ISSN 1984-0004 Publicação bimestral do Sindicato Rural de Guarapuava Ano X - Nº 61 - JUNHO/JULHO 2017 Distribuição gratuita
REVISTA DO PRODUTOR RURAL DO PARANÁ
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Aplique somente as doses recomendadas. Descarte corretamente as embalagens e restos de produtos. Incluir outros métodos de controle dentro do programa do Manejo Integrado de Pragas (MIP) quando disponíveis e apropriados. Uso exclusivamente agrícola. Registro MAPA Ativum® nº 11216.
• Múltiplo no controle: lavoura limpa, sem ferrugem e importantes doenças. • Múltiplo na aplicação: efetivo nas diferentes fases da cultura. • Múltiplo no ingrediente ativo: ideal para o manejo de resistência.
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10 anos da REVISTA PRODUTOR RURAL (Na foto, equipe atual de jornalistas)
43ª Feira de Bezerros de Guarapuava
Lições de sensibilidade e superação
As melhores médias do circuito de feiras
26
30
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Mulheres do Campo
16
48
Manchete
MEIO AMBIENTE
Incêndios aumentam no inverno
SUCESSÃO FAMILIAR
32
Programa Herdeiros do Campo em Guarapuava
Em defesa do maior patrimônio da propriedade rural
56
Integração Lavoura Pecuária
Em Guarapuava, a semente de uma inovação que ganhou o Brasil
70
CEPEA e FAEP analisam os números do setor
Prosolo
83
BOVINOS DE CORTE
CIDADANIA
Programa Menor Aprendiz no campo
DIRETORIA: Presidente
1º Vice Presidente 2º Vice Presidente 1º Secretário
2º Secretário
1º Tesoureiro
2º Tesoureiro
Rodolpho Luiz Werneck Botelho
Josef Pfann Filho
Cícero Passos de Lacerda
João Arthur Barbosa Lima
Jairo Luiz Ramos Neto
Anton Gora
Gibran Thives Araújo
CONSELHO FISCAL: TITULARES:
Lincoln Campello
SUPLENTES:
Luiz Carlos Colferai
Alexandre Seitz
Carlos Eduardo dos Santos Luhm
Anton Gottfried Egles
Roberto Eduardo Nascimento da Cunha
NOSSA CAPA REDAÇÃO/FOTOGRAFIA: Luciana de Queiroga Bren
Manoel Godoy
Geyssica Reis
Rubia Galvão Capa comemorativa aos 10 anos de edição
Diretora de Redação e Editora-Chefe Reg. Prof. 4333
Jornalista
PRÉ-DISTRIBUIÇÃO:
Jornalista
Jornalista
DISTRIBUIÇÃO:
Guarapuava, Candói e Cantagalo: Mundial Exprex Distrito de Entre Rios:
REVISTA DO PRODUTOR RURAL DO PARANÁ
Extensão de Base Candói Rua XV de Novembro, 2687 Fone: (42) 3638-1721 Candói - PR Extensão de Base Cantagalo Rua Olavo Bilac, 59 - Sala 2 Fone: (42) 3636-1529 Cantagalo - PR Projeto gráfico e diagramação Mynd's Design Editorial Impressão: Midiograf - Gráfica e Editora Tiragem: 2.500 exemplares
André Zentner
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Endereço: Rua Afonso Botelho, 58 - Trianon CEP 85070-165 - Guarapuava - PR Fone/Fax: (42) 3623-1115 Email: comunicacao@srgpuava.com.br Site: www.srgpuava.com.br
Os artigos assinados não expressam, necessariamente, a opinião da REVISTA DO PRODUTOR RURAL ou da diretoria do Sindicato Rural de Guarapuava. É permitida a reprodução de matérias, desde que citada a fonte.
EDITORIAL
Homenagens, histórias, emoções!
E
ssa edição é especial. A revista está em festa. São 10 anos de existência, contribuindo para o desenvolvimento do setor agropecuário regional. Nossa manchete de capa conta a história dessa publicação bimestral do Sindicato Rural de Guarapuava. Como tudo começou e a sua evolução até os dias atuais. Felizes em poder alcançar essa marca, queremos agradecer aos nossos leitores - produtores rurais associados à entidade; nossos anunciantes - profissionais e empresas parceiras; nossa diretoria e equipe de colaboradores, enfim a todos os envolvidos - do repórter ao entregador da revista -, pelo grande apoio que têm nos dado na condução desse projeto. Estamos também felizes por trazer, nesta edição, uma reportagem sobre a história da Integração Lavoura-Pecuária (ILP), que começou em Guarapuava. Uma singela homenagem àqueles que, direta ou indiretamente, iniciaram as pesquisas, os experimentos, os estudos sobre o assunto no município, espalhando esse conhecimento para todo o Brasil. Os trabalhos principiaram há mais de duas décadas em Guarapuava, com profissionais e produtores envolvidos, como os professores Itacir Sandini, Sebastião Brasil e Aníbal
de Moraes, que juntamente com a Cooperativa Agrária e a Universidade Federal do Paraná (UFPR), realizaram experimentos no famoso Campo 12 da Fundação Agrária de Pesquisa Agropecuária (FAPA), uma área de 12 hectares situada na Colônia Vitória (distrito de Entre Rios); e o agrônomo Celso Roloff, que ficou conhecido também por ser um entusiasta da ILP e de todas as inovações que possam melhorar esta tecnologia. Para completar as informações, entrevistamos ainda o presidente da Cooperaliança, Edio Sander, o produtor rural Gerson Abreu, entre outros. Não foi possível entrevistar todos que estão ligados a essa história, por questão de espaço, mas a intenção é dizer: os trabalhos de Integração Lavoura-Pecuária no Brasil iniciaram em Guarapuava! E é um orgulho poder contar essa bela história na Revista do Produtor Rural, homenageando todos aqueles que se dedicam à ILP. Homenagem, aliás, é o que não falta nesta edição, que traz também a continuidade da série de reportagens “Mulheres do Campo”, que visa homenagear produtoras rurais que contribuem para o desenvolvimento da agropecuária regional.
Rodolpho Luiz Werneck Botelho Presidente do Sindicato Rural de Guarapuava
Revista do Produtor Rural do Paraná
20 07
Edições publicadas
2008 2009 2010
Empresas anunciantes
2011 2012 2013
Páginas
2014 2015
Exemplares distribuídos
2016
20 17
A todos, uma ótima leitura!
REVISTA DO PRODUTOR RURAL DO PARANÁ
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Lanรงamento oficial da REVISTA DO PRODUTOR RURAL em 2007, durante solenidade alusiva aos 40 anos do Sindicato Rural de Guarapuava. Na foto, Anton Gora (vice-presidente) e Clรกudio Marques de Azevedo (na ocasiรฃo, presidente da entidade).
ARTIGO Anton Gora Produtor rural, diretor da Federação da Agricultura do Estado do Paraná (faep), vice-presidente do Sindicato Rural de Guarapuava e presidente do Núcleo Regional dos Sindicatos Rurais do Centro-sul do Paraná
A POLÍTICA E O AGRONEGÓCIO
T
rabalhei durante 35 anos na Cooperativa Agrária Agroindustrial, na área de pesquisa e assistência técnica. Durante esse período, entendi que a política é tão importante quanto a técnica, que nada se viabiliza sem a política, nem a melhor técnica. Hoje penso que a política é até mais importante do que a técnica. Vejamos o exemplo do nosso país, o Brasil. Nós, brasileiros, sempre pensamos em trabalhar e produzir, mas nos preocupamos pouco com a política. Assim, a política sem a nossa fiscalização, sem a nossa participação, está simplesmente destruindo o nosso país. Políticos inescrupulosos se aproveitam da boa fé do brasileiro e roubam sem a menor vergonha ou preocupação. Não nos preocupamos em eleger as pessoas certas, acreditamos em promessas vazias, convivemos com os desmandos. Mas, como tudo tem um limite, chegamos ao fundo do poço, ou quase lá. Contudo, ainda não reagimos, com exceção de poucos idealistas, como os juízes e procuradores que conhecemos. A indústria não consegue produzir, o comércio tem que competir com a ilegalidade. Restou apenas à agropecuária sustentar o Brasil. Mas até quando? Tudo por falta de uma política de livre comércio. O agronegócio tem vantagens climáticas sim, temos de graça o que existe de mais caro, que é o calor e a água. Mas por outro lado, temos os impostos mais altos do mundo, crescentes de tempos em tempos. Agora o governo quer que
a agropecuária também sustente a previdência. Querem nos bi tributar, pagar encargos sobre a folha e ainda sofrer descontos na produção, o Funrural. E continuamos sem reagir. A nossa Confederação concordando com o governo, ninguém sabe o porquê, ninguém explica o porquê. E continuamos acomodados, sem exigir uma explicação convincente. A sociedade urbana nos penaliza e nos condena, dizendo que destruímos o meio ambiente, que praticamos o trabalho escravo. Quando, na verdade, os agropecuaristas são os maiores preservacionistas, conservando rios, nascentes, banhados, preservando a fauna e a flora. Os rios entram nas cidades limpos e saem sujos, mas chegam a sua foz limpos. Segundo estatísticas, o agronegócio é o menor devedor da previdência social. As cidades um dia podem se afogar nos seus entulhos, o campo não. Em outros países, os agropecuaristas são heróis, os políticos na sua maioria, honestos. Mas também nesses países os produtores defendem os seus interesses. Nenhum governo europeu ou americano ousa tomar uma decisão sem consultar os produtores rurais. Nenhum político sobrevive sem o apoio do campo. Por isso, penso que está na hora de sermos mais ativos politicamente - política de classe e também política de estado. Precisamos cobrar da política e da sociedade urbana o que nos devem, senão, um dia a casa pode cair.
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CAPACITAÇÃO
INSCRIÇÕES ABERTAS PARA CURSO DE
GERENTE DE PASTO
O
Sindicato Rural de Guarapuava sedia nos dias 9 e 10 de agosto o treinamento Gerente de Pasto, promovido pelo zootecnista Luiz F. Agner II, com o apoio do Programa Pecuária Moderna. A capacitação é direcionada a gestores de propriedades pecuárias, agropecuaristas, estudantes de ciências agrárias, profissionais da área e demais interessados. O método Gerente de Pasto é uma proposta simples e dinâmica de manejo de pastagens, promovendo ganhos em produtividade, lucratividade e sustentabilidade ambiental. O curso aborda planejamento forrageiro; manejo de pastagens, da teoria à prática de campo; e treinamento aplicado das ferramentas. É ministrado pelos zootecnistas Josmar Almeida Junior, Bruno Shigueo Iwamoto e Edmar Pauliqui Peluso. O método já é aplicado em diversas propriedades rurais do Paraná, como Fazenda Moreira Salles, em Moreira Salles; Fazenda Três Minas/Guaraúna, em Alto Paraíso; Fazenda São Jorge, em Umuarama; Fazenda Colaboradores, em Xambrê; Fazenda Penélope, em Terra Roxa; Fazenda Conquista, em Icaraíma; Fazenda Mosaico, em Santa Mônica, Fazenda São Vicente, em Alto Paraíso, entre outras. No Mato Grosso do Sul
e no Paraguai, o Gerente de Pasto também é desenvolvido em várias propriedades, como a Fazenda Inês, em Naviraí-MS e na Fazenda Ama-Porã/Itanarana, em Canindeyú-PY. Várias empresas do setor agropecuário também já utilizaram o método para treinar suas equipes, como a Nufarm e a Cocamar. As inscrições são limitadas e podem ser feitas na recepção do Sindicato Rural, no valor de R$ 450,00 (para sócios do Sindicato Rural de Guarapuava e estudantes) e R$ 600,00 (não sócios).
Equipe:
Josmar Almeida Junior Zootecnista UEM 2000 - Mestre em produção animal 2002 UEM. Atua desde 2002 em assessoria e consultoria em gestão de pastagens. Atuou no mercado de nutrição animal por cinco anos em diversas regiões. Atende clientes nas regiões do PR, MS, MT, GO e PY. Com sistemas de cria, recria e engorda e cria, recria e engorda.
Outras informações: (42) 3623-1115 com Anelise (42) 99938-7676 com Luiz F. Agner II (Chico) * Estudantes podem parcelar o valor em 3x
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Bruno Shigueo Iwamoto
Edmar Pauliqui Pelusco
Zootecnista UEM 2007 - Doutor em produção animal 2013 UEM. Atua desde 2011 em assessoria e consultoria em gestão de pastagens. Atende clientes nas regiões do PR e PY. Com sistemas de cria, recria e engorda e cria, recria e engorda.
Zootecnista UEM 2011 - Mestre em produção animal 2014 UEM. Atua desde 2011 em assessoria e consultoria em gestão de pastagens. Atende clientes nas regiões do PR e PY. Com sistemas de cria, recria e engorda e cria, recria e engorda.
SOLO
USO EFICIENTE DO GESSO AGRÍCOLA NA PASTAGEM Eng° Agrônomo José A. Malucelli
A
pastagem representa a principal fonte de alimento da pecuária nacional e, apesar de ser a base da alimentação animal, as áreas de pastagens têm apresentado rápido e acentuado declínio em sua capacidade produtiva, limitando e inviabilizando a produção de carne e/ou leite em muitas regiões do país. A degradação da pastagem, comum em áreas mal-formadas ou mal-manejadas, é um processo evolutivo da perda de vigor, da produtividade, do valor nutritivo e da capacidade de recuperação natural da planta forrageira, assim como o de superar os efeitos nocivos de pragas, doenças e invasoras, resultando na degradação avançada dos recursos naturais, em razão de manejos inadequados. Somada a estes fatores, a maioria dos solos brasileiros, altamente intemperizados, apresenta baixos teores de nutrientes, altos índices de acidez e como característica marcante a dificuldade no desenvolvimento de raízes em profundidade, devido, principalmente, aos baixos teores de cálcio e alta saturação por alumínio. Desta forma, para evitar a degradação da pastagem, é necessário o conhecimento das interações entre solo – planta – animal e a adoção de práticas corretivas e conservacionistas. A aplicação do calcário pode ser uma boa opção para corrigir o solo na camada superficial, no entanto, a calagem não corrige o problema nas camadas mais profundas, abaixo dos 20 cm. Assim, a aplicação do gesso agrícola como condicionador de solo, reduz a saturação de alumínio e aumenta a quantidade de cálcio no solo, melhorando o ambiente e propiciando o desenvolvimento das raízes em camadas mais profundas. Isso faz com que as raízes tenham acesso ao
maior volume de água e nutrientes, além da maior eficiência na absorção desses, permitindo ganhos significativos na produtividade das pastagens. Desta forma, o uso do gesso agrícola como condicionador de solo, melhora as condições químicas do ambiente radicular em profundidade e é observada resposta já no primeiro ano de aplicação. Pesquisas realizadas pela Embrapa Cerrados avaliaram o efeito do gesso agrícola no trabalho de recuperação de pastagem degradada de Brachiaria brizantha cv. Marandu em solo de Cerrado, onde em dois anos de avaliação, a adição de gesso aumentou o rendimento de matéria seca em até 50%.
Constatada a necessidade de uso do gesso agrícola, a quantidade a ser aplicada será de acordo com o teor de argila e da classificação textural do solo.
Recomendação do gesso agrícola como condicionador de solo em função da classificação textural do solo para pastagens. Textura do solo (% argila)
Dose de Gesso (kg/ha.)
Arenosa (0 a 15%)
700
Média (16 a 35%)
1200
Argilosa (36 a 60%)
2200
Muito argilosa (61 a 100%)
3200
Fonte: Embrapa Cerrados, 2001
Ainda de acordo com a Embrapa Cerrados, o gesso agrícola pode ser utilizado nas pastagens, visando melhorar o ambiente do solo em profundidade ou como fonte de cálcio e enxofre. Para a determinação da necessidade e aplicação do gesso agrícola como condicionador de solo deve-se fazer uma amostragem do solo nas profundidades de 20 a 40 cm e de 40 a 60 cm. Se a saturação de alumínio for maior que 10% e ou o teor de cálcio for menor que 0,5 cmolc/dm3, há grande probabilidade de resposta ao gesso agrícola, devendo-se aplicá-lo ao solo.
A aplicação do gesso agrícola consiste na distribuição uniforme do produto a lanço na superfície do terreno e posterior incorporação ou não, uma vez que o produto possui alta mobilidade no perfil do solo, podendo ser efetuada em qualquer época do ano, mesmo após o estabelecimento da cultura, junto ou após a aplicação do calcário. Além de representar um importante insumo na recuperação de pastagens degradadas e no manejo correto do solo, o gesso agrícola contribui significativamente para a manutenção do processo produtivo, seja pelo aumento da produtividade e qualidade das pastagens, devido à melhoria nas condições químicas do solo, favorecendo assim, o desenvolvimento do sistema radicular e a absorção de nutrientes ou agregando valor a sua atividade e aumentando sua competitividade. O emprego desta tecnologia, com orientação técnica adequada, contribui para o desenvolvimento sustentável nos aspectos econômico, social e ambiental.
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ESTAR
PRÒXIMO PRODUTOS
SIGNIFICA OFERECER OS MELHORES
Resultados Milho Safra Verão 2016/17 Alexandre Marath - Guarapuava - PR Híbrido
P3456H
Área (ha)
Produtividade (kg/ha)
16,0 16.674,0
Antônio Hertz - Guarapuava - PR Híbrido
P3456H P3271H
Área (ha)
Produtividade (kg/ha)
38,0 15.743,8 10,0 15.674,4
Grupo Ritter - Guarapuava - PR Híbrido
P2530 P1630H
Área (ha)
Produtividade (kg/ha)
15,0 16.240,9 19,2 15.071,9
Cristian ABT - Guarapuava - PR Híbrido
P2530
Área (ha)
Produtividade (kg/ha)
18,6 15.249,9
Ernest e Walter Jungert - Guarapuava - PR Híbrido
P3456H
Área (ha)
Produtividade (kg/ha)
20,0 15.561,8
Jonathan e Richard Seitz - Guarapuava - PR Híbrido
P2866H P2530
Área (ha)
Produtividade (kg/ha)
5,2 16.579,8 14,0 15.960,0
Annamarie Pfann e outros - Guarapuava - PR Híbrido
P3456H P1630H
Área (ha)
Produtividade (kg/ha)
120,0 14.820,0 180,0 14.499,9
Evaldo Klein - Guarapuava - PR Híbrido
P3456H
Área (ha)
Produtividade (kg/ha)
118,9 14.157,0
www.pioneersementes.com.br
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Wenfried Matthias Leh - Guarapuava - PR Híbrido
P3456H
Área (ha)
Produtividade (kg/ha)
34,5 14.760,0
Johann Zuber Junior - Guarapuava - PR Híbrido
P2866H P2530
Área (ha)
Produtividade (kg/ha)
5,9 16.126,9 90,0 14.520,0
Franz Remlinger - Guarapuava - PR Híbrido
P3456H P3271H P2530
Área (ha)
Produtividade (kg/ha)
33,8 15.969,4 33,8 15.342,1 29,4 14.799,2
Guinter Stefan Duch - Guarapuava - PR Híbrido
P1630H
Área (ha)
Produtividade (kg/ha)
275,5 14.149,6
Grupo Reinhofer - Guarapuava - PR Híbrido
P3271H P2530
Área (ha)
Produtividade (kg/ha)
43,5 14.876,0 564,9 13.785,1
Paul Illich (Grupo Illich) - Candói - PR Híbrido
P3271H
Área (ha)
Produtividade (kg/ha)
100,0 15.408,0
Tratamento de Sementes Industrial com Dermacor®
Cícero Passos de Lacerda - Candói - PR Híbrido
30F53VYH
Área (ha)
ensaio
Tratamento de Sementes Industrial com Dermacor® + Poncho®
Produtividade (kg/ha)
15.420,0
Agrisure Viptera® é marca registrada e utilizada sob licença da Syngenta Group Company. A tecnologia Agrisure® incorporada nessas sementes é comercializada sob licença da Syngenta Crop Protection AG. YieldGard® é marca registrada utilizada sob licença da Monsanto Company. Tecnologia de proteção contra insetos Herculex® desenvolvida pela Dow AgroSciences e Pioneer Hi-Bred. Herculex® e o logotipo são marcas registradas da Dow AgroSciences LLC. LibertyLink® e o logotipo são marcas registradas da Bayer Cropscience. Poncho® é marca registrada da Bayer S.A. As marcas com ®, ™ ou SM são marcas e marcas de serviço da DuPont, Pioneer ou de seus respectivos titulares. © 2017 PHII Março / 2014 - Observou-se redução na suscetibilidade e resistência à proteína Cry1F (tecnologias Herculex® I e Optimum® Intrasect®) em populações de lagarta-do-cartucho-do-milho (Spodoptera frugiperda). Por favor, entre em contato com o Representante de Vendas de produtos marca Pioneer® e informe-se sobre as Melhores Práticas no Manejo Integrado de Pragas.
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MILHO E SOJA
LANÇAMENTOS DE ® PRODUTOS MARCA PIONEER PARA A SAFRA 2017/18
N
este ano em que completa 45 anos de presença no Brasil, a DuPont Pioneer coloca a disposição dos produtores lançamentos que farão parte do seu portfólio de milho e soja.
Milho
Nessa safra verão 2017/18, a DuPont Pioneer comercializará grande parte dos seus híbridos com a tecnologia Leptra® de proteção contra insetos. Lançada na safra verão 2016, a tecnologia Leptra® é a combinação das tecnologias Agrisure Viptera®, YieldGard®, Herculex®I, e Liberty Link®, que auxiliam no controle das principais lagartas que atacam a cultura do milho. No Brasil, ela está disponível também em versão tolerante ao herbicida Glifosato, contendo a tecnologia Roundup Ready™ 2 Milho. Resultados de lavouras da safra verão 2016 comprovam a eficácia da tecnologia Leptra® que, associada ao potencial produtivo dos híbridos marca Pioneer®, estão trazendo muitos benefícios aos agricultores nas diversas regiões produtoras de milho no Brasil. Lembrando que a manutenção da eficácia da tecnologia Leptra® está altamente ligada à adoção de boas práticas de manejo pelos produtores, dentre elas a utilização de refúgio estruturado efetivo. “Também para a safra 2017/18, a empresa lançará no mercado o P3898, um híbrido de ciclo precoce, de porte médio, excelente enraizamento, folhas eretas, grãos semiduros alaranjados e com alto nível de resistência às principais doenças como ferrugem polissora, mancha-branca, fusarium, complexo de mosaico e corn stunt. O P3898 apresenta adaptação para plantios no estado do Paraná, regiões Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste do Brasil, podendo ser plantado no verão e safrinha”, afirma Jerson Grieco, gerente técnico de produto da DuPont Pioneer.
Soja
Já para a próxima safra de soja, além das cultivares existentes no portfólio da empresa, a variedade 96Y90, uma cultivar de ciclo precoce, com alto potencial produtivo e com adaptação em diversas regiões edafoclimáticas da cultura, será oferecida ao mercado com volumes suficientes para atender as demandas das diversas regiões de vendas da DuPont Pioneer, desde o Sul até o Brasil Central. A soja possui alto grau de resistência ao Nematoide de Cisto raças 3 e 14 e ao Cancro-da-Haste, tendo diversas avaliações realizadas em suas áreas experimentais e lavouras pré-comerciais, que comprovam a estabilidade elevada e a alta capacidade de desenvolvimento desta em condições ambientais diversas”, complementa Jerson. Também a partir da safra 2017/18,
produtores contarão com a tecnologia Intacta RR2 PRO®. A tecnologia proporciona um nível de proteção da planta contra diversas pragas de importância econômica, além de tolerância ao herbicida Glifosato. A utilização de cultivares de soja com a tecnologia Intacta RR2 PRO® deve ser associada à implementação de boas práticas de manejo de culturas OGM´s. Para alcançar excelentes rendimentos, a empresa também coloca a disposição dos agricultores as opções do Tratamento de Sementes Industrial da DuPont Pioneer com o inseticida Dermacor® para soja, e Dermacor® para milho associado ao Poncho®, os quais auxiliam no controle das principais pragas destas culturas. Para saber mais sobre o portfólio de produtos marca Pioneer®, procure o representante de vendas da sua região.
Agrisure Viptera® é marca registradas utilizadas sob licença da Syngenta GroupCompany. A tecnologia Agrisure® incorporada nessas sementes é comercializada sob licença da Syngenta CropProtection AG. ®YieldGard é marca registrada utilizada sob licença da Monsanto Company. Tecnologia de proteção contra insetos Herculex® desenvolvida pela Dow AgroSciences e Pioneer Hi-Bred. ®Herculex e o logo HX são marcas registradas da Dow AgroSciences LLC. LibertyLink® e o logotipo são marcas registradas da Bayer. Poncho® é marca registrada da BAYER S.A. Intacta RR2 PRO® é marca registrada utilizada sob licença de uso da Monsanto Company. Sempre siga as regulamentações de importação e exportação, práticas de manejo e as instruções do rótulo de pesticidas. Variedades que são tolerantes ao glifosato (incluindo os designados pela letra “R” e “Y” no número de produto) contêm genes que conferem tolerância a herbicidas a base de glifosato. Herbicidas a base de glifosato controlam culturas que são tolerantes ao glifosato. As marcas com ®, ™ ou SM são marcas e marcas de serviço da DuPont, Pioneer ou de seus respectivos titulares. © 2017 PHII
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SECAGEM DE GRÃOS
KW DRIER Eng. Marcio Geraldo Schäfer marcio@paranasilos.com.br Representante comercial Kepler Weber
A
Kepler Weber, há mais de 90 anos no mercado nacional, com quatro décadas em mais de 40 países, uma empresa em constante evolução tecnológica, a KW traz ao mercado o KW DRIER, a mais avançada tecnologia de secagem, com torre de secagem exclusiva e sistema inédito de captação de particulados. Projetado e testado com foco na preservação da qualidade dos cereais e responsabilidade ambiental, o KW DRIER alia simplicidade operacional, agilidade de instalação e alta performance.
Principais diferenciais
. Qualidade: Maior percentual de grãos inteiros . Performance: Maior rendimento de secagem. . Economia: Menor consumo de energia térmica.
Torre de Secagem
É onde ocorre o processo de secagem. A torre é do tipo mista, que garante individualização das colunas, o que evita a passagem de cereal de uma coluna a outra. Permitindo uma descida uniforme e secagem homogênea, comprovado por pesquisadores de universidades internacionais, o design passou por vários testes de campo, comprovando maior qualidade final e rendimento de secagem. Além de contar como montagem modular, mais segura e moderna.
Difusores
Conhecidos como camisamento do secador, são montados modularmente no solo, junto com os módulos da torre. Este processo modular torna a montagem muito mais segura e reduz o tempo de montagem em 30%.
Sistema de Descarga
É realizada por bandejas basculantes, com movimento oscilatório, que se adequam aos mais diversos tipos de grãos. Com três regulagens de fluxo de descida que favorecem uma secagem uniforme. Podem ser desconectadas individualmente, favorecendo a limpeza.
Estrutura Inferior
Fabricada em aço estrutural, retira a necessidade de base civil sobre o solo, deixando o ambiente mais aberto e limpo.
Captação Vórtex
Este sistema exclusivo foi desenvolvido através de simulações, para obter uma geometria que minimiza a perda de carga e aumenta a retenção de particulados. Ainda contando com o benefício da redução de ruídos. Os particulados são conduzidos aos funis de decantação onde toda a impureza é concentrada no funil, que pode ser ensacada ou queimada na fornalha.
Comando Operacional
Disponível em duas opções: standard e gerenciador. Com componentes padrões de mercado, monitoram a temperatura e controlam a descarga. A opção do gerenciado controla a geração de calor (caldeira, fornalha mecanizada) e pode se interligar ao sistema supervisório.
Norma de Segurança
O Brasil, como um dos países mais exigentes neste termo, o equipamento tem suas normas de segurança atendidas. NBRs e NPT 27.
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SEGURO
SEGURO DE RENDA É UMA NECESSIDADE NO AGRONEGÓCIO
E
ntende-se que o Seguro Rural é um dos mais importantes instrumentos de política agrícola, por permitir ao produtor proteger-se contra perdas decorrentes principalmente de fenômenos climáticos adversos. A Promissor Corretora de Seguros, em parceria com a Sancor Seguros, está disponibilizando aos produtores rurais o plano Seguro Agrícola MultiRisco Rural. Segundo o executivo de contas de seguros rurais Sancor, João Luiz Szimanski, o plano tem uma cobertura sobre seguro de produção garantia de até 70% da produtividade esperada e em caso de perdas por condições climáticas (seca, chuva excessiva, tromba d’água, granizo, ventos fortes, ventos frios, incêndios ou raios). Para Szimanski, a corretora busca trazer as melhores condições para atender os segurados. “O produtor precisa de três pilares para produzir com tranquilidade: preço, crédito e seguro. A Sancor vem de encontro com esses pilares, disponibilizando seguros com diferenciais de mercado e inclusive de preços”, comenta. Para o agropecuarista e também
vice presidente do Sindicato Rural, Anton Gora, o produtor precisa ter um ótimo seguro, mas principalmente um seguro de renda, existente nos maiores países do mundo e que ainda não tem disponível no Brasil. “Acredito que temos ótimos planos de seguros disponíveis no mercado, mas nós, representan-
tes do agronegócio, necessitamos de um plano que nos assegure não somente a cobertura da lavoura, e sim uma renda depois de uma safra, pois devido às variações de preços e da economia instável, precisamos ter uma proteção, caso tenhamos problemas com a venda na hora da colheita”, salienta Gora.
Anton Gora, João Luiz Szimanski e José Maneira (Promissor Seguros)
PORTE DE ARMA NO MEIO RURAL
E
m julho de 2016, o Projeto de Lei 3722/2012, do deputado Rogério Peninha Mendonça, que regulamenta a posse e porte de armas, aprovou o substitutivo do deputado federal Laudívio Carvalho. A proposta que até agora não foi aprovada pelo Senado Federal e sancionada pelo Presidente da República, Michel Temer, visa permitir o Porte Rural de Arma de Fogo. As exigências para a legalidade do
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porte de arma são: ser proprietário ou trabalhador rural, maior de 25 anos, residente na área rural, e que dependam do emprego de arma de fogo para proporcionar a defesa pessoal, familiar ou de terceiros, assim como, a defesa patrimonial. Para retirar a licença para o porte rural de arma é necessária a apresentação documental, comprovante de residência em área rural, atestado de bons antecedentes, além da necessi-
dade de demonstração de conhecimento básico sobre o uso do tipo de arma a ser licenciada e com cadastro e registro no Sistema Nacional de Armas (SINARM). A licença terá validade de 10 anos e é restrita aos limites da propriedade rural. Para consultar todas as exigências para adquirir e regularizar o porte de arma de fogo, basta entrar no site da Polícia Federal (www.pf. gov.br/servicos-pf/armas).
TRIGO E SOJA
SEMENTES GUERRA - EVOLUÇÃO DOS NOSSOS NEGÓCIOS Grupo Pitangueiras cria aliança estratégica com Sementes Guerra para fornecimento de sementes de soja e trigo de alta qualidade
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esde a chegada ao Paraná, a família Guerra foi uma das primeiras a investir no cultivo de soja, fundando em 1979 a Sementes Guerra. O conhecimento na área permitiu a produção de sementes de soja e trigo superiores, tornando a empresa um dos pilares dos negócios da família. Nos anos seguintes, a Sementes Guerra rapidamente ganhou mercado e reconhecimento por parte dos agricultores. No fim dos anos 1990, a empresa já contava com diversas unidades espalhadas pelo Paraná e produzia sementes de soja, trigo e milho híbrido com elevada tecnologia e qualidade. Em 2013, o Grupo inaugura uma nova sede em Pato Branco no “Parque Industrial da Reta Grande”. Com 300.000 m², o local abriga o escritório central, o centro de pesquisa e o laboratório, a unidade de armazenamento de cereais e uma das mais modernas UBS e TSI do Brasil, com capacidade para produzir 1.000.000 sacas de sementes de soja e trigo.
GRUPO PITANGUEIRAS + SEMENTES GUERRA – DUAS MARCAS FORTES, RENDEM O DOBRO DE BENEFÍCIOS PARA O AGRICULTOR! O objetivo principal desta parceria vencedora é de ofertar para o mercado atuante do Grupo Pitangueiras um amplo portfólio de sementes de soja e de trigo com qualidade diferenciada. A Sementes Guerra produz sementes dos mais renomados obtentores de germoplasma como Monsoy, TMG, Brasmax e Don Mario em soja. Em trigo, produz as marcas BioTrigo e Coodetec. Para esta safra, a Sementes Guerra disponibiliza ao mercado via Grupo Pitangueiras, a marca própria em semente de soja, a conhecida marca SG – Consulte os consultores do grupo para informações.
Uma das UBSs mais modernas do Brasil
Alta Qualidade Fisiológica – Germinação, Vigor e Classificação são
os diferencias deste amplo portfólio.
Sacaria Personalizada
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INCÊNDIOS AMBIENTAIS
OCORRÊNCIAS AUMENTAM NO PERÍODO DE INVERNO
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período de maior incidência de incêndios ambientais em Guarapuava vai de junho até setembro. No entanto, este ano, até 25 de maio, o Corpo de Bombeiros já havia registrado 50 ocorrências no município. Segundo a tenente do Corpo de Bombeiros, Karen Pedrosa, isso ocorre porque o inverno é bastante rigoroso na região, com geadas, que provocam o ressecamento da vegetação, matando-a. “Desta forma, esta vegetação fica muito propícia ao incêndio”, observa. A tenente chama atenção para o fato de que os incêndios quase nunca iniciam sozinhos, ou seja, sempre há a intervenção humana. “Observamos que grande parte dos incêndios são provocados. São pessoas que querem limpar o terreno, achando que vão controlar o incêndio. Mas isso não ocorre, pelos fatores que já mencionamos”. Quanto mais frio, mais incêndios ambientais. Segundo o Corpo de Bombeiros do Paraná, na última década, os anos que registraram o maior número de incêndios, em Guarapuava, foram 2013, com 434 atendimentos e 2016, com 557 atendimentos. Isso ocorreu justamente quando Guarapuava e região apresentaram um inverno mais rigoroso. “Anos em que as temperaturas não são tão baixas, a média
de atendimentos fica entre 200 a 300”, compara Karen. Para a tenente, a melhor forma de precaução é a conscientização. “As pessoas precisam estar conscientes que nesta época do ano não se deve queimar nada em ambiente aberto, seja em terrenos ou no campo, pois o fogo se propaga com muita facilidade, fugindo do controle. Caso a pessoa se depare com o incêndio, o primeiro passo é ligar para o Corpo de Bombeiros, para que possamos averiguar qual é a proporção e quais os riscos que está causando, para tomar as ações necessárias”, orienta.
Tenente do Corpo de Bombeiros em Guarapuava, Karen Pedrosa
IAP REALIZA DISTRIBUIÇÃO DE MUDAS NATIVAS DE FORMA GRATUITA O Instituto Ambiental do Paraná (IAP), por meio do Programa de Regularização Ambiental, realiza a distribuição gratuita de mudas nativas aos produtores rurais de todo o Estado. O objetivo é a recuperação das Áreas de Preservação Permanente, Reserva Legal e demais ações de Restauração. O projeto busca também fortalecer a formação dos corredores ecológicos do Estado do Paraná para a conservação da biodiversidade, incentivar o adensamento de áreas naturais e reflorestamento com espécies florestais nativas para exploração comercial e sustentável, incentivar a implantação de sistemas agrosilvopastoril (SAFs), projetos de fixação de carbono e ampliação
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das áreas verdes urbanas. Para obter as mudas o produtor deve se dirigir ao Escritório Regional mais próximo do IAP. Há possibilidade de fazer o pedido das plantas, pelo site do IAP, por meio do Sistema de Gestão. É necessário realizar um cadastro no sistema. Portanto, tenha em mãos os seguintes documentos: cópia do RG, CPF e Matricula do Imóvel que receberá as mudas para restauração; e coordenadas geográficas no formato UTM do local que receberá as mudas na propriedade. Em Guarapuava e região são distribuídas mudas nativas e frutíferas; como guabiroba, cereja, araçá, uvaia, bracatinga, juquiri, maricá, imbuia, pessegueiro bravo, angico, cobreiro e pinheiro do Paraná. As mudas são
distribuídas de acordo com a época em que a planta se desenvolve. É importante lembrar que de acordo com a Lei Estadual nº 6.174/70 – Estatuto do Servidor Público é proibida a venda das mudas e sementes e assim como a troca por vantagens de qualquer espécie, ficando o funcionário sujeito à responsabilidades e penalidades. Caso qualquer pessoa procure um produtor em nome do IAP com a intenção de comercialização, é necessário comunicar o Escritório Regional de sua cidade ou autoridade policial. Escritório Regional do IAP em Guarapuava: (42)3622-3630 / Rua Azevedo Portugal, 244, Centro. Horário de atendimento: das 8h30 às 12h e das 13h30 às 17h30.
AGROREVENDA
MF AGRO:
ADUBO, CEREAIS, CALCÁRIO E TRANSPORTE
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MF Agro é uma empresa criada para atender a necessidade de agropecuaristas de Guarapuava e região, em melhoria de comercialização e logística de insumos para a lavoura, calcário, adubo, sementes e cereais. Os sócios Neumar Fabrício Folador e Rafael Mores Diniz possuem experiência na área de logística e comercialização de insumos e cereais, onde já trabalham há mais de 10 anos. Dentro do portfólio de produtos, a MF Agro comercializa calcários dolomítico e calcítico, realizando cotações do produto posto na lavoura do cliente com baixo custo e qualidade logística, transportando o produto com bicaçambas, no granel, agilizando a entrega. Temos também uma linha de calcários especiais,
Produtividade
como filler com alto PRNT, blendado, proporcionando maior rentabilidade, reduzindo o custo com frete, para culturas como batata por exemplo. O gesso agrícola é outro produto que a MF Agro oferece, sendo este uma importante fonte de Cálcio (16-20%) e Enxofre (13-16%), sendo também transportados com bicaçambas, com agilidade e qualidade de entrega. O gesso possibilita um maior crescimento radicular em profundidade, aumentando a capacidade de resistência a estiagens e aumentando a absorção de nutrientes em camadas de solo até então inexploradas. A empresa também participa de cotações e venda de fertilizantes, proporcionando redução de custos na compra e qualidade logística. Em breve, a MF
EXCELÊNCIA EM NUTRIÇÃO
Comercialização
Agro terá linha completa em nutrição vegetal, com parceria Apex e sua linha inovadora com bioestimulante, lançamento exclusivo com photon, solução inédita no período vegetativo da planta. Produtos a base de turfa, algas, organomineral, extrato cítrico, manganês, zinco, magnésio, nitrogênio, fósforo e potássio líquido, boro e molibdênio sólido. Sendo incluso Apex Mix, Apex Zinco, Apex Magnésio e Quelatos Apex. Na área de comercialização, a MF Agro atua como corretora de cereais e sementes, tendo acesso as grandes tradings do mercado, mantendo o agricultor informado sobre o preço das principais commodities agrícolas e as tendências do mercado.
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PITANGA
SINDICATO RURAL: DIRETORIA COMEÇA GESTÃO 2017-2020
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Sindicato Rural de Pitanga realizou, no último dia 20 de abril, em sua sede, cerimônia de posse de diretoria. Com o ato, entidade oficializou o início da gestão de chapa liderada pelo presidente reeleito, Luiz Carlos Zampier. Estiveram presentes, ao lado de colaboradores e associados do Sindicato, autoridades e lideranças, como Maicol Geison Callegari Rodrigues Barbosa (Prefeito de Pitanga), Carlos Alberto Brandalise (Vice-prefeito), Rogério Dangui Cleto (Presidente da OAB sub seção Pitanga) e Edson Flávio Hoffmann (Prefeito de Boa Ventura de São Roque). Em pronunciamento, Zampier agradeceu o apoio que tem recebido da diretoria e de sua equipe, reafirmou que prosseguirá com a qualificação permanente dos colaboradores da entidade e enalteceu o papel do Sistema FAEP na representatividade do setor rural. Ele antecipou que, para o período 2017-2020, uma das metas será a construção de um Centro de Eventos estruturado para o setor agropecuário. O espaço, segundo detalhou, incluirá ainda um Recinto de Leilões coberto, para proporcionar, a pecuaristas locais e compradores de outras regiões, as condições adequadas para a comercialização. Uma confraternização para os presentes encerrou a cerimônia. Fundado em 1968, o Sindicato Rural de Pitanga conta hoje com cerca de 500 sindicalizados ativos, possuindo extensões de base em Boa Ventura de São Roque, Mato Rico, Santa Maria do Oeste e Nova Tebas.
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FOCO NO FORTALECIMENTO DOS PRODUTORES RURAIS Em entrevista à REVISTA DO PRODUTOR RURAL, o presidente reeleito do Sindicato Rural de Pitanga, Luiz Carlos Zampier, enalteceu o apoio de seus colegas de diretoria e da equipe da entidade durante a gestão que se encerrou. Na agenda de trabalho para 2017-2020, antecipou alguns dos tópicos mais importantes. RPR – Quais os principais pontos que o senhor destacaria na gestão que se encerrou? Zampier – Eu diria que a participação dos diretores é
fundamental. Temos o privilégio de ter uma diretoria extremamente atuante. Por ser uma diretoria toda voluntária – não existe salário, não existe jeton – cada membro participa voluntariamente: abre um espaço na sua agenda profissional e se dedica ao sindicato. O sindicato tem que ser 100% do tempo vigilante, para defender os interesses do produtor rural. Os tempos vão passando e a cada dia aparecem si-
tais. Na declaração de ITR, chegamos a 3 mil. É um trabalho árduo. Temos que fazer um verdadeiro mutirão de funcionários, sempre no mês de setembro.
PRP – Para esta gestão que está iniciando, quais os principais objetivos? Zampier – Na questão ambiental,
Zampier, reeleito para a presidência do Sindicato Rural de Pitanga
tuações novas. O produtor rural sofre com falta de políticas agrícolas adequadas e suficientes, como crédito rural, garantia de preço mínimo, estímulo à produção. Há os problemas de logística. Temos na nossa região frete caro, estradas ruins. Essa vigilância é permanente. Além de coisas que estão acontecendo agora, como reforma da Previdência, reforma trabalhista. Passamos pelo Código Florestal Brasileiro, que foi renovado. Agora, a questão do Funrural. Enfim, diuturnamente, a vigilância é importante. Temos hoje um grupo de 12 funcionários. Nossa meta é cada vez mais profissionalizar esses funcionários. São eles que nos representam aqui, no dia a dia. Pitanga tem uma característica muito interessante: os produtores rurais – a maioria – moram na propriedade. Poucos moram na cidade. Cada vez que eles vêm para a cidade, usam o sindicato como uma base de apoio para procurar informações. Aqui, eles fazem declarações de ITR, marcam os cursos do SENAR-PR, tratam das documentações para os benefícios sociais, fazem a contabilidade das propriedades – todo o registro de funcionários, holerite mensal, assinaturas digi-
temos de brigar pelo excedente que temos. Não temos 20%, temos mais de 30%. E queremos uma compensação por este excedente. Isso é um direito. É um assunto espinhoso. Mas nós queremos tratar deste assunto. Também temos o projeto de um Centro de Eventos e um Recinto de Leilões. A pecuária de Pitanga não tem mais um espaço adequado para a comercialização dos animais. O Sindicato Rural está com o projeto elaborado, com a área comprada, na beira da rodovia, na entrada da cidade. Uma área que foi estudada para se fazer a aquisição. Agora concluímos o projeto e apresentamos esta noite, aqui, a todos os presentes, para que conheçam. Pretendemos dentro do próximo ano inaugurar este Centro de Eventos e o nosso Recinto de Leilões.
PRP – Isso significa que as obras começariam já neste ano? Zampier – Este ano, começamos as
obras e queremos ver se não demoramos muito para terminar.
PRP – Algum outro ponto de destaque na agenda da diretoria para estes próximos anos? Zampier – Queremos manter viva a
nossa representatividade junto às comissões na FAEP. Temos aqui suinocultura forte, bovinocultura de corte, temos uma bovinocultura de leite muito forte, produção de grãos. Então, queremos esta repre-
SINDICATO RURAL DE PITANGA
DIRETORIA 2017 A 2020 Presidente Luiz Carlos Zampier Vice-Presidente João Marco Nicaretta Secretário Luiz Carlos Machiavelli Petrechen Filho Tesoureiro Anselmo Coutinho Machado SUPLENTES DE DIRETORIA
José Luiz Nervis Cladirio Luiz Zanetti Maria Helena da Silva Rafaeli CONSELHO FISCAL Sérgio Luiz Grande João Luiz Dante Cleverson Schon Cleve SUPLENTES CONSELHO FISCAL Sadi Sabino Markoski Antônio Augusto Lopes Izidoro Tarcisio Sagrillo Delegado Representante Luiz Carlos Zampier Suplente Delegado Representante Paulo Greggio
sentatividade. O produtor de Pitanga tem que ser bem representado e o Sindicato Rural é o lugar para isso. Estamos sempre prontos a acolher as reivindicações, os anseios que nosso associado tem. Queremos prestar o melhor serviço possível e para isso temos que avançar. Qualificar nossa equipe, avançar na qualificação de produtores através dos cursos do SENAR-PR, o que é de fundamental importância. Esta região carece muito disso. São cursos básicos, mas fundamentais para que o produtor tenha permanência, sucesso na atividade que desenvolve.
Projeto do Centro de Eventos inclui Recinto de Leilões coberto REVISTA DO PRODUTOR RURAL DO PARANÁ
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COOPERATIVA DE CRÉDITO
TAXA DE JUROS EM QUEDA TRAZ OPORTUNIDADES DE INVESTIMENTOS
Por Felipe de Oliveira Azevedo Gerente de Produtos de Investimento do Banco Cooperativo Sicredi
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o atual cenário de queda de juros, quem tem investimentos deve estar se perguntando se vale a pena manter suas aplicações em renda fixa mesmo com a tendência de uma taxa de juros ainda menor daqui em diante. A resposta é sim, a renda fixa continua vantajosa mesmo com esse novo cenário. Apesar da expectativa de uma queda maior na SELIC, a taxa de juros real (juros menos inflação) deve ficar em um patamar bastante elevado. Mesmo em meio ao ciclo de redução de juros, que em tese favorece o deslocamento do aplicador para opções de investimentos de maior risco, as aplicações em renda fixa devem representar por um bom tempo a maior parcela das aplicações financeiras dos investidores. Contudo, aquele investidor que ficou acostumado a uma rentabilidade acima de dois dígitos ao ano vai ter de se mexer um pouco mais a partir de agora para conseguir este mesmo retorno. É necessário informar-se sobre as ofertas disponíveis no mercado para, conforme sua disponibilidade de capital, montar sua carteira. O primeiro passo é entender qual é o perfil de risco do investidor para saber como
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ele está disposto a fazer mudanças que possibilitem uma maior rentabilidade. Para aplicações mais conservadoras, a poupança volta a ganhar força, principalmente para o pequeno investidor que deseja liquidez imediata. Em razão da isenção de Imposto de Renda para Pessoa Física e simplicidade, o produto torna-se ainda mais atrativo. Outras opções são os títulos tradicionais de Renda Fixa (CDB dos bancos, RDC para as cooperativas de crédito). Este tipo de investimento é como um “empréstimo” realizado pelo investidor ao banco, que oferece ótimos rendimentos. Nestes produtos, a rentabilidade pode ser atrelada ao Depósito Interfinanceiro (chamado de DI ou CDI) ou pré-definida no momento da aplicação. Em relação às opções de aplicações para diversificação de portfólio, pode-se optar pelos Fundos de Investimentos. Há fundos expostos a todo tipo de mercado, da renda fixa mais conservadora a fundos que investem em várias classes de ativos. Por meio dos fundos, o investidor terá acesso a uma gestão profissional e a uma carteira já diversificada, ainda que em uma úni-
ca classe de ativos. E tudo isso com bem menos recursos do que seriam necessários para montar uma carteira por conta própria. Para os investidores de perfil moderado e arrojado, que buscam retorno mais significativos no médio e longo prazo, uma das apostas para o cenário de juros a um digito são os fundos de investimentos classificados como Multimercados, ou seja, aqueles compostos por um mix de ativos (cambio, derivativos, ações e renda fixa). Diante deste cenário de queda de juros, a diversificação de aplicações bem feita é a melhor amiga dos investidores que querem mitigar riscos e garantir uma boa rentabilidade no médio e longo prazo. Ela é muito importante na construção de patrimônio e deve ser elaborada de acordo com os objetivos de quem investe. O Sicredi, instituição financeira cooperativa com 3,5 milhões de associados e atuação em 20 estados brasileiros, oferece essas e outras alternativas, com um portfólio completo para atender os associados, desde o pequeno poupador até o grande investidor.
Acesse o leitor de QR Code do seu celular e assista ao vídeo institucional do Sicredi, disponível também no endereço: youtube.com/sicredioficial. Venha fazer junto com a gente!
Educação Financeira Doméstica O Sindicato Rural de Guarapuava sediou no dia 10 de maio, a palestra sobre Educação Financeira Pessoal e Doméstica, promovida pelo Sicredi aos seus colaboradores e familiares. O evento abordou economia familiar e fez parte da programação da Semana de Educação Financeira. O palestrante Elso Maximowski apresentou o tema de uma forma simples e direta. “A intenção maior é que as pessoas repensem seu orçamento familiar e coloquem em prática os três princípios básicos para uma vida financeira saudável, ou seja, não gastar tudo o que ganha, não gastar mais do que ganha e não gastar antes de ganhar”.
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REPORTAGEM
Mulheres do Campo
A série de reportagens Mulheres do Campo tem o objetivo de homenagear mulheres que contribuem para o desenvolvimento da agropecuária regional. As homenageadas desta edição são Marinez Bona Muzzolon, Gabriela Abt Tratz, Verônica Dautermann Stötzer e Rosita Praetorius de Lima Malinoski.
Rosita Praetorius de Lima Malinoski
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Nascida no Rio Grande do Sul, no município de Sirico, próximo a Passo Fundo, Rosita Praetorius de Lima Malinoski, mora há 42 anos no Paraná. Casada com Vicente Malinoski há 28 anos, é mãe de cinco filhos (5 homens!) e está à frente da administração dos negócios de erva-mate que a família possui na região
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do distrito de Guará há 26 anos. Uma gaúcha batalhadora, extrovertida e de muita personalidade. “Vim para Guarapuava, com 16 anos, logo me casei e fomos morar na propriedade do meu sogro. Na época, nem imaginava a riqueza que ele tinha em suas terras. Ele lidava com pecuária e não tinha planos de trabalhar com erva-mate”. Mas com um olhar empreendedor, o casal, ainda jovem, enxergou uma
perspectiva diferente de ampliar os negócios. Começaram então a comercializar a erva nativa, que há anos estava ignorada na fazenda. Com o passar do tempo, além de plantar, colher e vender o produto, Rosita e o marido resolveram dar um passo ainda maior, firmando parceria com um familiar da cidade de Turvo, para o beneficiamento da erva-mate, comercializando Sidro Mate até os dias atuais.
Gabriela Abt Tratz
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abriela Abt Tratz, filha do casal de trabalhadores rurais Magdalena e Rudolf Abt, não planta soja, milho e nem produz carne ou leite. Seu produto não alimenta a boca, mas sim os olhos e a alma. O que ela faz é produzir flores, que enfeitam os locais e encantam a muitos. Há 20 anos na atividade, ela afirma que tudo começou por acaso, quando as flores nem eram o objetivo principal. “Minha irmã, Hildegard Abt, me convidou para trabalhar com ela. Na época, eu era dona de casa e não gostava da atividade. A ideia inicial era a produção de árvores, mas na época não deu certo. Então, resolvemos investir em flores”. Mas mesmo por acaso, desde que começou com produção, Gabriela nunca pensou em desistir. Destemida é uma palavra que a define bem. Em 1998 surgiu um grupo de produtores de flores, no distrito de Entre Rios, em Guarapuava, local onde está instalado o viveiro de Gabriela, mas todos os produtores,
Verônica Dautermann Stötzer
ao longo dos anos, foram desistindo da atividade. Menos ela. “Nunca pensei na possibilidade de desistir”. Há nove anos, ela conduz sozinha o viveiro de flores, que atualmente, é uma empresa. São as flores de Gabriela que enfeitam os canteiros de Guarapuava e de muitas cidades da região. “Meu principal mercado hoje é a participação nas licitações de Prefeituras Municipais”. Persistência e prezo pela qualidade, segundo ela, são
os segredos para que seu negócio tenha sobrevivido, mesmo quando todos desistiram. “Me sinto muito orgulhosa por estar indo tão bem com minha produção. Posso ajudar em casa, ajudar meus filhos, vivo uma vida confortável. Isto se deve a todo meu esforço e digo pra qualquer um que queira começar um negócio: para sobreviver em meio a tantas dificuldades, é importante nunca perder a qualidade”.
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erônica Dautermann Stötzer, filha de imigrantes alemães, sempre teve contato com o meio rural. Animada e de bem com a vida, ela conta que desde criança aprendeu a realizar muitas atividades na lavoura, inclusive a dirigir trator e colheitadeira em épocas de plantio e colheita. Casada com o produtor rural Erich Stötzer, ambos trilham um caminho de sucesso há 33 anos. As atividades são o cultivo de grãos e a ovinocultura. Enquanto o marido está na lavoura, Verônica cuida da parte administrativa e REVISTA DO PRODUTOR RURAL DO PARANÁ
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financeira da propriedade. Ela também se encarrega de cuidar da pecuária da fazenda, onde mantém um plantel de 300 ovelhas de corte. A produtora faz questão de ressaltar que as duas propriedades, em Guarapuava e Pinhão, são dirigidas somente pela família. Orgulhosa, conta que seus três filhos trabalham juntos. Flávio é engenheiro
ambiental, Daniel estuda Engenharia Elétrica e Erikson é agrônomo. “Sempre fomos muito unidos. Desde o início, meu marido e eu trabalhamos juntos e passamos essa união aos nossos filhos, que são bastante trabalhadores e dedicados à atividade”. Verônica, além de apaixonada pela família, é apaixonada pelo campo. Ela afirma que não
há lugar que ela esteja mais feliz. “Sou produtora rural com muito orgulho. E como mulher, acredito que temos a mesma capacidade dos homens. Com esforço e dedicação, não há dificuldades. Podemos administrar a fazenda, plantar, colher, cuidar dos animais. A mulher pode fazer o que quiser e chegar longe”.
seu jeito sereno e calmo, nem imagina as dificuldades pelas quais passou. “Quando precisei virar uma produtora rural, de fato, foi um momento muito difícil na minha vida. Meu casamento não estava nada bem e, além disso, perdi minha filha mais velha em um acidente. Ela tinha 23 anos, havia se formado em agronomia fazia um ano e já estava trabalhando na área. Precisei segurar uma barra muito pesada”. Foi quando Marinez decidiu ser cooperada da Coamo para encontrar um apoio. “No começo eu chegava na Coamo, sentava na frente do gerente e chorava. Não sabia o que fazer. Tinha medo de me endividar, de não dar
certo e de não dar conta de tudo”, relembra. Mas como tudo passa, Marinez superou aos poucos suas dificuldades e medo. Desde então, vem tocando a propriedade com êxito. “Me dei conta de que realmente precisava fazer isso. Então comecei a encarar as coisas, a participar de tudo: reuniões e palestras que a cooperativa proporcionava. Até curso de regulagem de plantadeira eu fiz”, conta. Atualmente, ela cultiva 30 alqueires de soja e conta com a ajuda de um casal de funcionários, que estão há 20 anos na propriedade, além da filha Fernanda, que também atua na atividade.
Marinez Bona Muzzolon
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arinez Bona Muzzolon é filha dos produtores rurais Lydia e Octávio Muzzolon. Após o falecimento de seu pai, a fazenda localizada no município de Cantagalo foi dividida entre os quatro irmãos. Apenas Marinez e seu irmão Paulo Cesar Muzzolon continuaram na atividade. Ela conta que nem sempre esteve à frente da propriedade. “Quando estava casada, era meu ex-marido que tomava conta de tudo”. Mas há 15 anos, muita coisa mudou em sua vida. Ela se divorciou e precisou tomar as rédeas. Quem conversa com Marinez, com
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NOZES PECÃ
IMPORTÂNCIA DA MATÉRIA ORGÂNICA PARA A CULTURA DA NOGUEIRA-PECÃ Engenheiro Agrônomo MSc. Julio Cesar F. Medeiros CREA 15.364-D - Eng. Agrônomo pela UFLA, especialista em nutrição de plantas Responsável Técnico Viveiros Pitol JMedeiros Consultoria – E-mail: jmedeiros@pannet.com.br
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conteúdo de matéria orgânica é uma das propriedades mais importantes do solo. Este índice tem relação direta com a disponibilidade de nutrientes bem como com a capacidade de retenção de água no solo. As formas mais comuns de adicionar matéria orgânica ao solo são a aplicação direta de fontes como os dejetos de suínos, ovinos, aves e bovinos, ou mediante a aplicação de compostos orgânicos. Uma fonte indireta muito importante é a utilização de plantas de cobertura. Estas plantas, além da proteção que proporcionam ao solo, mediante os benefícios da redução da amplitude térmica, da fixação simbiótica de nitrogênio - caso das leguminosas como a ervilhaca, os trevos, a mucuna e o guandu, por exemplo, tem também grande importância na ciclagem de nutrientes das camadas mais profundas do solo para a superfície, caso do nabo forrageiro, que com seu vigoroso sistema radicular pivotante promove este importante benefício ao solo e às plantas cultivadas. Um elemento químico como o nitrogênio, de grande instabilidade no solo, que pode perder este nutriente, tanto por lixiviação (no perfil do solo) como por volatilização (na atmosfera), tem possibilidade de armazenamento nas estruturas das plantas, com posterior liberação mediante sua decomposição. Outros benefícios importantes são do ponto de vista das propriedades físicas do
solo, mediante o aumento da estabilidade dos agregados em solos argilosos, reduzindo os efeitos da erosão, melhorando a drenagem e aumentando a infiltração de água no solo. Em solos arenosos os benefícios se traduzem principalmente no aumento da capacidade de retenção de água e nutrientes no solo, o que se traduz em melhorias nas suas propriedades biológicas e químicas. Um outro aspecto fundamental proporcionado pela matéria orgânica é o benefício aos microrganismos do solo, que interferem positivamente no incremento de produtividade, mediante o aumento
na atividade do solo, que proporciona a liberação de nutrientes que, embora presentes, anteriormente poderiam estar indisponíveis às plantas. Além disso, um solo com bom teor de matéria orgânica e, em consequência, bom nível nutricional, proporciona uma melhor sanidade das plantas, reduzindo os custos com aplicações de defensivos agrícolas. Um fator importante a ser considerado é que a elevação do teor de matéria orgânica de um solo deve ser visto como uma estratégia de manejo a longo prazo, embora os benefícios para o sistema solo-planta sejam observados no curto prazo.
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SUCESSÃO FAMILIAR
PROGRAMA HERDEIROS DO CAMPO INICIA EM GUARAPUAVA Famílias de produtores rurais participam dos encontros para tratar da sucessão familiar
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Programa Herdeiros do Campo trata sobre a sucessão familiar, um tema importante, porém pouco debatido entre as famílias. O SENAR-PR desenvolveu o Herdeiros do Campo com o objetivo de ajudar os produtores rurais e familiares a conduzir a sucessão familiar de uma maneira mais fácil, despertando os participantes para a importância do planejamento sucessório nas dimensões: propriedade, família e empresa. Em Guarapuava, o programa iniciou em junho, com uma grande participação das famílias da região. O Herdeiros do Campo acontece em cinco encontros semanais e a cada módulo trata de um tema específico, que envolve os familiares e contribui para o planejamento sucessório, a vi-
são estratégica, custos de produção até a mediação de conflitos. No primeiro encontro, conduzido pela instrutora e advogada Rariana Marine Rodrigues Castanho, foram abordadas questões jurídicas e de governança. “Conversar e pensar sobre o assunto é algo que poucos estão dispostos a fazer, mas a primeira turma de Guarapuava decidiu tomar a responsabilidade para si e as famílias participantes destacaram-se pelo comprometimento, dedicação e foco no primeiro dia do programa. Parabenizo os membros do Sindicato, a mobilizadora e as famílias participantes pelo compromisso e apoio. Vocês permitem que o papel de facilitador cruze as barreiras da sala de aula”, observou Rariana.
Para o participante do Herdeiros do Campo, Ruy Laureci Alves Teixeira Neto, filho da produtora rural Maria do Rocio Alves Teixeira de Araújo, o momento foi muito importante para ele e sua mãe. “Achei muito interessante. O primeiro encontro esclareceu muitas dúvidas que normalmente tentávamos descobrir sozinhos. Nossa mãe sempre falou que queria que continuássemos com os negócios e com a propriedade. Acredito que teremos uma boa orientação nestes encontros sobre principalmente como conduzir naturalmente a sucessão familiar da nossa propriedade”, disse Teixeira Neto. Os próximos encontros serão conduzidos pelo instrutor Luiz Antônio Tiradentes, que irá acompanhar o grupo até a conclusão.
ENCONTROS Terceiro encontro Primeiro encontro
Sucessão e governança na empresa rural, que discute a dimensão do patrimônio e suas implicações incluindo o herdeiro e o possível sucessor.
Segundo encontro
Visão Estratégica da empresa rural, ajuda a compreender o negócio da família promovendo um diálogo entre as gerações.
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A empresa rural e seus cenários, tratase de como entender o negócio da família e seus cenários promovendo um diálogo entre as gerações.
Quarto encontro
Mediação de conflitos e a construção da confiança que contempla como compreender sob a ótica do relacionamento humano o impacto da gestão emocional na empresa familiar.
Quinto encontro
O aprendizado e a prática permite fortalecer a compreensão das dimensões para o planejamento sucessório.
Conclusão
consultoria 2 horas por família.
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LEGISLAÇÃO
Fábio Farés Decker e Laiane Cordeiro Maibuk1 Aliança Legal dos escritórios Decker Advogados Associados e Trajano Neto e Paciornik Advogados
APOSENTADORIA DO PRODUTOR RURAL
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o artigo publicado na edição passada, falamos um pouco sobre aposentadoria por idade urbana e rural para os agricultores familiares. Neste artigo, contudo, abordaremos a questão da aposentadoria do médio e grande produtor rural, ou seja, os produtores empregadores, que possuem empregados fixos e uma área maior que 4 (quatro) módulos fiscais. Vale mencionar que o INSS tem negado milhares de pedidos de aposentadoria rural com base na ausência de documentos que comprovem a atividade, e, principalmente, pela falta do recolhimento da contribuição previdenciária por parte do produtor rural. Pois bem. Para estes produtores rurais empregadores, o tempo do recolhimento da contribuição previdenciária é o requisito necessário para que possam usufruir dos benefícios da Previdência Social. Sendo assim, não basta apenas exercer a atividade, é necessário se inscrever na Previdência Social e contribuir mensalmente por no mínimo 15 (quinze), ou por maior tempo de contribuição, quando o INSS analisa caso a caso. Quando falamos em contribuição previdenciária, nos referimos ao carnê próprio de recolhimento, o que não se confunde com o FUNRURAL (2,3% sobre a produção), como muitas pessoas pensam, uma vez que esta outra contribuição não se trata de um recolhimento para fins de aposentadoria ou qualquer outro benefício previdenciário. Autora também do artigo da edição anterior.
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O FUNRURAL é devido por todos os produtores rurais que comercializam sua produção rural, não tendo destinação para fins de aposentadoria. Portanto, mesmo que o produtor rural venha a se aposentar por suas contribuições como segurado, deverá continuar com o recolhimento do FUNRURAL, pois basta o fato gerador (venda da produção) para que se dê todos os elementos desta cobrança. Sendo assim, o produtor rural poderá se aposentar ao completar 65 anos, se homem, e 60 anos de idade se mulher, com tempo de contribuição de 15 anos ou 180 meses, diferentemente do trabalhador rural segurado especial que poderá se aposentar com 5 anos a menos de idade e com 180 meses de contribuição. Já na aposentadoria por tempo de contribuição, o produtor rural empregador é equiparado ao trabalhador urbano, que terá que comprovar o tempo total de 35 anos, se homem, ou 30 anos de contribuição se mulher, podendo soma o período urbano com o rural. Portanto, deve ficar claro que o produtor rural se enquadra como contribuinte individual, condição que pode ser estendida ao cônjuge ou companheiro do produtor que participe da atividade rural por este explorada. A Lei não faz referência aos filhos do produtor rural. Assim, os filhos maiores de 16 (dezesseis) anos que trabalham ou participem da atividade rural dos pais, ou serão enquadrados como segurados empregados ou como contribuintes individuais.
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BEZERROS
Comercialização girou em torno de R$ 1,2 milhão, segundo Gralha Azul
EM GUARAPUAVA, FEIRA REPETE TRADICIONAL SUCESSO
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Núcleo de Produtores de Bezerros de Guarapuava alcançou mais uma vez sucesso com a 43ª edição de sua Feira Estadual de Bezerros. Realizado durante a tarde do dia 7 de maio, no Recinto de Leilões Dário Silva Araújo, no Parque Lacerda Werneck, o evento chamou a atenção pela qualidade dos lotes conduzidos à pista: animais Angus, Braford, Brangus, Canchim, Charolês, Nelore, Tabapuã e cruzamentos industriais. Compradores encontraram excelentes opções para incrementar seus plantéis. Vendedores, preços à altura do elevado padrão dos bezerros. De acordo com a Gralha Azul Remates, responsável pela comercialização, a etapa de Guarapuava alcançou a melhor média de preços de um ciclo de feiras de bezerros iniciado em abril e promovido em municípios como Pinhão, Bituruna, Turvo, Pitanga e Candói. Para bezerros, o valor médio foi de R$ 6,64/kg (peso médio 236 kg por animal). Entre as novilhas, R$ 6,00/ kg (peso médio 205kg por animal). Após o evento, a empresa estimou a movimentação em torno de R$ 1,2 milhão. Compareceram também à feira de
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Guarapuava, organizadores e lideranças rurais, como o presidente do Núcleo de Produtores de Bezerros, Cláudio Marques de Azevedo, o vice-prefeito do município, Itacir Vezzaro, o presidente da Sociedade Rural de Guarapuava, Denilson Baitala, o presidente da Cooperaliança, Edio Sander, e o presidente do Sindicato Rural de Guarapuava, Rodolpho Luiz Werneck Botelho. A entidade sindical foi uma das apoiadoras do evento. Como já é tradição, antes do início das vendas, a programação iniciou com destaque para os criadores dos melhores lotes de animais. Organizadores e lideranças convidaram os pecuaristas ganhadores a receber seus troféus e o aplauso dos demais participantes (Confira nomes e categorias no box desta matéria). Em entrevista para a REVISTA DO PRODUTOR RURAL, o presidente do Núcleo de Produtores de Bezerros de Guarapuava ressaltou que o padrão e a diversidade dos animais, por mais um ano, consolidaram a feira de Guarapuava como um dos melhores espaços, no Paraná, para a aquisição de bezerros. “Tanto os machos, quanto as fêmeas, tiveram, na qualidade, o ponto
Cláudio M. Azevedo, pres. do Núcleo de Criadores de Bezerros de Guarapuava
alto – um leque de raças que atendeu à necessidade de todos os compradores. Havia animais leves e pesados. Aqui, o produtor pode escolher de acordo com aquilo que precisava. As médias, tanto de bezerros, quanto de bezerras, foram as maiores de todos os leilões do circuito das feiras. Isso tradicionalmente deve-se à qualidade dos animais trazidos aqui pelos associados do Núcleo de Produtores de Bezerros de Gua-
rapuava”, avaliou. Azevedo também disse ter visto, na presença predominante de pecuaristas do centro-oeste e centro-sul do Paraná, um ponto positivo: “Os compradores, a maioria é daqui, da região: vários terminadores da Cooperaliança – acredito que eles devem ter comprado mais de 50% dos animais – e algumas pessoas de fora, que vieram contribuir para o êxito da comercialização”.
Ainda de acordo com o presidente do Núcleo, o evento desempenha a função de parâmetro para negócios no segmento regional. “A Feira de Bezerros de Guarapuava é um balizador de preços para a comercialização que acontece fora do leilão. O mercado, o vendedor de bezerros precisa dessa referência. Com isso, ele sabe em quanto está girando o preço, quanto é um preço justo. Então, temos que manter esta tradição, continuar com esta feira”, observou Azevedo. Quem também fez uma avaliação positiva da feira foi o leiloeiro Max Tedy de Col Teixeira. “Esta foi uma feira excepcional em todos os sentidos: a qualidade
Max T. C. Teixeira, leiloeiro da Gralha Azul
dos animais, a liquidez e principalmente o preço médio, que superou todas as expectativas. Prova de que qualidade merece investimento. Os criadores investiram porque sabem que têm um retorno rápido e garantido”, afirmou.
Aos pecuaristas, feira ofereceu amplo leque de raças e cruzamentos
Troféus destacam melhores lotes Conforme a tradição, a Feira de Bezerros de Guarapuava destacou, em sua abertura, os melhores lotes de animais. Organizadores e lideranças convidadas entregaram aos proprietários troféus do Núcleo de Criadores de Bezerros de Guarapuava como forma de reconhecimento pela qualidade do gado colocado em pista.
Bezerros:
Lote: Cruzamento Industrial de Bezerros (Lote 29) Criador: Rodolpho Tavares Junqueira Botelho
Lote: Padrão de Bezerros (Lote 27) Criador: Oswaldo Rodrigues Barbosa
Lote: Novilho Precoce (Lote 19) Criador: Rodolpho Luiz Werneck Botelho
Lote: Melhor Lote de Bezerros (Lote 39) Criador: Oswaldo Rodrigues Barbosa
Entrega do troféu: Edio Sander [à dir.], presidente Cooperaliança
Entrega do troféu: Denilson Baitala [à dir.], presidente Sociedade Rural
Entrega do troféu: Cláudio M. Azevedo [à esq.], pres. Núcleo de Criadores de Bezerros
Entrega do troféu: Itacir Vezzaro [à dir.], viceprefeito Guarapuava
Lote: Cruzamento Industrial de Bezerras (Lote 65) Criatório: Fazenda Três Palmeiras/Três Ranchos
Lote: Padrão de Bezerras (Lote 64) Criador: Márcio Pacheco Marques
Lote: Reprodução (Lote 72) Criador: Edmar Lídio Parteka
Lote: Melhor Lote de Bezerras (Lote 63) Criador: Oswaldo Rodrigues Barbosa
Entrega do troféu: Rodolpho Botelho [à dir.], presidente Sindicato Rural
Entrega do troféu: Denilson Baitala [à dir.], presidente Sociedade Rural
Entrega do troféu: Edio Sander [à dir.], presidente Cooperaliança
Entrega do troféu: Itacir Vezzaro [à dir.], viceprefeito Guarapuava
Bezerras:
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CAMPO FUTURO
PROJETO LEVANTA CUSTOS DA BOVINOCULTURA DE CORTE
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uarapuava sediou, no dia 26 de maio, a última de seis rodadas do Projeto Campo Futuro - Bovinocultura de Corte, um painel promovido pela Confederação Nacional da Agricultura (CNA), Sistema Federação da Agricultura do Paraná (FAEP) e Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (CEPEA), da Esalq/ USP, para levantar os custos da pecuária de corte nas principais regiões produtoras do Paraná. Coordenado por representantes das entidades organizadoras, como o veterinário Juliano Hoffmann (CNA), o zootecnista Guilherme Souza Dias (FAEP) e os agrônomos Giovanni Penazzi e Rildo Moreira (ambos do CEPEA), o encontro ocorreu no Sindicato Rural de Guarapuava, reunindo produtores rurais, profissionais ligados à agropecuária, membros de cooperativas e da regional da SEAB. Eles debateram o que seria, em 2016, o perfil de uma propriedade de bovinocultura de corte típica do centro-sul paranaense e os custos dos diversos fatores de produção. Os dados foram inseridos na planilha do Projeto Campo Futuro, para servirem de parâmetro para produtores. Ao final da reunião, Rildo Moreira disse ter visto, na região, uma situação de maiores lucros. “Como aqui tem esta característica muito própria da integração com a lavoura, o próprio perfil da fazenda e dos participantes é diferente. Isso explica um pouco desta rentabilidade maior”, assinalou. Mas observou que os investimentos em infraestrutura, como máquinas e benfeitorias, e em pastagem, são significativos. O agrônomo do CEPEA concluiu afirmando que a pecuária, em geral,
Bezerros: preço foi destaque em 2016, mas taxas de nascimento ainda precisam evoluir
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Encontro reuniu produtores e profissionais de Guarapuava
Agrônomo Rildo Moreira (CEPEA)
Zootecnista Guilherme Dias (FAEP)
pode ser mais rentável do que na maioria dos casos. “Mas tem que ser feita de uma maneira adequada. Você não pode simplesmente largar o boi no pasto. A tecnologia existe, está aí, precisa ser implementada”, destacou. Ele argumentou ainda que nem sempre é preciso um alto desembolso, porém mudar o ponto de vista de que a atividade não dá dinheiro. “Toda hora a gente ouve isso. Primeiro, precisamos quebrar a barreira do que as pessoas acham”. Para o zootecnista Guilherme Souza Dias, os encontros permitem delinear também um perfil atual da bovinocultura de corte no Paraná: no ano de 2016, um fato novo foi a maior rentabilidade
na atividade de cria, mas um quadro antigo é a necessidade de melhor eficiência. “Há muito que se investir em melhoria de pastagens, que é a base do sistema produtivo. Ainda precisamos dar condições para os animais terem índices zootécnicos mais interessantes. Um ponto que ressaltamos, no Plano Pecuária Moderna, é a taxa de natalidade das matrizes, que ainda está bastante aquém da ideal”, disse. Dados oficiais contidos no plano, lembrou, apontam para uma média de 65%, enquanto o ideal seria acima de 80%. Os encontros do Projeto Campo Futuro ocorreram em Londrina, Santo Antônio da Platina, Paranavaí, Umuarama, Cascavel e Guarapuava.
OVINOCULTURA
“CAFÉ COM OVELHAS COOPERALIANÇA” Troca de conhecimento em clima de descontração
A
conteceu no dia 25 de maio, o Café com Ovelhas da Cooperaliança. Um bate papo produtivo sobre manejo do cordeiro, acompanhado de um delicioso café da tarde. Na propriedade da cooperada Geny Lacerda Roseira Lima, Fazenda do Poço, os cooperados assistiram uma palestra técnica e prática da Médica Veterinária Letícia Perussolo, da Cooperaliança,sobre manejo do cordeiro. Cooperados e colaboradores reforçaram o conhecimento sobre os cuidados com a ovelha antes, durante e após o parto; suas necessidades nutricionais e seus manejos para que o cordeiro receba os nutrientes e cuidados necessários. “Todas as fases da produção de cordeiros são importantes, mas é imprescindível uma atenção maior com a fêmea da cobertura até o parto. O desenvolvimento do cordeiro depende muito do estado corporal da ovelha e sua habilidade materna”, observou a médica veterinária. Na ocasião, também foi comentado sobre as formas de identificação do cordeiro, seu controle zootécnico e os resultados positivos da rastreabilidade. “Ter o controle zootécnico da propriedade e poder avaliar seus índices torna mais fácil e segura à gestão da atividade, pois se não podemos medir, não conseguimos gerenciar e melhorar”, comentou Janayna Navroski, gerente técnica do Projeto Ovinos da Cooperaliança. Segundo Adriane Araújo Azevedo, vice-presidente da Cooperaliança e responsável pelo segmento de ovinos da cooperativa, o “Café com Ovelhas” tem sido um sucesso. “É o segundo ano que realizamos o evento nesse formato, onde trocamos informações e conhecimento técnico com os cooperados em um clima de descontração”, comemorou.
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ACONTECEU
SIMPÓSIO REGIONAL DE BOVINOCULTURA DE LEITE A comissão organizadora do Simpósio Regional da Bovinocultura de Leite prossegue os trabalhos de preparação do evento. Uma das mais recentes reuniões ocorreu no dia 25 de abril, no Sindicato Rural de Guarapuava. O objetivo foi debater e definir qual deverá ser a programação. Promovido de dois em dois anos, o simpósio teve sua primeira edição em 2015, no Sindicato Rural, tornando-se já em seu primeiro ano uma referência de evento técnico do setor leiteiro no centro-sul do Paraná. Em 2017, a programação acontecerá entre os dias 4 e 6 de outubro. Participam da organização: Sindicato Rural, Unicentro, Coamig, Emater e Secretaria Municipal de Agricultura de Guarapuava, com apoio de empresas do setor.
ALEVINOS DE MAIO A última entrega de alevinos antes do período de inverno, oriunda da parceria entre o Sindicato Rural de Guarapuava e Piscicultura Progresso, foi realizada no dia 5 de maio. Os pedidos neste ano serão retomados no mês de outubro.
Everaldo Bastos
Marcio Campello
Altamir Jureczek
Claudineia Fornazzari
Maurício Camargo
Rafael Demarco
Rosane R. da Silva, Clodoaldo Chimeris, Elaine Chimeris, Pedro e Hian Chimeris
LEITE COMPETITIVO O Instituto Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater) realizou dos dias 16 a 18 de maio, no Sindicato Rural de Guarapuava, um encontro com os técnicos do Projeto Leite Competitivo Sul-Cantu, que pertencem as cidades de Curitiba, Irati, Ponta Grossa, União da Vi-
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tória, Guarapuava e Laranjeiras do Sul. O gerente técnico do projeto, Arnaldo Bandeira, explicou que o projeto realiza a cada três meses uma oficina com a equipe para avaliar metas e resultados. “Aproveitamos também para fazer uma capacitação técnica e um cronograma dos próximos três meses de trabalho”, complementou. Desta vez, como explicou Bandeira, foram deba-
tidos temas como planejamento forrageiro, criação de fêmeas para reposição, controle da reprodução e uma ferramenta de controle de receitas e despesas, que auxilia na gestão de custos.
FOSFONATOS
MUITO ALÉM DA NUTRIÇÃO Fosfonatos, balanço metabólico e autodefesas
Mário Lúcio Vilela de Resende, Ph.D Professor da Universidade Federal de Lavras (UFLA) - E-mail: mlucio@dfp.ufla.br
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papel dos diferentes nutrientes no crescimento e desenvolvimento das plantas é um dos assuntos mais bem estudados em produção vegetal, o que permitiu grandes saltos de produtividade das culturas nas últimas décadas. Sabe-se que os nutrientes desempenham papel central nas funções essenciais, como respiração e fotossíntese. Da mesma forma, o metabolismo secundário, que exerce papel adaptativo ao meio, de autodefesa contra herbívoros e microrganismos, atração de insetos benéficos e proteção contra raios UV, é fortemente dependente do status nutricional das plantas. Fosfatos, fosfitos e fosfonatos são compostos à base de fósforo, nutriente extremamente importante para os organismos vivos e que está envolvido em vários ciclos biológicos. Usualmente os fosfatos são os compostos pelos quais o nutriente é suprido às plantas, tratando-se basicamente de produtos derivados do ácido ortofosfórico (H3PO4). Os fosfonatos são moléculas mais estáveis que os fosfitos, pois possuem um radical orgânico (derivado do carbono), ligado à fase inorgânica do sal fosfito. Os fosfonatos possuem o diferencial de se translocarem tanto pelo floema quanto pelo xilema. Essa característica os diferencia dos sistêmicos tradicionais, pois circulam facilmente na planta, desde as raízes até os tecidos novos, e chegando inclusive até flores, frutos e sementes.
Alguns nutrientes contidos nos sais de fosfonatos exercem papel fundamental no equilíbrio metabólico das culturas quando entram na fase reprodutiva, atuando como catalizadores enzimáticos, sinalizadores celulares, mediando processos vitais como a fotossíntese, respiração e assimilação de nitrogênio. Por outro lado, a indução de autodefesas por fosfonatos explica-se pela produção induzida de fitoalexinas, lignina e proteínas de defesa, que segundo muitos autores seriam os ‘anticorpos’ produzidos pelas plantas.
Mecanismos de defesa ativados nas plantas Após o reconhecimento dos fosfonatos nas membranas da célula vegetal, ocorre uma série de reações de defesa que pode levar à produção de quitinases, β-1,3- glucanases e peroxidases, além de compostos fenólicos e consequente lignificação e fortalecimento dos tecidos vegetais. As quitinases produzidas pela planta degradam eficientemente a quitina, que compõe a parede celular de muitos fungos. Também possuem função de
lisozima, afetando a parede bacteriana. As β-1,3-glucanases são enzimas que ‘quebram’ polímeros de β-1,3-glucana, que, juntamente com a quitina são os principais componentes da parede celular de fungos. Na indução de autodefesas por fosfonatos, quitinases e β-1,3-glucanases agem de forma conjunta e sistêmica por até 30 dias (Figura 01. Resende, 2014). Dentre outras enzimas de defesa importantes, as peroxidases não só oxidam os compostos fenólicos como aumentam a velocidade de polimerização destes em substâncias similares à lignina, que se depositam na parede celular e impedem o posterior crescimento e desenvolvimento de patógenos. Estas enzimas estão também envolvidas na limpeza de radicais livres, convertendo H2O2 à água, e impedindo o crescimento de lesões necróticas nas folhas e raízes. Os fosfonatos também podem induzir a produção de fitoalexinas, metabólitos secundários de baixo peso molecular, de natureza não-protéica, e que possuem ampla atividade antimicrobiana. A ação destas ocorre localmente sobre fungos e bactérias que tentam penetrar o tecido vegetal.
Figura 01. Ilustração da atividade enzimática após a aplicação fosfonato de potássio (Yantra®), indicando a ativação de vias complementares de autodefesa na soja. O manejo de enfermidades, pragas e doenças foi o mesmo para todos os tratamentos (SOD = superóxido dismutase; PAL = fenilalanina amônia-liase). REVISTA DO PRODUTOR RURAL DO PARANÁ
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Efeito aditivo de fosfonatos na produtividade A aplicação dos fosfonatos, além de melhorar o estado nutricional das plantas nos estádios de maior atividade metabólica (transição vegetativo-reprodutivo), quando representaria um fornecimento suplementar de nutrientes, promove o balanço metabólico para a produção de autodefesas, com consequente aumento da produtividade quando associada ao manejo padrão de pragas e doenças (Figura 02). Outros efeitos estudados incluem o melhor enchimento e qualidade de frutos/vagens, além da melhor sanidade de sementes, importante para a saúde das gerações futuras (Figura 03).
60,54 56,46
Nutrição padrão
+ Fosfanato de potássio 0,5L/ha
Figura 02. Média de produtividade de 46 ensaios realizados entre 2012 e 2015 no Centro-oeste, evidenciando o efeito do fosfonato de potássio em duas aplicações(V4/V5 e R1) em soja, com incremento observado em 92% das áreas. As pragas e doenças foram manejadas com produtos padrão de mercado
Figura 03. Manejo nutricional com fosfonato de potássio em soja aos 22, 32 e 37 dias após a última aplicação. O manejo de enfermidades, pragas e ervas daninhas foi o mesmo para todos os tratamentos (Três de Maio, RS). Foto: Gustavo Baldissera.
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PECUÁRIA
RAÇA BOVINA 100% PARANAENSE GANHA RECONHECIMENTO FEDERAL
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Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento reconheceu oficialmente no dia 26 de abril, a primeira raça bovina totalmente paranaense. É a Purunã, desenvolvida pelo Instituto Agronômico do Paraná (Iapar). O governador Beto Richa presidiu o evento, realizado no Palácio Iguaçu, em Curitiba. O nome da nova raça se refere à Serra do Purunã, onde fica a Fazenda Modelo do Iapar, local onde todo o trabalho foi desenvolvido. “A partir de agora, o criador que decidir pelo Purunã terá a certeza de contar com um material de origem pura”, garantiu o secretário da
Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara. A Purunã é resultado de mais de 30 anos de trabalho, que começou com o experimento genético. As duas últimas décadas foram para consolidação e disseminação da nova raça. “É uma raça adaptada para qualquer tipo de criador. Mesmo os que não possuem grande aporte tecnológico podem obter bons resultados”, disse o presidente do Iapar, Florindo Dalberto. O Iapar estima que 3 mil a 4 mil animais estão sendo criados. Desde 2008, o instituto vem ofertando touros, mas sua atuação ainda é limitada no merca-
VACINAÇÃO CONTRA FEBRE AFTOSA TERMINOU NO DIA 31 DE MAIO
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Campanha de Vacinação contra Febre Aftosa de bovídeos de 0 a 24 meses terminou no dia 31 de maio no estado do Paraná. Para os produtores que não cumpriram o prazo, há consequências, como explica a médica veterinária da Adapar, Ana Paula Kurshaidt. “Desde o dia 1º de junho a equipe da Adapar já começou a sair para o campo fiscalizando os produtores que não realizaram ou comprovaram a vacinação. Será aplicada uma multa que varia de acordo com a quantidade de animais: até 10 cabeças não vacinadas o valor é de R$ 959,00 e acima de 10 cabeças, R$ 95,00 por animal”. Vale lembrar que os animais não vacinados não poderão ser transportados legalmente, já que não haverá emissão da Guia de Trânsito Animal (GTA).
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do, segundo o zootecnista e pesquisador José Luiz Moletta, um dos criadores da nova raça. A partir de agora, a Associação de Criadores de Gado Purunã irá gerir a raça. Hoje, existem embriões e sêmen em laboratórios, prontos para serem comercializados. A perspectiva é que em quatro anos pelo menos 10 mil matrizes de gado Purunã já estejam registradas. Atualmente, existem exemplares em Patos de Minas (MG) e em São Paulo. Fotos e informações: Agência Estadual de Notícias
Ana Paula Kurshaidt, médica veterinária da Adapar
O produtor André Luiz Valcanaia Moss vacinando os bezerros na Fazenda Vaca Branca (Palmeirinha/ Guarapuava)
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TRATAMENTO DE SEMENTES INSETICIDA
SYNGENTA LANÇA FORTENZA DUO PARA TRATAMENTO DE SEMENTES Jantar marca lançamento de inseticida em Guarapuava
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multinacional de agroquímicos Syngenta realizou no dia 25 de maio, em Guarapuava, o lançamento do inseticida Fortenza Duo para tratamento de sementes, que promete a máxima proteção contra pragas. O evento reuniu mais de 100 pessoas entre agricultores, representantes de cooperativas, revendas e parceiros ligados ao agronegócio. Os convidados assistiram uma palestra ministrada pelo conceituado consultor, palestrante e professor Paulo Dejalma Zimmer, que dentre pesquisas e estudos voltados para a boa prática sobre os cuidados com a lavoura, citou os 10 mandamentos da produtividade agrícola. “O primeiro passo para uma lavoura de alta produtividade é a escolha das melhores práticas e produtos que maximizem o estabelecimento da cultura”, comentou. A programação do evento foi bem diversificada, com ações interativas, dentre elas o depoimento do agricultor de Mangueirinha/PR, Laercio Dalla Vecchia, conhecido por compartilhar um vídeo nas redes sociais, “roçando” parte da sua lavoura de soja e que causou grande repercussão no meio do agronegócio. “Para termos bons resultados, precisamos inovar, fazer algo mais”, citou. Outra atração foi a participação do ilusionista Vitor Hugo, muito conhecido por suas apresentações nacionais e internacionais. Ele interagiu com al-
guns convidados e terminou sua apresentação de forma emocionante. O momento mais esperado foi quando o supervisor da Syngenta, Me. Eng. Agrônomo Adhemar Antônio de Oliveira Junior, finalizou o evento, apresentando resultados e depoimentos de produtores da região que utilizaram o produto e obtiveram ótimos retornos com a aplicação do inseticida. Segundo Oliveira Junior, o Fortenza Duo é efetivo no controle de todos os insetos que afetam a semente, cuidando debaixo e acima do solo. “O produto tem por objetivo assegurar maior espectro de controle das pragas, sendo que oferece uma completa proteção
O supervisor da Syngenta, Adhemar A. Oliveira Júnior e o representante técnico de vendas Alex Bruch, com o casal de agricultores Rosenei de Fátima e Reni Kunz
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Alex Reitzer (Representante Técnico de Vendas), Laercio Dalla Vecchia (agricultor) e Paulo Dejalma Zimmer (palestrante)
para a semente durante os primeiros estágios do cultivo, pois ele assegura um alto teor residual de durabilidade”, salienta Oliveira Junior.
Supervisor da Syngenta, Adhemar Antônio Oliveira Junior
Os produtores Reni Kunz, Marcelo Julek , Fernando Ruiz Dias Junior e o ilusionista Vitor Hugo (centro)
Fernando Ruiz Dias Junior Guarapuava
É uma tecnologia preocupada com a produtividade da agricultura brasileira, pois em pouco tempo demonstrou com grande eficácia, ótimos resultados na minha lavoura. Penso que na próxima safra devo utilizar novamente esse produto”
10 mandamentos da produtividade agrícola, segundo prof. Paulo Dejalma Zimmer 1 Usarás sementes da mais alta qualidade; 2 Usarás sementes inoculadas e tratadas com perfeição;
3 Cuidarás do leito de semeadura; 4 Regularás a plantadeira, cuidarás da velocidade do processo e acompanharás com métrica;
5 Ocuparás todos os espaços da sua lavoura com plantas vigorosas e sadias;
6 Protegerás todas as folhas, vagens e plantas; 7 Evitarás o coeficiente de compensação; 8 Previamente à colheita, farás um inventário registrando acertos e erros (limitadores);
Reni Pedro Kunz Guarapuava
Fortenza Duo apresenta uma série de vantagens: é um produto que possui amplo espectro de ação, acredito que vai trazer grandes benefícios no controle inicial de pragas e doenças”.
9 Terás foco nos seus limitadores de produtividade;
10 Cultivarás relações pessoais e comerciais com
parceiros comprometidos com a produtividade.
MÁXIMA PROTEÇÃO CONTRA PRAGAS, ABAIXO E ACIMA DO SOLO.
© Syngenta, 2017.
FORTENZA DUO. O MAIS PODEROSO TRATAMENTO DE SEMENTES INSETICIDA.
Fortenza Duo é uma oferta que contempla os produtos Fortenza 600 FS, Cruiser 350 FS e Maxim Advanced. Cruiser 350 FS, Fortenza (produtos com restrição de uso para Rhopalosiphum rufiabdominale, pulgão-do-arroz, no estado do Paraná). Informe-se sobre e realize o Manejo Integrado de Pragas. Descarte corretamente as embalagens e restos de produtos.
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AGRONEGÓCIO
MIGUEL DAOUD MINISTRA PALESTRA EM GUARAPUAVA
P Miguel Daoud
rodutores rurais que gostam de estar sempre atualizados sobre o mercado, já podem anotar na agenda um evento importante: como parte da programação de seus 50 anos de fundação, o Sindicato Rural de Guarapuava realizará, no próximo dia 8 de agosto, em sua sede, palestra com um dos mais relevantes comentaristas econômicos do país. Graduado na Escola Superior de Administração de Negócios pela Universidade Católica de São Paulo – PUC, apresentador do Canal Rural, analista financeiro e participante de programas
da Rede Globo, Globo News, Cultura, Bandeirantes, Band News e nas Rádios Jovem Pan e Capital, Miguel Daoud abordará em sua apresentação Perspectivas políticas e econômicas para o agronegócio. A palestra terá início às 19 horas, no anfiteatro da entidade sindical, sendo aberta aos associados, produtores rurais em geral e profissionais de áreas ligadas ao agronegócio. O evento também faz parte da programação da 42ª Exposição Feira Agropecuária de Guarapuava (Expogua), que acontece de 04 a 13 de agosto.
PLANTÃO FORRAGEIRO
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Plantão Forrageiro continua acontecendo no Sindicato Rural de Guarapuava. As últimas edições ocorreram nos dia 25 de abril e 30 de maio. Nos atendimentos, os produtores rurais podem tirar dúvidas sobre forragicultura, incluindo acompanhamento técnico nas propriedades. A iniciativa é uma parceria entre Sindicato Rural de Guarapuava, Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro), Programa Pecuária Moderna e Comissão Técnica de Bovinocultura de Leite. Os encontros estão sendo coordenados pelos professores Sebastião Brasil e Deonisia Martinichen. O Plantão Forrageiro é gratuito e acontece sempre na última terça-feira de cada mês.
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LANÇAMENTO
VESSARYA : A EVOLUÇÃO DOS FUNGICIDAS ®
Produtores rurais prestigiam lançamento do produto em Guarapuava
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luta contra a ferrugem asiática e outras doenças da soja é um dos maiores desafios que os produtores rurais vêm enfrentando nos últimos anos. São vários fatores que fazem com que a doença venha tendo uma maior incidência nas lavouras. Clima, que colabora para o desenvolvimento; erro no manejo e resistência da doença aos produtos disponíveis no mercado são alguns deles. Sabendo disso, a DuPont traz aos sojicultores uma nova solução para o problema: o Vessarya®. O fungicida dispensa o uso de adjuvantes (óleo) na pulverização e reúne na fórmula as moléculas Picoxistrobina e Benzovin-
diflupir, descritas pela empresa como as mais ativas de seus respectivos grupos químicos. “Vessarya® traz ao mercado uma solução tecnológica inovadora, capaz de atender com excelência os produtores que enfrentam desafios permanentes em relação à ferrugem asiática”, ressalta o engenheiro agrônomo Raphael Godinho, gerente de marketing da DuPont Brasil. Dados do Consórcio Antiferrugem da Embrapa indicam que o chamado custo-ferrugem da sojicultura brasileira tem sido na ordem de US$ 2 bilhões por safra, incluindo perdas registradas na produção de lavouras e custos decorrentes do manejo da doença. Segundo REVISTA DO PRODUTOR RURAL DO PARANÁ
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Godinho, em mais de 400 campos realizados na etapa pré-lançamento de Vessarya®, o controle da ferrugem com o produto teve desempenho superior na comparação a tratamentos-padrão adotados por produtores. A média de produtividade registrada pelo fungicida da DuPont nos ensaios foi de 69,4 sacas de soja por hectare, ante indicadores comparativos situados entre 47,1 sacas/ha e 65,3 sacas/ha, obtidos com outros produtos. O Vessarya® dispensa o uso de adjuvantes (óleo) na pulverização, apresenta efeito sistêmico (age no interior da planta da soja) e também resiste à lavagem por chuvas. “Esses benefícios estão associados à sua revolucionária formulação, que reúne uma combinação única de moléculas”, observa o agrônomo. Desenvolvido há cerca de cinco anos no Brasil, em campos experimentais, o fungicida apresenta desempenho excepcional na comparação com as demais tecnologias do mercado. “Vessarya® chega para complementar o Programa de Fungicidas da DuPont para a soja. Trata-se de um produto altamente inovador, que será o ‘parceiro ideal’ do consagrado fungicida DuPontAproach® Prima no controle da ferrugem e de outras doenças da soja, como a Mancha Alvo, Mancha Parda, Crestamento Foliar e Oídio”, complementa Godinho. O lançamento oficial do Vessarya, em Guarapuava, ocorreu no dia 18 de maio, reunindo produtores rurais e técnicos da região. Baseando-se na temática do cinema, a empresa apresentou o produto de uma forma dinâmica, ressaltando os diferenciais do fungicida. Confira a opinião dos produtores de Guarapuava e região sobre o Vessarya®:
Renan Goldoni
Fazenda Tapari– Candói O produto vem para alavancar a eficiência do manejo em cima da principal doença da soja, que é a ferrugem asiática. Não tenho dúvida que ele vai entrar como uma excelente ferramenta no nosso manejo. Já nessa próxima safra pretendo fazer aplicação do Vessarya®”.
Vinicius Peterlini Pavoski
Grupo GDuch Agrícola - Guarapuava Conheço o produto há dois anos. Estou acompanhando os experimentos que a DuPont vem fazendo a campo. Os resultados são excelentes. O produto é inovador e com controle superior ao que se tinha no mercado até agora. Na próxima safra já estaremos inserindo o Vessarya® no nosso planejamento e aplicações”.
Cristhian Ribas Sekula
Fazenda Três Capões, Grupo Santa Maria – Guarapuava
Equipe Dupont: Gustavo Radaelli, Alessander Perosa, Cristiano Leal, Luiz Fernando Torrezan, Gustavo Silva, Rafael Pons, Guilherme Huller e Antonio Scapin
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O diferencial do Vessarya® está na combinação dos agentes ativos que entregam um melhor resultado no controle da ferrugem e maior produtividade. Eu conheci um campo na UEPG [Universidade Estadual de Ponta Grossa] que usou o Vessarya® e os resultados que eu visualizei são muito melhores, superiores a todos os outros fungicidas do mercado. Na próxima safra, vamos começar a aplicar em uma área de aproximadamente 2.000 hectares”.
PROTEJA SUA SOJA COM A MELHOR COMBINAÇÃO: SUA EXPERIÊNCIA E VESSARYA®. Vessarya® é o único fungicida que combina Picoxistrobina e Benzovindif lupir – o que existe de mais eficiente no mercado para controlar a ferrugem asiática e outras doenças da soja. Além disso, sua formulação inovadora proporciona melhor absorção e maior performance, sem necessidade de óleo. DuPont™ Vessarya®. Tecnologia e performance incomparáveis.
ATENÇÃO: Este produto é perigoso à saúde humana, animal e ao meio ambiente. Leia atentamente e siga rigorosamente as instruções contidas no rótulo, na bula e na receita. Utilize sempre os equipamentos de proteção individual. Nunca permita a utilização do produto por menores de idade. Consulte sempre um engenheiro agrônomo. Venda sob receituário agronômico. Produto de uso agrícola. Faça o Manejo Integrado de Pragas. Descarte corretamente as embalagens e restos do produto. As marcas com ®, ™ ou SM são marcas da DuPont ou de afiliadas. © 2017 DuPont.
Saiba mais:
www.dupontagricola.com.br REVISTA DO PRODUTOR RURAL DO PARANÁ
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MANCHETE
10 ANOS
DE INFORMAÇÃO DO CAMPO PARA O CAMPO
A
REVISTA DO PRODUTOR RURAL DO PARANÁ acaba de completar 10 anos. A edição nº 1, lançada em junho de 2007, com foco institucional, veio para substituir o boletim Informe Rural, editado pelo Sindicato Rural de Guarapuava.
Criada na gestão do então presidente da entidade sindical, Cláudio Marques de Azevedo, seu lançamento oficial ocorreu mais tarde, no dia 19 de outubro de 2007, durante o evento alusivo aos 40 anos do Sindicato Rural. Embora bastante tímida, a revista nascia visando crescer, com o objetivo de se tornar referência regional em veículo de comunicação rural, de informar os produtores rurais sobre todos os temas ligados à atividade agrícola e pecuária, tendências do mercado, questões ambientais, novas tecnologias, descobertas da ciência, entre outros, contribuindo para o fortalecimento da consciência patronal rural e para o desenvolvimento do setor agropecuário regional. O público alvo da publicação sempre foi o produtor rural associado ao Sindicato Rural de Guarapuava, profissionais, empresas e cooperativas do setor. Naquela época, a entidade contava com 500 sócios (hoje são 1.050 sócios). Por isso, a tiragem inicial era de 1.000 exemplares (hoje são 2.500 exemplares, mas já chegou a 3.400). Para a primeira edição, a jornalista responsável pelo projeto da revista, Luciana de Queiroga Bren, correu atrás de anunciantes, apresentando a proposta e, com o apoio dos diretores da entidade, de empresas parceiras e amigos, conseguiu 10 anúncios. As primeiras empresas que anunciaram foram: Comtudo Materiais de Construção, Agropantanal, Cotrima, Guará Campo, Cereal, Nortox, Agrícola Estrela, Net
Cursos e Intercâmbios, DuPont Pioneer e Astra Veículos. “Lembro-me como se fosse hoje da alegria compartilhada com o presidente Cláudio Azevedo e o vice presidente, Anton Gora, ao apresentar as 10 empresas anunciantes, pois a diretoria me pediu que os anúncios cobrissem o custo pelo menos da impressão”, conta Luciana. Muitos desses primeiros anunciantes investem na revista até hoje, ou seja, há 10 anos. “Isso é muito gratificante. Tenho um carinho enorme por todas as empresas parceiras, mas especialmente por aquelas que nos apoiaram desde o início”, diz a editora-chefe. Ao longo dos anos, o cunho técnico foi ganhando mais destaque, sem deixar de lado o institucional. Ao folhear a primeira edição, chama atenção o artigo assinado pelo professor Sebastião Brasil Campos Lustosa, da Unicentro, que tratou da “Importância das forrageiras hibernais no sistema de produção integrado”. O artigo mostra que, desde o início, havia uma preocupação com a informação técnica de qualidade. E assim, com o passar dos anos, a publicação foi ganhando visibilidade e credibilidade. Visibilidade também ocorreu com o Sindicato Rural de Guarapuava, a partir da publicação de todas as ações, palestras, seminários e reuniões técnicas na Revista do Produtor Rural. Aos poucos, a entidade tornou-se referência no Estado e no Brasil, destacando-se como um dos Sindicatos Rurais mais atuantes do Paraná.
Capa da primeira edição, foto da Fazenda Santa Cruz. A manchete divulgava o novo slogan da entidade: A casa do produtor rural na cidade
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REGISTROS IMPORTANTES
A revista foi criada na gestão de Cláudio Marques de Azevedo, em 2007. Foto da diretoria da época.
oram centenas de matérias, artigos técnicos e reportagens especiais publicados nessas 60 edições. Como destaque na primeira edição, a matéria “Estudos para formação da cooperativa de carnes” registrava o início da Cooperaliança, hoje referência em carnes nobres. Na segunda edição, publicada em julho/2007 (inicialmente o projeto previa a publicação mensalmente), o editorial reforçava a ideia de aproximar o associado da entidade, o que realmente foi ocorrendo. “Começamos a visitar os associados nas propriedades para fazer entrevistas e a receber empresas anunciantes no Sindicato. Muitos profissionais passaram a conhecer a entidade por causa da revista. Isso movimentou também os espaços de locações disponíveis para empresas parceiras. Por outro lado, como a revista só era enviada aos associados, começamos a ter adesões de produtores que tinham interesse nos serviços da entidade - visualizados na revista e no próprio recebimento da publicação. Sem dúvida, a revista colaborou para o aumento de número de sócios, divulgação da entidade no cenário nacional, e porque não dizer, para divulgação da agropecuária local a nível nacional”, observa Luciana.
Desde a primeira edição, a preocupação por artigos técnicos de credibilidade.
Na segunda edição, o vice-presidente do Sindicato Rural, Anton Gora começou a escrever artigos, ficando desde então, destinada uma página para ele em todas as edições, até os dias atuais. Desde o início de suas publicações, Gora destaca a importância da união do setor. Há 10 anos, ele escrevia: “precisamos tomar atitudes, cada um por si, mas também em grupo, para sermos fortes e mostrarmos ao governo a nossa importância e a nossa força...” Em cada página, um pouco da história do Sindicato. Muitos funcionários que pela entidade passaram e contribuíram para o seu desenvolvimento. Nos primeiros anos, o material era feito pela jornalista e por um diagramador. Somente depois, foram contratados profissionais do setor de comunicação e todos que pela revista passaram colaboraram enormemente para o seu sucesso. Desde o início, a Federação da Agricultura do Estado do Paraná (FAEP) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR) apoiaram a publicação, sendo fonte de matérias técnicas ou artigos assinados por seus profissionais. Os cursos do Senar ganharam destaque nas edições. Na terceira edição, começamos a receber elogios, que foram publicados em uma coluna denominada “Espaço do Produtor”. Uma demonstração de que as coisas estavam indo bem.
Em 2007, o vice presidente Anton Gora e o presidente Cláudio Marques de Azevedo lançam oficialmente a REVISTA DO PRODUTOR RURAL
Na oitava edição, iniciamos a publicação de uma série de caricaturas, homenageando pessoas ligadas ao setor agropecuário. O primeiro deles foi o zootecnista Roberto Motta Junior. As caricaturas eram feitas pelo artista Xis, que na época era o responsável pela diagramação da revista. Dos temas abordados pela revista, nas primeiras edições, destaques para assuntos que eram novidades para o setor, como Agricultura de Precisão, Mercado Futuro, Poupança Verde (pinus e eucalipto), Milho Bt safra 2008/2009, Código Florestal Brasileiro, diversificação na propriedade. Nunca deixando de lado os acontecimentos realizados pelo Sindicato Rural de Guarapuava, as 60 edições da revista trazem um registro histórico da entidade ao longo desses 10 anos. Um
Pioneer: uma das anunciantes mais antigas. Na imagem, o anúncio publicado na primeira edição.
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Matéria sobre endividamento agrícola, com o economista Pedro Loyola, da FAEP foi um dos destaques da segunda edição, em 2007
exemplo, na edição nº 14, de 2009, foi a construção do anfiteatro e em março de 2010, a sua inauguração. A revista também acompanhou e registrou mudanças de gestão na entidade sindical, como a transmissão de cargo de Cláudio Marques Azevedo para Rodolpho Luiz Werneck Botelho, em março de 2010. Muitas reportagens fizeram grande sucesso. O resgate histórico sobre o tradicionalismo foi publicado em 2009 e 2010, em matérias como “Tradicionalistas com orgulho: gaúchos de coração”; “Bataticultura: dos japoneses à empolgação, restou a dedicação”, publicada na edição nº 17, em 2010, reportagens sobre Novas Fronteiras Agrícolas (Onde Judas perdeu as botas...), com início na edição nº 37, em 2013. Chamou a atenção também a capa que retratou a neve que caiu sobre Guarapuava em 2013 e em 2014, na edição nº 41, o início da série de reportagens Fazendas Históricas. A revista também homenageou muitas pessoas nestes 10 anos: Miguel Tataren; Orlando Mineiro; Anníbal Virmond Junior; Robertinho; Danguy; Lachowski, entre outros. De 24 páginas na primeira edição, logo passou para 28 páginas, chegando a 40 páginas na sétima edição, 60 páginas na nona edição, 72 páginas na 12ª edição, quando passa também a ter um cunho mais técnico do que meramente institucional. A edição nº 13 registra 88 páginas, com destaque para matéria de capa com o então ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes. De 92 páginas na 15ª edição, não demorou muito para atingir 100 páginas, a partir da 25º edição, logo saltando para 116 páginas. Em 2016, a publicação volta a ter 100 páginas, até os dias atuais.
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Espaço do Produtor - Elogios e sugestões de leitores da publicação
O zootecnista Roberto Motta Junior foi um dos homenageados pela revista, por meio de caricatura, em 2008.
GALERIA MIRIM Em 2008, o Espaço Kids & Teens chama-se Galeria Mirim e já trazia fotos de crianças e adolescentes, filhos de produtores rurais da região.
Agatha, filha da editora, tinha apenas 1 ano quando a revista foi lançada.
Isabela Botelho, em 2008, na Feira de Bezerros de Guarapuava
Em 2012, o Espaço Kids & Teens ganhou espaço maior. Mais fotos de crianças que cresceram junto com a revista!
Revista publicou matérias de eventos, reuniões e dias de campo importantes, como Encontro Técnico de Feijão, a Reorganização da cadeia produtiva da carne no Paraná e o Dia de Campo ILF.
Em 2010, a jornalista Luciana foi convidada pela DuPont Pioneer a acompanhar um grupo de produtores de Guarapuava a visitas técnicas no Cerrado Brasileiro (Goiás e Distrito Federal), pela Rota Pioneer. A matéria ganhou grande destaque na edição nº 21, de setembro/outubro de 2010. “Essa viagem foi inesquecível para mim, pois foi a primeira vez que a revista foi convidada por uma empresa multinacional para fazer a cobertura jornalística de uma viagem técnica. Ficamos lisonjeados e muito agradecidos”, relembra a editora. Em abril de 2011, a publicação registrou a participação de produtores rurais brasileiros na manifestação pela aprovação do Código Florestal, em Brasília. A matéria foi manchete de capa da edição nº 24. Os sócios do Sindicato Rural de Guarapuava sempre foram destaque na revista. Ao atingir o número de 1.000 sócios, a revista publicou, na capa, o nome de todos eles. Isso ocorreu na edição nº 27, de setembro/outubro de 2011. Em outro momento, edição nº 36, de abril/maio de 2013, diversos sócios foram capa da revista, com destaque para os que participaram da votação na eleição para presidente da entidade. Isso se repetiu na edição nº 54, de 2016, na matéria de capa “Associados elegem diretoria para triênio 2016/2019”. O aumento no número de sócios pode
ser notado na coluna Novos Sócios, que aumentava a cada edição. Isso também ocorreu devido à campanha “Sócio nº 1.000”, lançada em outubro de 2009, que visava a adesão de 1.000 produtores rurais como sócios do Sindicato. Na época, esse trabalho foi muito bem executado pelo colaborador e sócio Murilo Ribas, como apoio da diretoria. Junto com a revista, muita gente cresceu. Em 2008, o Espaço Kids & Teens chamava-se Galeria Mirim e trazia fotos de crianças e adolescentes, filhos de produtores rurais da região. No espaço Profissionais em Destaque, publicamos centenas de fotografias de engenheiros agrônomos, veterinários, zootecnistas e técnicos agrícolas. Muitos atuam hoje em outras empresas ou regiões, mas na revista registramos suas passagens e trabalhos pela região. Em 2010, a Revista do Produtor Rural ganhou novo projeto gráfico, passando a ser diagramada por Roberto Niczay, na época da agência de publicidade Arkétipo. Luciana passou a atuar como editora, mas desde 2007 acumulava o cargo de gerente do Sindicato Rural. “Nos primeiros anos, virei muitas noites fechando a edição, mas não me arrependo de nada. A revista é um trabalho que faço com amor. O trabalho é grande, hoje são 100 páginas, temos prazos para cumprir e dependemos de outras pessoas (anunciantes, diagramação, grá-
fica), para que tudo saia conforme o previsto. Quando a revista chega da gráfica e começa a ser distribuída, temos a sensação de missão cumprida. E logo começa a produção da próxima edição. Aprendemos a cada edição. Cada revista é um novo desafio”. Em 2012, a diretoria do Sindicato Rural de Guarapuava promoveu evento alusivo aos 45 anos da entidade e 5 anos da Revista do Produtor Rural, registrado na edição nº 34. Para a editora, é inacreditável perceber que a revista está completando 10 anos. “Passou muito rápido. Foram 60 edições, centenas de matérias e de anunciantes. Só tenho que agradecer à diretoria da época, que me contratou para realizar o projeto, em especial Cláudio e Gora; a diretoria atual, que apoia e incentiva a continuidade da revista; os produtores rurais nossos leitores, os anunciantes - parceiros fundamentais da revista e toda equipe de colaboradores do Sindicato Rural que direta, ou indiretamente, contribuem para a produção da REVISTA DO PRODUTOR RURAL, em especial os jornalistas da equipe, nosso diagramador Roberto (Mynd’s Comunicação), equipe da pré-distribuição e entregadores, sem esquecer daqueles que passaram pela revista nestes 10 anos - jornalistas e estagiários - e colaboraram para que a publicação conquistasse respeito e credibilidade”.
A cada edição, a publicação registrava a adesão de novos sócios à entidade.
Revista registrou, em 2009, evento sobre o Código Florestal Brasileiro, que reuniu 1.000 produtores rurais.
Matérias especiais: Tradicionalistas com orgulho: gaúchos de coração”, publicado nas edições nº 15, 16, 17 e 18, em 2009 e 2010.
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HOMENAGENS Miguel Tataren, o ferreiro da Praça Cleve, foi um dos homenageados pela revista em 2010
Comemorações de 5 anos da revista e 45 anos do Sindicato ocorreram juntas, no anfiteatro da entidade, em 2012.
Lacerda Werneck (Dr. François) e a Colônia de Entre Rios a, publicada na edição nº 20, em 2010.
Bataticultura: dos japoneses à empolgação, restou a dedicação”, publicada na edição nº 17, em 2010.
Em 2011, a participação de produtores rurais brasileiros na manifestação pela aprovação do Código Florestal, em Brasília.
Em 2009, foi realizada entrevista em Curitiba com o então ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes.
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Homenagem à Anníbal Virmond Junior: “Quase 1 século de vida, de história e de vitórias”, publicada na edição nº 23, em 2011.
Sócios do Sindicato foram destaque em várias capas da publicação, como nas edições 27 e 36
Neve em Guarapuava: na foto o produtor rural Alfred Milla, em um trator antigo
RECONHECIDA E PREMIADA Em 10 anos, a revista recebeu homenagens da Câmara Municipal de Vereadores de Guarapuava e prêmios, com destaque para o Franz Jaster de Comunicação, promovido pela Unicentro e Cooperativa Agrária. Na categoria comunicação, a editora da revista também recebeu o Prêmio Divas, do Conselho da Mulher Executiva da Associação Comercial e Empresarial de Guarapuava (ACIG) em 2014. Equipe atual
Da esq. para dir.: jornalista Rúbia Galvão, jornalista e fotógrafo Manoel Godoy, Diretora de Redação e Editora-Chefe Luciana de Queiroga Bren e a jornalista Geyssica Reis Anton Gora, Luciana de Q. Bren, Helena Krüger e Manoel Godoy
Produtores rurais foram homenageados por diversas vezes em matérias alusivas ao Dia do Agricultor
Série de reportagens Fazendas Históricas fez sucesso em 2014.
Série de reportagens Novas Fronteiras foi destaque em 2013
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PRODUTORES E PARCEIROS ACOMPANHARAM A EVOLUÇÃO Tudo começou em um período crítico de crise no campo e de invasões de terras na região de Guarapuava. Dentre várias ações tomadas pela diretoria do Sindicato Rural, uma foi a de encontrar uma forma de divulgar as imagens da destruição provocadas pelos invasores, matando criação, destruindo propriedades. Essa época coincidiu com um período de crise no campo, onde muitas manifestações foram promovidas, dentre elas o Tratoraço, quando um grupo de produtores da nossa região foi a Brasília. Neste momento, a diretoria decidiu confeccionar um Informativo do Sindicato Rural, para divulgar os fatos que estavam atingindo os produtores rurais naquele momento. Acho que foram quatro informativos na época. Como teve boa aceitação pelos associados do Sindicato Rural, a diretoria decidiu investir nesta ideia e promover a criação de uma revista que divulgasse as ações da entidade e que focasse na parte agropecuária de nossa região. Isso com a dedicação especial do nosso vice presidente na época, Sr. Anton Gora, maior entusiasta do projeto. Foi contratada a jornalista Luciana Bren e dado início ao novo projeto. Nas primeiras edições, as pautas eram criadas em conjunto com os diretores e lembro-me bem que as matérias técnicas e entrevistas da área agrícola eram revisadas pelo nosso amigo, engenheiro agrônomo Leandro Bren. Nomes de produtores, fotos e eventos eram conferidos por mim e pelo Gora. E a diagramação, uma aventura, feita pelo Xis, que ficava, muitas vezes, até de madrugada para que tudo desse certo. Na realidade, foi um período muito gostoso, em que vimos ser criado um filho do Sindicato Rural, que foi a nossa revista. Dúvidas com periodicidade e que formato teria a revista foram sendo dirimidas com o passar das edições. Não sabíamos se o projeto vingaria, fomos ao mercado buscar patrocinadores e tentar vender a ideia. Tivemos boa aceitação e o projeto foi se fortalecendo. Foi desta forma que surgiu a REVISTA DO PRODUTOR RURAL do Sindicato Rural de Guarapuava. Nossa revista era sempre elogiada nas reuniões da Faep por sua diretoria e por presi-
No início, pensamos num boletim mensal, mas depois que a Luciana assumiu a comunicação, o projeto virou a Revista do Produtor Rural. Hoje, na minha opinião, é a melhor revista do Brasil quando se trata de agronegócio. Todo o sucesso que a publicação tem hoje, dedico as pessoas que estiveram envolvidas com a produção da revista como um todo, que abraçaram esse projeto com muita dedicação e continuam se dedicando. O Sindicato Rural tem três grandes objetivos: unir a classe, levar as reivindicações dos produtores rurais para os órgãos competentes e informar o produtor rural. E a revista tem feito isso de forma muito bem feita, com informações sobre política, mercado, tecnologias do meio rural e muitas outras relevantes para a classe”. Anton Gora – vice-presidente Sindicato Rural de Guarapuava
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dentes de outros sindicatos. Cabe ressaltar a parceria, primeiro do Sindicato Rural de Pinhão e depois com o de Pitanga, com páginas na nossa revista. Nasceu com o objetivo de divulgar as ações do Sindicato, divulgar eventos, matérias técnicas, parte social, na verdade uma mistura que deu certo. Outro ponto importante foi quando conseguimos o registro no ISSN do Instituto Brasileiro de Informação em Ciência de Tecnologia, o que possibilitou a publicação de artigos de pesquisas, contando como fonte de divulgação. É com grande satisfação que vemos hoje a revista consolidada, nos seus 10 anos e na sua 61ª edição. Acho que nem o maior otimista da diretoria que criou a revista imaginava que ela chegaria ao seu décimo ano e com a qualidade que alcançou. Trabalho, dedicação, credibilidade e parcerias, acho que isso definia o Sindicato Rural e a revista na época. As empresas do setor, quando promoviam eventos em Guarapuava, procuravam o Sindicato para parcerias e a revista para anunciar e divulgar, sabendo que era a entidade que congregava os produtores da região. A revista foi muito importante para a entidade, desde a sua criação, passando uma excelente imagem do Sindicato, organização e profissionalismo. Acho que a história do Sindicato neste período e da Revista do Produtor Rural se confundem e mais do que tudo, se completam. Não tem como falar do Sindicato sem falar da revista, nesse projeto vitorioso que chega aos seus 10 anos. Parabéns a todos que somaram esforços para que a revista chegasse onde chegou. Orgulho da classe produtora de nossa região, um caso de sucesso”. Cláudio Marques de Azevedo, produtor rural (presidente do Sindicato Rural de Guarapuava na gestão que criou a revista).
Foi complicado no início, até conseguirmos verba para concretizarmos o projeto da revista. Mas todo o esforço valeu a pena, pois estamos colhendo muito frutos hoje. E quem ganhou com isso foi o associado. Temos testemunhos hoje de que a Revista do Produtor Rural é uma das melhores do Brasil no setor do agronegócio, não somente da região, mas no país. É uma fonte segura de informação e de qualidade e podemos dizer que toda essa contribuição técnica para o produtor rural acaba impactando no crescimento dele e na economia regional”. João Arthur Barbosa Lima – diretor financeiro Sindicato Rural de Guarapuava
Parabenizo toda a equipe gestora do Sindicato Rural de Guarapuava, pelos 10 anos da Revista do Produtor Rural. Um meio de informação, que veicula matérias interessantíssimas sobre o meio agrícola regional, auxiliando sempre os produtores, associados ou não, no fornecimento de inovações. Nós da DuPont, agradecemos a parceria e apoio da Revista do Produtor Rural, e esperamos que essa parceria perdure por mais dez anos, pelo menos”. Gustavo Radaelli, Representante Comercial da DuPont
Compartilho juntamente com a comunidade agropecuária brasileira esta grata felicidade do décimo aniversário da Revista do Produtor Rural. Sabemos que a edição e veiculação de um periódico de qualidade é uma tarefa árdua e que exige empenho, dedicação, trabalho qualificado em equipe, recursos financeiros e, acima de tudo comprometimento. Características que somadas certamente fizeram da Revista do Produtor Rural um dos mais importantes veículos de comunicação da área agropecuária, fonte de disseminação de informações atualizadas, de leitura prazerosa, e com notória evolução a cada nova edição. Parabéns a equipe editorial, de apoio administrativo e ao Sindicato Rural de Guarapuava. Que a Revista do Produtor Rural seja perpetuada em uma existência longa, de profícua colaboração com a agropecuária Guarapuavana, Paranaense e Brasileira e de continuada colaboração para a construção de um mundo cada vez melhor para todos nós”.
Antes da revista, o Sindicato tinha um boletim informativo. Era algo simples e pensou-se em fazer algo com maior abrangência e mais profissionalismo. O projeto da revista foi trabalhado e discutido. Como toda ideia nova, teve os prós e os contras, mas os prós foram bem mais que os contras. E a revista foi lançada. Num primeiro momento, o Sindicato bancando quase tudo, depois começaram a vir os parceiros. Hoje não podemos conceber o Sindicato sem a revista. Encontramos a publicação em vários ambientes ligados ao agronegócio e até mesmo fora de Guarapuava. Sempre temos boas referências, elogios. Então temos que parabenizar a equipe da revista, porque é a divulgação que faz com que a entidade seja vista na sociedade e principalmente, por seus sócios, levando o nome do Sindicato Rural e até mesmo de Guarapuava para vários lugares do Paraná e do País”. Roberto Motta Junior , sócio do Sindicato Rural de Guarapuava (na época do lançamento da revista, atuava na entidade, como funcionário cedido pela Emater)
Prof. Sidnei Jadoski, Departamento de Agronomia, Universidade Estadual do Centro Oeste (Unicentro)
Há 10 anos, iniciou-se um estudo, na gestão do Cláudio Azevedo, onde a diretoria buscou novas maneiras de atingir seus associados com informações, prestação de serviço e tecnologia. A publicação foi um passo grande, que ao longo do tempo deu frutos, resultando na revista que é hoje. Além de circular entre os produtores rurais e técnicos da nossa região, hoje vai além, circulando em praticamente todo o Paraná, para técnicos, produtores, iniciativa privada, lideranças políticas, secretarias de agricultura dos municípios, Emater, Embrapa e outros órgãos do meio rural. A penetração nesse meio é bastante densa. É uma revista técnica, que leva informação e conhecimento aos produtores rurais. É considerada uma das melhores revistas de agronegócio, não só do Paraná, mas de todo o Brasil. Tem proporcionado ao Sindicato Rural uma visibilidade maior, onde carrega todo o peso do setor produtivo da nossa região. É uma revista feita com muito carinho, esmero e dedicação por toda a equipe do Sindicato Rural, procurando levar novas tecnologias, informações e, principalmente, aspectos políticos e econômicos ligados ao agronegócio. É uma maneira da nossa entidade prestar mais um serviço para a sociedade produtora e toda sociedade da região e do nosso Estado”.
Manter uma publicação de alto nível por dez anos, já merece todo nosso reconhecimento e aplausos! É uma revista reconhecida fora do Estado do Paraná e de leitura com conteúdo! Carlos Eduardo dos Santos Luhm, produtor rural e conselheiro fiscal do Sindicato Rural de Guarapuava A empresa Microgeo® parabeniza a Revista do Produtor Rural pelo seu 10º aniversário. Publicada pelo Sindicato Rural de Guarapuava, possui uma história de sucesso, conquistas, fortalecendo a consciência patronal agrícola. Que possamos juntos levar o conhecimento ao produtor rural, buscando a sustentabilidade e lucratividade de sua atividade”.
Rodolpho Luiz Werneck Botelho, presidente do Sindicato Rural de Guarapuava
2007
2009
2010
2012
“A única coisa que me deixa triste, é que, há 10 anos, eu era a moça da revista, agora sou a senhora da revista”, brinca Luciana. REVISTA DO PRODUTOR RURAL DO PARANÁ
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ESPECIAL
INTEGRAÇÃO LAVOURA-PECUÁRIA:
EM GUARAPUAVA, A SEMENTE DE UMA INOVAÇÃO
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avoura e animais na mesma área? E o solo, como fica? E a alimentação do rebanho? Pasto, feno, silagem? E a adubação, como se faz? Estas e outras dúvidas fizeram parte do passado de muitos produtores rurais no Paraná e no Brasil, numa época em que inexistiam critérios objetivos para a Integração Lavoura-Pecuária (ILP). Outros até conduziam as duas atividades, porém orientando-se só pela experiência prática. Ainda hoje, no Estado que viu surgir a pesquisa em integração, há quem se pergunte sobre sua viabilidade técnica e econômica. Mas também há quem tenha apostado nesta inovação. Entre estes, vários fizeram de seus sistemas um destaque em eficiência. Para eles, a alternativa abriu um novo futuro para a pecuária e para a
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agricultura. No momento em que a ILP com base em pesquisa já soma mais de duas décadas, a REVISTA DO PRODUTOR RURAL volta ao campo para enfocar suas perspectivas. E bastaram somente alguns passos para encontrar o início desta história: segundo pesquisadores ouvidos por nossa reportagem, foi em Guarapuava (PR), aproximadamente entre meados da década de 1990 e o ano 2000, que tiveram lugar os primeiros trabalhos de caráter científico realizados nesta área em nível nacional. Pelo menos dois dos vários nomes que participaram daquela iniciativa, Itacir Eloi Sandini (doutor em Produção Vegetal) e Sebastião Brasil Campos Lustosa (doutor em Produção Vegetal), da Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro), apontam que os
experimentos começaram por meio de um esforço conjunto entre Cooperativa Agrária e Universidade Federal do Paraná (UFPR). No local das pesquisas, o Campo 12 da Fundação Agrária de Pesquisa Agropecuária (FAPA), uma área de 12 hectares situada na Colônia Vitória (distrito de Entre Rios), a contribuição dos especialistas da cooperativa e de instituições parceiras, conforme analisam, foi demonstrar que é possível uma ILP com base científica, que preserve o solo e a produtividade das culturas. Na época atuando na Agrária, Sandini, em entrevista, rememorou que, no cenário rural nacional, o histórico do uso de lavoura e rebanho começou ainda antes. No centro-sul do Paraná, região em que a economia já surgiu ligada à bovinocultura no século XIX,
Iniciada como pesquisa no terceiro planalto paranaense, ILP ganhou a atenção de estudiosos em todo o Brasil. Em sua região de origem (foto), a Integração transformou sistemas produtivos em destaque.
conforme explicou, muitos produtores realizavam no século XX as duas atividades. Entretanto, numa percepção apenas empírica: “Se utilizava resteva da cultura de verão para alimentar o gado”. Uma das preocupações centrais era a compactação de solo trazida pelo pisoteio do plantel. A pesquisa, contextualizou, começou justamente para encontrar parâmetros técnicos para uma sinergia entre os elementos desses dois sistemas produtivos. Para isso, nos experimentos do Campo 12 o manejo incluía, no verão, soja e milho em anos alternados; no inverno, sobre a mesma área da cultura de verão, se realizava a pecuária a pasto. Ainda segundo o pesquisador, o trabalho considerou outra dificuldade da época: a disponibilidade de alimento para os animais duran-
te todo o inverno. Foi destinada então às forrageiras da estação fria a devida atenção: “A premissa básica é que tinha que haver segurança em termos de oferta”. A equipe de pesquisa decidiu utilizar materiais mais adaptados para a região e conduzi-los num manejo tão técnico quanto o aplicado às culturas de grãos, incluindo a adubação. Somava-se a este trabalho as pesquisas da Agrária sobre aveia (grão e forragem). Responsável pela vertente da forragem, Sandini conta que sua tarefa era encontrar genótipos adequados à ILP. Logo vieram as primeiras safras de informação: “Dentro deste espaço, foram produzidos vários trabalhos de pesquisa, diversos dias de campo”, ressaltou. Conforme o pesquisador avalia, os experimentos demonstraram que, com os manejos aplicados no local, ao lado do uso de algumas técnicas no plantio de verão, visando manter as características físicas, químicas e biológicas do solo, tornava-se possível fazer a ILP sem que soja e milho, implantados em área de pasto, perdessem em produtividade: “Foi comprovado a compactação ficava restrita à camada superficial do solo, próxima aos 7 cm, e que a operação com equipamentos para fazer a semeadura da cultura da soja ou do milho, especialmente utilizando guilhotina – mais eficiente para corte –, ou as ‘botinhas’ – um sistema
um pouco mais agressivo, expondo mais o solo –, era o suficiente para romper essa camada adensada”. De lá para cá, complementou, o interesse e a visão sobre o assunto se ampliaram. Apresentando um experimento que conduz no Campus Cedeteg, da Unicentro, com ovinos e centeio forrageiro, Sandini assinala que ILP inclui não só bovinos de corte, mas várias espécies animais. Outra evolução que o pesquisador identifica é a percepção atual da importância de cada fator individual que entra em jogo na integração. Nesta linha, ele menciona um trabalho, recém concluído, do colega Cristiano André Pott (doutor em Ciências Agrárias), que correlaciona a adubação da pastagem e as características físicas do solo. Já entre os desafios que ainda permanecem, o pesquisador aponta “o material genético”. Nas pesquisas sobre ILP promovidas atualmente pela universidade, disse, um dos focos é definir forrageiras indicadas àquela modalidade de agropecuária e os seus respectivos manejos para a região. Missão que tem mais uma complexidade: “Não adianta usar um manejo que não afete a cultura de verão, se o produtor também não tiver um aumento de desempenho na pecuária”. Neste campo, indicou, se destaca a importância do Laboratório de Ciências Florestais e
Foi comprovado que essa compactação ficava restrita à camada superficial do solo”. Itacir Sandini Pesquisador/Unicentro
Itacir Sandini (Unicentro): ILP se aplica a várias formas de pecuária, incluindo ovinos REVISTA DO PRODUTOR RURAL DO PARANÁ
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ESPECIAL Forrageiras da instituição, setor que vem se debruçando sobre cultivares para pasto e variáveis como altura de pastejo e momentos de entrada e saída dos animais. Ele enalteceu ainda a participação, nos trabalhos, de empresas do setor de sementes. Na área de experimentos do laboratório, também no Cedeteg, a REVISTA DO PRODUTOR RURAL conversou o pesquisador Sebastião Brasil, que ali conduz diversos de seus trabalhos. Ele observa que a ILP é assunto amplo, que seguiu sendo estudado em anos recentes e prossegue revelando suas possibilidades. “No ano de 2004, por incentivo da EMBRAPA, também iniciamos, na universidade, o primeiro trabalho de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF): um trabalho em rede, de seleção de genótipos forrageiros, para colocar estes materiais sob as árvores”. A pesquisa se desenvolveu numa área disponibilizada por um empresário local para aquela finalidade. Se alguns materiais se mostraram promissores enquanto outros “nem tanto”, o pesquisador considera que ali se lançou uma base para entender como funcionaria o sistema com árvores: “O componente florestal é bem diferente dos outros, agrícolas ou pecuários, porque é de longa duração, para você ter resultados”. Hoje, apontou, o interesse pela integração continua relevante na Unicentro, tanto em nível de graduação quanto na pesquisa. Na graduação, de acordo com ele, o Curso de Agronomia da instituição é uma dos poucos no país que oferece uma disciplina dedicada ao tema. Na pesquisa, em meio aos vários trabalhos conduzidos por colegas ou por ele mesmo, mencionou experimentos de rotações de cultura com pastagem, incluindo azevém sobre milho, centeio forrageiro para pré-secado ou pastejo, além de aveia e azevém para pastejo (rotacionados com soja e milho); e uma pesquisa em conjunto com a EMBRAPA e a EPAGRI (Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina), cujo objetivo é o controle de um problema que atinge pastagens: o capim-annoni (Eragrostis Plana Nees), uma gramínea daninha. Também os agropecuaristas da região, elogiou o pesquisador, têm colaborado cedendo áreas para pesquisas sobre ILP, como Ciro Davi Dellê, que destinou àquela finalidade 13 hectares em sua propriedade, no município de Pinhão. Na condução dos trabalhos,
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REVISTA DO PRODUTOR RURAL DO PARANÁ
Não dá para dizer: ‘Eu faço (ILP) sozinho’”. Sebastião Brasil
Pesquisador/Unicentro
Sebastião Brasil (Unicentro): acompanhamento técnico é fundamental para o êxito em ILP
Sebastião Brasil explicou que seu objetivo é utilizar pastagens para verificar o ganho de peso de bovinos de corte. Ali se faz o manejo de azevém tetraplóide e centeio forrageiro semeados separadamente sobre área cultivada com soja no verão, mas que ainda se encontra coberta pela palha do azevém do inverno anterior. Os resultados possibilitaram uma lotação média de cinco cabeças por hectare. Foram demarcadas faixas para permitir comparações entre adubações diferentes do sistema: adubação total da soja realizada somente na pastagem de inverno e sem adubação no verão; adubação parcial da soja na pastagem de inverno e adubação recomendada para a soja independente da adubação da pastagem. “A produtividade geral da gleba (na soja) foi de 75 sacos por hectare. Nessas faixas experimentais, com condições um pouco mais controladas, na área onde a adubação foi realizada somente no inverno, sem utilização de nenhum adubo no verão, a soja produziu 83 sacos por hectare. Onde foi realizada a adubação no inverno, mais a adubação recomendada para a cultura independente da adubação da pastagem, 88 sacos por hectare. E onde foi feita a adubação total do inverno mas no verão se trabalhou somente com adubo fosfatado, a produção foi de 93 sacos por hectare”, disse. O resíduo de matéria seca de azevém no momento da dessecação também surpreendeu, com nove toneladas por hectare. Sebastião Brasil também destacou que a reflexão sobre a ILP prossegue se difundindo em diversas instituições,
atualmente “até com a busca de proposições para o uso de áreas declivosas”. Em nível nacional, conforme estimou, especialistas têm produzido todos os anos um número expressivo de trabalhos sobre o tema. Para o pesquisador, um dos fatos que dimensionam a importância que a ILP ganhou no país é a decisão da EMBRAPA de criar, em 2012, em Sinop (500 km de Cuiabá-MT), a EMBRAPA-Agropastoril, uma unidade específica para a ILPF, que conta com 28 pesquisadores. Outra iniciativa que merece atenção dos interessados, acrescentou, é a Rede ILPF, projeto conjunto da EMBRAPA com empresas para divulgar a ideia. No site da Rede, (www.embrapa.br/web/rede-ilpf), no link “Quem usa”, o visitante constata que a modalidade vem sendo adotada em propriedades de norte a sul: de São Raimundo das Mangabeiras (MA) até Boa Vista das Missões (RS), passando por Brotas (SP), Cristalina (GO), Almas (TO) e Altônia, um dos municípios paranaenses mencionados. Sebastião Brasil chama a atenção para um levantamento que a Rede ILPF divulga em sua página sobre o uso da integração nos estados brasileiros. A pesquisa, realizada sob encomenda pelo Kleffmann Group na safra 2015/2016, estimou que o Brasil conta com 11.468.124 ha com sistemas integrados de produção agropecuária. Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Rio Grande do Sul possuem as maiores áreas com ILPF. O estado da região Sul, com 1.457.900 hectares, lidera a lista em termos de área relativa, ou seja, tem o maior percentual da área agricultável utilizado com algum siste-
O agropecuarista que faz a integração tem de ser agricultor e pecuarista o ano todo”. Edio Sander
Pres. Cooperaliança
ma integrado. Entre os estados do Sul, o Paraná mostrava a menor área com integração, com 416.517 hectares. Para produtores que pensam em partir para a prática da ILP, o pesquisador enfatiza que, por um lado, a modalidade “não gera um pacote’”, ou “uma receita de bolo”, mas varia de região para região e até de propriedade para propriedade numa mesma região. Mas ponderou que duas coisas são indispensáveis em qualquer modelo: planejamento e assessoramento de especialistas. “Se não tiver gestão e acompanhamento técnico, ela infelizmente não funciona. Não dá pra dizer assim: ‘Eu faço sozinho’”, alertou, preconizando que respeitar o princípio básico de manejo de pastagem é fundamental para evitar carga excessiva de animais. E se a composição pasto, cultura, rotação e rebanho pode variar, o pesquisador vê no centro-sul do Paraná algumas vantagens a se considerar, como a possibilidade de produzir silagem de alta qualidade e a conservação de forragem via pré-secado. O outono-inverno e o início da primavera também favorecem, em sua avaliação, a terminação de animais. Entretanto, para que todo o conhecimento que vem sendo gerado chegue ao campo e seja aplicado no dia a dia, tanto Brasil quanto Sandini frisam a
Edio Sander (Pres. Cooperaliança): rentabilidade exige investimento e estrutura
importância dos profissionais de assistência técnica, como agrônomos, veterinários e zootecnistas, entre outros. Um destes profissionais, com sua longa carreira, mostra que, neste ponto, experiência não significa se apegar a fórmulas antigas. Ao contrário. Graduado em Agronomia na década de 1960 pela UFPR e hoje, como autônomo, prestando orientação a mais de 10 propriedades no centro-sul paranaense, Celso Roloff tornou-se conhecido também por ser um entusiasta da ILP e de todas as inovações que possam melhorar esta tecnologia. Para ele, que atuou junto a cooperativas, como Agrária e Cooperaliança, e como professor no Colégio Agrícola e na Fundação Educacional de Guarapuava, o maior mérito das várias instituições de pesquisa, ao longo do tempo, foi transformar uma integração empírica numa científica, demonstrando que lavoura e criação de animais podem beneficiar uma a outra e estabelecendo para ambas uma programação anual. O mais importante, assinalou, é uma mudança de conceito: “Hoje,
administramos o talhão de agricultura e pecuária ao mesmo tempo. No verão, se faz a agricultura de grãos e no inverno o pasto. Você faz a adubação do sistema todo”. Na parte de forragem, Roloff disse que no Sul do Brasil a ILP viabiliza pasto durante 11 meses ao ano, o que em outros tempos seria impensável. Na parte dos plantios de verão, ainda de acordo com o agrônomo, a opção permite reduzir ou dispensar a adubação da cultura semeada sobre locais de pastagem. O plantel está incluído nesse calendário: “O boi, com 14 meses, tem que sair da propriedade. Não pode ficar lá, passeando. Então tem um cronograma de cria, recria e engorda”, esclarece. Ele avalia que neste sistema “a produtividade da pecuária aumentou consideravelmente no inverno e a produção de grãos está melhor do que era antes, sem a integração, até com a diminuição do aparecimento de doenças fúngicas na soja e algumas do milho”. A ILP, concluiu, vem permitindo com isso melhorar a eficiência econômica das propriedades.
Hoje, administramos o talhão de agricultura e pecuária ao mesmo tempo”. Celso Roloff
Agrônomo/Guarapuava Celso Roloff (Agrônomo): integração define calendário anual para a propriedade REVISTA DO PRODUTOR RURAL DO PARANÁ
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ESPECIAL Na outra ponta, entre os produtores adeptos da integração, é o melhor aproveitamento das áreas da propriedade que tem despertado interesse. A modalidade se tornou a base do sistema produtivo de cooperados da Cooperaliança, focada na produção de carne de bovinos precoces e ovinos para mercados que pagam mais por qualidade. Em entrevista, o presidente da cooperativa, Edio Sander, observa que os modelos de ILP precisam obrigatoriamente trazer viabilidade econômica para a propriedade. Para isso, em seu ponto de vista, um conceito é indispensável: “O agropecuarista que faz a integração tem que ser agricultor e pecuarista o ano todo” – Não apenas adquirir gado antes do inverno, engordar o rebanho e vender após a estação fria. Ele defende um sistema em que a pecuária conte com um rebanho permanente e a agricultura destine em torno de 25% da área para pastagem perene e 75% para culturas de verão, como soja e milho. No inverno, os pastos próprios da época.
Não tem outro modelo para quem quer fazer agricultura e pecuária, esse é o top” Gerson Abreu Produtor rural
Na concepção de novos trabalhos de pesquisa, um grande desafio é manter protocolos experimentais de longo prazo”. Aníbal de Moraes Pesquisador/UFPR
Sander assinala que a ILP é ao mesmo tempo uma diversificação e uma verticalização e faz uma ressalva em relação à técnica: “Não é tão simples”. O produtor, adverte, precisa investir. No pasto, adubação, considerando a forrageira como se fosse uma cultura comercial. Na alimentação dos animais, possuir sempre a alternativa da silagem. Na estrutura de alimentação, cocho. A razão, justificou, são as intempéries, como a geada que neste ano ocorreu já em abril em algumas propriedades de Guarapuava e região. Numa ILP nestes moldes, o presidente da cooperativa vê um crescimento na rentabilidade por área. Ele calcula que, num sistema apenas agrícola, um hectare de milho representaria um faturamento bruto de R$ 5.600,00 (200 sacas X R$ 28,00 [em 17 de maio, dia da entrevista]). Já na integração, utilizando milho silagem para bovinos de corte de um plantel permanente, contabilizando que cada hectare alimenta em torno de 25 cabeças e levando em conta o preço de venda do gado terminado, o valor conforme estima Sander - se multiplica. “O grande segredo da integração lavoura-pecuária é você transformar proteína vegetal em animal”, conclui.
Moraes (pesq. UFPR): adotando ILP, vários produtores se destacaram no PR
Entre associados à Cooperaliança que decidiram apostar em modelos semelhantes, o agropecuarista Gerson Abreu, de Candói, diz ver nesta decisão a alternativa ideal. Com uma experiência de décadas no campo, ele foi um dos produtores da região que conheceu na prática o que era conduzir lavoura e pecuária antes e depois do surgimento das pesquisas, vivenciando a transição do sistema antigo para o novo. Abreu conta que, antes, comprava animais adultos, magros, para a engorda na aveia durante o inverno, vendendo-os em seguida. Hoje, com assistência do agrônomo e amigo Roloff, disse, seu sistema é mais complexo, porém mais eficiente. Na agricultura, grãos só de verão: soja e milho. No inverno, as
Gerson Abreu (produtor): da tradição à inovação - na propriedade em Candói, ILP garantiu permanência na pecuária de corte
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áreas são destinadas à aveia e azevém consorciados ou apenas azevém (semeadura a partir de meados de maio, com previsão de estabelecimento do pasto entre 40 e 45 dias). Forragem recebe também adubação (base mais uréia). Na pecuária, duas vertentes: plantel para cria, em locais declivosos, e para abate, em áreas mais planas. Animais de cria passam o verão sobre pasto de braquiária ou hemarthria e o inverno em aveia/azevém. O rebanho para abate é direcionado, no verão, ao tifton, e no inverno à aveia/azevém, num período que vai do desmame ou aquisição até cerca de 300 kg, quando segue para confinamento (complemento com ração no cocho, chegando
a aproximadamente 500 kg) e depois à comercialização. Em torno de 15 a 20 dias antes da dessecação para o plantio do milho em setembro, o gado é retirado das áreas de inverno, para evitar exaustão do pasto e compactação excessiva do solo. Plantio de soja em novembro encerra o calendário anual da propriedade. Aproveitando o adubo da pastagem de inverno, o produtor considera o custo do verão “menos oneroso”. Com este sistema, comenta, tornou-se possível elevar significativamente a lotação de animais por área. Entretanto, observa, é um modelo em que a eficiência tem que estar ajustada na ponta do lápis: “Temos a expectativa de um ganho de peso em
ILP é um sistema complexo, mas que ‘vale a pena’ ”. Rodolpho Luiz Werneck Botelho
Presidente do Sindicato Rural de Guarapuava
Botelho (pres. do Sindicato Rural): ILP Na propriedade em Candói
PRODUTORES: PARCEIROS IMPORTANTES
P
rodutores rurais também têm sido parceiros da pesquisa em ILP no centro-sul do PR. Em Pinhão, Ciro Davi Dellê (na foto), cooperado da Cooperaliança, é um dos que cedem áreas para experimentos. Na propriedade, que ano passado sediou um Dia de Campo do Plano Pecuária Moderna, o pesquisador Sebastião Brasil (Unicentro) estuda materiais de pastagem de inverno e ganho de peso em bovinos de corte.
Pasto de aveia semeada sobre milho grão de verão
Pasto de azevém tetraplóide semeado sobre soja
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ESPECIAL
ILP é tradicional na pecuária leiteira: Numa propriedade em Guarapuava, opção é com pasto e árvores.
torno de um quilo por dia. O animal tem que chegar lá para poder dar resultado”. Em sua análise, Abreu considera que a maior rentabilidade desta pecuária está baseada em vários fatores ao mesmo tempo. Do plantio direto à existência de uma cooperativa como a Cooperaliança, que paga mais por qualidade e proporciona uma renda mensal por meio da entrega programada de lotes. Se não fosse esta forma de ILP e de bovinocultura de corte, ele acredita que talvez já nem estivesse mais na atividade. “Não tem outro modelo para quem quer fazer agricultura e pecuária, esse é o top”, finalizou, com um sorriso sereno e afirmativo. A trajetória de Abreu reflete a análise de um dos maiores nomes da pesquisa em ILP no Brasil sobre os benefícios da integração, o professor Aníbal de Moraes, que como Sebastião Brasil, participou dos experimentos no Campo 12 em Guarapuava. Doutor em Zootecnia e hoje voltado a plantas forrageiras e sistemas integrados de produção agropecuária na UFPR, em Curitiba, o pesquisador, em entrevista à REVISTA DO PRODUTOR RURAL, lembrou que, nos primórdios dos trabalhos, a integração acabou despertando interesse em outras regiões: “Talvez aquele velho provérbio de que ‘Santo de casa não faz milagre’, tenha prevalecido mais uma vez. Todavia, os poucos agricultores da região que abraçaram este sistema de produção se tornaram reconhecidos no Brasil pelo sucesso no empreendimento que acabou virando a Cooperaliança”.
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Moraes revela, por outro lado, um panorama importante: vários são os agropecuaristas, cooperativas, instituições de pesquisa (públicas e privadas) e universidades, em várias regiões paranaenses, que compreenderam a importância do assunto e há anos vêm produzindo e aplicando conhecimento nesta área: “A Cooperativa Coamo apoiou, durante 10 anos, um protocolo de pesquisa liderada pela UFPR e o IAPAR na sua Fazenda Experimental em Campo Mourão. Na região do Arenito Caiuá, nos municípios de Mandaguaçu e Planaltina, foi estabelecido um outro protocolo para avaliar o potencial de uso da ILP em solos arenosos, em uma parceria entre a UFPR e a empresa Monsanto. Na sequência, a Cooperativa Castrolanda promoveu a pesquisa em ILP, durante cinco anos, para avaliar a possibilidade de integrar a produção de leite com a agricultura, na região dos Campos Gerais. Em muitas universidades, pode-se verificar que a pesquisa em sistemas integrados de produção agropecuária passou a ser uma linha de pesquisa integrada aos programas de pós-graduação, a exemplo, aqui no Paraná, da Unicentro, UTFPR e UEPG”. Já neste ano, outra iniciativa relevante, menciona, é o I Congresso Brasileiro de Sistemas Integrados de Produção Agropecuária, que ocorrerá de 21 a 24 de agosto, no Centro de Convenções de Cascavel – evento em que ele e o professor Sebastião Brasil estão entre os palestrantes.
E os novos desafios da ILP? Moraes explica como vê o cenário: “Na concepção de novos trabalhos de pesquisa, um grande desafio é manter protocolos experimentais de longo prazo, para que a amplitude de seus efeitos possam ser detectados. Vários parâmetros avaliadores do sistema necessitam prazos de acompanhamento (e.g., estoques de C no solo) que a maioria dos editais de fomento não contempla”. Outro desafio, para ele, é a própria composição das equipes de pesquisa: “Mais do que a multidisciplinaridade, há necessidade de se alcançar o nível de transdisciplinaridade, onde o estudo de propriedades emergentes requer estudos em nível de processos sistêmicos”. A programação do congresso traz ainda mesa redonda sobre desafios e oportunidades de sistemas integrados. Um dos convidados é o agrônomo, agropecuarista, presidente da Comissão Técnica da Bovinocultura de Corte da FAEP, presidente do Comitê Gestor do Plano Pecuária Moderna e do Sindicato Rural de Guarapuava, Rodolpho Luiz Werneck Botelho. Ele mesmo adepto de sistemas integrados, em sua propriedade, em Candói, Botelho tem reiterado: “Lavoura e pecuária, juntos, formam um sistema complexo, mas vale a pena. No final, a integração é boa para a agricultura, para a pecuária e o solo”.
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COMUNIDADE
QUEIJO GIGANTE MARCA A FESTA DA POLENTA
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5ª edição da Festa da Polenta do Santuário Nossa Senhora Aparecida em Guarapuava aconteceu dos dias 3 a 7 de maio, na paróquia. A festa já está se tornando tradicional na cidade e reúne milhares de pessoas que vão ao evento para saborear diversos pratos a base de polenta. Mas não é somente a polenta a estrela da festa. O queijo também é destaque no evento. E não é qualquer queijo. Na noite do dia 4, foi realizada a partilha do queijo gigante. Com 150 quilos, o queijo foi partilhado com todos que estavam presentes Queijo de 150 quilos: Uma das atrações do evento na festa. E só foi possível a muito bonito, que é a partilha. Ficamos produção deste queijo, devido a doação muito felizes com a ajuda que recebedo leite, por produtores rurais de Guamos. Os produtores atenderam nossos rapuava e região. Para produzir o queijo pedidos de doações, em leite ou dinheiforam necessários aproximadamente ro. Tivemos uma parceria fundamental 1.500 litros de leite. da Coamig, que nos ajudou também na O produtor rural Roberto Ferreira coleta do leite e de produtores de PruRamos colaborou com a doação e esteve dentópolis, que possuem experiência na linha de frente da produção. Ramos na produção de queijo e nos ajudaram a ficou bastante satisfeito com o resultaproduzir. Parece que todos gostaram do do. “É uma ação que tem um significado
O pároco da paróquia e idealizador da ideia do queijo gigante, Claudemir Didek, exibe o “pequeno” pedaço
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Roberto Ferreira Ramos e Jussara Araújo Silva participam da comunidade e lideraram a produção do queijo
sabor e ficamos muito felizes e agradecidos com todos que ajudaram”. Segundo Ramos, a paróquia pretende aumentar 50 quilos do queijo gigante a cada edição da Festa da Polenta. “É um desafio e sempre precisamos contar com a colaboração de todos, inclusive dos produtores de leite”. O Sindicato Rural de Guarapuava também patrocinou a ação.
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REDE DE RELACIONAMENTO
BAYER COMEMORA DOIS ANOS DO PROGRAMA DE PONTOS Já são mais de 90 mil produtores brasileiros inscritos
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m dois anos de atividades, o Programa de Pontos da Bayer se prepara para chegar ao final do primeiro semestre com 100 mil produtores brasileiros inscritos. Já são quase seis bilhões de pontos acumulados, e mais de dois bilhões de pontos resgatados em todos os estados do país. De acordo com Thiago Junqueira, gerente de estratégia de clientes da Bayer, esta é a forma que a empresa encontrou para estar mais próxima do produtor, auxiliando nos desafios do dia a dia e suportando o desenvolvimento do negócio. Segundo Junqueira, hoje, o produtor que aderir a esta plataforma tem à disposição um portfólio com mais de 200 serviços prestados por fornecedores qualificados de ampla experiência no setor. “Com isso, contribuímos para uma gestão mais profissional do negócio destes produtores.” A adesão ao programa é tão grande que somente no primeiro quadrimestre deste ano foram cadastradas 190.572 notas fiscais e mais de 30 mil resgates. Historicamente, desde o começo do programa, já foram solicitados mais de 100 mil serviços, dos quais se destacam: participações em feiras e congressos; monitoramento de percevejos, agricultura de precisão, agroespecialistas, análises laboratoriais e consultorias (técnicas e gestão). “A crescente demanda por alimentos requer constante inovação na agricultura, e o Programa de Pontos vem ao encontro desta realidade”, diz Junqueira.
Tecnologia e facilidade – Para o segundo semestre de 2017 a Bayer está instalando em seus distribuidores terminais de autoatendimento para o produtor, sozinho, cadastrar suas notas, consultar e resgatar seus pontos. “Ao instalar esses totens, somamos forças com os distribuidores que trabalham conosco aumentando o leque de soluções para os desafios do campo”. Junqueira comenta que a facilidade do produtor operar o Programa de Pontos sempre foi uma premissa para a Bayer. “Além dessa facilidade dentro do distribuidor, estamos cada vez mais incentivando nossos clientes a utilizarem o aplicativo desenvolvido para os participantes da Rede Agroservices, onde podem consultar seus dados e saldo de pontos; pesquisar o catálogo de produtos e ofertas; trocar pontos por produtos; e acompanhar seus pedidos”. O executivo lembra que o app está disponível para Android e IOs.
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“Outra novidade, que impactará diretamente o pequeno e médio produtor, é que a partir de agora todos poderão completar o resgate de serviços com dinheiro quando não tiverem pontos suficientes para efetuar o resgate, o que facilita o acesso de mais produtores a estes serviços”, explica o gerente.
Agronegócio em rede – Programa de Pontos faz parte da Rede AgroServices, rede de relacionamento criada pela empresa para integrar produtores, pesquisadores, jornalistas, empresários e todos os demais elos da cadeia produtiva, que tem como intuito buscar novas soluções e desenvolver o agronegócio nacional. “O produtor rural enfrenta diversos desafios em seu dia a dia para suprir a demanda mundial por alimentos, fibras e energia, mas nem sempre é reconhecido por isso. Por meio da Rede AgroServices podemos trabalhar juntos para desenvolver o agronegócio brasileiro conectando os participantes deste setor com a sociedade e valorizando as pessoas envolvidas neste processo ao possibilitar a geração de valor adicional.”
BAYER: SCIENCE FOR A BETTER LIFE (CIÊNCIA PARA UMA VIDA MELHOR) A Bayer é uma empresa global focada em Ciências da Vida nas áreas de cuidados com a saúde humana e animal e agricultura. Seus produtos e serviços são desenvolvidos para beneficiar as pessoas e melhorar sua qualidade de vida. Além disso, a companhia objetiva criar valor por meio da inovação. A Bayer é comprometida com os princípios do desenvolvimento sustentável e com suas responsabilidades sociais e éticas como uma empresa cidadã. Em 2016, o grupo empregou cerca de 115 mil pessoas e obteve vendas de € 46.8 bilhões. Os investimentos totalizaram € 2.6 bilhões e as despesas com Pesquisa & Desenvolvimento somaram € 4.7 bilhões. Esses números incluem os negócios de polímeros de alta tecnologia, que foram lançados no mercado de ações como companhia independente nomeada Covestro, em 06 de outubro de 2015. Para mais informações sobre a divisão Crop Science, acesse nosso site: www.agro.bayer. com.br e os nossos canais nas redes sociais: Facebook (www. facebook.com/AgroBayerBrasil); Twitter (@Bayer4CropsBR); YouTube (www.youtube.com/BayerCropScienceBR).
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TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO
AGRÁRIA E INQUIMA LANÇAM PROGRAMA ACERTE NO ALVO O objetivo do programa é a inspeção contínua dos pulverizadores dos cooperados da Agrária
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om o objetivo de mostrar aos produtores rurais a diferença entre pulverização e aplicação de defensivos, auxiliando-os na melhoria desse processo, com uma ação relativamente simples, mas necessária: a inspeção contínua dos pulverizadores, a Cooperativa Agrária e a Inquima deram início ao programa Acerte no Alvo. Lançado no dia 10 de maio, no Centro Cultural Mathias Leh, distrito de Entre Rios, em Guarapuava, o evento reuniu diretoria, assistência técnica e cooperados da Agrária, além de diretores da Inquima. Na ocasião, foi apresentado aos cooperados o funcionamento do programa e objetivos. O coordenador da Fundação Agrária de Pesquisa Agropecuária (FAPA), Leandro Bren, explica que o programa de inspeção e certificação de pulverizadores na Cooperativa Agrária já existe há anos, mas o atendimento era para um número reduzido de cooperados/ano. Isto porque era o próprio pesquisador da área de mecanização da FAPA que realizava as inspeções, de acordo com o que sua agenda de trabalho permitia. “Não tinha uma pessoa especifica para este programa. Com a parceria da Inquima, houve a possibilidade de contratação de um técnico especialmente para esta função, que realizará a inspeções a campo, durante o ano todo. A nossa meta é que em três anos nós já tenhamos inspecionado os pulverizadores de todos os cooperados, e principalmente, feito o treinamento para os cooperados e seus funcionários”, conta. Bren destaca também que o programa, além de auxiliar o produtor numa melhor produtividade e rentabilidade, visa uma agricultura mais sustentável. “A Agrária já trabalha visando a sustentabilidade em toda sua produção. Realizamos pesquisas do melhor defensivo agrícola por meio desta ótica. Mas, muitas vezes, o produtor tem o melhor produto e erra lá no campo, no momento de fazer a aplicação. Por isso, esperamos que o
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Leandro Bren, coordenador da FAPA
projeto supra essa demanda, favorecendo o controle efetivo de pragas e doenças e, principalmente, preservando o meio ambiente. Isso porque o nosso papel como agrônomos, produtores e como cooperativa é produzir alimento com sustentabilidade”. O diretor comercial da Inquima, Luiz Fernando Félix, destaca que a intenção da empresa em entrar nesse programa como parceira da Agrária é mostrar para o produtor que a Inquima, além de vender produtos, busca constantemente prestar serviços aos seus clientes. “Vemos que o grande diferencial do nosso segmento é a qualidade de aplicação. Por isso, nosso trabalho vai além da qualidade do produto. Nós temos a parte de serviços, que é a assistência técnica na hora da aplicação, para que esse processo seja feito de forma adequada, complementando a qualidade dos nossos produtos. Uma máquina bem ajustada, a escolha
Andreas Milla: “Temos que nos acostumar a fazer essa inspeção nos pulverizadores, mas é interessante termos o apoio de uma equipe preparada, que vai enxergar o que muitas vezes nós não vemos”.
ideal das pontas de aplicação e uma boa informação ao produtor fazem diferença no resultado final. Isso reforça a ideia de que vendemos produto, mas entregamos serviço”, observa. Para o cooperado Andreas Milla, o programa viabiliza que o produtor rural enxergue onde estão seus problemas em relação à pulverização e melhore o processo. “Em muitas situações, temos problemas sérios na aplicação. Dentro desse processo, estamos perdendo muito dinheiro e muita eficiência, com problemas de produtividade e reaplicação do produto. A partir do programa, podemos modificar essa realidade, melhorando a qualidade, a eficiência e logi-
Paulo Alba, pesquisador de mecanização FAPA
camente, baixando o custo. Temos que nos acostumar a fazer essa inspeção nos pulverizadores, mas é interessante termos o apoio de uma equipe preparada, que vai enxergar o que muitas vezes nós não vemos”.
Funcionamento
Quem vai coordenar diretamente o programa Acerte no Alvo é o pesquisador da FAPA da área de mecanização, Paulo Alba. Ele explica que a demanda na inspeção dos pulverizadores virá dos próprios cooperados. “Todos os cooperados serão cadastrados, mas os que tiverem maior demanda com problemas na pulverização, a partir da identificação do agrônomo do cooperado, serão priorizados no atendimento”. Durante essa inspeção, segundo Alba, serão verificados em média 30 itens no pulverizador. Entre eles, se existem vazamentos, mangueiras danificadas, tipo de ponta de pulverização, erros em taxa de aplicação e dosagem do produto, precisão do manômetro e espaçamento. Após realizada essa inspeção, pelo técnico que foi contratado especialmente para o programa, o pesquisador ficará responsável pela elaboração de um laudo. “O técnico repassa para mim as informações coletadas, eu emito um laudo e repasso ao proprietário da máquina, onde estarão especificados quais itens precisam ser corrigidos”, detalha o pesquisador.
Sidnei Jadoski, professor Unicentro
Tecnologia de Aplicação Durante o lançamento do programa Acerte no Alvo, o professor do curso de Agronomia da Unicentro, Sidnei Jadoski, foi convidado para falar sobre Tecnologia de Aplicação. Entre outros pontos, ele ressaltou a importância de uma manutenção adequada nos pulverizadores e outros fatores que definem uma boa aplicação, destacando a diferença entre pulverização e aplicação dos produtos. Confira o resumo da sua palestra: “A manutenção deve ser feita de forma preventiva e periódica, não em um tempo muito espaçado, o que geralmente os produtores fazem. Qual é o ganho com uma manutenção adequada? O produtor tem o equipamento funcionando sempre adequadamente, todas as suas aplicações vão ficar com uma característica similar e normalmente com melhor qualidade. Consegue-se uma calibração melhor, tendo uma vazão adequada para a cultura naquele momento, um tamanho de gota para distribuir o princípio ativo de forma ideal para aquele momento. Quando o equipamento está com problema, sem manutenção, o produtor tem problema de variação de pressão e vazão, consequentemente calibra de uma maneira e não consegue atingir ou varia muito. No final, o resultado são lavouras manchadas, com áreas em que aplicou bem, outras em que aplicou mal, ou seja, ineficiência ou redução de controle, perda financeira e perda em resultado de cultivo. Existe uma soma de
Luiz Fernando Felix, diretor comercial da Inquima
perdas que justificam investir um pouquinho mais em uma manutenção adequada. Ambientalmente falando, também há consequências negativas quando não há manutenção da máquina. Porque quando o produtor aplica mal, ele tem residual menor, necessita aplicar mais vezes jogando mais produto químico no ambiente. Então a regulagem adequada permite que ele tenha uma sustentabilidade melhor. Além disso, há outros fatores que influenciam em uma boa aplicação, como a escolha de um princípio ativo adequado para controlar o problema; aplicar o produto no momento certo para aquela cultura e no volume indicado; a regulagem de máquina adequada, um preparo da calda da melhor forma possível, com homogeneidade e atender a critérios de clima, com operador treinado, para que ele consiga controlar a máquina e prestar atenção no clima, não aplicando com temperaturas elevadas, ventos fortes ou umidade relativa muito baixa, para não ter perda de produto”.
Durante o lançamento, foi feita a entrega oficial do veículo para o programa. O veículo foi doado pela Inquima.
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MERCADO DE TRABALHO
O JOVEM APRENDIZ NAS PROPRIEDADES RURAIS
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aprendizagem é uma ação de responsabilidade social e um importante fator de promoção da cidadania, resultando em uma transformação pessoal e profissional na vida de muitas pessoas, principalmente para quem está começando.
De acordo com o Ministério do Trabalho e Emprego, o Aprendiz Legal é um programa de aprendizagem voltado para a preparação e a inserção dos jovens no mercado do trabalho, que se apoia na Lei 10.097/2000, a Lei da Aprendizagem. Esta lei determina a formação de jovens aprendizes com idades entre 14 e 24 anos nas propriedades rurais com Cadastro Específico do INSS (CEI) ou através do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED) e que tenham um número igual ou acima de sete funcionários registrados na sua propriedade. De acordo com o artigo 429, a Lei da Aprendizagem envolve todas as empresas de médio e grande porte que devem contratar um número de aprendizes equivalente a um mínimo de 5% e um máximo de 15% do seu quadro de funcionários, cujas funções demandem formação na aprendizagem profissional, conforme indicado na Classificação Brasileira de Ocupações (CBO). Uma dica é procurar o responsável pela contabilidade para saber em qual cota o empregador se enquadra. O Ministério Público do Trabalho do Paraná em Guarapuava busca, através de um trabalho de conscientização, o apoio e parceria dos empresários e produtores rurais para adesão e implantação da Lei da Aprendizagem no município. A procuradora do trabalho do MPT-PR de Guarapuava, Cibelle Costa
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de Farias, que está atuando há mais de sete anos na região, já conscientizou vários segmentos sobre a importância de aderir a esta lei: “Sou uma entusiasta da aprendizagem e busco orientar as pessoas sobre como se pode contratar jovens aprendizes através da lei, e não somente para cumprimento de cotas, mas como uma responsabilidade de cidadão, pois estará formando e transformando esses jovens profissionais”, salienta Cibelle. Segundo a procuradora, o cumprimento das cotas nas propriedades rurais é um desafio. “Se o empregador rural se interessa em participar, mas tem dificuldades devido a questões de deslocamento ou por trabalhos não apropriados para a faixa etária do aprendiz, ele tem a oportunidade de ajudar o jovem financiando seus estudos em alguma entidade ou escola de aprendizagem, contribuindo para a sua formação
FORMAÇÃO As entidades qualificadas para a formação técnico-profissional de menores são os chamados órgãos do “Sistema S” – Serviços Nacionais de Aprendizagem Industrial (Senai), Comercial (Senac), Rural (Senar), do Transporte (Senat) e do Cooperativismo (Sescoop), as escolas técnicas de educação, inclusive as agrotécnicas, e as entidades sem fins lucrativos de assistência ao adolescente e à educação profissional, registradas nos Conselhos Municipais dos Direitos da Criança e do Adolescente.
Dra. Cibelle Costa de Farias – Procuradora do Trabalho do Ministério Público do Trabalho do Paraná em Guarapuava.
profissional. Assim, ele estará cumprindo com a cota aprendizagem, prevista pelo Ministério Público do Trabalho”, explica a representante do MPT-PR. O trabalho do menor aprendiz não pode ser realizado em locais prejudiciais a sua formação, desenvolvimento físico, psíquico, moral e social ou em horários e locais que não permitam a frequência à escola. A contratação de menores aprendizes se dá por meio de um contrato de trabalho especial, regulamentado pelo Decreto nº 5.598/2005. O instrumento deve ser ajustado por escrito e por prazo determinado, não superior a dois anos. Nele, o empregador se compromete a assegurar ao aprendiz, inscrito em programa de aprendizagem, formação técnico-profissional metódica, compatível com o seu desenvolvimento físico, moral e psicológico. A jornada do aprendiz é de seis horas diárias e pode chegar a no máximo oito horas, desde que ele tenha completado o ensino fundamental. A remuneração é de um salário mínimo. O trabalho noturno, executado entre as 22h e 5h, é proibido, segundo o artigo 404 da CLT.
Produtor pode contratar Aprendiz Legal na Gerar Em Guarapuava, a Gerar – Aprendiz Legal disponibiliza um cadastro com 1700 jovens, entre 14 e 24 anos. Algumas empresas da região no ramo de batatas e erva-mate já estão utilizando os serviços relacionados a aprendizes. Os cursos oferecidos pela instituição são:
Ocupações Administrativas
Comércio e Varejo
Logística e Produção Industrial
Para participar do Aprendiz Legal, os produtores rurais ou estagiários, devem entrar no site http://gerar.org.br/aprendiz-legal/ e preencher o cadastro. A Gerar fica na Avenida Vicente Machado, 2066 Centro – Telefone: (42) 3304-8380
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MÁQUINAS AGRÍCOLAS Evento foi excelente oportunidade de conhecer lançamentos e adquirir maquinário
UM SHOW DE MASSEY FERGUSON!
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m show de tecnologia, qualidade, atendimento e condições de aquisição: este, o resumo de mais uma edição do já tradicional Massey Show, um dos mais concorridos dias de negócios de maquinário agrícola de Guarapuava. Organizadora do evento, que teve lugar no dia 10 de junho, no pátio da empresa no Bairro Conradinho, a Augustin, revenda e assistência técnica Massey Ferguson, apresentou o que o portfólio da marca tem de melhor em soluções para quem precisa de trator, colheitadeira, pulverizador e plantadeira. Além disso, os visitantes tiveram a oportunidade de conferir nada menos do que cinco lançamentos da Massey Ferguson (três tratores, uma colheitadeira e um pulverizador), podendo embarcar no maquinário e conferir seus recursos tecnológicos e de mecânica. A equipe da Augustin não poupou tempo para explicar em detalhes cada um dos diferenciais de cada modelo. Outras atrações, que completaram a programação do dia, foram café da manhã, estandes de empresas parceiras do
evento com produtos e serviços para o agronegócio, exposição e venda de implementos de outras marcas parceiras da Augustin e almoço de confraternização. O balanço da participação do público, considerado positivo, contabilizou mais de 600 visitantes, de Guarapuava e região. Entidades como o Sindicato Rural de Guarapuava também marcaram presença. O gerente da Augustin, Márcio Kilpp, ao conversar com a REVISTA DO PRODUTOR RURAL, ressaltou os diferenciais que fizeram o sucesso de mais um Massey Show. “Os lançamentos que a Massey Ferguson fez no Agrishow, em Ribeirão Preto (SP), numa ação muito forte em conjunto com a fábrica, conseguimos trazer para Guarapuava, para o nosso evento – um exemplar de cada um dos lançamentos. Podemos dizer que todos os lançamentos globais que a marca fez, em nível de Brasil, estão fisicamente aqui em Guarapuava”, enalteceu. As condições de compra também foram mencionadas pelo gerente: “No dia de hoje, destacamos alguns modelos do nosso portfólio de produtos e os coloca-
Márcio Kilpp Gerente Comercial PR da Augustin
mos em oferta, a patamares de preços que se praticava em 2010. Tudo isso faz parte de uma iniciativa nossa em conjunto com a Massey”. Kilpp apontou também que os atrativos para escolher Massey Ferguson foram mais além, com a Augustin reforçando a apresentação de seus serviços de pós-vendas e peças. “Todo cliente, na entrada do evento, recebeu um bônus que dá direito a 10% de desconto na aquisição de peças e serviços e algumas condições de pagamento bem diferenciadas para o programa de revisões: tratores, colheitadeiras e auto
LANÇAMENTOS DA MASSEY FERGUSON NO MASSEY SHOW EM GUARAPUAVA
• Colheitadeiras Híbridas Série 90 • Pulverizador MF 9130 Plus
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• Tratores Série MF 6700
• Tratores Série MF 6700 R Dyna4
• Tratores Série MF 7700 Dyna6
No motor, inovações eletrônicas; na cabine muita tecnologia embarcada Parceiros da Augustin: serviços e produtos para o agronegócio, incluindo implementos de alta tecnologia Almoço de confraternização
propelidos, estão dentro deste programa, com condições muito atrativas, de desconto e prazo alongado de pagamento”, explicou. Com isso, assinalou o gerente da Augustin, o evento visou não só evidenciar os novos itens do portfólio da Massey Ferguson, mas também proporcionar assistência àqueles produtores que já têm
equipamentos da marca no campo. Kilpp sublinhou também como importante para o sucesso do MF Show a participação dos Agentes Financeiros e os Diversos Parceiros de Implementos Agrícolas. Presente ao evento, o produtor rural Cláudio Azevedo, disse ter gostado de mais esta edição: “Esses dias de negócios são importantes porque trazem
condições diferenciadas do que se tem no dia a dia da concessionária. Trazem preços melhores e condições que propiciam a fazer melhores negócios. As condições estavam muito boas no evento, tanto que mesmo que chegando só à tarde, logo comecei a negociar alguns equipamentos que estavam com preços muito atrativos”.
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ANÁLISE CONJUNTURAL
MERCADO DO BOI GORDO NO ESTADO DO PARANÁ Flávio Filipe Rodrigues Apolonio Jhennifer De Souza Pereira Paulo Rossi Junior Centro de Informação do Agronegócio da UFPr www.ciaufpr.com.br
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om oferta limitada causada pelo efeito da Operação Carne Fraca, o mercado físico do boi gordo iniciou com queda em abril e conseguiu se recuperar no decorrer do mês e permaneceu estável entre abril e maio. De acordo com o indicador de preços da arroba do boi gordo, CIA/UFPR, em relação aos meses de abril e maio de 2017, a média das cotações foi de R$ 143,99 com variação de -0,85% em relação ao primeiro e ao último dia do período analisado. O maior e o menor preço registrados foram de R$ 147,94 e R$ 141,20, respectivamente. Em relação à arroba da vaca gorda, a média para o período em questão foi de R$ 134,40. O preço máximo atingido foi de R$ 135,48 no dia 08/05/2017, enquanto que o menor valor foi de R$ 132,32 no dia 24/05/2017. A variação percentual do preço em relação ao primeiro e ao último dia do período foi de -0,41%. Como foi observado na análise do CIA/UFPR, o resultado que foi obtido em abril já era esperado, já que houve a operação carne fraca realizada pela Policia Federal na segunda quinzena de março, com o objetivo de investigar a corrupção. Diante disso, alguns produtores fecharam os abatedouros temporariamente pois os valores oferecidos pelos frigoríficos eram baixos. Com isso, deixaram o mercado. Já os frigoríficos agiram com mais cautela, suspendendo abates, embarcando quantidades menores de carne bovina e comprando menos gado.
Figura 1. Preços das arrobas do boi gordo e da vaca gorda, no estado do Paraná, nos meses de abril de 2017 e maio de 2017. Fonte: CIA/UFPR
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Figura 2. Preços do bezerro, no estado do Paraná, nos meses de abril de 2017 e maiode 2017. Fonte: CIA/UFPR
Houve muita especulação de que a carne bovina brasileira nesse período sofreria desvalorização, mas muitos dos frigoríficos mantiveram seu preço ou até mesmo subiram. Segundo a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec), as negociações geraram um faturamento de US$ 378 milhões. Hong Kong e China foram os que mais importaram carne bovina do Brasil no período. O Egito destaca-se entre os países para os quais o Brasil aumentou suas exportações em abril, com alta de 60% em faturamento e 54% no volume exportado. A expectativa para o mercado interno para os meses de junho e julho é que os preços da arroba do boi gordo devem variar de R$ 142,00 a R$ 144,00 e para a vaca gorda de R$ 132,00 a R$ 134,00. Mantendo-se próximo da média dos meses anteriores. Os dados obtidos pela CIA/UFPR referentes ao bezerro entre os meses de abril e maio de 2017 mostram que o menor valor cotado foi de R$ 1.005,00 a partir do dia 24/04/2017. Já o valor máximo foi de R$ 1.201,89, podendo ser observado a partir do dia 28/04/2017. A média para o período foi de R$ 1.114,06. Nota-se que o bezerro apresentou variações de preço durante os meses analisados.
NEGÓCIOS
MACPONTA AGRO REALIZA 11º SÁBADO SHOW EM GUARAPUAVA Evento foi realizado na loja de Guarapuava e trouxe a melhor oportunidade de negócio do ano ao produtor rural
A
MacPonta Agro, concessionário John Deere para a região dos Campos Gerais e região Centro-Sul do Paraná, realizou, pela segunda vez, o Sábado Show. O evento, que já ocorre há 11 anos nos Campos Gerais, aconteceu no sábado, 13 de maio, e reuniu mais de 800 pessoas. Dentre os presentes estavam produtores rurais, visitantes, colaboradores da empresa, fornecedores e os bancos parceiros, que participam tradicionalmente do Sábado Show. A presença dos bancos é mais um diferencial que a MacPonta Agro oferece, já que eles trabalham com taxas especiais de financiamento, facilitando ainda mais a aquisição de um equipamento John Deere. Uma das novidades para a edição de 2017 foi a presença da empresa MacPonta Corretora de Seguros, a mais nova integrante do Grupo Gondaski, grupo do qual a MacPonta Agro faz parte. A Corretora de Seguros é especializada em seguros agrícolas, mas também oferece outros tipos de seguro como residencial e de veículo, por exemplo. Para o Sábado Show, foram trabalhados preços bastante diferenciados, exclusivos para o dia do evento. Além de trabalhar com o melhor preço do ano no evento, a MacPonta Agro também disponibilizou uma grande estrutura aos clientes e seus familiares. Espaço kids, itens promocionais da John Deere Collection, espaço café e praça de alimentação deixaram o evento ainda mais atrativo para a região. No espaço kids, a principal atração do dia foi o óculos de realidade virtual. Já a praça de alimentação contou com o cuidado e a dedicação da equipe do Casa Vecchia, que já se tornou parceiro da MacPonta Agro em Guarapuava. A MacPonta Agro agradece todos os clientes que prestigiaram o evento. Acompanhe alguns registros feitos no dia:
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TRITICULTURA
CULTIVAR DE TRIGO MINIMIZA CUSTOS E ENRIQUECE DIETA ANIMAL Silagem do TBIO Energia I é uma excelente opção para gado de corte confinado, novilhas e vacas em préparto, podendo substituir até 100% do volumoso
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o Brasil, quando se pensa em
produção de volumoso conservado, logo se imagina silagem de milho ou sorgo. No entanto, em clima subtropical e temperado, silagens de cereais de inverno são uma alternativa interessante, principalmente em situações onde culturas de verão não são possíveis de serem cultivadas. Foi buscando atender esta demanda que surgiu o TBIO Energia I - primeira cultivar de trigo brasileira direcionada exclusivamente para produção de silagem e pré-secado, unindo pecuária e agricultura, ocupando áreas ociosas no inverno e servindo como ótima fonte de alimento aos animais. Na propriedade dos Irmãos Bordignon, localizada em Passo Fundo/RS, 100% da lavoura dos cereais de inverno para silagem e pré-secado em 2017 será de TBIO Energia I. A produtividade alcançada em 2016 superou as expectativas e o fez a tomar a decisão de trocar a aveia branca pela cultivar de trigo. Foram 30 toneladas de TBIO Energia I produzidas, enquanto que a aveia chegava no máximo a 25 toneladas, de baixa qualidade. Segundo o produtor Antônio Carlos Bordignon, as principais dificuldades com a aveia estavam em achar o ponto de corte, a baixa qualidade e a baixa capacidade aeróbica. “A silagem começa a mofar logo após ser colocada no cocho”. Já o manejo da lavoura com TBIO Energia I foi mais fácil. “Uma das particularidades, incomparáveis com qualquer outro, é a sanidade muito boa e a facilidade de colher em pé”, avalia. Além disso, a silagem foi muito bem recebida pelos animais, que aceitaram o alimento e ainda aumentaram a ingestão. “Não abaixou o leite durante a primeira semana e aumentou 1.3 litro de leite vaca/dia a partir do sétimo dia. Está mais do que aprovado. Eu recomendo TBIO Energia, conse-
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Sem aristas, o TBIO Energia I, é primeira variedade brasileira específica para a produção de silagem e pré-secado para pecuária.
gui segurar os meus custos e aumentar a minha produtividade. Foi mais eficiente”, comemora. Outra vantagem apontada pelo sobrinho dele, Rodolfo Bordignon, foi a capacidade aeróbica, ou seja, a fermentação ou a capacidade de esquentar a silagem quando está no ambiente. “Ela não esquenta, mas estabiliza. Fica sempre geladinha e isso proporciona ao animal ter uma maior ingestão, o que é revertido em leite”, relata Rodolfo.
colher e não acama. “Eu vejo a área de inverno como uma grande oportunidade. Em 2017 vamos plantar pelo menos três vezes mais cereal de inverno para incluir nas vacas em lactação. O pré-parto já temos consciência que deu certo só com cereal de inverno. Neste ano vamos plantar mais para ter o ano inteiro para as vacas”, planeja.
Características da cultivar
No que diz respeito aos custos de produção, inclusive quando comparado ao milho, tradicional matéria-prima para a produção silagem, a cultivar tem demonstrado ser competitiva. Atualmente, o custo médio de implantação, manejo e operação para silagem de milho está próximo dos R$ 2.600,00 por hectare. Além disso, deve ser incluído na conta o custo de oportunidade do grão, ou seja, o valor do grão de milho se fosse colhido e comercializado. Já o custo do trigo TBIO Energia I com implantação, manejo e operação para silagem de trigo está próximo dos R$ 2.000,00 por hectare, além do custo de oportunidade. “Olhando este cenário de custos e época de produção, o TBIO Energia I tem grande viabilidade, pois produz volumoso com alta qualidade e quantidade em um período que temos oferta de áreas ociosas no inverno” ressalta Henz.
Por ser um trigo sem a presença de aristas, TBIO Energia I não fere o trato digestivo do animal, quando comparado a um trigo comum. O zootecnista e Técnico em Novos Negócios da Biotrigo Genética, Ederson Henz, explica que trata-se de um material de ciclo médio com alta produção de biomassa (25 a 30 T/ha-1 de MV), o que para cereais de inverno é uma excelente produção, e boa resistência ao acamamento. “No quesito fitossanitário, o material apresenta um bom pacote, atribuído ao bom nível de tolerância às principais doenças (rusticidade), o que facilita seu manejo e melhora sua segurança no campo”, explica. Para Cristiano Didoné, de Ijuí/RS, o manejo mais fácil em relação a aveia também é um dos pontos positivos. Segundo ele, TBIO Energia I é mais fácil de
Competitiva também nos custos
Trigo para cobrir áreas ociosas O doutor em Zootecnia na área de Conservação de Forragens e Pesquisador e Coordenador do Setor de Forragicultura da Fundação ABC em Castro-PR, Igor Quirrenbach de Carvalho, ressalta que no A silagem de trigo é muito bem recebida pelos Na propriedade dos irmãos Bordignon, a animais, que aceitam o alimento e ainda produtividade alcançada em 2016 superou Sul do Brasil existem muitas aumentam a ingestão as expectativas áreas ociosas no inverno, que poderiam estar produzindo alimento para os rebanhos rusticidade e sanidade em relação à cede vacas leiteiras e gado de corte. “Um Jarbas Sperotto é médico veterinário e vada e maior qualidade nutricional em agricultor tem a possibilidade de planconsultor técnico da Imacol. Ele possui, relação à aveia branca”, avalia Carvalho. tar uma forrageira de inverno e vender no município de Santo Augusto/RS, 120 para um vizinho pecuarista. Ambos vacas em lactação. De acordo com ele, Benefícios para os animais saem ganhando. O agricultor ganha, a produção de alimento conservado no pois tem uma fonte de renda extra no A silagem do TBIO Energia I é uma inverno traz vários benefícios à fazenda. inverno e a vantagem para o pecuarista excelente opção para gado de corte con“Primeiro você reduz a área a ser utilié ter maior quantidade de alimento para finado, novilhas e vacas em pré-parto. zada durante o verão para produção de produzir mais leite ou carne”. Segundo De acordo com Henz, pode substituir até alimentos, produzindo grão. Você reduz ele, o produtor que faz silagem de plan100% do volumoso e para vacas leiteiras o custo da dieta no caso do pré-secado, ta inteira de cereais de inverno depende de alta produção, até 50% do volumoso. com disponibilidade de proteína barata menos do alimento produzido no verão. “O pré-secado do TBIO Energia I é uma na dieta das vacas. No corte direto atenAssim reduz o risco de falta de comida e excelente opção para vacas lactantes de de à necessidade energética de fonte dilibera mais área de verão para cultivo de alta produtividade, contribuindo como ferente com absorção mais rápida para grãos como soja e milho. “As principais ótima fonte de proteína e energia, asas lactantes, tem dieta quase que comvantagens do trigo TBIO Energia I para sociado a alta digestibilidade, sendo pleta para outras fases da criação, sem silagem de planta inteira seriam a maior convertido em leite e ou carne”, explica. falar da efetividade ruminal”, cita.
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SOJA
FAMÍLIA SEITZ VENCE O DESAFIO DE MÁXIMA PRODUTIVIDADE CESB
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pós um intervalo de um ano, a coroa do “rei da soja” voltou ao Paraná. O produtor rural Marcos Seitz, de Guarapuava, Centro-Sul do estado, alcançou a marca de 149,08 sacas por hectare (SC/ha) no ciclo 2016/17, um novo recorde. Até então a maior marca registrada tinha sido do produtor Alisson Alceu Hilgenberg, de Ponta Grossa, com 141,79 sc/ha no ciclo 2014/15. Em 2016/17 o vencedor foi um paulista de Buri, que atingiu 120,07 SC/ha. O anúncio do novo campeão foi feito no dia 13 de junho, na Casa de Evento Gran Palazzo, em Passo Fundo, no Rio Grande do Sul. A competição é promovida pelo Comitê Estratégico Soja Brasil (CESB), em parceria com diversas grandes empresas e entidades do agronegócio.
Paraná é campeão mundial em produtividade de soja.
ALEXANDRE, MARCOS E HELMUTH SEITZ, DE GUARAPUAVA, LEVARAM O GRANDE PRÊMIO.
O produtor de Guarapuava, grande campeão do concurso da CESB, avalia que a aplicação de fertilizantes de maneira inteligente e o controle fitossanitário preventivo são os dois procedimentos que mais fazem diferença na obtenção de altas médias de produtividade. “Nós participamos porque queremos sempre estar em busca de mais tecnologia, queremos nos superar sempre”, revela.
A família de Marcos Seitz, 25 anos, atua na agricultura há 30 anos, em Guarapuava. Alexandre Seitz, 35 anos, irmão mais velho dele inclusive já venceu o Desafio de Máxima Produtividade em 2012/13. Marcos, que é engenheiro agrônomo e fez um intercâmbio na Alemanha, atua diretamente na lavoura há apenas dois anos. Mas já foram suficientes para ele se tornar o rei da soja e sonhar mais alto. “Acredito que temos como ajustar alguns procedimentos de adubação e aprender ainda mais para obter melhores resultados”, almeja. Marcos conta que a propriedade total da família tem 1,1 mil hectares, mas a área dedicada ao concurso tem cinco hectares. “Nós praticamos agricultura de precisão, com mapa do solo, então sabemos que essa é a área mais produtiva da nossa propriedade”, compartilha. A média geral da propriedade toda foi de 79 sacas por hectare. Para se ter ideia, a média nacional nesse ano deve fechar em torno de 54 sc/ha.
Alexandre e seu filho Samuel Seitz
Texto: http://www.gazetadopovo.com.br/agronegocio/agricultura/soja/com-novo-recorde-coroa-do-rei-da-soja-volta-ao-parana337zyqf4y8tlkt3gazar7ioz7?utm_source=facebook&utm_medium=midia-social&utm_campaign=agronegocio
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FERRUGEM ASIÁTICA
VAZIO SANITÁRIO DA SOJA VAI ATÉ 15 DE SETEMBRO DSV ADAPAR / Guarapuava Engº Agrônomos Fiscais Alex Sandro Schiavini, Rosmari Fátima De Ré e Antoniele Fátima Serpa
P
ara combater a ferrugem asiática (Phakopsora pachyrhizi), principal doença da soja, a Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (ADAPAR), através da Portaria nº 109/2015, estabelece como medida preventiva o período do Vazio Sanitário da Soja, ou seja, de ausência total de plantas vivas de soja, que vai de 15 de junho a 15 de setembro de cada ano. Esta estratégia visa a diminuição de plantas vivas de soja hospedeiras do fungo, e
consequentemente reduz a fonte de inoculo. Com isso também reduz as perdas de produtividade, pode diminuir o uso de agrotóxicos e consequentemente o custo de produção e ainda evitar a resistência do fungo aos fungicidas. Cabe aos sojicultores monitorar suas propriedades, estradas, lavouras e sempre que identificarem plantas vivas de soja, aplicar práticas efetivas de eliminação das mesmas. É necessário entendimento por parte do produtor ru-
ral que esta pratica não é somente para cumprir uma medida legal, mas também para o beneficio deles mesmos. No período do Vazio Sanitário, equipes de fiscalização da ADAPAR estarão percorrendo todo o estado a fim de identificar as áreas com soja. Sempre que for constatada a presença nas propriedades nesse período, será lavrado um auto de infração contra o proprietário da lavoura, cuja pena poderá implicar, entre outras sanções, em multa.
DIA DE BONS NEGÓCIOS
TRATORCASE COMEMORA 10 ANOS EM GUARAPUAVA
A
Tratorcase, concessionária autorizada Case IH em Guarapuava, realizou no dia 20 de maio, o seu tradicional Dia de Negócios. A empresa ofereceu aos clientes condições especiais na compra de peças e máquinas e também uma programação festiva que integrava toda a família. Mais de 700 pessoas passaram pelo Dia de Bons Negócios Tratorcase. “Convidamos as famílias e fizemos Luiz Henrique uma programação para os homens, Chimiloski, gerente mulheres e crianças. Foi muito mais Guarapuava um dia festivo do que técnico. Deu muito certo, já que tivemos um número recorde de público. Em relação aos negócios fechados, ficamos muito satisfeitos também. Superou as nossas expectativas. Negociações que já tinham sido iniciadas foram fechadas no dia e também houve novas vendas. Nas máquinas tínhamos as mesmas condições de financiamento que foram ofertadas no Agrishow, em Ribeirão Preto (SP) e descontos de até 5%”, relatou o gerente da concessionária em Guarapuava, Luiz Henrique Chimiloski. Ele complementou que os pacotes ofertados em condições especiais nas peças e serviços, com redução de preços e custo de mão-de-obra, fizeram com que a venda nestas áreas também superassem as metas da concessionária.
EMPREENDEDOR RURAL: CAPACITANDO PRODUTORES DE GUARAPUAVA E CANTAGALO
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Programa Empreendedor Rural está capacitando produtores rurais de Guarapuava e região, divididos em quatro turmas. O programa iniciou em março e todas semana os participantes se reúnem para discutir os projetos que estão em desenvolvimento. Ao todo, são mais de 70 pessoas participando do programa na sede do Sindicato de Guarapuava, Extensão de Cantagalo e CEDETEG/UNICENTRO, conduzidas pelos instrutores Luiz Augusto Burei e Josias Schulze. A previsão de término do programa é novembro, quando os participantes apresentarão seus projetos e concorrerão a prêmios no evento de encerramento, que reúne os melhores trabalhos do Paraná. O Empreendedor Rural é gratuito, direcionado a produtores e trabalhadores rurais. Interessados devem entrar em contato com Rubia, pelo telefone (42) 3623-1115 ou 99961-7964.
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SOLO E ÁGUA
LANÇAMENTO DO PROSOLO REÚNE MAIS DE 300 PESSOAS EM GUARAPUAVA
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egundo dados da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento, 30% das propriedades paranaenses sofrem com o processo de erosão nos mais diversos níveis. Para ajudar a mudar essa realidade, no ano passado, por meio de um decreto assinado pelo Governador Beto Richa, foi criado o Programa Integrado de Conservação de Solo e Água do Paraná (Prosolo). O programa está em fase de divulgação, buscando a conscientização dos produtores rurais e técnicos. Para isso, durante os meses de maio e junho foram promovidos encontros regionais em diversas cidades do Estado. Em Guarapuava, o encontro ocorreu no dia 30 de maio, reunindo mais de 300 pessoas no Sindicato Rural de Guarapuava. Antes do evento o secretário estadual de Agricultura e Abas-
tecimento, Norberto Ortigara, que também é presidente do conselho consultivo do programa conversou com a equipe da REVISTA DO PRODUTOR RURAL afirmando que a agricultura do Paraná vai muito bem e as ações do Prosolo vêm a contribuir para que os resultados continuem bons. “Sempre incentivamos os produtores a produzirem de forma consciente, com o uso de boas práticas, conduzindo e armazenando água, repondo fertilidade e matéria orgânica no solo. Entendemos que essas ações de conservação são essenciais para que continuemos ganhando o jogo. Um solo compactado e com erosão tende a perder produtividade”. Ortigara ressaltou ainda que o programa não impõe nada ao produtor rural. “Cada realidade vai exigir um comportamento”.
O presidente da Federação da Agricultura do Estado do Paraná (FAEP), Ágide Meneguette concordou com o secretário e ressaltou que o Prosolo é um programa que envolve todo o setor agropecuário em busca de uma produção com sustentabilidade e eficiência. “O programa envolve toda a sociedade. Cada um que esteja envolvido neste setor deve fazer sua parte e devemos cobrar que seja um programa continuado, para que assim o Paraná continue sendo um Estado de ponta na produção agrícola e sustentável”. Diversas autoridades do setor estiveram presentes ao evento. Após os pronunciamentos, o encontro teve continuidade com três palestras relacionadas ao tema do Prosolo. Confira o resumo do que os palestrantes falaram durante o evento: REVISTA DO PRODUTOR RURAL DO PARANÁ
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Importância do Manejo e Conservação do Solo e Água – Propriedades Rurais e Microbacias O solo é a base da agricultura. Porque tanto a produção vegetal, como a produção animal vai depender daquilo que o solo tem a oferecer, em termos de nutrientes e água. A conservação de solos e água não é um processo tecnológico separado do processo agrícola. É parte integrante do sisteMarcos José Vieira ma. É importante que profissionais e produtores entendam que o Eng. agrônomo problema da degradação do solo sempre vai existir, assim como a erosão. Mas ele tem que estar prevenido para que, no dia em que a chuva venha, ela não cause erosão. A primeira ação que o produtor deve tomar é planejar a propriedade a longo prazo. Não planejar somente a safra, mas o uso da terra na propriedade a longo prazo. Quando falamos de uma propriedade, devemos lembrar que dentro dela há dois, três tipos de solos, que exigem manejos diferentes. O produtor e o técnico precisam reconhecer isso e fazer uma planejamento para reduzir os riscos”.
Programa Integrado de Conservação de Solo e Água (Prosolo) O Prosolo vem sendo estruturado há um ano e está na fase de divulgação. Temos um material amplo circulando em todo o Estado, apresentando aos produtores rurais e técnicos o que o programa pretende oferecer. O feedback dos produtores tem sido muito bom. Temos visto que, em todas as regiões, Werner Herman eles têm interesse, principalmente, em melhorar a produtividade, Meyer Junior que é uma consequência da conservação do solo e água. PrograEng. agrônomo mas de conservação de solo e água já existem desde os anos 70. A da Faep diferença do Prosolo é a associação do governo do Estado com a organização civil. Como existem vários parceiros no programa, isso dá maior força a ele. Além disso, nós estamos buscando integrar o Prosolo com diversos outros programas que contribuem para o seu desenvolvimento. Sobre a parte técnica do Prosolo, o produtor que deseja fazer parte, necessita realizar um projeto de conservação de solo e água para desenvolver na sua propriedade. O projeto visa, principalmente, o controle de erosão. Controlando isso, consequentemente, o produtor melhora a qualidade da água dentro da sua propriedade. Existem várias ferramentas para o controle da erosão e isso vai depender do trabalho de análise do técnico. É bom deixar claro que não existe somente o terraço como controle da erosão. Muito pelo contrário, o terraço é apenas uma das ferramentas. O plantio direto como conservação de solo funciona muito bem, mas é preciso ser bem feito e de outras ferramentas. A cobertura do solo, o não revolvimento, a rotação de culturas permitem uma menor densidade do solo, uma maior porosidade e com isso, há uma maior absorção de água e menor escorrimento superficial”.
Uso e Conservação do Solo O produtor rural adere ao programa de forma voluntária. A adesão se dá por meio de um formulário que está disponível nos escritórios da Emater. Após o preenchimento, o produtor se compromete a apresentar à Emater o projeto de conservação de solo e água de sua propriedade em até um ano após a data de sua adesão. O formulário de adesão estará disponível até o dia 28 de agosto de 2017.
Anton Gora, vice-presidente do Sindicato Rural de Guarapuava
Uso e Conservação do Solo O Prosolo é um programa novo, mas em termos de conservação de solo e água, a Cooperativa Agrária tem como missão produzir com sustentabilidade. Dentro da sustentabilidade, temos três pilares: o econômico, o social e o ambiental. Não tem como trabalharmos com sustentabilidade sem integrar os três. No ambiental, temos trabalhado muito a conserElisandro Ricardo vação por meio de coberturas, por exemplo, com o nabo, aveia, Klug milheto, que são culturas que se encaixam antes da cevada e do Eng. agrônomo trigo e estão dentro do vazio outonal. Outono e inverno são perída Cooperativa odos de boa concentração de chuva, mas com menos cobertura. Agrária Por isso, a Agrária trabalha para introduzir culturas de interesse no campo nesses meses. Também estamos trabalhando com algo mais intrínseco, que são os canais vegetados. Eles corrigem pontos de erosão, voçorocas, ou erosões permanentes, locais onde não conseguimos cultivar. Com o canal vegetado, mantém-se aquele local sempre com vegetação para que não haja escorrimento e se houver, que seja com uma água limpa, sem solo e sem perda de nutrientes”.
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Ágide Meneguette, presidente da Faep
Marcos Brambilla, vice-presidente da Fetaep
José Roberto Ricken, presidente da Ocepar
Norberto Ortigara, secretário de Estado de Agricultura e de Abastecimento do Paraná
César Silvestri Filho, Prefeito Municipal de Guarapuava
O projeto deve ser elaborado por um profissional habilitado, o qual deverá prever no cronograma o prazo de até três anos para sua execução. Para os produtores que forem notificados por descumprimento da legislação de solo, haverá um prazo de 60 dias para a adesão ao programa. Eles terão sua notificação suspensa desde que cumpram as obrigações assumidas no termo de adesão. Fazem parte do Prosolo Paraná as seguintes entidades: Seab, Secretaria de Estado da Ciência e Tecnologia; Secretaria de Estado do Meio Ambiente, Secretaria de Estado do Planejamento, Faep, Fetaep, Sistema Ocepar, Adapar, Iapar, Emater, Codapar, Copel, Itaipú Binacional, Sanepar, Associação dos Municípios do Paraná, Febrapdp, Apepa, Instituto de Terras, Cartografia e Geologia do Paraná, IAP, Instituto das Águas do Paraná, Instituto de Florestas do Paraná, Embrapa Florestas e Nepar Outras informações podem ser obtidas por meio do site do programa: www.prosolo.pr.gov.br.
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NUTRIÇÃO ANIMAL
COMISSÃO DE OVINOS DEBATE DIETA NUTRICIONAL DOS ANIMAIS
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lanejamento da dieta nutricional dos ovinos para obter um bom desempenho na produção da carne foi o tema do mais recente encontro da Comissão Técnica de Ovinocultura do Sindicato Rural de Guarapuava, realizado no dia 25 de abril, na sede da entidade. Quem conduziu o bate-papo foi o médico veterinário Alexandre Bombardelli de Melo (DSM Tortuga). Bombardelli afirmou que quando se trata de dieta nutricional, a regra básica é: “produzir a melhor pastagem em termos de qualidade e quantidade nutricional e planejar reserva de comida”. O médico veterinário detalhou que o planejamento de reserva de comida pode ser feito com feno ou silagem, de milho ou cultivares como aveia e azevém. As últimas opções, aliás, são uma ótima alternativa para determinadas épocas do ano. “Inclusive na nossa região, temos um problema que é a pastagem de verão. Porque a maioria das propriedades fazem integração lavoura-pecuária e no verão tem a lavoura, não sobrando espaço para a pastagem”. Nessas situações, ele sugere algumas opções para o ovinocultor: “O produtor pode determinar uma área especifica para se trabalhar com os ruminantes, plantando uma pastagem perene, para que tenha um sistema rotacionado de pastagem. Se não tem essa opção, a saída é ter alimento conservado”. Mas, como observa Bombardelli, essa não é a realidade da maioria das propriedades com produção de ovinos. “Muitas vezes, observamos nas propriedades os animais largados num morro, num capim não apropriado para eles ou junto com os bovinos, comendo uma pastagem não adequada. Então, o
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desempenho dos animais é deficiente. Vemos ovelhas passando de um ano para o outro sem parir ou perdendo cria. Cordeiro fazendo aniversário na propriedade, sem estar pronto para o abate. Do outro lado, em propriedades de alta tecnologia, com investimento em pastagem e em alimento conservado, a gente consegue ter animais abatidos com 100, no máximo 120 dias. O produtor precisa estar atento a estes pontos, pensando sempre no melhor resultado”. Dentro do ciclo produtivo, o ovinocultor também tem a opção dos alimentos concentrados, que são as rações. “Aqui na região temos opções comerciais de muita qualidade que podem ser compradas sem medo. Além disso, o produtor pode produzir a ração dentro da propriedade, com alimentos que são produzidos pelo produtor ou que podem ser comprados de forma viável, como milho ou farelo de soja”, orienta o veterinário. Muitos ovinocultores têm dúvidas sobre quando utilizar esse tipo de alimento e a quantidade, já que pode trazer alguns problemas de saúde para
Alexandre Bombardelli de Melo, médico veterinário DSM Tortuga
os animais. Bombardelli destaca que o principal cuidado deve ser com o equilíbrio da dieta, que faz toda a diferença no bom desempenho do animal. “Para isso, é preciso do apoio de um técnico que auxilie sobre os níveis adequados, tanto de energia, proteína, minerais, pois os ovinos têm problemas com desequilíbrio mineral, de urolitíase, que é uma doença renal e pode até levar a morte. Por isso, a presença de um profissional é fundamental”, finalizou.
MERCADO
TRIGO SOBE FORTE COM CLIMA PREOCUPANTE Produtores devem agir com cautela.
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s cotações do trigo nos principais mercados futuros ao redor do mundo voltaram a fechar em forte alta no dia 16 de junho. O vencimento de julho subiu 12,75 pontos em Chicago, enquanto Dezembro registrou alta de 13,50 – máxima dos últimos quatro meses. De acordo com a Consultoria Trigo & Farinhas, os fundos de investimento finalmente voltaram a comprar pesado diante da constatação de danos climáticos nos Estados Unidos e em diversos outros países produtores. Os futuros do trigo soft de Chicago subiram mais do que os futuros do trigo de primavera de Minneapolis. Os ganhos ultrapassaram 0,8% nas cotações do trigo de primavera em Minneapolis com preocupações sobre as regiões ao norte das Planícies, que são o epicentro das preocupações sobre o impacto da seca nos dois Dako-
tas, do Norte e do Sul. “O desempenho de Chicago, cujo trigo soft está sendo colhido no Meio Oeste e não está sofrendo perigo climático tão grande, foi visto como uma evidência de que os especuladores estão usando o contrato como meio de obter exposição a uma recuperação mais ampla dos preços do trigo”, aponta a T&F. “Toda esta evolução está provocando uma dúvida nos Fundos: investir em ações ou em commodities? Depois das vendas do dia anterior, os Fundos finalmente voltaram a ser altistas, baseados nos problemas do trigo de primavera, negociado em Minneapolis. Mas, o fato de haverem comprado contratos em Chicago é uma indicação de que talvez alguns dos Fundos tenham começado a comprar não apenas o boato, mas também o fato, simplesmente porque Chicago tem o contrato de trigo mais líquido do mundo e é tão favorecido pelos
especuladores. Isto também pode significar um aspecto do fluxo do dinheiro, com os investidores saindo do mercado de ações e colocando nas commodities, por detectarem uma tendência bem conhecida de efeitos da seca exatamente neste momento”, comenta o analista sênior da T&F, Luiz Carlos Pacheco. As compras foram encorajadas também pelas preocupações com o clima sobre as safras da União Europeia e na Ucrânia. A empresa de meteorologia MDA declarou que a seca deverá continuar a estressar o trigo nas regiões do centro e do leste da Ucrânia nos próximos dias. Enquanto nos próximos 6-10 dias as chuvas no oeste da Ucrânia deverão melhorar um pouco a umidade do solo para o desenvolvimento do trigo, uma forte seca deverá ser notada no sul da Bielorrússia, no centro e no leste da Ucrânia e no sul da região central e no centro do Norte do Cáucaso, na Rússia. Fonte: Agrolink
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BIOTECNOLOGIA
ADUBAÇÃO BIOLÓGICA NA SANIDADE VEGETAL Maria Stefânia Cruanhes D’Andréa-Kühl GMSc e analista de Pesquisa e Desenvolvimento da Microgeo®
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Microgeo® é um produto biológico constituído de microrganismos, nutrientes e fitormônios que proporciona além de benefícios físicos, químicos e biológicos ao solo, o desenvolvimento da sanidade vegetal garantindo a produtividade da cultura. O aumento da biodiversidade microbiana do solo, promovido pelo uso da Adubação Biológica Microgeo®, permite a supressão de pragas e doenças por meio dos mecanismos de competição por sítios de colonização, reação de defesa da planta pela colonização micorrízica e melhora do estado nutricional do vegetal (Marschner, 2012), garantindo a sanidade da cultura por meio de seu equilíbrio metabólico. Além disso, quando em pulverização foliar, Microgeo® ativa a indução de resistência vegetal. A adubação biológica é uma importante ferramenta que, integrada no manejo agrícola (MIP), atua de forma sinérgica quando aplicada em conjunto com os demais defensivos biológicos e químicos.
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Recomendações
O adubo biológico pode ser aplicado no solo nas dosagens de 150 ou 300 L/ha, de acordo com a cultura. Neste caso, ele atua na supressão de doenças e nematoides, garantindo maior eficiência radicular e produtividade da cultura. Em um ensaio instalado na Fundação MT, em Rondonópolis (MT), no cultivo de soja, o adubo biológico promoveu maior produtividade em solo com presença de nematoides, atingindo com significância estatística de 4,5 sacas a mais do grão (da Silva, 2014). Além da aplicação ao solo, a Adubação Biológica pode ser realizada via foliar. As doses recomendadas variam de 0,5 a 1% para hortaliças e flores e de 3 a 5% para as demais culturas. As aplicações devem ocorrer de três a quatro vezes ao longo do ciclo da cultura, podendo ser aplicado em conjunto com os defensivos. Sua ação foliar é na indução de resistência vegetal, caracterizada pela ativação dos sistemas de defesa da planta. A indução de resistência ocor-
re quando a planta passa a produzir as fitoalexinas e proteínas relacionadas a patogêneses – PRP´s, que são compostos capazes de diminuir ou impedir o desenvolvimento de agentes patogênicos.
Pesquisas
O trabalho desenvolvido por Schwan-Estrada et al. (2016, UEM) comprovou que doses foliares do Adubo Biológico Microgeo®, variando de 0,5 a 5%, garantiu por até cinco dias a produção de PRP’s (peroxidases, catalase,β1,3-glucanase e polifenoloxidase) e de fitoalexina (gliceolina). Portanto, aplicações foliares do produto garantem a proteção desde doenças fúngicas, insetos e ácaros. Em um ensaio desenvolvido por Medeiros (2002, ESALQ) avaliando a oviposição do ácaro Brevipalpus phoenicis, receberam Microgeo® como tratamento as folhas de feijão que não continham ácaros. A mortalidade do ácaro nas plantas Testemunhas foi de apenas 28%, enquanto nas plantas com Microgeo® foi de 39%, sendo 15,3% maior que a Testemunha. Outro trabalho realizado por Berzaghi et al. (2001, ESALQ) no qual ácaros rajados (Tetranychus urticae) foram submetidos a pulverização do Adubo Biológico em diferentes concentrações, verificou-se uma diminuição linear na fecundidade do ácaro com o aumento da concentração do Adubo Biológico, chegando a 88% de redução do número médio de ovos por fêmea. Estes resultados evidenciam o efeito da indução de resistência vegetal, causando efeito deletério sobre os ácaros. A biotecnologia Microgeo® somada a engenharia genética aplicada na resistência das variedades das culturas atuais e ao uso racional de defensivos garante a sanidade do sistema produtivo de forma sustentável.
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ARTESANATO
Olegário: um criador de peças em madeira Madeira descartada é matéria-prima para peças decorativas de um aposentado
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maioria das pessoas que praticam o artesanato vê na atividade não só a oportunidade de gerar renda, mas também sentem prazer em transformar diversos tipos de materiais em objetos para decoração ou utilidade. É o caso de Olegário João Guedes, que atualmente transforma pedaços de madeiras que são descartados em construções e outras atividades em diversas peças decorativas. Tudo começou há 15 anos, quando Olegário se aposentou. Ele, que passou praticamente a vida toda sendo motorista de ambulância, se viu perdido quando chegou a aposentadoria. Além disso, precisava de uma atividade para complementar a renda familiar. A inspiração para mexer com a madeira veio de seu pai, que foi marceneiro. Ele observava muito o que seu pai fazia, mas nunca havia colocado “a mão na massa”. Ou melhor, na madeira. Mas como acredita que nunca é tarde pra aprender, fabricou seu próprio torno e começou a inventar diversas peças de decoração. Ele faz questão de ressaltar que seu torno não é daqueles modernos, os chamados tornos copiadores, tudo é feito de forma manual.
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Além das madeiras de desmanche, atualmente, Olegário utiliza também madeiras exóticas, como eucalipto e sinamão. O artesão ressalta que só utiliza árvores que precisaram ser cortadas por alguma razão. As peças decorativas vão desde objetos bem pequenos transformados em chaveiros, como mini cuias e mini chaleiras, até pilões e cadeiras. O espaço para fabricar seu artesanato é nos fundos de sua casa, e mesmo com 79 anos, até a poucos meses fazia tudo sozinho. Só no inicio deste ano, Olegário resolveu transformar a atividade em uma microempresa e contratou um ajudante. Ele está fazendo o curso do Sebrae para se tornar um Microempreendedor Individual e formalizar seu negócio. Nomeou seu pequeno empreendimento de Sabiá Artes em Madeira, homenageando os pássaros que fazem ninhos em seu espaço de fabricação. Além de aceitar pedidos de peças artesanais em Guarapuava, ele e seus filhos divulgam o artesanato também na região. Olegário afirma que a atividade vai muito além do que só trazer renda. “Para mim, é uma terapia mexer com a madeira. Mesmo com minha idade, nunca precisei tomar remédio para nada, não tenho nenhum problema de saúde. Acredito que tem muito a ver com o que eu faço, pois isso me acalma, me mantém ocupado”.
O artesão trabalhando no seu primeiro torno, fabricado por ele mesmo
Olegário gosta de criar e produzir peças diferentes
O artesão destaca ainda como sua matéria-prima é um material interessante de se trabalhar: “a madeira é um material maravilhoso, você vê um pedaço, que às vezes, pensa que não vale nada, mas você pode transformar no
Porta condimentos
Algumas das peças nem parecem ser feitas de madeiras, como as chaleiras e esta panela
que quiser. E os detalhes que aquele pedaço de madeira têm enriquecem muito as peças. É um material lindo”. Quando questionado sobre a inspiração de criar as peças, ele afirma: “faço o que vem na minha cabeça. Geralmente antes de dormir fico pensando sobre o que eu posso fabricar. Vem a inspiração e no outro dia começo a fazer. Gosto de fazer o que ainda não vi feito. Gosto realmente de criar a peça”. Além de aceitar pedidos, Olegário possui diversas peças a pronta-entrega. Para visualizar ou fazer encomendas, basta entrar em contato pelo telefone: (42) 3627-3376.
São diversas opções, como cuias, porta chaves, porta canetas e cartões, porta papel toalha, porta condimentos, baleiros, chaveiros, cadeiras, entre outras peças. O que torna as peças diferentes são os detalhes, como no porta-chaves, onde um cômodo de uma casa é retratado.
ERVA-MATE
Comissão Técnica debate uso de tesoura para poda de ervais
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rodutores de erva-mate e interessados na cultura tiveram, no último dia 8 de junho, em Guarapuava, oportunidade de conhecer e debater uma das tecnologias utilizadas na cultura: a tesoura de poda movida a bateria – equipamento destinado ao manejo de ervais e também a alguns segmentos da fruticultura. Para sua reunião naquela data, a Comissão Técnica da Erva-Mate do Sindicato Rural convidou a Zico Motosserras a apresentar um dos tipos de tesoura disponíveis hoje no mercado. A equipe da empresa explicou os principais detalhes de funcionamento e demonstrou, com galhos de erva-mate, o tipo de corte realizado pelo instrumento. Thiago Mello, gerente comercial da Zico Motosserras, disse que a marca apresentada possibilita um uso por cerca de oito horas com bateria cheia. “É uma ferramenta que vem com o objetivo de facilitar o trabalho do agricultor. Melhora a qualidade da poda, sem danificar a planta”, observou. Um dos produtores presentes à reunião, Waldemar Geteski, de Guarapuava, que já utiliza tesoura a bateria há três anos, elogiou a reunião: “Vejo com muita simpatia e entusiasmo. Para termos uma escala maior de produtividade na hora da colheita, nós, produtores, dependemos de ferramentas como a tesoura e a desramadeira, já utilizada também na Argentina”. Instituída no ano passado, a Comissão Técnica da Erva-Mate promove reuniões, regularmente, para debater temas técnicos e econômicos ligados ao segmento ervateiro. Os encontros são abertos a produtores, técnicos, entidades e empresas, visando fortalecer a cadeia produtiva da erva-mate. A sede do Sindicato Rural de Guarapuava fica na Rua Afonso Botelho, nº 58, no Bairro Trianon (Para outras informações: 3623 1115).
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BOVINOCULTURA DE LEITE
SINDICATO RURAL E DSM: PALESTRA ABORDA NUTRIÇÃO
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ação, silagem ou feno? Quais as melhores alternativas para o produtor de leite utilizar no manejo nutricional de seus animais? Com objetivo de contribuir para responder a estas questões, a Comissão Técnica de Bovinocultura de Leite do Sindicato Rural de Guarapuava e a empresa DSM Tortuga promoveram, dia 5 de maio, no anfiteatro da entidade sindical, a palestra “Manejo nutricional e rentabilidade em propriedades leiteiras”. O tema ficou a cargo do assistente técnico comercial da DSM Tortuga, zootecnista pós-graduado em Nutrição de Ruminantes, Edgar Moser Neto. Estiveram presentes produtores, profissionais e estudantes de áreas relativas ao setor. Moser Neto foi categórico ao resumir o que considera como ideia principal para a eficiência: “O que quer que você faça, faça bem feito”. Ao conversar com a REVISTA DO PRODUTOR RURAL, ele apontou a necessidade de começar com um manejo reprodutivo adequado dos animais e explicou como vê a relação entre alimentação e lucro: “A gente só vai conseguir melhorar a rentabilidade das propriedades, melhorando a eficiência
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de produção. Não podemos mais ter animal dando 20 litros (de leite/dia) no pico de lactação. Temos de ter 30, 35, 40”, disse, lembrando que há regiões no Estado em que a média chega a 50 litros/dia. Para isso, preconizou, entre outros pontos, atenção já no momento de inseminação, passando pelo melhoramento genético e manejos pré e pós-parto. Ao apontar a pastagem como “um ponto extremamente importante”, Moser Neto recordou que Guarapuava e região precisariam aproveitar a vantagem de ter condições para excelentes forrageiras de inverno e para altas produções de milho silagem. “Um ponto-chave seria lotação de animais por área. Às vezes, temos uma boa cultivar de forrageira. Só que a lotação é colocada de forma errônea. Com isso, não atingimos a total eficiência desse sistema de pastejo”, analisou. Tanto na criação extensiva quanto na intensiva, Moser Neto afirmou ver no milho uma vantagem: “Em qualquer planilha que em a gente colocar a relação de custo, a silagem vai ser o produto mais barato, pensando na eficiência da dieta da alimentação desses animais”. Esta opção,
Eficiência em gado leiteiro foi o foco da reunião da Comissão Técnica de Bovinocultura de Leite do Sindicato Rural de Guarapuava
Assistente Téc. Comercial da DSM: eficiência depende de atenção aos manejos reprodutivo e nutricional
acrescentou, poderia ser utilizada não só nos momentos críticos de transição das pastagens (verão/inverno), mas durante todo o ano. “Hoje, se queremos potencializar, que é produzir mais leite por hectare, só vamos conseguir através de silagem de milho o ano todo”, defendeu. A quantidade, detalhou, varia então com o volume de pastagem
disponível em cada época. “Já em sistemas semi-confinados e confinados, temos uma exigência de feno ou de pré-secado para fazer a atuação de fibra, fisicamente efetiva, dentro de uma dieta que vai estimular esse animal a um aumento de ruminação”, comparou. Com isso, esclareceu, o animal tem um maior conforto em seu sistema ruminal: “Ele vai poder aproveitar melhor o que ingeriu”. Se no campo a técnica tem de ser precisa, a eficiência depende ainda, disse o assistente técnico da DSM Tortuga, de se adotar, na gestão, a visão de produção de leite por hectare. A Comissão Técnica de Bovinocultura promove reuniões periódicas. Os encontros são abertos aos interessados na atividade. Outras informações, no Sindicato Rural: 42 3623 1115.
Comissão Téc. de Bovinocultura de Leite: presença de produtores, profissionais e estudantes ligados à atividade
COAMO E DSM TORTUGA DEBATERAM O MANEJO DE GADO LEITEIRO
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Coamo Agroindustrial Cooperativa e a DSM Tortuga realizaram, no dia 4 de maio, uma “Tarde de Estudos sobre Manejo de Gado Leiteiro”, na Associação Recreativa Coamo (Arcam). O evento foi conduzido pelo médico veterinário da DSM Tortuga, Alceu Miguel Junior Draszevski. Entre vários assuntos, ele ressaltou a importância de um bom manejo no período de transição de uma vaca leiteira. “O período de transição é um momento importantíssimo para a vida produtiva da vaca. Um sucesso neste
momento, seja no pré ou pós-parto, uma vaca parindo bem ou mau, é o que vai dizer se ela vai ter sucesso na lactação ou não. Quando começamos correlacionar a qualidade de um pré-parto bem feito, uma vaca parindo bem e a sua vida produtiva, ela acaba sendo muito mais lucrativa. O principal fato é porque você vai ter incidência menor de doenças no período peri-parto e a tendência é gastar menos. Há uma importância muito grande em trabalhar com uma dieta aniônica no período de pré-parto para o sucesso da lactação.
Alceu Miguel Junior Draszevski, médico veterinário da DSM Tortuga
Além disso, é importante a matéria seca. Quanto mais esse animal consumir alimento no pré-parto, mais ele vai consumir no pós-parto. Resumindo, no período de transição o produtor deve fazer o possível para controlar os distúrbios metabólicos do animal, para que ele tenha um bom parto, consuma o máximo possível de matéria-seca e faça o cio o mais rápido possível para melhorar a fase de lactação. Assim, espera-se que o animal corresponda com um maior número de produtividade de leite, um pico de lactação maior e evita-se incidência de doenças, diminuindo o custo”. REVISTA DO PRODUTOR RURAL DO PARANÁ
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Contribuição Sindical Rural
2ª via pode ser retirada no Sindicato Rural
O produtor rural que não recebeu ou não efetuou o pagamento da Contribuição Sindical Rural 2017 (emitida pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil - CNA) pode retirar a 2ª via da guia no site da CNA (www.cnabrasil.org. br), no Sindicato Rural de Guarapuava ou ainda na Federação de Agricultura do Estado do Paraná (Faep). O vencimento da Contribuição Sindical Rural foi dia 22 de maio. Após essa data, há incidência de juros e multa de 10% nos primeiros 30 dias, mais um adicional de 2% por mês subsequente de atraso, juros de 1% ao mês e atualização monetária. O último prazo para o pagamento é o dia 11 de agosto de 2017. Caso o produtor não pague até essa data, a cobrança é encaminhada ao departamento jurídico. A contribuição sindical rural é obrigatória e continua a ser exigida do contribuinte por determinação legal, em conformidade com o artigo 600 da CLT.
Programa Vida Rural beneficia os produtores de ovos em Guarapuava A criação de galinhas caipira garante renda a pequenos agricultores em Guarapuava. Por meio do projeto Vida Rural, da Secretaria de Agricultura e Turismo, foram adquiridas 7.080 aves, beneficiando 78 famílias. São produzidas mais de 60 mil dúzias por ano, o que movimenta mais de R$500mil na economia municipal. Margarida Guinap é uma das produtoras de ovos caipiras no Distrito do Guairacá. Ela e o marido cuidam sozinhos de quase 400 galinhas. A produção começou em 2013, com apenas 100 galinhas doadas pela prefeitura. “Nós conhecemos o projeto em uma reunião na Secretaria e nos interessamos. Hoje é uma fonte de renda muito boa porque
não precisamos trabalhar como empregados. Tudo que conseguimos é com o dinheiro produzido na nossa propriedade e fica para a gente”, explica Margarida. O veterinário visita a propriedade mensalmente para avaliar a condição das galinhas, que são alimentadas com pasto e ração. O profissional também ajuda a manter o galinheiro adequado às normas da Secretaria de Estado de Agricultura e Abastecimento. “Nosso objetivo é garantir que os pequenos produtores permaneçam no campo, e isso só é possível oferecendo oportunidades de renda e qualidade de vida. O programa vida rural é um exemplo de como conseguimos
melhorar a vida das pessoas do campo com iniciativas de sucesso”, completou o Vice-Prefeito e Secretário de Agricultura e Turismo, Itacir Vezzaro.
Semana Acadêmica de Medicina Veterinária A XIV Semana Acadêmica de Medicina Veterinária da Universidade Estadual do Centro-Oeste (UNICENTRO) foi realizada de 22 a 26 de maio, no campus CEDETEG, em Guarapuava. Promovida pelo Centro Acadêmico de Medicina Veterinária Margarete Kimie Falbo (CAMV), o evento teve como objetivo trazer novos conhecimentos através de palestras, integração entre alunos, profissionais da área e empresas. Segundo a estudante do quinto ano de Medicina veterinária e uma das organizadoras do evento, Roberta dos Anjos, a semana acadêmica é de fundamental importância para o aprendizado prático da profissão. “Quando acaba a faculdade, nós não temos contato com todas as áreas da veterinária, não
tem como, não dá tempo. E aqui a gente descobre sobre muita coisa que na faculdade passa batido. Por exemplo, uma das palestras que está acontecendo é sobre biologia marinha, a gente não viu isso na faculdade,” observa Roberta.
FUNGICIDA AZIMUT TEM BULA ESTENDIDA PARA MAIS 20 CULTURAS
O
fungicida Azimut (Azoxystrobin + Tebuconazole) teve sua indicação estendida para mais 20 culturas: algodão, cana-de-açúcar, arroz irrigado, alho, amendoim, aveia, banana, batata, canola, cebola, cenoura, citros, girassol, manga, melão, milheto, sorgo, tomate, triticale e uva. Trata-se de um fungicida com modo de ação sistêmico e Suspensão Concentrada (SC) que já era recomendado para o controle de doenças nas culturas de café, cevada, feijão, milho, soja e trigo. De acordo com a fabricante, devido à exclusiva proporção de ativos e à fórmula desenvolvida pela Adama, o produto controla de forma eficiente as principais enfermidades, tais como a ferrugem, cercospora e septoria. “O Azimut já é um produto reconhecido no mercado por sua eficiência. Trata-se de um fungicida de amplo espectro, versátil, que atente multiculturas e tem um ótimo custo-benefício para o agricultor”, diz Leandro Garcia, gerente de Produtos da Adama. Fonte: Agrolink
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PROJETO IDENTIDADE SINDICAL 2017 Produtor rural, apresente a carteirinha* do Sindicato Rural e obtenha descontos nos locais abaixo:
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Descontos em exames
Desconto de 3% na linha de produtos New Deal
3% nos implementos agrícolas, rolos destorroadores, renovador de pastagens, espalhador e distribuidor de palha
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10% à vista ou parcelamento em 10 vezes s/ juros nos cartões
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10% análise de solos e de tecido vegetal
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10% na prestação de serviços
Newdeal Agroscience
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CANDÓI
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*Se ainda não possui a carteirinha de sócio, compareça ao Sindicato Rural de Guarapuava ou nas Extensões de Base: Candói, Foz do Jordão e Cantagalo.
Fluxo de caixa gratuito, atualizado mensalmente, tanto trabalhos fiscais quanto trabalhos decisoriais
PROFISSIONAIS EM DESTAQUE
Luan Lopes, Marcelo Roberto Kuczer, Rodolpho Luiz Werneck Botelho (presidente do Sindicato Rural de Guarapuava) e Fabíula Portolan Kuczer (Ballagro)
Thiago Abt e Thiago Zanco (Dekalb)
PARABÉNS!
APOSENTOU
Vinte anos de engajamento em capacitação para o meio rural: em 2017, o coordenador regional do SENAR-PR em Guarapuava, Aparecido Ademir Grosse, completou nada menos do que duas décadas de atuação na entidade. Responsável pela supervisão dos cursos da instituição numa extensa região, que abrange 28 municípios do Paraná, Grosse tem se destacado por sua responsabilidade e seu profissionalismo. Uma merecida participação nesta seção Profissionais em Destaque!
No dia 1º de junho, o diretor do Sindicato Rural de Guarapuava, Carlos Eduardo dos Santos Luhm visitou o gerente da Coamo em Guarapuava, Zanoni Camargo Buzzi, que deixa o cargo por aposentadoria, após quase 10 anos de atuação no município. Em agradecimento pela parceria da cooperativa com a entidade sindical, o diretor fez a entrega de uma lembrança, agradecendo o gerente por sua dedicação e trabalho em prol do desenvolvimento agropecuário de Guarapuava e região.
Dimas Roberto Diniz (Agrícola CRK) e Beto Xavier (Beto Agronegócios)
Quem assume o cargo de gerente da Coamo Guarapuava é Marino Mugnol, transferido de Juranda-PR.
VEM QUE EU TE CONTO! RODRIGO WERNECK CENEVIVA, filho de Ricardo Werneck.
O Sindicato Rural de Guarapuava e a
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prestigiaram o lançamento do programa “Vem que eu te conto”, da emissora de TV RIC – Record Paraná, na noite do dia 8 de maio. O programa, que está sendo transmitido de Guarapuava para toda a região oeste do Estado, está indo ao ar nos sábados, às 14h, apresentado pela jornalista Kryssia Kosmos.
JOÃO MARCELO ARAÚJO, filho de Carolina e Marcelo Araújo, na Fazenda Cachoeira.
Vanessa Vier Kreuscher COM SUA FILHA LARA (1 ANO)
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e-mail: r para o a.com.b ua foto Envie s cao@srgpuav a ic n comu
DIA JUNINO
PRODUTORES EM DESTAQUE
Aconteceu em 8 de junho, o Dia Junino, promovido pelo Sindicato Rural de Guarapuava. Na atividade, a entidade sindical recebe seus associados e visitantes em geral com quitutes típicos desta época do ano. Quem aproveitou para conferir bolos e outros atrativos foram os produtores rurais participantes do curso Herdeiros do Campo, durante o intervalo da aula que ocorreu no sindicato.
Fernando Peterlini, Rosemeri Althaus e Denilson Baitala
GRUPO DE DANÇAS SÊNIOR TANZGRUPPE DE ENTRE RIOS
Guarapuava presente no Encontro Interestadual de Danças em Pato Pragado (PR), no dia 21 de abril.
CAMPANHA SÓCIO PARTICIPATIVO A Campanha Sócio Participativo, do Sindicato Rural de Guarapuava, premiou em maio mais dois associados à entidade: no dia 10, Vicente Mamcasz. No dia 11, foi a vez de Verônica Stotzer, para quem a cesta contou também como um presente do Dia das Mães. O sorteio foi realizado pela diretoria no dia 9 de maio. Os dois ganhadores receberam seus brindes das mãos da gerente do sindicato, Luciana de Queiroga Bren. Na campanha, que se estende durante todo o ano, os associados que comparecem à entidade sindical, em busca dos serviços oferecidos, pagamento de anuidade ou para participar de eventos que o sindicato organiza e/ou apoia, recebem cupom para concorrer aos sorteios. Podem concorrer todos os associados em dia com o sindicato.
Rudolfo Keller e Maria de Lourdes Keller
José Pastal
NOVOS SÓCIOS
Anselmo Stuepp
INSAN
Marcelo Tartari Kuntz
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AGOSTO
JULHO
ANIVERSARIANTES 2017 01/07 01/07 01/07 01/07 02/07 02/07 03/07 03/07 04/07 04/07 05/07 05/07 06/07 07/07 07/07 07/07 08/07 08/07 08/07 09/07 10/07
CAMILA ILLICH CARLOS E. DOS S. LUHM EDILSON ARAÚJO MARTINS SEITI TIKAMORI ESTER T. ABICALAFFE OSIRES KAMINSKI JOSE ERNANI LUSTOSA ROLAND PAUL GUMPL EDUARDO GELINSKI PAULO RODOLFO SCHULZ GUINTER STEFAN DUCH LUIZ PULGA GILBERTO SOUZA GONÇALVES MAYRON E. F. KREUSCHER OSMAR KLOSTER OLIVEIRA TERUYOSHI R. UDAGAWA LUIZ ARTUR M. FERREIRA RODOLPHO MANOEL DA SILVA VERA VIRMOND CARLOS A. ABREU ALVES REINHOLD BUHALI
01/08 01/08 01/08 01/08 01/08 02/08 02/08 02/08 03/08 03/08 03/08 04/08 04/08 04/08 05/08 05/08 06/08 06/08 06/08 06/08 07/08
CEZAR A. CAROLLO SILVESTRI JOSEF WINKLER SEBASTIÃO G. DA FONSECA SERGIO ROBERTO VEIT WILFRIED GEORG SPIELER AUGUSTO STROPARO EDLA WOELFER LUSTOSA JORGE KARL LUCIANA AP. CAMARGO VIVALDINO ORTOLAN WILSON Z. DA SILVA ANDERSON MUZZOLON ANNA LUISA JUNGERT LAURO MANHAES DE SOUZA HELMUT MILLA RENE MARTINS B. FILHO GENI BLASQUIEVIS SARTORI JOHANA KARL TASCHELMAYER ROBERTO CLEIDER LUSTOZA THIAGO LUSTOSA ARAÚJO ADAUTO BRANDELERO
11/07 11/07 13/07 13/07 13/07 13/07 14/07 14/07 15/07 15/07 15/07 15/07 15/07 15/07 16/07 16/07 17/07 18/07 18/07 19/07 19/07
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ANDREAS MILLA II ERNST LEH JULIANA M. DE O. SCHERER SALVADOR IVATIUK SEVERINO GENUÍNO DOURADO SILVINO CAUS JAIR CLEMENTE ZART QUINTILHO APARECIDO PINE ALDIR ANTONIO GOLDONI ALEXANDER RITTER ANTON GORA ARI SCHWANS LAURA ISABEL F. LOURES BUCH ROSENEI DE F. CARDOSO KUNZ HUGO SILVESTRIN FILHO RODRIGO JÚNIOR SCALABRIN HERCULANO A. ABREU ALVES ANGELO MUZZOLON RAPHAEL DE CAMARGO FRANCISCO G. MARCONDES VIKTOR LEH
IVO JOÃO VARGAS JOÃO HUBER KATHERINE G. A. DUHATSCHEK ALFREDO WOLBERT VANDERLEI GOMES DE ASSIS LENI LOSSO KLUBER MARLI DE ARAÚJO RIBAS VERA LÚCIA BOVOLINI WILD BELARMINO ANTÔNIO BACCIN CARLOS LEOPOLDO D. SILVA CELSON LUIZ BRANDALISE GERHARD MARX GILSON ZACARIAS C. JÚNIOR PONCIANO ROCHA DE ABREU CHRISTOPH ZEHR RENATO GOES PENTEADO FILHO WILSON BARBIERI BOLES NILCHARZ GILBERTO M. LEINEKER TADEU DREVISKI DARCI CARRARO
20/07 20/07 20/07 20/07 21/07 21/07 21/07 21/07 22/07 22/07 23/07 23/07 23/07 23/07 24/07 24/07 24/07 25/07 25/07 26/07
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ANGELA RIBAS CLEVE COSTA ARIDRÉIA A. DE M. SPIELER CLAUDIA MUGNOL FRITES MARLENE GAERTNER KORPASCH EDSON ADRIANO DE VARGAS ERNESTO STOCK GUNTER DUHATSCHEK MATEUS JULIK ENIO MENDES DANGUI JOSÉ VILMAR SOPCHUK AIRTON RIBEIRO DE CAMPOS EROS LUSTOSA ARAÚJO OZIRES JOSÉ VAIS FERNANDES PAUL ILLICH ADAM GARTNER ANTON KREUSCHER FELLIPE LUSTOSA R. JAERGER FRANK NOHEL VALDOMIRO IVATIUK JÚNIOR ALEXANDRE MARATH
JOEL DOMINGUES DA SILVA JOSEF HILDENBRANDT JÚNIOR LUIZ CARLOS RODRIGUES NELSON BREMM JOÃO KONJUNSKI MURILO LUSTOSA RIBAS JR. NEUSA SILVEIRA VIER AMARILDO R. DOS SANTOS ANTÔNIO MAYER JOÃO MARIA MENDES SIQUEIRA OSMAR GELINSKI CARLOS ALBERTO ABREU ALVES NELSON ADELAR GEHLEN EGON MAYER MARCOS ANTONIO SEITZ ROBERTO E. N. DE CUNHA AFRANIO LEODANIL NARDELLI ILSE KLEIN LUIS CARLOS VATRIN MAICO MENDES DE ARAÚJO
CONFIRA A AGENDA DE EVENTOS AGROPECUÁRIOS: SHOW PECUÁRIO 2017 25 a 28 de julho
Cascavel (PR) Parque de Exposições Celso Garcia CID www.showpecuario.com.br
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DIA DO AGRICULTOR
29 de julho
Guarapuava (PR) Sindicato Rural de Guarapuava e Extensões de Base Candói e Cantagalo (42) 3623-1115
EXPOGUA
4 a 13 de agosto
Guarapuava (PR) Parque de Exposições Lacerda Werneck (42) 3623-3896
26/07 26/07 26/07 26/07 26/07 27/07 27/07 27/07 28/07 28/07 28/07 28/07 28/07 29/07 29/07 29/07 29/07 30/07 31/07 31/07
ANNEMARIE PFANN EMERSON MILLA HUMBERTO MANO SÁ ROBERTO E. A. MARCONDES VINÍCIUS VIRMOND ABREU SÉRGIO ALVES TEIXEIRA SIEGHARDT J. KLEINFELDER VANDERLEY KUACHINHAK ARISMARI ROCHA CAMARGO GIBRAN THIVES ARAÚJO MÁRCIO A. P. MARCONDES PAULO CESAR FONSECA WALTER WILK GERALDO ELIAS LIMBERGER PATRICIA DIANA SCHWARZ SOELI PEREIRA LANGE ZENI AP. PADILHA MUZZOLON KLEYTON ROMUALDO KRAMER CÂNDIDO PACHECO BASTOS MARIANE WERNECK BOTELHO
24/08 24/08 24/08 24/08 24/08 24/08 24/08 24/08 25/08 25/08 27/08 29/08 29/08 30/08 30/08 30/08 31/08 31/08 31/08 31/08
ARMANDO FRANÇA DE ARAÚJO BRUNO GRISMAYER GABRIELA ABT TRATZ IZOLINA D. TAQUES DA CRUZ JAIME ENRIQUE V. ARBULU MURILO LUSTOSA RIBAS SAULO LUSTOSA SCHNEIDER SIRINEU LUIZ DENARDI ELTON LUIS MUCINELLI CALDAS ROBERT REINHOFER EDGARD GEORG SZABO JOAO VASCONCELOS SCHIMIDT LUIZ FCO. AGNER SEGUNDO ANTÔNIO CARLOS L. LOURES GERSON JOÃO M. DE ABREU SÉRGIO JOSE LUBACHESKI ARAMIS LINEO M. SIQUEIRA ELISON BUENO ARAÚJO NEURACI LUSTOZA DANGUI RUI CARLOS M. DE ARAÚJO
JUL/AGO
2017
EXPOINTER 2017
26 de agosto a 3 de setembro Esteio (RS) Parque Estadual de Exposições Assis Brasil www.expointer.rs.gov.br
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