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A DO PRODUTOR R ST

ISSN 1984-0004 Publicação bimestral do Sindicato Rural de Guarapuava Ano X - Nº 62 - AGOSTO/SETEMBRO 2017 Distribuição gratuita

PARANÁ

REVISTA DO PRODUTOR RURAL DO PARANÁ

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Trigo

Daoud defende que Brasil tenha projeto para o agro

Nova safra, os mesmos problemas

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Palestra

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Dia do Agricultor 2017

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Manchete

Safra aumenta, apesar de ficar abaixo do potencial

42ª Expogua

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Feijão

Exposição-Feira Agropecuária reuniu produtores e lideranças do setor

DECLARAÇÃO

É hora do ITR

DIA DE CAMPO

Produção Integrada na prática

REPORTAGEM

Mulheres do Campo

CARACU

Uma raça rústica, adaptada naturalmente ao clima brasileiro

COGUMELOS

Empreendendo no campo


DIRETORIA: Presidente

1º Vice Presidente 2º Vice Presidente 1º Secretário

2º Secretário

1º Tesoureiro

2º Tesoureiro

Rodolpho Luiz Werneck Botelho

Josef Pfann Filho

Cícero Passos de Lacerda

João Arthur Barbosa Lima

Jairo Luiz Ramos Neto

Anton Gora

Gibran Thives Araújo

CONSELHO FISCAL: TITULARES:

Lincoln Campello

SUPLENTES:

Luiz Carlos Colferai

Alexandre Seitz

Carlos Eduardo dos Santos Luhm

Anton Gottfried Egles

Roberto Eduardo Nascimento da Cunha

NOSSA CAPA REDAÇÃO/FOTOGRAFIA: Luciana de Queiroga Bren

Manoel Godoy

Nesta edição apresentamos uma novidade, a interação da Realidade Aumentada.

Geyssica Reis

Carlos Souza Estagiário

Diretora de Redação e Editora-Chefe Reg. Prof. 4333

Jornalista

PRÉ-DISTRIBUIÇÃO:

Endereço: Rua Afonso Botelho, 58 - Trianon CEP 85070-165 - Guarapuava - PR Fone/Fax: (42) 3623-1115 Email: comunicacao@srgpuava.com.br Site: www.srgpuava.com.br

Jornalista

DISTRIBUIÇÃO:

Guarapuava, Candói e Cantagalo: Mundial Exprex Distrito de Entre Rios:

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Extensão de Base Cantagalo Rua Olavo Bilac, 59 - Sala 2 Fone: (42) 3636-1529 Cantagalo - PR Projeto gráfico e diagramação Mynd's Design Editorial Impressão: Midiograf - Gráfica e Editora Tiragem: 2.500 exemplares

André Zentner

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Extensão de Base Candói Rua XV de Novembro, 2687 Fone: (42) 3638-1721 Candói - PR

Os artigos assinados não expressam, necessariamente, a opinião da REVISTA DO PRODUTOR RURAL ou da diretoria do Sindicato Rural de Guarapuava. É permitida a reprodução de matérias, desde que citada a fonte.


EDITORIAL

Casa cheia nos últimos eventos

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ssa edição tem assuntos diversos: seja agricultura ou pecuária, mercado agrícola ou produção de cogumelo, Dia do Agricultor ou Expogua 2017, acredito que alguma coisa vai chamar a sua atenção. A série de reportagens Mulheres do Campo homenageia mais quatro associadas, que, com o trabalho na agricultura ou pecuária, estão contribuindo para o desenvolvimento agropecuário regional. Reforçamos também, nessa edição, o prazo para declaração do Imposto Territorial Rural (ITR): 29 de setembro. É importante não deixar para a última hora e o Sindicato Rural com suas Extensões de Base em Candói e Cantagalo está a disposição do produtor rural para tirar dúvidas e emitir a declaração. Atendemos sócios e não sócios, mas pedimos para que não deixem para última hora, a fim de evitar transtornos. Por falar em prazo, temos o Prosolo. Os produtores tem até o dia 29 de agosto para efetuar a adesão ao programa. Um dos objetivos é recuperar áreas com erosão. Essa adesão é voluntária e deve ser feita no escritório da Emater. Trazemos, ainda, matérias sobre reuniões, dias de campo e eventos promovidos pela entidade, ou que tiveram

Rodolpho Luiz Werneck Botelho Presidente do Sindicato Rural de Guarapuava

seu apoio, como a palestra sobre perspectivas para o agronegócio, com Miguel Daoud. Para quem não participou, o palestrante falou, entre outras coisas, sobre como vê as perspectivas da cotação do dólar no Brasil e a demanda da soja em nível internacional. Destaque também para o ciclo de palestras e dia de campo de pecuária de corte, organizados pela Cooperaliança, com apoio do Sindicato, o curso Gerente de Pasto e o nosso Dia do Agricultor. Faltou lugar no anfiteatro do Sindicato Rural de Guarapuava na maioria dos últimos eventos. Parece que algo está mudando e isso nos deixa feliz. Precisamos da união e participação dos produtores rurais. Precisamos, cada vez mais, ter a consciência de que, sem união, nada somos e unidos, somos bem mais fortes. Esperamos que os associados percebam a importância de ter uma entidade representativa, forte e atuante. Para que possamos continuar lutando pelos interesses da classe patronal rural, precisamos de participação, consciência e união. Para que a casa do produtor rural na cidade continue sempre cheia, contamos com todos vocês! Boa leitura!

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Associado Reni Kunz foi o ganhador do bingo do Dia do Agricultor 2017. Ele levou para casa um lindo quadriciclo. Na foto, com sua esposa Rosenei Kunz e diretores do Sindicato Rural de Guarapuava.

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ARTIGO Anton Gora Produtor rural, diretor da Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep), vice-presidente do Sindicato Rural de Guarapuava e presidente do Núcleo Regional dos Sindicatos Rurais do Centro-sul do Paraná

Democracia e Justiça

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dmirei e admiro o trabalho que os militares fizeram, durante a chamada ditadura militar, que de ditadura não tinha nada. Os direitos individuais eram totalmente respeitados e o Brasil teve um período de crescimento econômico, social e moral, até hoje os maiores de um período. Os militares cometeram apenas um erro, do meu ponto de vista: não modernizaram a justiça e a justiça é a base da democracia. Não existe democracia sem justiça e o maior exemplo estamos vivendo hoje no Brasil. A nossa justiça é lenta, às vezes politizada e isso traz enormes conseqüências econômicas para o País. Não estou aqui criticando os magistrados, mas sim as nossas leis que permitem inúmeros recursos e adiamentos, bem como os políticos corruptos gostam. Mas, como diz o nosso presidente da FAEP, Ágide Meneguette, temos que respeitar as leis. Se não concordamos com elas, temos que mudá-las! E penso que devemos fazer isso. Usar a nossa classe, a força da nossa classe, para adequar as leis. Leis que realmente atendam as pessoas de bem e ajudem a combater a corrupção. O maior exemplo da politização do Judiciário está no caso da cobrança do Funrural. A presidente do STF foi conversar com o ministro da Fazenda sobre a constitucionalidade da cobrança, e o ministro pediu que fosse feita a cobrança do Funrural e assim o STF decidiu. Aonde que está à independência dos poderes? Não deveria a decisão do Judiciário ser apenas técnica? Não entendemos porque a nossa entidade máxima, a

CNA, concordou com a decisão. E até hoje nós, os produtores que efetivamente pagam a conta, não tivemos nenhuma explicação do porquê desta decisão política. Podemos ainda ir mais longe. O produtor hoje paga o mesmo tributo duas vezes, característica inequívoca de bi-tributação. Pagamos os encargos sociais sobre a folha de pagamento e sofremos o desconto na venda da produção. A agropecuária, que além de produzir alimentos baratos e de qualidade, preservar o meio ambiente, sustentar a economia e equilibrar a balança comercial, agora está sendo chamada para pagar o rombo das contas públicas, principalmente da previdência. Rombo esse provocado pela corrupção, privilégio de alguns poucos, e da má gestão. Um passo gigantesco para matar a galinha dos ovos de ouro. Não podemos concordar com isso, porque estaremos assinando a nossa própria sentença de morte. A agropecuária não suporta mais nenhum tipo de aumento de custos, principalmente, impostos. A rentabilidade está no limite. Os produtores trabalham, correm riscos, sofrem ataques de ONGs, lutam contra barreiras não comerciais, são usados politicamente (como hoje se lê na imprensa de que os produtores estão sendo beneficiados com a redução do Funrural), mas ninguém fala em bitributação, nem os nossos dirigentes da CNA. Fica aqui o meu protesto, que deve ser o protesto de todos os produtores.

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BOVINOCULTURA DE CORTE

AGROCERES: PALESTRA ABORDA SUPLEMENTAÇÃO ESTRATÉGICA

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alestra promovida pela Agroceres, destacou, no dia 27 de junho, a suplementação estratégica para bovinos de corte. No anfiteatro do Sindicato Rural de Guarapuava, representantes da empresa comentaram os diversos ramos de atividade da marca, que conta com uma trajetória de mais de 70 anos, destacaram a importância de suplementar a nutrição do plantel e apresentaram o palestrante do encontro, o gestor técnico de bovinos de corte da empresa, Matheus Moretti. Formado em zootecnia (UNESP, Jaboticabal – 2008), com doutorado em produção animal, Moretti trouxe, em sua explanação, o que chamou de uma visão estratégica da suplementação em sistema a pasto: a aplicação da tecnologia numa abordagem que estabelece objetivos de produtividade, definir a forma de suplementação de acordo com a qualidade das forragens ao longo do ano, calcular rentabilidade pensando no animal como peso de carcaça (ao invés do peso vivo total) e acompanhar resultados. Ao conversar com a REVISTA DO PRODUTOR RURAL, na ocasião, o gestor técnico detalhou esta forma de manejo. “Vamos olhar a suplementação por duas óticas: uma, explorando ganhos de peso adicionais por animal, e outra, na qual buscamos não só aumentar o ganho de peso, mas usar a suplementação como ferramenta estratégica para aumentar a produtividade da fazenda. Quando falo isso, me refiro a aumentar a quantidade de arrobas produzidas por hectare – que é a medida que o produtor tem que ter hoje em dia”. Moretti observa que a estratégia implica em que os pecuaristas da bovinocultura de corte passem a adotar um critério mais objetivo para medir a produção, o mesmo já adotado há anos na agricultura: o volume por unidade de área. “Não adianta falar em aumentar a taxa de lotação, ganho de peso por indivíduo, sendo que a moeda de troca do produtor, o que traz dinheiro, é a venda de arrobas. Os agricultores falam em sacas de milho produzidas por

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Palestra enfocou suplementação numa visão de gestão de custos e lucro

hectare. Por que não a pecuária seguir o mesmo caminho?”, indagou. Dentro desta abordagem, ele destaca que a estratégia de suplementação que vem divulgando nas palestras realizadas pela Agroceres tem os objetivos de otimizar o uso e o consumo da forragem, complementar a dieta e os processos de fermentação dentro do rúmen dos animais, para que possam digerir melhor o alimento que consumiram. Uma premissa básica, no entanto, mencionou, “é ter pasto o ano todo”. O gestor técnico assinala que, na utilização estratégica de suplementação, também esta alternativa deve ser aplicada com critério: “Como temos oscilação climática, e isso influencia a qualidade da forragem ao longo do ano, essa suplementação vai variar em função das mudanças da qualidade da forragem e dos objetivos produtivos da fazenda”. Sobre a relação custo-benefício desta opção, Moretti disse ver no trabalho com produtos de valor agregado, como o sal com aditivo, uma possibilidade

Matheus Moretti, zootecnista e gestor técnico bovinos de corte da Agroceres

de ganho: “A suplementação adotada de forma correta, bem planejada, buscando resultado, não tem como não ser positiva dentro da fazenda”. Por outro lado, o gestor técnico pondera que é preciso pensar no sistema como um todo: “O produtor tem que se planejar muito bem, avaliar as condições da fazenda, a mão-de-obra, a estrutura de cocho, o manejo de pas-


Essa suplementação vai variar em função das mudanças da qualidade da forragem e dos objetivos produtivos da fazenda” Matheus Moretti

Zootecnista – Agroceres

to, o fluxo de caixa, para, aí sim, iniciar um programa de suplementação”. Perguntado sobre o passo inicial, ele disse que o princípio é olhar para dentro da fazenda e identificar os gargalos. O produtor, completou, precisa estipular quanto quer produzir e em quanto tempo: “Ele vai buscar o melhor suplemento que vai se encaixar nesse sistema, para possibilitar aquele ganho”. Lembrando um conhecido método de planejar, realizar e verificar o resultado de projetos em nível empresarial, o PDCA, mencionado em sua palestra, Moretti frisou ser necessário atenção:

Equipe da Agroceres (da esq. p/ dir.): Rozimbo Magro (CTC ); Caroline Pavoski (Representante na região de Guarapuava); Matheus Moretti (gestor técnico de bovinos de corte); e Anderson Assis (gerente Regional Sul e Paraguai para Bovinos)

“É muito importante o acompanhamento, no qual o produtor vai ter um responsável por executar toda a suplementação dos animais, fazer o controle, coletar números, checar o consumo, para saber se o que foi planejado foi realmente realizado”. O gestor técnico finalizou recordando que a Agroceres atua há 40 anos na

área de nutrição animal e que a equipe da empresa está pronta para orientar o produtor: “Temos uma equipe com mais de 30 profissionais na atividade da área técnica, com mestrado, doutorado, voltados a pensar em solução, em adequar da melhor forma possível o sistema de produção nas diferentes realidades”.

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EMPRESAS

CB AGRO: 1 ANO DE ATUAÇÃO NO CENTRO-SUL DO PARANÁ

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ma equipe de profissionais com vocação para enfrentar desafios celebra o primeiro aniversário de um empreendimento voltado a contribuir para o êxito da agricultura no centro-sul paranaense: a CB Agro, de Guarapuava, que iniciou em 2016 no setor de comercialização de insumos agrícolas e compra de grãos. Se começar num ano considerado difícil para a economia brasileira demandou empenho da empresa, seu proprietário e diretor, Cândido Bastos, por outro lado, ao fazer um balanço do período, enalteceu a confiança depositada por produtores e parceiros: “Com muita alegria a gente comemora esse primeiro ano de empresa. Quero deixar um agradecimento de coração a todos que estão acreditando neste trabalho”, disse em entrevista. Ele atribui o espaço conquistado pela empresa até o momento a uma atuação direcionada a trazer resultados aos clientes – em produtos e serviços: “Queremos vender produtos com qualidade e que o produtor que venha para a CB Agro saia satisfeito”.

Cândido Bastos, da CB Agro

Sobre as tecnologias disponibilizadas na forma de insumos e agroquímicos, Bastos recorda que a CB Agro vem comercializando um portfólio moderno, com soluções oferecidas por empresas de renome em seus respectivos setores, como ADAMA, IHARA, Sipcam Nichino Brasil, OMEX, Yara, Sementes Agroceres, Prime Agro, Acadian Seaplants, Ballagro e Tecseed, além de Nortox e Rotam CropScience. Ao lado da qualidade, complementou, isso significa também inovação, já que a CB Agro comercializa tanto os produtos já conhecidos quanto os mais recentes lançamentos de cada uma daquelas marcas.

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Situada em Guarapuava, empresa atende a região

Para que se obtenha o potencial de cada tecnologia concretamente, nas diversas culturas (soja, milho, batata, feijão, cereais de inverno, hortifruti e sementes de pastagem), assinalou, realizar o acompanhamento das lavouras é importante: “Focamos muito o trabalho de campo, com assistência técnica, para trazer bons produtos, inovações, para que os produtores consigam cada vez mais atingir melhores índices de produtividade”. A tarefa fica a cargo de uma equipe: “São quatro agrônomos que trabalham conosco”, detalhou, ao explicar que a presença deles na propriedade traz uma aproximação com o agricultor e permite diálogo e recomendações para se alcançar objetivos. Mas num segmento que passa por constantes evoluções técnicas, a ideia, assinala o empresário, é poder compreender cada vez mais as demandas do produtor e oferecer novos serviços: “Também na área de nutrição de plantas, temos um trabalho desenvolvido com análises de solo e interpretação de análises. Além disso, o acompanhamento da lavoura, com análises foliares e de seiva”. A inovação, segundo disse, foi trazida para o Brasil há dois anos e desde o ano passado se

encontra entre os serviços oferecidos pela empresa: “Alguns produtores já usaram e aprovaram”. Bastos conclui sua avaliação deste primeiro ano de CB Agro observando que é preciso manter-se atento às novidades em geral. Por esta razão, antecipou, já se preparava para participar do VII Congresso da ANDAV (Associação Nacional de Distribuidores de Insumos Agrícolas e Veterinários), realizado de 14 a 16 de agosto, no Transamerica Expo Center em São Paulo. A empresa, sublinhou, é um dos 1.400 associados da entidade: “A CB Agro vai estar presente para ver as tendências de mercado, as inovações”.


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SOJA

Área destinada ao concurso: manejo diferenciado

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ma família de agricultores de Guarapuava se destacou pela segunda vez no ranking do concurso nacional de produtividade em soja do Comitê Estratégico Soja Brasil (CESB). Unidos, os irmãos Marcos e Alexandre, e o pai, Helmuth Seitz, obtiveram o 1º lugar no Desafio de Máxima Produtividade 2016/2017, uma competição nacional que reuniu nesta safra, de acordo com os organizadores, mais de 5 mil agricultores – um aumento de 12% em relação à edição passada. Ao divulgar o resultado, dia 13 de junho, na cerimônia de premiação dos vencedores, em Passo Fundo (RS), o comitê informou que Marcos, desta vez inscrito como o representante da propriedade no Desafio, alcançou o maior desempenho, com 149,08 sc/ha, registrando ao mesmo tempo um novo recorde nacional de produtividade na cultura (anteriormente, o maior patamar foi de 141,8 sc/ ha, registrado na safra 2014/2015). Ao conversar com a REVISTA DO PRODUTOR RURAL, Marco Seitz (25 anos), que também é agrônomo, disse que o resultado trouxe alegria, mas fez questão de atribuir a vitória ao empenho de cerca de 30 anos que seu pai vem demonstrando na fazenda, dedicando-se a aperfeiçoar cada detalhe técnico, do plantio à colheita, e à participação de Alexandre Seitz, que foi seu consultor: “Ficamos bem felizes. O resultado mostrou, na verdade, que o trabalho que estamos realizando há muitos anos está dando frutos”. Conforme completou, mesmo após ter concluído a formação em Agronomia, é na lida do dia a dia, no campo, que prossegue aprendendo mui-

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ta coisa. Um destes ensinamentos está claro: é necessário tempo e uma série de fatores para se atingir e manter elevadas produtividades. Entre os que, neste ano, proporcionaram o primeiro lugar, na área destinada ao Desafio, Seitz mencionou a importância da adubação Inscrito no Desafio 2016/2017, Marco Seitz (à esq.) obteve o para a cultura de inver1º lugar, com apoio do irmão Alexandre e do pai, Helmuth no que antecedeu a soja, além da própria rotação: “Com a rotação, você trabalho de plantar tudo duas vezes. Foi consegue evitar a resistência de doenças, plantado com 45 cm (de espaçamento), além de fazer o controle de pragas”. deslocamos as pistas de plantio 22,5 cm Responsável por orientações para o para o lado e, com RTK, conseguimos manejo na área destinada ao Desafio, plantar exatamente no meio das linhas”. Alexandre Seitz (campeão na competiFeliz por mais um resultado de desção em 2012/2013) contou que, para chetaque da propriedade no Desafio, Helgar ao patamar obtido, o primeiro ponto muth Seitz, que começou sua trajetória a considerar é que o local foi definido na soja em 1984, contou que a família com vistas ao concurso: “Não foi uma hoje une experiência e inovação. Ele lavoura comercial, mas uma área escoassinalou, na parte técnica, a utilização lhida a dedo, com base em mapas de code agricultura de precisão. E mais: o uso lheitas anteriores. Coincidentemente, é de imagens aéreas de drone, para somar em cima da mesma área onde ganhamos informação aos mapas de colheita. Mas o concurso na primeira vez”. O local, para o agricultor, o mais importante, acrescentou, tem uma fertilidade difesegundo disse, é o entrosamento com renciada: “O principal cuidado que teos filhos, com uma divisão harmônica mos constantemente dentro da fazenda de tarefas – fator que deve assegurar o é elevar os níveis de fertilidade, que nos futuro da propriedade: “Um dá assistêndão uma produtividade maior”. Ao lado cia, outro faz a parte de administração, de uma descompactação de solo, entre financeira. É uma maneira de levá-los já 50 cm e 60 cm, mantendo a palhada para para a atividade, para que amanhã ou o plantio direto, ele destacou que a área depois comecem a tocar a lavoura por do concurso teve outro arranjo espacial conta própria”. de sementes: “Nesse plantio, tivemos o


DECLARAÇÃO

É hora do ITR Prazo para declarar o imposto segue até final setembro

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prazo para a declaração do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (ITR) 2017 iniciou dia 14 de agosto e segue até 29 de setembro. São obrigados a declarar a pessoa física ou jurídica proprietária, titular do domínio útil ou possuidora a qualquer título; um dos condôminos (quando o imóvel pertencer a várias pessoas); e o inventariante, em nome do espólio (enquanto não for concluída a partilha). O imposto é anual. Para o cálculo é utilizada uma alíquota que varia de acordo com a área da propriedade e o seu grau de utilização, sendo utilizado apenas o Valor da Terra Nua (VTN), ou seja, sem qualquer tipo de benfeitoria ou cultura. O Sindicato Rural de Guarapuava realiza o procedimento para os produtores rurais com taxas especiais para seus associados. Os documentos necessários são ITR 2016, matrícula atualizada do imóvel (se houver alguma alteração na situação jurídica) e recibo do Cadastro Ambiental Rural, o CAR (no caso daqueles que já fizeram o cadastro). Os interessados podem comparecer na sede do Sindicato Rural (Rua Afonso Botelho, 58, Trianon – Guarapuava) ou nas extensões de base em Candói (Rua XV de Novembro, 2687) ou Cantagalo (Rua Olavo Bilac, 59 – Sala 2).

Isentos

O imposto não precisa ser pago quando a propriedade é uma pequena gleba rural, com tamanho inferior a 30 hectares. Porém, o proprietário não pode ter outro imóvel rural ou urbano, terreno rural de instituições sem fins lucrativos de educação e de assistência social. O isento do ITR, deve declarar o terreno rural junto a Receita Federal somente se mesmo sofreu alterações de um ano para o outro. Por exemplo, no caso da compra ou venda de áreas, mas que ainda não extrapole o limite de 30 hectares.

Prazo É importante que o produtor declare no prazo para evitar possíveis multas e bloqueios em documentação. Se não estiver com a declaração atualizada, o produtor não terá acesso a documentos da propriedade, como a Certidão Negativa, indispensável para registrar a compra ou venda da propriedade e para conseguir financiamento bancário. A entrega da declaração do ITR após o prazo também implica em multa de 1,0% ao mês sobre o total do imposto.

Prosolo: prazo de adesão termina dia 29 de agosto

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ermina no próximo dia 29 de agosto o prazo para as produtores rurais do Paraná aderirem ao Prosolo. A iniciativa é um programa da Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento, em parceria com 22 entidades da iniciativa privada e órgãos públicos. Um dos objetivos é recuperar áreas com erosão, problema que voltou a aparecer com força nas propriedades nos últimos anos. Segundo dados da Secretaria da Agricul-

tura e do Abastecimento, 30% das propriedades paranaenses sofrem com o processo de erosão nos mais diversos níveis. Decreto assinado pelo governador Beto Richa, em 2016, prevê vantagens aos proprietários que aderirem ao programa. Segundo o secretário de Agricultura, Norberto Ortigara, essa adesão é voluntária e deve ser feita no escritório da Emater. Os produtores que não aderirem e forem denunciados por erosão ou por não cuidar do

solo poderão ser multados pela Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar). A multa varia de 5 a 17 UPF, dependendo dos danos causados, do tamanho da propriedade e da gravidade da situação. Para divulgar o programa, a Secretaria de Agricultura realizou este ano reuniões regionais em várias cidades do interior do Estado, incluindo Guarapuava, onde o encontro ocorreu no último dia 30 de maio, no Sindicato Rural.

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PALESTRA

DAOUD DEFENDE QUE BRASIL TENHA PROJETO PARA O AGRO

Miguel Daoud

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alestra de Miguel Daoud, um dos mais renomados comentaristas econômicos do Brasil, deu prosseguimento, no dia 8 de agosto, no anfiteatro do Sindicato Rural de Guarapuava, à programação da 42ª Expogua. Graduado na Escola Superior de Administração de Negócios pela Universidade Católica de São Paulo – PUC, apresentador do Canal Rural, analista financeiro e participante de programas da Rede Globo, Globo News, Cultura, Bandeirantes, Band News e nas Rádios Jovem Pan e Capital, ele abordou o tema “Perspectivas Políticas e Econômicas para o Agronegócio”. Com uma análise do momento vivido atualmente pelo Brasil, no contexto mundial, e com o patrocínio da FAEP, Caixa Econômica e Relevanz Engenharia

Energia Solar, o evento atraiu mais de 230 pessoas, entre produtores e lideranças rurais, além de profissionais e estudantes de carreiras ligadas ao agronegócio. Em entrevista, Daoud resumiu um de seus principais pontos de vista sobre a situação atual do agronegócio brasileiro, avaliando que, no momento, falta um plano de ação de âmbito nacional. “O Brasil não tem um projeto, para nenhum setor. Acho muito difícil, mas nossa luta é continuar insistindo nisto: que o Brasil tenha projeto, principalmente para a agropecuária, que hoje é o setor que vai tirar o país do buraco. No mundo todo, a agropecuária sempre é tratada como questão de segurança nacional”. Para a diretoria do sindicato, a palestra correspondeu às expectativas: a enti-

Rodolpho L. W. Botelho, presidente do Sindicato Rural saudou o palestrante e o público

dade, que em seu dia a dia promove com o SENAR-PR dezenas de cursos de capacitação para agropecuaristas e colaboradores de propriedades rurais, além de apoiar ou sediar vários encontros técnicos, objetivou proporcionar aos produtores e ao público informações e perspectivas do segmento rural no quadro da crise econômica brasileira.

Diretoria Sindicato Rural com Miguel Daoud, ao centro

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ENERGIA SOLAR

ALIVIE SEU BOLSO: ENERGIA SOLAR PODE SER UMA FONTE INCRÍVEL DE ECONOMIA PARA VOCÊ

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ma nova tendência amplamente demandada no planeta é a energia solar tanto para a cidade quanto para a zona rural. E a Relevanz traz para Guarapuava o que há de mais avançado em tecnologias para energia alternativa, proporcionando segurança e economia para famílias e empresas. São soluções incomparáveis em economia que a Relevanz, com profissionais com mais de 20 anos de experiência em instalações elétricas, disponibilizam para a região. Entre eles, o engenheiro eletricista Altamir Antonio Maestri, que tem tradição em projetos e manutenções elétricas no Paraná. O engenheiro da Relevanz, Altamir Maestri, trabalha na aprovação de projetos na concessionária, permitindo, além da economia, crédito de energia que pode se converter em mais redução nos custos. Além disso, oferece orientações para as melhores linhas de crédito e disponibiliza fornecedores de alta confiabilidade em reposição e garantia sobre os produtos disponibilizados. Em geral, em menos de cinco dias – dependendo da obra - é possível ter tudo instalado, havendo parcelamento de até 60 vezes. Facilidade extra para retorno garantido. Saulo Maestri dá o exemplo de “uma pessoa que investiu R$ 18.000,00 em sistema de energia so-

lar. Ela tinha um custo mensal de energia de R$ 300,00 e passou a ter uma despesa de taxa básica de apenas R$ 30,00, com a tarifa mínima. Isto significa que em cerca de 67 meses é possível economizar o valor investido em equipamentos, que podem durar 25 anos. “Após seis anos, você terá economia mensal de R$ 270,00 durante Equipe Relevanz - Rafael Alan Maestri, Altamir Antonio Maestri 19 anos. Ou seja: São e Saulo Eduardo Maestri 228 meses com economia de R$ 270,00 (desconsiderados aumentos da energia) Você pode equilibrar suas despeque lhe proporcionarão ganho real sas com energia elétrica em sua proacima de R$ 61.000,00 que deixam de priedade ao utilizar seus créditos de ser pagos para concessionária. E mais: energia no momento em que for nevocê valorizou seu imóvel, investiu no cessário, eliminando a variação na sua sistema e ainda obtém um retorno suconta de energia elétrica nos meses perior a três vezes o valor investido.” em que utiliza seus equipamentos. Saulo explica que o retorno varia, Entre em contato conosco para saconforme o caso entre 8% a 18% ao ber mais. Além disso, também é posano – livre de impostos, algo muito sível utilizar sistemas autônomos para superior às taxas de poupança que atender equipamentos e necessidades beiram 6%. O Jornal New York Times específicas. apontou em 2014 que compradores de Faça o inédito Plano Brasil de Ecoimóveis aceitam pagar 8% a mais por nomia Energética – PBEE, totalmenaqueles com energia fotovoltaica, sem te gratuito e veja que a energia solar considerar a facilidade para alugar, pode estar ao seu alcance. Entre em pois os custos das famílias que ocucontato pelo fone (42) 4101-0027 ou pam a edificação caem. e-mail contato@relevanz.com.br

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DIA DE CAMPO

PRODUÇÃO INTEGRADA NA PRÁTICA

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Sindicato Rural de Guarapuava, DSM Tortuga, Bayer, Yara, Programa Pecuária Moderna, Unicentro e Coamo realizaram, no dia 14 de julho, o Dia de Campo Produção Integrada, na Fazenda Capão Redondo (propriedade de Rodolpho Luiz Werneck Botelho), em Candói/PR. O evento reuniu mais de 170 pessoas, com palestras e apresentações a campo, onde os participantes puderam visualizar como funciona na prática a integração da produção de cereais, pecuária de corte, pastagem e floresta. O gerente do entreposto da Coamo em Guarapuava, Marino Mugnol, ressaltou que esses eventos são importantes para atualização dos produtores. “Nós, como cooperativa, temos que estar sempre levando informação e conhecimento aos produtores rurais. Nos dias de campo, os produtores rurais podem visualizar, na prática, a tecnolo-

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gia aplicada e o resultado, promovendo uma melhor assimilação da tecnologia e a necessidade de estar se desenvolvendo cada vez mais”. O anfitrião do evento, Rodolpho Luiz Werneck Botelho, disse que é necessário cada vez mais produzir com qualidade. “O Paraná, por seu tamanho, nunca vai ser um grande produtor de carne. Nosso diferencial vai ser sempre a qualidade.

Rodolpho Botelho, pres. Sindicato Rural de Guarapuava

Marino Mugnol, gerente Coamo Guarapuava

Por isso, precisamos investir em tecnologia e compartilhar com os demais produtores. Quanto mais gente produzir com qualidade, mais indústrias, empresas e frigoríficos se interessarão pela matéria-prima da região. A produção in-


Mais de 150 pessoas de Guarapuava e região, entre produtores rurais, técnicos e estudantes participaram do evento

tegrada é complexa, mas dá resultados. É importante conhecer, investir, ir atrás de tecnologia, pois assim, o lucro vem”, destacou. O pecuarista Clemens Fiorelli Junior, do município de Bituruna-PR, foi conferir o dia de campo. “Estou começando agora com a integração, com sistema silvopastoril. O dia de campo foi bastante importante. Obtive conhecimentos sobre novas tecnologias que vou levar para a minha propriedade e também tirei algumas dúvidas sobre qual tipo de pastagem utilizar com a floresta. Também pude verificar sobre o espaçamento das árvores. Na minha propriedade, estava usando um espaçamento menor e vi que pode ser utilizado um espaçamento maior, o que é melhor”, contou. Confira o resumo do que foi comentado durante o Dia de Campo:

Lançamento do endectocida Trucid

Clemens Fiorelli Junior, pecuarista (Bituruna)

Mauri Mazurek - promotor técnico veterinário Bayer Saúde Animal

Nosso objetivo no evento foi divulgar algumas das Soluções Bayer disponíveis no mercado, para maximizar os resultados na pecuária de corte. Apresentamos o Baycox 5%, produto utilizado para prevenção de coccidiose, doença que impacta consideravelmente no desenvolvimento e ganho de peso de bezerros e cordeiros. Além disso, foi realizado o lançamento do Trucid, novo endectocida da Bayer, à base de Doramectina 1%, que tem como diferencial a fórmula Dual Oil, que confere uma ação rápida e proteção duradoura contra os parasitas”.

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Protocolo alimentar da Fazenda Capão Redondo

Programa Nutricional Yara – Nutripasto

Bianca Rasmussen - analista técnico comercial Yara

A Yara tem programas nutricionais para garantir produtividade, rentabilidade e satisfação. Para pastagens, temos o Nutripasto, que oferece um arranque e rebrote mais rápido, pasto de melhor qualidade e assim maior produtividade. Com um portfólio específico, temos produtos com fonte ideal dos nutrientes, agilidade operacional, boa granulometria e distribuição. Nutripasto gera resultados com uma excelente relação custo-benefício”.

Sistema Silvopastoril e pastagem de inverno

Sebastião Brasil – professor Unicentro Abordamos a evolução dessa área que utiliza o sistema silvopastoril. No início era utilizada a lavoura, agora o pasto, que está refletindo no bom ganho de peso de animais. Os benefícios de uso de árvores no sistema integrado estão no conforto para os animais,

pois com a sombra se reduz a temperatura; é mais um componente que pode ser comercializado externamente ou utilizado dentro da propriedade, com a lenha, por exemplo; a fixação do carbono e umidade no solo. Mas o fator limitante das árvores é a sombra, por isso, a árvore acaba dominando o ambiente. Então, as espécies forrageiras devem ser adequadas a esse sistema. O tifton, por exemplo, é uma espécie que não tolera sombra. Para o seu desenvolvimento é necessária uma grande incidência de luz. Então, o espaçamento das árvores deve ser maior ou ser utilizado outra forrageira neste sistema”.

Márcio Essert – DSM Tortuga

Quando se fala de alimentação é importante que o produtor faça a suplementação quando os animais estiverem nas pastagens de inverno. Com isso, o produtor consegue um ganho de peso adicional de até 40%. É importante fazer a adaptação dos animais quando vão para as pastagens. Isso porque, com a adaptação nos primeiros 30 dias, os animais têm um desempenho muito melhor. Essa adaptação pode ser feita de várias maneiras, fazendo uma adaptação gradativa, usando fonte de fibra nos primeiros dias de pastejo, colocando feno ou casca de soja no pasto e ensinando os animais a comer antes de soltá-los na pastagem. Os animais têm que fazer a ingestão de aditivos junto com a suplementação, por isso precisam receber a escolinha de cocho antes de entrar na pastagem. Na Fazenda Capão Redondo, durante o dia de campo, mostramos três situações. Primeiro, onde foi o utilizado o Fosbovi Aveia Azevém, que contém minerais Tortuga, consumindo 120g para cada 100 quilo/vivo por dia, com ganho adicional de peso 350 g. No segundo protocolo, na categoria novilhas, estamos formulando um concentrado na propriedade com milho, casca de soja e um suplemento mineral com aditivos e vitaminas. Os animais consomem 2kg por dia. E a terceira situação é com os animais de engorda, que vão para o abate. Com eles também estamos trabalhando com um concentrado que contém milho, casca de soja e o Fosbovi Confinamento Crina RumiStar, lançamento da DSM Tortuga. O produto não tem aditivos, contém óleos essenciais e não deixa resíduos de antibiótico na carne. Os animais consomem 5kg por dia desse concentrado”.



SOLO

ADUBAÇÃO BIOLÓGICA É RECURSO PARA ENFRENTAR A COMPACTAÇÃO DO SOLO Empregando o Adubo Biológico MICROGEO®, o agricultor Cícero Passos de Lacerda colhe os benefícios

N

a propriedade, em Guarapuava, na divisa com Candói, o produtor rural Cicero Passos de Lacerda está colhendo resultados semeados há quatro anos, quando ele decidiu incluir a Adubação Biológica no manejo do solo. Cultivando milho, soja, trigo, feijão e aveia, o programa de Adubação Biológica MICROGEO® foi adotado em 80% da propriedade por indicação de um engenheiro agrônomo, com o objetivo de melhorar o controle das doenças como Sclerotinia, Rhizoctonia, Fusarium e aumentar os resultados da propriedade. A propriedade de Lacerda conta com três Biofábricas CLC (Compostagem Líquida Contínua®), sendo uma com capacidade para 45 mil litros e duas com cinco mil litros cada uma. “A melhora da sanidade vegetal e o ganho de produtividade foram rapidamente percebidos. Nós comprovamos isso pela comparação com a área testemunha: na área com Adubação Biológica MICROGEO®, registramos três sacos de soja a mais do que na testemunha”, contabiliza Lacerda. O agricultor enfatiza que deixou de gastar com a descompactação mecânica com o subsolador. Já a reestruturação do solo foi uma consequência do restabelecimento da biodiversidade microbiana do solo. Ele calcula que deixou de gastar cerca de R$ 80,00 por hectare, gerados pela economia de combustível, mão-de-obra e operação do maquinário. Os resultados obtidos por Lacerda podem ser explicados pelo auxílio do Adubo Biológico MICROGEO® no condicionamento das propriedades físicas, químicas e biológicas do solo graças à constituição do produto por microrganismos, nutrientes e fitormônios. “A principal vantagem desse programa está relacionada ao restabelecimento da harmonia na relação entre o solo e planta. E essa harmonia com a reestruturação física do solo se traduz em diversos ganhos na agricultura”, detalha o diretor de P&D da MICROGEO®, Paulo Antonio D’Andrea. Ensaios da Cooperativa Central Gaúcha Ltda. (CCGL Tec) atestam esses ganhos, quando analisada a reestruturação

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física do solo, houve aumento de 41% na macroporosidade, além da redução de 13% na densidade do solo, na análise com cinco culturas consecutivas com aplicação de MICROGEO®. Isto significa mais benefícios como melhor agregação, grumosidade, aeração, eficiência dos fertilizantes, densidade e, por fim, menor compactação do solo. Os estudos com o Adubo Biológico MICROGEO® ainda apontam aumento na eficiência nutricional e na produtividade. Segundo a Fundação MS para a Pesquisa e Difusão de Tecnologias Agropecuárias, foi constatado aumento de 15% no fósforo foliar e incremento de 15% na produtividade de milho safrinha em função da maior eficiência dos fertilizantes.

Como funciona o MICROGEO®? O MICROGEO® é um componente balanceado para nutrir, regular e manter a produção contínua do Adubo Biológico, o qual é produzido pelo próprio agricultor, através da instalação da Biofábrica CLC (Compostagem Líquida Contínua®), em sua propriedade, com suporte da empresa. A produção no local de aplicação é estratégica. Afinal, parte dos micro-organismos, nutrientes e metabólicos envolvidos na Compostagem Líquida Contínua® são exclusivos da localidade. Esse cuidado estimula a microbiota local essencial no condicionamento das propriedades físicas, químicas e biológicas do solo, seja para agricultura, pecuária ou reflorestamento. A Compostagem Líquida Contínua® é uma biotecnologia inovadora para a produção do Adubo Biológico pelo próprio agricultor no campo. O Adubo Biológico é aplicado via pulverização nas doses de 150 L/ha nas culturas anuais e 300 L/ha nas culturas permanentes, em qualquer temperatura, luminosidade ou mesmo umidade. Por que a compactação do solo é um fator crítico para agricultura?

O estudo “Compactação do solo: consequências para o crescimento vegetal” conduzido pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), em 2005, aponta que a compactação altera uma série de fatores que afeta o crescimento radicular, como aeração, retenção da água, resistência à penetração de raízes, podendo contribuir para a vulnerabilidade do solo à erosão. De forma subsuperficial, em decorrência do revolvimento excessivo, a compactação do solo também pode ser observada nos sistemas convencionais de preparo do solo, barrando o crescimento das raízes em profundidade. Os efeitos decorrentes da compactação do solo estiveram na composição de um outro relatório coordenado pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO). O trabalho publicou seus resultados no livro ‘Estado da Arte do Recurso Solo no Mundo’ (Status oftheworld’ssoilresources). Com a mobilização de 600 pesquisadores de 60 países, os indicadores revelaram que 30% dos solos do mundo estão degradados. A compactação é uma ameaça, que pode reduzir em até 60% os rendimentos mundiais das culturas agrícolas, além de comprometer o equilíbrio da biodiversidade do solo composta por bactérias, fungos, arqueias, vírus, protozoários, insetos, anelídeos, nematoides, algas e as próprias plantas. Práticas conservacionistas como a rotação de culturas, o plantio direto e a adubação biológica são os principais caminhos para restabelecer o equilíbrio da biodiversidade no solo e reverter os efeitos da compactação do solo, conforme propõem os autores do livro eletrônico “Microbiologia do solo” (disponível para leitura em http://www.livrosabertos. sibi.usp.br/portaldelivrosUSP/catalog/ view/109/92/461-1). Quanto maior a diversidade de espécies no solo, ele será mais rico em atividade biológica, favorecendo interações entre a população microbiana e as plantas, auxiliando na supressão de doenças.



REPORTAGEM

Mulheres do Campo

A série de reportagens Mulheres do Campo tem o objetivo de homenagear mulheres que contribuem para o desenvolvimento da agropecuária regional. As homenageadas desta edição são Rosecleia Padilha Carneiro Seguro, Anelise Dauterman Buhali, Ana Paula Ferreira Ransolin e Talita Bremm.

Rosecleia Padilha Carneiro Seguro

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ascida no distrito de Palmeirinha – Guarapuava, Rosecleia Padilha Carneiro Seguro, filha de produtores rurais, nasceu e cresceu no meio rural. Desde pequena esteve em meio aos animais criados pela sua família e tomou gosto pelo manejo do gado. Tanto que até hoje, a pecuária é sua atividade principal. Quando seu pai faleceu, Rosecleia assumiu sua propriedade. Buscando novos desafios, ela vendeu parte da herança para os irmãos e comprou uma fazenda em Laranjeiras do Sul.

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Como sempre foi acostumada com a atividade rural, mesmo não tendo nenhuma formação na área, Rosecleia não encontrou dificuldades para tocar sozinha a propriedade. Desde o início, ela optou pela pecuária de corte, fazendo cria, recria e engorda. Atualmente, faz apenas a engorda e terminação do gado. “Minha única dificuldade foi o preconceito por ser mulher. Na época, quando ia adquirir os animais sempre queriam me enrolar. Achavam que eu não tinha conhecimento”. Mas destemida, a produtora conta que sempre se manteve firme, demonstrando sua

capacidade e conhecimento da atividade. Segundo ela, felizmente, hoje essa situação mudou muito. Mais tarde, a produtora herdou mais uma propriedade na Palmeirinha, que destina ao cultivo de grãos (soja, milho e feijão). Mulher empreendedora, Rosecleia conta que já teve loja de confecção, serraria e atualmente possui uma imobiliária. “Sempre gostei de ter meu próprio negócio, mas nunca deixei de lado o meio rural. É uma atividade que vem de berço e tenho muito carinho por ela. Por isso, nunca vou deixar de lado”.


Ana Paula Ferreira Ransolin

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na Paula Ferreira Ransolin, filha de Ana e Wagner Ransolin, nasceu no meio rural, mas nem sempre teve certeza de que viver no campo era sua vocação. Precisou ir para muito longe, para perceber que a atividade estava no sangue. Formou-se em Administração e Letras-Inglês, mas não estava segura se queria seguir o mesmo caminho da família no campo. Curiosa pra saber o que o mundo poderia lhe oferecer, resolveu viajar. “Achava que tinha que achar meu lugar no mundo, fora daqui. Fui para o Chile, depois para os Estados Unidos. Em seguida, foi como se minhas raízes me chamassem. Voltei pro Brasil já com a ideia de voltar pra fazenda dos meus pais e aproveitar as áreas ociosas da propriedade”. Na época, sua mãe também estava com um plano de começar uma nova atividade para complementar a renda familiar. Na Fazenda Araras (Goioxim), as atividades principais eram a produção de grãos e pecuária de corte. “Dei muito apoio para ela e

Talita Bremm Poczynek

decidimos começar com a produção de leite. Com o tempo, me apeguei e resolvi me dedicar exclusivamente à atividade leiteira”. A partir do momento em que Ana Paula decidiu o que queria, determinada, buscou a profissionalização e modernizou a produção. “Investimos em uma leiteria nova e fui buscar conhecimento. Fiz curso de inseminação artificial, tanto que, hoje, sou eu mesma

que insemino os animais. Fiz também o Empreendedor Rural e o curso Mulher Atual, do Senar, que são ótimos para levantar a autoestima e a confiança”. Ana Paula também não deixa de utilizar seus conhecimentos adquiridos na graduação de administração para gestão da atividade. “Hoje me sinto muito satisfeita e realizada. Saí para muito longe, mas me encontrei aqui, onde sempre estive”.

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esde criança, Talita Bremm Poczynek está acostumada com a rotina do campo. Sua família sempre teve propriedade rural em Candói, tradicional na pecuária de corte. A Fazenda Candoy é considerada histórica e vem sendo passada de geração para geração há séculos. Talita nunca pensou em seguir um caminho diferente da sua família. “Quando era mais nova, morava em Guarapuava para estudar. Mas ainda na escola eu já pensava em fazer um curso que eu pudesse morar e trabalhar na fazenda. Acabei opREVISTA DO PRODUTOR RURAL DO PARANÁ

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tando pela Medicina Veterinária”. Em 2012, já formada, Talita voltou a morar na propriedade e começou a fazer mudanças na produção de carne, visando modernizar a atividade e adequá-la às necessidades do mercado. “Comecei a introduzir a raça Angus na produção, que era o que o mercado pedia e introduzi IATF na propriedade”. No início, a família foi resistente às mudanças que a jovem queria implementar, mas com jeitinho e profissionalismo, ela

conquistou seu lugar na propriedade. “Atualmente, faço a parte de reprodução, controle zootécnico, o controle administrativo da propriedade e o manejo sanitário junto com a minha mãe, além do manejo de pastagem”. Talita já é mãe de dois filhos; Mathias, o mais novo, tem apenas alguns meses, mas isso não a impede de seguir sua rotina de pecuarista e muito menos de estar se profissionalizando constantemente. Seus filhos já são conhecidos no

meio rural e estão acostumados a participar dos cursos, treinamentos e dias de campo da região. “Com apenas um mês, o Mathias foi para mangueira comigo. Precisava fazer um diagnóstico de gestação e como não tenho babá, levei junto. E ele já se acostumou, assim como a irmãzinha Maria Clara, que já está acostumada com essa rotina desde pequena. Estou buscando conciliar as atividades da fazenda e ser mãe. Está dando certo”, diz orgulhosa.

rido veio a falecer e ela precisou contar com a ajuda do filho e também assumiu a parte administrativa da propriedade. Mas Anelise conta que o que ela gosta mesmo é do trabalho no campo. Batalhadora, a produtora rural coloca a mão na massa para valer até hoje. Cheia de orgulho, ela conta que planta, colhe e faz até a pulverização. As máquinas agrícolas são suas paixões. “Dirigir um trator me deixa muito feliz”. Anelise ressalta que, apesar das dificuldades, jamais imaginou

deixar o agronegócio. “É uma atividade que tenho amor e carinho”. Mãe de dois filhos e avó de dois netos, Anelise diz que se sente realizada e sua rotina é dividida entre o campo e a família, a qual ela se orgulha de ter construído e oportunizado uma boa formação aos seus filhos (a filha Roseli é empresária e Reinhold é produtor rural). “Como mulher, sei que temos a mesma capacidade dos homens. Podemos vencer as mesmas batalhas que eles e até mais”.

Anelise Dauterman Buhali

F

ilha de imigrantes alemães, Anelise, cresceu na lida do campo. Ela e seus irmãos precisaram, desde muito jovens, batalhar na propriedade. “Fazíamos de tudo um pouco, mas aprendemos com nossos pais”. Depois de casada, ela continuou no campo, tocando a propriedade deixada como herança. “Não tínhamos funcionários na época, era só meu marido e eu”. Infelizmente, há um ano e meio seu ma-

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MAQUINÁRIO AGRÍCOLA

PLANTADEIRA

EASY RISER 3200

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roduzida em Piracicaba (SP), a nova plantadeira Easy Riser 3200, proporciona melhor qualidade de plantio, maior capacidade operacional e menor custo de operação. “Além de oferecer maior disponibilidade do equipamento, buscamos também um menor dano às sementes. Para isso, usamos o dosador de sementes Precision Planting e o dosador de fertilizante Fertisystem, que garante uma distribuição uniforme para o desenvolvimento perfeito das plantas”, comenta Marco Ripoli, diretor de Marketing de Produto da Case IH para América Latina. O novo equipamento, que pode ser configurado para até 36 linhas, tem ainda ampla capacidade de armazenamento de adubo (+25%) e de semente (+30%). Somado a isso, oferece o melhor corte de palha, com discos de 20’’ e suporte em garfo duplo, desencontro entre as linhas de 400 mm e flexibilidade para trabalhar nas mais variadas

condições de plantio. Conta ainda com menos pontos de lubrificação (apenas dois em toda a máquina), o que reduz em até oito horas por mês o tempo parado para lubrificação e permite trabalhar até 12 hectares a mais por dia. Desenvolvida dentro do conceito mundial de Agronomic De-

sign da Case IH, que visa obter os melhores resultados agronômicos, possui os rolamentos blindados e as buchas auto lubrificantes. “Dessa forma, proporcionamos maior durabilidade dos componentes da máquina e, consequentemente, uma redução no custo da operação”, finaliza Ripoli.

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TRIGO

NOVA SAFRA, OS MESMOS PROBLEMAS

Plantio no dia 7 de julho na Fazenda Palmeira, propriedade de Deodoro Marcondes

O

principal cereal de inverno do país perdeu espaço nas lavouras brasileiras. No levantamento do mês de julho a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) a retração no plantio do trigo foi de 9,1%. A perspectiva é que a produção sofra uma queda de 17,1% (1,148 milhões de toneladas) na produção do grão, em relação à safra de 6,726 milhões de toneladas colhidas no ano passado. A instabilidade do mercado foi um dos principais fatores que desestimularam os produtores a cultivar o trigo. Em abril, o Governo Federal anunciou redução de 3,6% nos valores mínimos para o trigo da safra 2017/18. Mais um fator que contribuiu para redução de áreas do cereal. No Paraná, o maior produtor de tri-

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go do país, segundo o Departamento de Economia Rural (Deral), a produção deve cair 9%. Serão 3,1 milhões de toneladas, ante as 3,4 milhões de toneladas colhidas no ano passado. Na região de Guarapuava, o cenário não foi diferente. Nos municípios atendidos pela unidade da Secretaria de Agricultura e Abastecimento (Seab) a área baixou de 60.570 hectares para 41.000 hectares. Deodoro Marcondes, produtor rural no distrito de Palmeirinha (Guarapuava), reduziu pela metade sua área de trigo. “Plantamos apenas 200 hectares esse ano”. Segundo ele, a opção por continuar plantando o grão se deu porque já possuía a semente e porque acha importante ter uma opção de cobertura no período do inverno. “Esperamos

Deodoro Marcondes, produtor rural no distrito Palmeirinha, em Guarapuava

que os preços subam e que a qualidade e a produtividade da safra passada sejam mantidas”.


Marcondes conta que em 2016 a lavoura de trigo se superou. “Tivemos uma ótima produtividade, colhendo em média 4.200 Kg/ha de trigo de boa qualidade. O clima colaborou e o desenvolvimento da cultura foi tranquilo, sem muita ocorrência de pragas e doenças. Já o preço deixou a desejar. Fizemos negócio a R$ 690,00/t, preço inclusive mais baixo do que o obtido no ano anterior”, revela. Para o produtor, o que desestimula a produção de trigo no Brasil é a falta de incentivo por parte do Governo Federal. “O trigo da Argentina entra no Brasil por um preço muito baixo, o que dificulta a nossa negociação visando preços melhores”. O produtor Guinter Estefan Duch, do Grupo Duch, no distrito de Entre Rios – Guarapuava, também reduziu sua área de trigo nesta safra de inverno 2017.“Minha área de trigo diminuiu de 62% para 46% nesta safra. Diminuímos por dois motivos: o custo elevado e o preço do trigo. Já sabemos que lucratividade o trigo não vai ter. Estamos trabalhando apenas para diluir nossos custos fixos. Se não plan-

tássemos o trigo, a soja teria que carregar tudo e o custo da safra de verão seria muito elevado”, explica. O plantio nas áreas do Grupo Duch terminou nos primeiros dias de julho. Segundo o produtor, o desenvolvimento da cultura estava indo bem até as geadas que aconteceram na segunda semana de julho. “Praticamente 70% da área foi atingida, chegando a matar a maioria das plantas pequenas. Estamos esperando para ver como vai ser o rebrote. Mas temos consciência que a produtividade será menor”, observa. O cenário no ano passado foi bem diferente, quando o Grupo Duch bateu recorde de produtividade. “O clima colaborou muito para este resultado. Minha produção média foi de 4.920 kg/ ha”. Apesar da excelente produtividade, o mercado não colaborou. “O preço não estava bom. Ainda tenho 50% da produção de trigo do ano passado estocada, a espera de um preço melhor. Obtive apenas 8% de lucratividade nos outros 50% que vendi. Deu lucro apenas devido à alta produtividade, caso contrário, não teria dado”.

Guinter Estefan Duch, produtor rural no distrito de Entre Rios –Guarapuava

Segundo Duch, outro fator negativo da safra passada foram os custos altos. “Se ano passado correspondesse a média de produtividade dos últimos cinco anos, que era de 4.020 kg/ ha, não teríamos lucro, pois o custo de produção foi muito alto, chegando a R$ 2.950,00/ha”. Para esta safra, ele prevê o mesmo custo de produção, já que, segundo o produtor, não houve redução de preços dos insumos.

Ir além na proteção é unir tecnologia Bt com Dermacor ®. Quem planta sabe: quanto maior é a proteção inicial, melhor será a sua colheita. A proteção da lavoura depende de vários fatores, mas, ao somar as duas tecnologias, Dermacor® e Bt (“intacta”), você fica muito mais protegido. Com essa união, é possível controlar diversas pragas, até as mais difíceis, como Lagarta-elasmo (Elasmopalpus lignosellus), Coró (Phyllophaga cuyabana) e Lagarta-militar (Spodoptera frugiperda), resultando no aumento de produtividade e rentabilidade.

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DuPont™ Dermacor®. Proteção para quem pensa grande. O aumento de produtividade e rentabilidade foi observado em campos experimentais, onde foi utilizado o produto Dermacor®, seguindo corretamente as informações de dosagem e aplicação. O aumento de produtividade e rentabilidade depende também de outros fatores, como condições de clima, solo, manejo, estabilidade do mercado, entre outros. Dados disponibilizados pela área de pesquisa da DuPont Proteção de Cultivos. ATENÇÃO: Este produto é perigoso à saúde humana, animal e ao meio ambiente. Leia atentamente e siga rigorosamente as instruções contidas no rótulo, na bula e na receita. Utilize sempre os equipamentos de proteção individual. Nunca permita a utilização do produto por menores de idade. Consulte sempre um engenheiro agrônomo. Venda sob receituário agronômico. Produto de uso agrícola. Faça o Manejo Integrado de Pragas. Descarte corretamente as embalagens e restos do produto. As marcas com ®, ™ ou SM são marcas da DuPont ou de afiliadas. © 2016 DuPont.

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GENÉTICA

DIA DE CAMPO DEMONSTRA POTENCIAL DO TRIGO NO PARANÁ Novas linhagens trazem maior nível de resistência às principais doenças do trigo e alto potencial produtivo em ciclos mais curtos. Trigo também é uma opção para a redução de nematóides na cultura da soja

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no a ano a pesquisa cria novas alternativas para a cultura do trigo no Brasil. São trigos mais resistentes às condições ambientais, com maior potencial de produtividade e qualidade. Os mercados que demandam o trigo produzido no Brasil são os mais variados, concentrando-se na alimentação humana onde a panificação responde por 56% do consumo, tendo ainda os mercados de massas, biscoitos e outros usos. A alimentação animal também está sendo beneficiada, desde que os programas de melhoramento deram foco a este nicho, especialmente gado de corte e leite. No Dia de Campo institucional da Biotrigo Genética, que ocorreu no dia 4 de agosto, em Apucarana/PR, as mais recentes tecnologias do segmento foram mostradas para cerca de 250 recomendantes, profissionais da indústria moageira e multiplicadores de sementes de todo estado do Paraná, São Paulo, Minas Gerais e Distrito Federal. As principais novidades para as próximas safas, TBIO Sonic, TBIO Audaz, primeiros filhos de TBIO Toruk, e TBIO Energia II foram os grandes destaques do evento. O local onde aconteceu o dia de campo é uma das 63 localidades com ensaios da Biotrigo em sua área de atuação. “Como as condições climáticas e de solo são diferentes, precisamos testar a nossa genética em vários ambientes”, explicou o gerente de experimentação da Biotrigo”, Giovani Facco. No Brasil são 47 localidades, as demais estão localizadas em países como Argentina, Uruguai, Bolívia e Paraguai.

André Cunha Rosa - diretor Biotrigo Genética

Toruk, cultivar mais semeada no Brasil na presente safra. “Tem porte baixo e excelente nível de resistência à germinação na espiga, brusone e manchas foliares e mosaico, além de apresentar excelente comportamento para bacteriose. Também se destaca pela moderada resistência ao acamamento possuindo excelente comportamento em anos mais secos”. Ela permite fazer, por exemplo, três ciclos em um ano nas regiões mais quentes onde o trigo tem menor espaço no inverno e prevalece o milho de segunda safra. Já TBIO Audaz apresenta ótimo nível de resistência à germinação na espiga e às principais doenças do trigo, como o complexo de manchas foliares, mosaico, brusone, giberela e bacteriose. “Seu gran-

Novidades no campo Um dos lançamentos, TBIO Sonic atende uma demanda do mercado por cultivares de trigo melhorador e de ciclo superprecoce. Segundo o Gerente Regional Norte da Biotrigo Genética, Fernando Michel Wagner, a linhagem possui cerca de 15 a 20 dias de ciclo a menos que TBIO

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Fernando Wagner - gerente comercial Biotrigo Genética

de destaque fica por conta do alto potencial, similar ao pai TBIO Toruk, porém com ciclo precoce (aproximadamente 10 dias a menos) além da qualidade destacada pelos mais de 80 moinhos que já testaram a cultivar”, explicou.

Novidades para alimentação animal Outra cultivar apresentada no dia de campo foi TBIO Energia II. A cultivar é classificada como trigo para outros usos e deve ser destinada para alimentação animal. Assim como o TBIO Energia I (lançado em 2016 e com maior foco na região fria), o TBIO Energia II não possui aristas, o que amplia as oportunidades da utilização do cereal para alimentação do gado de corte e de leite. “Os principais destaques da cultivar são a elevada produção de matéria verde e a sanidade foliar, além de ser 20 dias mais precoce que o TBIO Energia I”, explicou o engenheiro agrônomo e gerente de novos negócios da Biotrigo, Jorge Stachoviack. A linhagem vai acessar inicialmente as regiões mais quentes do Brasil, do Norte e Oeste pa-


ranaense até o até o Cerrado, atendendo essas regiões que têm uma grande bacia leiteira e de corte.

Trigo para a redução de nematóides Na estação de fitopatologia, um dos temas abordados foi o uso de cultivares de trigo para a redução da densidade do nematóide de galhas, auxiliando a manejar o sistema, incluindo culturas importantes, como a soja. De acordo com o fitopatologista da Biotrigo Genética, Dr. Paulo Kuhnem, atualmente esse problema tem sido manejado quase que exclusivamente com o uso de cultivares de soja resistentes. Entretanto, muitas vezes isto não é suficiente para reduzir a densidade dos nematóides no solo, sendo necessário interromper o cultivo de soja por uma ou duas safras. Porém, o trigo pode ajudar a auxiliar na redução da população no solo. “Os dados obtidos com genótipos de trigo têm mostrado que a cultura possui potencial para auxiliar o sistema de manejo a reduzir a densidade do nematóide, com valores variando de 60% a 98% de redução da população no solo, viabilizando o cultivo subsequente de soja”, explicou Paulo.

O fitopatologista também falou sobre as principais doenças desta safra. Segundo ele, o início chuvoso e quente favoreceu a ocorrência da mancha amarela da folha do trigo. No entanto, ao cessar as chuvas, a severidade da mancha amarela parou de evoluir começando a ser observada nas lavouras a presença de oídio. “O oídio leva uma vantagem em relação as outras doenças nestas condições climáticas pois o fungo causador da doença não precisa de molhamento foliar para causar a infecção e colonização. Desta forma os esporos que chegaram com o vento, ao atingirem a planta de trigo, conseguiram germinar, infectar e colonizar o tecido foliar”, finalizou Kuhnem.

Paulo Kuhnem - fitopatologista da Biotrigo Genética

Novidades em mecanização agrícola Duas estações foram voltadas para mecanização agrícola. A empresa Teejet Technologies, líder mundial em pontas de pulverização, apresentou uma tecnologia voltada especialmente para o trigo, com particularidades que atendem a arquitetura da planta. Segundo Diego Pizzaia Silva, coordenador regional da empresa, a sua utilização resulta numa deposição de gotas mais eficiente na espiga do trigo comparado às demais pontas. “Dessa forma a aplicação para o controle de doenças fúngicas que atacam essa região da planta se torna mais eficiente, por possibilitar a cobertura de toda a “espiga e ráquis” do trigo devido as características de jatos e tamanho de gotas produzidos por essa ponta”, explica. Foi também apresentada a Fertillus: uma descompactadora fertilizadora que injeta calcário (ou outro fertilizante) a profundidades de até 40 cm. O equipamento é uma grande inovação e pode contribuir muito para sustentabilidade da agricultura, conservando água e nutrientes no solo e com potencial de aumentar as produtividades de trigo, soja e milho.

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GESTÃO

A CONTABILIDADE GERENCIAL PARA PRODUÇÃO AGRÍCOLA

S

e a contabilidade rural já se mostrava importante na época das antigas cadernetas, hoje, com uma composição de custos mais complexa, dentro da porteira, e com a globalização, fora dela, medir o investimento e o retorno de cada fator de produção é um ponto que vem ganhando cada vez mais importância entre produtores. Em uma empresa que oferece a seus clientes um software para contabilidade gerencial, a Agrotis, o diretor comercial Evaldo Luís Hansaul comenta que a importância de um serviço como este é gerar as informações necessárias de uma forma mais completa e rápida. Ele considera que, no dia a dia, muito produtor acaba não contabilizando todos os gastos. A contabilidade gerencial, destaca, deve acontecer em tempo real. “O sistema vai me dar o custo de produção e uma expectativa de colheita. Posso saber a partir de quantas sacas colhidas consigo pagar o meu custo e ter rentabilidade”, disse, ressaltando que este número é o ponto de equilíbrio – um parâmetro fundamental para que uma propriedade possa ser gerenciada como empresa. “Como o produtor vai saber o ponto de equilíbrio se ele não tem o número do custo na mão?”, questiona. Entre outras possibilidades, explicou, o programa viabiliza o rateio de despesas entre diferentes centros de custos: “Consigo distribuir, por exemplo, automaticamente quanto de um pagamento de salário, foi para a soja e para o milho”. E isto é para todas as despesas, diretas e indiretas, “não só insumos, mas também despesas financei-

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Evaldo Hansaul (Agrotis): destacando tomada de decisão durante a safra

ras, folha de pagamento, depreciações, entre outros”. Porém, conforme afirmou, o mais importante a seu ver é ter estes números em tempo real: “O produtor consegue ter a tomada de decisão antes da finalização da safra, e antes do fechamento do ano fiscal, otimizando o IR a ser pago no ano seguinte”. Hansaul disse ver, entre os produtores de gerações mais recentes, uma maior abertura para a utilização de ferramentas de informática como o programa oferecido pela empresa em que atua. “Essa nova geração está entrando muito forte com esses conceitos administrativos, de cuidar da contabilidade não na caderneta. Os números têm que vir antes da produção ser concluída”, defende. Casos concretos de propriedades rurais ou empresas do agronegócio que já vêm buscando a contabilidade gerencial em tempo real, o diretor comercial afirma encontrar, hoje em dia, entre seus próprios clientes, muitos da

região de Guarapuava. O responsável pela contabilidade do grupo Karly, de propriedades rurais, sediado em Entre Rios, o contador Emerson Luis Sander relata que a empresa passou a utilizar o sistema de contabilidade gerencial mencionado por Hansaul. Em sua avaliação, a ferramenta tem sido útil por fornecer de forma imediata dados em detalhes: “É onde você apura os custos por hectare de cada atividade, por saca ou por tonelada produzida”. Ele contou que o software, utilizado já há três anos, auxilia para a realização de acompanhamento diário. “Por exemplo: no dia 1º de agosto, fechamos a contabilidade do dia 31 de julho”, comentou. “No sistema de controle gerencial de fazendas, você tem o controle de estoques, insumos, combustível, apontamento por maquinário, controle de armazenagem e romaneios de colheita”, completou. Ressaltando que a ferramenta é integrada, ele exemplifica a geração de dados em


uma contabilidade gerencial detalhada é importante para quem atua no agronegócio. Contabilizar gerencialmente, aponta, é condição para planejar: “Se você não tem um planejamento, gasta demais, não consegue ver onde está tendo o prejuízo ou lucro. No cenário econômico em que a gente vive hoje, isso é muito importante. Antes, já era. Hoje, mais ainda”. Exemplificando, ela disse que o Grupo Tateiva (Guaracampo) utiliza, como ferramenta para contabilidade gerencial, também o software da Agrotis – em duas vertentes: internamente,

para a gestão da própria organização, fazendo uso de todos os recursos do sistema, o que permite analisar custos em detalhes; externamente, o sistema, de acordo com Cláudia, é utilizado para fornecer, aos clientes (produtores que entregam produtos agrícolas para a comercialização), um relatório de suas receitas. Com estes números, concluiu, o agricultor tem em mãos uma parte importante do conjunto de dados necessários para sua própria contabilidade, independente do sistema que utilizem em suas propriedades.

Sander (contador): dados em tempo real de propriedades rurais

tempo real: “Quando chega um caminhão, carregado de produto, vindo de um talhão ‘x’, na balança, você lança no sistema e automaticamente aqui no escritório já temos esta informação, on-line, instantânea”. Em outra empresa, voltada à recepção, secagem e comercialização de grãos, e distribuição de insumos, em Guarapuava, a analista administrativa Cláudia dos Santos Burko também concorda que

Cláudia (contadora): gestão da empresa e relatório de receitas para clientes

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REUNIÃO

Diretores de Sindicatos Rurais da região discutem MP do Funrural

N

o dia 08 de agosto, o Sindicato Rural de Guarapuava sediou uma reunião com diretores de sindicatos rurais patronais da região para discutir a Medida Provisória nº 793, que cria o Programa de Regularização Tributária Rural (PRR). O PRR permite o parcelamento das dívidas do Funrural, sendo 4% do débito pagos em até quatro parcelas iguais, até dezembro de 2017. O restante pode ser dividido em até 176 parcelas mensais, a partir de janeiro de 2018. Segundo o presidente do Núcleo Regional dos Sindicatos Rurais do Centro do Paraná, Anton Gora, não há uma dívida real por parte dos produtores rurais, já

que o Funrural havia sido derrubado em 2010 pelo Supremo Tribunal Federal (STF). “Somos contra qualquer aumento de imposto ou taxa para a agropecuária em geral, pois não há mais espaço para custos. A partir das discussões da reunião, formulamos um documento oficial declarando que somos contra esta dívida, que na verdade não existe. Este documento foi enviado à FAEP”. Participaram da reunião representantes dos Sindicatos Rurais de Guarapuava,

Palestra

Graziano: sustentabilidade é uma tendência histórica Produtores rurais, profissionais e estudantes de áreas ligadas à agropecuária tiveram, dia 9 de agosto, no Centro de Eventos Vittace, em Guarapuava, oportunidade de assistir palestra de um dos nomes de relevância na reflexão sobre este setor no Brasil: Xico Graziano abordou o tema Sustentabilidade no Agronegócio. Etapa de um giro por várias cidades do Paraná, o evento foi promovido pela CBN Agro (Londrina/PR) e Rádio T, com patrocínio do Sistema FAEP, Caixa, Vittace, Atalaia Palace e Nota Paraná. Do Sindicato Rural de Guarapuava, estiveram presentes o presidente, Rodolpho Luiz Werneck Botelho, e produtores rurais associados.

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Pinhão, Prudentópolis, Laranjeiras do Sul e Pitanga, além da assessoria jurídica do Sindicato Rural de Guarapuava.

Produtores debatem lei do aprendiz no meio rural O Sindicato Rural de Guarapuava e a Organização Social Gerar promoveram no dia 10 de agosto, no anfiteatro do sindicato, reunião para produtores rurais sobre o programa Aprendiz Legal. Na ocasião, o supervisor regional da Gerar em Guarapuava, Ronny Essert, apresentou as linhas gerais do Programa Aprendiz Legal e detalhou a entidade, que atua no Paraná e em Santa Catarina para viabilizar a colocação de aprendizes em empresas nos termos da legislação. Sobre a Lei da Aprendizagem, observou que devem contratar aprendizes empresas de grande e médio porte que tenham a partir de sete funcionários. Em Guarapuava, completou, a Gerar conta atualmente com um cadastro de cerca de 1.800 jovens interessados no programa. Em entrevista após a reunião, ele disse que, no meio rural, aprendizes também têm atuado, em serviços administrativos ou em controle de estoque. Participaram da reunião, o presidente do Sindicato Rural, Rodolpho Luiz Werneck Botelho, produtores rurais, além do supervisor do SENAR-PR para Guarapuava e região, Aparecido Grosse. Mais detalhes sobre a Lei da Aprendizagem podem ser obtidos no site oficial do Programa Aprendiz Legal: site.aprendizlegal.org.br/lei


NUTRIÇÃO VEGETAL

A

TRATAMENTOS

PRODUTOS

T-01

UBYFOL 1

T03 + Ubyfol Indução

T-02

UBYFOL 2

T03 + Ubyphos+K

T-03

UBYFOL 3

T-04

CONTROLE

Potamol Plus

MS-Mn 25

Peso Mais

Padrão

Fonte: Mulinari Consultoria Agronômica, 2017

PRODUTIVIDADE (sc.ha-1) 60

54,1

52,4

52,3

T-02

T-03

50

48,8

40 30 20 10 0

T03 +

UBYFOL, multinacional brasileira com 32 anos de atuação no setor de fertilizantes especiais, destaca-se como uma das maiores e mais importantes empresas do cenário agrícola nacional, com foco em micronutrientes para pulverização foliar e tratamento de sementes/toletes. Presente em todos os estados do Brasil em parcerias sólidas, como a Guará Campo, no Paraná, a empresa também atua em países do Mercosul, América Central, Europa e África. Ao longo de sua história, a UBYFOL foi eleita a melhor empresa de Nutrição Vegetal do Brasil por diversas instituições independentes. Investindo diariamente em produtos de máxima tecnologia e alta concentração, a empresa oferece ao mercado agrícola o UBYFOL INDUÇÃO, produto desenvolvido para atender as demandas nutricionais e fisiológicas das culturas durante a fase vegetativa. Completo em sua essência, o UBYFOL INDUÇÃO é composto por Manganês, Zinco, Níquel e Molibdênio, associados a fosfitos complexados, além da tecnologia Polihexose®, quelato e complexante 100% orgânico de alta performance que confere alto poder de proteção, absorção e translocação dos nutrientes. O UBYFOL INDUÇÃO apresenta uma formulação multifuncional, ou seja, além de nutrir com micronutrientes essências ao metabolismo enzimá-

T-01

T-04

Fonte: Mulinari Consultoria Agronômica, 2017

tico vegetal (redutases, nitrogenases, hidrogenases), possui ação sistêmica que favorece a síntese de compostos fenólicos e aminoácidos aromáticos, ativando o mecanismo de defesa das plantas (fito-alexinas). Ainda, sua for-

mulação confere alta estabilidade à solução pulverizante (“calda”), com pH estável, que permite a compatibilidade com as misturas de tanque, podendo ser associado a fungicidas, inseticidas e herbicidas.

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Já estamos atendendo em novo endereço: RUA ALTAIR CYRO GUBERT, 142 (Trevo entroncamento BR 277 / PR 170) - Guarapuava - PR

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Série MF 6700 R Dyna-4 • MF 6711 R Dyna-4, MF 6712 R Dyna-4 e MF 6713 R Dyna-4 • Motor eletrônico AGCO Power de 115, 125 e 135 cv • Sistema iEGR para redução da emissão de poluentes • Design global da marca • Transmissão automática 16x16 Dyna-4 • Capacidade de levante de 4.950kg • Vazão de 98 l/s

Série MF 7200 • MF 7214, MF 7215, MF 7217 e MF 7219 • Motor eletrônico AGCO Power de 149, 155, 175 e 190 cv • Sistema iEGR para redução da emissão de poluentes • Design global da marca • Transmissão sincronizada 12x5 • Levante hidráulico de três pontos com gerenciamento eletrônico • Piloto automático de série • Memorização da velocidade de trabalho

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Colheitadeira Híbrida MF 4690 • Motor eletrônico AGCO Power de 200 cv • Sistema iEGR para redução da emissão de poluentes • Armazenamento de 5.500 litros • Vazão de 86 l/s • Sistema híbrido com 2 rotores helicoidais • Plataforma de corte caracol flexível e de milho

Colheitadeira Híbrida MF 5690 • Motor eletrônico AGCO Power de 225 cv • Sistema iEGR para redução da emissão de poluentes • Armazenamento de 5.500 litros • Vazão de 86 l/s • Sistema híbrido com 2 rotores helicoidais • Cilindros de alta inércia periférica e tríplice mancalização • Estrutura montada sob o chassi • Transmissão Dual Track

Colheitadeira Híbrida MF 6690 • Motor eletrônico AGCO Power de 265 cv • Sistema iEGR para redução da emissão de poluentes • Armazenamento de 7.000 litros • Vazão de 86 l/s • Sistema híbrido com 2 rotores helicoidais • Cilindros de alta inércia periférica e tríplice mancalização • Estrutura montada sob o chassi • Transmissão Dual Track

Colheitadeira Axial MF 9695 • Motor eletrônico AGCO Power 8.4 AW3 • Sistema SCR com Arla 32 para redução da emissão de poluentes • Potência de 360 cv (nominal) e 390 cv (máx.) • Tanque de combustível de 643 litros • Sistema de arrefecimento V-Cool • Transmissão hidrostática de 4 marchas e 4 velocidades • Sistema de separação Trident

Colheitadeira Axial MF 9795 • Motor eletrônico AGCO Power 9.8 AT3 • Sistema SCR com Arla 32 para redução da emissão de poluentes • Potência de 415 cv (nominal) e 450 cv (máx.) • Tanque de combustível de 870 litros • Sistema de arrefecimento V-Cool • Transmissão hidrostática de 4 marchas e 8 velocidades • Sistema de separação Trident

Colheitadeira Axial MF 9895 • Motor eletrônico AGCO Power 9.8 AT3 • Sistema SCR com Arla 32 para redução da emissão de poluentes • Potência de 470 cv (nominal) e 500 cv (máx.) • Tanque de combustível de 870 litros • Sistema de arrefecimento V-Cool • Transmissão hidrostática de 4 marchas e 8 velocidades • Sistema de separação Trident


CARACU

UMA RAÇA RÚSTICA, ADAPTADA NATURALMENTE AO CLIMA BRASILEIRO Na região de Guarapuava o produtor rural e empresário Odacir Antonelli é o pioneiro da raça Caracu

U

ma raça adaptada trazida para o Brasil ainda quando o país era colonial. Foi em 1553 que os primeiros animais da raça Caracu foram trazidos para cá de Portugal e da Península Ibérica. A raça tem como diferencial a sua adaptação ao clima de Guarapuava. É a única raça europeia formada no Brasil de maneira natural. De natureza adaptada, o Caracu superou todas as condições climáticas até chegar ao nível de comercialização que se tem atualmente.

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De acordo com a Associação Brasileira de Criadores do Caracu (ABCCARACU), o plantel no país, atualmente, é de 50.000 cabeças (animais puros). Sua produção está concentrada nas regiões centro e centro-oeste do país. O animal tem aptidão tanto para pecuária de corte como de leite. No Paraná, a raça é bastante encontrada em Palmas, na região sul do Estado, tanto que a sede da ABCCARACU fica no município. Já aos arredores de Guarapuava, pertencente à mesma macrorregião de Palmas, a

raça é bem pouco criada. Mas na Fazenda Rincão da Trindade, propriedade de Odacir Antonelli, localizada próxima ao distrito de Palmeirinha, em Guarapuava, o Caracu está na propriedade desde 2000. A opção pela raça, segundo o zootecnista Marcelo Antonelli Guaragni, foi justamente por não existir muitos criadores na região. “Somos pioneiros na região”, afirma. Guaragni conta que a adaptação da raça ao clima mais frio da região não foi problema para os animais, uma


Marcelo Antonelli Guaragni, zootecnista Fazenda Rincão da Trindade

grande característica desta raça. “Das raças taurinas, sem dúvida, a Caracu é a melhor adaptada ao clima tropical do Brasil”. O que leva à segunda característica bastante importante da raça: ter uma alta resistência a endo e ectoparasitos. E menos doenças significa menor custo de produção. A finalidade da raça na propriedade, atualmente, é para genética de sangue puro. O zootecnista afirma que a venda tem ocorrido para vários estados. “Já comercializamos animais para as regiões sul, sudeste, centro-oeste e norte. Muitos desses clientes utilizariam a raça para cruzamentos industriais, gerando matrizes para o triplo cruzamento ou o próprio produto final”. Outra característica que Guaragni faz questão de ressaltar é a docilidade desses animais, sendo assim, o manejo é bastante simplificado. “A condução dos animais é bastante facilitada, por isso praticamente não há estresse no manejo”. Na Fazenda Rincão da Trindade, os animais são alimentados a pasto e silagem, considerando que para

algumas categorias pode ocorrer suplementação em algum período específico, como no creep-feeding e matrizes em lactação por exemplo; mas basicamente o rebanho é mantido a pasto. De acordo com a ABCCARACU, em regime exclusivo de pasto, o peso médio das vacas fica em torno de 550 a 750 kg. Os touros pesam de 1.000 kg

a 1.200 kg. Aos dois anos, as novilhas atingem cerca de 400 kg e os bezerros de um ano atingem uma média de 300 kg. Isso, justamente pela boa habilidade materna das matrizes, como já citada. Os bezerros nascem relativamente pequenos, pesando em média 30 kg, só depois ganhando peso, o que é uma vantagem na hora do parto.

Principais características da raça Caracu: Resistência ao calor Facilidade de locomoção

Pelo curto

Facilidade de parto

Resistência a endo e ectoparasitos

Cascos resistentes, tanto para solos duros quanto encharcados

Capacidade de digerir fibras grosseiras

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LEGISLAÇÃO

Fábio Farés Decker e Luis Eduardo Pereira Sanches Aliança Legal dos escritórios Decker Advogados Associados e Trajano Neto e Paciornik Advogados

PROGRAMA DE REGULARIZAÇÃO TRIBUTÁRIA RURAL

P

or meio da Medida Provisória 793/2017, publicada em 01.08.2017, o Executivo Federal instituiu o Programa de Regularização Tributária Rural – PRR, junto à Secretaria da Receita Federal do Brasil e à Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional. Referido programa habilita a quitação, na forma do PRR, os débitos das contribuições previdenciária rural (art. 25 da Lei nº 8.212/1991), devidas por produtores rurais pessoas físicas e adquirentes de produção rural, vencidos até 30 de abril de 2017, constituídos ou não, inscritos ou não em Dívida Ativa da União, inclusive objeto de parcelamentos anteriores rescindidos ou ativos, em discussão administrativa ou judicial, ou ainda provenientes de lançamento efetuado de ofício. A adesão ao PRR ocorrerá por meio de requerimento a ser efetuado até o dia 29 de setembro de 2017 e abrangerá os débitos indicados pelo sujeito passivo, na condição de contribuinte ou de sub-rogado. O produtor rural pessoa física que aderir ao PRR poderá liquidar os débitos da seguinte forma:

I – o pagamento de, no mínimo, 4% (quatro por cento) do valor da dívida consolidada, sem as reduções previstas, em até quatro parcelas iguais e sucessivas, vencíveis entre setembro e dezembro de 2017; e II – o pagamento do restante da dívida consolidada, por meio de parcelamento em até 176 prestações mensais e sucessivas, vencíveis a partir de janeiro de 2018, equivalentes a oito décimos por cento da média mensal da receita bruta proveniente da comercialização de sua produção rural do ano civil imediatamente anterior ao do vencimento da parcela, com reduções estipuladas. As reduções deste parcelamento são: a) vinte e cinco por cento das multas de mora e de

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ofício e dos encargos legais, incluídos os honorários advocatícios; e b) cem por cento dos juros de mora. Sobre o valor de cada prestação mensal, por ocasião do pagamento, incidirão juros equivalentes à taxa referencial do Sistema Especial de Liquidação e de Custódia – Selic para títulos federais, acumulada mensalmente, calculados a partir do mês subsequente ao da consolidação até o mês anterior ao do pagamento, e de um por cento relativamente ao mês em que o pagamento for efetuado. A Secretaria da Receita Federal do Brasil e a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, no âmbito de suas competências, editarão, no prazo de até trinta dias, contado da data de publicação desta Medida Provisória, os atos necessários à execução dos procedimentos previstos O texto de lei ainda reduziu a alíquota a partir de janeiro de 2018 para 1,3%, sendo que atualmente tal percentual é aplicado em 2,1% (2% da receita bruta com a comercialização dos produtos mais 0,1%, também da receita com os produtos, para financiar casos de acidente de trabalho). O cenário político atual vigente no Congresso Nacional sugere especulações de que possam ainda haver alterações na Medida Provisória, motivo pelo qual, para aqueles produtores que optarem pela adesão ao parcelamento, entendemos ser prudente aguardar até a data limite do requerimento (29/09), pois poderão ainda ocorrer alterações. Com este enfoque a Aliança Legal entre os escritórios Decker Advogados Associados e Trajano Neto e Paciornik Advogados se colocam à disposição de Vossas Senhorias para quaisquer esclarecimentos adicionais que se fizerem necessários.


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Campo Futuro

PAINEL LEVANTA CUSTOS DE PRODUÇÃO DE GRÃOS O Projeto Campo Futuro realizou, em julho, no Paraná, reuniões do Painel Custos de Produção de Grãos. Promovidos pela Confederação Nacional da Agricultura (CNA), Sistema FAEP e Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (CEPEA), da Esalq/USP, os encontros aproximam técnicos e produtores para debater e determinar o que seria o perfil típico das propriedades rurais de uma região (área, estrutura e maquinário) e a média de investimentos necessários para suas principais lavouras. Segunda etapa de um roteiro que incluiu Castro, Cascavel e Londrina, em Guarapuava o Painel ocorreu dia 25 de julho, no Sindicato Rural, com a presença de Ana Paula Kowalski, assessora técnica de grãos da FAEP, Fernando Capello e Milena Nishikawa, ambos do CEPEA, e a participação de produtores, profissionais ligados ao campo e represen-

Ana Paula, assessora técnica de grãos da FAEP

tantes de cooperativas. “Isso dá um parâmetro de quanto eles têm de rentabilidade, de fôlego para se manter na atividade”, disse Ana Paula, explicando que o agricultor pode utilizar os dados para verificar se está conseguindo cobrir o custo da safra e se existem sobras. Ela elogiou ainda o debate: “Superamos as expectativas. Vieram

muitos produtores e de perfis muito diferentes. Então conseguimos uma coleta de informação de maior qualidade”. Conforme antecipou, o Painel terá computado o resultado do levantamento cerca de um mês após o final dos trabalhos, quando os dados são repassados aos sindicatos rurais, estando disponíveis aos produtores.

Manejo Integrado de Pragas

RESULTADOS DO CURSO INSPETOR DE CAMPO

Carlos E. dos Santos Luhm, produtor rural em Guarapuava

Flaviane Marcolin de Medeiros, engenheira agrônoma Senar (PR)

O Sindicato Rural de Guarapuava e a Regional do Senar Guarapuava promoveram, no dia 11 de agosto, um encontro para apresentar e debater os resultados do curso Inspetor de Campo em Manejo Integrado de Pragas (MIP) - Soja. A responsável pelos cursos de MIP do SENAR no Paraná, agrônoma Flaviane M. de Medeiros apresentou alguns dados das áreas em que o MIP foi aplicado na safra 2016/2017. “Os resultados foram excelentes. Conseguimos reduzir o número de aplicações em 50%. Em Guarapuava, a média de aplicações foi de apenas 1.9. Diminuindo o número de aplicações, reduzimos o custo de produção, mas a produ-

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tividade continuou a mesma”, detalhou. O diretor do Sindicato Rural de Guarapuava, produtor rural Carlos Eduardo dos Santos Luhm foi um dos participantes do curso e apresentou seus resultados no encontro. “Das quatro áreas onde fizemos o MIP na propriedade, apenas em uma foi feita aplicação de inseticida direcionada e uma vez só”. Para Luhm, o MIP ajuda o produtor a enxergar melhor o momento de aplicar o inseticida ou não. “Na terceira batida de pano, notei que a população de lagartas estava tendendo a crescer. Pensei comigo que na próxima batida de pano, eu já teria que aplicar. A surpresa foi que quando fomos fazer a

batida de pano e preparar os dados para o MIP, a população de lagartas havia diminuído e os inimigos naturais aumentaram. Na seguinte, reduziu ainda mais. Então o MIP me ajudou a enxergar que não era preciso a aplicação. Se eu não estivesse utilizando a ferramenta, comparando o que é praga e o que é inimigo natural, com certeza, naquele momento, já teria feito uma aplicação desnecessária”. As inscrições para uma nova turma de MIP já estão abertas. O curso é gratuito, direcionado a produtores e trabalhadores rurais. Interessados devem fazer inscrição no Sindicato Rural de Guarapuava pelo fone (42) 3623-1115.


ADJUVANTE SINTÉTICO

INQUIMA COMEMORA SUCESSO DO TA 35

A

INQUIMA chega aos 17 anos de Brasil, comemorando o sucesso de um dos seus principais produtos, que ao longo do tempo tem sido testado exaustivamente por diferentes Instituições Científicas: o TA35. O adjuvante sintético TA35, acompanhante de calda fitossanitária mais pesquisado e validado no Brasil, tem se destacado por disponibilizar o melhor custo-benefício e ainda, segurança agronômica inigualável. Enfrentou vitoriosamente os desafios impostos pelas adversidades do campo, que obrigaram a indústria de agroquímicos inovar constantemente. Experimentos realizados pelas Instituições demonstraram o ótimo desempenho do adjuvante associado aos fungicidas, para o controle de doenças e também para o controle de pragas e de plantas invasoras. E a sua notável compatibilidade com todos os ativos em uso pelo mercado. A presença do TA35 possibilitou, por exemplo, aplicações em condição de alta umidade relativa, seja pela presença de orvalho ou pelo excesso de chuvas, garantindo eficácia e residual do defensivo. Provou ser possível de ser usado em substituição aos óleos, quando necessário, em vários tipos de tratos culturais. Para o controle de buva e de azevém

resistentes, inclusive. E contribuiu para a redução e até a eliminação de fitotoxidades causadas por algumas moléculas químicas. A diminuição ou a eliminação da injúria é de relevância para culturas mais sensíveis, como a batata, o alho, a cebola, o feijão, o arroz, o trigo e a cevada, dentre outras. Tudo sempre avaliado e avalizado por instituições de pesquisas sérias e isentas. Somos, com certeza, uma das empresas do setor agroquímico que mais investe em pesquisas e no desenvolvimento sustentado dos seus produtos. Isso é algo imensurável para o produtor, que muitas vezes, sente-se atraído por produtos “parecidos” que dizem entregar o mesmo ou até mais, porém, sem um acervo de experimentos suficiente para isso. O principal papel de um adjuvante sintético é melhorar o ambiente do trato cultural, possibilitar aplicações em condição menos favorável, quando necessárias, e proteger o ativo das interferências ambientais (vento – sol – umidade). No entanto, é importante frisar que os ativos atuam de maneira pontual na planta (fungicidas e herbicidas) e os inseticidas sobre as pragas. Por isso, o adjuvante sintético poderá ser uma ferramenta extraordiná-

ria, positiva ou, em sentido contrário, atrapalhar e interferir na ação e no residual do tratamento. Alguns cientistas apontam que 80% dos adjuvantes existentes no mercado mais atrapalham do que ajudam. Desta forma, mais do que nunca, a magnífica rede de laboratórios criada nestes anos pelo Brasil afora possibilitou que a INQUIMA entendesse todas estas peculiaridades e pudesse fazer os eventuais ajustes para tornar o TA35 o melhor adjuvante sintético do país. Um produto desenvolvido para as condições agronômicas do Brasil. Que levou em conta o nosso clima, as diferenças regionais, as distintas culturas implantadas e os principais ativos utilizados. O resultado disso não poderia ser diferente: um produto confiável, que tem sido pulverizado em larga escala pelos nossos campos. Confira nossos últimos resultados de pesquisas e certifique-se do que estamos falando. www.inquima.com.br

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BOAS PRÁTICAS

SUSTENTABILIDADE E SEGURANÇA NO CAMPO Por meio de distribuição de manual, Grupo Pitangueiras promove boas práticas na agricultura. Por Anelize Salvagni

N

este mês de julho, o Grupo Pitangueiras disponibilizou seu Manual de Boas Práticas Agrícolas na internet. Por meio de um link (veja no box), é possível obter todo o conteúdo de forma gratuita. Além disso, todas às terças-feiras, os temas da cartilha são trabalhados no Facebook da empresa, de forma acessível e didática. “Neste material estão informações relevantes sobre uso de EPIs, qualidade de água e modalidades de aplicação, regulagem e limpeza de pulverizadores, entre outras, sempre de forma acessível e responsável, para que a mensagem seja realmente útil ao público”, explica o gerente de marketing do Grupo Pitangueiras, Marcelo Scutti. O material, que foi lançado em 2015 e passou por atualizações recentemente, é distribuído aos produtores por meio dos consultores de vendas e nas filiais do Grupo Pitangueiras (veja a lista de cidades em que a empresa atua ao final da matéria). No ano passado, ele ganhou um incremento: um adesivo para colar na pré-mistura do pulverizador. “Ele funciona como um checklist de operações, para que produtor ou aplicador não deixe para trás nenhuma norma de segurança, ou ainda, melhore a qualidade de sua aplicação”, salienta Scutti. Essas ações fazem parte do núcleo de meio ambiente e sustentabilidade do Grupo Pitangueiras, que conta ainda com o Projeto Pitanguinha, também iniciado em 2015, que visita escolas da região de atuação da empresa, levando conhecimento sobre preservação ambiental e destinação de resíduos de forma lúdica para as crianças da rede pública de ensino.

Por dentro do manual

Quem acompanha os leitores entre os conteúdos é o Pedro. É o personagem responsável pela introdução de cada tema e por salientar os principais pontos. Já no primeiro capítulo, Pedro trata

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do tema EPI – Equipamento de Proteção Individual, sua importância e forma correta de utilização. Além da lista de EPIs e suas funções, o manual traz a ordem de retirada dos mesmos e mentiras e verdades sobre o tema. Esclarece ainda as obrigações do empregado e do empregador e como deve ser conduzido o descarte dos equipamentos.

O uso da água

O segundo ponto tratado no material, e não menos importante, trata da qualidade da água de aplicação. Aqui, o produtor encontra informações sobre o pH ideal da água e como a verificação deste índice deve ser realizada. O Manual de Boas Práticas Agrícolas do Grupo Pitangueiras traz ainda informações sobre a calibração do pulverizador, a escolha correta das pontas de pulverização, segurança na preparação da calda, horário adequado para aplicação dos defensivos e muitos outros pontos de extrema relevância para o dia a dia da agricultura. “Nosso compromisso, através deste material, é difundir cada vez mais estes conteúdos. Informação significa segurança, preservação ambiental, saúde e rentabilidade”, finaliza o gerente de marketing.

Para fazer o download do Manual de Boas Práticas Agrícolas do Grupo Pitangueiras na íntegra, basta acessar http:// bit.ly/manualboaspraticas. Para acompanhar a série nas redes sociais, curta nossa página no Facebook – www.facebook. com/grupopitangueiras. Se quiser saber mais novidades sobre a empresa, siga-nos no Instagram (@grupo_ pitangueiras) e no LinkedIn (Grupo Pitangueiras).

Sobre a empresa

O Grupo Pitangueiras iniciou suas atividades em Curitiba, em 1990, como redistribuidor autorizado da Agro Bayer na região. A parceria com a companhia alemã persiste até hoje – inovação, qualidade, tecnologia estão entre os valores essenciais da empresa. Ao longo dos anos, com a abertura das lojas e das unidades de armazenamento, produtos de outros fornecedores foram incorporados ao portfólio, sempre com a preocupação de manter o alto nível de qualidade levado às lavouras. Além da busca para oferecer sempre o que existe de mais moderno no mundo dos produtos agrícolas, a empresa é comprometida também em desenvolver seus profissionais, investindo em treinamento. Consultores e pesquisadores, que são referência no agronegócio, são convidados com frequência para manter o time atualizado. As últimas novidades do mercado chegam também as clientes, de forma direta. Os Centros de Treinamento Pitangueiras (CTP) são parte dessa estratégia e reforçam esse compromisso. Colocam os agricultores em contato com o que existe de mais moderno em relação à pesquisa e com os manejos mais adaptados à região em que atuam.

Onde estamos Sede: Curitiba Lojas: Guarapuava, Ponta Grossa, Arapoti, Palmeira, Ibaiti, Irati, Candói, Wenceslau Braz. Silos: Arapoti e Wenceslau Braz. Visite nosso site:

www.grupopitangueiras.com.br


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FEIJÃO

SAFRA AUMENTA, MAS FICA ABAIXO DO POTENCIAL

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ncerrado o primeiro semestre do ano, que teve muita chuva entre abril e início de junho e muito pouca chuva no mês de julho, o feijão no Paraná, principal produtor nacional, registrou um quadro peculiar: num balanço de safras abrangendo todo o Estado e divulgado em 1º de agosto, a SEAB informava que naquele momento a cultura, com toda a área colhida, registrava produção de 339 mil toneladas. O volume, de acordo com a Secretaria, é 14% maior do que a produção obtida no mesmo período do ano passado. Mas a SEAB observa que, no entanto, o potencial da cultura inicialmente estimado pelo DERAL indicava uma safra de 455 mil toneladas. Dois fatores contribuíram para a

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No centro-sul do PR, feijão preto corresponde a 75% da safra

redução do potencial produtivo: as geadas que atingiram lavouras do sudoeste paranaense em abril e as chuvas em excesso, entre maio e junho. Em Guarapuava e região, onde o feijão é também um produto importante, a regional da SEAB, que abrange 12 municípios, informou que 2016/2017 teve volume 17% maior do que a safra anterior, com 63.480 toneladas, frente a 54.174 toneladas em 2015/2016. Este patamar, entretanto, ficou 10% abaixo do potencial estimado inicialmente pela SEAB para a cultura. Para o agrônomo Dirlei Manfio (DERAL), os números mostram também que a segunda safra não repetiu os bons patamares da primeira, devido ao clima

chuvoso, entre abril e início de junho. Conforme especificou, a primeira safra registrou área de 17.760 hectares, com produção de 35.165 toneladas. Na segunda, apesar de uma área maior, de 20.500 hectares, a colheita se mostrou menor, com 28.315 toneladas. Já os números da comercialização, destacou, apontam que o feijão, cuja qualidade depende também de temperatura e umidade, segue registrando forte oscilação nas cotações. O preço ao produtor em janeiro foi de R$ 147,00, bem acima dos R$ 119,00 de janeiro do ano passado. Mas em maio, o valor ficou em R$ 122,00, contra os R$ 150,00 de maio de 2016. Na avaliação do agrônomo, apesar


Tivemos um ano atípico, com este excesso de chuva, principalmente na época da colheita”

Dirlei Manfio, agrônomo do DERAL/SEAB

da safra março-junho ser mais arriscada do ponto de vista de clima, vários são os agricultores que nela têm buscado uma oportunidade de renda. “Tivemos um ano atípico, com este excesso de chuva, principalmente na época da colheita (da safra março-junho). A geada nem foi tão prejudicial neste ano para o feijão, porque a mais forte ocorreu após o encerramento da safra. Na colheita, quando a planta precisa de clima seco, pelo contrário, tivemos dois meses de chuvas ininterruptas”, relembrou. A REVISTA DO PRODUTOR RURAL conversou também com um dos produtores mais tradicionais do centro-sul do Paraná. Com uma trajetória de quem, com o tempo, passou do feijão-grão para a produção de semente, Roberto Eduardo Nascimento da Cunha, diretor do Sindicato Rural de Guarapuava, comentou em entrevista, dia 29 de junho, que ele segue um calendário que considera o “normal” para Guarapuava e região, começando por volta de 25 de novembro e prosseguindo plantio até 20 de janeiro. “Aqui em Guarapuava, pela média histórica, sempre é frio de março em diante. Quando a temperatura abaixa de 15 graus, o feijão para de crescer.

Ele só vai completar o ciclo de acordo com a soma térmica”, justificou. E completou: “O agricultor pode produzir normalmente se o ano for bom, não tiver problema de geada. Mas se no começo de abril der uma geada forte, acaba com o feijão. Não tem o que fazer”. No momento em que os olhares

se voltavam para a comercialização, quando o preço se torna o principal assunto do setor, o produtor afirmou ver no feijão uma cultura interessante – mas com a ressalva de que são necessários capital, planejamento, profissionalismo e presença constante no setor. Exemplo do potencial de rentabilidade, contou, foi uma de suas recentes safras: “Há cinco anos, produzi 62 sacas por hectare de feijão carioca. Vendi a 220 reais naquela época. Você não consegue ter esse tipo de receita com soja. O comércio é mais difícil? É, mas sempre tem comprador”, finalizou.

Roberto Cunha, produtor de sementes de feijão (Guayi Sementes)

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Pecuária Moderna

Bovinocultura precisa medir custos e adotar inovações

Membros do Comitê Gestor do Plano Pecuária Moderna realizaram, recentemente, reuniões em várias regiões do Paraná para debater, com agropecuaristas, a implantação da iniciativa. No dia 13 de julho, o encontro aconteceu no Sindicato Rural de Guarapuava, com a presença

do coordenador do comitê, Rodolpho L. W. Botelho; o zootecnista Guilherme S. Dias, da FAEP; o coordenador de Pecuária do Instituto EMATER, zootecnista Luiz F. Brondani; o veterinário Fábio Mezzadri, do DERAL (SEAB) e o professor Dr. Sebastião Brasil, do Laboratório de Ciências Florestais e Forrageiras da Unicentro. Guilherme Dias recordou que “quem não sabe quanto gasta não sabe quanto ganha”. Ele ressaltou que existem regiões em que há dificuldade de motivar o bovinocultor de corte a medir índices zootécnicos. Já Brondani enfatizou que, além de melhores índices zootécnicos, a moderni-

Guarapuava: comitê gestor do plano destacou a importância de se levantar números do setor

Agricultura Familiar: lançamento regional do Plano Safra 2017/2020

Guarapuava sediou, no último dia 19 de julho, no Sindicato Rural, uma das seis reuniões de lançamento regional do Plano Safra da Agricultura Familiar 2017/2020 no Paraná. Participaram instituições como Secretaria de Estado da Agricultura, EMATER, Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Estado do Paraná (FETAEP), secretarias municipais de Agricultura, além de produtores rurais.

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Agropecuaristas presentes à reunião: debate sobre relações de mercado

zação visa maior rentabilidade. Botelho reconheceu que, na pecuária, é mais difícil definir custos com exatidão, mas enfatizou ser necessário que os bovinocultores aceitem inovações em termos de gestão. Ele recordou que o plano tem representado significativos investimentos e que, para alcançar resultados, o Paraná precisa levantar informações do setor.

Conselho orienta municípios sobre segurança alimentar O Conselho Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional (CONSEA) e a Câmara Intersetorial de Segurança Alimentar e Nutricional do Paraná (CAISAN) realizaram, no dia 20 de junho, no Sindicato Rural de Guarapuava, reunião com representantes de prefeituras da região centro-sul do Estado. O encontro teve como objetivo apoiar os municípios participantes na implantação do SISAN (Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional) e na elaboração do Plano Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional. A reunião foi realizada no formato de uma oficina, conduzida pela Nutricionista e profª Maria Rita M. Oliveira, do Instituto de Biociências da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita (UNESP) e dirigida a representantes de prefeituras, como secretários municipais.

Com capacitação de gestores municipais, política nacional de segurança alimentar visa chegar ao âmbito local


MILHO

PLANTIO: ONDE TUDO COMEÇA O plantio é uma das etapas mais importantes da jornada do agricultor. É nesse momento que o produtor insere no solo o cultivo desejado. Mas para que o resultado dessa escolha seja correspondente as expectativas, algumas variáveis devem ser consideradas. Na agricultura moderna, o plantio direto a partir da dessecação antecipada exige que as boas práticas agronômicas sejam realizadas corretamente para que todas as vantagens oferecidas pelas inovações tecnológicas causem impactos positivos nas lavouras a partir da germinação até a colheita.

Dessecação antecipada Culturas de cobertura, muito importantes para o sistema de plantio direto, assim como culturas antecessoras e as plantas daninhas e voluntárias presentes no ambiente, podem funcionar como plantas hospedeiras para as principais pragas que atacam a cultura na fase inicial. Isso pode influenciar a espécie predominante e a pressão de pragas, fazendo com que, no sistema de plantio direto, a pressão de pragas na fase inicial da cultura possa ser maior quando comparada ao sistema de plantio convencional.

Portanto, mesmo apresentando inúmeras vantagens, o sistema de plantio direto requer alguns cuidados, e é nesse cenário que a dessecação antecipada se faz tão importante. Entre os benefícios dessa prática, destacam-se o controle de pragas e de plantas daninhas, a prevenção de problemas com alelopatia e matocompetição, a melhora no estande final de plantas e o potencial aumento na produtividade das lavouras. É importante ressaltar que o número de dias entre a dessecação e o plantio pode ser alterado de acordo com a cultura de cobertura e seu estágio de desenvolvimento, podendo variar entre 20 e 50 dias. O mais recomendado é que sejam feitas duas dessecações: a primeira em aproximadamente 30 dias antes do plantio, evitando assim presença de massa verde, e a segunda logo antes da semeadura, visando controlar o primeiro fluxo de plantas daninhas após a dessecação inicial.

Plantio Após a realização da dessecação antecipada de forma eficiente, a área pode receber o plantio. Para começar um bom plantio, a semeadora deve ser regulada de forma correta ainda dentro do galpão. Para o sucesso nessa etapa,

a semeadora e seus componentes devem estar em perfeito funcionamento. O primeiro ponto que deve ser observado é o sistema de distribuição de sementes. É preciso assegurar que esse sistema esteja em conformidade com o tamanho do grão. Na sequência, deve ocorrer a regulagem do sistema de distribuição. Tendo conhecimento da recomendação específica de quantidade de sementes de cada híbrido que deve ser distribuído, iniciamos a regulagem, que deve acontecer de acordo com o passo a passo:

1 – Escolher o disco e anel de plantio de acordo com a semente. 2 – Suspender semeadora e verificar se todas as partes dela estão em ordem. 3 – Medir circunferência dos pneus, verificar se todos são do mesmo modelo e possuem a mesma calibragem. 4 – Determinar a relação das engrenagens da máquina = Engrenagem motora/ Engrenagem movida. 5 – Realizar a contagem de furos do disco que passam pelo cano condutor de semente nessa relação. 6 – Escolher o número de sementes desejado, por metro linear e consequentemente por volta dos pneus. 7 – Realizar a contagem de sementes. REVISTA DO PRODUTOR RURAL DO PARANÁ

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Se for necessária alguma alteração na regulagem, proceda como no exemplo:

Nessa etapa, os seguintes pontos devem ser checados:

- Relação atual da máquina de 1,14 >Número de sementes nessa relação: 2,8/m - Necessidade de 3,7 sementes/m Engrenagem motora atual = 16 dentes Engrenagem movida atual = 14 dentes

- Posição da semente em relação ao adubo: abaixo e ao lado do grão.

2,8 ---------------1,14 3,7 --------------- X X = 1,50 1,50 x 14 = 21 = Número de dentes da nova engrenagem motora.

O solo Após a regulagem no galpão, o campo deve ser conferido. Abrindo 10 metros de sulco e realizando a contagem das sementes, é possível garantir a população recomendada. Antes de iniciar o plantio, é muito importante verificar as condições de umidade do solo. Durante o plantio, o solo não pode ficar aderido aos mecanismos da semeadora nem ao sistema limitador de profundidade. A compactação também deve ser avaliada, pois em solos muito compactados, a disposição das sementes no sulco é prejudicada, principalmente pelo excesso de torrões.

Semeando - Profundidade de semente: 3 a 5 centímetros.

- Abertura e fechamento do sulco: importante para evitar bolsas de ar no entorno da semente e impedir que os grãos fiquem expostos, prejudicando sua emergência. - Verificar o perfeito acondicionamento da semente no sulco de plantio, garantindo assim a emergência uniforme das plantas.

recem a uniformidade de germinação, minimizando o aparecimento de plantas dominadas, que impactam diretamente no rendimento final da lavoura. São três os processos principais de germinação das sementes: - Embebição: o processo de embebição e absorção de oxigênio ocorre pelas diferenças de potencial osmótico entre as sementes e o meio. - Crescimento: quando ocorre o estímulo para a síntese e atividade do ácido giberélico, no escutelo, o qual é carregado para a camada de aleurona onde são ativadas as enzimas digestivas, principalmente a alfa-amilase.

Germinação e emergência

- Divisão Celular: após o desdobramento das substâncias de reserva, notadamente o amido em compostos menores, como a frutose, é transportado até o embrião, fornecendo energia para seu crescimento.

O processo germinativo da semente acontece em condições favoráveis de umidade e temperatura, que variam entre 10ºC e 42ºC. A germinacão só é iniciada depois que o grão absorve uma quantidade de água que varia entre 30% a 40% de sua massa. Essa fase pode durar de 3 a 15 dias. A correta recomendação de população de plantas, o plantio uniforme e o vigor das sementes são pontos importantes a serem verificados e que favo-

Para a emergência, o tempo é um dos fatores mais importantes. Segundo Fornasieri (1992), o acréscimo no tempo necessário para a emergência das plantas acarreta prejuízos à produtividade da lavoura, isso porque há maior exposição das sementes ao ataque de pragas e doenças, reduzindo a população final de plantas. Além disso, os grãos também ficam suscetíveis à lixiviação de nutrientes, causada por chuvas ocorridas entre a semeadura e a emergência.

Dekalb e Agropantanal promovem Dia D VT Pro 3® A Dekalb e a Agropantanal (Grupo Pitangueiras) promoveram, dia 10 de agosto, em Guarapuava, a 3ª edição do Dia D VT Pro 3®. Reunindo 75 participantes, entre produtores e profissionais da agropecuária, o encontro abordou dois temas: uma tecnologia para milho e um aplicativo para mapeamento de lavoura. Alexandre Dessbesell, representante de desenvolvimento tecnológico da Monsanto, apresentou o híbrido VT Pro 3®. De acordo com a empresa, o material combina uma proteína Bt para a proteção da raíz contra a larva-alfinete (Diabrotica speciosa) e duas para controle das principais lagartas da parte aérea. Na sequência, o representante técnico de vendas da Dekalb, Thiago Abt, apresentou o Climate Field View™. Já utilizado nos Estados Unidos, o aplicativo permite, de acordo com ele, mapear a lavoura durante plantio, pulverização e colheita, sobrepondo os mapas gerados. Luciano Teixeira, gerente regional Dekalb Centro-Sul, ressaltou a abrangência Dia D VT Pro 3®: “Tivemos em todo o território nacional vários eventos. Agora, estamos realizando este, com a Agropantanal, que é um importante canal aqui”. Gerente da filial do Grupo Pitangueiras em Guarapuava, Marcelo Martins Pereira, disse que o momento objetivou a troca de conhecimentos: “Para o Grupo Pitangueiras, é uma satisfação muito grande ter nossos parceiros, a Dekalb, a Monsanto, trazendo informações para os nossos clientes, visando sempre o aumento de produtividade”.

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Luciano Teixeira (Dekalb), Thiago Zanco (Dekalb), Alexandre Dessbesell (Monsanto), Marcelo Pereira (Grupo Pitangueiras), Thiago Abt (Dekalb)


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MANCHETE

Evento reuniu mais de 650 pessoas em Guarapuava, Candói e Cantagalo.

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ão há o que se discutir, quando se fala da importância do agronegócio para o mundo. Afinal este setor é que produz o trigo para o pãozinho de cada dia e o café, para aquele cafezinho que pode ser tomado a qualquer hora do dia acompanhado do leite quentinho, que também é tirado diariamente pelo produtor rural. É responsável também por botar na mesa de cada um, o arroz, o feijão, a carne, as hortaliças e as frutas. Para o Brasil, a importância vai além. O setor agropecuário representa 48% das exportações totais do País, segundo a Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária (CNA). Em 2016, os produtos do agronegócio garantiram

um saldo comercial significativo ao país: foram US$ 72,5 bilhões,segundo a Agência Brasil. O setor representa quase 23% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional. Genuinamente, o Brasil é o país do agronegócio. Tem clima quente para produzir a cana-de-açúcar, tem clima frio pra produzir o trigo. A extensão gigante do país, com solo e clima diversificado, permite aos produtores rurais brasileiros produzirem um pouco de tudo. Mas aqui a vida dos agricultores não é diferente dos agricultores dos outros países. Planta e torce para chover. Depois torce para parar de chover. Torce para que a geada não caia quan-


Botelho, presidente do Sindicato Rural, recepcionou os agricultores

do os cereais de inverno estão brotando. Torce para que as doenças fiquem longe da lavoura. Fica a safra inteira torcendo e depois da colheita torce de novo para que o preço melhore. Precisa investir, se atualizar e procurar a melhor tecnologia. Foi por estes motivos que em 1960 o ex-presidente Juscelino Kubistchek, decidiu que esses heróis mereciam um dia só deles, o dia 28 de julho. E há alguns anos, o Sindicato Rural de Guarapuava, como forma de homenagear os produtores rurais associados, prepara uma grande festa em sua sede e nas extensões de base em Candói e Cantagalo. A programação deste ano, realizada no dia 28 de julho, incluiu coquetel, sorteio de brindes durante toda à tarde, brincadeiras, food trucks, confraternização e um bingo, que tinha como prêmios um quadriciclo e uma motosserra na sede, mais uma motosserra em cada extensão de base. Mais de 650 pessoas, entre produtores rurais e parceiros da entidade e da Revista do Produtor Rural do Para-

ná, prestigiaram o evento. “O Dia do Agricultor tem se tornado uma data especial dentro do Sindicato Rural. Uma data justamente para homenagear os produtores pelo seu trabalho, por sua dedicação e suor em produzir alimentos para nossa população com qualidade e preço justo. É simplesmente um dia, mas devemos homenagear o agricultor sempre, pela farta alimentação que essa classe coloca na mesa da sociedade brasileira”, destacou o presidente do Sindicato Rural de Guarapuava, Rodolpho Luiz Werneck Botelho. Botelho complementou, dizendo, que a edição deste ano teve muitas brincadeiras, brindes, troca de informações e afeto entre os produtores,

muita alegria entre os familiares e companheiros de labuta. "O evento foi um sucesso. O produtor merece muito mais do que isso, mas é uma forma singela de retribuir um pouco de todo o esforço e dedicação dele”. O vice-prefeito de Guarapuava, Itacir Vezzaro também prestigiou o evento. Para ele, o Dia do Agricultor é de extrema importância. “O agricultor, de forma geral, é que está na luta de cada dia, levando alimentação à toda população. Então, este evento do Sindicato é uma homenagem muito justa, onde o produtor pode ter uma tarde de confraternização e alegria. Isso é valorizar a classe produtora. Quero parabenizar o Sindicato Rural por esta atitude”.

Diretores durante abertura do evento em Guarapuava

Evento também homenageou jovens e sócios remidos

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Encontros, brincadeiras, alegria! Brinde foi o que não faltou para os participantes. Logo no primeiro sorteio, o associado Roni Garcia, levou uma cesta recheada de produtos, inclusive um tablet, patrocinado pela Caixa Econômica Federal. “Fiquei muito feliz com o prêmio. Gostaria de parabenizar essa iniciativa do Sindicato Rural que vem acontecendo há vários anos, pois é uma forma de incentivo para nós agricultores. Afinal, o agronegócio corresponde a quase 30% do PIB brasileiro e gera 37% dos empregos diretos e indiretos no país. Nós merecemos esta homenagem”. A associada Maria de Lourdes Tullio participa frequentemente das atividades promovidas pelo Sindicato Rural. “O Sindicato nos apoia e nos valoriza o ano todo e ainda nos oferece esse dia especial, que é sempre uma alegria participar”.

Sorteios de prêmios animaram o evento

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Roni Garcia, levou o primeiro prêmio do sorteio, patrocinado pela Caixa

Rosita Malinoski, outra associada, comentou que passou a tarde do Dia do Agricultor entre as amigas que fez há muito tempo no curso Mulher Atual, oferecido pelo Senar. “Foi uma tarde maravilhosa de confraternização, onde pudemos colocar o papo em dia. Além disso, nos divertimos muito durante todo o evento com as brincadeiras e sor-

teios de brindes. Este evento é um presente para nós, produtoras e produtores rurais”. Ocupando a mesma mesa, a associada Geny de Lacerda Roseira Lima também comentou sobre o evento: “O Sindicato Rural está de parabéns. Todos os anos é uma oportunidade ímpar participar deste evento maravilhoso, sempre muito bem organizado e animado”.

As amigas reunidas no Dia do Agricultor Geny de Lacerda Roseira Lima, Maria de Lourdes Tullio, Rosita Malinoski, Solange Ribas Cleve e Maria Dorair Cordeiro Pinto


Quadriciclo foi o grande prêmio O bingo que já está virando tradicional no Dia do Agricultor do Sindicato Rural foi bastante aguardado. Principalmente na sede, onde o maior prêmio era um quadriciclo novo. Os ganhadores do bingo em Guarapuava foram Reni Pedro Kunz (quadriciclo - patrocínio do Sindicato Rural) e Waldemar Geteski (motosserra - patrocínio da Zico Motosserras). Em Candói, Luiz Carlos Colferai (motosserra - patrocínio do Sindicato Rural) e em Cantagalo, Herculano Jorge de Abreu (motosserra - patrocínio do Sindicato Rural). O grande sortudo, Reni Pedro Kunz, preencheu toda a cartela com mais quatro ganhadores. A sorte veio duas vezes, já que ele tirou a pedra de número maior - 75. “Foi uma surpresa muito feliz. O prêmio vai ser muito útil na propriedade”, declarou. O produtor comentou ainda que ele e sua esposa, Rosenei Kunz, participam frequentemente dos eventos do Sindicato. “A entidade é bastante prestativa com seus associados. E esse evento do Dia do Agricultor é sempre muito bom. Passamos a tarde confraternizando com nossos colegas em um clima bastante agradável. O Sindicato está de parabéns”.

Os ganhadores do quadriciclo Rosenei e Reni Kunz, comemorando com a diretoria

Bingo prendeu a atenção dos produtores

Espelho Selfglass e Realidade Aumentada Esse ano, a lembrança da festa foi uma fotografia. Os participantes tiveram a oportunidade de tirar uma foto, na entrada do evento, no espelho Selfglass, para levar a lembrança para casa. No final da tarde, também puderam visualizar um vídeo do próprio evento, através da fotografia, pelo aplicativo Realidade Aumentada Brasil.

O ganhador da motosserra (patrocínio Zico Motosserras) foi o associado Waldemar Geteski

O associado Waldemar Geteski, que levou a motosserra para casa, também elogiou o evento: “Eu achei fantástico, porque o Sindicato conseguiu idealizar um evento completo. Eu, particularmente, visitei as empresas parceiras e consegui excelentes contatos para produtos de minha atividade, que é a erva-mate. Também foi uma tarde agradável que passei rodeado de amigos, com uma cuia de chimarrão e um coquetel delicioso. A premiação foi outro ponto que me chamou atenção, pois foram sorteados prêmios ótimos, o que estimulou a participação dos produtores. Me senti muito contente e gratificado com o prêmio que levei pra casa”. REVISTA DO PRODUTOR RURAL DO PARANÁ

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Em Candói, o Dia do Agricultor também ofereceu um coquetel especial, sorteio de brindes e o bingo, onde o prêmio foi uma motosserra. Na extensão de base, mais de 150 pessoas compareceram ao evento. Os convidados foram recepcionados pelo diretor do Sindicato Rural, Luiz Carlos Colferai.

Em Candói, o ganhador da motosserra foi o associado Luiz Colferai

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Fotos: Paulo Sérgio Pereira de Cristo

Candói reuniu mais de 150 pessoas


Sócios e parceiros participaram da festa em Cantagalo Fotos: Wilson Lemes dos Santos

O Dia do Agricultor em Cantagalo reuniu mais de 70 produtores rurais e parceiros ligados à entidade. Os associados Telcio Fritz e Rildo José Feltraco representaram a diretoria e recepcionaram os convidados. O ganhador da motosserra, o associado Herculano Jorge de Abreu, afirmou que procura sempre participar dos eventos e ações promovidas pelo Sindicato Rural. “Procuramos sempre estar presentes, pois são eventos muito bons. O Dia do Agricultor é um evento muito especial e todos os anos estamos prestigiando. Fiquei muito feliz deste ano ter saído com a motosserra”.

Em Cantagalo, o ganhador da motosserra foi o associado Herculano Jorge de Abreu. Na foto, sua filha Jussara Aparecida Cordeiro Abreu, com a neta Andressa Abreu Muzzolon.

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Parcerias Todos os anos, o Dia do Agricultor conta com o apoio de diversas parcerias que garantem o sucesso do evento. Neste ano,77 organizações, sendo empresas, cooperativas e entidades parceiras do Sindicato Rural e da Revista do Produtor Rural do Paraná contribuíram com a doação de brindes. Vinte e sete delas também participaram com estandes no evento.

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TRATORISTA

Mulheres no trator O Sindicato Rural de Guarapuava, em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), promoveu dos dias 8 a 11 de agosto, o curso Trabalhador na Operação e Manutenção de Tratores Agrícolas – Norma Regulamentadora 31.12, na Fazenda Cupim (Entre Rios – Guarapuava). Mas desta vez, a turma foi formada somente por mulheres. Com 10 participantes, a demanda do curso surgiu delas mesmas, funcionárias e esposas de colaboradores do meio rural. “Resolvemos fazer o curso porque caso tenhamos uma oportunidade de atuar na área, como por exemplo, fazer o transporte de maquinários, nós já estamos capacitadas”, contou a participante, Janaine Maito. Ela comentou que não viu dificuldade nenhuma em operar o trator. “A gente conversava com nossos maridos e eles diziam que ia ser complicado, ainda mais quando chegasse a parte de passar a grade na terra. Mas não vi dificuldade nenhuma”. Outra participante, Nahiara A. F. Lou-

Curso Tratorista Mulheres

renço Stotzer, comentou que além de não achar difícil operar um trator, ela gostou e pretende fazer cursos ainda mais avançados. “Quando a gente começou com a teoria, que o instrutor começou a explicar todos os botões e funções, parecia complicado. Mas quando entrei no trator, não achei. Além disso, é muita tecnologia e modernidade, o que facilita muito. Com certeza, pretendo fazer outros cursos na área, até porque temos a mesma capacidade que os homens. Podemos fazer de tudo”, disse.

Nahiara A. F. Lourenço Stotzer

Os cursos do Senar são gratuitos, destinados a trabalhadores e produtores rurais. Os interessados devem entrar em contato no 3623-1115, com a Mery, em Guarapuava; no (42) 3638-1721, com a Ana Paula, em Candói; ou no (42) 3636-1529, em Cantagalo, com Daiane.

Campo Real inaugura novo espaço para atendimento a grandes animais

Foto: Assessoria de Comunicação da Campo Real

Cláudia Gaiovis, professora e coordenadora do curso de Medicina Veterinária na Faculdade Campo Real

A Faculdade Campo Real inaugurou, no dia 3 de agosto, um novo espaço para os alunos do curso de Medicina Veterinária: o Departamento Clínico Veterinário de Grandes Animais. O local tem a intenção de ser uma oportunidade para que os acadêmicos coloquem em prática o

conhecimento adquirido durante as disciplinas. “O departamento será dividido em clínica médica, clínica cirúrgica, baias que vão alocar os animais que estarão em tratamento e também a área de reprodução. Podem ser trazidos equinos, bovinos e pequenos ruminantes para que seja

feita a coleta de sêmen dos animais. Poderá ser feita então a avaliação deste sêmen e o protocolo de transferência de embrião ou inseminação artificial”, destacou a professora Claudia Gaiovis, coordenadora do curso de Medicina Veterinária. Ela complementou ainda que “o local só agregará ainda mais qualidade ao ensino, pois os alunos poderão colocar em prática o que é aprendido em sala de aula”. O Departamento de Grandes Animais fará atendimento ao público. O espaço fica localizado na Fazenda Experimental da instituição (margens da PR 170 sentido Pinhão). Os atendimentos serão realizados de segunda à sexta-feira, das 13h30 às 17h30. Mais informações e agendamentos pelo telefone 42- 3621-5200. REVISTA DO PRODUTOR RURAL DO PARANÁ

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REVISTA DO PRODUTOR RURAL NA MIDIOGRAF

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A equipe da Revista do Produtor Rural do Paraná visitou a Gráfica Midiograf (Londrina/PR) no dia 21 de maio. O objetivo da visita foi conhecer o processo de produção da gráfica, responsável pela impressão da publicação do Sindicato Rural de Guarapuava há anos. Os jornalistas Luciana de Q. Bren, Geyssica Reis, Manoel Godoy e o diagramador Roberto Niczay (Mynd´s Comunicação) foram recepcionados pela vendedora Regiane Bertalha, que atende a Revista do Produtor Rural desde o início da parceria com a gráfica. Foi Regiane que mostrou todas as etapas da produção, desde a pré-impressão, impressão, acabamento, colagem, entre outros. A equipe também foi recepcionada pelo diretor da Midiograf, Edson Benvenho, que apresentou uma nova tecnologia que a empresa vem oferecendo aos seus clientes, a Realidade Aumentada e a Realidade Virtual. Na ocasião, Benvenho explicou que a Realidade Aumentada é uma tecnologia que permite misturar o mundo virtual com o real, possibilitando maior interação com objetos. Esta interação se dá por meio de um aplicativo nos smartphones. Ao direcionar a câmera para um papel com marcador, é possível visualizar um vídeo ou animação que complementa as informações que estão no papel. Já a Realidade Virtual é uma tecnologia que permite a imersão em 360º por meio de óculos de realidade virtual ou até mesmo pelo seu smartphone. “Foi muito interessante conhecer esse processo tão importante para a nossa publicação. A qualidade gráfica da Revista do Produtor Rural sempre

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Equipe foi recepcionada pelo diretor da Midiograf, Edson Benvenho e Regiane Bertalha

foi elogiada pelos leitores e a Midiograf está realmente de parabéns pelo trabalho. Agradecemos imensamente a Regiane e o Edson pela receptividade. Também estaremos trazendo a Realidade Aumentada para nossa publicação”, disse a editora Luciana Q. Bren. A visita à gráfica foi realizada durante a impressão da edição nº 61, especial de 10 anos da publicação bimestral do Sindicato Rural de Guarapuava.

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PESQUISA

AGRICHEM DISPONIBILIZA PESQUISADORES FOCADOS EM DIFERENTES REGIÕES DO BRASIL

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Agrichem disponibilizou mais um profissional voltado ao atendimento do produtor rural. Marcos Altomani, engenheiro agrônomo, mestre e dourando em Fitotecnia pela Esalq/SP, passa a ser pesquisador especialista Região Sul em Guarapuava. Além de atender a região, ele atenderá todo o Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. A função é nova na empresa e visa desenvolver pesquisas focadas nas particularidades da agricultura de cada região. Conheça um pouco mais deste trabalho: RPR: Marcos, como será desenvolvida essa nova função em Guarapuava e toda a região sul do Brasil? Marcos Altomani - A intenção da Agrichem é que a gente desenvolva trabalhos de manejo nutricional em culturas, com foco na região Sul. Vou ficar sediado em Guarapuava, como pesquisador, mas vou atender toda essa região. Vamos procurar as demandas dos produtores, buscando desenvolver produtos e serviços focados nessas demandas. A ideia é a de segmentação territorial. Estamos abertos a trabalhar com todas as culturas desenvolvidas nesta região. Falando de Guarapuava, sabemos que o forte é soja, milho e cereais de inverno, mas todas as outras culturas poderão ser trabalhadas nas pesquisas, de

podem vir até mim e sugerir pesquisas, falar sobre suas demandas no dia-dia na agricultura. São pesquisas focadas em desenvolvimento de produtos e serviços, mas a Agrichem também direciona parte de sua pesquisa para o conhecimento básico. Temos experimentos em marcha de absorção de nutrientes, por exemplo, e outras pesquisas básicas, envolvendo o manejo moderno da agricultura, atualizando sempre as informações.

RPR: Por que a Agrichem viu a necessidade de levar pesquisadores focados em diferentes regiões?

Marcos Altomani, pesquisador

acordo com a demanda. Meu cargo ainda envolve formulações pré-comerciais da Agrichem. O departamento de química desenvolve as formulações e vamos testando-as aqui na realidade do Sul.

RPR: De forma prática, como será desenvolvido este trabalho de pesquisa? Marcos Altomani - Pretendemos instalar vários experimentos de campo e também parcerias com universidades, como a Unicentro, que temos uma parceria há bastante tempo e outras instituições de pesquisa públicas e privadas. Vamos fazer essa rede de contatos e ensaios, explorar bastante a necessidade do produtor rural. Então, eles também

Marcos Altomani - Sabemos que a segmentação territorial é muito importante no Brasil. Temos uma realidade muito diferente no Cerrado, por exemplo, se comparado com a região Sul. Estamos com esse foco de testar formulações e produtos novos em uma abordagem multilocal. Os mesmos ensaios montados na região Sul, serão montados no Cerrado e em outros lugares para comparação de resultados. Podemos, assim, separar produtos focados em cada região, de acordo com o desempenho que obtiveram. E eu vou ficar aqui, justamente porque Guarapuava é uma região estratégica e altamente tecnificada, onde podemos aprender muita coisa. O município está em uma região central, sendo próximo de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul.

Produtividade em trigo A Agrichem, empresa do setor de nutrição vegetal, e a Agropantanal, do Grupo Pitangueiras, trouxeram a Guarapuava, no dia 20 de julho, palestra de Osmar Rodrigues, pesquisador da EMBRAPA na área de Fisiologia de Trigo e Soja. Ele apresentou fatores que influenciam na expressão do potencial genético dos materiais na lavoura. O consultor técnico comercial da Agrichem, agrônomo Vitor José Lotti, destacou que, com a palestra, Pesquisador Osmar a empresa buscou contribuir para o êxito dos triRodrigues – EMBRAPA ticultores: “Vejo que é cada vez mais importante a gente trazer especialistas para que possamos alavancar a produtividade com o produtor. O Osmar é uma pessoa renomada no segmento, principalmente na cultura”. Sobre a Agrichem, Lotti antecipou que a meta é um crescimento de vendas de 20% na região. “É um número desafiador. Mas sabemos da competência que temos”, afirmou. Gerente da Agropantanal em Guarapuava, Marcelo Martins Pereira recordou que o trigo, como outras culturas, passou por uma evolução e que eventos como a palestra visam difundir estes avanços: “O objetivo do Grupo Pitangueiras é disponibilizar, junto com nossos parceiros, novas tecnologias, inovações, que façam com que o produtor

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tenha uma rentabilidade maior dentro das culturas. Nesse caso específico, trouxemos um pesquisador para falar de uma cultura tradicional de nossa região e que no passar dos anos vem sofrendo muitas mudanças, investimentos, novos materiais”.

Evento reuniu produtores rurais e profissionais do campo, em Guarapuava


NUTRIÇÃO DE PLANTAS

MANEJO NUTRICIONAL VISANDO AUMENTO CONSISTENTE DE PRODUTIVIDADE Marcos Altomani Felipe Pozzan Eduardo Rossini (Agrichem do Brasil S.A.)

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ciência do solo avançou muito nas últimas décadas, incluindo grandes avanços na área de nutrição mineral de plantas. Apesar do progresso, há ainda um grande desafio em aplicar os conhecimentos obtidos no contexto da agricultura atual, considerando particularidades de cada microrregião e até mesmo de cada talhão das fazendas. Frequentemente, muitas conclusões na área das ciências agrárias são baseadas em resultados obtidos em curto prazo, sendo realizada uma extrapolação dos resultados para o futuro. Há muitas razões para evitar este tipo de abordagem, dentre elas, a principal consiste no dinamismo da atividade agrícola, com variações climáticas, de atributos físicos, químicos e biológicos do solo, cultivares, incidência de pragas, doenças e plantas daninhas, entre outros. Em trabalhos relacionados à fertilidade do solo e nutrição de plantas, a avaliação de resultados obtidos com diferentes tipos de manejo a longo prazo é fundamental. A “construção” da fertilidade de um solo pode ser um processo lento (principalmente em maior profundidade no perfil), com várias etapas de aprendizagem ao longo das safras e possibilidades de ajustes pontuais a cada período. Atualmente, grande parte do foco no manejo das culturas está nos fatores que reduzem a produtividade, como pragas, doenças e plantas daninhas. Isto se deve a vários motivos, dentre eles pode-se citar o maior impacto visual e a maior facilidade em quantificar as perdas ocasionadas por estes fatores. Por outro lado, fatores responsáveis por “construir” a produtividade, como o uso de sementes de alta quali-

dade, escolha correta do cultivar, data de semeadura, arranjo espacial e a precisão no manejo nutricional das plantas, em geral, são menos explorados. A fig. 1 ilustra os conceitos de produtividade atingível e explorável. O primeiro consiste em um valor teórico e inviável de ser utilizado na prática para aquela área, considerando as tecnologias e, ou, custos de produção em vigência. O segundo já é baseado em uma produtividade capaz de ser obtida com as tecnologias disponíveis e considera também custos de produção viáveis. Então, com base na produtividade atual e nas médias de produtividade obtidas nas últimas safras, pode-se definir metas coerentes de aumento do potencial produtivo para as safras subsequentes, visando alcançar a produtividade atingível. Nos últimos 20 anos, o agronegócio passou por uma revolução tecnológica, com cultivares de altíssimo potencial,

novas biotecnologias, defensivos mais seletivos e máquinas cada vez mais inteligentes. A nutrição de plantas foi por muito tempo negligenciada, e muitas vezes observamos áreas com elevada adoção de tecnologia apresentando produtividades aquém do esperado, inclusive colocando em risco a longevidade do negócio por menores rentabilidades com altos investimentos. Visando auxiliar o produtor a explorar melhor o potencial produtivo, a Agrichem iniciou em 2004 um projeto com o objetivo de entender o dinamismo da demanda nutricional dos cultivares modernos e da fertilidade do solo nas principais culturas, em diferentes microrregiões do Brasil e da América do Sul. Isto é realizado por meio de um trabalho contínuo de monitoramento e interpretação da composição mineral do solo (convencional e extrato de saturação forçada) e dos tecidos vegetais,

FIGURA 1. Definições de produtividade de uma cultura, divididas em atingível, explorável e atual. REVISTA DO PRODUTOR RURAL DO PARANÁ

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visando sempre aumentar a produtividade de maneira consistente através de adubação equilibrada. Um dos exemplos deste trabalho ocorre na Fazenda Mutuca, no município de Arapoti-PR, onde é aplicado um programa de monitoramento da fertilidade associado a recomendações de manejo nutricional há 9 anos. A fig. 2 contém dados de uma análise química recente da área (2017), com fertilidade monitorada até 100 cm de profundidade, enquanto a fig. 3 apresenta dados de crescimento médio de produtividade da fazenda desde a safra 2005/2006. O aumento médio de produtividade obtido na fazenda, apresentado na fig. 3, certamente também está associado a vários outros fatores além do manejo nutricional; porém, este com certeza auxiliou em grande parte nesta elevação consistente de patamar produtivo, atenuando oscilações climáticas, dada a capacidade do solo em suportar a planta com água e disponibilidade de nutrientes em equilíbrio, a partir de interferências precisas. Além deste, há dezenas de outras propriedades que adotam o programa de monitoramento nutricional com altos índices de retorno. Outro exemplo é a Fazenda São Carlos, em Unaí- MG, onde este programa é aplicado há 9 safras, havendo incrementos consistentes de produtividade e melhora constante da fertilidade do solo, além de maior equilíbrio nos índices nutricionais das culturas lá estabelecidas. No caso de culturas perenes, como o café, pode-se notar ganhos expressivos por conta do melhoramento progressivo da fertilidade do solo com esta ferramenta de manejo. Como exemplo, na Fazenda Padre Victor, localizada no município de Carmo do Rio Claro-MG, a média obtida nas últimas 6 safras foi de 106 scs.ha-1, com um dos talhões chegando a 144 scs.ha1. Além disso, o monitoramento preciso da fertilidade do solo e das necessidades da cultura promoveu redução de 15% nos custos com formulações NPK da fazenda. Estes casos apresentados no texto reforçam que, invariavelmente, áreas com níveis elevados de produtividade dependem em grande parte de um manejo nutricional adequado. O uso das diversas tecnologias e ferramentas desenvolvidas para aperfeiçoar este manejo deve ser incentivado, visando maior sustentabilidade e maior lucro ao produtor rural.

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FIGURA 2. Monitoramento da fertilidade do solo em diferentes profundidades na Fazenda Mutuca, no município de Arapoti-PR.

FIGURA 3. Rendimento médio de grãos das culturas de trigo e soja da Fazenda Mutuca, localizada no município de Arapoti-PR.


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42ª EXPOGUA

EXPOSIÇÃO-FEIRA AGROPECUÁRIA REUNIU PRODUTORES E LIDERANÇAS DO SETOR

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42ª Exposição-Feira Agropecuária e Industrial de Guarapuava (Expogua) foi realizada de 4 a 13 de agosto, no Parque de Exposições Lacerda Werneck. A feira, um dos maiores eventos do gênero na região, movimentou por mais um ano a economia regional, ofereceu informações técnicas sobre o agronegócio e entretenimento à população. Foram dez dias de evento, com uma programação diversificada, incluindo leilões, julgamentos de raças, palestras técnicas, praça de alimentação, pavilhão da indústria e comércio, parque de diversões, rodeios e shows. A abertura oficial ocorreu na noite do dia 4 de agosto, no Recinto de Leilões, com a presença de autoridades e lideranças do setor do agronegócio. O secretário Estadual de Agricultura e Abastecimento, Norberto Ortigara, destacou a situação favorável da agricultura paranaense e disse que a expectativa é de um crescimento ainda maior. “Os produtores paranaenses estão ficando excelentes, imitando os produtores rurais aqui da região de Guarapuava, que se destacam por sua produção em todo o Estado. Aqui é um bom exemplo de como as coisas bem articuladas, o conhecimento e a tecnologia, mesmo em condições adversas, ajudam a transformar a realidade”. O presidente do Sindicato Rural de Guarapuava, Rodolpho Botelho, entidade patrocinadora do evento, destacou o momento econômico em que o país vive. “Mais uma vez, nós vamos abrir os portões da Expogua com perspectivas interessantes, apesar do momento ser de dificuldade. Mas precisamos quebrar paradigmas, ter novas conquistas e principalmente, muita união, trabalho e seriedade. Acredito que a diversificação da produção da região e do Estado é o caminho para o aumento de produtividade, melhoria de renda para os produtores rurais e geração de riquezas para nossa região”.

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Autoridades presentes no lançamento da 42ª Expogua Denilson Baitala, presidente da Sociedade Rural

Norberto Ortigara, secretário Estadual de Agricultura e Abastecimento

Rodolpho W. Botelho, presidente Sindicato Rural de Guarapuava

O presidente da Sociedade Rural de Guarapuava, Denilson Baitala, entidade organizadora da Expogua, disse que as parcerias são fundamentais para a realização da feira. “Somente com força e a união conseguiremos continuar com esse grande evento de Guarapuava, que mostra o potencial do agronegócio da região. Agradeço o apoio de todos e desejo excelentes negócios aos nossos produtores rurais”. Também prestigiaram a solenidade de abertura, o prefeito municipal Cesar Silvestri Filho, o presidente da Acig, Rudival Kasczuk, secretários municipais, vereadores e representantes de entidades e empresas parceiras do evento.


Julgamento leiteiro abre programação técnica da Expogua

O Julgamento de Novilhas e Bezerras Leiteiras das raças Jersey e Holandesa, promovido pela Cooperativa Agropecuária Mista de Guarapuava (Coamig), foi realizado no dia 5 de agosto, abrindo a programação técnica da 42ª Expogua. Ao todo, 21 animais das duas raças foram avaliados pelo jurado Avelino Manoel Figueiredo Corrêa, médico veterinário e classificador oficial da raça Holandesa no Paraná, que atua pela Associação Paranaense de Criadores da Raça Holandesa. “É a primeira vez que fiz o julgamento na Expogua e foi um prazer. Tanto os animais da raça Jersey, quanto a Holandesa demonstraram-se espetaculares. Animais com boa caracterização das raças, mostrando que os produtores da região estão investindo em genética. Também com uma boa capacidade corporal. Estes animais, quando estiverem dando leite na propriedade, deixarão seus proprietários felizes com o resultado”. A grande campeã da raça Jersey foi a novilha Flor Event do Sítio Paiol de Telhas (Guarapuava), do proprietário Vanderley Kuachinhak. Essa não foi a primeira vez que o produtor de leite participou do julgamento e levou o

grande prêmio para casa. No ano passado, a grande campeã da raça também foi um animal de sua propriedade. “Nós temos feito um trabalho de melhoramento genético, alimentação e mantido uma forma adequada de criar o animal para manter a qualidade dentro da propriedade. Essa novilha que foi a grande campeã é uma neta de prime, o pai dela é Event e com uma mãe também de genética muito boa. Ela já vinha demonstrando resultado, tanto que foi a Grande Campeã Fêmea Jovem de Laranjeiras do Sul e aqui ela veio mostrar novamente sua aptidão leiteira”. Já a grande campeã da raça Holandesa foi a novilha Passo Escuro Aurelia Ammo (Turvo), do proprietário Thiago de Oliveira. Ele participou pela primeira vez do julgamento na Expogua e saiu bastante satisfeito com o resultado. “Temos trabalhado muito com a inseminação artificial, melhorando a genética e, principalmente, adequando a maneira de criar a bezerra para que ela seja uma boa vaca. Aprendi como cuidar bem delas, fazer com que elas tenham um arranque de maneira correta e agora rendeu os frutos, com as premiações que eu consegui”.

O vencedor da Grande Campeã da raça Jersey, produtor Vanderley Kuachinhak – Guarapuava (entregando o troféu: Edson Bastos)

Na categoria raça Holandesa, o produtor da Grande Campeã foi Thiago de Oliveira – Turvo (entregando o troféu: Denilson Baitala)

ExpoBrasil de Charolês chega a 24ª edição A 24ª ExpoBrasil de Charolês ocorreu, por mais um ano, durante a Expogua. A avaliação dos animais da raça aconteceu no dia 12 de agosto, no Parque de Exposições Lacerda Werneck. O jurado da prova foi o médico veterinário Anton Egles. A campeã de honra foi Ofelia 0734 da Estrela, da expositora Annemarie Pfann (Fazenda Estrela), que também foi a grande campeã. Já a reservada grande campeã foi Haydee do Jona, da expositora Maria Lucia C. Nascimento (Estância Joná).

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Qualidade em bovinos e ovinos Quem foi aos leilões da 42ª Expogua encontrou lotes de bovinos e ovinos que confirmaram Guarapuava como uma das melhores praças do Paraná para o pecuarista adquirir animais de qualidade. Com excelentes condições de pagamento, a comercialização ficou a cargo da Gralha Azul Remates. Confira as médias, de acordo com informação da empresa.

5 DE AGOSTO

6 DE AGOSTO

11 DE AGOSTO

12 DE AGOSTO

Leilão de Novilhas de Gado Leiteiro – COAMIG Novilhas holandesas Média por cabeça R$ 6.942,00 Novilhas jersolanda Média por cabeça R$ 5.400,00

3º Leilão Especial do Criador (Bezerros de cruzamento industrial, bois selecionados para engorda e bezerras e novilhas para recria).

4º Leilão de Ovinos Cooperaliança

Leilão Angus

1º Leilão Raças Zebuínas (Touros PO, novilhas de alta genética para cria e bezerros de cruzamento Nelore/ Tabapuã/Brahman). TOUROS TAPABUÃ Preço médio por cabeça: R$ 7.400,00 TOUROS BRAHMAN Preço médio por cabeça: R$ 7.500,00 TOUROS NELORE Preço médio por cabeça: R$ 7.500,00

BEZERROS Preço médio por cabeça: R$ 1.183,00 Preço médio por kg: R$ 5,43 Peso médio por cabeça: 221 kg BOIS Preço médio por cabeça: R$ 1.193,00 Preço médio por kg: R$ 4,68 Peso médio por cabeça: 254 kg NOVILHAS Preço médio por cabeça: R$ 1.289,00 Preço médio por kg: R$ 4,54 Peso médio por cabeça: 283 kg

Machos PO Île-de-France R$ 2.070,00 Machos PO Texel R$ 2.343,00 Machos PO Poll Dorset R$ 1.830,00 Machos SO Île-de-France R$ 1.410,00 Machos SO Texel R$ 1.545,00

Bezerros R$ 1.496,89 / R$ 6,41 kg Novilhas R$ 1.358,41 / R$ 5,20 kg Novilhas Prenhez R$ 2.375,22 Vacas Prenhez R$ 2.500,00 Touros R$ 7.666,66

Borregas Texel R$ 547,00 / R$ 11,77 kg Borregas Île-de-France R$ 536,60 / R$ 11,31 kg Borregas Hampishire Down R$ 420,00 / R$ 11,05 kg

VACAS Preço médio por cabeça: R$ 1.410,00 Preço médio por kg: R$ 3,30 Peso médio por cabeça: 426 kg

Núcleo de Criadores de Cavalos Crioulos de Guarapuava na Expogua Durante a 42ª Expogua, nos dias 12 e 13 e agosto, o Núcleo de Criadores de Cavalos Crioulos de Guarapuava (NCCCG) realizou as tradicionais provas equestres da raça. Com participação recorde de animais, ao todo 123, foram realizadas a prova morfológica, campereada e as provas infantis. “As expectativas foram totalmente superadas. Não esperávamos esta quantidade de animais. Foi a primeira Expogua que tivemos esta quantidade no parque. Além disso, foram animais de excelente qualidade, vindos até de fora do Paraná, como de Santa Catarina”, avaliou o presidente do NCCCG, Heiko Egles. O jurado Dali Hess (Associação Brasileira de Criadores do Cavalo Crioulo- ABCCC), que julgou a prova morfológica, avaliou os animais. “Quero parabenizar os criadores da região, pois eram excelentes animais, principalmente, um time de fêmea bastante importante, com exemplares que têm condições de participar de qualquer exposição do país”.

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A casa do produtor rural na Expogua Como patrocinador do evento, o Sindicato Rural de Guarapuava esteve presente mais um ano no chalé da entidade, um local para recepcionar os sócios de Guarapuava e região. Caravanas de produtores das Extensões de Base de Candói e Cantagalo foram recepcionadas na tarde do dia 5 de agosto. Cafés coloniais para sócios e parceiros também ocorreram aos sábados, durante o evento.

Johann Zuber, Denilson Baitala e Rodolpho Luiz Wernek Botelho Café colonial servido aos sócios e parceiros

Caravana de Candói

Turma Empreendedor

Caravana de Cantagalo

Na carteirinha, uma vida dedicada à agricultura Na era do imediatismo da internet, o tempo parece muitas vezes se resumir apenas ao momento presente. Mas no campo, muitas histórias individuais mostram que as propriedades rurais que hoje existem, em todo o

Brasil, foram e continuam sendo construídas com muito esforço, ao longo de décadas. Que o diga um dos agricultores que visitaram o Chalé do Sindicato Rural na 42ª Expogua, Aldo Antônio Bona, de Cantagalo, um dos municípios em

Aldo Antônio Bona, agricultor em Cantagalo

Carteirinha de associado ao sindicato é de 1980

que a entidade sindical possui extensão de base. Ao passar pelo local, no segundo dia da exposição, ele mostrou um antigo documento que traz para o presente seus muitos dias dedicados ao campo: a carteira de sócio do sindicato rural, datada do dia 8 de outubro de 1980. Produtor de soja e milho, ele disse que sua propriedade atualmente tem também pecuária e opinou que é importante realizar as duas atividades. “Ninguém tem uma terra assim que possa fazer só lavoura”, resumiu. Sobre o sindicato, observou a importância da entidade: “Para fazer uma reivindicação, tem que ser através de um sindicato. A gente, sozinho, não tem força”.

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Uma tarde com a Coamig Aproximadamente 400 crianças de escolas municipais visitaram a 42ª Expogua no dia 7 de agosto. A ação foi promovida pelo segundo ano consecutivo pela Cooperativa Agropecuária Mista de Guarapuava (Coamig), com o apoio de mulheres envolvidas no meio rural, Sindicato Rural de Guarapuava, Sociedade Rural de Guarapuava, Sicredi, BMilk e Casa da Cultura. As crianças da Escola Municipal Julieta Anciutti, Escola Municipal Benedita da Silva e Escola Municipal Dionísio Kloster Sampaio assistiram duas apresentações culturais promovidas pela Casa da Cultura de Guarapuava. Em seguida, a estrela da tarde foi a vaca Mimosa, que chamou muita atenção da criançada. Uma rápida ordenha foi realizada para mostrar aos pequenos da onde vem o leite. Ao final, as crianças receberam um lanche especial. O evento foi denominado “Uma tarde com a Coamig”. A aluna da Escola Municipal Julieta Anciutti, Marina Gonçalves Oliveira, de 9 anos, afirmou ter gostado muito do evento. “Gostei muito do teatro que contou a lenda do boi Bumbá. E nunca tinha visto uma vaca dar leite. Foi muito legal”. A professora Eva Regina Sebrenski, da mesma escola, destacou que a ação é muito interessante para as crianças. “Para elas, só o fato de saírem da escola e irem até um lugar diferente, já é interessante. E o que foi repassado para elas, sobre o folclore e essa aproximação com o

Ingrid Justino, diretora Escola Municipal Benedita da Silva

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meio rural também será aproveitado para atividades dentro de sala de aula. Então foi uma experiência muito rica”. Outro aluno, da Escola Benedita da Silva, Bruno Miguel Souza, de 8 anos, disse que já tinha visto uma vaca sendo ordenhada. “Mas gostei muito do passeio e das apresentações. Foi muito engraçado”. A diretora da Benedita da Silva, Ingrid Justino, aprovou a iniciativa. “Para a maioria dessas crianças essa é a única oportunidade de estarem aqui na Expogua. Achei muito interessante ser trabalhado esse contexto do folclore, mas mais ainda estar inserido no meio do cooperativismo, que hoje é tão importante. Estamos em meio a uma crise e desde pequenos é importante eles conhecerem sobre o cooperativismo e como ele pode nos ajudar”. Uma das organizadoras da ação social, Niura Bastos, disse que a intenção da atividade foi promover aos alunos a oportunidade de vivenciar outras realidades. “Nós sabemos o quanto é difícil para as escolas públicas promoverem atividades diferenciadas para as crianças, ainda mais sair da rotina da escola, pelo fato do próprio deslocamento. Queremos continuar promovendo esse trabalho todos os anos”, considerou.

Marina Gonçalves Oliveira, estudante

Bruno Miguel Souza, estudante

Eva Regina Sebrenski, professora Escola Municipal Julieta Anciutti

Comissão organizadora da ação social: Maria do Horto Motta, Adriana Botelho, Niura Bastos e Elisa Maria Hyczy


CICLO DE PALESTRAS

Temas para a evolução da bovinocultura Entre os vários pontos de destaque da Expogua 2017, o Ciclo de Palestras que a Cooperaliança promoveu, dia 11 de agosto, no Sindicato Rural de Guarapuava (um dos apoiadores do evento), trouxe temas diretamente ligados ao dia a dia das propriedades. Foram patrocinadores: Associação Brasileira de Angus, Agrária, Atlântica Sementes e Carga Pesada –

Apoiadores: DSM/Tortuga, Núcleo de Produtores de Bezerros de Guarapuava, Sociedade Rural de Guarapuava e Sindicato Rural de Guarapuava. A REVISTA DO PRODUTOR RURAL acompanhou o ciclo de palestra e o dia de campo. Confira:

Desafios e Perspectivas para a Bovinocultura de Corte em meio às Instabilidades de 2017 Alcides de Moura Torres Junior – “Scot” (Eng. Agr. pela ESALQ / Analista de mercado e diretor da Scot Consultoria)

Nessas décadas em que acompanhamos o mercado, vimos que só os produtores profissionais vão lograr algum tipo de sucesso, de resultado econômico da atividade. Não tanto aqui em Guarapuava, não tanto a Cooperaliança, que é muito profissional, mas no restante brasileiro, aqueles produtores extrativistas estão com os dias contados. Na verdade, eles estão empobrecendo. A pecuária, bem administrada, é tão rentável quanto o milho, a soja. Ela proporciona lucros em torno de 900 a 1200 reais por hectare”.

Princípios de Sucessão Familiar e Governança no Agronegócio

Daniel Pagotto (Eng. Agrônomo pela ESALQ e sócio-diretor da Tratto Consultoria) Uma fazenda é uma empresa. Os pilares de gestão envolvem a estratégia do negócio, o ambiente financeiro, a gestão das pessoas, os aspectos jurídicos e por fim a sucessão – tudo isso, num modelo de governança, que nada mais é do que a criação de regras e controles. A hora que envolve o patrimônio familiar, essas pessoas (sucessores), mesmo de fora, têm que ser chamadas para algumas ações envolvendo falar do caminho que está sendo buscado pelo negócio, porque essas pessoas um dia serão sócias”.

Debate / Mediador Fábio Schuler Medeiros

(Mediador: Médico Veterinário e gerente do Programa Carne Angus – Associação Brasileira de Angus-ABA [na foto, ao centro])

Uso Sustentável de Dejetos Bovinos

Jorge de Lucas Junior (Eng. Agr. e professor doutor da UNESP/Jaboticabal)

Na realidade, produzir boi é entrar no ciclo do carbono. Pegar radiação solar e, na fotossíntese, agregar carbono, energia. E um dia isso voltará ao pó, ao CO2. Julgo fundamental que, ao se estabelecer um projeto, se implante este projeto em uso compatível com os recursos naturais. Hoje, temos vários sistemas que vão até a injeção de energia na rede. Não só o uso sustentável do dejeto como adubo, ou geração de energia, na propriedade, mas alguns confinamentos com injeção na rede”.

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Bovinocultura de Corte Profissional

Lucas Farias Oliveira (Eng. Agrônomo – Gerente Técnico Nacional de Gado de Corte – DSM/Tortuga) Hoje, aproximadamente 20% das fazendas fecham no vermelho. As margens vêm diminuindo ao longo dos anos e a exigência por profissionalismo vem aumentando cada dia mais. Em que consiste o profissionalismo? Consiste em você ter bons índices da fazenda. As fazendas de sucesso são bem características: o dono está dentro do negócio e as pessoas que trabalham com ele têm atitude de dono. Então não é o olho do dono, mas é o olho de dono que engorda a boiada. A gestão do todo é que faz o negócio virar profissional”.

Case Cooperaliança – Histórico de Avaliação de Pontos Críticos na Confecção da Silagem de Milho

Ciclo se encerrou à tarde, no Cedeteg

Mikael Neumann (Eng. Agrônomo e professor doutor da UNICENTRO/ Guarapuava-Campus Cedeteg)

Um ruminante tem que mastigar o seu alimento tanto para ter uma melhor digestão quanto para a produção de saliva, que é o que mantém o ambiente estável no rúmen, gera uma melhor degradação dos alimentos e disponibilização dos nutrientes. Quando há a entrada de máquinas que tiram a silagem do silo, que misturam os ingredientes, muitas vezes elas acabam destruindo o perfil físico da silagem e diminui esta fibra longa, o que leva a uma menor produção de saliva e há uma desestabilização do PH ruminal”.

DIA DE CAMPO COOPERALIANÇA

Após o Ciclo de Palestras, a Cooperaliança realizou, dia 12, em Pinhão (PR), um Dia de Campo. Em duas propriedades, a nutrição na bovinocultura de corte esteve no centro dos debates.

Fazenda Rio Quadrado

Agropecuária Naiverth

Temas: • Histórico da propriedade • Manejo de Pastagens de Inverno • Estação Experimental de Forrageira de Inverno

Temas: • Pecuária de Recria e Engorda • Silagem – Manejo de silo, mistura e fatia de corte • Manejo e Dieta em Confinamento • Instalações • Adaptação para o Confinamento

Rodolfo Carletto – Agrônomo da Cooperaliança "A mensagem principal foi a respeito do planejamento forrageiro, pensando que cada propriedade é diferente e que, nas condições climáticas, cada ano é diferente. O produtor deve se munir de opções para tentar não ter oscilações de produtividade. Todos os cooperados podem entrar em contato comigo no momento de realizar este planejamento”.

CONCURSO CARCAÇA ANGUS

Marina Azevedo – Gerente do Projeto Bovinos da Cooperaliança “Foram muito positivos estes nossos dois eventos. Tivemos uma grande participação. Chegamos a um público de quase 200 pessoas no ciclo de palestras. No dia de campo, passamos de 100 participantes. Conseguimos o objetivo de trazer boa parte de nossos cooperados, convidados, visitantes. Queremos, a cada ano, trazer mais informações e inovações”.

Reinaldo Salvador – Diretor do Programa Carne Angus Certificada “Acompanhamos a Cooperaliança há cinco anos, quando esta parceria foi formalizada, entre o Programa Carne Angus e a cooperativa. Temos a grata satisfação de dizer que acompanhamos toda a evolução deste processo desde o seu início. Vimos o crescimento da cooperativa em termos de associados, acompanhamos a qualificação destes produtores rurais.”

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A Cooperaliança realizou, dia 12 de agosto, na Sociedade Rural Guarapuava, durante a Expogua, a entrega de troféus do Concurso Carcaça Angus 2017, voltado aos cooperados. A cooperativa e a Associação Brasileira de Angus (ABA) também comemoraram, na ocasião, cinco anos de parceria. Para marcar a data, entregaram ainda, a três cooperados que se destacaram no período, um prêmio especial: viagem à Feira Anuga 2017. Maior evento mundial de alimentos e bebidas, a feira, com 7 mil expositores, começa dia 7 de outubro em Colônia, na Alemanha.


MÁQUINAS AGRÍCOLAS

ROSCA VARREDORA Eng. Marcio Geraldo Schäfer marcio@paranasilos.com.br Representante comercial Kepler Weber

E

m função das novas necessidades de atendimento a normas de segurança e maior capacidade de transporte, a ROSCA VARREDORA, é um equipamento do pós colheita que sofreu uma renovação total em termos de produto.

Principais Mudanças: . Ampliação da capacidade de transporte de 20 para até 100 t/h. . Diminuiu a camada de cereal após uso da rosca ao máximo de 4 cm. . Segurança operacional atendendo às normas vigentes. . Não há necessidade de intervenção humana. . Permite a instalação em silos existentes.

Módulo final: O módulo final é dotado de um sistema que permite a descompactação do cereal, muito comum na borda do silo. Usando uma ponteira em caracol, serve como quebrador deste cereal compactado, permitindo avanço mais constante.

acoplamento ao acionamento:

O acionamento por motoredutor é montado dentro do silo. Fica imerso ao cereal e a ligação elétrica deve ser feita no início da operação. O acoplamento é flexível, permitindo leves desalinhamentos, evitando quebra.

Raspador: O raspador de material flexível, depois da rosca instalada deve ser regulado, de forma a fazer uma varredura no fundo do silo.

Forma construtiva: Modular com uma configuração rígida, permitindo que o equipamento permaneça submerso no cereal, não necessitando de coberturas meia cana.

Acionamento do caracol e

Trator de avanço: Este componente é responsável pelo avanço da rosca varredora em direção ao talude do cereal. Dotados de motoredutor, rodado e contra peso, este trator pode ser comandado por um quadro que percebe a necessidade de avanço de forma automática.

Automação: Consiste em quadro de comando que proporciona funcionamento automático ou assistido. No modulo automático o quadro faz a leitura da corrente elétrica do motor principal, e toma a decisão de ligar e desligar os tratores de avanço, garantindo operação de forma segura ao operador e ao equipamento. Esta medição da corrente elétrica pode ser regulada pelo operador em função do tipo e/ou compactação do cereal a ser descarregado. Este quadro por comando do operador ainda conta com possibilidade de comando de recuo da rosca, em caso de desmoronamento de produto sobre a rosca.

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UNICENTRO

EVENTO DEBATE PAPEL DO VETERINÁRIO NA VIDA PÚBLICA

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lunos do 5º ano de Medicina Veterinária da Unicentro e o Centro Acadêmico de Medicina Veterinária da universidade realizaram, dias 22 e 23 de junho, no auditório central do campus Cedeteg, a primeira edição de um evento voltado a conscientizar os acadêmicos sobre a difusão do saber técnico junto aos produtores rurais: o 1° Ciclo de Palestras da Disciplina de Extensão Rural – O Médico Veterinário na Atualidade. Além de inédita na instituição, a programação do ciclo chamou a atenção também por abordar um tema que vai além das questões técnicas, destacando o papel do médico veterinário na sociedade e na vida pública. Marcando esta abordagem, a palestra de abertura trouxe o tema “A importância da atuação do médico veterinário na política”, com Alexandre Kireeff, médico veterinário, agropecuarista, ex-presidente da Sociedade Rural do Paraná e ex-prefeito de Londrina (2012-2016). Na sequência, teve lugar a apresentação “Segurança alimentar: Agente de Inspeção de Produtos de Origem Animal”, com o médico veterinário Mirodion Santos Oliveira, do MAPA/ Paraná. No segundo dia, a programação se encerrou com o tema “O perfil ideal do médico veterinário para o mercado de trabalho”, com o técnico agrícola e economista Nedio Spiassi, supervisor na BRF (Toledo). O Sindicato Rural de Guarapuava foi um dos apoiadores do ciclo, por meio de seu setor de comunicação. Na organização do evento, o zootecnista e professor Luiz Gonzaga Pego de Macedo, falando à REVISTA DO PRODUTOR RURAL, comentou que a ideia de abordar assuntos que tocam na atualidade do Brasil partiu dos próprios estudantes, diante da atual quadro de crise no país. O professor acrescentou que outro motivo foi a visão de que os profissionais da área, atuando no agronegócio, um dos setores principais da economia brasileira, também devem participar das decisões nacionais. “O veterinário tem de ocupar

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I Ciclo de Palestras e Extensão Rural: abordagem ampla da atuação do veterinário

Kireeff: veterinário e ex-prefeito de Londrina

Evento foi promovido por alunos do 5º ano de Veterinária da Unicentro

os espaços políticos, seja na construção das leis, seja no Executivo, exercendo as tomadas de decisões”, afirmou. Também defendeu maior participação da classe, o convidado para a palestra de

Professor Luiz Gonzaga: um evento para conscientizar

abertura, Alexandre Kireeff: “Especialmente nos últimos 10 anos, o setor agropecuário se tecnificou e ganhou importância econômica tanto internamente quanto externamente. Naturalmente, os profissionais da área deverão ocupar espaços de destaque nos ambientes públicos como consequência da importância que o setor adquiriu. De uma certa forma, participei desse processo, como médico veterinário, como produtor rural, participando da política classista e finalmente exercendo um cargo público”. Ainda na opinião do veterinário e agropecuarista, a presença de profissionais do setor rural na política contribui para que o segmento seja melhor compreendido. “A percepção pública do setor agropecuário acaba por ser fortalecida desta maneira. Porque tem representantes legítimos participando do processo e com a compreensão, em grande nível de profundidade, do setor agropecuário”, concluiu.


SENAR-PR

Herdeiros do Campo Curso aponta caminhos para sucessão na propriedade rural

O

curso Herdeiros do Campo, promovido pelo SENAR-PR, com apoio do Sindicato Rural de Guarapuava, encerrou-se no mês de julho. A iniciativa, uma inovação, foi voltada a produtores rurais da agricultura e da pecuária, tendo por objetivo ajudar as famílias a realizar, com mais segurança, a passagem de comando das propriedades, das gerações mais experientes para as mais novas. Em cinco encontros, na entidade sindical, o programa abordou temas como Sucessão e Governança na Empresa Rural, Visão Estratégica, A Empresa Rural e seus Cenários, Mediação de Conflitos e Planejamento Sucessório. No quarto encontro, o curso trouxe a participação do consultor do Sistema FAEP, o ex-secretário de Agricultura do Paraná, Antônio Leonel Poloni, que destacou a importância de se abordar a sucessão. Na ocasião, Poloni conversou com a REVISTA DO PRODUTOR RURAL. Enfatizando que o Herdeiros do Campo precisa da presença e do

diálogo entre pelo menos duas gerações de produtores rurais, o consultor assinalou que o curso não visa decidir pelos participantes como deve ser a sucessão especificamente nas suas propriedades, mas busca indicar pontos importantes para este processo. Capacitação e planejamento, reforçou, são tão necessários quanto o diálogo para se promover não apenas a continuidade, mas uma “continuidade com competência”. Poloni comentou que, com planejamento, “o grau de continuidade e de êxito da empresa rural é

3º Encontro: cenários

4º Encontro: mediação

Antônio Poloni, consultor da FAEP

maior”, eliminando-se as perdas e também os conflitos familiares. “A discussão sobre sucessão vai acontecendo normalmente entre as pessoas e elas também buscam um gestor da propriedade, da empresa, dentre elas, que tenha melhores condições de ter sucesso no empreendimento para que todos ganhem coletivamente”, concluiu.

Último encontro O quinto e último encontro do Programa Herdeiros do Campo se dedicou a uma revisão de tudo que foi debatido nos encontros anteriores. Além disso, o instrutor Luiz Antonio Tiradentes, ressaltou que o encontro focou em definir o plano de ação para o planejamento sucessório. “Foi um momento dos participantes pensarem nas fragilidades pensando em relação a esse planejamento sucessório futuro, em três dimensões: propriedade, que é o patrimônio; o relacionamento da família; e a gestão da propriedade. Então foi preciso definir ações nesses três níveis”. Após o último encontro as famílias participantes também tiveram uma consultoria individualizada. Cada família teve direito a duas hora de consultoria. Avaliando a primeira turma do programa, Tiradentes afirmou que “o aproveitamento da turma foi o melhor possível. Os participantes já tinham uma visão de planejamento sucessório e responderam muito bem a todas as atividades propostas durante o curso”.

Luiz Tiradentes, instrutor do SENAR-PR

5º Encontro: planejamento e revisão

Consultoria individuais por família REVISTA DO PRODUTOR RURAL DO PARANÁ

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HOSPITAL SÃO VICENTE

5ª EDIÇÃO DO ARRAIÁ FOI A MAIS CONCORRIDA

M

ais uma vez, Guarapuava demonstrou seu apoio ao Hospital São Vicente de Paulo: a edição 2017 do Arraiá do hospital, uma festa julina anual com objetivo de arrecadar recursos para a instituição de saúde, superou as expectativas. Realizado pelo hospital com diversos apoios, no Parque de Exposições Lacerda Werneck, o evento recebeu um público de todas as idades, que aproveitou o fim de semana dos dias 8 e 9 de julho, para conferir os tradicionais atrativos da culinária popular típica desta época do ano, além da animação do som de músicos locais e regionais. Mas o ponto alto da festa aconteceu, como já é tradição, no início da noite, com a realização do Bingo, que neste ano ofereceu como prêmios uma bicicleta, uma moto e um carro. O Sindicato Rural de Guarapuava atuou como um dos patrocinadores do evento. Abrindo a etapa mais esperada da festa, estiveram presentes, em nome do hospital, Eurípio Rauen, Huberto José Limberger e Marisa de Fátima Lima. Limberger destacou a importância da solidariedade de Guarapuava e região para com o São Vicente. No bingo, as pedras foram sorteadas pelo presidente da Sociedade Rural, Denilson Baitala. Após o sorteio e o anúncio dos ganhadores, em entrevista, Limberger considerou o evento deste ano como o mais visitado: “Queremos agradecer muito ao povo de Guarapuava, que sempre foi e é solícito. Todo mundo sabe que saúde é uma luta diuturna, com muitas dificuldades. Estamos muito felizes, porque a nossa festa deste ano foi a mais concorrida e o bingo foi um sucesso verdadeiro”.

Na edição deste ano, evento arrecadou recursos para centro cirúrgico do hospital São Vicente, em Guarapuava

Ele contextualizou ainda o papel do hospital em nível local e regional: “Temos 520 funcionários e mais de 110 médicos, que fazem por mês mais de 700 cirurgias”. Por mês, segundo ele, passam pelo ambulatório e pelo pronto socorro da instituição mais de 7 mil pessoas. “Atendemos mais de 20 municípios, todos eles da 5ª Regional de

Saúde de Guarapuava”, acrescentou, observando também que o hospital atua nas especialidades de oncologia, neurologia e em cardiologia. Ele antecipou que os recursos arrecadados este ano no Arraiá terão uma destinação específica: “Vamos reformar o Centro Cirúrgico, construindo mais duas salas cirúrgicas”.

BINGO DO ARRAIÁ – GANHADORES A entrega oficial dos prêmios do bingo do Arraiá ocorreu dia 18 de julho, na Sociedade Rural (Fonte das informações: Hospital S. Vicente) 1º PRÊMIO – BICICLETA Cartela 04732 Valtemiro Nunes Ramos Cartela 03237 Zanoni Camargo Buzzi Cartela 06715 Irene Rosenberger

2º PRÊMIO – MOTO Cartela 00704 Marcos A. Caetano Eurípio Rauen, Marisa de Fátima Chemeres de Lima, Huberto Limberger, Viviane Ribas, Denílson Baitala (Sociedade Rural) e Débora Schinemann

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3º PRÊMIO – CARRO Cartela 04508 Renilton Moreira


PECANICULTURA

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL CRIA CÂMARA SETORIAL DA NOZ-PECÃ Engenheiro Agrônomo MSc. Julio Cesar F. Medeiros CREA 15.364-D - Eng. Agrônomo pela UFSM, especialista em Plantio Direto pela UPF, com mestrado em Desenvolvimento Regional pela UNISC Responsável Técnico Viveiros Pitol JMedeiros Consultoria em Agronomia – jmedeiros@pannet.com.br

A

cadeia de produção de noz-pecã deu um importante passo neste ano, que foi a criação, no estado do Rio Grande do Sul, de um Programa de Governo especificamente voltado para o incentivo à cultura. O Programa Estadual de Desenvolvimento da Pecanicultura – Pró-Pecã foi lançado em 2017, durante a Fenasul / Expoleite, junto com a instalação da Câmara Setorial da Noz-Pecã. Seu principal objetivo é aumentar a área cultivada e a produção de frutos de noz-pecã, gerando emprego e renda no meio rural e incentivando as agroindústrias de beneficiamento e fornecedores de equipamentos para essa cadeia produtiva no Estado do Rio Grande do Sul. A estratégia principal do Programa é a parceria entre Secretarias de Governo do Estado, Prefeituras Municipais, Emater/RS, Ministério da Agricultura, Embrapa, universidades, produtores rurais,

viveiristas, industriais, bancos e demais instituições públicas e privadas envolvidas com o setor. Segundo dados divulgados pela Secretaria de Agricultura do RS – SEAPI, no estado do Rio Grande do Sul existem cerca de mil produtores que cultivam 3.500 hectares em diferentes regiões. A Secretaria pretende fazer um cadastro das áreas de produção de noz-pecã, a fim de elaborar um planejamento estratégico para os próximos 15 anos. O Pró-Pecã tem como finalidade criar uma rede de integração e cooperação entre governo, produtores e demais representantes da cadeia produtiva. Os parceiros do programas são Pecanicultores, Viveiristas Indústrias, Secretaria de Agricultura, Pecuária e Irrigação; Secretaria de Desenvolvimento Rural; Emater/ RS; Embrapa; Ministério da Agricultura; Prefeituras Municipais e Universidades. Já no primeiro encontro da Câmara Setorial foram discutidas e encaminhadas

algumas questões importantes, como a inclusão da cultura em linhas de crédito adequadas para este cultivo, a busca de registro de produtos para controle de doenças e pragas e as alternativas de ampliação do mercado interno e externo. Com a finalidade de dar mais agilidade ao encaminhamento das diversas questões de interesse do segmento, foi formado um Comitê Gestor, com a participação da Secretaria de Agricultura, EMATER-RS, EMBRAPA Clima Temperado, Universidade Federal do RS, além dos Viveiros Pitol, Pecanita e Divinut. Esta iniciativa inédita poderá servir de exemplo para outros estados, como o Paraná, onde o cultivo de noz-pecã já apresenta importância do ponto de vista econômico, pois a área plantada vem crescendo significativamente ano a ano, dada a alta rentabilidade do cultivo e o grande mercado consumidor interno e externo.

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COOPERATIVA DE CRÉDITO

SICREDI PLANALTO DAS ÁGUAS COMPLETOU 34 ANOS EM AGOSTO Em agosto, a cooperativa de crédito e investimento Sicredi Planalto das Águas PR/SP, completou 34 anos de fundação

Na foto, o Presidente Adilson Primo Fiorentin e o diretor executivo Valmir Dzivielevski, comemoram, durante a reunião de Prestação de Contas no município de Santa Maria do Oeste, junto com coordenadores de núcleo e colaboradores da agência local, o 34o aniversário da cooperativa.

A

Sicredi Planalto das Águas PR/SP foi constituída em 10 de agosto de 1983, por 32 sócios fundadores, com a denominação de CREDIPUAVA, que tinha como principal objetivo suprir a necessidade de união entre os agropecuaristas que buscavam o fomento das suas atividades na região de Guarapuava/PR. Em meados de 2011, após várias inaugurações de estruturas físicas, ampliação significativa do quadro de associados (mais de 9 mil) e já administrando um volume significativo de recursos, a então Sicredi Terceiro Planalto

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PR, conquistou um dos grandes marcos da sua história: a livre admissão de associados, que possibilitou tornar-se verdadeiramente a instituição financeira de toda a comunidade. No final de 2015, saiu a liberação por parte do Banco Central do Brasil para atuar no estado de São Paulo (16 municípios do noroeste paulista), a partir de um projeto de expansão da sua área de responsabilidade, junto a este fato, houve também a troca do nome da cooperativa para Sicredi Planalto das Águas PR/SP. No final de 2016, além de várias reinaugurações de agências expondo a nova marca Si-


credi e oferecendo aos associados espaços mais amplos e aconchegantes, foi realizado também um dos maiores marcos históricos da cooperativa desde a sua fundação, que foi a inauguração da primeira agência no estado de São Paulo. A agência de Votuporanga foi inaugurada no dia 25 de novembro de 2016. Neste período, a cooperativa contava com mais de 15,5 mil associados e R$ 183,5 milhões de recursos administrados, atuando em 8 dos 14 municípios da sua área de responsabilidade no estado do Paraná (Guarapuava – Agência Guarapuava inaugurada em 21 de fevereiro de 1984; Candói inaugurada em 07 de abril de 1997; Pinhão inaugurada em 01 de março de 2000; Pitanga inaugurada em 02 de setembro de 2001; Santa Maria do Oeste inaugurada em 02 de janeiro de 2002; Manoel Ribas inaugurada em 15 de agosto de 2004; Guarapuava – Agência Portal do

Lago inaugurada em 05 de novembro de 2004; Palmital inaugurada em 12 de julho de 2007; Turvo inaugurada em 02 de abril de 2009 e Guarapuava – Agência Entre Rios inaugurada em 29 de janeiro de 2011) e o primeiro dos 16 municípios da sua área de responsabilidade no Noroeste Paulista liberada inicialmente pelo Banco Central (Votuporanga). Para o presidente da Sicredi Planalto das Águas PR/SP, Adilson Primo Fiorentin, relembrar a história da cooperativa é motivo de orgulho. “Todos que conhecem detalhadamente a história desses 34 anos de existência da nossa cooperativa, sabem as dificuldades e a quantidade de obstáculos que tivemos que superar para chegar aos bons resultados de hoje. Gosto de comparar o cenário de alguns anos atrás e olhar para os dias de hoje com o sentimento de orgulho por fazer parte dessa história”, frisou.

Atualmente a cooperativa conta com mais de 16 mil associados, em torno de R$ 270 milhões de recursos administrados e está presente com onze agências em pleno funcionamento, na região central do estado do Paraná e no Noroeste Paulista. “Para se alcançar tais números e cifras foi necessário o empenho de todos, por isso, no mês de aniversário da Sicredi Planalto das Águas PR/SP, só tenho a agradecer os nossos mais de 140 colaboradores, os membros do conselho fiscal e de administração, nossos diretores e, principalmente, nossos associados. Parabéns a todos que fazem parte desta história!”, comentou Adilson Fiorentin. Como parte do projeto de expansão da cooperativa, para o final de 2017, estão programadas novas reinaugurações e o início de negociações para abertura de novas agências no Noroeste Paulista.

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EFEITO DA TEMPERATURA NA BIOLOGIA DA CIGARRINHA DO MILHO DALBULUS MAIDIS 160 140

Período (dias)

120 100 80 60 40 20 0

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Temperatura (ºC) Período Ninfal Fonte: Waquil, 2004

ASPECTOS BIOLÓGICOS DA PRAGA DALBULUS MAIDIS Período ninfal 15 a 17 dias Período embrionário 8 a 10 dias

Ciclo biológico 23 a 27 dias

Adulto Fonte: Dupont Pioneer

Longevidade de adultos

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MEDIDAS DE MANEJO E CONTROLE DE INSETOS VETORES

2º 1º

Identificação correta da praga. A capacidade de disseminação e dano são diferentes para cada valor.

Conhecer o risco potencial da área. Cultura anterior e presença de outras fontes de vetor.

Adotar medidas preventivas que minimizam o problema. Evitar o plantio quando o estágio crítico da cultura coincide com o pico populacional da praga.

Conhecer o nível de resistência dos híbridos, que varia para cada genótipo.

7º 3º

4º 5º

Fonte: DuPont Pioneer

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Controle químico com inseticidas, embora os maiores benefícios estão ligados com as práticas de manejo cultural.

Os danos são mais severos, quando a infestação ocorre no estabelecimento da cultura. Medidas de controle na fase inicial, além de proteger o período mais crítico, evitam o aumento do vetor para estágios subsequentes.

Manter o monitoramento e controle desde a germinação até o florecimento. Infestações recorrentes intensificam tanto os danos diretos como indiretos.

As marcas com ®, TM ou SM são marcas e marcas de serviço da DuPont, Pioneer ou de seus respectivos titulares. © 2017 PHII


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REGIÃO

SINDICATO RURAL DE PITANGA EM AÇÃO Nos meses de julho e agosto, o Sindicato Rural de Pitanga teve uma agenda bem cheia. Reuniões e eventos foram realizados com a intenção de discutir assuntos pertinentes à classe rural da região. Confira os eventos realizados: Reunião de diretoria No dia 5 de julho, a diretoria da entidade se encontrou para a reunião mensal, sob a coordenação do presidente do Sindicato Rural, Luiz Carlos Zampier. Foram discutidos diversos assuntos, como o planejamento dos eventos, viagem técnica à Expointer, que aconteceu no final de agosto, a segurança pública em Pitanga e região no meio urbano e rural e a construção do Centro de Eventos e Exposição e Recinto de Leilões em Pitanga. Em relação ao Centro de Eventos, Zampier conta que os projetos da construção já estão finalizados. “Agora estamos esperando a liberação do IAP para começarmos a fazer a limpeza e a terraplanagem da área. E já elegemos também uma comissão que irá tratar sobre essa construção”. O Centro de Eventos será construído à beira da rodovia na entrada da cidade. “O objetivo é suprir uma demanda do município, já que não temos nenhum espaço grande para eventos. O local terá espaço para 600 pessoas sentadas, para festas de aniversários, casamentos, formaturas, shows, enfim, qualquer evento. Será uma propriedade do Sindicato Rural, mas vamos locar tanto para associados, como não associados”. Em anexo ao Centro de Eventos também será construído um recinto de leilões, com mangueiras adequadas para eventos de pecuária.

Segurança pública A segurança pública tem sido motivo de preocupação para os moradores do município de Pitanga. Segundo Zampier, assaltos estão acontecendo

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frequentemente tanto no meio rural, como urbano. “Há pouco tempo já promovemos uma reunião com a Polícia Militar e eles nos expuseram sua atuação e as dificuldades que estão encontrando”. Por conta dessa situação, o Sindicato Rural de Pitanga promoveu no dia 9 de agosto, uma reunião com autoridades da cidade e produtores rurais para discussão de soluções para o assunto. “A segurança é um direito do cidadão e dever do Estado. Estamos preocupados porque aqui em Pitanga a situação está cada vez pior e as providências não estão sendo tomadas. Por isso, passamos às autoridades competentes nossa preocupação, para que ações sejam realizadas”, pontuou Zampier.

Luiz Carlos Zampier, presidente do Sindicato Rural de Pitanga


Reunião com o Deputado Federal Sergio Souza

No dia 7 de julho, o Sindicato Rural promoveu uma reunião com o deputado federal Sergio Souza, que faz parte da Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural para tratar sobre os assuntos: vacinação da Febre Aftosa, Fundo de Assistência ao Trabalhador Rural (Funrural) e produção de trigo. Participaram a diretoria da entidade e seus associados. Sobre a vacinação da aftosa, Zampier

explicou que a entidade repassou ao deputado federal que “o Sindicato Rural de Pitanga não acha justo os fabricantes de vacina de aftosa colocarem a culpa das reações causadas pela vacina no produtor. Eles dizem que o produtor maneja mal e não sabe aplicar. Fica muito claro que a culpa é dos fabricantes, pois é a única vacina que causa reação no gado. E isso, inclusive, está impedindo hoje a exportação para os Estados Unidos”.

Para Zampier uma das soluções plausíveis para a resolução do problema no Paraná é que se declare o Estado Livre de Aftosa Sem Vacinação. “Nós estamos há 12 anos sem a doença. Acreditamos que não há risco. Mas de qualquer maneira, o Estado precisa fazer a parte dele, instalando as barreiras de fiscalização nas fronteiras. Isso acontecendo, é um grande ganho aos pecuaristas”. Durante a mesma reunião, foi colocado em pauta o Funrural. Produtores rurais buscaram orientações sobre a atual situação do fundo junto ao deputado Sergio Souza. “Estamos bem perdidos em relação a esse pagamento e o que irá acontecer. Por isso, buscamos o deputado para que nos desse um parecer de qual será o futuro do Funrural”. A produção de trigo no Paraná também foi pauta no encontro. “O Paraná é o maior produtor de trigo do Brasil e não tem o tratamento devido, já que o Governo Federal beneficia muito mais importação. O que queremos é que tenha uma política de incentivo de produção de trigo, já que temos capacidade de deixar o Brasil quase autossuficiente, não sendo necessária a importação. Temos solo, clima e tecnologia para isso. Basta o incentivo do governo”, afirmou o presidente do Sindicato Rural.

Reunião com o Comitê Gestor Regional do Programa Pecuária Moderna

Reunião de Sensibilização do Programa Herdeiros do Campo

Workshop de Carnes Nobres, realizado pelo Sindicato Rural, em parceria com a Cooperaliança

Reunião sobre segurança pública

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CADASTRO AMBIENTAL

FIQUE ATENTO AOS PRAZOS PARA CAR E GEORREFERENCIAMENTO

C

onhecido pela sigla CAR, o Cadastramento Ambiental Rural foi criado a partir da Lei n° 12.651/2012. Ele é um registro público eletrônico que abrange o Brasil inteiro e todos os proprietários de imóveis rurais devem fazer. Esse cadastramento foi criado com a principal finalidade de unir todas as informações ambientais das propriedades e posses rurais referentes às Áreas de Preservação Permanente (APP), de uso restrito, de Reserva Legal, de remanescentes de florestas e demais formas de vegetação nativa e das áreas consolidadas. O prazo para fazer o cadastramento foi prorrogado até dezembro de 2017. Sem o CAR, o proprietário de terras não obterá a regularidade ambiental do seu imóvel, pois esse novo cadastramento terá os dados do proprietário, dados sobre os documentos de comprovação de propriedade e/ou posse e informações georreferenciadas. Segundo o engenheiro florestal Andreas Kleina, a regularização desse cadastramento traz muitos benefícios. “O proprietário rural que fizer o CAR poderá, em muitos casos, obter anistia

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nas multas recebidas até julho de 2008 e poderá, se necessário, regularizar sua situação ambiental através de um projeto específico, o Programa de Regularização Ambiental (PRA), ou seja, o proprietário poderá enviar um projeto ao IAP com o objetivo de propor como deseja regularizar seus eventuais problemas ambientais”. Outro ponto importante é a necessidade de estar cadastrado para obter acesso ao crédito bancário, a partir do fim do prazo de cadastramento.

GEORREFERENCIAMENTO

O prazo para fazer o georreferenciamento de imóveis rurais, um procedimento criado pela Lei 10.267/2001, que prevê a atualização fundiária de todos os imóveis rurais do país, varia de acordo com o tamanho da área. Para fazer o georreferenciamento, é necessário um levantamento topográfico dos limites dos imóveis com regras padronizadas pelo INCRA que incluem a implantação de marcos em todos os vértices dos imóveis, sua certificação pelo órgão através do Sistema de Gestão Fundiária (SIGEF) e a atualização ou abertura de nova matrícula, agora com os dados de área e de memorial descritivo exatamente iguais à realidade do imóvel em campo. O procedimento só termina com a atualização do CCIR com os dados da nova matrícula. De acordo com Kleina, a intenção da lei é acabar com

conflitos fundiários oriundos da imprecisão de matrículas antigas, cujas medições foram feitas com condições técnicas muito inferiores às disponíveis hoje. Bem executado, o georreferenciamento “arruma a casa” da propriedade, deixando-a sem conflitos ou dúvidas de divisas entre vizinhos. Todos os imóveis rurais com mais de 100 hectares já devem ter seu georreferenciamento pronto para que sejam permitidas operações junto aos cartórios de registro de imóveis, como transmissões (tanto a compra e venda, como doações), desmembramentos, unificações.

CUSTOS

Os valores para realização do georreferenciamento variam de acordo com a área e a complexidade do levantamento topográfico e de características de cada imóvel, como a quantidade de matrículas ou o número de confrontantes. A existência de estradas ou ferrovias, a descoberta de sobreposições, dúvidas ou conflitos sobre divisas também alteram o preço do serviço. Um serviço executado para áreas com mais de 100 hectares inicia em cerca de R$ 5 mil no mercado, hoje, aumentando de preço conforme as características enumeradas acima. O alerta ao proprietário é que realize cotações levando em conta, principalmente, a qualidade do serviço e se este cobre todas as etapas do processo até seu término efetivo.


MACRONUTRIENTES

CÁLCIO: “O CAVALO” E SEUS INÚMEROS BENEFÍCIOS CALTIM FERTILIZANTES

RESULTADOS IMEDIATOS, ALTA LUCRATIVIDADE Grupo Pitangueiras firma parceria com a Caltim Fertilizantes, visando o fornecimento de Cálcio prontamente disponível às lavouras, aumentando o aproveitamento do Potencial Genético das sementes para alcançar altas produtividades e maior retorno financeiro para os clientes. Fabiano Lenzi - Engenheiro Agrônomo e Supervisor Técnico Comercial da Caltim Fertilizantes, responsável pelo treinamento dos Consultores do Grupo Pitangueiras.

Q

uando falamos em nutrição de plantas e correção da fertilidade no perfil do solo, o primeiro elemento que nos vem à cabeça, ou que deveria nos vir à cabeça, é o Cálcio. Este macronutriente, injustamente chamado de secundário, assim como em nós, seres humanos, é a base de formação da vida vegetal. O Cálcio (Ca) é elemento formador da parede da célula vegetal, ou seja, é responsável pela formação das partes aéreas das plantas. Essa porém, não é a única função de grande importância deste nutriente, que é também responsável pelo carregamento dos macro e micronutrientes presentes no solo desde a raiz, através do sistema da planta, até as suas partes aéreas. O Ca é extremamente importante para a estruturação, para a CTC (Capacidade de Troca Catiônica) e o equilíbrio de bases do solo, além de aumentar a atividade microbiana. Atua na mitigação dos efeitos da acidez causada pelos fertilizantes NPK, está diretamente ligado ao maior

desenvolvimento do sistema radicular, a neutralização do Alumínio Tóxico e a sanidade das nossas lavouras. Outros dois aspectos importantíssimos ligados ao Cálcio são o melhor aproveitamento do Potencial Genético das Sementes, que são melhoradas para atingir altas produtividades e a diminuição da senescência precoce, ou seja, o Ca contribui para que as plantas completem o seu ciclo de vida. “Os demais elementos “cavalgam” para dentro das plantas “nas costas” do Cálcio” - William A. Albrecht (1888 - 1974) PhD. A associação do Cálcio a outros nutrientes traz ainda mais benefícios em termos de produtividade às nossas lavouras. O Magnésio (Mg) é o macronutriente responsável pela fotossíntese, pelo carregamento do Fósforo (P) para dentro das plantas e pela formação da clorofila, tendo função fundamental na respiração vegetal. O Enxofre (S) é um nutriente essencial para a síntese de proteínas, o que nos proporciona um maior “enchimento” de grãos nas culturas da soja,

do milho, do feijão e do trigo, além de ter importante função estrutural e participar da formação da clorofila. O micronutriente Zinco (Zn) é um dos principais responsáveis pelo crescimento das plantas e é impossível atingir altas produtividades sem a sua presença, principalmente na cultura do milho. O Boro (B) é o micronutriente que garante boas floradas, diminui o “chochamento” dos grãos e colabora com o Cálcio na formação da parede celular. Os produtos da Caltim são 100% granulados, o que facilita a aplicação na linha do plantio juntamente com os demais fertilizantes, a lanço, na semeadura ou até mesmo na pós emergência das culturas. A substituição das operações de aplicação de calcário e gesso e as dosagens significativamente reduzidas são outros importantes benefícios oferecidos pelos produtos da Caltim, ou seja, o produtor pode atingir maiores produtividades e reduzir perdas com baixo custo, obtendo maior lucratividade na sua lavoura.

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ERVA-MATE

PRODUTORES DE GUARAPUAVA E REGIÃO PARTICIPAM DE CONGRESSO DE ERVA-MATE

D

urante a 10ª Festa do Vinho, em Bituruna, no dia 7 de julho, foi realizado o 1º Congresso da Erva-mate do Território Vale do Iguaçu. Mateicultores de Guarapuava e região estiveram presentes no evento, por meio de uma caravana organizada pelo Sindicato Rural de Guarapuava. O congresso foi realizado pela Prefeitura Municipal de Bituruna e o Instituto Brasileiro de Erva-mate (Ibramate), contando com a participação de mais de 400 pessoas, entre eles, produtores rurais, viveiristas, pesquisadores, agrônomos, técnicos e estudantes. Ao iniciar o congresso, o prefeito de Bituruna, Claudinei de Paula Castilho, recepcionou os participantes, afirmando que a erva-mate tem se tornado uma matéria cada vez mais importante não só para o chimarrão, mas para uma diversidade de produtos. “O consumo tem crescido não só no Brasil, mas em todo o mundo. Por isso, nós como produtores e também toda a cadeia produtiva, devemos nos atualizar, visando sempre evoluir, agregando cada vez mais valor e

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qualidade ao nosso produto”. O evento contou com uma programação técnica diversificada sobre a cadeia produtiva da planta. Nas palestras foram abordados assuntos, como Ibramate; boas práticas agrícolas; melhoramento genético; certificação orgânica; Claudinei de Paula Castilho, Prefeito de Bituruna politicas públicas e importância estadual da erva-mate; e tendências da A Revista do Produtor Rural esteve indústria em relação à qualidade da presente, fazendo a cobertura do evenmatéria-prima. to. A equipe conversou com o pesquiO 1º Congresso de Erva-mate do sador da Embrapa Florestas, Ivar WenTerritório Vale do Iguaçu contou com dling, que ministrou a palestra sobre o apoio da Emater, Governo do Estado, melhoramento genético da erva-mate, Programa Pró-rural, Leão Alimentos e um dos temas que chamaram a atenBebidas, Sindicato Rural de Bituruna, ção do público. Confira o resumo da Amsulpar e Território Vale do Iguaçu. palestra:


Melhoramento Genético Ivar Wendling

(Embrapa Florestas)

Palestrantes “Inicialmente, o foco da seleção de árvores de erva-mate foi a produtividade. Mas com o tempo, o foco foi mudando e hoje o principal objetivo é a qualidade e não somente a quantidade, considerando a composição química, principalmente os componentes metilxantina, cafeína, podomina e antioxidantes e também o próprio sabor. Estamos focando o trabalho de melhoramento genético visando novos produtos. Isso não quer dizer que não influencia na qualidade do chimarrão, mas o foco hoje é ampliar o mercado de erva-mate, com a diversificação de produtos. Há vários trabalhos para utilização da planta como produto medicinal, por exemplo, combate a pragas, no uso de rações de animais, produtos cosméticos e outras bebidas, além do chimarrão. Uma das ferramentas do melhoramento genético são os clones. Com eles é possível ter uma produção padrão. Por exemplo, se tenho o objetivo de produzir uma matéria-prima com alta cafeína, por meio do clone eu vou conseguir uma uniformidade. Outro ponto que devemos ressaltar é que 35% das plantas são responsáveis por mais de 50% da produção. Ou seja, há muitas plantas em um erval que nem produzem. Por meio da clonagem podemos separar as plantas boas das ruins. Já são 20 anos de pesquisa de melhoramento genético. Tivemos muitos avanços desde então e esperamos ter ainda mais resultados”.

Cleacir Dall’Agnol Junior (Emater) Politicas Públicas e importância estadual da erva-mate

Roberto Ferron

(diretor executivo Ibramate) Ibramate: programas, tendências e ações

Jorge Zbigniew Mazuchowski (Emater) Boas práticas agrícolas na erva-mate

Cristian Criveletto (Ecocert) e Naldo Vaz (mateicultor)

Produtores de Guarapuava e região participaram do evento, por meio da caravana promovida pelo Sindicato Rural

Opinião O produtor de erva-mate, Waldemar Geteski, de Guarapuava, elogiou a diversificação de temas tratados durante o Congresso. “Eventos dessa natureza promovem a evolução da produção agrícola da erva-mate. Durante as palestras, foram tratados assuntos importantes, como cultivo de erval meia sombra; boas práticas na produção agrícola da erva-mate; erva-mate na culinária, uma oportunidade da erva-mate passar a ser consumida na merenda escolar e aumentar a diversificação de mercado; a importância do produtor observar a qualidade e origem das mudas de erva-mate; e a possibilidade da Embrapa Floresta desenvolver um secador de erva-mate (que realize a desidratação da erva mate sem fumaça)”.

ERVA-MATE na gastronomia Ao final do evento, foram entregues os certificados para aos participantes do curso “Erva Mate na Gastronomia”, promovido em parceria entre a Prefeitura Municipal, Ibramate e Senar. Os quitutes preparados a base de erva-mate foram degustados pelos participantes do Congresso. Entre os pratos, bolachas, bolos, balas, pães, empadinhas e massa de pizza.

Certificação orgânica

Clariane Stele

(Leão Alimentos e Bebidas) Tendências da indústria em relação à qualidade da matéria-prima

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COGUMELOS

EMPREENDENDO NO CAMPO

N

a busca por culturas diferentes das commodities mais conhecidas, como soja e milho no verão, ou trigo no inverno, há quem escolha outras opções entre as incontáveis possibilidades da agricultura. Em Guarapuava, a REVISTA DO PRODUTOR RURAL encontrou produtores que resolveram apostar na produção de cogumelo, um produto ainda pouco comum nas propriedades rurais no centro-sul do Paraná. Seja começando neste cultivo, ou recomeçando, eles vêm buscando consolidar seus sistemas produtivos com uma visão empresarial, considerando tecnologia, custos, rentabilidade, divulgação, além da conhecida relação de oferta e demanda do mercado em nível local e nacional.

rência seria grande. A decisão então foi por Guarapuava. Em 2014, compraram a propriedade. Em 2015, teve início a construção da estrutura, que hoje conta com quatro estufas e cozinha. Foi preciso ainda buscar informações técnicas da produção em si, que abrange uma série de detalhes, e por clientes, junto aos restaurantes locais. Com o tempo, conseguiram fornecer para várias pizzarias da cidade. Para as embalagens, segundo Ezequiel, o casal procurou orientação junto à Secretaria de Agricultura, Vigilância Sanitária e EMATER. “Também em sites governamentais, principalmente para cumprir as exigências da ANVISA”, completou. “De uma maneira mais comedida”, como assinala, a ideia agora é ampliar a produção, que hoje, num ciclo de 90 dias, gera um volume bruto em torno de 900 quilos (antes do cozimento, quando o champignon

perde cerca de 40% de seu peso). Sobre o retorno até o momento, o economista avalia que ainda precisa alcançar o patamar inicialmente imaginado: “Sempre que você planeja algo, espera talvez um pouco mais do que vem na realidade”. Por outro lado, ele se disse realizado com a atividade, contou que pretende deixar as aulas numa faculdade em Pitanga para ter mais tempo para o negócio e antecipou que o próximo desafio é colocar a produção no supermercado. “O mercado varejista exige uma embalagem diferenciada, código de barras, um tempo maior de prateleira”, observou, reconhecendo que poderá ser necessária “até a compra de algum outro maquinário” para aquela finalidade. Enquanto isso, Ezequiel e Luziane recebem assistência da EMATER. Na instituição desde setembro, atendendo as re-

Partindo do zero

À

frente de uma produção de champignon de paris numa chácara no distrito do Jordão, o economista Ezequiel Metzger e sua esposa Luziane, agrônoma, contaram que decidiram partir para a cultura depois de conhecer um sistema produtivo na região de Curitiba, onde davam consultoria em agricultura. Mas avaliaram que em torno da capital já havia produtores e que por lá a concor-

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Ezequiel e Luziane: buscando abrir mercado também no varejo


giões de Ponta Grossa, Irati e Guarapuava, a engenheira de alimentos Estella Paula Galina contou que quando uma agroindústria familiar está se estabelecendo, o apoio é com a planta e o layout da fábrica. “Agora que a estrutura está pronta, a gente trabalha a parte de tecnologia, embalagem e também bastante a comercialização”, mencionou. Como exemplo disso, apontou, a EMATER incluiu a produção do casal de Guarapuava entre os itens que apresentou no Celeiro do Agricultor, um espaço na Expolondrina deste ano (30 de março a 9 de abril): “Levamos vários produtos aqui da região. Um deles foi o produto do Ezequiel. E vendeu super bem”.

Champignon de paris – Sistema produtivo de Ezequiel e Luziane

1 Champignon de paris em composto adquirido em Castro (PR): quatro estufas escalonadas, 60 dias de colonização e 30 de colheita

2

3

Depois da colheita e lavagem, a fase do cozimento: peso do produto se reduz em cerca de 40%

Acondicionamento em bombonas, onde champignon fica armazenado até a venda aos restaurantes

Estella Paula Galina: apoio da EMATER para divulgar produtos da agroindústria familiar

Depois do vendaval

C

om propriedade no distrito de Guairacá e tradição no cogumelo shiitake, o agrônomo Emmanuel Sanchez relatou que vive, no momento, um recomeço na atividade. Há tempos com produção de pequena escala, ele tem nas aulas, no Colégio Agrícola e numa instituição de ensino superior, além da assistência técnica a produtores de grãos, suas principais atividades. Sanchez rememorou que, em 2003, sua chácara foi um dos locais atingidos por um vendaval que causou destruição em várias propriedades rurais em Guarapuava e região. Antes, contou, a produção encontrava espaço no mercado local. Depois, vieram dificuldades. Ele manteve uma pequena produção e passou a pesquisar linhagens. Nestes novos tempos, e com certificação orgânica do TECPAR, o agrônomo se mostra esperançoso: “Hoje, o consumo de cogumelos que sejam orgânicos, sem nenhum tipo de agrotóxico, é muito grande. Mesmo com uma pequena produção,

Emmanuel Sanchez: com certificação do TECPAR, recomeço com foco no mercado de orgânicos

que fui mantendo esses anos todos, não venço atender à demanda que tenho”. No atual sistema de produção em toras de eucalipto, e que de acordo com ele ainda está focado em pesquisa, estima que o volume obtido gire em torno de 100 bandejas de 200g por semana – produção destinada a muitos de seus antigos clientes. Mas além de Guarapuava, Sanchez vê um mercado “enorme” em outras regiões, avaliando que teria demanda para cerca de 500 bandejas semanais, com preço ao produtor oscilando em torno de R$ 40,00. Para voltar a crescer e viver da renda da propriedade, seu plano é moder-

nizar sistema e estrutura. No sistema, trocar o cultivo em tora, onde o período da semeadura à produção leva 10 meses (oito a 10 colheitas), para o substrato axênico, no qual o tempo se reduz para 90 dias (máximo de três colheitas). “A estrutura vai ser toda em pré-moldado, parte dela em eucalipto tratado, e basicamente vão ser coberturas e estruturas de plástico, como estufas”, explicou. “É a minha meta de vida. Inclusive estou dando treinamento para agricultores que já estão começando comigo. Com esse grupo, vamos batalhar mercado fora”, afirmou.

Cogumelo shiitake – Sistema produtivo de Emmanuel

1 Shiitake: toras são utilizadas como nichos para as sementes, colocadas em orifícios feitos pelo produtor

2

3

Período inoculaçãocolheita é de cerca de 10 meses, mas permite em torno de 8 a 10 colheitas

Shiitake é fornecido em bandejas ou diretamente a compradores que buscam o produto na chácara

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GERENTE DE PASTO

MÉTODO PROMOVE O GERENCIAMENTO DA PASTAGEM NA PROPRIEDADE DE FORMA MAIS EFICIENTE

U

m método inovador para planejar e gerenciar a pastagem foi repassado a produtores rurais e técnicos no Sindicato Rural de Guarapuava, por meio do curso Gerente de Pasto. O treinamento ocorreu nos dias 9 e 10 de agosto. “O método Gerente de Pasto vem propor uma solução para o manejo de pastagem. Há várias tecnologias de gestão para propriedades, mas nenhuma sanava o gerenciamento especifico da pastagem”, explica o zootecnista Josmar Almeida Júnior. O método consiste em treinamento de uma pessoa responsável por aplicar o método dentro da propriedade, que será denominado Gerente de Pasto, e também de um software de gestão onde serão trabalhadas as informações. São três etapas executadas neste método: planejamento forrageiro, manejo de pastagem e aplicação do método. “O planejamento forrageiro tem o objetivo de ter comida o ano inteiro, mesmo durante o inverno ou uma seca. O manejo de pastagem visa estabelecer qual é a melhor estrutura de pastagem, que irá permitir que a planta rebrote de uma forma mais rápida para colocar mais animais e também qual estrutura que o animal consegue ingerir mais, para ganhar mais peso.

Os zootecnistas Bruno Iwamoto, Josmar Almeida Jr, Edmar Peluso e Luiz F. Agner II

Por final, o método em si, que permite trabalhar a estrutura de pasto de forma global dentro da fazenda. Ele te dá informações, como por exemplo, quanto de gado eu posso colocar na área x?”, detalha o zootecnista Edmar Pauliqui Peluso. Josmar Almeida Junior complementa que o método não envolve somente o manejo de pastagem, mas todas as etapas que fazem parte do processo de produção. “Além de todas as áreas de pastagem da fazenda participarem do processo, inclusive as menos produtivas, também são incluídas outras

Turma do curso Gerente de Pasto realizado no Sindicato Rural

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etapas, como confinamento, silagem, suplementação. É um sistema global dentro da propriedade”. O secretário municipal de Agricultura de Turvo, médico veterinário Flávio Luiz de Oliveira, participou do curso e viu no método uma oportunidade de gerar mais renda, diminuindo custos da produção leiteira do município. “O custo mais alto para os produtores de leite é justamente a alimentação, sendo pasto, silagem, etc. Por isso, queremos aplicar este método nas propriedades leiteiras tentando obter um controle maior nos custos. Eles poderão otimizar a produção, sabendo quando devem investir e quando podem reduzir os custos”. A produtora rural Nilceia Veigantes enxergou no método Gerente de Pasto uma forma de controle muito mais dinâmica, ágil e eficiente na pastagem. “Para aplicar no dia a dia é muito mais fácil. Desde o planejamento forrageiro que foi repassado, é um método bem simples. Não é necessário fazer medidas, usar gaiolas ou cortar pasto. Por meio do método, as ações ficam mais simples e o controle sobre a pastagem é maior”. Os interessados em aplicar o Gerente de Pasto dentro da propriedade podem procurar a equipe pelo telefone: (44) 3029-0005.


ESTAR

PRÒXIMO PRODUTOS

SIGNIFICA OFERECER OS MELHORES

Resultados Milho Safra Verão 2016/17 Monika Klein - Guarapuava - PR Híbrido

P3456H

Área (ha)

Produtividade (kg/ha)

15,0 15.840,0

Arno Vier - Guarapuava - PR Híbrido

P3271H P2530

Área (ha)

Produtividade (kg/ha)

40,0 16.397,9 17,5 15.699,9

Ruy Jorge Naiverth - Pinhão - PR Híbrido

P3271H P2530

Área (ha)

Produtividade (kg/ha)

41,0 15.420,0 37,5 14.784,0

Josef Stemmer - Guarapuava - PR Híbrido

P3456H

Área (ha)

Produtividade (kg/ha)

23.0 15.216,0

Johann Mecher - Guarapuava - PR Híbrido

P2530 P2530

Área (ha)

Produtividade (kg/ha)

19,0 15.359,5 6,0 15.119,0

Raimund Himmelsbach - Pinhão - PR Híbrido

P2530

Área (ha)

Produtividade (kg/ha)

52,0 14.118,0

Março / 2014 - Observou-se redução na suscetibilidade e resistência à proteína Cry1F (tecnologias Herculex® I e Optimum® Intrasect®) em populações de lagarta-do-cartucho-do-milho (Spodoptera frugiperda). Por favor, entre em contato com o Representante de Vendas de produtos marca Pioneer® e informe-se sobre as Melhores Práticas no Manejo Integrado de Pragas.

www.pioneersementes.com.br

Tecnologia de proteção contra insetos Herculex® I desenvolvida pela Dow AgroSciences e Pioneer Hi-Bred. Herculex® e o logo HX são marcas registradas da Dow AgroSciences LLC. LibertyLink® e o logotipo da gota de água são marcas da BAYER S.A. As marcas com ®, ™ ou SM são marcas e marcas de serviço da DuPont, Pioneer ou de seus respectivos titulares. © 2017 PHII

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TRATORES ANTIGOS

TRAKTOR FEST A sétima edição da Traktor Fest ocorreu no dia 30 de julho, na Colônia Samambaia, distrito de Entre Rios, em Guarapuava. Durante todo o dia, mais de 3.000 visitantes passaram pela festa, para apreciar a exposição de tratores antigos. Foram mais de 100 máquinas expostas, que ao final do evento desfilaram, mostrando ao público do que eles ainda são capazes. Segundo um dos organizadores do evento, Alexandre Seitz, o objetivo da festa é manter a história viva, por meio dos tratores que foram e são tão importantes para os produtores descendentes de alemães, que firmaram território aqui na região e se reergueram por meio da agricultura. “Além disso, o evento é beneficente, pois os participantes doam alimentos para o Hospital Semmelweis, daqui de Entre Rios”, observa.

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PROJETO IDENTIDADE SINDICAL 2017 Produtor rural, apresente a carteirinha* do Sindicato Rural e obtenha descontos nos locais abaixo:

GUARAPUAVA BetoAgro AGRONEGÓCIOS

3% na linha de produtos Forquímica

3% sob o preço de lista no ato da compra

5% nas prestações de serviços

10% no valor da mensalidade

8% em produtos e 12% em serviços

Descontos na prestação dos serviços

Descontos em exames

Desconto de 3% na linha de produtos New Deal

5% nas compras realizadas na loja

Descontos em todos os ramos de seguros

Márcio F. Rickli Luciana Batista Valéria S. Rickli

3% sobre o preço de lista no ato da compra

Descontos para sócios

3% nos implementos agrícolas, rolos destorroadores, renovador de pastagens, espalhador e distribuidor de palha

Descontos diversos

15% nos exames radiográficos

10% à vista ou parcelamento em 10 vezes s/ juros nos cartões

5% sobre valor final da negociação

10% análise de solos e de tecido vegetal

Fluxo de caixa gratuito, atualizado mensalmente, tanto trabalhos fiscais quanto trabalhos decisoriais

5% em todos os serviços prestados

10% na prestação de serviços

5% em medicina do trabalho, segurança do trabalho, consultorias, intermediação de consultas e exames médicos e 10% em exames de diagnóstico laboratorial (Torreforte Clin)

3% para compras à vista

DESFRUTE DOS VÁRIOS BENEFÍCIOS COM SEU CARTÃO IDENTIDADE SINDICAL. Solicite o seu!

CANDÓI

3% em produtos veterinários, ferramentas agrícolas e lubrificantes

Newdeal Agroscience

10% na elaboração do CAR e 5% na execução de serviços de topografia

Desconto de 5% em materiais de construção e 6% em móveis e casa pronta

*Se ainda não possui a carteirinha de sócio, compareça ao Sindicato Rural de Guarapuava ou nas Extensões de Base: Candói, Foz do Jordão e Cantagalo.


PROFISSIONAIS EM DESTAQUE

Luciana Bren (Sind. Rural de Guarapuava), Alceu Castro (Coamo Guarapuava), Rodolpho L. W. Botelho (pres. Sind. Rural de Guarapuava) e Marino Mugnol (gerente Coamo Guarapuava)

Gabriel Kloster, Almir F. Cruz, Antoninho da Cruz Jr., Romildo L. Ribeiro, Valdemar Gonçalves e Gilson J. Cruz (Equipe de plantio de trigo, da propriedade de Deodoro Marcondes – Palmeirinha – Guarapuava)

ENZO GABRIEL, 3 anos, filho de Bruno Kunast e Andressa Kuachinhak

MATHIAS BREMM POCZYNEK, 6 meses, filho de Mateus Poczynek e Talita Bremm Poczynek Turma do Curso Empreendedor Rural, no Sindicato Rural de Guarapuava - Extensão de Base Cantagalo

Vitor Lotti (Agrichem) e Marcelo Pereira (Grupo Pitangueiras)

Curso Chef Kids: alegria e criatividade na cozinha Eles são muito jovens, mas já se interessam por gastronomia: os participantes da quarta edição do curso Chef Kids mostraram alegria e desembaraço nas aulas, dias 19 e 20 de julho, na Faculdade Guairacá, em Guarapuava. Promovida pela instituição, em parceria com o Sindicato Rural de Guarapuava, a atividade abordou o preparo de pizza, esfirra, calzone e de naked cake, um bolo enfeitado com frutas. Segundo a instrutora e coordenadora do curso de Gastronomia da Guairacá, a chef Leila Pires, a atividade foi também uma opção para as férias escolares: “É uma oportunidade que eles têm de fazer alguma coisa diferente, criativa. Trabalhamos de uma forma que possam levar isso para casa”, explicou. “É importante também que os pais deem oportunidade para as crianças mostrarem o que fazem no curso”. Eduardo Mehl, de 10 anos, que mora em Curitiba mas

tem família em Guarapuava, aproveitou o final de suas férias para fazer o curso, no qual tinha interesse desde o ano passado. Ele disse que já cozinha e tem no estrogonofe e na omelete suas especialidades. “Quero aprender pizza e esfirra”, acrescentou. Izadora da Cruz Eder, de 13 anos, de Guarapuava e atualmente morando em São Paulo, também acompanhava atenta as explicações. “Achei bem legal. Gosto de cozinhar, por isso que meu pai decidiu me colocar no curso”, comentou, detalhando ter mais interesse por massas salgadas do que doces.

LUÍSA SAMARTINO PFANN, 2 anos, filha de Thiago Limper Pfann e Larissa Samartino e MARIA AUGUSTA SILVESTRI, 1 ano, filha de Renata e César Silvestri Filho.

ISABELA RAMOS, 5 anos, filha de Jairo Luiz Ramos Neto e Rosana Tosin Almeida

Envie sua foto para o e-mail: comunicacao@srgpuava.com.br

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PRODUTORES EM DESTAQUE

CAMPANHA SÓCIO PARTICIPATIVO O ganhador da cesta de produtos importados (Assemblage) da Campanha Sócio Participativo no mês de junho foi o associado Cícero Lacerda, também diretor do Sindicato Rural de Guarapuava. E o ganhador da cesta do mês de agosto foi o associado Erich Mathias Leh. A entrega foi feita pelo presidente Rodolpho Botelho para as netas do associado, Lavinia e Louise.

Caravana Agroleite

Festa do Agricultor - Cantagalo

Entrega de mudas de nogueira pecã: Jorge Kdlubitske, Nelson Kupczak e Luizinho Pitol

Projeto Identidade Sindical Novo Parceiro EPA - Escritório de Planejamento Projetos Agropecuários e Ambiental

Valéria Rickli, Márcio Rickli e Luciana Batista

NOVOS SÓCIOS

Maria Goreti Almeida da Silva

HOMENAGEM PÓSTUMA Lamentamos o falecimento do associado César Krüger no dia 13 de julho. Filho do ex-prefeito de Guarapuava Nivaldo Krüger, o agropecuarista foi o primeiro presidente da SURG (Companhia de Serviços de Urbanização de Guarapuava), membro fundador da Câmara Jr. e secretário municipal na administração do ex-prefeito, Cândido Pacheco Bastos. Também foi um dos cavaleiros cristãos das Cavalhadas. Ele tinha 66 anos e lutava contra um câncer. Na foto, César Krüger acompanhado de seu filho, Felipe Krüger.

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OUTUBRO

SETEMBRO

ANIVERSARIANTES 2017 01/09 01/09 01/09 01/09 01/09 02/09 02/09 02/09 02/09 02/09 02/09 03/09 03/09 03/09 04/09 04/09 04/09 04/09 05/09 05/09 05/09

ERNST MICHAEL JUNGERT FELIX WILD MURILO PEREIRA MARCONDES RAFAEL MENDES DE ARAÚJO WILSON JOSE PAVOSKI ADRIANE THIVES A. AZEVEDO ALCEU CÍCERO KUNTZ ROMULO KLUBER SILVIO BORAZO VANDA KAMINSKI WALTER KNAF ADELINO BRIDI EDILSON GERALDO MUGNOL LUIZA MARIA S. PACHECO ALCIDES ROZANSKI ANTONIO FERREIRA DA ROCHA HELCIO LUIZ C. ROSEIRA LEOPOLDO BAYER JOÃO FRANCISCO DE LIMA LUIS HENRIQUE VIRMOND ROBERTO MOTTA JÚNIOR

01/10 02/10 02/10 03/10 03/10 03/10 03/10 03/10 03/10 04/10 04/10 04/10 04/10 04/10 04/10 04/10 05/10 05/10 05/10 05/10 06/10 06/10 06/10 07/10

LEONEL RIBAS JOSÉ CARLOS KARPINSKI JOSÉ PASTAL ALCIOLY T. GRUBER DE ABREU ALFEO MUZZOLON ANDREIA O. MARIOTTI NUNES GEOVANI DE COL TEIXEIRA MARCELO DE A. FONSECA SIMONE F. RUY STOEBERL EDMAR UDO KLEIN EVELYNE LEH KLEIN FRANCIELE G. L. DE PIERI HANS FASSBINDER LILIAN C. TAMBOSETTI MARIO CEZAR B. DANGUY THAISA RICKLI RANSOLIM KONRAD GOTTEL ROBERTO PFANN SERGIO NOBUMASA SUZUKI VALDIR DESCHK ANTÔNIO VANDERLEI BAYER MARCIO DUCH SUZANA RICKLI EWALD MULLERLEILY

05/09 06/09 06/09 06/09 06/09 06/09 06/09 06/09 07/09 07/09 07/09 08/09 09/09 09/09 09/09 10/09 10/09 11/09 11/09 12/09 12/09 07/10 07/10 08/10 09/10 09/10 09/10 10/10 11/10 11/10 11/10 12/10 12/10 12/10 13/10 13/10 14/10 14/10 14/10 14/10 14/10 14/10 15/10 15/10 16/10

VIVIANA HYCZY KAMINSKI ANTONIO IZAIAS LUSTOSA DARI ARAUJO FILHO GERALD STEFFAN LEH PATRIKK JOHN MARTINS PAULO SERGIO GOMES DE ASSIS ROLANDO FASSBINDER SERGIO DE MORAES ELKE MARINA LEH BASSO MIGUEL MAYER NORBERT REICHARDT SANDRA TIKAMORI DOROTEA STOCK WILD GERTRUDES M. MARCONDES JOSÉ CARLOS TROMBINI ANA MERI NAIVERTH MARCELO TARTARI KUNZ LUIZ JOSÉ ROYER VICTOR HUGO MARTINAZZO BARTUS MARIUS VOORSLUYS KHRISTIAN DUHATSCHEK MARIA DE LOURDES KELLER TRAJANO DUARTE ALVES FELIPE D. T. DE MACEDO CRUZ DALBY GIOVANI KARKLE LUIZ FERNANDO RIBAS CARLI OSNI CARLOS RAULIK ROBSON LOPES DE ARAÚJO ALINE MARIA SCHIMIM MENDES LAURY LOPES FRITES ROQUE MARCIO VEVIURKA CICERO ROGÉRIO KUNTZ MANFRED MICHAEL MAJOWSKI SIGRID AP. WOLFL ESSERT ANDRÉ KULTZ RITA MARIA MARTINS ANDRADE CARLOS BOROMEUS MITTERER HARALD DUHATSCHEK JOSUE MARTINS DE OLIVEIRA LUCIANO F. WATZLAWICK MARLON SCHLAFNER RUDOLF ABT LUIZ ORLANDO ARAÚJO MARIA DE LOURDES TULLIO CIRO GERALDO O. ARAÚJO

14/09 14/09 15/09 15/09 15/09 15/09 16/09 16/09 16/09 17/09 18/09 19/09 19/09 19/09 19/09 20/09 20/09 20/09 21/09 21/09 21/09 16/10 17/10 17/10 17/10 17/10 18/10 18/10 19/10 19/10 19/10 20/10 20/10 20/10 21/10 21/10 22/10 22/10 22/10 22/10 22/10 22/10 22/10 22/10 23/10

ADRIANA LOURES M. BOTELHO EMÍLIO CARLOS WEYAND HELMUTH DUHATSCHEK JULIANO FERREIRA ROSEIRA LEONARDO V. HYCZY NETO NERY JOSÉ PACHECO ANTÔNIO KRAMER ROCHA LUCI KHOLER TOMPOROVSKI RONI ANTÔNIO G. DA SILVA SANIR KARAM SEMAAN NILCEIA KLOSTER VEIGANTES FÁBIO LUIZ DE SIQUEIRA JOSÉ KRENDENSER MAGDALENA SCHLAFNER ROBERT WECKL ANTÔNIO ZUBER FILHO ARNALDO STOCK WALDEMAR GETESKI ANA PAULA F. RANSOLIN EVA URSULA MILLA JOSÉ UBIRATAN DE OLIVEIRA VALMOR BELLATTO ANTONIO BAYER EDUARDO GELINSKI JÚNIOR GISELE REMLINGER PEDRO IRINEU WEBER DANIEL PRIMAK ALVES REGIANE AP. C. LUSTOSA ALFRED MILLA JAKOB WECKL MARIA LUZIA KLOTS GERSTER AMBROSIO ANTÔNIO ANTÔNIO CARLOS KIMAK ARTHUR PIRES DE ALMEIDA CLAUDIO IVATIUK VINICIUS VIRMOND KRUGER CIRO ANTÔNIO BROJAN CLODOALDO DINIZ JUNIOR DENILSON FADEL ELFRIEDE BARBARA MAYER EMÍLIO ANTUNES DA COSTA ERCIO PADILHA CARNEIRO JOÃO ARTHUR BARBOZA LIMA ROSALYE PFANN DENARDI DANIEL M. CANESTRARO

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21/09 21/09 22/09 22/09 23/09 24/09 25/09 25/09 25/09 25/09 27/09 28/09 28/09 28/09 28/09 29/09 30/09 30/09 30/09 30/09 30/09

LEONEL MACEDO RIBAS FILHO ULISSES LUSTOSA NELSON DA SILVA VIRMOND ROBERTO KUNGEL JÚNIOR ROBERT DUHATSCHEK ANDRE DIEDRICH HERCULANO JORGE DE ABREU JOSÉ HAMILTON MOSS NETO MOREL PEREIRA KEINERT ROSANGELA CAMPELLO BLANC MANOEL TOCZEK ELEMAR PERINAZZO EUCLIDES RIBEIRO TURRA JOÃO AMAZONAS F. DE BRITO OLINTO JOSÉ PAZINATO CELSO DENARDI ADAM STEMMER ALISSON MARTINS ANDRADE ERVIN ANTON STOCK JULIO CEZAR G.BERNARDI MARCOS MAJOWSKI

23/10 24/10 25/10 25/10 26/10 26/10 26/10 26/10 26/10 27/10 27/10 27/10 28/10 28/10 29/10 30/10 31/10 31/10 31/10 31/10 31/10 31/10 31/10

HILDEGARD V. REINHOFER MARIANNE MILLA WOLFL ALAIR VALTRIN LUCINDO ZANCO IRENE WEIGAND SCHERER MARCOS ANTÔNIO THAMM RAINER MATHIAS LEH RICHARD WILFRIED SEITZ WALTZER DONINI JOÃO MARIA PEREIRA MAX HENRIQUE SPITZNER SEBASTIÃO NEI K. DA SILVA CLEIS DE ARAÚJO FONSECA NOELIA MARA C. MARCONDES AUGUSTO KRÜGER FILHO MÁRIO LUIZ M. CORDEIRO ANDRE YOITI ENDO ARNO VIER DAISY VIRMOND JONATHAS B. P. SCHINEIDER MAURÍCIO MENDES DE ARAÚJO MAURO MENDES DE ARAÚJO THIAGO TATEIVA

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