da nossa cooperativa, tenho certeza que aqueles sócios fundadores não sonhavam com as proporções e com os acontecimentos atuais da Sicredi Planalto das Águas PR/SP. Temos crescido ano após ano e a expansão para o estado de São Paulo é, sem sobra de dúvida, um dos marcos mais importantes dessa história pujante. Votuporanga foi o primeiro município da região a receber uma agência da nossa cooperativa, pelo menos mais três municípios estão no radar de inaugurações nos próximos anos: Fernandópolis, Jales e Santa Fé do Sul”, destacou. Esse ano foi marcado também por outras inaugurações que ampliaram e modernizaram o atendimento aos associados da cooperativa. No dia 10 de outubro no município de Manoel Ribas, região central do Paraná, foi inaugurada uma nova agência na cidade, com mais de 550 metros quadrados, localizada no centro da cidade. A estrutura tem condições de atender, nos próximos anos, pelo menos o dobro dos 1,3 mil associados atuais da agência.

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Agência de Manoel Ribas

Agência de Votuporanga


Agência Palmital

No dia 12 de dezembro foi a vez do município de Palmital, também região central do estado, receber uma estrutura moderna e aconchegante, com mais de 600 metros quadrados a disposição dos mais de 1,2 mil associados locais. Para o diretor executivo Valmir Dzivielevski, o crescimento constante da cooperativa tem possibilitado ampliar as estruturas e melhorar cada vez mais o atendimento aos associados. “Para nós, o índice de satisfação dos nossos associados é uma prioridade. Esse investimento em novas estruturas de atendimento já vem desde 2015, quando inauguramos/reinauguramos três novas agências, todas amplas, modernas e capazes de atender pelo menos o dobro dos associados já existentes em cada um dos municípios. Em 2017, esse plano de modernização e ampliação continuará em vários municípios da nossa área de ação, incluindo o noroeste paulista com novas inaugurações”, frisou. O Sicredi está presente em 20 estados brasileiros, conta com mais de 1,5 mil pontos de atendimento e mais de 3,4 milhões de associados.

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Solidariedade

Transforme seu IMPOSTO DE RENDA em SOLIDARIEDADE!

Destinação de Imposto de Renda ainda mais transparente Sueli Karling Engenheira agrônoma Mestre em Economia, Doutora em Agronomia pela Universidade Federal do Paraná

S

e na normalidade da situação econômica do nosso país as crianças carentes necessitam do nosso apoio, imaginem em época de crise como a que infelizmente estamos enfrentando. Quando o desemprego atinge níveis altíssimos e mais e mais famílias, em especial crianças, dependem exclusivamente dos recursos governamentais e/ou das entidades assistenciais. Recursos esses mais escassos do que vinham sendo mantidos, seja por decorrência da economia estagnada, seja pelos níveis estratosféricos de corrupção. Quanto a nós, produtores rurais, mesmo que a margem líquida da atividade tenha diminuído em função do acréscimo do custo de produção, o imposto de

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renda continua inclemente. Imposto esse que pode ser muito melhor utilizado pelo Fundo para a Infância e a Adolescência – FIA, que é um fundo destinado às ações de atendimento à criança e ao adolescente em situação de risco pessoal e social. O FIA por sua vez, é gerido pelos Conselhos dos Direitos da Criança e do Adolescente – COMDICA. Se ainda pairava alguma dúvida em relação ao destino final desta contribuição, a Lei Federal 13019/2014 complementada pela Lei, também Federal 13024/2015 foram criadas para aumentar ainda mais a credibilidade e transparência do uso desse recurso. Através destas foi alterado o formato de repasse entre o órgão gestor, no caso o FIA, e as

entidades, aumentando ainda mais a burocracia para a captação deste recurso. Burocracia essa que exige o Chamamento Público para apresentação dos projetos e ações das entidades demonstrando-os perante a sociedade. Então, quem fiscaliza a aplicação dos recursos do FIA são o contribuinte, a comunidade, o tribunal de contas e o ministério público. Portanto, mais que nunca fica evidenciada a importância e o benefício da destinação de parte deste imposto para as entidades assistenciais que seguem a política de atendimento à criança e ao adolescente, sabendo que temos a segurança de que qualquer quantia destinada tem uma estrutura organizacional fiscalizada.


COMO DESTINAR IMPOSTO DE RENDA PARA O FIA GUARAPUAVA Qualquer pessoa física ou jurídica (empresa) no Brasil pode destinar recursos de seu imposto de renda para os projetos sociais aprovados. Veja como é simples: 1. O depósito é feito junto ao Fundo da Infância e da Adolescência. Se as destinações forem realizadas dentro do ano de referência (até 31/12), a pessoa física pode descontar até 6% do IRPF devido na declaração (modelo completo) e a pessoa jurídica deduz até 1% do IRPJ devido no lucro real. Em 2012 houve uma alteração na legislação que inovou ao possibilitar às

pessoas físicas efetuar a destinação após o encerramento do ano e antes da data de vencimento da primeira quota. Porém, para as destinações realizadas nesse período, a dedução fica reduzida e limitada a 3% do imposto devido na declaração. Cabe ao contribuinte avaliar o melhor momento de realizar a destinação. Caso possua segurança e uma estimativa confiável do quanto vai pagar de imposto é recomendável realizar as destinações dentro do próprio ano-base, assegurando a dedução de 6%. Se houver incerteza, é prudente esperar a apuração definitiva do IRPF e

Exemplo para Destinação na Declaração de Ajuste (3%): Veja como é simples fazer esta destinação: • No programa da DIRPF, ficha “Doações Diretamente na Declaração - ECA”, clique no botão “Novo”, escolha o fundo “Municipal”, selecione a UF e o município de GUARAPUAVA e informe o valor a ser destinado. • Em seguida, clique no botão “OK” para encerrar o preenchimento dos dados. • Pague o DARF até a data limite (final de abril). Exemplo para Destinação até dia 31/12 (6%): • Consiga junto a entidades, conselho municipal ou até mesmo a prefeitura o número da conta do FIA MUNICIPAL. • Faça o depósito do valor a ser destinado do IMPOSTO DE RENDA.

Pronto! Destinação com SUCESSO

calcular o quanto pode ser destinado ao Fundo da Infância e Adolescência, lembrando que o limite de dedução neste caso fica reduzido para 3% do imposto devido. Para as pessoas jurídicas, a destinação deve ser lançada na contabilidade, conforme orientação do seu contador. 2. No caso das pessoas físicas, que têm imposto retido na fonte, também é possível realizar a destinação para posterior devolução de parte do imposto aplicado em incentivo devidamente corrigido. Neste caso, requer-se que a opção da declaração seja a completa.

Entidades cadastradas no COMDICA Instituto Educacional Dom Bosco CNPJ: 92.822.741/0003-38 Assoc. de Pais e Amigos dos Deficientes Visuais – APADEVI CNPJ: 80.620.750/0001-03 Centro Educacional João Paulo II CNPJ: 01.009.617/0001-30 Caritas Socialis CNPJ: 77.905.784/0001-21 Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais – APAE CNPJ: 75.643.585/0001-67 Associação Canaã de Proteção aos Menores CNPJ: 76.907.443/0001-22 Centro de Nutrição Renascer CNPJ: 77.124.311/0001-97 Associação Beneficente das Senhoras de Entre Rios - ABSER CNPJ: 81.644.320/0001-86 Fundação Proteger CNPJ: 79.262.341/0001-95 Caro leitor, a destinação é um ato tão simples de cidadania e independentemente do montante da contribuição de cada um de nós, pode ter conseqüências importantes no resgate da dignidade de tantas crianças e adolescentes, melhorando assim suas perspectivas de futuro. Portanto, vamos destinar e ainda vamos disseminar essa idéia.

Excelente 2017 a todos!!!

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Refúgio

Preservar a eficiência da soja Bt é responsabilidade de todos Samuel Roggia, Daniel Ricardo Sosa-Gomez Adeney de Freitas Bueno Edson Hirose Rafael Major Pitta Beatriz Spalding Corrêa-Ferreira Clara Beatriz Hoffmann-Campo Décio Luiz Gazzoni Pesquisadores da Embrapa

1. Manejo Responsável

Ao combinar em uma única planta a tolerância ao glifosato e o controle das principais espécies de lagartas que atacam soja, a soja Bt, Intacta RR2 PRO, reúne benefícios e praticidade para o agricultor. Entretanto, necessita de cuidados específicos para se obter a maior durabilidade de seus benefícios,visando a rentabilidade do agricultor e sustentabilidade do sistema de produção. A utilização da área de refúgio associada ao Manejo Integrado

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de Pragas (MIP) é a base para a sustentabilidade da tecnologia Bt. Plante 20% de refúgio com soja não-Bt - Para cada 80 ha de soja Bt plante, no mínimo, outros 20 ha com soja não-Bt. Na área de refúgio pode ser utilizada soja transgênica tolerante a herbicida ou soja convencional (não-transgênica). Para o refúgio, escolha cultivares de soja com ciclo próximo ao da soja Bt a ser cultivada na área principal, semeando as duas na mesma época. Monitore as pragas no refúgio e na

soja Bt - A área de refúgio deverá ser amostrada semanalmente com pano-de-batida para avaliação do nível de infestação de lagartas, percevejos e outras pragas. Também a soja Bt deverá ser monitorada semanalmente, pois ela controla apenas as principais lagartas da soja, não havendo controle de lagartas Spodoptera, percevejos e outras pragas. Amostragem com pano-de-batida permite identificar quais pragas ocorrem na lavoura e possibilita escolher o melhor método para o seu controle.


Proteja sua lavoura usando inseticidas de forma racional – O controle de pragas deve ser realizado apenas quando for atingido o nível de controle (MIP-Soja). Devem ser utilizados, preferencialmente, inseticidas seletivos aos agentes de controle biológico, pois esses agentes auxiliam o agricultor no controle de pragas. Produtos biológicos à base de Bacillus thuringiensis não devem ser aplicados no refúgio, para evitar que lagartas sejam expostas a toxinas Cry, presentes na bactéria. Aplicações preventivas de inseticidas não devem ser realizadas. É importante lembrar que a soja tolera até 30% de desfolha antes do florescimento e até 15% de desfolha após o florescimento, sem perda de produtividade. Agricultores que realizam o monitoramento de pragas e seguem as recomendações dos níveis de controle reduzem seus custos com inseticidas e obtêm maior rentabilidade.

Fig.1

Fig.2

2. Como a Soja Bt atua A soja Bt consiste em uma planta transgênica na qual foi inserido um gene da bactéria Bacillus thuringiensis (Bt). Em campo, a bactéria é um agente de controle biológico de lagartas, essa capacidade está associada a genes específicos. Esses genes foram identificados e um deles, o cry1Ac, foi inserido em plantas de soja, originando a soja Intacta RR2 PRO A soja Bt, Intacta RR2 PRO, tem como alvo as seguintes lagartas: lagarta-da-soja, lagarta-falsa-medideira, lagarta-das-maçãs do algodoeiro, broca das axilas, lagarta-elasmo e helicoverpa. Em especial as duas primeiras espécies são as principais causadoras de desfolha em soja. Assim, o principal benefício da soja Bt é proteger a lavoura, da desfolha causada por essas espécies de lagartas, evitando que o agricultor necessite utilizar inseticidas para o seu controle. Entretanto, a soja Intacta RR2 PRO não controla lagartas do grupo Spodoptera (Spodoptera eridania, S. cosmiodes, S. frugiperda e S. albula) as quais são menos abundantes em soja. A soja Bt também não controla outras pragas da cultura como percevejos, vaquinhas, mosca-branca e ácaros. Por esse motivo o agricultor não deve abandonar o monitoramento de pragas e o MIP nas lavouras de soja Bt.

3. Entendendo o Refúgio O refúgio consiste em uma área com soja não-Bt (Fig. 1) onde as lagartas são manejadas pelo método tradicional, porém com o uso racional de inseticidas (MIP-Soja). O objetivo do refúgio é que

lagartas susceptíveis à proteína Cry1Ac cheguem à fase adulta (mariposa) e cruzem com possíveis insetos resistentes a soja Bt (Fig. 2), favorecendo assim a manutenção de populações suscetíveis e retardando a seleção de insetos resistentes. A área de refúgio deve ser implantada próxima à área de soja Bt (Fig.1), de modo que as plantas Bt fiquem a uma distância de, no máximo, 800m da área de refúgio (Fig.2). Essa distância foi estimada considerando o alcance de voo das mariposas, para possibilitar o acasalamento aleatório de insetos oriundos das áreas de soja Bt e soja não-Bt. A posição e o formato da área de refúgio devem ser definidos de acordo as características da propriedade de modo a facilitar a semeadura e o manejo fitossanitário (Fig. 1). A área de refúgio deve ter largura mínima de 40 linhas de soja.

4. Refúgio - Uma Responsabilidade Compartilhada A correta utilização de soja Bt proporciona vantagens e benefícios para os diversos agentes do sistema produtivo da soja, desde o desenvolvedor (a empresa desenvolvedora da tecnologia), o desenvolvedor de cultivares (melhorista), o produtor de sementes, as revendas e

cooperativas, o produtor e o consumidor. Nesse contexto, a utilização de refúgio como estratégia para evitar que as lagartas se tornem resistentes precisa ser uma responsabilidade assumida por todos. Discute-se a possibilidade de estabelecer a obrigatoriedade legal do uso de refúgio, o que consequentemente possibilitaria a aplicação de penalidades para o descumprimento do uso de refúgio. É temerário que essa responsabilidade recaia unicamente sobre os produtores de soja. Mas, independente dessa normatização é importante que todos os elementos do sistema produtivo da soja estejam alinhados e cooperem entre si. É importante que os melhoristas continuem desenvolvendo cultivares não-Bt com qualidade e produtividade para serem usados no refúgio. É importante que o mercado de sementes de soja para o refúgio oferte essas cultivares de forma regular e facilmente acessíveis para os agricultores. É importante que os agricultores implantem o refúgio em suas lavouras, seguindo as recomendações técnicas. Por fim, é importante que os agricultores encontrem condições favoráveis para a comercialização da sua produção de soja não-Bt, colhida do refúgio. Independente de uma lei de refúgio é importante que todos os componentes do setor produtivo da soja assumam sua responsabilidade para evitar que lagartas se tornem resistentes a soja Bt, e que essa tecnologia seja perdida. Revista do Produtor Rural do Paraná

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Carnes nobres

Em nove anos, evento se tornou um dos jantares anuais mais concorridos de Guarapuava

Festival destaca sabores da carne de cordeiro

S

abor diferenciado de uma série de pratos sofisticados: este foi o ponto alto que mais uma vez fez o sucesso do Festival Gastronômico Carne de Cordeiro, que teve sua nona edição dia 11 de novembro, em Guarapuava. Na abertura, com a presença do presidente da CooperAliança, Edio Sander, a vice-presidente, Adriane Thives Araújo Azevedo, que coordena o Projeto Ovinos da cooperativa, saudou o público e agradeceu o apoio que o festival vem recebendo. Conforme ressaltou, o evento só tem sido possível com o apoio dos cooperados, de empresas e organizações que somam forças com a cooperativa. Para marcar este reconhecimento, diretores da CooperAliança entregaram brindes aos patrocinadores. No cardápio da noite, o Festival Gastronômico e os profissionais responsáveis pela elaboração das sugestões mostraram toda a versatilidade da carne de cordeiro. O buffet ofereceu desde opções com referências bem brasileiras, como farofa de cordeiro, até a carne com molho, num estilo mais europeu, com acompanhamentos leves, que

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valorizaram ainda mais os pratos principais. Para a vice-presidente da cooperativa, mais uma vez, o festival se afirmou como um dos eventos mais prestigiados de Guarapuava, alcançando seu objetivo de valorizar o produto dos cooperados do Projeto Ovinos. “É um evento gastronômico e que nos ajuda de maneira significativa a divulgar a carne de cordeiro. Mais uma vez, pudemos perceber a presença de pessoas que vêm nos acompanhando no decorrer dos anos, daqueles que sabemos que já de início vêm buscar seus ingressos. Isso para nós é bastante gratificante”, avaliou. A divulgação, completou, tem atraído participantes também de outras regiões: “Temos visitantes que vêm de fora, de Curitiba e Santa Catarina”, comentou, destacando que alguns são ovinocultores. Para divulgar o produto, Adriane disse que o evento busca mostrar que a carne de cordeiro, normalmente lembrada para churrasco, é uma carne nobre e por isso pode ser preparada de diversas formas. Nesta tarefa, enalteceu o talento e a criatividade de um dos parceiros do evento, o

Adriane Araújo: vice-presidente da CooperAliança

Itacir Vezzaro: secretário de Agricultura de Guarapuava

chef Kiko Dalla Vecchia. “Sem dúvida nenhuma, o Kiko é um parceiro muito importante no Festival, está conosco desde o primeiro. Quero agradecer de forma especial essa dedicação dele à CooperAliança. Ele é um grande divulgador da carne de cordeiro e a tem colocado sempre nos seus cardápios, para eventos”, afirmou.


Carne de cordeiro: versões criativas de um sabor nobre

Vários pratos à base de carne de cordeiro fizeram parte do buffet do Festival Gastronômico. Destacamos alguns.

Farofa de cordeiro: estilo bem brasileiro

Molhos: um toque de sofisticação

Na panela, cordeiro também apresenta seu sabor

Homenagens aos apoiadores A CooperAliança abriu o Festival Gastronômico com homenagem aos apoiadores. Pela cooperativa, entregaram brindes: Herbert Schlafner, Edio Sander (pres.), Adriane Araújo (vice-pres.), Roberto Ribeiro, Vânia Melo e Jeferson Martins.

Rodolpho L. W. Botelho, presidente do Sindicato Rural

Alexandre Bombardelli, DSM Tortuga

Paulo Roberto Almeida, Guará Auto Peças

Cyrano Yasbek, Pioneer

Eric Ranulfo Martins, Sicredi

Jorge Karl, presidente da Cooperativa Agrária

Rafael Moreira, Master Som e Luz

Com penne, deixando a massa mais saborosa

Sobre a CooperAliança Fundada há nove anos em Guarapuava, a CooperAliança (Cooperativa Agroindustrial Aliança de Carnes Nobres) é uma cooperativa de pecuaristas voltados à produção de carnes nobres. O trabalho abrange duas vertentes, com o Projeto Bovinos e o Projeto Ovinos, que juntos têm a participação de aproximadamente 120 cooperados. Na bovinocultura, o foco é a carne de angus. Desde 2012, a cooperativa estabeleceu parceria com a Associação Brasileira de Angus, tornando-se a única certificada no Paraná pela ABA, Associação Brasileira de Angus. Na ovinocultura, com diversas raças, diretriz é qualidade e regularidade na entrega dentro dos padrões de carnes nobres. Os produtos das duas linhas de trabalho podem ser encontrados em cerca de 140 pontos de venda, abrangendo Guarapuava e outras regiões do Paraná. Atualmente, a CooperAliança está construindo em Guarapuava (distrito de Entre Rios) uma unidade industrial.


Imprensa Expedição Safra 2016/2017 na região de Guarapuava

Canal Rural: Projeto Mais Milho entrevista produtores da região O Projeto Mais Milho, do Canal Rural, passou por Guarapuava no dia 28 de novembro. Série de reportagens sobre a cultura, o projeto visa mostrar o cultivo de milho com altas produtividades em 13 propriedades rurais situadas em várias regiões do Brasil. No centro-sul do Paraná, onde o milho tecnificado apresenta elevada produtividade, o repórter João Henrique Bosco e o cinegrafista José Márcio Martins gravaram entrevista com vários agricultores. Um dos entrevistados foi o presidente do Sindicato Rural, agrônomo e produtor Rodolpho Luiz Werneck Botelho. O Projeto Mais Milho estava programado para ir ao ar no dia 17 de dezembro.

Guarapuava recebeu, no dia 28 de outubro, a equipe da Expedição Safra 2016/2017 da Gazeta do Povo. No centro-sul do Paraná, o objetivo foi ver de perto e recolher informações sobre as expectativas das colheitas de inverno (trigo e cevada) e dos plantios de verão (milho e soja). Numa propriedade próxima da cidade, a Agropecuária Seitz, a equipe da expedição realizou entrevista e fotos. Projeto que no Brasil se tornou referência em notícias sobre mercados agrícolas no país e no mundo, a Expedição Safra chegou em 2016 a sua 11ª edição. Neste ciclo, o trajeto percorre 15 estados brasileiros, além de passar por outros quatro países nas Américas: Paraguai, Argentina, Uruguai e Estados Unidos (estados de Minesota, Iowa, Illinois, Indiana e Winsconsin). Em roteiro extraordinário, nesta edição a equipe do AgroGP vai à Rússia, à Ucrânia e ao Sudão. De acordo com a Gazeta do Povo, serão ao todo cerca de 65 mil quilômetros. As informações da expedição podem ser conferidas no site do jornal: www. gazetadopovo.com.br

EDUCAÇÃO

Programa de Educação para o Trânsito forma mais 80 alunos 80 estudantes participaram. O programa visa levar a crianças e adolescentes das escolas municipais, estaduais e particulares informações e ensinamentos necessários para que eles, futuros condutores de veículos automotores, tenham não somente o documento exigido para condução de veículos, mas também a educação que hoje

tanto se busca no trânsito. Com duração de oito semanas, a iniciativa leva às crianças aulas e atividades práticas, abordando noções sobre sinalização e dicas para pedestres, ciclistas e skatistas. Além disso, as aulas procuram passar, por meio das atividades, valores éticos, morais, respeito, disciplina e cidadania. Fotos: Manoel Godoy

O Programa de Educação para o Trânsito (Proet), da Polícia Militar, realizou mais uma formatura em Guarapuava, no dia 10 de novembro, no anfiteatro do Sindicato Rural de Guarapuava, uma das entidades apoiadoras do programa. Os alunos que receberam o diploma pertenciam aos sextos anos dos Colégio Lobo e Platão. Ao todo,

Formatura, no Anfiteatro do Sindicato Rural

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Projeção

Tendências de mercado 2016/17

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aseado em matéria de Carlos Cogo Consultoria Agronômica, sobre tendências de mercado e clima para 2017, faremos um compêndio precioso a quem tem o pé no presente e o olho no futuro.

INDICADORES ECONÔMICOS O IPCA está com tendência de queda com meta para 2017 de 4,5%. O relatório ainda apresenta queda nas projeções de inflação, tendendo a pequenas quedas na SELIC, com projeção em torno de 11,6%, O relatório ainda demonstra perspectiva de PIB positivo ante os 3,3% negativos de 2016, sobre a projeção de câmbio para 2017 está em R$ 3,32 / US$.

CENÁRIOS AGRÍCOLAS GLOBAIS 16/17 Os lácteos demonstram uma pequena elevação de preços movida pela redução de produção pela União Europeia. O açúcar conta com alta de preços movido pela baixa produção na Índia, segundo maior produtor mundial, O grupo cereais tem elevação de preço mais moderada, puxada pela redução mundial nos preços de óleos e carnes.

CLIMA 16/17 A tendência de um La Niña é de fraca a moderada e deve evoluir rapidamente para neutralidade. Com grandes precipitações no Norte e Nordeste e tendência de menores precipitações no Sul, mas limitando-se muito provavelmente até fevereiro de 2017. Independente da configuração de La Niña, o cenário de chuvas deste verão deve ser o oposto do verão passado.

PROJEÇÕES PARA SAFRA DE CEREAIS 16/17 Projeção de produção brasileira de 215 milhões de toneladas, 15,5% acima da safra anterior, com acréscimo de 2.3% na área cultivada, mantendo a média dos últimos 8 anos de 2,4% anuais, número puxado pela segunda safra de soja e milho.

SOJA - TENDÊNCIA DE MERCADO 16/17 Já precificada a safra recorde nos Estados Unidos, a tendência é que os preços fiquem no intervalo entre US$ 9 a 10 por bushel. A forte demanda e o déficit recorde da China (88,3 milhões de toneladas) está anulando os possíveis efeitos baixistas.

MILHO - TENDÊNCIA DE MERCADO 16/17 Com altos estoques mundiais de passagem e alto estoque brasileiro, aumento da concorrência com a Argentina, que crescerá em 25% nesta cultura. Os preços de milho seguem em queda na maioria das regiões, com projeção de preços entre US$ 3 a 3,6 por bushel.

TRIGO - TENDÊNCIA DE MERCADO 16/17 Com recorde de produção mundial chegando a 744,7 milhões de toneladas, auferindo a quarta safra consecutiva acima da demanda mundial. A tendência baixista deve permanecer em 2017. Estoques mundiais de passagem e alto estoque brasileiro, mesmo com 13,6% de retração de área, a produção foi 33,1% maior que a safra anterior. O aumento da concorrência com a Argentina projeta um cenário baixista para 2017.

Espero este ano ter colaborado com o leitor deste importante veículo de informação.

A Paraná Silos deseja a você produtor rural e sua família um Natal de muita alegria e um ano novo repleto de realizações.

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Soja

No Caminho da Soja passa por Guarapuava Projeto busca percorrer regiões produtoras de soja no Paraná e discutir informações técnicas e de mercado com produtores rurais

O

projeto No Caminho da Soja foi realizado em Guarapuava no dia 9 de novembro, com o apoio do Sindicato Rural. Promovido pela Aprosoja Brasil e Aprosoja Paraná, todos os anos, representantes da associação juntamente com o jornalista João Batista Olivi (Notícias Agrícolas) visitam algumas regiões produtoras de soja do estado. Neste ano, a equipe percorreu as cidades de

Bandeirantes, Ubiratã, Guarapuava, Palotina e Guaíra. O objetivo é traçar um panorama da cultura da soja no Estado e debater informações técnicas, de clima, mercado e política. Durante o evento, o presidente da Aprosoja Paraná, José Eduardo Sismeiro e o diretor executivo da Aprosoja Brasil, Fabrício Rosa também apresentam os trabalhos realizados pela associação.

João Batista Olivi, apresentador do evento

APROSOJA

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Sismeiro ressaltou que no início da Aprosoja uma das primeiras ações da associação foi a reativação da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA). “São mais de 200 deputados e senadores que defendem o setor. Mas pouquíssimos deles são agricultores e, muitas vezes, eles não têm a perspicácia de defender os produtores como devem. Por isso, as associações de algumas culturas decidiram criar o Instituto Pensar Agro (INPA), que é como se fosse a inteligência da FPA”. Sismeiro conta que toda semana é feita uma reunião onde

os diretores e executivos das associações se reúnem com os parlamentares e são debatidas as pautas relacionadas ao setor que vão para o congresso. “A Aprosoja é uma peça chave no INPA. E é importante ressaltar que todos os cargos executivos são formados por produtores rurais, por isso cada um sabe exatamente o que reivindicar”. Rosa ainda destacou as principais reivindicações da Aprosoja atualmente: alteração da LPC, Lei de Agrotóxicos, revisão dos fungicidas, Lei Trabalhista, Manejo Alternativo e Logística Nacional.

José Eduardo Sismeiro, presidente Aprosoja Paraná

Produtores rurais, profissionais e estudantes compareceram no evento

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Fabrício Rosa, diretor executivo da Aprosoja Brasil


CONFIRA O RESUMO DAS PALESTRAS APRESENTADAS DURANTE O EVENTO:

Busca pela máxima produtividade

Luiz Oliveira – coordenador de marketing Syngenta “A ideia foi falar sobre a plataforma integrada da Syngenta. Mas, mais que isso, fazer com que o público entendesse o porquê que precisamos aumentar a produtividade. Hoje nós temos uma população que passa fome e que é cada vez mais crescente. E nós, empresas de tecnologia, temos a obrigação de contribuir, por meio de parcerias e com o produtor rural, para buscar uma maior produtividade de alimentos. A plataforma se chama PIN, que significa Produtividade Integrada. Ela é alicerçada em três pilares: tecnologia, que são nossos produtos;

serviços, onde temos a assistência técnica; e o relacionamento, que são com os produtores e nossos parceiros, que nos permitem junto com esses pilares buscar esse aumento de produtividade. Acreditamos que, desta forma, podemos produzir mais. Para se ter ideia de que isso é possível, a média de produção da Conab é de 48 sacas/ hectare. No nosso top 20 alcançamos uma média de 89 sacas/hectare. E no nosso top 3 conseguimos uma produtividade de 103 sacas/hectare, que seria a produção ideal para alimentarmos o mundo hoje”.

Perspectivas de clima para a safra de verão e inverno

Luiz Renato Lazinski – meteorologista Instituto Nacional de Meteorologia “O clima na região de Guarapuava, normalmente, é muito bom. As últimas safras de verão tiveram clima excelente. No último ano, tivemos o fenômeno climático El Niño influenciando o clima, que choveu demais. E esse ano a situação inverte, o El Niño foi embora e a partir de meados desse ano passamos por uma transição e já estamos sob a influência do fenômeno contrario, que é o La Niña, onde acontece o resfriamento das águas equatoriais do Oceano Pacífico. De uma maneira geral, no Paraná, as áreas mais próximas da região central e litoral não tem problemas. O problema maior está na região oeste e norte do estado, onde as chuvas se tornam bastante irregulares, abaixo da média e normalmente verificamos um veranico ao longo da safra. Então essas áreas podem ter problemas, podendo comprometer o desenvolvimento das lavouras. Já em

Guarapuava, chove muito bem. Às vezes, aqui o problema é o excesso de chuva. O La Niña vai trazer uma diminuição de chuvas aqui para a região, mas acredito que essa diminuição não irá afetar as lavouras. Se houver problemas, serão em áreas bem pontuais na região. Portanto, no geral, a região de Guarapuava não deve ter problemas com chuva ao longo da safra. Em relação as temperaturas, ano passado tivemos frio no cedo que se prolongou até final de outubro. Agora, em ano de La Niña, as temperaturas são de altos e baixos. Não existe meio termo, ondas de calor intercaladas com algumas ondas de frio, que causam quedas acentuadas de temperatura. O produtor deve ficar atento apenas ao ano que vem, que assim como neste ano, quando tivemos geada no final de abril, em 2017 o frio vai ser antecipado também”.

Eficiência de fungicidas para o controle da ferrugem asiática da soja Divânia de Lima – pesquisadora Embrapa Soja

“A ferrugem é uma das principais doenças da cultura e os danos são muito elevados. Por isso, o produtor deve ficar atento ao controle da doença. E hoje temos um grande problema, porque são poucos os produtos que são eficientes no controle da ferrugem. Além de serem poucos, eles precisam ser rotacionados. Não se deveria usar mais de duas vezes o produto durante a safra. Então, a gente pede para o agricultor ficar atento, fazer monitoramento das lavouras, cuidar das condições climáticas para que ele entre com o controle da ferrugem o mais cedo possível.

Pois fazendo isso, vai estar garantindo uma maior eficiência dos produtos e, com certeza, menor dano pela doença na cultura, obtendo maiores produtividades. Em anos de El Niño, o fungo ataca com maior intensidade, como foi o caso da safra passada. Houve muita chuva aqui no sul do Brasil e, consequentemente, a doença foi mais visível. Por outro lado, anos de La Niña, onde as chuvas são mais escassas, a incidência da doença é menor. Entretanto é importante, ainda assim, o produtor ficar atento e monitorar as lavouras”.

Palestrantes, organizadores do evento juntamente com os diretores do Sindicato Rural, Rodolpho Luiz Werneck Botelho (ao meio) e Luiz Carlos Colferai (à direita) Revista do Produtor Rural do Paraná

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Cursos e treinamentos Sushi e sashimi foram temas de curso do Senac O Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac), com o apoio do Sindicato Rural de Guarapuava, realizou dos dias 7 a 10 de novembro, o curso de Preparo de Sushi e Sashimi, no salão de festas da entidade sindical. Entre os conteúdos repassados, estavam: ingredientes utilizados no preparo de sushis e sashimis; utensílios e equipamentos necessários para o preparo de sushis e sashimis; preparo de sashimis; preparo do arroz para sushi; preparo de sushis com diferentes recheios; entre outros. Andriele Cosmo Alves Teixeira, esposa do sócio do Sindicato Rural, Ruy Laurici Alves Teixeira Neto, aprovou o curso. Ela disse que apesar de gostar bastante da comida oriental, não tinha prática de produzir nenhuma delas. “As dicas que eles dão são ótimas e acaba sendo prático fazer. Como eu gosto, vai ser muito proveitoso, pois vou praticar bastante em casa. As amizades que fiz durante o curso fez valer a pena também”. André Kultz, sócio do Sindicato Rural, também deu nota 10 para o curso e a maneira como são repassadas as informações. “Gostei muito porque o

professor ensinou desde o básico até o avançado. Não costumo cozinhar, mas as técnicas que o instrutor passou fez

parecer fácil. E, de fato, não vou ter dificuldade nenhuma de preparar sushis e sashimis para a família e amigos”.

CooperAliança: Gestão empresarial da propriedade rural A CooperAliança Carnes Nobres realizou, dias 24 e 25 de novembro, no Sindicato Rural de Guarapuava, reunião de cooperados para treinamento sobre implantação de sistema de gestão empresarial na propriedade. Participaram cooperados que manifestaram à cooperativa seu interesse em adotar, em seus sistemas produtivos, uma metodologia para definir e acompanhar objetivos técnicos e comerciais. A atividade dá sequência a um curso anterior, que a CooperAliança havia realizado, para cooperados, entre 9 de junho e 7 de julho, também no Sindicato Rural, quando promoveu uma primeira sensibilização sobre o tema da gestão empresarial. Na ocasião, com apoio da OCEPAR e do SESCOOP, três módulos conduzidos pelo professor Paulo Rossi Jr (coordenador do LapBov-UFPR) enfocaram gestão financeira, técnica e de pes-

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soas. Ao final, o presidente da CooperAliança, Edio Sander, abriu inscrições para treinamentos em que os participantes poderiam aprender como implantar os conceitos, na prática, em suas propriedades.


Fertilizante

Características que um produto deve ter para obter sucesso em aplicações foliares Engº. Agrº Rodrigo R. Neves Engº. Agrº Paulo H. Fialho

A

s primeiras referências sobre a absorção de água através das folhas datam de 1676 e foram elaboradas por Mariote e, em 1877, Bohm relatou que sais minerais dissolvidos, como por exemplo o cálcio, eram absorvidos pela superfície foliar e usados no metabolismo da planta (Franke, 1986). Em 1980, Malavolta faz referência ao uso de líquido de esterqueiras (chorume) como adubo foliar, durante o século XIX, bem como ao uso de superfosfato diluído em água. Camargo e Silva, em 1975, citam alguns casos também no século XIX de uso de fertilizantes foliares na correção de carências nutricionais. Entretanto, somente em 1915 houve a utilização de sulfato de ferro por Johnson, no Havaí, com o objetivo de resolver problemas de deficiência na cultura do abacaxi. Na década de 20, a prática tornou-se mais popular no Estados Unidos, incrementando-se a partir dos anos 40, com a utilização conjunta de defensivos (Franke, 1986). Desde o preparo da calda até a ação de qualquer produto de aplicação foliar sobre o alvo, diversos fatores interferem nesse processo. Os fatores como o tipo de alvo a ser atingido, a capacitação do aplicador, a qualidade da água, o produto mais adequado, os equipamentos de aplicação e as condições climáticas podem influenciar na eficiência da aplicação, pois são responsá-

veis pela cobertura, retenção, absorção, penetração e translocação dos produtos. Um nutriente é considerado absorvido quando está dentro da célula. A absorção foliar compreende uma fase passiva (penetração cuticular) e uma fase ativa (absorção celular). Para que se obtenha bons resultados, geralmente o nutriente precisa ser translocado para locais de maior demanda dentro da planta (Rosolem Rosolem, 1992). As principais perdas decorrentes das aplicações podem ser atribuídas à deriva, má qualidade da água, formação de espuma, escorrimento das gotas, má homogeneização da calda, equipamentos inadequados e condições climáticas adversas, entre outras. Todos esses fatores devem ser considerados, pois quando interagem podem responder por perdas superiores a 70% do volume aplicado (Matthews, 2002). Por decorrência destas perdas, pode causar a baixa eficiência no processo de controle fitossanitário. Na maioria das vezes, leva ao aumento no número de aplicações de defensivos agrícolas, acréscimo das doses utilizadas e perda de produtividade e rentabilidade das culturas, além de prejuízos ambientais. A aplicação inadequada de uso de aditivos agrícolas podem influenciar na eficiência da aplicação, além de levar ao controle ineficiente dos alvos

(pragas, doenças e plantas daninhas), geralmente está associada a maiores custos. Uma aplicação adequada, por definição, é aquela que, realizada no momento correto, proporciona cobertura suficiente do alvo e nele deposita a quantidade de produto necessária para eliminar ou abrandar, com segurança, um determinado problema, a fim de que sejam evitados danos econômicos. O mercado oferece uma ampla gama de produtos para aplicação foliar (condicionadores de calda, bioativadores, nutrição e protetores). Realizar a escolha certa para obter os resultados esperados pelo produtor não se limita apenas a fatores comerciais. Estas escolhas tem de levar em consideração que além dos fatores ambientais, o produto adquirido deve conter, em sua formulação, características especiais que são pontos chave em seu desempenho e realização de suas funções: devem homogeneizar a calda, diminuir a deriva e levar o produto a ser absorvido pela folha. É necessário observar e pesquisar o produto adquirido, se pautando em pesquisas realizadas, conhecimento comparativos dos produtos que estão no mercado e aconselhamento de um profissional qualificado. Não errar nas escolhas é a melhor forma de se poupar esforços, dinheiro e gerar mais lucratividade, com uma aplicação eficiente e rentável.

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Tecnologia

Precisão na agricultura Jeferson Luís Rezende, RTV

J

amais poderíamos nos imaginar escrevendo ou, pensando algo desta natureza, porém o excesso de informações tem, de alguma maneira, contribuído para alguns retrocessos dentro da porteira. Vejamos alguns pontos relacionados ao uso da tão propalada “agricultura de precisão”, como: análise do solo – escolha da genética a ser plantada - ajuste das plantadeiras – trato cultural – colheita. Todo este processo, importantíssimo, deveria estar efetivamente integrado e em sintonia. Mas sabemos que na prática isso não acontece. Seja porque em alguns pontos não se conseguiu a adequação necessária humana e de equipamentos ou até mesmo pela falta de compreensão do processo integralmente. Ao caminharmos pelo campo, observamos muitos empresários comentando que praticam a “agricultura de precisão”, sem que isso seja verdade. O mais comum, infelizmente, ainda é notarmos diversos gaps por conta de pessoal pouco treinado e/ou pelo uso de máquinas desajustadas/desreguladas. Enfim, o que temos verdadeiramente em grande parte das regiões agrícolas é um misto entre uma agricultura moderna & agricultura de precisão. Sem dúvida, um avanço em relação há anos atrás, mas ainda muito distante das possibilidades de todos que labutam no meio rural. Em recente passagem pela região de Guarapuava, ocasião em que ministrou palestra e treinamento para duas importantes Cooperativas: CAMP e AGRÁRIA, o Professor e Pesquisador Dr. Ulisses Antuniassi (UNESP/ Botucatu) abordou por diversas vezes questões que estão neste processo. Destacou a importância do uso da tecnologia de aplicação de maneira correta, para se alcançar o melhor desempenho das aplicações fitossa-

nitárias e reiterou a necessidade de cuidado com a calda de defensivos, para que eventuais combinações e/ou acidificações não coloquem por terra todo o esforço programado. Por exemplo, o uso de um adjuvante ácido pode desativar ou, ao menos, comprometer o residual de um determinado ativo. Disse ainda que um bom adjuvante impacta positivamente o trato cultural mais do que a troca de uma ponta de pulverização por outra mais específica, por causa da sinergia ou não que acontece dentro do tanque. Dr. Ulisses ressaltou em vários momentos a necessidade do produtor ou o seu responsável técnico usar combinações compatíveis e as ferramentas operacionais disponíveis para que a pulverização tenha plena efetividade. Lembrando sempre que os adjuvantes não são todos iguais! O fato é que, muitas vezes, mesmo estando usando produtos e equipamentos adequados, o homem do campo sente-se encantado com as “novidades” que aportam todos os dias, independente que boa parte delas não cumpra com o que promete. Ou seja, correm riscos desnecessários, por curiosidade. Riscos estes que são inerentes e da responsabilidade dos pesquisadores e das instituições de pesquisas. Estar atento às inovações não significa ter que usá-las antes mesmo da academia o fazê-lo. Mais importante do que correr atrás da “agricultura de precisão” é “ter precisão na agricultura”.

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Pitanga

Produtora de leite é destaque no Empreendedor Rural 2016

P

ela primeira vez uma produtora rural de Pitanga chegou a final do Programa Empreendedor Rural, promovido pelo Sistema Faep/Senar. A representante em 2016 foi Ana Paula Costa Shmitt, do Sítio Santo Antônio, uma propriedade familiar de 44 alqueires, que busca a diversificação de atividades, com o plantio de grãos, granja suína e atividade leiteira. São três famílias que vivem e sobrevivem da propriedade, além de um casal de funcionários. Ana Paula é esposa de Cleiton Shmitt, filho de Romualdo Shmitt, que deu início ao sítio. O trabalho finalista foi “Análise do complexo produtivo da empresa rural Sítio Santo Antônio, visando sua estruturação e aplicação de um programa de gestão de custos por atividade e maximização da estrutura leiteira”. Ana Paula garante que apesar do título ser complexo, o trabalho é bastante simples e fará toda a diferença na propriedade. “Durante o curso, tive a oportunidade de realizar um diagnóstico da propriedade. E com isso, percebi que necessitava de um programa de gestão, com o objetivo de colocar em prática as funções administrativas de planejamento, organização, direção e principalmente controle. Com o intuito de cortar custos e aumentar nossa produção”. No gerenciamento de dados, Ana Paula detalha como vai funcionar a proposta: “Se-

rão anotados todos os dados, como compra de produtos, pagamento, custos de produção e venda. Além de realização de orçamentos e cotações de preços, com o intuito de controlar melhor as atividades exploradas e verificar os resultados obtidos pelas mesmas. Porque ás vezes achamos que estamos tendo lucro, mas ao diagnosticarmos a fundo, percebemos que, na verdade, estamos conseguindo só fazer girar o dinheiro na propriedade. O projeto que já começou a ser implantado na propriedade, iniciou com ações na atividade leiteira, mas Ana Paula pretende implantar nas demais atividades do Sítio Santo Antônio. Ela conta os objetivos específicos na produção de leite: “Na atividade leiteira, o projeto visa ainda o aumento da produção das vacas em lactação, sair da média que é

Lote

hoje de 20 l/vaca/dia para 25 l/vacas/dia, por meio da melhoria da alimentação e divisão de lotes. E ainda aumentar nosso plantel produtivo de 46 animais para 70 vacas, capacidade máxima da propriedade”. Ela ressalta que a melhoria na alimentação está ligada diretamente à capacidade de produção de cada vaca.“Durante o curso, verifiquei que tínhamos informações e dados concretos, mas não aplicávamos em nada. Quando comecei a reparar nas informações, percebi que os animais que estavam em pico de produção estavam comendo a mesma quantidade que os animais que estavam em fim de lactação. Corrigimos a alimentação, com a divisão de lotes e hoje as vacas comem condizente com o que elas produzem. Com isso, já conseguimos melhorar nossa média de 20 l/dia para 23 l/dia”.

Animal Sem corda

Corda amarela

Corda vermelha

20lts

20 a 28 lts

Acima de 28 lts

À vontade

À vontade

À vontade

Silagem

20 kg

20 kg

20 kg

Ração

4 kg

6 kg

8 kg

1/5 kg

1/5 kg

1/5 kg

À vontade

À vontade

À vontade

10 gr

20 gr

30 gr

Alimentação Pasto

2/5 se de soja Sal mineral Sal homeopático

O sistema funciona da seguinte forma: cada vaca recebe uma corda amarrada ao pescoço, com uma cor correspondente a sua média de produção. E cada cor representa também a quantidade de alimentação que o animal recebe. Confira na tabela, a proposta: Ana Paula conta que não esperava ficar na final do concurso. “Fiquei surpresa quando soube que fui selecionada, porque minha intenção sempre foi de aplicar tudo que aprendi e o que elaborei aqui na propriedade. Fiquei bastante satisfeita ao ficar entre os finalistas, mas principalmente com o que o Empreendedor Rural me proporcionou. Hoje tenho certeza que uma gestão eficiente é totalmente importante para o bom funcionamento de uma propriedade rural”.

O casal Ana Paula e Cleiton Schmitt, com os filhos João Pedro e Sophia

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DETALHE: O simples ato de colocar uma corda no pescoço de cada vaca de acordo com sua produção, melhora a alimentação e consequentemente, os custos.

Aparecido Ademir Grosse, Ana Paula Schmitt, Francieli Grings e o presidente do Sindicato Rural de Pitanga, Luiz Carlos Zampier

Apoio do Sindicato Rural O Sindicato Rural de Pitanga, segundo Ana Paula, foi um grande apoiador do curso. “Eu considero o Sindicato como um grande parceiro nosso, porque não conseguimos agir sozinho. A parceria Senar e Sindicato Rural têm possibilitado a capacitação dos produtores e com isso, a melhoria das propriedades rurais de Pitanga e região”. O mobilizador do Senar, em Pitanga, Elias Junior, afirma que a parceria com o Sindicato é fundamental para que o Senar esteja atu-

ando na região com sucesso. “O presidente do Sindicato Rural, Luiz Carlos Zampier, valoriza bastante o Senar e sempre está nos incentivando a atuar junto aos produtores na região. Tanto que havia a possibilidade do Empreendedor Rural não sair em Pitanga, mas ele nos deu o aval para garantir o curso e nos incentivou bastante. Nós saímos alguns dias em várias comunidades, convidando pessoalmente os produtores, até sair a turma”.

Em Boa Ventura de São Roque, o Haras ZV - Agropecuária Zampier, investe no Quarto de Milha buscando alta genética O Haras ZV, definiu dois projetos para o seu criatório, sendo linhagens para modalidade dos três tambores e outro para laço (laço comprido, team roping, entre outros). Para os três tambores, o Haras tem em seu plantel, as principais linhagens brasileiras e mundiais. Matrizes e potros filhos de El Shady Zorrero, maior produtor de todos os tempos em todas as modalidades da ABQM, A Streak Of Fling, garanhão sensação nos EUA. Também produtos do maior garanhão da modalidade nos Estados Unidos, Dash Ta Fame. A expectativa para a próxima geração é o nascimento de dois futuros campeões, um filho de Das Ta Fame, numa égua produtora de 500 mil dólares nos EUA, irmã de Apolo VM. E outro filho de El Shady Zorrero, na Famous Copy (Dash Ta Fame), mãe da fenomenal Três Uno Quatro (uma das principais atletas dos três tambores na atualidade). Atualmente, o Haras tem um potro

em início de competição, correndo nas principais pistas do Brasil. Fling Fame EK, filho de A Streak Of Fling X Calmeasissyagain (a segunda filha mais pontuada no Brasil do Dash TaFame). Sua mãe, recentemente negociada, está entre as três maiores transações da raça no Brasil. No projeto para o laço, atendendo a demanda regional, contamos com matrizes da linhagem do trabalho de alta genética, como filhas do reservado campeão mundial de apartação Docs Nifty Nugget, Mister Slydun Pine, Gold O’lenaPep TMR, Osiris Jay Bee Dee, entre outras. E servindo as matrizes, o Haras conta com o jovem garanhão rosilho, Peeka Lil Pep, filho de pai e mãe importados dos Estados Unidos. O garanhão tem em seu pedigree quatro grandes pilares da raça, Peptoboonsmal, Smart Little Lena, High Brow Cat e Grays Starlight). O Haras ZV é administrado por Vinícius Zampier, engenheiro agrônomo e produtor rural.

Telefone: 42 99800 9943

E-mail: zampier_agronomia@hotmail.com Revista do Produtor Rural do Paraná

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MANCHETE

O AGRONEGÓCIO EM 2016: UM ANO DE SUPERAÇÃO Texto: Geyssica Reis | Lucas Bello | Manoel Godoy Edição: Luciana Queiroga

H

á muito tempo o agronégocio se consolidou com um dos setores mais resistentes da economia brasileira. A cada ciclo de crise o agro até balança, mas apesar de algumas envergaduras, consegue se manter de pé e graças a essa resistência impressionante o setor impede que outras áreas produtivas afundem num mar de problemas sem fim. Nesse sentido, podemos afirmar, sem dúvidas, que o ano que está prestes a acabar, mais uma vez não foi dos mais fáceis

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Revista do Produtor Rural do Paraná

para o produtor rural brasileiro. Para Ágide Meneguette, presidente da Federação da Agricultura do Estado do Paraná - FAEP, 2016 foi um ano muito complicado em razão das questões políticas e da crise econômica que deixou 12 milhões de desempregados e provocou a redução no PIB pelo terceiro ano consecutivo: “é claro que o agronegócio se ressente com a recessão, mas provavelmente sente menos que os outros setores em razão das exportações e da formação de preços em âmbito internacional”.

O principal aliado, segundo o presidente da FAEP, mais uma vez foi o câmbio que ajudou a dar um fôlego extra ao agronegócio, mas ele também pontua o vilão-mór de 2016: “o clima, com fortes chuvas do início do ano, impactou negativamente na produtividade e assim os produtores colheram menos do que se esperava”. A questão do clima também é apontada pelo Secretário de Agricultura do Paraná, Norberto Ortigara, como a principal dificuldade do setor em 2016. Esse ano houve


Foto: Governo do Estado

Norberto Ortigara, secretário de estado da Agricultura

produção de frangos, com troca de comando e fortalecimento de capital na mão de outros donos. E ainda, vamos iniciar o processo de ampliação da produção de suínos para atender os contratos de exportação”. Outra ação que poderá ser positiva para o agronegócio paranaense na opinião do secretário será a iniciativa na área de Sanidade Animal. Segundo Ortigara, o Paraná está negociando com o estado do Mato Grosso do Sul, para sintonizar as ações e eliminar de vez da febre aftosa, doença que prejudica as exportações de carnes bovina e suína. “Queremos criar um ambiente mais aberto ao comércio de carnes”, disse. Em entrevista com lideranças do setor, a REVISTA DO PRODUTOR RURAL fez um resumo da avaliação do ano referente a agricultura e pecuária regional, além de perspectivas para 2017. Confira a seguir: Foto: FAEP

excesso de chuvas na primeira safra e geadas no inverno, eventos que influenciaram diretamente na redução da safra de grãos do Estado. As perdas são estimadas em 4,6 milhões de toneladas na produção de soja, milho e feijão: “apesar de ter sido um ano com crise profunda na economia e de perdas significativas na produção de grãos em função do clima, o agronegócio brasileiro teve um desempenho razoável”, pontuou o secretário. Na avaliação do secretário, o agronegócio ainda enfrentou outras dificuldades, como queda de consumo interno e redução de espaço no mercado externo. Prova disso é que a China, um dos maiores parceiros comerciais do Brasil, reduziu as compras de grãos em 2016. Em contrapartida, a valorização da moeda que ocorreu até o mês de setembro elevou a lucratividade das commodities. Em termos gerais, Ortigara aprova 2016, mas pontua que nem todos os setores do agronegócio tiveram rendimento satisfatório: “foi uma safra boa em termos de rendimento, tivemos preços razoáveis para quase todos os produtos, a consolidação do Paraná como segundo produtor de leite no ranking nacional e a manutenção da liderança na produção de frangos. Além disso, houve a recuperação do setor de mandioca, que vinha acumulando prejuízos no ano anterior e a produção de fumo se manteve com boa remuneração aos produtores”, destacou o secretário. O quadro de 2016, no entanto, não contamina as opiniões do presidente da FAEP e do secretário de Agricultura do Paraná ao

analisarem as perspectivas para 2017. Meneguette acredita que os indicadores econômicos que apontam tendência de crescimento estão corretos e mesmo cauteloso indica otimismo: “para o próximo ano espera-se uma melhora na economia. O próprio mercado está estimando um crescimento do PIB em torno de 1%. É muito pouco, mas melhor do que as resultados negativos dos três últimos anos. Creio que 2017 marcará a reconstrução da economia, mas apenas se as reformas – previdência, trabalhista, tributária, educacional e, principalmente a política – forem aprovadas pelo Congresso Nacional e implementadas pelo Governo”. O presidente da FAEP destaca que não adianta fazer previsão positiva e cruzar os braços esperando que tudo caia do céu: “para que isso aconteça, a sociedade precisa estar atenta e mobilizada, fazendo pressão sobre o Parlamento. Esta é condição indispensável para que o Brasil saia desta situação pantanosa e volte a se desenvolver. Deixar para traz os tristes episódios de incompetência e corrupção”. O secretário Ortigara acredita em melhores condições de produção e de investimentos no setor. E destaca que, com ajuda do clima, a safra 2016/17 poderá registrar recordes. Além disso, ele ressalta que se o Brasil, de fato, recolocar a política econômica nos trilhos, o País poderá crescer em torno de 1%, o que reanima um pouco a economia e eleva o número de criação de empregos: “também não vejo problemas de renda para os agricultores, porque a moeda deve seguir desvalorizada, o que vai favorecer bons preços para exportação e destravar o comércio. Poderemos ter ajustes na

Ágide Menegette, presidente da FAEP

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GRÃOS ARTHUR BITTENCOURT FILHO Chefe da Regional da SEAB em Guarapuava

“O ano de 2016 foi bastante positivo. Ocorreu uma redução em relação à safra anterior. Por outro lado, a produtividade foi muito boa. Os produtores também obtiveram um preço considerado bastante satisfatório, o que justifica até um incremento na área plantada para a safra 2016/2017. Estamos praticamente com o plantio ultimado na região. A cultura está apresentando bom desenvolvimento. As condições meteorológicas estão satisfatórias”.

MILHO

“Foi um ano bom na região do Núcleo Regional da SEAB. A produtividade média foi boa, os preços também foram bastante satisfatórios, atingindo até um patamar acima do que se esperava inicialmente, proporcionando um bom retorno para os produtores. Já para 2017, temos uma safra dos EUA que ficou em nível bastante alto – fala-se até em 118 milhões de toneladas. Aqui no Cone Sul, a produção esperada também é alta. Com toda essa produção e mais a valorização que ocorreu no dolár, é de se esperar um preço menor do que foi vigente em 2016”.

SOJA

“Verificou-se uma redução na área plantada pelo Núcleo Regional de Guarapuava. No entanto, as condições climáticas na safra 2016 foram boas. Obteve-se ótima produtividade e boa qualidade de grão”.

TRIGO

“Na safra 2016/2017, verificamos aumento na área plantada. A cultura está apresentando bom desenvolvimento. Para o feijão da seca, já está se prevendo um aumento da área plantada”.

FEIJÃO

WILSON JULIANI

Engenheiro Agrônomo - COAMO - Guarapuava “Na produtividade, os cooperados aqui na região de Guarapuava tiveram excelentes resultados, com boas produtividades. Na média, ficou acima de 11 mil quilos por hectare. Eles comercializaram a preços até superiores ao que se pensava no início da safra 2015/2016. Tanto que isso promoveu um aumento de plantio para a safra 2016/2017. Para esta safra, o produtor fez a lição de casa, investiu, apostando em boa produtividade”.

MILHO

“Da mesma forma, na soja 2015/2016, os produtores investiram bastante. Com esse investimento e uma condição de clima adequada – apesar de que no final houve ocorrência de ferrugem –, tiveram excelentes produtividades, chegando na média próximos aos 4 mil quilos por hectare. Quanto à comercialização, tiveram bons preços médios, com contratos antecipados, o que gerou uma boa renda. Estamos praticamente no final do plantio da safra 2016/2017. O produtor investiu bem. Dependemos das condições climáticas para que tenhamos bons resultados. Em termos TRIGO de comercialização, as perspectivas são boas, tivemos bons contratos antecipados”.

SOJA

“O ano correu muito bem. As condições climáticas foram extremamente favoráveis. Acho que atingimos produtividades como nunca tivemos em anos anteriores. A única dificuldade hoje se encontra na comercialização. Estamos aguardando a liberação dos leilões PEPRO, por parte do governo”.

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LEANDRO BREN

Engenheiro Agrônomo - Cooperativa Agrária - Guarapuava “A safra 2015/2016 superou a produtividade recorde da Agrária, que tinha sido atingida em 2013, de 12.238 quilos por hectare, com média de 12.272 quilos por hectare. Quando se faz uma previsão para a próxima safra, sempre se espera que seja pelo menos igual ou maior do que a passada. Mas já está confirmado o fenômeno La Niña. Isso vai significar temperaturas mais amenas, ou seja, para o milho, mais favorável. Porém, chuvas abaixo da média, com um verão um pouco mais difícil. Mesmo havendo La Niña, até o momento tivemos chuvas que favoreceram. O risco serão os veranicos no florescimento”.

MILHO

“Também foi um ano bom, com produtividade média de 3.995 quilos por hectare. Para 2017, o cenário com La Niña é de riscos de veranicos e a distribuição desuniforme de chuvas. Mas uma das vantagens é que, por termos cereais de inverno, o plantio entra pelo mês de dezembro e o La Niña vai perdurar até janeiro. Provavelmente, a soja vai entrar em florescimento num momento em que as perspectivas climáticas sejam mais favoráveis”.

SOJA

“Ainda temos trigo para colher, mas com certeza a média vai passar de 4.000 quilos por hectare. Na cevada, mais de 5.500 quilos por hectare. No trigo e na cevada, mais do que produzir, é preciso ter qualidade. E o trigo e a cevada produzidos atingiram a qualidade das indústrias da Agrária. No trigo, para o ano que vem, o que continua uma incógnita é o preço”.

TRIGO

BOVINOCULTURA DE CORTE EDIO SANDER

Bovinocultor e presidente da CooperAliança Carnes Nobres “Em minha opinião, há dois tipos de pecuária atualmente: a que emprega tecnologia e a que não usa nenhum tipo de tecnologia. A pecuária que emprega tecnologia se saiu bem neste ano, na medida do possível. Porque quem emprega tecnologia e conhecimento tem, consequentemente, maior produtividade. Mas aqueles produtores que ainda trabalham com uma pecuária extrativista, tiveram muito mais dificuldades, já que os custos aumentaram e a produtividade não. O nicho de mercado que não sofreu neste ano foi o de carne especial, pois há uma fidelidade de cliente no setor. Quem consome este tipo de carne, não deixou de consumir em 2016. Falando em nível regional, nossos cooperados têm uma certa proteção de preço. Além disso, oferecemos um prêmio, como chamamos, porque 75% da produção de carne Angus é certificada. O cooperado recebe R$ 8,00 por arroba, além da premiação que oferecemos por animais precoces

e hiper precoces. E isso o mercado comum não paga. O Paraná está melhorando, ano a ano, o preço da carne. Nosso preço está superior ao de São Paulo, por exemplo, já há algum tempo. E com isso, mesmo que o pecuarista não esteja inserido em uma cooperativa, ele acaba lucrando, pois a carne valoriza. É importante ressaltar que o mercado comum também pode melhorar com o emprego de mais tecnologia. Mesmo que o preço não seja reconhecido pela melhoria da qualidade, a longo prazo, com uma produtividade melhor, o produtor pode conseguir uma melhor rentabilidade. Para o ano que vem, pelo menos no primeiro semestre, não vejo uma recuperação via preço do boi e sim via redução de custos. Já enxergamos uma redução no custo do bezerro e da ração. E mesmo se a alimentação ficar mais cara, por causa do milho, o pecuarista tem o pasto e por isso, é fundamental o investimento na qualidade da pastagem”.

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RODOLPHO LUIZ WERNECK BOTELHO

Bovinocultor, presidente da Comissão Técnica de Bovinocultura de Corte da Faep e coordenador do Programa Pecuária Moderna “2016 começou com um custo de bezerro valorizado, ainda por reflexo da redução de matrizes que ocorreu não só no Paraná, mas em todo o Brasil. Os terminadores confinadores ficaram preocupados com a desaceleração do crescimento do Brasil e com o consumo de carne a nível nacional, que caiu em relação aos anos anteriores. Em contrapartida, houve um leve aumento nas exportações, mas com o crédito mais curto, o pecuarista ficou receoso em fazer alguns investimentos, em consequência não só da rentabilidade, mas o que essa recessão econômica poderia trazer no futuro. Os preços estão relativamente estáveis, embora não tenha ocorrido aumento no segundo semestre. A FAEP, juntamente com a Comissão Técnica de Bovinocultura de Corte e o Sindicato Rural de Guarapuava, tem trabalhado no Paraná e aqui na região para levar informação e tecnologia para o pecuarista. Entendemos que não é fácil a captação de informações pelos produtores e até mesmo de novas tecnologias, mas é necessário que alguns pecuaristas sejam irradiadores dessa tecnologia na sua região. Isso porque temos visto uma discrepância

muito grande dentro do sistema produtivo, seja em produção de kg/ha, como em rentabilidade. Tem gente muito eficiente na pecuária, até com resultados similares de rentabilidade à agricultura, e tem gente que ainda está quase na idade da pedra. Precisamos melhorar essa média. O pecuarista precisa entender que hoje ele não é mais um produtor de boi e sim de carne. O que ele vende é carne e essa carne precisa ter qualidade, suculência, maciez e rastreabilidade. O Brasil é um grande produtor e exportador de gado comercial no mundo, portanto, se trabalharmos com qualidade e sanidade, temos um grande potencial de crescimento. Temos visto, nos últimos anos, alguns nichos de mercado, com um trabalho diferenciado de remuneração e bonificação de carne de alta qualidade. Esse mercado tem sentido menos o impacto da crise brasileira. O Brasil está trabalhando para sair dessa crise, mas não vai melhorar num passe de mágica. O produtor precisa continuar firme no seu propósito, no seu trabalho, na gestão da sua propriedade e a pecuária tem muito ainda a ganhar em eficiência, produtividade e rentabilidade”.

JOSÉ HAMILTON MOSS FILHO Pecuarista de corte

“2016 foi um ano complicado para o pecuarista de engorda. O preço do bezerro subiu demais, descolando entorno de 40% acima da arroba do boi gordo e o milho bateu recordes históricos de preço. Só viabilizou o confina`mento de bezerros para a CooperAliança, que pratica um preço bem acima do mercado pela qualidade dos animais que abate. No meu caso especifico, que busco dinheiro no mercado, foi

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pior ainda, pois as taxas de juros estavam horríveis. No mercado de carne comum trabalhou-se empatando ou até perdendo dinheiro. No caso dos touros puros, a demanda foi muito forte, mas o preço foi mais baixo do que o ano passado. Para 2017, esperamos um cenário bem melhor, já que o bezerro baixou significativamente e com o preço do milho e entrada da safra nova deve acontecer a mesma coisa”.


BOVINOCULTURA DE LEITE Apontada pela Secretaria de Agricultura como um campo de destaque do agronegócio em 2016 apesar do cenário geral de crise, o setor da bovinocultura de leite se divide ao analisar o ano que está terminando. Para Edson Bastos, presidente da Cooperativa Agropecuária Mista de Guarapuava (Coamig), 2016 foi um ano absolutamente atípico, de altas e baixas de preços nunca vistos na história: “deve ser reflexo de oferta e procura, porque a demanda era muito alta e os preços chegaram nesses patamares. Nesses últimos dois meses, o leite está em queda. Pensamos que está voltando aos patamares mais ou menos normais para a época do ano. Lembramos que o leite sempre tem preço sazonal, mas agora acreditamos que esteja chegando nos preços mais normais”. O diretor do Sindicato Rural, representante da Comissão Técnica de Bovinocultura de Leite da entidade, produtor Jairo Luiz Ramos Neto, também destaca a variação como principal fator complicador para o setor: “tivemos um início de ano de valores relativamente baixos no leite. Entre julho, agosto e setembro tivemos uma alta nos preços e agora estamos vivendo novamente fase de quedas nos preços. E isso se torna bastante complicado porque, na verdade, nossos custos só subiram, eles não diminuíram ao longo do ano, então ficou difícil”, observa Jairo Neto. A opinião é compartilhada pelo representante da Comissão Técnica de Bovinocultura de Leite da Federação da Agricultura do Estado do Paraná (FAEP), Roberto Motta Junior. Ele acrescenta na conta da variação de preços a entrada de novos concorrentes no mercado (leite em pó, leite in natura vindo de outros estados e países) interno que ofertaram grandes quantidades por menores preços para a indústria local: “nós participamos de algumas reuniões da Federação onde foi feito um relato de que o leite lá fora era mais barato e também que a oferta era muito grande e isso também influenciou o mercado. E, no momento, também pela safra do leite, é normal que nessa época ele desça, não de forma extrema, não de forma tão baixa,

nem tão alta, mas uma média. A expectativa é que daqui para frente não baixe muito mais do que isso, para que no começo do ano possamos nos recuperar, reagir de novo”. Outro produtor, diretor e membro da Comissão Técnica de Bovinocultura de Leite do Sindicato Rural, Anton Egles, complementa a análise de 2016 incluindo a queda na produção como um dos fatores que contribuíram para a enorme variação de preços: “por falta de produção, o leite começou a subir a uns níveis até inesperados e infelizmente foi por falta de produção e não por demanda de leite. E, com isso, não foi possível sustentar os preços. No terceiro trimestre, começou a baixar e infelizmente a tendência é que até o fim do ano baixe ainda mais” finalizou. Ao falar de 2017 todos são enfáticos: o mercado do leite não permite projeções precisas: “é difícil hein? Se nós soubéssemos, compraríamos mais leite ou mais vacas, né? Mas a tendência normal é que o mercado volte à normalidade: preço registrando queda no final de ano; recuperação no início do ano seguinte, começando a reagir até agosto e setembro, quando começa novamente a estabilizar ou diminuir aos poucos. Então o que a gente deseja é isso. Mas se vai acontecer não sabemos, vamos ter que chegar lá para ver”, pontuou Motta. “É difícil prever qualquer coisa relacionada ao leite. Mas penso que não teremos repetição do ano presente. Teremos um ano de maior estabilidade, porque os produtores têm consciência a partir da queda que houve, de que as coisas tem que ser bem conduzidas, bem planejadas, com seus clientes mais reais e não pensar muito em oportunidades. Pensar no coletivo sempre. Produzir com qualidade que o mercado exige e manter clientes efetivos, não provisórios, inclusive na indústria. E lembrar sempre que ele deve produzir pensando no consumidor final”, declarou Edson Bastos. “Eu gostaria que os insumos, que nesse ano também se elevaram muito em relação a preços, se estabilizassem de forma que possamos manter o preço do leite nessa faixa atual. Provavelmente teremos um ano bom de novo,

Edson Bastos

Jairo Luiz Ramos Neto

Roberto Motta Júnior

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Anton Egles

com lucratividade razoável que permita ao produtor se manter, investir e ser de fato uma economia de novo. Para isso, também é preciso uma boa gestão, evitar investimentos fora da realidade e tentar o máximo de qualidade, com investimento em pastagens para tentar reduzir os custos de produção”, concluiu Anton. “Eu espero que a gente tenha ao menos uma certa tranquilidade para trabalhar e preços justos para nosso produto, porque não há outra forma de encarar a atividade, senão acreditar que ela é interessante, que remunera razoavelmente bem. E isso ocorre porque essa é uma atividade onde você

tem que estar constantemente investindo em melhorias, em equipamentos, instalações, compra de animais, contratação de funcionários. Então tem que acreditar que a temporada seja boa e eu espero que seja. Porque esse ano, apesar de todo quadro de crise, particularmente fiz alguns investimentos em mais animais, melhorias de equipamentos, instalações. Houve certo investimento e espero que em 2017 esse investimento me traga bons resultados e por bons resultados entendemos o preço do leite, pois com preços ajustados a gente consegue se ajustar e ter um certo ganho”, finaliza Jairo Neto.

ERVA-MATE WALDEMAR GETESKI Produtor de erva-mate

“Para região de Guarapuava, eu diria que os pontos positivos em 2016 foram: participação expressiva dos produtores de Guarapuava no Simpósio de Erva-Mate, em Curitiba, que foi o maior evento do setor no sul do Brasil, em 2016. Destacamos também que foi um ano favorável no que se refere às condições climáticas. Tivemos um bom índice pluviométrico, que acarretou no bom desenvolvimento da planta, livre de pragas e grande quantidade de folha. Elencamos a presença do Sindicato Rural, em parceria com o Senar, promovendo cursos na área de erva-mate, capacitando os produtores. Isso tudo foi possível por meio da formação da Comissão Técnica de Erva-Mate do Sindicato Rural, um grupo de produtores que está bem fortalecido, onde temos produtores que estão fazendo um diagnóstico para implantar ervais, produtores que estão plantando, mas possuem ervais jovens e temos produtores com ervais produtivos e comercializando a produção. Além disso, destacamos a revitalização das estradas rurais no distrito de Guairacá, que possui uma quantidade expressiva de ervais. Quando o produtor faz a colheita da erva-mate, é necessário realizar o transporte o mais rápido possível, pois assim como o leite, a erva-mate é um produto perecível. E as estradas rurais nessa região e em outras

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de Guarapuava, era o grande ponto de estrangulamento. O Sindicato Rural provocou uma reunião com o poder público local para debater o assunto e as demandas solicitadas foram atendidas por meio de parcerias. Com isso, hoje temos condição de escoar nossa produção, tanto com sol ou chuva. Em nível nacional, a produção de erva-mate acontece no Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e uma parte do Mato Grosso do Sul. O Paraná ainda é o maior produtor de erva-mate no Brasil e o maior consumidor é o Rio Grande do Sul. Mas a indústria paranaense está perdendo um pouco do mercado por questões tributárias, porque quando a indústria paranaense envia o produto para o estado gaúcho é tributado pelo governo do Paraná com 12% de ICMS. Quando a indústria gaúcha abastece o mercado local tem uma tributação de 7% de ICMS. Esse diferencial de alíquota de ICMS somado ao custo do frete inviabiliza a indústria paranaense de chegar até o mercado gaúcho, isso gera um enfraquecimento e diminuição de volume de matéria-prima, que a nossa indústria paranaense precisa. Por conta disso, estima-se que, nesse ano, praticamente 1/3 da produção ficou na propriedade rural, porque o produtor não conseguiu comercializar a erva-mate. Além disso, em 2016, os produtores


deste setor também sofreram devido à baixa de preço da erva-mate. Iniciamos o ano comercializando a R$ 19,00 a arroba de erva-mate crua e hoje estamos entregando a R$ 13,50 a arroba. O custo também aumentou, na mão-de-obra de colheita, manutenção dos ervais, insumos, como calcário, adu-

bação a base de fósforo e também o combustível da roçadeira. Mas a erva-mate continua otimista, principalmente porque há mais divulgações dos benefícios que ela traz para saúde. Portanto, temos expectativas otimistas que o mercado pode continuar crescendo, com o aumento de consumo”.

MARCELO SCHIER

Produtor de erva-mate e proprietário de agroindústria “Podemos dizer que em 2016 os produtores conseguiram uma boa renda com essa cultura, pois aliaram uma ótima produção de folhas, com a média de preços por arroba, ao entregar para as indústrias beneficiadoras. O clima em 2015 e 2016 ajudou muito na quantidade de brotação e produção dos pés de erva-mate. Nesse ano, os preços ofertados pelas empresas não foram tão atraentes como em anos anteriores, devido à lei da oferta e procura. Além disso, houve aumento nos custos de beneficiamento e tecnologia aplicada no campo, para melhorias

na colheita. Houve falta de mão-de-obra qualificada, onerando a cadeia produtiva da erva-mate. A cultura vem se destacando cada vez mais no mercado nacional e internacional, por apresentar uma infinidade de produtos e propriedades, o que vem despertando o interesse de muitas empresas do segmento medicinal, estético e alimentício. Sabemos que produzir erva mate é uma paixão, que nos alegra ainda mais em saber que essa cultura pode ter um futuro brilhante, se conseguirmos dar continuidade nas pesquisas e parcerias comerciais”.

SETOR FLORESTAL LUIZ CARLOS VALTRIN

Golden Tree Reflorestadora – Mudas (Guarapuava) “Para fazer uma avaliação deste ano, vamos dividir o período em dois segmentos: eucalipto e pinus. No setor de pinus, comercializamos um volume bem razoável de mudas. Para o eucalipto, foi um ano ruim. Existe uma oferta muito grande de florestas de eucalipto na região, fazendo com que caiam os preços. O volume de mudas que vendemos foi bem menor do que em outros anos. Creio que a partir do final de 2017, ou talvez início de 2018, essas florestas não existam mais e o preço comece a se mexer. No pinus, vejo um mercado promissor. Instalou-se em Guarapuava a empresa Klabin. Isso ajuda muito, porque é um grande comprador. Nessa mesma esteira, tem a Araupel, que já está comprando madeira daqui. Como o ciclo do pinus é um pouco

mais longo, se essa madeira sai da região e não entra outra no lugar, consequentemente vejo um cenário positivo, porque logo os preços vão ter que melhorar. Assim como a agricultura tem muitos cenários, que são estudados por vários especialistas, a silvicultura precisa saber: qual é a tendência de mercado? As pessoas precisam se inteirar mais sobre as tendências antes de fazer o investimento. Por exemplo: no ano de 2002, a madeira de 18 a 24 cm, que é uma das mais utilizadas aqui pelas indústrias, tinha o mesmo preço de hoje. Este cenário vai mudar no momento em que este volume gigante dessa madeira sair do mercado e o mercado puder pagar o que o produto vale. Com certeza, esperamos que tenha um preço superior no futuro”.

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SUINOCULTURA RAINER LEH

representante da Comissão Técnica de Suinocultura da Federação da Agricultura do Estado do Paraná (FAEP) Ao falar sobre o ano de 2016 para a suinocultura, o representante da Comissão Técnica de Suinocultura da Federação da Agricultura do Estado do Paraná (FAEP), produtor rural Rainer Leh, não alivia o tom: “se fosse para resumir 2016 em uma palavra foi uma catástrofe. Vivenciamos provavelmente o pior ano desde 1994, quando iniciamos na atividade. Foi o famoso efeito tesoura, quando o custo de produção sobe e o preço de venda cai. Esse ano teve seu ápice, foi muito rápido e muito agudo”, afirmou. Para reforçar suas palavras, ele citou uma série de exemplos: “milho batendo 52 reais a saca e em algumas situações até mais. No começo do ano tivemos também o farelo de soja a quase 1600 reais a tonelada e no mesmo momento chegamos a comercializar o suíno a posto-granja a R$ 2,75 o kg vivo, então foi assim, muito complicado. E a par disso, nós tivemos em 2015, mas acabou sendo carregado para esse ano também, os reajustes na energia elétrica. Então o custo de produção subiu muito, mais que acima da média dos reajustes dos anos anteriores”, pontuou. A grande concorrência interna também foi destacada por Rainer como um problema grave, enfrentado pelo setor, sobretudo no primeiro semestre, que foi o pior momento do ano, pois o excesso acabou pressionando para baixo o preço de mercado do produto. “No segundo semestre até melhoraram os preços, mas demorou muito a equalizar essa balança do custo de produção. Ele continua um pouco acima, mas agora já tende a estabilizar. O milho está, em média, a R$ 33 o kg, o que é um preço justo tanto para o produtor quanto para o consumidor, mas mesmo assim vamos carregar uma ferida muito grande para o ano de 2017” concluiu. O produtor também destaca os pontos positivos de 2016: “Um deles foi o trabalho da Comissão de Suinocultura da FAEP. A classe conseguiu angariar algumas linhas de crédito, de contenção da produção, teve aquela linha de retenção de matrizes via Banco do Brasil que foi liberada, e foi uma medida muito boa, teve também a isenção parcial do ICMS através da FAEP. Então alguns pontos positivos que eu poderia destacar são esses, nesse momento de dificuldade”, disse Leh, pontuando também a importância da Associação Paranaense de Suinocultores (APS). Para 2017, a expectativa, baseada na experiência dos anos na atividade é que um ano de crise indica um ano seguinte de bons negócios para a suinocultura: “a esperança de que seja realmente um ano bom após esse 2016, para que todos possam se animar e investir no ramo. A atividade da suinocultura não é como outras em que você pensa ‘tá ruim, vou sair’. É uma atividade duradoura, não permite muito oportunismo no mercado. Ou você se especializa e fica nos anos bons e ruins ou você, em algum momento, sai e não volta mais”, destacou. Antes de finalizar, Leh justifica o otimismo: “com uma crise tão forte, muitos saíram da atividade. Não só suinocultores e avicultores, mas o plantel de carne nacional foi reduzido. Então o que se imagina é que o milho volte a se estabilizar, o custo de produção volte a baixar e a demanda por carne se mantenha um pouco mais aquecida ou no mesmo nível”. E é assim, com esperança de melhoria no cenário econômico nacional que a suinocultura se despede de 2016.

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OVINOCULTURA ADRIANE AZEVEDO

Presidente da Comissão Técnica de Ovino-Caprinocultura da FAEP e vice-presidente da CooperAliança Carnes Nobres “A ovinocultura em 2016 cresceu. Continua sendo uma atividade promissora, uma cadeia que precisa ainda de muito esforço de todos os elos. Embora estejamos no setor carne, outras cadeias estão muito a frente. Mas estamos tentando sempre fazer um trabalho interessante, não só em nível de município, como em nível estadual. Em questão de produção, na CooperAliança estamos bastante satisfeitos, pois conseguimos atingir nossa meta. Vamos fechar o ano com 50% a mais de produção. Acreditamos que em 2017 haja mais crescimento. Temos bastante procura de produtores querendo ingressar na cooperativa e interessados pela ovinocultura. O mercado da carne ovina continua aquecido, pois trata-se de uma carne nobre, conseguindo se manter com preço atrativo. Os custos de produção sofreram uma alta durante o ano, mas conseguimos agregar valor ao produto, remunerando o produtor. No Paraná, é importante citar que

desenvolvemos um trabalho importante em 2016, junto a FAEP, pela Comissão Técnica de Ovino e Caprinocultura. Foi um trabalho de pesquisa de preço do cordeiro produzido no Paraná. Participaram desta pesquisa cinco cooperativas do Estado e, foram selecionados cinco propriedades de cada uma delas. Foi avaliado o preço em diversas formas de produção do cordeiro, como integração lavoura-pecuária, integração suinocultura, só a ovinocultura, entre outras. O resultado foi positivo, porque o produtor teve a possibilidade de olhar para propriedade e analisar quais são seus pontos fracos e como ele pode melhorar para aumentar sua rentabilidade. Também foi desenvolvida uma planilha para que ele anote todos seus custos, tendo um controle financeiro da sua atividade. Em 2017, queremos continuar esse trabalho, implantando essa planilha em todas as propriedades, para que o produtor possa crescer ainda mais em produtividade e rentabilidade”.

MOREL LUSTOSA RIBAS

Ovinocultor, representante da Comissão Técnica de Ovino-Caprinocultura da FAEP “Neste ano notei o crescimento da ovinocultura. Como produtor, consegui tirar cordeiros mais novos e com bom peso. O mercado está bom, tudo que se produz, vende. Quem tem cordeiro de qualidade está sendo bem remunerado, com um preço bom, pois a carne ovina é considerada uma carne nobre e não teve perda de mercado. O custo de produção veio subindo ao longo do ano, devido ao preço do milho e, consequentemente, da ração. Mas, no geral, penso que foi um ano bom para ovinocultura. Esta cadeia é nova e o grande fator responsável pelo crescimento do setor nos últimos anos foi o engajamento das

cooperativas. Quando você é informal nesse mercado, o preço não é estável e não tem garantia de venda. Já na cooperativa é diferente porque se tem um preço fixo, com garantia de venda. Por isso, eu penso que o caminho para o crescimento desta cadeia produtiva são os produtores fazerem parte das cooperativas e se profissionalizarem na atividade, tendo informações, agregando sempre as novidades e tendo um controle financeiro. Anotando os dados, analisando os custos e enxergando qual é a rentabilidade real. Com isso, a tendência da ovinocultura para o ano que vem e nos próximos anos é de alta e de crescimento”.

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HORTIFRUTICULTURA GABRIEL GERSTER

Representante da Comissão Técnica de Hortifruticultura da Federação da Agricultura do Estado do Paraná (FAEP) “Na cultura do tomate, foi um ano difícil, devido às chuvas de janeiro e fevereiro. O tomate não estava com um aspecto muito saudável. O preço também não ajudou. No meu caso, obtivemos pouco lucro. Neste ano de 2017, não estou plantando tomate, porque tive dois anos um pouco difíceis e também por causa da rotação de cultura. Temos de deixar o solo descansar pelo menos durante uns cinco anos. Para 2017, ainda é muito cedo para falar em perspectivas”.

TOMATE

CEBOLA

“Em 2016, plantei uma área de cebola. Cinco hectares, junto com um sócio. Está sendo interessante a experiência, porém o preço também não está ajudando. O plantio foi feito em julho. Provavelmente daqui a três semanas estarei colhendo. A vantagem da cebola em relação a outros hortifrutis, principalmente tomate, é que dá para guardar, por um bom tempo, e esperar por preços melhores. Em 2017, acredito que os preços podem reagir um pouco, mas não muito. Os dois últimos anos foram muito bons, com preços muito altos. Muita gente acabou plantando e está tendo uma super oferta”. “Eu percebo que, no hortifruti, a comercialização tem piorado. Desde que o Brasil começou esta crise, no final de 2014, parece que os bons compradores e o dinheiro sumiram do mercado. Pretendo continuar no segmento, mas sempre com áreas pequenas, tentando a máxima produtividade por hectare, mas nunca aumentando muito a área. Acredito que área grande, no hortifruti, é um risco muito alto”.

COMERCIALIZAÇÃO

ANTON GORA

Representante da Comissão Técnica de Hortifruticultura da Federação da Agricultura do Estado do Paraná (FAEP) “A hortifruticultura é muito importante para a nossa região, pois temos muitos produtores médios que vão ter sucessão, precisarão dividir a propriedade entre os filhos. Vai ficar cada vez mais difícil plantar grãos em áreas pequenas. Mesmo porque tudo caminha para a produção em escala. A hortifruticultura é possível em áreas pequenas. Acho que é uma ótima opção para os associados do Sindicato Rural de Guarapuava. Nosso clima é muito bom para a atividade. Também está se formando uma estrutura muito boa: existem já várias beneficiadoras de batata e agora, duas de cebola. Em 2016, tivemos bons preços para essas culturas e boas produções, com queda neste final de ano. Batata, cebola, hoje, não pagam o

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custo. A produção parece que vai ser boa, mas os preços ainda não estão colaborando. No entanto, isso faz parte também das culturas do setor. Sempre existiram e sempre existirão esses altos e baixos. Para quem pensa em plantar hortifruti, e para quem planta, é preciso fazer uma média de cinco anos. Contar que num ano o produtor vai ganhar mais dinheiro, no outro pode até perder. Mas vejo que teve muito progresso e acredito que o setor vá continuar crescendo. É muito cedo para a gente prever preço para o ano que vem, mas uma coisa acho muito importante: quem entrar ou quem já está na atividade, tem que ser melhor do que os outros - ter excelente produtividade e qualidade”.


MEIO AMBIENTE HILDEGARD ABT

Representante da Comissão Técnica de Meio Ambiente da FEP Não poderíamos terminar a análise de 2016 sem falar do meio ambiente, afinal sem ele não existiriam áreas para a atividade rural no país. Como em todos os setores ligados a produção rural, 2016 foi um ano de adaptações frente às dificuldades e de transição de regras para o Meio Ambiente, sobretudo quanto ao uso do solo. A produtora Hildegard Abt, que também é integrante da Comissão Técnica de Meio Ambiente da Federação da Agricultura do Estado do Paraná (FAEP), destaca que o ano de 2016 foi marcado pela implantação do Programa Integrado de Conservação de Solo e Água do Paraná, medida considerada fundamental para o desenvolvimento rural: “considero esse programa uma conquista, apesar de muitos produtores o verem com receios” finaliza. Ela frisa que apesar do plantio direto ser amplamente usado no estado e ter causado uma revolução no que diz respeito à conservação de solo e água, só ele não era mais suficiente para tal: “o uso de máquinas maiores e mais pesadas e também efeitos climáticos como o El Niño, com chuvas torrenciais

em poucas horas, só para citar dois fatos relevantes que têm efeito degradante sobre o solo, fizeram surgir a discussão da necessidade de tomada de atitudes para atenuá-los” pontua Hildegard. Segundo a produtora, o programa tem como principal ponto positivo a união entre a iniciativa privada e entidades de pesquisa públicas e privadas em torno da definição de critérios técnicos de sistemas conservacionistas, para a redução da perda de solo e água em solos. Mas Hildegard também destaca os pontos negativos como o custo, que será praticamente todo arcado pelo produtor rural: “o programa deveria incluir o pagamento por serviços ambientais, pois manter o solo coberto, por exemplo, tem custo. Como não há colheita, não haverá renda direta” destaca. Sobre 2017 ela é enfática e objetiva: “será o ano de alinhavar as diretrizes do programa, que veio para ficar e num esforço conjunto trará muitos benefícios. Toda mudança gera receio e desconfiança, mas creio que ao longo dos próximos anos os ganhos serão maiores que os custos e o empenho valerá à pena”, finaliza Hildegard.

Foto: FAEP

CARLA BECK

Engenheira Agrônoma do Departamento TécnicoEconômico da FAEP 2016 foi um ano de muitas ações desenvolvidas pela FAEP na área de meio ambiente. As principais delas ligadas à continuidade da implantação do Novo Código florestal. Por essa razão, a Revista do Produtor Rural conversou com Engenheira Agrônoma do Departamento Técnico-Econômico da FAEP Carla Beck, que nos destacou o que foi feito durante o ano.

Uma das ações foi no sentido de que o produtor rural fizesse o Cadastro Ambiental Rural dentro do prazo para não perder benefícios durante a adequação à nova legislação ambiental e nem a possibilidade de aderir ao Programa de Regularização Ambiental: “realizamos um esforço coletivo, com outras entidades, de mobilização dos produtores rurais” pontuou Carla.

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Diante da dificuldade de alguns produtores a FAEP conseguiu a prorrogação do prazo para conclusão do CAR; também partiu da federação a indicação de melhorias a serem realizadas no Sistema de Cadastro Ambiental Rural (Sicar) e a possibilidade de cancelamento em caso de informação errônea, que não existia: “Outra ação que destaco é que em parceria com a Associação dos Notários e Registradores do Estado do Paraná–Anoreg, requeremos orientação aos registradores de imóveis no Estado do Paraná sobre a Lei no12.651/2012 que desobriga a averbação no Cartório de Registro de Imóveis” pontua.

Licenciamento ambiental da bovinocultura A Faep também atuou no processo de regulamentação do licenciamento ambiental da bovinocultura que tem sido solicitado por agentes financeiros e se manifestou em relação a essa exigência junto ao Instituto Ambiental do Paraná (IAP)

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que determinou a não exigência do Licenciamento de Bovinos até o grupo de trabalho estabelecer os parâmetros para licenciamento.

Portaria do IAP sobre Tríplice Lavagem Os produtores rurais foram orientados com palestras e através do radio, a respeito da nova portaria que revisou e definiu novos critérios de multas para produtores rurais que fizerem a devolução de embalagens de agrotóxicos vazias sem a tríplice lavagem de maneira adequada.

Gestão Sustentável na Agricultura e a Eliminação do BHC A FAEP participou ainda da campanha para o cadastramento dos produtores que possuíam o BHC (Hexaclorobenzeno) em suas propriedades. O trabalho foi realizado em sindicatos rurais, cooperativas e unidades do Instituto Paranaense de Assistência Técnica e Extensão

Rural do Paraná - Emater-PR, escritórios da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento do Estado do Paraná - Seab-PR, do Instituto Ambiental do Paraná - IAP ou da Secretaria de Estado do Meio Ambiente - Sema, onde foi declarada a quantidade de BHC, a localização dos produtos, mesmo que enterrados, para posterior recolhimento. Também foi uma das entidades que assinou o convênio para o recolhimento e destinação de mais 225 toneladas de BHC. Para 2017 as perspectivas são continuar trabalhando com o Programa de Conservação de Solos e Água do Estado do Paraná e na implantação do Programa de Regularização Ambiental. O Programa Integrado de Conservação do Solo e Água foi proposto pela FAEP ao governo do estado. O objetivo é, por meio de uma série de ações, conscientizar e mobilizar o produtor quanto a importância do planejamento, manejo e conservação de solos de sua propriedade.


Sistema FAEP

SENAR-PR: constante modernização dos cursos

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e o produtor rural passa o ano na rotina de um trabalho sem fim, que não termina quando o dia acaba, na instituição que hoje é referência em capacitação rural no Paraná, o SENAR-PR, o ritmo acompanha esta velocidade. Na formatação e proposição de cursos, a entidade busca acompanhar o dinamismo do agronegócio. Tudo isso, como descreve o supervisor regional do SENAR-PR em Guarapuava, Aparecido Ademir Grosse, se resume a trabalho constante. Ele definiu o ano de 2016 como um momento de melhoria: “Foi um ano de grandes esforços internos, na revisão de materiais e criação de novos produtos, estruturando estes no formato de ‘Itinerários Formativos’. Buscamos, com isso, atender a CBO (Classificação Brasileira de Ocupações), possibilitando a qualificação e a disponibilização de uma mão-de-obra qualificada para atender os requisitos de cada profissão”. No âmbito da regional de Guarapuava, que engloba nada menos do que 28 municípios paranaenses, o supervisor complementou que o SENAR-PR também tem estado atento às situações de produção específicas de cada região do Paraná, procurando adaptar o conteúdo às necessidades locais: “Alguns atendimentos ocorreram de forma customizada, ou seja, de acordo com a necessidade de cada cliente”, destacou. Outro aspecto relevante do ano, apontou, foi a elevação da procura: “Pode-se destacar o aumento de demanda de cursos

O papel dos sindicatos rurais cooperados, mobilizadores, instrutores e parceiros foi fundamental para a qualidade dos cursos” Aparecido Grosse, supervisor regional do SENAR-PR em Guarapuava

Regional do SENAR-PR em Guarapuava: Cleide Cardoso Breda e o supervisor Aparecido Grosse atendem 28 municípios paranaenses

para atender às NR, sendo estas exigências legais e cobradas pelo Ministério Público do Trabalho”. Ainda de acordo com Grosse, igualmente importantes em 2016 foram os trabalhos desenvolvidos no âmbito do Programa de Trabalho do SENAR-PR. Na iniciativa, especificou, a Regional de Guarapuava vem atuando com alguns objetivos: capacitar um grande número de trabalhadores rurais; priorizar a qualificação dos que se encontram em estágios mais atrasados em cada segmento; mobilizar todo potencial da sociedade organizada, como sindicatos, cooperativas, estabelecimentos de ensino, pesquisa, fabricantes e distribuidores de insumos, máquinas e equipamentos, órgãos do governo e entidades privadas, estabelecendo acordos de cooperação para trabalhos conjuntos; maximizar os resultados dos recursos financeiros disponíveis, procurando utilizá-los num modelo de gestão de baixos custos fixos, privilegiando as atividades fins; realizar ações

de formação profissional modulares, com alta capilaridade, propiciando igualdade de oportunidades; e combinar qualificação com promoção social, de forma a orientar o trabalhador/produtor a tirar o melhor proveito econômico e social de seu trabalho e/ ou de sua propriedade. Com isso, comentou o supervisor, o SENAR-PR vem cumprindo sua missão , ou seja “realizar ações de formação profissional rural e atividades de promoção social voltadas às pessoas do meio rural, contribuindo com sua profissionalização e melhoria da qualidade de vida, bem como preparando-as para o exercício da cidadania e da busca do desenvolvimento sustentável”. Mas para que todo este trabalho chegue realmente no campo, o supervisor ressaltou como imprescindível o engajamento dos sindicatos rurais. “O papel dos sindicatos rurais cooperados, mobilizadores, instrutores e parceiros, foi fundamental para a qualidade dos cursos, tendo estes o reconhecimento pela sociedade”, concluiu. Revista do Produtor Rural do Paraná

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Plantio Perfeito

Tratorcase apresenta nova plantadeira e colheitadeira em dia de campo

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Concessionária Autorizada Case IH – Tratorcase apresentou aos seus clientes as máquinas que são lançamentos da marca: a Plantadeira EasyRiser 2200 e a Colheitadeira Axial-Flow - Série 130 Modelo 7130 no Dia de Campo Plantio Perfeito, realizado no dia 17 de novembro, na Fazenda Santa Clara, em Candói. Com objetivo de mostrar as recentes tecnologias implantadas nas máquinas foram feitas demonstrações práticas de colheita e plantio, onde os produtores puderam acompanhar e visualizar detalhes técnicos dos equipamentos. “A plantadeira é a vácuo e demonstramos com 11 linhas. A capacidade da máquina é de 1090 kg/caixa de semente e 250 kg por linha de adubo”, destacou o gerente da concessionária em Guarapuava, Luiz Henrique Chimiloski. O resultado deste conjunto de sementes e fertilizante gera uma maior autonomia para o produtor, realizando o plantio em menor tempo. Além disso, o reservatório de sementes tem uma espessura de 7 mm, o dobro do que é utilizado no mercado, tornando-o mais resistente. Chapas laterais no chassis, com 9,5 mm de espessura, reforçam a robustez da plantadeira, assim como novos cilindros para a elevação da máquina para seu transporte, maiores e reforçados. A EasyRiser 2200 também possui o novo Cabo Flexível Heavy Duty, com maior diâmetro, engrenagens que oferecem maior durabilidade e segurança na transmissão do movimento. Já a Colheitadeira Axial-Flow – Série 130, no modelo 7130 apresenta características de maior robustez, menor frequência de manutenção, menor tempo de máquinas parada e baixo consumo de combustível. “É uma classe 7 da nossa linha, com uma

Luiz Henrique Chimiloski, gerente da concessionária Case em Guarapuava

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Evento aconteceu na Agropecuária Santa Clara, em Candói (PR) plataforma draper de 35 pés. Também é uma novidade, mas é uma máquina já conceituada. Veio apenas com umas melhorias e inovações. Estas inovações fizeram dela uma máquina mais robusta e ainda mais eficiente”, ressalta Chimiloski.

pre em busca de novas tecnologias para incrementar a produtividade na propriedade.

Eficiência garantida A Fazenda Santa Clara, que sediou o dia de campo, ficou com as máquinas em experimentação antes do evento. Alex Junior Klein, representante da Agropecuária Santa Clara, aprovou as máquinas. “As diferenças na plantadeira são o corte e a distribuição, ambos muito bons. Estávamos preocupados com o peso, de não conseguir cortar a palha. Mas colocamos do lado das nossas máquinas, com a mesma configuração e ela nos surpreendeu. Como só usamos na fazenda o triplo disco, o sistema dela também nos deixou satisfeitos. A colheitadeira mudou bastante e para melhor. O novo picador que eles colocaram ficou muito bom também. As duas estão aprovadas por nós e estamos pensando em adquirir num futuro próximo”. Para Klein, o dia de campo é importante para os produtores, já que eles estão sem-

Rodrigo Schneider, produtor rural da região de Candói, é cliente da Case desde 2012. Segundo ele, a opção pela marca é o diferencial tecnológico que as máquinas apresentam, além do custo-benefício. Sobre o evento, ele afirmou que “é importante nesta época, pois é necessário, de fato, conhecer a máquina para poder comprar. Não adianta só o vendedor falar, a gente precisa ver os detalhes técnicos e as máquinas em operação. Precisamos saber quais são as vantagens e os defeitos também o que vai depender do ponto de vista de cada produtor”. Schneider ressaltou que nos dias de campo há a possibilidade de discussão com os representantes da concessionária e até da fábrica, para melhorias nas máquinas. “E a Case nesse ponto é bastante eficiente. A empresa ouve os clientes, tanto que a colheitadeira apresentada no evento veio com melhorias que foram solicitadas pelos produtores rurais”, observou.

Alex Junior Klein, representante da Agropecuária Santa Clara no evento

Rodrigo Schneider, produtor rural da região de Candói

Ouvindo o produtor rural


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Outubro Rosa

A influência do estado espiritual na saúde das mulheres

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Coordenadoria das Associações Comerciais e Empresariais do Centro-Oeste do Paraná (Cacicopar Mulher) promoveu no dia 25 de outubro a palestra “Porque sofremos? Porque adoecemos? Porque morremos?”, com a consultora de Desenvolvimento Pessoal e Profissional, Dagmar Castro. O evento foi em prol à campanha Outubro Rosa e contou com o apoio do Sindicato Rural de Guarapuava. A palestra questiona o porquê de apesar de toda a evolução da medicina e da ciência, as mulheres continuam sofrendo com o câncer. Na opinião de Dagmar, as questões espirituais estão ligadas às questões do corpo. “Para começar, eu proponho que as mulheres resgatem o centro de poder que está dentro delas mesmas. Não é um poder de influenciar ou mandar nos outros, mas sim de ter o controle sobre si mesma”, ressaltou a palestrante. Dagmar disse ainda como a segurança própria faz diferença na vida de uma mulher, espiritualmente e fisicamente. “Cada uma tem o seu poder de escolha. Você pode escolher ter ciúmes do seu marido e assim viver angustiada constantemente. Mas você pode ter auto confiança e se garantir. Você pode ser insegura no seu trabalho, mas também pode tomar as rédeas. Você pode escolher viver na correria, cansada, estressada ou então ter prazer em tudo o que faz, se organizar e tornar seus dias melhores. Isso faz toda a diferença na vida, faz com que nos tornemos mais leves, mais livres e mais saudáveis”. Ela ainda propõe que cada mulher resgate a feminilidade que existe dentro de cada uma. Mas ela destaca que feminilidade não quer dizer fragilidade. “Mesmo forte, a mulher deve ser mulher, isso é especial. Nenhuma mulher deve negar o que é. Devemos continuar trabalhando, cuidando da família, da casa, fazer o que sempre fazemos e honrando tudo que conquistamos. Mas de outra maneira, a maneira feminina”. Dagmar continua dizendo: “Como não adoecer? Seja liquida, seja fluida, seja mulher. Ria, celebre, ame, compartilhe, reúna as amigas, se permita viver momentos de beleza, volte a apreciar os homens, não os afastem, eles fazem bem e devem cuidar de nós sim! Precisamos desse tipo de cuidado, de carinho, de atenção”. Ela fala também da importância da fé. “Ter fé em algo maior do que nós é essencial. Eu tenho fé no meu Deus, que cuida de mim, que está comigo sempre. Mas você pode ter fé no que quiser”.

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Compareceram ao evento, mulheres de Guarapuava e região

Dagmar Castro, palestrante e consultora de Desenvolvimento Pessoal e Profissional

Por fim, ela cita o trecho de poema Poemas Presos, de Viviane Mosé:

“(...) Palavra boa é palavra líquida. Escorrendo em estado de lágrima Lágrima é dor derretida. Dor endurecida é tumor. Lágrima é alegria derretida. Alegria endurecida é tumor. Lágrima é raiva derretida. Raiva endurecida é tumor. Lágrima é pessoa derretida. Pessoa endurecida é tumor (...)”.

Kátia Santos (Cacicopar), Dagmar Castro e Lara Cerize Mena Sganserla


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Projetos

Emater realiza reunião de planejamento para 2017

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Sindicato Rural de Guarapuava foi sede no dia 23 de novembro, do encontro entre gerentes e técnicos da regional Emater de Guarapuava, para definição do planejamento de ações e metas a serem atingidas no próximo ano, nos 12 municípios que compõem a seção. De acordo com o gerente regional da Emater em Guarapuava, Julci Pires, esse planejamento é necessário para que todos os municípios possam atingir o maior nível de desenvolvimento rural possível, segundo suas vocações. Na região, se destacam a bovinocultura de leite, produção de grãos, agroindústria e a agricultura familiar. Esse último ponto, aliás, terá atenção especial da Emater em 2017: “desejamos colaborar cada vez mais para a promoção social das pessoas por meio da agricultura familiar e por isso incluímos esse tema em nossas metas de desenvolvimento para 2017”. Trinta e seis técnicos extensionistas participaram do encontro que definiu as ações e fases dos projetos, público-alvo e a metodologia a ser utilizada em cada uma das atividades nos 12 municípios da regional: Guarapuava, Pinhão, Reserva do Iguaçu, Foz do Jordão, Candói, Cantagalo, Goioxim, Campina do Simão, Laranjal, Pal-

mital, Turvo e Prudentópolis. O gerente regional da Emater avaliou o encontro como positivo e eficaz, após destacar que o trabalho para 2017 está apenas começando, citou outros componentes das equipes de cada município: “Esse trabalho sempre é realizado em parceria com entidades ligadas ao meio de produção rural: prefeituras, secretarias municipais, sindicatos, cooperativas e demais instituições ligadas ao setor. E essas parcerias são fundamentais para o sucesso de nossas ações.” pontua Julci Pires.

Gerente regional da Emater em Guarapuava, Julci Pires.

Projeto Leite

Coordenador do Projeto Leite da Emater em Guarapuava, Valdir Tambosetti

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Novos técnicos do Instituto Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater) pertencentes à região macro sul do Paraná participaram, nos dias 29 e 30 de novembro, de um treinamento para atuarem no Projeto Leite da Emater. “O objetivo foi inserir estes novos técnicos dentro da nossa realidade, repassando suas obrigações, como eles vão selecionar os produtores, fazendo um marco zero na propriedade, para assim conhecerem as principais prioridades, para então começarem a inserir as novas tecnologias dentro das propriedades”, explicou o coordenador do Projeto Leite da Emater em Guarapuava, Valdir Tambosetti.

Segundo ele, no ano que vem esses treinamentos continuam com os novos técnicos. “Haverá um nivelamento técnico, como estamos chamando, onde os novos técnicos irão para as propriedade junto com os mais antigos. Desta forma, eles visualizarão as ações que devem ser realizadas nas propriedades, para depois chegarem aos seus municípios e saberem atuar dentro do projeto leite, aumentando a produtividade e rentabilidade dos produtores dentro dessa cadeia”.


Fertilizantes Em palestra, especialista apontou que qualidade é fundamental na hora de escolher adubo foliar

Palestra aborda nutrientes e eficiência na adubação foliar

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rodutores rurais de Guarapuava e região puderam conferir, no dia 25 de outubro, uma palestra enfocando a adubação foliar. Realizado em parceria entre a Guará Campo (revenda de produtos agrícolas) e a Ubyfol (empresa voltada a fertilizantes foliares com destaque para a nutrição vegetal com micronutrientes), o evento trouxe um especialista no assunto: Arnoldo Junqueira Netto – doutor em fitotecnia, consultor de empresas e produtor rural em Lavras (MG). Ele enfatizou que o êxito da nutrição vegetal foliar depende de se utilizar produtos que apresentam alta concentração de nutrientes e elevada solubilidade. À REVISTA DO PRODUTOR RURAL, Junqueira Netto detalhou o assunto. Fator importante, segundo disse, é que as adubações de solo e foliar devem se complementar. Mas ponderou: “Se você fizer uma adubação de solo mal interpretada, com muita deficiência de alguns nutrientes, como potássio ou fósforo, isso não complementa a adubação foliar”. Porém, frisou que, no uso do adubo foliar, o resultado vai depender da eficiência do produto, uma vez que a folha, por si, já é por natureza um dos canais para a nutrição da planta: “A folha é um órgão de absorção de nutrientes. Ela tem uma cutícula crivada de microporos. Quando se aplica um adubo foliar altamente solúvel e com alta concentração de nutrientes, o soluto penetra no microporo”. A partir daí, completou, os elementos seguem duas vias: “Uma vai para os espaços intercelulares e a outra, para dentro da célula. Aquele que cai dentro da

Promovida pela Guará Campo e Ubyfol, palestra teve presença de produtores e profissionais da agropecuária

célula, já vai sendo metabolizado. Aquele que cai no espaço intercelular é conduzido até a célula para ser digerido”. Ainda conforme explicou, entre os nutrientes possíveis de serem absorvidos, estão os mais importantes. “Todos aqueles chamados de essenciais, a planta absorve. Um nutriente, para que seja essencial, obedece a três critérios: primeiro, não pode ser substituído; o segundo é que participe diretamente de todas as reações bioquímicas que se processam para formar proteína, carboidrato, vitamina, etc.; o terceiro é que, na deficiência de um ou mais desses nutrientes, a planta pode até não concluir seu ciclo biológico”, enumerou. Além disso, acrescentou que a própria inter-relação entre os elementos precisa ser considerada na adubação foliar: “Ci-

Junqueira Netto: interrelação entre elementos deve ser observada na adubação foliar

tamos que o molibidênio pode diminuir a dose do nitrogênio. E no caso da soja, aumentar a potencialidade da absorção do nitrogênio e do enxofre até a formação do grão de pólen”. Outro detalhe importante, assinalou, é o período em que a planta realiza a absorção de nutrientes: “Sou formado há 54 anos. Se falava que a planta absorvia nutrientes até a floração. Isso não é verdade. A planta absorve até quase ao ponto de colher”. Observando que a nutrição vegetal foliar evoluiu, Junqueira Netto preconizou que o produtor que desejar complementar a nutrição mineral de fato da lavoura, busque, além de produtos de qualidade, a assistência profissional para recomendar a adubação foliar de forma técnica, correta e consciente.

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BR-277, Km 358 s/nº - Guarapuava-PR - (42) 3627 1228


Árvore de Recomendações

Sistema Roundup Ready Plus® colabora para o controle de plantas daninhas e pragas O Sistema Roundup Ready Plus® – conjunto de ferramentas que auxiliam o agricultor no controle de plantas daninhas e pragas – apresenta recomendações de manejo simples e baseadas em boas práticas agronômicas.

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stando ao lado do agricultor na tomada de decisões sobre os manejos da fazenda, a Monsanto trabalha há mais de seis anos em prol da proteção do plantio direto e do alcance de altas produtividades das lavouras brasileiras através de biotecnologias. O Sistema RRPlus® tem como principal objetivo ser o parceiro dos agricultores na escolha de herbicidas e inseticidas, evitando perdas de produção por matocompetição com plantas daninhas, bem como danos causados por pragas, assegurando, assim, boa rentabilidade. O manejo de plantas daninhas e pragas é compreendido pela Monsanto a partir de uma visão mais ampla do sistema agrícola do produtor e não apenas de uma cultura. Nessa linha, as recomendações técnicas são apresentadas através da ferramenta Árvore de Recomendações, encontrada no site www.rrplus.com. br, ou na forma de aplicativos para smartphones, com os nomes rrplus – plantas daninhas e rrplus – pragas. Na ferramenta, é indicada a adoção de uma série de boas práticas agronômicas baseadas, principalmente, em: MANEJO DE PLANTAS DANINHAS

MANEJO DE PRAGAS

Recomendações para as culturas de soja, milho e algodão

Recomendações para as culturas de soja e milho

Foco em sistemas agronômicos anuais e plantas daninhas resistentes a herbicidas

Foco em estágios da cultura e pragas-chave

Prática de princípios do manejo integrado de plantas daninhas (MRPD)

Prática de princípios do manejo integrado de pragas (MIP)

Adoção da rotação e do posicionamento de diferentes modos de ação de herbicidas

Adoção da rotação e do posicionamento de diferentes grupos químicos de inseticidas

O conteúdo das recomendações foi desenvolvido através da condução de inúmeros protocolos e ensaios técnicos de campo realizados pelo time de Desenvolvimento Tecnológico (TD) da Monsanto, em sinergia com as principais instituições de pesquisa, fundações e acadêmicos envolvidos na área. Além da Árvore de Recomendações, são encontradas outras ferramentas que contribuem para a proteção da lavoura, como boletins técnicos, guias de identificação de plantas daninhas e pragas, simulador de custos etc.

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Legislação rural

Francisco Fernando Bittencourt de Camargo, Fábio Farés Decker e Luís Eduardo Pereira Sanches Aliança Legal dos escritórios Decker Advogados Associados e Trajano Neto e Paciornik Advogados

As recentes mudanças na legislação do Programa de Garantia da Atividade Agropecuária – PROAGRO

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Programa de Garantia da Atividade Agropecuária – PROAGRO foi criado pela Lei nº 5.969/1973 e sempre teve por objetivo auxiliar o pagamento de obrigações financeiras relativas a operações de crédito rural contraídas por produtores cujas plantações e rebanhos foram afetados por problemas decorrentes de fenômenos naturais (geada, granizo, chuva excessiva, ventos, variação excessiva de temperatura, etc.), pragas e doenças. Na prática, pode-se dizer que o PROAGRO funciona como uma espécie de seguro agrícola, no qual os produtores rurais pagam um “adicional” – correspondente ao percentual de 2% a 5% do valor do financiamento por ele obtido, conforme o caso específico – que lhes garante o recebimento de indenização em caso de perdas nas plantações e rebanhos, a ser paga pelo governo federal. A Resolução nº 4.509/2016 do Conselho Monetário Nacional, em vigor desde 1º de agosto de 2016, trouxe, no entanto, algumas alterações relevantes no âmbito do programa. Segundo a Resolução, devem ser integralmente enquadradas no PROAGRO as operações de crédito de custeio agrícola até o montante de R$ 300 mil por safra, no caso de lavouras compreendidas no Zoneamento Agrícola de Risco Climático – ZARC (que é mapeado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) e financiadas com a participação de recursos controlados pelo governo. No entanto, é importante esclarecer que se o produtor opta por contratar cobertura de seguro rural, ele ficará desobrigado ao enquadramento supracitado. Além disso, agora fica vedado o enquadramento parcial de empreendimento de custeio agrícola quando se tratar de valores acima dos R$ 300 mil por safra. De fato, no passado, todas as operações de crédito de custeio agrícola estavam sujeitas à contratação do PROAGRO até R$ 300 mil por safra e isso significava que se o produtor contratasse uma operação no valor de R$ 850 mil, por exemplo, ele se valeria das condições do PROAGRO no valor de R$ 300 mil, ficando os R$ 550 mil restantes fora dessa adesão. Essa situação, portanto, não é mais permitida pela nova legislação. Outro ponto de destaque é a elevação da cobertura inicial do PROAGRO, mudança que beneficia os produtores enquadrados no programa. A regra anterior dizia que a cobertura inicial era de 70%, o que prejudicava produtores que tivessem perdas inferiores a 30% das plantações e/ou rebanho. Com a nova Resolução, o limite de cobertura começa em 100% por empreendimento enquadrado, percentual que se reduz em 10% para cada cobertura do PROAGRO deferida nos últimos 36 meses, até o limite mínimo de 80%.

Refinanciamento de operações de crédito contratadas por produtores rurais pessoas físicas e suas cooperativas A Resolução CMN nº 4.507/2016 autorizou as instituições financeiras a refinanciarem, mediante aprovação do BNDES, as operações de crédito rural contratadas por pessoas físicas ou cooperativas de produção até 31 de dezembro de 2015, desde que destinadas à produção, arrendamento mercantil ou aquisição de bens de capital agrícolas (tais como caminhões, tratores, colheitadeiras, etc.) e o capital de giro associado. Além dos financiamentos de máquinas e equipamentos feitos no âmbito do “BNDES Finame”, estão incluídas na renegociação aqui tratada diversas linhas de apoio à agropecuária realizadas por instituições financeiras credenciadas ao BNDES. As possibilidades de refinanciamento variam conforme a periodicidade de amortização (mensal, semestral e anual) e o número de parcelas restantes, mas o que chama a atenção é a redução dos encargos financeiros nesse refinanciamento, os quais seguirão a Taxa de Juros de Longo Prazo – TJLP acrescida de 4,6% ao ano, o que corresponde atualmente a 12,1% ao ano, percentual este inferior à imensa maioria dos encargos financeiros originalmente pactuados. As instituições financeiras já estão autorizadas a formalizar os pedidos de renegociação feitos pelos interessados. Revista do Produtor Rural do Paraná

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Câncer de mama

Caminhada e Corrida no rumo da conscientização Em Guarapuava, 2ª Corrida e Caminhada Divas do Asfalto contra o Câncer, dia 30 de outubro, superou expectativas

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om público maior do que o esperado e sob um sol radiante, aconteceu, no dia 30 de outubro, em Guarapuava, a 2ª edição da Corrida e Caminhada Divas do Asfalto de Combate ao Câncer. Promovido pelo grupo Divas do Asfalto no contexto da campanha Outubro Rosa, o evento teve por objetivo chamar a atenção para a necessidade da prevenção do câncer de mama e contou com vários apoios. Do setor agropecuário, foi apoiador o Sindicato Rural de Guarapuava. A programação começou por volta de 8h, com a corrida, num trajeto de seis quilômetros, entre o Bairro Planejado Cidade dos Lagos e o Parque das Araucárias. Em seguida, teve lugar a caminhada, com os inscritos realizando o mesmo percurso. Marcaram o encerramento duas homenagens: a mulheres que venceram o câncer de mama e ao radialista Jauri Gomes, de Guarapuava. Conforme comentou sua esposa e também radialista, Mônica Córdova, ao apresentar o evento, Jauri, apesar de se encontrar em tratamento, vem mantendo tanto a rotina normal de trabalho quanto o bom humor. Na comissão organizadora, a empresária Márcia Metelski Masnik, ao falar com a REVISTA DO PRODUTOR RURAL, avaliou que a presença de cerca de 1,3 mil pessoas superou as expectativas. Mesmo a cobrança de taxa de inscrição (R$ 15,00), e o pedido de que cada um trouxesse um quilo de alimento não perecível, comemorou, não afastaram o

Márcia Masnik, do grupo Divas do Asfalto

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interesse do público. “Ficamos felizes. Vamos poder ajudar quatro entidades, porque conseguimos mais de uma tonelada de alimentos”, completou, informando que os donativos serão destinados ao Lar Escola Retiro Feliz, ao Albergue Noturno, às Irmãs Caritas e à Associação Centro-Oeste do Paraná de Estudo e Combate ao Câncer (Acopecc). Márcia também festejou a maior aceitação por parte de atletas de Guarapuava e região em comparação com a primeira edição, em 2015. Segundo disse, vieram participantes de Cascavel, Ponta Grossa, Turvo, Laranjeiras do Sul, Porto União, União da Vitória, Bituruna, Prudentópolis e Irati. De acordo com ela, é a presença das pessoas que dá ao evento a força para mobilizar a sociedade na direção da conscientização. Ela comentou ainda que a homenagem a mulheres de Guarapuava e região que venceram o câncer, enaltecendo as que concordaram em dar seu testemunho de superação. Já a homenagem ao radialista Jauri Gomes, explicou, visou valorizar sua atitude de coragem, necessária a mulheres e homens, para enfrentar o câncer. “Ele vem passando por problemas e está na rádio, trazendo alegria para as pessoas”, assinalou. Para a 3ª edição da Corrida e Caminhada, antecipou a empresária, a organização deverá iniciar os trabalhos no começo de 2017. Em agradecimento pelo apoio do Sindicato, Marcia entregou um troféu para a entidade.

Produtor rural Carlos Luhm: participando com a família

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Homenagens a mulheres que superaram o câncer de mama e premiação de atletas em várias categorias

Raquel Santos e Rosemeri Althaus, colaboradoras do Sindicato Rural de Guarapuava

Nilceia Veigantes, produtora rural: 2º lugar na categoria 40 a 44 anos


Esporte

Sindicato apoia Corrida da Bandeira do 26º GAC

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ealizada no dia 20 de novembro, a edição 2016 da Corrida da Bandeira, organizada pelo 26º GAC, contou com a participação de 500 corredores que competiram em duas categorias: 5 km e 10 km, tanto no masculino quanto no feminino e um número total de 2 mil pessoas envolvidas durante todo o dia da atividade. Na avaliação do coordenador-geral do evento, Capitão Júlio César a atividade pode ser considerada excelente: “repercutiu positivamente perante toda a sociedade de Guarapuava e região. Inclusive muitos atletas amadores e profissionais solicitaram ter o evento em 2017. Cabe salientar, que após a divulgação na imprensa local, as inscrições logo acabaram. Para o ano de 2017, caso ocorra a corrida, devemos abrir as inscrições para no mínimo 600 corredores, pois este ano muitos não conseguiram se inscrever a tempo”. Sobre a organização do evento, o Capitão destacou a mobilização de todo o 26º GAC e a importância do apoio do Sindicato Rural, um dos patrocinadores da Corrida da Bandeira 2016: “graças ao Sindicato Rural pudemos contratar a estrutura metálica do pórtico de partida e chegada e o sistema de som profissional. Fato este que engrandeceu a corrida e permitiu dar o brilhantismo que um evento desta monta merece”. Como forma de agradecimento pelo patrocínio, o Sindicato Rural de Guarapuava recebeu das mãos do Capitão Júlio César, do 26º GAC, um Troféu de agradecimento. A premiação simbólica foi entregue ao vice-presidente do Sindicato Rural, Anton Gora e à gerente da entidade, Luciana de Queiroga Bren.

CONFIRA OS RESULTADOS DA CORRIDA DA BANDEIRA 2016 5 KM GERAL FEMININO Tatiane Raquel da Silva Susane de Araujo Martins Rosangela Gavinski Hadiji Nagao Marlene Oliveira Silva 5 KM MASCULINO Fernando Alex Fernandes Anoe dos Santos Dias Alvir Izael Ferreira Santos Alex Ferrarez de Moraes Rosinei Fernandes de Lara 10 KM FEMININO Adriana Sutil da Costa Lucimari Perin Miretzki Eliane Goretti Venturini Lindo Michelle Leal Karla Varela

Troféu para Sindicato Rural, um dos apoiadores do evento

Premiação aos vencedores de várias categorias

10KM MASCULINO Laurindo Nunes Neto Ademir Ramos Pedro Paulo Ferreira Santos José do Nascimento Souza Laertes Lodi

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Trail Mananciais

Guabiroba sedia corrida de montanha

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o dia 13 de novembro aconteceu em Guarapuava a 1ª edição do Mananciais do Guabiroba Trail Running, evento organizado pela Polícia Militar em Guarapuava – 16º BPM, 4ª CIA de Polícia Ambiental - com apoio do Corpo de Bombeiros, a ONG SOS Guabiroba e apoio do Sindicato Rural. A corrida, pioneira em Guarapuava, contou com a participação de 350 pessoas e foi dividida em 3 distâncias: 7 km, 15 km e 30 km. Mas além da distância de trecho, os participantes foram submetidos a avaliação altimétrica, que consiste na medição do desnível dos terrenos percorridos. Na avaliação do coordenador-geral do evento, Capitão Marcelo Veigantes, o TMG (Trail Mananciais Guabiroba) 2016 foi um sucesso: “além do público que atingimos, conseguimos empregar nos participantes uma consciência ambiental no sentido de respeitar o trajeto. Por exemplo, não tivemos nenhum caso de participante jogando sachê de gel no trajeto, ninguém deixou copos vazios para trás, nem qualquer outro resíduo. Acreditamos que esse é um evento que ficará no calendário de competições em Guarapuava devido a essa adesão”. Para 2017, a organização implementará a distância de 80 km, distância considerada de ultra-maratona, além de repetir as palestras temáticas sobre consciência ambiental e corridas de montanha nas quais o TMG se enquadra. Sobre o patrocínio do Sindicato Rural, o coordenador-geral do evento destaca que a viabilidade só foi possível graças ao apoio da entidade e reforça o desejo de novas parcerias no futuro.

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Capitão Veigantes (26º GAC), com presidente do Sindicato Rural, Rodolpho Botelho e gerente Luciana de Q. Bren


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Silvicultura

CONSELHO DISCUTE CENÁRIO DA MADEIRA

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om o tema Base Florestal como fonte de crescimento para o produtor e a indústria, aconteceu nos dias 24 e 25 de novembro a segunda edição do Conselho Temático da Madeira. Promovido em parceria pelo Sindusmadeira (Sindicato das Indústrias da Madeira de Guarapuava) e Sindicato Rural de Guarapuava, o evento trouxe aos participantes palestras sobre diversos temas de interesse direto do produtor de madeira. O evento foi aberto com um ciclo de palestras no anfiteatro do Sindicato Rural, pelo presidente do Sindusmadeira, que destacou a importância do setor para o Brasil e o posicionamento do país no ranking mundial de produção. Hoje, o Brasil ocupa o 4º lugar, atrás de Rússia, União Européia e Estados Unidos, mas pode saltar para a 3ª posição se os investimentos em tecnologia e manejo seguirem a tendência de crescimento nos próximos anos.

Público presente no Sindicato Rural de Guarapuava

“Em questão de produção de florestas, o Brasil é o segundo maior do mundo. Já em relação madeira beneficiada está entre os 10. Então para melhorar esses números é preciso superar a crise, que não é só política e econômica, mas também intelectual, porque como a gente conseguiu perceber durante o conselho, faltam muitas informações básicas ao produtor sobre nosso dia a dia”, pontua o presidente do Sindusmadeira, Willian João de Paula. Nesse sentido, todos os temas escolhidos para o ciclo de palestras do Conselho Temá-

Boa parte do público presente às palestras compareceu ao Dia de Campo, oportunidade de conhecer um pouco do que foi falado nas palestras

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tico mantiveram estreitas ligações uns com os outros. Cada debate foi apresentado ao público por especialistas: desde o controle de pragas como formigas cortadeiras até a influência da silvicultura na qualidade da madeira. Em comum, todos os palestrantes destacaram que somente através do intercâmbio das práticas é possível garantir ganho de produtividade e financeiro ao setor. Para João Paulo Drewinski, que além de produtor florestal é industrial do ramo, o encontro foi de extrema importância, pois a troca de ideias ajudou a unir as orienta-


ções de cultivo juntamente às perspectivas de mercados: “ficou claro que a condução de uma floresta é específica, de acordo ao produto/mercado final desejado. E sendo os palestrantes do conselho temático profissionais renomados em ambas as áreas, cultivo e mercado florestal, foi uma excelente oportunidade para os presentes ao evento tomarem suas decisões e conduzirem suas florestas acertadamente. Sou empresário industrial do ramo, assim como também sou produtor florestal, e o evento me trouxe alguns esclarecimentos bem como alguns embates, dentro do que espero para os meus negócios a longo prazo”. As palavras do produtor vão de encontro com a avaliação do Sindusmadeira, que entende que o Conselho serviu não apenas para jogar luz nas dúvidas do setor produtivo como também para que a categoria possa ter um direcionamento sobre onde buscar as informações e suporte necessá-

Organizadores e palestrantes reunidos antes do início do 2º ConselhoTemático da Madeira rios às suas atividades: “tivemos mais uma oportunidade de nos apresentarmos ao produtor enquanto Sindicato, enquanto representantes da categoria. Posso afirmar que o 2º Conselho evoluiu muito em relação ao primeiro evento e agora queremos melhorar ainda mais. Outro ponto que destaco é a contribuição do Sindicato Rural, que foi de extrema importância para demonstrar que quando as entidades representativas do setor produtivo se unem conseguem fazer a diferença junto à sociedade”. O 2º Conselho Temático da Madeira foi promovido pelo Sindusmadeira com apoio do Sindicato Rural de Guarapuava e parcerias com a Embrapa, Mapfre Seguros, Klabin, Malinovski Florestal, Arbogen, Forest e Golden Tree Reflorestadora.

Vinícius Moura Santos da Arbogen mostra uma muda clonar a um participante do Conselho Temático da Madeira

CONFIRA O QUE DISSERAM OS PALESTRANTES: As saúvas e as quenquén são as formigas mais nocivas porque esses dois gêneros são os mais daninhos, os que mais cortam e que tem os ninhos maiores, e entre esses dois gêneros as saúvas têm ninhos maiores. Porém as quenquén tem maior concentração de ninhos por hectare. Ambas são perigosas porque definitivamente são as que mais cortam, mais devoram, e qualquer espécie vegetal que nós formos cultivar está sob ameaça dessas formigas, se elas não forem controladas”. Vinícius Moura Santos, Arbogen

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O mercado madeireiro em geral sofre influência direta da condição econômica pela qual o país passa. Esperamos que no próximo ano possa ocorrer uma leve recuperação nas vendas de madeira para o mercado interno. De qualquer forma o cenário futu-

Carlos Alberto Bernardi, Klabin S.A. ro não é claro e qualquer decisão deve seguir o princípio do conservadorismo. A atividade florestal é de longo prazo e não é recomendável decidir por mudanças importantes nos cultivos em função do momento atual. O ideal é diversificar, sempre observando as demandas regionais”. Palestrantes conseguiram manter o público presente focado nos temas abordados O primeiro ganho que a gente sempre busca a partir do melhoramento genético é em produtividade. Quando você uniformiza a plantação, você tem mais árvores muito parecidas entre si. Em resumo, quando eu escolho para produzir essas árvores

Vinícius Moura Santos, Arbogen muito parecidas, seleciono sempre a melhor, então eu tenho várias “cópias” de um indivíduo superior, geneticamente iguais. Então eu vou multiplicar essa árvore superior por milhões de outras árvores que vão aumentar meu plantio florestal. Consequentemente, é lógico que vamos ter um ganho de produtividade. Em resumo, com o melhoramento, elimino a floresta heterogênea, os defeitos que são naturais em algumas matrizes e também facilito questões como manejo e desbaste que vão garantir maior ganho de produtividade”. Hoje a nossa preocupação é mostrar ao produtor que o seguro é uma forma de garantir que todos os investimentos feitos em pesquisa, tecnologia, manejo, o trabalho de uma vida inteira vai ser recompensado ao final do ciclo da madeira, pois quando

Édson Luiz de Carvalho, Mapfre Seguros acontece algo que foge do controle do produtor ele terá a certeza que vai atingir o objetivo dele que é a venda da madeira. Vemos a oportunidade nesse momento de levar o produtor ao fim do ciclo. Percebemos que ainda falta muita informação dos produtores em relação ao produto seguro, mas também vemos muitos corretores se especializando em seguro agrícola, correndo atrás, oferecendo o produto. É um momento muito bom para o mercado, em que o produtor tem aberto mais a cabeça para outros seguros, além do residencial e automotivo”.

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Quando a gente fala em trato silvicultural são os tratos que você faz nas árvores e não nas ervas daninhas. E esses tratos são basicamente dois: a poda e o desbaste. Na poda você faz retirada de galho num momento em que a madeira ainda não

Jorge Malinovski, Malinovski Florestal está comprometida, pois esse galho retirado não rebrota, ele é incorporado e consequentemente você melhora a qualidade da madeira. O desbaste você faz a retirada de algumas árvores promovendo as árvores do futuro, ou seja, aquelas que você vai retirar no corte final que são o teu filet mignon. Então a ideia é a seguinte: quanto mais você agrega valor à floresta, melhor é o teu rendimento econômico”.

É um evento importantíssimo, esse dia de campo porque vem colocar em prática o que foi dito nas palestras. Aqui você vai ver o que é uma muda clonal, o que é uma estaca clonal, todo o processo que dura quase que o dobro de uma muda seminal

Luiz Carlos Vatrin, Golden Tree Reflorestadora até para que as pessoas possam conhecer todo grau de dificuldade para produzir um clone. Aqui no viveiro a gente vê na prática, desde a estaca até a muda final, com 10 ou 11 meses, até o momento dela ir para o campo. E creio que esse é um momento de evolução do mercado florestal, pois vivemos um momento de dificuldade muito grande em relação ao comércio das madeiras, dos produtos florestais, mas independente do mercado a evolução tem que continuar e o melhoramento genético é o futuro do setor”.


Nozes pecã

Cultura da nogueira-pecã seleção da área para plantio Engenheiro Agrônomo MSc. Julio Cesar F. Medeiros CREA 15.364-D Responsável Técnico Viveiros Pitol JMedeiros Consultoria em Agronomia julio@jmedeirosambiental.com.br

S

endo uma cultura ainda pouco conhecida, é importante que o produtor interessado no seu cultivo procure se cercar de informações confiáveis a respeito das melhores condições para a implantação do pomar de nogueira-pecã, de modo que os resultados com o empreendimento sejam os melhores, e a rentabilidade venha a ser a esperada. Embora seja uma cultura de altíssima rentabilidade na fase de plena produção, por se tratar de um cultivo perene, os cuidados na escolha da área, das variedades a plantar, na procedência da mudas, no planejamento do pomar e no adequado preparo e correção do solo são fatores determinantes para o sucesso na atividade. Uma questão que deve ser levada em conta é que esta cultura pode produzir por mais de 100 anos, tendo o retorno econômico dos custos relativos à implantação e manejo inicial a ser alcançado ao redor do oitavo ano de cultivo. Por este motivo, a escolha da área é fator determinante. Do ponto de vista do solo, a condição ideal para o bom desenvolvimento da cultura é que seja implantada em local de solo profundo, sendo um fator fundamental e crítico que o local tenha um boa drenagem. Estas são condições imprescindíveis para a obtenção de bons resultados e, em consequência, alta lucratividade. Caso o pomar venha a ser implantado em local inadequado, haveria muito pouco a se fazer em termos de manejo, para que os fatores adversos de solo possam ser contornados. Por isto, a grande importância da adequada escolha da área. Outro fator importante, embora não impeditivo para o cultivo, é a textura do solo, onde o ideal é que possua um teor de argila médio, entre 30 e 40%, o que irá favorecer um fluxo mais rápido de água no solo, chegando com facilidade ao sistema radicular da planta. Isto não significa que teores pouco maiores ou pouco menores impeçam o cultivo, mas a condição ideal para o desenvolvimento da cultura estaria mais próximo da faixa citada. Teores mais altos

poderão dificultar a chegada da água às raízes e a aeração do solo, fundamental para que as raízes cresçam adequadamente e possam respirar normalmente. Por outro lado, níveis mais baixos significam menor capacidade de retenção de água no solo, o que também não é favorável. No caso de pomares implantados em locais com textura leve os cuidados com o fornecimento de água devem ser redobrados, particularmente em períodos de estiagem. Entretanto, exceto as questões impeditivas ao cultivo, que são solos mal drenados ou pouco profundos, as questões ligadas à textura podem perfeitamente ser contornadas com um manejo adequado, existindo casos de pomares instalados em áreas com estas características que alcançam altos índices de produtividade e rentabilidade.

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Cebola

Dia de Campo discute manejo e mercado de cebola

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anfiteatro do Sindicato Rural de Guarapuava recebeu no dia 08 de dezembro, o I Dia de Campo da Cultura da Cebola. O evento organizado pela Unicentro e Serrana Pesquisas, com o apoio de várias empresas do setor agrícola, reuniu cerca de 50 pessoas que puderam conhecer um pouco mais sobre o mercado da cebola, formas de manejo, controle de pragas e gestão de crise. Coube ao engenheiro agrônomo Renato Agnelo Silva trazer aos participantes uma

Sidnei Jadoski fez a abertura do I Dia de Campo da Cultura da Cebola de Guarapuava

Renato Agnelo Silva destacou que o mercado da cebola é um dos mais voláteis no setor de HF

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palestra sobre os principais componentes do mercado daquela cultura: “as novidades são na área de mercado, onde falamos sobre como trabalhar melhor para evitar contratempos e também na parte técnica da cultura envolvendo nutrição, controle de doenças, pragas e ervas daninhas” destacou. Agnelo também falou sobre o cenário do mercado da cebola construído ao longo de 2016. Segundo ele, um dos mais voláteis da história: “o mercado de cebola no começo do ano estava favorável ao produtor e atualmente está numa tendência de médio para baixo favorecimento ao produtor. Isso está relacionado ao excesso de produto, simples lei da oferta e demanda. A cebola é um produto de consumo estável e sempre que sobra cebola no mercado, acaba tendo preços menores”, pontuou.

Cerca de 50 pessoas marcaram presença no evento realizado no anfiteatro do Sindicato Rural de Guarapuava

Para um dos organizadores do evento, a realização do Dia de Campo atende uma demanda da categoria produtora e acadêmica ligadas à cultura que tem crescido no mercado de hortifruti de Guarapuava: “esse evento foi um desafio lançado para alguns produtores, tanto por parte da cadeia produtiva quanto da parte acadêmica, com o objetivo de buscarmos fomentar a produtividade da cebola em si, seja na parte de campo, planejamento de mercado e perspectivas da cultura. Guarapuava tem incrementado a passos largos a produção de HF e a cebola vem tomando um espaço maior de área de cultivo. Por isso, pensamos, por meio desse evento, em fomentar o plantio, trazer novas informações e demonstrar para a comunidade da região, pra indústria e comércio que aqui está se desenvolvendo um pólo de produção de HF”, destacou Sidnei Jadoski. Ao final da palestra, Renato Agnelo deixou algumas dicas aos produtores de cebola da região: “ao perceber que o mercado está com perspectiva de baixa, reduza sua área de cultivo e quando houver perspectiva de melhora, aumente sua área. O principal é que você invista em produção de qualidade, porque mesmo com o mercado em baixa, se tiver produtividade com qualidade, você ainda terá lucro”, finalizou. Após a palestra, os participantes foram até a Chácara Embu, no distrito de Guairacá, para observar na prática os destaques do evento.


Manifestação

Fotos: Mauro Biazi

PRODUTORES RURAIS FORAM ÀS RUAS A FAVOR DA LAVA JATO

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erca de 500 pessoas, incluindo produtores rurais, participaram da manifestação em apoio a Operação Lava Jato, ao texto original das 10 medidas contra a corrupção e ao fim do foro privilegiado no dia 04 de dezembro, em Guarapuava. Na avaliação dos organizadores da passeata, o evento teve alcance acima do esperado, devido às atividades que ocorriam em paralelo na cidade, como o ENEM e competições de motocross no distrito de Entre Rios: “nos reunimos na quinta-feira e decidimos sair às ruas no domingo. Houve pouco tempo para mobilizar as pessoas e por essa razão foi muito positivo”, concluiu Jeferson Hauptmann, do Movimento Vem pra Rua. Além da manifestação pelas ruas com cartazes e faixas direcionadas ao tema, algumas pessoas puderam discursar livremente. Atos futuros não são descartados, mas não são foco no momento: “a organização do Vem Pra Rua não tem novas manifestações programadas, mas segue monitorando a repercussão dos últimos atos do Congresso Nacional”, finalizou Jeferson.

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CAMPANHA EM OUTDOORS E ADESIVOS PARA VEÍCULOS Além das manifestações com passeatas pelas ruas de Guarapuava, duas entidades representativas se uniram para pedir justiça e o fim da corrupção política: Sindicato Rural de Guarapuava e Associação Comercial e Empresarial de Guarapuava (ACIG) instalaram outdoors em vários pontos da cidade. As duas ações são avaliadas pelo vice-presidente do Sindicato Rural, Anton Gora, como necessárias para fazer com que a classe política se lembre do que de fato é: “existe no Brasil uma inversão de valores onde os políticos acham que são autoridades e que o povo tem que os obedecer, mas a gente sabe que esses políticos são nossos representantes, são nossos servidores. Por essa razão, o Sindicato decidiu participar e mobilizou seus associados para ver se conseguimos mudar alguma coisa no Brasil”, declarou. Gora destacou que o Brasil, por seu gigantismo e posicionamento, tem recursos que outras nações não dispõe como água, campos para produção o ano todo e que poderia se tornar uma superpotência em todos os campos, desde que a corrupção não fosse tão frequente entre a classe política: “somos os maiores exportadores de todos os produtos agrícolas do mundo. Tudo isso demonstra que o Brasil é um país que tem uma potencialidade fantástica. O que nos falta são pessoas sérias, honestas e comprometidas com a nação”, finalizou. Além dos outdoors, o Sindicato Rural de Guarapuava mandou confeccionar adesivos para veículos com o mesmo conceito, que serão distribuídos aos sócios da entidade. Para o presidente do Sindicato Rural de Guarapuava, Rodolpho Luiz Werneck Botelho, as manifestações apontam que as pessoas desejam ética na política: “essas manifestações em todo Brasil estão mostrando para a sociedade de maneira geral que a população quer um basta nesse desmando, nessa corrupção e no foro privilegiado. Penso, como cidadão, que o Brasil precisa ser passado a limpo”. Também a seu ver, as manifestações esperam que a atuação das autoridades possam construir um futuro melhor: “A população também quer que esses casos, que estão sendo julgados pelo Juiz Sérgio Moro e que têm sido passados pela triagem da promotoria pública, levem o Brasil a um futuro melhor. Então ela está dando essa demonstração de que o que se procura é um país mais justo, mais limpo e um lugar melhor para nossos filhos e netos”. A iniciativa lançada pelo sindicato e ACIG, completou, visa somar forças: “a campanha, em que o Sindicato também está trabalhando, mobilizando e conscientizando seus sócios e população em relação à operação Lava-Jato, é justamente para dar força a esses promotores e juízes - mostrar que a população está apoiando esse processo”.

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Concurso

Revista do Produtor Rural é premiada no Franz Jaster de Comunicação

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Revista do Produtor Rural do Paraná por mais um ano consecutivo foi premiada no Prêmio Franz Jaster de Comunicação. O veículo ficou com o terceiro lugar na categoria Jornalismo Impresso ou Online, com a reportagem: Wintershow: tudo sobre culturas de inverno, publicada na edição nº 57 (Out/Nov 2016), de autoria dos jornalistas Manoel Godoy e Geyssica Reis. A cerimônia de premiação ocorreu no dia 23 de novembro, no Clube Jordãozinho – distrito de Entre Rios. A Assessoria de Comunicação do Sistema Faep/Senar também participou do concurso e teve duas peças premiadas: Revolução Silenciosa convertida em rendimento no inverno, do Boletim Informativo Faep, na categoria Jornalismo Impresso ou Online, de autoria de Carlos Guimarães Filho e WinterShow 2016, da Rádio Faep, na categoria Reportagem Radiofônica, de autoria de Hemely Cardoso. Esta foi a 4ª edição do prêmio, promovido pela Cooperativa Agrária Agroindustrial e Unicentro – através da Coordenadoria de Comunicação Social. O objetivo é ampliar a divulgação de um dos maiores eventos de cereais de inverno do país. Neste ano, foram 34 trabalhos inscritos em quatro categorias - Fotografia, Jornalismo Impresso ou Online, Material Televisivo e Reportagem Radiofônica.

Aldo Bona (reitor da Unicentro), Luciana de Q. Bren (editora da Revista do Produtor Rural) e Juliano Almeida (pesquisador da FAPA/Agrária)

Vencedores com representantes da cooperativa Agrária e Unicentro

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Máquinas agrícolas

MacPonta Agro realiza inauguração de nova unidade A solenidade que marcou a expansão da rede aconteceu em outubro. A nova unidade fica em Quedas do Iguaçu. A loja já estava em funcionamento desde novembro do ano passado.

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investimento em uma loja na cidade de Quedas do Iguaçu é resultado do compromisso da MacPonta Agro com a excelência em seu atendimento. Segundo o presidente da empresa, José Divalsir Gondaski (Ferruge), a disponibilidade de serviços e tecnologia cada vez mais perto do cliente é o primeiro passo para uma parceria de sucesso. “A inauguração da loja em Quedas do Iguaçu, nossa sétima loja, é uma importante conquista na nossa história de mais de 20 anos como concessionário John Deere. Sabemos da importância que temos na mecanização da região e queremos fornecer tudo o que nosso cliente precisa para conquistar sempre os melhores resultados no campo”, afirma. De acordo com a organização, o evento contou com a participação de aproximadamente 210 pessoas, entre clientes, gestores da MacPonta Agro e gestores da John Deere. Na ocasião, foi apresentada a história da empresa, o vídeo institucional e, também, realizada homenagem aos primeiros clientes que adquiriram colheitadeira, plantadeira, pulverizador e trator na unidade. Após o cerimonial, todos participaram de um jantar de confraternização. A MacPonta Agro representa a John Deere desde 1996. Em abril de 2015 a empresa deu seu mais importante passo no projeto de expansão e adquiriu uma nova área do estado do Paraná. Esse investimento teve como fundamento a compreensão de que o foco da empresa é o cliente. Soma-se a isso a alta tecnologia dos produtos oferecidos, o comprometimento com o agricultor, a transparência em todas as suas atividades, e o resultado é a solidez de uma das mais respeitadas concessionárias de máquinas agrícolas do Paraná.

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Tradicionalismo

RODEIO DO PIQUETE CACIQUE CANDÓI: EMOÇÃO E AMIZADE

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moção e confraternização marcaram o rodeio anual do Piquete Cacique Candói, da 3ª Região Tradicionalista do Paraná. A competição de laço comprido, realizada pelo grupo de 28 a 30 de outubro, na Pista de Laço do CTG Fogo de Chão (PR 170), em Guarapuava, reuniu em torno de 500 laçadores. Compareceram, além dos integrantes do Piquete, entusiastas da modalidade vindos de outras regiões do Paraná e dos estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul. A programação teve como destaques, no dia 28, Laço em Dupla, Individual, Força A e Força B. No dia 29, Laço em Equipe, sendo realizado à noite o Leilão do Cavalo Crioulo. No dia 30, ocorreram as etapas das categorias Piá, Guri e Prenda, além das taças Bronze (Laço em Equipe, Prenda e Veterano), Prata (Laço em Equipe, Piá, Patrão e Guri) e Ouro (Laço em Equipe, Individual, Dupla e Capataz). Todas com premiações para os dois primeiros colocados. As Disputas Finais encerraram a programação. Patrão do Piquete Cacique Candói, Cláudio Marques de Azevedo considerou que o evento alcançou mais uma vez o principal objetivo, que é a manutenção do tradicionalismo e a confraternização entre diferentes gerações. “O ponto principal é a preservação da tradição, a participação de várias faixas etárias: temos desde os

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Antes da competição, ritual do cumprimento confraterniza laçadores de diversos grupos


pequenos, na categoria Vaquinha Parada, até os senhores de idade”, disse. Também o clima de integração, no acampamento que se forma no local do evento, é para ele outro destaque: “É uma convivência, um ambiente saudável, familiar. Nesse contato, para tomar chimarrão, aí se formam grandes amizades”. Azevedo declarou ainda que o Piquete Cacique Candói “é um grupo pequeno” e por isso fez questão de agradecer aos componentes por seu engajamento no evento. “Todos se empenharam”, elogiou. No aspecto técnico, frisou a qualidade do gado, observando que seu filho buscou em propriedades da região animais apropriados. “Gado que não havia sido laçado ainda, o que favorece a competição”, explicou. Outro ponto de destaque, a seu ver, foi o Leilão do Cavalo Crioulo. Ele

De 28 a 30 de outubro, Rodeio do Piquete Cacique Candói atraiu centenas de pessoas ao CTG Fogo de Chão, na PR 170, em Guarapuava

agradeceu a parceria com as propriedades Fazenda Rio das Pedras (Marcelo Cunha) e Cabanha Toca do Leão (Leonardo de Mattos Leão). “Houve a comercialização de 100% dos animais”, comemorou, antecipando que a parceria vai continuar para as próximas edições do rodeio. Participando também da organização, outro componente do grupo, Gibran Thives Araújo, ressaltou a qualidade das equipes de narradores e campeira. Ele também assinalou a importância dos apoiadores: “Queremos agradecer o apoio do Sindicato Rural de Guarapuava e dos demais parceiros comerciais”. Ainda conforme comentou, cinco dos melhores laçadores do rodeio seguiram para Campeonato Paranaense de Laço Comprido, de 1º a 4 de dezembro, em Pato Branco. A organização do evento, acrescentou, está a cargo do guarapuavano Júlio Geisel, coordenador da 3ª Região.

Sob sol forte, emoção da pista de laço se reflete na arquibancada

Laçadores natos – Na categoria Vaquinha Parada, os ganhadores foram : em 1º lugar, Samuel Araújo (Candói); em 2º lugar, Kaleb Duhatschek (Guarapuava). Os super jovens laçadores receberam seus troféus das mãos de Júlio Cesar Geisel - Coord. da 3ª Região Tradicionalista e de Cláudio Azevedo - Patrão do Piquete Cacique Candói

Rodeio: trabalho em equipe

Gibran Thives Araújo, do Cacique Candói Revista do Produtor Rural do Paraná

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Febre aftosa

2ª etapa da vacinação ocorreu em novembro

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febre aftosa é uma doença infecciosa aguda, causada por vírus, sendo uma das mais contagiosas que atingem os bovinos, búfalos, ovinos, caprinos e suínos. A segunda etapa da vacinação contra a doença, quando são vacinados todos os bovídeos, ocorreu dos dias 1º a 30 de novembro no Paraná. A médica veterinária Patrícia Tavares Nogueira alerta para a importância da vacinação: “A vacina evita o contágio da doença. Devemos lembrar que a aftosa é uma doença viral e pode ser transmitida até mesmo pelo ar, contaminando outras propriedades”. Os produtores que não vacinaram ou não comprovaram a vacinação serão multados em R$ 752,80, podendo ser maior o valor para rebanhos com mais de 10 cabeças. Além disso, esses produtores não podem transportar seus animais para qualquer finalidade. A médica veterinária ainda lembra que “os próprios produtores podem fazer a vacinação. A vacina contra aftosa é encontrada em casas agropecuárias. Os produtores não devem esquecer de apresentar o comprovante ou a nota fiscal da compra na Adapar, comprovando a vacinação dos animais”. A meta da Adapar – Regional de Guarapuava era vacinar 100% de rebanho. Até o fechamento desta edição, os números ainda não haviam sido contabilizados.

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Vacinação no prazo O agropecuarista Anton Gora não deixou de vacinar seu rebanho no prazo estabelecido. Na sua propriedade foram vacinados 135 cabeças. Já nos primeiros dias da campanha, grande parte dos animais foram vacinados e no dia 24 de novembro apenas os que chegaram recentemente na fazenda. “Essa é uma das doenças que mais ameaçam a pecuária no estado e no Brasil. Devemos ter um cuidado muito grande com a aftosa, principalmente porque o Paraná é uma área livre da doença e há a possibilidade de não ser realizada mais a vacinação no Estado. Por isso, precisamos vacinar e cumprir o prazo”, considera.


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Agricultura familiar

FEIRA REGIONAL FOMENTA COMERCIALIZAÇÃO DE PRODUTOS DE GUARAPUAVA E REGIÃO

C

om o objetivo de fomentar produtos oriundos da agroindústria familiar, Guarapuava recebeu a 4ª Feira Regional da Agroindústria Familiar – Paraná Centro, nos dias 11, 12 e 13 de novembro, na Praça Cleve. Esta edição contou com a participação de 70 expositores de Guarapuava e região, além de municípios do norte e oeste do Paraná. Foram comercializados, produtos como queijos, embutidos, doces, compotas, conservas, temperos, verduras, legumes miniprocessados, bebidas artesanais, panificados e massas em geral. Durante a abertura oficial do evento, o secretário municipal de Agricultura, Itacir Vezzaro, ressaltou que os pequenos produtores precisam de apoio na hora da comercialização de seus produtos. “É muito fácil outros adquirirem a matéria-prima de qualidade do pequeno agricultor e ganhar

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em cima disso. Por isso, é necessário incentivar ele a se tornar um pequeno empresário e aderir à agroindústria. A feira regional é uma das formas que encontramos para mostrar isso ao pequeno produtor”. Vezzaro destacou que a intenção de tornar a feira regional, trazendo expositores de outros municípios, é promover a integração, já que Guarapuava é considerada uma cidade polo. “Além disso, promovemos uma troca de experiências. Os agricultores daqui podem aprender com os de fora e vice-versa”. A novidade deste ano foi a Rodada de Negociação, realizada no primeiro dia do evento, onde 45 comerciantes de Guarapuava tiveram a oportunidade de negociar diretamente com os produtores para a venda dos produtos da agroindústria familiar. O consultor do Sebrae, Fernando Pizani, destacou que os produtos comercializados na Feira Regional da Agroindústria Fami-

Itacir Vezzaro, secretário municipal de Agricultura

Fernando Pizani, consultor do Sebrae


Além disso, promovemos uma troca de experiências. Os agricultores daqui podem aprender com os de fora e vice-versa” Itacir Vezzaro

liar contam com o Selo Alimentos do Paraas estão preocupadas em consumir produná – região Paraná Centro. “É um símbolo tos mais naturais”. da sanidade desses produtos. Cerca de 80 Marcia Regina Ferreira conta que deagroindústrias já passaram ou estão paspois de entrar para Feira do Produtor, há sando por esse processo, que envolve boas quase dois anos, sua produção e renda aupráticas de fabricação, melhoria da qualimentaram e ela pôde também profissionadade produtiva, embalagem dos produtos e lizar ainda mais a produção de seus pães. gestão das pequenas empresas”. “Tenho máquinas novas e pude melhorar Edinete Gumiero participa da Feira do minha cozinha. Nas feiras, a equipe orgaProdutor em Guarapuava há quase um ano nizadora apoia muito na divulgação dos e foi a primeira vez que expôs seus produtos na Feira Regional. “Meu marido era soldador e há seis meses ele sofreu um acidente e queimou o olho. Depois do atestado, ele acabou ganhando a conta e não sabíamos o que fazer. Eu morava em outro município e já comercializava o macarrão. Foi então que soubemos das feiras aqui em Edinete Gumiero comercializa diversos “sabores” Guarapuava, promovida de macarrão, além dos temperinhos caseiros e pela secretaria [de agricerveja caseira. cultura] e decidimos investir. Hoje nossa renda é somente da feira”. Edinete diversificou sua produção e, atualmente, além do Macarrão da Nona, como ela chama, comercializa outros tipos de macarrão, como o de beterraba, temperos e cerveja caseira. Para ela, a feira regional é uma oportunidade de expandir sua clientela e demonstrar a qualidade de seus produtos. “São produtos fresquinhos e quase sem conservantes, pois hoje as pesso-

As irmãs Marcia Regina Ferreira e Andreia Ferreira na comercializam diversos tipos de pães

Itacir Vezzaro, ao lado da feirante de Ubiratã, Edma Pissin

produtos, além dos espaços em que a gente comercializa e o incentivo à produção. Tudo contribui para sempre pensarmos em frente”. Marcia, que comercializa pão recheado de linguiça, de abóbora, caseiro, de leite, entre outros, também vê a feira regional com uma oportunidade de crescer ainda mais. Ela também sobrevive atualmente da renda na Feira do Produtor. Edma Pissin, produtora de abacate em Ubiratã, veio até Guarapuava pela primeira vez para participar da feira com produtos diferenciados: azeite, óleo e hidratantes de abacate. “É a primeira vez que eu participo e tomei conhecimento por uma amiga que já tinha participado e gostou bastante. A feira é bem organizada e recebemos muito apoio do Sebrae e da Prefeitura Municipal. Estou gostando muito de participar e é uma oportunidade ótima de divulgarmos nossos produtos”. A feira conta com a organização da Prefeitura Municipal de Guarapuava, por meio do Programa Vida Rural, da Secretaria Municipal de Agricultura. Conta ainda com o apoio do Fecomércio PR, Emater, Associação dos Produtores Feirantes de Guarapuava e Sebrae. Revista do Produtor Rural do Paraná

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Piscicultura

45 mil alevinos foram para tanques de propriedades da região

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or meio da parceria entre Sindicato Rural de Guarapuava e Piscicultura Progresso, mais uma entrega de alevinos foi realizada na entidade sindical, no dia 18 de novembro. Foram mais de 45 mil alevinos encomendados por produtores de Guarapuava, Candói e região. Além disso, a empresa entregou os brindes de diversas espécies de alevinos sorteados durante o Dia do Agricultor e na comemoração de aniversário do Sindicato Rural no Wintershow 2016.

Para encomendas e outras informações, os interessados podem entrar em contato com o Sindicato Rural de Guarapuava (Rua Afonso Botelho, nº 58 – Bairro Trianon: (42) 36231115; Extensão de Base Candói: (42) 3638-1721; ou Extensão de Base Cantagalo: (42) 3636-1529.

As datas de entrega em 2017 serão divulgadas na próxima edição

Thomas Nohel Anderson Pilati e Fernando Peterlini

Reni Kunz Glacyr Pimpão Neto e Janete Pimpão

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Fabiano Michelc

Siegfried Milla I Jair, Christian e Laressa Galinski

Carlos Eduardo dos Santos Luhm

Elizete Rickli Valério Tomaselli

Carlos Juzivouk

Robson Fassbinder

Lucas e Pedro Ribeiro

Francisco Elizeu Laurentino

Cleber DallAgnol e Edvilson Matoso Luciano Farinha

Eva Mello

José Turoki

Alexandre Seitz Joelson Francisco Novakoski e Marilene Novakoski

José Marilton Corrêa

Julio Hulse

Erivelto Leonardo (proprietário da Piscicultura Progresso) e Stefan Gerster Filho Revista do Produtor Rural do Paraná

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Capacitação rural

Cursos Senar 2016 Confira alguns cursos do SENAR realizado em Guarapuava nos últimos meses:

Trabalhador na Operação e na Manutenção de Roçadeiras - roçadeira profissional Local: Colégio Agrícola – Guarapuava Data: 22/11 a 24/11 Instrutor: Edson Cristiano Groff

Trabalhador no Cultivo de Plantas Industriais - erva-mate / plantas industriais - produção de erva-mate Local: Sindicato Rural de Guarapuava Data: 6/12 e 7/12 Instrutor: Zeno Alceu Hetka

Trabalhador na Operação e na Manutenção de Retroescavadeira Local: Santa Maria Papel e Celulose Data: 28/11 a 01/12 Instrutor Adnilson Dias Silva

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Produção Artesanal de Alimentos - derivados de leite Local: Associação Paiquerê – Guarapuava Data: 23/11 a 24/11 Instrutora: Denise Bubniak

Produção Artesanal de Alimentos - conservação de frutas e hortaliças - conservas molhos e temperos Local: Assentamento Paiol de Telha Data: 28/11 e 29/11 Instrutora: Denise Bubniak

Trabalhador no Cultivo de Plantas Industriais - erva-mate / plantas industriais - pragas e doenças a erva-mate Local: Sindicato Rural de Guarapuava Data: 8/11 Instrutor: Zeno Alceu Hetka


Projeto Identidade Sindical 2016 Produtor rural, apresente a carteirinha* do Sindicato Rural e obtenha descontos nos locais abaixo: (*Se ainda não possui a carteirinha de sócio, compareça ao Sindicato Rural de Guarapuava ou nas Extensões de Base: Candói - Foz do Jordão e Cantagalo)

GUARAPUAVA BetoAgro AGRONEGÓCIOS

3% em toda linha de insumos agrícolas

3% na linha de produtos Forquímica

Descontos para sócios

3% sobre o preço de lista no ato da compra

10% à vista ou parcelamento em 10 vezes s/ juros nos cartões

5% em medicina do trabalho, segurança do trabalho, consultorias, intermediação de consultas e exames médicos e 10% em exames de diagnóstico laboratorial (Torreforte Clin)

10% em serviços

10% no valor da mensalidade

Newdeal Agroscience Descontos em exames

Desconto de 3% na linha de produtos New Deal

5% em serviços ou equipamentos

Descontos diversos

Benefícios diversos

Descontos em todos os ramos de seguros

5% nas prestações de serviços

5% nas compras de produtos, lanches em geral, porções e bebidas

10% em todos os serviços prestados

10% na prestação de serviços

5% nas compras à vista

5% nas compras realizadas na loja

15% nos exames radiográficos

5% sobre valor final da negociação

3% para compras à vista

10% análise de solos e de tecido vegetal

Fluxo de caixa gratuito, atualizado mensalmente, tanto trabalhos fiscais quanto trabalhos decisoriais

CANDÓI

3% em produtos veterinários, ferramentas agrícolas e lubrificantes

10% na elaboração do CAR e 5% na execução de serviços de topografia

6% em materiais de construção, móveis e casa pronta

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Profissionais em destaque

Damião de Veras é o novo RTV Sementes Agroceres para o distrito de vendas Guarapuava. À direita, Fernando Mayrer, que desempenhou a função até outubro e mudou-se para Lucas do Rio Verde, atuando na Climate.

Alex Geovani Bruch (Syngenta) Professor Marcelo Mendes com a turma do 5º ano de Agronomia da Unicentro em visita ao Wintershow 2016.

Luiz Carlos Pieta, Rodolpho L. Werneck Botelho e Davi Cardim (Caixa Econômica)

Douglas Cappellesso, João Edilson Campos e Eder Andrade (Solferti//PDA)

Fotos: Estela Leal

Flashes do evento No Caminho da Soja

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Produtores em destaque

Café Colonial Beneficente Colaboradores do Sindicato Rural de Guarapuava prestigiaram o Café Colonial Beneficente do Hospital São Vicente de Paulo, no dia 10 de novembro.

Antônio Lopes dos Santos

A produtora rural Soeli Lange ganhou uma cesta de produtos importados durante sorteio de aniversário do Sindicato Rural de Guarapuava, realizada em outubro. Parabéns!

Novos Sócios

Luiz Francisco Agner Segundo

Brigit Tereza Leh Weckl

Adriana do Rocio P. L. Martins

8 e Araújo, e Mendes d Valentina e Maico Mendes d d e a jo lh ú fi , ra s ano ller A imone Ke Araújo e S raújo, 8 anos, filha A Ana Luiza endes de Araújo. M de Maura

o, filho Santhiag dre de Alexan ana v Seitz e Sil z it e Illich S ail: ra o e-m a foto pa m.br o .c Envie su va a u gp acao@sr ic n u m co Revista do Produtor Rural do Paraná

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FEVEREIRO

JANEIRO

Aniversariantes/2017 01/01 01/01 01/01 01/01 02/01 02/01 03/01 03/01 03/01 04/01 04/01 05/01 05/01 05/01 05/01 05/01 06/01 06/01 06/01 07/01 07/01

01/02 02/02 02/02 03/02 03/02 03/02 04/02 04/02 04/02 05/02 06/02 06/02 07/02 09/02 09/02 09/02 09/02 09/02 09/02 09/02

Anton Keller II Estefano Remlimger José de Mattos Leão Neto Leni Ap. Lacerda Cunico Julio C. de Almeida Tadeu Kukurgindki Belinski Hugo Leh Orlando Deschk Rosa Maria Schlafner Adolf Taubinger Valderi Muzzolon Harald Wolfl Essert Johanes Stecher Johann Vollweiter Jose Seguro Ronald Gartner Antonio Fagundes Schier Marcelo Afonso Mayer Regina Maria Bizarro Zandonai Heinrich Stader Maria Aparecida L. Loures

Norbert Geier Franz Hunger Thelma Lanzini Losso Eliezer Scheidt Odacir Luiz Ghisleni Walter Gartner Jair Kultz José Losso Filho Robert Utri José Neiverth Junior Gilda Campello Hercules Alexandre Martins Francisco João Schier Arival Cividini Helmut Gartner Jeferson Caus Leodir Carlos Correa de Melo Lucas Obal Martin Ritter Pedro Gustavo Santos Mendes

07/01 08/01 08/01 08/01 09/01 09/01 10/01 10/01 10/01 11/01 11/01 11/01 11/01 12/01 12/01 13/01 13/01 13/01 14/01 14/01 15/01

Siegfrid Milla Cassia Fassbinder Florian Reichardt Heraclides José Cordeiro Roseira Eurípio Carlos Rauen Sonia Regina Virmond Cezar Alberto Martini Toledo Claudio Marques de Azevedo Raimund Duhatschek Guinter Nicolau Schlafner Helga Schneider Neuci Aparecida Moss Reinhard Wilhelm Kratz Murilo Walter Teixeira Robson Fassbinder Anton Wilk Herbert Schlafner Raimund Georg Abt Helton José Fagundes Schier Paulo Kruger Elizete Ribas Martins Philipiak

15/01 15/01 15/01 15/01 16/01 17/01 18/01 18/01 18/01 18/01 18/01 19/01 20/01 20/01 20/01 21/01 21/01 21/01 22/01 22/01 22/01

Juliano Marcondes Teixeira Marcelo Antonio F. Schier Pedro Alberto Ilibrante Vandeci José Ferreira de Lima Nereu Lopes de Araújo Otavino Rovani Luis Borsatto Rene Vieira Lopes Sebastiana Erivan M. Almeida Sérgio Fernando Paczkoski Úrsula Maack Kurowski Luis Paulo de O. Gomes Filho Jacir Salvador Rivair Sebastião Fritz Waltraut Maria Palm Mayer Dea Maria Ferreira Silveira Denilson Baitala Vera Lúcia Dambroski de Castilho Alfredo Gelinski Júnior Antonio Luiz Peterlini Gilberto Saciloto

10/02 10/02 10/02 10/02 11/02 13/02 14/02 14/02 14/02 15/02 15/02 15/02 15/02 16/02 17/02 17/02 18/02 18/02 18/02 18/02

Brigite Kreuscher Josemary de Paula Conrado Lourenço Lemler Ricardo Werneck Ceneviva Luiz Afonso Eder Reinholt Holzhofer Amarildo Parizotto Pedro Cordeiro da Silva Sandra Terezinha Bochnia Antônio Cesar de Re Celio Teixeira Cunha Erich Mathias Leh Gilmar Gelinski de Souza Marcelo Lustosa Julek Alexandre Barbieri Neto Ricardo Rocha Danguy Aldo Antônio Bona Alvir Antonelli Carlos Pereira Araújo Evaldo Stefan Becker

18/02 18/02 18/02 18/02 18/02 19/02 19/02 20/02 20/02 20/02 21/02 21/02 21/02 21/02 21/02 22/02 22/02 22/02 22/02 22/02

José Hamilton Moss Filho Klaus Dowich Luiz Vilson Silvestri Nelson Luiz Loures de Lacerda Rodrigo Tateiva Elton Lange Gildo Warpechowski Gorski Marcia Regina A. da R. Stoeberl Renata Vitoria Weckl Walter Milla Antonio Oscar Lustoza Ribas Celso Hisao Tateiva Marcio Maciel Almeida Paulo Guilhermeti Renato de Auda Kaminski Alceu Sebastiao Pires de Araújo Elias Farah Neto Francisco Buhali Lucélia Ratuchinski P. do Prado Marco Aurélio Nunes

CONFIRA A AGENDA DE EVENTOS AGROPECUÁRIOS: DE CAMPO  DIA COAMIG Guarapuava (PR) 25 de janeiro Tel.: (42) 3623-4012

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Philipe Marx Tjiago Gavansky Marcio Pacheco Marques Nereu Pedro Battistelli Walter Becker Luciano Daleffe Sebastião Francisco R. Martins Simon Milla Edson Lustosa Araújo Tiago Justino de Bastos Gustavo Grocoske Kuster Oswaldo Rodrigues Barbosa Cristian Abt Matheus de Lacerda Pereira Manoel Urias Carneiro Paulo Afonso Ferreira Silveira Rosecleia Padilha C. Seguro Josilene Losso Ruy Laurici Alves Teixeira Neto Stefan Stemmer Mario Poczynek

Edson Luiz Primak Jairo Silvestrin Filho Alan Kaminski do Nascimento Albert Josef Zimmermann Valdir José Fuchs Filho Marcus Vinicius de A. Bianco Pauline Keller Kuster Denise Raquel Taques da Cruz Moacir Jose Horst Tome Rubens Geraldo Toledo Anton Hering Jonathan Seitz Alan Marcus Blanc Jonathas F. T. Leal da Cruz Luiz Carlos Gehlen Macedo Nunes Machado Filho Paulo Naiverth Paulo Roberto Martins Pacheco Walter Stoetzer Junior

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2017

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Revista do Produtor Rural do Paranรก

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