ISSN 1984-0004 Publicação bimestral do Sindicato Rural de Guarapuava Ano X - Nº 59 - Fev/Mar 2017 Distribuição gratuita
REVISTA DO PRODUTOR RURAL DO PARANÁ
Rev Prod Rural_59_fev-mar-17.indd 1
1 02/03/17 14:34
Rev Prod Rural_59_fev-mar-17.indd 2
02/03/17 14:34
48
Palestra aponta caminhos da produtividade
LEITE
Dia de Campo Coamig surpreende em público e inovações
14
SOJA
26
51 18
MANCHETE
É hora de consciência e ação para conservação de solo e água
AGROINDÚSTRIA
Emater debate assistência técnica para quem industrializa na propriedade
SHOW RURAL COOPAVEL
PECÃ
Produtor na expectativa do início da produção
SOJA, MILHO E FEIJÃO
Dia de Campo da Agrária dá show de tecnologia
88
30
ERVA-MATE
Comissão do Sindicato Rural recebe visita do Ibramate
38
78
Sindicato Rural leva produtores ao evento
CAVALO CRIOULO
Exposição destaca qualidade do plantel regional
Expediente
DIRETORIA:
Presidente
1º Vice Presidente
2º Vice Presidente
1º Secretário
2º Secretário
1º Tesoureiro
2º Tesoureiro
Rodolpho Luiz Werneck Botelho
Josef Pfann Filho
Anton Gora
Gibran Thives Araújo
Cícero Passos de Lacerda
João Arthur Barbosa Lima
Jairo Luiz Ramos Neto
CONSELHO FISCAL:
TITULARES:
Lincoln Campello
SUPLENTES:
Luiz Carlos Colferai
Carlos Eduardo dos Santos Luhm
Alexandre Seitz
Anton Gottfried Egles
Roberto Eduardo Nascimento da Cunha
NOSSA CAPA
REDAÇÃO/FOTOGRAFIA:
Luciana de Queiroga Bren
Diretora de Redação e Editora-Chefe Reg. Prof. 4333
PROJETO GRÁFICO: Manoel Godoy
Geyssica Reis
Jornalista
Jornalista
PRÉ-DISTRIBUIÇÃO:
Roberto Niczay
Endereço: Rua Afonso Botelho, 58 - Trianon CEP 85070-165 - Guarapuava - PR Fone/Fax: (42) 3623-1115 Email: comunicacao@srgpuava.com.br Site: www.srgpuava.com.br
Colaborou nesta edição:
Jornalista Lucas Mendes
DISTRIBUIÇÃO:
Guarapuava, Candói e Cantagalo: Mundial Exprex Distrito de Entre Rios:
REVISTA DO PRODUTOR RURAL DO PARANÁ
Extensão de Base Cantagalo Rua Olavo Bilac, 59 - Sala 2 Fone: (42) 3636-1529 Cantagalo - PR Impressão: Midiograf - Gráfica e Editora Tiragem: 2.500 exemplares
André Zentner
4
Extensão de Base Candói Rua XV de Novembro, 2687 Fone: (42) 3638-1721 Candói - PR
Os artigos assinados não expressam, necessariamente, a opinião da REVISTA DO PRODUTOR RURAL ou da diretoria do Sindicato Rural de Guarapuava. É permitida a reprodução de matérias, desde que citada a fonte.
EDITORIAL
UM AGRADECIMENTO AOS ANUNCIANTES
P
rimeira edição do ano com antigos e novos parceiros. Empresas de renome regional, nacional, internacional. Empresas que nos enchem de orgulho e que sabem a importância da publicação para os nossos associados. Sabemos que muitos não conseguiram publicar seu anúncio nesta primeira edição do ano, mas estarão conosco a partir de abril. Queremos reforçar o convite para que nossos associados deem prioridade para essas empresas em suas compras durante o ano. Mesmo diante da crise, que ainda não cessou, elas não mediram esforços para apoiar a publicação e, consequentemente, o Sindicato Rural de Guarapuava. Ser anunciante da REVISTA DO PRODUTOR RURAL DO PARANÁ é ser parceiro e amigo da entidade. Na revista, além do anúncio, a empresa conta com espaços para publicação de textos, que podem ser artigos técnicos ou matérias jornalísticas. Em palestras, reuniões, dias de campos e outras ações promovidas pela empresa na região, jornalistas da Revista do Produtor Rural fazem a cobertura jornalística e fotográfica, sem custo adicional para a empresa. O anunciante da revista tem direito aos mesmos benefícios dos sócios. A empresa passa a receber convites para todos os eventos promovidos pela entidade (palestras, dias de campo, seminários eventos festivos, viagens técnicas), tendo a oportunidade, desta forma, de conhecer e se aproximar dos nossos 1.070 associados.
Rodolpho luiz WeRneck Botelho Presidente do sindicato rural de GuaraPuava
O parceiro da entidade pode locar o salão de festas, anfiteatro e sala de cursos/palestras com valores diferenciados - assim como os sócios. Eventos promovidos pela empresa parceira na região podem contar com a ajuda de divulgação da assessoria de comunicação do Sindicato Rural, com envio de releases para imprensa e mensagens para sócios, diretores e parceiros da entidade, conforme solicitação da empresa. Para divulgar os eventos, utilizamos a Revista do Produtor Rural, site do Sindicato Rural de Guarapuava, Facebook da entidade, e-mail, SMS, WhatsApp e espaços que temos disponíveis na imprensa regional. Tudo isso a empresa "ganha" quando se torna anunciante da revista. E queremos melhorar essa parceria a cada ano. Queremos que seja bom para os dois lados. Que seja muito bom! Por isso, estamos sempre à disposição para sugestões e críticas. Por fim, queremos agradecer a confiança e o apoio de todas as empresas que estão nessa primeira edição, as que estão conosco desde a primeira edição e aquelas que ainda vão unir-se a nós - porque juntos somos muito mais fortes! Muito obrigado também aos nossos leitores, produtores rurais de Guarapuava e região, que estão sempre nos incentivando e reconhecendo os benefícios desta publicação. Graças a todo esse apoio, a revista completará seus 10 anos em julho de 2017. Boa leitura e boa safra a todos!
REVISTA DO PRODUTOR RURAL DO PARANÁ
5
II RALLY DE CONSERVAÇÃO DO SOLO E DA ÁGUA
Guarapuava/PR
Foto: Manoel Godoy
ARTIGO Anton GoRA Produtor rural, diretor da Federação da Agricultura do Estado do Paraná (FAEP), vice-presidente do Sindicato Rural de Guarapuava e presidente do Núcleo Regional dos Sindicatos Rurais do Centro-sul do Paraná
ASSEMBLEIA GERAL DA FAEP
N
o dia 30 de janeiro de 2017, ocorreu a Assembléia Geral da Federação da Agricultura do Estado do Paraná (FAEP), onde foi apresentado o relatório geral de atividades do ano de 2016, o balanço financeiro de 2016 e a proposta orçamentária para 2017. Participei da Assembléia como delegado representante do Sindicato Rural de Guarapuava. Quero nesse artigo transcrever um pouco das atividades da nossa Federação. Não conseguimos nem sequer imaginar as atividades que envolvem o trabalho da Federação, mas precisamos ter esse conhecimento mínimo da importância e necessidade desse trabalho. Essas atividades vão desde a questão ambiental até o sindicalismo, onde a FAEP presta todo tipo de assessoria, coordenação e informações aos nossos sindicatos. Começando pela área ambiental, a Federação trabalhou na regulamentação do Cadastro Ambiental Rural (CAR), preservação da escarpa devoniana, sem prejudicar os produtores dos Campos Gerais, licenciamento ambiental de bovinos, portaria do IAP sobre a tríplice lavagem, gestão sustentável na agricultura e eliminação do BHC, bacias hidrográficas e zoneamento ecológico-econômico. Nas propostas de políticas públicas e agrícolas: propostas para o Plano Agrícola e Pecuário 2016/2017, propostas de políticas agrícolas de apoio ao setor tritícola, crédito rural e zoneamento agrícola de risco climático. Seguro rural: participação na comissão consultiva dos agentes privados do PSR, grupo de trabalho do seguro rural do MAPA, propostas para o seguro rural, Fórum Nacional ``O futuro do seguro rural no Brasil``, elaboração do guia de seguros rurais e PROAGRO, participação no programa experimental de negociação coletiva do seguro rural de soja e PROAGRO. Governança e programas sociais: participação na rede paranaense de agro pesquisa e formação aplicada, lei da integração, Consecana PR, Conseleite PR, Programa integrado de desenvolvimento da bovinocultura de corte no Paraná – programa Pecuária Moderna, geração de energia elétrica a partir da biomassa, Aliança Láctea Sul Brasileira, Programa Integrado de Conservação de Solo e Água do Paraná, manejo da araucária no Paraná, Plano Estadual de Cultivos Florestais.
Na área de sanidade agropecuária: organização e participação no Conselho Municipal de Sanidade Agropecuária (CSA), Comitê Estadual de Suínos (COESUI), Comitê Estadual de Sanidade Avícola (COESA), Fundo de Desenvolvimento da Agropecuária do Paraná – FUNDEPEC-PR, Campanha vazio sanitário e período de semeadura para a cultura da soja, ações no manejo e controle do Greening. Logística e infra-estrutura: ferrovias, rodovias, portos, energia elétrica no meio rural. Insumos: reserva de sementes próprias, culturas com suporte fitossanitário insuficiente. Conjuntura agropecuária: situação das safras, seminários e tendências do mercado de grãos. Gestão dos custos de produção: custo de produção da suinocultura e avicultura, planilha unificada para o levantamento do custo de produção da suinocultura entre os estados do Sul, custos de produção de cordeiros no Paraná, projeto Campo Futuro, dia de mercado de grãos. Comissões: cereais, fibras e oleaginosas, horticultura, meio ambiente, suinocultura, avicultura, bovinocultura de corte, caprino cultura e ovinocultura, cafeicultura, cana de açúcar e bovinocultura de leite. Representações da FAEP: participação na Frente Parlamentar da Agropecuária, Comissão Sul Americana para a Luta contra a Febre Aftosa, Comissão Pan-americana de Inocuidade de Alimentos, Reunião Interamericana Ministerial de Saúde e Agricultura, Conferência da Comissão Regional da OIE para as Américas, Conferência Mundial da OIE sobre Bem-Estar Animal, Organização Mundial da Saúde Animal, aquaciência e curso de sanidade de tilapicultura, Seminário Técnico Brasil Sul de Gestação Coletiva de Matrizes Suínas, Encontro Estadual de Produtores de Cebola, Congresso Pan Americano do Leite. Sindicalismo – reunião dos núcleos e assessoria aos sindicatos. Assessoria jurídica – Tribunal Regional do Trabalho. Essas são as principais atividades desenvolvidas pela nossa Federação. Parabéns aos nossos diretores e colaboradores da FAEP! Nossos sinceros agradecimentos! Sem esse trabalho, a nossa atividade agrícola seria inimaginável. O nosso Sindicato estará sempre disposto e disponível para apoiar e participar desses trabalhos.
REVISTA DO PRODUTOR RURAL DO PARANÁ
7
RELATÓRIO
2016: MAIS UM ANO DE AÇÕES EM PROL DA PRODUÇÃO RURAL O Sistema FAEP teve, em 2016, mais um ano de intensa atividade para representar, junto à sociedade, o setor da agropecuária. Em nível nacional e estadual, a Federação da Agricultura do Paraná chamou a atenção para a necessidade de medidas que fortaleçam os produtores. Em nível local, os sindicatos rurais seguiram promovendo ou apoiando eventos técnicos e cursos em parceria com o SENAR-PR. Confira algumas das principais ações da FAEP e do Sindicato Rural de Guarapuava no ano que passou.
AGO e posse de diretoria
Apoio ao Outubro Rosa em Guarapuava
Apoio à 43ª Expogua
Reuniões da Comissão do Leite do Sindicato Rural
Comissão de Ovinocultura da FAEP: reunião em Guarapuava
8
REVISTA DO PRODUTOR RURAL DO PARANÁ
Apoio ao Rodeio do Piquete Cacique Candói
Participação do Sindicato Rural no Conselho de Desenvolvimento Rural de Guarapuava
2016 – SINDICATO RURAL DE GUARAPUAVA (Principais atividades como realizador e/ou apoiador) • Tarde de Campo de Ovinos 2016 • Assembleia Geral Ordinária de prestação de contas e eleição de diretoria (anualmente) • Dia do CAR – Apoio aos produtores no preenchimento do Cadastro Ambiental Rural • Caravanas de produtores de Guarapuava, Candói e Cantagalo para Show Rural Coopavel – Cascavel (anualmente) • Criação da Comissão Técnica da Erva-Mate • Dia de Campo da Bovinocultura de Corte, com FAEP, no âmbito do Plano Pecuária Moderna • Indicação de produtora rural para Diploma Mulher Cidadã - Câmara Municipal de Guarapuava (anualmente) • Participação em premiações do Programa Empreendedor Rural/SENAR-PR (anualmente) • Participação no Dia de Campo de Verão e WinterShow da Cooperativa Agrária (anualmente)
Criação da Comissão de Erva-Mate do Sindicato Rural
• Plano Pecuária Moderna: Sindicato Rural foi um dos pólos regionais do plano, sediando cursos para profissionais da assistência técnica • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
Visita de produtores ao Agroleite 2016 em Castro (PR) Apoio à Expogua, em Guarapuava (anual) Caravanas de produtores de Candói e Cantagalo à Expogua, em Guarapuava Reuniões da Comissão Técnica de Bovinocultura de Leite do Sindicato Rural (desde 2014) Reuniões de levantamento de custo de produção de grãos e eucalipto Reunião do Valor da Terra Nua, com a SEAB Convenção Coletiva de Trabalho com Sindicato dos Trabalhadores Rurais (anualmente) Reunião do Núcleo Centro dos Sindicatos Rurais, com a presença do pres. do Sistema FAEP, Ágide Meneguette Seminário Tendências de Mercado, da FAEP Projeto No caminho da Soja, com Aprosoja e Canal Rural Organização de viagem de produtores ao Seminário Erva-Mate XXI, em Curitiba Recepção a produtores rurais do Canadá e visita à propriedade rural da região de Guarapuava Apoio a produtores de Laranjeiras do Sul atingidos por invasão indígena Reivindicação de melhorias para estradas rurais de Guarapuava Reuniões de diretoria (mensais) Atendimento interno (CCIR, ITR e folha de pagamento) Atendimento jurídico a produtores rurais Parceria com Piscicultura Progresso para encomenda e entrega de alevinos Parceria com Viveiros Pitol para encomenda e entrega de mudas de nogueira-pecã Participação em reuniões do Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural de Guarapuava Curso de Excel para produtores rurais Curso Empreendedor Rural, em conjunto com o SENAR-PR Cursos do SENAR-PR em Guarapuava, Candói, Cantagalo e Foz do Jordão (mensalmente) Apoio ao 2º Conselho Temático do Setor Madeireiro de Guarapuava e Região Apoio à Campanha Outubro Rosa em Guarapuava
• Apoio à palestra “Suplementação Estratégica na Pecuária de Precisão”, da DSM,no CTG Fogo de Chão • Apoio à Semana Acadêmica de Medicina Veterinária da Unicentro (SEMAVU) • Apoio ao 12º Ciclo de Palestras, com Gustavo Loyola • Apoio ao 1º Dia de Campo da Cebola de Guarapuava • Apoio ao 6º Simpósio de Sanidade Animal do Centro-Oeste do PR • Apoio ao Encontro de Produtores de Leite • Apoio ao II Dia de Campo da Bovinocultura de Leite do curso de Veterinária da Unicentro • Apoio às manifestações contra corrupção • Apoio à Feira Estadual de Bezerros de Guarapuava (anualmente) • Apoio à Ovinotec (anualmente) • Apoio à 15ª edição da Festa do Dia do Agricultor de Cantagalo • Apoio ao 9º Festival Gastronômico Cordeiro Guarapuava, da Cooperaliança • Apoio ao Crioulaço 2016, em Guarapuava • Apoio à Expocrioulo de Guarapuava • Apoio ao Rodeio Anual do Piquete Cacique Candói, de Candói (PR) • Apoio ao XXXII Rodeio Crioulo Interestadual em Cantagalo (PR) • Evento alusivo ao Dia do Agricultor, na sede do Sindicato Rural e nas extensões de base de Candói e Cantagalo • Participação no Dia do Desafio (anualmente) • Apoio à Tropeada Tiro Longo (desde 2014), em Guarapuava • Campanha de apoio à Lava-Jato em outdoors, em Guarapuava
Apoio ao Crioulaço 2016
Colaboradores do Sindicato Rural participaram de curso sobre DAP na FAEP
Apoio ao Dia de Campo de Verão da Agrária 2016
Dia de Campo do Programa Pecuária Moderna (FAEP e Sindicato Rural de Guarapuava) REVISTA DO PRODUTOR RURAL DO PARANÁ
9
Evento alusivo ao Dia do Agricultor
Atendimentos de ITR no Sindicato Rural
2016 – SISTEMA FAEP No início deste ano, o Sistema FAEP, que congrega os sindicatos rurais do Paraná, listou suas principais ações de 2016 em seu boletim informativo (Ano XXV nº 1373 - Janeiro de 2017). A REVISTA DO PRODUTOR RURAL destaca algumas das ações: Apoio ao Festival Gastronômico Cordeiro Guarapuava, da CooperAliança
Movimento “Vamos Tirar o Brasil da Lama – Impeachment Já”, reunindo produtores rurais em Brasília (com participação de produtores rurais de Guarapuava) Agro + (Participação na elaboração do plano, que visa desburocratizar os processos e as normas do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento-Mapa)
Apoio ao Encontro de Produtores de Leite, na 43ª Expogua
PROPOSTAS AGRO – Na primeira missão oficial ao Paraná, desde que assumiu a cadeira de ministro da Agricultura, Blairo Maggi se reuniu com as principais lideranças do agronegócio estadual, em julho, na sede da Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar), em Curitiba. Na ocasião, a FAEP, em parceria com a Secretaria Estadual da Agricultura e do Abastecimento (Seab) e a Ocepar, entregou um documento com propostas para as políticas públicas em dez áreas temáticas do agronegócio brasileiro. REUNIÕES DOS NÚCLEOS – O presidente do Sistema FAEP/SENAR-PR, Ágide Meneguette, e o diretor secretário, Livaldo Gemin, participaram das reuniões dos oito núcleos regionais dos sindicatos rurais, entre os dias 7 e 11 de novembro.
Sindicato Rural organizou visita de produtores ao Seminário Erva-Mate XXI
Apoio à Feira de Bezerros de Candói
10
REVISTA DO PRODUTOR RURAL DO PARANÁ
ISENÇÃO DO USO DA ÁGUA – A FAEP e a Ocepar estiveram em várias reuniões e audiências públicas com as lideranças do governo na Assembleia Legislativa, com o governador Beto Richa e o secretário da Fazenda, Mauro Ricardo Machado Costa, para demonstrar o prejuízo que a cobrança de fiscalização pelo uso da água traria para a produção agropecuária. Entendendo os argumentos, os parlamentares aprovaram, no dia 30 de setembro, a Lei nº 18.878/2016 isentando os produtores rurais das taxas de controle, acompanhamento e fiscalização do uso de recursos hídricos e minerais. APOIO À TRITICULTURA – A Câmara Setorial de Cereais de Inverno do Paraná entregou ao governo federal, em novembro, um documento com propostas de políticas agrícolas para apoio aos produtores de trigo. O documento foi baseado em sugestões da Comissão de Cereais, Fibras e Oleaginosas da FAEP. Entre as propostas, destacam-se a atualização dos preços mínimos, equivalentes ao custo operacional calculado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o
Mulher Cidadã 2016
Visita de produtores rurais americanos
estabelecimento de políticas públicas com antecedência de plantio e a definição antecipada de datas e volumes da Política de Garantia dos Preços Mínimos (PGPM). Diante do cenário de preços do trigo em 2016, outra ação da FAEP foi a solicitação de apoio à comercialização no estado. Esse pedido foi atendido a partir de dezembro, com a realização de leilões públicos da Conab. PLANO AGRÍCOLA E PECUÁRIO – O Sistema FAEP/SENAR-PR, com o Sistema Ocepar e a Seab, entregou, em março, ao Mapa, documento com mais de cem propostas do setor agropecuário paranaense para o Plano Agrícola e Pecuário (PAP) 2016/17. MODERFROTA – Diante da dificuldade de acesso à linha de crédito do Programa Moderfrota do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) nos agentes financeiros, com exceção do Banco do Brasil, que tem utilizado recursos próprios para ofertá-la, a FAEP encaminhou, em junho, ofício solicitando a intervenção do Ministério da Fazenda para que fosse adotada uma série de medidas emergenciais.
Seminário Tendências de Mercado, da FAEP, com economista Flávio França Jr
Reunião do Núcleo Centro dos Sindicatos Rurais: Gora (pres. do Núcleo); Meneguette (pres. FAEP) e Botelho (pres. Sind. Rural)
Cursos do Plano Pecuária Moderna, em conjunto com a FAEP
CRÉDITO RURAL – O Conselho Monetário Nacional (CMN) atendeu a solicitação da FAEP com a resolução nº 4.507 do Banco Central para que as operações do Programa de Sustentação do Investimento (PSI) pudessem ser renegociadas quando comprovada a incapacidade de pagamento do produtor. PROAGRO – A FAEP tem proposto várias mudanças para modernização do Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro). Algumas sugestões foram apresentadas no PAP da safra 2016/17. Em 2016, o valor da cobertura inicial foi elevado de 70% para 100% pela resolução do CMN, reduzindo em 10% esse limite para cada cobertura deferida nos últimos 36 meses, até o limite máximo de 80%, atendendo à solicitação da FAEP.
Participação no I Rally de Uso e Conservação do Solo e da Água, da Agrária
PECUÁRIA MODERNA – Durante o ano, ocorreram diversos eventos do Programa Pecuária Moderna, que tem como objetivo fortalecer e modernizar a bovinocultura de corte no estado, por meio da aplicação de ferramentas de gestão, comercialização e organização dos produtores. O Comitê Gestor do Plano Integrado de Desenvolvimento da Bovinocultura de Corte no Paraná realizou 25 reuniões para debater a continuidade dos trabalhos para o desenvolvimento do setor, além de reuniões diversas dos comitês regionais. Foram realizados dias de campo pelos Comitês Regionais de Umuarama, Guarapuava, Cascavel, Santo Antônio da Platina, Paranavaí e Ponta Grossa. Foram capacitados 34 técnicos em duas turmas do Programa de Qualificação de Técnicos em Bovinocultura de Corte, proposto pelo Sistema FAEP/SENAR-PR e pelo Comitê Gestor do Programa Pecuária Moderna.
Reunião do Valor da Terra Nua, com participação da SEAB REVISTA DO PRODUTOR RURAL DO PARANÁ
11
O presidente do Sindicato Rural de Guarapuava, Rodolpho Luiz Werneck Botelho é coordenador do Comitê Regional do Programa Pecuária Moderna e presidente da Comissão Técnica de Bovinocultura de Corte da FAEP. CUSTO DO CORDEIRO – A criação de ovinos se tornou uma alternativa para diversificar a renda nas propriedades. Contudo não havia levantamento real sobre os custos de produção envolvidos na atividade. A FAEP, em parceria com o Laboratório de Produção e Pesquisa em Ovinos e Caprinos (LAPOC) da Universidade Federal do Paraná (UFPR), desenvolveu o Projeto de Determinação de Custo de Produção de Cordeiros no Paraná. O levantamento mostrou a viabilidade econômica da atividade e foi realizado em propriedades nas regiões de Guarapuava, Castro, Cascavel, Pato Branco e Londrina. CADASTRO AMBIENTAL RURAL – O prazo final para que os produtores rurais fizessem o Cadastro Ambiental Rural (CAR) era 5 de maio de 2016. Até então, não havia informações de
prorrogação e penalidades. O Sistema FAEP/SENAR-PR participou de um esforço coletivo de mobilização dos produtores rurais para realização do CAR, esclarecendo as consequências do não cumprimento da legislação. A FAEP também encaminhou dois ofícios ao Ministério do Meio Ambiente solicitando a prorrogação do prazo. No dia em que terminaria o prazo para inscrição no CAR e adesão ao Programa de Regularização Ambiental (PRA), o governo federal publicou no Diário Oficial da União uma medida provisória adiando em um ano a data-limite – até 5 de maio de 2017 –, mas apenas para propriedades de até quatro módulos fiscais (no Paraná, em média, 72 hectares). TENDÊNCIAS DE MERCADOS DE GRÃOS – No período de 20 a 28 de julho, o economista e consultor Flávio França Junior percorreu as principais regiões do Paraná com o seminário Tendências de Mercados de Grãos. Os eventos foram realizados em Cornélio Procópio, Londrina, Maringá, Campo Mourão, Cascavel, Pato Branco, Ponta Grossa, Guarapuava e Ivaiporã.
Sindicato Rural e Agrária: visita de produtores à Agroleite, em Castro
Tarde de Ovinos, com participação da Unicentro
Apoio à Tropeada Tiro Longo em Guarapuava
12
REVISTA DO PRODUTOR RURAL DO PARANÁ
Apoio à Ovinotec, da CooperAliança
Participação no WinterShow 2016, da Agrária
EMATER
2017: ASSISTÊNCIA TÉCNICA PARA A AGROINDÚSTRIA FAMILIAR
A
agropecuária, mesmo em pequena escala, já demanda por si assistência técnica. Quando a intenção é industrializar a produção na propriedade e vendê-la ao consumidor, a orientação de profissionais se torna igualmente indispensável. São eles que vão indicar quais as técnicas atuais de processamento de pães, biscoitos, doces, mel, queijos, salames e muitos outros produtos e apontar as exigências das leis relativas à segurança alimentar. Ações para uma assistência técnica com este foco foram o principal assunto de uma reunião de trabalho que a EMATER realizou, dia 14 de dezembro, no Sindicato Rural de Guarapuava, no âmbito do Projeto Estratégico de Agroindústria da Região do Sedimento Centro. Com a participação de técnicos das regionais de Laranjeiras do Sul, Guarapuava e Ivaiporã, o encontro apresentou e colocou em debate um diagnóstico da agroindústria familiar regional e definiu ações para 2017. Em entrevista à REVISTA DO PRODUTOR RURAL, a gestora do projeto, Terezinha Busanello Freire, reafirmou que a assistência aos produtores rurais que realizam agroindustrialização de sua produção está entre as metas de destaque para este ano. Ela lembrou que as ações
Terezinha Busanello Freire – EMATER
14
REVISTA DO PRODUTOR RURAL DO PARANÁ
Em 2017, EMATER vai focar também na assistência à agregação de valor aos produtos do campo
do projeto partem de um levantamento do setor na área de abrangência da iniciativa. “Nossa reunião foi para tratar de um diagnóstico da realidade, que estamos fazendo, para saber o que já temos em agroindústrias familiares nos municípios. São dados que vão nos mostrar a renda, quantos empregos e que tipo de produto está sendo processado”, contextualizou, especificando o público-alvo: “Vamos trabalhar no assessoramento aos produtos transformados que são fornecidos ao PNAE (Programa Nacional de Alimentação Escolar). O foco são os agricultores que fornecem esses produtos transformados”. Ao lado da difusão de informações propriamente técnicas, de acordo com Terezinha, em 2017 o projeto orientará o setor sobre as normas e as legislações exigidas para a manipulação e o processamento de alimentos. “É a assistência técnica da EMATER que estamos preparando – esse time que esteve aqui hoje – para levar informações, desde a parte da planta (as instalações da agroindústria), com o fluxo de produção conforme manda a legislação para produtos de origem animal e vegetal, até a rotulagem, valor nutricional, marca e escolha do nome, para o produto estar pronto para chegar ao supermercado”, destacou.
Ela observou que atualmente alimentos diretamente relacionados à boa saúde do corpo estão na ordem do dia, o que, em sua avaliação, dá aos produtos da agroindústria familiar potencial para um diferencial. “Hoje temos uma tendência, que é a da alimentação saudável. Estamos pegando este viés, que chamamos de ‘circuito curto’. Muitas vezes, é a agroindústria do município que fornece para o consumidor do próprio município ou de municípios vizinhos”, disse, explicando que este tipo de alimento “tem uma durabilidade menor, mas está livre dos químicos”. Muitos desses produtos, recordou, “são orgânicos, já vêm sem agrotóxicos”.
Agroindustrialização deve incluir segurança alimentar e gestão empresarial
TEM MUITO TRABALHO ENVOLVIDO. É UMA ATIVIDADE QUE O AGRICULTOR PRECISA APRENDER” Entretanto, ela pondera que agregar valor por meio da agroindustrialização significará para o produtor, em primeiro lugar, começar a olhar a propriedade como empresa – ainda que, em muitos casos, de pequeno porte. “Tem muito trabalho envolvido. É uma atividade que o agricultor precisa aprender”, pontuou, enumerando, entre os pré-requisitos, itens como boas práticas de fabricação, cumprimento da legislação referente aos produtos destinados à alimentação
Participaram técnicos da EMATER
humana, conhecimento do mercado, marketing, além da aplicação de uma gestão financeira do negócio. A coordenadora do Projeto Estratégico de Agroindústria da Região do Sedimento Centro, ressaltou que a agregação de valor traz por outro lado benefícios:
“Temos alguns exemplos de agroindústrias que estão fazendo com que filhos de produtores, que foram para a cidade estudar, retornem para ajudar no trabalho. Porque é um empreendimento que, em alguns casos, entra dinheiro todos os dias. Ou toda semana”.
AGROINDÚSTRIA FAMILIAR: ESPAÇO FÍSICO E RÓTULOS Em 24 de janeiro, o Projeto Estratégico de Agroindústria da Região do Sedimento Centro da EMATER, que abrange 44 municípios paranaenses, voltou a realizar reunião de trabalho com o objetivo de definir ações. Sob a coordenação da gestora do projeto, Terezinha Busanello Freire, técnicos das regionais da EMATER de Guarapuava, Laranjeiras do Sul e Ivaiporã, se encontraram novamente no Sindicato Rural de Guarapuava, onde debateram uma assistência técnica voltada a difundir, entre os agricultores da área abrangida pela iniciativa, as exigências técnicas e legais para se estabelecer uma agroindústria familiar. O trabalho, segundo informou a gestora, tem sido acompanhado também pela ADAPAR e SESA. “Hoje, tínhamos o objetivo de fazer um nivelamento de informações a respeito da assistência técnica voltada para a
questão das agroindústrias”, disse Terezinha, explicando que a medida é importante para difundir as informações e conceitos do projeto entre novos técnicos da EMATER. Na reunião, mereceram destaque os requisitos para agroindústrias (padrões que devem constar necessariamente nos projetos e que determinam as etapas de industrialização dos alimentos) e as informações que rótulos apresentam ao consumidor. “A gente tratou basicamente de dois pontos fundamentais nessa orientação, que são a elaboração de plantas, que contemplem a legislação sanitária, tanto para produtos de origem animal quanto vegetal, e a questão de rotulagem obrigatória pela legislação – o que é necessário conter nessa rotulagem dos produtos da agricultura familiar”, ressaltou. A gestora do projeto também sublinhou que atualmente as agroindústrias familiares
do Paraná já possuem uma importância econômica nos municípios em que estão situadas: “Estamos concluindo um diagnóstico da realidade (do setor) nos municípios atendidos e até início de março divulgaremos esses dados. Entre eles, há os dados econômicos: o faturamento bruto de uma agroindústria e quantas pessoas trabalham. A gente já sabe de antemão, pela informação dada pelos próprios agricultores, a importância que tem a agregação de valor, nesses produtos transformados, para a família agricultora”, antecipou.
REVISTA DO PRODUTOR RURAL DO PARANÁ
15
PECUÁRIA MODERNA
PARCERIAS: MAIS UM PASSO PARA FORTALECER A PECUÁRIA DE CORTE NO PR
O
parceria, outras empresas poderão aderir ao programa, bem como outros pecuaristas interessados em desenvolver seus sistemas produtivos. Representando o Pecuária Moderna, assinou o termo de parceria o presidente do Comitê Gestor do programa, Rodolpho Botelho (na foto, ao centro), que também preside a Comissão Técnica da Bovinocultura de Corte da FAEP e o Sindicato Rural de Guarapuava. Lançado em agosto de 2015, num esforço conjunto abrangendo Sistema FAEP, governo do Estado, universidades, sindicatos rurais e pecuaristas do Paraná, entre diversos outros parceiros, o Programa Pecuária Moderna visa desenvolver a bovinocultura de corte paranaense. O objetivo geral é que o segmento tenha uma evolução de tecnologia, maior espaço no mercado e mais rentabilidade. Para isso, com base num
levantamento do setor no Estado e sem priorizar nenhuma raça bovina específica, o programa definiu medidas para os principais gargalos da produção: da necessidade de melhores índices zootécnicos, dentro da porteira, até um alto padrão de carne a ser disponibilizado ao consumidor final, no supermercado. Desde seu surgimento, o Pecuária Moderna já realizou ações em várias regiões do Paraná, como curso para os profissionais da assistência técnica e dias de campo para discutir dificuldades e apresentar tecnologias para um crescimento da bovinocultura de corte. Para participar do Pecuária Moderna, os pecuaristas devem procurar os Comitês Regionais do programa, localizados junto aos Sindicatos Rurais da sua região. Com informações da FAEP
Foto: FAEP
programa Pecuária Moderna realizou mais um passo para desenvolver a bovinocultura de corte no Paraná: no dia 09 de fevereiro, no estande do Sistema FAEP/SENAR-PR no Show Rural, em Cascavel, foi assinado um termo de parceria entre o programa e sete empresas dos setores de equipamentos e insumos. O objetivo é estreitar o relacionamento entre estas empresas e os pecuaristas que, nos comitês regionais do Pecuária Moderna, vêm participando do programa em todo o Paraná. Com a parceria, eles passarão a ter acesso a benefícios como descontos e bonificações na compra de produtos dos parceiros. Já as empresas signatárias terão a possibilidade de participar de eventos técnicos e dias de campo do programa Pecuária Moderna, acessando novos potenciais mercados. Após este primeiro termo de
Assinatura de parceria ocorreu durante o Show Rural, em Cascavel
16
REVISTA DO PRODUTOR RURAL DO PARANÁ
45479
POLÍTICA RURAL
PLANO AGRÍCOLA 2017/2018
A
Foto: FAEP
Federação de Agricultura do Estado do Paraná (FAEP) sediou no dia 13 de fevereiro, uma reunião com produtores rurais da Região Sul para definir propostas para elaboração do Plano Agrícola 2017/2018. Quem promoveu o encontro foi a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). O objetivo foi ouvir sugestões dos produtores sobre a política rural brasileira. Segundo o vice-presidente da Comissão de Política Agrícola da CNA e coordenador do Departamento Técnico da Federação de Agricultura do Estado do Paraná (FAEP), Pedro Loyola, os principais temas levantados no encontro foram a disponibilidade de recursos do seguro e a taxa de juros do crédito rural. O presidente do Sindicato Rural de Guarapuava, Rodolpho Luiz Werneck Botelho e o vice Anton Gora participaram da reunião. Com informações da CNA
Ir além na proteção é unir tecnologia Bt com Dermacor ®. Quem planta sabe: quanto maior é a proteção inicial, melhor será a sua colheita. A proteção da lavoura depende de vários fatores, mas, ao somar as duas tecnologias, Dermacor® e Bt (“intacta”), você fica muito mais protegido. Com essa união, é possível controlar diversas pragas, até as mais difíceis, como Lagarta-elasmo (Elasmopalpus lignosellus), Coró (Phyllophaga cuyabana) e Lagarta-militar (Spodoptera frugiperda), resultando no aumento de produtividade e rentabilidade.
DOSAGENS 50ml FLEXÍVEIS 100ml SAIBA COMO USAR EM DUPONTAGRICOLA.COM.BR/DERMACOR
DuPont™ Dermacor®. Proteção para quem pensa grande. O aumento de produtividade e rentabilidade foi observado em campos experimentais, onde foi utilizado o produto Dermacor®, seguindo corretamente as informações de dosagem e aplicação. O aumento de produtividade e rentabilidade depende também de outros fatores, como condições de clima, solo, manejo, estabilidade do mercado, entre outros. Dados disponibilizados pela área de pesquisa da DuPont Proteção de Cultivos. ATENÇÃO: Este produto é perigoso à saúde humana, animal e ao meio ambiente. Leia atentamente e siga rigorosamente as instruções contidas no rótulo, na bula e na receita. Utilize sempre os equipamentos de proteção individual. Nunca permita a utilização do produto por menores de idade. Consulte sempre um engenheiro agrônomo. Venda sob receituário agronômico. Produto de uso agrícola. Faça o Manejo Integrado de Pragas. Descarte corretamente as embalagens e restos do produto. As marcas com ®, ™ ou SM são marcas da DuPont ou de afiliadas. © 2016 DuPont.
45479_262866_Dupont_Dermacor_420x280.indd 1
Saiba mais:
17
REVISTA DO PRODUTOR RURAL DO PARANÁ www.dupontagricola.com.br
6/15/16 6:15 PM
Fotos: Lucas Mendes
PALESTRA
DIRCEU GASSEN FALA SOBRE MANEJO PARA ALTAS PRODUTIVIDADES
N
o dia 17 de janeiro o renomado agrônomo e pesquisador Dirceu Gassen esteve em Guarapuava para ministrar a palestra "Manejo para altas produtividades na cultura de soja" no anfiteatro do Sindicato Rural. Conforme esperado pelos organizadores, um grande público compareceu ao evento para ouvir sobre as experiências pessoais, desafios do setor e as técnicas já desenvolvidas que permitem ao produtor atingir a proposta inserida no título da palestra que demandou grande esforço da organização para acontecer: “a agenda do Dirceu hoje em dia é muito concorrida. Nós acompanhamos o trabalho dele em parceria com a Bayer pelas redes sociais em diversas regiões do Brasil e realmente para conseguir disponibilizar esse evento foi necessário agendar com longa antecedência”, declarou Anderson Taques, representante técnico comercial da Bayer em Guarapuava.
18
REVISTA DO PRODUTOR RURAL DO PARANÁ
Dirceu Gassen (agrônomo e pesquisador)
manejo adequado e eu diria que aí está o grande investimento a ser feito, pois quando o meu tratorista, o meu semeador entende essa lógica da germinação, do crescimento e do índice de área foliar – a planta colhe energia solar – então se manejarmos as folhas (que é uma bateria solar), o tamanho da planta, nós não vamos colocar mais ou menos planta, mas vamos entender como funciona e essa é a principal diferença entre ter e não ter uma lavoura de alta produtividade não só de soja, mas de todas as culturas”, esclareceu Gassen. Outro ponto debatido durante a palestra foi o controle adequado do ambiente em que as plantas estão inseridas: “um ambiente adequado para as plantas também é um ambiente adequado para ferrugem, insetos, pragas e ervas daninhas. Então você está tentando selecionar um ser que na realidade não é nativo daqui dentro de um ambiente de intensa atividade biológica. Precisamos estar continuamente manejando essa planta e ajudando ela a se defender e protegendo-a com as armas que a gente tem. Tanto praga quanto doenças, se eu conheço os detalhes de como ela funciona, de onde
ela vem, pontos fracos e pontos fortes, eu posso estimular agentes de controle biológico natural”, finalizou. A palestra de Dirceu Gassen em Guarapuava foi organizada pelo Grupo Pitangueiras e Bayer, que destacaram a importância do evento para a região: "é muito importante a presença dele, não apenas para nós enquanto fornecedores e fomentadores do uso de novas tecnologias, mas também para os produtores da região, pela atuação dele e o que ele representa na agricultura moderna. E para nossa região e para nossos clientes é uma satisfação muito grande trazer esse conhecimento sobre novas tecnologias, manejo e tudo que leve à alta produtividade e rendimento, um dos grandes objetivos do Grupo Pitangueiras e da Bayer", pontuou Marcelo Martins Pereira, gerente do Grupo Pitangueiras. Presente ao evento, o produtor rural Lincoln Campello destacou a importância da realização da palestra de Dirceu Gassen para os produtores da região:
Fotos: Lucas Mendes
Nada menos que 150 pessoas responderam ao convite feito pelo Grupo Pitangueiras, Bayer e Sindicato Rural. Logo no início da palestra, Dirceu Gassen apontou que o maior segredo para atingir altas produtividades está nas pessoas e não apenas nas tecnologias empregadas na cultura da soja, seja no plantio, manejo e colheita dos grãos: “a diferença entre lavoura de baixa e lavoura de alta produção está na cerca. De um lado há um dono e do outro lado outro dono, então a diferença está no conhecimento aplicado por hectare, e podemos ajustar isso até um pouco melhor, conhecimento aplicado por metro quadrado e num metro quadrado também não é suficiente se a distribuição não é bem feita. Conclusão: devemos aplicar conhecimento aplicado por planta. Ou seja, muito mais importante que qualquer produto, variedade, inseticida, adubo, calcário, máquina é como manejar a planta e isso é feito pelas pessoas”, pontuou Gassen. Em seguida, ele explicou o que significa essa humanização do manejo: “plantas e animais têm uma lógica de desenvolvimento e de produção. A diferença está nas pessoas que fazem o
Lincoln Campello (produtor rural)
"hoje é preciso ser o mais eficiente possível para permanecer na atividade e uma palestra desse porte, com certeza, nos ajuda a agregar conhecimento sobre controle de doenças, manejo, controle de população e garantir essa eficiência desejada”, pontuou.
SENAR-PR
CURSOS: MAIS CARGA HORÁRIA, ENSINO MAIS INDIVIDUALIZADO Foto: Sindicato Rural/arquivo
O
SENAR-PR iniciou 2017 visando desenvolver ainda mais seu portfólio de capacitações rurais. Para apresentar esta meta a supervisores, instrutores e mobilizadores de cursos, a instituição promoveu, entre janeiro e fevereiro, reuniões em suas 10 regionais – neste período, o gerente de Planejamento, Henrique Salles de Gonçalves, e a gerente administrativa, Eucléia A. S. Marcondes, detalharam as diretrizes. Em uma das reuniões, dia 3 de fevereiro, no Sindicato Rural de Guarapuava, os representantes do SENAR-PR, juntamente com o supervisor regional para Guarapuava, Aparecido Grosse, conversaram com a REVISTA DO PRODUTOR RURAL e explicaram como as inovações vão ser colocadas em prática. “A atuação a campo tem de gerar qualidade e resultado. Para isso, os mobilizadores têm de ser mais criteriosos, mobilizar um público que de fato tenha perfil para aquela ocupação, para aquele programa de capacitação”, comentou o gerente de Planejamento. Também para o aluno, há novidades: “Ele tem que demonstrar conhecimento, habilidade e atitude para fazer aquela ocupação”, disse. Para garantir que cada um desenvolva as competências propostas, o SENAR-PR proporcionará um atendimento mais próximo: “O instrutor trabalhará com um público mais reduzido, para ter a oportunidade de exercitar com o aluno o conhecimento, a habilidade e a atitude. Só é possível fazer isso com uma carga horária maior”, ressaltou. Segundo exemplificou, hoje, já seguem esta nova visão cursos como o de aplicação de defensivos e o HortiMais (olericultura), que abran-
SENAR-PR se tornou ao longo do tempo referência em cursos para o meio rural
gem, cada um em sua área, uma série de conhecimentos e atividades práticas. O supervisor regional em Guarapuava enfatizou o aprendizado no novo formato: “O instrutor consegue verificar o participante realizando a tarefa e, ao mesmo tempo, mensurar a capacidade deste aluno de fazer ou não a atividade proposta”. De acordo com Grosse, alguns dos cursos já existentes terão carga horária ampliada, dentro da capacidade operacional do SENAR-PR. Mas novas capacitações, apontou, também serão oferecidas, acompanhando a evolução das demandas do campo: “Um exemplo é o curso de NR nº 20 (segurança e saúde no trabalho com inflamáveis e combustíveis), para quem possui reservatório de combustível na proprieda-
Em Guarapuava, instrutores e mobilizadores se reuniram no Sindicato Rural para conhecer novas diretrizes
20
REVISTA DO PRODUTOR RURAL DO PARANÁ
de e tem a necessidade de capacitação de seus funcionários”. Já a gerente administrativa ressaltou que a nova forma de trabalho acabará representando uma elevação de investimentos: “Dizemos isso porque, diminuindo o número de alunos por turma, para ter maior qualidade, e aumentando o número de horas, consequentemente o desembolso será maior”, disse Elucléia. Em 2016, a regional do SENAR-PR em Guarapuava, o Sindicato Rural de Guarapuava e as extensões de base da entidade sindical, em Candói e Cantagalo, realizaram 141 cursos, capacitando 1.588 pessoas. (Em Guarapuava, mais informações sobre cursos com o mobilizador Joneri – 42 3623 1115).
SENAR-PR: Cleide e Aparecido Grosse (Regional Guarapuava); Eucléia e Salles de Gonçalves (SENAR-PR/Curitiba)
FERTILIZANTE FOLIAR
RELAÇÃO EQUILIBRADA: DIA DE CAMPO SOLFERTI DESTACA TECNOLOGIA PDA
E
qualizar a calda para potencializar a imunização das lavouras é o resumo da tecnologia PDA, desenvolvida pela Solferti nos últimos sete anos, para sua linha de adjuvantes agrícolas e apresentada para um grupo de cerca de 30 pessoas, entre produtores rurais e estudantes do setor, no Encontro Tecnológico de Pulverização, realizado durante o Dia de Campo Solferti/PDA, na Fazenda Fênix, dia 17 de janeiro, em Guarapuava. O evento, que contou com apoio do Sindicato Rural de Guarapuava, teve três momentos distintos: palestra técnica, preparo da calda e aplicação na lavoura com a técnica PDA.
CONCEITO PDA O palestrante, técnico agrícola Delmar Gustavo de Jesus, destacou que o início dos trabalhos da Tecnologia PDA veio de uma visão obtida em um dos climas mais oscilantes que o Brasil registra, no estado do Mato Grosso. “Isso não foi nada fácil. Temos muita chuva posterior, temperaturas extremamente altas e desta forma, isso nos forçou a evoluir na pesquisa e no desenvolvimento para podermos chegar à Tecnologia PDA, hoje reconhecida e solicitada. Tivemos que desenvolver um produto que nos desse a proteção de gota necessária para enfrentar o desafio de poder equalizar o volume de calda, sem perder eficiência ou como vimos em nível de campo, tornando-a superior”. Ele salientou que se o produtor não tiver todo o assessoramento e o produto que realmente proteja gotas finas,
bem como ponteira específica para isso, é recomendado não realizar o procedimento, pois enfrentará problemas. “Só realizamos este trabalho porque somos uma empresa especializada em consultoria e estamos constantemente junto com o produtor e operador”. Nesse sentido, o consultor PDA realiza todo o aferimento da máquina regularmente, toda calda simulada, largadas de aplicações técnicas com o operador, bem como contagem de gotas com material específico e regulagem de pH por ativo. “Todo este empenho é a preocupação diária com o que rege a pulverização, ou seja, cobertura e penetração. Nisso tudo, vimos que número de gota por cm2 no alvo é o que apresentamos no campo”, explica Jesus. Segundo o palestrante, o desafio na pulverização é enorme. “O produtor sabe que precisa se preocupar com poucas ofertas de ativos, bem como a dose efetiva que estamos pondo no
Delmar Gustavo de Jesus: "nós iniciamos essa caminhada bem conscientes de que estabilizar essa gota, colocar no alvo e fazer ela ter retenção era o grande desafio” REVISTA DO PRODUTOR RURAL DO PARANÁ
21
alvo, ou seja, ativo extremamente diluído e posteriores rebrotas de ervas e baixo controle fúngico. Isso tudo, ocasionado também por escorrimento, horário de aplicação, desespero para fechar a janela de aplicação, devido a baixa autonomia da máquina etc. Sendo assim, a Tecnologia PDA anda sempre em sintonia com a base técnica da propriedade. Seguimos a recomendação do agrônomo responsável, ou seja, apenas colocamos o recomendado no alvo certo”, observa o técnico. Jesus segue salientando que a Tecnologia PDA exige procedimentos e comprometimento profissional do produtor rural, pois é um trabalho consultivo, construído em sintonia. “No mercado, temos muitos que não vivem a prática e indicam processos mais simples, porém esta facilidade está levando parte da nossa eficiência, sem contar que precisamos nos preocupar com o meio ambiente para entregar algo sustentável às próximas gerações”. Membro da diretoria do Sindicato Rural de Guarapuava, Carlos Eduardo Luhm foi um dos primeiros produtores da região a aderir a tecnologia PDA, ainda nas culturas de inverno e não a toa abriu as portas de sua propriedade para o Dia de Campo. “A partir da palestra que eles fizeram no ano passado, final de verão, comprei essa ideia e a única maneira de eu tocar isso para frente era introduzindo na minha propriedade a aplicação com volume equalizado. Comecei nas culturas de inverno, com manejo e na dessecação da soja e com o procedimento normal deles de avaliação da pré-mistura, medição de pH e
acompanhamento nas largadas de aplicação na soja. Vendo o desempenho, tanto nas pulverizações como nas aplicações posteriores funcionando, surgiu a oportunidade de mostrar isso em nível de campo”, pontuou. Luhm destacou ainda a importância do suporte oferecido pela empresa,
Luhm destaca o suporte oferecido pela empresa, que disponibiliza consultores quase de maneira permanente aos produtores que aderem à tecnologia PDA.
22
REVISTA DO PRODUTOR RURAL DO PARANÁ
que disponibiliza consultores quase que de maneira permanente aos produtores rurais que aderem à tecnologia PDA: “a equipe está frequentemente fazendo o acompanhamento das aplicações e quando não pode vir, me avisa com antecedência. E isso porque eu já conheço todos os procedimentos a serem feitos, como a pré-mistura (simulação de calda), a medição de pH, e também realizo avaliação com papel sensível. Então, para mim, esse apoio do consultor na propriedade é uma certeza de que aquilo que está sendo feito, está indo bem”, avalia o produtor. Ao final da palestra, Jesus explicou o porquê de tamanha paixão aplicada na pesquisa e na conversa com os produtores: “nós estamos vivendo um agro que precisa ter um crescimento extremamente vertical dentro da propriedade, porque não temos mais escala de crescimento horizontal, ou seja, a busca de terras está praticamente fechada. Então esse trabalho de eficiência que a PDA traz para dentro da propriedade, se quantifica. Hoje, a própria tecnologia vem e cobra do produtor diversos procedimentos, ou seja, ele precisa ter visão profissional”.
REVISTA DO PRODUTOR RURAL DO PARANÁ
23
PITANGA
PRODUSHOW
CRESCE A CADA ANO E SINDICATO RURAL DE PITANGA É DESTAQUE NO EVENTO
O
Sindicato Rural de Pitanga marcou presença mais um ano no Produshow, feira agropecuária realizada em Pitanga nos dias 16 e 17 de fevereiro, pela Agropecuária Producerta. O estande da entidade, com 300 m2, ofereceu ao produtor rural um local de descanso, confraternização e troca de informações. Além disso, buscou ofertar serviços aos associados, por meio de parcerias. “Assim como o Sindicato Rural é a casa do produtor rural na cidade, aqui no evento, nosso estande é o espaço do produtor rural. É uma satisfação receber todos nossos associados aqui. Temos mais de mil associados e praticamente todos aqueles que vêm prestigiar o evento passam por aqui. E as parcerias são bastante importantes para termos sempre um diferencial para oferecermos a eles”, disse o presidente do Sindicato Rural de Pitanga, Luiz Carlos Zampier. Para o associado Ricardo Portugal, é importante a presença da entidade. “O Sindicato nos representa, então quando ele está presente, nós também estamos. O Produshow é um evento que cresce a cada ano e que nos traz as novidades tecnológicas. E a barraca do sindicato no evento, de certa forma, é o nosso ponto de apoio, onde os produtores se encontram e podem trocar informações sobre o que visualizaram”.
24
REVISTA DO PRODUTOR RURAL DO PARANÁ
Diversas autoridades estiveram presentes no Produshow, entre elas, o Secretário Estadual de Agricultura e Abastecimento, Norberto Ortigara
CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL PROFESSOR MIGUEL CARLOS PAROLO
Os associados Ricardo Portugal e João Adilson Portugal
O CEEP de Pitanga esteve na barraca do Sindicato Rural durante o Produshow. Alunos e professores realizaram, ao longo do evento, teste de HGT (diabetes) e aferição de pressão. Foram realizados, aproximadamente, 3.000 atendimentos durante os dois dias. “Nós, como instituição de ensino, precisamos realizar ações sociais. Os testes que oferecemos aqui são simples, mas, muitas vezes, a população deixa de
PRODUSHOW fazer, não vai até os postos de saúde. Então participamos dos eventos para atingir a população, porque muitas vezes as pessoas têm essas doenças e nem sabem. Além disso, nossos alunos adquirem experiência por meio da prática e chegam ao mercado de trabalho mais preparados”, detalhou a diretora do CEEP, Lucélia D. Ferreira. Ela agradeceu a parceria: “Esse apoio do Sindicato Rural e da Producerta é muito importante. Esperamos continuar essa parceria por muitos anos. O Sindicato Rural nos cedeu um espaço muito bom para trabalharmos e nos acolheu muito bem. Só temos a agradecer”.
comercializaram peças artesanais, como panos de prato, toalhas de mesa, toalhas de banho, tapetes de crochês, chinelos, peças de decoração, entre outros. A AARTEPI foi criada em 2014 no município e conta com um grupo de 60 artesãos que buscam resgatar a identidade cultural e impulsionar o setor artesanal da região. O local de venda dos produtos também é feito no Centro de Comercialização de Produtos da Agroindústria Familiar de Pitanga. A APAE conta com a parceria do Sindicato Rural todos os anos para comercializar os produtos feitos pelas mães dos alunos da instituição, que participam do Clube de Mães. A renda arrecadada é revertida para manutenção da APAE.
PRODAFAPI
Oito produtores que participam do Programa da Agroindústria Familiar de Pitanga (Prodafapi), da Secretaria Municipal de Agricultura, estiveram presentes no estande do Sindicato Rural, expondo e comercializando os produtos da agroindústria (pães, bolos, macarrão, bolachas, conservas, salames, linguiças, queijos, entre outros). “O programa já existe há cinco anos e contamos com 36 produtores cadastrados e regularizados. É uma diversidade de produtos e o foco de vendas deles é o Centro de Comercialização de Produtos da Agroindústria Familiar de Pitanga, além da merenda escolar. A parceria no evento é importante para divulgação dos produtos, porque apesar deles já estarem comercializando há algum tempo, muitas pessoas não conhecem. O intuito foi apenas expor os alimentos para população conhecer, mas eles ficaram bastante contentes porque a comercialização foi muito boa também”, afirmou a médica veterinária da Secretaria, Renata de Veiga de Lucca.
IAP Durante o Produshow, no estande do Sindicato Rural de Pitanga também estavam disponíveis mudas nativas para os visitantes. As plantas eram distribuídas de forma gratuita. A parceria, que já é antiga, tem a intenção de fazer a reposição de árvores no município. Foram distribuídas 2.000 mudas durante os dois dias. Estavam disponíveis mudas de cedro rosa, araçá, branquilho, canafístula, pinheiro, peroba rosa e pitanga.
ARTESANATOS
No estande do Sindicato Rural de Pitanga também houve comercialização de artesanato. Duas instituições, a AARTEPI e a APAE
Equipe Sindicato Rural
O Produshow é realizado pela Agropecuária Producerta há 12 anos. O evento começou como um dia de campo e hoje é uma das feiras agropecuárias de destaque na região central do Paraná. Nesta edição, o evento contou com 70 expositores nas áreas de cultivares de milho, soja e feijão, insumos agrícolas, pastagens, mostra de animais: (com bovinos de corte e de leite, ovinos e cavalos), maquinários e veículos. “O evento é uma mostra tecnológica. No Produshow é exposto ao produtor da região o que ele vai plantar na próxima safra, o que ele vai adquirir de insumos, como fungicidas e herbicidas. Temos também a linha de pastagens e a mostra de animais. Começamos como um dia de campo e hoje somos uma feira. A Producerta, por meio do evento, tem a intenção de fazer o produtor crescer, se informar e se atualizar”, destacou o sócio-proprietário da Producerta, Carlos Alberto Brandalise. Segundo ele, nos últimos anos o Produshow vem apresentando um diferencial: “o evento já faz parte do calendário da cidade, portanto a população aguarda o Produshow. Nos últimos dois anos, ele vem se transformando em um evento também comercial. O produtor vem até o evento e faz bons negócios. As empresas saem do Show Rural, em Cascavel, e trazem as mesmas condições de negociação para cá. Então o produtor aprendeu a aguardar o Produshow e sabe que aqui terá condições boas para adquirir produtos”, observa. Neste ano, segundo B ra n d al i s e, passaram pelo evento cinco mil pessoas. Carlos Alberto Brandalise, sócioproprietário da Producerta
REVISTA DO PRODUTOR RURAL DO PARANÁ
25
BOVINOCULTURA DE LEITE
LEITE NO CAMPO
Dia de Campo da Coamig ofereceu informações sobre a produção leiteira
A
Cooperativa Agropecuária Mista de Guarapuava (Coamig) abriu o calendário técnico de 2017, em Guarapuava, com um evento voltado à bovinocultura de leite. O 1º Dia de Campo Coamig sobre a produção de leite foi realizado no dia 25 de janeiro, na Chácara Bela Vista, propriedade de Jairo Luiz Ramos Neto. Apesar do dia chuvoso, os produtores de Guarapuava e região não deixaram de comparecer. Mais de 300 pessoas envolvidas no setor leiteiro participaram do dia de campo. A programação envolveu um circuito de mini palestras apresentadas por diversas empresas da cadeia produtiva do leite. Com cerca de 10 minutos, cada uma apresentou aos grupos de produtores, informações sobre tecnologias e pesquisas relacionadas à atividade. Os assuntos apresentados foram: Importância da Gessagem (SulfaCal); Cobertura Nitrogenada para silagem (Yara); Herbicidas de Pastagem (Dow AgroSciences); Condicionamento de hí-
26
REVISTA DO PRODUTOR RURAL DO PARANÁ
Edson Bastos, presidente da Coamig
bridos, Linha Nutri e Tecnologia Leptra (Pioneer); Convênio de financiamento para cooperados da Coamig (Sicredi); Posicionamento de híbridos para silagem (Sementes Agroceres); Mastite (Agro Hara); Tristeza Parasitária Bovina (Che-
mitec); Leveduras específicas para ruminantes (AGP Group); Forrageiras de Alta Performance (Atlântica Sementes); Tecnologia e inovação em forrageiras para produção de carne e leite (Agro Norte); Maior Qualidade de forragem ADRF6010
Valente (Sementes Adriana); Protocolo de Indução à lactação (Ourofino) e Pastagem de Verão (PGW Sementes). O presidente da Coamig, engenheiro agrônomo Edson Bastos, explicou que a intenção foi reunir os bovinocultores de leite, fazendo com que houvesse uma troca de ideias entre os próprios produtores e as empresas do setor. “Isso contribui para uma melhor produtividade e lucratividade do setor leiteiro. Ficamos muito satisfeitos porque o evento foi além das nossas expectativas. A participação expressiva dos produtores de Guarapuava e de vários municípios, como Candói, Pitanga, Ivaí, Manoel Ribas, entre outros, nos deixou muito contentes”, avaliou. Bastos destacou também que os participantes se mostraram realmente interessados pelos assuntos apresentados, fazendo vários apontamentos e questionamentos durante as apresentações. “Tenho que ressaltar o empenho dos técnicos das empresas e de toda a equipe da Cooperativa, essencial para o sucesso do evento”, agradeceu o presidente. O anfitrião do Dia de Campo, agropecuarista Jairo Luiz Ramos Neto, destacou que os produtores devem encarar eventos assim como um dia de trabalho e aproveitar ao máximo todas as informações apresentadas, buscando implantar as tecnologias e métodos apresentados na propriedade. Além disso, como membro da Coamig e atuando como diretor do Sindicato Rural de Guarapuava, destacou a importância
Jairo Luiz Ramos Neto, produtor de leite e anfitrião do evento
O EMPENHO DOS TÉCNICOS DAS EMPRESAS E DE TODA A EQUIPE DA COOPERATIVA, FOI ESSENCIAL PARA O SUCESSO DO EVENTO” Edson Bastos
REVISTA DO PRODUTOR RURAL DO PARANÁ
27
dos produtores estarem inseridos em organizações como sindicatos e cooperativas. “Elas nos fortalecem, proporcionam oportunidades de participar de eventos como esse, que acrescentam e nos fazem crescer. Juntos somos muito mais fortes”, considerou. O evento contou com o apoio do Sindicato Rural de Guarapuava, Unicentro, Yara, Chemitec Agro-Veterinária, Agro-Norte, Dow AgroSciences, Sementes Agroceres, DuPont, Pioneer, PGW Sementes, Atlântica Sementes, Sementes Adriana, Connan Nutrição Animal, AGP Group, Agro Hara, MSD Saúde Animal, Ouro Fino Agronegócio, Frisia Cooperativa Agroindustrial, Rações Batavo, SulfaCal e Sicredi.
Diretoria e colaboradores da COAMIG
FORRAGEIRAS O professor da Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro) Sebastião Brasil e os acadêmicos Fernanda Lima e Fernando Pacentchuk apresentaram aos produtores uma discussão sobre produção de forrageira. “O objetivo foi mostrar aos produtores algumas cultivares de forragem que eles já utilizam, mas que, na verdade, são subutilizadas por eles. São forragens como Tifton 85, Jiggs, Quicuiu, Capim-Elefante e Aruana. Subutilizadas porque, muitas vezes, acontece o excesso de pastoreio, falta de adubação e manutenção ao longo do ano. Elas acabam produzindo menos e há a incidência de pragas. No entanto, são forragens muito boas para alta produção de leite, desde que bem trabalhadas”, detalhou Brasil.
28
REVISTA DO PRODUTOR RURAL DO PARANÁ
Ele explicou O PRODUTOR que essas são forrageiras que ACHA QUE É UM entram na com- CUSTO A MAIS. NA posição junto VERDADE, É UM com as forrageiras anuais para INVESTIMENTO” corte ou pastejo em sistemas forrageiros para a região de Guarapuava. “E esses materiais já estão bem adaptados à região, a não ser os materiais por semente. A dificuldade é o plantio. Aqui nós mostramos o plantio que leva uma muda já enraizada, que é por tubetes e outra que terá que enraizar, o que leva um pouco mais de tempo”. Brasil conta que há empresas hoje que já vendem as mudas enraizadas, o que pode levar o produtor a ganhar tempo na produção das pastagens. “O produtor acha que é um custo a mais. Na verdade, é um investimento. Porque se a pastagem consegue fechar rapidamente o solo, em 60 dias ela já está produzindo. Da outra maneira (sem raiz), ela pode demorar até 120 dias para produzir. Passa todo o verão e outono e somente na próxima primavera é que se pode iniciar o pastejo. É um método simples, mas eficiente, que pode fazer a diferença na produção de leite”, finaliza.
Dia de Campo COAMIG
EMPRESAS PARTICIPANTES
Adilson Pagno, Marcelo Mayer e Cyrano Yazbek (Pioneer)
Carlos André Sert e Luiz Armando C. Bittencourt (Sulfacal)
Maurício Balem e Marcio Gil (Dow Agrosciences)
Fernando Pacentchuk, Fernanda Lima e Sebastião Brasil (Unicentro)
André Laidane (Yara)
Ederson Antunes (Atlântica Sementes)
Caroline Pavoski, Paulo Tanaka, Giancarlos M. Procksch e Cláudio Wech (AGP Group)
Diego Kaminski, Rafael Araújo, Thacieli Kilpp, Juliano Martins e Eric R. Martins (Sicredi)
Rômulo Canan e Jadir Barbieri (Agro Hara)
Fernando Ayala (Chemitec)
Vinícius Otto (Sementes Agroceres)
Mateus Nanci (Sementes Adriana)
Felipe Dalpizzol e Vanor Puchalski (Agro Norte)
Alexandre Quaquarini (Ourofino)
Thiago Pagano e João Pagano (PGW Sementes)
Participou também:
Sindicato Rural de Guarapauava REVISTA DO PRODUTOR RURAL DO PARANÁ
29
COMISSÃO TÉCNICA DE ERVA-MATE
PRODUTORES RECEBEM INFORMAÇÕES SOBRE O IBRAMATE
O
último encontro da Comissão Técnica de Erva-Mate do Sindicato Rural de Guarapuava, em 2016, no dia 15 de dezembro, contou com a presença do engenheiro florestal Roberto Magnus Ferron, diretor-executivo do Instituto Brasileiro de Erva-Mate (Ibramate), que foi criado em 2013, no Rio Grande do Sul. Durante a reunião, ele explicou objetivo e ações do instituto, além de comentar sobre a atual situação da cadeia produtiva do setor. Ferron explica que apesar do instituto ter sido criado no estado do Rio Grande do Sul, as ações em desenvolvimento pretendem beneficiar outras regiões produtoras da erva-mate. “O objetivo é fazer o planejamento e a gestão da cadeia produtiva da erva-mate. Percebemos que o Governo Federal não consegue atender todas as cadeias produtivas e deixa a desejar para muitas, inclusive a da erva-mate”.
Roberto Magnus Ferron, engenheiro florestal, diretor-executivo do Instituto Brasileiro de Erva-Mate (Ibramate)
O diretor-executivo conta que uma das primeiras ações do instituto foi a instituição a Lei do Fundo Mate, que é uma taxa cobrada das indústrias ervateiras, do qual 65% é repassado ao Ibramate, para que a entidade se mantenha financeiramente. Sobre as ações concretas do Ibramate, Ferron afirma que foi realizado um planejamento 2014-2019. Neste planejamento constam 25 projetos e programas para o desenvolvimento da cadeia produtiva, que foram estabelecidos e aprovados em
30
REVISTA DO PRODUTOR RURAL DO PARANÁ
assembleia geral. “Um dos projetos, por exemplo, é o Mateando nas Escolas, que tem como objetivo incentivar as crianças a consumir a erva-mate, por meio do chimarrão, tererê ou outras formas”. Ferron citou ainda o projeto Erva-Mate na Gastronomia, que são cursos de gastronomia. Todas as receitas apresentadas incluem a erva-mate, mostrando diversas possibilidades do produto ser utilizado. A instrutora que realiza os cursos é uma extensionista da Emater, que desenvolveu 50 receitas com a erva-mate. “Ela mostra que a erva-mate pode ser utilizada em pães, bolos, sucos, sorvetes, etc. Com isso, estamos trabalhando para introduzir a erva-mate na merenda escolar e também nas repartições públicas do Governo. Porque, por exemplo, bebe-se café nestes lugares, mas não se consome o chá mate?”, questiona Ferron. Uma conquista importante também do Ibramate foi a criação da Frente Parlamentar da Erva-Mate no Rio Grande do Sul, onde um grupo de deputados trabalha em prol do setor. A ideia é que em outros estados produtores, frentes parlamentares e câmaras setoriais sejam criadas, pois são um fórum composto por entidades representativas dos elos da cadeia produtiva e acabam sendo um órgão consultivo do
governo. Por meio do Ibramate, já foi criada a Câmara Setorial Nacional da Erva-Mate junto ao Ministério de Agricultura e Abastecimento. “Também foi instituído um Projeto de Lei de Incentivo e estimulo junto à cadeia produtiva da erva-mate, visando uma lei nacional que venha a contemplar todos os estados brasileiros. São ações de políticas públicas importantes para o desenvolvimento do setor”. Ferron finalizou dizendo que encontros como o realizado pela Comissão Técnica de Erva-Mate do Sindicato Rural são fundamentais para a divulgação e apoio ao Ibramate. “O encontro com os produtores de Guarapuava e região foi muito importante para divulgar a importância do Ibramate para o setor. Mostrar que queremos contribuir para o desenvolvimento da erva-mate brasileira. Com isso, os produtores e representantes das ervateiras daqui do Paraná podem nos ajudar com essa missão e trazer os projetos do Instituto para o estado também”. Se você é produtor de erva-mate e quer participar do grupo do Sindicato Rural de Guarapuava, solicite pelo e-mail: comunicacao@srgpuava.com.br
REVISTA DO PRODUTOR RURAL DO PARANÁ
31
COOPERATIVA DE CRÉDITO
EM 2016 SICREDI APRESENTOU SUA NOVA MARCA Duas inaugurações de agências mostraram a nova identidade visual em âmbito nacional e regional, em São Paulo (Avenida Paulista) e no Rio Grande do Sul (Crissiumal)
O
Sicredi apresentou externamente, no ano de 2016, a sua nova marca, desenvolvida pela Interbrand. A estratégia principal foi reposicionar o Sicredi com foco na presença nacional, com atuação regional e, consequentemente, na categoria de instituições financeiras cooperativas no Brasil. Para o público externo, a comunicação foi marcada pela inauguração de duas agências, que serviram de piloto para o projeto. Em São Paulo, o Sicredi inaugurou, no dia 9 de maio, na Avenida Paulista, a primeira agência de uma instituição cooperativa no centro financeiro do País. E no Rio Grande do Sul foi inaugurada, no dia 5 de maio, a agência em Crissiumal. Os demais 1.550 pontos de atendimento deverão ser repaginados num período aproximado de dois anos. O lançamento oficial da nova marca ocorre em 2017, quando todos os pontos de contato com o associado estarão alinhados ao propósito da nova identidade visual, para promover a consistência entre a experiência e a comunicação. Segundo Edson Nassar, CEO do Banco Cooperativo Sicredi, “a nova marca e todo o trabalho de comunicação ao longo dos próximos anos darão suporte ao crescimento do Sicredi, que em 2015 registrou resultado recorde de R$ 1,4 bilhão e em novembro de 2016 já contabilizava R$ 1,6 bilhão, pois vai potencializar a imagem da ins-
32
REVISTA DO PRODUTOR RURAL DO PARANÁ
tituição, destacando os benefícios das cooperativas financeiras não só aos associados, mas também às comunidades nas quais cada Cooperativa está inserida. Nosso foco sempre será a presença nacional, com atuação regional”. De acordo com Daniella Giavina-Bianchi, diretora geral da Interbrand, o trabalho de marca se concentrou no reposicionamento do Sicredi a partir de um novo olhar para o cooperativismo no Brasil. “A construção está sendo feita de dentro para fora, com o engajamento de todos os colaboradores e Cooperativas. Em 2017, a marca Sicredi estará pronta para oferecer uma experiência totalmente nova para seus associados”, explica a executiva. Para a Sicredi Planalto das Águas PR/SP as mudanças de layout em fachadas ocorreram em 2016 em três ocasiões: a) inauguração de Manoel Ribas/PR no mês de outubro; b) Votuporanga/SP no mês de novembro; e c) Palmital/PR no mês de dezembro. Para o presidente Adilson Primo Fiorentin, as mudanças físicas que a nova marca tem proporcionado são de extrema importância. “Pudemos sentir que nas três últimas inaugurações que fizemos a nova marca, enfim, a nova cara do Sicredi, tem despertado curiosidade e sido motivo de elogios por parte dos nossos associados. Ficamos mais modernos e ao mesmo tempo mais próximos das pessoas”.
ESTRATÉGIA DA NOVA MARCA DO SICREDI: • DESAFIOS DA MARCA: crescimento do cooperativismo financeiro e oportunidade de expansão da capilaridade do Sicredi / proporcionar experiência com a marca; atingir uma nova geração de associados atrelada às mudanças de comportamento do público-alvo / garantir a satisfação do associado; destacar o Sicredi em um mercado competitivo / agregar valor e diferenciar a oferta de serviços. • PROCESSO DE TRABALHO: genuinamente colaborativo, respeitando a essência do Sicredi; em oito meses de trabalho, foram entrevistados 63 executivos; realizados três workshops com a equipe do Sicredi; 13 visitas nas unidades de atendimento em seis diferentes estados; além de pesquisa com 8.128 colaboradores, 5.054 associados, cinco grupos de pesquisa com jovens, oito entrevistas com parceiros/formadores de opinião, análise de 12 marcas do mercado e quatro benchmarks. • INSIGHT: oportunidade no mercado para um modelo de instituições financeira mais humano e colaborativo; muitas categorias já estão passando por mudanças e a forma de cuidar do dinheiro também deve acompanhar esse movimento; o Sicredi pode ser a solução inteligente e colaborativa para o desenvolvimento financeiro, pois defende que a melhor escolha é sempre o que for melhor para todos.
• EVOLUÇÃO: construção de um novo posicionamento para o Sicredi para alinhar o discurso, diferenciar a marca no mercado e garantir a consistência na forma de fazer negócio; a marca é uma forma de representar a evolução do Sicredi; foi preservada a herança e respeito as principais forças da marca – o cata-vento e a cor verde - somados a alguns atributos para deixar a marca mais atual – simples, ativo e próximo. Esses atributos ficam evidentes na nova logomarca (simples – redução de elementos e cores, ativo – movimento ao cata-vento, próximo – tipografia arredondada e em caixa baixa), mas que também vão direcionar a experiência da marca.
SOBRE A INTERBRAND Interbrand é a maior consultoria de marcas do mundo, referência em branding, com mais de 30 escritórios em 27 países. Desde que iniciou sua atividade em 1974, vem mudando a forma como o mundo entende o conceito de marca: antes apenas um sinônimo para a palavra "logo", hoje é uma disciplina valiosa à estratégia de negócios, com importantes desdobramentos culturais. Atuou nas fusões Itaú-Unibanco, Fibria – VCP/Aracruz, BRF – Sadia/Perdigão, entre outras. Entre os demais clientes estão Samsung, Alpargatas, Cyrela, Netshoes, BM&F Bovespa. Acreditamos que marcas podem mudar o mundo, através de uma combinação equilibrada entre inteligência estratégica, criatividade e tecnologia. Detentora de uma metodologia exclusiva de brand valuation certificada pelo ISO 10668, a Interbrand divulga anualmente as Best Global Brands, ranking apontado como um dos mais influentes do globo, o terceiro mais lido pelo CEOs. No Brasil, o ranking das Marcas Brasileiras mais valiosas, além de pioneiro, constitui a mais tradicional e completa classificação de marcas, com divulgação aguardada todo final de ano, desde 2001. www.interbrandsp.com.br
EVOLUÇÃO DA LOGO DO SICREDI
1989
1992
2001
2016
Agência do Sicredi inaugurada na Avenida Paulista em maio de 2016 REVISTA DO PRODUTOR RURAL DO PARANÁ
33
CAPACITAÇÃO RURAL
CURSOS DO SENAR PROMOVEM MUDANÇAS EM COMUNIDADE RURAL
O
Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), por meio dos cursos de capacitação profissional rural, busca contribuir para um cenário de crescente desenvolvimento da produção sustentável, da competitividade e de avanços sociais no campo. São inúmeros cursos gratuitos em diversas áreas da agricultura, pecuária e agroindústria. Por meio deles, produtores e trabalhadores rurais têm a oportunidade da profissionalização e melhoria de renda. Na Comunidade Banhado Grande (40 Km do centro de Guarapuava), os cursos de produção artesanal de alimentos realizados por mulheres da comunidade trouxeram um incentivo para a busca de uma nova alternativa de renda. No final de 2016, foram feitos cursos de panificação, derivados de mandioca e de leite. Como a comunidade é distante do centro comercial, é difícil até mesmo a busca por alimentos. Com isso, as mulheres que participaram dos cursos tiveram a ideia de começar a produzir pães, bolachas, bolos e outros quitutes para venda, inicialmente, na própria comuni-
34
REVISTA DO PRODUTOR RURAL DO PARANÁ
O presidente da Associação Comunitária Banhado Grande com as participantes dos cursos. No canto inferior direito, Eliane G. Santos, professora da Escola Municipal da comunidade
dade. Elas pretendem firmar uma futura parceria com a Prefeitura Municipal, para que os produtos sejam entregues para a merenda escolar na comunidade. A ideia de promover os cursos no local foi de Eliane G. Santos, professora
da Escola Municipal da comunidade. “As mulheres ficaram muito interessadas e a instrutora do curso incentivou bastante a produção não só para consumo próprio, mas como uma fonte de renda. A ideia dos cursos foi justamente este incentivo,
ESPAÇO PARA PLANTAR A GENTE TEM, SÓ PRECISAMOS SABER O QUE FAZER COM O QUE A GENTE PLANTA”
Ilda Aparecida Gonçalves
Ilda, Iris e Rafaela pretendem comercializar os produtos feitos a base de mandioca. O primeiro passo foi plantar a matéria-prima
para que elas possam ter uma qualidade vida melhor”. A participante dos cursos do Senar, Ilda Aparecida Gonçalves, mostrou-se satisfeita com o aprendizado. “Os cursos foram ótimos, porque, muitas vezes, a gente planta, mas não sabe como aproveitar os alimentos. Na minha casa, por exemplo, criamos vacas de leite, mas muitas vezes nem tiramos o leite, só criamos os terneiros. Se tiramos muito, estraga porque não tem o que fazer. Sendo que podia ser uma forma da gente ganhar dinheiro e não precisar ir para a cidade trabalhar. Por isso, nós do interior, precisamos desses cursos. Porque espaço para plantar a gente tem, só precisamos saber o que fazer com o que a gente planta”, ressaltou. Como os cursos são recentes, o primeiro passo foi o plantio da mandioca para a produção de alguns alimentos. Rafaela Paula de Moraes, uma das participantes, conta que desde que ela realizou os cursos vem fazendo os quitutes em casa. “Dos livros de receitas que re-
cebi, já fiz quase todas. A família e os vizinhos estão aprovando”. Ela e sua comadre Iris Terezinha Rolan já plantaram alguns pés de mandioca e pretendem iniciar a produção em breve. A comunidade já tem uma associação com um espaço que poderia ser o local de produção. No entanto, a cozinha ainda não está terminada e por isso, ainda não pode ser utilizada. Inclusive, o espaço já tem algumas máquinas que poderão ser utilizadas para a agroindústria, que foram doadas pela Prefeitura Municipal. Mas enquanto o espaço não estiver de acordo com as normas da Vigilância Sanitária, nada pode ser feito no local. Segundo o presidente da Associação Comunitária Banhado Grande, Ademar Paulo de Moraes, há tempo o espaço está sendo construído, mas por falta de verba, atualmente as obras estão paradas. “Fazemos algumas festas durante o ano para arrecadar dinheiro e contamos com a anuidade dos associados, mas é muito pouco para concluirmos a obra”. Atualmente, em média, 100 famílias moram na Comunidade Banhado Grande. A grande maioria são pessoas carentes que tiram o sustento do que plantam e em alguns períodos do ano trabalham na colheita da batata e da erva-mate. Estão previstos outros cursos para comunidade, como o de conservas, molhos e temperos. “No ano passado, tentamos vender repolho, alface e outras verduras. Mas a venda não foi muito boa e não conseguimos consumir tudo. Acabou estra-
gando muita coisa, por isso estamos com expectativa do curso de conservas, que vai nos ajudar a aproveitar esses alimentos”, conta Ilda. Para o supervisor regional do Senar em Guarapuava, Aparecido Ademir Grosse, as pessoas das comunidades rurais muitas vezes possuem bastante matéria-prima em suas propriedades, mas não têm o hábito de diversificar nos pratos. Neste sentido, os cursos do Senar podem ajudar. “Por exemplo, são poucas propriedades que utilizam a mandioca para fazer pão ou o milho para fazer bolos, curau e até suco. Por isso, os cursos de alimentos podem auxiliá-los a enxergar outras possibilidades de alimentos para as famílias. O interessante na Comunidade Banhado Grande, em especifico, é que eles não tinham o hábito nem de plantar a mandioca, por exemplo, que é um alimento de fácil cultivo. E o curso despertou esse interesse nas mulheres, para diversificar a alimentação de suas famílias, e por que não, gerar uma renda extra”, finalizou.
REVISTA DO PRODUTOR RURAL DO PARANÁ
35
SISTEMA FAEP
GORA MINISTRA PALESTRA PARA CALOUROS DE AGRONOMIA A Faculdade Campo Real convidou o Sindicato Rural para apresentar, a calouros de Agronomia deste ano, palestra sobre o segmento da agropecuária. Realizada pelo vice-presidente da entidade sindical, o agrônomo e produtor rural Anton Gora, a explanação ocorreu no dia 07 de fevereiro. Durante uma hora, Gora apresentou números das produções agrícola e pecuária e destacou que o Brasil precisa conhecer melhor o setor que vem contribuindo decisivamente para fortalecer a economia do país. O vice-presidente do Sindicato Rural também disse aos calouros de Agronomia que, no segmento, engajar-se na representatividade dos produtores junto à sociedade é tão importante quanto a parte técnica das profissões ligadas ao campo. Ele apresentou ainda o Sistema FAEP, ressaltou o papel da entidade na
busca por políticas públicas em sintonia com produção agropecuária, mencionou a missão do SENAR-PR na realização de cursos voltados a produtores e a importância dos sindicatos rurais. Coordenadora adjunta de Estágios e TCC e uma das responsáveis pela produção na Fazenda Experimental da Campo Real, a professora Greice Redivo, que acompanhou a palestra, disse em entrevista que a instituição convidou o Sindicato Rural para a apresentação por considerar a entidade como parceiro e referência na agropecu-
AGO DA FEDERAÇÃO
ária de Guarapuava e região. “A gente entende que os alunos, conhecendo o sindicato, vão entender os direitos e os deveres dos agricultores para melhor assessorá-los quando forem atuantes no mercado de trabalho, como profissionais”, observou. De acordo com a professora, atualmente Campo Real conta com mais de 700 estudantes no curso de Agronomia. “Iniciamos com três turmas neste ano”, completou, detalhando que da palestra do dia 7 de fevereiro participaram duas destas novas turmas.
DETRAN-PR REALIZOU LEILÃO DE SUCATAS EM GUARAPUAVA
Foto: FAEP
O Detran-PR realizou, no dia 23 de fevereiro, em Guarapuava, seu Leilão nº 001/2017, colocando à venda sucatas de veículos automotores apreendidos em vários municípios. O leilão ocorreu no anfiteatro do Sindicato Rural de Guarapuava. A condução dos lances ficou a cargo de um leiloeiro oficial, indicado pela Junta Comercial do Paraná. Participaram apenas empresas cadastradas junto ao Detran-PR.
O vice-presidente do Sindicato Rural de Guarapuava, Anton Gora, participou no dia 30 de janeiro, da Assembleia Geral Ordinária da Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep). Gora é o delegado representante do Sindicato Rural na Faep. Durante a Assembleia, a diretoria da Federação prestou contas do que foi realizado em 2016 e apresentou o planejamento para 2017.
36
REVISTA DO PRODUTOR RURAL DO PARANÁ
CARNES NOBRES
DIRECIONAMENTO TÉCNICO PARA BOVINOS DE CORTE NO PERÍODO DE INVERNO Rodolfo Carletto - Eng°Agrônomo Robson Kyoshi Ueno - Med. Veterinário Luiz Fernando Menegazzo Gheller - Med. Veterinário Marina Araújo Azevedo -Med. Veterinária Luciane Silvestri Araújo - Zootecnista
A
busca por otimizar o sistema de produção gerando economias para a propriedade faz com que se torne viável os investimentos realizados em pastagens, visto que a resposta em produção de massa seca por hectare (MS. ha-1) é garantida. Desta forma, para se obter bons resultados devemos tomar alguns cuidados, começando com a implantação da cultura. Sabe-se que a dessecação da área antecipada é de grande importância para a quebra do ciclo de algumas pragas e doenças que podem trazer problemas na fase inicial da cultura. Na região de Guarapuava temos observado a superioridade da cultura do azevém em relação a aveia preta ou branca, visto que sua sanidade, qualidade bromatológica e produção se sobressaem. Sabemos que a indicação de plantio do azevém é a partir da segunda quinzena de abril, com densidade de plantas de 600 pl.m-2 para azevém tetraploide e 1500 pl.m-2 para azevém diploide, 25 Kg.ha-1 e 40 Kg.ha-1, respectivamente. Quanto à adubação de manutenção, sabemos que uma pastagem de azevém, em média, exporta por hectare cerca de 15 Kg de fósforo e 50 Kg de potássio. Pensando em manter um bom índice produtivo, devemos pelo menos fornecer essa quantidade de nutrientes às plantas. Já a adubação de cobertura com nitrogênio deve ser de 150 a 300 Kg de ureia.ha-1, aumentando a dose de
acordo com a necessidade de incremento em produção de massa. Outro ponto importante que garante maior produtividade e longevidade da planta é o manejo da altura de pastoreio. Com o objetivo de evitar o super pastejo, a entrada dos animais deve acontecer quando as plantas atingirem 25 a 30 cm e a retirada dos animais dos piquetes quando a altura média das plantas atingirem 15 cm de altura. Os pastos de inverno, em geral, possuem qualidade nutricional para promover ganhos de peso semelhantes às dietas de confinamento, mas nem sempre é isso que observamos. A transição da estação e das pastagens (verão/inverno) impõe desafios tanto nutricionais como sanitários aos animais. Os animais que iniciarão o pastejo em aveia/centeio/azevém devem ser adaptados para o consumo destas pastagens, visando amenizar o surgimento de distúrbios nutricionais como a diarreia. É preciso que o início do pastejo seja gradativo, começando com poucas horas por dia e aumentando com o passar dos dias. O fornecimento de feno ou palha, e um suplemento ideal também contribuem para a adaptação e o bom desempenho do rebanho. Também é importante ficar atento às questões sanitárias e vacinar os animais contra diarreias e doenças respiratórias, problemas comumente observados no período de inverno.
CAPACITAÇÃO DE COLABORADORES O departamento técnico da CooperAliança realizou em 2016 uma rodada de treinamentos para os funcionários das fazendas dos cooperados. Os temas abordados foram: 1. Manejo Racional e Bem-Estar Animal 2. Manejo Sanitário 3. Manejo de Pastagens 4. Condução da Lavoura de Milho Para Silagem 5. Confecção de Silagem 6. Manejo Nutricional na Recria e Confinamento 7. Qualidade de Água e Aguadas Para os Animais Ao todo, foram realizados 12 treinamentos em diversas propriedades das regiões de atuação no estado do Paraná, com participação de aproximadamente 120 colaboradores.
Treinamento em Guarapuava
Treinamento em Candói
REVISTA DO PRODUTOR RURAL DO PARANÁ
37
PECÃ
UMA DIVERSIFICAÇÃO COM SABOR DE FUTURO
P
ara o produtor rural Evaldo Anton Klein, o ano de 2017 começou com pelo menos uma boa expectativa: obter sua primeira safra de noz pecã. Ao receber a reportagem da REVISTA DO PRODUTOR RURAL, no último dia 19 de dezembro, ele percorreu o pomar, implantado em sua propriedade, na localidade rural de Banhado Grande, em Guarapuava, sem poupar tempo nesta tarefa nem elogios àquela que disse considerar como uma excelente opção de diversificação para suas atividades (milho, soja, trigo, ovinos e bovinocultura). Conforme explicou, em sua avaliação, independente do volume que poderá ser obtido nesta colheita inicial, a propriedade já ganha com a decisão, porque a cultura representa uma possibilidade de renda num mercado que produtores nacionais e empresas do setor da pecã consideram promissor, já que hoje o Brasil importa a maior parte do produto consumido no país. Enquanto percorria as linhas de plantio das árvores, que agora já apre-
38
REVISTA DO PRODUTOR RURAL DO PARANÁ
sentam galhos e folhas que lembram o típico aspecto de um pomar de pecã, ele contou que a ideia surgiu há cerca de seis anos e meio. O objetivo era tentar aproveitar melhor um local de declive onde antes existia somente pasto. Iniciada em 2011, a área de 12 hectares seria estendida gradativamente até chegar aos atuais 20 hectares. Mas para isso, a decisão, desde o início, visava implantar um sistema produtivo. Não seria somente plantar algumas mudas para ver se daria certo. A meta era estabelecer um pomar corretamente e obter, no tempo próprio da cultura, safras a serem comercializadas para gerar mais uma receita anual. Por isso, ressaltou Klein, o início representou decisão técnica e investimento, por meio da correção de solo com calcário. “Foi bastante, uns cinco ou seis mil quilos por hectare, com calcítico e dolomítico”, relembrou. Já na hora de definir parâmetros de plantio e buscar mudas e orientação sobre a condução, outra medida foi recorrer à uma empresa do setor de pecã – em
Evaldo Anton Klein: expectativa em relação à época de colheita
seu caso, Viveiros Pitol, de Anta Gorda (RS). No espaçamento, disse o produtor, a medida utilizada foi de nove metros. Perguntado sobre doenças e/ou pragas na condução do pomar até o momento, KIein relatou a ocorrência de serrador. Mas, avaliou, “deu para controlar”. Ainda conforme acrescentou, outro ponto positivo da cultura é a possibilidade de se consorciar com a pecuária. Na propriedade, por enquanto, explicou, a opção tem sido pelo consórcio pecã-ovinos: “Ajuda a limpar, manter o campo limpo”. Futuramente, complementou, a ideia é trazer ao pomar também os bovinos, mantidos numa área próxima. Mas não é só. Para Klein, por causa do consórcio, a pecã se torna uma diversificação que traz também otimização da área: “Agora o local vai ser aproveitado para noz pecã, ovinos e bovinos. Vai ter uma tripla função”,. Toda esta esperança, resumiu, se direciona agora à primeira safra. “A expectativa é boa. Só não se sabe a produção. Temos que colher primeiro”, assinalou. Já pensando em comercialização no
mercado brasileiro, no curto e no longo prazo, o produtor rural também se mostrou otimista com as perspectivas. “O Brasil está importando 80% de noz pecã”, concluiu, considerando que este quadro deverá ajudar nas vendas. Em Anta Gorda (RS), também o diretor comercial dos Viveiros Pitol, Leandro Pitol, disse ter, para 2017, uma boa expectativa quanto à colocação da produção nacional de pecã no mercado. Lembrando que a empresa, além de produzir e vender mudas de nogueiras há 40 anos, compra as nozes para industrializar, informou que o preço ao produtor (pecã com casca), naquele momento, era de cerca de R$ 10,00 o quilo. Para ele, durante este ano, a cotação deverá oscilar em
torno deste patamar. O diretor comercial recordou ainda que, na ponta da industrialização, hoje vários são os produtos à base de pecã, como a noz moída em diferentes espessuras, para facilitar seu uso culinário ou no setor de confeitaria. Para Guarapuava e região, onde a empresa iniciou há alguns anos a venda de mudas de pecã (com encomendas feitas junto ao Sindicato Rural), Pitol acrescentou antever um cenário favorável para 2017. “A gente está com uma expectativa de ter uma venda boa”, afirmou, destacando que as visitas técnicas são outro aspecto que a empresa considera fundamental. “A pós-venda nos dá credibilidade, de não só estar vendendo o produto, mas visitando os
DA AMÉRICA DO NORTE PARA O SUL DO BRASIL De acordo com várias fontes, a nogueira pecã (Carya Illinoensis) é uma árvore originária da América do Norte, ocorrendo numa região que abrange parte do México e do Sul dos Estados Unidos. Atualmente, diversos são os estados norte-americanos que produzem a fruta. No Brasil, conforme dados da EMBRAPA divulgados no site da instituição, o cultivo e a produção da pecã acontecem principalmente no Sul, com destaque para Rio Grande do Sul. Favorecida pelas condições climáticas, a pecã nesta região é resultante de ações de in-
centivos governamentais na década de 60 e 70 do século passado, que deram origem aos principais plantios comerciais. Hoje, vários produtores brasileiros veem na cultura uma alternativa de diversificação, para trazer renda extra ao lado de outros sistemas produtivos da agropecuária. Para suprir a necessidade de informação técnica, empresas do segmento da pecã ou instituições de pesquisa têm promovido cursos ou reuniões. Nestes encontros, conhecedores da cultura destacam pontos importantes para quem pensa em entrar na atividade.
Leandro Pitol, diretor comercial do Viveiros Pitol
clientes. Esse é o nosso diferencial”, definiu. O diretor comercial estimou que em Guarapuava e região, os produtores que optaram pela pecã são mais de 50, desde que os que plantaram pequenas quantidades até os que adquiriram centenas de mudas.
FAÇA JÁ A SUA ENCOMENDA DE MUDAS DE NOGUEIRA PECÃ! PERÍODO DE ENCOMENDAS: MARÇO A JULHO PREVISÃO DE ENTREGA: FINAL DE JULHO/AGOSTO INTERESSADOS: (42) 3623-1115 ou na RECEPÇÃO DO SINDICATO RURAL DE GUARAPUAVA
REVISTA DO PRODUTOR RURAL DO PARANÁ
39
DIA DE CAMPO
REAL CAMPO REÚNE ACADÊMICOS DE AGRONOMIA E EMPRESAS DO SETOR
A
Faculdade Campo Real realizou no dia 23 de fevereiro, o 1º Real Campo – Dia de Campo de Verão, na Fazenda Experimental da instituição de ensino superior. O evento foi promovido pelos acadêmicos do 8º período do curso de Engenharia Agronômica, sob a coordenação dos professores Luiz Carlos Zerbielli e Mateus Cassol Tagliani. Várias empresas do ramo expuseram cultivares de soja e milho, insumos agrícolas e discutiram diferentes manejos das culturas com os participantes.
Luiz Carlos Zerbielli, coordenador do evento
Willian Stadler, acadêmico
“A intenção foi colocar os acadêmicos na prática do meio rural e em contato com as empresas que são as líderes do mercado. Neste contexto, a gente quer que os alunos, cada vez mais, tenham conhecimento das novas tecnologias do agronegócio. Como instituição de ensino, nossa intenção é disponibilizar profissionais com um diferencial, cada vez mais completos”, ressaltou o professor Luiz Carlos Zerbielli. Ele explica que o dia de campo foi organizado pelos acadêmicos que estão cursando a disciplina de Extensão Rural. “Eles fizeram toda a organização do evento, o contato com as empresas, cuidaram dos experimentos. A fazenda experimental está a nossa disposição e ela é extremamente interessante em termos de localização. A nossa intenção é cada vez mais utilizar esse espaço para prática de nossos alunos e ações que não envol-
40
REVISTA DO PRODUTOR RURAL DO PARANÁ
Ederson Lucas Medeiros, acadêmico
vam somente eles, mas a comunidade em geral”, comentou Zerbielli. Apesar do público-alvo do evento serem acadêmicos, os produtores rurais da região também foram convidados. Willian Stadler, acadêmico do 8º período, fez parte da organização do dia de campo e conta que a experiência contribuiu para o seu amadurecimento profissional. “Toda a organização, pensar a estrutura do evento, o contato com as empresas e o convite aos alunos e professores foi um desafio. E isso é muito bom para nós, que estamos quase nos formando, porque o mercado vai nos desafiar constantemente”. Para Ederson Lucas Medeiros, também acadêmico, participar de eventos desse gênero e estar inserido na organização só gera ganhos aos acadêmicos. “A faculdade está de parabéns pela iniciativa. Os dias de campo proporcionam
contato com as empresas e com os profissionais, que geram troca de experiências e uma perspectiva futura também. Além disso, conhecemos, visualizamos e debatemos as tecnologias atuais e isso enriquece nosso conhecimento”. Apoiaram o 1º Real Campo: Bayer, FMC, Inquima, Agrichem, Agro Tatu, Nufarm, Intellicrops, Grupo Pitangueiras, Zarcos Fertilizantes, Dekalb, Guerra Sementes, Sindicato Rural de Guarapuava, Monsanto, Solos Agricultura de Precisão e Bayer Seed Growth.
NUTRIÇÃO DE PLANTAS
MANEJO PRECISO DE NITROGÊNIO FeliPe Weber Pozzan
Eng. AgrÔnomo pElA UpF, EspEciAlistA Em nUtrição dE plAntAs mEstrAndo Em prodUção vEgEtAl pElA iFtm gErEntE dE dEsEnvolvimEnto dE mErcAdo dA AgrichEm
A
APORTE DE N
DEMANDA CONTÍNUA
V4
Kg N ha-1 aplicado
Kg N ha-1 acumulado
pós a realização de diagnósticos, são necessários a prescrição e manejos de fertilizantes, a fim de fornecer os nutrientes de acordo com as demandas nutricionais e momentos os quais são determinantes para as culturas, desde a definição de potenciais produtivos até a produtividade final. Considerando a necessidade de Nitrogênio (N), o qual pode ser considerado o nutriente de maior exigência pelas plantas e um dos que apresentam menor eficiência na adubação, a demanda é crescente até próximo ao enchimento de grãos para maioria das culturas. Para a cultura do milho, o acúmulo máximo se dá em estádio de R5 (figura 1), onde se torna duvidosa a capacidade atual de alcance das adubações nitrogenadas já aplicadas em semeadura e cobertura, havendo uma remobilização do nitrogênio armazenado em folhas e colmos, que com manejo insuficiente para altas produtividades, se torna precoce, levando a senescência das folhas do baixeiro, impedindo o pleno enchimento de grãos e acúmulo total de fitomassa. Neste sentido, o uso de fertilizantes de lenta liberação e o momento de aplicação tornam-se ferramentas importantes que contribuem para este suprimento.
V5
V6
V7
V9
V11
V14
R1
R2
R4
R5
R6
Figura 1. Acúmulo de nitrogênio pela cultura do milho associado ao manejo de fertilizantes.
(Pozzan, 2016 adaptado de Agrichem do Brasil, 2013)
Ciclo Fenológico
colmo
folhas
espiga
O fato da complementação de nitrogênio e atendimento para maior disponibilidade do nutriente ao longo do ciclo vem demonstrando capacidade de respostas pela cultura (Tabela 1).
Já para a cultura da soja, embora sua exigência seja aproximadamente 3 vezes superior à da cultura do milho, sendo o acúmulo máximo de nitrogênio em estádio fenológico de R7 (figura 2),
Tabela 1. Produtividade (kg ha-1) em função da aplicação de diferentes fungicidas com ou sem a aplicação de N complementar com Nitamin® na cultura do milho. Guarapuava – PR. (Pacentchuk&Sandini, 2016).
Fungicida
N complementar (L ha-1) 0 10
Média
Controle
15.065cB
16.254 bA
15.659c
Fox
16.106 bNS
16.740 b
16.423 b
Orkestra
17.462 aB
18.978 aA
18.220 a
Média
16.211B
17.324 A
16.767
Médias seguidas pela mesma letra maiúscula na linha (N complementar) e minúscula nas colunas (fungicida) não se diferem estatisticamente pelo teste de Tukey a 5%; NS – não significativo. REVISTA DO PRODUTOR RURAL DO PARANÁ
41
DEMANDA CONTÍNUA
Número total de nódulos (10 plantas)
PERÍODO CRÍTICO
Kg N ha-1 acumulado
este suprimento acontece principalmente através da fixação biológica (FBN), sendo os inoculantes com bactérias selecionadas do gênero Bradyhrizobium uma das formas mais eficientes para o fornecimento de N. Entretanto, o lançamento de cultivares com potenciais elevados de produtividade e ciclos cada vez mais precoces,o avanço do plantio direto na Região do Cerrado e possíveis interferências junto a bactéria como estresses hídricos, amplitudes térmicas por falta de palhada aos solos, pH subotimo dos solos e contato com agentes biocidas (fungicidas, inseticidas e até herbicidas) podem estar provocando prejuízos à FBN. Dessa forma, considerando uma possível queda na fixação simbiótica de nitrogênio no início da fase reprodutiva, assim como frequentemente encontramos níveis inadequados do nutriente nos tecidos (folha) da cultura nesta fase, os agricultores que empregam alto índice tecnológico têm lançado mão da complementação com fertilizantes nitrogenados líquidos de lenta liberação. A título de exemplo, a Agrícola Zanella bateu o recorde de produtividade de soja do Mato Grosso na última safra, com 101 sc ha-1, tendo sido campeão de produtividade do desafio CESB no Centro-oeste. De acordo com Marcos Storch, responsável técnico da Agrícola Zanella, a produtividade média do grupo, que planta 20.000 hectares no estado, cresceu em média 10 sc ha-1 com o emprego dessa tecnologia. “Nitamin é um dos produtos que mais dá resultado em soja”, afirma Storch.
V2
V4
V6
R1
Caule
Folha
R2
Ciclo Fenológico
Vagem/Palha
R5.1
Grãos
R6
R7
R8
Nº nódulos
Figura 2. Acúmulo de nitrogênio pela cultura da soja e a interação com o número de nódulos por planta nos estádios fenológicos. (Pozzan, 2016 adaptado de Agrichem do Brasil, 2014 e Câmara, 2014)
C
M
Y
CM
MY
CY
Nitamin supre o nitrogênio gradualmente durante o fim do ciclo, garantindo o enchimento de grãos e o máximo rendimento, com qualidade.
6100 6000 5900
Prof. Dr. Itacir Sandini
O Prof. Dr. Itacir Sandini da Universidade do Centro Oeste do Paraná – UNICENTRO, tem encontrado no Brasil respostas positivas ao manejo complementar de nitrogênio via foliar junto ao florescimento da cultura da soja, e o fornecimento de 3,3 Kg N ha-1 através de fertilizante de lenta liberação, que assim como os dados de 2016 (Figura 3), outros estudos desde 2008 somam 20 experimentos em soja com incremento médio de 287 kg ha-1. Para a cultura do milho, com 26 experimentos, os incrementos médios foram de 793 kg ha-1, confirmando respostas viáveis em produtividade.
42
REVISTA DO PRODUTOR RURAL DO PARANÁ
Produtividade (kg.ha-1)
5800 5700 5600
Elatus = -4,4448x2 + 89,055x + 5535,2 - N = 10 l / 446 kg
5500
Orkestra = -3,8246x2 + 62,955x + 5696,7 - N = 8,2 l / 259 kg
5400
Média = -4,6912x2 + 78,514x + 5561,8 - N = 8,4 l / 329 kg FOX = -4,6363x2 + 70,424x + 5583,4 - N = 7,6 l / 267 kg
5300 5200
Controle = -5,8591x2 + 91,621x + 5431,9 - N = 7,8 l / 358 kg 0,0
2,5
5,0
7,5
10,0
12,5
Nitamin (kg.ha-1)
Figura 3. Produtividade (kg ha-1) em função da aplicação de doses crescentes de Nitamin com diferentes fungicidas no florescimento na cultura da soja. Guarapuava – PR (Pacentchuk&Sandini, 2016).
15,0
CMY
K
M
M
Y
Y
Y
REVISTA DO PRODUTOR RURAL DO PARANÁ
43
ALEVINOS
SINDICATO RURAL E PISCICULTURA PROGRESSO: PARCERIA CONTINUA EM 2017
A
pia, carpa capim, carpa húngara, tambacu, lambari, pacu, dourado, jundiá, matrinxá, catfish e bagre africano. As próximas entregas já estão agendadas e serão realizadas nos dias 10 de março e 7 de abril. Para encomendas e outras informações, os interessados podem entrar em contato com o Sindicato Rural de Guarapuava (Rua Afonso Botelho, nº 58 – Bairro Trianon: (42) 3623-1115; Extensão de Base Candói: (42) 3638 1721 ou Extensão de Base Cantagalo: (42) 3636 1529.
Erivelto Leonardo, proprietário da Piscicultura Progresso
CA
!
última entrega de encomendas de alevinos de 2016 foi realizada no dia 16 de dezembro, no Sindicato Rural de Guarapuava, em parceria com a Piscicultura Progresso. Foram entregues mais de 20 mil alevinos na sede da entidade e 7 mil alevinos na Extensão de Base em Candói. Na primeira entrega deste ano, realizada no dia 3 de fevereiro, foram 22 mil alevinos em Guarapuava e 4.300 em Candói. Entre as mais de 20 espécies comercializadas pela piscicultura estão tilá-
DI
CONFIRA AS FOTOS DAS ENTREGAS: Entregas em dezembro de 2016
Clemente M. Hurnaski
Claudiane Hardt
Francisco dos Santos
Diorlei João Katzki
Anderson Korobinski e Jair Korobinski
44
REVISTA DO PRODUTOR RURAL DO PARANÁ
Carlos Eduardo dos Santos Luhm
Fabiano Michel
Klisnan Matheus Michelon
Sandro Stelmastchuk
Ao adquirir alevinos, ao invés de utilizar berçários para o desenvolvimento dos peixes, o ideal é construir um tanque de, em média, 200 m² e dois metros de profundidade. Assim, evita-se o grande número de mortalidade. É importante também que este tanque tenha facilidade de esvaziamento da água. Depois que os peixes já estiverem desenvolvidos, deve-se transferi-los para um tanque maior.
Evaldo Anton Klein
Felipe Rodrigues e Luiz Carlos Rodrigues
Joneri Rodrigues e Wilson Miguel Costa
Entregas em fevereiro de 2017
Erivelto Leonardo e Jacir Salvador
Walter Knaf
Richard Seitz
Conrado Rickli
Vicente Chaia e Fabíola Ribas
Cesar Augusto Sydor
Wilian Chimiloski
Airton Michelon
Adelino Bridi e Anelise Roseira Gavron
Roberto Della Torres
Andrey Vier e Arno Vier
Emerson Itamar Denck
Viviana e Mauricio Kaminski
Robercil W. Teixeira
João Maria da Silva Machado
Paulo André Rocha
Leandro de Oliveira
Roberto Ferreira Ramos
Erivelto Leonardo, Pedro Zanette e Eduardo Zanette
REVISTA DO PRODUTOR RURAL DO PARANÁ
45
NOTAS
SINDICATO PRESTIGIA GERENTE DO BB EM SUA DESPEDIDA DE GUARAPUAVA No dia 20 de janeiro, uma confraternização marcou a despedida profissional do gerente da agência centro do Banco do Brasil em Guarapuava, Márcio Alexandre Rockenbach . Depois de três anos, ele foi transferido, passando a atuar na agência Estação, em Curitiba. Do encontro, participaram familiares, amigos, empresários e funcionários do banco. Diretores e associados do Sindicato Rural de Guarapuava também estiveram presentes. Entre os integrantes da diretoria da entidade sindical, participaram Carlos Eduardo dos Santos Luhm, que falou em nome do sindicato, além de Cícero Lacerda e Gibran Thives Araújo.
IRENE FILIPOSKI FOI A PRIMEIRA A QUITAR A ANUIDADE DO SINDICATO RURAL EM 2017 Os associados do Sindicato Rural de Guarapuava tem até o mês de março para quitar com desconto suas anuidades. Mas tem produtor já quitando o compromisso e garantindo tranquilidade para 2017: no dia 13 de janeiro, a associada Irene F.S. Filiposki, produtora rural da Comunidade Guabiroba (Guarapuava), procurou a entidade e quitou com dois meses de adiantamento a anuidade 2017. Nas palavras de Dona Irene, o ato garante que nada fique pendente diante os imprevistos que insistem em surgir no cotidiano: “Às vezes, aparecem outras coisas e você não pode fazer por estar empenhado com algo já programado que ainda não foi pago”. Dona Irene destaca que sempre agiu assim, o que a ajudou a evitar o surgimento de muitos problemas. “Planejar é isso, eu sempre fui assim, não
consigo deixar nada para depois, pois sei bem no que isso implica e o quanto complica quem age dessa forma”. A anuidade do Sindicato Rural de Guarapuava pode ser paga até o dia 20 de março, com custo de R$ 180,00. Após essa data o valor é de R$ 200,00. Os associados receberão o boleto em casa no início do mês de março. Antes disso, o pagamento pode ser feito na entidade.
FLORES NO PRODUSHOW
Carlos Luhm, Márcio Rockenbach e Cícero Lacerda
A sócia do Sindicato Rural de Guarapuava, Gabriela Abt participou do Produshow 2017 com uma exposição de flores e temperos. Foram expostas mais de 20 variedades entre temperos, vasos e bandejas de flores. “É o primeiro ano que participo do evento, a convite do presidente do Sindicato Rural de Pitanga, Zampier. Não sabia como seria a comercialização, mas me surpreendi, pois foi muito boa. Espero poder voltar no próximo ano. O pessoal gostou bastante da qualidade e do preço das plantas”, comentou Gabriela.
COAMO REALIZA CURSO DE TORTAS SALGADAS A Coamo realizou no dia 14 de fevereiro, o Curso de Tortas Salgadas para Mulheres (cooperadas e esposas de cooperados), no Sindicato Rural de Guarapuava. Sócias da entidade sindical participaram do curso. Entre as receitas ensinadas destacaram-se torta de frango, empadão, rocambole de mandioca, torta creme, entre outras.
46
REVISTA DO PRODUTOR RURAL DO PARANÁ
Gabriela Abt
REVISTA DO PRODUTOR RURAL DO PARANÁ
47
VIAGEM TÉCNICA
SHOW RURAL COOPAVEL CONTINUA ATRAINDO PRODUTORES DE GUARAPUAVA E REGIÃO
O
Sindicato Rural de Guarapuava, com o apoio do Sistema Faep/ Senar, levou quatro caravanas ao Show Rural Coopavel, em Cascavel, no dia 8 de fevereiro. Dois ônibus saíram de Guarapuava, um da Extensão de Base Candói e outro da Extensão de Base Cantagalo. Ao todo 154 pessoas da região tiveram a oportunidade de visitar uma das maiores feiras agropecuárias do país. O agropecuarista Elton Lange costuma visitar o evento todos os anos. Ele disse que é importante a participação porque o futuro do agronegócio são as tecnologias. “Aqui estão presentes as principais novidades. Pode demorar para chegar no campo, mas vindo até aqui nós ficamos sabendo o que já existe e depois podemos implantar nas nossas propriedades”. Nesta edição, o
48
REVISTA DO PRODUTOR RURAL DO PARANÁ
que mais chamou a sua atenção foram as tecnologias implantadas nas máquinas agrícolas. “Todos os anos têm novidades. O produtor fica impressionado com a informatização das máquinas, que ajuda cada vez mais a ter precisão na agricultura”. Já Karen Pereira, bovinocultora de leite, visitou o Show Rural pela primeira vez. “Fiquei impressionada com o tamanho do evento e com a organização. É importante acompanharmos as novidades. Precisamos conhecer as novas tecnologias, para não ficarmos para trás. Em um dos estandes, assisti a demonstração de alguns produtos naturais em animais de leite, por meio da homeopatia, para espantar moscas. É algo simples, mas importante para o bem-estar do animal, que interfere na produção. Com certeza
vou buscar implantar esta técnica na minha propriedade”. Geny de Lacerda Roseira Lima também nunca tinha visitado o Show Rural. Neste ano, a vinda até o evento deu certo e ela mobilizou mais duas amigas para acompanhá-la: Teresia Abt e Neusa Vier. Após concluírem o curso do Senar "Mulher Atual", elas sempre procuram participar de eventos técnicos. “Achei fantástico. A gente sempre vê noticias na televisão, mas só agora visitando, eu pude enxergar o real tamanho do evento e como ele possui uma organização efetiva”, afirmou Geny, sugerindo mais informações sobre ovinocultura. “Eu sou ovinocultora, mas não achei nada no evento sobre esse ramo. Talvez seja um tema para eles agregarem no próximo ano”. Teresia Abt também participou pela primeira vez. “Não vim com um
foco, mas para conhecer o evento. No entanto, acabei encontrando uma cultura de tomate muito interessante, uma variedade de pimentão e uma estufa de bambu, que achei fantástica a ideia. Eu trabalho com hortifruticultura e essas são coisas que podemos agregar ao sistema que estamos trabalhando atualmente”. Neusa Vier, que acompanhou as colegas, já havia visitado o evento. “Procuro sempre prestigiar. Vim buscar informações na área do leite e encontrei muitas novidades. Um delas foi trigo para fazer silagem. É uma das coisas que podemos testar”.
ESTANDE FAEP Há 29 anos o Sistema Faep/Senar está presente no Show Rural com estande e caravanas de todo o estado do Paraná. O local, com 271 m2, é um ponto de apoio para os produtores. Nele, eles podem descansar, tomar uma água ou café e trocar ideias com colegas de profissão de outras regiões. Neste ano, o sistema levou ao Show Rural 201 caravanas, recebendo aproximadamente 9 mil visitantes.
Karen Pereira
Geny de Lacerda Roseira Lima, Teresia Abt e Neusa Vier
SHOW RURAL Realizado pela Coopavel (Cooperativa Agroindustrial de Cascavel), o Show Rural está em sua 29ª edição. São 520 expositores durante 5 dias, demonstrando produtos, serviços e novas tecnologias para o agronegócio que favorecem o desenvolvimento do setor. O Show Rural expõe novidades nas áreas de agricultura, máquinas e equipamentos; pecuária de corte e lei-
te; avicultura e suinocultura; ovinocultura; hortifrutigranjeiros; piscicultura; administração rural; integração lavoura-pecuária; meio ambiente, entre outros. A estrutura oferece tranquilidade e comodidade aos visitantes, já que são 720 mil m2, com ruas cobertas que protegem do sol e da chuva. Nesta edição, foram mais de 253 mil pessoas que passaram pelos cinco dias de evento.
Antonio Adir de Lara e Nelso Valter Nava REVISTA DO PRODUTOR RURAL DO PARANÁ
49
BIOTRIGO LANÇA CULTIVAR DE TRIGO PARA ALIMENTAÇÃO ANIMAL
Caravanas de Guarapuava
Caravana de Candói
Caravana de Cantagalo
CRIATÓRIO DE CANDÓI EXPÔS ANIMAIS NO SHOW RURAL O criatório Canchim Tarumã – Fazenda Vista Alegre, de Candói – PR, propriedade de Tiago Bastos, participou do Show Rural 2017 no Shopping Pecuário. O evento foi novidade no Show Rural e permitiu a comercialização direta entre produtores. Foram expostos 17 animais no barracão. “Touros criados a campo, muito bem avaliados morfologicamente e nos programas de DEP Embrapa Geneplus”, destacou Bastos. Segundo o pecuarista, dos 24 touros comercializados, três deles foram da raça Canchim. A média da raça foi de R$ 11.833,00 por animal, um pouco acima da média geral do evento, que é de R$ 10.000,00. A participação do Canchim no Show Rural foi promovida pela Associação Nacional de Criadores de Canchim (ABCCan), em conjunto como o criatório Canchim Tarumã.
Durante o Show Rural 2017, a Biotrigo Genética lançou cultivares de trigo destinados à alimentação animal. O grande destaque foi o TBIO Energia, voltado para pré-secagem e silagem. “O grande diferencial desse material é que ele não possui arista, uma parte da espiga do trigo que pode interferir e machucar o trato digestivo do animal. Com isso, facilita na hora de fazer o corte, a silagem e o pré-secado e promove uma melhor palatabilidade do animal. É também mais uma opção de alimentação para o animal no período de inverno”, explicou o supervisor comercial da Biotrigo, Deodato Matias Junior.
Deodato Matias Junior, supervisor comercial da Biotrigo
Na foto, a comparação do TBIO Energia com uma cultivar de trigo comum com arista Criatório Canchim Tarumã, esteve presente no Show Rural 2017
50
REVISTA DO PRODUTOR RURAL DO PARANÁ
MANCHETE
Paraná desenvolve Programa Integrado de Conservação de Solo e Água do Paraná (Prosolo), visando promover a conservação de recursos naturais, com suporte ao produtor rural, ações de treinamento e pesquisa.
Foto: Manoel Godoy
MUITO ALÉM DO PLANTIO DIRETO
O
solo e a água são matérias-primas primordiais na produção de alimentos. Sendo assim, são grandes aliados dos produtores rurais e ao mesmo tempo de toda a sociedade. Não são recursos privados e devem ser utilizados como patrimônio coletivo. Um estudo divulgado no ano passado, pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), que teve como parceira a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), revelou que mais de 30% dos solos de todo o mundo está degradado em decorrência de diversos fatores. Os resultados da pesquisa estão no relatório ‘Estado da Arte do Recurso Solo no Mundo’ (Status of the world´s soil resources). A pesquisadora da Embrapa Solos, Maria de Lourdes Mendonça Santos Brefin, que fez parte do conselho editorial do estudo, afirma que os resultados não são nada satisfatórios. “No relatório, a maioria dos solos do mundo
foram classificados como estando em condições razoáveis, pobres ou muito pobres. Os solos, como se sabe, são a base para a produção de alimentos, fibras e energia. Além de serem responsáveis pela produção de serviços ecossistêmicos, sustentação da biodiversidade, desempenham papel importante na mitigação de efeitos das mudanças climáticas. Com os resultados obtidos, não há motivos para otimismo. Até mesmo a segurança alimentar do mundo fica comprometida”. Esse fato é preocupante já que outro estudo da FAO afirma que até 2050 a produção de alimentos deverá aumentar cerca de 60% para atender a demanda de toda a população global. Ao mesmo tempo, o estudo sobre solos estima perdas anuais de 0,3% da produção de culturas, isto devido à erosão. Se o problema continuar nesse ritmo, uma redução total de mais de 10% poderá acontecer até 2050. Ou seja, pessoas demais e alimento de menos. REVISTA DO PRODUTOR RURAL DO PARANÁ
51
No Brasil, especificamente, a situação não é diferente, já que a pesquisadora ressalta que a maioria dos solos encontra-se degradada, sendo a erosão a principal causa dessa degradação, além da perda de nutrientes, degradação da matéria orgânica, salinização, poluição e acidificação dos solos. E para ela, aqui no país o problema vai além: “Em geral, o uso inadequado do solo acontece porque falta conhecimento sobre esse recurso no país. Conhecimento detalhado das características e comportamento dos solos. As informações que dispomos no Brasil sobre os solos são muito pouco detalhadas, comparadas a outros países, como os Estados Unidos, com quem concorremos nas exportações. Falta também apoio à pesquisa aplicada e faltam políticas públicas para que o produtor possa fazer o manejo adequado de suas terras”. Para mudar a situação dos solos e da água, Maria cita que conhecimento é fundamental. “Ações concretas devem ser tomadas, tanto pelos agricultores e instituições, como pela sociedade e governos. Essas ações vão desde a inclusão de boas práticas de manejo sustentável do solo e da água na agricultura, recuperação das áreas degradadas, além de legislação específica sobre o uso e manejo dos solos. Programas de governos que tenham como base o manejo sustentável do solo, a exemplo do Agricultura de Baixo Carbono (ABC), que deem ao produtor rural, o conhecimento e o apoio necessário para a aplicação das boas práticas de cultivo, mantendo a capacidade produtiva do solo ao longo dos anos”.
PROSOLO No Paraná, a preocupação com o solo e água não é diferente. O governo estadual, em parceria com empresas e entidades representativas, se conscientizou que era necessário fazer algo a respeito. Por meio de um decreto, em agosto de 2016 foi criado o Programa Integrado de Conservação de Solo e Água do Paraná (Prosolo Paraná). O objetivo é promover a conservação desses recursos naturais, servindo de suporte ao produtor rural com ações de treinamento e pesquisa.
52
REVISTA DO PRODUTOR RURAL DO PARANÁ
“Os efeitos do fenômeno climático ‘El Niño’ sobre os processos erosivos colocaram novamente em pauta a discussão sobre essa temática. Ela vinha sendo colocada em segundo plano, baseando-se na premissa de que o sistema de plantio direto seria capaz de dar uma solução definitiva para o problema aqui no nosso estado. Foi reacendida a discussão em Débora Grimm, secretária executiva do Prosolo torno de possíveis ações necessárias O programa está apoiado em cinpara mitigar os prejuízos causados peco eixos: instituição do Programa Intelos processos erosivos no Estado do Pagrado de Conservação de Solo e Água raná”, detalhou a secretária executiva do Paraná; capacitação dos produtores do programa, Débora Grimm. O comitê rurais e técnicos; pesquisa e formação gestor do Prosolo é formado pela Seab, aplicada; operacionalização; e revisão Iapar, Emater, Sistema Faep/Senar, Fesobre a legislação da conservação de sotaep e Ocepar. los e água. O técnico de Meio Ambiente do SisNo programa o produtor rural partema Faep/Senar, Werner Meyer comenticipa de forma voluntária. A adesão se tou que foi a Federação que deu início dá por meio de um formulário que está as discussões para que ações fossem disponível nos escritórios da Emater. tomadas. “Houve uma provocação soApós o preenchimento, o produtor se bre o tema junto ao governo do Estado, compromete a apresentar à Emater o que aceitou muito bem a ideia, pois projeto de conservação de solo e água sabe da importância da conservação do de sua propriedade em até um ano após solo e da água. Não pretendemos punir a data de sua adesão. O formulário de o produtor com esse novo programa, adesão estará disponível até o dia 28 de mas sim mostrar para ele a importância agosto de 2017. do tema. Do ponto de vista econômico, O projeto deve ser elaborado por mostrar o quanto eles estão perdendo um profissional habilitado, o qual decom maus hábitos e deixá-los a par de verá prever no cronograma o prazo de tecnologias que podem ser adotadas até três anos para sua execução. Para para que melhorem a produtividade e os produtores que forem notificados cumpram a legislação”. por descumprimento da legislação de solo, haverá um prazo de 60 dias para a adesão ao programa, o qual terá sua notificação suspensa desde que cumpra as obrigações assumidas no termo de adesão. Em paralelo à formação dos projetos estão acontecem as capacitações e iniciativa para pesquisas. “Estão sendo capacitados técnicos para elaboração de projetos de conservação de solo e água. Werner Meyer, técnico ambiental da Faep
No eixo pesquisa, está em fase final o lançamento do Edital da Chamada Pública para as universidades, instituições de pesquisa pública e privada participarem com proposta de pesquisa na área”. A primeira turma do curso de Manejo de solo e água em propriedades rurais e microbacias hidrográficas já está acontecendo. A capacitação foi disponibilizada pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar - PR) no ano passado. O curso semi presencial é
dividido em 14 módulos. A programação prevê a primeira parte (11 módulos) com aulas teóricas à distância, a segunda com prática de campo (dois módulos). Para finalizar, será apresentada a defesa presencial do projeto elaborado durante os noves meses do curso. Outro ponto que o programa aborda é a revisão na legislação sobre a conservação do solo e da água. Débora explica que a proposta é criar um grupo de trabalho para rever toda a legislação e
propor ajustes necessários. “Reavaliar a legislação é imprescindível em virtude das mudanças ocorridas na agricultura, nos processos de produção e no manejo do solo. Esse eixo estruturante do programa pretende fazer um levantamento minucioso de todo esse regramento no uso do solo, buscando identificar pontos passíveis de modernização, procurando tornar os processos mais ágeis e principalmente beneficiando a conservação do solo e da água do Paraná”.
2º RALLY DE CONSERVAÇÃO DO SOLO E DA ÁGUA
E
m sintonia com o Prosolo, momentos de aventura, diversão, informação e conscientização foram vividos durante o 2º Rally de Conservação do Solo e da Água, realizado pela Cooperativa Agrária juntamente com a Fundação Agrária de Pesquisa Agropecuária (FAPA), no dia 14 de fevereiro. A competição bateu recorde de público, com 42 carros participantes, reunindo mais de 160 pessoas. O objetivo foi repassar informação e conscientização ao produtor rural de uma maneira diferente, por meio de uma competição que proporciona
diversão e confraternização. Foram 190 km em estradas de chão em Guarapuava, até os limites dos municípios de Pinhão, Goioxim e Candói. No rally de regularidade a equipe, formada por piloto e navegador, deve seguir o trajeto determinado pela organização mantendo médias horárias pré-estabelecidas. As médias variam no decorrer da prova e são compatíveis com o terreno onde a prova se desenvolve. A cada descumprimento das instruções, o participante perde pontos. Além de seguirem as regras da competição, ao longo do percurso os
participantes tiveram que fazer paradas para realização de provas técnicas. “Nós procuramos relacionar as provas com o manejo conservacionista da lavoura do produtor. Por meio das estações ao longo do rally, os produtores são convidados a discutir o assunto através das atividades práticas”, comenta o pesquisador da FAPA que fez parte da organização, Paulo Alba. Foram 10 estações de provas ao longo do percurso com diversas temáticas sobre a conservação de solo e água: calcular corretamente a declividade do terreno, fazer a contagem de matéria seca REVISTA DO PRODUTOR RURAL DO PARANÁ
53
VENCEDORES Ao final da competição as três equipes melhores colocadas foram premiadas com troféus. Os vencedores foram:
1º - Equipe 03 Arnaldo Stock (piloto), Christian Abt (navegador), Rodrigo Martins e Juvêncio; 2º - Equipe 11 Egon Milla (piloto), Karl Milla (navegador) e Luiz Gabriel;
3º - Equipe 14 João Lucas Naiverth (piloto), Davi Naiverth (navegador), Marcos Antônio Novatski e Paulo Domit. Também teve premiação para a equipe que perdeu mais pontos. Quem levou o troféu Tartaruga foi a dupla Jéssica Brandtner (piloto) e Manuela Gutfreund (navegadora). Pesquisador Paulo Alba (FAPA), da organização do Rally
em uma lavoura de milho, medir um canal vegetado e plantar mudas de árvores nativas em uma Área de Preservação Permanente APP). Ao final da prova, as equipes foram avaliadas conforme o desempenho no rally de regularidade e de acordo com a participação nas provas de sustentabilidade. “Quando a gente fala, durante a prova, em fazer um canal vegetado, o produtor visualiza qual material está sendo plantado no canal vegetado. Isso fica gravado na cabeça dele como uma boa opção de conservação. O mesmo ocorre quando ele tem que medir um plantio em nível, mostrando que é uma prática de conservação de fácil execução e baixo custo. Esses temas ajudam o produtor a enxergar opções de boas práticas conservacionistas”, destaca Alba. O técnico de Meio Ambiente do Sistema Faep/Senar, Werner Meyer participou do evento e comentou que ações como essa são totalmente condizentes aos objetivos do Prosolo. “Toda movimentação que há
Vencedores
1º lugar
Troféu Tartaruga
Leandro Bren, Jorge Karl, Norberto Ortigara, Otamir Martins e Itacir Vezzaro
54
REVISTA DO PRODUTOR RURAL DO PARANÁ
em função da conservação de solo e da sustentabilidade da propriedade como um todo é válida. Nós tivemos no rally tecnologias que são adaptadas à região e imagino que esse tipo de ação pode ser aplicada em todas as regiões do estado, adaptando-as à realidade de cada uma. É um exemplo que pode ser seguido e são tipos de ações assim que pretendemos fomentar no eixo da pesquisa do Prosolo”. O vice-prefeito e secretário municipal de Agricultura, Itacir Vezzaro também elogiou o evento. “O rally promove a integração entre os produtores rurais, o poder público, as entidades e as empresas envolvidas no meio rural. Ao mesmo tempo, mostra tecnologias aliadas à conservação de solo e água. Acho que esse processo deve ser contínuo, visando a conscientização e a informação”. O rally contou com o apoio da Adama, FMC, Agroeste, Sistema FAEP, Sindicato Rural de Guarapuava, Sementes Agroceres, Tratorcase/Michelin e MacPonta Agro.
PRODUTORES ELOGIAM EVENTO Cristian Abt, um dos vencedores do rally já havia participado da 1ª edição da competição e revelou que naquela ocasião não foi muito bem, mas dessa vez a situação foi diferente. “Falando da perspectiva de competição, estamos muito felizes por levarmos o primeiro lugar. Foi uma superação, porque a chuva com certeza dificultou bastante. Mas foi muito legal”. Abt, que foi o navegador da equipe vencedora, revelou ainda o que, segundo ele, é o mais importante para vencer o rally: “concentração, concentração. Nenhum minuto, nem o navegador nem o piloto podem estar desfocados”.
Roberto Cunha, Anton Egles e Jairo Luiz Ramos Neto
Já do aspecto técnico, Abt afirmou que todas as provas foram muito importantes em relação à temática. “Nós, como produtores, dependemos do solo e da água e por isso devemos nos preocupar com a conservação. Precisamos ter a mente aberta para acolher
novas técnicas. E em eventos assim, sempre aprendemos mais”. O produtor rural Roberto Cunha, que participa com frequência de eventos do gênero, achou a competição desafiadora e quanto ao principal objetivo da prova, que era a conscientização e aprendizado, avaliou que foi cumprido. REVISTA DO PRODUTOR RURAL DO PARANÁ
55
“Eu vi uma prática nova que está sendo executada, que é o chamado canal vegetado. A ideia é muito boa e dá para ser implantada. Mas algumas das técnicas também precisam ser revistas. Na minha opinião, uma delas são as caixas de retenção. Quando é pouca chuva resolve, mas quando é muito chuva, não funciona. Por isso precisamos debater mais sobre o assunto e esses eventos afloram mais as discussões”.
56
REVISTA DO PRODUTOR RURAL DO PARANÁ
O agropecuarista Jairo Luiz Ramos Neto participou pela primeira vez do rally. “Foi muito interessante. É uma prática nova aqui na nossa região, divertida. Mas o mais interessante mesmo foi o real objetivo da prova que era a conservação de solos e água. Passamos por algumas áreas de plantio de batata onde a degradação do solo e a erosão são gritantes. Acho que temos que abrir os olhos para essas questões”. Seu
navegador, Anton Egles disse que foi uma prova para aprender em diversos aspectos. “Foi a primeira vez que participamos e nem sabíamos como ler a tabela, mas ao longo do percurso fomos aprendendo. E conseguimos visualizar nos trechos os extremos da degradação do solo e da conservação. Visualizamos isso de uma forma clara e obtivemos muitas informações para melhorar nesse quesito, em nossas propriedades”.
REVISTA DO PRODUTOR RURAL DO PARANÁ
57
CAMPANHA
PRODUTORES ADEREM À CAMPANHA DE APOIO À LAVA JATO
E
m dezembro de 2016, o Sindicato Rural de Guarapuava e a Associação Comercial e Industrial de Guarapuava (ACIG) realizaram campanha contra a corrupção no Brasil. As duas entidades divulgaram em outdoors, em Guarapuava, seu apoio à Operação Lava Jato e às decisões do juiz Sérgio Moro. A iniciativa teve como mensagem: “Basta de corrupção! Apoio à Lava Jato! Somos Todos Sérgio Moro. Deputados e Senadores: estamos de olho!”. Os objetivos foram dois: mostrar que, também na região, os setores da agricultura, comércio e indústria apoiam a atuação do Ministério Público, da Polícia Federal e do Poder Judiciário no combate à corrupção; e deixar claro que os três segmentos da iniciativa privada observam com atenção como os parlamentares do Congresso Nacional estão se posicionando neste momento do país. O Sindicato Rural também mandou confeccionar adesivos para carros, com o mesmo tema. Desde então, muitos produtores rurais associados à entidade aderiram à campanha. Quem tiver interesse em colar o adesivo no carro pode retirá-lo, gratuitamente, na sede da entidade (Rua Afonso Botelho, 58 - Trianon, em Guarapuava) ou nas Extensões de Base em Candói ou Cantagalo.
58
REVISTA DO PRODUTOR RURAL DO PARANÁ
LEGISLAÇÃO RURAL
Fábio FArés dEckEr E lUis EdUArdo pErEirA sAnchEs AliAnçA lEgAl dos Escritórios dEckEr AdvogAdos AssociAdos E trAjAno nEto E pAciornik AdvogAdos
REGULARIZAÇÃO AMBIENTAL E A ATUAL POLÍTICA NACIONAL DE RECUPERAÇÃO DA VEGETAÇÃO NATIVA
A
proximando-se dos cinco anos de vigência do novo Código Florestal (Lei 12.651/12), ainda persistem muitas dúvidas em relação à sua aplicação e seus instrumentos. Incluso naquele regramento surgiu a necessária implantação do Programa de Regularização Ambiental (PRA), visando atender as regras gerais ditadas pela União, mas também adotando critérios específicos relacionados a cada região do país. Referido programa objetivou adequar todas as posses e propriedades rurais aos termos daquela normatização, ou seja, para a regularização das Áreas Consolidadas em Áreas de Preservação Permanente e também das Áreas Consolidadas em Área de Reserva Legal. A seguir, já no ano de 2014, para a necessária regulamentação, o Estado do Paraná publicou a Lei 18.295/2014, criando sob seus jurisdicionados, o Programa de Regulação Ambiental, cuja adesão ao programa é possível para a regularização de desmatamentos ocorridos antes de 22 de julho de 2008, tendo como prazo máximo de cumprimento, 20 anos. Ademais, compôs como requisito obrigatório a prévia inscrição no Cadastro Ambiental Rural (CAR) e, por fim, destacou-se que, para os casos de desmatamento posterior,
não será possível a adesão ao programa, sendo que a lei prevê o prazo máximo de dois anos para a regularização nestes casos. Pois bem. A questão posta é simples e lógica: os proprietários que atendem aos requisitos da lei federal podem aderir ao programa, que tem como instrumentos o CAR, o Termo de Compromisso, o Projeto de Recomposição de Áreas Degradadas e/ ou Alteradas (Prad), e a Compensação de Reserva Ambiental. Dessa forma, o primeiro passo é a inscrição no CAR, cabendo a ressalva de que ela é obrigatória a todos os produtores do Brasil, enquanto a adesão ao PRA é um direito e facultativo. Com a formalização junto ao Instituto Ambiental do Paraná (IAP), caberá ao referido órgão convocar o produtor para a assinatura do Termo de Compromisso, importante instrumento para a suspensão das sanções decorrentes das infrações ambientais cometidas antes de 22 de julho de 2008, multas estas que serão consideradas convertidas em serviços de preservação, melhoria e recuperação da qualidade do meio ambiente, com a consequente regularização dos usos consolidados. Visando dar continuidade à regularização ambiental, no início deste
ano de 2017, houve a publicação da chamada Política Nacional de Recuperação da Vegetação Nativa (Decreto nº 8.972/2017) responsável por instituir e dispor sobre seus objetivos e diretrizes, além de estabelecer seus instrumentos, apresentando os seguintes objetivos: (i) articular, integrar e promover políticas, programas e ações indutoras da recuperação de florestas e demais formas de vegetação nativa; e (ii) impulsionar a regularização ambiental das propriedades rurais brasileiras. Ao aderir ao programa o acesso ao crédito rural é garantido, já que o PRA será cada vez mais exigido pelas instituições financeiras e também será possível dar continuidade a atividades econômicas, como ecoturismo, turismo rural e atividade agrossilvipastoril, em áreas de preservação permanente (APP), devendo preservar ou restaurar apenas uma faixa próxima ao curso d’água (estabelecida pela Lei 12.651/12). Ao certo é que a regularização das propriedades, na prática, demandará a efetiva recomposição das áreas com o acompanhamento do órgão ambiental, sendo que o detalhamento das obrigações e dos direitos conquistados com o Código Florestal impõe necessária cautela e análise jurídica dessas situações no caso concreto. REVISTA DO PRODUTOR RURAL DO PARANÁ
59
SINDICATO
ANUIDADE VENCE DIA 20 DE MARÇO Boletos começaram a ser distribuídos no dia 23 de fevereiro
O
s associados do Sindicato Rural de Guarapuava já receberam o boleto da anuidade sindical 2017. O valor é de R$ 180,00 e pode ser pago em qualquer agência bancária, casas lotéricas ou ainda por meio de transferência eletrônica para conta do Banco do Brasil (BB nº 001 Ag. 0299-2 c/c 80111-9) ou Sicredi (Sicredi nº 748 Ag. 703 c/c 2133-4) até a data de vencimento. Após o dia 20 de março, o pagamento poderá ser feito somente no Sicredi ou Sindicato Rural. O valor após o vencimento é R$ 200,00. É possível também quitar a anuidade na própria entidade. Caso queira receber o boleto por e-mail, favor solicitar através do financeiro@srgpuava.com.br
60
REVISTA DO PRODUTOR RURAL DO PARANÁ
BENEFÍCIOS Além de defender a classe produtora rural na esfera municipal, estadual e federal, o Sindicato Rural oferece serviços, cursos e treinamentos aos associados em Guarapuava e nas Extensões de Base em Candói e Cantagalo. Entre os serviços, destacam-se a emissão do Imposto Territorial Rural (ITR), emissão do Certificado de Cadastro de Imóvel Rural (CCIR), Ato Declaratório Ambiental (ADA), certidão negativa para o Instituto Ambiental do Paraná
(IAP) e Declaração de Aptidão para o PRONAF (DAP). No dia a dia, o Sindicato Rural tem outro papel de destaque, realizando a gestão das folhas de pagamento das propriedades rurais de associados e ainda, assessoria jurídica voltada para questões trabalhistas e previdenciárias. A entidade também oferece aos associados palestras técnicas, com o objetivo de difundir informações que ajudem os produtores a fortalecer seu negócio, seja na rentabilidade ou na tecnologia. Além disso, outro importante meio de informação que o sindicato oferece é a Revista do Produtor Rural do Paraná (publicação bimestral do sindicato, abordando temas da agropecuária). Destaca-se também o projeto Identidade Sindical. Com a carteirinha de sócio, o produtor rural tem descontos em produtos e serviços junto a diversas empresas de Guarapuava, Candói e Cantagalo. O Sindicato também conta com a parceria do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar-PR), que visa promover a formação profissional e a promoção social dos trabalhadores rurais e seus familiares, propiciando o ingresso e a permanência no mercado de trabalho, além do aumento da renda, a qualidade de vida e a cidadania do homem do campo.
SOJA
IHARA LANÇA O APPROVE, FUNGICIDA PARA O COMBATE DA FERRUGEM ASIÁTICA NA SOJA Resistente à chuva, o produto controla também doenças como o mofo branco, antracnose e mancha alvo, em culturas como soja, algodão, feijão, milho e tomate
A
IHARA, empresa de tecnologia em proteção de cultivos, lançou durante o Show Rural Coopavel 2017 o fungicida APPROVE. O produto, desenvolvido nos laboratórios da empresa, se destaca por ser indicado para o controle de um amplo espectro de doenças, em várias culturas, incluindo a proteção contra a ferrugem asiática na soja. O APPROVE desponta, também, como solução para o manejo de resistência da ferrugem asiática na cultura da soja, e de outras doenças como mofo branco, antracnose e mancha alvo, seja na soja ou em culturas como algodão, feijão, milho e tomate. Como fungicida protetor contra a ferrugem da soja, o APPROVE se destaca por apresentar resistência à chuva, “ao contrário de fungicidas protetores muitos utilizados, o que proporciona uma melhor proteção”, explica o gerente de Produtos da IHARA, Clayton Emanuel da Veiga. Além disso, ele res-
salta a importância de o agricultor ter um novo produto para manejo de resistência, essencial para manter os níveis de controle do fungo da ferrugem. Em testes de campo sob pressão da ferrugem asiática, as áreas tratadas com APPROVE obtiveram uma produtividade média de 57,5 sacas por hectares, 8,2 sacas a mais do que nas áreas onde o produto não foi utilizado. Já no caso do mofo branco, o uso de APPROVE resultou em uma produtividade média adicional de 8,5 sacas/hectare em relação às áreas sem o tratamento, onde a produtividade média foi de apenas 44 sacas. Com este lançamento, a IHARA ressalta cada vez mais sua preocupação com as necessidades do agricultor. “Investimos no desenvolvimento do APPROVE porque ele responde alguns dos desafios mais complexos do agricultor brasileiro atualmente, como a ferrugem asiática e outras doenças”, explica Clayton.
SOBRE A IHARA A IHARA atua desde 1965 no mercado e possui em seu portfólio mais de 60 produtos, como fungicidas, herbicidas, inseticidas e produtos especiais, para as mais diversas culturas. O trabalho da IHARA vai além de apenas levar produtos ao agricultor. A empresa auxilia o produtor rural a otimizar a produtividade com a maior qualidade possível e de forma sustentável.
REVISTA DO PRODUTOR RURAL DO PARANÁ
61
ACONTECEU
WORKSHOP COM FOCO EM ATENDIMENTO AO PÚBLICO
CRIATIVIDADE E OPORTUNIDADE EM TEMPOS DE CRISE No dia 8 de fevereiro, a Associação Comercial e Empresarial de Guarapuava (ACIG), com apoio da FACIAP (Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Estado do Paraná) e do Sindicato Rural de Guarapuava, realizou, no anfiteatro do sindicato, a palestra “Vencendo a Crise – Faça seu 2017 ser diferente”. O tema foi abordado por Clóvis Tavares, formado em Publicidade e Propaganda em São Paulo e especializado em marketing avançado pela State University of New York (EUA).
No dia 2 de fevereiro, a Agroboi, com apoio do Sindicato Rural de Guarapuava, promoveu um workshop com o tema: A melhor equipe vence o jogo, ministrado por Marco Antônio Gioso, cirurgião e professor de empreendedorismo e marketing da Universidade de São Paulo, a USP. Com mais de 30 anos de experiência, Marco Antônio Gioso trouxe para Guarapuava um trabalho de conscientização sobre a importância dos colaboradores para a empresa que fazem parte. Foram abordados temas como: conflitos internos, espírito de equipe, visão e valores, comprometimento, feedback, carreira, liderança e muitos outros pontos cruciais para o bom desenvolvimento da relação profissional entre todos os componentes de uma empresa: “percebemos que nossa equipe precisava de uma qualificação como esta e diante da possibilidade de trazer o Marco Antônio para Guarapuava, decidimos abrir o treinamento para outros profissionais que trabalham com atendimento, pois a cidade não tem nenhum curso como este”, pontuou Karen Kramer, da Agroboi.
CURSO EXCEL OPERACIONAL AVANÇADO Iniciaram, em fevereiro, as aulas do curso de Excel Operacional Avançado, com ênfase em Custos de Produção e Banco de Dados. A capacitação é uma parceria entre o Sindicato Rural de Guarapuava e o professor Roberto Zastavny. O módulo, que mescla conteúdo Intermediário com Avançado, visa uma gestão de informação mais eficiente, preparando os arquivos para serem tratados como banco de dados com relatórios gerenciais personalizados. Os interessados devem entrar em contato com o Sindicato Rural, pelo telefone (42) 3623-1115 ou com o professor Roberto, pelo telefone e whatsapp (42) 98816 7726.
RECITAL A Angel Som realizou no dia 16 de dezembro de 2016 um recital com seus alunos, no anfiteatro do Sindicato Rural. Vários estilos de música foram apresentados durante a noite. O objetivo foi mostrar aos familiares e amigos dos alunos o talento musical de cada um.
62
REVISTA DO PRODUTOR RURAL DO PARANÁ
MILHO
HÍBRIDOS BIOGENE PARA A SAFRA VERÃO – ALTO POTENCIAL PRODUTIVO PARA A REGIÃO DE GUARAPUAVA tiaGo HauaGGe Gerente de contas da bioGene Para o Pr
D
esde o final do ano de 2007, quando a marca BioGene® foi criada, ela vem contribuindo constantemente para o mercado de híbridos de milho com genética e tecnologia de ponta. A frase que acompanha a marca desde o princípio - Tecnologia ao seu alcance - ainda é uma realidade até os dias de hoje, disseminando tecnologias e potencial produtivo entre os produtores que utilizam os produtos da marca. Além da genética de ponta, a BioGene® também está levando ao mercado o que há de melhor na Biotecnologia para controle de insetos, resistência à herbicidas, tratamento industrial de sementes e tolerância as principais doenças da cultura do milho, através do uso de técnicas de marcadores moleculares. A associação de todas essas tecnologias conferem aos produtos da marca, alto potencial produtivo, esta-
bilidade e segurança de produção. A BioGene® possui uma grande estrutura de atendimento, com unidades de produção, pesquisa e centros de distribuição. Esta estrutura é capaz de atender às necessidades de um mercado cada vez mais exigente e competitivo, que busca um atendimento ágil e eficiente. Além disso, conta com uma completa rede de representantes e gerentes comerciais. Com o alto investimento em pesquisa e desenvolvimento, a BioGene® apresenta no seu portfólio de produtos opções de híbridos convencionais
e com a tecnologia Bt, adaptados para cada região. Os produtos marca BioGene têm alcançado ótimos resultados no campo, atestados pela confiança do produtor rural e aceitação deles no mercado. Para esta safra, os produtores poderão contar com um novo reforço para o portfólio de produtos e serviços da marca BioGene®, com o lançamento do BG7720VYHR, híbrido com excelente potencial produtivo para o plantio de milho verão na região. Os híbridos de milho marca BioGene®com a tecnologia Leptra®de proteção contra insetos são a associação das tecnologias Agrisure Viptera®, YieldGard®, Herculex®I, e Liberty Link®. No Brasil, a tecnologia Leptra® está disponível também em versão tolerante ao herbicida glifosato, contendo a tecnologia Roundup
REVISTA DO PRODUTOR RURAL DO PARANÁ
63
Ready™2 Milho. Devido ao seu amplo espectro, a tecnologia Leptra®é uma excelente escolha para aqueles agricultores que desejam mais segurança e rentabilidade nas suas lavouras, pois auxilia no controle das principais lagartas que atacam a cultura do milho. Além deste lançamento, destacamos também o híbrido BG7318YH , que já vem alcançando nas últimas safras excelentes resultados de performance no campo. Este material possui alto teto produtivo aliado à precocidade. Desde sua criação, todos os produtores que semeam o híbrido em suas lavouras, tem obtido sucesso na colheita. Aqui, na região de Guarapuava/PR, referência na produtividade de milho para o país, este é um dos híbridos que vem auxiliando para o aumento das médias de produtividade das propriedades.
Para conhecer mais sobre a BioGene e sua linha de produtos, acesse o site www.biogene.com.br e veja porque essa é a semente certa para seu negócio acontecer.
Agrisure® e AgrisureViptera® são marcas registradas utilizadas sob licença da Syngenta GroupCompany.A tecnologia Agrisure® incorporada nessas sementes é comercializada sob licença da Syngenta CropProtection AG.® YieldGard é marca registrada utilizada sob licença da Monsanto Company.Tecnologia de proteção contra insetos Herculex® desenvolvida pela Dow AgroSciences e Pioneer Hi-Bred.®Herculex e o logo HX são marcas registradas da Dow AgroSciences LLC.LibertyLink® e o logotipo são marcas registradas da Bayer.™RoundupReady é marca registrada utilizada sob licença da Monsanto Company.As marcas com®, ™ ou SM são marcas e marcas de serviço da DuPont, Pioneerou de seus respectivos titulares. © 2016PHII Programa de Boas Práticas Agrícolas: A utilização das tecnologias aqui contidas requer a adoção de boas práticas agrícolas para manter a suscetibilidade das pragas-alvo, prolongando a eficácia das tecnologias. Como boas práticas gerais recomenda-se a adoção de práticas de manejo de resistência e manejo integrado de pragas, como rotação de culturas, dessecação antecipada, tratamento de sementes, plantio de refúgio estruturado efetivo, controle de plantas daninhas e voluntárias e, se necessário, aplicação complementar de inseticidas. Para mais informações acesse www.boaspraticasagronomicas.com.br e veja o Guia de Uso de Produtos disponível em www.biogene.com.br. Março / 2014: Observou-se a redução na suscetibilidade e a resistência à proteína Cry1F (tecnologias Herculex® I e Optimum® Intrasect®) em populações de lagarta-do-cartucho-do-milho (Spodopterafrugiperda).Por favor, entre em contato com o Representante de Vendas de produtos marca BioGene® e informe-se sobre as Melhores Práticas no Manejo Integrado de Pragas.
64
REVISTA DO PRODUTOR RURAL DO PARANÁ
65
FARINHA
PESQUISA BUSCA MAIOR VIDA ÚTIL AOS ALIMENTOS INTEGRAIS O prazo de validade da farinha integral é de três meses. Após, a deterioração das gorduras encontradas nos cereais de inverno resulta em rancidez, causando o gosto desagradável dos alimentos à base de grãos integrais. Pesquisadores brasileiros estão trabalhando em parceria com belgas para obtenção de farinhas integrais com menor rancificação
A
retomada dos hábitos de alimentação saudável na população brasileira tem colocado os grãos integrais em destaque no cardápio. Segundo nutricionistas, integrais são alimentos íntegros em sua composição, ou seja, aqueles grãos e cereais que não passaram por um processo de refinamento. E, como a casca e a película não foram eliminadas, as fibras e os nutrientes são preservados, resultando em maior saciedade durante as refeições. Apesar de inúmeras vantagens, a aceitação dos produtos integrais derivados de cereais de inverno, como trigo, cevada, triticale, centeio e aveia, pode ser afetada pela rancificação da farinha, problema que pode ocorrer durante o armazenamento, no processamento ou no produto final. A farinha integral é produzida com os grãos inteiros, sem a retirada do gérmen que é rico em óleo. A degradação destes óleos (chamados de lipídios) é a principal causa da rancidez nos alimentos integrais, resultando em alterações indesejadas pelo consumidor.
66
REVISTA DO PRODUTOR RURAL DO PARANÁ
A primeira fase de degradação é chamada de rancidez ácida ou hidrolítica, na qual a enzima lipase atua sobre os lipídos, diminuindo as propriedades funcionais e afetando a qualidade do assamento dos produtos integrais. No momento seguinte, a enzima lipoxigenase começa a atuar, de forma espontânea e inevitável, causando a rancidez oxidativa. A oxidação dos alimentos é o impacto mais visível da degradação, resultando em alterações na cor (escurecimento), no sabor (gosto de “sabão”), no aroma (azedo) e na consistência (ranço, pegajoso), além de reduzir a qualidade nutricional dos produtos com a perda de vitaminas, especialmente a vitamina E. De acordo com a pesquisadora da Embrapa Trigo, Martha Miranda, o problema é recorrente na indústria de produtos integrais derivados de trigo, até então sem solução viável para o setor. O prazo de validade da farinha integral, por exemplo, é de três meses no Brasil, enquanto que a farinha de trigo branca ou refinada pode ficar até seis meses na prateleira. Isto porque a fari-
Juliano Luiz de Almeida FAPA: desenvolvendo metodologias para controle das atividades da lipase na obtenção de farinhas integrais com menor rancificação
nha branca mantém um nível mínimo de lipídios após o processo de moagem. “A aplicação de tratamentos térmicos nos grãos antes da moagem pode inativar a enzima lipase, estendendo o prazo de validade dos produtos integrais”, explica Martha. Durante um ano, o pesquisador da Fundação Agrária de Pesquisa Agropecuária (FAPA), Juliano Luiz de Almeida, esteve na Universidade Católica de Leuven, na Bélgica, desenvolvendo me-
todologias para controle das atividades da lipase na obtenção de farinhas integrais com menor rancificação. O alvo da pesquisa foi a rancidez ácida, como forma de minimizar a ação da oxidação nos alimentos integrais. No experimento desenvolvido na Europa, foram utilizados tratamentos térmicos, como vaporização e lavagem dos grãos de trigo e suas frações (farinha, farelo e farelinho) para avaliar o comportamento das enzimas. Além da lipase, também foram avaliadas as enzimas peroxidase, endoxilanase e alfa-milase (α-amilase). “O efeito do vapor na farinha integral a 100ºC durante 180 segundos, foi efetivo para inativar as três primeiras enzimas (lipase, peroxidase e endoxilanase) e parte da α-amilase, sem gelatinizar ou liquefazer o amido, isto é, sem risco de abatumar a farinha”, detalha Juliano de Almeida. Os resultados da pesquisa adquirem importância ainda maior no Brasil, onde as altas temperaturas do clima tropical favorecem a degradação das farinhas integrais durante o armazenamento e transporte a longas distâncias do moinho para a indústria. A
expectativa dos pesquisadores é que o problema seja percebido pela indústria de alimentos e pelos consumidores para a adoção de medidas mitigadoras. “Um produto com maior tempo de vida significa redução de custos para toda a cadeia produtiva, incentivando o consumo de alimentos mais saudáveis”, conclui Almeida. O artigo com os resultados da pesquisa está publicado no “Cereal Chemistry®”, um dos principais periódicos científicos do mundo na área de quími-
ca dos cereais, tendo sido listado como um dos artigos mais acessados na área de moagem. A próxima etapa da pesquisa visa estudos sobre a influência de genótipos brasileiros de trigo, triticale e centeio na redução da atividade lipase na rancificação das farinhas integrais. Colaboração Joseani M. Antunes Jornalista da Embrapa Trigo Registro Profissional MTb 9396/RS trigo.imprensa@embrapa.br
REVISTA DO PRODUTOR RURAL DO PARANÁ
67
TRIGO
ZONEAMENTO AGRÍCOLA O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – MAPA publicou a Portaria nº 245, de 26 de dezembro de 2016, aprovando o Zoneamento Agrícola da cultura do trigo, para o ano agrícola 2016/17 no estado do Paraná.
O
Zoneamento Agrícola indica a época mais adequada para a implantação da lavoura levando em consideração o período de menor risco climático. Permite a cada município identificar a melhor época de plantio para as culturas, nos diferentes tipos de solo e ciclo das cultivares ou híbridos. É uma importante ferramenta utilizada no PROAGRO, seguro e crédito rural. Ocorreram mudanças para a definição do ZARC da cultura do trigo. A EMBRAPA mudou a metodologia de avaliação de riscos para a cultura, utilizando critérios técnicos e visando tornar o ZARC mais flexível. O novo estudo de risco climático foi realizado para resolver alguns problemas identificados em safras passadas, dentre eles o subdimensionamento de riscos e pouca consideração com desigualdades regionais. Foram analisados dados sobre precipitação pluviométrica, eva-
68
REVISTA DO PRODUTOR RURAL DO PARANÁ
potranspiração potencial, ciclo e fases fenológicas das cultivares, coeficiente de cultura, reserva útil de água nos solos e riscos de geada. O novo estudo da EMBRAPA inclui os solos de tipo 1 (arenosos) como aptos para a cultura do trigo. Sendo que no zoneamento anterior eram considerados aptos somente os solos dos tipos 2 (textura média) e tipo 3 (argilosos). Apresenta também três cenários de riscos diferentes, baseado no percentual de risco de frustração da lavoura em cada decênio de plantio: 20%, 30% e 40%. Nos decênios indicados com 20% de risco, significa que o estudo determinou que a cada 10 safras é provável que ocorram duas frustrações, nos decênios indicados com 30% e 40%, a probabilidade é de 3 e 4 frustrações de safras a cada 10 anos, respectivamente. O período indicado para o plantio no Estado começa em 21 de março e se
estende até 10 de agosto. Cada município possui sua data limite para início e término de plantio, bem como níveis de riscos diferentes para cada data, conforme listado na portaria nº 245/2016. Os períodos de plantio e cultivares indicados para cada município podem ser observados no link: Zoneamento Agrícola de Risco Climático: www. agricultura.gov.br/politica-agricola/zoneamento-agricola/portarias-segmentadas-por-uf O trigo na safra 15/16 ocupou 1,086 milhão de hectares no Paraná, área 18,9% menor em relação à safra 14/15. A produção foi de 3,4 milhões de toneladas, sendo 1,6% maior que a safra anterior, segundo a CONAB. O Paraná manteve-se como maior produtor do cereal, sendo responsável por 50,6% da produção nacional.
Fonte: FAEP
CAR
POLÍTICA PARA DECLARAÇÃO AMBIENTAL DAS PROPRIEDADES RURAIS OFERECE BENEFÍCIOS ATÉ O FINAL DO ANO tAlitA BURBUlhAn
O
Cadastro Ambiental Rural (CAR), registro eletrônico obrigatório dos imóveis rurais do país, oferece benefícios para todos aqueles que se inscreverem até o dia 31 de dezembro de 2017, sendo que, após este prazo, facilidades, como as de acesso à financiamento e linhas de crédito, estarão suspensas aos imóveis faltosos com o cadastro. A identificação e integração de informações das propriedades, além de traçar um perfil do campo no Brasil, possibilita que a regularização ambiental seja feita de acordo com o novo Código Florestal, vigente desde 2012. Até o momento, 363.092 imóveis foram cadastrados no Paraná, o que equivale a cerca de 14,8 milhões de hectares e representa 96,52% da área passível de cadastro no estado, de acordo com o último boletim informativo do Serviço Florestal Brasileiro (SFB), órgão federal responsável pelo Sistema do CAR (SICAR). A responsabilidade pela gestão e homologação dos cadastros no estado é do Instituto Ambiental do Paraná (IAP). O informativo que o órgão emitiu após dois anos de CAR (referente ao período de 05/05/2014 até 30/04/2016) revelou a seguinte situação ambiental: 11,24% do território paranaense corresponde a floresta nativa, sem considerar as unidades de conservação de domínio público não contabilizadas no cadastramento; nas
Áreas de Preservação Permanente (APP) cadastradas foram constados déficit de cobertura florestal de 55,71%, assim, a área estimada para restauração seria na ordem de no mínimo 470 mil hectares; foram apontadas pelos(as) proprietários(as) de imóveis 165.178 nascentes e 1.585.708 ha de Reserva Legal. “A base de dados realizada pelo CAR é estratégica para a preservação das florestas e demais formas de vegetação nativa do Brasil”, informa Flávio Augustus Burbulhan, engenheiro agrônomo com mais de 30 anos de experiência em regularização ambiental, georreferenciamento e locação de obras, em Guarapuava e região. “O cadastramento é um ato de responsabilidade para com a própria propriedade, pois permite o planejamento ambiental e econômico do imóvel rural”, completa Burbulhan, proprietário da empresa de topografia Apoio Geomática. A partir do próximo ano, o cadastro poderá ser feito, porém, as áreas consolidadas (lavouras, pastagens e reflorestamentos) que invadam Preservações Permanentes deverão ser convertidas em área florestal. Essa e outras regalias, como a possibilidade de incluir Áreas de Preservação Permanentes na parte da Reserva Legal (RL) do imóvel, as facilidades para obtenção de licenciamento ambiental e a conversão de multas em ações para restauração flo-
Flávio Burbulhan, proprietário da Apoio Geomática
restal estarão vigente somente durante o ano de 2017. Além do mais, apenas com o cadastro em mãos será possível o(a) proprietário(a) aderir ao Programa de Regularização Ambiental (PRA), medida que visa a adequação dos imóveis rurais à legislação. O ideal é que o CAR seja feito em uma área georreferenciada nos moldes de certificação do INCRA, pois apesar de a reserva apresentada ser suficiente para dar entrada no processo, a sobreposição com propriedades vizinhas poderá acarretar problemas futuros.
Em março o Cadastro Ambiental Rural (CAR) tem desconto na Apoio Geomática OUTROS SERVIÇOS:
GEORREFERENCIAMENTO LOCAÇÃO DE OBRAS REGULARIZAÇÃO AMBIENTAL
Rua Getúlio Vargas, 99 | Guarapuava | PR | CEP 85012-270
Tels.: (42) 3035 - 3055 (42) 98823 - 9198
FLÁVIO BURBULHAN Eng. Agrônomo - Responsável técnico
flavio@apoiogeomatica.com.br www.apoiogeomatica.com.br REVISTA DO PRODUTOR RURAL DO PARANÁ facebook: ApoioGeomática
69
EMPREENDEDOR RURAL
CURSO ESTÁ COM INSCRIÇÕES ABERTAS NO SINDICATO RURAL
A
s inscrições para o Programa Empreendedor Rural (PER) 2017, do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), estão abertas no Sindicato Rural de Guarapuava. O Empreendedor Rural tem como principal objetivo oportunizar ao participante uma visão mais clara de seu papel na sociedade brasileira, para que ele possa melhorar a sua qualidade de vida e de sua família. O programa possui cinco fases – diagnóstico, planejamento estratégico, estudo de mercado, engenharia de projetos e avaliações e, em cada uma destas fases, são tratados módulos encadeados de forma a dar suporte teórico e prático aos produtores. Ao longo do ano, são 17 encontros, que acontecem uma vez por semana. Ao final, o participante realiza a partir dos conteúdos repassados, um trabalho prático dentro de sua propriedade. Além dos benefícios que este trabalho pode oferecer ao produtor rural participante, ele também pode concorrer ao concurso PER, que seleciona 10 trabalhos do estado do Paraná e depois premia os três melhores. Podem participar do programa pessoas ligadas ao meio rural – proprietários ou arrendatários de terras, parceiros, suas famílias, trabalhadores rurais, prestadores de serviço para o meio rural e outras pessoas cujas atividades econômicas mantêm vínculo com o setor rural. Os interessados devem ligar no telefone (42) 3623-1115, falar com Joneri. O curso não tem custo e as datas serão definidas após o fechamento da turma.
70
REVISTA DO PRODUTOR RURAL DO PARANÁ
ÚLTIMOS CURSOS SENAR REALIZADOS EM GUARAPUAVA
Trabalhador na Operação e Manutenção de Tratores Agrícolas Norma Regulamentadora NR31.12 Data: 6 a 10 de fevereiro - Local: Fazenda Modelo Instrutor: Luiz Augusto Burei
Trabalhador na Segurança no Trabalho - NR 35 trabalho em altura – agroindústria Data: 8 e 9 de fevereiro - Local: Batatas Guará Instrutor: Daniel Giorno Nascimento
Trabalhador na Operação e Manutenção de Tratores Agrícolas (tratorista agrícola) - Norma Regulamentadora 31.12 Data: 20 a 24 de fevereiro - Local: Estação Pesquisa Pioneer Instrutor: Luiz Augusto Burei
TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO
OS DESAFIOS DA AGRICULTURA MODERNA! JeFeRSon lUÍS ReZende, Rtv
O
progressivo aumento da necessidade de combater pragas, plantas invasoras e doenças nas lavouras, cada vez mais presentes, tem aumentado a frequência de “erros pontuais” cometidos por recomendantes técnicos e agricultores, referentes a aplicação de defensivos no trato cultural das plantas, seja por combinações inadequadas de produtos no tanque ou pela falta de ajustes no pulverizador. Segundo o professor e pesquisador Sidnei Jadoski (UNICENTRO/PR), o principal evento ocorrido nos últimos anos em favorecimento da tecnologia de aplicação de defensivos foi o surgimento dos acompanhantes de calda (adjuvantes), sendo que se espera que um bom produto adjuvante quando acrescentado à calda possa facilitar a aplicação, garantir a eficiência do ativo em uso e reduzir riscos. Além disso, estes produtos visam essencialmente proteger os ativos que serão usados a campo e podem também eliminar gargalos operacionais significativos, como presença de espuma e borras. Além disso, muitos adjuvantes têm capacidade de ajudar a reduzir perdas pela ação do vento e de chuvas posteriores. No entanto, segundo o pesquisador, cerca de 80% dos produtos existentes no mercado, por agirem pontualmente em aspectos específicos e não em todo o processo de aplicação, que envolve
desde o preparo da calda até a absorção pelo alvo, ou mesmo por erro de posicionamento, mais prejudicam do que contribuem para que a pulverização seja de fato exitosa. Daí a importância de se conhecer o adjuvante que será utilizado para que ele tenha o efeito esperado. Ressalte-se que na mesma medida em que um adjuvante é mais específico, provavelmente, será menos flexível. Por exemplo: alguns são ótimos espalhantes. Isso está associado a duas situações perigosas: escorrimento pela presença de maior umidade relativa e amplificação da fitotoxidade por agredir a camada cerosa da planta. O Adjuvante Multifuncional TA35 possui características interessantes: é neutro, não interfere no pH da calda e é compatível com as principais moléculas em uso no mercado. É um produto amplamente testado pelas diversas instituições de pesquisas, o que o torna seguro para as diferentes missões existentes no campo. Os adjuvantes não são todos iguais e não possuem formulações genéricas. Por isso, cada um deles atua de maneira própria na calda de defensivos. A sinergia entre os ativos e os adjuvantes é fundamental para que a pulverização alcance o fim desejado: manter a lavoura livre dos inimigos que podem afetar a produtividade final.
A combinação Ponta (Bico) e Pressão/Velocidade Operacional/Adjuvante deve caminhar em sintonia para a melhor pulverização. “Universidade de Guelph - Canadá Sinergismo: 80% dos adjuvantes testados prejudicam o ativo, reduzindo efeito. Atuam em fatores isolados” “Um bom adjuvante deve melhorar a compatibilidade dos diferentes produtos e água + Evitando prejuízos ao ativo tendo como resultado o mais pleno espectro de ação a partir da composição da calda aplicada. – Prof. Jadoski”
A função do Adjuvante é proteger o potencial do ativoquímico ou biológico.
Prof. Sidney Osmar Jadoski/UNICENTRO-PR
REVISTA DO PRODUTOR RURAL DO PARANÁ
71
GASTRONOMIA
CURSO ABORDARÁ PREPARO DE CARNES E CHURRASCO
AGENDA DE CURSOS
MARÇO/2017
GESTÃO DE PESSOAS
Estão abertas as inscrições para o curso “Gestão de Pessoas – comunicação e técnicas de apresentação”, do SENAR-PR. Organizada pelo Sindicato Rural de Guarapuava, a capacitação vai ocorrer nos dias 28 e 29 de março, no sindicato. O curso é aberto a produtores e colaboradores de propriedades rurais.
MANEJO EM OVINOCULTURA DE CORTE
A
preciadores da arte de preparar carnes terão, no dia 17 de março, às 19 horas, oportunidade de ampliar seus conhecimentos: o Clube da Carne, de Curitiba, promoverá, no salão de festas do Sindicato Rural de Guarapuava, um curso de desossa e churrasco no estilo “Farm to Table”. O curso objetiva desvendar cortes nobres, como prime rib, bife ancho, bife de chorizo, Tbone, Porterhouse, bisteca fiorentina, steak, bombom de alcatra e costela de chão. De acordo com os organizadores, todos os cortes serão assados em fogo de chão. O proprietário do Clube da Carne destaca que a ocasião vai oportunizar aos participantes conhecer a anatomia bovina, descobrindo inclusive no-
72
REVISTA DO PRODUTOR RURAL DO PARANÁ
vos cortes. “O curso proporciona uma nova experiência gastronômica”, resumiu Gerson Almeida. Ele acrescentou que, além disso, os interessados perceberão que também o churrasco pode ser elevado à categoria de uma opção extremamente sofisticada. “É possível fazer um churrasco de altíssimo nível”, afirmou. As inscrições para o curso custam R$ 120,00 por pessoa, sendo R$ 90,00 para sócios do Sindicato. As vagas são limitadas. O Sindicato Rural fica na Rua Afonso Botelho, 58, bairro Trianon. Mais informações: 3623 1115. Outros cursos nessa área devem acontecer durante o ano. Interessados devem deixar o nome para organização de novas turmas.
Ovinocultores ou trabalhadores de propriedades de ovinocultura terão em março mais uma oportunidade de ampliar conhecimentos: o Sindicato Rural de Guarapuava e SENAR-PR realizarão, nos dias 30 e 31 de março, em Guarapuava, o curso “Trabalhador na Ovinocultura – manejo de ovinos de corte”. Podem participar criadores de ovinos e colaboradores de propriedades rurais de ovinocultura. As inscrições para esses cursos do Senar são gratuitas e devem ser feitas no Sindicato Rural de Guarapuava, na Rua Afonso Botelho, nº 58, no bairro Trianon. Mais informações com o mobilizador de cursos Joneri, no sindicato, pelo telefone: (42) 3623 1115.
REVISTA DO PRODUTOR RURAL DO PARANÁ
73
LAGARTA DA SOJA
ALIADO NA SOJA BT
N
as últimas safras o agricultor brasileiro de soja teve a sua disposição variedades transgênicas, com a presença da tecnologia Bt, que tem com proposta controlar lagartas que ataquem a lavoura. Ao se alimentar de uma planta da soja com a presença da tecnologia Bt, a lagarta entra em contato com as proteínas que matam os insetos após alguns dias, por interferirem em seu trato digestivo. Testes realizados nas últimas 3 safras, com uso de Premio® na soja Bt, identificaram diferenças de produtividade entre áreas tratadas com o produto quando comparado com áreas vizinhas, que não receberam aplicação de inseticidas para controlar lagartas.
POR QUE ISSO ACONTECE? O primeiro ponto importante que temos que analisar é que a tecnologia Bt, aplicada hoje nas variedades de soja, não possuem ação sobre algumas espécies de lagartas, em especial sobre o gênero Spodoptera. Portanto, se a lavoura de soja for atacada por lagartas deste gênero, ficará exposta aos danos causados por elas O segundo ponto a ser avaliado é que a morte das lagartas não ocorre de forma imediata, podendo demorar de 3 a 5 dias para ocorrer. Desta forma, as lagartas que permanecem por este período na planta podem ocasionar danos, principalmente se as plantas estiverem na fase da floração. Durante o tempo que ficam vivas na planta (3 a 5 dias), apesar de pequenas e na maioria das vezes imperceptíveis, as lagartas podem atacar as flores, podendo provocar o processo de abortamento da mesma. As flores são estruturas muito sensíveis e altamente suscetíveis. Qualquer ataque
74
REVISTA DO PRODUTOR RURAL DO PARANÁ
na estrutura da flor pode desencadear o abortamento da mesma. A aplicação de Premio® em R1, no início da floração, vai proteger a planta de soja em um dos períodos mais importantes para a cultura. Mais de 200 trabalhos foram realizados nas 3 últimas safras, os quais mostram que o produtor que não utiliza inseticidas para controle de lagartas na soja Bt está perdendo ao menos um saco de soja por hectare, podendo chegar em 8 sacos/ha em alguns casos.
LONGEVIDADE DA TECNOLOGIA Nos casos em que somente a tecnologia Bt é utilizada como ferramenta de controle de lagartas, apesar do bom controle, uma pequena quantidade de indivíduos, a princípio imperceptível para o agricultor, sobrevive. Esta população, com o passar das safras, se estabelece causando a resistência das lagartas à tecnologia. Isso já aconteceu com a tecnologia Bt na cultura do milho e muito provavelmente também acontecerá nas lavouras
de soja, se utilizarmos a tecnologia Bt como única ferramenta de controle de lagartas. Portanto, ao utilizar Premio® no início do florescimento, além de auxiliar no controle ao ataque de lagartas, o produtor está utilizando mais uma ferramenta de manejo, controlando os indivíduos sobreviventes à tecnologia Bt e ampliando a longevidade dessa tecnologia. Premio® é o maior aliado da soja Bt. Com seu residual longo e sistemicidade, o produto vai proteger a planta por um longo período contra um amplo espectro de lagartas (Anticarsia gemmatalis, Spodoptera eridania, Heliothis virescens, Helicoverpa sp. e Pseudoplusia includens). Premio® utilizado no R1 vai proporcionar melhores resultados para a lavoura de soja Bt, além de auxiliar no manejo de resistência contra as lagartas. Use Premio® na soja Bt. Cada flor mantida é importante para sua produtividade.
DUPONT PREMIO
®
TM
O GRANDE ALIADO DA SOJA Bt (“intacta”).
COM EFEITO SISTÊMICO E TRANSLAMINAR, ALIADO AO SEU RESIDUAL E ALTA POTÊNCIA INSETICIDA, PREMIO É ALTAMENTE EFICAZ NO CONTROLE DE LAGARTAS DURANTE UMA DAS FASES MAIS IMPORTANTES DO CICLO DA SOJA: A FLORAÇÃO.
Cada flor do seu campo de soja conta com a melhor tecnologia de manejo de lagartas
Amplo espectro de controle
Eficiente residual
Ação seletiva
USE PREMIO , PROTEJA CADA FLOR. ®
ATENÇÃO: Este produto é perigoso à saúde humana, animal e ao meio ambiente. Leia atentamente e siga rigorosamente as instruções contidas no rótulo, na bula e na receita. Utilize sempre os equipamentos de proteção individual. Nunca permita a utilização do produto por menores de idade. Consulte sempre um engenheiro agrônomo. Venda sob receituário agronômico. Produto de uso agrícola. Faça o Manejo Integrado de Pragas. Descarte corretamente as embalagens e restos do produto. As marcas com ®, ™ ou SM são marcas da DuPont ou de afiliadas. © 2017 DuPont.
REVISTA DO PRODUTOR RURAL DO PARANÁ
75
CHEF KIDS
CRIANÇAS COM A MÃO NA MASSA
N
os dias 16 e 17 de janeiro o Sindicato Rural de Guarapuava recebeu mais uma edição do curso Chef Kids, com Leila Pires. Quatorze crianças, com idades a partir dos 8 anos participaram dos dois dias do evento que ensinou a fazer hamburgueres e docinhos para festas. De acordo com a chef Leila, a escolha do menu do curso foi feita baseada em dois princípios bem simples: a segurança e a facilidade de manuseio pelos pequenos: “a gente visa primeiro a segurança deles, mas com a ideia de que eles possam fazer isso também dentro da casa deles, porque muitas vezes os pais proíbem de chegar perto de faca, de chegar perto de fogo e realmente é interessante essa preocupação. Porém é preciso que eles tenham um início na vida culinária e aqui eles tem essa experiência. Então eu faço receitas simples, que eles podem entrar na cozinha da casa e fazer sozinhos, apenas com um adulto supervisionando”.
76
REVISTA DO PRODUTOR RURAL DO PARANÁ
Outro aspecto abordado no curso foi a higiene. Antes de botar a mão na massa os pequenos receberam uma touca e instruções para lavar as mãos, tudo para evitar a contaminação dos alimentos: “pai e mãe sempre ensinam as normas de higiene para seus filhos, mas eles precisam aprender que toda vez que eles vêm pra cozinha, precisam estar com mãos limpas, unhas curtas e limpas, cabelos protegidos. A mesma roupa que estão brincando fora não pode ser usada na cozinha e não podem usar assessórios. Eles precisam vir preparados pra trabalhar”, pontuou Leila Pires. Além disso, a chef Leila também explicou aos pequenos a importância de manter os alimentos na temperatura correta e noções de armazenagem: “da forma como ensino a guardar a carne, tirar da geladeira, verificar temperatura, eles dominam a cozinha e entregam os sanduíches e outros alimentos prontos pra família”.
MASSEY FERGUSON é uma marca mundial da AGCO.
PROJETADAS PARA ACOMPANHAR A EVOLUÇÃO DO CAMPO. COLHEITADEIRAS AXIAIS Potências: 350 cv, 410 cv e 470 cv
Sistema de processamento Trident, melhor relação L/ton do mercado.
Sistema de limpeza multiestágios, 20% mais eficiente.
Maior velocidade de descarga do mercado 150 L/s (classes 7 e 8).
Motores com menor consumo: 8,4 e 9,8 L (7 cilindros).
Maior rotor da categoria (3,56 m de comprimento).
Mais liberdade para gerenciar as operações da lavoura como, quando e onde quiser, conectando máquinas, serviços e tecnologias de precisão.
www.massey.com.br
masseyfergusonvideo
masseyfergusonglobal
GUARAPUAVA / PR - (42) 3624-6630 MANGUEIRINHA / PR - (46) 3243-1531 UNIÃO DA VITÓRIA / PR - (42) 3524-4315 PITANGA / PR - (42) 3646-1950 LARANJEIRAS DO SUL / PR - (42) 3635-1526 REVISTA DO PRODUTOR RURAL DO PARANÁ
77
MILHO, SOJA E FEIJÃO
Difundindo conhecimento técnico aprofundado sobre soja, milho e feijão, o Dia de Campo de Verão da Agrária se reafirmou como um dos melhores eventos técnicos do Paraná
DIA DE CAMPO DE VERÃO AGRÁRIA MOSTRA DESAFIOS E SOLUÇÕES DA TECNOLOGIA
S
oja, milho e feijão têm hoje potenciais produtivos inimagináveis há vinte anos. Ao longo deste tempo, novidades em cultivares, manejo e maquinário, além da agricultura de precisão, trouxeram estas culturas para um patamar tecnológico digno de um verdadeiro negócio empresarial, em que as decisões locais se orientam pelo cenário global e pelo conhecimento das alternativas que devem ser aplicadas a cada caso e em cada momento. Surgiram então novas perguntas: o que fazer diante da influência do aquecimento do planeta na agricultura? Como realizar na prática o compromisso com plantios que preservem solo e água? Quais as exigências da indústria com relação à qua-
78
REVISTA DO PRODUTOR RURAL DO PARANÁ
lidade dos grãos? Como comercializar num ambiente marcado por instabilidade econômica dentro e fora do Brasil? Respostas para estas e outras questões, a Cooperativa Agrária, situada no distrito de Entre Rios, em Guarapuava (PR), buscou debater em mais uma edição de seu tradicional Dia de Campo de Verão. Realizado dias 15 e 16 de fevereiro, nos campos da Fundação Agrária de Pesquisa Agropecuária (FAPA), com cinco estações de pesquisadores da FAPA e estandes de 36 expositores, o evento mostrou porque, por mais um ano, se reafirmou como uma referência tecnológica em soja, milho e feijão, não só para os agricultores do centro-sul do Paraná, que adotam rotação
de culturas de verão e inverno, mas também para produtores ou profissionais do campo de outras regiões, que desejam se aprofundar nos desafios e nas soluções da pesquisa para aquela modalidade de agricultura. Atenta à evolução das tecnologias e à situação do agronegócio no mundo, a cooperativa definiu uma programação que abrangeu os principais desafios da produção agrícola atual: da preservação do meio ambiente ao mercado internacional de commodites agrícolas, passando pela necessidade do produtor relembrar e aprender novas técnicas de plantio, colheita e manejo de doenças da lavoura. O formato já consagrado da programação foi no entanto manti-
Arnaldo Stock, diretor financeiro da Agrária
do: de manhã e à tarde, palestras simultâneas do pesquisadores da FAPA; nos intervalos, apresentações de palestrantes convidados ou tempo livre para a visitação aos estandes dos expositores. A abertura oficial ocorreu na manhã do dia 15 de fevereiro. O diretor financeiro da Agrária, Arnaldo Stock, saudou os participantes e as autoridades presentes, como o secretário de Estado da Agricultura, Norberto Ortigara, e a secretária do Prosolo Paraná (Programa Integrado de Conservação de Solo e Água do Paraná), Débora Grimm. Ortigara destacou, entre outros assuntos, a importância dos recursos naturais para a agropecuária e enfatizou que a secretaria busca que haja uma conscientização de todos os agricultores do Estado sobre esta questão. Na sequência, a secretária do Prosolo apresentou as linhas gerais do projeto (A REVISTA DO PRODUTOR RURAL traz entrevista com Débora Grimm na matéria principal desta edição). À tarde, a palestra de destaque na programação enfocou o clima. Rodrigo Ferreira (Agrária) explicou o que são os fenômenos El Niño e La Niña e esclareceu porque o La Niña que se encerra trouxe chuvas que, para muitos produtores, pareceram maiores do que o esperado. No segundo dia do evento, Marcos Rubin, consultor e sócio da Agroconsult, expôs o cenário de soja e milho. À tarde, a palestra ficou por conta de Marco B. Almeida, engenheiro civil e comentarista da Rádio T, enfocando virtudes necessárias para o êxito em vários aspectos da vida.
Norberto Ortigara, secretário de Estado da Agricultura
Débora Grimm, secretária do Prosolo Paraná
PALESTRANTES CONVIDADOS RODRIGO FERREIRA - Assistência Técnica da Agrária
METEOROLOGIA “Estamos encerrando o fenômeno de La Niña. Praticamente até o final do mês de fevereiro a gente teria condições de neutralidade começando a reger todos os nossos regimes de clima. Na neutralidade, temos uma forte influência de outros fenômenos. Frente fria é um deles. Temos uma conformação, no Oceano Atlântico, que hoje favorece a organização dessas frentes frias e permite que elas avancem mais adentro do Brasil, atingindo regiões como Centro-Oeste e o Sudeste também. Em termos de chuva, de temperatura, esperamos que esta nova conformação mantenha as médias de precipitação dentro da normal climatológica. Não se espera nada de frio muito cedo, que era uma preocupação de muitos produtores, principalmente na região que planta feijão”. MARCOS RUBIN - Consultor e sócio da Agroconsult
PERSPECTIVAS PARA O MERCADO AGRÍCOLA “A principal mensagem aos produtores é que estamos diante de uma grande safra, tanto de soja quanto de milho. Existem alguns problemas no campo relacionados à colheita. Algumas regiões ainda não definiram completamente a safra, no Brasil. Mas de maneira geral vai ser uma boa safra, um volume grande de soja e de milho. Os produtores devem ficar atentos a isso. Apesar dos preços internacionais ainda estarem bons, mesmo diante de uma safra recorde, o câmbio não tem contribuído para os preços. Realmente é uma mudança de patamar de preços, se compararmos, por exemplo, com essa mesma época do ano passado. Não vai ser fácil negociar a soja pelo menos nos patamares de preço que os produtores almejavam nos últimos meses”. MARCELO B. ALMEIDA - Engenheiro civil e comentarista do
programa de rádio T-News
UM PEQUENO TRATADO DE GRANDES VIRTUDES “O que são as virtudes cardeais? É a pessoa ter prudência, temperança, coragem. O que é virtude? É esse poder de agir. A palestra é um cutucão nas pessoas para tentarem acreditar que podem ser diferentes, que dar amor é dar para o outro, não é receber. Saber fechar ciclos. Isso é uma virtude. Acaba o primeiro namoro, acaba a escola, acaba a vida. Acho que as pessoas vivem assim sempre querendo chegar, mas não vivem o momento. É muito mais legal a existência, essa grande travessia da vida, do que o destino. O meio é mais legal do que o final. É muito fácil você ser diferente. Só que você tem de ser virtuoso. Bater no peito e dizer: ‘Eu sei o que eu quero’. Você tem de ter educação, hábito, memória, para agir”. REVISTA DO PRODUTOR RURAL DO PARANÁ
79
Avaliando o Dia de Campo, Arnaldo Stock considerou positiva a presença de um público de cerca de 1,9 mil pessoas e ressaltou o papel do evento: “É sempre muito importante para mostrar aos nossos cooperados, e também aos agricultores da região, o que existe de mais moderno em termos de tecnologia agrícola. Da mesma forma, é sempre interessante a participação dos nossos parceiros, clien-
tes e fornecedores, no sentido de que possibilita à Agrária mostrar tudo o que é realizado aqui, em termos de pesquisa, inovação e resultados a campo”. Ele enfatizou que os pesquisadores e palestrantes convidados contribuem para a difusão de conhecimentos: “Tivemos também boas palestras, de convidados, com grande público, e também as importantes palestras dos nossos pesquisadores da FAPA, que
nesses eventos divulgam os resultados do seu trabalho. São informações muito relevantes para os agrônomos e também para os agricultores”. Editada pelo Sindicato Rural de Guarapuava, um dos apoiadores do Dia de Campo, a REVISTA DO PRODUTOR RURAL mais uma vez acompanhou o evento e traz algumas das principais informações.
ESTAÇÕES DA FAPA Noemir Antoniazzi – FAPA Eduardo Stefani Pagliosa – FAPA
MANEJO PARA A CULTURA DO FEIJOEIRO “Não queremos de forma nenhuma concorrer com a soja. Mas a melhor época para se plantar feijão, na minha concepção, é aquele plantio de dezembro, ou seja, após o trigo mais tardio, quando a soja (semeada depois daquela cultura de inverno) já perde um pouco do potencial de produtividade. Aí, o feijão entra como uma excelente opção para o produtor ter uma boa rentabilidade – equivalente à soja, ou às vezes, dependendo do preço, até melhor. Claro: sempre falo que o produtor de feijão tem de plantar todo ano um percentual de área”. (Noemir Antoniazzi)
Juliano Almeida – FAPA Celso Wobeto – FAPA
EFEITO DO ARRANJO ESPACIAL NO RENDIMENTO DE GRÃOS E OUTRAS VARIÁVEIS NA CULTURA DO MILHO / ROTAÇÃO DE CULTURAS COM DIFERENTES PARTICIPAÇÕES DO MILHO “A principal mensagem que estou trazendo é a comparação entre os sistemas de rotação de cultura e a monocultura. Na rotação, estou mostrando resultados de participação do milho de 25%, 33%, 50% e 100%, que é um tratamento testemunha. Existe uma resposta positiva em produtividade de cevada, canola e soja quando você faz rotação. No resultado deste experimento, que já tem 16 anos, foi comprovado que os sistemas de rotação de 33% e 50% têm sido os dois melhores quando a gente pensa em produtividade de cevada, canola e soja”. (Juliano Almeida)
Alfredo Stoetzer – FAPA Paulo Alba – FAPA
IMPACTO DO ARRANJO ESPACIAL DE PLANTAS E A PRESERVAÇÃO DO STAND EM SOJA E MILHO “Em parceria com o departamento de Entomologia da FAPA, estamos levando ao produtor a importância de manter um stand de qualidade. Sem perdas por ataque de pragas ou por uso inadequado da máquina. Isso vai acarretar que, lá no final do ciclo da cultura, o produtor terá maior quantidade de plantas, mais homogeneidade nessas plantas, um melhor perfil de produtividade. Antes de começar o plantio de uma safra, o produtor tem que fazer regulagens adequadas. A regulagem das máquinas é o primeiro passo”. (Paulo José Alba)
80
REVISTA DO PRODUTOR RURAL DO PARANÁ
Heraldo Rosa Feksa – FAPA Cristiane Gonçalves Gardiano – FAPA
ESTRATÉGIAS DE CONTROLE DE DOENÇAS EM SOJA “Mostramos uma retrospectiva da ocorrência de ferrugem nos últimos anos. Este ano, a doença entrou um pouco mais tarde. Depois, a sua curva de progresso cresceu praticamente vertical, nessas sojas plantadas a partir do dia 20 de novembro. Produtos que davam 21 dias de residual foram para 18 dias e os que davam 18 foram para 15. Nos plantios de setembro e outubro, a ocorrência da ferrugem retardou. A evolução foi baixa, os residuais foram longos”. (Heraldo Rosa Feksa)
Sandra Mara Vieira Fontoura – FAPA Vitor Spader - FAPA Everton Ivan Makuch - FAPA
ADUBAÇÃO DE CULTIVARES E SOJA CONVENCIONAL “Trouxemos um assunto bem atual, que é a resposta das cultivares de soja à adubação. Separamos duas situações, que são solos de fertilidade corrigida, onde posso – em vez de adubar a cultura da soja – adubar o sistema, inverno mais soja; e solos de fertilidade baixa, que ainda preciso corrigir, onde preciso adubar a cultura de inverno e fazer uma adubação na soja. Em função da resposta da soja à adubação, insistimos para que – se o solo ainda não for bom – se faça essa adubação na cultura da soja também”. (Sandra Mara Vieira Fontoura) “O tema que trouxemos este ano é o da soja convencional. Qual o objetivo disso? Buscar nichos de mercado, no mundo, principalmente na Europa, que estão dispostos a pagar mais para ter acesso a grãos de soja sem transformação genética. A gente trouxe esse assunto porque os produtores hoje não estão mais habituados a trabalhar com convencional. A realidade hoje é totalmente diferente. Temos cultivares convencionais tão produtivas quanto as transgênicas, eventualmente até superiores”. (Vitor Spader)
Empresas: difusão de tecnologia em sementes e insumos REVISTA DO PRODUTOR RURAL DO PARANÁ
81
DIA DE CAMPO DE VERÃO AGRÁRIA
Didier André Sentone e Paulo Henrique Fialho (Rhal)
Daniel Cunha e Damião de Veras (Agroceres)
Paulo Frederico, Vivaldino Gaspar, Vinicius Ducat, Pedro Santandrea, Gustavo de Castro Silva e Talles Batistão (Dow Agrosciences)
Murilo Cacheffo (Brasmax)
Marcos Zanette, Mateus Chaves e Luiz Claudio Hahn (Arysta)
REVISTA DO PRODUTOR RURAL DO PARANÁ
Cleverson Stadler (Deragro), Sergio Rovedo e Richard Mello (Pioneer), Maycon Lima (Deragro), Cyrano Yasbek (Pioneer), Fábio Dibas (Deragro) e Marcelo Mayer (Pioneer)
Eduardo Silveira (Calponta)
Rogério Lima (Mosaic)
Victor Sekine, Bruno Neves Batista, Renato Amaro Figueiredo, Lais Zavoiski, Ana Caroline Vaz, Jeferson Rezende, Larissa Moreira e Mauricio Genghini (Inquima)
Matheus Monteiro, Carlos Silva, André Laidane, John Abreu e Roberto Sattler (Yara)
82
Alexandre Almeida e Alexandre Daniel Sbardelotto (TMG) Dessbesell (Monsanto)
Julien Witzel, Luciano Donna, Marcelo Ferri, Thiago Moya e Tais da Silva (Bayer)
Everton Santos (Adama)
Ralf Udo Dengler e Milton Dalbosco (Fundação Meridional)
Stevan Sikora (UPL)
Valério de Col (Morgan)
PROFISSIONAIS EM DESTAQUE
Junior Bahri e Rodrigo Davedovicz (Agroeste)
Pierre Paz e Tiago Hauagge (Biogene)
Juliana Andery, Luiz Felippe de Col, Marlon Tonon Alves, Natália Caroline (FMC)
Elielson Vasco e Luann Lopes (Ballagro)
Darlin Oliveira e Marciano Colet Bortolotto (Grap Agrocete)
Djalma Ribas e Rafael Rodrigues (Nidera)
Guilherme Nakao, Alessander Perosa, Gustavo Silva, Renato Almeida, Tiago Costa e Gustavo Radaelli (DuPont)
Eduardo Virmond, Regiane Ogliari, Juliano Woruby, Camila Fabiane, Alexandre Seitz e Ingrid Inglês (Oro Agri)
Lincom Koguishi, Ediney Furtado, Cleverson Proença, Leonardo Gomes, Adilson Minikowski, Rafael Andrade e Sebastião Silvestre (Syngenta)
Marcelo Krause e Roberto Cella (Dekalb)
Geyssica Reis, Anelise Roseira e Raquel Santos (Sindicato Rural de Guarapuava)
Saulo Milleo e Thamy Fernandes (Basf)
Maurício Meyer, Wellington Alvarenga, Bruno Baqueta Tonon, Rafael Perin, Renan Cândido, Élcio Marques (Nufarm) Estande Agrária
Eduardo Siega, Luiz Franquitto, Emerson Reis, Heverton Silva e Diogo Batista (Spraytec)
Também participou do evento è
Terra Rica REVISTA DO PRODUTOR RURAL DO PARANÁ
83
Com foco estritamente técnico, o Dia de Campo da Agrária, teve presença de 1,9 mil pessoas, entre produtores, profissionais e estudantes de cursos ligados à agropecuária
SINDICATO RURAL DE GUARAPUAVA E FAEP:
DESTAQUE NO DIA DE CAMPO DE VERÃO Mais uma vez, o Sindicato Rural de Guarapuava e o Sistema FAEP estiveram entre os apoiadores do Dia de Campo de Verão da Agrária. O sindicato divulgou seus serviços aos produtores rurais e o SENAR-PR apresentou seus cursos aos visitantes. Representou o sindicato, na ocasião, os vices presidentes Anton Gora e Josef Pfann Filho, os diretores João Arthur Barbosa Lima, Gibran Thives Araújo, Roberto Cunha e Alexandre Seitz; e o SENAR-PR, o supervisor regional para Guarapuava, Aparecido Grosse. O estande novamente se tornou um ponto de encontro de lideranças rurais, de agropecuaristas, parceiros comerciais, profissionais e estudantes de cursos ligados ao agronegócio. Um espaço de amizade e de troca de experiências. Houve ainda sorteio de alevinos e de três cestas de produtos importados entre os associados que assinaram a lista de presença.
84
REVISTA DO PRODUTOR RURAL DO PARANÁ
Josnei Augusto e Dirlei Manfio (SEAB); Arnaldo Stock (dir. financeiro da Agrária); Norberto Ortigara (Sec. Agr. do PR); Anton Gora (Sindicato Rural de Guarapuava); Jorge Karl (presidente da Agrária); Alberto Ciro Pedroso (chefe interino SEAB Guarapuava); Otamir Cesar Martins (diretor-geral da SEAB)
SORTEIO DAS CESTAS
O produtor Estefano Remlinger recebeu sua cesta das mãos de Gibran Thives Araújo, diretor do Sindicato Rural
O produtor Horst Schwarz foi um dos ganhadores da cesta de presentes
O produtor Walter Knaf, que compareceu ao Dia de Campo, recebeu sua cesta no sindicato, das mãos da gerente da entidade, Luciana Q. Bren
O Dia de Campo de Verão 2017 da Agrária contou com o patrocínio de DuPont/Pioneer (patrocinador diamante), ORO AGRI (patrocinador ouro), Dow Agrosciences (patrocinador prata), IHARA, Sindicato Rural de Guarapuava e FAEP (patrocinadores bronze)
REVISTA DO PRODUTOR RURAL DO PARANÁ
85
CRIOULAÇO
No CTG Fogo de Chão, IV Crioulaço superou expectativas, atraindo laçadores de Guarapuava e de várias cidades do Paraná
CRIOULISTAS ENCERRAM 2016 NA EMOÇÃO DO LAÇO
S
e a virada de ano é motivo de alegria, com as festas de Natal e Reveillon, para os crioulistas de Guarapuava e região a passagem de 2016 para 2017 trouxe ainda mais motivos para emoção: de 16 a 18 de dezembro, no Parque de Rodeios do CTG Fogo de Chão (PR 170), eles se reuniram no IV Crioulaço. Com provas de laço em dupla e individuais, seguindo o regulamento da Associação Brasileira de Criadores de Cavalo Crioulo (ABCCC), contando com a presença do técnico Gustavo Arhanitsch, a programação foi realizada pelo Núcleo de Criadores de Cavalo Crioulo de Guarapuava (NCCCG) e por cabanhas de criadores de cavalos crioulos: Atalaia (Paulo Pacheco), Cabreúva (Paulo Roberto Cunha), Ilha Velha (Heiko Egles, pres. do NCCCG) e Juquiá (Sérgio Alves Teixeira). O Sindicato Rural de Guarapuava esteve entre os apoiadores.
86
REVISTA DO PRODUTOR RURAL DO PARANÁ
As provas começaram na tarde de sexta-feira (16), com a concentração para marcação de cavalos inteiros. Na sequência, começou o Laço Crioulo (individual), que se estendeu durante o sábado (17). A prova ofereceu premiação para 10, oito e seis armadas. Nesta etapa, conforme publicou a Associação Brasileira de Criadores de Cavalo Crioulo (ABCCC), foram vencedores (laçadores e animais): 1º lugar, Luiz Flávio Lacerda (Iemanjá Onça); 2º lugar, Alexandre Cruz (STC Nego Buja); e 3º lugar, Sérgio Alves Teixeira (Juquiá Nhapindá). Domingo, o evento trouxe as provas do Laço das Marcas das Cabanhas Promotoras (aberto a todos os laçadores) e Laço Proprietário de Cavalo de Marca das Cabanhas Promotoras (para proprietário, filhos ou cônjuge de proprietário). Logo após, teve lugar o IV Crioulaço. De acordo com a ABCCC, as duplas
vencedoras foram: 1º lugar, Lucas Sabá (De Ja Hoje de São Carlos) e Wagner Newmann (Deacavalo do Juquiá); 2º lugar, Rogério Dalgallo (Ametista Isandré) e Renato Dalgallo (Buenaço da Anunciação); e 3º lugar, Rayan Ribas (OK Escorpião) e Alan Delon Ribas (Jangada do Rio das Pedras). Em entrevista, o crioulista Paulo Pacheco (Cabanha Atalaia) disse que o evento foi um dos maiores da modalidade do Paraná e que, por isso, superou as expectativas. Com a presença de cerca de 300 animais da raça crioula, as provas atraíram laçadores de Guarapuava e de outros municípios paranaenses, como Palmas, Candói, Laranjeiras do Sul, Ponta Grossa, Ipiranga, Manoel Ribas, Cantagalo, além da cidade catarinense de Água Doce. Também o nível das competições, como comentou, seguiu melhorando:
Foto: Luiz Flávio Lacerda
UTILIZAÇÃO DO CAVALO NA LIDA COM BOVINOS INSPIROU PROVAS DE LAÇO
A utilização do cavalo para a lida com as boiadas, em tarefas como laçar, apartar e conduzir, inspiraram as provas de laço de hoje em dia. De acordo com a ABCCC, o Tiro de Laço é “a simulação do trabalho realizado no campo quando é preciso imobilizar um bovino para marcá-lo ou tratá-lo”. A associação assinala que esta prova, tradicional no Rio Grande do Sul, existe há mais de 50 anos e atualmente é disputada em praticamente todos os estados do Brasil. Em 1992, a ABCCC oficializou a competição, que passou a ser chamada de Crioulaço. São quatro etapas classificatórias: duas no Rio Grande do Sul e as demais em diferentes pontos do país. De cada etapa, 10 duplas por classificatória e nove duplas de criadores poderão se classificar para a Grande Final, que acontece junto à programação do cavalo crioulo na Expointer, em Esteio (RS). Em Guarapuava, os crioulistas estão reunidos em torno do Núcleo de Criadores de Cavalo Crioulo de Guarapuava (NCCCG), tendo como atual presidente Heiko Egles. (Com informações da ABCCC)
Sérgio Alves Teixeira (Juquiá Nhapindá)
“A gente faz uma prova de laço que classifica para a Força A, B e C, com seis, oito ou 10 armadas. Podemos ter um parâmetro pela quantidade de laçadores que se classificou, por exemplo, com o índice de 10 armadas”, explicou, estimando o total em cerca de 20. Produtor rural em Guarapuava e criador de equinos da raça crioula desde 1995, Pacheco aponta como principal característica deste tipo de cavalo a docilidade. “É um animal para montaria, para trabalho, para passeio e, no meu ponto de vista , perfeito para as provas de laço”, opinou.
Paulo Pacheco, de uma das cabanhas que realizaram o Crioulaço com o NCCCG
APOIARAM O IV CRIOULAÇO DE GUARAPUAVA (PR) – 2016: • Cabanha Chico Ribas Amizade: marca tradicional do encontro entre apreciadores do laço e da raça crioula
(João Francisco Abreu Ribas)
• Correaria Machado • Nene Siqueira
• Pedro Ramos • Sicredi • Sindicato Rural de Guarapuava
REVISTA DO PRODUTOR RURAL DO PARANÁ
87
NCCCG
EXPOCRIOULO DE VERÃO: TRADIÇÃO EM QUALIDADE
A
tradição e a qualidade do cavalo crioulo de Guarapuava esteve mais uma vez em destaque no início deste ano: o Núcleo de Criadores de Cavalo Crioulo (NCCCG), com apoio da Associação Brasileira de Criadores de Cavalo Crioulo (ABCCC), realizou, de 16 a 18 de fevereiro, no Parque de Exposições Lacerda Werneck, a 6ª Expocrioulo de Verão. O evento contou com patrocínio da Agrária, Sociedade Rural de Guarapuava e Sindicato Rural de Guarapuava. Reunindo crioulistas guarapuavanos e das regiões de Curitiba, Pato Branco, Ponta Grossa, Mafra, Chapecó, entre outras, a Expocrioulo deu um panorama da raça e serviu como parâmetro tanto para os criadores já tradicionais quanto para os que estão começando ou gostariam de iniciar na atividade. Na pista, ao lado do julgamento morfológico, sempre acompanhado com expectativa pelos criadores, a categoria “Incentivo”, como diz o nome, teve por objetivo balizar quem busca obter equinos com as características típicas da raça crioula. De acordo com o vice-presidente do NCCCG, Marcelo Cunha, outro detalhe chamou a atenção: “O que nos impressionou foi a quantidade de éguas com cria ao pé. É uma categoria que nem sempre tem uma quantidade grande de animais, mas nesta edição teve um número bas-
Marcelo Cunha (vice-pres. do NCCCG)
88
REVISTA DO PRODUTOR RURAL DO PARANÁ
Animais de alto nível foram o destaque do evento, de 16 a 18 de fevereiro no Parque Lacerda Werneck, em Guarapuava
tante significativo”, destacou. A programação começou dia 16 com a Revisão Coletiva. No dia 17, Concentração de Machos, Admissão de Animais, Julgamento Morfológico, Jantar de Confraternização e Leilão de Coberturas. No dia 18, continuação do Julgamento Morfológico (Grande Campeonato), almoço, Jurado Jovem e Café Colonial Beneficente. A premiação do evento ofereceu uma moto 0 km para o criador do Melhor Exemplar da Raça, além de uma TV para o Grande Campeão(ã) e para o Melhor Exemplar Incentivo. Ao falar em nome da comissão organizadora liderada pelo presidente do NCCCG, Heiko Egles, Cunha, considerou positivo o evento. Reunindo segundo sua estimativa em torno de 43 cavalos marcados, além de outros 29 na categoria Incentivo, a Expocrioulo se confirmou, em sua avaliação, como uma exposição de alto nível. Ele assinalou que vários dos animais que passaram em pista “já tiveram premiações
Rafael F. Sant’anna (inspetor técnico da ABCCC)
muito importantes, em termos de morfologia, onde se apresentaram” e que outros “têm condições, hoje, de disputar qualquer exposição de nível nacional”. O julgamento morfológico, explicou, tem o objetivo de classificar os animais, porém acaba sendo ainda uma forma de transmitir aos criadores mais conhecimento sobre a raça. Isso
porque, acrescentou, os jurados fazem comentários técnicos sobre a conformação dos cavalos e justificam a decisão de classificar um ou outro exemplar crioulo: “O jurado é da associação (ABCCC), ao qual fazemos o convite (de participação); e ele comenta as categorias, explicando para o público que está assistindo”. A etapa, apontou, serve ainda para oportunizar aos criadores verificar se os seus plantéis estão dentro dos padrões que se espera da raça crioula, já que podem comparar seus animais com os dos outros participantes em pista. Cunha enalteceu a presença dos crioulistas e representantes da ABCCC e a do público em geral – “Agradeço principalmente aos criadores, porque sem eles não conseguiríamos promover este evento”, complementou. Com a missão de julgar crioulos de destaque, o jurado Marlus Arruda Silva (ABCCC) também conversou com a REVISTA DO PRODUTOR RURAL. “Encontramos um nível altíssimo. Principalmente animais jovens, espetaculares”, afirmou. Concordando com o vice-presidente do NCCCG, o jurado avaliou que muitos dos cavalos apresentados têm chances de chegar à Expointer. Outro representante da ABCCC, o inspetor técnico da entidade e respon-
sável pela oficialização do evento, Rafael Fagundes Sant´anna acompanhou a programação e se mostrou feliz. “A gente viu o pessoal investindo em qualidade, se dedicando, comprando animais realmente de um nível diferenciado, ou investindo em coberturas. São animais de genética e de boa correção de linhas, que é o que buscamos para a raça”, analisou. Quem também gostou da Expocrioulo foi um tradicional crioulista de Pato Branco: o psicoterauta Valmir Dallacosta, considerando Guarapuava como “o berço do cavalo crioulo”, disse que fez questão de participar mais uma vez. Conforme explicou, é uma forma de retribuir a amizade dos criadores guara-
RESULTADO DA 6ª EXPOCRIOULO DE VERÃO (GUARAPUAVA-PR) FÊMEAS
Grande Campeã e Campeã Potranca Maior Indiana do Imbuial, filha de Viragro Rio Tinto e Debochada do Imbuial; criador e expositor Evaldo Mendes Taborda, Cabanha Santa Luzia do Imbuial, Curitiba/PR Reservada Grande Campeã e Campeã Potranca Menor Camanga da Oca, filho de KT Sortilégio e Quinta-Essência da Oca; criador e expositor Oto Breier, Cabanha Oca, Mafra/SC 3ª Melhor Fêmea Kira do Ribeirão Bonito, filha de Viragro Rio Tinto e Mañanero Bordaleza; criador e expositor Arison Jung, Cabanha Ribeirão Bonito, Guarapuava/PR
Valmir Dallacosta, de Pato Branco
puavanos, que também comparecem a eventos do cavalo crioulo em sua região. “Aqui, a gente aprende muito”, observou. Dallacosta elogiou ainda o setor crioulista local: “Nós vemos que a cada ano está melhor, no sentido do acolhimento, da infraestrutura e da organização. Quando participamos de um evento fora de uma exposição-feira, a logística se torna mais tranquila, mais hospitaleira. Parte elétrica, água, banheiros, técnicos, acolhimento, os criadores – estamos muito satisfeitos”, resumiu.
Marlus Arruda Silva (jurado, ABCCC)
4ª Melhor Fêmea Muchas Gracias do Rio das Pedras, filha de Estribero Simpatia e Iemanjá da Vila Velha; criadores e expositores Marcelo Cunha e Esmael Cadore, Fazenda Rio das Pedras, Guarapuava/PR
MACHOS
Grande Campeão e Campeão Potranco Menor King do Ribeirão Bonito, filho de Calfião Pandillero e Honraria de Santa Edwiges; criador Arison Jung, Cabanha Ribeirão Bonito, Guarapuava/PR Reservado Grande Campeão e Campeão Cavalo Menor Bem Casado da Castanea, filho de JLS Juramento e Casamenteira de Santa Edwiges; criador Fernando Ferrari e expositor Odirlei e Thadia Fernanda Branco, Chapecó/SC 3º Melhor Macho e Reservado Campeão Potranco Menor Descarado do Capão, filho de Rico da Lagoa Seca e Amarela Pampeira; criador Henrique Defaveri Abdalla e expositores Fazenda do Capão e Cabanha Chapéu, Guarapuava/PR
Criadores: expectativa no julgamento morfológico
4º Melhor Macho e Campeão Cavalo Adulto Juquiá Kaburé, filho de Olho Branco do Purunã e Negra Linda da Fascinação, criador Sérgio Alves Teixeira, expositor Paulo Roberto Faucz da Cunha, Cabanha Cabreúva, Ponta Grossa/PR ([Fonte: ABCCC] Resultado ainda não homologado pela ABCCC)
REVISTA DO PRODUTOR RURAL DO PARANÁ
89
PESQUISA
CUSTO DE PRODUÇÃO DE NOVILHO PRECOCE NO SISTEMA DE CONFINAMENTO COMO OPORTUNIDADE PARA AVALIAR A VIABILIDADE ECONÔMICA DESSA ATIVIDADE Roni Antonio GARciA dA SilvA: proFEssor do cUrso dE AdministrAção E pEsqUisAdor nA árEA dE EmprEEndEdorismo rUrAl nA UnicEntro. EmprEEndEdor rUrAl E consUltor Em AgronEgócios. AUtor do livro: AdministrAção rUrAl: tEoriA E práticA. 3ª Ed. EditorA jUrUá, 2013. Antonio coStA GomeS Filho: proFEssor do cUrso dE AdministrAção E pEsqUisAdor nA árEA dE EmprEEndEdorismo rUrAl nA UnicEntro. consUltor nA árEA dE diAgnóstico EmprEsAriAl, inovAção E coAching. AUtor do livro: qUAlidAdE E EmprEEndEdorismo Em UnidAdEs dE inFormAção: UmA propostA intEgrAdA. EditorA UnicEntro, 2004.
O
propósito desta pesquisa foi a determinação do custo de produção de novilho precoce em sistema de confinamento em uma propriedade agrícola, uma oportunidade para se proceder à análise econômica e financeira dessa atividade. Com esses dados, o pecuarista teve subsídios para tomada de decisões sobre a continuidade da atividade. Na operacionalização da pesquisa foi realizado o diagnóstico na unidade de produção da fazenda Alfa, identificando os principais aspectos relacionados com a atividade, tais como a determinação de custos das instalações, máquinas e equipamentos, volume e custos da alimentação, e cálculo do custo da recria dos novilhos. Levantou-se também o custo médio de aquisição dos bezerros desmamados. Quando o empresário rural necessita apurar o lucro de uma lavoura de soja, por exemplo, ele deve incluir as despesas diretas, os juros, seguro, as depreciações, o arrendamento e os impostos, no entanto, para certos fins, inclui-se no cálculo um número menor de itens, por exem-
plo, quando a empresa está operando aquém de sua capacidade, ao decidir se vale a pena aceitar novos pedidos, esta deverá considerar como custos apenas suas despesas diretas (SILVA, 2013). No entanto, a classificação completa dos custos envolve custos diretos e indiretos, custos fixos e variáveis, que são utilizados para cálculo de indicadores financeiros na análise de Projetos de Investimento. Os indicadores de análise de investimentos estão divididos em dois grandes grupos: indicadores associados à rentabilidade (ganho ou criação de riqueza) do projeto e indicadores associados ao risco do projeto. Na primeira categoria estão o Valor Presente Líquido (VPL), o Valor Presente Líquido Atualizado (VPLa), a Taxa Interna de Retorno (TIR), o Índice Benefício/Custo (IBC) e Retorno sobre Investimento Adicionado (ROIA). Na segunda categoria estão a Taxa Interna de Retorno (TIR), o Período de Recuperação do Investimento (Pay-Back) e o Ponto de Fisher (SOUZA & CLEMENTE, 2001). Quanto ao método da pesquisa, foi
classificada como exploratória, natureza descritiva, validada em um estudo de caso real. O material utilizado foram as planilhas elaboradas sob demanda, no programa Excell©. Os procedimentos envolveram: protocolo de aceitação do empreendedor rural e o fornecimento de informações por meio de entrevista com o mesmo. A empresa rural analisada está localizada no município de Candói, na região Centro-Oeste do Paraná, distante 324,2 km da capital do Paraná, cidade de Curitiba. A sede do município possui uma altitude de 950 m e sua área territorial é de 1.509,955 km2. O IDH-M do município é de 0,635, enquanto a média do Estado é de 0,749. O resultado final da pesquisa está resumido abaixo, o barracão é uma construção com estrutura de madeira de eucalipto, telhas de cimento amianto de 6 mm e tamanho 1m x 3,0m, com piso de concreto de 10 cm de espessura e com área de 710m2. A seguir está demonstrado todos os procedimentos para os cálculos efetuados:
TABELA 1 – CUSTO DO PISO DO CONFINAMENTO ESPECIFICAÇÕES Serviços de terraplanagem com o Trator Areia Pedra britada Cimento sacas com 50 kg Mão-de-obra SUBTOTAL
90
REVISTA DO PRODUTOR RURAL DO PARANÁ
UNIDADE
QUANTIDADE
Horas/Tr m3 m3 Scs. horas
8 70 70 70 550
VALOR/UD-R$ 120,00 105,00 55,00 28,50 10,00
VALOR TOTAL 960,00 7.350,00 4.550,00 1.995,00 5.500,00 20.355,00
TABELA 2 – COBERTURA DO CONFINAMENTO ESPECIFICAÇÕES Madeiramento de eucalipto Telhas de amianto 1,0 x 3,0 m Goivas de 1 m Pinos para fixar as telhas Terças de 4” x 6,0m Mão de obra
UNIDADE m3 ud ud ud ud m2
QUANTIDADE 100 240 60 960 60 710
VALOR/UD-R$ 50,00 65,00 45,00 1,00 105,00 13,00
VALOR TOTAL 5.000,00 15.600,00 2.700,00 960,00 6.300,00 9.230,00 39.790,00
SUBTOTAL TABELA 3 – CERCA DE ARAME LISO PARA VEDAR O CONFINAMENTO ESPECIFICAÇÕES
UNIDADE m ud ud ud m
Arame liso Palanques de eucalipto tratado Catracas para esticar o arame Balancins Mão de obra
QUANTIDADE 800 15 20 65 160
VALOR/UD-R$ 0,35 20,00 6,00 1,00 3,00
VALOR TOTAL 280,00 300,00 120,00 65,00 480,00 1.245,00
SUBTOTAL TABELA 4 – COCHOS E BEBEDOUROS UNIDADE QUANTIDADE
ESPECIFICAÇÕES Cochos para alimentação Bebedouros
ud ud
VALOR/UD-R$
60 6
150,00 200,00
VALOR TOTAL 9.000,00 1.200,00 10.200,00
SUBTOTAL TABELA 5 – CUSTO TOTAL DO BARRACÃO DO CONFINAMENTO
71.590,00
CUSTO TOTAL (1+2+3+4) TABELA 6 – CÁLCULO DO CUSTO DA PASTAGEM DE AZEVÉM PARA A RECRIA DOS BEZERROS EM 140 ha UNIDADE
QUANTIDADE
Semente de azevém importada
ESPECIFICAÇÕES
kg
5.600
8,00
44.800,00
Operação plantio
kg
28.000
1,50
42.000,00
Hora/Tr
140
45,49
6.368,60
Fertilizante 8-30-20
VALOR/UD-R$
VALOR TOTAL
93.168,60
SUBTOTAL *Custo para recriar 600 bezerros é = 93.168,60/600 = 155,28 por cabeça
TABELA 7 – CUSTO OPERACIONAL DO TRATOR VALTRA MODELO BL88 ANO DE 2004 ESPECIFICAÇÕES Consumo de óleo diesel Despesas de manutenção (filtros e lubrif.) Custo do Operador
UNIDADE
QUANTIDADE
litro % hora
10 25%/comb 1
VALOR/UD-R$
VALOR TOTAL
2,75
27,50 6,88 11,11
11,11
45,49
CUSTO HORÁRIO OPERACIONAL TABELA 8 – MEMÓRIA DE CÁLCULO DO CUSTO HORÁRIO DO OPERADOR ESPECIFICAÇÕES Salário Encargos sociais Horas trabalhadas
UNIDADE
QUANTIDADE
mês
13+1/3
%
0,2
mês
180
VALOR/UD-R$ 1.500,00
VALOR TOTAL 20.000,00 4.000,00
11,11
24.000,00
TABELA 9 – CUSTOS DE DIVERSOS EQUIPAMENTOS UTILIZADOS NO CONFINAMENTO UNIDADE
QUANTIDADE
Silos para armazenar a ração (2012)
ESPECIFICAÇÕES
ud
2
VALOR/UD-R$ 8.000,00
VALOR TOTAL 16.000,00
Distribuidor de esterco
ud
1
25.000,00
25.000,00
Distribuidor de ração
ud
1
25.000,00
25.000,00 66.000,00
TOTAL TABELA 10 - CUSTO DE DISTRIBUIÇÃO DA RAÇÃO AOS ANIMAIS ESPECIFICAÇÕES Distribuição com o Trator
UNIDADE
QUANTIDADE
Hora/Tr
270
VALOR/UD-R$ 45,49
VALOR TOTAL
CUSTO/BOI
12.282,30
20,47
*Custo do boi na hora de entrar no Confinamento = R$ 1.920,00
REVISTA DO PRODUTOR RURAL DO PARANÁ
91
TABELA 11 - CÁLCULO DOS CUSTOS FIXOS DAS INSTALAÇÕES, MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS EM R$ ESPECIFICAÇÕES
VALOR ATUAL
Trator Valtra 2 Silos
VALOR SUCATA
55.000,00 16.000,00
VIDA ÚTIL/
DEPRECIAÇÃO*
ANOS
A=(VA-VS/VU)
25.000,00 1.000,00
6 25
MANUT.
5.000,00 600,00
TAXAS USADAS
JUROS
2.750,00 320,00
6.400,00 1.360,00
MAN.
JURO
5% 2%
8% 8%
Distrib. Esterco
25.000,00
2.500,00
12
1.875,00
500,00
2.200,00
2%
8%
Distrib. Ração
25.000,00
2.500,00
12
1.875,00
500,00
2.200,00
2%
8%
192.590,00
3.000,00
22
2%
8%
Instalações TOTAIS
3.117,73
1.421,80
5.967,20
12.467,73
5.501,80
18.127,20
*A depreciação foi calculada pelo método Linear.
TABELA 12 - CUSTO DE OPORTUNIDADE DE USO DA TERRA (ÁREA DE PASTAGEM E DE SILAGEM) ESPECIFICAÇÕES
ÁREA-ha
UNIDADE
QUANTIDADE
140 140
scs-soja scs-soja
15 86.000
Arrendamento Valor da Terra
VALOR P/ CABEÇA
VALOR TOTAL (600 CABEÇAS)
1. Custos variáveis Custos de aquisição dos bezerros
1.400,00
840.000,00
519,97
311.982,30
9,17
5.501,80
1.929,14
1.157.484,10
VALOR TOTAL
65,00 65,00
CONSIDEROU-SE 50% 68.250,00 2.821.000,00
136.500,00 5.642.000,00
TABELA 14 – ANÁLISE ECONÔMICA PROJETADA PARA 10 ANOS MENOS OS CUSTOS DE OPORTUNIDADE
TABELA 13 – ANÁLISE FINANCEIRA DO CONFINAMENTO EM ESTUDO PARA TERMINAR 600 BOIS POR ANO ESPECIFICAÇÕES
VALOR/UD-R$
ANO
INVESTIM.
0
3.013.590,00
DESPESAS
RECEITAS
SALDO
1.169.058,94
1.731.647,65
-3.013.590,00
1
1.169.058,94
1.731.647,65
562.288,71
2
1.169.058,94
1.731.647,65
562.288,71
3
1.169.058,94
1.731.647,65
562.288,71
4
1.169.058,94
1.731.647,65
562.288,71
2. Custos de Oportunidade
5
1.169.058,94
1.731.647,65
562.288,71
6
1.169.058,94
1.731.647,65
562.288,71
Uso da terra para pastagem e silagem
7
1.169.058,94
1.731.647,65
562.288,71
8
1.169.058,94
1.731.647,65
562.288,71
9
1.169.058,94
1.731.647,65
562.288,71
1.169.058,94
1.731.647,65
3.700.555,98
Valor Presente Líquido do Fluxo de caixa com TMA de 10%
VPL
1.651.368,60
Taxa Interna de Retorno
TIR
18,83 %
Custo Operacional Despesas de Manutenção Subtotal
Do capital em máquinas e instalações Subtotal 3. Administração (1% sobre os custos) CUSTO TOTAL DO CONFINAMENTO
113,75
68.250,00
30,21
18.127,20
143,96
86.377,20
19,29
11.574,84
2.092,39
1.255.436,14
2.944,47*
1.766.621,28
58,89
35.333,63
2.885,58
1.731.347,65
4. Receitas Venda de bois para abate 600 cabeças por ano Descontos da comercialização (2%) Receita Líquida Lucro Líquido Rentabilidade sobre o capital empatado
475.911,51 12,35%
*Considerou-se o preço médio da arroba comercializada de R$ 166,92.
As tabelas de 1 – 14 (produzidas pelos autores para fins específicos desta pesquisa) demonstram de forma detalhada todos os componentes do custo de produção do Confinamento em estudo. Considerou-se também, além dos custos fixos e variáveis, os custos de oportunidade para que se pudesse chegar ao custo de produção do novilho terminado, ou seja, pronto para o abate, no frigorífico.
92
REVISTA DO PRODUTOR RURAL DO PARANÁ
10
-3.138.267,27
Na análise econômica e financeira (oportunidade de negócios), utilizou-se de indicadores preconizados pelos autores pesquisados, que recomendam a adoção da VPL (Valor Presente Líquido) e da TIR (Taxa Interna de Retorno). Assim, verifica-se na Tabela 14 que a VPL foi positiva e mostra um saldo de R$1.651.368,60, considerando que foi utilizada uma TMA de 10% ao ano (Taxa Média de Atratividade). Já no caso da TIR, este indicador atingiu um índice de 18,83%. Este resultado indica que o empreendimento é economicamente viável, pois corrige o fluxo de caixa com uma TMA de 10% ao ano e ainda sobram mais 8,83%. Tendo por premissa que o principal propósito dessa pesquisa era determinar o custo de produção do novilho precoce para subsidiar a análise econômica e financeira da atividade, pode-se concluir que os objetivos foram alcançados. Entende-se que este relato poderá servir ao seu propósito, isto é, apoiar os empresários na tomada de decisões futuras e servir de base de inspiração para nossos caros leitores. REFERÊNCIAS
SILVA, R. A. G. Administração Rural: teoria e prática. 3ª ed. – Curitiba: Juruá, 2013. SOUZA, A. ; CLEMENTE, A. Decisões financeiras e análise de investimentos: fundamentos, técnicas e aplicações. 4ª Ed. – São Paulo: Atlas, 2001
PROJETO IDENTIDADE SINDICAL 2017 Produtor rural, apresente a carteirinha* do Sindicato Rural e obtenha descontos nos locais abaixo:
GUARAPUAVA Milho Soja Trigo Aveia Feijão Sementes
BetoAgro AGRONEGÓCIOS
CORRETORA DE CEREAIS
CLASSIFICAÇÃO DE GRÃOS
Fone: (42) 3623-1053 / Fax: (42) 3623-5853 / Cel. (42) 9964-4440 Rua Marechal Floriano Peixoto, 2208 - Centro - Guarapuava - PR E-mail: beto.agro@brturbo.com.br
3% na linha de produtos Forquímica
3% sob o preço de lista no ato da compra
MSN: betoagrobr@hotmail.com
5% nas prestações de serviços
10% no valor da mensalidade
Newdeal Agroscience
3% sobre o preço de lista no ato da compra
Descontos para sócios
Descontos em exames
Desconto de 3% na linha de produtos New Deal
5% nas compras à vista
Descontos diversos
15% nos exames radiográficos
5% nas compras realizadas na loja
5% nas compras de produtos, lanches em geral, porções e bebidas
5% sobre valor final da negociação
10% análise de solos e de tecido vegetal
10% em todos os serviços prestados
10% na prestação de serviços
3% para compras à vista
10% à vista ou parcelamento em 10 vezes s/ juros nos cartões
Fluxo de caixa gratuito, atualizado mensalmente, tanto trabalhos fiscais quanto trabalhos decisoriais
CANDÓI
3% em produtos veterinários, ferramentas agrícolas e lubrificantes
8% em produtos e 12% em serviços
3% nos implementos agrícolas, rolos destorroadores, renovador de pastagens, espalhador e distribuidor de palha
DESFRUTE DOS VÁRIOS BENEFÍCIOS COM SEU CARTÃO IDENTIDADE SINDICAL. *Solicite o seu! 10% na elaboração do CAR e 5% na execução de serviços de topografia
6% em materiais de construção, móveis e casa pronta
*Se ainda não possui a carteirinha de sócio, compareça ao Sindicato Rural de Guarapuava ou nas Extensões de Base: Candói, Foz do Jordão e Cantagalo.
Descontos em todos os ramos de seguros
5% em medicina do trabalho, segurança do trabalho, consultorias, intermediação de consultas e exames médicos e 10% em exames de diagnóstico laboratorial (Torreforte Clin)
94
REVISTA DO PRODUTOR RURAL DO PARANÁ
Foto: Manoel Godoy
REVISTA DO PRODUTOR RURAL DO PARANÁ
95
PROFISSIONAIS EM DESTAQUE
David Cardin Neto (Caixa Econômica Federal)
Luiz Henrique Chimiloski e Vanessa de Campos (Tratorcase)
Luizinho Pitol e Loris Canello (Viveiros Pitol)
Joseanne Arana e Kiulza Ribeiro (Banco do Brasil)
PARABÉNS PARA ROBERTO ZASTAVNY, ADMINISTRADOR DE EMPRESAS!
Rodolfo Carletto e Robson Ueno (CooperAliança)
Marcelo Kluska e Vitor Lotti (Agrichem)
BRENO SCHNEIDER (2 anos),
filho de Rodrigo Schneider e Vanessa M. Z. Schneider (Fazenda Buriti - Boa Ventura de São Roque)
BARBARA ROTH, filha de Hildegard Abt. Foto de Agatha Tratz, filha de Gabriela Tratz
GABRIELA (3 anos)
filha de Tamara e Marcelo Keller
ANA MARIA (4 anos)
filha de Cícero Lacerda e Leticia Domingos Lacerda
96
REVISTA DO PRODUTOR RURAL DO PARANÁ
VALENTINA (2 anos),
filha de Cláudio Marques Azevedo Filho e Vitória Tápia Guzman
NOVA SÓCIA PRODUTORES EM DESTAQUE
Jussimara Lustosa Schneider
HOMENAGENS PÓSTUMAS
O Alcindo Berezoski, Orlei Bufoliski (Belagrícola), Roberto Cella (Dekalb), Ernesto Berezoski e Eliezer Gobel
Bruno Reinhofer e Ademir Aparecido Grosse
associado Eros Lange faleceu no dia 20 de dezembro, vítima de um infarto. Ele deixou a esposa Soeli Pereira Lange e dois filhos: Astrydt Karina Lange e Erik Tacius Lange. Nossos sinceros sentimentos!
Gibran Thives Araújo e Cláudio Marques de Azevedo Filho
O
Lucas Obal
Anton Egles, Osnei Woinarovski e Jairo L. Ramos Neto
Manfred Majowski, Anton Annas e Arnaldo Stock
empresário rural Manoel Lacerda, presidente do Conselho Administrativo da Indústria Santa Maria - Papel e Celulose, faleceu em janeiro deste ano. Maneco, como era conhecido entre amigos, começou sua trajetória no meio industrial na década de 60 ao fundar a Serraria Santa Maria. Hoje o Grupo Santa Maria é composto por quatro empresas que atuam nas áreas de celulose e papel, reflorestamento, agricultura e geração de energia que empregam cerca de 700 pessoas e tem importância elevada para a economia de Guarapuava. Além disso, o Grupo Santa Maria, sob a administração de Manoel Lacerda obteve o reconhecimento como uma das 500 maiores empresas do Sul do Brasil.
Luciana Bren, Roberto Cunha, Rene Bandeira, Geyssica Reis e Giuliano Borazo REVISTA DO PRODUTOR RURAL DO PARANÁ
97
ABRIL
MARÇO
ANIVERSARIANTES 2017 01/03 01/03 01/03 01/03 01/03 02/03 03/03 03/03 03/03 03/03 03/03 04/03 04/03 04/03 04/03 05/03 05/03 05/03 05/03 05/03 05/03 06/03 06/03 08/03 08/03
Adriana do R. P. de L. Martins Dario Cebulski Dilceia Maria Araújo Espinola Janete Apª Honorio Sprotte Josef Zimmermann Edegar Leh Alessandro Illich Carlos Eduardo Rickli Joana Lopes de Araújo Teofilo Martin Valdomiro Kava Albert Korpasch Eugenia Paczkowski Johann Geier Maria de Jesus Rocha Cordeiro Hugo Martinazzo Jorge dos Santos Jose Massamitsu Kohatsu Josef Karl Marcos Fco. Araújo Martins Natascha Abt Herminio Minoru Kaneko Luciano Kloster Serpa Marcio Adriano Freitas Nezio Toledo
01/04 02/04 02/04 03/04 03/04 03/04 03/04 03/04 03/04 04/04 04/04 05/04 05/04 05/04 05/04 05/04 06/04 06/04 06/04 06/04 06/04
Josef Siegfrid Winkler Hermann Weigand Lilian Maria B. Dacoregio Alaor Sebastião Teixeira Alfredo Bernardini Arnaldo Stock Júnior Joair Mendes Pereira Júnior Josef Pfann Filho Stefan Buhali Eduardo Vollweiter Hermine Leh Adelaide Apª Penteado Zanona Carla Renata Araújo Lustosa Francisco Antônio C. Serpa Luiz Carlos Schvarz Ricardo Marcondes Teixeira Ana Maria Lopes Ribeiro Celso Carlos Carollo Silvestri Luciana Vargas Patricia Oliveira M. Teixeira Roberto Keller
2017 ü
98
MAR/ABR
09/03 09/03 09/03 09/03 10/03 10/03 10/03 11/03 11/03 11/03 11/03 12/03 12/03 13/03 14/03 14/03 15/03 15/03 16/03 16/03 16/03 16/03 17/03 17/03 17/03
06/04 07/04 07/04 08/04 08/04 08/04 09/04 09/04 09/04 09/04 10/04 10/04 10/04 11/04 11/04 11/04 12/04 12/04 12/04 12/04 13/04
Fábio Roberto Lustosa Luiz Lechackoski Moacir Antônio Nervis Wienfried Matthias Leh Diovani Silvestrin Inês Maria Cleto Pacheco Wendelin Hering Armando Virmond de Abreu Emiria Nakano João Sebastião Stora Nelson Mugnol Gilberto Maack Kurowski Roman Keller Rodolpho Tavares de J. Botelho Gabriel Gerster Gerhard Josef Wilk Cláudio Marath João Luiz Schimim Celia Regina Carollo Silvestri Graziela Gerster Jose Acyr dos Santos Mathias Zehr Cláudio Virmond Kiryla Dario Caldas Serpa Mail Marques de Azevedo
Roberto Korpasch Carlos Eduardo Martins Ribas Rafael Majowski Gunther Gumpl Paulo Cesar Muzzolon Roberto Cesar Mendes de Araújo Adalberto de Rezende Martin Heiser Nelson Batista de Almeida Romeu Felchak Amarilio A. de Oliveira Krüger Herbert Keller Luciana Campello de Souza Ciro Cezar Mendes Araújo Maria das Graças M. Teixeira Sidnei Ferreira da Silva Andreas Milla I Marcelo Ferreira Ransolin Robson Schneider Rozendo Neves Alberto Tokarski
18/03 19/03 19/03 19/03 19/03 20/03 20/03 20/03 20/03 20/03 21/03 21/03 22/03 22/03 23/03 23/03 23/03 23/03 23/03 23/03 24/03 24/03 24/03 24/03 24/03
13/04 13/04 13/04 14/04 14/04 14/04 15/04 15/04 15/04 15/04 16/04 16/04 16/04 18/04 18/04 18/04 18/04 18/04 18/04 18/04 20/04
Fabrício G. Lustoza Araújo Dirceu Fabrício Hermann Josef Scherer Jose Amoriti Trinco Ribeiro Wiliam Rickli Siqueira Eloa Bochnia Jackson Fassbinder Lorival Hirt Neiri Lopes de Almeida Nelvir de Jesus Gadens Ana Hertz Giovane Ivatiuk Hildegard Abt Horst Schwarz Adolf Duhatschek Laury Luiz Kunz Luciane Maciel Almeida Renato A. T. de Macedo Cruz Solange Ribas Cleve Vanderlei Ramires Diego Luiz Begnini Ernest Milla Helga Reinhofer Illich Lincoln Campello Pedro Konjunski Sobrinho
Guilherme Illich Ricardo Martins Kaminski Rodrigo Castelini Adelcio Granemann Fritz Onair Rodrigues de Bairros Peter Spiess Júnior Anton Annas Roland Jung Valdir Antoninho Dezingrini Wolfgang Mullerleily Harald Korpasch Helmut Keller Helmuth Jose Seitz Anton Fassbinder Junior Carlos Bodnar Edio Sander Fernando Ruiz Dias Júnior Heinrich Siegmud Stader Jose Szemanski Filho Morel Lustosa Ribas Dalton Cezar Martins Queiroz
25/03 25/03 25/03 25/03 25/03 25/03 26/03 27/03 27/03 27/03 27/03 27/03 27/03 27/03 28/03 28/03 28/03 28/03 28/03 29/03 30/03 30/03 30/03 31/03
Anton Keller I Bruno Reinhofer Daniela Baitala Polli Losso Kluber Jose Ewaldo Fagundes Schier Ladir Zanella Marielle Martins Marcondes Rafael Marcondes Trombini Alex Franz Oster David Kluber Erika Hildegard Duch Illich Evald Zimmermann Marcos Martins Antônio Thamm Sueli Karling Spieler Vaterlo Haeffmer Adilson Karam Junior Celso Marcelo Maciel Monica Casagrande Odilon Casagrande Pellisson Kaminski Milton Luiz do Prado Aristeu Vuicik Francisco Armando Martins Lima Luiz Carlos Colferai Jaciel do Valle
20/04 20/04 21/04 21/04 21/04 22/04 22/04 22/04 23/04 23/04 23/04 23/04 23/04 23/04 23/04 24/04 27/04 28/04 28/04 30/04 30/04
Manfred Stefan Spieler Romancite José Silverio Carlos Eduardo Ribas de Abreu José Henrique Cordeiro Lustosa Leônidas Ferreira Chaves Filho Garcia de Matos Cardoso Hermann Karly Vera Terezinha Eidam Estefano Kich Jose Martyn Paulo Henrique C. Klopfleisch Ralf Karly Serlei Antonio Denardi Stefan Gerster Filho Wilson Carlos Haas Gunter Reichhardt Priscila Zanatta Huberto Jose Limberger Moacir Kenji Aoyagui Acyr Loures Pacheco Filho Jairo Luiz Ramos Neto
CONFIRA A AGENDA DE EVENTOS AGROPECUÁRIOS:
IV ENCONTRO NACIONAL DA SOJA
Londrina (PR) 6 e 7 de abril Grupo de Estudos Luiz de Queiroz – GELQ Tel.: (64) 99987-0326
REVISTA DO PRODUTOR RURAL DO PARANÁ
ü 5ª EXPOFRÍSIA
Carambeí (PR) 24 a 27 de abril Frísia Cooperativa Agroindustrial Tel.: (42) 3231-9000
ü ASSEMBLEIA GERAL ORDINÁRIA
Sindicato Rural de Guarapuava 24 de março 8 horas - Anfiteatro (Direcionada aos associados da entidade) Tel: (42) 3623-1115
MASSEY FERGUSON é uma marca mundial da AGCO.
CAPACIDADE E EFICIÊNCIA QUE GARANTEM MAIS AUTONOMIA AO SEU PLANTIO. MF 700 CFS
Disponível de 11 a 30 linhas (espaçamento entre linhas de 45 cm).
Pantógrafos nos discos de corte (maior precisão de corte da palha).
Maior capacidade de sementes (caixa central para 1.450 L de sementes).
Fácil manutenção com menor número de pontos de lubrificação no segmento.
Diversas opções de discos de corte, depositadores de adubo, limitadores de profundidade e cobridores da semente.
Mais liberdade para gerenciar as operações da lavoura como, quando e onde quiser, conectando máquinas, serviços e tecnologias de precisão.
www.massey.com.br
masseyfergusonvideo
masseyfergusonglobal
GUARAPUAVA / PR - (42) 3624-6630 MANGUEIRINHA / PR - (46) 3243-1531 UNIÃO DA VITÓRIA / PR - (42) 3524-4315 PITANGA / PR - (42) 3646-1950 LARANJEIRAS DO SUL / PR - (42) 3635-1526 REVISTA DO PRODUTOR RURAL DO PARANÁ
Rev Prod Rural_59_fev-mar-17.indd 99
99 02/03/17 14:49
100
REVISTA DO PRODUTOR RURAL DO PARANÁ
Rev Prod Rural_59_fev-mar-17.indd 100
02/03/17 14:49