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ISSN 1984-0004 Publicação bimestral do Sindicato Rural de Guarapuava Ano X - Nº 64 - DEZ 2017 / JAN 2018 Distribuição gratuita

REVISTA DO PRODUTOR RURAL DO PARANÁ

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Sindicato Rural de Guarapuava festeja 50 anos

Reportagem

Mulheres do Campo

SOLO E ÁGUA

Da teoria à prática: Alunos do curso Manejo de Solo e Água vão a campo

TRIGO

A pior safra dos últimos tempos

APRENDIZAGEM RURAL

Senar investiu em capacitação continuada

Soja

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SEAB e CONAB estimam queda na safra 17/18

80

32

40

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Krüger: um olhar sobre a história

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Entrevista

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Manchete

Agricultura Familiar Feira Regional chega à quinta edição

RESPONSABILIDADE SOCIAL

Programa Agrinho premia alunos e professores de todo o Paraná


DIRETORIA: Presidente

1º Vice Presidente 2º Vice Presidente 1º Secretário

2º Secretário

1º Tesoureiro

2º Tesoureiro

Rodolpho Luiz Werneck Botelho

Josef Pfann Filho

Cícero Passos de Lacerda

João Arthur Barbosa Lima

Jairo Luiz Ramos Neto

Anton Gora

Gibran Thives Araújo

CONSELHO FISCAL: TITULARES:

Lincoln Campello

SUPLENTES:

Luiz Carlos Colferai

Alexandre Seitz

Carlos Eduardo dos Santos Luhm

Anton Gottfried Egles

Roberto Eduardo Nascimento da Cunha

NOSSA CAPA REDAÇÃO/FOTOGRAFIA: Luciana de Queiroga Bren

Manoel Godoy

Diretora de Redação Jornalista e Editora-Chefe Reg. Prof. 4333

PRÉ-DISTRIBUIÇÃO:

Geyssica Reis

Carlos Souza

Camila Maciel

Jornalista Estagiário

Estagiária

DISTRIBUIÇÃO:

Guarapuava, Candói e Cantagalo: Mundial Exprex Distrito de Entre Rios:

REVISTA DO PRODUTOR RURAL DO PARANÁ

Endereço: Rua Afonso Botelho, 58 - Trianon CEP 85070-165 - Guarapuava - PR Fone/Fax: (42) 3623-1115 Email: comunicacao@srgpuava.com.br Site: www.srgpuava.com.br Extensão de Base Candói Rua XV de Novembro, 2687 Fone: (42) 3638-1721 Candói - PR Extensão de Base Cantagalo Rua Olavo Bilac, 59 - Sala 2 Fone: (42) 3636-1529 Cantagalo - PR Projeto gráfico e diagramação Mynd's Design Editorial Impressão: Midiograf - Gráfica e Editora Tiragem: 2.500 exemplares

André Zentner

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Nesta edição trazemos novamente a tecnologia da Realidade Aumentada.

Os artigos assinados não expressam, necessariamente, a opinião da REVISTA DO PRODUTOR RURAL ou da diretoria do Sindicato Rural de Guarapuava. É permitida a reprodução de matérias, desde que citada a fonte.


EDITORIAL

Avaliando o ano e agradecendo...

F

im de ano, época de avaliação. O que dizer de 2017? Na agropecuária, tivemos uma safra de verão 16/17 com grande colaboração de São Pedro (clima), altas produtividades, no entanto, preços bem mais fracos que nos anos anteriores, principalmente no que diz respeito à cultura do milho. No geral, a produtividade ajudou o produtor, mas a cada ano o custo de produção aumenta, principalmente os custos de alguns insumos, combustível e mão-de-obra. Houve redução de área plantada para as culturas de inverno - isso tem ocorrido nos últimos anos - e, principalmente, ao contrário da área de verão, o clima prejudicou grandemente trigo e cevada, já que tivemos excesso de chuva no começo de junho e depois, praticamente 90 dias com pouquíssima precipitação. O resultado foram lavouras desuniformes e com baixo potencial produtivo. Para completar o cenário negativo, os preços não estão remuneradores. A pecuária (corte e leite) teve redução nos seus valores de comercialização e alguns eventos externos do sistema produtivo atrapalharam de sobremaneira a pecuária de corte, tais como Carne Fraca, delação da JBS, reação vacinal em carne exportada. Houve ainda queda no valor de remuneração do leite. Para 2018, esperamos um cenário mais favorável, mas fica cada vez mais claro que o produtor tem que trabalhar com planejamento, gestão e eficiência no sistema produtivo. Para isso, a capacitação de produtores e colaboradores é uma necessidade constante. Neste quesito, lembramos aos nossos sócios que os cursos do Senar estão a disposição em nossa entidade, gratuitamente e com qualidade. A safra deste próximo ano começou com alguns percalços relacionados ao clima. Sendo assim, devemos direcionar o olhar para previsão do tempo, pois estamos entrando num período de La Niña. Mais um fator para ficarmos de olho é que 2018 é um ano de eleição, onde tudo pode acontecer. Desta forma, precisamos estar unidos, sempre defendendo fortemente o nosso setor agropecuário. O rumo do Brasil está em jogo. No mais, aproveito a oportunidade para destacar a nossa recente comemoração alusiva aos 50 anos do Sindicato Rural de Guarapuava, manchete desta edição, e agradecer a todos os nossos diretores, sócios e parceiros, pela participação no evento e, principalmente, pelo grande apoio neste ano de 2017. Obrigado a todos e contamos com vocês no próximo ano. Desejo um Feliz Natal e um Ano Novo cheio de paz, saúde e prosperidade!

Rodolpho Luiz Werneck Botelho Presidente do Sindicato Rural de Guarapuava

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50 anos do Sindicato Rural de Guarapuava: Pré-lançamento do livro Guarapuava - Seu Território, Sua Gente, Seus Caminhos, Sua História, do ex-prefeito Nivaldo Krüger.

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ARTIGO Anton Gora Produtor rural, diretor da Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep), vice-presidente do Sindicato Rural de Guarapuava e presidente do Núcleo Regional dos Sindicatos Rurais do Centro-sul do Paraná

Contribuição Sindical

C

om a Reforma Trabalhista foi extinta a Contribuição Sindical obrigatória, criada pelo Regime Militar, visando organizar os diversos segmentos produtivos e de trabalhadores em entidades que representassem os seus interesses. Fala-se muito do Regime Militar como sendo ditatorial, mas na verdade ele tinha o único objetivo de organizar o Brasil politicamente e economicamente. Com essa medida, foram criados sindicatos fortes, o Brasil cresceu, evoluiu. Mas infelizmente também foram criadas algumas entidades sindicais de fachada, apenas para usufruir dessa arrecadação obrigatória e mesmo alguns dirigentes de sindicatos representativos usavam esses recursos para benefícios próprios. Assim, me parece justo e conveniente que a cobrança deixe de ser obrigatória, passando a ser facultativa. Passarão a contribuir os filiados de sindicatos que realmente ofereçam algum retorno aos seus associados e também filados ou associados que vejam a necessidade de ter uma entidade representativa. E nosso Sindicato? Como vamos reagir diante essa nova situação? Teremos a consciência de que precisamos da entidade? Vamos lembrar de algumas situações em que o Sistema Sindical Rural foi fundamental para que nossos problemas tivessem solução adequada: • Confisco da soja: fechamos a BR 277 até que o confisco fosse retirado; • Endividamento agrícola: fizemos demonstrações onde reunimos mais de cinco mil produtores em passeata por Guarapuava, com a adesão do comércio e indústria. As dívidas foram alongadas; • Meio ambiente: reunimos mais de mil produtores para que fossemos ouvidos; • Invasão de terras: com a união dos produtores, invasões foram evitadas, áreas reincorporadas. Muitas vezes, fomos até Brasília em caravanas para alcançar os nossos objetivos. Apenas para citar alguns exemplos. Será que teríamos alcançados esses resultados sem a nossa classe produtora organizada? Abaixo uma tabela de projetos tramitando no Congresso Brasileiro. Será que sem termos uma entidade representativa, teremos projetos aprovados do nosso in-

teresse? Ou as decisões serão a favor daqueles que tem mais representatividade? Ou a favor de ONGs com interesses desconhecidos ou escusos? Veja a tabela com o número assustador de projetos tramitando no Congresso, alguns a nosso favor, muitos contra os nossos interesses! Precisamos de alguém que defenda os interesses dos produtores na análise e votação desses projetos ou que pelo menos forneça informações confiáveis aos políticos, a nível municipal, estadual e federal, para que os parlamentares possam votar de acordo com o interesse da classe e do nosso país.

Proposições em Tramitação Convergentes

Divergentes

Com Ressalvas

TOTAL

Alto Impacto

106

171

42

318

Médio Impacto

125

100

58

283

Baixo Impacto

122

101

79

302

TOTAL

353

372

179

904

w w w.faep.co m . br

Nos Estados Unidos, o Sistema Sindical dos produtores é o segundo lobby mais forte com o apoio da população. Na Alemanha, nenhuma política é formulada sem a anuência dos produtores que são representados pela DLG (Deutsche Landwirtschaftsgesellschaft). Na França, os produtores param o país, todos com o apoio da população. Eles já passaram fome, sabem a importância da agricultura. Quem irá nos defender quando somos acusados de destruir o meio ambiente, praticar trabalho escravo, ter benefícios? Ninguém, a não ser as nossas entidades. Vamos pensar com carinho nessa nova situação, vamos avaliar a importância da nossa entidade representativa e vamos fazer dessa, que podemos dizer "dificuldade", uma grande oportunidade para fortalecer ainda mais a nossa classe e conquistar o espaço que merecemos.

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CONTROLE FITOSSANITÁRIO

MOTIVOS PARA INVESTIR EM UM SOFTWARE PARA MONITORAMENTO DE PRAGAS

O

monitoramento de pragas é uma atividade essencial para a saúde da lavoura. Quando um produtor tem conhecimento do local em que está ocorrendo maior intensidade de pragas - que está mais próximo do nível de controle ou onde esse nível já foi atingido - a gestão fica muito mais assertiva. O monitoramento permite ainda que o agricultor conheça a ameaça que está enfrentando para estudar a melhor estratégia de combate. Neste sentido, a tecnologia surgiu como grande aliada dos agricultores para a execução de um monitoramento de qualidade. Por meio de um software de monitoramento, por exemplo, a atividade ganha confiabilidade e assertividade, fornecendo aos produtores informações inteligentes para análise e tomada de decisão. Confira, a seguir, cinco motivos pelos quais é importante investir em um software para monitoramento de pragas:

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Confiabilidade dos dados

Por meio de um software de monitoramento de pragas, o produtor consegue acompanhar se as tarefas planejadas estão realmente sendo feitas e também visualizar a rota percorrida pelo técnico durante o caminhamento. Uma das grandes vantagens do sistema georreferenciado é que todo o registro de informações e captação de imagens só pode ser efetuado presencialmente. Em outras palavras, o técnico responsável só poderá inserir os dados do monito-

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ramento no “talhão 2” se ele estiver realmente no local. Por sua vez, o responsável pelo monitoramento de pragas tem em mãos uma ferramenta multifuncional, que viabiliza o registro dos dados colhidos, tornando as informações muito mais transparentes e confiáveis. Isso agrega valor ao seu trabalho.

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Gestão eficiente da equipe de trabalho

Chega de passar horas intermináveis no escritório! Com um software de monitoramento de pragas, relatórios, gráficos e análises são gerados automaticamente após cada coleta. Assim, toda a equipe fica mais produtiva e com tempo disponível para focar em outras atividades da rotina de trabalho.

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Agilidade na tomada de decisão

Por meio dos relatórios emitidos pelo software de monitoramento de pragas, a tomada de decisão acontece de forma rápida. Alguns sistemas possuem a geração de um relatório offline (que não depende de sinal de internet) e um relatório mais completo em conjunto com um mapa de calor, que indica quais as áreas mais críticas e que devem ser controladas primeiro, após a sincronização.

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Precisão nas aplicações e redução de custos

Se no sistema convencional, ao comprovar a pressão de pragas, doenças ou ervas daninhas em um determinado local da lavoura era


necessário aplicar em todo o talhão, utilizando um software de monitoramento de pragas isso não é mais preciso. Com os mapas de calor gerados pelo sistema é possível visualizar o local em que a pressão de pragas ultrapassou o nível de controle. Em muitas situações, descobre-se que não há necessidade de aplicar na área total e somente na área da infestação. Acredite, com auxílio da tecnologia é possível fazer aplicações localizadas e praticamente cirúrgicas, além de aplicações em taxa variável.

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Histórico de safras e centralização de todas as informações da fazenda

Com um registro otimizado, por meio de um sistema adequado, é simples resgatar gráficos e relatórios para verificar dados, como a eficiência de

Candói - Extensão de Base

um defensivo. Além disso, é possível acessar todas as informações da propriedade por meio de um painel web. Dessa forma, os dados da fazenda ficam mais acessíveis para análise. Para o produtor que deseja requerer certificações, como as do café por exemplo, esse tipo de investimento é praticamente obrigatório.

Estas são só algumas das vantagens obtidas pelo produtor que adota o monitoramento e controle de pragas com uso de Tecnologia da Informação (TI). A escolha por sistemas que agregam todas as informações da safra, desde o tratamento do solo até a colheita, deixa a gestão muito mais funcional!

O proprietário Valtezer Novach, conhecido como Pipica pelos clientes

“O Pipica é meu parceiro. Sempre faço meus pneus com esse baixinho”, conta o cliente Bruno Araújo

Alexandre Seitz, cliente Pipica Pneus

"Sempre faço meus pneus com o Pipica porque gosto do atendimento e da qualidade do serviço”, comenta o cliente antigo, Carlos Eduardo dos Santos Luhm

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MEIO AMBIENTE

A SOLUÇÃO PARA EXCEDENTE OU FALTA DE RESERVA LEGAL

O

prazo para produtores rurais registrarem suas propriedades no Cadastro Ambiental Rural (CAR) e aderirem ao Programa de Regularização Ambiental (PRA) é dezembro de 2017, mas a data final deve ser prorrogada para dezembro de 2018. O Cadastro Ambiental Rural é um registro eletrônico obrigatório para todas as propriedades rurais, no qual o proprietário ou posseiro informa a situação ambiental do seu imóvel, como existência de área remanescente de vegetação nativa, de área de uso restrito ou protegida. O objetivo é criar uma base de dados para orientar as políticas ambientais. Já o Programa de Regularização Ambiental é voltado para a recuperação de áreas degradadas nas propriedades rurais. O produtor que aderir ao programa deve apresentar uma proposta de recuperação da área, que será aprovada e fiscalizada pelo órgão ambiental local. Durante o período de implantação das ações, o produtor não poderá ser punido por infrações ambientais cometidas antes de 22 de julho de 2008. Por conta dos prazos estipulados pela legislação, este é um momento de regularizações, principalmente de Área de Preservação Permanente (APP) e Reserva Legal (RL). Todo proprietário rural vai ter que ajustar a propriedade de acordo com a nova legislação. "APP tem que recuperar de acordo com a metragem exigida pela legislação, não tem outra alternativa. Reserva Legal, tem que se adequar. Para quem tem mais de quatro módulos, a lei estabelece 20% de Reserva Legal. Portanto, se o produtor tem 20% de vegetação nativa na propriedade, está regular. Acontece que, na região, a maioria dos

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proprietários tem mais de 20%, ou seja, tem excedente, que pode ser cedido para quem tem menos de 20%", explica Vitor Hugo Burko, diretor da Estratégia Ambiental. O proprietário pode regularizar sua Reserva Legal adquirindo áreas equivalentes em outro imóvel rural, em vez de destinar áreas de uso produtivo para regeneração natural ou recomposição. O proprietário que não possui o percentual de Reserva Legal exigido por lei, pode, dentre alternativas, optar pela compensação da Reserva Legal, desde que no mesmo bioma e que o imóvel detivesse, em 22 de julho de 2008, área apta para Reserva Legal em extensão inferior ao percentual exigido pela legislação em vigor. "Na região de Guarapuava, é insano pensar em recuperar em área produtiva. Em outras regiões, isso até é possível. Mas aqui, quem não tem 20%, vai comprar excedente", observa Burko. Segundo ele, o produtor rural deve fazer a regularização da APP e Reserva Legal dentro do prazo estipulado pela legislação. "As pessoas precisam entender essa dinâmica de transformar tanto excedentes em ativos financeiros e quem não tem, comprar

Esse momento é como se fosse uma anistia. Existem opções. Depois do prazo, prevalecerá a dureza da lei" Vitor Hugo Burko

da forma mais barata, simplificada e garantida possível", sugere. Ainda de acordo com Burko, aqueles proprietários rurais que regularizaram a propriedade baseando-se na legislação antiga, provavelmente têm excedente, porque regularizaram Área de Preservação Permanente (APP) e mais 20% de Reserva Legal. "Agora precisa ter, no máximo, 20%", observa. Vale lembrar a importância de cumprir a legislação dentro do prazo. "O proprietário pode fazer dinheiro com isso agora. Ele deve aproveitar essas facilidades legais dentro desse prazo. Quem precisa de Reserva Le-


União de forças para atender o proprietário rural

Foto: Luciana Q. Bren

gal tem que aproveitar o momento, caso contrário, provavelmente, terá que recuperar na própria área, ficando sujeito à legislação ambiental. Esse momento é como se fosse uma anistia. Existem opções. Depois do prazo, prevalecerá a dureza da lei", observa Burko.

Vitor Hugo Burko: parceria com Imperium Imóveis

Foto: Manoel Godoy

De olho nesse mercado, o proprietário da Imperium Imóveis, Claudinei Pereira, criou um departamento na empresa, para atender esse tipo de necessidade e fez parceria com o escritório de uma das pessoas que mais entendem do assunto no Brasil: Vitor Hugo Burko, que participou de todo o processo de reformulação do Código Florestal Brasileiro.

cipei de um grupo para implementar essa ideia e em 2001, o assunto virou uma Medida Provisória (MP). Em 2007, quando assumi o IAP, implementamos, em parceria com o Ibama, o primeiro projeto piloto de compensação, em Ilha Grande, divisa do PR com RS. Micheleto era presidente da Comissão e assim iniciamos a discussão do Código Florestal. Ele me convidou para coordenar o assunto e Aldo Rebello me convidou para auxiliá-lo na formatação do projeto do Código, onde criamos os mecanismos para essas compensações", relembra Burko. Desde então, ele não parou mais de trabalhar com o tema, participando de grandes discussões estaduais e nacionais. "Em âmbito nacional, participo de uma subcomissão na

Comissão de Agricultura, de uma interpretação objetiva sobre o Código e seus impactos na agricultura e economia, propondo melhorias, desburocratizações etc. para que o Código tenha um impacto melhor sobre o meio ambiente, economia e na questão social do país", conta. Na parceria com a Imperium Imóveis, Vitor Hugo Burko é o responsável técnico pelas soluções ambientais, enquanto Claudinei Pereira é o responsável comercial. O projeto ainda tem a parceria de Fernando Borazo, da Betel Organização Contábil. "Nossa equipe está preparada para oferecer soluções, para todo o Brasil, para quem tem excedente e para quem tem falta de Reserva Legal", explica Claudinei Pereira.

A ideia das compensações nasceu no Sindicato Rural de Guarapuava, em 2006, quando Vitor Hugo Burko foi eleito prefeito. "Naquela época, os sem terra estavam invadindo a Serra da Esperança e um determinado produtor sugeriu que deveríamos comprar a Serra e dar de presente para os órgãos ambientais, para recuperação de Reserva Legal. Eu fiz o projeto em 2007 e apresentei ao Ibama. Assim, o então diretor de biodiversidade do Ibama sobrevoou a Serra da Esperança juntamente comigo, depois parti-

Foto: Manoel Godoy

Claudinei Pereira, Imperium Imóveis

Equipe Imperium Imóveis REVISTA DO PRODUTOR RURAL DO PARANÁ

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SOLO E ÁGUA

DA TEORIA À PRÁTICA Alunos do curso Manejo de Solo e Água vão a campo

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romovido pelo Senar/PR, sediado e apoiado pelo Sindicato Rural de Guarapuava desde julho de 2016, o curso Manejo de Solo e Água em Propriedades Rurais e Microbacias Hidrográficas iniciou as aulas a campo em novembro de 2017. Ministrado, atualmente, pelo instrutor José Alfredo Baptista dos Santos, doutor em Agronomia voltada para o manejo de solos, o curso tem por objetivo a conscientização e formação de profissionais acerca dos processos de conservação do solo e

degradação, causados por fatores naturais e artificiais que envolvem os cultivos agropecuários. O ensino é feito no sistema semipresencial ao longo de 14 módulos, sendo 3 presenciais – incluindo aulas de campo e projeto - e 11 à distância. O curso promove a qualificação de profissionais das Ciências Agrárias, registrados no CREA/PR, para elaboração de projetos de manejo e conservação do solo e da água, reduzindo o impacto ambiental dos processos de erosão e aumentando a produtividade agrícola. Segundo o engenheiro agrônomo Rafael Euclides Pereira Mendes, participante do curso, tais informações incentivam o profissional a desenvolver práticas ecológicas que deveriam

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ser corriqueiras. Ele conta que na faculdade aprendeu o básico dos processos e pôde desenvolver e aperfeiçoar tais conhecimentos através do curso. No currículo do curso, ainda

de acordo com Mendes, as atividades incluem o aprendizado da regulagem de máquinas e a confecção de cálculos para a elaboração prática de curvas de nível.

Sobre o curso O curso é oferecido gratuitamente pelas unidades e o prazo previsto para o encerramento da turma atual é em fevereiro de 2018. Aqueles que tiverem interesse em edições futuras, entre outras oportunidades de aprendizado na área, devem ficar atentos ao site do Senar para ensino à distância: www.senardigital.com. Outras informações no Sindicato Rural de Guarapuava, na Rua Afonso Botelho, 58 - Bairro Trianon - telefone (42) 3623-1115, nas plataformas online do Sistema FAEP ou pelo telefone (41) 2106-0401.


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ENTREVISTA

N

o momento em que o Sindicato Rural de Guarapuava completa 50 anos de fundação, a entidade está apoiando o relançamento de um livro sobre o município: “Guarapuava – Seu território, sua gente, seus caminhos, sua história” (Terceira edição, revista e ampliada). A REVISTA DO PRODUTOR RURAL conversou com o autor, Nivaldo Krüger. O livro é mais um trabalho que resulta de um interesse antigo que ele cultivou em paralelo a sua caminhada na vida pública e que atualmente mobiliza ainda mais sua atenção: pesquisar e escrever sobre a cidade em que iniciou sua trajetória. Neste contexto histórico, ele observou que também o setor rural teve e tem grande importância no passado e no presente de Guarapuava. Para o segmento, ele recordou que, como prefeito, sua principal iniciativa foi o programa Planalto Verde. Porém, na conversa, não faltou espaço para abordar outra atividade que aprendeu na juventude e que o acompanharia durante a vida: a fotografia.

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Foto: Geyssica Reis - Ilustração: Nivaldo P. Krüger

KRÜGER: um olhar sobre a história

Na biblioteca de sua residência, Nivaldo Krüger se dedica ao relançamento de um livro sobre o passado de Guarapuava

RPR – O senhor está no sétimo livro. Na sua visão, qual a importância de se conhecer o passado?

KRÜGER – Se nós esquecermos o passado, perdemos os vínculos. Se não conhecemos o passado de nossa família, perdemos o vínculo afetivo. E também histórico, não é? Então, fizemos um trabalho bom nesta linha de preservar o passado, levantar os acontecimentos. Isso, acho que é uma contribuição que permanece. Tenho distribuído livro nas escolas, na biblioteca pública. RPR – A história de Guarapuava e região acaba refletindo também a própria história do Brasil?

KRÜGER – Guarapuava não foi um desmembramento, como a maioria dos municípios que foram desmembrados. Guarapuava veio com a missão de integrar este imenso território entre o Rio Uruguai, Rio Paraguai, Rio Paraná e o Rio Paranapanema. A conquista determinada por Dom João VI, dos Campos de Guarapuava, tinha a finalidade de expandir o território nacional


além Tordesilhas. O primeiro município a se desmembrar foi Palmas, que era um distrito de Guarapuava. Depois vieram outros desmembramentos. A missão de Guarapuava foi muito importante. Os guarapuavanos da época tinham a visão desta importância. Tanto é que uma das primeiras providências foi determinar a abertura de um caminho para o Rio Grande. Mais tarde, mais recente, não tão antigo quanto este caminho, um guarapuavano abre um caminho para o Mato Grosso aqui pelo Norte do Paraná, atravessando o Rio Paraná. Nisto tudo vai se consolidando uma convicção minha de que Guarapuava tem alma. RPR – O que o senhor mais gosta neste trabalho de levantar documentos antigos, informações antigas, que trazem para o presente todo este passado?

KRÜGER – Uma das coisas que eu mais gosto está acontecendo agora, durante a entrevista, que é a curiosidade dos que querem saber. Porque eu também aprendo. RPR – O senhor está terminando mais um livro sobre a história de Guarapuava...

KRÜGER – Estamos praticamente refazendo um livro que já foi lançado. Com atualização. Em que o Sindicato Rural de Guarapuava tem um papel importante. Acho o Sindicato de Guarapuava muito atuante, com cursos, com trabalhos muito interessantes. A entidade está nos ajudando a fazer este livro. RPR – O senhor também se notabilizou por uma inclinação e uma trajetória no campo da fotografia. Como o senhor começou a se interessar pela fotografia?

KRÜGER – Quando fiz 11 anos, minha mãe me deu uma Agfa e disse para mim: “Meu filho, um homem tem que saber muitas coisas. É bom porque você vai aprender”. Eu depois perdi esta máquina. Gostaria de tê-la. Me interessei muito. Assinávamos uma revista de fotografia, editada em São Paulo, muito boa. Aprendi muito nesta revista. Tomei gosto pela imagem fotográfica. Acho isso uma coisa fabulosa, você poder gravar uma imagem, não é? RPR – O senhor fotografou muito em Guarapuava e região.

KRÜGER – Sem dúvida. Tenho uma co-

leção enorme de fotografias. Devo ter mais de cinco mil negativos arquivados. RPR – De tudo o que o senhor tem fotografado até hoje, quais as coisas que mais marcaram aqui na nossa região?

KRÜGER – O que mais me impressiona nesta região são as tardes. Belíssimas tardes. As madrugadas. Nossos campos, ondulantes. Os pinheirais. Isso é uma coisa que impressiona muito. RPR - Na sua gestão como prefeito, se destacou projeto Planalto Verde. Como ele funcionou?

KRÜGER – Planalto Verde é a denominação de um programa que fundei. E para fundar este programa criei uma autarquia, chamada Centro Agropecuário Municipal. Com esta autarquia, desenvolvemos 21 projetos, inclusive produção de seda. Basicamente começa pela preservação do meio ambiente. Não se falava nisso naquele tempo. Cultura da erva-mate, fruticultura, apicultura, ovinocultura, abatedouro, pecuária de corte e de leite, tração animal, para o pequeno proprietário. Comprei uns reprodutores pesados para este fim: (equinos) Percheron. Incentivo à pesquisa, agroindústria, avicultura caseira. Era um programa que atuava em profundidade na vida da cidade.

Se não conhecemos o passado de nossa família, perdemos o vínculo afetivo” tração do ciclo pastoril. Então construí o parque (Lacerda Werneck). Este era o meu objetivo: melhorar a qualidade dos animais. Minha ideia era fazer do parque um centro de discussão dos problemas. Eu trouxe conferencistas do RS. Trouxe de SP o dono do Baby Beef, um restaurante famoso, que fornece o bife de gado novo. Ele veio e fez uma conferência mostrando a importância disso. Porque vendia-se o boi aqui aos quatro anos. A primeira exposição foi em 24 de maio de 1967 e a primeira Feira de Bezerros em 18 de maio de 1975. Porque aí já tinha ambiente: os cruzamentos já tinham melhorado. Foi a primeira feira de bezerros do Paraná. Aqui em Guarapuava, houve uma exposição só em 1937, lá onde é o Parque das Araucárias hoje. Ali era o Posto de Monta. Então, os fazendeiros trouxeram umas novilhas para mostrar. Mas não era uma coisa de causar modificação. O que eu queria era mudar o sistema da pecuária.

RPR – O senhor deu início também à Expogua e à Feira de Bezerros de Guarapuava.

RPR – Atualmente, qual é para o senhor o sentimento de ter dado o passo inicial para dois eventos que aconteceram não só naquela época, mas que vêm acontecendo ano a ano e se consolidaram?

KRÜGER – Quando assumi a Prefeitura em 1964, tínhamos um quadro na economia guarapuavana bem distinto: a ascensão do ciclo madeireiro e a re-

KRÜGER – Para mim é uma satisfação. Tenho um princípio de que a vida só vale a pena quando a gente a usa para fazer o bem.

Trajetória na vida pública e cultural Nascido em 1929, em Canoinhas (SC), Nivaldo Passos Krüger veio para Guarapuava ainda jovem e mais tarde exerceu papéis na vida pública. Foi vereador, prefeito (reeleito duas vezes), deputado estadual, federal, senador, fundador da ACIG (Associação Comercial e Industrial de Guarapuava), da Associação dos Municípios do Paraná (AMP), presidente da Associação Brasileira dos Municípios, presidente da SANEPAR, secretário especial para representação do Paraná em Brasília, secretário especial para o Desenvolvimento Florestal do Paraná, membro da Fundação Santos Lima (filiada ao Instituto Histórico do Paraná), presidente da Academia de Ciências e Letras do Paraná-Seção Guarapuava, membro do Instituto Histórico do Paraná e do Instituto Histórico de Guarapuava. Krüger recebeu também títulos, como Cidadão Honorário do Paraná, outorgado pela Assembleia Legislativa do Estado.

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CARNES NOBRES

COOPERALIANÇA CELEBRA

10º FESTIVAL DO CORDEIRO

Fotos: Manoel Godoy

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ais do que o sabor de um cardápio tradicionalmente delicioso, o Festival Gastronômico Cordeiro Guarapuava de 2017, realizado dia 10 de novembro, no Vittace Centro de Eventos, teve o sabor de uma conquista: neste ano, a Cooperaliança Carnes Nobres chegou à décima edição daquela que se tornou, em Guarapuava, a mais famosa vitrine para apresentar as refinadas alternativas do enorme leque de opções proporcionado pela carne de ovino. O público novamente correspondeu: cerca de 700 pessoas compareceram ao jantar, incluindo autoridades e lideranças da agricultura, além de dirigentes de várias instituições. Ao abrir o Festival, a vice-presidente da Cooperaliança, Adriane Thives Araújo Azevedo, agradeceu a todos os parceiros que, desde o início, têm somado forças com a cooperativa para promover uma iniciativa que visa divulgar a carne de cordeiro. O prefeito de Guarapuava, Cezar Filho, também se pronunciou e enalteceu o Festival como exemplo da organização do setor cooperativista.

Ao brindar com uma cerveja elaborada para a ocasião, Cooperaliança e parceiros abriram um dos eventos mais concorridos de Guarapuava.

elaborada especialmente para a ocasião. O mestre cervejeiro da Agrária, maior produtora de malte do país, Fábio Teleginski explicou ao público que a bebida foi desenvolvida pela cooperativa, fabricada em parceria com a Jordana Bier e que traz um sabor complexo. Na sequência, diretores da Cooperaliança

Fábio Teleginski, mestre cervejeiro da Agrária, apresentou cerveja elaborada para a 10ª edição do Festival

Adriane A. Azevedo, vice-presidente da Cooperaliança

E foi a criatividade de duas cooperativas que trouxe ao jantar um toque de exclusividade: a Cooperaliança e a Agrária apresentaram uma cerveja

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Ao longo de 10 anos, público passou de 150 para cerca de 700 pessoas


Alguns dos sabores do Festival

Reconhecimento aos parceiros Diretores da Cooperaliança entregaram brindes a parceiros como sinal de reconhecimento pelo apoio ao Festival. Pela cooperativa, participaram: (da esq. p/ dir.) Roberto Hyczy Ribeiro; Herbert Schlafner; Jeferson Martins; Ciro Delle; e Adriane Araújo Azevedo

César Silvestri Filho – Prefeito de Guarapuava

Anton Gora – Vicepresidente do Sindicato Rural de Guarapuava (à esq.)

Adilson Primo Alexandre Fiorentin – Presidente Bombardelli – DSM do Sicredi Planalto Tortuga (à esq.) das Águas (à esq.)

entregaram brindes aos parceiros em sinal de agradecimento, abrindo uma noite marcada por um clima de festa. Em entrevista, Adriane avaliou que o balanço da história do Festival é positivo, já que o evento começou com um público de cerca de 150 pessoas e hoje gira em torno de 700. “O Festival foi crescendo e calendarizou no município. Especificamente nesta edição de

Bolinhos com carne de cordeiro

Conchiglione de cordeiro com maçã e molho blue cheese

Costeletas de cordeiro ao molho barbecue

Gratin de cordeiro

Risoto de cordeiro com aspargos

José Wilacildo de Matos – Pesquisa de Soja Sul do Brasil / DuPont Pioneer (à esq.)

Jorge Karl – Presidente da Cooperativa Agrária

Fotos: Manoel Godoy

Paulo Almeida – Diretor Guará Chevrolet

Entrada especial para um refinado cardápio

10 anos foi muito prazeroso para mim organizar, porque senti uma demanda grande pelo jantar”, contou. A vice-presidente da Cooperaliança recordou que a cooperativa já conseguiu colocar a carne de cordeiro em diversos pontos de venda no município e em várias regiões do Estado, como RMC e Oeste. “Temos hoje uma carteira de quase 100

clientes”, detalhou. Ela fez questão também de agradecer a parceira com o Restaurante Casa Vecchia e aos cooperados do Projeto Ovinos. “É importante a dedicação do produtor a um produto de qualidade, com padrão e regularidade. Conseguimos fidelizar clientes e colocar nossa marca no mercado. Este mérito é do produtor”, finalizou.

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TRIGO

A PIOR SAFRA DOS ÚLTIMOS TEMPOS

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Foto: Manoel Godoy

S

e durante o plantio as expectativas para a safra de trigo 2017 já não eram boas, durante a colheita, infelizmente, o mau presságio se confirmou. No Paraná teve geada logo após o plantio, depois estiagem de quase 60 dias, e quando a chuva chegou, veio de uma forma bastante irregular e muito intensa em certos períodos. Ou seja, o clima não colaborou em nenhum momento com o produtor de trigo. Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), no Paraná houve uma perda de 34% na produção do trigo em relação à safra passada, ou seja, mais de 1 milhão de toneladas a menos do grão disponível no mercado. Essa perda foi resultado tanto de quebra na produtividade, provocada pela estiagem e geada, quanto na perda de área devido à falta de estímulo do produtor no cultivo dessa cultura. A regional da Secretaria de Agricultura e Abastecimento (Seab) em Guarapuava contabilizou uma área plantada em 40 mil hectares. Deste total, a área perdida foi de 300 hectares. Com uma produtividade média esperada de 2800kg/ha, a expectativa, no dia 20 de novembro, era que a produção na região chegasse a 111.360 toneladas. O produtor rural Sergio Roberto Veit, que possui propriedade na divisa entre Guarapuava e Campina do Simão, resume a safra de trigo como “a pior dos últimos tempos”. Veit é produtor de sementes e destinou 250 hectares da sua propriedade à cultura de trigo. Em entrevista à REVISTA DO PRODUTOR RURAL, no dia 27 de novembro, quando alguns talhões ainda seriam colhidos, ele disse: “estamos colhendo nas melhores condições que se pode colher e vamos tentar fazer uma classificação para ver se conseguimos um pouco de semente. Porque não é toda produção que resulta em semente. Nós temos variedades muito boas, produtivas, mas é preciso ter condições de clima, o que não tivemos nessa safra”, observa.

Sergio Veit, produtor de semente em Guarapuava

No ano passado, 90% do trigo que foi tirado da lavoura virou semente de excelente qualidade, segundo o produtor. “Neste ano, vamos tirar no máximo 20% de semente da lavoura. Se conseguirmos 30% vamos ficar satisfeitos. Não podemos vender uma semente de qualidade ruim. Então esta porcentagem é o que vai ter de melhor”, explica. Em relação ao preço da semente, Veit diz que ainda é uma incógnita. “No trigo, o preço é estipulado pelo comprador. E isso vai ocorrer lá para frente, dependendo da demanda de quem vai querer plantar a cultura na próxima safra”. Mas uma coisa é

certa, conta o produtor: “não preciso nem fazer conta pra dizer que a cultura de inverno desse ano aqui na nossa propriedade vai dar prejuízo. E não foi só o trigo, têm áreas de aveia que eu nem vou colher”, lamenta. E o culpado por esse resultado não é apenas o clima. De acordo com Veit, no Brasil, "a política agrícola já é um desastre, mas a de trigo é ainda pior. O trigo para nós é uma moeda de troca. O Brasil exporta para Argentina, mas importa trigo. O Governo Federal não olha para o produtor. Ao invés de dar incentivo para se produzir dentro do Brasil, prefere dar dinheiro para outro país”.

Trigo no Brasil Segundo a Conab, em todo o Brasil, o trigo ocupou uma área de 1.917,1 mil hectares, sofrendo uma variação de 9,5% a menos que a safra passada. A produção esperada é de 4.568,4 mil toneladas, significando 32,1% a menos que em 2016. O estado que mais plantou trigo foi o Paraná, com uma área de 962,6 mil hectares. A produção esperada no estado é de 2.253,4 mil toneladas.


FARMÁCIA DE MANIPULAÇÃO

FORMÉDICA GUARAPUAVA: BUSCA PELA INOVAÇÃO

“P

rocuramos inovar sempre”, é esse o lema do casal Felix Kaminski Rodrigues Junior e Karine Ceccon Rodrigues, proprietários da Formédica em Guarapuava. Ele, administrador de empresas, pós-graduado em Comércio Exterior e Gestão de Empresas. Ela, farmacêutica industrial, pós-graduada em Farmácia Magistral e mestre em Ciências Farmacêuticas, com mais de 40 cursos de especialização e capacitação nas diversas áreas de atuação, sendo estes nacionais e internacionais.

Karine Ceccon Rodrigues e Felix Kaminski Rodrigues Junior, proprietários da Formédica em Guarapuava.

Atuando em Guarapuava há 12 anos, desde seu início a Formédica tem mostrado seu diferencial: preços competitivos, excelência no atendimento e qualidade de seus produtos. É neste tripé que está o alicerce da empresa. “Levar aos nossos clientes informações objetivas e propostas de mudança comportamental, com a finalidade de se obter um estilo de vida saudável e feliz, proporcionando uma melhor qualidade de vida. Esta é a nossa missão”, ressalta Karine Ceccon. A busca constante por aperfeiçoamento e inovação é determinante para o sucesso e a consolidação da empresa no mercado estadual. A capacitação de seus profissionais é o que credencia a Formédica a buscar novas parcerias, bem como novos campos de atuação, expandindo seu leque de oportunidades, maximizando seus resultados. Para oferecer sempre o melhor e mais moderno para seus clientes, a prioridade de Felix e Karine é manter-se atualizados nas novidades tecnológicas e investimentos constantes em equipamentos de ponta e de alto desempenho, matérias-primas de qualidade (em sua maioria importada) e infraestrutura adequada a sua demanda. De acordo com Felix, quando um cliente chega até a Formédica, ele está em busca de

PARCERIA

A empresa é a mais nova parceria do Sindicato Rural de Guarapuava. Sócios da entidade tem 20% de desconto na loja, mediante apresentação da carteirinha.

uma solução para sua adversidade. "E esta resposta tem que ser dada de forma rápida, eficiente, com segurança e, principalmente, que transmita confiança e credibilidade".

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FINANÇAS

PRODUTORES RURAIS DEVEM PRESTAR CONTAS DAS NOTAS FISCAIS EMITIDAS EM 2017

Foto: Geyssyca Reis

O Departamento de Nota do Produtor, da Secretaria Municipal de Agricultura da Prefeitura Municipal de Guarapuava, solicita aos produtores rurais que já organizem as Notas do Produtor emitidas em 2017 para realizar a prestação de contas junto à Secretaria (localizada na Rodoviária Municipal). “Solicitamos aos produtores rurais que apresentem as notas logo no início do ano. O prazo para apresentação dos documentos é dia 31 de março de 2018, mas o quanto antes eles trazerem é melhor, já que precisamos elaborar um relatório com todas as notas do município”, detalha o chefe da Divisão Nota do Produtor, João Francisco de Assis. Para os produtores rurais que não João Francisco de Assis, chefe da Divisão Nota do Produtor apresentarem as notas dentro do prazo, haverá consequências: o produtor será notificado e haverá uma multa de R$ 96,79 por nota não declarada. Além disso, Assis explica que quando o produtor não declara suas notas, há prejuízos também para o município. “É importante que o produtor não deixe de fazer a prestação de contas das guias emitidas, pois isso influencia no Fundo de Participação do Município (FPM), verba que é investida em Guarapuava”.

Nota Fiscal de Produtor Eletrônica A partir do dia 1º de janeiro de 2018, haverá uma mudança para notas de produtor de operações interestaduais: as notas deverão ser emitidas de forma eletrônica. A emissão da NFP-e deverá ser feita pela internet no portal Receita/PR. O acesso se dá em ambiente seguro e mediante utilização de chave e senha. O cadastro de acesso ao portal Receita/PR para emissão da NFP-e é feito na página da Fazenda (www.fazenda.pr.gov.br) e é obrigatório para emissão das notas. A orientação, aos produtores rurais, é não deixar para última hora a realização do cadastro e procurar auxílio de profissionais, como contadores.

INSCRIÇÕES ABERTAS

CURSO TÉCNICO EM AGROPECUÁRIA DO COLÉGIO IMPERATRIZ O Colégio Imperatriz Dona Leopoldina (distrito de Entre Rios - Guarapuava) está com inscrições abertas para o Curso Técnico em Agropecuária. A capacitação inicia no dia 3 de fevereiro e as vagas são limitadas. Os interessados devem fazer as inscrições na instituição de ensino até o dia 20 de janeiro. A coordenadora do curso, professora Deise Feltrin, afirma que a capacitação é uma oportunidade

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tanto para pessoas que já trabalham quanto aos jovens que ainda estudam se profissionalizarem e buscarem um lugar melhor no mercado de trabalho. “O diferencial do nosso curso é que ele acontece somente aos sábados (manhã e tarde). A duração é de três anos e o que faz com que o término seja mais rápido é que 20% da carga horária é realizada via plataforma digital” (Sistema EAD). Ela ainda explica que podem participar da capacitação qualquer pessoa, o único

requisito é que já tenha iniciado ou concluído o ensino médio. A inscrição não tem custo e o investimento do curso é de R$ 341,55 mensais, com 5% de desconto se a mensalidade for paga até a data de vencimento. Cooperados, filhos de cooperados e funcionários da Cooperativa Agrária podem ter até 20% desconto nas mensalidades. Outras informações no Colégio Imperatriz, pelo telefone: 3625-8356.



REPORTAGEM

Mulheres do Campo

A série de reportagens Mulheres do Campo tem o objetivo de homenagear mulheres que contribuem para o desenvolvimento da agropecuária regional. As homenageadas desta edição são Adriane Thives Araújo Azevedo, Neusa Silveira Vier, Alice Schotten Jurgovski e Maria Eli Poczynek.

Adriane Thives Araújo Azevedo

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Azevedo, nas lidas do campo. “Sempre tivemos lavoura e depois de um tempo começamos com a pecuária”. A ovinocultura e a Cooperaliança (Cooperativa Agroindustrial Aliança de Carnes Nobres, situada em Guarapuava, a qual é vice-presidente) surgiram um pouco mais tarde, quando os filhos já estavam crescidos. Ela já se envolvia nas atividades do Sindicato Rural de Guarapuava, já que seu marido na época ocupava o cargo de presidente da entidade. Portanto, participou das discussões iniciais

Foto: Manoel Godoy

inda de uma família tradicional de produtores rurais da região, Adriane Thives Araújo Azevedo nunca pensou em seguir outro caminho que não fosse o do campo. “Sou filha e neta de produtores rurais. Morei na fazenda até os sete anos de idade. Mudei para cidade só quando precisei estudar”. Depois de casada, Adriane se dedicou a casa e aos filhos, mas nunca deixou de acompanhar o marido, Cláudio Marques de

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de um grupo de ovinocultores. “Na época, eu tinha ovinos na propriedade, mas não era uma atividade comercial, tínhamos apenas animais para consumo. Mas alguns ovinocultores vieram até ao sindicato para pedir auxílio, já que tinham vontade de evoluir na atividade, crescer o rebanho e ter uma comercialização organizada”. A ideia inicial era uma associação, mas com o apoio da Emater, a ideia amadureceu e acabou se tornando uma cooperativa. “Em paralelo, minha produção de ovinos cresceu. Estávamos organizados e vislumbrando um desenvolvimento do setor. Comecei meu rebanho com 39 ovelhas e hoje tenho 500 matrizes para corte e, aproximadamente, 100 matrizes de rebanho P.O”. Apesar de ser um grande desafio hoje, conciliar os cargos de vice-presidente da Cooperaliança e presidente da Comissão Técnica de Caprino e Ovinocultura da FAEP, cuidar ainda da produção de ovinos na Fazenda Três Palmeiras, Adriane diz que sente um prazer imenso no que faz. Mas estar no campo, com os animais, é sua “terapia”. “Para mim, não existe Adriane sem o campo. Procuro me dividir entre as atividades, meu prazer é colocar a mão na massa, me sinto realizada e privilegiada de poder exercer uma atividade que amo. Quem dera todos pudessem ter essa oportunidade”.


Neusa Silveira Vier

Foto: Manoel Godoy

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ascida em Bituruna-PR, Neusa Silveira Vier veio de uma família que tinha como fonte de renda a agricultura e a atividade leiteira. “O leite era vendido à moda antiga, nos vidros, de porta em porta. Quem fazia esse serviço era minha irmã mais velha. Como eu era muito criança ainda, ajudava a fazer o queijo”. Mais tarde, a família mudou-se para Chopinzinho e depois para o distrito de Entre Rios, em Guarapuava. O tempo passou e Neusa se casou. A partir de então, virou dona de casa. “Minha vida era cuidar da casa e dos filhos”, lembra. No entanto, há 10 anos uma tragédia mudou a sua vida. “Meu marido sofreu um acidente de caminhão e faleceu”, emociona-se. “Foi muito difícil, porque além de perder meu marido, fiquei desesperada pensando que não ia dar conta de cuidar de tudo. Tinha muito medo de faltar dinheiro e meus três filhos, que eram todos pequenos, passarem fome”. Ao assumir a propriedade, as dificuldades vieram. “Como eu só ficava em casa, tinha perdido a noção de tudo. De trabalhar, até de conversar. Era muito retraída, não sabia nem me comunicar direito”. Para seguir em frente, ela pensava nos filhos. “Eles foram a minha força. Fiz tudo por eles”. Neusa também contou com a ajuda de

seu cunhado, Arno Vier e seu sogro, Ivo Vier. E as coisas foram se ajeitando... Há sete anos, ela encontrou um novo companheiro de vida, Anton Gora, que também é produtor rural. Hoje, como produtor rural, ela coordena suas terras junto com seu cunhado, Arno, e seu filho mais novo, Diego e também auxilia na leiteria que ela e Gora montaram há alguns anos. “Hoje eu dou muito de mim na leiteira. Todo dia a gente aprende. Sempre que tem evento ou curso, participo para buscar mais conhecimento. Faço um pouco de

tudo, se precisar ajudar na ordenha, ajudo. E acho importante estar junto para observar o que está dando certo ou errado”. Neusa encerrou a entrevista dizendo que ainda o que move ela são seus filhos: Vanessa, Larissa e Diego. “Já me falaram que admiram a minha coragem, minha determinação por passar tudo e vencer. Mas eu acredito que Deus dá coragem para gente quando precisamos. Ele me deu quando precisei. Criei meus filhos, tenho uma neta linda, a Lara. Hoje me sinto orgulhosa, porque fiz tudo por eles”.

via meus sogros tirarem leite e achava interessante a atividade. Então quando me casei, larguei a enfermagem e comecei a tirar leite”. Desde então, essa tem sido a atividade principal de Alice e sua família. “Já fazem 32 anos que casei e optei pelo leite”. No início, Alice conta

que não foi fácil. “Por uns cinco anos ficamos tirando leite na mão, no balde ao pé, levantando 5 horas da manhã. Às 8 horas o leite tinha que estar em Guarapuava (a propriedade fica no distrito de Entre Rios), então era uma correria”. Mas mesmo com as dificuldades, Alice

Alice Schotten Jurgovski

U

ma enfermeira que se tornou produtora de leite. Esta é a história de Alice Schotten Jurgovski. A atividade entrou em sua vida por meio do marido. “Quando eu ainda namorava o Walter

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Foto: Manoel Godoy

faz questão de ressaltar que nunca se arrependeu em trocar de profissão. “Nunca tive preguiça de trabalhar e me encontrei na atividade leiteira. Amo o que faço”. Hoje, além do leite, ela e o marido fazem o confinamento dos bois que são tirados da leiteria e também possuem lavoura. “Ajudo em tudo que precisar. Inclusive na lavoura não temos funcionários, somente o Walter e eu fazemos de tudo. Por isso, em época de plantio e colheita é uma loucura”. O grande orgulho de Alice são seus dois filhos. “O meu filho mais novo já terminou a faculdade de Economia e o mais velho está terminando Agronomia. Como estou pensando em me aposentar, ele já disse que quer assumir a atividade. Fico muito feliz por saber que não vai acabar aquilo que lutamos tanto para conquistar”.

Maria Eli Poczynek

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Foto: Manoel Godoy

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esde criança, Maria Eli Poczynek foi criada no campo, junto aos animais que seus pais tinham na propriedade. “Nós tínhamos vaca de leite, bovinos de corte e cabrito. Desde pequena, aprendi a lidar com eles e gostava”. Depois de trabalhar como telefonista e na área da saúde, quando casou, ela e seu marido Mario Poczynek, buscando uma fonte extra de renda, optaram pelo leite. “Com o tempo, percebi que é mais fácil trabalhar com animais do que com gente” (risos). Segundo a produtora, na propriedade as vacas são tratadas muito bem. “Elas são tratadas de forma especial. Tudo na base da conversa. Isso porque a vaca leiteira é assim: tudo que você dá para ela, ela responde em produção”. Quando iniciou a atividade, no Sítio 6M’s (distrito do Guairacá – Guarapuava), eram apenas duas vacas e um resfriador de leite comunitário. “Isso foi há 16 anos. Com o tempo, decidimos nos dedicar exclusivamente ao leite. Os resultados vieram e hoje estamos com 63 cabeças e ordenhando 21”. Na propriedade, Maria faz de tudo e diz que não tem medo de trabalho. Ordenha,

trata dos animais, cuida dos detalhes diários e do gerenciamento. “Ás vezes, as empresas e bancos ligam querendo falar com o meu marido e eu respondo brincando: tudo bem, mas quem coordena as coisas aqui sou eu”. Ela está sempre procurando investir e evoluir na produção e fica orgulhosa por saber que seus filhos vão dar continuidade à ativi-

dade leiteira da família. “Jamais posso reclamar do leite. Apesar de estarmos em um momento difícil, consegui criar quatro filhos com a renda desta atividade. Os três mais velhos já estão formados, o mais novo ainda está estudando, mas também optou por Agronomia. Sei que posso contar com eles. Fico muito orgulhosa”.


FUNGICIDA

A IMPORTÂNCIA DO MANEJO ADEQUADO DA FERRUGEM ASIÁTICA João B. Cason Engenheiro agrônomo da equipe da DuPont Brasil Proteção de Cultivos

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soja (glycine max) é hoje a cultura mais importante do agronegócio mundial, com uma produção da ordem de 350 milhões de toneladas. O aumento da área plantada e os ganhos em produtividade têm sido fatores determinantes para o desempenho da cadeia produtiva da soja, bem como para o atendimento da alta demanda global pela oleaginosa e seus subprodutos. (Gráfico 1.) Para atingir seu máximo potencial produtivo, a soja necessita se desenvolver, ao longo do ciclo da cultura, livre de qualquer interferência. No Brasil, particularmente, a ferrugem asiática ou ferrugem da

soja tem sido um dos principais entraves do produtor. A doença, causada pelo fungo Phakopsora pachyrhizi, permanece desde 2001, quando chegou ao País, entre as mais agressivas ocorrências das lavouras, levando a perdas de 10% a 90% das áreas atingidas. O patógeno causador da ferrugem encontrou no País as condições climáticas ideais para seu desenvolvimento. Recentemente, adquiriu também resistência a ingredientes ativos de fungicidas. O fungo Phakopsora pachyrhizi criou preocupantes estratégias de sobrevivência, a ponto de levar empresas, Governo e pesquisadores a trabalhar

fortemente no desenvolvimento de métodos inovadores para controlar a ferrugem. A utilização de fungicidas, por sinal, não constitui a única ferramenta recomendada ao controle eficaz da ferrugem asiática. É importante que o produtor adote ainda outros mecanismos preventivos, como resistência genética, controle cultural, monitoramento da cultura, respeito ao vazio sanitário e plantio no início da época recomendada. Já no tocante aos fungicidas, é fundamental que o produtor opte por um programa de tratamento preventivo e eficiente desde as primeiras aplicações.

40,0

3400 3200 3000

35,0

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Gráfico 1 - Histórico da Área Plantada vs. Produtividade (soja) Gráfico 1 - Histórico da Área Plantada vs. Produtividade (soja)

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Legenda: * Estimativa em julho/2017 Fonte: Conab, (2017)

Área (hectares)

2015/16

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Produtividade (kg/ha)

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PROGRAMA DE FUNGICIDAS – Após vários anos de estudos, a equipe de pesquisadores da DuPont Proteção de Cultivos desenvolveu um novo programa de fungicidas para controle da ferrugem da soja e outras doenças da oleaginosa. O tratamento é ancorado num programa de aplicação que contempla o uso intercalado dos diferentes modos de ação dos produtos Aproach® Prima (Picoxystrobina + Ciproconazole) e Vessarya® (Picoxystrobina + Benzovindiflupir). Os gráficos abaixo mostram os resultados obtidos por esse programa, dados que foram compilados em mais de 450 campos experimentais instalados nas principais regiões da soja brasileira. A linha da pesquisa, em resumo, comparou o desempenho do programa de fungicidas da DuPont ao tratamento padrão que vem sendo adotado pelos produtores. De acordo com os cientistas e pesquisadores envolvidos no trabalho, a alta produtividade dos 450 campos experimentais da DuPont - e a superioridade dos resultados obtidos ante os do tratamento padrão do produtor - está relacionada ao controle eficaz da ferrugem e de outras doenças da soja, incluindo mancha-alvo, oídio e as doenças de final de ciclo. O sucesso do tratamento, por sua vez, deveu-se à combinação entre as formulações dos fungicidas Aproach® Prima e Vessarya®, que formam a base do programa de fungicidas da DuPont. Aproach® Prima

Programa DuPont

Programa do Produtor

71,54 sc/ha Produtor em Honório Serpa – PR

contém a Estrobirulina mais potente do mercado associada a um Triazol. Vessarya® reúne na fórmula uma mistura entre os ingredientes ativos Picoxystrobin e Benzovindiflupir, que dispensam o uso de adjuvantes na pulverização. Benzovindiflupir é considerada hoje a Carboxamida mais potente em linha no Brasil. A figura abaixo mostra o programa DuPont lado a lado com o programa do agricultor. Note que a média de produtividade do programa de fungicidas da DuPont foi de 79,75 sacas de soja por hectare, contra 71,54 sacas por hectare do programa padrão ou programa do produtor. Também é importante ressaltar que a utilização combinada dos fungicidas contribui para a sustentabilidade das tecnologias hoje existentes para controle da ferrugem. O produtor deve ficar atento, ainda, às seguintes recomendações de manejo:

Produtividade - Controle complexo de doenças sacas/ha - Brasil - Safra 16/17 - Média 450 áreas 65,0 60,0 55,0 50,0 45,0 40,0 35,0 30,0 25,0 Programa DuPont

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79,75 sc/ha

Programa Agricultor

Testemunha

• Realizar aplicação preventiva dos fungicidas, iniciando as aplicações antes da entrada das doenças • Respeitar doses e os intervalos de aplicação de bula • Aplicar programa de fungicidas contendo vários modos de ação para controle de doenças • Fazer no mínimo duas aplicações de fungicidas multi-sítios por ciclo da cultura da soja • Fazer no máximo duas aplicações de fungicidas a base de Carboxamida por ciclo da soja • Respeitar o período do “vazio sanitário” • Utilizar outras estratégias de controle, como uso de variedades de soja com tolerância genética, variedades de ciclo curto e adoção de boas tecnologias de aplicação de fungicidas. O controle da ferrugem asiática não permite erros ou falhas de recomendação, ou seja, o programa escolhido pelo produtor deve ser eficiente durante todo o ciclo da soja. De acordo com a Embrapa, os custos ocasionados pela incidência da ferrugem na soja brasileira são estimados em 2 bilhões de dólares por ano, abrangendo despesas com aplicações de fungicidas e perdas de produtividade. Esse montante equivale a aproximadamente 7% do valor bruto da produção brasileira de soja.


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Vessarya® é o único fungicida que combina Picoxistrobina e Benzovindif lupir – o que existe de mais eficiente no mercado para controlar a ferrugem asiática e outras doenças da soja. Além disso, sua formulação inovadora proporciona melhor absorção e maior performance, sem necessidade de óleo. DuPont™ Vessarya®. Tecnologia e performance incomparáveis.

ATENÇÃO: Este produto é perigoso à saúde humana, animal e ao meio ambiente. Leia atentamente e siga rigorosamente as instruções contidas no rótulo, na bula e na receita. Utilize sempre os equipamentos de proteção individual. Nunca permita a utilização do produto por menores de idade. Consulte sempre um engenheiro agrônomo. Venda sob receituário agronômico. Produto de uso agrícola. Faça o Manejo Integrado de Pragas. Descarte corretamente as embalagens e restos do produto. As marcas com ®, ™ ou SM são marcas da DuPont ou de afiliadas. © 2017 DuPont.

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E agora? Eu não sei o que fazer

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educação dos filhos tem sido um dilema complexo nos dias atuais. Tudo mudou. A educação que eles, pais, receberam, não funciona mais com os filhos. Diante disto, a palestra "E agora? Eu não sei mais o que fazer!", ministrada pelo psicólogo clínico, mestre em Saúde Coletiva e doutor em Ciências da Educação, Rossandro Klinjey, procurou debater alguns pontos essenciais para educação das crianças. O evento foi promovido pela psicóloga Giselle de Mattos Leão Abdanur, no dia 20 de novembro. O Sindicato Rural de Guarapuava apoiou o evento. Segundo o palestrante, os pais devem criar um filho capaz de enfrentar o mundo, resolver a própria vida com inteligência emocional e ao mesmo tempo ser um profissional capaz, um ser humano competente. “No entanto, muitas vezes, apesar das melhores intenções, muitos pais não tem conseguido isso”, afirmou Klinjey em entrevista à Revista do Produtor Rural. De acordo com ele, isto ocorre por diversas razões. Uma delas, ele explica, é que hoje os pais se importam mais em serem amados pelos filhos do que respeitados. “No passado, os pais não se preocupavam se eram ou não amados pelos filhos, mas jamais abriam

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mão do respeito. No final, conseguiam o respeito e o amor. O amor é a conquista que vem do respeito. Os pais de hoje querem inverter essa ordem. Querem se fazer amados, mas não se fazem saber respeitar. E no final, não conseguem nem o amor, nem o respeito”. Klinjey observa ainda que os pais, atualmente, querem conquistar os filhos por meio de objetos, querem dar ao filho aquilo que não tiveram na infância. Mas segundo o psicólogo, esse pode ser um erro gravíssimo na formação de uma criança. “Quando os pais dão as coisas sem nenhum esforço, a criança aprende que ela não tem que fazer nada pra conquistar e no mundo não é assim. O que é a nossa casa? É um treino para vida. Preciso trabalhar meu filho para vida e não para minha casa. Se no mundo é por mérito, na minha casa é por mérito. Se no mundo tem pressão, responsabilidade, escolha, eu preciso ensinar, em minha casa, tudo isso para o meu filho”.

Fotos: Abimael Valentim

EDUCAÇÃO

Sobre este assunto ainda, o psicólogo lembra que “quando vamos enterrar um pai e uma mãe, que é um dia doloroso, a gente nunca lembra do que eles nos deram. Não lembramos do brinquedo legal. Lembramos daquela mãe que colocou a mão na minha testa até a febre passar. Daquele pai que me ensinou a andar de bicicleta. Vamos lembrar de um ser humano se relacionando com outro ser humano, ensinando a vida. Não vamos sentir saudade de coisas, mas sim daquele pai cumprindo seu papel. Portanto, não se deve comprar emoções dos filhos com objetos. Quer marcar seu filho, marque com compromisso emocional”.


SOLO

QUAL SERÁ O FUTURO DA AGRICULTURA? As respostas podem ser infinitas e dependem de um recurso finito: o solo.

A

s reflexões sobre o agronegócio brasileiro tendem a chamar a atenção para os recordes de produção, indicadores de geração de empregos e renda. Olhar o solo é quase um exercício de estudo de bastidores, ao qual órgãos internacionais têm se dedicado. Desde 1935, o solo é reconhecido internacionalmente como um recurso natural e não renovável pelo órgão norte-americano, que atualmente leva o nome de Natural Resources Conservation Service (NRCS). Há mais de 80 anos, o órgão alertava para os prejuízos sociais e econômicos decorrentes da degradação do solo causada pela combinação de ventos, erosão e agricultura. A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) aponta que os

solos acolhem 95% da produção alimentar e mais de um quarto da biodiversidade do planeta. No Brasil, o manejo sustentável do solo com a adoção de práticas conservacionistas como a rotação de culturas, o plantio direto e a adubação biológica tem consolidado resultados positivos e, aos poucos, conquista os produtores rurais. Outras iniciativas como o Programa Integrado de Conservação de Solo e Água (Prosolo), em parceria com 22 entidades da iniciativa privada e órgãos públicos, objetivam a recuperação de áreas com erosão, problema que voltou a aparecer com força nas propriedades nos últimos anos. Segundo dados da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento

do Paraná, 30% das propriedades paranaenses sofrem com o processo de erosão nos mais diversos níveis. As cooperativas de produtores rurais também endossam esse movimento da agricultura conservacionista. A Cooperativa Agroindustrial LAR, sediada no município paranaense de Medianeira, e a Federação Brasileira de Plantio Direto e Irrigação (FEBRAPDP), sediada em Foz do Iguaçu, são protagonistas nesse movimento. Com diversos projetos em parceria com a Usina Hidrelétrica Itaipu, que vêm contribuindo para o avanço tecnológico no campo, com a produção de energia elétrica a partir de biogás gerado pelos dejetos da agropecuária, uma das iniciativas é o Projeto Índice de Qualidade Parti-

Tabela 1. Resultados dos Indicadores que compõe o Índice de Qualidade Participativo (IQP) do Sistema

Plantio Direto, de áreas agrícolas com a presença e ausência do AduboBiológico MICROGEO®, no Estado do Paraná IR

DR

PR

FP

TC

AC

FE

TA*

TESTEMUNHA

0,7271

0,5763

0,4342

0,8724

0,8377

0,5340

0,6667

0,7768

MICROGEO®

0,8722

0,6670

0,5000

0,9400

0,9500

0,7425

0,6750

0,8080

DIFERENÇA (%)

19,96

15,74

15,15

7,75

13,40

39,05

1,25

4,01

* IR: Intensidade de Rotação; DR: Diversidade de Rotação; PR: Persistência dos Resíduos; FP: Frequência do Preparo do solo; TC: Terraceamento Correto; AC: Avaliação da Conservação; FE: Fertilização Equilibrada; TA: Tampo de Adoção do sistema plantio direto. REVISTA DO PRODUTOR RURAL DO PARANÁ

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cipativo (IQP), do Sistema de Plantio Direto, um software desenvolvido pelo Parque Tecnológico Itaipu (PTI) que mede a qualidade do sistema de plantio direto e os impactos no manejo do solo. Entre os macroindicadores mapeados pelo Projeto IQP destacam-se a rotação de culturas, a cobertura permanente do solo, não revolvimento do solo, conservação do solo, nutrição e histórico/adoção do sistema plantio direto. Em 2017, 114 cooperados da LAR participaram do Projeto IQP, sendo que 10 deles incorporam a Adução Biológica MICROGEO® às práticas de manejo em suas propriedades e conquistaram resultados positivos. Os resultados dos indicadores do IQP obtidos pelo grupo de produtores que, incluiu a adubação biológica no manejo agrícola, ficaram acima dos demais agricultores (Tabela 1). Os índices IR (Intensidade de Rotação), DR (Diversidade de Rotação) e PR (Persistência dos Resíduos) são relacionados à prática de rotação de culturas e, mesmo assim, as áreas que adotaram a adubação biológica obtiveram maior pontuação. O TA (Tempo de Adoção) do sistema plantio direto também é um indicador proveniente da prática que não se correlaciona à adubação biológica. Enquanto que FP (Frequência de Preparo do Solo), TC (Terraceamento correto), AC (Avaliação da Conservação) e FE (Fertilização Equilibrada) estão direta ou indiretamente ligados aos benefícios promovidos pela adubação biológica. Portanto, era esperado que, para áreas com MICROGEO®, esses indicadores apresentassem maiores notas quando comparadas as áreas que não adotam a adubação biológica. O parâmetro AC foi o que mais se destacou: as áreas com MICROGEO® obtiveram um resultado 39% acima das áreas que não fazem uso dessa tecnologia. O IQP é calculado com base nos indicadores. Portanto, o resultado final foi um índice IQP maior em média 13,58% nas áreas tratadas com MICROGEO® (Gráfico 1). Comprovando, na prática, que a Adubação Bio-

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REVISTA DO PRODUTOR RURAL DO PARANÁ

IQP 7,800000 7,600000 7,400000 7,200000 7,00000 6,800000 6,600000 6,400000 6,200000

IQP

Testemunha

Microgeo®

6,7297544

7,6437000

lógica MICROGEO® é uma biotecnologia capaz de auxiliar a conservação de solos agrícolas.

O QUE É A ADUBAÇÃO BIOLÓGICA? Trata-se de uma das alternativas para o manejo sustentável da agricultura, tendo em vista a preservação do solo. A adubação biológica devolve ao solo microrganismos promotores da porosidade e reestruturação da terra. Como resultado, melhora as capacidades de enraizamento das plantas e de retenção da água no solo, com o consequente aumento na produtividade. Essa prática reestabelece a diversidade microbiana e o equilíbrio biológico do solo, agregando benefícios multifuncionais para a lavoura. O grupo de 10 agricultores, que participou da composição do Índice de Qualidade Participativo do Sistema de Plantio Direto (IQP), incorporou o MICROGEO®, um componente balanceado para nutrir, regular e manter a produção contínua do Adubo Biológico, o qual é produzido pelo próprio agricultor, através da instalação

da Biofábrica CLC® (Compostagem Líquida Contínua), na propriedade dele, com suporte da empresa. O Adubo Biológico preparado com MICROGEO® atua no condicionamento das propriedades físicas, químicas e biológicas do solo graças à sua constituição do produto por microrganismos, nutrientes e fitormônios. Dentre os agricultores cooperados da LAR e que adotaram o programa de Adubação Biológica MICROGEO®, um deles é Cezar G. Tondelo. Há cinco anos, ele aplica MICROGEO® na propriedade de 120 hectares. Plantando soja, milho, trigo e, prestes a começar o plantio de feijão, em 2018, Tondelo destaca ganhos práticos com o uso do MICROGEO®, dentre eles, o aumento da retenção da umidade e a descompactação do solo. Outro agricultor que aderiu à Adubação Biológica MICROGEO® é Rogério Pratti. Localizada em Vera Cruz do Oeste, a propriedade dele tem 130 alqueires. Cultivando soja, milho, trigo e aveia, Pratti incorporou o MICROGEO® no manejo agrícola em 2012. “É possível ver a mudança do solo. Quando abrimos uma trincheira, as plantas têm raízes maiores, o solo está menos compactado e mais úmido”, finaliza Pratti.



SOJA

SEAB E CONAB ESTIMAM

Propriedade rural em Candói (PR), terminando plantio de soja em final de novembro: desta vez, clima ajudou, com umidade favorável

S

e no centro-sul do Paraná o trigo 2017 sofreu com a chuva irregular (no ciclo) e o milho 2017/2018 com estiagem no plantio (setembro), a soja 2017/2018, plantada entre novembro e dezembro, é a cultura que de novo deverá renovar a incansável expectativa do produtor de que, agora, a lavoura se desenvolva sob um clima mais normal, com melhores resultados. Por outro lado, SEAB e CONAB estimam ligeira redução na safra. No âmbito local, de acordo com a regional da SEAB em Guarapuava, que abrange 12 municípios, a estimativa (posição em 20/11/17) é de que a soja 2017/2018 proporcione um volume praticamente igual ao anterior: frente a 1,05 milhão de t em 2016/2017, a produção giraria em torno de 1,06 milhão de t. A área se

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REVISTA DO PRODUTOR RURAL DO PARANÁ

eleva de 266,1 mil hectares para 281,2 mil hectares, porém com previsão de queda de produtividade, dos 3.978 kg/ha da safra passada para cerca de 3.800 kg/ha nesta. No contexto estadual , a SEAB informou no dia 24 de novembro que já previa, para a soja, retração de 2%, com o volume caindo de 19,8 para 19,4 milhões de t. A causa foi o excesso de chuva em outubro e novembro, principalmente no oeste paranaense. Mas segundo o economista Marcelo Garrido, do DERAL, vários fatores também contribuíram, como atraso do plantio provocado por seca entre agosto e setembro. Com 96% dos 5,45 milhões de hectares da oleaginosa já plantados, a maior parte das lavouras encontrava-se, naquela data, em boas condições. Ainda de acordo com a SEAB, até então, os preços se

mostravam estáveis, embora menores do que ano passado. Em novembro de 2016, a cotação média era de R$ 66,00 a saca; no mesmo mês deste ano, R$ 62,00 – queda de 5%. Em nível nacional, a CONAB divulgou em seu levantamento de novembro um crescimento da área de soja, com variação entre 2,1% a 4,2%, passando de 33,9 milhões para um patamar entre 34,6 e 35,3 milhões de hectares. Apesar isso, a produção deve reduzir-se de 114 milhões de t, na safra passada, para um volume entre 106,4 e 108,6 milhões de t. No mercado internacional, o USDA, em levantamento de novembro, mostra que a oferta mundial é estimada em 348 milhões de t, enquanto o consumo atingiria 345 milhões de t. Num setor totalmente globalizado, os números chamam a atenção

Fotos: Manoel Godoy

QUEDA NA SAFRA 17/18


em todas as regiões de cultivo. Em Candói (PR), o produtor rural Lincoln Campello, disse ao receber a REVISTA DO PRODUTOR RURAL, dia 29 de novembro, que naquele momento, com 90% do plantio concluído, tinha uma expectativa moderada: “Acho que os valores vão ficar entre R$ 65,00 e R$ 75,00 (a saca). Não vai ter muita variação, porque os estoques estão normais”, estimou. Para ele, ao longo do ciclo, as cotações poderão subir ou descer de acordo com eventuais oscilações do dólar ou problemas com o clima. “Devido à demanda, acho que não vai ter um decréscimo de preço. Só na colheita: você vai ter uma tendência de baixa, porque há uma maior oferta”, completou. Este patamar de preço, para o produtor, ainda deverá ser rentável. O investimento de implantação da lavoura, observou, oscilou por sua vez de acordo com a época de compra de insumos. “O dólar variou muito”, afirmou, ao relatar que al-

O produtor Lincoln Campello: realismo na expectativa de preços apenas razoáveis para a soja 2017/2018

guns enfrentaram custos altos, enquanto outros despenderam montantes “razoáveis”. Razoável também é como ele classifica o resultado que espera: “Não vai ser como há dois anos, quando a safra foi excelente”. Já na produtividade, Campello analisa que, com as condições de clima da região, o desempenho deverá situar-se acima de 3.500 kg/ha.

Tradicional na soja, ele contou que em função deste cenário decidiu, para 2017/2018, trabalhar numa área praticamente igual à da safra passada. “Mantive a rotação”, detalhou, explicando que em seu caso não seguiu a tendência dos agricultores que, por causa de preços baixos do milho, reduziram as lavouras desta cultura para expandir as de soja.

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UNIVERSIDADE

UNICENTRO TERÁ CURSO DE ADMINISTRAÇÃO EM AGRONEGÓCIOS Roni Antonio Garcia da Silva está elaborando o projeto do curso de Administração em Agronegócio - Bacharelado

A

to a pecuária de corte e a leiteira. O agronegócio hoje a nível de Brasil é o principal responsável pela manutenção de um PIB alto, o principal gerador de emprego em cinco anos”, comenta Garcia. Outro fator que influencia a vinda dessa profissionalização para Guarapuava é a característica agropecuária da região. Segundo o professor, a cidade tem o perfil da agricultura familiar e é dever da universidade profissionalizar os filhos e filhas desses produtores, para que no futuro eles possam substituir o pai e assim fortalecer a agricultura familiar. Por isso, haverá disciplinas específicas para o curso, como por exemplo, gestão agroindustrial. O curso terá duração de quatro anos. A grade curricular é fundamentalmente do curso de administração no que se diz respeito à parte de formação geral do administrador. Serão inseridas no curso matérias como teorias da administração, administração financeira, administração mercadológica, e administração estratégica. Para focar na administração do agronegócio, o curso vai ofertar a matéria de empreendedorismo, que pretende ser um conteúdo prático, assim como ocorre nos cursos do SENAR, ofertados pelo Sindicato Rural de Guarapuava. “Vamos inclusive buscar parceria Fotos: Carlos Souza

Universidade Estadual do Centro-Oeste (UNICENTRO) vai ofertar a ofertar um novo curso no campus Cedeteg. O curso de Administração com ênfase em Agronegócio já está em fase de finalização e segundo o coordenador do projeto da matriz curricular, professor Roni Antonio Garcia da Silva, já estará disponível para o vestibular de 2018 ou 2019. Segundo ele, essa formação superior vem de uma sugestão do governador do estado do Paraná, Beto Richa, que em conversa com o chefe do departamento de Administração da UNICENTRO, Ari Schwans, sugeriu que Guarapuava deveria explorar mais o ramo do agronegócio. “A ideia é aproveitar a estrutura do curso de administração - recursos humanos e equipamentos. Guarapuava e Pitanga são o centro geográfico do Paraná e possuem na sua economia o agronegócio, a agricultura especificamente, e também estão desenvolvendo mui-

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com o SENAR. Pensamos em convidar um profissional do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural para ministrar essa disciplina,” adianta Garcia.

Destaque e Excelência Não foi por acaso do destino que o professor Roni Antônio Garcia da Silva teve seu nome escolhido para coordenar um curso tão importante para o crescimento da região. Além de professor universitário desde 1974, Roni Garcia é técnico agrícola há quase 50 anos, já foi extensionista rural em São Carlos, pela ACARESC e foi fiscal rural do Banco da Amazônia, a principal instituição financeira de fomento do governo federal na região. Com muitas formações, o professor teve um pensamento idealizador e em 1974 abriu o primeiro escritório de planejamento e assistência rural de Guarapuava. Roni Garcia também é autor de livros na área de administração rural.


Em cada solução, um conceito nos inspira: sua determinação de fazer o campo produzir. Com base em seu exemplo, construímos espaços para armazenar o que a terra nos traz de melhor: safras de esperança. E inovamos para preservar, a cada ano, a semente de nossa parceria: qualidade.

São os votos da Paraná Silos


ROYALTIES

Fábio Farés Decker e Luis Eduardo Pereira Sanches ALIANÇA LEGAL DOS ESCRITÓRIOS DECKER ADVOGADOS ASSOCIADOS E TRAJANO NETO E PACIORNIK ADVOGADOS

MONSANTO - TECNOLOGIA INTACTA EM RISCO

N

um passado próximo, no ano de 2012, a Companhia Monsanto esteve envolvida em uma discussão judicial sobre a cobrança de royalties decorrentes de uma patente alegadamente vencida, e, que, após decisões judiciais favoráveis aos produtores rurais, a empresa suspendeu os percentuais cobrados na comercialização da semente Roundup Ready – RR. Naquele momento, alguns produtores brasileiros entraram em acordo com a empresa, que concedeu a eles crédito na compra da soja Intacta (RR2), sucessora imediata da RR. Neste final do ano de 2017, a gigante americana se vê em volta de um novo entrave sobre as sementes geneticamente modificadas, uma vez que está sendo demandada pela Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja) por conta da possível nulidade da patente da soja Intacta RR2 Pro, por entender que o registro não cumpre os requisitos legais previstos na Lei de Propriedade Industrial. Sabe-se, até então, que são 3 (três) as irregularidades iniciais observadas na patente da Monsanto: 1 – A empresa não informou ou demonstrou tecnicamente quais construções gênicas foram originalmente concebidas e testadas, não se podendo aferir até que ponto há um efeito técnico inovador necessário à concessão de uma patente;

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REVISTA DO PRODUTOR RURAL DO PARANÁ

2 – Foi observado ainda que a patente não revela integralmente a invenção, de modo a permitir que, ao final do período de exclusividade, possa ser acessada por qualquer pessoa livremente, evitando que uma empresa se aproprie indevidamente da tecnologia por prazo indeterminado; 3 – Em desrespeito à Lei de Propriedade Industrial, outra falha é a adição de matéria após o depósito do pedido de patente junto às autoridades brasileiras, ampliando ilegalmente o escopo original da patente. Lado outro, a Monsanto esclarece que não existia soja com proteção contra lagartas antes do lançamento da tecnologia “Intacta”, disponível comercialmente no Brasil há mais de quatro anos e com esta inovação os produtores saíram beneficiados. Além disso, a empresa salienta que a tecnologia “Intacta” foi devidamente patenteada no Brasil e em outros países, sempre seguindo os mais rigorosos critérios de exame, portanto, esta patente seguiu as mais rigorosas regras de exame e todos os requisitos de patenteabilidade foram devidamente atendidos. Embora ainda distante de uma definição sobre o assunto, é importante que o produtor siga atento para uma pretensa nulidade da patente da Monsanto, Intacta, e, em função disso, busque demonstrar o quanto pagou pelo uso da tecnologia, revertendo em seu favor os royalties já pagos.


Cultivar o futuro é semear a terra com a experiência de muitas gerações. Perseverar é cuidar dos frutos ainda antes da colheita. Por isso, o respeito à agricultura é o primeiro de nossos insumos. É com esta admiração por quem transforma a terra em safras que buscamos com você safras de realizações. Agradecemos aos nossos colaboradores, clientes e fornecedores pela parceria.

Feliz Natal! Boas safras! Feliz 2018!

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CONFRATERNIZAÇÃO

Augustin: celebrando um tempo de conquistas

Kilpp: Gerente Comercial PR da Augustin

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Concessionária Massey Ferguson, a Augustin reuniu em Guarapuava colaboradores de suas lojas no Paraná

Expectativa e alegria na chegada de Papai Noel

marcamos a inauguração da nossa casa aqui em Guarapuava, um novo estabelecimento dentro dos padrões da Massey Ferguson, com tudo feito pensando no cliente – e o que primamos muito, que é o pós-venda”. Ele também recordou a consolidação dos trabalhos em outras regiões: “Temos uma boa filial em União da Vitória, construímos em Mangueirinha, temos um ponto de vendas em Pitanga e estamos avançando em melhorar também em Laranjeiras

Pagode: no ritmo da alegria

Sócio-diretor da Augustin, Paulo Finger, e a esposa Cleusa: descontração ao lado de Papai Noel

Clima de celebração para pais e filhos

Fotos: Manoel Godoy

U

m momento de celebração das conquistas de 2017: este foi o clima da confraternização de final de ano que a Augustin (concessionária e assistência técnica Massey Ferguson com sede em Não-Me-Toque/ RS) realizou no último dia 2 de dezembro, em uma das áreas da empresa em Guarapuava (PR), reunindo membros de sua direção e sua equipe de profissionais do Paraná. Mantendo uma tradição que já realiza há alguns anos, a empresa abriu a festa às famílias dos colaboradores e promoveu, para as crianças, um momento especial, com a chegada de Papai Noel. A programação começou por volta das 10h30 da manhã, com brinquedos para os pequenos e um ambiente já preparado para receber os convidados, vindos de Pitanga, Mangueirinha, União da Vitória e Guarapuava e Laranjeiras do Sul. E não foi preciso esperar muito pelo instante mais aguardado. Às 11h30, o Bom Velhinho chegou a bordo de um trator, foi cercado pelo carinho dos pequenos e logo começou a distribuir presentes. Ao se dirigir aos colegas, o gerente comercial Paraná, Márcio Kilpp, incentivou todos a se empenharam cada vez mais para que a Augustin possa seguir evoluindo em seus serviços. Já em seu pronunciamento, o sócio-diretor da empresa, Paulo Finger, lembrou que 2017 foi um ano de progressos. Um almoço festivo, no ritmo alegre do pagode, garantiu a animação, que se estendeu durante a tarde. Numa avaliação sobre 2017, o sócio-diretor da Augustin assinalou alguns dos avanços da empresa no Paraná: “Este foi um ano em que


Uma festa para as crianças

Ed.dez-jan_2018_AF-OK.pdf

1

05/12/17

Finger: sócio-diretor da Augustin

Almoço festivo: convívio e amizade

Durante o almoço festivo, foram as crianças que deram o tom da alegria. Depois de receberem presentes das mãos de Papai Noel, elas se divertiram à vontade em brinquedos montados no local.

Fotos: Manoel Godoy

do Sul. Estamos assim consolidando o nosso trabalho – agora há quase sete anos no Paraná – de buscar esta aproximação com o cliente”. Finger disse ainda que o ano foi melhor do que o anterior: “A gente já viu uma alavancagem de vendas em tratores, em colheitadeiras, comparado com o ano de 2016. Estamos também qualificando o nosso quadro de colaboradores. Acho que foi um ano muito positivo”, resumiu.

17:03

REVISTA DO PRODUTOR RURAL DO PARANÁ

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APRENDIZAGEM RURAL

SENAR INVESTIU EM CAPACITAÇÃO CONTINUADA

O

Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) tem um papel importante na profissionalização e capacitação de produtores e trabalhadores rurais em todo o Brasil.

Equipe Regional Guarapuava: a mobilizadora do Sindicato Rural, Mery Ribas, o supervisor da Regional de Guarapuava, Aparecido Ademir Grosse e a colaboradora do Senar, Cleide Cardoso Breda.

O supervisor da regional do Senar, em Guarapuava, Aparecido Ademir Grosse destaca que em 2017 o Sistema Faep/Senar passou por algumas reformulações no Paraná, visando uma qualificação ainda mais adequada. “A proposta estabelecida para o ano aumentou a carga horária dos cursos, possibilitando ao participante desenvolver o conteúdo proposto na prática, bem como a possibilidade de uma formação continuada. Os resultados foram positivos no quesito aprendizagem”, avalia. A regional do Senar em Guarapuava atende 28 municípios. Avaliando a atuação do sistema na região, em especifico, Grosse pontua que “toda a demanda foi atendida. Alguns atendimentos de forma customizada, ou seja, atendendo a necessidade de cada cliente. Com baixo índice de

Números O Sindicato Rural de Guarapuava, em parceria com o Senar, promoveu em 2017, 150 cursos na sede em Guarapuava e nas extensões de base em Candói e Cantagalo. Cada curso disponibiliza turmas de 8 a 15 pessoas, em média. Sendo assim, pelo menos 1.000 trabalhadores e produtores rurais foram capacitados em diversas áreas do meio rural na região.

CURSOS REALIZADOS EM 2017 / MUNICÍPIO 120 Guarapuava

13 Candói (atende também o município de Foz do Jordão)

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17 Cantagalo

cancelamento, sendo este um excelente indicador, mostra o comprometimento das pessoas envolvidas”. O supervisor ainda destaca que para este mérito, as parcerias foram fundamentais: “Cada vez mais se concretiza o papel dos Sindicatos Rurais, associados, mobilizadores, instrutores e parceiros, como fundamental para a qualidade dos cursos, tendo estes o reconhecimento pela sociedade”, observa Grosse. Segundo o supervisor, o Senar visa sempre ações de formação profissional modulares, com alta capilaridade, propiciando igualdade de oportunidades. “Além de combinar qualificação com promoção social, de forma a orientar o trabalhador/ produtor a tirar o melhor proveito econômico e social de seu trabalho e/ ou de sua propriedade”.


MILHO

RECOMENDAÇÃO DE MANEJO PARA DOENÇAS FOLIARES DO MILHO

B

oa parte das adversidades enfrentadas nas lavouras de milho estão ligadas a doenças foliares e seus impactos, que podem impedir que o híbrido expresse seu potencial produtivo e trazer grandes danos econômicos para o produtor. As folhas têm papel fundamental para a produção na planta do milho, por isso é muito importante conhecer o comportamento dessas doenças e as medidas corretas para monitorar e controlar sua interferência na cultura do milho.

Como monitorar? É importante que o monitoramento aconteça desde o início do ciclo da cultura. As doenças foliares normalmente se manifestam primeiro nas folhas do terço inferior das plantas, e caso não sejam controladas, atingem as folhas superiores. Dessa forma, a principal referência para intervenção com fungicidas para controle da maioria das doenças é a folha abaixo da espiga e a avaliação da progressão da doença. Para entender o nível de infecção da doença, é necessário acompanhar seu desenvolvimento. Utilizando escala de notas de 1 a 9, sendo a nota 1 a ausência de sintomas e a nota 9 o maior índice de dano foliar, é possível tomar a decisão correta para iniciar o manejo.

Doenças e controle A Ferrugem comum (Puccinia Sorghi), a Ferrugem Polisora (Puccinia polysora), a Mancha Foliar de turcicum (Exserohilum turcicum), a Cercosporiose (Cercospora zeae-maydis), a Mancha Branca (Phaeosphaeria maydis) e a Diplodia das Folhas (Stenocarpella spp.) são as doenças foliares de maior destaque dentro cultura do milho. Para controlar essas patologias é necessário conhecer os fatores que influenciam sua proliferação. O controle cultural associado a utilização do controle químico é a melhor estratégia no manejo dessas doenças. Conheça as principais doenças foliares do milho e a melhor forma de realizar o manejo:

Ferrugem comum

Controle químico Triazois – Eficiência alta Triazois associado a Estrobilurina – Eficiência alta Controle cultural - Seleção de híbridos resistentes - Época de semeadura - Eliminação de hospedeiros potenciais.

Ferrugem Polisora

Potencial de dano: gera até 45% de perdas, além do risco de tombamento. Condições favoráveis: umidade relativa do ar maior que 90% e agua nas folhas em temperatura entre 25ºC e 30ºC. Controle químico Triazois – Eficiência alta Triazois associado a Estrobilurina – Eficiência alta Protetores – Eficiência media

Potencial de dano: moderado Condições favoráveis: umidade relativa do ar entre 90% e 100% e temperatura entre 15ºC e 20ºC.

Controle cultural - Seleção de híbrido resistente - Época de semeadura - Eliminação de hospedeiros potenciais

Mancha Foliar de Turcicum

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Potencial de dano: 50% de perdas Condições favoráveis: alta umidade e temperaturas entre 15ºC e 25ºC. Controle químico Protetores – Eficiência alta Triazois associado a Estrobilurina – Eficiência média Controle cultural - Seleção de híbrido resistente - Rotação de culturas

Benzimidazois – Eficiência média Triazois – Eficiência média

Diplodia

Controle cultural - Seleção de híbrido resistentes - Rotação de culturas - Adubação balanceada de nitrogênio e potássio -Época de semeadura

Mancha Branca Potencial de dano: média severidade, causando problemas com os grãos e podridão do colmo. Condições favoráveis: umidade relativa do ar maior que 80% em temperaturas entre 25ºC e 30ºC.

Cercosporiose

Controle químico Preventivo: Tratamento de semente –dicarboximidas e benzimidazóis

Potencial de dano: severo e agressivo, gerando até 80% de perdas. Condições favoráveis: umidade relativa do ar maior que 90% em temperatura noturna de 20ºC e diurna máxima de 30ºC. Controle químico Triazois associado a Estrobilurina – Eficiência alta

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Potencial de dano: agressivo, causando até 60% de perdas. Condições favoráveis: umidade relativa do ar maior que 70% em temperaturas entre 25ºC e 30ºC. Controle químico Triazois associado a Estrobilurina – Eficiência média Protetores – Eficiência média Controle cultural - Seleção de híbrido resistentes - Época de semeadura - Rotação de culturas

Controle cultural - Sementes sadias - Rotação de culturas

Esse conteúdo é um oferecimento da DEKALB, a marca dos agricultores que desafiam os limites da produtividade. Para mais informações, acesse: www.dekalb.com.br.


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CURSO DE CHURRASCO

Cortes que valorizam todo o sabor da carne

Gerson Almeida: alegria de compartilhar os segredos de um bom churrasco

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REVISTA DO PRODUTOR RURAL DO PARANÁ

Fotos: Manoel Godoy

O

Sindicato Rural de Guarapuava e o Clube da Carne, de Curitiba, realizaram mais uma vez, dia 14 de novembro, no salão de festas da entidade, uma atividade para difundir conhecimentos sobre aquela que é a principal atração na culinária do Sul do país: o churrasco. Proprietário do Clube da Carne e responsável pelas orientações aos participantes, o guarapuavano Gerson Fabiano Almeida, com objetividade e descontração, mostrou que cortes diferenciados, aliados ao preparo cuidadoso, podem evidenciar ainda mais o já famoso sabor de carnes bem conhecidas e de outras, que vêm se destacando recentemente entre os conhecedores do assunto. À REVISTA DO PRODUTOR RURAL, ele contou que nesta quarta edição do curso buscou enfatizar cortes com potencial para serem excelentes opções, seja por seu paladar ou por

Com muito conhecimento e descontração, Gerson Almeida (Clube da Carne) mostrou cortes de cordeiro e dianteiro bovino

apresentarem boa relação custo-benefício. A maior novidade, detalhou, foi demonstrar várias alternativas para o churrasco de ovino. “Conseguimos fazer hoje mais de 15 cortes, para fugir um pouco das opções conhecidas. Quando se fala em cordeiro, o que você pensa? Paleta, carré e costela. Vamos mostrar que o cordeiro é uma carne bem versátil”, antecipou Almeida antes da aula. Outro atrativo, ressaltou, foi apresentar uma nova visão sobre o dianteiro bovino. “Vamos explorar bem o dianteiro, que sempre foi conhecido como carne de segunda, e mostrar que isso já caiu por água abaixo, há muito anos, com a qualidade de carne que temos”, disse. Esta parte do bovino, completou, além de poder resultar em um churrasco macio tem ainda dois atrativos: preço acessível e sabor surpreendente. “O corte do dianteiro ainda fica mais em con-

ta do que os tradicionais, como o prime rib ou o bife de chorizo. O dianteiro, a bem da verdade, tem muito mais sabor que o traseiro. Há alguns cortes como o short rib, que têm um grande percentual de colágeno, que dá um sabor bem característico à carne. O verdadeiro assado de tira sai de um corte do dianteiro. É uma costela rápida de fazer e extremamente saborosa”, explicou. Sobre o preparo, ele frisou que em cada corte se deve considerar um detalhe específico. “O short rib tem um grande percentual de acém. É muito saboroso, mas tem de ser feito da maneira certa. Tem de fazer um pouquinho mais demorado, para poder deixar este colágeno, esta gordura, absorver na carne e ficar saboroso. O assado de tira, em contrapartida, é muito mais rápido de fazer do que a costela do traseiro. Até mal passado fica saboroso”, comparou.


Fotos: Manoel Godoy

Já entre os participantes, o pecuarista Marcelo Gorski relatou que há cerca de um ano já havia feito um curso sobre o posterior bovino. As opções para churrasco apresentadas nesta edição, acrescentou, também despertaram seu interesse: “Ele mostrou cortes do dianteiro que eu não conhecia”. Cortes para churrasco de cordeiro e de dianteiro bovino foram atração no curso

O pecuarista Marcelo Gorski: interesse nos cortes do dianteiro bovino

Também presente, a agrônoma Kiulza Morona Ribeiro contou que, até o momento, compareceu a todos os cursos promovidos pelo sindicato e pelo Clube da Carne. “Adoro churrasco. Desde criança acompanhava meu avô – ele era churrasqueiro de igreja no interior. Cresci neste meio, gosto e lá em casa a churrasqueira sou eu”, afirmou. Ao final da aula, degustação de assados de cordeiro e de dianteiro bovino trouxeram a todos uma certeza: vale a pena conhecer mais sobre os segredos de um bom churrasco.

A agrônoma Kiulza M. Ribeiro: gosto em aprender sempre mais sobre o churrasco

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MANCHETE

Sindicato Rural: 50 anos de história!

U

m jantar de celebração marcou, no dia 7 de dezembro, no Spazio Vecchia, os 50 anos de fundação do Sindicato Rural de Guarapuava. O evento, que relembrou o surgimento da entidade, em 18 de outubro de 1967, contou com a presença de cerca de 450 pessoas, entre produtores associados à entidade, membros da atual diretoria e de gestões anteriores, instituições e empresas parceiras, da Federação da Agricultura do Estado do Paraná (FAEP) e de autoridades. A ocasião foi também espaço para dirigentes da en-

tidade e convidados enfatizarem a importância do setor rural para a economia, no passado e na atualidade, nos níveis local e nacional. Na abertura da programação de comemoração, em seu pronunciamento de saudação, o presidente do Sindicato Rural, o agrônomo e agropecuarista Rodolpho Luiz Werneck Botelho, destacou o papel do sindicato. Em seguida, teve lugar a apresentação de um vídeo institucional da entidade, apresentando atividades e conquistas ontem e hoje. Em poucos minutos, o filme mostrou como os produtores rurais, unidos

em torno de uma instituição de representação, podem obter avanços importantes para suas atividades. Representando a FAEP, o diretor secretário Livaldo Gemin também se dirigiu ao público e enalteceu o jubileu da entidade. Em entrevista, disse que participar dos 50 anos do Sindicato Rural de Guarapuava era uma obrigação, em agradecimento aos produtores rurais que, através de sua entidade, apoiam a Federação da Agricultura. “Agora, cada vez mais, precisamos que o produtor rural venha, se congregue, esteja junto com o seu sinREVISTA DO PRODUTOR RURAL DO PARANÁ

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Foto: Rodrigo Disney

Foto: Rodrigo Disney

Precisamos estar unidos, porque unidos somos mais fortes” Rodolpho L. W. Botelho, presidente do Sindicato Rural de Guarapuava

dicato, pois os desafios estão aí e virão mais ainda numa época difícil do nosso país”, afirmou. Em nome do município, o prefeito de Guarapuava, Cesar Silvestri Filho, saudou a diretoria do sindicato e aos produtores rurais presentes. Ele observou que atualmente, no entanto, com o fim da Contribuição Sindical, é necessário que o segmento mantenha o apoio a suas entidades de representação, como os sindicatos rurais. Cezar Filho reforçou esta mensagem ao conversar com a REVISTA DO PRODUTOR RURAL: “Aproveitei o momento para dar meu testemunho do quanto faz diferença ter uma entidade respeitada, que tem legitimidade e competência para representar os interesses dos seus sindicalizados. Esta é a marca do Sindicato Rural de Guarapuava. Graças a esta força e a estas condições, temos hoje um agronegócio forte, que tem grande capacidade

Temos hoje um agronegócio forte, que tem grande capacidade de interlocução junto aos governos. É importante que isso se mantenha” Cesar Filho, prefeito de Guarapuava

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Prefeito de Guarapuava, Cesar Silvestri Filho

Livro histórico Foto: Rodrigo Disney

Botelho, presidente do Sindicato Rural de Guarapuava

de interlocução junto aos governos. É importante que isso se mantenha”, comentou. Para o prefeito, mais do que nunca, se coloca neste momento “a importância da consciência dos agricultores de que precisam se manter bem representados”.

A

programação da noite reservava ainda mais emoções para quem conhece a história de Guarapuava, cujo surgimento remonta à primeira década do século XIX. Num município que teve no setor rural, com a pecuária, uma de suas primeiras atividades, o Sindicato Rural decidiu, neste ano de seu jubileu, apoiar o lançamento da 3ª edição, revista e ampliada, de um livro que busca resgatar todo aquele passado: “Guarapuava – Seu território, sua gente, seus caminhos, sua história”, do ex-prefeito Nivaldo Krüger. Mas a diretoria da entidade decidiu fazer uma surpresa para o próprio autor: além de convidá-lo para o jantar e homenageá-lo, realizou na ocasião um

Pré-lançamento do livro de Krüger: supresa para o autor

pré-lançamento do livro. Krüger recebeu, das mãos do presidente do sindicato, Rodolpho Luiz Werneck Botelho, um exemplar de sua obra. “Esta é expressão da generosidade das pessoas. Fiquei emocionado”, declarou ele após a homenagem. O presidente do Sindicato Rural voltou a dirigir a palavra ao público e fez questão de enfatizar que “ninguém faz nada sozinho”. Com isso, abriu a etapa final do protocolo, de reconhecimento ao trabalho das diretorias que estiveram à frente da entidade e do apoio dos associados. Para receber homenagem, em nome dos ex-diretores, Botelho chamou os ex-presidentes presentes ao evento, Cláudio Marques de Azevedo e Armando Araújo; e repre-


Fotos: Rodrigo Disney

Representando a FAEP, Livaldo Gemin entregou a Botelho homenagem da instituição

Agora, cada vez mais, precisamos que o produtor rural venha, se congregue, esteja junto com o seu sindicato, pois os desafios estão aí”. Livaldo Gemin, diretor secretário da FAEP

Foto: Rodrigo Disney

Foto: Manoel Godoy

sentando os sócios mais antigos, o presidente da Coamig, Edson Bastos. Ao final do cerimonial, os associados puderam conferir o cardápio sofisticado de um jantar à altura do momento, assinado por Kiko Dalla Vecchia. E para harmonizar com os sabores apresentados pelo chef e sua equipe, a programação de comemoração dos 50 anos do Sindicato Rural de Guarapuava trouxe uma atração musical de destaque: a música de Yassir Chediak. Violeiro, cantor, compositor, apresentador de TV, produtor e ator, ele criou em 1998 o site violacaipira.com.br para os amantes do gênero e, como autor de trilhas sonoras e ator, participou de filmes e novelas (Globo), tendo entre alguns de seus sucessos sua versão de “Anunciação” (Alceu Valença) e “Estradas”, no seriado Carga Pesada. O músico participa ainda de programas como Brasil Caminhoneiro (SBT). O resultado não podia ser outro: com seu jeito simples, de quem conhece bem o interior de que fala em suas canções, Chediak encantou o público com um som ao mesmo tempo campeiro e moderno,

Homenagem aos ex-diretores Cláudio Azevedo e Armando Araújo

Foto: Rodrigo Disney

Homenagem a Edson Bastos, representando os primeiros sócios da entidade

Yassir Chediak: atração musical que abrilhantou o jubileu de 50 anos do Sindicato Rural de Guarapuava REVISTA DO PRODUTOR RURAL DO PARANÁ

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Comissões da FAEP Ele completou que o sindicato se tornou importante em Guarapuava e no Paraná e assinalou a necessidade dos produtores continuarem dando suporte à entidade. “O apoio do sócio, da classe produtora rural, das demais

Foto: Manoel Godoy

emoldurando com poesia uma noite que também entrará para a história de quem dela participou. Ao comentar em entrevista este meio século de história do Sindicato Rural de Guarapuava, o presidente da entidade considerou que o momento se destaca devido à própria atuação da entidade, sublinhou que a ocasião mostra que os produtores estão unidos e comentou que o jantar foi uma forma de agradecer e valorizar os associados e as parcerias: “Esta comemoração de 50 anos é uma data marcante, principalmente pelo serviço que o Sindicato Rural tem feito durante estas cinco décadas. É marcante também porque mostra a união do setor, da classe rural em prol dos seus objetivos. Este jantar é uma maneira do sindicato celebrar esta data com seus associados, com produtores e parceiros”.

Sócios e parceiros prestigiaram o evento

entidades, é de fundamental importância. Isso tem demonstrado nestas últimas décadas o crescimento e o respeito que o Sindicato Rural tem ganho perante a sociedade, as entidades e também a seu quadro de sócios. Cada vez mais o sindicato tem uma representação firme, forte e atuante, não só em nível municipal, como regional, mas também estadual. O Sindicato Rural hoje é uma entidade que é escutada. São levadas em consideração as suas demandas, seus questionamentos. Cada vez mais, acho que precisamos dessa integração entre produtores, sócios, e

A palavra dos produtores Edson Bastos

“Nós participamos da primeira fase com o Doutor Ruy Marques, que foi um pioneiro, visionário que entendeu a importância da união dos produtores rurais. Estou achando a festa muito boa, importante, significativa, emociona. É um exemplo para o Paraná. Nossa organização é exemplo para qualquer sindicato do estado”.

Wilmar Schneider

“Agradeço a Deus pela evolução do Sindicato e o tanto que ele nos ajuda. Em tudo: orientação, dá mais segurança pra gente. Esse sindicato é uma dádiva de Deus que a gente tem. Acho que essa festa é a coisa mais rica do mundo para o Sindicato”.

Solange Ribas Cleve “Acho que hoje o Sindicato está mais participativo, fazendo mais cursos, mais em contato com os sócios. Para os agricultores, o Sindicato é uma coisa muito boa, por conta dos cursos e serviços, como o ITR. Na cidade, faz falta um Sindicato e o nosso é muito participativo. O evento está maravilhoso”.

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entidades representativas”, disse. Botelho mencionou que também dentro do Sistema Federação da Agricultura do Paraná (FAEP), o Sindicato Rural de Guarapuava tem representado os produtores rurais ao tomar parte nas comissões técnicas estaduais da entidade: “O sindicato está tendo um respaldo muito grande dentro da própria Federação da Agricultura, participando das comissões. Em várias comissões estaduais, o sindicato está participando e sempre levando o nome de Guarapuava e região, sempre representando bem os seus setores”. O presidente do Sindicato Rural de Guarapuava completou que, na atualidade, a capacitação e a difusão de conhecimentos, há muitos anos proporcionada pela entidade, se tornou ainda mais importante, diante de duas realidades: de um lado, as transformações da tecnologia e da economia; de outro, a demanda dos produtores por conhecimento. Ele sublinhou que, por meio de parcerias com instituições como o SENAR-PR, na viabilização de cursos, ou com universidades e empresas do agronegócio, em eventos técnicos da agropecuária, o sindicato visa contribuir para que o produtor tenha melhores resultados econômicos e também melhor qualidade de vida: “Capacitação nunca é demais e, num mundo competitivo, acho que essa informação, essa tecnologia, esses sistemas de gestão, são primordiais para o produtor rural. A capacitação é também muito importante para os colaboradores e para os familiares. Temos uma pareceria muito grande com o SENAR-PR. Estes cursos são gratuitos, estão abertos para os produtores e seus colaboradores e precisamos que, cada vez mais, toda esta parte técnica seja profissional”.


Sindicato Rural de Guarapuava – Ao longo de 50 anos de história a entidade se tornou um dos sindicatos rurais mais bem estruturados do Paraná. O anfiteatro (à esq.) tem abrigado diversos eventos técnicos, voltados à agricultura ou pecuária. O salão de festas (à dir.) recebe, além de eventos sociais, vários cursos ou encontros com foco no setor rural. Sede também da REVISTA DO PRODUTOR RURAL, o sindicato está situado na Rua Afonso Botelho, nº 58, no Bairro Trianon, em Guarapuava (PR).

Com este mesmo objetivo, completou o presidente do sindicato, a entidade também vem difundindo conhecimento ao apoiar e/ou receber, no transcorrer de sua história, encontros técnicos da agropecuária que promove em parceria com diversas instituições e empresas do agronegócio. Ele assinalou que, além disso, o sindicato tem sediado eventos regionais de iniciativas estaduais para o setor rural, como a reunião do Plano Pecuária Moderna que aconteceu em outubro de 2015, no anfiteatro, para definir seu comitê regional, e o curso que o plano lançou depois para padronizar o conhecimento entre diferentes profissionais da assistência técnica. Conforme acrescentou, o sindicato recebeu, já em 2017, outro evento importante, no dia 30 de maio, quando foi um dos locais de lançamento regional do programa Pró-Solo (do governo do Estado e cerca de 20 parceiros), que visa conscientizar e divulgar no meio rural técnicas de produção que preservem o maior bem das propriedades. Botelho recordou que sindicato e parceiros têm até mesmo lançado iniciativas, como o Simpósio Regional da Bovinocultura de Leite, cujas edições, em 2015 e 2017, ocorreram no anfiteatro

da entidade e em propriedades da região. “A grande questão hoje é que informação existe. O que se precisa é fazê-la chegar ao produtor rural. O sindicato faz a sua parte, de tentar divulgar esta informação para produtores e técnicos e com isso levar a região de Guarapuava a alcançar melhores índices e resultados, quer sejam financei-

ros ou sociais”, contextualizou. Outra tendência que o sindicato percebeu foi a da importância que a informação ganharia entre os séculos XX e XXI. Primeiro, a entidade, que já publicava o boletim Informe Rural, deu início, em junho de 2007, na gestão liderada por Cláudio Marques de Azevedo, a uma inovação: o boletim

Parceiros destacam o papel do Sindicato Rural Marcelo Mayer - DuPont Pioneer “A Pioneer é parceira do Sindicato Rural há anos, sempre apoiando a entidade em suas ações e eventos, buscando novas tecnologias e caminhos para levar ao produtor da região. Sozinhos não conseguimos e com a parceria é melhor. O Sindicato é uma referência da região no desenvolvimento do setor agropecuário. Tudo o que se passa na entidade, as parcerias, os desenvolvimentos de trabalhos a campo, a própria Revista do Produtor Rural como meio de divulgação, contribui muito para o setor agropecuário da região”.

Cândido Bastos - CB Agro “Quero parabenizar o Sindicato Rural pelos 50 anos de atuação em Guarapuava e região. E na pessoa do Rodolpho Botelho e de toda a diretoria da entidade, quero parabenizar pelo trabalho realizado. Tenho certeza que hoje o Sindicato Rural de Guarapuava é um dos mais atuantes no Paraná. E dizer que sempre apostamos no sindicato como uma entidade realmente em defesa da classe produtora rural na nossa região. A CB Agro está junto com o Sindicato Rural nessa missão, até porque nossa região é extremamente agrícola. Somos parceiros e apoiamos todas as ações dessa entidade tão importante”.

Raphael Pupo - Grupo Pitangueiras “Primeiro de tudo, quero parabenizar o Sindicato pelos 50 anos e que a parceria que o Grupo Pitangueiras tem com a entidade continue perpetuando sempre. Acho que o Sindicato Rural na região tem grande importância, porque a união dos produtores rurais sempre traz benefícios para eles mesmos. O Grupo Pitangueiras está à disposição para prestigiar e apoiar as ações do sindicato, em beneficio do produtor rural”. REVISTA DO PRODUTOR RURAL DO PARANÁ

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Como o tempo não apenas segue em frente mas traz transformações por vezes inimagináveis, o presidente do Sindicato Rural de Guarapuava destaca que a entidade também pensa no amanhã. Qual seria o quadro do agronegócio no curto e no médio prazo? Prever com exatidão é impossível, mas ele elencou algumas tendências a seu ver relevantes e o papel de uma entidade de representação dos produtores, como o sindicato, que faz parte do Sistema Federação da Agricultura do Estado do Paraná. “O mundo vem com mudanças, como o país também. Precisamos nos adaptar e ser capazes de nos transformar para poder acompanhar estas mudanças. As empresas que não tiverem capacidade de se adaptar podem desaparecer. Para o produtor, é a mesma coisa”, alertou. O próprio destaque que o setor agrícola adquiriu no Brasil, por ter se tornado uma força de destaque na economia, exige, para Botelho, que os produtores e suas entidades reforcem ainda mais sua união. “O setor do agronegócio há mais de uma década vem sustentando o crescimento do Brasil. Por isso, tem muita gente de olho neste filão: empresas que querem participar do mercado ou o governo, que quer participar deste lucro também, com aumento de impostos. Estamos entrando num período em que os produtores, as entidades, têm de estar extremamente unidos. Ninguém gosta de perder posições conquistadas. Para isso, precisamos estar unidos, porque unidos somos mais fortes”, concluiu.

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Atual diretoria do Sindicato Rural de Guarapuava (2016/2019). Na foto (da esq. p/ dir.): Cícero Passos de Lacerda (2º Secretário) Lincoln Campello (Conselho Fiscal) Luiz Carlos Colferai (Conselho Fiscal) Alexandre Seitz (Conselho Fiscal) Anton Gora (2º vice-presidente e delegado representante) Rodolpho Luiz Werneck Botelho (Presidente) Josef Pfann Filho (1º vice-presidente) João Arthur Barbosa Lima: 1º Tesoureiro Anton Gottfried Egles (Suplente de Conselho Fiscal) Roberto Eduardo do Nascimento Cunha (Suplente de Conselho Fiscal) Gibran Thives Araújo (1º Secretário) Fazem parte também da diretoria: Jairo Luiz Ramos Neto (2º tesoureiro) e Carlos Eduardo dos Santos Luhm (Suplente de Conselho Fiscal) Trabalho em equipe – Ao longo do tempo, o Sindicato Rural de Guarapuava obteve uma conquista importante que as instituições buscam em sua cultura organizacional: o estabelecimento de uma atitude de trabalho em equipe. São colaboradores do sindicato (da esq. p/ dir.): Manoel Godoy – Repórter da Revista do Produtor Rural Arnaldo Catapan Machado – Financeiro Luciana de Queiroga Bren – Gerente e editora-chefe da Revista do Produtor Rural Raquel Santos – Serviços gerais Mery Ribas – Mobilizadora dos cursos do SENAR-PR Anelise Roseira Gavron – Recepção Geyssica Caetano Reis – Repórter da Revista do Produtor Rural Rosemeri Althaus – Administrativo Rafael Almeida – Financeiro Fazem parte também da equipe: Ana Paula Quadros Alves – Extensão de base de Candói Patrícia Paula da Silva – Extensão de base de Candói Bruno Gabriel Moreira Mariano – Extensão de base de Cantagalo Silmara de Fátima Ribeiro de Freitas – Extensão de base de Cantagalo Carlos Souza e Camila Maciel – Estagiários da Revista do Produtor Rural

Foto: Rodrigo Disney

Tendências

Foto: Rodrigo Disney

foi substituído pela REVISTA DO PRODUTOR RURAL. Editada a cada dois meses e direcionada aos associados, a revista nasceu com a missão de abordar, em nível regional, notícias e reportagens sobre os mais diversos aspectos do setor rural. Aos poucos, se firmou como referência em informação agropecuária no Paraná e agora já marca sua presença em 10 dos 50 anos de história do Sindicato Rural de Guarapuava. “A REVISTA DO PRODUTOR RURAL é uma ferramenta de divulgação, não só dos assuntos relacionados diretamente com o Sindicato Rural, mas também uma maneira de levar informações de pesquisadores, de cientistas, empresas. É hoje reconhecida uma das revistas de ponta em nível estadual, senão em nível nacional”, analisou Botelho.


SEGURO AGRÍCOLA

AGROBRASIL TEM PRODUTOS PERSONALIZADOS PARA PRODUTORES RURAIS

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AgroBrasil, primeira Operadora de Seguro Agrícola, surgiu em 1998, fruto da necessidade dos fruticultores da serras Gaúcha e Catarinense. Atendendo aos anseios destes produtores rurais que estavam desprotegidos das adversidades climáticas, iniciamos um projeto na área do Seguro Agrícola Privado, projeto este que atingiu seu objetivo graças a parceria Operadora/Fruticultores. A empresa expandiu, sempre com foco na área agrícola e hoje consta em nosso portfólio soluções tanto para fruticultura como para horticultura e grãos. Sabemos que as dificuldades ainda são grandes e apenas uma pequena área cultivada do Brasil é segurada. Porém, acreditamos no potencial do produtor rural brasileiro. É para eles que trabalhamos e buscamos trazer maior tranquilidade para que direcione sua atenção àquilo que verdadeiramente importa: sua plantação. Oferece em seu portfólio de produtos, proteção contra granizo com

adicional para geada nas principais culturas de inverno (trigo, cevada e milho 2ª safra). Possui vasta experiência em 20 safras no seguro de granizo em frutas, olerícolas e grãos em geral com ou sem franquia dedutiva. Adicionais como vendaval, queda de parreiral, proteção fitossanitária e ajustes de qualidade também podem ser contratadas em várias culturas. Também consolidou o seguro AgroBrasil PG® (Produção Garantida) para grãos com múltiplas coberturas protegendo contra perdas por granizo, geada, excesso de chuvas, ventos fortes, estiagem, inundação imprevista e inevitável, incêndio e/ ou tromba d’água com adicional de replantio.

Diferenciais conquistados: • Experiência de 20 safras; • Especialização no seguro agrícola;

• Produtos personalizados para cooperativas, associações ou grupos de produtores; • Custo/benefício competitivo; • Aceitação de produtores com pequeno e grande porte; • Sem limitação de área mínima por talhão; • Facilidade nas cotações através de um sistema especializado para o setor; • Pré e pós-venda com excelente atendimento através de engenheiros agrônomos especializados no seguro agrícola; • Seguro contra granizo sem franquia dedutiva para grãos; • Possibilidade de contratar seguro por talhão na modalidade multirrisco; • Rapidez e organização no atendimento de sinistros; • Transparência nas vistorias; • Indenização rápida REVISTA DO PRODUTOR RURAL DO PARANÁ

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Subvenção federal ao prêmio do seguro rural A AgroBrasil participa juntamente com a seguradora parceira (Essor

Seguros) em todos os programas federais e estaduais, viabilizando os custos de contratação do seguro agrícola. Para o produtor rural ter direito à subvenção federal, não deve estar no Proagro e não pode ter nenhuma restrição no CADIN (Cadastro Informativo de Créditos não Quitados).

Participou em todos os programas do PSR desde que foi lançado em 2005 com elevado percentual de sucesso junto ao Ministério da Agricultura e Pecuária, fruto de um trabalho contínuo e incansável de convencimento do setor, pois acreditamos e buscamos o melhor para o produtor rural.

Platinum América Corretora de Seguros

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Platinum América Corretora de Seguros iniciou suas operações há 9 anos, quando se uniram Celso Barata, ex-diretor da Zurich Seguros com o diretor comercial , José Alves Neto tendo atuado na Itaú seguros, Comind Seguros e Santander Seguradora. O conhecimento técnico do sócio Celso, com o espírito comercial do Neto, fez com que esta fusão se tornasse bem sucedida. Um dado histórico da época foi em 2008, quando ocorreu o pedido de concordata do banco americano Lehman Brothers, mergulhando o mundo numa crise sem precedentes. Nosso então presidente Luiz Inácio da Silva, disse que a crise nos EUA era um tsunami, e se chegasse ao Brasil seria uma “marolinha”. Agora nós sabemos que a “marolinha” acabou virando onda. Nesta Época, a corretora ganhou destaque por sua atuação na área de grandes riscos: seguros de transportes; frota de veículos; seguro industrial; seguro de vida, voltado para pessoa jurídica. Avançamos no interior do estado do Paraná, mais especificamente nas regiões de Maringá, Londrina, Cascavel, Umuarama, Cianorte e Jaguapitã e na região do Triângulo Mineiro e estados de Goiás, Mato Grosso do Sul e Rio Grande do Sul. A indústria de abate de carnes de bovinos e aves, a criação de aves e incubatórios se tornaram um grande negócio, fazendo a corretora entrar no circuito do agronegócio com o pé direito.

A região de Guarapuava é conhecida pelo clima favorável ao plantio de milho, soja, trigo, cevada, batata entre outros, contudo, também sabe-se que as geadas são fortes e frequentes, colocando em perigo todo investimento feito pelo produtor. A incerteza climática das previsões para 2018 é a tônica entre os estudiosos, não conseguindo cravar se teremos El Niño ou La Niña, mas consideram a perspectiva de perdas na lavoura. As mudanças do clima traz uma certeza, que não podemos brincar com ele. Das duas uma, ou você faz uma poupança ou aplica em fundos do tesouro nacional para recorrer no caso de uma emergência ocasionada pelo clima. Para isso, o melhor é contratar uma apólice de seguro que garante a permanência do produtor no campo quando ocorra algum evento climático que prejudique sua lavoura, e para que ele não fique inadimplente junto a instituições financeiras, inviabilizando novos empréstimos. O seguro é um “bem necessário”, a despeito do que alguns pensam, ele traz tranquilidade ao produtor num período de incertezas climáticas; demonstra ao mercado investidor capacidade de empreender com qualidade; e permite usufruir dos estímulos governamentais como o PSR (Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural) gerido pelo Governo Federal e garante a adimplência junto aos bancos e cooperativas de crédito.

Parceiros do produtor: Agro Brasil, Essor Seguros e Platinum América Corretora: É a parceria que está dando certo, com a junção da experiência; tradição e o respaldo de um grande grupo segurador, que oferece produtos de seguros com condições superiores aos praticados pelo mercado, a um preço justo.

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SOLIDARIEDADE

Transforme seu IMPOSTO DE RENDA em SOLIDARIEDADE!

DESTINAÇÃO DO IMPOSTO DE RENDA, AINDA MAIS NECESSÁRIA Sueli Karling Spieler Engenheira agrônoma Mestre em Economia e Doutora em Agronomia pela Universidade Federal do Paraná

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companhar o noticiário, mais que nunca, tornou-se uma atividade deprimente. Matérias predominantemente negativas como catástrofes naturais, conflitos religiosos, atentados extremistas absurdos. Eventos esses que desencadeiam um sem fim de prejuízos a vidas humanas, quando não, a perda destas. Como consequência, milhares de pessoas, sejam adultos, crianças ou

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idosos estão atualmente mergulhados num mar de tristeza, perdas e total insegurança, amargando uma enorme carência de suas necessidades mais básicas. Felizmente neste nosso abençoado e maravilhoso país, não considerando a violência e a causa da mesma, as tragédias são mais sutis, de menor magnitude, porém, não menos doloridas. Exatamente isso, dói ter fome, assim

como, dói saber que uma criança desmaiou de fome dentro de uma escola brasileira. E esse é o grande paradoxo: abençoado e maravilhoso Brasil e a fome. Em um país com tamanha pujança de recursos naturais, é inaceitável que qualquer ser humano não tenha o que comer. Na contramão disso tudo foi noticiado para 2018 o corte orçamentário na média de 90% em todos os servi-


ços de assistência social pelo governo federal, onde prejudicados serão milhões de pessoas assistidas por tais serviços, dentre eles milhares de crianças e adolescentes acompanhados pelos serviços de execução de medidas socioeducativas, ressocialização, abrigo, combate ao trabalho infantil e tantos outros que servem pra garantir o direito das crianças e adolescentes. Direito esse CONSTITUCIONAL e também prioritário como regulamenta o Estatuto da Criança e do Adolescente. Não nos cabe aqui apontar os culpados e sim informá-los e incentivá-los, caro leitor, a agir direta ou indiretamente em prol da diminuição, senão, erradicação dessa dor. Diante desse cenário crítico, os serviços ofertados pelas ENTIDADES de assistência social para crianças e adolescentes, que são cofinanciadas pelo FIA MUNICIPAL dependem cada vez mais da contribuição possível do IMPOSTO DE RENDA. A destinação é um ato tão simples de cidadania que provoca consequências tão importantes no resgate da dignidade de tantas crianças e adolescentes, melhorando assim suas perspectivas de futuro. Portanto, prezados leitores, um pouco deste contra-senso pode ser amenizado por nós através do simples ato de destinar parte do Imposto de Renda para o Fundo para a Infância e a Adolescência – FIA, que é um fundo destinado às ações de atendimento à criança e ao adolescente em situação de risco pessoal e social. O FIA por sua vez, é gerido pelos Conselhos dos Direitos da Criança e do Adolescente – COMDICA. Cada vez mais desmistifica-se a real aplicação de tais recursos, tendo em vista que a transparência vem sendo aplicada e buscada tanto pelas ENTIDADES que tomam tais recursos quanto pelos cedentes e órgãos fiscalizadores, como PREFEITURAS e TRIBUNAIS DE CONTAS. Lembrando, a Lei Federal 13019/2014 complementada pela Lei, também Federal 13024/2015 foram

criadas para aumentar ainda mais a credibilidade e transparência do uso desse recurso. Através destas foi alterado o formato de repasse entre o órgão gestor, no caso o FIA e as entidades, aumentando ainda mais a burocracia para a captação deste recurso. Burocracia essa que exige o Chamamento Público para apresentação dos projetos e ações das entidades demonstrando-os perante a sociedade. Então, quem fiscaliza a aplicação dos recursos do FIA são o contribuinte, a comunidade, o Tribunal de Contas e o Ministério Público. Ainda, o COMDICA - Conselho Municipal do Direito das Crianças e Adolescentes do município de Guarapuava, órgão gestor, regulamentador e deliberador dos recursos do FIA MUNICIPAL através da resolução 036/2017, que cria o BANCO DE PROJETOS, que é um instrumento que visa dar conhecimento aos prováveis destinadores do IMPOSTO DE RENDA de quais ENTIDADES estão aptas a receber tais destinações. Aptas, pois são registradas no conselho e passaram por um crivo de analise técnica e organizacional, trazendo dessa forma mais segurança ao contribuinte de que os recursos serão bem aplicados. A destinação continuará acontecendo da mesma forma. A diferença é que os projetos eram elaborados depois da captação e agora são elaborados antes da captação. Assim cada destinador pode conhecer o projeto

para o qual pretende destinar seu imposto. A partir dessa resolução todos os projetos aprovados para captar recursos estarão disponíveis no endereço: http://comdica-guarapuava.webnode.com/bancoprojetos/ No sitio eletrônico da RECEITA FEDERAL, acessamos dados que demonstram em 2017 até o mês de outubro um total nacional arrecadado de IMPOSTO DE RENDA que perfaz um montante de: PESSOA FÍSICA: R$ 28.736.000.000,00 e PESSOA JURÍDICA: R$ 104.883.000.000,00. Imaginem um mundo perfeito, onde todas as destinações possíveis dos contribuintes, PESSOA FÍSICA que pode ser de 3% a 6% e os de PESSOA JURÍDICA que pode ser de 1% fossem feitas para as entidades assistenciais. São cifras que só o mero pensamento eleva a patamares inimagináveis as entidades que poderiam ser beneficiadas. E com a principal característica que é indicar a entidade que irá receber os recursos, e mesmo que o contribuinte não use essa prerrogativa, só o fato de destinar certamente já seria muito bem aplicado, deliberado e fiscalizado. Portanto, mais que nunca fica evidenciada a importância e o benefício da destinação de parte deste imposto para as entidades assistenciais que seguem a política de atendimento à criança e ao adolescente, sabendo que temos a segurança de que qualquer quantia destinada tem uma estrutura organizacional fiscalizada.

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COMO DESTINAR IMPOSTO DE RENDA PARA O FIA GUARAPUAVA Qualquer pessoa física ou jurídica (empresa) no Brasil pode destinar recursos de seu imposto de renda para os projetos sociais aprovados. Veja como é simples: 1. O depósito é feito junto ao Fundo da Infância e da Adolescência. Se as destinações forem realizadas dentro do ano de referência (até 31/12), a pessoa física pode descontar até 6% do IRPF devido na declaração (modelo completo) e a pessoa jurídica deduz até 1% do IRPJ devido no lucro real. Em 2012 houve uma alteração na legislação que inovou ao possibilitar às pessoas físicas efetuar a destinação após o encerramento do ano e antes da data de vencimento da primeira quota. Porém, para as destinações realizadas nesse período, a dedução fica reduzida e limitada a 3% do imposto devido na declaração. Cabe ao contribuinte avaliar o melhor momento de realizar a destinação. Caso possua segurança e uma estimativa confiável do quanto vai pagar de imposto é recomendável realizar as destinações dentro do próprio ano-base, assegurando a dedução de 6%. Se houver incerteza, é prudente esperar a apuração definitiva do IRPF e calcular o quanto pode ser destinado ao Fundo da Infância e Adolescência, lembrando que o limite de dedução neste caso fica reduzido para 3% do imposto devido. Para as pessoas jurídicas, a destinação deve ser lançada na contabilidade, conforme orientação do seu contador.

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2. No caso das pessoas físicas, que têm imposto retido na fonte, também é possível realizar a destinação para posterior devolução de parte do imposto aplicado em incentivo devidamente corrigido. Neste caso, requer-se que a opção da declaração seja a completa. Exemplo para Destinação na Declaração de Ajuste (3%): Veja como é simples fazer esta destinação: No programa da DIRPF, ficha “Doações Diretamente na Declaração ECA”, clique no botão “Novo”, escolha o fundo “Municipal”, selecione a UF e o município de GUARAPUAVA e informe o valor a ser destinado. Em seguida, clique no botão “OK” para encerrar o preenchimento dos dados. Pague o DARF até a data limite (final de abril). Exemplo para Destinação até dia 31/12 (6%): Consiga junto a entidades, conselho municipal ou até mesmo a prefeitura o número da conta do FIA MUNICIPAL. Faça o depósito do valor a ser destinado do IMPOSTO DE RENDA. Pronto! Destinação com SUCESSO!

Entidades cadastradas no COMDICA • INSTITUTO EDUCACIONAL DOM BOSCO CNPJ 92.822.741/0003-38 • ASSOCIAÇÃO DE PAIS E AMIGOS DOS DEFICIENTES VISUAIS – APADEVI CNPJ 80.620.750/0001-03 • CENTRO EDUCACIONAL JOÃO PAULO II CNPJ 01.009.617/0001-30 • CARITAS SOCIALIS CNPJ 77.905.784/0001-21 • ASSOCIAÇÃO DE PAIS E AMIGOS DOS EXCEPCIONAIS – APAE CNPJ 75.643.585/0001-67 • ASSOCIAÇÃO CANAÃ DE PROTEÇÃO AOS MENORES CNPJ 76.907.443/0001-22 • CENTRO DE NUTRIÇÃO RENASCER CNPJ 77.124.311/0001-97 • ASSOCIAÇÃO BENEFICENTE DAS SENHORAS DE ENTRE RIOS - ABSER CNPJ 81.644.320/0001-86 • FUNDAÇÃO PROTEGER CNPJ 79.262.341/0001-95 Recursos tirados de uma forma arbitrária têm fácil possibilidade de retornar, se todos destinarem parte do IMPOSTO DE RENDA. Vamos ajudar a devolver a infância às crianças! Vamos destinar e ainda, vamos disseminar essa ideia.

Excelente 2018 a todos!!!


NUTRIÇÃO

DIAGNOSE FOLIAR: SUA CULTURA ESTÁ COM UM BALANÇO NUTRICIONAL ADEQUADO? Marcos Altomani Pesquisador Especialista Região Sul – Agrichem do Brasil S.A.

U

m dos principais fatores para o sucesso na atividade agrícola é o manejo adequado da nutrição mineral de plantas, que deve ter como objetivo final gerar lucro com sustentabilidade. Plantas mal nutridas apresentam distúrbios no metabolismo e crescimento, o que impede a cultura de alcançar maiores produtividades. O monitoramento constante do equilíbrio nutricional dos cultivos deve fazer parte dos processos na fazenda. Em geral, a folha consiste no principal órgão a ser monitorado para fins de análise nutricional. De acordo com Malavolta (2006), existem registros de análise da composição mineral de tecidos foliares desde o início do século XIX. Desde então, muitas pesquisas foram e continuam sendo desenvolvidas com o objetivo de analisar e interpretar o estado nutricional das plantas a partir da análise de tecidos foliares, visando aplicar os conhecimentos obtidos diretamente no manejo prático da adubação. Deficiências pontuais de um determinado nutriente, quando suficientemente severas, apresentam sintomas distintos e podem ser identificadas visualmente ou por meio de técnicas de obtenção de imagens a nível de campo. Contudo, na maioria dos casos, as deficiências ou desequilíbrios de nutrientes não apresentam sintomas facilmente visíveis, causando apenas diminuição no crescimento das plantas e redução do potencial produtivo

da cultura (Marschner, 2012). Para tal, torna-se necessário utilizar técnicas de amostragem e análise de tecidos, associados a posterior diagnóstico e interpretação do estado nutricional da cultura. A literatura técnico-científica possui muitos trabalhos que correlacionam teores mínimos e máximos de nutrientes nos tecidos foliares com a produtividade final obtida, inclusive gerando tabelas com uma faixa de suficiência ideal para os mesmos. Contudo, na agricultura moderna e com nível técnico mais elevado, o uso destas tabelas não é suficiente para interpretar o estado nutricional das culturas. A partir dos anos 1970, foram publicados os primeiros trabalhos no meio acadêmico com o uso de metodologias estatísticas para a avaliação

do balanço nutricional das plantas. A partir da década de 1990, o avanço da informática possibilitou maiores avanços e maior difusão no uso destas metodologias, sendo que os progressos ainda continuam atualmente. De maneira bem resumida, estas metodologias de cálculo possuem como principal objetivo avaliar o balanço de nutrientes nos tecidos das plantas, tendo como referencial um banco de dados representativo, com um grande número de amostras e com culturas de alto desempenho para a espécie em questão (Parent et al., 2013). A equipe técnica da Agrichem do Brasil S.A. atua nesta frente de trabalho e está lançando na safra 2017/2018 uma plataforma atualizada de interpretação da composição de nutrientes minerais nos tecidos de plantas, o PAM Nu tri – Módulo Folha. Esta plaREVISTA DO PRODUTOR RURAL DO PARANÁ

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taforma possui como fundamentos básicos: 1) um amplo banco de dados, atualizado e representativo de cultivos de alto desempenho; 2) resultados de experimentos próprios conduzidos para avaliar a marcha de acúmulo de matéria seca e nutrientes ao longo do ciclo da cultura. A partir destes dados, foi possível criar modelagens cujo objetivo final é avaliar o balanço nutricional completo, identificando se há elementos em falta ou excesso, além de gerar uma recomendação direta para o manejo nutricional. Na Figura 1, por exemplo, há exemplos ilustrativos de informações utilizadas nesta plataforma. Os dados obtidos permitem verificar que culturas de soja que apresentam maiores produtividades acumulam maior quantidade de massa foliar, o que acarreta também em um “efeito de diluição” de nutrientes; ou seja, pelos dados obtidos foi possível verificar que plantas mais produtivas apresentam menores concentrações de nutrientes de maneira geral. Por outro lado, quando tratamos da extração total de nutrientes por área, verificamos o oposto, com culturas mais produtivas extraindo maiores quantidades de nutrientes. Por meio de modelagem matemática e análises estatísticas, torna-se possível entender e simular os padrões de crescimento das culturas avaliadas, gerando um diagnóstico mais preciso sobre as demandas nutricionais e as doses de nutrientes a serem aplicadas em cada caso específico. Este método considera a planta como um “sistema fechado”, onde a adição de um ou mais nutrientes consequentemente implica na saída de outro(s), modificando o equilíbrio entre eles. Avanços recentes na área de agricultura de precisão vão ao encontro destas técnicas de monitoramento nutricional, permitindo cada vez mais gerar informações de uma determinada área, de maneira rápida e com menores custos. O emprego da agricultura de precisão pode ser muito relevante para orientar a amostragem e a posterior aplicação de fertilizantes. Com isso, vale reforçar a importância da realização de um monitoramento nutricional ao longo do desenvolvimento da cultura. O uso das informações obtidas pode auxiliar tanto no manejo da cultura em andamento como nas safras futuras, por meio da criação de um histórico das áreas. Este certamente auxiliará nas tomadas de decisão por parte dos responsáveis pelo manejo da fertilidade do solo e nutrição das culturas.

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Figura 1. A) Valores médios de marcha de acúmulo e partição de massa seca de plantas de soja ao longo do ciclo. B) Massa seca foliar de plantas de soja no estádio fenológico R1, exemplificando um “efeito de diluição” de nutrientes.

Figura 2. Processo básico utilizado no PAM Nutri - Módulo Folha.

• MALAVOLTA, E. Manual de nutrição mineral de plantas. São Paulo: Agronômica Ceres, 2006. 638p. • MARSCHNER, P. Marschner’s mineral nutrition of higher plant. 3 ed. Oxford: Elsevier, 2012. 643p. • PARENT, S.E. et al. The plant ionomerevisited by the nutrient balance concept. Frontiers in Plant Science, v.4, p.1-10, 2013


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RESPONSABILIDADE SOCIAL

PROGRAMA AGRINHO PREMIA ALUNOS E PROFESSORES DE TODO O PARANÁ

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Foto: Faep

O

PREMIAÇÃO Guarapuava contou com uma representante na fase estadual do concurso, a aluna Joice Machado de Almeida, da Escola Municipal Professor Francisco Contini, na categoria “Redação 5º Ano”. Joice contou que foi a primeira vez que participou do Agrinho. “Foi

muito legal participar e vir ao evento. Quero continuar participando nos outros anos”. A redação da aluna tratou da importância dos animais para a alimentação humana e as hortas que produzem alimentos para todos. Ela ganhou um tablet, pela categoria redação 5º ano Regional. Na regional do Senar de Guarapuava, também concorreram na fase estadual do concurso, alunos e professores dos municípios de Pitanga, Nova Laranjeiras, Quedas do Iguaçu, Santa Maria do Oeste e Nova Tebas.

Fotos: Geyssica Reis

Programa Agrinho, promovido pelo Sistema Faep/Senar encerrou com cerimônia de premiação no dia 30 de outubro, na Expotrade – Pinhais, em Curitiba. Cerca de 1.500 pessoas participaram do evento, entre alunos e professores, autoridades e lideranças rurais. O programa procura levar para dentro das escolas, anualmente, conhecimentos sobre o meio rural, debatendo temas como sustentabilidade, meio ambiente, produção de alimentos, a ligação entre o campo e a cidade, entre outros. O presidente do Sistema Faep/Senar, Ágide Meneguette ressaltou que o Agrinho é uma forma de conscientização para a população urbana sobre a importância do setor rural. “Por meio dos materiais transversais é ensinado as crianças, por exemplo, que o leite não vem da caixinha, que existe uma vaca que produz esse leite e existe todo um processo para que ele chegue ao consumidor. Por meio de ações simples como essa, as crianças e os pais reconhecem a importância do campo para a vida na cidade”. O secretário estadual de Agricultura e Abastecimento, Norberto Ortigara, elogiou o projeto. “Desde a primeira edição, participo de alguma maneira desse programa. Vejo como um sucesso. Ao longo desses 22 anos, o Agrinho acabou formando novas consciências, despertando na criança o desejo de se ter uma agricultura sustentável, principalmente do ponto de vista ambiental. Esse é o foco principal do programa e ele está cumprindo o seu papel”.

A aluna Joice Machado de Almeida com a professora Kátia Regina Kuczmarski

Caravana da regional do Senar de Guarapuava

O vice-presidente do Sindicato Rural de Guarapuava, Anton Gora (à esquerda) e o supervisor regional do Senar, Aparecido Ademir Grosse (à direita) prestigiaram o evento. Na foto: a ganhadora regional Joice com sua família.


EXPERIÊNCIA PEDAGÓGICA REDE PÚBLICA

AGRINHO SOLOS

1º LUGAR

Profª Flávia Corina Vitkoski Ponta Grossa Escola Municipal Dr. José Pinto Rosas.

Profª Fabiani Nichelle Rossatto Chopinzinho Escola Rural Municipal Visão do Futuro.

Foto: Faep

2º LUGAR

O momento da premiação da categoria Experiência Pedagógica é um dos mais esperados durante a cerimônia do encerramento do Agrinho, já que os (as) professores (as) ganhadores (as) voltam com um carro 0 KM para casa. Nesta categoria podem participar professores das redes particular e pública de ensino, onde os mesmos desenvolvem durante todo ano, nas escolas onde trabalham, um projeto prático de acordo com a temática do Agrinho. Este ano o tema foi “As coisas que ligam o campo e a cidade e nosso papel para melhorar o mundo”. Confira o nome das cinco ganhadoras no Paraná no Agrinho 2017:

Profª Bruna Marques Duarte Nova Esperança Escola Estadual do Campo Barão de Lucena. 3º LUGAR

Profª Graciele Cristiane Rambo Marechal Cândido Rondon Escola Municipal Bento Munhoz da Rocha.

4º LUGAR

Profª Aparecida Dias Terra Boa Escola Municipal Monteiro Lobato.

REDE PARTICULAR 1º LUGAR

Profª Janaina Alves de Góis Santos Itaguajé Escola Rafael Costa da Rocha - APAE. Em Guarapuava, os educadores interessados em participar do Agrinho 2018 já podem entrar em contato no Sindicato Rural de Guarapuava, pelo telefone (42) 3623-1115, falar com Mery.

O vice presidente do Sindicato Rural de Guarapuava, Anton Gora; o supervisor do Senar - Regional Guarapuava, Aparecido Ademir Grosse, a gerente do Sindicato Rural de Guarapuava e editora da Revista do Produtor Rural, Luciana de Queiroga Bren, a mobilizadora dos cursos do Senar em Guarapuava, Mery Ribas e a jornalista da Revista do Produtor Rural, Geyssica Reis prestigiaram o evento. Nas fotos abaixo, representantes do Sindicato e da Regional do Senar com representantes da FAEP, de Sindicatos Rurais e autoridades do Estado.

Fotos: Geyssica Reis

BASTIDORES

Vicente Miranda (Faep) e Anton Gora (Sindicato Rural de Guarapuava)

Tadeu S. Acorsi (Sindicato Rural de Chopinzinho), José Gabardo (SENAR), Eugênio Stefanelo (Negócios da Terra), Nereu Procopiak Filho (Itaipu Binacional), Humberto Malucelli Neto (SENAR-PR), Anton Gora (Sindicato Rural de Guarapuava) e Aparecido A. Grosse (SENAR-PR).

Norberto Ortigara (Secretário Estadual de Agricultura), Luciana Bren, Mery Ribas, Neusa Vier e Anton Gora

Mery Ribas, Luciana Bren, Ágide Meneguette (presidente Faep), Anton Gora, Geyssica Reis e Neusa Vier

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MILHO SAFRINHA

Ivo Lersh Júnior, Gerente de Tratamento de Sementes da DuPont Pioneer

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cultura, reduzindo o número de plantas de alto potencial e ocasionando perdas de produtividade. O Tratamento de Sementes Industrial (TSI) da DuPont Pioneer proporciona segurança e proteção para as sementes, além de assegurar o investimento realizado pelo produtor, favorecendo a emergência uniforme das plantas e entregando o estande inicial desejado. As principais vantagens encontradas no Tratamento de Sementes Industrial (TSI), que não são encontradas no tratamento realizado pelo produtor, são: • precisão da dose; Foto: Bernardo Tissot

E

stamos nos preparando para o plantio de milho safrinha 2018, sob expectativas de mercado de preços futuros incertos. Colhemos uma safrinha 2017 espetacular, com recordes de produtividade nas diversas regiões produtoras de milho no Brasil. Estes resultados foram alcançados devido à utilização de sementes com alta qualidade genética e sanitária, identificando as pragas e os patógenos presentes em suas áreas de cultivo para a correta escolha dos tratamentos com fungicidas, inseticidas e nematicidas. Atualmente, os produtores têm a sua disposição excelentes biotecnologias para o cultivo de milho, tanto para manejo de ervas, como de insetos, ampliação na janela de plantio, adoção de técnicas como o plantio direto, sistemas de irrigação, etc., que propiciam o aumento da ponte verde e, consequentemente, o aumento da ocorrência de pragas e de doenças inerentes à cultura. O ataque de pragas e de fungos, na fase inicial da lavoura de milho, causa sérios prejuízos no estabelecimento da

• cobertura e aderência dos produtos aplicados; • aplicação de produtos de recobrimento (film coating) a base de polímeros sintéticos, que protegem as sementes e melhoram o desempenho no campo; • shelf-life ou avaliação da qualidade (germinação e vigor) da semente durante o período de armazenamento ao plantio; • testes de abrasão para verificar quanto dos defensivos aplicados podem se perder do tratamento ao plantio; • estudo de dust-off para verificar a possível emissão de poeira e/ou de resíduos do tratamento de sementes; • teste de fluidez para avaliar a facilidade com que as sementes deslizam entre elas após o tratamento; • plantabilidade, verificando se as características de plantio foram alteradas após o tratamento; • loading, que é verificação da quantidade de ingrediente ativo presente na semente após realizado o tratamento, garantindo assim que a dose desejada por semente seja atingida e evitando falta ou excessos de produto na semente. Esses benefícios que o produtor observará utilizando o TSI, principalmente no momento do plantio e na fase inicial de desenvolvimento da lavoura de milho, são provenientes de uma série de estudos realizados em laboratórios Foto: DuPont Pioneer

Foto: DuPont Pioneer

APOSTE NOS BENEFÍCIOS DO TRATAMENTO DE SEMENTES INDUSTRIAL DA DUPONT PIONEER NA SAFRINHA

Figura 1: Tratamento de Sementes Industrial realizado pela DuPont Pioneer

Figura 2: TSI é garantia da dose correta por semente


da DuPont Pioneer, visando assegurar a melhor performance dos defensivos ofertados. É muito comum o produtor errar na dose de ativo, pois existem produtos que, quando associados à peneiras menores, possuem elevado risco de fitotoxicidade, que acabam colocando em risco o resultado de toda a lavoura. Geralmente, não Figura 3: Manejo de pragas iniciais na safrinha existe percepção visual do dano, mas sim um retardo no desenvolvimenextrair o máximo potencial da área, to da cultura e, consequentemente, no mas a pressão por custos, redução seu potencial produtivo. de investimentos e necessidade de Outro fator fundamental é a rescaptura de valor a curto prazo fazem ponsabilidade quanto ao alto padrão com que o produtor realize a sucesde qualidade das sementes marca são de culturas, aumentado assim o Pioneer®, que se limitam a embalagens risco de incidência e de severidade de que tenham sido preservadas em locais doenças e de pragas na sua lavoura. e condições adequadas e invioladas. A O TSI entra aí como peça fundamental empresa, portanto, não responde por no quebra-cabeça do manejo implantanenhum tratamento adicional de qualdo pelo agricultor. quer natureza e que venha a ser realiAs principais pragas que atacam o zado fora de suas unidades industriais milho safrinha no seu desenvolvimen(baseado na Instrução Normativa 09, to inicial são: percevejos, corós, cigarde 02.06.2005). rinha do milho e lagarta-do-cartucho Equipamentos, estrutura, equipe (Spodoptera frugiperda). O Tratamentécnica, investimentos, treinamentos e to de Sementes Industrial da DuPont repetição. A DuPont Pioneer realiza a Pioneer utiliza produtos únicos, dessua operação de TSI durante todos os tinados ao uso industrial, e tem como meses do ano, dentro de um procesmaior objetivo controlar as principais so controlado de volume e dose, com pragas que atacam a lavoura de milho análises de loading, para garantir que nas fases iniciais e, ao adicionar um seo produtor receba sua semente com a gundo modo de ação para o controle da dose correta de registro de cada produlagarta-do-cartucho, fortalece o Maneto. A coloração com que fica a semente, jo Integrado de Resistência (MIR). após receber o tratamento, não signifiPara a safrinha 2018, através de ca que a mesma possua a quantidade uma estratégia diferenciada no merde ingrediente ativo correta. cado de sementes, a DuPont Pioneer Sabemos que o ideal seria realipassa a oferecer aos agricultores o TSI zar a rotação de culturas para poder adicional com o inseticida Dermacor®

associado ao Poncho®, nos híbridos com a tecnologia Leptra®. A associação destes tratamentos auxilia os produtores na proteção das plantas nos estádios iniciais da cultura, no manejo da resistência de lagartas à tecnologia Bt e amplia o espectro do controle das pragas, além de trazer mais segurança na aplicação e maior precisão na dose e cobertura das sementes. Com toda essa conveniência, o produtor só precisa rasgar a sacaria de milho e plantar. Lembrando que, dependendo da pressão de insetos-alvo, da ocorrência de insetos não-alvo e manejo de área, pode haver necessidade de controle complementar. Como qualquer outra prática de manejo, é importante que o produtor faça o monitoramento constante da lavoura e, caso necessário, utilize métodos complementares para controle de insetos e manutenção de estande, visando proteger o potencial produtivo da lavoura. Para mais informações sobre os híbridos marca Pioneer® com tecnologia Leptra® e TSI Dermacor® + Poncho® para o plantio na safrinha, contate o representante de vendas da sua região.

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ESTAR

PRÒXIMO TECNOLOGIAS

SIGNIFICA OFERECER AS MELHORES

- Segurança e conveniência - RASGUE E PLANTE! - Garantia da dose e cobertura das sementes - Manutenção da qualidade fisiológica das sementes

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- Proteção contra as principais pragas do milho - Controle complementar da Lagarta-do-Cartucho


Híbridos marca Pioneer® com tecnologia Leptra® e TSI Dermacor® + Poncho®

A melhor opção do mercado

Tripes

Coró

Cigarrinha do milho

Frankliniella williamsi

Lyogenes fusca

Lagarta-do-cartucho Spodoptera frugiperda

Dalbulus maidis

Coró

Phyllophaga cuyabana

Percevejos

Dichelops spp

Pulgão do milho

Rhopalosiphum maidis

Proteção contra as principais pragas que atacam a cultura do milho

www.pioneersementes.com.br Programa de Boas Práticas Agrícolas: A utilização destas tecnologias requer a adoção de boas práticas agrícolas para manter a suscetibilidade das pragas controladas, prolongando a eficácia

das tecnologias. Como boas práticas gerais recomenda-se a adoção de práticas de manejo de resistência e manejo integrado de pragas, como a utilização de sementes certificadas, dessecação antecipada, tratamento de sementes, plantio de refúgio estruturado efetivo, controle de plantas daninhas e voluntárias e, se necessário, aplicação complementar de inseticidas. Para mais informações acesse www.boaspraticasagronomicas.com.br e veja o Guia de Uso de Produtos em www.pioneersementes.com.br/pug.

Híbridos marca Pioneer® com tecnologia Leptra® de proteção contra insetos - disponível também em versão tolerante ao herbicida glifosato.

Agrisure Viptera® é marca registrada e utilizada sob licença da Syngenta Group Company. A tecnologia Agrisure® incorporada nessas sementes é comercializada sob licença da Syngenta Crop Protection AG. YieldGard® e o logotipo YieldGard são marcas registradas utilizadas sob a licença da Monsanto Co. Tecnologia de proteção contra insetos Herculex® I desenvolvida pela Dow AgroSciences e Pioneer Hi-Bred. Herculex® e o logo HX são marcas registradas da Dow AgroSciences LLC. LibertyLink® e o logotipo da gota de água são marcas da BAYER S.A. Poncho® é marca registrada da Bayer. As marcas com ®, ™ ou SM são marcas e marcas de serviço da DuPont, Pioneer ou de seus respectivos titulares. © 2017 PHII REVISTA DO PRODUTOR RURAL DO PARANÁ

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COMISSÕES TÉCNICAS

No mês de novembro, a Federação da Agricultura do Estado do Paraná (FAEP) promoveu diversas reuniões das Comissões Técnicas. No dia 13, o vice-presidente do Sindicato Rural de Guarapuava, Anton Gora, participou da reunião da Comissão Técnica de Cereais, Fibras e Oleaginosas da FAEP. O grupo discutiu sobre boas práticas agrícolas para manejo de plantas daninhas e alternativa ao uso de Paraquate; andamento das ações para trigo no Paraná; seguro x Proagro para cultura de inverno e zoneamento agrícola de risco climático; aplicação do crédito rural no Paraná e financiamento de armazéns; tendências climáticas para a safra 2017/2018. No dia 20, ocorreu a reunião da Comissão Técnica de Bovinocultura de Corte, presidida por Rodolpho Luiz W. Botelho. O encontro aconteceu em Curitiba, com discussões sobre o projeto Campo Futuro: resultados e tendências para a bovinocultura de corte paranaense; escoamento da produção de gado vivo; ICMS incidente sobre a bovinocul-

Fotos: Faep

Representantes do Sindicato Rural de Guarapuava em reuniões da FAEP

tura de corte; Funrural e febre aftosa. No dia 24, a presidente da Comissão Técnica de Caprinocultura e Ovinocultura, Adriane Azevedo, participou da reunião durante a Expoiban, realizada na Universidade Estadual do Norte do Paraná (UENP), em Bandeirantes. Na

pauta, apresentação do projeto “Ações para o desenvolvimento da Ovinocultura na Região Norte Pioneiro do Estado do Paraná”, com Francisco Armando Azevedo de Souza, da UENP e a apresentação sobre o Sistema Ovinos Brasil, com Juliana Ferreira Borges, da Emater.

Plantão Forrageiro No dia 24 de novembro, no Sindicato Rural de Guarapuava, aconteceu o Plantão Forrageiro. Na ocasião, os produtores rurais tiram dúvidas sobre forragicultura, incluindo acompanhamento técnico nas propriedades. A iniciativa é uma parceria entre Sindicato Rural de Guarapuava, Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro), Programa Pecuária Moderna e Comissão Técnica de Bovinocultura de Leite. As reuniões estão sendo coordenadas pelos professores Sebastião Brasil e Deonisia Martinichen. O Plantão Forrageiro é um serviço gratuito. Outras informações pelo telefone: (42) 3623-1115.

Foto lembrança do Dia das Crianças O Sindicato Rural de Guarapuava, o Fórum da Justiça do Trabalho e o Ministério Público do Trabalho promoveram em outubro um evento alusivo ao Dia das Crianças, na Escola Municipal do Campo Lídia S. Curi, localizada no Rio das Pedras, distrito de Guará, em Guarapuava. Durante o evento, os organizadores fotografaram todos os alunos. As fotos foram para um porta retrato, que ficarão como lembrança do evento. O material foi entregue ao diretor da escola, Gilmar Luiz Santin, no dia 28 de novembro, pela servidora da Justiça do Trabalho, Silvia Maria Alves Martins e pela colaboradora do Sindicato Rural de Guarapuava, Geyssica Reis. O diretor ficou responsável pela organização da entrega das fotos aos alunos.

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TECNOLOGIA

Inspeção de pulverizadores: a chave do sucesso para as aplicações fitossanitárias Rafael Marcão Tavares

O

Engenheiro agrônomo, Mestre em Tecnologia de Aplicação Representante Técnico de Vendas do Grupo Inquima

sucesso da tecnologia de aplicação de produtos fitossanitários está baseado em três fatores principais: o produto aplicado, o alvo almejado e o equipamento utilizado para a aplicação. Este último fator, muitas vezes, é deixado em segundo plano, o que pode prejudicar os manejos fitossanitários. Diversas pesquisas apontam deficiências nas manutenções e inspeções dos pulverizadores brasileiros (GANDOLFO, 2001; ALVARENGA & CUNHA, 2010; SIQUEIRA & ANTUNIASSI, 2011), enquanto que em outros países este tema é muito bem trabalhado por técnicos responsáveis e produtores rurais (GANZELMEIER & RIETZ, 1998; BIOCCA & VANNUCCI, 2000). Não adianta entender bem os ambientes de produção, o comportamento das culturas e pragas instaladas, e os produtos mais indicados para as mesmas, se não houver um pulverizador de qualidade, inspecionado, regulado e calibrado. Dentre as etapas mais importantes das inspeções periódicas, citam-se: a limpeza dos pulverizadores; a checagem dos equipamentos, seus itens e estados de conservação; a avaliação de desgaste das pontas de pulverização. Em relação a limpeza dos pulverizadores, pouco se tem posicionado no

Brasil sobre metodologias e produtos indicados para retirar resíduos dos tanques e sistemas de pulverização, com prejuízos na conservação dos equipamentos e possíveis danos as culturas e ao meio ambiente. Outro ponto é a falta de um checklist periódico sobre os itens fundamentais do pulverizador (manômetro, barras, mangueiras e conexões, válvulas antigotejo, bicos e filtros), sem os quais é impossível regular as máquinas e calibrar as tecnologias de aplicação de forma precisa para os manejos. Sobre as calibrações adequadas, um item simples, porém primordial para isso são as pontas de pulverização, responsáveis pela quebra das gotas e distribuição das mesmas sobre os alvos. As pontas devem ser posicionadas o mais tecnicamente possível, de acordo com as condições climáticas, alvos e produtos que serão utilizados, e para isso, devem estar em perfeito estado de conservação. De acordo com cada material de fabricação das pontas, existe uma vida útil e a partir da qual esta peça deve ser substituída, devido aos desgastes causados pelos trabalhos sobre pressão hidráulica. Infelizmente, é comum encontrar, no campo, conjuntos de pontas com sérios desgastes e baixas uniformidades de distribui-

ção no jato de pulverização, com horas de trabalho muito acima das suas vidas úteis. Isso é sinônimo de danos ambientais, baixa eficiência nos tratamentos e, principalmente, perda de dinheiro. Neste sentido, algumas iniciativas públicas e privadas vêm trabalhando nas duas últimas décadas no Brasil, a fim de mostrarem as necessidades de realizar inspeções periódicas dos equipamentos de pulverização. Assim, é importante a presença de um profissional da tecnologia de aplicação capaz de realizar e instruir sobre os procedimentos de inspeção, pois dessa forma há grandes chances de elevar a qualidade das aplicações fitossanitárias.

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FUNGICIDA

TECNOLOGIA NO CAMPO:

FOX® XPRO ACABA DE SER APROVADO NO BRASIL

Novo fungicida possui indicação para os cultivos de algodão, soja, cevada, girassol, milho e trigo

A

ferrugem asiática é um dos maiores problemas das lavouras brasileiras. De acordo com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), danos causados pela doença podem resultar em perdas de rendimento de até 80%, além de um prejuízo de US$ 2 bilhões por safra, desde que foi detectada no Brasil, em 2001. Ao longo dos anos, os fungos da ferrugem foram adquirindo resistência aos produtos existentes no mercado o que tem tornado seu controle cada vez mais difícil, e é para esses casos que a Bayer lançou recentemente o Fox Xpro®. A inovação chega para reforçar o

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portfólio da empresa e consolidar a liderança no mercado de fungicidas, além de disponibilizar aos produtores brasileiros uma nova ferramenta com três sítios de ação e três princípios ativos eficazes, preservando a sustentabilidade do manejo fitossanitário. Fox® Xpro é um fungicida sistêmico que permite entrada rápida dos ingredientes ativos na folha da planta e ajuda no combate às principais doenças fúngicas do cultivo. “O Fox Xpro® faz parte do plano de investimentos da Bayer na agricultura brasileira, e será mais uma ferramenta indispensável na proteção das lavouras, contribuindo

para o aumento da produtividade e sustentabilidade das principais culturas do nosso mercado”, destaca Marcos Dallagnese, gerente de Fungicidas da Bayer. No Brasil, a soja é uma das principais culturas que movem o agronegócio nacional, segundo dados de 2016 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o grão representa mais de 40% da área plantada em território nacional. Nos últimos anos, o combate às doenças, principalmente àquelas que ocorrem nas culturas do algodão e da soja, têm se tornado mais difícil de controlar devido à resistência apresentada por certos fungos.


“A aprovação do novo produto é o primeiro passo para iniciarmos o planejamento de comercialização no Brasil. O Fox® continua sendo nosso principal fungicida para o controle das principais doenças, já que ele é reconhecido pelos agricultores devido aos altos índices de desempenho, sendo o fungicida de ação preventiva mais usado no Brasil”, afirma Dallagnese.

SOBRE O PRODUTO Fox® Xpro é um fungicida composto por Bixafen, um SDHI (Inibidores de succinato-desidrogenase), Protioconazol, uma nova geração de DMIs (Inibidores da Desmetilação C-14) e por Trifloxistrobina, uma estrobirulina, pertencente ao grupo dos QoIs (Inibidores da Quinona Oxidase). Esta combinação de diferentes ingredientes ativos eficazes faz parte de uma estratégia de gerenciamento de resistência. Qualquer agente de controle de doenças pode ficar menos efetivo

ao longo do tempo devido ao desenvolvimento de resistência. Este produto controla na soja a ferrugem asiatica e a mancha-alvo, a ramulária no algodão, a ferrugem do milho e o oídio na cevada, ferrugem-da-folha e mancha amarela no trigo. Fox® Xpro é indicado para o controle de doenças fúngicas nas culturas do algodão, cevada, girassol, milho, soja e trigo, conforme as recomendações da bula.

DE PRIMEIRA SEM DÚVIDA Outra forma de combater a resistência da ferrugem é fazer o manejo correto da lavoura aplicando o fungidas na hora certa e a quantidade recomendada. Para auxiliar o agricultor neste momento, a Bayer, em parceria com pesquisadores de todo o Brasil, promove o programa De Primeira Sem Dúvida, uma forma de orientar os produtores no trato com a safra. O projeto

realiza o monitoramento em tempo real das áreas, por meio de câmeras em lavouras das principais regiões da cultura no Brasil, com o acompanhamento direto dos pesquisadores renomados do segmento de fitopatologia. Esta ferramenta possibilita mostrar ao produtor o melhor momento de manejo e como a primeira aplicação é fundamental para o controle do complexo de doenças, que pode comprometer de forma significativa a produtividade das lavouras. Os produtores rurais poderão acompanhar tudo, em tempo real e em qualquer lugar do mundo o avanço da lavoura e as projeções de manejo de doenças sob a ótica técnica dos pesquisadores envolvidos. Um dos principais diferenciais do De Primeira, Sem Dúvida é a utilização do algoritmo que prevê o nível de risco para a tomada de decisão na aplicação de fungicida. Este algoritmo é baseado em fatores climáticos, estágios de desenvolvimento da cultura da soja, época de semeadura e local.

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RESPONSABILIDADE SOCIAL

SESI GUARAPUAVA E SICREDI REALIZARAM EVENTO DE ENCERRAMENTO DO PROGRAMA A UNIÃO FAZ A VIDA

N

a noite do dia 22 de novembro, alunos e professores da oficina “A União Faz a Vida”, realizaram o evento de encerramento para os pais, professores e comunidade. Por meio de uma peça teatral, representaram o projeto desenvolvido no ano de 2017: “Pobreza e Exclusão, qual é a solução?” O projeto abordou o tema voltado para a reflexão sobre políticas públicas educacionais, gerando nos alunos diversas reflexões como a importância da prática da cidadania para a convivência social também para o desenvolvimento de todas as pessoas independente da realidade social. Para a diretora do Colégio Sesi, Noeli Campos, o programa A União Faz a Vida precisa continuar. “Esse programa tem tudo a ver com a metodologia de ensino do nosso colégio. O programa A União Faz a Vida não pode parar. Em 2018, nos empenharemos mais para que projetos ainda melhores sejam criados pelos nossos alunos”, destacou. O presidente da cooperativa Sicredi Planalto das Águas PR/SP, Adilson Primo Fiorentin, destacou a importância do programa “A União Faz a Vida” para o sistema Sicredi. “Para nós é motivo de orgulho

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Presidente Adilson agradecendo aos presentes no evento e ao Colégio Sesi pela parceria

ver adolescentes debatendo sobre temas extremamente atuais e importantes. O programa tem como principal objetivo fazer com que os envolvidos possam pensar e agir no seu dia a dia de forma mais cooperativa e participativa. Estamos contentes com essa bela parceria que temos com o Colégio Sesi Guarapuava”, frisou o presidente. A cooperativa Sicredi Planalto das Águas PR/SP desenvolve, em parceria com o colégio Sesi de Guarapuava, o programa A União Faz a Vida desde 2014, contribuindo para uma educação baseada em valores e princípios de cidadania e cooperação.

Presidente Adilson entregando uma revista produzida com o resumo dos projetos realizados em 2016 e 2017


Em 2016, um dos projetos desenvolvidos pelos alunos abordou os temas: diversidade e desigualdade social, resultando no projeto Xenofobia e ética - suas causas e consequências. O projeto proporcionou aos alunos, além da aprendizagem, a concepção do senso crítico, gerando um crescimento intelectual e contribuindo para a formação de cidadãos que conheçam e respeitem as diferenças, buscando através de suas atitudes amenizar as desigualdades sociais. Com esse projeto, a cooperativa recebeu o SELO SESI ODS 2017 e a menção honrosa do PRÊMIO SESI ODS 2017, que é um reconhecimento para as organizações do Estado do Paraná que desenvolvem práticas em prol dos objetivos de desenvolvimento sustentável.

Comunidade escolar e representantes da Sicredi Planalto das Águas PR/SP

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NOTAS

Sindicato Rural de Guarapuava apoia Proet O Programa de Educação para o Trânsito (Proet), da Polícia Militar, realizou mais uma formatura em Guarapuava, no dia 24 de novembro, no anfiteatro do Sindicato Rural de Guarapuava, uma das entidades apoiadoras do programa. Ao todo, 135 alunos do Colégio Lobo do Paraná e Colégio Estadual Professor Amarílio receberam o diploma. O programa visa levar as crianças e adolescentes das escolas municipais, estaduais e particulares informações e ensinamentos para que eles, futuros condutores de veí-

culos automotores, tenham não somente o documento exigido para condução de veículos, mas também a educação que hoje tanto se busca no trânsito. Em Guarapuava, o Proet é realizado desde 2014 e já formou 927 alunos nesse período. Com duração de oito semanas, a iniciativa leva às crianças aulas e atividades práticas, abordando noções sobre sinalização e dicas para pedestres, ciclistas e skatistas. Além disso, as aulas procuram passar, por meio das atividades, valores éticos, morais, respeito, disciplina e cidadania.

Coordenador do Proet em Guarapuava: Soldado da Polícia Militar, Jacir Pereira dos Santos.

Caminhada e Corrida Divas do Asfalto Créditos: Organização do evento

A 3ª Corrida e Caminhada Divas do Asfalto de Combate ao Câncer , organizado pelas Divas do Asfalto, foi realizada no dia 29 de outubro, na Cidade dos Lagos, em Guarapuava. Centenas de homens, mulheres e crianças participaram da competição, que teve como intuito incentivar homens e mulheres a praticarem o esporte e também conscientizar sobre a prevenção do câncer, especialmente o de mama, tema da Campanha Outubro Rosa. O evento contou com o apoio do Sindicato Rural de Guarapuava.

Aventura na natureza

A 3ª edição da Caminhada na Natureza – Circuito Rio das Pedras foi realizada no dia 26 de novembro. O percurso de 11km foi realizado às margens do Rio das Pedras e Guabiroba. Os circuitos da Caminhada na Natureza são organizados pela Secretaria Municipal de Agricultura e Turismo de Guarapuava, Emater, Associação da Campina do Guabiroba e Grupo de Escoteiros Ita’y. O evento contou com o apoio do Sindicato Rural de Guarapuava.

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TECNOLOGIA Bt

SAIBA MAIS SOBRE MANEJO DE RESISTÊNCIA DE INSETOS

E

m populações de qualquer espécie de ser vivo, existem indivíduos que, de forma natural, podem tolerar doses de toxinas que seriam letais para os demais. Estes indivíduos, mais adaptados a uma determinada condição adversa, integram o ambiente por conta da variabilidade genética presente em toda a natureza. Nesse contexto, quando falamos em resistência de insetos às tecnologias Bt, o que ocorre é semelhante: a proteína Bt, presente nas plantas, confere proteção contra insetos, entretanto, alguns indivíduos podem sobreviver. A partir disso, se os indivíduos sobreviventes conseguirem passar sua característica de tolerância aos descendentes, há um aumento na frequência de insetos resistentes nas populações conforme as gerações são expostas a plantas com a mesma tecnologia Bt, exercendo a chamada “pressão de seleção”.

Não adoção de refúgio

QUAIS FATORES PODEM ACELERAR A SELEÇÃO DE INSETOS RESISTENTES A PROTEÍNA BT?

Práticas do MIP para auxiliar o manejo de resistência de insetos

Altas infestações Quando o manejo de pragas não ocorre de forma adequada, o aumento da população de insetos pode ocorrer rapidamente. Nessas condições, a probabilidade de indivíduos resistentes se multiplicarem é muito maior, acelerando a evolução da resistência.

Mesmo com o atual aumento da adoção de áreas de refúgio, ainda é grande o número de lavouras onde essa ferramenta não é utilizada. Considerada a principal forma de retardar o processo de desenvolvimento de resistência de insetos, a prática de refúgio é indispensável para que a eficiência da tecnologia Bt tenha maior longevidade.

O Manejo de Resistência de Insetos O Manejo de Resistência de Insetos (MRI) é caracterizado como um conjunto de medidas que devem ser adotadas com o objetivo de retardar o processo de evolução da resistência, integrando o Manejo Integrado de Pragas (MIP).

1) Dessecação antecipada seguida de inseticida: Reduz população inicial de pragas e controla lagartas residentes em estágios mais avançados, que se desenvolvem em plantas daninhas e podem atacar a cultura em fase inicial. 2) Monitoramento: Deve ser constante, desde o momento em que a área for prepa-

rada para receber a lavoura até a colheita. Estar presente no campo permite que o agricultor tome as decisões mais eficientes para o sucesso do manejo. 3) Tratamento de sementes: Protege a planta durante a fase inicial da cultura por meio de um mecanismo de ação diferente do Bt, o que colabora com a rotação de princípios ativos no combate a pragas da cultura. 4) Controle de plantas voluntárias: Eliminar o hospedeiro da praga contribui para que o inseto não consiga se multiplicar durante o ano todo, reduzindo a população. 5) Aplicação e ponto de gatilho: Acompanhando os indicadores de dano de cada praga, o agricultor pode tomar a decisão correta para realizar manejo. No caso do percevejo-barriga-verde, por exemplo, a presença de 2 indivíduos por m² é um indicador de dano econômico. Esse quadro exige manejo com aplicação de inseticidas.

Principais estratégias de MRI Refúgio: Plantio de sementes de cultivares convencionais ou somente com tolerância a herbicida em 20% da área total da lavoura de soja. O objetivo dessa prática é promover a multiplicação de indivíduos suscetíveis ao Bt. Os raros indivíduos reREVISTA DO PRODUTOR RURAL DO PARANÁ

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sistentes, que sobrevivem em plantas Bt, irão acasalar com indivíduos suscetíveis, que são produzidos nas áreas de refúgio. Os descendentes deste acasalamento, ao se alimentarem de plantas Bt, serão então eliminados, retardando a evolução da resistência. Para que esse processo seja eficiente, é necessário reforçar que a área de refúgio deve ser plantada a uma distância menor que 800 metros do plantio de soja Bt.

Piramidação de tecnologias Bt Plantas piramidadas expressam duas ou mais proteínas Bt, que protegem a cultura de uma mesma praga-alvo. A combinação de diferentes proteínas é uma estratégia de ataque múltiplo, o que é muito eficiente. Isto ocorre porque a probabilidade de uma praga ser resistente a duas

ou mais proteínas simultaneamente é muito mais baixa do que a probabilidade de ela ser resistente a apenas uma proteína isolada. A Intacta RR2 PRO, disponibilizada no mercado pela Monsanto, representa a primeira geração de soja Bt no Brasil e é uma ferramenta importante no MRI. Expressando a proteína Cry1Ac, essa tecnologia torna a planta tolerante a ataques das principais lagartas da cultura da soja.

TEM NOVIDADE NO AR! REFÚGIO DE FORMA SIMPLES, PRÁTICA E INTERATIVA! O refúgio é a mais importante estratégia do Manejo de Resistência de Insetos (MRI) em lavouras de soja onde é utilizada a tecnologia Bt proteínas Bacillusthurigiensis, responsáveis pela proteção da cultura contra as pragas que mais causam impactos econômicos nas lavouras. Mesmo com o atual aumento da adoção de áreas de refúgio, ainda é grande o número de lavouras onde essa ferramenta não é utilizada. Considerada a principal forma de retardar o processo de desenvolvimento de resistência de insetos, a prática de refúgio é indispensável para que a eficiência da tecnologia Bt tenha maior longevidade. Para tornar a vida do agricultor mais fácil e ajudá-lo a entender como implementar e manejar corretamente as áreas de refúgio, é que o Refúgio na Área foi lançado. Refúgio na Área é uma iniciativa da Monsanto em prover a agricultores e demais envolvidos com agricultura, informações sobre essa prática tão importante para as culturas que apresentam tecnologia Bt, através de um novo conceito ara transferência de conhecimento. O objetivo é disponibilizar informações sobre refúgio e boas práticas agronômicas, com qualidade e 78

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de forma simples e interativa. Além de conscientizar a todos sobre a importância dessa prática. No Refúgio na Área, você tem acesso a um conteúdo completo sobre esta boa prática de manejo, que contribui para que os benefícios da tecnologia Bt, como a conferência de proteção as principais lagartas nas culturas da soja, milho e algodão, possam ter maior durabilidade. Nele, você encontrará uma Web série exclusiva, um e-book com diversas informações e dicas especiais sobre o tema. E o melhor: um canal aberto 24 horas com nosso especialista online, onde você poderá tirar todas as suas dúvidas na hora. O portal Refúgio na Área é totalmente integrado ao Sistema Monsanto de Manejo (RRPlus), principal aliado do agricultor para o bom manejo de plantas daninhas e pragas. Para quem ainda não conhece, o Sistema Monsanto de Manejo é composto por recomendações de manejo, produtos e suporte técnico. Ao utilizar suas ferramentas, ele proporciona benefícios em todo o seu ciclo produtivo. Você pode acessar a todo conteúdo do Refúgio na Área através dos sites: www.refugionaarea.com.br ou http://www.roundupreadyplus. com.br/refugio


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AGROINDÚSTRIA FAMILIAR

FEIRA REGIONAL CHEGA À QUINTA EDIÇÃO

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Fotos: Manoel Godoy

já tradicional Feira Regional da Agroindústria Familiar chegou a sua 5ª edição. Esse ano, o evento aconteceu de 10 a 12 de novembro, em um dos cartões postais de Guarapuava: o Parque do Lago. O evento é promovido anualmente pela Prefeitura Municipal de Guarapuava e Sebrae. Participaram da feira produtores de 50 agroindústrias de Guarapuava e região, além dos municípios de Maringá, Prudentópolis, Guaraniaçu e Ponta Grossa, que comercializaram panificados, embutidos, compotas, conservas, bebidas artesanais, entre outros. O vice-prefeito de Guarapuava e secretário municipal de Agricultura e

Itacir Vezzaro, vice-prefeito de Guarapuava

Turismo, Itacir Vezzaro, comenta que a 5ª edição da feira superou as expectativas. “Das cinco feiras, a deste ano foi a melhor. Não tinha dúvida que a mudança de local contribuiria muito para o sucesso, já que é um local muito frequentado pelos guarapuavanos. Além disso, ali no parque pudemos oferecer um espaço mais distribuído aos feirantes. E oferecemos para o público os produtos com a qualidade, diversidade e bom preço de sempre”. A expositora Nila Mar Machado participa da feira há três anos. “Acho uma iniciativa muito boa. Nestes três anos, sempre tive um bom resultado de vendas e, além disso, divulgação do meu produto. Adquiri muitos clientes daqui da feira”. Outra participante, Roseni Jonker veio de Ponta Grossa participar da Feira de Agroindústria. Ela foi convidada pelo Sebrae e já havia participado de outra edição. “É um trabalho muito bonito aqui na cidade. Um incentivo para os pequenos produtores da agroindústria e para quem está começando. Já havia participado, há dois anos, com a venda de bolachas holandesas e a feira divulga nossos

Nila Mar Machado, produtora de conservas de Pimenta em Guarapuava

Roseni Jonker produz bolachas em Ponta Grossa e participou da feira pela segunda vez

produtos, atraindo mais consumidores. O resultado é excelente. Vale a pena participar”, avaliou.

Vacinação contra febre aftosa

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o dia 30 de novembro terminou a 2ª etapa da vacinação contra a febre aftosa. Segundo a médica veterinária da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (ADAPAR), Liziane Cogo, se ocorrerem casos de febre aftosa, o Brasil pode sofrer com embargos e interdições de países que tem a febre aftosa erradicada. Nesta segunda etapa, é lei que o produtor vacine os seus animais e comprove a vacinação. O produtor que não fez isso, deve procurar a ADAPAR o mais rápido possível. Liziane explica que a não vacinação ou não comprovação implica em multa mínima de 10 UPF (Unidade Padrão Fiscal do Paraná), de R$ 96,94, podendo ser maior para rebanhos com mais de 10 cabeças, além de não poder transportar seus animais para qualquer finalidade. A médica veterinária explica que ainda não foram cadastrados todos os números de animais vacinados e comprovados nesta segunda etapa, por isso não há como repassar o número exato de vacinas aplicadas. Porém, pela movimentação alta na rotina da ADAPAR, a expectativa é que todos os animais tenham sido vacinados.

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FIM DA VACINAÇÃO O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) lançou neste ano de 2017 a versão inicial do Plano Estratégico para enfrentar os desafios da última etapa da erradicação da febre aftosa, consolidar a condição sanitária conquistada no país e, assim, contribuir com a proteção do patrimônio pecuário nacional, produzindo o máximo de benefícios aos atores envolvidos e toda sociedade brasileira. O objetivo é que o Brasil seja considerado pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) um país livre da doença sem vacinação a partir de 2023.


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uitos acontecimentos cabem dentro de apenas um ano de um produtor rural. A história da agricultura é sempre escrita no detalhe. São ciclos de meses, dias e horas que separam a semente do resultado final. A vida no campo é ainda sobre administrar sol, chuva, seca, expectativa e esperança. O Grupo Pitangueiras acompanha de perto esses ciclos, histórias e pessoas há 27 anos. Entendemos que cuidado, compromisso, conhecimento são os divisores entre sucesso e o fracasso em uma atividade tão arriscada. A cada ano, crescemos junto com nossos parceiros e reafirmamos nossa postura ao mesmo tempo ética e arrojada. Além da tecnologia e de tudo que o que há de mais moderno no mercado, entre produtos e serviços, oferecemos também aos produtores confiança e isso nos motiva diariamente. Queremos ser não somente a empresa que celebra vitórias, que fecha grandes números, que planeja a sua expansão. Falar em parceria significa estar junto também nos momentos de desafio e de dificuldade. Superar obstáculos de forma conjunta é uma fonte de aprendizado e fortalece as relações pela quais tanto prezamos. Neste final de ano, queremos desejar a todos os nossos parceiros – clientes, fornecedores, colaboradores, as pessoas das comunidades em que nossa empresa está inserida e todas as famílias que, de alguma forma, se relacionam conosco – um Natal de união, de amor e de gratidão. Que o grande ciclo de 2018, além de resultados excelentes, traga para todos novas oportunidades, paz, sabedoria e perseverança. Quando um novo ciclo se abre, nós nos renovamos também. Vamos juntos aproveitar essa energia transformadora para contribuir com a melhora de nossas vidas, da agricultura e do nosso país. Marcelo Scutti, Diretor de Marketing do Grupo Pitangueiras


RECONHECIMENTO

Revista do Produtor Rural mantém a tradição e é premiada na 5ª edição do

PRÊMIO FRANZ JASTER

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a noite de 16 de novembro, foi realizada a cerimônia de premiação da 5ª edição do Prêmio Franz Jaster de Comunicação 2017. Neste ano, o evento aconteceu no Restaurante Pantolina, na Colônia Vitória, distrito de Entre Rios, em Guarapuava. Com cinco categorias: fotografia; jornalismo impresso ou online; material televisivo; reportagem radiofônica; e universitários, os três primeiros colocados de cada categoria receberam prêmios em dinheiro, além de troféu para os primeiros colocados. A Revista do Produtor Rural, publicação bimestral do Sindicato Rural de Guarapuava, participou em duas categorias: Jornalismo Impresso e Fotografia, conquistando, em ambas, a terceira colocação, com matéria assinada por Geyssica Reis e Luciana Bren; fotografia de Manoel Godoy. Na categoria Universitários, o estagiário da Revista do Produtor Rural, Carlos Souza Jr., também conquistou o terceiro lugar. Desde o início do Prêmio Franz Jaster, a Revista do Pro-

2013

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dutor Rural é classificada para a final e premiada em várias categorias, destacando-se como um importante veículo de comunicação do setor agropecuário. A primeira edição do Prêmio ocorreu em 2013, quando a Revista do Produtor Rural foi destaque nas categorias Fotografia, Jornalismo Impresso ou Online, conquistando a primeira colocação. No ano seguinte, a Revista do Produtor Rural con-

2014 REVISTA DO PRODUTOR RURAL DO PARANÁ

2015

sagrou-se bicampeã na categoria impresso com a reportagem “Com sol escaldante, Winter Show divulgou pesquisas de cereais de inverno” e na categoria Fotografia, mais uma vez teve excelência e levou o primeiro, o terceiro e o quinto lugar. Em 2015 e 2016, a Revista do Produtor manteve a tradição e continuou no pódio dos finalistas, conquistando o terceiro lugar com reportagens sobre o Winter Show.

2016


Durante a cerimônia de premiação, o Vice-Reitor da Universidade Estadual do Centro-Oeste (UNICENTRO), Osmar Ambrósio, falou da importância do prêmio e da criação da nova categoria Universitários, que serve de incentivo para os alunos, divulgando o WinterShow no ambiente acadêmico. O presidente da Cooperativa Agrária, Jorge Karl, também mostrou a satisfação de ver uma premiação que tem cinco anos de existência cada vez mais bater recordes de inscrições em todas as categorias. “Para nós, é uma satisfação muito grande poder participar do quinto ano consecutivo deste prêmio. É um orgulho termos a FAPA e os eventos que ela proporciona”, disse.

Ir além na proteção é unir tecnologia Bt com Dermacor ®. Quem planta sabe: quanto maior é a proteção inicial, melhor será a sua colheita. A proteção da lavoura depende de vários fatores, mas, ao somar as duas tecnologias, Dermacor® e Bt (“intacta”), você fica muito mais protegido. Com essa união, é possível controlar diversas pragas, até as mais difíceis, como Lagarta-elasmo (Elasmopalpus lignosellus), Coró (Phyllophaga cuyabana) e Lagarta-militar (Spodoptera frugiperda), resultando no aumento de produtividade e rentabilidade.

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SINDICATO RURAL DE PITANGA

AVALIAÇÃO DE 2017 E EXPECTATIVAS PARA 2018 O presidente do Sindicato Rural de Pitanga, Luiz Carlos Zampier conversou com a REVISTA DO PRODUTOR RURAL no dia 29 de novembro. Na ocasião, Zampier avaliou o inicio da safra de verão na região de Pitanga e suas expectativas. Além disso, o presidente comentou sobre as ações do Sindicato Rural no ano de 2017 e o planejamento para 2018. Confira:

Sindicato Rural de Pitanga

“2017

foi um ano de muita expectativa e um pouco difícil para o produtor rural. Uma pendência que passamos o ano inteiro debatendo, mas que não tivemos solução foi o Funrural. O Sindicato Rural de Pitanga esteve o ano todo atento ao assunto, orientando e representando o produtor, procurando solucionar este problema, buscando auxílio das autoridades competentes. Quanto aos serviços que prestamos aos produtores rurais, tivemos algumas mudanças. Uma delas foi a Reforma Trabalhista e o E-Social. Nosso pessoal foi treinado e capacitado, porque atendemos mais de 150 propriedades da região no departamento de Recursos Humanos. Nos cursos do Senar, nossa prioridade sempre, tivemos um ano muito bom. Foram mais de 150 cursos realizados durante o ano. Dá para se dizer que praticamente todos os dias do ano, em algum lugar que o Sindicato atua, havia um curso do Senar acontecendo. E isso é muito bom, porque a profissionalização no meio rural reflete na produtividade e lucratividade. Outra questão que trabalhamos bastante foi o projeto do nosso Centro de Eventos e Recinto de Leilões. Estamos trabalhando até hoje com a viabilização deste projeto. A ideia é que até o fim de 2018 esta obra esteja concluída. Para o ano que vem, o Sindicato Rural de Pitanga vai ter que passar por uma reformulação, devido à queda da Contribuição Sindical. Vamos ter que nos adaptar a esta nova realidade. Já estamos fazendo um planejamento e assembleias com os associados para tomarmos as decisões. O Sindicato, embora não tenha mais a Contribuição, não pode deixar de fazer a sua parte e representar o produtor em todas suas instâncias. Por isso, em 2018, contamos com o apoio e a participação do nosso associado”..

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Safra Verão 2017/2018 na região de Pitanga

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ssa safra de verão foi caracterizada pela redução da área de milho e aumento da soja. Na região de atuação do Sindicato Rural de Pitanga teremos uma área de, em média, 100 mil hectares de soja, 12 mil hectares de milho e cerca de 7 mil hectares de feijão. A lavoura de milho, costumeiramente plantada na região no mês de setembro, apresentou uma mudança neste ano em função da estiagem e foi plantada no mês de outubro. Mesmo assim, está apresentando um bom desenvolvimento. A soja, principal cultura da região, foi plantada exatamente dentro da janela ideal, de 15 de outubro a 15 de novembro, e isso foi importantíssimo. O estabelecimento da planta está muito bom até o momento. Podemos dize, que temos uma boa expectativa de produção, com previsão da melhor safra de todos os tempos. Lógico que a produtividade vai depender do clima e do produtor fazer a parte dele. Há que se destacar também que o produtor está cada vez mais profissional, se preparou melhor este ano em termos de planejamento de safra e tecnologia. Sobre o preço, já tivemos algumas oportunidades de mercado futuro na soja, até de R$ 70,00 a saca. Hoje o preço está na casa de R$ 65,00 a saca. A expectativa é que não haverá preço menor que esse. Serão preços razoáveis. No caso do milho, no mercado futuro temos contrato de R$ 27,00 a saca, que é bem melhor que o preço que está atualmente, de R$ 23,00/ saca. O custo de produção com insumos nesta safra foi um pouco menor que a passada, mas infelizmente tivemos incremento de preço em outros setores, como combustível, mão-de-obra e energia elétrica”.

Soja na região está no inicio do desenvolvimento

O milho, plantado em outubro, indica uma boa safra

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SISTEMAS INTEGRADOS DE PRODUÇÃO

PRESIDENTE DO SINDICATO RURAL DE GUARAPUAVA PRESTIGIA DIA DE CAMPO DA UFPR

N

o dia 22 de novembro, o presidente do Sindicato Rural, Rodolpho Luiz Werneck Botelho, participou do 3º Dia de Campo em Sistemas Integrados de Produção Agropecuária, na Fazenda Experimental Canguiri, da Universidade Federal do Paraná. O evento tem o objetivo de encurtar a distância do conhecimento produzido na universidade em relação aos produtores rurais. Segundo o professor Anibal de Moraes, coordenador do Núcleo de Inovação Tecnológica de Sistemas Agropecuários (NITA), grupo que promoveu o evento, “o Dia do Campo é uma forma de levar ao público em geral, a oportunidade de receber as inovações que a pesquisa está apresentando como novidade para o campo, fazendo com que isso possa ser adotado o mais rápido possível”. O evento abordou temas como sistemas integrados de produção agropecuária, uma tecnologia voltada à produção de alimentos, tanto grãos, quanto fibras, carnes e leite. Segundo Moraes, os Sistemas Integrados são mais sustentáveis e onseguem dar mais eficiência ao uso da terra. “Na mesma unidade, conseguimos produzir mais alimentos, usando menos insumos”, explica o professor. “Por ser uma tecnologia recente, ela precisa ser difundida, tanto no meio acadêmico quanto no produtivo. É uma tecnologia já reconhecida como mitigadora de gases do efeito estufa, que ajuda a recompor o solo degradado por processos de uso intensivo da terra”, reforça uma das participantes do encontro, Daniele Martim, mestranda do Programa de Pós Graduação em Produção Vegetal da UFPR.

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SOBRE O NITA O NITA, Núcleo de Inovação Tecnológica de Sistemas Agropecuários, foi criado em 2011 com o objetivo de pesquisar os sistemas integrados. O grupo é orientado pela base teórica de que o incremento da diversidade e complexidade biológica possibilita explorar melhor as funções dos ecossistemas, pois promove ciclagem de nutrientes mais eficientes e maior sequestro de carbono. Dessa forma, é possível reduzir o impacto ambiental do processo de produção, gerando melhorias na qualidade ambiental. Com informações da Assessoria de Imprensa da UFPR. Fotos: Assessoria de Imprensa da UFPR


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EMPREENDEDOR RURAL

ENCONTRO ESTADUAL REPETE SUCESSO Mais de 5 mil pessoas prestigiaram o evento

N

o dia 1º de dezembro foi realizado no Expotrade em Pinhais, o Encontro Estadual de Empreendedores e Lideres Rurais do Paraná. O evento reuniu produtores rurais, líderes rurais, presidentes de sindicatos e autoridades. O evento é promovido anualmente pelo SENAR-PR e o Sebrae-PR. A edição 2017 teve como tema “Produzir e preservar o campo mostra a sua força”. A programação do evento contou com pronunciamentos dos anfitriões Ágide Meneguette, presidente do Sistema FAEP/ SENAR-PR e do Conselho Deliberativo do SEBRAE/PR e também de Ademir Mueller, presidente da FETAEP. “O agronegócio tem dado sustentação para que a situação econômica e social do Brasil não fosse ainda pior. Os agricultores e pecuaristas são os responsáveis por essa façanha de impedir que o Brasil chegasse além do fundo do poço, gerando produção que tem proporcionado ao país saldos positivos em sua balança comercial todos esses anos”, disse Meneguette. O vice-presidente do Sindicato Rural de Guarapuava, Anton Gora, representou a entidade no evento. Após os discursos das autoridades, o Encontro Estadual de Empreendedores e Líderes Rurais seguiu com um debate sobre os cenários econômico e político brasileiro com o comentarista da Rádio BandNews FM, Ricardo Boechat, o editor-chefe da Band em Brasília, Rodrigo Orengo e o âncora do Band Cidade em Curitiba, José Wille. O trio abordou diversos temas da política nacional,

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inclusive as eleições para presidente no próximo ano e o andamento das investigações da Operação Lava Jato. Na parte da tarde, o evento contou com a premiação dos projetos do Programa Empreendedor Rural (PER). O Sindicato Rural de Guarapuava foi representado pelos estudantes de agronomia Bruno Sbardelotto Deparis e Katryell Iser Scopel. Os participantes do PER são estimulados a apresentar projetos elaborados a partir dos conhecimentos adquiridos durante a capacitação, dividida em 17 módulos e 160 horas de duração. Esse ano, 102 trabalhos foram analisados pela banca avaliadora. Desses 102 trabalhos, 10 foram selecionados para a final e subir ao palco do evento para receber um troféu. Os três primeiros colocados ganharam uma visita técnica para o exterior em 2018. O projeto de Deparis e Scopel, com instrução de Josias Schulze, surgiu da necessidade da irmã de Katriell. “Minha irmã que é de Francisco Beltrão, começou a fazer doces gourmet para festas. Em conversa com ela, percebemos que quando ela precisava comprar frutas para produzir os doces, era muito difícil de encontrar e quando encontrava, eles eram caros e de pouca qualidade. Por isso, resolvemos fazer o curso”, conta o estudante. Os jovens estão ansiosos para colocar o projeto em prática. “Katriell e eu não esperávamos ficar entre os 10 primeiros colocados. Ficamos muito contentes pelo reconhecimento”, disse Deparis.

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Caravana Guarapuava

Caravana Extensão de Base Candói


PECANICULTURA

USO DO GESSO AGRÍCOLA EM POMAR DE NOGUEIRA-PECÃ Julio Cesar F. Medeiros Engenheiro Agrônomo MSc. – CREA 15.364-D Resp. Técnico Viveiros e Agroindústria Pitol JMedeiros Consultoria em Agronomia jmedeiros@pannet.com.br

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gesso agrícola é um subproduto da fabricação do ácido fosfórico, originado do ácido sulfúrico aplicado sobre a rocha fosfatada. Há não muitos anos atrás este insumo, hoje altamente valorizado, era apenas um resíduo da indústria de fertilizantes. Este produto passou a ser muito valorizado nos últimos anos em função de suas propriedades como condicionador de solo. Isto porque este insumo, ao descer nas camadas do solo, proporciona o aprofundamento de raízes, melhorando a distribuição do sistema radicular e aumentando o peso/volume de raízes, favorecendo a absorção de água e nutrientes, e, em consequência, propiciando uma maior tolerância das plantas aos veranicos. Este, sem dúvida, é um aspecto altamente importante, levando em conta a frequência com que tem ocorrido períodos de estiagem, que vem provocando perdas cada vez mais significativas aos cultivos. Além disso, o produto fornece cálcio e enxofre em profundidade e reduz a saturação de alumínio em sub-superfície, este último, um elemento altamente preju-

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Sem Gesso

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29%

22%

8%

18%

1%

Com Gesso

1%

dicial à absorção de nutrientes pelas plantas. É importante salientar que o gesso não substitui o calcário, o único insumo que corrige a acidez do solo. Mas, pelas características mencionadas, desempenha um papel importantíssimo na melhoria das condições gerais do solo, com ganhos diretos no aumento da produtividade agrícola e na estabilização das produções. Outro aspecto a salientar é a necessidade de realizar análise de solo, com amostragem em pelo menos duas profundidades, de 0-20 cm e de 20-40 cm, de modo a se obter a disponibilidade de cálcio e enxofre em camadas mais profundas, podendo-se, a partir daí, se determinar a necessidade de fornecimento destes nutrientes, bem como levantar a presença de alumínio tóxico nestas camadas. A partir do conhe-

18% 12%

Figura 01: Efeito do aprofundamento de raízes provocado pela aplicação de gesso em cultura de milho

cimento destes dados, determina-se a necessidade da utilização de gesso na área, o que, em geral, tem se revelado vantajoso em diversos tipos de cultivo anual e perenes. Um cuidado importante, entretanto, é com relação à quantidade de gesso a ser aplicada, cujo limite está relacionado com a percentagem de argila no solo. Em solos arenosos o cuidado com a dosagem a aplicar é maior, em função de que em uma textura mais leve a infiltração é maior, o que pode acarretar perda de nutrientes em profundidade. O gesso agrícola deve ser aplicado a lanço depois da calagem, não necessitando incorporação, pois, ao contrário do calcário, este insumo possui boa mobilidade no solo, atingindo profundidades de até 80 cm, no caso de culturas perenes, como a nogueira-pecã.

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PISCICULTURA

60.000 ALEVINOS O

Sindicato Rural de Guarapuava e a Piscicultura Progresso (Francisco Beltrão – PR) realizaram, no dia 10 de novembro, entrega de alevinos a produtores rurais e outros interessados que fizeram suas encomendas junto à entidade sindical. As quantidades entregues na sede e na extensão de base Candói somaram cerca de 60 mil peixes. Durante a entrega, o proprietário da Piscicultura Progresso, Erivelto Leonardo, esteve presente, para fornecer orientações e tirar dúvidas sobre soltura e manejo alimentar. Estabelecida em 2014, a parceria entre Sindicato Rural e Piscicultura Progresso foi criada para oferecer aos produtores interessados mais uma opção para a compra de alevinos. São comercializadas em torno de 20 espécies, entre as quais carpa capim, carpa húngara, tilápia, tambacu, lambari, trairão, dourado, jundiá, matrinxã, cat fish, bagre africano e pirarucu. Outras informações podem ser obtidas na entidade, na Rua Afonso Botelho, nº 58, ou pelo telefone: (42) 3623 1115.

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Proprietário da Piscicultura Progresso, Erivelto Leonardo, deu orientações sobre manejo dos alevinos


Jorge Harmuch e José Antunes da Rocha

Ângela Bossato e Antônio Carlos Garcia

Adriano Geremias

Roselinda e Luigi Chiaro

Matias Carlos

Jauri Carriel de Oliveira

Francisco Osmar Leuch

Conrado Ernesto Rickli

Osires Kaminski

Gilberto Andrade Junior

Anderson Lemke

Eugênio e Leandro Rudek

Valdicelia Micheleto

João Paz França

Caio Kloster

José Mário e Ana Eroni Bahls

Ivo João Vargas

Adriano da Cruz

Osnildo Scharten

Dário Matoma e Marcos Boava

Washington Simões

Ivo Menon

Everaldo Bastos

Francisco dos Santos

Aguinaldo Veviurka

José Schleder Algaier

Henrique Tussolini

Alceu José Domênico

Herculano Alves


GENÉTICA

XORORÓ MN DA VISTA ALEGRE É GRANDE CAMPEÃO NACIONAL 2017 NA PCAD

O

Foto: Tiago Bastos

jovem reprodutor Xororó MN da Vista Alegre, do criador Edson Rodrigues Bastos, propriedade em Candói (PR), foi Elite Ouro, com 136,90 de índice geral, na Prova Canchim de Avaliação de Desempenho (PCAD), entre os animais nascidos entre setembro e novembro de 2016. Na mesma competição, o animal conquistou o melhor índice entre os 140 animais participantes, consagrando-se Grande Campeão Nacional 2017. O evento encerrou dia 11 de novembro, em Angatuba (SP), sob organização da Associação Brasileira de Criadores de Canchim e Embra-

Xororó MN da Vista Alegre, 561 kg aos 12 meses na final da PCAD

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REVISTA DO PRODUTOR RURAL DO PARANÁ

pa Gado de Corte. A PCAD ocorreu entre os meses de junho e novembro e contou com 140 animais pré-selecionados dos principais criatórios do país, dos estados de Goiás, Minas Gerais, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Paraná e Rio de Janeiro. A PCAD avalia o desempenho de reprodutores da raça Canchim. Os animais ficam sob a mesma dieta durante 180 dias e analisam-se 12 características de interesse produtivo/econômico, cada uma com sua respectiva porcentagem, somada à nota final de cada animal. São elas: ganho diário de peso (20%), peso em relação à idade (20%), conformação frigorífica (7%), perímetro escrotal (13%), mucosa (3%), umbigo (3%), pelagem (3%), aprumos (3%), caracterização racial (7%), área de olho de lombo (7%), marmoreio (7%) e espessura de gordura (7%). Ao fim da prova, cada animal recebe um índice, somando todas suas notas. Da nota final, 74% são de características objetivas e 26% de avaliações subjetivas. Xororó foi Top 11% para ganho de peso, Top 2% para peso final, Top 4% para CE, 2% para conformação frigorífica, Top 9% para pelagem, Top 6% para aprumos, Top 4% para classificação final, Top 1% para gordura (6,93 mm, a maior da prova). “O animal se mostrou bastante equilibrado, já que foi muito bem avaliado em características produtivas (ganho de peso, peso final), reprodutivas (CE), funcionais (pelagem, aprumo) e de qualidade de carcaça (conformação frigorífica e gordura). Esse equilíbrio é o que se procura na pecuária moderna:

animais pesados, precoces, com bom acabamento, muito funcionais para produzir a pasto e responder no cocho”, avalia o proprietário do animal, Thiago Bastos. Bastos ainda destaca que Xororó apresentou características como alta eficiência reprodutiva, já que a circunferência escrotal tem alta herdabilidade para precocidade dos filhos e capacidade reprodutiva das filhas (idade de primeiro parto, intervalo entre partos). “Outro ponto positivo é que a produção de animais equilibrados está relacionada à consistência genética do rebanho. Ou seja, a garantia que a produção dos touros seja uniforme”, complementou. É o terceiro garrote Elite Ouro que o criatório Canchim Tarumã – Fazenda Vista Alegre produz. Antes dele, Taura MN da Vista Alegre e Urso MN da Vista Alegre já tinham conquistado o título.


Período de transição de resultados. Afinal, como o próprio nome diz, é hora de adotar a estratégia nutricional da nova linha Bovigold® O período de transição requer atenção especial pois problemas como hipocalcemia, mastite e retenção de placenta podem impactar negativamente a sua lucratividade. A DSM oferece produtos com tecnologias exclusivas, como os Minerais Tortuga - que melhora a imunidade e os índices de reprodução; e o OVN® (Optimum Vitamin Nutrition) - que otimiza a saúde e o desempenho animal, além de melhorar a qualidade e o valor nutricional do leite. Converse com nossa equipe técnica comercial.


SAÚDE

HEMOCENTRO DIVULGA PRESTAÇÃO DE CONTAS

O

Hemocentro Regional de Guarapuava realizou, no dia 20 de novembro, na Faculdade Guairacá, uma prestação de contas. Desde março deste ano na direção da instituição, Fernando José Guiné conversou com a REVISTA DO PRODUTOR RURAL, sobre o trabalho desenvolvido em 2017 e a visão do Hemocentro para o curto e o médio prazo. Ele antecipou que o evento para divulgação das contas deverá se tornar uma rotina anual. Se na data da apresentação, segundo disse em entrevista, ainda não era possível ter os números totais, Guiné observou que ao final de novembro já se verificava um quadro de crescimento da captação de sangue: “Isso é muito importante, porque demonstra que o nosso setor de captação tem feito um trabalho adequado. Se está aumentando o número de candidatos é porque a população, sendo motivada a isso, vai entendendo melhor o que é a essência do espírito de ser doador de sangue. Pelo trabalho feito pela cap-

tação, temos tido um aumento médio entre 20% e 24% proporcionalmente ao mesmo período do ano passado”. Ainda de acordo com o diretor, o Hemocentro está igualmente atento ao setor de saúde em nível local e regional. Em sua avaliação, no curto e no médio prazo, o cenário deverá ser de aumento de demanda de hemocomponentes. “O Hemocentro Regional de Guarapuava não tem outro caminho senão crescer”, afirmou. Guiné também assinalou que, internamente, a adoção de padrões de qualidade é uma meta importante. De acordo com ele, o Hemocentro buscará certificar os serviços que hoje já oferece, seguindo uma tendência presente nos mais diversos segmentos. “Estamos em auditoria interna, desde o dia 18 de setembro, revendo os procedimentos de todos os setores, porque – esperamos que isso seja num momento não muito distante – queremos a certificação da excelência do serviço. A garantia de qualidade já existe. Os hemocomponen-

tes produzidos aqui podem ser utilizados em qualquer país do mundo. Mas precisamos fazer com que isso seja cada vez mais documentado, para que a gente conquiste este status”, explicou. O diretor recordou que existem também desafios pela frente. O balanço das atividades do ano, no entanto, estima como positivo: “Precisamos, aqui neste espaço de uma reforma elétrica, alguns incrementos em termos de equipamentos. Mas tudo isso está sendo levantado, quantificado. Estamos estudando o meio para que isso seja resolvido. Enfim, podemos dizer que vamos fechar um ano muito positivo e com perspectivas ainda melhores”.

O Hemocentro Regional de Guarapuava não tem outro caminho senão crescer.” Fernando Guiné, diretor

Instituição de importância regional O Hemocentro Regional de Guarapuava foi fundado em 6 de fevereiro de 1990. Situada na Rua Afonso Botelho nº 134, a instituição fornece sangue e hemoderivados para hospitais de Guarapuava e de outros municípios abrangidos pela 5ª Regional de Saúde.

Maristela Sachs (captação de sangue); Fernando Guiné (diretor); Anieli Thomé (chefia técnica); Anita Aparecida Krutsch (assistente social)

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Hemocentro de Guarapuava: importância vital para hospitais da região

Instituição buscará certificações de qualidade de seus serviços

Pessoas da região também ajudam o Hemocentro, doando sangue, como José de Lima Camargo (Pinhão)


PROJETO IDENTIDADE SINDICAL 2017 Produtor rural, apresente a carteirinha* do Sindicato Rural e obtenha descontos nos locais abaixo:

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5% sobre valor final da negociação

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*Se ainda não possui a carteirinha de sócio, compareça ao Sindicato Rural de Guarapuava ou nas Extensões de Base: Candói, Foz do Jordão e Cantagalo. REVISTA DO PRODUTOR RURAL DO PARANÁ

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PRODUTORES EM DESTAQUE

Coleção da Revista do Produtor Rural! Colecionar é geralmente um hobby ou um passatempo para o colecionador. Mas algumas vezes pode significar adquirir conhecimento. É o caso do produtor rural e professor universitário Luigi Chiaro, que coleciona as edições da Revista do Produtor Rural do Paraná, publicação técnica vinculada ao Sindicato Rural de Guarapuava. Ele conta que desde quando a revista começou a ser veiculada, coleciona o veículo e exibe a coleção em uma estante de sua sala. “Apesar de, atualmente ter uma chácara, eu não tenho formação na área, então eu precisava de conhecimento e informações. E desde o

início, a revista tem três qualidades: sempre apresentou artigos de especialistas, com uma linguagem simples, compreensível e de maneira que pode-se facilmente levar para prática; apresenta temas de urgentes debates na produção agrícola; e tem pessoas que contribuem com a revista que possui altíssimo preparo acadêmico. Estes três fatores fazem da revista, um veículo de informação top desde o começo. E sempre foi uma fonte de informação importante para mim”. Mas em sua coleção faltava apenas uma edição: a 1ª, veiculada, em junho de 2007. Quando comunicou isso à editora

PROFISSIONAIS EM DESTAQUE

da revista, Luciana Q. Bren, logo a “peça” da coleção foi providenciada e entregue. “Agora está completa a coleção”, comentou Chiaro.

PROJETO IDENTIDADE SINDICAL

PARABÉNS!

No último dia 22 de novembro, diretores e colaboradores do Sindicato Rural de Guarapuava realizaram uma breve pausa para comemorar mais um ano de vida do supervisor regional do SENAR-PR em Guarapuava, Aparecido Ademir Grosse. Quem também inaugurou idade nova foi o instrutor do SENAR-PR Daniel Giorno Nascimento, que participou daquele momento de alegria.

A Formédica é a nova parceira do Projeto Identidade Sindical. A farmácia de manipulação está fornecendo 20% de desconto para os sócios do Sindicato Rural de Guarapuava, mediante apresentação da carteirinha da entidade. Na foto, o proprietário Félix Kaminski Jr.

CAMPANHA SÓCIO PARTICIPATIVO No dia 24 de novembro, a diretoria do Sindicato Rural de Guarapuava sorteou duas cestas de produtos para sócios da entidade. Os ganhadores foram Sandra Bochnia e Rene Bandeira Filho.

rdeiro Júlia Fernandes Co son Gil de a filh (3 anos), ei din Le e Jr. o eir rd Z. Co Fernandes. Luciana Q. Bren e o marido da sócia, Ney Aleixo de Oliveira.

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Arnaldo Catapan e Rene Bandeira Filho

o e-mail: Envie sua foto para puava.com.br comunicacao@srg


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FEVEREIRO

JANEIRO

ANIVERSARIANTES 2018 01/01 01/01 01/01 01/01 02/01 02/01 03/01 03/01 04/01 04/01 05/01 05/01 05/01 05/01 06/01 06/01 06/01 07/01 07/01 07/01

ANTON KELLER II ESTEFANO REMLIMGER JOSÉ DE MATTOS LEÃO NETO LENI AP. LACERDA CUNICO JÚLIO C. DE ALMEIDA TADEU K. BELINSKI HUGO LEH ORLANDO DESCHK ADOLF TAUBINGER VALDERI MUZZOLON JOHANES STECHER JOHANN VOLLWEITER JOSÉ SEGURO RONALD GARTNER ANTÔNIO FAGUNDES SCHIER MARCELO AFONSO MAYER REGINA MARIA B. ZANDONAI HEINRICH STADER MARIA AP. LACERDA LOURES SIEGFRID MILLA

01/02 02/02 02/02 03/02 03/02 03/02 04/02 04/02 04/02 06/02 06/02 09/02 09/02 09/02 09/02 09/02 09/02 10/02 10/02 10/02

NORBERT GEIER FRANZ HUNGER THELMA LANZINI LOSSO ELIEZER SCHEIDT ODACIR LUIZ GHISLENI WALTER GARTNER JAIR KULTZ JOSÉ LOSSO FILHO ROBERT UTRI GILDA CAMPELLO HERCULES A. MARTINS ARIVAL CIVIDINI HELMUT GARTNER JEFERSON CAUS LUCAS OBAL MARTIN RITTER PEDRO GUSTAVO S. MENDES BRIGITE KREUSCHER JOSEMARY DE P. CONRADO LOURENÇO LEMLER

08/01 08/01 08/01 09/01 09/01 10/01 10/01 10/01 11/01 11/01 11/01 11/01 12/01 12/01 13/01 13/01 14/01 14/01 15/01 15/01

10/02 11/02 12/02 13/02 13/02 14/02 14/02 14/02 15/02 15/02 15/02 15/02 16/02 17/02 17/02 18/02 18/02 18/02 18/02 18/02

CASSIA FASSBINDER FLORIAN REICHARDT HERACLIDES JOSÉ C. ROSEIRA EURIPIO CARLOS RAUEN SÔNIA REGINA VIRMOND CEZAR ALBERTO M. TOLEDO CLÁUDIO M. DE AZEVEDO RAIMUND DUHATSCHEK GUINTER NICOLAU SCHLAFNER HELGA SCHNEIDER NEUCI APARECIDA MOSS REINHARD WILHELM KRATZ MURILO WALTER TEIXEIRA ROBSON FASSBINDER HERBERT SCHLAFNER RAIMUND GEORG ABT HELTON JOSÉ F. SCHIER PAULO KRUGER ELIZETE RIBAS M. PHILIPIAK MARCELO ANTÔNIO F. SCHIER

RICARDO WERNECK CENEVIVA LUIZ AFONSO EDER JUSSIMARA L. SCHNEIDER OLÍVIO KICH REINHOLT HOLZHOFER AMARILDO PARIZOTTO PEDRO CORDEIRO DA SILVA SANDRA TEREZINHA BOCHNIA ANTONIO CESAR DE RE CELIO TEIXEIRA CUNHA ERICH MATHIAS LEH GILMAR GELINSKI DE SOUZA MARCELO LUSTOSA JULEK ALEXANDRE BARBIERI NETO RICARDO ROCHA DANGUY ALDO ANTÔNIO BONA ALVIR ANTONELLI CARLOS PEREIRA ARAUJO EVALDO STEFAN BECKER JOSÉ HAMILTON MOSS FILHO

15/01 15/01 16/01 17/01 18/01 18/01 18/01 18/01 18/01 19/01 20/01 20/01 20/01 21/01 21/01 21/01 22/01 22/01 22/01 22/01

18/02 18/02 18/02 18/02 19/02 20/02 20/02 20/02 21/02 21/02 21/02 21/02 21/02 22/02 22/02 22/02 22/02 22/02 23/02 23/02

PEDRO ALBERTO ILIBRANTE VANDECI JOSÉ F. DE LIMA NEREU LOPES DE ARAÚJO OTAVINO ROVANI LUIS BORSATTO RENÊ VIEIRA LOPES SEBASTIANA MACIEL ALMEIDA SÉRGIO FERNANDO PACZKOSKI ÚRSULA MAACK KUROWSKI LUÍS PAULO DE O. GOMES FILHO JACIR SALVADOR RIVAIR SEBASTIÃO FRITZ WALTRAUT MARIA PALM MAYER DEA MARIA FERREIRA SILVEIRA DENILSON BAITALA VERA LÚCIA D. DE CASTILHO ALFREDO GELINSKI JÚNIOR ANTÔNIO LUIZ PETERLINI GILBERTO SACILOTO PHILIPE MARX

KLAUS DOWICH LUIZ VILSON SILVESTRI NELSON LUIZ L. DE LACERDA RODRIGO TATEIVA GILDO WARPECHOWSKI GORSKI MARCIA REGINA STOEBERL RENATA VITÓRIA WECKL WALTER MILLA ANTÔNIO O. LUSTOZA RIBAS CELSO HISAO TATEIVA MÁRCIO MACIEL ALMEIDA PAULO GUILHERMETI RENATO DE AUDA KAMINSKI ALCEU S. PIRES DE ARAÚJO ELIAS FARAH NETO FRANCISCO BUHALI LUCÉLIA R. PIRES DO PRADO MARCO AURÉLIO NUNES EDSON LUIZ PRIMAK JAIRO SILVESTRIN FILHO

CONFIRA A AGENDA DE EVENTOS AGROPECUÁRIOS:

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22/01 23/01 23/01 23/01 24/01 24/01 24/01 25/01 25/01 26/01 26/01 27/01 27/01 28/01 29/01 30/01 30/01 30/01 31/01

TJIAGO GAVANSKY MARCIO PACHECO MARQUES NEREU PEDRO BATTISTELLI WALTER BECKER LUCIANO DALEFFE SEBASTIÃO FCO. R. MARTINS SIMON MILLA EDSON LUSTOSA ARAÚJO TIAGO JUSTINO DE BASTOS GUSTAVO GROCOSKE KUSTER OSWALDO R. BARBOSA CRISTIAN ABT MATHEUS DE LACERDA PEREIRA MANOEL URIAS CARNEIRO ROSECLÉIA P. C. SEGURO JOSILENE LOSSO RUY LAURICI ALVES T. NETO STEFAN STEMMER MARIO POCZYNEK

24/02 24/02 24/02 25/02 25/02 26/02 26/02 26/02 26/02 27/02 27/02 28/02 28/02 28/02 28/02 28/02 28/02 28/02

ALAN K. DO NASCIMENTO ALBERT JOSEF ZIMMERMANN VALDIR JOSÉ FUCHS FILHO MARCUS V. DE A. BIANCO PAULINE KELLER KUSTER DENISE RAQUEL T. DA CRUZ JONATHAN CAMARGO HERING MOACIR JOSÉ HORST TOME RUBENS GERALDO TOLEDO ANTON HERING JONATHAN SEITZ ALAN MARCUS BLANC JONATHAS F. T. LEAL DA CRUZ LUIZ CARLOS GEHLEN MACEDO N. MACHADO FILHO PAULO NAIVERTH PAULO R. MARTINS PACHECO WALTER STOETZER JÚNIOR

JAN/FEV

2018

Dia de Campo Coamig

Show Rural Coopavel

Curso Gerente de Pasto

Dia de Campo de Verão Agrária

25 de janeiro

5 a 9 de fevereiro

22 e 23 de fevereiro

Propriedade de Carlos Mateus (sentido Guairacá) Guarapuava (PR) Informações: (42) 3623-4012

BR-277 km 577 Cascavel - PR Brasil Informações: (45) 3225 6885

Sindicato Rural de Guarapuava Inscrições: (42) 3623-1115

Fundação Agrária de Pesquisa Agropecuária - FAPA Colônia Vitória / Distrito de Entre Rios / Guarapuava - PR - Brasil Informações: (42) 3625-8080

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28 de fevereiro a 01 de março


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As marcas com ®, ™ ou SM são marcas e marcas de serviço da DuPont, Pioneer ou de seus respectivos titulares. © 2017 PHII


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