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ISSN 1984-0004 Publicação bimestral do Sindicato Rural de Guarapuava Ano X - Nº 60 - Abril/Maio 2017 Distribuição gratuita

REVISTA DO PRODUTOR RURAL DO PARANÁ

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Vamos além com inovação para você colher grandes resultados. Quem vive do agronegócio sabe que um único problema pode gerar grandes prejuízos. O Programa Soja da DuPont, através de produtos diferenciados, controla doenças, plantas daninhas e pragas em todas as etapas da sua lavoura, do pré-plantio à colheita. É a DuPont protegendo seu investimento com muito mais inovação, para você produzir mais e melhor, hoje e sempre.

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DuPont Programa Soja

LANÇAMENTO

Vessarya

O aumento de produtividade e rentabilidade foi observado em campos experimentais, onde foram utilizados os produtos Vessarya® , Benevia® , Dermacor®, Classic®, Aproach® Prima, Premio®, Avatar® e Lannate® BR, seguindo corretamente as informações de dosagem e aplicação. O aumento de produtividade e rentabilidade depende também de outros fatores, como condições de clima, solo, manejo, estabilidade do mercado, entre outros. Dados disponibilizados pela área de pesquisa da DuPont.

ATENÇÃO: Este produto é perigoso à saúde humana, animal e ao meio ambiente. Leia atentamente e siga rigorosamente as instruções contidas no rótulo, na bula e na receita. Utilize sempre os equipamentos de proteção individual. Nunca permita a utilização do produto por menores de idade. Consulte sempre um engenheiro agrônomo. Venda sob receituário agronômico. Produto de uso agrícola. Faça o Manejo Integrado de Pragas. Descarte corretamente as embalagens e restos do produto. As marcas com ®, ™ ou SM são marcas da DuPont ou de afiliadas. © 2017 DuPont.


Bom, bonito e (infelizmente) barato

Mulheres do Campo

Diretoria do Sindicato Rural de Guarapuava presta contas

Nova série de reportagens tem o objetivo de homenagear mulheres que contribuem para o desenvolvimento da agropecuária regional

Palestras e Tarde de Campo debatem pastagens degradadas e áreas declivosas

Diversificação

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Pecuária Moderna

Nogueira pecã, ovinos, erva-mate e natureza

80

72

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22

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Assembleia Geral

36

50

Manchete

EQUOTERAPIA

A terapia, que utiliza o cavalo como principal instrumento, é uma alternativa para pessoas que apresentam necessidades especiais

GASTRONOMIA

Workshop abordou cortes bovinos para churrasco

SENAR

Herdeiros do Campo: produtores rurais terão encontros para tratar da sucessão familiar

MANEJO INTEGRADO DE PRAGAS

Inspetores de campo: curso inédito na região de Guarapuava colhe ótimos resultados


DIRETORIA: Presidente

1º Vice Presidente 2º Vice Presidente 1º Secretário

2º Secretário

1º Tesoureiro

2º Tesoureiro

Rodolpho Luiz Werneck Botelho

Josef Pfann Filho

Cícero Passos de Lacerda

João Arthur Barbosa Lima

Jairo Luiz Ramos Neto

Anton Gora

Gibran Thives Araújo

CONSELHO FISCAL: TITULARES:

Lincoln Campello

SUPLENTES:

Luiz Carlos Colferai

Alexandre Seitz

Carlos Eduardo dos Santos Luhm

Anton Gottfried Egles

Roberto Eduardo Nascimento da Cunha

NOSSA CAPA REDAÇÃO/FOTOGRAFIA: Luciana de Queiroga Bren

Manoel Godoy

Geyssica Reis

Rubia Galvão

Foto: Manoel Godoy Fazenda Butiazinho, Pinhão-PR

Diretora de Redação e Editora-Chefe Reg. Prof. 4333

Jornalista

PRÉ-DISTRIBUIÇÃO:

Jornalista

Jornalista

DISTRIBUIÇÃO:

Guarapuava, Candói e Cantagalo: Mundial Exprex Distrito de Entre Rios:

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Extensão de Base Candói Rua XV de Novembro, 2687 Fone: (42) 3638-1721 Candói - PR Extensão de Base Cantagalo Rua Olavo Bilac, 59 - Sala 2 Fone: (42) 3636-1529 Cantagalo - PR Projeto gráfico e diagramação Mynd's Design Editorial Impressão: Midiograf - Gráfica e Editora Tiragem: 2.500 exemplares

André Zentner

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Endereço: Rua Afonso Botelho, 58 - Trianon CEP 85070-165 - Guarapuava - PR Fone/Fax: (42) 3623-1115 Email: comunicacao@srgpuava.com.br Site: www.srgpuava.com.br

Os artigos assinados não expressam, necessariamente, a opinião da REVISTA DO PRODUTOR RURAL ou da diretoria do Sindicato Rural de Guarapuava. É permitida a reprodução de matérias, desde que citada a fonte.


EDITORIAL

OPERAÇÃO CARNE FRACA, FUNRURAL E PREÇOS DAS COMMODITIES EM QUEDA

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echamos a edição com muitos acontecimentos no meio rural. Primeiro, a Operação Carne Fraca, que investigou e apontou ação criminosa de fiscais do Ministério da Agricultura (MAPA) e indústrias que manipulam produtos de origem agropecuária. Uma operação louvável da Polícia Federal, mas que teve repercussão preocupante para todo o setor, pelo modo que foi divulgada. Numa disputa pela mídia, ao se divulgar supostos casos de adulteração de carne vencida, agitou-se o mercado internacional, com sérios prejuízos ao agronegócio. Também com uma nota emitida, a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) deixou os produtores bastante insatisfeitos com sua entidade "mãe". Ao defender a cobrança do Funrural, antes do julgamento, a Confederação contrariou os interesses da agropecuária. Um julgamento político (e não técnico) do Supremo Tribunal Federal (STF), pela constitucionalidade da contribuição previdenciária FUNRURAL - Fundo de Assistência ao Trabalhador Rural, imposto cobrado sobre a receita bruta da produção dos empregadores rurais, decepcionou toda a classe. O Sindicato Rural de Guarapuava emitiu nota em defesa de seus associados, solicitan-

Rodolpho Luiz Werneck Botelho Presidente do Sindicato Rural de Guarapuava

do posicionamento da FAEP e da CNA. Também organizamos reunião para esclarecer o assunto junto aos nossos associados, cumprindo nossa função como entidade representativa da classe. Continuaremos acompanhando o caso, na esperança de uma melhor solução para os efeitos da decisão. Diante esses fatos, conforme repassado na reunião do dia 19 de abril, sobre o Funrural, solicitamos uma maior união e apoio dos produtores rurais junto à nossa entidade, para que possamos conseguir colher mais resultados para toda a classe. Juntos somos mais fortes! Por fim, infelizmente, na medida em que a colheita da safra de verão avançava na região de Guarapuava-PR, os preços das commodities despencavam, apesar das boas produtividades. Na reportagem de capa desta edição, retratamos o cenário, através de depoimentos de produtores da região. Convidamos os leitores para conferirem, também, a nova série de reportagem da publicação "Mulheres do Campo", que visa homenagear produtoras rurais que contribuem para o desenvolvimento da agropecuária regional. Destaque ainda para mais um evento do Programa Pecuária Moderna, realizado em Guarapuava, com foco em recuperação de pastagens degradadas em áreas declivosas. A todos, uma ótima leitura!

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PECUÁRIA MODERNA EM AÇÃO NO ANFITEATRO DO SINDICATO RURAL DE GUARAPUAVA


ARTIGO Anton Gora Produtor rural, diretor da Federação da Agricultura do Estado do Paraná (faep), vice-presidente do Sindicato Rural de Guarapuava e presidente do Núcleo Regional dos Sindicatos Rurais do Centro-sul do Paraná

NOVAS DIFICULDADES

A

pós anos, muitos anos, em que a agropecuária estava indo muito bem, começam a aparecer dificuldades. As produtividades eram boas, crescentes ano a ano, os preços estavam bons, a política era favorável, até parecia que o governo tinha, afinal, entendido que a agropecuária era o motor econômico, ambiental e social do país. A justiça estava tomando decisões técnicas, o que nos dava segurança jurídica. Mas agora, estão começando novamente as dificuldades. Os preços estão em forte queda, o judiciário começa a tomar decisões políticas e a única coisa que está se mantendo são as boas produtividades, onde nós temos uma influência direta. Os produtores continuam sendo eficientes, mas a política nos parece que está cada vez mais ineficiente e quer cobrar essa ineficiência da eficiente agropecuária. Daí vem à pergunta: onde está o limite? Até quando a agropecuária conseguirá suportar toda essa carga? Continuamos eficientes da porteira para dentro, mas da porteira para fora os encargos são cada vez maiores. Tudo o que depende do governo está cada vez mais caro. Infraestrutura, impostos, burocracia. Não sendo suficientes todos esses encargos, o judiciário começa a tomar decisões políticas para onerar ainda mais o produtor, como no caso do Funrural. Onde está a independência dos poderes? Em que lugar do mundo o judiciário vai consultar o executivo para tomar decisões jurídicas exclusivamente técnicas. Todos sabem que a ministra Carmem Lucia, do STF, foi consultar o ministro da Fazenda Henrique Meirelles sobre a volta do Funrural, que é, segundo os juristas, totalmente inconstitucional, por se tratar de bitributação. Não bastasse tudo isso, o sistema sindical começa a ser criticado por alguns sócios por tudo o que está acontecendo, quando o correto seria os produtores se reunirem em torno de suas entidades para procurar soluções. Quero lembrar que já conseguimos grandes vitórias em várias ocasiões, através da nossa união:

na questão ambiental, renegociação de dívidas, na questão indígena e quilombola, nas invasões de terras, entre outras. Quem não se lembra quando reunimos mais de 5000 pessoas em Guarapuava, para levar ao governo as nossas dificuldades financeiras? Quando reunimos mais de 1000 pessoas no Pahy Centro de Eventos, para protestar contra a questão ambiental? Quando reunimos mais de 1000 pessoas no CTG, para tratar do endividamento? Quantas viagens fizemos a Brasília, em conjunto ou individualmente, para defender os nossos interesses? Conseguimos vitória em todos os episódios, se não foram totais, chegaram muito próximo aquilo que nós precisávamos. Por que, hoje, diante desses novos desafios, não nos unimos novamente? Por que, hoje, criticamos o Sistema, atribuindo-lhe uma culpa que é nossa, individualmente? Pergunto a todos os nossos sócios - que passam de mil, quantos participam ativamente dos eventos promovidos pelo sindicato, reuniões, palestras, assembleias? Na ultima assembleia do sindicato, compareceram poucos associados. Na ocasião, foram discutidos os atuais temas, inclusive o da Operação Carne Fraca, que também nos atinge. Lembro novamente que o Sindicato não são os prédios. O Sindicato são os produtores, os prédios servem apenas de estrutura. E se nós continuarmos apenas criticando, sem participar, tenho certeza absoluta que as coisas vão piorar. Existe no congresso um projeto de lei que extingue a Contribuição Sindical Rural obrigatória, por interesse do governo, pois sem sindicatos fortes, o governo vai ter mais liberdade para tomar decisões que lhe interessam. E sabemos que o governo e a maioria da classe política pensam apenas em si próprios, enxergam o governo como fim e não como meio, sendo que o fim deveria ser a população. O governo deveria ser o meio para atender as aspirações do seu povo. Ser produtor não se restringe apenas a produzir, ser produtor também é ser político, defender os seus interesses, pois tudo passa pela política, até a técnica.

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Nota Oficial - FUNRURAL O Sindicato Rural de Guarapuava, representando os seus 1.050 associados, produtores da região Centro-Oeste do Paraná, repudia a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), da última quinta-feira, dia 30 de março, referente ao julgamento da constitucionalidade da contribuição previdenciária FUNRURAL - Fundo de Assistência ao Trabalhador Rural, imposto cobrado sobre a receita bruta da produção dos empregadores rurais. Ao julgar constitucional a exigência da contribuição do "Funrural", após a edição da Lei nº 10.256/2001, o STF decepciona toda a classe produtora rural e promove grande insegurança jurídica. A decisão surpreendeu porque a matéria já se encontrava sedimentada favoravelmente, ou seja, por reiteradas decisões uniformes beneficiando os produtores. Não compreendemos também a manifestação da Confederação da Agricultura e Pecuária (CNA), que antes do julgamento posicionou-se a favor da cobrança do Funrural, contrariando o interesse da classe. Lamentavelmente, consideramos totalmente equivocado o posicionamento da nossa entidade mãe. Entendemos que o julgamento foi político e não técnico, o que prejudicará milhares de produtores rurais. Pelo o que se comenta na esfera jurídica, ainda restam duas questões que não foram abordadas no julgamento, as quais deverão ser decididas em recurso de embargos de declaração. Esperamos apoio do Poder Público na busca de uma solução para os efeitos da decisão. Estaremos atentos ao assunto, visando a defesa dos interesses dos produtores rurais de Guarapuava e região. Guarapuava, 03 de abril de 2017.

Rodolpho Luiz Werneck Botelho Presidente

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SEMENTES E MUDAS

JOSEF PFANN FILHO É ELEITO PRESIDENTE DA APASEM

O

produtor de sementes Josef Pfann Filho, da Fazenda Estrela Sementes de Guarapuava, foi eleito no dia 14 de março de 2017, presidente da Associação Paranaense dos Produtores de Sementes e Mudas (Apasem). A APASEM, sediada em Curitiba, foi fundada na década de 70 e é a entidade representativa para defender os interesses dos empresários da produção e do comércio de sementes e mudas. Entre os serviços prestados estão à análise de sementes, treinamento de responsáveis técnicos, levantamento dos custos de produção de sementes, representação junto a entidades públicas, reivindicação de benefícios para os empresários, além de promoção de encontros, seminários e reuniões com associados, buscando o aperfeiçoamento técnico e mercadológico do setor.

Metas O novo presidente da Apasem, Josef Pfann Filho é formado em Agronomia, agropecuarista, empresário do setor, liderança destacada do agronegócio de Guarapuava e membro da diretoria da Fundação Meridional, de Londrina. Pfann Filho também atua como vice-presidente do Sindicato Rural de Guarapuava e Sociedade Rural. Em seu escritório, ele recebeu a REVISTA DO PRODUTOR RURAL DO PARANÁ para uma explanação sobre o trabalho da associação e principalmente o que pretende colocar em prática. Entre suas metas,ele pretende buscar sementes legais e de boa qualidade e estar atento para combater a “pirataria”das mesmas. Disse ainda que espera contar cada vez mais com o trabalho coletivo dos associados da Apasem e com os parceiros, como a Abrasem, Embrapa, Ministério da Agricultura, Ocepar, Secretaria da Agricultura, Iapar, Adapar, Emater, CSM/PR, Fundação Meridional, Acepar, entre outras.

RPR – Quais são seus desafios como presidente da Apasem? Presidente – Entre muitas metas que pretendo colocar em prática, está uma demanda dos produtores, que é a atualização urgente da legislação, que está muito defasada - datada de 2003 e, principalmente, porque a legislação atual não contempla temas como a incorporação de novas tecnologias na área genética das plantas (transgênicas), que atualmente está em alta. Queremos também promover a modernização da associação. Desejo melhorar o estatuto, já que a entidade tem grande representatividade. RPR – Como pretende contribuir para a defesa de sementes de boa qualidade? Presidente – Nosso objetivo é orientar os produtores no que diz respeito às Leis de Produção das Sementes, pois todos os produtores devem cumprir alguns pré-requisitos para utilização de sementes de uso próprio através do Anexo 33, ao Ministério da Agricultura. Este documento é obrigatório para todo o produtor rural que pretende utilizar parte da produção como semente para uso próprio. O formulário está disponível no site do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento(MAPA). Em caso de dúvida no preenchimento, o produtor deverá buscar orientação. Se este procedimento não acontece, o produtor pode sofrer penalização quando fiscalizado.

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SEMENTES

GENÉTICA EMBRAPA: INOVAÇÃO E SUPERIORIDADE NO CAMPO!

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oco no desenvolvimento de variedades de soja e trigo, com alto potencial produtivo somado a sanidade, precocidade, ampla adaptação e superioridade genética. Com esta visão, a parceria Embrapa e Fundação Meridional passa a oferecer ao mercado um portfólio renovado, diversificado e extremamente competitivo, atendendo assim a todos os perfis de agricultores.

SOJA Na Macrorregião Sojícola 1 (predominantemente alta e fria), a parceria desenvolveu excelentes opções de cultivares de soja para as regiões Sudoeste, Campos Gerais, Centro-Sul do Paraná e também para todo estado de Santa Catarina. Despontando como grande inovação e exclusividade no mercado de sementes de soja, a BRS 399RR é resistente aos nematoides de galhas Meloidogyne incognita e Meloidogyne javanica e ao nematoide de cisto, raças 3 e 14. Além disso, é resistente também ao nematoide Rotylenchulus reniformis e ainda apresenta baixo fator de reprodução para o nematoide-das-lesões Pratylenchus brachyurus. Para as regiões altas e frias destaca-se a precocidade (GM 6.0) com altos rendimentos e boa tolerância ao acamamento, sendo indicada para solos de média a alta fertilidade. Com a Tecnologia Intacta RR2 PRO®, as variedades BRS 1003IPRO e BRS 1007IPRO são sinônimos de desempenho e adaptação no campo. A BRS 1003IPRO tem como grande diferencial o excelente potencial produtivo, aliado à estabilidade de produção, mesmo em áreas com a presença de nematoide Meloidogyne javanica. A variedade também apresenta ciclo precoce (GM 6.3), com ampla adaptação e tolerância ao acamamento, em todas as macrorregiões sojícolas indicada (MRS 1, 2 e 3). Já a BRS 1007IPRO atende plenamente o sojicultor que busca precocidade e

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alto potencial produtivo, com excelente adaptação às condições climáticas da região fria (macrorregião 1 e REC 201 alta - região alta do Oeste do PR). Com ciclo precoce (GM 6.0), a cultivar se destaca por sua alta estabilidade e excelente potencial produtivo, inclusive em áreas com a presença de nematoide de galha Meloidogyne javanica.

TRIGO Para os triticultores que buscam rendimento e qualidade, a Embrapa e a Fundação Meridional irão lançar, na safra 2017, o trigo BRS Sanhaço. Esta variedade inovadora é um trigo de ciclo médio, com boa resistência a manchas foliares, giberela e debulha, associada à


excelente capacidade de perfilhamento, sobretudo em regiões frias. Entre outros atributos, apresenta também tolerância a solos com alumínio, o que resulta em mais segurança em época de estiagem. No quesito de qualidade industrial, o BRS Sanhaço se caracteriza como Trigo Pão, sempre com bom valores de força de glúten (W). A cultivar é indicada para as regiões tritícolas 1, 2 e 3 do Paraná e regiões 1 e 2 de Santa Catarina, com destaque para sua superioridade no campo e qualidade na indústria. “Acompanhando a nova realidade de mercado, a Embrapa dispõe hoje de materiais inovadores, com genética diferenciada, trazendo sanidade e alta qualidade industrial. As variedades de soja e trigo, lançadas nos últimos anos, comprovam esta superioridade, atingindo novos patamares de rendimento e atendendo às principais demandas dos técnicos e dos agricultores”, afirma o diretor-presidente da Fundação Meridional, Raphael Rodrigues Fróes.

PROCURANDO SEMENTES? Acesse o site da Fundação Meridional (www.fundacaomeridional.com.br) e confira as empresas colaboradoras que estão multiplicando as cultivares BRS, através da ferramenta Procurando Sementes?

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ASSEMBLEIA GERAL

DIRETORIA DO SINDICATO RURAL DE GUARAPUAVA PRESTA CONTAS

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Sindicato Rural de Guarapuava prestou contas aos seus associados no dia 24 de março, durante a Assembleia Geral Ordinária (AGO), na sede da entidade. Durante a AGO, foram apresentadas as principais atividades realizadas pelo Sindicato, as contas (despesas e receitas) de 2016 e a proposta orçamentária para 2017. O sócio do Escritório Edio Sander & Filhos Assessoria Contábil, Ted Marco Sander, fez a demonstração do balanço patrimonial, a declaração de resultado de exercício e o balancete de verificação referente ao ano passado. Para Sander, a saúde financeira da entidade é excepcional e é um resultado que vem se repetindo ano a ano. “Mais um ano tivemos um resultado excelente de sobras, que é o dinheiro que fica em caixa no final do ano. Um dos números que levantei e que é um índice que chama atenção, é que a cada R$ 1,00 que o sindicato tem de dívida para pagar, a entidade tem R$ 8,55 no caixa. Ou seja, um resultado muito satisfatório. Pensando que o sindicato não tem objetivo de acumular riquezas, o grande desafio sempre é transformar esse resultado positivo em benefício para o associado. Acredito que a entidade vem cumprindo seu papel, sendo presente e representando a classe, por meio de ações e eventos que visam o crescimento do produtor rural”, avaliou. Para o associado Jairo Silvestrin Filho, que esteve presente na AGO, o sindicato vem se destacando e cumprindo muito bem seu papel de entidade representativa do agronegócio. “Como produtor e associado estou muito satisfeito com o Sindicato Rural. A entidade está sempre envolvida com os diversos setores do agronegócio, promovendo conhecimento e informação para os produtores. O Rodolpho como presidente da entidade contribui muito para isso também. É uma pessoa com muito conhecimento e muito representativa em todo o Estado, o que vem contribuindo muito para o agronegócio da região”, elogiou.

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Luiz Carlos Colferai fez a leitura do Edital de Convocação da AGO

Josef Pfann Filho leu a ata da última assembleia

Botelho prestou contas de 2016

Ted Sander apresentou os dados contábeis da entidade

Roberto Cunha leu o parecer do Conselho Fiscal

Francisco Serpa conduziu a votação de aprovação de contas de 2016 e a proposta orçamentária para 2017

Sócios aprovaram as contas da entidade e a proposta orçamentária para este ano

Houve sorteio de cesta para os sócios. Os vencedores foram Cyrano Yasbek e Jairo L. Ramos Neto


ADUBAÇÃO BIOLÓGICA

MANEJO MICROBIOLÓGICO DO SOLO Eng. Agr. MSc. Maria Stefânia Cruanhes D'Andréa-Kühl

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aumento na demanda por alimento é uma preocupação mundial que estimula o aumento da produção agrícola por área cultivada. Este desafio requer a utilização de boas práticas de manejo que visam reduzir a compactação, a salinização, a erosão e aumentar a diversidade microbiológica do solo e a disponibilidade de nutrientes, assim melhorando as condições do solo. Ao longo dos anos de produção, o equilíbrio da biodiversidade microbiana do solo vai sendo reduzido, o solo vai se degradando, resultando na compactação. Com isto, as raízes das plantas são afetadas, prejudicando a absorção de água e nutrientes. Para isso, o manejo biológico se torna uma ferramenta inovadora e complementar às práticas agrícolas.

O Adubo Biológico Microgeo® é um produto biológico que tem o objetivo de reconstituir a vida microbiológica do solo, garantindo benefícios multifuncionais à produção, a partir da reestruturação dos solo. Microgeo®, além de condicionar as propriedades físicas, químicas e biológicas do solo, também age no desenvolvimento da sanidade vegetal, garantindo assim, um aumento na produtividade da cultura.

RESULTADOS COMPROVADOS Microrganismos do solo excretam substâncias que contribuem na adesão entre partículas. Estudo realizado pela CCGL Tec, no Estado do Rio Grande do Sul, demonstrou em solo de grãos, com

uso de Microgeo® ao longo de cinco ciclos de cultivo (soja, trigo, soja, aveia e milho), a redução de até 13% na densidade do solo e aumento de 41% na macroporosidade. Este experimento comprova que Microgeo® não só descompacta, mas reestrutura o solo. Aplicando o Adubo Biológico você obtém: maior grumosidade do solo, maior agregação, maior aeração, maior retenção de umidade, maior macroporosidade, redução da densidade e, consequentemente, menor compactação do solo. Além de contribuir para uma melhora na reestruturação do solo, Microgeo® contribui para ganhos de produtividade. Em experimento desenvolvido pela CCGL Tec, na cultura do milho, a área que recebeu aplicação de Microgeo® (30 L/ha no sulco + 120 L/ha em área total) obteve como resultado 5,8 sacas do grão REVISTA DO PRODUTOR RURAL DO PARANÁ

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geo® na cultura, isto é, a fêmea expeliu menos ovos. Neste experimento, o Adubo Biológico além de afetar a proliferação da praga, garantiu o aumento do peso dos frutos de tomate em 28%.

RECOMENDAÇÕES

a mais, quando comparada com a área que não recebeu o Adubo Biológico. Enquanto que em um trabalho realizado em milho safrinha, pela Fundação MS, o ganho de produtividade foi de 12,9 sacas/ha a mais com Microgeo®. Indo além, Microgeo, ao aumentar a biodiversidade microbiana do solo, garante o aumento da sanidade da cultura, através da supressão de pragas e doenças. Plantas mais sadias e protegi-

das alcançam maiores níveis de produtividade. Esse resultado foi observado em vários trabalhos. Um deles, realizado pela Fundação MT em área de soja infestada de nematoide, obteve 11% a mais de produtividade na área com o Adubo Biológico. Em outro trabalho realizado pela ESALQ, na cultura do tomate, houve a redução de 50% da oviposição da mosca branca, após a aplicação foliar de Micro-

O Adubo Biológico pode ser aplicado ao solo nas dosagens de 150 ou 300 L/ha, de acordo com a cultura, em área total no momento da pós-emergência da cultura. Além disso, há também as aplicações foliares que visam ativar a indução de resistência das plantas. As doses recomendadas das aplicações foliares variam de 0,5 a 1% para hortaliças e flores e 3 a 5% para as demais culturas. As aplicações foliares devem ocorrer de 3 a 4 vezes ao longo do ciclo da cultura, podendo ser aplicado em conjunto com outros insumos foliares. A Adubação Biológica é uma importante ferramenta que integrada no manejo agrícola atua de forma sinérgica, quando aplicada em conjunto com demais insumos biológicos e químicos.

DEPOIMENTOS DE CLIENTES MICROGEO: Usamos o Microgeo desde 2011. Atualmente aplicamos o produto em 1.200 hectares, divididos em duas fazendas, uma no município de Guarapuava e outra em Cantagalo. Iniciamos a utilização buscando os benefícios oferecidos como condicionante do solo, visando reduzir a compactação. Aplicamos a dose total de 150 l/ha anualmente, divididos em duas ou três aplicações. Inicialmente verificamos redução da compactação e após dois anos de utilização, a produtividade aumentou nas áreas que utilizam o produto. No solo, sem dúvida, verificamos menor compactação e maior capacidade de drenagem”.

Cristhian Ribas Sekula

Fazenda Três Capões Grupo Santa Maria – Guarapuava Utilizo o Microgeo há três anos em 200 hectares. Anteriormente utilizava só na lavoura e esse ano passei a aplicar também na área de pastagem. Observo benefícios nas áreas desde que comecei a usar o produto. Além da descompactação do solo, venho notando o melhoramento de raízes nas lavouras, eliminando assim as pragas de raízes. A produtividade também aumentou. Podemos observar na área testemunha, que a diferença é de cinco a seis sacos a mais por hectare. Na pastagem, já notei uma melhora na qualidade da forrageira. O investimento no produto vem valendo a pena, pois os benefícios que ele traz já paga os custos”.

Rubens Paulo Loures Camargo Fazenda Igrejinha - Goioxim

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MICRO E PEQUENAS EMPRESAS

MENEGUETTE ASSUME CONSELHO DELIBERATIVO DO SEBRAE-PR

Presidente do Sistema FAEP/ SENAR-PR vai comandar a instituição até o fim de 2018 O Sebrae-PR elegeu, no dia 20 de março, o novo presidente do Conselho Deliberativo, que comandará a entidade até o final de 2018. O presidente do Sistema FAEP/SENAR-PR, Ágide Meneguette, foi eleito e assumiu a presidência do Conselho Deliberativo do Sebrae-PR no lugar de Edson Campagnolo, presidente da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep). O Conselho do Sebrae-

-PR, responsável por formular as diretrizes de apoio ao empreendedorismo e às micro e pequenas empresas paranaenses, é formado por representantes de 13 entidades do setor produtivo, instituições de crédito e poder público, que se alternam no comando. Eleito, Ágide Meneguette, falou em continuidade e seguir as diretrizes do Sistema Sebrae. “Agradeço a confiança dos conselheiros e reafirmo que a prioridade é continuar o trabalho até aqui realizado de maneira tão profissional pela casa. O caminho é esse que os conselheiros já aprovaram e vamos executar

o planejamento do Sebrae-PR, pensando na causa dos pequenos negócios”, apontou Meneguette, que já presidiu o Conselho de 2003 a 2006. Depois da eleição, Ágide Meneguette conduziu os trabalhos e nomeou Darci Piana, presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná (Fecomércio-PR), para ser seu vice-presidente do Conselho e coordenador do G7, grupo formado por representantes de entidades do setor produtivo paranaense que trabalha ações em conjunto em prol do desenvolvimento do Estado.

LIXO RECICLÁVEL

JOGUE CERTO

Prefeitura inicia recolhimento de lixo reciclável nas comunidades rurais A Prefeitura Municipal de Guarapuava, por meio do programa Jogue Certo, está iniciando a coleta de lixo reciclável nas comunidades rurais. O recolhimento será feito por meio de um ponto de coleta na comunidade, aonde todos os moradores deverão levar os recicláveis. E um caminhão passará periodicamente recolhendo o lixo. “Esse programa já funciona há algum tempo na cidade, mas pela dificuldade de logística ainda não estava funcionando nas comunidades rurais. Já estão certas

algumas comunidades rurais onde vamos instalar os pontos de coleta. Outras que quiserem usufruir do benefício, deverão solicitar, para que possamos nos organizar e atender a demanda”, explica o secretário de Meio Ambiente, Celso Alves de Araújo. Ele comenta um ponto importante para melhor organização da coleta: “O ideal é que uma pessoa fique responsável por organizar esta coleta do lixo reciclável nas propriedades, para que ele esteja neste local quando o caminhão passar e também para nos repassar a periodicidade do recolhimento deste lixo”. É importante ressaltar que nem todo lixo é reciclável. No site da Prefeitura Municipal, no link Coleta Seletiva, é possível

O vice-presidente do Sindicato Rural de Guarapuava, Anton Gora, acompanhado do secretário de Meio Ambiente, Celso A. de Araújo e o engenheiro ambiental Cleberson L. Dias Mayer.

saber quais tipos de lixo o programa Jogue Certo recolhe. Produtores rurais interessados em levar o programa até a sua comunidade precisam entrar em contato com a Secretaria Municipal de Meio Ambiente pelo telefone 3624-2214.

GASTRONOMIA

CURSO DE MASSAS E RISOTOS O Sindicato Rural de Guarapuava sediou o Curso de Preparo de Massas e Risotos, do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac), dos dias 17 a 20 de abril. Os participantes aprenderam como fazer risotos de aspargos e nozes, beijinho, tomate seco e amêndoas, funghi, de camarão com limão siciliano, massas de grano duro, básica,

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capeletti de 4 queijos, raviolle de castanha do pará com banana, tortei, nhoque recheado com gorgonzola, entre outros pratos.


PALESTRA

MERCADO FINANCEIRO E INVESTIMENTOS

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Bradesco Corretora, com o apoio do Sindicato Rural de Guarapuava, realizou no dia 5 de abril, a palestra “Cenário 2017 - Perspectivas do Mercado Financeiro”, conduzida pelo analista econômico Aloisio Villeth Lemos. Ele debateu sobre o atual momento da economia mundial e também especificamente do Brasil, destacando alguns assuntos, que estão influenciando diretamente a bolsa, como a eleição de Donald Trump, a renegociação das dívidas dos estados, as commodities, a

reforma da previdência no Brasil e as operações federais, como Lava Jato e Carne Fraca. Segundo o palestrante, a recuperação da economia se dará, basicamente, quando houver confiança no mercado por parte dos investidores, que na sua visão, já está bem melhor. Para os que querem investir o dinheiro, o conselho foi o seguinte: seletividade continua e diversidade nos investimentos. “Com o atual momento econômico que ainda tem um

pouco de instabilidade, o ideal é selecionar o tipo de investimento com mais cautela. Além disso, não investir um montante alto em um só tipo de investimento, mas optar por mais de uma opção”, aconselhou durante a palestra. O palestrante ainda detalhou as opções de investimentos e seus benefícios, como Tesouro Direto, Fundos Imobiliários, Mercados Futuros, CDB (Certificado de Depósito Bancário), entre outros.

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REVISTA DO PRODUTOR RURAL DO PARANÁ

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COMISSÕES TÉCNICAS

MENDONÇA DE BARROS ABORDA NOVAS OPORTUNIDADES PARA O MERCADO BRASILEIRO Representantes do Sindicato Rural estiveram presentes no evento

A

Federação da Agricultura do Estado do Paraná (FAEP) realizou, no dia 31 de março, o Encontro das Comissões Técnicas e Lideranças Sindicais em Curitiba. Representando o Sindicato Rural de Guarapuava, vários membros das comissões participaram do encontro, sendo eles: Rodolpho Luiz Werneck Botelho, Anton Gora, Gabriel Gerster, Hildegard Abt, Rafael Majowski, Roberto Motta Junior e Adriane Azevedo. Na parte da manhã, quem coordenou o encontro foi o engenheiro agrônomo Alexandre Mendonça de Barros, abordando a atual conjuntura do agronegócio mundial e nacional. Em meio às baixas cotações das principais commodities, queda no câmbio e incertezas no setor de carnes, lideranças rurais e produtores do Paraná receberam uma boa notícia. O protecionismo imposto por diversos países, principalmente nos Estados Unidos, principal economia do mundo, atrelado a projeção do Banco Mundial de crescimento maior das economias de diversas nações ao redor do mundo em relação a 2016, podem abrir novos mercados

O presidente da Faep, Ágide Meneguette recepcionou os participantes do evento

para os produtos brasileiros. Porém, para que as oportunidades sejam aproveitadas, o Brasil precisa, rapidamente, adequar questões internas. Barros utilizou o México para exemplificar como o Brasil pode abocanhar um novo mercado. O país importa mais de 4,2 milhões de toneladas de soja, 14 milhões de toneladas de milho e mais de 1 tonelada de

carne suína. Porém, a participação do Brasil nesses negócios é quase nula. Em compensação, o vizinho Estados Unidos tem participação significativa, o que pode mudar no futuro em função da política protecionista adotada pelo presidente republicano Donald Trump. Texto e fotos: FAEP

COMISSÕES TÉCNICAS

Mendonça de Barros apresentou perspectivas positivas para lideranças do agronegócio e produtores rurais

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REVISTA DO PRODUTOR RURAL DO PARANÁ

Na segunda parte do Encontro das Comissões Técnicas da FAEP, sete reuniões foram realizadas: Avicultura/ Suinocultura; Bovinocultura de Leite e de Corte; Cafeicultura; Cereais, fibras e oleaginosas; Caprinocultura e Ovinocultura; Hortifruticultura e Meio Ambiente.


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JOÃO HUBER

FRANZ PLETZ

ROBERT KORPASCH

DKB 290

DKB 290

DKB 290

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SC/HA

MÉDIA EM 33 HA

MÉDIA EM 6,5 HA

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SC/HA

MÉDIA EM 6,4 HA

ROLAND P. GUMPL

ROLAND P. GUMPL

EVALDO S. BECKER

DKB 290

DKB 290

DKB 290

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SC/HA

MÉDIA EM 12 HA

ROBERT UTRI DKB 290

222

SC/HA

MÉDIA EM 6 HA

220

SC/HA

MÉDIA EM 7 HA

DIEGO RAFAEL MAROSO DKB 290

230

SC/HA

MÉDIA EM 7,5 HA

BRIGIT T. WECKL

ARNOLD DETLINGER

DKB 290

DKB 290

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SC/HA

MÉDIA EM 44 HA

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SC/HA

MÉDIA EM 15 HA

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SC/HA

MÉDIA EM 12,5 HA

JOHANNES STECHER DKB 290

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SC/HA

MÉDIA EM 14 HA

MOACIR KENJI AOYAGUI DKB 230

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SC/HA

MÉDIA EM 110 HA

ELMAR REMLINGER

ROLAND JUNG

MARCELO WECKL

DKB 230

DKB 230

DKB 230

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SC/HA

MÉDIA EM 74 HA

20

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SC/HA

REVISTA DO PRODUTOR RURAL DO PARANÁ

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SC/HA

MÉDIA EM 40 HA

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SC/HA

MÉDIA EM 14,8 HA

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ELES DÃO ASAS À PRODUTIVIDADE.

ELES USAM DEKALB.

ROLAND JUNG DKB 230

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SC/HA

MÉDIA EM 83 HA

JOÃO HUBER DKB 230

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SC/HA

MÉDIA EM 30 HA

MANFRED MAJOWSKI DKB 230

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SC/HA

MÉDIA EM 61 HA

FERNANDO BECKER DKB 230

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SC/HA

MÉDIA EM 40 HA

HELMUTH E ALEXANDRE SEITZ DKB 230

231

SC/HA

MÉDIA EM 40 HA

DEODORO MARCONDES DKB 230

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SC/HA

MÉDIA EM 100 HA

ADRIAN HEINRICH

MAURO ARAUJO

WALTER BECKER

DKB 230

DKB 230

DKB 230

240

SC/HA

MÉDIA EM 21 HA

224

SC/HA

MÉDIA EM 44 HA

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SC/HA

MÉDIA EM 45 HA

ALCEU LUPEPSA

CRIATIANO STUTZ

WILSON RICKLI

DKB 230

DKB 230

DKB 230

213

SC/HA

MÉDIA EM 84 HA

PAULO BASSO DKB 230

229

SC/HA

MÉDIA EM 90 HA

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SC/HA

MÉDIA EM 4,06 HA

GERALDO DE ALMEIDA DKB 230

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SC/HA

MÉDIA EM 45 HA

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SC/HA

MÉDIA EM 70 HA

LAURO GREGIO DKB 230

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SC/HA

MÉDIA EM 72,6 HA

JOÃO M. NICARETA DKB 230

231

SC/HA

MÉDIA EM 36,3 HA

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www.dekalb.com.br REVISTA DO PRODUTOR RURAL DO PARANÁ


REPORTAGEM

Mulheres do Campo

A partir desta edição, a REVISTA DO PRODUTOR RURAL apresenta a série de reportagens Mulheres do Campo, com o objetivo de homenagear mulheres que contribuem para o desenvolvimento da agropecuária regional.

Foto: Paola de Lacerda R. Lima

As primeiras homenageadas da série são: Zeni Aparecida Padilha Muzzolon, Vânia Elisabeth Cherem Fabrício de Melo, Geny Lima, Adriana do Rocio Passos de Lacerda Martins e Matilde Elisa Weber Schneider.

Geny de Lacerda Roseira Lima

N

ascida em Guarapuava, filha dedicada de dona Cota com seu Manoel. Está casada há 30 anos com Rui Carlos Pereira Lima, mãe de sua única filha, Paola, e avó coruja do Frederico, por quem se derrete ao contar suas travessuras. Adora artesanato e viajar. Divide seu tempo entre cuidar da propriedade e a atenção especial à sua mãe. Assim conhecemos a intimidade de uma mulher que, por trás de uma aparência doce e frágil, revela ser forte e batalhadora.

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REVISTA DO PRODUTOR RURAL DO PARANÁ

A aposentadoria precoce, inquietude e o entusiasmo fizeram Geny de Lacerda Roseira Lima procurar novos caminhos, após 25 anos de trabalho como educadora. O exemplo paterno, de amor pela natureza e gosto pelas lidas do campo, foi primordial nessa escolha. Desde criança, demonstrava interesse em acompanhar as atividades rotineiras de manejo dos bovinos na fazenda. Mas só concretizou quando adulta e, principalmente, com o apoio e colaboração do marido, que sempre a incentivou para colocar seus sonhos em prática. O casal iniciou a criação de

ovinos de corte com 20 borregas da raça Hampshire Down. Foi complicado, mas eles contaram com a orientação de bons profissionais nessa fase. Para Geny, o papel do produtor rural é de grande responsabilidade nos dias atuais. Ele deve administrar sua propriedade como se administra uma empresa. “Penso que a família é nosso porto seguro. Se existe alguém ou algo em que podemos depositar toda a nossa confiança, é na nossa família. E na relação familiar é onde se dá e recebe amor incondicional”, observa Geny.


Zeni Aparecida Padilha Muzzolon

F

omos recebidos por uma senhora muito simpática e falante. Olhos claros, ar de nobreza, mas de uma simplicidade que nos apaixona à primeira vista. Mulher batalhadora, mãe de três filhos e com seu jeito espontâneo, nos convida para ouvir um pouquinho da sua vida. Nossa entrevistada, Zeni Aparecida Padilha Muzzolon, é produtora de leite na região de Cantagalo, casada com Jayme Muzzolon há 25 anos. Cuida com muito zelo e carinho da sua propriedade e da criação. Além dos animais, também possui lavoura de soja, de responsabilidade do seu esposo, e um belo pomar com frutas diversas, de onde retirou algumas delas para servir um delicioso refrigerante caseiro, feito por ela mesma.

Mas de todas as atividades, o que Zeni realmente sente prazer em fazer é a ordenha, todas as manhãs. No início, 15 anos atrás, o leite retirado das vacas era apenas para o consumo da família e para produção de queijos e natas que era vendido na cidade. Com o tempo, a produção de leite aumentou, ela se associou a uma cooperativa e profissionalizou seu negócio. Segundo Zeni, hoje esse trabalho é uma paixão. Ela não precisa acordar de madrugada para retirar o leite das vacas, acorda um pouco mais tarde e, como um hobby, ordenha seu rebanho. A produtora deixa os terneiros se alimentarem com o leite no restante do

dia. “Precisamos respeitar a natureza, pois é dela que retiramos nosso sustento e somente ela nos permite, todos os dias, essa benção em nossas vidas”. Em poucas palavras, Zeni nos faz refletir, que são nas coisas mais singelas que encontramos a verdadeira felicidade.

Vânia Elisabeth Cherem Fabrício de Melo

V

ânia Elisabeth Cherem Fabricio de Melo nasceu em 1948. Filha de Alfredo Cherem e Evany Queiróz Cherem, é casada com Lauro Augusto Fabrício de Melo (magistrado) e mãe de três filhos: Simone Cherem Fabrício de Melo, Lauro Augusto Fabrício de Melo Filho e Fernando Augusto Fabrício de Melo. Detalhe: os três são juízes de direito. "Nosso orgulho”, revela. Vânia também é avó de Leonardo Fabrício de Melo Portella e Isabela Cherem Fabrício de Melo. Atualmente, é produtora rural, proprietária da Fazenda Limoeiro (Candói/PR), uma das 10 propriedades pertencentes ao seu tataravô, Frederico Guilherme Virmond. “Sou a quinta geração na fazenda”, explica.

Vânia diz que desde criança apreciou a vida no campo. Apesar de morar na capital do Estado - Curitiba, ela conta que gostava de passar as férias na casa do seu avô, onde hoje é a sede da Fazenda Lagoa Seca. “O cotidiano da fazenda era o rodeio de gado. Como eu gostava desta lida, ia com o meu avô e seus colaboradores reunir os animais. Lembro-me de minha mãe querendo me proibir de cavalgar junto aos cavaleiros e meu avô intercedendo a meu favor, para ela me deixar participar do trabalho”. A produtora assumiu a Fazenda Limoeiro após o falecimento do seu pai, em 1985. A propriedade de Alfredo Cherem foi desmembrada e dividida entre os três irmãos. Dos três filhos do casal, Vânia é a única mulher; seus irmãos são Carlos Alberto Queiróz Cherem e Alfredo Cherem Filho. Hoje, Vânia administra a produção de ovinos e bovinos de corte. A produtora é cooperada e faz parte da atual diretoria da Cooperativa de Carnes Nobres Cooperaliança. Com as ovelhas, faz o ciclo completo (cria, recria e engorda) e vende os cordeiros para a cooperativa de carnes. "Conjuntamente com as ovelhas tenho uma criação de gado, angus e cruza com canchin e charolês. Vendo meus bezerros para um parceiro, Herbert Schlafner, também cooperado, que faz a terminação através de confinamento e vende o boi pronto para a Cooperaliança”, explica.

O rebanho de ovinos é formado por 600 matrizes, contando também com borregas para venda e descarte e cordeiros em cochos. O plantel de bovinos é de 400 cabeças, manejados somente com IATF. Vânia acha importante estar à frente da atividade. Ela conta que está sempre junto com os colaboradores nas atividades realizadas na propriedade. “Quando estou na fazenda, faço de tudo. Acordo bem cedo,vou aos apriscos dos carneiros. O que tiver de fazer eu faço, como vacinar, tatuar, colocar borracha nos rabos. Se identifico algum animal doente, eu medico. Como o rebanho é muito grande, preciso analisar também se há problema de verme ou de casco. Quando vou lidar com o gado, eu mesma faço a vacinação. Quando tem que fazer inseminação, também estou junto. Todos os dados dos rebanhos também sou eu que faço o registro”. Apesar das dificuldades que Vânia diz ter enfrentado no começo como produtora rural, por ser mulher, ela diz que fica feliz por atualmente o cenário estar diferente. “Hoje não encontro dificuldade na atividade por ser mulher, mas encontrei bastante na época em que comecei a trabalhar, pois não era nada comum mulheres tomarem a frente dos negócios em fazendas. Porém, sempre levando a sério o meu trabalho, soube conquistar o meu espaço e ter o respeito das pessoas com quem tenho contato”, diz orgulhosa. REVISTA DO PRODUTOR RURAL DO PARANÁ

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Adriana do Rocio Passos de Lacerda Martins

A

driana do Rocio Passos de Lacerda Martins nasceu em 1962. É filha de Oemelson Faria de Lacerda e Maria Helena Passos de Lacerda. Sua família sempre foi ligada ao campo, sendo proprietária da Fazenda Capão da Lagoa, que fica na divisa de Guarapuava/Goioxim e Candói. Por ser casada com o neurocirurgião Reinaldo Rocha Martins, Adriana acabou se envolvendo com área da saúde e fez graduação em enfermagem, seguindo car-

reira neste setor. “Trabalhei em hospitais e ajudo meu marido na administração da clínica dele. Além disso, também tenho uma metalúrgica”. Adriana nunca tinha se envolvido diretamente com as atividades da fazenda antes de seu pai falecer. Quem auxiliava na coordenação da propriedade era seu irmão Cícero Lacerda. Mas depois do falecimento do seu pai, em 2014, Adriana sentiu necessidade de participar mais nas atividades da fazenda. “Meu pai nunca me incentivou a trabalhar na propriedade. Como meu irmão sempre ajudou a cuidar de tudo, eu também achava melhor não me envolver. Mas quando meu pai faleceu, o Cícero acabou ficando sozinho e me ofereci para ajudar. Ele mesmo acabou me dando a ideia do cultivo de erva-mate, porque sempre gostei de preservação do meio ambiente. E a erva-mate permite conciliar uma atividade rentável e a preservação da mata.

Tinha uma área que era nativa e já com alguns pés de erva-mate, então dei início à atividade”. Como nunca havia tido contato com o cultivo de erva-mate, ela buscou conhecimento. “Procurei aprender tudo sobre a cultura. Tive muita sorte, porque encontrei apoio de muita gente que já está nesse ramo há mais tempo. Hoje, tenho uma assistência técnica excepcional, que tem me ajudado muito”. Além disso, no ano passado, o Sindicato Rural de Guarapuava iniciou os trabalhos da Comissão Técnica de Erva-Mate e, por meio dessa participação, estou tendo a oportunidade de aprender ainda mais. Na propriedade, seu irmão, Cícero, é responsável pela produção de grãos e um dos três filhos de Adriana, Matheus Martins, cuida da pecuária de corte. Os outros dois filhos de Adriana são ligados à área de saúde: Lucas Martins é médico e Marina Martins é fisioterapeuta. São, em média, 30 alqueires dedicados à erva-mate atualmente na Fazenda Capão da Lagoa, sendo 60 mil pés entre nativos e plantados. “Ainda não colhi os frutos, pois a erva-mate exige paciência. É uma cultura que demora mais a produção, mas estou com muita expectativa. Além disso, quanto mais aprendo, mais eu gosto”.

Matilde Elisa Weber Schneider

C

om jeitinho tímido e sereno, uma mulher de sorriso cativante e de muita fibra. Assim é Matilde Elisa Weber Schneider, que aos poucos foi se “soltando” e contando como se tornou produtora de ovinos na região de Guarapuava. Apesar do grande compromisso com o trabalho, Matilde que é casada há 31 anos com Daniel Schneider, sempre esteve rente com o marido na lida dos negócios da família. Nascida e criada na cidade de Turvo, foi para o campo após se casar e começou a cuidar da pequena criação de ovelhas que seu marido já tinha em uma propriedade próxima a Pinhão. Esposa, mãe e administradora do lar, ela conta que não foi nada fácil no início da sua vida de casada. Precisava se dividir entre os afazeres domésticos, as filhas e o trabalho no campo com seu esposo. Sau-

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REVISTA DO PRODUTOR RURAL DO PARANÁ

dosa, recorda que as condições financeiras da época não permitiam contratar funcionários para os serviços rurais, então ela e o marido “tosqueavam” as ovelhas no galpão da propriedade. Foram tempos difíceis, mas que com muita determinação e trabalho conseguiu superar juntos as dificuldades que hoje lhe servem de inspiração para o crescimento pessoal e profissional. Graças ao trabalho árduo, os negócios cresceram consideravelmente, hoje em dia, ela pode contar não só com a ajuda de maquinários e funcionários, mas também com suas

filhas Elisa e Damaris, que futuramente terão um grande desafio: substituir a mãe e tentar seguir os seus passos com a mesma competência.


MÁQUINAS AGRÍCOLAS

ESTÁ CHEGANDO O 11º SÁBADO SHOW Evento da MacPonta Agro, concessionário John Deere, reúne os melhores negócios do ano em um só dia!

P

elo segundo ano consecutivo, a MacPonta Agro promove o tradicional Sábado Show para a região de Guarapuava. O evento, já tradicional na região dos Campos Gerais, comemora sua 11ª edição no ano de 2017. O grande diferencial da MacPonta Agro é reunir, em um único dia, as melhores oportunidades do ano para o produtor rural, tanto na aquisição de máquinas agrícolas, quanto em peças e serviços. Para os apaixonados pela marca John Deere, o Sábado Show também faz preços especiais em toda a linha de merchandise. Além de negócios excelentes ao produtor rural, o Sábado Show apresenta os últimos lançamentos da marca John Deere e cria um espaço dedicado a toda a família, com distração e diversão garantida para os pequenos. Em sua décima primeira edição, o evento se consagrou como um dia único com as melhores oportunidades para o produtor rural. O gerente de Loja em Guarapuava, Carlos Alberto Guarese, conta que a expectativa é de que o evento reúna um público ainda maior do que no último ano. “Estamos muito confiantes e preparados para receber os agricultores da região. Esperamos que nossos clientes venham em peso. E, com as condições únicas que estamos preparando, tenho certeza de que será um dia para fecharmos ótimas parcerias”, destaca.

Em sua primeira vez na cidade de Guarapuava, o Sábado Show reuniu mais de 1.300 pessoas e movimentou mais de R$ 40 milhões em negócios. Anote na sua agenda, faça planos, traga sua família! É no dia 13 de maio, a partir das 8h da manhã. Sábado Show, a oportunidade que você esperava para fechar grandes negócios!

NDA: NA AGE ANOTE

Show o d a b á 11º S ia: 13/05 h D tir das 8 o A paracPonta Agr Na MGuarapuava

Sábado Show edição 2016

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FERTILIZANTE LÍQUIDO

MILHO TEM QUE TER NITAMIN, DA AGRICHEM Empresa divulgou produto e esclareceu dúvida no Dia de Campo do Milho

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om o Carnaval terminando bem na época da colheita de milho no centro-sul do Paraná, algumas empresas ligadas ao agronegócio não perderam tempo: somaram forças para realizar já no dia 2 de março, na Fazenda Riacho Fundo, em Guarapuava, o Dia de Campo do Milho – um evento voltado exclusivamente àquela que é uma cultura de destaque nesta região paranaense, atingindo produtividades acima de 10 mil quilos por hectare e servindo para rotação com soja e culturas de inverno. Ao longo de toda uma tarde, os organizadores, dos setores de insumos, sementes, maquinários e veículos, apresentaram em seus estandes produtos e serviços aos produtores rurais que compareceram. Entre os expositores, a Agrichem compareceu ao dia de campo para reforçar a divulgação de suas principais tecnologias em fertilizantes líquidos de alta concentração. Entre outros produtos de seu portfólio, o estande da empresa destacou: Nitamin, um fertilizante à base de nitrogênio (N). De acordo com a Agrichem, o produto proporciona ao milho uma liberação gradual de N, permite aplicação com pulverizadores convencionais (não corrosivo) e possibilita sua utilização independente da condição de umidade do solo ou clima. Presente ao Dia de Campo do Milho, o consultor técnico comercial da Agrichem, Vitor José Lotti, lembrou que a empresa está focada no ramo de nutrição vegetal de culturas comerciais e destacou que uma eficiente absorção de nutrientes é a base para se alcançar melhor desempenho na lavoura. “A nutrição é um pilar dessa busca constante pela produtividade. A Agrichem é especialista neste ramo”, comentou. Especificamente para a nutrição do milho, Lotti disse que o Nitamin não apenas disponibiliza nitrogênio, mas faz isso

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Empresa destacou fertilizantes de alta concentração

Milho, na Fazenda Riacho Fundo: cultura foi o centro das atenções no evento


gradativamente, numa etapa em que aquele fator é de especial importância para as plantas. “É um produto à base de N amídico. A gente tem estudos que dizem que o produto libera nitrogênio até sete semanas dentro da planta”, especificou. Mas o consultor técnico frisou que, para que o fertilizante produza o efeito esperado, é necessário que o agricultor siga um posicionamento correto, definido pela orientação técnica oferecida pela empresa. De acordo com o Lotti, a planta de milho, durante seu ciclo, apresenta fases em que demanda mais nitrogênio. Este, apontou, é um detalhe que precisa ser considerado ao se posicionar Nitamin. “O produtor geralmente faz a adubação nitrogenada, sólida, da quarta até a oitava folha. A gente costuma dizer: até a última entrada do trator. Nesse momento, a planta está definindo o potencial produtivo. Mas isso não quer dizer que ela vai conseguir produzir aquilo que potencializou lá trás. A demanda maior de absorção (de N) está no pré-pendoamento. E essa adubação nitrogenada foi feita no V8. O Nitamin, quando o posicionamos na última entrada do

Público: produtores rurais de Guarapuava e região

Programação trouxe palestra sobre a fisiologia do milho, com o professor Marcelo Cruz Mendes, da Unicentro

trator, vai ter essa longevidade de liberação de nitrogênio. Quando chegar no pico de demanda, a planta vai ter nitrogênio para conseguir completar o seu ciclo”, detalhou. Já a participação num evento voltado exclusivamente à cultura do milho, o consultor técnico considerou como uma excelente oportunidade, tanto para divulgar as tecnologias da Agrichem quanto para conhecer Equipe da Agrichem no evento: Marcelo Antônio Kluska mais de perto os produto(APT), Vitor José Lotti (CTC) e Aldo Goldoni (ATP) res rurais de Guarapuava e região. “Está sendo um momento de conhecimento, de trocar ideias com o produtor, para podermos fazer uma recomendação bem técnica, visando que ele possa colher os resultados lá na frente”, assinalou. Lotti ressaltou ainda que por isso a equipe da AgriA NUTRIÇÃO É UM chem compareceu ao dia de campo PILAR DESSA BUSCA também disposta a esclarecer dúviCONSTANTE PELA das técnicas: “É o momento de chegar no nosso estande, de nos questionar PRODUTIVIDADE” sobre algum posicionamento. Não só Vitor José Lotti – Agrichem falando de nitrogênio específico em milho. A Agrichem tem uma série de elementos nutricionais que são importantíssimos”.

Lotti sublinhou também que a atual evolução agrícola exige uma nova visão sobre a atividade: “Acho que hoje a agricultura não pode continuar como era antes. A gente sempre tem que buscar melhorias”, afirmou. Ao lado de mini palestras técnicas de cada empresa organizadora, a programação do Dia de Campo do Milho contou com uma apresentação com o tema “Fisiologia da Planta do Milho”, do agrônomo e professor Marcelo Cruz Mendes, da Unicentro (Guarapuava). Para o jantar de confraternização, produtores rurais da região prepararam o Suíno à Moda de Entre Rios.

Suíno à Moda Entre Rios: confraternização REVISTA DO PRODUTOR RURAL DO PARANÁ

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CAPACITAÇÃO RURAL

JAA E EMPREENDEDOR RURAL EM GUARAPUAVA, CANDÓI E CANTAGALO

O

s cursos do Programa Jovem Agricultor Aprendiz (JAA) e Programa Empreendedor Rural (PER), do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), começaram com força total em 2017, através do Sindicato Rural de Guarapuava. No dia 16 de março, o JAA iniciou as atividades em Candói, na Escola Estadual Cachoeira e também na Comunidade Cachoeira, ministrado pelo instrutor Sandro Pio Passarin. Já em Cantagalo, o curso teve início no dia 06 de março, capacitando os alunos dos Colégios Estaduais Olavo Bilac e Elenir Linke. O instrutor é Tibério Pimentel Budal. O JAA acontece duas vezes na semana, direcionado a adolescentes e jovens com idade de 14 a 18 anos, filhos de produtores ou trabalhadores rurais no contra turno escolar. Com o intuito de proporcionar aos participantes uma formação necessária para que eles desenvolvam sua criatividade e habilidades práticas, a serem aplicadas em seus lares, propriedades e no seu desenvolvimento pessoal, o programa tem por objetivo informar aos jovens rurais sobre suas oportunidades no campo, qualificando-os profissionalmente, despertando uma visão empresarial e capacidade empreendedora. Já o Programa Empreendedor Rural (PER) iniciou 2017 com quatro turmas nos meses de março, abril e maio. Os instrutores que estão coordenando as turmas são Luiz Augusto Burei e Josias Schulze. O curso está ocorrendo na Extensão de Base em Cantagalo, no Sindicato Rural de Guarapuava e também na Universidade Estadual Centro-Oeste (Unicentro). Serão vinte encontros realizados uma vez por semana. Os conteúdos do programa abordam a gestão da propriedade rural e o empreendedorismo das pessoas do meio rural. Estimula o debate e a formação de lideranças. Ensina a calcular custos do processo produtivo e a elaborar projetos para que os produtores rurais passem a administrar suas propriedades com eficiência, como empresas. Desenvolvido em 136 horas, mesclando conteúdos técnicos de gestão e elaboração de projetos com conteúdos importantes de desenvolvimento humano, sucessão familiar, aspectos jurídicos relacionados à propriedade, entre outros. Os cursos do Senar são gratuitos e disponibilizados a produtores e trabalhadores rurais e familiares.

Os interessados em participar dos cursos devem entrar em contato no Sindicato Rural (42) 3623-1115 e nas Extensões de Base em Candói (42) 3638-1721 e Cantagalo (42) 3636-1529.

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PER no Sindicato Rural de Guarapuava

Curso JAA em Candói

Curso JAA na Extensão de Base Cantagalo

Reunião sobre Empreendedor Rural


QUEM PLANTA REFÚGIO PROTEGE O BOLSO. O REFÚGIO dificulta a seleção de insetos resistentes, preserva os benefícios de INTACTA RR2 PRO® e prolongam sua rentabilidade.

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MÁQUINAS AGRÍCOLAS

AXIAL OU HÍBRIDA? C

olheitadeiras MASSEY FERGUSON consolidam sua eficiência, robustez e melhor custo beneficio do mercado; mais rendimento e menos manutenção. Com o andamento da safra de grãos 2016/2017, a cada dia podemos constatar a eficiência das Colheitadeiras Massey Ferguson no campo. Máquinas Híbridas e Axiais desenvolvem diariamente com sucesso a tarefa de retirar das lavouras da nossa região a nossa maior riqueza, o grão. Os índices apresentados são satisfatórios e consolidam o patamar de confiança nas Colheitadeiras MF; Com uma agenda de trabalho bastante intensa, a Concessionária Augustin desenvolveu um trabalho de demonstrações e fixação da marca em toda a região. “Nossa colheitadeira Axial, MF9695 – Classe 6 realizou um belo trabalho. Podemos comprovar e provar aos clientes que nosso produto é de ponta, com baixíssimo consumo de combustí-

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vel e índice de perdas quase zero. Acompanhando a MF9695, trabalhou com uma Plataforma Drapper de 30 pés, de produção nacional, com muita eficiência e qualidade, com uma alimentação perfeita", comentou o gerente da filial de Guarapuava, André Savoldi.

Desde a sua fundação em 1926, a principal preocupação da Augustin e Cia Ltda é voltada ao atendimento do seu cliente. O primeiro de seus muitos valores diz: “Atender com eficiência e responsabilidade nosso cliente”.

“Precisamos de vendas, crescer no market share, porém por trás de cada negócio concretizado, é política interna da Augustin possuir uma estrutura capacitada para atender em qualquer situação o cliente que adquiriu o equipamento”, destaca Márcio Kilpp, Gerente de Vendas SC/PR da Augustin.


Em Guarapuava, desde 2011 a empresa vem constantemente investindo em seus colaboradores, visando aprimorar e melhorar o atendimento. Atualmente conta com uma vasta equipe nos Departamentos de Peças Genuínas e Pós Vendas, que anualmente recebem inúmeras qualificações e atualizações de produtos. Destacamos abaixo nossa estrutura atual, altamente capacitada para auxiliar o produtor rural.

Equipe Peças e Pós Vendas Augustin, Guarapuava

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NOTAS

PECUARISTAS DEVEM VACINAR REBANHO CONTRA AFTOSA EM MAIO

A primeira etapa da Campanha Estadual de Vacinação contra a Febre Aftosa acontece de 1º a 31 de maio. A ação tem por objetivo a imunização de bovídeos (bovinos e búfalos) até 24 meses de idade, incluindo bezerros com poucos dias de vida. A comprovação da vacinação deve ser feita até a mesma data, na unidade da Adapar em Guarapuava (rua Vicente Machado, 1811, Centro) ou pela Internet (www. adapar.pr.gov.br). Para isso, o site recebe a comprovação tanto do revendedor da vacina quanto do produtor. Ao comprovar via site, o pecuarista deve acessar a página da

Adapar e seguir as instruções. Um detalhe importante: o produtor só conseguirá efetuar a comprovação online depois que o revendedor também tiver cadastrado a venda da vacina no site. A aquisição e aplicação da vacina contra a febre aftosa é de responsabilidade dos proprietários dos animais. A não vacinação ou não comprovação implica em multa mínima de 10 UPF (Unidade Padrão Fiscal do Paraná), variando conforme o número de animais. O pecuarista também fica impedido de transportar seus animais para qualquer finalidade.

ENERGIAS RENOVÁVEIS De 14 a 16 de março, a Itaipu Binacional, Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) e Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado do Paraná (SEAB) promoveram Seminário de Energias Renováveis no Rural/Sul, em Curitiba. Com o apoio da Federação da Agricultura do Estado do Paraná (FAEP), o Sindicato Rural de Guarapuava foi representado no evento pelos diretores Rodolpho Luiz Werneck Botelho e Anton Gora. Gora citou alguns pontos importantes do seminário: “o evento mostrou para o produtor que existem outras fontes de energia, além das convencionais. Por exemplo, a energia que vem do biogás, que no meu ponto de vista é bastante complexa e pode demorar para ser usada de forma comercial. Foi discutida também a fonte de energia fotovoltaica, que é converter a energia solar em energia elétrica. Essa tecnologia é mais madura. Em pouco tempo poderá ser utilizada pelo produtor e possivelmente será uma nova fonte de receita para a classe”, observou.

7º SIMPÓSIO DO LEITE INTEGRAL DESTACOU BIOSSEGURANÇA O setor leiteiro debateu desafios e tendências num evento que aconteceu em Curitiba: dias 29 e 30 de março, teve lugar na Expounimed o 7º Simpósio Internacional Leite Integral. Com a participação do Sistema FAEP como co-organizador, o encontro destacou o tema “Biosseguridade em Fazendas Leiteiras”, com palestras de profissionais ligados ao segmento, no Brasil e no exterior. Produtores de leite de Guarapuava também visitaram o evento para conhecer as

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novidades, como os diretores do Sindicato Rural de Guarapuava, Jairo Luiz Ramos Neto e Anton Egles. Ao retornar do simpósio, Ramos Neto, disse que a biosseguridade é importante também na bovinocultura de leite: “Se compararmos a atividade de leite com a suinocultura e a avicultura, onde as granjas são praticamente isoladas, não temos nada disso ainda. Isso nos chamou a atenção e nos despertou para a necessidade de começarmos, de fato, a pensar em algo parecido. Ter os animais de

uma certa forma mais isolados, uma certa restrição à entrada de pessoas”. Anton Egles também destacou o foco do simpósio neste ano: “O tema foi inovador. É uma tendência para o futuro, na bovinocultura de leite, ter esta biossegurança como a suinocultura e a avicultura hoje. No segundo dia, se falou muito sobre a imunidade de animais, que também entra neste tema”, observou.


ALEVINOS

PRODUTORES ADQUIREM ALEVINOS

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próxima entrega de encomendas de alevinos no Sindicato Rural de Guarapuava, em parceria com a Piscicultura Progresso, acontece no dia 5 de maio (a partir das 10h). São mais de 20 espécies comercializadas pela piscicultura, entre elas tilápia, carpa capim, carpa húngara, tambacu, lambari, pacu, dourado, jundiá, matrinxá, catfish e bagre africano. Os preços variam de acordo com as espécies, que são vendidas por milheiros. Algumas delas estão disponíveis em alevinos 1 (3cm) e 2 (5 a 7cm). Mesmo sendo em um período mais frio na região, o proprietário da piscicultura, Erivelto Leonardo, explica que o clima não é motivo para mortalidade dos alevinos durante o inverno. Por isso, as encomendas podem ser feitas normalmente. O cuidado deve ser maior com os peixes que já estão desenvolvidos. "O ideal é efetuar mais troca de água no tanque e não alimentar o peixe", orienta. Ele também ressalta a importância dos berçários (açudes de menor porte), para o melhor desenvolvimento dos alevinos: “A região de Guarapuava possui tanques e açudes muito grandes. O ideal é fazer os berçários com tamanhos de 100 a 200 m², para deixar os alevinos maiores e depois largar nos tanques. Desta forma, evita-se doenças nos peixes e a mortalidade é muito pequena. Isto deveria ser feito, principalmente, nas entregas que ocorrem em novembro e dezembro, quando os alevinos são menores”.

ÚLTIMAS ENTREGAS DE ALEVINOS: Março

Abril

Jocilene Protci

Vicente Chaia

Primo Dalposso

Reni Pedro Kunz

Vitória M. Teixeira Ricardo Alves e e Robercil Teixeira Alexandre Cruz

José Marilton Corrêa Jonas José Kulka, Mariane Farias Souza e Trinity

Matheus Cassol Tagliani e Luiz Carlos Zerbielli

Elton Caldas

Roze Maria Bastos e Márcio Ferreira Paluski

Thays Ferreira e Antonio Ferreira

Maximilian Karl

Darci Carraro

Rozendo Neves

Délcio Baia Lopes

BRINDES

Lúcia Duhatschek

Harald Duhatschek

Sebastião Eloy Uscar Keller

No dia 10 de março também foram entregues os peixes sorteados durante o Dia de Campo de Verão da Agrária, no mês de fevereiro. A promoção foi feita no estande do Sindicato Rural, onde os associados concorriam a brindes, entre eles, vale-alevinos. Foram sorteados 2.420 alevinos de diversas espécies.

Cristiana Winkler Renate Taubinger Milla

Sebastião Eloy

Jocimar Ramos e Everaldo Bastos

O associado Winfried Spieler foi um dos ganhadores. “É legal porque a gente acaba experimentando uma atividade diferente. Eu ganhei pintados e vou poder analisar o desenvolvimento deles aqui na região. Achei que essa espécie se desenvolvia apenas em regiões mais quentes. Vamos ver de que tamanho os peixes vão ficar”, comentou.

Jaqueline Müller Anelise R. Gavron Faulstich e Anton Gora

Wilfried Spieler

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TRIGO

CULTIVARES PERMITEM PRODUZIR MAIS TRIGO EM MENOS TEMPO

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Divulgação Biotrigo

ma das principais demandas dos produtores de trigo tem sido o aumento da precocidade das cultivares. Produzir mais em menos tempo, sem perder qualidade, ajuda a garantir uma lavoura mais rentável. Os lançamentos da Biotrigo Genética, primeiros filhos de Toruk, são cultivares que, além de trazer melhorias na resistência a doenças e mais produtividade, possuem ciclos mais precoces. Os novos materiais foram apresentados durante o Seminário Técnico de Trigo realizado na Associação dos Engenheiros Agrônomos, em Campo Mourão/PR. Mais de 200 pessoas participaram do evento, no dia 12 de abril, entre produtores de sementes, cerealistas, recomendantes, representantes do setor moageiro e todos aqueles envolvidos na cadeia produtiva do trigo. Segundo o diretor de Negócios da Biotrigo Genética, André Cunha Rosa, ambos as cultivares melhoram o Toruk em diversos aspectos, au-

Divulgação Biotrigo

mentando a precocidade e facilitando o manejo em termos de segurança em diversas doenças. “O TBIO Toruk está sendo um grande sucesso pela produtividade e a qualidade que vem apresentando e será o mais plantado em 2017 no país. Esses dois materiais, pela qualidade que têm, também devem estar entre os cinco mais plantados no Brasil até 2019”, projeta. A linhagem BIO 131364, que tem como nome sugerido TBIO Sonic, é um trigo melhorador. “Um dos posicionamentos que o ciclo e a produtividade dele vão permitir é fazer três ciclos em um ano nas regiões mais quentes onde o trigo perdeu espaço no inverno. Soja do cedo, um milho safrinha bem precoce, trigo e, depois tudo novamente”, explica André. As principais características da cultivar são a superprecocidade, o alto Durante o evento, Roberto Destro, representante da Apasem, recebeu homenagem do diretor da Biotrigo, Andre Cunha Rosa. vigor, a produtivida-

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Mais de 200 pessoas participaram do Seminário, entre produtores de sementes, cerealistas, recomendantes, representantes do setor moageiro.

de e a resistência à diversas doenças, incluindo o auto nível de resistência à brusone. Já a linhagem BIO 131450, ou TBIO Audaz, é um trigo de ciclo precoce. Equivalente ao TBIO Sintonia, um dos materiais mais plantados no país, mas com uma qualidade ainda maior. “Possivelmente nada no mercado hoje tem a qualidade do TBIO Audaz. Ele vem para colaborar tanto em força de glúten, quanto em panificação. Cabe também destacar a segurança que esse material oferece”. A cultivar apresenta boa resistência às principais doenças do trigo, como o complexo de manchas foliares, mosaico, brusone, giberela e bacteriose. Ambos oferecem uma combinação inédita no mercado brasileiro. Segundo o Gerente Regional Norte da Biotrigo, Fernando Michel Wagner, Audaz será um grande aliado de cultivares já consolidadas como Sinuelo, do Toruk e Sossego. “É um material de ciclo mais curto que vai proporcionar


para o produtor rural o escalonamento da colheita. O Sonic, por sua vez traz como grande a vantagem o fato de o produtor poder colher a sua lavoura de verão e trabalhar com uma rotação de culturas, como milheto e nabo forrageiro antes do plantio dele, neste caso, nas regiões mais frias”, explica. O Seminário Técnico de Trigo é uma realização da Biotrigo Genética, com apoio da Sementes Butiá, Syngenta e Laborsan Agro. O evento é considerado o maior do segmento reunindo participantes dos estados de Minas Gerais, Distrito-Federal, São Paulo e Paraná, além do país vizinho Paraguai.

Pré-lançamentos trazem novidades para o setor de integração lavoura-pecuária Outra novidade lançada durante o seminário é uma linhagem de trigo sem presença de aristas e destinada somente para alimentação animal,

que vem para contemplar as demais regiões onde o TBIO Energia I, lançado em 2016, ainda não estava presente. De acordo com o zootecnista da Biotrigo, Ederson Luis Henz, um dos diferenciais do BIO 112049, que leva o nome sugestivo de TBIO Energia II, é o ciclo precoce. A cultivar vai acessar as regiões mais quentes do Brasil, do Norte e Oeste paranaense até o Cerrado e deve abrir um grande precedente para a produção de pré-secado e silagem, atendendo essas regiões que têm uma grande bacia leiteira.

Reguladores de crescimento na cultura do trigo O engenheiro agrônomo e gerente técnico da Fundação ABC do Paraná, Luís Henrique Penckowski, que desenvolve trabalhos de pesquisa em tecnologia na cultura de trigo abordou, durante o seminário, o manejo de trigo com regulador de crescimento. A tec-

nologia, a qual ganha a cada dia mais espaço no Brasil, já bem difundida em locais como Europa e Estados Unidos, garante uma lavoura livre de acamamento mantendo rendimento e a qualidade do grão.

Manejo de doenças A demanda de trigo mundial para alimentação aumenta gradativamente. Em 2050, pelas estimativas da população, mantendo-se as áreas, a produção deverá girar em torno de 5 mil kg por hectare, em média. O melhoramento genético e as práticas agrícolas, como adubação e o uso de insumos, impulsionam essa produtividade. No entanto, as mudanças climáticas globais e os fenômenos como o El Niño, influenciam diretamente nas doenças. “A associação de adversidade climática e ocorrência de doenças pode reduzir o rendimento e a qualidade”, alertou o fitopatologista da Biotrigo Genética, Paulo Kuhnem.

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EQUOTERAPIA

Fotos: Geyssica Reis

MUITO ALÉM DO QUE ANDAR A CAVALO

A terapia, que utiliza o cavalo como principal instrumento, é uma alternativa para pessoas que apresentam deficiências e necessidades especiais. O método apresenta inúmeros benefícios biopsicossociais.

E

duardo Smolak, 7 anos, nasceu prematuro e teve complicações que o levaram a sofrer uma paralisia cerebral. Marcia Smolak, mãe de Eduardo, descobriu que o filho sofria de paralisia quando o menino tinha mais de um ano. Depois do diagnóstico, Marcia buscou opções de tratamentos que auxiliassem no desenvolvimento do menino. Através de leituras e conversas médicas, dentre várias terapias, surgiu a equoterapia. “Tentamos várias técnicas de fisioterapia e a equoterapia, com certeza, foi a que mais deu resultado. Mantemos essa terapia há cinco anos, ou seja, desde o início do tratamento”. A família, que mora no município de Candói (região Centro-Oeste do Paraná), começou a equoterapia com Eduardo em 2012, na cidade de Pato Branco, pois na época não tinham conhecimento de nenhum município mais próximo que desenvolvesse a terapia. “Em 2015 descobrimos o trabalho do

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Dinoel e viemos pra cá. Quando o Eduardo começou a equoterapia, não conseguia nem sentar sozinho. Sua paralisia atingiu os movimentos, a coluna estava totalmente em C. Hoje, a coluna dele é reta, ele se movimenta bem e anda de muleta. Quando começou, utilizava o andador. A aprendizagem dele na escola evoluiu bastante também e os professores comentaram, na época, que a concentração dele melhorou muito”. Dinoel de Lima, psicólogo e equitador, é proprietário do Centro de Equoterapia Equo Amor, existente em Guarapuava há mais de 18 anos. O centro funciona no Parque de Exposições Lacerda Werneck, atendendo crianças e adultos que apresentam deficiências físicas ou necessidades especiais, buscando benefícios biopsicossociais. Hoje, o centro conta com uma equipe integrada, formada por dois psicólogos, uma fisioterapeuta, uma equitadora e uma monitora.

“A equoterapia é uma terapia que utiliza o cavalo como um agente facilitador. Trabalhamos com o cavalo através do movimento tridimensional que ele proporciona, muito semelhante à marcha humana. Por esta razão, traz muitos benefícios, principalmente, em crianças que possuem alterações neurológicas, como por exemplo, paralisia cerebral, mielomeningocele – uma doença da medula, pessoas que tiveram AVC – com a melhoria de equilíbrio e coordenação motora, síndromes em geral, como Síndrome de Down, Willians e Aspen”, explica a fisioterapeuta Thais Izidoro, que faz parte do Equo Amor. Ela complementa que a técnica é indicada também para pessoas que tiveram lesão medular, pessoas com Alzheimer e Parkinson. “Equoterapia não é só andar a cavalo, ela é uma terapia que utiliza o cavalo como instrumento. Então, não adianta


Adote um praticante

Eduardo Smolak, com sete anos, pratica equoterapia há cinco

comprar um cavalo para a pessoa que precisa de tratamento e fazer ela andar. Aqui nós temos uma equipe interdisciplinar e atividades específicas para a necessidade de cada um”, explica Thais. Os benefícios da equoterapia vão além do físico. Na área da psicologia, os praticantes – como são chamadas as pessoas que realizam a atividade equoterápica – apresentam melhorias na socialização, no controle de ansiedade, na autoestima, na autoconfiança, entre outros. Além disso, o método também traz benefícios na aprendizagem. “Hoje, temos atendido bastante crianças com autismo. O tratamento ajuda na disfunção sensorial, na socialização, ansiedade, na fala, interatividade e concentração. O vínculo com o animal desperta o lado emocional dessas crianças, fazendo com que elas consigam se expressar. E esses não são somente problemas de crianças autistas, várias outras doenças acarretam essas consequências”, detalha a psicóloga Suliane Dall’Agnol. A equoterapia se torna interessante, principalmente, para as crianças, pelo fato do método não ser uma terapia cansativa, realizada dentro de quatro paredes. As atividades realizadas durante as sessões permitem que o tratamento seja dinâmico e lúdico. E a interação com o cavalo faz com que as crianças cultivem carinho com o principal “instrumento” do tratamento. Dudu, como Eduardo é chamado pela mãe e pela equipe do centro, deixa isso bem claro quando expressa seu carinho pela égua Lady, que segundo ele, é sua preferida e muito obediente. “Ela sempre me obedece quando faço sinal pra parar”, conta orgulhoso, complementando que agora ele não precisa de ajuda para andar a cavalo: “antes eu precisava de ajuda, mas hoje já guio sozinho”. Lady, como conta Dinoel, é sua fiel escudeira e está com ele

no Centro desde o início. “Todas as crianças adoram a Lady, não é só o Dudu”. “Geralmente, as crianças que atendemos têm uma rotina de terapias bem cansativas. E sempre em salas fechadas. Aqui não. Eles têm contato com a natureza, num ambiente descontraído”, comenta Suliane. Thais complementa que as pessoas, ao fazerem a equoterapia, também se sentem úteis: “algumas pessoas passam a maior parte do tempo sem realizar nenhuma atividade. Aqui elas também cuidam do cavalo e se sentem importantes”. Marcia conta que ela e seu filho têm um prazer enorme em viajar alguns quilômetros todas às terças e quintas para vir até Guarapuava, para a equoterapia. “O Dudu já sai da escola falando todo empolgado: hoje é dia da minha equo. Ele adora cavalos, teve contato com eles desde pequeno, no sítio da família. E eu me encho de orgulho de ver a evolução dele. Cada sessão é uma vitória. Um dia o médico dele me falou que a equoterapia não faz bem só para o corpo, faz bem para alma. Eu acredito cada vez mais nisso”.

O Centro de Equoterapia Equo Amor está desenvolvendo um projeto social, chamado "Adote um praticante". A ideia é que empresas e entidades que possuem verbas destinadas a projetos sociais, mantenham o tratamento da equoterapia para uma pessoa carente, que possua algum dos problemas neurológicos e físicos já citados. “Nós atendemos as pessoas de forma gratuita, mas infelizmente chegamos ao limite, devido aos custos que temos com manutenção do ambiente, do próprio animal e também precisamos manter a nossa equipe. Nós já temos uma parceria bem legal com a Sociedade Rural de Guarapuava, que nos cede o espaço, não pagamos o aluguel e somos muito gratos. Queremos expandir nossas parcerias, porque sabemos que têm muitas pessoas na cidade, especialmente crianças, que podiam estar realizando a equoterapia e tendo uma qualidade de vida muito melhor”, explica Lima.

Interessados

As sessões de equoterapia no Equo Amor duram até 30 minutos, com horários disponíveis nas terças e quintas-feiras, das 8h às 12h e das 13h às 17h30 e também nas quartas e sextas-feiras, das 8h às 12h. Cada sessão custa R$ 90,00. O tempo de tratamento depende da evolução de cada pessoa. Tanto os interessados em adotar um praticante, quanto os que têm interesse em agendar sessões de equoterapia, devem entrar em contato pelos números: 98825-2990 (Suliane), 984277859 (Thais) ou 98847-6118 (Dinoel).

Dudu (ao meio) acompanhado da equipe do Centro Equo Amor e sua mãe. (da esq. para dir.): Stephany Moraes (monitora), Suliane Dall’Agnol (psicóloga), Thais Izidoro (fisioterapeuta), Marcia Smolak (mãe), Caroline Antonichen (equitadora) e Dinoel de Lima (proprietário) REVISTA DO PRODUTOR RURAL DO PARANÁ

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COOPERATIVA

COAMIG REALIZOU AGO E COOPERADOS REELEGERAM EDSON BASTOS

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Cooperativa Agropecuária Mista de Guarapuava (Coamig) realizou Assembleia Geral Ordinária (AGO) e eleição de diretoria no dia 20 de março, no Parque de Exposições Lacerda Werneck. Cooperados de municípios atendidos pela cooperativa, como Guarapuava, Manoel Ribas, Pitanga, Pinhão, Ivaí, entre outros, estiveram presentes para apreciar as contas de 2016, orçamento de 2017, eleger o

Cooperados votaram diversos pontos referentes à administração da Coamig e elegeram o Conselho Administrativo e Fiscal

Edson Bastos, reeleito presidente da Coamig

Francisco Antônio Caldas Serpa, vice-presidente da Coamig

Conselho Administrativo e Fiscal e, ainda, discutir outros assuntos referentes à administração da cooperativa. Durante a AGO foram aprovados os indicadores financeiros do ano de 2016, que demonstraram a saúde financeira da cooperativa. O Ebtida (sigla em inglês para Earnings Before Interest, Taxes, Depreciation and Amortization, que mede a geração bruta operacional de caixa, deduzindo-se do resultado valores de juros, depreciações e tributos sobre o lucro) da Coamig, em 2016, atingiu R$ 1,497 milhão, um número superior aos outros anos, mesmo em um cenário econômico desfavorável. O orçamento para 2017, planejamento estratégico e

de atividades também foram apreciados pelos cooperados. Alguns dos objetivos apresentados pela diretoria para este ano são: dobrar o faturamento das lojas até 2018; aumentar o número de produtores cooperados para que se possa alcançar um volume médio de 180 mil litros/dia de leite, incluindo a melhoria na qualidade do produto. Estas ações fazem parte do Planejamento Estratégico para 2016-2018, realizado em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop) e Consultoria Especializada. “Eu diria que esta assembleia de 2017 foi festiva. Porque depois de muitos anos, uma assembleia da Coamig esteve lotada. A presença dos cooperados é muito importante porque discutimos assuntos pertinentes e fatos marcantes que aconteceram em 2016. Tivemos um ano muito favorável na Coamig, houve distribuição de sobras, crescimento da cooperativa e com planos para crescer ainda mais. Temos que comemorar”, avaliou o vice-presidente Francisco Antônio Caldas Serpa.

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Para o cooperado Reinhard Kratz, a assembleia ocorreu de maneira democrática e satisfatória. Para ele, o fato marcante deste ano foi a participação expressiva dos cooperados, tanto Reinhard Kratz, em número, como em produtor de leite e questionamentos e cooperado Coamig apontamentos, o que, segundo ele, só tem a contribuir para o crescimento da cooperativa. “O cooperado depositou o voto mais uma vez em uma diretoria sólida e com histórico de honestidade. Vimos que, hoje, a Coamig goza de uma saúde financeira, depois de um período muito difícil. Acho que os apontamentos e questionamentos feitos por alguns dos cooperados são válidos. Acredito que pode haver mudanças no estatuto, como foi solicitado. Tudo é válido para melhorar nossa cooperativa e os cooperados devem ser ouvidos”.


TECNOLOGIA

AONDE A AGRICULTURA CHEGARÁ? Jeferson Luis Rezende, RTV

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rovavelmente o título acima seja pergunta recorrente de muitos que labutam no campo: lavoureiros, pesquisadores, assistência técnica, professores, academia, enfim, todos. O excesso de informações certamente tem feito com que muitos errem e, por conta disso, tenham prejuízos mais adiante. Por outro lado, temos tido cada vez mais acesso a resultados de pesquisas que validam produtos e ferramentas operacionais, impensáveis. Algumas destas novas informações, inclusive, validaram processos que até pouco tempo não eram vistos com bons olhos. A chegada dos ADJUVANTES SINTÉTICOS, segundo muitos cientistas, foi sem dúvida um dos maiores ganhos em termos de trato cultural e tecnologia de aplicação. Porém, na mesma “balada” vieram diversos produtos sem validação e/ou pesquisa suficiente para serem usados a campo. Mas que estão aí, sendo recomendados com ou sem conhecimento específico. Ao contrário dos defensivos, que possuem um regramento padrão, estes produtos acabam vindo para o mercado, nem sempre com todos os requisitos necessários, podendo as-

sim, causar prejuízos econômicos para aqueles que os utilizam. O Grupo INQUIMA, desde que aportou no Brasil no ano 2000, sempre esteve à par com as instituições de pesquisas, com o objetivo de avaliar e validar o seu portfólio, garantindo assim, que todos os seus produtos possam ser usados sem o risco de não entregarem aquilo que se espera deles. Atuando agora na área de Fertilizantes Líquidos, Indutores de Resistência e de Genética de Soja, a empresa se foca cada vez mais em parcerias com aqueles que “testam e atestam”, ou seja: fundações de pesquisas e universidades. Imaginamos um mundo melhor. Um ambiente cada vez mais produtivo e equilibrado, que consiga disponibilizar alimentos saudáveis e na mesma medida, lucratividade para os que os produzem. Nossa visão é de que não é possível uma empresa perenizar no mercado, sem a plena confiança deste e, esta perenização está atrelada aos muitos ensaios realizados pelas entidades acima, ao longo destes 17 anos de Brasil. Provavelmente o nosso nome, a nossa marca esteja bastante ligada ao adjuvante TA35. Um ícone, uma referência no mercado, graças as suas qualidades e ao fato de que é o produto deste seg-

mento mais testado e pesquisado no mercado nacional. Uma das suas maiores virtudes, sem dúvida, é a de possibilitar melhor e maior cobertura do dossel da planta pulverizada. Esta característica o levou a ser visto como um produto extremamente seguro, que torna as aplicações fitossanitárias mais eficazes e com menores riscos de contaminação ambiental. Porém, outros importantes benefícios podem ser elencados: como possibilidade de aplicações sobre orvalho (sem escorrimentos), ou, em situação contrária, com estresse hídrico (com menores perdas e sem potencialização de injúrias). Além destas, é um ótimo homogeneizador de caldas, evita o surgimento de borras e de espumas. Enfim, o mundo está avançando muito rapidamente para todos os lados e de todas as formas. Entender o que está sendo usado ou feito é um primeiro e importantíssimo passo para se chegar ao horizonte desejado. A ciência e os cientistas estão trabalhando pelo bem comum. E nós, junto com eles, produzindo o melhor portfólio possível para atender as demandas e os desejos do homem do campo.

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EVENTO

GRUPO PITANGUEIRAS PROMOVE 3º CAMPO TECNOLÓGICO

Voltado a produtores rurais evento focou em tecnologia e comercialização

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o encerramento da safra de verão, um evento técnico abriu espaço para apresentar, a produtores de Guarapuava e região, novidades em defensivos, sementes, maquinário e veículos. Com empresas parceiras, o Grupo Pitangueiras realizou, dia 1º de abril, numa área da Lustoza Agrologística (à margem da BR 277), a terceira edição de seu Campo Tecnológico, uma manhã voltada à apresentação e reflexão sobre a melhor utilização de cada tecnologia. Gerente da filial do Grupo Pintangueiras em Guarapuava, Marcelo Martins Pereira, destacou a relação da inovação e uso de novas tecnologias no aumento continuo da produtividade: “ hoje, o princípio de sucesso na atividade seria buscar sempre produtividades superiores por hectare a cada ano e ter uma gestão profissional da propriedade, estar sempre evoluindo na atividade, aberto ao uso de novas soluções técnicas as quais propiciam

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quase sempre um potencial aumento da rentabilidade nas culturas. Ele também sublinhou que, neste ano, o evento trouxe pela primeira vez o Programa Nutriação, da Agrichem, apresentado em Guarapuava, normalmente esse evento do Nutriação é realizado na fazenda mutuca em Tibaji-PR e nesse ano foi decentralizado, propiciando a nossos clientes consta-

tarem o uso dos produtos da Agrichem e seus resultados na nossa região. Do setor de Desenvolvimento de Mercado da Agrichem em Londrina, Ronald Rafael Meneghin, detalhou que aquele foi o 3º Circuito do programa. “Apresentamos tecnologias que visam melhorar o manejo de fertilidade, bem como buscar o equilíbrio nutricional das plantas durante seu ciclo e almejar

Marcelo M. Pereira (Grupo Pitangueiras) e Ronald R. Meneghin (Agrichem): Nutriação pela 1ª vez em Guarapuava


Expositores apresentaram insumos e equipamentos

melhores produtividades, explorando o potencial genético das culturas”, especificou. Já o palestrante do evento enfatizou que todo este cuidado técnico no campo precisa alcançar, na hora da venda, o objetivo: rentabilidade. Da Trigo & Farinhas Consultoria em Agronegócios, Luiz Carlos Pacheco apontou o que chamou de “sete erros da comercialização”. Ele explicou que é preciso entender preço e lucro. “O erro mais grave é o produtor não fazer seu custo de produção. Se ele não sabe quanto vale a sua soja,

seu milho, seu trigo, não sabe se está tendo lucro e quanto”, analisou. Mas o consultor também ressaltou que, para este cálculo, o agricultor deve consultar um profissional que tenha a formação acadêmica específica em contábeis. Outro erro, prosseguiu, é tentar vender pelo pico de preço do ano. “O produtor tem que ter lucro. Deu lucro? Venda”, preconizou. Pacheco citou que houve agricultores que deixaram de vender a soja a R$ 92,00, esperando que chegasse a R$ 100,00, encontrando hoje no mercado valor bem menor, de R$ 58,00.

Luiz Carlos Pacheco (Trigo e Farinhas Consultoria): conselhos para uma melhor comercialização

GRUPO PITANGUEIRAS

O Grupo Pitangueiras é uma empresa com foco em serviços e produtos para produtores rurais. Está presente em Curitiba, Ponta Grossa, Wenceslau Braz, Arapoti, Irati, Ibaiti, Palmeira, Candói e Guarapuava (Grupo Pitangueiras, à margem da BR 277, Km 346). Atua nos setores de venda de insumos agrícolas, armazenamento, venda de grãos e assistência técnica. Marcas de insumos comercializados: Bayer Cropscience, FMC, Dekalb, Nortox, Monsanto, Dow Agrosciences, Guerra Sementes, Sementes Loman e Ho Sementes.

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BOVINOCULTURA DE LEITE

COMISSÃO REALIZA PLANEJAMENTO DE AÇÕES TÉCNICAS PARA O ANO

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o dia 14 de março foi realizada a primeira reunião do ano da Comissão Técnica de Bovinocultura de Leite do Sindicato Rural de Guarapuava. Ao todo, 15 produtores rurais e parceiros da entidade compareceram ao encontro para a discussão de temas como crédito rural (com a participação do gerente da Caixa, David Cardin Neto), assistência técnica, planejamento forrageiro, desenvolvimento de pesquisas com foco na realidade da região e a ideia de iniciar um trabalho para eleger algumas propriedades rurais como Unidades de Referência para disseminação de tecnologia e informação. Além disso, deu-se início ao planejamento do 2º Simpósio de Bovinocultura de Leite, que será realizado no segundo semestre. Em parceria com a Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro)

também serão realizados mensalmente encontros técnicos no Sindicato Rural com agropecuaristas - projeto Plantão Forrageiro. Para o diretor do Sindicato Rural de Guarapuava, Jairo Luiz Ramos Neto, a primeira reunião do ano foi

bastante produtiva. “Já foram criadas demandas e sugestões de ações durante o ano e estamos com uma agenda pré-estabelecida. Esperamos que este público crie demandas de pesquisas e de discussões em prol do desenvolvimento do setor”.

PLANTÃO FORRAGEIRO A Comissão Técnica de Bovinocultura de Leite do Sindicato Rural de Guarapuava deu início ao projeto Plantão Forrageiro, que são encontros técnicos mensais, direcionados a pecuaristas, na sede do Sindicato Rural, em parceria com a Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro). O primeiro encontro aconteceu no dia 28 de março e foi coordenado pelos professores Sebastião Brasil e Deonisia Martinichen. Neste encontro houve também um acompanhamento técnico

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nas propriedades pecuaristas de Guarapuava e região. Segundo o professor Brasil o objetivo é tirar dúvidas: “A ideia é repassar ao produtor informações, sanando dúvidas do dia a dia da propriedade sobre fertilidade, manejo de animais e de forragens. Muitas vezes, o pecuarista não tem um acompanhamento técnico e queremos suprir um pouco dessa carência”. Muitos produtores estiveram no Sindicato Rural de Guarapuava para

esclarecer suas dúvidas, como Noelia Marcondes, que ficou muito satisfeita com essa iniciativa e sugeriu que outros pecuaristas participem. “O plantão forrageiro é uma excelente oportunidade oferecida ao produtor, para buscar conhecimento e tirar dúvidas de forma simples e aplicável na sua propriedade”, destacou. O Plantão Forrageiro será na última terça-feira de cada mês é gratuito, aberto a todos os interessados. Outras informações pelo telefone (42) 3623-1115.


ERVA-MATE

CERTIFICAÇÃO ORGÂNICA

A

Comissão Técnica de Erva-Mate do Sindicato Rural de Guarapuava realizou no dia 13 de abril, reunião sobre certificação orgânica da erva-mate, conduzida pelo engenheiro florestal Filemom Mokochinski. O encontro teve por objetivo orientar

os produtores sobre como certificar a produção orgânica da erva-mate e como está o atual mercado deste segmento, o que fazer para obtenção do selo orgânico, produtos feitos a partir da erva-mate orgânica e formação de um grupo de produtores de erva-mate orgânica na

região. “A ideia foi mostrar para os produtores que existem mais possibilidades de se destacar no mercado e opções de comercialização do produto, sendo que a certificação da erva-mate orgânica vai trazer uma diferenciação para o negócio local”, destacou Mokochinski.

Filemom Mokochinski, engenheiro florestal

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LEGISLAÇÃO

Fábio Farés Decker e Luis Eduardo Pereira Sanches Aliança Legal dos escritórios Decker Advogados Associados e Trajano Neto e Paciornik Advogados

APOSENTADORIA POR IDADE RURAL “HÍBRIDA”

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omo é de conhecimento de todos, as aposentadorias somente são concedidas aos segurados da previdência social cujo vinculo se dá através do trabalho remunerado, e assim o pagamento das contribuições sociais. No caso dos trabalhadores rurais, terão direito a aposentadoria por idade após completarem 60 (sessenta) anos se homem e 55 (cinquenta e cinco) anos se mulher, com a comprovação do efetivo e exclusivo labor rural pelo período mínimo exigido pela Lei, qual seja, 180 (cento e oitenta) meses, podendo variar conforme a data de filiação, como determina a Lei 8.213 de 1991. Ocorre que muitos trabalhadores rurais acabavam perdendo o direito de se aposentarem por idade em virtude de alternarem com períodos de trabalho urbano. Isso ocorreu, em sua grande maioria, porque parte dos trabalhadores rurais precisavam atender maiores necessidades de suas famílias. A interpretação que prevaleceu até recentemente era de que Lei dispunha de forma clara ao determinar que os trabalhadores rurais deveriam comprovar o efetivo exercício de atividade rural para se enquadrar nesta categoria. Assim, deveria o trabalhador comprovar os 180 (cento em oitenta) meses de trabalhos exclusivos na lavoura, e aqueles que sempre trabalharam na lavoura, mas tiverem um período de atividade urbana perdiam o direito de se aposentar.

Pois bem. Pensando nesta condição mista de atividades dos trabalhadores é que a Lei 11.718/2008 deu uma nova redação ao art. 48 da Lei 8.213/1991, que trata das aposentadorias por idade, introduzindo o parágrafo terceiro. O novo parágrafo diz que os trabalhadores rurais que não atendam ao requisito exigido em Lei, qual seja, comprovação do efetivo labor rural, mas que tiverem período de contribuição em outra categoria farão jus ao benefício. Portanto, aqui, nesta hipótese de aposentadoria “híbrida”, assim chamado pela doutrina, o tempo de contribuição urbana do segurado não implicará em indeferimento do benefício, ao contrário disso, servirá para computação do tempo de carência mínima exigida, ou seja, soma-se o tempo de trabalho urbano com o rural. Vale esclarecer que para esta hipótese de aposentadoria considera-se a idade do trabalhador urbano, 65 (sessenta e cinco) anos para homem e 60 (sessenta) anos para mulher, e assim poderá somar a atividade urbana e a rural para fins de completar a carência necessária à aposentadoria por idade. Desta forma, não faz diferença se o segurado seja rural ou urbano na data do requerimento de sua aposentadoria, podendo mesclar os tempos, independentemente da ordem de realização dos mesmos, desde que tenha a idade do segurado urbano na data de entrega do requerimento administrativo.

Para melhor compreensão vale elucidar um caso hipotético. Por exemplo, se uma mulher comprovadamente trabalhou por 10 (dez) anos na lavoura, e depois se mudou para cidade, ao completar 60 (sessenta) anos, bastará comprovar o tempo de trabalho rural mais 5 (cinco) anos de atividade urbana, assim cumpriria o requisito da carência de 180 (cento e oitenta) meses e o quesito idade. Ou, se um trabalhador exerceu por 12 (doze) anos atividade urbana e depois foi trabalhar na lavoura, ao completar 60 (sessenta) ou 65 (sessenta e cinco) anos de idade, terá que comprovar os 3 (três) anos de atividade rural que somados as 12 (doze) completarão o tempo exigido. Esta situação vem sendo observada pelas mais recentes decisões judiciais reconhecendo a importante inovação legislativa, pois até então, só se aposentava por idade urbana ou exclusivamente rural, sendo proibida a somatória de tais atividades para fins de carência. Deixando de fora da cobertura previdenciária, aqueles segurados, inicialmente rurícolas, mas que posteriormente dedicavam-se ao trabalho urbano na tentativa de uma vida melhor. E assim não completavam carência em nenhuma das atividades. Portanto, agora temos três tipos de aposentaria por idade, a qual será definida conforme o trabalho exercido no período de carência, se exclusivamente urbano, rural ou mista. REVISTA DO PRODUTOR RURAL DO PARANÁ

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AGRONOMIA

MANEJO DE PRAGAS NA SOJA

A palestra iniciou com o debate sobre o Manejo Integrado de Pragas (MIP), técnica que começou a ser desenvolvida em 1970 no Brasil. Apesar de ser um método antigo, a maioria dos produtores rurais não utiliza e nem confia no MIP. Ao discutir o tema com os futuros agrônomos, Bueno destacou uma das causas da insegurança do produtor rural em relação ao MIP. “Para o produtor estar convencido que o MIP funciona, primeiramente o profissional deve estar convencido. A falta de convencimento do produtor é devido à insegurança e dúvidas do técnico. Quando o profissional, seja técnico ou agrônomo, está seguro com o MIP, ele tem muitos argumentos para expor ao produtor rural e defender este tipo de manejo”. Por isso, o pesquisador citou a importância das futuras gerações de agrônomos conhecerem de fato o MIP para se conscientizarem de que é uma técnica necessária e que funciona. “É preciso que os atuais e futuros engenheiros agrônomos se conscientizem

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que o manejo de pragas deve ser feito de maneira correta. Hoje se cometem muitos erros no manejo de pragas, que acabam levando a um modo errado do uso de inseticidas. Existem maneiras apropriadas de manejar pragas, garantindo produtividade e usando o inseticida de forma mais racional”, pontuou. Bueno detalhou algumas características do Manejo Integrado de Pragas: “as vistorias das lavouras devem ser periódicas, e na soja o método mais utilizado no monitoramento dos principais insetos da parte aérea é o pano-de-batida. Dependendo do hábito da praga que ocorre na cultura, outros métodos de amostragem podem também ser utilizados, como o exame visual de plantas, principalmente para brocas e insetos galhadores ou mesmo amostragem de solo para o monitoramento de pragas que vivem neste habitat”. O entomologista também ressaltou que no MIP é importante sempre ponderar o uso do controle biológico, ao invés do controle químico, para que não haja o desequilíbrio biológico. “Para evitar o desequilíbrio biológico, produtos não seletivos devem ser preferencialmente evitados. Estudos recentes têm mostrado que o uso indiscriminado de inseticidas e outros agrotóxicos da soja intensificam o ataque de pragas, como lagartas e ácaros”, ressaltou Bueno. Ao final da palestra, o pesquisador também expôs uma discussão sobre

Adeney de Freitas Bueno, pesquisador Embrapa Soja

a soja Bt, que é mais uma maneira de evitar o uso excessivo de inseticidas e herbicidas. “Soja Bt já é uma realidade. Nessa última safra teve uma expressão maior, com área plantada de mais de 50%”. No entanto, ele faz uma ressalva: “Os produtores têm utilizado essa variedade de forma errada, não adotando o refúgio. E se não fizermos isso, haverá a perda da eficiência da soja Bt em pouco tempo. É hora dos produtores e dos profissionais se conscientizarem de que é importante preservar as ferramentas de manejo de pragas, e a soja Bt é uma delas”, finalizou. A palestra contou com o apoio do Grupo Pitangueiras. Foto: Embrapa

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manejo de pragas na soja foi tema de debate na Faculdade Campo Real, no dia 23 de fevereiro. Integrando a programação do 1º Real Campo – Dia de Campo de Verão, realizado pela instituição de ensino, a palestra “MIP-Soja: O desafio do manejo de percevejos e lagarta falsa-medideira” foi apresentada pelo pesquisador da Embrapa Soja, o entomologista Adeney de Freitas Bueno, aos alunos do curso de Engenharia Agronômica.


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ACONTECEU

ESTUDANTES ALEMÃES VISITAM FAZENDA DE LEITE NA REGIÃO

Um grupo de estudantes de Veterinária, da Alemanha, visitou, no dia 1º de abril, uma propriedade de produção de leite no distrito de Entre Rios, em Guarapuava. O proprietário, agrônomo, produtor rural e vice presidente do Sindicato Rural de Guarapuava, Anton Gora, detalhou o encontro: “Eles vieram através de uma agência especializada em viagens técnicas, visitaram várias cooperativas e também produtores rurais, principalmente aqui no sul do Brasil. A intenção é conhecer melhor a produção agrícola e também a de leite. O Brasil está despontando como um grande concorrente na produção de leite para eles”, comentou. O produtor apresentou em sua propriedade um sistema diversificado: na pecuária, 80 vacas holandesas em lactação; na agricultura, milho silagem, soja, batata e hortaliças, além de forragem no inverno. Há três anos no setor leiteiro, Gora se disse satisfeito: “É um preço mais ou menos estável. O faturamento por área é muito maior do que o de grãos e, no momento, está apresentando ainda uma boa rentabilidade, ao contrário dos grãos, com preços muito baixos e tendência a abaixar muito mais ainda”. Para Gora, leite é “uma excelente alternativa para pequenos e médios produtores”.

DIA DE CAMPO DE VERÃO DA COAMO CANDÓI A Coamo Agroindustrial Cooperativa do município de Candói realizou seu Dia de Campo de Verão no dia 17 de fevereiro, na Fazenda Santa Clara. O evento, que contou com a presença de 90 pessoas, foi promovido pelo Departamento Técnico da unidade e teve como objetivo apresentar tecnologias em variedades de soja e híbridos de milho. A programação também incluiu uma palestra, com o tema: Coinoculação em Soja, com o pesquisador da Embrapa, Dr. Marco Antônio Nogueira. O evento já é tradicional e os produtores da região sempre comparecem para conferir as novidades e informações técnicas atuais que visam agregar e promover o aumento de produtividade.

PROGRAMA PECUÁRIA MODERNA EM SANTO ANTONIO DA PLATINA

WORKSHOP DE CORTE DE CABELO O Sindicato Rural de Guarapuava sediou o 1º Workshop Internacional de Corte Feminino Technical Skills no dia 02 de abril. O evento contou com a presença do Hairstylist e educador Javier Goméz, da Academia Pelómanos, de Buenos Aires. Promovido pela Distribuidora de Cosméticos Rocha Hair, o workshop trouxe aos profissionais de Guarapuava e região, técnicas de cortes de cabelos de salões dos grandes centros internacionais.

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No dia 28 de março, foi realizado mais um Dia de Campo Pecuária Moderna, desta vez em Santo Antonio da Platina. O evento foi promovido pelo Programa Pecuária Moderna, em parceria com a Federação da Agricultura do Estado do Paraná (FAEP) e contou com a presença de 170 pecuaristas e técnicos da região, além do presidente do Comitê Gestor do programa, Rodolpho Luiz Werneck Botelho, que também preside a Comissão Técnica da Bovinocultura de Corte da FAEP e o Sindicato Rural de Guarapuava.


EMPRESA

AGRO TATEIVA: INSUMOS, ARMAZENAGEM E COMERCIALIZAÇÃO

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Agropecuária Tateiva está focada no recebimento, beneficiamento e armazenagem de cereais, com atuação em três frentes de negócios: distribuição de insumos agrícolas, comercialização de cereais e prestação de serviços de armazenagem. Distribui insumos de renomadas companhias, comprometidas em desenvolver os melhores produtos, com alta tecnologia, para que o produtor tenha, além do melhor atendimento, alta rentabilidade. A equipe de campo, formada por engenheiros agrônomos e técnicos agrícolas, oferece todo o suporte para a lavoura. Para maior eficiência, a empresa conta com uma equipe que visita periodicamente o produtor na sua propriedade, para orientá-lo no que for necessário. Com área de 12.000 mil metros quadra-

dos, a Agro Tateiva tem uma capacidade estática de armazenamento para 60 mil toneladas. Atua como armazéns gerais, seguindo o sistema nacional de certificação das unidades armazenadoras de cereais, normatizado pelo Ministério da Agricultura. A Agro Tateiva investe na capacitação de colaboradores, modernização, automação, reengenharia, ampliação na capacidade e na qualidade do beneficiamento e da estocagem de cereais, sempre pensando no melhor atendimento aos seus clientes. Hoje, a empresa fornece, principalmente aos produtores agrícolas, assistência técnica, comercial e todos os insumos necessários do plantio à colheita, disponibilizando a unidade de recebimento como uma excelente opção para a entrega de cereais, prestando serviço e deixando o produto disponível para sua própria comercialização. Equipe Agropecuária Tateiva: insumos, armazenagem e comercialização

Rodrigo Tateiva, Celso Tateiva e Thiago Tateiva: pai e filhos, proprietários da Agropecuária Tateiva

OPERAÇÃO BARTER

A Agro Tateiva está com uma ferramenta já conhecida no mercado pelos produtores, o “Barter”, uma opção de financiamento. Não é somente uma forte alternativa para o financiamento da safra, mas também uma forma do agricultor gerenciar melhor a sua lavoura, protegendo custos e alavancando resultados. Venham nos visitar para avaliar um possível negócio!

Equipe Departamento de Cereais

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MANCHETE

BOM, BONITO E (INFELIZMENTE) BARATO Depois de vários anos, em 2016/2017, o Paraná finalmente viu o clima colaborar, durante uma safra de verão, proporcionando uma colheita excepcional em termos de qualidade de grão e produtividade. Do lado de dentro da porteira, a tecnologia mostrou sua razão de ser: materiais de soja e milho trouxeram, a várias propriedades rurais, verdadeiros recordes de produção. Mas do lado de fora, a realidade do mercado se mostrou bem menos exuberante: preços baixos. Entre os produtores do Centro-Sul do Estado, houve quem avaliasse que o milho (lavouras de alta tecnologia) ficou abaixo dos custos de produção. Na soja, o quadro também se apresentava pouco animador por ocasião da colheita. Por isso, mais uma vez, a REVISTA DO PRODUTOR RURAL enviou seus repórteres ao campo, num giro por algumas propriedades, em Guarapuava e Pinhão, para ouvir os agricultores e conhecer suas impressões sobre uma safra em que a rentabilidade se mostrou muito menos expressiva do que a produtividade.

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o milho paranaense, a colheita da 1ª safra surpreendeu. Pelo menos em termos de produtividade, produção e qualidade de grão. É esperado um crescimento de cerca de 33,5%, com um volume em torno de 4,3 milhões de toneladas. Contudo, em 2016/2017 o produtor se deparou de novo com um contraste: no campo, uma destacada eficiência; no mercado, baixas cotações. Em especial no centro-sul do Estado, região conhecida por elevado grau de tecnificação de lavouras e de desempenho em termos de quilos por hectare, o quadro trouxe preocupação. Numa avaliação do milho de verão paranaense, no início de março, a SEAB destacava que as produtividades alcançadas por produtores da região do distrito de Entre Rios, em Guarapuava, variavam entre 12 mil a 14 mil kg/ha – muito além da média calculada pela própria secretaria para o Estado, em cerca de 9.400 kg/ha. Como ficaram então comercialização e lucro? De acordo com a SEAB, os preços da saca de 60kg no Estado, por volta do dia 1º de março, oscilavam entre R$ 23,00 e R$ 25,00, bem abaixo dos valores registrados no mesmo período de 2016, quando variavam entre R$ 30,00 a R$ 32,00. Este valor de venda, segundo dois agricultores ouvidos pela REVISTA DO PRODUTOR RURAL, ficou abaixo ou igual ao custo de produção.

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Ao final do ciclo, houve quem decidiu colher e comercializar imediatamente, com receio de que a baixa se acentuasse ainda mais. Sob o sol de final de verão, num calor fora do comum e entre uma ou outra chuva localizada, as lavouras presenciaram então uma corrida (nem sempre sincronizada...) de colhedeiras e caminhões. No município de Pinhão, um dos termômetros do auge da colheita era a rodovia que liga a cidade à localidade rural de Dois Pinheiros. Com entrepostos de duas cooperativas à margem daquela estrada, COAMO e Agrária, o trajeto normalmente tranquilo registrou tráfego intenso. Nas imediações, a propriedade do agricultor Marcos Thamm, ilustrava a situação: caminhão partia, colhedeira recomeçava. Ao receber nossa reportagem, no dia 15 de março, ele explicou que, como cooperado da Agrária, segue as recomendações da Fundação de Pesquisa da cooperativa (FAPA) no sentido de utilizar o milho de verão numa rotação com soja e cereais de inverno, mantendo um espaço determinado para aquela cultura, mesmo diante das flutuações do mercado. Thamm acrescentou que havia iniciado a colheita no dia anterior e que por isso ainda considerava cedo para falar de números exatos. Mas antecipou que as cargas já colhidas, pelo menos até aquele instante, apontavam para uma produção em torno de 10% maior do que na safra passada. Como outro ponto positivo, mencionou a qualidade de grão. A causa do bom desempenho do milho atribuiu à soma de fatores favoráveis. “Sem dúvida, atualizamos a tecnologia, desde o planejamento e da questão das sementes. Nos baseamos muito nos trabalhos da FAPA. Mas também não posso deixar de citar que fomos favorecidos com as condições climáticas deste ano”, ressaltou. Já a comercialização preocupava: “Devemos ter hoje um custo final de 26 ou 27 reais a saca, onde não está embutido o eventual lucro do produtor. Enquanto vemos o mercado talvez estar por volta de 24 reais. Pode ser que esta majoração de produtividade venha a compensar um pouco. Mas quando trabalhamos e vemos bons resultados, gostaríamos de reverter esses bons resultados em lucro, não necessariamente só para empatar os custos”, analisou. Em seu caso, o agricultor disse que realizaria as vendas de acordo com a

Thamm: mantendo milho para rotação

Propriedade de Thamm: “corrida” no auge da safra

necessidade, em função do vencimento de custeios e de outros compromissos devido ao investimento em máquinas. Em curto prazo, o que trazia expectativa positiva era o tempo bom, que aparentemente continuaria durante a colheita. “Pelas previsões, parece que vamos ter uma trégua das intempéries”, comentou Thamm, estimando que terminaria sua safra de milho em 12 ou 15 dias. Em outra propriedade rural, também em Dois Pinheiros, uma família de produtores somava esforços, na mesma semana, para tentar agilizar ao máximo a colheita: o casal Aramis Mendes Siqueira e Regina, com dois de seus três filhos, encarava a maratona da safra, revezando-se, eles mesmos, no volante do trator e da colhedeira. Em entrevista no dia 16 de março, os pais se mostravam felizes de

poder contar com a ajuda dos filhos. Os jovens, contaram, decidiram estudar agronomia e voltar à fazenda para tocar a atividade. Na lavoura 2016/2017, conforme relembraram, tecnologia e clima favorável aportaram o resultado esperado: plantas que surpreendiam pelo porte alto, gerando produto de um padrão dentro das expectativas. “Ao nosso ver, a lavoura está produzindo bem. Pelo menos, a qualidade de grão está ótima”, resumiu Aramis. A seu lado, o filho Danilo explicou que eles preferiam esperar o término da colheita na área para poder avaliar ao certo produtividade e produção. O único parâmetro concreto que já se podia verificar, segundo detalhou, era uma faixa de um experimento realizado na fazenda em conjunto com uma empresa: desempenho de 510 sacas por alqueire. REVISTA DO PRODUTOR RURAL DO PARANÁ

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GOSTARÍAMOS DE REVERTER ESSES BONS RESULTADOS EM LUCRO, NÃO NECESSARIAMENTE SÓ PARA EMPATAR OS CUSTOS” Marcos Thamm Milho no centro-sul do PR: em várias propriedades, acima da média paranaense

Entretanto, no mercado, também na avaliação da família, a situação se apresentava inquietante: “No meu ponto de vista, o milho não se paga quando começa a despencar muito o preço. Deveria ter uma política agrícola que cobrisse os custos da lavoura. O preço despenca e aí você tem que tirar dinheiro de outro lugar para pagar o financia-

mento do milho”, disse Aramis. Danilo complementou que a propriedade investiu “pesado” em adubação, o que precisaria ter retorno. “Seriam em torno de uns 900 a 1.200 reais por hectare, dependendo do local, fora a saca de sementes de milho, 1,3 saca por hectare. Nesse ano, este insumo subiu bastante, devido ao alto preço do milho no momento do

Família unida na colheita: Aramis e a esposa Regina, com os filhos Aramis e Danilo

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plantio. Pagamos acima de 600 reais por saca”, contabilizou. O jovem agrônomo assinalou ser necessário, no custo final, acrescentar outros itens, como hora-máquina e diesel. Para pai e filho, frente ao dispêndio para a semeadura, o preço da saca de milho ao produtor deveria oscilar, no mínimo, entre R$ 25,00 e R$ 30,00,


enquanto que naquele dia, segundo informaram, estaria em R$ 22,70. Assim como ocorreu com outros agricultores do centro-sul paranaense, a questão de investimento e retorno do milho, na fazenda, como admitiram os produtores, não começou agora e se tornou importante em anos recentes, desde que o preço da saca começou a empatar ou cair abaixo do custo. Este ano, a família até aumentou “um pouco” a área de milho, não por esperar grande lucratividade, mas para realizar a rotação de culturas e racionalizar a logística. Como eles cultivam também soja, em outro município da região, a ideia foi posicionar todo o milho em Pinhão, para evitar um vai-e-vem de máquinas (e uma despesa ainda maior) na hora dos tratos culturais e da colheita. Já para 2017/2018, se ainda é impossível saber o patamar de preços ao produtor durante e após a safra, Siqueira antecipa que a princípio pretende

Mãe e filho: juntos na safra

manter o milho em seu sistema produtivo. Um espaço “não tão grande como o deste ano, para manter a rotação”. E explicou: “Temos áreas com problema de esclerotínia. Acredito que um dos

principais benefícios do milho seja em cima da esclerotínia na soja”. A proporção? Ele arrisca já uma estimativa: “Acredito que vai ficar em torno de 1/5 com milho”.

PREÇO DA SOJA DESANIMA As expectativas para a safra de soja 2016/2017 estavam bastante positivas desde o ano passado, quando era prevista uma safra recorde. Em setembro do ano passado, o Departamento de Economia Rural (Deral) previa 23 milhões de toneladas de produção de soja no Paraná. Atendendo as preces dos produtores rurais, o clima se comportou de forma impecável no Estado. As condições climáticas foram favoráveis ao desenvolvimento da cultura, principalmente com a ocorrência de chuvas bem distribuídas em todas as regiões. Ao contrário da temporada passada, a incidência de doenças não foi severa devido ao comportamento do clima que não deixou a ferrugem asiática se desenvolver na soja. Segundo o Deral, no boletim divulgado em março, o Paraná plantou uma área de 5,244 hectares de soja. A produtividade esperada foi de 3,480 kg/ha, sendo 12,6% maior que a produtividade registrada na safra 2015/16. A produção chegou a quase 19,0 milhões de toneladas, sendo a maior colheita da história do estado. Talhões de soja quase em ponto de colheita e talhões já colhidos na Fazenda Aconchego REVISTA DO PRODUTOR RURAL DO PARANÁ

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Já os preços da commoditie nas últimas avaliações não estavam tão animadores. Segundo o relatório do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea – Esalq/USP), os preços da soja e seus subprodutos estavam diminuindo nos Estados Unidos e no Brasil, pressionados justamente pelas expectativas de colheita mundial recorde e altos estoques. No entanto, no Brasil, as cotações foram limitadas pela valoração do dólar em relação ao real, o que aumenta a receita e torna o produto nacional mais competitivo no mercado O CLIMA COLABOROU internacional. As cotações até o inicio do MUITO, ENTÃO mês do abril, no ParaECONOMIZAMOS ná variavam entre R$ 64,80 e R$ 62,23. EM APLICAÇÃO DE Na região de Guarapuava (centro-sul do FUNGICIDAS E ATÉ mais de 70 sc/ha, Paraná), a Secretaria o que na minha INSETICIDAS” de Agricultura e Abasopinião é excetecimento (Seab) estiGabriel Gerster, lente. Poderia ter sojicultor em Guarapuava ma que a produção de colhido até mais, soja chegue a 964 mil mas cometemos toneladas de uma área um erro técnico de 264 mil hectares, número este que plantando muito cedo esse talhão em foi 3,8% menor que a safra passada. cima da palhada de cevada”, contou. O produtor rural Gabriel Gerster, de Já nesta data, o produtor afirmava Guarapuava, plantou nesta safra uma que o custo de produção havia baixado área de 160 hectares, com três cultivares devido ao menor número de aplicação diferentes. Quando a equipe da Revista de insumos nesta safra. “O clima colado Produtor Rural esteve em sua proborou muito, então economizamos em priedade no dia 29 de março, ele havia aplicação de fungicidas e até inseticicolhido talhões com apenas uma das das. E não houve também incidência cultivares. “A produtividade chegou a de lagartas como nas últimas safras”.

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Nas áreas onde Gerster planta a proporção é de 75% soja e 25% milho no verão. Nesta safra, ambas as culturas tiveram produtividades boas, mas com poucas expectativas de preço. “Tivemos produtividade recorde em soja e milho. Mas em relação aos preços, as notícias não estão sendo animadoras. O milho não mudou o cenário, preço muito baixo. E quanto à soja, não espero que o preço fique muito bom também, por causa da produtividade excelente não só no Brasil, mas no mundo. Infelizmente, geralmente é assim para o produtor: ganha de um lado, perde do outro”, finalizou.


PECUÁRIA MODERNA

PASTAGENS DEGRADADAS E ÁREAS DECLIVOSAS

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Plano Integrado de Desenvolvimento de Bovinocultura de Corte no Paraná foi iniciado em 2015 e desde então vem sendo promovidas ações em várias regiões do Estado, em busca de uma pecuária mais moderna e, principalmente, mais eficiente. Uma dessas ações são os dias de campos promovidos periodicamente com assuntos adaptados a cada região. No dia 11 de abril foi a vez de Guarapuava sediar mais um destes eventos. A programação iniciou pela manhã, no Sindicato Rural de Guarapuava, com palestras voltadas ao debate do cultivo das pastagens na integração lavoura-pecuária e recuperação de pastagens degradadas em áreas declivosas. À tarde, a programação continuou em uma propriedade rural, com a demonstração de uma máquina que aplica calcário, adubo e também faz a distribuição de sementes em áreas declivosas. Cerca de 70 agropecuaristas e técnicos participaram do evento. O presidente do Comitê Gestor Estadual Pecuária Moderna, Rodolpho Luiz Werneck Botelho, que também é presidente do Sin-

Rodolpho L. Werneck Botelho, presidente do comitê gestor Pecuária Moderna

dicato Rural de Guarapuava, disse que a intenção desses dias de campo é promover a troca de ideias, além de mostrar que há muitas propriedades produzindo com qualidade e com resultados econômicos satisfatórios. Ele citou dois

pontos que estão sendo priorizados no plano: “estamos trabalhando fortemente em cima da gestão e, além disso, visando transformar o pecuarista em um produtor de pasto. Ele precisa entender que a base da pecuária é o pasto”.

MODELOS DE INTEGRAÇÃO LAVOURA-PECUÁRIA PARA A REGIÃO SUBTROPICAL DO PARANÁ

Sebastião Brasil, professor da Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro) “As regiões subtropicais são mais frias e possuem maior dificuldade para a produção de espécies tropicais no período de verão e de forragens de inverno nas áreas de lavoura. Nossa intenção foi mostrar as formas de integração que podem se adaptar. Uma delas é com culturas perenes ou utilizando a agricultura para fornecer alimentos suplementares aos animais, seja em forragem conservada, na forma de feno, pré-secado ou silagem. Apresentei também os resultados das pesquisas desenvolvidas em 2016, no departamento de Agronomia da Unicentro, onde tivemos a produção de soja, milho, sorgo, cevada, trigo, azevém e aveia; mostrando que é possível produzir no outono, uma época do ano considerada complicada. Basta antecipar essas lavouras para manter o solo permanentemente coberto e com alta produção. O grande problema do produtor, sendo pecuarista ou não, é a descrença em sistemas novos ou diferentes daqueles em que está acostumado a produzir. Às vezes, é um despreparo dos técnicos que os auxiliam, às vezes é o medo de ser inviável. Hoje, na região de Guarapuava, o produtor está perdendo dinheiro por não estar aproveitando as áreas da melhor maneira. E o que está interferindo nisso, principalmente, é a vontade de fazer. Se ele não tiver vontade de melhorar, de nada adianta”. REVISTA DO PRODUTOR RURAL DO PARANÁ

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MANEJO DE FORRAGEIRAS DE INVERNO, PRODUÇÃO A PASTO E RECUPERAÇÃO DE PASTAGENS DEGRADADAS EM ÁREAS DECLIVOSAS

Elir de Oliveira, pesquisador do Instituto Agronômico do Paraná (Iapar)

“No Brasil, segundo vários autores, 70% das pastagens estão degradadas ou seguindo para o processo de degradação. Isso, principalmente, por mau manejo, superpastejo e falta de adubação no solo. Muitas vezes, o produtor faz análise do solo em áreas de soja e milho, mas não trata a pastagem da mesma forma. A forrageira, às vezes, tem potencial para durar até 30 anos, mas não tem como subsistir por falta de nutrição. O superpastejo faz com que a planta não faça fotossíntese (por não ter folha) e vai eliminando as raízes. Uma das formas de fazer a recuperação nas pastagens é a integração lavoura-pecuária, plantando grãos nestas áreas. Há casos em que o pecuarista não tem estrutura para plantar grão, mas pode fazer parceria, arrendando esta área para plantar as culturas de verão e no inverno ele entra com as forrageiras. Agora o outro lado é a produção de pastagens em áreas declivosas. Se retirarmos a região noroeste do Paraná, do arenito, 80% das pastagens estão em áreas declivosas. E estas áreas são, normalmente, de alta fertilidade, só que falta, principalmente, o fósforo. Para aproveitar estas áreas, deve ser feita a análise do solo, corrigir o que for necessário e realizar a adubação nitrogenada, pois o nitrogênio é o combustível da planta. O ideal também é introduzir aveia, azevém precoce e também alguma leguminosa como o trevo ou ervilhaca. É uma forma de melhorar o solo e ter produção de pastagem no inverno. No verão, nesta mesma área, dependendo do diagnóstico, pode ser feita a sobressemeadura do capim aruana, que é bastante tolerante ao frio. A semente dele nasce quando é jogado ao solo, não precisa incorporar, é uma pastagem de alta qualidade, que chega a um teor de 18% de proteína e produz semente o ano inteiro. Desta forma, o produtor aproveita estas áreas que quase sempre são subutilizadas ou até perdidas”.

Ao todo, 70 agropecuaristas e técnicos participaram do evento

Ao final das palestras, diretores e participantes do evento ajudaram no sorteio da Cesta de Páscoa da Campanha Sócio Participativo. O ganhador foi o associado Carlos Alberto Abreu Alves.

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Durante o evento foram entregues os certificados para os técnicos que concluíram a capacitação do Plano Pecuária Moderna: Luiz Francisco Agner Segundo, Talita Pczynek e Mateus Poczynek.


Demonstração do Distribuidor AG durante o Dia de Campo Pecuária Moderna

MÁQUINA AUXILIA NA RECUPERAÇÃO DE PASTAGENS EM ÁREAS DECLIVOSAS Integrando a programação do Dia de Campo Pecuária Moderna os participantes puderam conferir o Distribuidor a sopro AG, na propriedade agroleite de Elton Lange (Chapada do Jordão). A máquina produzida pela AG Metal (Massaranduba – SC) vem sendo demonstrada em todo o Paraná na busca de auxiliar pecuaristas que possuem áreas declivosas (áreas de relevo acidentado). Trata-se de um implemento agrícola acoplado a um trator que lança calcário, gesso, adubo orgânico (cama aviária) ou químico e sementes de forrageiras em áreas declivosas. Laércio Vegini, sócio proprietário da empresa, desenvolveu o primeiro modelo da máquina em 2008. Em 2010, redirecionou o projeto para bananicultores, que precisavam de um equipamento para lançar insumos nas áreas acidentadas. “O equipamento é um transportador e lançador de calcário, montado sobre um eixo, que pela força do trator movimenta uma turbina, produzindo uma pressão para o arremesso lateral do produto, podendo atingir até 30 metros”, explica. Vegini conta que a parceria com o Plano Pecuária Moderna no Paraná iniciou em 2014, quando expôs a máquina no Show Rural Coopavel. Representantes do Instituto Agronômico do Paraná (Iapar) conheceram o produto no evento. “O Elir conversou comigo e contou que estava com esse projeto de recuperação de pastagens degradadas em áreas declivosas. A princípio, colocamos duas máquinas em teste, acabou dando certo

e já estamos, há quatro anos, vendendo a máquina no Paraná”. Do projeto original, a empresa se propôs a fazer adaptações para utilização nas pastagens do Estado. Algumas delas foram a velocidade do equipamento, rotação para adaptar principalmente para aplicação de sementes e também um protetor da esteira para gerar mais capacidade de carga. Atualmente, a AG Metal comercializa a máquina em quatro modelos: Distribuidor AG 2000x (capacidade de 2 toneladas); Distribuidor AG 3000x (capacidade de 3 toneladas); Distribuidor AG 5000x (capacidade de 5 toneladas); e acoplada em caminhão (que chega até 10 toneladas de capacidade). No Paraná, O Distribuidor AG, além de estar sendo utilizado para a pecuária, está auxiliando na produção de peixes, com a alimentação e calcareamento dos açudes. Pecuaristas filiados ao Plano Pecuária Moderna, apresentando a carteirinha, têm 10% de desconto ao adquirir o implemento. O pecuarista Elton Lange, que recebeu a máquina em sua propriedade, aprovou o implemento. “Na nossa região temos muitas áreas declivosas. A demonstração que tivemos foi muito boa, porque tanto morro a cima quanto morro a baixo, pudemos ver que ela atinge o objetivo, que é jogar até 30 metros”, avaliou. Segundo Lange, a área em que o Distribuidor AG esteve em ação é utilizada para pastejo, mas não é feito investimen-

to, justamente pela dificuldade de aplicação. "Acaba sendo uma área subutilizada. Portanto, seria um equipamento muito viável. Acredito que não só na minha propriedade, como em muitas da região. E como o Elir sugeriu, poderia ser adquirida por meio de uma parceria entre produtores”.

Detalhe do implemento agrícola

Laércio Vegini, sócio proprietário da AG Metal

Elton Lange, pecuarista de Guarapuava

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SOJA

FAZENDA ESTRELA SEMENTES PROMOVE DIA DE CAMPO

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Fazenda Estrela Sementes realizou no dia 21 de março, na Fazenda Coutinho, um Dia de Campo sobre Soja. Foram demonstradas as características de algumas variedades de soja adaptadas à região, plantadas de forma escalonada, mostrando assim, fases do desenvolvimento da planta. Mesmo em um período de colheita, pelo formato de curta duração, o dia de campo contou com a presença de mais de 50 produtores e revendedores de insumos e sementes de Guarapuava e região. “O objetivo foi fornecer um comparativo de cultivares posicionadas para a região de Guarapuava em um dia de campo com cunho técnico e não comercial. Aonde o produtor pudesse obter informações sobre a tecnologia e o que cada cultivar tem a oferecer. As re-

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vendas foram convidadas para difundir essas informações para os produtores rurais de Guarapuava”, explicou o organizador, Thiago Pfann. As cultivares demonstradas durante o dia de campo foram: BMX Energia RR; Dmario 58i RR (Apolo); 50i52RSF IPRO (Raio); Pioneer 95R51; Pioneer 95Y52; 5855RSF (Elite); SYN 13561 IPRO; 58i60RSF IPRO (Lança); Pioneer 96Y90; 6160RSF IPRO (Vanguarda); BRS 1007 IPRO; TMG 7062 IPRO; TMG 7262 RR; e BRS 1003 IPRO. Para o produtor rural Mateus Julik, o dia de campo foi bastante proveitoso. “Achei ótimo este formato rápido e nesse tempo deu para aprender muita coisa. Os materiais novos são muito interessantes. As cultivares Vanguarda e a BRS 1003 IPRO me chamaram mui-

Thiago Pfann, sócio proprietário da Fazenda Estrela Sementes e organizador do evento

ta atenção. São cultivares que tem um corte da planta interessante e ao olhar elas desenvolvidas, a produtividade parece muito boa. Possivelmente, posso utilizá-la na próxima safra”, avaliou. Pfann destacou que esta primeira edição do dia de campo é um projeto


PARCEIROS piloto e que a intenção é fazer outros eventos como este. “Está sendo um aprendizado esta primeira edição, achamos importante um evento assim, que mostre a tecnologia das cultivares ao produtor. Na próxima safra, queremos trazer um maior número de cultivares em três épocas de plantio que são comuns na região e divulgar novamente os resultados aos produtores e consultores”. Os parceiros do evento foram: DuPont Pioneer, Brasmax, Syngenta, Embrapa e Fundação Meridional.

Murilo Cacheffo (Brasmax)

Marcelo Mayer (Pioneer)

Josef Pfann (Fazenda Estrela Sementes), Ralf Udo Dengler, Milton Dalbosco (Fundação Meridional/ Embrapa) e Roberto Pfann (Fazenda Estrela Sementes)

Mateus Julik, produtor rural de Guarapuava

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GASTRONOMIA

WORKSHOP ABORDOU CORTES BOVINOS PARA CHURRASCO

Evento reuniu interessados e churrasqueiros experientes no salão de festas do Sindicato Rural de Guarapuava

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preciadores da arte de preparar churrascos tiveram recentemente, em Guarapuava, uma oportunidade ímpar de adquirir mais conhecimento: o Clube da Carne (Curitiba), em parceria com o Sindicato Rural de Guarapuava, promoveu, dias 16 e 17 de março, no salão de festas da entidade sindical, um workshop dedicado a ensinar aos participantes a conhecer cortes de carne tradicionais e modernos, utilizados naquele que é o cardápio preferido dos brasileiros no final de semana. Devido a seu tema, o evento chamou a atenção, lotando as duas turmas disponíveis. Formatada no estilo “Farm to table” (da fazenda para a mesa), a atividade ficou a cargo do fundador do Clube da Carne, Gerson Fabiano Almeida, de Guarapuava. Com bom humor e objetividade, num enfoque voltado à prática, ele destacou que o foco não seria ensinar a preparar churrasco. “A maneira certa de fazer é aquela

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que você gosta e a sua família também”, afirmou. O empresário frisou que a ideia, no entanto, era ajudar os participantes a conhecer melhor os cortes bovinos, para que saibam comprá-los, junto a açougues e casas especializadas, e prepará-los, considerando o sabor e a maciez específicos de cada um. A aula apresentou desde opções tradicionais no Brasil, como a picanha, o bombom de alcatra e a costela de chão, até outras alternativas que vêm sendo divulgadas no país, como prime rib, bife ancho, bife de chorizo, Tbone, Porterhouse, bisteca fiorentina e steak. Almeida estabeleceu ainda um paralelo entre cortes americanos, argentinos, uruguaios, italianos e brasileiros, apontando semelhanças e diferenças entre denominações e formatos. Pouco antes de começar com a primeira turma, dia 16 de março, o proprietário do Clube da Carne fez uma pausa nos trabalhos de preparo de uma costela no fogo de chão e conversou com a REVISTA DO

Cortes de carne

PRODUTOR RURAL. “Com a globalização da gastronomia, começaram a vir cortes uruguaios, argentinos, americanos, para dentro dos cardápios dos restaurantes, das churrascarias no Brasil. O principal ponto que gosto de abordar aqui é mostrar de onde saem estes cortes, como se compra um prime rib, qual a diferença de um bife de chorizo para um bife ancho, qual a melhor maneira de cortar uma picanha,


fazendo um churrasco na parrilla ou no chão”, resumiu. Mas Almeida acrescentou que também a experiência dos participantes é importante. Por isso, completou, o workshop, num clima descontraído, é um espaço em que todos podem compartilhar seus conhecimentos e vivências com o churrasco, fazendo perguntas ou relatando seu jeito particular de assar a carne ao fogo: “A ideia é fazer uma coisa bem interativa. Trocar experiência e passar um pouco de experiência”. Ele avaliou que atualmente as pessoas em geral vêm se interessando cada vez mais por conhecer formas de preparar carnes. Em Curitiba, contou, o Clube da Carne tem promovido um workshop por mês. Em Guarapuava, comemorou mais uma realização do evento: “Aqui no sindicato já é a quarta edição. Conseguimos novamente juntar duas turmas”.

chance de ampliar conhecimentos: “Vim para aprender sobre os diversos tipos de corte. Até para fazer em casa – são diversos tipos de cortes nobres – para os amigos, para a família”. Outro inscrito, Guilherme Serpa Maciel, contou que dois motivos o levaram a se inscrever: o gosto de todo brasileiro por churrasco e por ser um dos técnicos que certifica carne angus no âmbito do programa Carne Angus Certificada, da Associação Brasileira de Angus (ABA). “É muito bom a gente aprender os cortes corretos da carne, tanto para fazer quanto para poder solicitar, chegar no açougue e pedir corretamente”, comentou. Depois de muitas orientações, o workshop se encerrou com a melhor parte: a prática. A equipe do Clube da Carne assou todos os cortes demonstrados, que puderam ser degustados num jantar de confraternização.

Almeida: um guarapuavano entre a tradição e a inovação do churrasco

COM A GLOBALIZAÇÃO, COMEÇARAM A VIR CORTES URUGUAIOS, ARGENTINOS, AMERICANOS, PARA DENTRO DOS CARDÁPIOS DOS RESTAURANTES” Gerson Fabiano Almeida, Clube da Carne (Curitiba)

Inscritos lotaram duas turmas: dias 16 e 17 de março

Os participantes aprovaram e aproveitaram para tirar dúvidas – e fotos dos cortes. O técnico em segurança no trabalho Emmanuel Andrade de Lima elogiou: “A gente pensa que entende e domina a arte. O curso está sendo proveitoso para aprender os cortes que têm e os novos. Aqui, estamos aprendendo realmente como podemos desfrutar de uma peça de carne com tudo aquilo que há de melhor dentro da gastronomia do churrasco”, disse. O economista Rodrigo Matter, que trabalha com marketing, relatou que sempre gostou de churrasco e participar foi uma

Emmanuel Andrade de Lima: “A gente pensa que domina a arte”

Rodrigo Matter: “A ideia é fazer para família e amigos”

Guilherme Serpa Maciel: “É bom para aprender os cortes corretos”

Workshop, no Sindicato Rural: depois da teoria, o sabor da prática

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ENTIDADES

SINDICATOS SEGUIRÃO CLT E PISO ESTADUAL DO PR O Sindicato Rural de Guarapuava e o Sindicato dos Trabalhadores Rurais assinaram, no dia 10 de abril, Ata Negativa da Convenção Coletiva de Trabalho. O ato oficializou o final das negociações salariais entre empregadores e empregados do meio

SOCIEDADE RURAL: AGO REELEGE BAITALA

rural, que terminaram sem acordo na esfera de atuação das duas entidades. Com isso, ambos os sindicatos aplicarão a Consolidação das Leis do Trabalho e o Piso Estadual do Paraná, a partir de abril. Participaram da assinatura da Ata Negativa, o presidente do sindicato patronal, Rodolpho Luiz Werneck Botelho, assessor jurídico da entidade, Fábio Decker, e o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais, José Altamir de Souza.

JANTAR DO HOSPITAL SÃO VICENTE MARCOU MOMENTO HISTÓRICO PARA INSTITUIÇÃO

O Hospital São Vicente de Paulo realizou no dia 1º de abril, o jantar Trip To Fabulous Las Vegas que comemorou os 104 anos da instituição e também faz parte do calendário de eventos beneficentes para arrecadar verba para a manutenção do hospital. Mais de 900 pessoas estiveram presentes. Durante o evento, foi anunciada a construção de uma unidade do Hospital São Vicente destinado à Oncologia. O Hospital do Câncer, como está sendo chamado, será construído no Bairro Planejado Cidade dos Lagos, em um terreno de 20.000 metros quadrados doado pelo empresário Odacir Antonelli. O local atenderá pessoas com cân-

cer que necessitam de procedimentos de quimioterapia e radioterapia. O ministro da Saúde Ricardo Barros esteve presente na cerimônia e afirmou o apoio por parte do Governo Federal para a realização deste projeto. Na ocasião, foi lançado o Livro de Ouro, onde estarão registrados todos os nomes dos apoiadores do Hospital do Câncer. No mesmo dia, lideranças políticas e empresários já se comprometeram com a construção da unidade, totalizando a doação de R$ 15 milhões de reais. Representantes do Sindicato Rural prestigiaram o evento, entre eles os diretores Anton Gora, Jairo Luiz Ramos Neto, Luiz Carlos Colferai e Anton Egles.

DIRETORIA EXECUTIVA Diretor Presidente: Denílson Baitala Diretor 1º Vice-Presidente: Josef Pfann Filho Diretor 2º Vice-Presidente: Rodolpho Luiz Werneck Botelho Diretor 1º Secretário: Fábio Peterlini Diretor 2º Secretário: Kleiton Kramer Diretor 3º Secretário: Heiko Egles

Foto: Caio Budel

Diversas autoridades estiveram presentes no evento

A Sociedade Rural de Guarapuava realizou, dia 21 de março, em sua sede, no Parque Lacerda Werneck, Assembleia Geral e eleição de diretoria. Na ocasião, além da prestação de contas, os participantes elegeram chapa que reconduziu à presidência da entidade o agropecuarista Denílson Baitala, para o biênio 2017/2018. Confira os integrantes da diretoria eleita:

Diretor 1º Tesoureiro: Cláudio Marques de Azevedo Diretor 2º Tesoureiro: Thiago Pfann Diretor 3º Tesoureiro: Jefferson José Martins Diretor de Exposições e Eventos: Johann Zuber Júnior CONSELHO FISCAL Cleber Dall Agnol Edgard Georg Szabo Marcelo Oliveira Cunha Ricardo Marcondes Teixeira Roberto Hyczy Ribeiro SUPLENTES – CONSELHO FISCAL Abdul Rahman Daruich Emerson Saciloto Max Tedy de Col Teixeira CONSELHO CONSULTIVO (serão membros natos os ex-presidentes) Alam Marcus Blanc Alceu Sebastião P. de Araújo Anton G. Egles Casas Agroboi Conrado Ernesto Rickli Dario Serpa Edio Sander Edson Rodrigues de Bastos Emilio Carlos Weyand Ércio Padilha Carneiro Francisco A. Caldas Serpa Gerson João M. de Abreu Jairo Luiz Ramos Neto Lincoln Campello Roberto Motta Júnior (Com informações da Sociedade Rural de Guarapuava)

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INTERNET, MONITORAMENTO E ACESSO REMOTO DAS IMAGENS EM TEMPO REAL

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os dias atuais, a internet e a tecnologia fazem parte da rotina das propriedades rurais. Além das facilidades trazidas, como por exemplo, aplicativos de conversação, pagamentos on-line, emissão de notas fiscais, entre outros, a Almix Soluções em Internet proporciona a união de tecnologias e equipamentos de última geração, capazes de trazer na palma da mão do produtor rural, imagens em tempo real de sua propriedade. Essa revolução tecnológica altera de forma significativa a realidade gerencial dos negócios do campo, tendo em vista tanto as questões de segurança, quanto ao acompanhamento da lida do campo. Entretanto, para que não haja decepção por parte dos produtores rurais, é necessário critério na escolha dos equipamentos e do fornecedor que ficará responsável pela transmissão ao vivo das imagens da fazenda, assim como , do suporte permanente. A questão é que a internet e o monitoramento rural envolvem muitos fatores. A Almix pensa em todos eles. Por isso, a empresa conta com:

João M. S. de Almeida Jr. Diretor da Almix Internet

• Internet banda larga rural estável e altas velocidades; • Diversas centrais espalhadas pela zona rural de vários municípios, entre eles: Guarapuava, Goioxim, Candói, Pinhão, além dos distritos de Entre Rios, Palmeirinha, Guará e Guairacá; • Acesso remoto das imagens da fazenda em tempo real e durante 24 horas, viabilizado através da interligação da fazenda com as centrais da Almix Internet; • Suporte técnico local, especializado em monitoramento com acesso remoto e internet; • VPN, interligações de filiais, com cooperativas, escritórios ou residências; • Internet para residência dos funcionários na fazenda; • Emissão de notas fiscais; • Destaca ainda, a importância de questões como a energia rural.

A ALMIX INTERNET PROPORCIONA TECNOLOGIAS E EQUIPAMENTOS DE ÚLTIMA GERAÇÃO, CAPAZES DE TRAZER NA PALMA DA MÃO DO PRODUTOR RURAL, IMAGENS EM TEMPO REAL DE SUA PROPRIEDADE. ESSA REVOLUÇÃO TECNOLÓGICA, ALTERA, DE FORMA SIGNIFICATIVA, A REALIDADE GERENCIAL DOS NEGÓCIOS DO CAMPO"

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Fazendas Sinhozinho e Amália. Banda larga e monitoramento rural com acesso remoto

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s fazendas Sinhozinho e Amália, de propriedade de Carlos Alberto Abreu Alves e Maria do Belém Bastos Alves, procurando sempre associar a tradição da família, o amor pelo trabalho e a força que vem da terra às mais novas tecnologias, buscou desenvolver um processo que otimizasse as atividades do campo. A solução veio através de um projeto da Almix Internet, empresa pioneira e líder em transmissão de imagens remotas de altíssima definição e comunicação, na cidade de Guarapuava. As câmeras UltraHD e antenas estrategicamente posicionadas permitem acompanhar as atividades de manejo das fazendas, 24 horas por dia. Estas inovações trouxeram dinamismo, pois as informações são compartilhadas em tempo real, permitindo assim intervenções muito mais eficientes entre administração, segurança e produção.

Com a Almix você consegue monitorar sua propriedade em tempo real

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REUNIÃO

SINDICATO DISCUTE FUNRURAL COM PRODUTORES Após a aprovação da cobrança do Fundo de Assistência ao Trabalhador Rural (Funrural), imposto sobre a receita bruta da produção dos empregadores rurais, no final de março, e o apoio da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), demonstrado em nota oficial emitida pela entidade, o Sindicato Rural de Guarapuava reuniu seus associados, no dia 19 de abril, para discussão sobre o assunto. O encontro foi coordenado pelo presidente Rodolpho Luiz Werneck Botelho e pelo assessor jurídico da entidade, o advogado Fábio Decker. Durante a reunião, os associados criticaram a postura da CNA e demonstraram-se bastante insatisfeitos com a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que julgou constitucional a exigência da contribuição, após a edição da Lei nº 10.256/2001. A decisão surpreendeu porque a matéria já se encontrava sedimentada favoravelmente, ou seja, por reiteradas decisões uniformes beneficiando os produtores. Durante a discussão, sócios e diretores da entidade sugeriram encami-

Botelho, presidente Sindicato Rural

Decker, assessor jurídico da entidade

nhamentos de notas de repúdio às autoridades políticas. Também na ocasião, o produtor rural José Ernani Lustosa, representando os associados

da entidade, entregou ao presidente um ofício repudiando a constitucionalidade da cobrança, assim como o posicionamento da CNA, para encaminhamento à Federação de Agricultura do Estado do Paraná (Faep). Com estas ações, os produtores esperam o apoio do Poder Público na busca de uma solução para os efeitos desta decisão, que pode prejudicar economicamente a classe rural.

SEAB: PROJETOS PARA GERAR RENDA NA PEQUENA PROPRIEDADE O Sindicato Rural de Guarapuava sediou, dia 18 de abril, uma das reuniões do Serviço Estadual da Agricultura (SEAGRI). Reunindo as principais organizações ligadas à secretaria, o serviço abrange todo o estado e busca promover o desenvolvimento das pequenas propriedades, com melhoria da renda, sustentabilidade ambiental, econômica e social, qualidade de vida e segurança alimentar. Com a presença do diretor geral da SEAB, Otamir Martins, o encontro de trabalho em Guarapuava, que se estendeu durante o dia, contou com lideranças e técnicos do SEAGRI da chamada região Sedimento. “Estes projetos têm uma característica mais voltada ao público da agricultura familiar, que é a função do Estado – uma função de incluir alguns agricultores”, comentou o diretor geral da SEAB ao falar com a REVISTA DO PRODUTOR

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Otamir Martins, diretor geral da SEAB

RURAL. Elevar a renda é necessário, segundo Martins, devido a atual situação sócio-econômica rural da região: “Mais de 50% das propriedades têm renda inferior a dois salários mínimos. Então, isso significa que há muito trabalho para incluir pessoas, famílias”, completou. Lembrando que o governo já desenvolve ações, ele destacou que o SEAGRI vê alguns caminhos para o objetivo, como capacitação e assistência

técnica, mas observou que o serviço vai buscar parcerias, como as que já tem como o Sistema FAEP ou com cooperativas e prefeituras. “Uma das coisas que temos que pensar é como agregar valor aos produtos que estão ali produzidos”, disse, referindo-se à agroindustrialização. Olericultura, apontou, seria outro caminho: “Ela agrega maior valor pela área que se tem. A produção pode acontecer e chegar rapidamente ao mercado consumidor”. Fazem parte do SEAGRI: IAPAR, CEASA, Instituto de Florestas do Paraná, ADAPAR, CPRA, CODAPAR e EMATER.


NUTRIÇÃO DE PLANTAS

MUITO ALÉM DA ADUBAÇÃO Como o manejo nutricional inteligente tem auxiliado no atingimento de novos patamares de produtividade pelo Brasil

Leonardo Queiroz Melo Eng. Agrônomo pela UFLA, especialista em nutrição de plantas Mestrando em Produção vegetal pela IFTM. Gerente de pesquisa e inovação da Agrichem

DIAGNOSE PRÉVIA ANÁLISE DE SOLO

DIAGNOSE DE VERIFICAÇÃO ANÁLISE DE TECIDO FOLIAR

A análise físico-química estratificada do solo continua sendo a principal ferramenta para indicar quanto o solo pode fornecer de nutrientes para as plantas. Sendo feita por meio da coleta de amostras de solo que normalmente representarão extensas áreas. Mesmo considerando uma boa amostragem, a análise química convencional possui algumas limitações de uso. Pois a metodologia tradicional para avaliação da disponibilidade dos nutrientes no solo consiste em adicionar à amostra de solo uma solução extratora (Ex.: Mehlich, Resina, KCl, HCl, Ca (H2PO4)2), determinando-se posteriormente o teor dos nutrientes nesta solução. Como as plantas extraem os nutrientes da solução do solo, o método tradicional de análise pode diferir consideravelmente da real disponibilidade de nutrientes para as culturas. Visando mitigar potenciais erros de diagnose, uma opção a ser considerada é realizar também a análise da solução do solo. Ao trabalhar com estas duas análises de solo, tem-se maior assertividade em indicar quanto o solo pode fornecer de nutrientes para as plantas. A análise de extrato de saturação já é utilizada em diversos países, sendo similar ao já utilizado em cultivos com fertirrigação onde é possível monitorar a concentração de nutrientes na solução do solo e permite intervenções precisas com fertilizantes.

Uma das grandes limitações da diagnose nutricional é o momento de coleta preconizado para a maioria das culturas, normalmente, próximo ao florescimento, padrão que atualmente não serve para o período de monitoramento de muitas culturas. O que limita que se tome alguma ação corretiva ainda no ciclo de cultivo, casos mais críticos em culturas anuais. Entretanto, o principal gargalo da diagnose foliar é a recomendação, com as técnicas disponíveis é possível identificar o(s) nutriente(s) limitante(s), mas ainda é restrita à oferta de produtos no mercado com nutrientes isolados visando correção pontual e também raras informações com relação ao acúmulo de massa seca (MS)e nutrientes por está-

dio fenológico. Uma vez que a reposição nutricional se baseia em determinada quantidade de nutriente aplicada por kg de massa seca, essa informação é fundamental para aplicação de dose correta e no melhor momento fisiológico. Infelizmente, na prática, normalmente é desconsiderada a MS no cálculo de reposição. Sabe-se que a máxima produção das culturas depende do equilíbrio entre os nutrientes na planta, caracterizado por proporções (relações) bem definidas entre esses elementos. Desse modo, nem sempre estabelecer o teor absoluto do nutriente é suficiente para alcançar altos rendimentos. Em muitos casos, a deficiência relativa, ou seja, a proporcionalidade entre os vários elementos

Figura 01. Acúmulo de macronutrientes na cultura da soja (Adaptado de Agrichem, 2015) REVISTA DO PRODUTOR RURAL DO PARANÁ

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desempenha papel mais importante. Na realidade, cabe destacar que cada fator de produção atua melhor, quando os demais fatores estão próximos de seu ideal (MELO et al., 2016). Existem diversos métodos de avaliar o estado nutricional das plantas, sendo os principais: a diagnose visual e a diagnose foliar, embora existam outros, como os testes de tecidos, testes bioquímicos, aplicações foliares, teor de clorofila (FAQUIM, 2002). Para o estabelecimento de um adequado nível de nutrição para as plantas, é necessário compreender os padrões normais de acumulação de nutrientes na biomassa seca (Figura 01). No entanto, a quantidade e a proporção de nutrientes acumulados são funções das características das plantas e dos fatores externos que influenciam esse processo. Os nutrientes extraídos do solo e acumulados pelas plantas variam de acordo com cultivar, manejo do solo, ciclo da cultura e insumos disponíveis para o desenvolvimento de plantas BENETT et al., 2013). Os resultados de análises químicas do tecido vegetal podem ser interpretados por diversos métodos, sobressaindo-se os métodos univariados, como o teor crítico (TC) e a faixa de suficiência (FS), bivariados, como o sistema integrado de diagnose e recomendação (DRIS), e o multivariado, como a diagnose da composição nutricional (CND) (MELO et al., 2016). A correta interpretação de resultados de análises foliares proporciona informações que favorecem o uso racional de insumos, evita desperdício, melhora o equilíbrio nutricional das plantas e, consequentemente, proporciona aumento da produtividade. Portanto, preconiza-se a utilização de métodos que disponibilizem subsídios para um diagnóstico nutricional eficiente e prático, a partir de resultados analíticos das folhas de uma planta ou lavoura (PARTELLI et al., 2005). O DRIS baseia-se no cálculo de um índice para cada nutriente, comparando-se as relações entre um nutriente e cada um dos demais nutrientes na amostra sob diagnose com as relações envolvendo esse mesmo nutriente em uma população de alta produtividade (REIS JUNIO.; MONNERAT, 2002). Já o método CND é um método que relaciona os teores dos nutrientes de forma multivariada, desenvolvido por Parent & Dafir (1992) com base no método de análise composicional de Aitchison (1982), concernente à análise estatística de dados de composição. Basean-

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do-se na obtenção de variáveis multinutrientes, cada uma delas ponderada pela média geométrica da composição nutricional (SERRA et al., 2010). Os métodos DRIS e CND não dependem de ensaios de calibração, uma vez que o uso de relações bivariadas ou multivariadas minimiza os efeitos não controlados da taxa de acúmulo de biomassa (WADT, 2011).

FERRAMENTAS DE MONITORAMENTO NUTRICIONAL Atualmente, já existem ferramentas que utilizam da diagnose prévia e de verificação descritas acima de forma inteligente, levando em conta a disponibilidade precisa de nutrientes no solo e nos tecidos das plantas para elaborar uma recomendação racional de manejo de nutrição. O Programa Agronômico de Monitoramento Nutricional (PAMNutri®, Figura 02) é uma ferramenta inovadora, que além da diagnose precisa, conta com a mais extensa base de dados sobre a demanda nutricional das principais culturas: através de mais de 10 anos de pesquisas foram conduzidas centenas de experimentos, que permitiram construir a marcha de absorção, com a demanda precisa de cada nutriente em cada fase do desenvolvimento da cultura, nas principais regiões produtoras do Brasil. O PAMnutri utiliza modelagem matemática avançada para construir a recomendação do que a cultura realmente precisa, com base na disponibilidade real de nutrientes no solo, as inter-relações entre os elementos, a necessidade da cultura naquelas condições e, não menos importante, a ambição de

Figura 02. O Programa Agronômico de Moni-

toramento Nutricional entrega uma recomendação de nutrição racional, permitindo atingir maiores rendimentos e melhorar a fertilidade do solo ao longo dos anos

produtividade do agricultor. De acordo com Carlos Eduardo e José Carlos Vilas Boas de Unaí - MG, a ferramenta permitiu um salto de produtividade em sua propriedade de 5.250 hectares, ao longo de oito anos consecutivos. Para os produtores, um dos grandes benefícios é a assistência técnica que vem junto com a ferramenta e o know-how em nutrição, que permite muitas vezes utilizar menos fertilizantes que a recomendação tradicional e atingir produtividades muito superiores. “Nós buscamos produzir mais, de uma maneira sustentável, e, muito importante, respeitando o meio ambiente”.

José Carlos Vilas Boas e Carlos Eduardo Vilas Boas. “O Pamnutri mudou consideravelmente nossa produtividade, consistentemente ao longo de oito anos consecutivos de trabalho”.

Para a Agrícola Zanella, que está há 30 anos no estado do Mato Grosso e planta 20 mil hectares de soja, feijão, milho e arroz, a ferramenta é uma oportunidade para melhorar produtividade e a fertilidade do solo. “Buscamos aumentar a produtividade em 3% ao ano, e o PAMnutri foi uma oportunidade para um melhor equilíbrio do solo, colocando os nutrientes que a gente precisa na soja”. Na safra 2015/16 o grupo atingiu o recorde de produtividade do Mato Grosso, com incríveis 100,63 scs/ha, tendo sido campeões do desafio de produtividade CESB no Centro-oeste com essa marca.

Elton Zanella e Marcos Adriano Storch da Agro Zanella. Recorde de produtividade do Mato Grosso com 100,63 scs/ha na safra 2015/16


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DIVERSIFICAÇÃO

NOGUEIRA PECÃ, OVINOS, ERVA-MATE E NATUREZA

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uma propriedade rural, coloque: nogueiras-pecã, ovinos e erva-mate. A mata nativa, reserve. Acrescente a visão de que uma área com 10 hectares de campo e outros oito de natureza pode ser não apenas viável, mas até ecologicamente correta. Junte a estes ingredientes um bocado de coragem para iniciar atividades totalmente novas, disposição para buscar informações técnicas, uma dose diária de atenção aos dois tipos de cultivo e aos animais, além de paciência para investimentos de longo prazo. O resultado será o sistema produtivo que o produtor rural Fábio Siqueira e sua família resolveram implantar em seu sítio, o Rancho dos Siqueira, à margem da rodovia estadual PR 170, em Guarapuava (PR). Quem agora passa pelo local, numa curva da estrada, vislumbra à distância o belo panorama das linhas de nogueiras. Pode até parecer que a propriedade é tradicional nas atividades ali implantadas. Mas Siqueira revelou que eles, na realidade, aceitaram o desafio de tentar aproveitar melhor o sítio, partindo por caminhos que eram novidade para todos. Na tarde de 22 de março, ao receber a reportagem da REVISTA DO PRODUTOR RURAL, ele relatou os avanços e as dificuldades que tem encontrado. Mas, entre surpresas, algumas boas, outras desafiadoras, o produtor se mostrou confiante na opção de diversificar. Siqueira contou que iniciou com as nogueiras-pecã em 2013. A meta é ter, no futuro, um produto ainda pouco produ-

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zido no Brasil, mas bastante valorizado. Para a aquisição de mudas, ele e o irmão recorreram à parceria entre o Sindicato Rural de Guarapuava e os Viveiros Pitol, de Anta Gorda-RS (na parceria, que busca facilitar o acesso àquela cultura, a entidade sindical passou a ser um local em que os interessados podem fazer encomendas de mudas). Em maio, teve início o plantio das hoje cerca de 600 nogueiras, em seis hectares. Um fato curioso marcou aquele momento, conforme recordou o produtor rural com um sorriso. Decorridos em torno de dois meses, a área do pomar recém implantado seria coberta pela neve que na noite de 23 de julho daquele ano atingiu boa parte do Paraná, em especial os municípios do centro-sul do Estado, como Guarapuava, Pinhão e outros. Na época, assinalou, houve quem acreditasse que as nogueiras não sobreviveriam. No entanto, ele e o irmão Marlon hoje comemoram: apenas três anos e meio depois, já começam a ver, em algumas das árvores, os primeiros frutos. Se nesta atividade as safras iniciais são pequenas, Siqueira enxerga no presente uma condição que considera promissora para o amanhã: em uma loja de Guarapuava, disse ter visto neste ano pecã descascada à venda por um preço em torno de R$ 8,50 cada 100 gramas. Mas para obter o produto, ressaltou, “não é só plantar e deixar” o pomar à própria sorte. Ele enfatizou que a nogueira-pecã é uma cultura como qualquer ou-

Após três anos e meio, algumas nogueiras da propriedade começaram a dar frutos

tra e, sendo assim, necessita do olho do dono. Atenção diária. Para informações técnicas de manejo, o produtor rural destacou que tem recorrido aos Viveiros Pitol (que contam com o agrônomo Júlio Medeiros, voltado àquele cultivo). Ao mesmo tempo, Fábio também tem consultado um livro específico sobre a cultura, “O Cultivo da Nogueira-Pecã” (editado pela Universidade Federal de Santa

Na busca de informações: em livros, contatos com agrônomos e participação em eventos


Maria [UFSM] - Colégio Politécnico da UFSM – Núcleo de Fruticultura Irrigada). Ele completou que vem mantendo contato, por internet, inclusive com um dos autores. Outra fonte de informação que considera importante, acrescentou, está também no Rio Grande do Sul, em um evento que passou a fazer parte de sua agenda como produtor rural: a Festleite, de Anta Gorda, realizada a cada dois anos com o objetivo de destacar os setores do leite e da noz pecã. Siqueira contou que esteve na 6ª edição da festa, promovida entre os dias 28 de abril e 1º de maio de 2016, no Parque Municipal de Eventos Aldi João Bisleri, e elogiou a programação - entre as várias atrações, teve lugar um Seminário da Cultura da Noz Pecã e um salão de gastronomia voltado ao leite a à pecã. Com isso, o produtor rural e seu irmão buscam aplicar no campo as informações: “As nogueiras se desenvolveram bem, só que a gente está direto cuidando, com aplicação de adubo, ureia e todos os tratos culturais que os agrônomos estão recomendando”, detalhou, sublinhando que outro cuidado necessário, observado na propriedade, são as podas de verão e de inverno. E como em qualquer cultura, Siqueira apontou que dificuldades também vieram. Em sua avaliação, na região, a formiga é a praga que mais ataca. “O problema é que ela corta a brotação nova. Isso é o que acaba complicando o crescimento da nogueira”, explicou. Para amenizar a incidência, a alternativa tem sido os produtos granulados ou pulverizados, aplicados com o costal. “Com o granulado, a gente tem mais êxito no controle”, opinou. Perguntado se este combate é suficiente para tornar o pomar viável, ele responde que sim, mas aponta que “o ataque é bem grande”. Neste ano, prosseguiu, outro desafio foi o aparecimento de um fungo. Registrada pela primeira vez

Propriedade, em Guarapuava (PR), conta com cerca de 600 nogueiras, 50 matrizes texel e 2 mil pés de erva-mate plantada entre a mata nativa. A meta é expandir a produção nos três setores, como forma de gerar renda. No consórcio pecã-ovinos, a ideia é que os animais mantenham limpo o pomar, enquanto as nogueiras proporcionarão a eles o sombreamento necessário.

desde que a família começou na pecã, a doença levou a uma perda que em sua estimativa chegou a cerca de seis mudas. Por outro lado, em 2017, algumas nogueiras já começaram a dar frutos. “Temos grandes perspectivas para a nogueira-pecã aqui na região”, afirmou. Ele exemplifica mencionando que o próprio viveiro do qual adquire as mudas demanda produção para a industrialização.

Atenção ao manejo: no Rancho dos Siqueira, formiga tem sido a principal praga que ataca a nogueira-pecã. Neste ano, também um fungo surgiu, causando a perda de seis mudas. De acordo com os produtores, a pecã, como qualquer cultura, necessita de atenção.

A ideia do consórcio pecã-ovinos surgiu na sequência, num conceito que vem sendo adotado por vários produtores voltados às duas atividades: enquanto os animais mantém o campo limpo, as nogueiras fornecem a eles, no verão, o sombreamento necessário para seu bem-estar. Aqui também, tudo teve de ser iniciado, como as instalações para o rebanho e a aquisição dos animais. “Começamos há mais ou menos quatro meses. Compramos matrizes texel, para ajudar a manter mais limpo o pomar”, relatou. A raça, especificou, foi escolhida em função de possuir, entre suas características, a rusticidade. Já as informações de manejo, a família busca junto a profissionais da área de veterinária. Os planos são de aumentar a atividade, elevando o número de matrizes de 50 para 100. Outra diversificação, definida logo após o plantio das nogueiras, foi a instalação de ervais na área de mata nativa da propriedade, onde a vegetação tem de ser preservada. “Iniciamos com dois mil pés. Mas nossa ideia é aumentar também o plantio no mato”, antecipou o produtor rural. A meta é a produção para venda ao setor, como mais uma fonte de renda. A primeira poda comercial, previu, deve acontecer já neste ano. Com isso, os Siqueira seguem apostando que a diversificação deverá, ao longo do tempo, proporcionar um sistema produtivo eficiente e apoiado sobre várias atividades, convivendo lado a lado com a natureza.

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SENAR

HERDEIROS DO CAMPO

Produtores rurais terão encontros para tratar da sucessão familiar

U

m dos desafios em muitas empresas familiares, inclusive no campo, é a sucessão. A preparação de filhos e netos para assumir o gerenciamento das propriedades é de certa maneira um tabu. Muitos pais e avós acreditam que seus descendentes não estão aptos a tomar frente dos negócios e alguns ainda acham que não estão preparados para passar a “chave” da empresa para seus herdeiros. O Sindicato Rural de Guarapuava, em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), lança o Programa Herdeiros do Campo, que tem o intuito de ajudar o produtor rural e familiares, a conduzir a sucessão familiar de uma maneira mais sinérgica. “O objetivo é despertar a família rural para o planejamento sucessório, considerando três dimensões: a família, a empresa, que é o negócio e a propriedade, que é o patrimônio. A ideia é que aconteça o diálogo sobre o assunto de uma forma tranquila”, explica a técnica responsável pelo programa, Luciana Shizue Matsuguma.

O OBJETIVO É DESPERTAR A FAMÍLIA RURAL PARA O PLANEJAMENTO SUCESSÓRIO, CONSIDERANDO TRÊS DIMENSÕES: A FAMÍLIA, A EMPRESA E A PROPRIEDADE” 72

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Luciana Shizue Matsuguma e Rariana Marine Rodrigues Castanho, do Senar-PR, estiveram em Guarapuava repassando informações sobre o Programa Herdeiros do Campo.

O programa é aplicado em encontros quinzenais, abordando vários temas, desde visão estratégica, custos de produção até mediação de conflitos. Segundo a advogada e instrutora do programa, Rariana Marine Rodrigues Castanho, no primeiro encontro trata-se da sucessão e da governança na empresa rural, “Pretendemos despertar o produtor rural para que ele possa entender as dimensões e as implicações do patrimônio, incluindo o herdeiro e o possível sucessor. Neste módulo, abordamos diversos assuntos, entre eles, a diferenciação de herdeiro e sucessor, a família produtora rural e o negócio desenvolvido, a efetividade da empresa rural, alguns aspectos jurídicos relacionados ao direito hereditário e ao planejamento sucessório e a governança na empresa familiar rural”. A proposta principal é que ao final do curso, herdeiros e sucessores passem a ter intimidade com aspectos jurídicos que envolvem a sucessão no campo e compreendam a visão estratégica de uma empresa rural e as especificações do setor agropecuário.

INSCRIÇÕES Interessados no curso, podem deixar o nome na lista de pré-inscrições. As vagas são limitadas. O curso é extensivo também a não associados. Os cursos do Senar são gratuitos, direcionados a produtores e trabalhadores rurais. As inscrições devem ser realizadas diretamente no Sindicato, ou através do telefone (42) 3623-1115, com Rubia.


CARNES NOBRES

COOPERALIANÇA REALIZA AGO E ELEGE DIRETORIA

A

Cooperaliança realizou, na manhã do dia 18 de março, no canteiro de obras de sua unidade industrial, no distrito de Entre Rios, em Guarapuava, Assembleia Geral Ordinária (AGO) e eleição de diretoria. Voltada a carnes nobres, a cooperativa reafirmou seu compromisso de qualidade e apresentou um relatório de atividades. Segundo a Cooperaliança, no ano passado, a produção do Projeto Bovinos cresceu 16%, com a venda de 20,9 mil animais, e a do Projeto Ovinos, 29%, com 6 mil cabeças comercializadas. O faturamento da cooperativa alcançou R$ 91,5 milhões. O resultado líquido correspondeu a R$ 5,1 milhões, com aumento de 188,49% em relação a 2015. O ano de 2016 se encerrou com patrimônio líquido de R$ 19 milhões, um total de 118 cooperados e 40 colaboradores. Na eleição de diretoria, os cooperados elegeram chapa única formada por Edio Sander (presidente); Adriane T. A. Azevedo (vice); Silvino Caus (secretário); Alceu Sebastião Pires de Araújo (Tesoureiro); além de três diretores vogais: Roberto Hyczy Ribeiro, Vânia Elisabeth C. F. de Melo e Jefferson José Martins. Também foi anunciado um novo Conselho Fiscal. Conselheiros Efetivos: Marco Aurélio Nunes, Alceu Lupepsa e Hermes Naiverth; Conselheiros Suplentes: Herbert Schlafner, Kleyton Romualdo Kramer e Ciro Davi Brolini Delle. Em seguida, os dirigentes eleitos procederam à entrega de troféus aos cooperados vencedores da edição 2016 de cinco concursos internos da Cooperaliança, que destacam qualidade de carne e eficiência. Almoço de confraternização, à base de carne de cordeiro e de bovinos angus, encerrou a programação.

Em entrevista, o presidente da Cooperaliança enalteceu a todos pelo êxito alcançado pela cooperativa. “Só tenho a agradecer aos parceiros da diretoria: aos que participaram, no passado, e aos que vão participar agora, nesta gestão, assim como aos cooperados e colaboradores pelo sucesso”, disse Edio Sander. Ele comentou ainda a construção da unidade industrial: “Fomos implantando o projeto, modificando, com novas tecnologias. Espero que consigamos daqui para frente seguir o cronograma e, em meados do ano que vem, entregar esta obra”, finalizou.

AGO: nas futuras instalações da unidade industrial

Nova diretoria

Premiação de concursos de qualidade e eficiência na produção de carne ovina e bovina

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COOPERATIVA DE CRÉDITO

COM A PARTICIPAÇÃO DE MAIS DE 3 MIL PESSOAS, SICREDI PLANALTO DAS ÁGUAS PR/SP FINALIZA PERÍODO DE ASSEMBLEIAS 2017 O número de participações esse ano foi de 8,5% do quadro de associados; os encontros abordaram balanço do ano passado, planejamento para este ano e destinação dos resultados

A

Cooperativa Sicredi Planalto das Águas PR/SP encerrou o período de assembleias deste ano com a presença de mais de 3 mil pessoas (deste montante, mais de 1,3 mil foram associados), em oito municípios, representando dez agências, realizadas entre 21 de fevereiro e 17 de março. O número representa 8,5% do quadro de associados. Na Assembleia Geral Ordinária e Extraordinária, ocorrida no dia 18 de março de 2017, o presidente da Cooperativa, Adilson Primo Fiorentin, apresentou os resultados de 2016, o planejamento para este ano e as chapas eleitas, durante as assembleias de núcleo, dos conselhos de administração e fiscal. Durante os encontros, foi anunciado o direcionamento do resultado de 2016 da Cooperativa Sicredi Planalto das Águas PR/SP de pouco mais de R$ 9,9 milhões. Desse valor, 32,8% estão sendo distribuídos aos associados, proporcionalmente ao volume de suas operações realizadas em 2016, bem como, em forma de pagamento de juros ao capital pagos em dezembro do ano passado.“São mais de R$ 3,2 milhões retornando aos nossos associados. Isso mostra a real vantagem de se ter uma conta em uma instituição financeira cooperativa”, destacou Valmir Dzivielevski, diretor executivo da cooperativa.

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Conselho de Administração Eleito

Conselho Fiscal Eleito


Além disso, em todos os encontros, foram apresentados aos associados os números de cada agência, ações de cunho social da cooperativa e os investimentos feitos na infraestrutura das agências a fim de melhorar o atendimento dos mais de 15,5 mil associados da Sicredi Planalto das Águas PR/ SP. A reforma do estatuto social da cooperativa, bem como, a eleição dos novos integrantes dos órgãos de administração e do Conselho Fiscal movimentaram a votação dos associados. Para o conselho de administração foram eleitos: Presidente, Adilson Primo Fiorentin; vice-presidente, Conrado Ernesto Rickli. Conselheiros: Olacir Borgert, Amírio Back, Fábio Peterlini e Elisandra Martins Portes; e para o conselho fiscal - Conselheiros efetivos: Ari Schwans, Marcelo K. Galvão e Lucas Simon; conselheiros suplentes: Max Scheiffer, Jailson Rodrigues e Ricardo Berté. “A assembleia é um dos diferenciais do cooperativismo. Esse é um momento muito aguardado, em que o associado pode exercer o seu papel de dono do negócio, colaborando com a sua visão para a destinação dos resultados, entre outras decisões fundamentais, como a reforma do nosso estatuto e a eleição dos conselhos de administração e fiscal que aconteceram este ano. Queremos de forma especial agradecer a participação dos associados, focados na busca da continuação do crescimento sustentável e desenvolvimento local”, conclui Adilson Primo Fiorentin, presidente da Cooperativa Sicredi Planalto das Águas PR/SP. Uma novidade para os associados foi que, neste ano, as assembleias nas 122 Cooperativas de Crédito filiadas ao Sicredi, em 20 estados brasileiros, foram ainda mais especiais, pois apresentaram a nova marca, que representa a evolução da instituição financeira cooperativa.

Guarapuava

Entre Rios

Candói

Manoel Ribas

Palmital

Pinhão

Pitanga

Santa Maria

Sobre o Sicredi O Sicredi é uma instituição financeira cooperativa com mais de 3,5 milhões de associados e 1.500 pontos de atendimentos, em 20 estados do País*. Referência internacional pela organização em sistema, com padrão operacional e utilização de marca única, o Sicredi conta com 122 Cooperativas de Crédito filiadas, distribuídas em cinco Centrais regionais – acionistas da Sicredi Participações S.A. –, uma Confederação, uma Fundação e um Banco Cooperativo, que controla uma Administradora de Bens, uma Corretora de Seguros, uma Administradora de Cartões e uma Administradora de Consórcios. Mais informações estão disponíveis em www.sicredi.com.br

TURVO

* Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Tocantins, Pará, Rondônia, Goiás, Alagoas, Sergipe, Pernambuco, Ceará, Maranhão, Paraíba, Rio Grande do Norte, Piauí e Bahia. REVISTA DO PRODUTOR RURAL DO PARANÁ

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TRIGO

MANEJO DE DOENÇAS NAS CULTURAS DE INVERNO Performace do manejo de aplicação dos produtos Cuprum Max e Plus Plant Pk, sozinhos e combinados, no controle de doenças de trigo

Por: Heraldo R. Feksa Pesquisador

O

trigo é uma cultura de importância econômica, sendo cultivado nas regiões Sul (RS, SC e PR), Sudeste (MG e SP) e Centro-oeste (MS, GO e DF). Na safra 2014 a produção nacional de trigo foi de 5.903,90 mil t., com uma produtividade de 2.162 kg/ha, sendo a região Sul responsável por 92,54% da produção nacional (Conab, 2015). O consumo no país na safra 2014/15 foi de 12 milhões de toneladas (Abitrigo, 2015). Dentre os fatores que afetam a produção da cultura, estão as doenças, dentre elas a ferrugem da folha (Pucciniatriticina), giberela (Fusariumgraminearum), mancha amarela (Dreschleratritici-repentis) e oídio (Erysiphegraminis). O manejo das principais doenças é feito com utilização de uma rotação de culturas para eliminar as estruturas do patógeno, junto com tratamento de sementes e aplicação de fungicidas indicados pela pesquisa, desde que sejam

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utilizados no momento correto, para o controle eficiente da doença. As condições ambientais favoráveis à doença, aliadas à severidade do inóculo inicial, fazem o manejo da doença precisar de cada vez mais aplicações de fungicidas, e com maior eficiência. O objetivo foi avaliar a performance do manejo de aplicação dos produtos Cuprum Max e Plus Plant PK, sozinhos e em combinação, no controle das doenças de trigo. O experimento foi conduzido durante a safra de inverno de 2014, na FAPA (Fundação Agrária de Pesquisa Agropecuária), localizada no distrito de Entre Rios (Colônia Vitória) em Guarapuava. A cultivar de trigo utilizada foi a TBioToruk, semeada na data de 02/07/2014. O delineamento experimental utilizado foi em blocos casualizados com 6 tratamentos e 4 repetições, com parcelas de 5 m de comprimento e 15 linhas, com espaçamento de 17 cm entre linhas, sendo colhidas apenas as 11 linhas centrais de cada parcela para posterior avaliação. Os tratamentos seguiram o protocolo de acordo com o solicitado pelo contratante, sendo um experimento com o alvo ferrugem da folha (Pucciniatriticina), oídio (Erysiphegraminis) e manchas. Foram realizadas 4 aplicações com os tratamentos conforme solicitação da empresa contratante, a primeira na

data de 14/08/2014 quando a cultura encontrava-se em estágio de perfilhamento; a segunda aplicação foi na data de 31/08/2014 quando a cultura encontrava-se em estágio de alongamento; a terceira aplicação foi realizada na data de 09/09/2014 com a cultura no estágio de emborrachamento e a quarta aplicação na data de 04/11/2014, quando a cultura se encontrava no estágio de grão leitoso. As aplicações foram realizadas utilizando um pulverizador pressurizado a CO2 com pontas tipo TT 110.02 e vazão de 200 L/ha. Foi avaliada a severidade da ferrugem, do oídio e da mancha; e após a colheita, foram determinados a produtividade final e o peso de mil sementes, corrigidos para a umidade de 13%. Os dados foram submetidos à análise de variância e ao teste de comparação de médias de Duncan (p < 0,05), através do software SASM Agri (Canteri et al., 2001). Não foi possível avaliar as severidades de ferrugem da folha, visto que esta doença apresentou a nota 0,5 para severidade na avaliação antes da aplicação, e nas demais avaliações não foi detectada em nenhum dos tratamentos, o que pode ter sido devido à baixa pressão de inóculo na área e no período do ensaio. Quanto à avaliação do oídio, todos os tratamentos apresentaram controle da doença. Na severidade de mancha foliar, nas duas avaliações, todos os tratamentos diferiram estatisticamente da


testemunha, apresentando valores menores conforme tabela 1, promovendo controle da doença. Os resultados no manejo de doenças e resposta em produtividade, seguem conforme tabela 1 e gráfico 1.

Tabela 1 - Manejo de Mancha foliar e Giberela TRATAMENTOS

DOSES

ÉPOCA DE APLIC.

0,33 + 0,25% v/v(PF)

MANCHA

GIBERELA

1ª aval.

2ª aval.

3 aplicações

21,7a

72,5a

59,8a

0,3 0,3 + (PF) 0,4 + (PF) ..... 0,4 + (PF)

Perfilhamento Alongamento Emborrachamento Espigamento Enchimento de grãos

0,00c

13,7e

13,9d

0,3 0,3 + (PF) 0,2 + 0,2 0,2 + 0,2 + (PF) 0,4 + (PF)

Perfilhamento Alongamento Emborrachamento Espigamento Enchimento de grãos

0,00c

9,3f

8,7f

1

Testemunha-padrão FAPA: PrioriXtra + Nimbus

2

Cuprum Max Cuprum Max+Padrão FAPA Plus Plant PK+Padrão FAPA ..... Plus Plant PK+Padrão FAPA

3

Cuprum Max Cuprum Max+Padrão FAPA Plus Plant PK+Cuprum Max Plus Plant PK+Cuprum Max+Padrão FAPA Plus Plant PK+Padrão FAPA

4

Cuprum Max Cuprum Max+Padrão FAPA Plus Plant PK+Padrão FAPA ..... Plus Plant PK+Padrão FAPA

0,5 0,5 + (PF) 0,6 + (PF) ..... 0,6 + (PF)

Perfilhamento Alongamento Emborrachamento Espigamento Enchimento de grãos

0,00c

16,8d

11,5e

5

Cuprum Max+Padrão FAPA ..... Cuprum Max+Padrão FAPA ..... Plus Plant PK+Padrão FAPA

0,3 + (PF) ..... 0,4 + (PF) ..... 0,4 + (PF)

Perfilhamento Alongamento Emborrachamento Espigamento Enchimento de grãos

0,00c

19,7c

17,8c

6

Cuprum Max+Padrão FAPA Cuprum Max+Padrão FAPA ..... ..... Plus Plant PK+Padrão FAPA

0,3 + (PF) 0,3 + (PF) ..... ..... 0,4 + (PF)

Perfilhamento Alongamento Emborrachamento Espigamento Enchimento de grãos

1,33b

24,6b

20,0b

4,12

0,66

2,06

cv%

Conclusões:

Gráfico 1 - Resposta na produtividade na cultura do Trigo (Kg/ha)

PRODUTIVIDADE

4500

+13,10%

4400

+13,70% +11,54%

4300

+10,34% +7,97%

4200

PMS(g)

4100 4000

Trat 1 (Test.) 37,75

3900

Trat 2

36,50

3800

Trat 3

36,00

3700

Trat 4

35,00

3600

Trat 5

35,25

3500

Trat 6

34,75

Trat 1 (Test.)

Trat 2

Trat 3

Trat 4

Trat 5

Trat 6

O tratamento 3 foi o que proporcionou melhor controle na 2ª avaliação, apresentando o menor valor de severidade, diferindo dos demais. Na avaliação da giberela, observou-se que todos os tratamentos promoveram controle da doença com valores de severidade menor que a testemunha, diferindo estatisticamente conforme tabela 1. O tratamento 3 proporcionou melhor controle com valor menor de severidade, diferindo dos demais tratamentos. Nos resultados de rendimento, o tratamento 2 e o 3 foram os que apresentaram maiores valores, diferindo dos demais tratamentos conforme Gráfico 1. Os demais tratamentos (4, 5 e 6), mesmo não diferindo da testemunha, promoveram um aumento na produtividade, oscilando entre 7,97 % a 11,54 %. Em relação ao peso de mil sementes (PMS), o tratamento 2 foi o que apresentou maior valor, diferindo dos demais.

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PITANGA

João Adilson Portugal e o filho Junior: determinação para investir na produção leiteira

LEITE: MODERNIZAR PARA PROSPERAR E m meio a trovoadas no horizonte econômico brasileiro, uma propriedade rural em Pitanga (PR) decidiu há alguns anos seguir uma tendência nacional e regional de vários setores do agronegócio: modernizar para prosperar. Ali, duas gerações, unindo esforços, têm cultivado atitude. Filhos do produtor João Adilson Portugal, os jovens Junior e Ricardo optaram por ajudar o pai no campo. O primeiro, tornou-se zootecnista. O segundo, agrônomo. Juntos na lida diária, os três partiram para diversificar e vêm obtendo a melhor das safras: manter-se e crescer na agropecuária, ano após ano, com fôlego para o curto e o longo prazo. Ao visitar a propriedade no último dia 4 de abril, a REVISTA DO PRODUTOR RURAL descobriu que o carro-chefe deste êxito é a integração lavoura-pecuária com destaque para o leite. Junior recordou que a fazenda já possuía gado leiteiro

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À esquerda, instalações atuais; à direita, novas instalações em construção

no passado, mas só para cobrir algumas despesas operacionais. Foi em 2002 que começou um enfoque técnico, com a raça holandesa: “Fomos buscar genética em Castro (PR)”. Atenção especial é dedicada atualmente aos bezerros: ao nascer, são alojados em um bezerreiro, onde passam em

torno de 60 dias. Depois de desmamados, seguem para o pasto. Animais adultos têm, como fonte principal de alimentos, o pasto, complementado com silagem e ração no cocho. Conforme o produtor e zootecnista, a opção tem sido, no verão, tifton e milheto e, no inverno, aveia, azevém e centeio. De maio a julho, observou,


Gado holandês semi-intensivo: no cocho, suplementação com silagem e ração; ao fundo, pastagem de jiggs

eles utilizam as forragens daquela estação Com isso, hoje, o rebanho bovino para pré-secado, a fim de ter alimento total chegou a cerca de 300 cabeças (de para o gado durante mais tempo. “Como bezerras ao gado de reposição), das quais o inverno aqui em Pitanga é muito úmido, 115 são de vacas em lactação. Numa méfazer feno fica complicado. No feno, você dia estimada por Junior em 26 litros de tem que desidratar a forragem, para que leite por animal/dia (cálculo que inclui ela perca cerca de 90% da água, para poas variações sazonais do ano, causadas der estocar, sem que proliferem fungos. por clima e estádio de maturação de pasCortamos a forragem e fazemos com que tagem), o volume diário tem girado em ela perca em torno de 50% da umidade. 3 mil litros. A comercialização, detalhaEntão, enfardamos e plastificamos, como ram os produtores, acontece junto a uma se fosse uma silagem”, explicou. empresa do setor leiteiro em Castro. “O Como em outras propriedades que leite, acho que acaba sendo a atividade buscam otimização na reprodução, a técque mais remunera por unidade de área”, nica da Inseminação Artificial em Tempo definiu o jovem produtor rural. Fixo (IATF) passou a ser aplicada, com a Considerando-se satisfeita com o orientação de um veterinário e a utilizarebanho leiteiro, a família agora prepação de ultrassom. Patamar de peso para ra-se para concluir um investimento. esta etapa decisiva, especificou o produ“Estamos em fase de término da constor e zootecnista, acontece com animais trução de nossa nova instalação, onde em torno de 350 a 360 quilos. “Uma técos animais vão ficar 100% confinados. nica usada aqui para o melhoramento geÉ um sistema chamado de free stall. O nético foi a fertilização in vitro. Compragado vai andar menos. A tendência é mos algumas prenhezes, de propriedades que acabe produzindo mais leite. Quande Castro. Podemos dizer que a evolução do terminarmos esta transição, vamos genética é muito maior do que na insemialimentar as vacas só com silagem, com nação artificial”, avaliou. ração e pré-secado”, antecipou. Sanidade, como ressaltou, foi ouPai e filho enfatizam que, em seu tro ponto que mereceu cuidado. Há três caso, diversificar foi uma decisão para anos, segundo os produtores, a fazenda é fortalecer. “Uma atividade vai suprindo considerada livre de brucelose e tubercua outra”, justificaram. Isto incluiu, no lose. Para isso, contou Júnior, foram aplientanto, estender a otimização também cadas as medidas exigidas pela ADAPAR para se alcançar aquele status: “No processo, é preciso fazer durante o ano três exames no plantel. Todos os animais têm que dar negativo. A partir disso, a propriedade recebe a certificação e precisa repetir o procedimento uma vez por ano”. Este padrão significou mudanças também na aquisição do gado: “Para trazer animais de fora, eles só podem vir de propriedade certificada”, declarou, comentando que quarentena e todos os exames necessários faSuínos: ciclo completo foi substituído por engorda zem parte do processo.

Aveia, azevém e centeio: pré-secado

à suinocultura. Antes de ciclo completo, o sistema há 10 anos se direcionou só à engorda. Agora são de 1.000 a 1.100 cabeças, com comercialização em torno de 300 animais por mês. Mas no mercado as oscilações de preço continuam. Com a baixa atual de soja e milho no Brasil, a margem de lucro aumentou. Já na produção de grãos da fazenda, o zootecnista e produtor verificou duas situações em 2016/2017: no milho, 100% para nutrição animal, a queda de cotação, ajudou a reduzir custos de produção dos suínos. Ainda mais com média de 460 sacas por alqueire. Na soja, produtividade de 180 sacas por alqueire, recorde na propriedade, mas previsão de remuneração menor do que na safra passada. “No dia de hoje, a saca está em R$ 55,50. O custo desta safra foi bem mais alto, porque na compra dos insumos o preço do dólar estava lá em cima”, calculou. Ainda assim, João Adilson Portugal, Junior e o irmão Ricardo seguem persistindo. Com o foco muito mais voltado para a nova etapa da bovinocultura de leite na propriedade, prevista para iniciar em maio. Já que, ao lado de fertilizantes, boa semente e alimento de qualidade para os animais, perseverança continua sendo o insumo mais importante de qualquer sistema produtivo. REVISTA DO PRODUTOR RURAL DO PARANÁ

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MANEJO INTEGRADO DE PRAGAS

INSPETORES DE CAMPO Curso inédito na região de Guarapuava colhe ótimos resultados

O

curso Inspetor de Campo - Manejo Integrado de Pragas (MIP) Soja, promovido pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) e Sindicato Rural de Guarapuava, de setembro de 2016 a fevereiro deste ano, capacitou 14 produtores rurais da região. O curso foi ministrado pelo instrutor Edson Márcio de Siqueira. Segundo ele, o trabalho foi muito importante e com resultados satisfatórios. “Com um grupo muito comprometido e bastante participativo, obtivemos ótimos resultados. Foram 12 encontros de campo alternados em sete propriedades. Algumas delas realizaram a colheita com produtividade acima de 4000 kg/ha tanto na área convencional como na área do MIP, chamando a atenção pelo número de aplicação de inseticida, pois na área de MIP foram de uma a duas aplicações de inseticida, enquanto na área convencional tivemos de cinco a seis aplicações. Gostaria de agradecer o respeito, companheirismo e o comprometimento de todos, pois esta é a razão do sucesso alcançado pelo grupo”, observou o instrutor.

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Edson Márcio de Siqueira (com chapéu), instrutor do MIP


REDUÇÃO DE CUSTOS O engenheiro agrônomo Marcos Roberto Marques e o técnico agrícola Carlos Alexandre, colaboradores da Fazenda Estrela Sementes, participaram do curso. Para eles, a capacitação foi bastante proveitosa e os resultados da parte prática desenvolvida na fazenda foram bastante satisfatórios. Eles já tinham ouvido falar no Manejo Integrado de Pragas, mas não sabiam se a técnica funcionava. Dar importância aos inimigos naturais e saber reconhecê-los foi um dos pontos mais importantes. “Chamou muito atenção a questão de identificação das lagartas. Porque antes eu chegava na lavoura e só vendo não conseguia distingui-las: o que era spodoptera e o que era helicoverpa, por exemplo”, comentou Alexandre. Marques comentou sobre área destinada para a prática do curso, manejada segundo as normas do MIP. “Segundo as regras do curso, precisávamos ter cinco hectares

por integrante para desenvolver o MIP. Como éramos dois integrantes da propriedade, destinamos 10 hectares. Nesse talhão, não fizemos nenhuma aplicação de inseticida. Encontramos lagarta e percevejo nessa cultura, mas não chegou a nenhum momento atingir o índice de controle para precisarmos utilizar defensivo”, contou. Segundo o agrônomo, a produtividade desta área foi a mesma do que nos

talhões de manejo convencional. O que mudou foi o custo de produção. “Como não aplicamos inseticida, o custo foi menor. Para se ter uma ideia, o custo de inseticida que tivemos durante a safra com a soja na área convencional foi de R$ 245,82 por hectare - somente o produto, sem contabilizar o custo da hora/ máquina. Então somente nesse talhão de 10 hectares, tivemos uma economia de R$ 2.458,20 com o MIP”.

Carlos Alexandre e Marcos Roberto Marques, colaboradores da Fazenda Estrela Sementes

100% MIP O produtor rural Anselmo Stuepp também participou do curso. Ele conta que há muito tempo vem reduzindo o uso de produtos químicos no Sítio São Domingos, localizado no município de Santa Maria do Oeste. “Quando tive conhecimento do curso de MIP, vi uma oportunidade de me aprofundar mais no manejo ecologicamente correto e conhecer os insetos. Afinal, temos aqueles que são pragas e os que são benéficos. Precisamos conhecê-los para aprender a diferenciá-los e reduzir o uso de agrotóxicos”. Para Stuepp, o curso repassou as informações de um modo objetivo, o que facilitou a absorção do conhecimento. “O instrutor no campo foi bastante detalhista na apresentação de todos os

insetos e sempre orientando de uma forma prática, sem perder o foco”. Este fato fez com que o produtor sentisse confiança e acabasse optando por não aplicar o MIP somente na área de cinco hectares destinada ao curso, mas em toda a área de agricultura. “Toda a lavoura se desenvolveu de uma forma excelente, devido ao clima ótimo que tivemos. As doenças quase não apareceram. Precisei aplicar apenas inseticida para percevejo, mas entrei no momento limite, que é a visão do MIP. Na área foco destinada ao curso, não apliquei nada de inseticida”. Com este resultado, Stuepp disse que o curso passou informações essenciais para que ele, a cada ano, possa utilizar menos produtos químicos em

Anselmo Stuepp, produtor rural no município de Santa Maria do Oeste

sua propriedade. “O próximo passo, acredito, é o trabalho com os agentes microbiológicos que estão no nosso solo”, observou. REVISTA DO PRODUTOR RURAL DO PARANÁ

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INFORMAÇÃO TÉCNICA

GRUPO PITANGUEIRAS TRAZ CTP PARA GUARAPUAVA U

m evento técnico trouxe a produtores rurais de Guarapuava e região uma oportunidade diferente para ampliar conhecimentos sobre soja, milho e feijão: o Grupo Pitangueiras, com a Bayer, a FMC e a Agro Marochi (pesquisa agrícola) promoveram, de 6 a 10 de março, numa propriedade rural do distrito de Palmeirinha, a primeira edição local de um encontro denominado de CTP – Centro de Treinamento Pitangueiras. Idealizada pelo Grupo Pitangueiras, a atividade trouxe uma nova maneira de apresentar dados técnicos dos manejos das culturas abordadas. Durante todos os dias daquela semana, numa área com nada menos do que 276 experimentos, conduzidos com as mais diferentes alternativas de manejo, combinando diversas tecnologias de sementes e de aplicação de produtos, os participantes puderam ver o efeito de cada opção, comparar parcelas dispostas lado a lado e tirar suas próprias conclusões. Além disso, a programação incluiu na visitação explicações e debate com o agrônomo Aroldo Marochi, que já atuou em fundação de pesquisa, e orientações dentro de uma abordagem objetiva, que o Grupo Pitangueiras estabeleceu como perfil do CTP, visando incentivar uma reflexão sobre a relação entre tecnologia e eficiência.

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Por isso, ao enfocar os manejos, mais do que recomendar sementes ou defensivos de marcas específicas, Marochi enfatizou a necessidade de análise para escolha correta das alternativas para cada propriedade, da semente aos defensivos, passando pelo correto posicionamento de plantio e aplicações no manejo a doenças e pragas em soja e milho. Ele também defendeu que investir no sistema produtivo – em quadros normais de clima – se traduz em maior produtividade. Entre outras técnicas práticas que apresentou, o agrônomo divulgou entre os produtores participantes a importância de fatores como o índice de área foliar, ensinou a realizar o cálculo para o índice e explicou o que isso pode significar para uma cultura. Marochi conduziu ainda uma atividade a campo: os participantes percorreram as parcelas (todas identificadas), marcando num bloco quais os tratamentos para doença em soja que mais pareceram eficientes. Ao final, na barraca do CTP, eles conheceram os mais votados e souberam os produtos utilizados e seus posicionamentos. Momento que abriu espaço para uma troca de ideias. A REVISTA DO PRODUTOR RURAL acompanhou a programação no dia 7 e conversou com o palestrante, que detalhou o evento: “Seguimos falando so-

Aroldo Marochi, agrônomo (AgroMarochi)

É IMPORTANTE VER CADA TRATAMENTO DE SEMENTE NAS DIFERENTES BIOTECNOLOGIAS” Aroldo Marochi


bre manejo de doenças, sobre como a gente aplica os produtos. É preciso entender como a planta de soja se desenvolve, o que é índice de área foliar, o que são vagens e peso de grãos”, enumerou. Para Marochi, um ponto diferenciou o evento: a oportunidade de comparar um grande número de materiais e manejos, além do tempo disponibilizado para visitar o CTP – uma semana útil, de manhã e à tarde. “Considero uma escola a céu aberto. Na lavoura, o produtor só tem o tratamento dele. Provavelmente o mesmo que ele está usando no campo tinha aqui. Ele conseguiu ver se o tratamento que utiliza está sendo eficiente ou não”. E exemplificou: “No milho, tem tecnologia convencional, herculex, PW, Pro e Leptra. É importante ver cada tratamento de semente nas diferentes biotecnologias”. Presente ao evento, o gerente de Marketing do Grupo Pitangueiras, Marcelo Scutti, destacou que a iniciativa do CTP foi lançada ano passado, em Ponta Grossa, sendo repetida em 2017, naquele município, mas também em outras regiões paranaenses importantes para a empresa, como Guarapuava e Arapoti. Scutti sintetizou o objetivo, contextualizando que o Grupo Pitangueiras tem em sua filosofia de trabalho levar seus clientes a alcançar resultados no campo. Por esta razão, completou, a intenção dos CTPs é apresentar e debater formas de melhor utilizar as tecnologias. Scutti sublinhou que os materiais de soja, milho e

Atividade prática: análise de manejo de doença em soja

Marcelo Scutti (G. Pitangueiras) e Bruno Agotani, RTV Bayer para Guarapuava e região

feijão, hoje, já contam com elevados potenciais produtivos, mas que é preciso que, na prática, o produtor rural consiga obtê-los. A realização dos CTPs visa contribuir para aquela meta: “A questão é a seguinte: o que você faz para atingir esses potenciais produtivos? Esse campo de treinamento está focalizado em mostrar para o produtor qual é a viabilidade do uso da tecnologia. Nossa função é fazer com que nosso cliente ganhe dinheiro, que rentabilize, que tenha retorno sobre o investimento”, assinalou. Scutti antecipou que o Grupo Pitangueiras realizará novos CTPs, abordando culturas de inverno. Como proprietário da área e participante do evento, o produtor rural Deodoro Marcondes, avaliou positivamente a iniciativa. “Para mim é muito importante essa informação, justamente na área em que planto. O Marochi, eu já o conhecia: é uma pessoa muito capacitada. Traz sempre informações novas. Sempre é bom a gente trocar ideias, inclusive com os companheiros que participaram”, disse.

A QUESTÃO É A SEGUINTE: O QUE VOCÊ FAZ PARA ATINGIR ESSES POTENCIAIS PRODUTIVOS?” Marcelo Scutti

Participaram produtores rurais de Guarapuava e região

Evento apresentou combinações de manejo em materiais convencionais e transgênicos


Fotos: Agrária/Divulgação

CEVADA

GUARAPUAVA SEDIOU 31ª REUNIÃO NACIONAL DE PESQUISA DE CEVADA

P

rofissionais e empresas ligados à cadeia produtiva da cevada, produtores rurais, docentes e acadêmicos encontraram-se por dois dias para a 31ª Reunião Nacional de Pesquisa de Cevada, no Centro Cultural Mathias Leh, em Entre Rios, Guarapuava (PR). O evento sediado pela Cooperativa Agrária Agroindustrial e pela FAPA (Fundação Agrária de Pesquisa Agropecuária) ocorreu nos dias 18 e 19 de abril. O presidente da Agrária, Jorge Karl, declarou a reunião oficialmente aberta, destacando o fato de a cooperativa vol-

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tar a ser anfitriã do encontro de dezenas de profissionais ligados ao cultivo da cevada. “É uma satisfação muito grande podermos sediar a Reunião Nacional de Pesquisa de Cevada aqui em Entre Rios, com uma intensa programação e grande intercâmbio de conhecimento. Certamente teremos resultados muito positivos”, frisou. O evento teve início com rápido cerimonial, que, além de Karl, contou com a participação do chefe de transferência de tecnologia da Embrapa, Jorge Lemanski e do pesquisador de cevada da

Ambev, Vitor Antunes. Coube ao pesquisador de cevada da FAPA, Noemir Antoniazzi, abrir os trabalhos com explanação sobre a importância da cultura para a Agrária e seus cooperados. “Esse encontro tem tudo a ver com a nossa cooperativa, com a nossa gente e nossa história. Em área contínua, ninguém tem mais área de cultivo de cevada do que nossos cooperados. Também temos a nossa Festa da Cevada e a maior maltaria da América Latina”, elencou Noemir, que também ressaltou a evolução dos resultados produtivos da cevada.


“Tivemos uma péssima safra em 2015, mas pudemos comemorar a melhor safra da história da Agrária e do Brasil, em 2016. Para se ter uma ideia do quanto essa safra foi interessante para nós, tivemos produtividade acima de 7.000 kg/ha em uma área de 220 ha. Rompemos a barreira de 6.400 kg/ha, alcançados em 2013”, enalteceu, frisando a relevância da tecnologia e da genética no processo, que se traduz em maior produtividade e qualidade aos cooperados e à indústria.

PROGRAMAÇÃO

Antônio Aguinaga, gerente regional de pesquisa para a América Latina da Ambev

A programação da 31ª Reunião Nacional de Pesquisa de Cevada teve início com palestra sobre parâmetros de qualidade da cevada e sua importância na cerveja, conduzida pelo gerente regional de pesquisa para América Latina da Ambev, Antônio Aguinaga. Na sequência, foram apresentadas avaliações de safra em diversos cenários nacionais e internacionais. À tarde, houve exposição de resultados de uma sequência de ensaios de pesquisa em genética, biotecnologia e melhoramento. À noite, jantar de confraternização para os participantes. Na quarta-feira, foram apresentados os resultados de pesquisa em fitossanidade, enquanto que à tarde os presentes conheceram os resultados de pesquisa em nutrição mineral, agrometeorologia, fisiologia e práticas culturais. As apresentações de resultados foram coordenadas pelos pesquisadores da FAPA Noemir Antoniazzi (Cevada), Heraldo Feksa (Fitopatologia) e Sandra Mara Vieira Fontoura (Manejo e Fertilidade de Solos). A Reunião Nacional de Pesquisa de Cevada foi criada em 1981, tendo sido um evento anual até 2009. Desde então, ele se tornou bienal. Fotos e texto: Assessoria de imprensa da Agrária

Ir além na proteção é unir tecnologia Bt com Dermacor ®. Quem planta sabe: quanto maior é a proteção inicial, melhor será a sua colheita. A proteção da lavoura depende de vários fatores, mas, ao somar as duas tecnologias, Dermacor® e Bt (“intacta”), você fica muito mais protegido. Com essa união, é possível controlar diversas pragas, até as mais difíceis, como Lagarta-elasmo (Elasmopalpus lignosellus), Coró (Phyllophaga cuyabana) e Lagarta-militar (Spodoptera frugiperda), resultando no aumento de produtividade e rentabilidade.

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DuPont™ Dermacor®. Proteção para quem pensa grande. O aumento de produtividade e rentabilidade foi observado em campos experimentais, onde foi utilizado o produto Dermacor®, seguindo corretamente as informações de dosagem e aplicação. O aumento de produtividade e rentabilidade depende também de outros fatores, como condições de clima, solo, manejo, estabilidade do mercado, entre outros. Dados disponibilizados pela área de pesquisa da DuPont Proteção de Cultivos. ATENÇÃO: Este produto é perigoso à saúde humana, animal e ao meio ambiente. Leia atentamente e siga rigorosamente as instruções contidas no rótulo, na bula e na receita. Utilize sempre os equipamentos de proteção individual. Nunca permita a utilização do produto por menores de idade. Consulte sempre um engenheiro agrônomo. Venda sob receituário agronômico. Produto de uso agrícola. Faça o Manejo Integrado de Pragas. Descarte corretamente as embalagens e restos do produto. As marcas com ®, ™ ou SM são marcas da DuPont ou de afiliadas. © 2016 DuPont.

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PALESTRAS

UM ALERTA SOBRE DEPRESSÃO E SUICÍDIO

B

uscando conscientizar os guarapuavanos sobre os riscos, sintomas, diagnóstico e tratamento da depressão e uma das maiores consequências que ela pode trazer: o suicídio, a Maçonaria de Guarapuava, com o apoio do Sindicato Rural de Guarapuava, promoveu no dia 11 de março, palestras voltadas ao tema. Segundo um dos organizadores do evento, Flávio Burbulhan, o objetivo foi o diálogo aberto. “A depressão e o suicídio são fenômenos que estão atingindo o mundo todo. O suicídio é uma consequência da depressão, doença que pode ser tratada. No entanto, não depende apenas do indivíduo, geralmente é um fenômeno social, que depende também da sociedade em volta daquele indivíduo. Todos temos um pouco de responsabilidade e devemos ajudar a prevenir”, observa.

Flávio Burbulhan: "Todos temos um pouco de responsabilidade e devemos ajudar a prevenir”

números Depressão*

Suicídio*

de pessoas no mundo são afetadas com esse mal

A cada 40 segundos uma pessoa se suicida no mundo

322 milhões

Em 10 anos, de 2005 a 2015, esse número cresceu 18,4%. A prevalência do transtorno na população mundial é de 4,4%. No Brasil, 5,8% da população sofre com esse problema

11,5 milhões de brasileiros.

788 mil

Em 2015, pessoas morreram desta forma, que está entre as 20 maiores causas de morte em 2015. A idade predominante de pessoas que cometem suicídio é de

15 a 29 anos

*Dados divulgados em 2015, pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

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COMPREENDENDO A DEPRESSÃO

Psicólogo Fernando Guiné

“Com relação à depressão, nós devemos discernir aquilo que é uma tristeza do cotidiano, que faz parte dos nossos desafios e aquela tristeza duradoura, que fica muito presente no cotidiano, nas falas e no comportamento das pessoas. Com relação aos sintomas desta doença, nós podemos avaliar diante de alguns fatos. Por exemplo, a pessoa não ter mais prazer em atividades que anteriormente tinha, sono excessivo ou insônia, irritabilidade, entre outras atitudes que não eram comum àquele indivíduo. Se alguém perceber nas pessoas mais próximas esse tipo de comportamento, deve se preocupar em procurar ajuda. É importante ressaltar que esta ajuda deve vir de um profissional habilitado, como um psicólogo ou psiquiatra, porque ele vai saber encaminhar, identificar e medicar corretamente - caso necessário”.

SUICÍDIO: A MELHOR PREVENÇÃO É O DIÁLOGO

Psiquiatra José Cleber Feliciano Ferreira

“Nós precisamos falar sobre suicídio, porque a cada 40 segundos uma pessoa se mata no mundo e, mais grave do que isso, é que a cada três segundos uma pessoa tenta se matar. Precisamos identificar os fatores de riscos e os fatores de proteção, para mensurarmos qual é a melhor estratégia para essa pessoa buscar um tratamento o mais rápido possível. Dentre os fatores de risco, os estudos são muito claros: 90% das pessoas que se matam, tem uma doença mental concomitante e já apresenta uma história prévia de tentativa de suicídio. Então pessoas que têm histórico familiar de suicídio, história previa de tentativas e doença mental precisam ser monitoradas, para que esses riscos não levem elas a cometer o suicídio de fato”.


GRÃOS

AMPLIAÇÃO DE CAPACIDADE DE ARMAZENAGEM Eng. Marcio Geraldo Schäfer marcio@paranasilos.com.br Representante comercial Kepler Weber

E

m ano de safra recorde, com plantio expressivo de milho com um rendimento volumétrico por área muito superior ao de soja, percebe-se uma dificuldade que há anos não ocorria na região de Guarapuava-PR: a falta expressiva de espaço para armazenagem. Atento ao assunto, vamos discutir formas de minimizar esta limitação. 1 1 - A solução mais rápida para o problema da falta de espaço é a utilização de silos bolsas. Com investimento baixo, é possível armazenar bons volumes. No entanto, o custo do próprio silo bolsa, que não é reaproveitado, coloca esta solução como emergencial, o que provoca custos repetitivos com a substituição do silo a cada armazenagem. O período de armazenagem neste sistema é limitado, comparado a silo vertical. 2 2 - A ampliação do silo de metal é uma solução que também pode ser rápida e possível de ser executada entre uma safra e outra. Normalmente, apenas cresce o número de anéis do silo já existente, com aproveitamento da base civil e dos transportadores de carga e descarga. Esta ampliação exige uma análise da base civil. 3 3 - A ampliação programada e que leva em torno de seis meses para ser executada a partir do fechamento do negócio, é a inclusão de mais unidades armazenadoras. A gama de possibilidades ofertada ao mercado, com cer-

teza, atende qualquer demanda neste caso. Esta possibilidade, normalmente, é projetada com mais tempo e o estudo de projeto com projeção de “crescimento contínuo de produtividade por área” deve fazer parte do estudo. 4 4 - O aumento de produtividade não afeta apenas o espaço estático de armazenagem, mas em conjunto o sistema de secagem. Neste caso, o silo vertical pode novamente ser a solução, ou seja, não ampliando a capacidade do secador, mas sim lhe provendo silos de pulmão que apoiam a secagem no momento da safra e que servem para armazenagem durante todo o ano.

Ainda servindo para fazer armazenagens com segregação de produtos com qualidades, umidade ou outras especificidades. 5 5 - Cada uma das possibilidades conta com sua linha de crédito específica, sendo que a ampliação de silos em unidades conta sempre com a melhor taxa e liberação de recursos via BNDES. 6 6 - Novamente é o momento de pensar em armazenagem na fazenda, que reduz os custos de frete na safra e traz N vantagens ao produtor que armazena seu próprio produto, viabilizando a decisão do melhor momento para realizar a sua comercialização.

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SILAGEM

COLHEITA DE MILHO PARA SILAGEM DE PLANTA INTEIRA COM ENSILADEIRAS AUTOMOTRIZES Engº Agrº Robson Fernando de Paula Gerente Técnico de Silagem da DuPont Pioneer

Introdução O avanço tecnológico do mercado de máquinas agrícolas tem sido significativo nos últimos anos. Na área de produção de silagem não tem sido diferente. Atualmente, temos observado o aumento do uso de máquinas forrageiras ou ensiladeiras automotrizes no mercado em função da rapidez da operação de corte, resultado da grande capacidade de colheita destas máquinas. No entanto, gostaríamos de chamar a atenção de produtores e técnicos sobre alguns pontos importantes nos ajustes e regulagens destas máquinas, que devem ser adotados para que o corte da planta seja realizado com sucesso.

impulsor que, por sua vez, direciona a calha e então descarrega o material processado para o caminhão. Quando se fala em forrageiras autopropelidas, o ponto principal é a possibilidade de se cortar o milho com teor de matéria seca mais elevado (entre 38% até 42%), justamente para ter maior proveito da

energia e nutrientes contidos no grão. Outro ponto muito importante é a alta capacidade operacional de uma forrageira autopropelida, a qual garante o corte do milho nesse ponto ideal, conforme informações cedidas pelo engenheiro agrônomo João Freitas, da John Deere (figuras 1 e 2).

O processo de colheita As plantas são cortadas pela plataforma de corte, normalmente de 20 a 30 centímetros de altura. Estas caminham deitadas em direção aos rolos alimentadores que são responsáveis por comprimir o material e direcioná-lo ao cilindro de corte na velocidade proporcional ao tamanho de picado ou partícula desejada. Atravessando o cilindro de corte, o milho picado passa pelo processador de grãos ou cracker. O processador de grãos é responsável por quebrar e/ou romper o tegumento do grão, para que este possa ser fermentado juntamente com a massa de matéria seca. Outra grande responsabilidade do processador de grãos é a manutenção da integridade da fibra da planta, fundamental para uma boa digestibilidade animal. Passando pelo processador de grãos, o material é direcionado ao

Figura 1: Sistema de processamento de uma máquina forrageira John Deere série 8000. (Imagem gentilmente cedida pela John Deere)

Figura 2: Detalha o fluxo ou caminhamento das plantas durante o processamento na operação de colheita. (Imagem gentilmente cedida pela John Deere) REVISTA DO PRODUTOR RURAL DO PARANÁ

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Tamanho das partículas e o processamento de grãos na qualidade final da silagem Adaptado de Dr. Bill Seglar, veterinarian/ nutrition specialist, DuPont Pioneer. O tamanho da partícula e o adequado processamento de grãos são absolutamente essenciais para a silagem de milho. O processamento de grãos impacta na porcentagem de digestão do amido, enquanto que o tamanho da partícula impacta na ruminação apropriada. No planejamento da colheita, é importante estabelecer um check list para a ensiladeira, para assegurar que a silagem seja bem processada. A certeza de um bom processamento de grãos começa várias semanas antes da colheita. Deve-se verificar se toda a ensiladeira está em boas condições, especialmente as facas e o rolo processador, ou cracker. Facas gastas e barra de corte desgastada devem ser indicativos para prevenir cortes irregulares no tamanho das partículas. O cracker deve ser checado em toda a sua extensão, com o objetivo de verificar o desgaste dos dentes. O desgaste irregular pode ser evitado, diminuindo assim o espaço entre os rolos. Elevadas horas de operação favorecem que as bordas externas dos rolos encostem, o que deixará um espaço indesejável no meio.

Certificando-se que a colhedora de forragem está pronta A integridade das peças em funcionamento e as horas de uso efetivo dependem do tipo de solo e outros fatores ambientais. Lavouras de milho produzidas em solo arenoso, com baixa altura de corte ou muito próximo da superfície do solo, resultam em maior desgaste, o que pode reduzir a vida útil dos rolos do cracker. Outros fatores incluem o tamanho do rolo e o número de dentes por polegada. Opções de velocidades diferenciadas, mais agressivas, também podem afetar a vida útil dos rolos. Os rolos devem ser substituídos se estes mostrarem sinais de desgaste. Os rolos do

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cracker devem ser inspecionados a cada 400 - 600 horas de uso. A velocidade do rolo determina o tamanho teórico da partícula. Menores velocidades produzem tamanhos menores de partículas porque menos forragem é empurrada através do tambor ou cilindro de corte em determinado tempo. Isto resulta na capacidade de colheita de poucas toneladas por hora, e requer maior tempo de colheita e processamento adequado da cultura. Entretanto, este tempo extra de processamento será compensador, uma vez que o produtor estará fornecendo uma silagem bem processada e de alta qualidade, que contribuirá para a produção de leite e aumento da rentabilidade. Todas as forrageiras autopropelidas disponíveis no mercado contam com algum sistema que permite variar o tamanho das partículas com um simples ajuste feito a partir da cabine. Por exemplo, nas forrageiras da marca John Deere, o cilindro de corte é equipado com 48 facas, e é possível variar o seu comprimento de corte de 6 a 22mm.

baixo teor de umidade, ou alto teor de matéria seca, terão maior conteúdo de amido. À medida que colhemos “mais seca”, podemos diminuir o tamanho de corte. Isto pode reduzir fibra efetiva, mas irá assegurar a compactação adequada da forragem mais seca no silo. Se os ajustes ou regulagens no cilindro de corte e do cracker não estão produzindo o resultado esperado em termos de processamento de grãos, será preciso inspecionar a velocidade diferencial dos rolos do cracker. O rolo superior deve girar mais rápido do que o rolo inferior. Diferenças de 10 a 15% são comuns. Se o processamento de grãos não está atendendo as suas expectativas, tente instalar uma engrenagem pequena no rolo superior. Isto resulta numa velocidade diferencial que excede 20%. Alguns fabricantes têm projetado crackers com rolos que comportam velocidades diferenciais de 30 a 50%. É importante ressaltar que devem ser seguidas as recomendações de ajustes específicos do fabricante da máquina.

Variáveis que impactam no processamento da silagem de milho

Monitoramento do processamento da silagem de milho

Todas as marcas de ensiladeiras automotrizes (dotadas de processadores), em boas condições de trabalho, podem entregar uma silagem de milho bem processada, desde que o produtor ou prestador do serviço de colheita atente para a condição da lavoura a ser colhida. Uma boa planta cortada ou colhida no momento correto, bem como o tamanho de partículas e processamento de grãos adequados, são absolutamente fundamentais para a obtenção de uma silagem de elevado valor nutricional. A relação grão-palha, ou grão parte aérea da planta da lavoura impacta no volume de grãos que irá passar pelos rolos do cracker. Quanto mais elevado o conteúdo de grãos na massa a ser processada, maior será a necessidade de um processamento mais agressivo. Algumas vezes isto significa reduzir o tamanho da partícula para atingir o melhor processamento de grãos numa silagem com alto conteúdo de amido. A umidade da planta no momento de colheita também impacta no processamento de grãos. Plantas com

Alguns laboratórios oferecem avaliações utilizando metodologias cientificamente comprovadas através de uma sequência de nove peneiras de diferentes malhas, como Ro-Tap System, para quantificar o processamento da silagem de milho (figura 3). O Ro-Tap

Figura 3: Ro-Tap System - Conjunto de peneiras para avaliação da qualidade do processamento de grãos

Fonte: www.dairylandlabs.net/feed-and-forage/ understanding-your-results/physical-characteristics/cornsilage-processing-score


System é um sistema de agitação das peneiras e o procedimento produz uma nota que se refere ao grau de processamento da silagem – em inglês, Kernel Processing Score (KPS) que determina o escore de processamento de grãos onde os valores são dados para porcentagem de amido que passa através da peneira de 4,75 mm. Vejamos as diretrizes de interpretação do KPS, proposto por Mertens 2005, usado para mensurar o grau de fracionamento do grão na silagem de milho: Menos de 50% = inadequado 50% a 70% = normal 70% = ótimo Nos Estados Unidos, o Dairyland Laboratories, Inc. sumarizou os valores de amostras de 2009 a 2014 e dividiu os níveis de amido encontrados em baixo, médio e alto. Silagens com baixos teores de amido apresentam maiores porcentagens de valores inadequados de KPS. Estas diferenças nos valores de KPS provavelmente existem porque à medida que a maturação da planta avança e com o declínio dos teores de umidade, a deposição de amido aumenta. Isto resulta num grão mais seco e que será mais bem fraturado pelo cracker em pequenas partículas. Em altos níveis de umidade, com menos amido e mais palha, uma alta porcentagem de grãos pode ser protegida do quebramento pela palha, resultando em um grau de processamento de grãos abaixo do ideal. Produtores e prestadores de serviços que colhem milho para silagem antecipadamente, podem não atentar para o processamento ideal de grãos, e abrir os rolos do cracker, o que resultará em um KPS (Kernel Processing Score) menos agressivo. Embora muitos produtores tenham conseguido atingir níveis de KPS satisfatórios, existe um espaço de melhoria nas regulagens ou ajustes dos rolos do cracker para atingir o processamento de grãos adequado. Enquanto o KPS é um excelente teste, a apuração do momento de colheita não permite que determinações neste sentido sejam pontuais para assegurar que a cultura colhida esteja sendo processada adequadamente em termos de KPS e tamanho de partículas. Por isso, se faz necessário utilizar um sistema de monitoramento durante a colheita e então determinar o grau de processamento de grãos.

Copo de monitoramento de processamento de grãos em silagem de milho

fresca processada com o copo no volume de um litro. Após coletar a amostra, espalham-na em numa superfície plana e limpa para, manualmente, escolher, separar e contar todos os grãos maiores que uma metade de grão. Com esta técnica é preciso estar atento sempre para o adequado processaOs produtores podem inspecionar mento de grãos, pois somente trincar o quebramento de grãos durante o ou amassar os grãos não é suficiente. descarregamento da massa verde no É fundamental que em torno de 95% silo e notificar o operador da máquidos grãos sejam quebrados e que 70% na caso houver necessidade de fazer dos grãos sejam fracionados em partíalguns ajustes para melhorar o proculas menores que ¼ do tamanho dos cessamento de grãos. A efetividade do grãos, ou em partículas menores de processamento pode mudar de lavou4,75 mm. O padrão de quebramento ra para lavoura e de um dia para outro, ideal é não mais que dois inteiros ou desta forma, é importante monitorar o metades de grãos por amostra. processamento de grãos durante toda Embora o produtor e o prestador a colheita. Amostras devem ser conde serviços possam acordar em ouferidas pelo menos uma vez por dia tros graus de processamento, a cone também quando a máquina colher tagem nunca deverá exceder quatro uma lavoura de outra área. Em alguns grãos inteiros ou metades. O copo de casos, o produtor precisa inspecionar monitoramento não foi desenvolvido todo descarregamento da massa verde para quantificar o grau de processano silo. mento dos grãos de maneira tão preO Copo de Monitoramento de Procisa como o sistema de laboratório cessamento de Grãos em Silagem de Ro-Tap. Entretanto, pode ajudar os Milho é uma rápida e simples técnica produtores de silagem a monitorar de campo para monitorar o grau de e adotar o processamento de grãos processamento (Figura 4). Especialismais adequado. tas em silagem da DuPont Pioneer ao Muitas propriedades que produredor do mundo têm usado este mézem silagem, principalmente leiteitodo para coletar amostras de massa ras, têm atentado para decisões de gerenciamento do negócio que propiciem a produção de leite de maneira mais eficiente e com maior nível de rentabilidade. Obter uma silagem de milho bem processada e com elevado teor de amido é a chave para um alimento de alta qualidade, podendo reduzir os níveis suplementares de grãos na dieta e diminuir custos de alimentação. Portanto, faz todo sentido na gestão do negócio, inspecionar o processamento de grãos e as regulagens da máquina forrageira antes da colheita para assegurar uma silagem de milho que irá contribuir com a máxiFigura 4: Copo de Monitoramento de Processamento de Grãos em Silagem de Milho ma produção de leite.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Dr. Joe Lauer, UW State Corn Extension Specialist, Pioneer Corn Silage presentation January 31, 2012, Johnston, Iowa. https://www.pioneer.com/home/site/us/silage-zone/corn_silage_harvest/chopandprocess/ Dr. Bill Seglar, veterinarian/nutrition specialist, DuPont Pioneer REVISTA DO PRODUTOR RURAL DO PARANÁ

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COMEMORAÇÃO

DUPONT PIONEER: CAMINHANDO JUNTO COM O AGRICULTOR BRASILEIRO HÁ 45 ANOS o mês de maio de 2017 a DuPont Pioneer completa 45 anos de presença no Brasil. A trajetória da empresa no país iniciou no ano de 1972, quando foi criada a joint venture Proagro Pioneer S.A, união da empresa regional Proagro S.A com a divisão de negócios internacionais da Pioneer Hi-Bred. No início da década de 80, a Proagro foi adquirida pela multinacional americana Pioneer Hi-Bred e, em 1999 passou a fazer parte da tradicional empresa química americana E.I. DuPont de Nemours&Company, originando então a DuPont Pioneer. A trajetória da empresa durante essas mais de quatro décadas é marcada por grandes inovações no setor agrícola nacional. Dentre alguns dos seus principais marcos destacam-se: a introdução dos primeiros híbridos triplos do mercado; os famosos dias de campo; a implementação dos lado a lado; a comercialização de sementes de milho em sacos de 60 mil sementes; o lançamento do 30F53 - híbrido de milho mais vendido há mais de uma década; além de outras inovações que ajudaram não só a elevar os patamares de produtividade no campo, mas contribuíram para solidificar a marca Pioneer® no Brasil como uma das mais respeitadas entre os produtores. Uma história de sucesso, marcada por grandes desafios e construída com muito trabalho e dedicação. A DuPont Pioneer sempre atuou no Brasil pautada por seus sólidos valores corporativos e visão sobre as necessidades futuras de seus clientes, contribuindo para o desenvolvimento da agricultura brasileira. Como próximos passos, a DuPont Pioneer segue comprometida em levar os melhores produtos, informações, serviços e atendimento, através da maior e melhor equipe comercial do mercado agrícola. Diante dos novos desafios que virão, a marca Pioneer continuará usando de sua tradição para levar ao campo inovação, tecnologia e, acima de tudo, a confiança de estar próximo do produtor, recomendando e o apoiando nas suas operações. A DuPont Pioneer acredita que estar próximo significa olhar de perto, para enxergar mais longe. Juntos, o agricultor brasileiro e a DuPont Pioneer revolucionaram a agricultura brasileira e assim seguirão. Afinal, se uma semente carrega um elemento de vida, ela carrega o futuro.

DUPONT PIONEER – 45 ANOS – O FUTURO É A SEMENTE. As marcas com ®, ™ ou SM são marcas e marcas de serviço da DuPont, Pioneer ou de seus respectivos titulares. © 2017 PHII

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CURIOSIDADE

PRODUTORES DE SORTE: VACA CHAROLESA TEM GÊMEOS

O produtor rural João Siqueira e sua família (Fazenda Boa Sorte, no distrito de Entre Rios, em Guarapuava) tiveram uma boa surpresa no final do ano passado: em dezembro, eles viram seu rebanho de bovinos da raça charolesa receber o reforço de dois terneirinhos gêmeos. O fato chamou a atenção. Se em ovinos uma gravidez gemelar (que

gera gêmeos) é mais comum, em bovinos, de acordo com várias fontes, a ocorrência de uma gestação que leve à formação de dois bezerros é uma exceção. Sabendo disso, a família de produtores rurais teve uma dupla alegria e registrou o fato em fotografia, para ficar inscrito na história da propriedade. Animado com o acontecimento, João

O HOBBY DE ROBERTINHO Quem mora em Guarapuava e tem ligação com o setor agropecuário já está acostumado com as visitas do “Robertinho”, apelido dado a Roberto Müllerleily, morador da Colônia Vitória. Robertinho tem um hobby que leva muito a sério: colecionar brindes de empresas. Pode ser boné, caneta, chapéu, blocos de anotações, camisetas, enfim, qualquer tipo de brinde. Segundo o colecionador, já tem mais de 1000 bonés em sua casa.“Desde criança, eu gosto de colecionar. Guardo tudo em caixas, no meu quarto”, revela.

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Para continuar sua coleção, ele sempre está presente aos eventos do agronegócio da região, como dias de campo e sempre que pode, faz visitas às empresas do setor, que estão dispostas a ajudá-lo na tarefa de aumentar a sua coleção. Robertinho procurou a redação da REVISTA DO PRODUTOR RURAL DO PARANÁ, para agradecer seus apoiadores. “Quero agradecer o pessoal da Assistência Técnica da Agrária, Agroceres, Dekalb, Syngenta, Nidera, Biogene, Basf e o Sindicato Rural de Guarapuava. Obrigado a todas as empresas que me ajudam. Quero mandar um grande abraço”, diz Robertinho.

Siqueira fez questão de trazer a foto dos gêmeos charoleses à redação da REVISTA DO PRODUTOR RURAL, considerando-os dignos de nota. A foto é de sua filha Elizete. Com os dois terneirinhos, a Fazenda Boa Sorte fez jus a seu nome, proporcionando a seus proprietários uma surpresa feliz e pouco comum em qualquer plantel bovino.


PROJETO IDENTIDADE SINDICAL 2017 Produtor rural, apresente a carteirinha* do Sindicato Rural e obtenha descontos nos locais abaixo:

GUARAPUAVA BetoAgro AGRONEGÓCIOS

3% na linha de produtos Forquímica

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5% nas prestações de serviços

10% no valor da mensalidade

8% em produtos e 12% em serviços

3% sobre o preço de lista no ato da compra

Descontos para sócios

Descontos em exames

Desconto de 3% na linha de produtos New Deal

3% nos implementos agrícolas, rolos destorroadores, renovador de pastagens, espalhador e distribuidor de palha

Descontos diversos

15% nos exames radiográficos

5% nas compras realizadas na loja

Descontos em todos os ramos de seguros

10% à vista ou parcelamento em 10 vezes s/ juros nos cartões

5% sobre valor final da negociação

10% análise de solos e de tecido vegetal

10% em todos os serviços prestados

10% na prestação de serviços

3% para compras à vista

10% na elaboração do CAR e 5% na execução de serviços de topografia

Desconto de 5% em materiais de construção e 6% em móveis e casa pronta

Newdeal Agroscience

5% em medicina do trabalho, segurança do trabalho, consultorias, intermediação de consultas e exames médicos e 10% em exames de diagnóstico laboratorial (Torreforte Clin)

CANDÓI

3% em produtos veterinários, ferramentas agrícolas e lubrificantes

Fluxo de caixa gratuito, atualizado mensalmente, tanto trabalhos fiscais quanto trabalhos decisoriais

DESFRUTE DOS VÁRIOS BENEFÍCIOS COM SEU CARTÃO IDENTIDADE SINDICAL. *Solicite o seu!

*Se ainda não possui a carteirinha de sócio, compareça ao Sindicato Rural de Guarapuava ou nas Extensões de Base: Candói, Foz do Jordão e Cantagalo. REVISTA DO PRODUTOR RURAL DO PARANÁ

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PROFISSIONAIS EM DESTAQUE

Luciano Nassu – Monsanto BioAg

Equipe da Tratorcase

Thiago Zanco, Giuliano Rampazzo, Luciano Teixeira, Roberto Cella e Marcelo Krause – Dekalb

Junior Ramalho e Everton Ricardo Lermen – Seven Mitsubishi

Adriano Lodi Rissini e Leandro Taubinger – Aquilino Agricultura de Precisão

Luciano Donna, Taís da Silva e Orlando Deschk Jr. – Bayer

PÁSCOA X 10 ANOS LUCIANA A equipe do Sindicato Rural de Guarapuava também festejou a Páscoa. No dia 13 de abril, teve lugar na entidade a entrega de ovos de chocolate para os colaboradores, na sede do sindicato, e nas extensões de base, em Candói e Cantagalo. Realizaram a entrega o presidente, Rodolpho L. W. Botelho, e o vice, Anton Gora. Na ocasião, a gerente e editora-chefe desta publicação, Luciana de Queiroga Bren, também comemorou, com os colegas e diretores, seus 10 anos de atuação no sindicato, completados dia 9 de abril.

FREDERICO LIMA DE CARVALHO (4 ANOS), neto de Geny Lima e Rui Carlos Pereira Lima.

Envie sua foto para o e-mail: comunicacao@srgpuava.com.br

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PRODUTORES EM DESTAQUE

CAMPANHA SÓCIO PARTICIPATIVO

O associado Carlos Alberto Abreu Alves foi o ganhador do sorteio da Cesta de Páscoa do Sindicato Rural de Guarapuava. A filha do produtor, Tatiana B. Alves Brunsfeld, recebeu o presente no dia 12 de abril, na entidade sindical, das mãos da gerente Luciana Q. Bren.

O associado Cyrano Leonardo Yasbek foi o ganhador da cesta da produtos importados, sorteada durante a Assembleia Geral Ordinária do Sindicato Rural, no dia 24 de março. Ele recebeu o presente, no dia 05 de abril, das mãos do vice presidente da entidade, Anton Gora, e da gerente, Luciana Q. Bren.

Durante reunião de diretoria do Sindicato Rural de Guarapuava, no dia 22 de fevereiro, foi realizado mais um sorteio da Campanha Sócio Participativo. A ganhadora da cesta de produtos diversos foi a sócia Nilcéia Spachynski Veigantes. O prêmio foi entregue pelo presidente do Sindicato Rural, Rodolpho Luiz Werneck Botelho e pelo vice-presidente Anton Gora, no dia 03 de março.

NOVO SÓCIO Belarmino Antônio Baccin

Sueli Gilmara Bigosinski, propriedade São Sebastião, distrito de Entre Rios, Guarapuava-PR .

Carlos Leopoldo Durski Silva e Guiomar Schroeder

HOMENAGEM PÓSTUMA Alaor Lopes Fritz À família do associado, compartilhando do mesmo pesar, desejamos força para atravessar este momento.

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JUNHO

MAIO

ANIVERSARIANTES 2017 01/05 01/05 01/05 01/05 01/05 02/05 02/05 03/05 03/05 03/05 04/05 04/05 05/05 05/05 06/05 06/05 06/05 06/05 06/05 07/05 07/05 07/05

Adelcio Martini Franz Milla Franz Stock Josef Taschelmayer Ricardo Sales Rosa Antonio Hertz Robercil Woinarski Teixeira Helena Maria B. Matheus Paulo Wolbert Rossana Campello Manfredini Carlos Henrique Kaminski Sidney Camargo Júnior Joel Horst Zadil Carneiro Batista Demetrius Pellegrino Barbosa Ivo Antônio Fabiani João Telma Maria das Graças A. Lacerda Ozorio Eurico Martins Neto Adam Illich Conrado Ernesto Rickli Luiz Carlos Silva Marcondes

07/05 08/05 10/05 10/05 10/05 11/05 11/05 11/05 11/05 12/05 12/05 12/05 12/05 13/05 13/05 15/05 15/05 15/05 15/05 15/05 16/05 16/05

01/06 02/06 02/06 02/06 04/06 05/06 05/06 05/06 05/06 05/06 07/06 07/06 07/06 08/06 08/06 08/06 09/06 09/06 10/06 10/06 10/06 11/06

Renate Taubinger Milla Claudileia Fornazzari Pedro Paulo Dalla Rosa Werner Brandtner Jaqueline Geier de M. Barros Amilton Marcondes Júnior Elson Luiz Tussolini José Marilton Correa Reinholt Duhatschek Teodoro Kredens Ana Maria Jung Klein José Maria Machado Marlon Newton L. Schneider Heitor Visentin Kramer Filho Raimund Keller Roland Wendelin Egles Anton Schimidt Carlos Henrique E. Araújo Abdul Rahman Daruich Eduardo Josef Reinhofer Márcio Antônio Rosa Camargo Adão Alcione Monteiro

11/06 11/06 11/06 12/06 12/06 12/06 13/06 13/06 13/06 13/06 13/06 14/06 15/06 16/06 16/06 16/06 17/06 18/06 18/06 19/06 20/06 20/06

Maria da Glória M. Messias Arion Mendes Teixeira Filho Antônio Fidelis de Vargas Johann Zuber Júnior Ruy Sergio Taques da Cruz Admar Paulo de Moraes Macedo Nunes Machado Rodolpho Soria Santos Wagner Salvador Ransolin Edina Aparecida Pinto Alberti Elias Brandalero Rodrigo Zampieri Simone Milla Eduardo Pletz Karl Eduard Milla Jorge Luiz Zattar Maria Helga Filip Patrick Egles Rodrigo das Neves Dangui Siegfrid Milla Sobrinho Alfredo Cherem Filho Erika Schussler

Antônio Renato Diedrich Marcia Dittert Cruz Sieglinde Marath Schwarz Johann Kleinfelder José Placidio Moreira Filho Teresia Abt Antônio Lopes dos Santos Antonio Lucchin Everson Antônio Konjunski João Maurício Virmond Rodrigo Augusto Queiroz Emmanuel Sanchez Maria Milla Agenor Roberto Lopes de Araújo Bernardo Spieler Zehr Rodrigo José de Abreu Josef Stemmer Cirlene Aparecida Ribas Adriano Verônica Dautermann Stotzer Pedro Kindreich Eduardo Osvaldo Garais Emerson Souza

16/05 17/05 17/05 17/05 17/05 18/05 18/05 18/05 19/05 20/05 21/05 21/05 21/05 22/05 22/05 22/05 22/05 22/05 22/05 24/05 24/05 24/05

Helga Schlafner Andre Hiller Marcondes Daniel Baitala Jovina Jacy Lopes Serpa Pedro Vilso Padilha da Rosa Alan Fernando de Sales José Antônio Ogiboski Almeida Manoel Antônio Ferreira Bueno Eugenio Billek Kazuxigue Kaneda Alfredo Jakob Abt Sergio Eliseu Micheletto Walter Jurgovski Alaor Sebastião Teixeira Filho Ana Rita Hauth Brigit Tereza Leh Weckl Cleuza de Moura Babiuk Jose Schleder Algaier Patrick Gumpl Adam Scherer Ambrosio Ivatiuk Vicente Ferreira Leite

25/05 25/05 25/05 27/05 27/05 27/05 28/05 28/05 28/05 28/05 28/05 29/05 29/05 29/05 30/05 30/05 30/05 30/05 30/05 30/05 31/05

Elke Monika Zuber Leh Rita Maria Wolbert Stefan Detlinger Nivaldo Passos Kruger Sandra Mara Schlafner Sander Waldemir Spitzner Cezar Roberto Oliveira Kruger Garon Gerster Jorge Harmuch Klaus Ferter Roberto Hyczy Ribeiro Anderson Fornazzari Christof Leh Jorge Schlafner Ademar Ramos de Souza Daniel Schneider Fernando Becker Jorge Luiz Ribas Taques Leo Taques Macedo Paulo Celso Santos Mello Antonio Lauri Leite

Jorge Fassbinder Manfred Becker Mauro Cesar Soares Pacheco Hermes Naiverth Josnei Augusto da Silva Pinto Mario Ribeiro do Amaral Osvaldir Jouris Peter Wolbert Cyrano Leonardo Yazbek Johann Reiter Ozoel Martins Lustoza Paulino Brandelero Lindalva Suek Volnei Kolc Anthon Schwemlein Cláudia Hertz Marath Jairo Silvestrin Walter Josef Jungert Altair Niquetti Andreas Keller Júnior Ari Fabiani

26/06 26/06 26/06 27/06 27/06 28/06 28/06 28/06 28/06 28/06 28/06 28/06 28/06 29/06 29/06 29/06 29/06 30/06 30/06 30/06 30/06

Geny de Lacerda Roseira Lima Gilson Zacarias Cordeiro Paulo Cezar Grocholski Cleverson Naiverth Pedro Lucca Bruno Norberto Limberger Eleda Bochnia Gomes Ivoni Ferreira João Spieler Juracy Luiz Roman Marlene Araújo Naiverth Reni Pedro Kunz Rudolf Egles Agenor Mendes de Araújo Neto Marinez Bona Muzzolon Padilha Mario Bilek Yasmin Mayer Andre Benz Douglas Luis Limberger Monika Klein Paulo Andre Rocha

20/06 20/06 20/06 21/06 21/06 21/06 21/06 21/06 22/06 22/06 22/06 22/06 23/06 23/06 24/06 24/06 24/06 25/06 26/06 26/06 26/06

CONFIRA A AGENDA DE EVENTOS AGROPECUÁRIOS: 43ª FEIRA ESTADUAL DE BEZERROS DE GUARAPUAVA 7 de maio

Guarapuava (PR) Parque de Exposição Lacerda Werneck (42) 3623–3084

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45ª EXPOINGÁ 4 a 14 de maio

Maringá (PR) Parque Internacional de Exposições Francisco Feio www.expoinga.com.br

INTERLEITE SUL 2017

17 e 18 de maio Chapecó (SC) www.interleite. com.br/sul

BEEFEXPO

6, 7 e 8 de junho

São Paulo (SP) (19) 3305-2295 beefexpo@sspe.com.br www.beefexpo.com.br

MAI/JUN

2017

35ª REUNIÃO DE PESQUISA DE SOJA 28 e 29 de junho

Londrina (PR) www.rps2017.com.br


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