ISSN 1984-0004 Publicação bimestral do Sindicato Rural de Guarapuava Ano IX - Nº 54 - Abr/Mai 2016 Distribuição gratuita
Revista do Produtor Rural do Paraná
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No centro-sul do PR, milho e soja surpreendem
Viagem técnica
Pastagem: manejo para otimizar produção
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Verão 2015/2016
SOJA
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Sindicato Rural realizou AGO e deu posse à diretoria para 2016-2019
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50 16
Manchete
PECUÁRIA MODERNA
Fazenda Escola da Unicentro realizou 1º Dia de Campo
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Show Rural 2016
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Estradas rurais em boas condições: é disso que o produtor precisa!
INSEGURANÇA NO CAMPO Reintegração de posse é cumprida em Laranjeiras do Sul
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Regiane Lustosa foi a homenageada do setor rural
Discussões sobre pecuária seguem a todo vapor no Sul do país
MANIFESTAÇÃO
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Infraestrutura
Mulher Cidadã 2016
PALESTRAS TÉCNICAS
IMPEACHMENT
A pé e a cavalo, todos contra a corrupção. Produtores rurais participaram de manifestação pró impeachment em Brasília
Diretoria Presidente
1º Vice Presidente
2º Vice Presidente
1º Secretário
2º Secretário
1º Tesoureiro
2º Tesoureiro
Rodolpho Luiz Werneck Botelho
Josef Pfann Filho
Anton Gora
Gibran Thives Araújo
Cícero Passos de Lacerda
João Arthur Barbosa Lima
Jairo Luiz Ramos Neto
Conselho Fiscal Titulares:
Lincoln Campello
Suplentes:
Luiz Carlos Colferai
Projeto gráfico
Redação/Fotografia Editora-Chefe
Repórter
Repórter
Luciana de Queiroga Bren Reg. Prof. 4333
Manoel Godoy
Geyssica Reis
Pré-distribuição
Carlos Eduardo dos Santos Luhm
Alexandre Seitz
Roberto Niczay Arkétipo Agrocomunicação
Distribuição
Anton Gottfried Egles
Roberto Eduardo Nascimento da Cunha
Nossa capa
Endereço: Rua Afonso Botelho, 58 - Trianon CEP 85070-165 - Guarapuava - PR Fone/Fax: (42) 3623-1115 Email: comunicacao@srgpuava.com.br Site: www.srgpuava.com.br
Guarapuava, Candói e Cantagalo:
Extensão de Base Candói Rua XV de Novembro, 2687 Fone: (42) 3638-1721 Candói - PR
Distrito de Entre Rios:
Extensão de Base Cantagalo Rua Olavo Bilac, 59 - Sala 2 Fone: (42) 3636-1529 Cantagalo - PR
Mundial Exprex
Impressão: Midiograf - Gráfica e Editora Tiragem: 2.500 exemplares André Zentner
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Revista do Produtor Rural do Paraná
Os artigos assinados não expressam, necessariamente, a opinião da REVISTA DO PRODUTOR RURAL ou da diretoria do Sindicato Rural de Guarapuava. É permitida a reprodução de matérias, desde que citada a fonte.
Editorial
O trabalho continua
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cabamos de assumir mais um mandato no Sindicato Rural de Guarapuava. Foi devido ao apoio dos diretores que aceitei o desafio de continuar por mais três anos à frente dessa legítima entidade representante da classe produtora rural. Recebemos uma nova missão daqueles que temos o dever legal de representar. Pretendemos usar a experiência acumulada para inovar, com dedicação e entusiasmo. Infelizmente, reassumimos a direção da entidade em um momento de crise política e econômica. Precisamos nos livrar da máquina corrupta que sequestra o Brasil. Prevenir, fiscalizar e punir: não há outra receita para combater a corrupção. Precisamos de ética e temos o dever de dar o exemplo. Vamos avançar no trabalhado iniciado há alguns anos. Continuaremos focados na capacitação profissional e informação técnica de qualidade, visando rentabilidade, altas produtividades, qualidade e segurança no campo. Agradeço a confiança dos associados e espero retribuí-la nos próximos anos. Não medirei esforços para cumprir o meu dever, mas preciso da ajuda de todos: diretores, associados, autoridades, parceiros do Sindicato. Para quem não sabe, esse é um trabalho totalmente voluntário, que demanda tempo para reuniões, viagens, eventos, discussões, responsabilidade e preocupações em nome da classe. Queremos continuar sendo destaque no Estado, onde existem 180 sindicatos rurais patronais. Seguiremos neste caminho de respeito e representatividade, conquistados com o trabalho da diretoria e funcionários que aqui estão
Rodolpho Luiz Werneck Botelho Presidente do Sindicato Rural de Guarapuava
diariamente, a serviço dos produtores rurais. Agradeço aos diretores que sempre estiveram ao meu lado, apoiando e me dando o suporte necessário para a execução das atividades. Agradeço a todos os colaboradores, de Guarapuava, Candói e Cantagalo, que também cresceram com a entidade neste triênio, colaborando para uma gestão mais eficiente e competente. Agradeço a parceria de toda diretoria da FAEP e do Senar, incluindo o nosso supervisor, Grosse, que sempre buscou atender a demanda dos nossos associados e da nossa diretoria. Agradeço aos parceiros da entidade que nos apoiaram e nos deram ânimo para chegar até aqui, em especial às empresas anunciantes da Revista do Produtor Rural do Paraná. Agradeço a compreensão e apoio de meus familiares e dos meus amigos. Ser presidente do Sindicato Rural de Guarapuava é estar disponível para dezenas de reuniões, eventos técnicos, atendimentos a associados. É vestir a camisa e responder por uma classe que é responsável pelo superávit da balança comercial brasileira. Aos diretores empossados, deposito irrestrita confiança e compartilharei todas as responsabilidades. Aos associados, meus sinceros agradecimentos! Que possamos juntos, construir uma bela história: a história dos produtores rurais da região de Guarapuava... a história deste SINDICATO RURAL, que em 2017, completará 50 anos de vida! Essa edição da revista traz uma série de informações técnicas sobre agricultura e pecuária, com foco na realidade da nossa região. Aproveite! Boa leitura!
Revista do Produtor Rural do Paraná
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Caixa de Entrada “Referente à edição número 53 da Revista, ano IX, fevereiro e março de 2016, matéria da página 26, com o título “Telhas Ecológicas: ótima opção para propriedades rurais”, tenho a seguinte consideração a mencionar: na minha opinião, foi um grande avanço os estudos da Tetra Pak e com isso a criação da Evotelha ,feita com as caixinhas de leite longa vida compostas por plástico e alumínio,que poderiam estar poluindo o meio ambiente. Esse tipo de telha é resistente ao granizo por ser flexível e é leve, facilitando o manuseio, e tem maior resistência e isolamento térmico do que as outras telhas. Essa telha é muito resistente ao fogo,o material é impermeável e as telhas podem ser cortadas facilmente para serem postas. É uma telha muito boa e foi uma grande invenção. Fiquei impressionada com essa utilidade das caixinhas de leite, e ainda quem compra essa telha tem vantagens de preço, que é menor, levando em consideração as horas de trabalho a menos por fácil manuseio e à durabilidade das telhas”. Bárbara Muchuti Trombini Guarapuava - Leitora da Revista do Produtor Rural
E-mails e ofícios recebidos pela Posse da Nova Diretoria do Sindicato Rural: “Gostaria muito de poder participar da posse da nova Diretoria do Sindicato Rural de Guarapuava, infelizmente no dia 29 tenho compromisso de viagem. Assim, irá representar esta Federação o Diretor Financeiro João Luiz Rodrigues Biscaia. Envio aos companheiros meus cumprimento e votos de mais uma feliz e profícua gestão. Um forte abraço”. Agide Meneguette, presidente da FAEP “O Secretário de Estado da Agricultura e do Abastecimento do Paraná Norberto Ortigara agradece o honroso convite para participar da Solenidade de Posse da Diretoria do Sindicato Rural de Guarapuava. Devido a outros compromissos não poderá comparecer. Indicamos para representá-lo o Chefe do Núcleo Regional de Guarapuava, em exercício, Alberto Ciro Pedroso. Aproveitamos a oportunidade para desejar sucesso à diretoria empossada”.
Arthur- SEAB - Guarapuava “O Prefeito Cesar Silvestri Filho agradece o convite e deseja sucesso a toda Diretoria do Sindicato Rural, porém, como ele estará em audiência em Brasília na mesma data, o secretário Itacir Vezzaro estará o representando nessa posse”. Marcia Bittar, Secretária do Gabinete “Em nome do Diretor Geral Prof. João Paulo Aires, agradecemos ao convite, justificando o não comparecimento, devido a compromissos previamente agendados e desejando sucesso a nova Diretoria”.
Vera da Rocha Zardo, chefe de gabinete SEAB
Sandra (UTFPR)
“ Com imensa satisfação, recebi o convite para participar da Solenidade de Posse da Diretoria, Conselho Fiscal e Delegado Representante da FAEP – Triênio 2016/2019 do Sindicato Rural de Guarapuava. Impossibilitada de comparecer a tão importante evento, em função das atividades parlamentares desenvolvidas na Assembleia Legislativa do Paraná, venho através do presente cumprimentar os integrantes da nova mesa diretora, desejando pleno sucesso nesta missão tão importante de representar, organizar e fortalecer os produtores rurais, defendendo seus direitos e interesses, contribuindo para o desenvolvimento econômico e social do segmento. Aproveito a oportunidade para reafirmar meu compromisso como parlamentar, na defesa da ordem, da paz e dos direitos de todos os produtores rurais de nosso Estado e colocar nosso gabinete parlamentar a disposição da entidade”.
“Agradeço o convite, porém, tenho um compromisso agendado para o mesmo horário. Desejo sucesso a Diretoria eleita e um forte abraço ao presidente reeleito Rodolpho”.
Cristina Silvestri, Deputada Estadual
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“Infelizmente, estou em férias e não estarei em Guarapuava no dia da posse da Diretoria. Aproveito para desejar pleno sucesso a todos os integrantes da Diretoria”.
Revista do Produtor Rural do Paraná
Jacir Queirós-Presidente do Rotary Club de Guarapuava e Colunista do Jornal Semanário Integração “Agradeço o convite e informo que estarei na capital até quinta. Parabéns ao presidente e equipe”. Hilário P. Milanesi - EMATER - Candói/PR
Foto destaque Foto: Manoel Godoy
da edição
Produtores rurais em Brasília, no dia 17 de abril, na manifestação organizada pela FAEP e CNA, durante a votação do Impeachment de Dilma Roussef, presidente do Brasil. Foto: Fernando Santos/FAEP
ARTIGO
Anton Gora
Produtor rural, diretor da Federação da Agricultura do Estado do Paraná (FAEP), vice-presidente do Sindicato Rural de Guarapuava e presidente do Núcleo Regional dos Sindicatos Rurais do Centro-Sul do Paraná
Patriotismo e cidadania
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rabalhei durante 35 anos na Cooperativa Agrária, sempre na área técnica. Aprendi em todos esses anos que a parte política é tão importante quanto a técnica. Não adianta de nada você ter a melhor técnica, se a política inviabiliza a parte técnica. Por isso, depois que me aposentei na Agrária, resolvi entrar para o Sindicato Rural, visando dar a minha contribuição também para a política. Já fizemos grandes movimentos, como o tratoraço em Brasília, caminhonaço, protestos de Rua em Guarapuava, reuniões para discutir a dívida agrícola, mobilização para apoiar a aprovação do Código Florestal, mobilização contra a Reforma Agrária e invasão de terras, fechamento de estradas, devido ao baixo preço da soja. Em todos os movimentos, os produtores sempre participaram ativamente, porque eram problemas que nos afetavam diretamente no dia a dia. Sentíamos na pele e no bolso os problemas. Os resultados foram incontestáveis. Não fossem as mobilizações, talvez não estaríamos mais aqui hoje, pelo menos não com todo esse progresso. Pessoalmente, sempre me engajei nesses movimentos. Várias vezes fui a Brasília, marcar presença, fazer o corpo a corpo com os deputados e senadores. Domingo, dia 18 de abril, ocorreu a votação do impedimento da Presidenta. Tentamos nos mobilizar novamente para mostrar o nosso apoio aos deputados e de uma certa forma, convencê-los e pressioná-los para votarem a favor do impedimento.
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Revista do Produtor Rural do Paraná
Também participei desse movimento. Achei que era meu dever de cidadão. Sabemos as consequências nefastas da política socialista, implementada pelo atual governo. Lamentavelmente, não conseguimos reunir produtores suficientes para lotar um ônibus. Apareceram as mais diversas desculpas: ainda estou colhendo, tenho medo do confronto, a agricultura está bem, entre outras. Tudo isso é verdade! Mas não pensamos nas consequências desse ato, analisamos apenas o momento presente. Vocês imaginam o que iria acontecer se o impedimento não acontecesse? A esquerda ganharia força, o MST cresceria ainda mais e ninguém iria detê-los. A agricultura que ainda sustenta esse país seria destruída, para se criar um caos ainda maior, pois essa é a meta da esquerda. Felizmente, a maioria dos produtores do Brasil tinha e tem consciência dessa situação e compareceu em massa no protesto em Brasília. A agropecuária foi o único segmento organizado que mostrou a sua força. Outras entidades também estavam presentes, mas dispersas. Vários cidadãos brasileiros estavam presentes, principalmente jovens preocupados com o futuro. Juntaram-se a nós e o segmento pró impedimento ficou forte, numeroso, decidido. Eu não tenho dúvida alguma que essa demonstração de apoio foi responsável por motivar os deputados a votarem pelo sim. Em Brasília, muitos deles foram almoçar conosco, para ver de perto o sentimento das pessoas. Obrigado deputados que votaram
pelo sim! Vocês estão escrevendo a história. Parabéns a nossa FAEP que organizou a nossa ida para Brasília, parabéns a CNA que organizou a nossa acomodação na capital federal. Parabéns e obrigado aos produtores que se dispuseram a nos acompanhar - em número pequeno, é verdade - mas deram a sua contribuição. Obrigado aos meus colegas de trabalho, colaboradores do Sindicato que organizaram e nos acompanharam. Mas fiquei decepcionado por poucos produtores de Guarapuava terem participado. Outros sindicatos enviaram até mais do que um ônibus. Caros sócios do Sindicato de Guarapuava, vamos repensar a nossa participação no Sindicato. Sindicato não são apenas as construções e instalações físicas. Sindicato são os seus sócios e se eles não participam, não existe Sindicato. Não vamos perder as nossas conquistas, conseguidas a duras penas, por comodismo, por achar que está tudo bem. Trabalhar preventivamente pode nos trazer paz e tranquilidade no futuro. Imaginem e pensem o que seria de nós, sem a força da nossa instituição. Nada adianta estarmos bem hoje, se não construirmos o caminho para o futuro e esse passa, necessariamente, pela política. A esquerda ainda não entendeu e não nunca vai entender que a riqueza vem do trabalho. Ideologia não enche a barriga de ninguém. Por isso, devemos evitar que a esquerda dite as regras e o caminho a ser seguido. Só vamos conseguir através da união e participação.
C O M U N I C A Ç Ã O
OLHE BEM E VOCE VAI NOTAR OS DIFERENCIAIS DA ANGUS RIO DA PAZ Na hora de investir em genética de alta qualidade para seu rebanho, você não pode errar. E há muitos fatores que diferenciam um bom animal que vão além de uma análise visual das características físicas. Veja porque os animais da Angus Rio da Paz são superiores geneticamente e a opção mais segura e produtiva para cruzamento: - TECNOLOGIA EMBARCADA: A Angus Rio da Paz utiliza as principais tecnologias disponíveis
para seleção de bovinos, como Avaliação Genética - DEPs, Ultrassonografia de carcaça, Marcadores Moleculares e outros. - TOUROS SUPERIORES GENETICAMENTE: O uso de tecnologias e seleção objetiva levou a Rio da Paz a ter uma grande participação na relação de Touros Jovens S.A. no Sumário Promebo 2015. Com 12 touros na relação dos 100 melhores touros jovens da raça em todo o Brasil.
ANGUS RIO DA PAZ
12 TOUROS NOSSOS ESTÃO ENTRE OS
100 MELHORES DO SUMÁRIO PROMEBO DA HERD-BOOK COLLARES 2015/2016
VACAS LÍDERES: No Sumário Promebo 2015/2016, a Rio da Paz possui a primeira e segunda melhores mães do Brasil.
leilaoangusriodapaz fazenda@zancanaro.com.br
ANGUS RIO DA PAZ
Rua Recife, 138 - 2º andar - Sala 21 - Cascavel/PR Fone (45) 3035-4188 / 9972-1546 Revista do Produtor Rural do Paraná
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Seguro agrícola
Promissor Seguros apresenta portfólio de produtos da Allianz
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Promissor Seguros realizou no dia 18 de março, no anfiteatro do Sindicato Rural de Guarapuava, palestra com o superintendente de Agronegócios da seguradora Allianz, Joaquim F. R. Cesar Neto, sobre as modalidades de seguro rural da empresa para o setor da agropecuária. Com apoio do sindicato, o evento foi voltado a produtores rurais. Cesar Neto iniciou explanando sobre o funcionamento do seguro agrícola no Brasil. Segundo comentou, o segmento tem desafios, como precificação, incertezas do clima, regulamentação do Novo Código de Catástrofes e a atração de um número maior de resseguradores para atuar no mercado. Os produtores aproveitaram o momento para perguntas e trocas de ideias, buscando saber mais sobre temas como seguro futuro, do trigo, da batata e da produção de leite. Ao falar sobre o portifólio da Allianz, o superintendente Agronegócios mencionou que a empresa tem os seguros agrícola, granizo, floresta, equipamentos agrícolas, propriedades rurais e pecuário. Na agricultura, para lavouras de soja, milho, algodão e trigo, ele informou que a cobertura básica (obrigatória) inclui incêndio acidental, enquanto as adicionais (opcionais), chuva exces-
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siva, ventos fortes, granizo, não germinação, não emergência, geada, seca e inundação. Segundo completou, a empresa indeniza o custo da produção pelos prejuízos causados às culturas agrícolas, resultantes de eventos relativos às coberturas oferecidas, Joaquim F. R. Cesar José Maneira – Diretor da garantindo também os Neto – Superintendente Promissor Seguros insumos agrícolas, desAgronegócios da Allianz de que comprovados por meio de notas fiscais. Para propriedades rurais, especiasfixia, sufocamento ou submersão, ficou, há seguros para construções, eletrocussão, incêndio florestal, eninstalações e benfeitorias rurais, venenamento acidental, calor, hipomáquinas e implementos agrícolas termia e granizo. fixos ou estacionários, grãos e proApós a palestra, em entrevista, dutos agropecuários armazenados. o diretor da Promissor Seguros, José A cobertura básica inclui incêndio, Maneira, fez uma avaliação positiqueda de raio e explosão de qualquer va: “O encontro resultou em muitas natureza. Nas mais de uma dezena ideias construtivas, debates muito de opcionais, estão seguros contra bons, até para saber como funciona alagamento, desmoronamento, queo seguro agrícola, porque a cada ano da de aeronaves, vendaval/granizo e muda”. Ele recordou que a época de acidentes pessoais individual. contratação de seguros para culturas Na pecuária, o Allianz Pecuário de inverno começa em breve e que os visa garantir indenização em caso de produtores já podem buscar na Promorte dos animais, desde que o fato missor Seguros informação sobre os seja causado pelos eventos incluídos seguros da Allianz. “Vai ser contratana cobertura. Entre as várias dispodo de agora até o final de maio. Para níveis, apontou Cesar Neto, estão quem sair adiantado é possível garantir o subsídio. Temos vários tipos de seguro”, informou, mencionando as culturas de trigo, cevada, aveia e frutas. O diretor da Promissor Seguros acrescentou que os seguros da Allianz abrangem ainda outros setores, como piscicultura, ovinos, bovinos e equinos. Para o verão (2016/2017), antecipou que sua corretora estará traPalestra foi balhando com os seguros da Allianz voltada a para soja, milho e batata. produtores rurais
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Informática Sindicato Rural oferece cursos na área de informática para sócios e parceiros
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Sindicato Rural de Guarapuava está com inscrições abertas para cursos de Excel, Informática Operacional e Matemática Financeira. As aulas acontecem aos sábados, das 8 às 12 horas. Os cursos são destinados a sócios, parceiros e colaboradores do Sindicato Rural, além de acadêmicos de Agronomia e Medicina Veterinária. O curso de Excel será ofertado no módulo Operacional, que é a mescla de Intermediário com Avançado, visando uma gestão de informação mais eficiente, preparando os arquivos para serem tratados como banco de dados com relatórios gerenciais personalizados. A carga horária é de 16 a 20 horas. O investimento é de R$ 195,00. O curso de Informática Operacional envolve a questão operacional do uso do computador, no que tange à organização de arquivos, comunicação, Word e Excel nos módulos Básico-Intermediário. O investimento é de R$ 195,00 e a carga horária é de 16 a 20 horas.
Já o curso de Matemática Financeira com HP12C tem como objetivo a gestão de informações e custos. A grade do curso inclui: Operações Básicas - Potenciação/Radiciação; Porcentagem e Operações; Datas; Prazo Médio; Capitalização Simples; Capitalização Composta; Desconto Composto; Equivalência de Taxas; Taxas Nominais e Efetivas; Sistemas de amortização; Série de Pagamentos; Série Postecipada; Série Antecipada; Série Diferida; Métodos de Avaliação do Fluxo de Caixa; Valor Presente Líquido (VPL); e Taxa Interna de Retorno (TIR). A carga horária é de 12 horas presenciais, mais 4 horas de atividades não presenciais. O investimento é de R$ 150,00, sob coordenação do professor Roberto Zastavny. As inscrições devem ser feitas na recepção do Sindicato Rural de Guarapuava (Rua Afonso Botelho, 58, Trianon) até o dia 30 de maio. Os cursos também podem ser realizados em empresas. Outras informações pelo telefone (42) 3623-1115.
Sistemas de Informação e Banco de Dados A novidade para 2016 é o curso na área de Sistemas de Informação e Banco de Dados, com o programa Wakanda. O curso oferecerá Introdução ao Wakanda Studio – Solutions, Projects, Datastore Classes, Datasources; Entities e Collections, Edição de Data Models e Interface Pages – Classes e Widgets; e Introdução ao Wakanda Server – Publicação e Administração de Solutions.
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O Wakanda Studio é um ambiente de desenvolvimento integrado (IDE) para quem quer montar aplicações utilizando JavaScript. O programa oferece uma ferramenta completa para o desenvolvimento e a depuração de aplicações para várias plataformas, incluindo versões móveis e com interface web. Adicionalmente, o programa conta com integração ao Git.
A ferramenta já está completamente preparada para o uso de HTML5 e CSS3 para o desenvolvimento de aplicações web. Além disso, ele conta com um editor para a modelagem, além da integração com o servidor para facilitar ao máximo o seu trabalho. O investimento é de R$ 240,00, com 12 horas presenciais e 4 horas de atividades não presenciais.
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Cooperativa de crédito
Sicredi:
presença nacional, atuação regional. Cooperativas de crédito e investimento seguem crescendo mesmo diante de cenário econômico desfavorável
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pesar do cenário pessimista para a economia em 2016, alguns setores seguem crescendo e ajudando no fortalecimento dos mercados regionais. O Sicredi, instituição financeira cooperativa, que oferece as mesmas soluções dos bancos, com diversos diferenciais e vantagens, vem apresentando resultados positivos. Uma das explicações para o crescimento é simples: “fazemos as coisas de uma maneira diferente das grandes instituições financeiras. Não temos clientes, mas sim associados, que são donos deste negócio e agem como tal, decidindo os rumos das cooperativas e onde as sobras serão investidas”, explica Adilson Primo Fiorentin, presidente da Sicredi Planalto das Águas PR/SP. De acordo com ele, a missão da cooperativa é fortalecer o relacionamento com as pessoas e oferecer soluções financeiras que contribuam para a qualidade de vida dos associados e da região. Por isso, a oferta dos serviços bancários e de
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Revista do Produtor Rural do Paraná
crédito é feita com mais facilidade, mas sempre de maneira responsável, aos cooperados. Outro diferencial, característico das cooperativas, é a divisão das sobras (lucros) ao fim do ano fiscal, entre todos os participantes de forma proporcional ao investimento. O destino desse valor, assim como os investimentos feitos nas unidades de atendimento são sempre decididos em assembleias, nas quais todos têm direito a voto. Essa maneira diferenciada de gestão rende bons frutos. Com mais de 3,2 milhões de associados em 11 estados do Brasil, o Sicredi possui um patrimônio líquido de R$ 7,2 bilhões e administra cerca de R$ 53,5 bilhões em recursos. Esses números crescem a cada ano, assim como o número de pontos de atendimento – cerca de 1.500 agências. Atualmente, o plano de expansão no Estado de São Paulo, região econômica estratégica, marca a atuação regional com presença nacional da cooperativa e o atendimento aos
públicos de todos os setores (tanto pessoas físicas como jurídicas). Em 2015, foram inauguradas aproximadamente 50 novas agências e estima-se que São Paulo receberá 25 novos pontos de atendimento por ano até 2020. Um exemplo é o município de Votuporanga/SP, no noroeste paulista, que contará, a partir de agosto deste ano, com uma agência do Sicredi coordenada pela Sicredi Planalto das Águas PR/SP, com sede em Guarapuava/PR. A partir de 2016, o Sicredi inicia também seu processo de expansão no Nordeste, com a adesão da Unicred, que já atuava na região com dezenas de unidades de atendimento. “Esse movimento, feito em uma época de recessão, mostra que estamos fortes e num processo de crescimento constante e organizado. Tudo ancorado no bom relacionamento entre as pessoas e seguindo premissas de governança corporativa”, destaca o presidente da Sicredi Participações S.A., Manfred Dasenbrock.
Verão 2015/2016
No centro-sul do PR, milho e soja surpreendem A safra de verão 2015/2016, no Brasil, começou sob efeito do El Niño, despertando apreensão sobre os resultados. No Paraná, os produtores da região centro-sul tiveram uma surpresa: o milho e a soja tiveram bom desempenho, se consideradas as condições climáticas.
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iz a sabedoria do campo que “cada safra é uma safra”. Esta realidade se confirmou mais uma vez no encerramento das colheitas de verão 2015/2016. No Brasil e no Paraná. Em especial no centro-sul e centro-oeste
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do Estado. Precipitações pluviométricas acima da média, dias nublados e pressão de doenças marcaram o período. No milho, semeado em setembro, alguns produtores temiam a falta de luminosidade suficiente. Na soja, o receio chegou com a chuva,
que não deu trégua no plantio, trazendo depois a apreensão em relação à sanidade. No entanto, na colheita, uma surpresa: o desempenho das lavouras se mostrou melhor do que se poderia imaginar dentro das condições enfrentadas.
Se no horizonte da agricultura a safra veio com brilho inesperado, no da política e da economia, o momento trouxe cada vez mais incertezas. Uma delas é o custo da próxima safra de verão. Para mostrar como agricultores daquelas duas regiões do Paraná vivenciaram o período 2015/2016 e o que esperam de um cenário nacional permeado de dúvidas, a REVISTA DO PRODUTOR RURAL voltou a realizar um giro pelo campo, no início de abril, quando as colheitas se encaminhavam para a etapa final. Em suas propriedades em Candói, Guarapuava e Cantagalo, os entrevistados conversaram com a nossa reportagem, mencionando ainda suas projeções
cautelosas para a safra de inverno deste ano – já que a do ano passado não deixou saudades.
Safra recorde Em Candói, a soja mostrou um bom desempenho na propriedade de Paulino Brandelero. Tendo começado a safra em novembro do ano passado, sob chuva extrema e preocupação quanto à sanidade, ele disse que, em seu caso, ainda conseguiu implantar cerca de 80% das lavouras naquele mesmo mês. Os demais 20% ficaram para dezembro. Ao encerrar a colheita, nos primeiros dias de abril, seu sorriso era o de quem virou o jogo: a cultura surpreendeu,
com a melhor média de produtividade que já alcançou na propriedade. “Safra cheia”, exclamou, calculando o desempenho em 167 sacas por alqueire ou 4.140 quilos por hectare (grão limpo e seco). “Eu, de média, nunca tinha chegado nisso aí”, festejou, ao observar que o talhão mais produtivo chegou a 193 sacas por alqueire. O local, relembrou, já havia mostrado bom potencial, numa safra em que proporcionou 203 sacas por alqueire. Entretanto, em 2015/2016, explicou Brandelero, a média da propriedade como um todo superou a daquele ano. Para o agricultor, o quadro positivo vem dos investimentos que faz questão de manter na terra, com correção de solo, e na plantação, com adubação de base e foliar. “Essa área teve quatro aplicações de adubação foliar, micronutrientes”, disse, referindo-se a seu melhor talhão. Já para tentar evitar as doenças da soja, completou, sua estratégia foi recorrer às aplicações preventivas: “Não tive problema”. Agora sua atenção se volta para a comercialização. A meta é conseguir preços lucrativos no momento em que, no mercado externo, é grande a oferta
Soja: no melhor talhão de uma propriedade em Candói, mais de 190 sacas/alqueire Ainda antes da colheita, feijão “safrinha” se mostrava promissor
Brandeleiro (Candói): na diversificação, mais motivos para sorrir
de grãos, e, no Brasil, o dólar americano voltou a cair. O agricultor candoiano revela que, para manter a viabilidade de sua área, optou há vários anos por uma alternativa que vem assegurando a atividade: vender no mercado futuro um volume de soja suficiente para cobrir os custos, utilizando o restante para realizar o lucro. Para isso, ressaltou, ele acompanha o mercado, visando aproveitar janelas de preços mais favoráveis – mas, acima de tudo, com realismo, sem expectativas exageraRevista do Produtor Rural do Paraná
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das. “Daí nunca vendemos tudo mal e conseguimos fazer uma média de preços. Hoje, vendi a R$ 64,00 a saca. Mas tenho contrato para o fim de abril a R$ 68,00”, ponderou. E o que definiria a média de preço que busca alcançar? Para ele, a resposta está na relação de custo da saca de soja frente ao saco de adubo. “Um saco de soja, fazendo um de adubo, já é preço bom. E é o que está acontecendo”, analisou. Já no milho, Brandelero admitiu que foi um dos produtores da região a deixar de lado a cultura, em anos recentes, devido aos preços baixos. Em 2015/2016, o grão ocupou apenas uma pequena parte da fazenda, para experimento. “É só para dormir cansado”, desabafou, ao apontar que a cultura, de alto custo de produção, vinha trazendo remuneração que apenas empatava com o investimento. Por outro lado, reconheceu que o produto é importante para a rotação com soja, com a oleaginosa retornando às mesmas áreas a cada três anos. Mas numa propriedade que há tempos se voltou à diversificação, com abelhas e pinus entre outras atividades, os motivos para sorrir também podem, às vezes, se diversificar. Ali, onde a “safrinha” é de feijão, semeado no final do verão e colhido antes do inverno, o ano de 2016 trouxe mais alegria: em vagens ainda não totalmente prontas, o aspecto visual dos grãos apontava que a colheita, dali a 10 dias, seria promissora. Na cultura a ser semeada na sequência, o trigo, a perspectiva era menos festiva. Brandelero projetou que reduzirá a área em cerca de 30%. A razão, admitiu, é a experiência da safra passada. Assim como vários produtores paranaenses, ele viu as chuvas de novembro, bem na época da colheita, levarem embora qualquer expectativa positiva.
Produtividades excepcionais Em Guarapuava, outro produtor, Johann Zuber Junior, também aproveitou o sol e o calor do início de abril para acelerar os trabalhos de colheita da soja. Conforme relembrou em entrevista, dia 7 daquele mês, o início da safra já havia
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Revista do Produtor Rural do Paraná
Zuber Jr. (Guarapuava): soja surpreende, mas dólar preocupa
sido complicado, com as precipitações pluviométricas obrigando a adiar parte da implantação para datas em torno do dia 18 de dezembro. Fato inédito em seus 30 anos de agricultura. “Minha época de plantio era dia 2 ou 5 de dezembro”, comparou. Mas nas lavouras “do cedo”, enfatizou, as produtividades contrariaram qualquer expectativa e podiam ser classificadas como “excepcionais”. Patamares entre 80 e 100 sacas por hectare. A soja plantada após 20 de novembro, acrescentou, mostrava desempenho 25% menor do que a do início do período de semeadura. As causas seriam a época mais tardia, falta de luminosidade suficiente devido aos dias encobertos entre 2015 e 2016, além de uma maior pressão de ferrugem, também por causa do clima. “Você olha, o estande está perfeito, mas não terminou de formar o grão”, comentou. Apesar disso, o agricultor guarapuavano avaliou que, frente a outras regiões de soja no Brasil, não dá para se queixar: “Estávamos um pouco aflitos, pensando que iríamos ter excesso de chuva na colheita, mas graças a Deus não aconteceu isso”. A propriedade deverá alcançar a mesma produtividade de soja da safra 2014/2015, em torno de 60 a 65 sacas por hectare, ou de 3.600 a 3.900 quilos por hectare. “Excelente, está ótimo!”, resumiu. A torcida a partir de então era por preço bom. Zuber destacou que hoje os produtores estão bem conscientes, realizando vendas antecipadas, escalonadas, em busca de uma média de preços, obtida em várias comercializações ao longo do ano. Ele disse esperar que o cenário de redução de produção, se confirmado, possa trazer melhores preços, com cotação de US$ 11 a US$ 12/bushel: “Tem a intenção de plantio nos Estados Unidos, que ficou em tor-
no de 300 mil hectares a menos, e agora a questão climática lá. No sul do Mato Grosso do Sul, excesso de chuva na colheita; no Centro-Oeste, um problema de seca terrível; no Paraná, uma boa parte com excesso de chuva; então, vamos ter quebra de produção. Já está se falando em 95 milhões de toneladas em nível nacional”. Porém, a seu ver, o que preocupa ainda mais do que o preço da soja e do que a safra de inverno deste ano é a implantação da próxima safra de verão. “Temos um problema político hoje gravíssimo no país. E se o dólar baixar para o ano que vem? Vai ter um ‘descasamento’ muito sério (entre custo e retorno). De repente, você vai implantar sua lavoura com o dólar a R$ 3,70 e no ano que vem o dólar vai a R$ 3,20, R$ 3,10. Aí, vamos estar com um problema seríssimo no Brasil todo”, cogitou, referindo-se ao setor agrícola. O que tem feito sobrar alguma rentabilidade para o agricultor, argumentou, é a cotação da moeda americana em níveis mais elevados no mercado financeiro brasileiro. No milho, Zuber avaliou que a safra também surpreendeu na produtividade, na qualidade de grão e na cotação. Em suas áreas de produção, apesar de preços baixos nos últimos anos, ele contou que vem mantendo a cultura principalmente para prosseguir com o sistema de rotação, com percentual de 25% a 30%. “Ano passado, tivemos prejuízo”, reconheceu. Em compensação, agora a persistência foi recompensada: o milho 2015/2016, com média de 13,4 mil quilos por hectare, pode ser escoado à comercialização no momento em que a cotação girava muito acima dos R$ 22,00/saca (60kg) registrados ano passado. “Comparado à soja, o resultado é muito superior”, celebrou Zuber, sem
desconsiderar que, de outra parte, a soja ganha de longe quando o assunto é liquidez. Em função dessa melhor remuneração atual do milho, ele considera possível que, para 2016/2017, aconteça um aumento de área da cultura no centro-sul paranaense – “Mas não muito”. Em outras regiões do Paraná e do Brasil, o produtor declarou acreditar na continuação de uma tendência, já em andamento, de modificação do mercado: produção cada vez menor na safra normal (1ª safra) e cada vez maior na safrinha (2ª safra). “Nunca se colheu tanto milho safrinha quanto no ano passado. E estamos com falta de milho no Brasil, se exportou bastante”, recordou. Produtor também de culturas de inverno, Zuber disse que, no trigo, deve reduzir área em torno de 10% no plantio deste ano. “Nosso custo está muito alto. É a questão do dólar. Os insumos são importados”, concluiu.
No início de abril, na região, produtores buscavam acelerar a colheita da soja
de desempenho de acordo com a época de semeadura, a média, para Fritz, foi animadora: “Estamos colhendo em torno de 150 sacas (por alqueire)”, calculou. Nas áreas semeadas por primeiro, o patamar girou em torno de 160 a 165 sacas por alqueire; nas últimas, entre 130 e 140 sacas por alqueire. Na comercialização, o agropecuarista cantagalense também tinha uma boa expectativa: avaliou o preço em vigor no momento de sua entrevista como “satisfatório” e afirmou acreditar que poderia haver ainda alguma mudança
no câmbio, possibilitando ao produtor “um valor um pouquinho mais acima”. Projeção para o inverno deste ano, ele contou que já tem, assinalando que aqui também existem diferenças em relação à opção de várias propriedades do centro-sul e do centro-oeste paranaense, em que se produz num mesmo ano culturas de verão e de inverno. Em seu caso, detalhou, 90% da área de inverno é destinada à pastagem, com aveia para o gado. “No restante, vou plantar um pouco de trigo neste ano”, previu.
Integração lavourapecuária animadora Em Cantagalo, o produtor Télcio Fritz também comemorou a safra de soja. Em entrevista, dia 8 de abril, ao finalizar sua colheita numa área semeada na primeira semana de dezembro, ele explicou que seu sistema produtivo, que une agricultura e pecuária bovina, é um pouco diferente de Guarapuava: no inverno, em vez de trigo, pastagem e gado extensivo. No lugar da sequência de plantio trigo-soja em novembro, pastagem de inverno-soja a partir de outubro. Esta opção, em 2015/2016, trouxe um resultado que classificou como “histórico”. Se houve diferenças
Télcio Fritz (Cantagalo): apesar de chuva no plantio, a média da soja ficou em 150 sacas por alqueire Revista do Produtor Rural do Paraná
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Dados oficiais No escritório da Secretaria de Estado da Agricultura (SEAB) em Guarapuava, o técnico do DERAL, Dirlei Manfio, que realiza levantamento agrícola em 12 municípios da região, confirmou o quadro de uma safra que, em sua maior parte, teve boa produtividade. Em entrevista no dia 18 de abril, ele calculou que o índice de colheita, na área abrangida pela regional, era de 90%, correspondendo a sistemas tecnificados – o que já permitia uma estimativa parcial do desempenho das lavouras. No milho, a área de 61.300 hectares significou redução de 21% em relação a 2014/2015. Uma produtividade média de 9,4 mil quilos por hectare resultou em volume de 576.220 toneladas, ou queda de 18%. Ainda assim, declarou o técnico do DERAL, a safra surpreendeu, já que o clima se mostrava desfavorável nas primeiras épocas de plantio. Ele acrescentou ser necessário considerar também que houve produtor relatando produtividades muito acima da média.
Na soja, a área cresceu 10%, chegando a 273.000 hectares. Desempenho médio de 3,5 mil quilos por hectare levou a uma produção em torno de 955.500 toneladas, ou aumento de 14%. Também nesta cultura, observou Manfio, houve agricultores com produtividades expressivas. Tanto no milho quanto na soja, informou, perdas ocorreram mais com as primeiras e as últimas colheitas. O técnico do DERAL também lembrou que, para alguns, no cultivo da oleaginosa, ocorreu elevação de custos, já que aumentaram as aplicações de defensivos para tentar conter a ferrugem. Por outro lado, apontou que as safras têm encontrado no mercado bons preços ao produtor. Na data de seu contato com esta revista, na modalidade balcão, o milho girava em R$ 38,00 (saca 60kg) e a soja em R$ 67,00 (saca 60kg). Valores que, frisou, vêm animando os produtores, principalmente os que plantaram milho apesar dos preços baixos do ano passado.
Dirlei Manfio, da SEAB: 18% menos milho, 14% mais soja
Tomate: clima e crise trouxeram safra “regular”
Gerster (Guarapuava): no tomate, preço baixo, comercialização lenta
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Revista do Produtor Rural do Paraná
Na cultura do tomate a campo, um dos agricultores de Guarapuava que se dedica àquela atividade, Gabriel Gerster, classificou a safra 2015/2016 como “regular”. Para ele, o clima e a crise econômica do país influenciaram no resultado que obteve numa área de cerca de 3,5 hectares, no distrito de Entre Rios (plantio em início de dezembro e colheita encerrada em meados de abril). Gerster comparou o desempenho deste ano com o de anos favoráveis. Em safras sem problemas, sua produtividade já chegou a 3.150 caixas (28kg) por hectare. Desta vez, um patamar de 1.800 caixas por hectare. Além disso, agora os frutos ficaram menores do que o tamanho considerado normal. Para o agricultor, o fato é uma consequência do clima: “Por ter chovido tanto, a gente acabou não fazendo o manejo da forma mais correta. E faltou alguma coisa, talvez cálcio, fósforo e nitrogênio – Tanto que uns cinco mil quilos de adubo acabamos deixando no barracão”, explicou. No mercado, ele estimou que o preço médio que
vinha obtendo girava em torno de R$ 20,00 a caixa – bem abaixo do patamar da terceira semana de janeiro deste ano, quando relatou preços entre R$ 30,00 e R$ 35,00 a caixa. Gerster ainda chamou atenção para os custos: “Desse total (R$ 20,00), R$ 6,00 é custo de colheita e mais uns R$ 10,00, custo de produção”. Ao mesmo tempo, apontou que o ritmo de compra seguia lento. “Essa crise política e econômica, acho que tem muito a ver com isso. Me parece que os mercados compram realmente só o estoque que eles necessitam”, finalizou. Tendo em cereais de verão e inverno sua atividade principal, o agricultor antecipou que, apesar do resultado, permanecerá no tomate, com a próxima safra a ser implantada a partir do mês de outubro.
Paraná: no milho, redução de 26% Segundo dados do governo do Estado, publicados dia 29 de março, a safra paranaense de grãos de verão 2015/2016, deverá apresentar uma quebra de produção em torno de 6%, em relação ao mesmo período do ano passado. O volume a ser colhido será de cerca de 20,7 milhões de toneladas, contra 22 milhões na safra de verão anterior.
SOJA – A estimativa inicial do DERAL, para uma área de 5,2 milhões de hectares, era de uma safra de 18,3 milhões de toneladas. Uma reavaliação indica que o volume deverá ficam em 16,8 milhões, ou quebra de 8%. MILHO – A primeira safra de milho está apresentando uma redução de 5,4% em relação à estimativa inicial, com 3,45 milhões de toneladas. Em relação ao volume colhido na primeira safra do ano passado, 4,6 milhões de toneladas, a queda de produção é de 26%. 2ª SAFRA DE MILHO – O DERAL prevê o plantio de uma área recorde de milho da segunda safra, com área de 2,15 milhões de hectares – aumento de 12% sobre a área da safra anterior, que ocupou 1,9 milhão de hectares. A produção esperada é de 12,6 milhões de toneladas.
FEIJÃO - A primeira safra de feijão já foi plantada e colhida. O volume ficou 15% abaixo do ano passado, também por causa das chuvas. A produção da primeira safra de feijão 2015/2016 foi de 286 mil toneladas, contra 335 mil toneladas colhidas em igual período do ano passado. TRIGO - O plantio de trigo começou no Paraná no final de março e a previsão é de 1,2 milhão de hectares, ou 11% a menos que no ano passado. A produção esperada é de 3,6 milhões de toneladas, ou 10% acima do volume colhido no ano passado, de 3,2 milhões de toneladas.
Brasil: no verão, safra de 209 milhões de t Em abril deste ano, a Conab divulgou mais um levantamento da safra brasileira e grãos de verão (2015/2016). A estimativa de produção é que o país alcance 209 milhões de toneladas na safra 2015/16. Esse aumento equivale a 0,6% ou 1,3 milhão de toneladas em relação à safra 2014/15, que foi de 207,7 milhões de toneladas. A soja apresenta o maior crescimento absoluto, com estimativa de aumento de 2,8 milhões de toneladas, para 99 milhões de toneladas. Os ganhos de área e produtividade da cultura refletem num aumento de 2,9% na produção total do país. No milho, a previsão total é de 84,6 milhões de toneladas.
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Aconteceu Coamig realizou AGO
Presidente da Coamig, Edson Bastos A Cooperativa Agropecuária Mista Guarapuava (Coamig) realizou, no dia 16 de março, no Sindicato Rural de Guarapuava, sua Assembleia Geral Ordinária. Na ocasião, em entrevista à REVISTA DO PRODUTOR RURAL, o presidente da Coamig avaliou o período: “Fomos bem, com expansão do mercado de leite. Houve um sensível aumento na captação”, disse Edson Bastos. Na remuneração ao produtor, lembrou que 2015 teve o menor preço médio dos últimos três anos (R$ 1,00/litro), mas espera patamares mais altos: “Acreditamos que neste ano teremos melhores condições de mercado para todos nós”. Outro foco de 2015, segundo elencou, foi o atendimento, com a loja de insumos. Bastos antecipou ainda a meta para 2016: “Nosso projeto é englobar todo o produtor nesse processo de pagamento por qualidade, com aumento de captação”. Atuando em 17 municípios, a Coamig tem hoje em torno de 850 produtores, que entregam cerca de 5 milhões de litros de leite por mês.
Convenção Coletiva de Trabalho termina sem acordo O Sindicato Rural de Guarapuava e o Sindicato dos Trabalhadores Rurais assinaram no dia 10 de março, a ata negativa da Convenção Coletiva de Trabalho - CCT (ato jurídico pactuado entre sindicatos de empregadores e de empregados para o estabelecimento de regras nas relações de trabalho em todo o âmbito das respectivas categorias - econômica e profissional).
Precisão Consultoria apresenta nova tecnologia A Precisão Consultoria realizou no dia 14 de março, uma reunião com produtores rurais, no Sindicato Rural de Guarapuava. O encontro teve como objetivo apresentar a tecnologia PDA (Pulverização direcionada ao Alvo), uma nova ferramenta que será introduzida na região. Segundo os organizadores, a nova tecnologia consiste em um conjunto de ferramentas para otimizar a aplicação de produtos fitossanitários. A técnica foi desenvolvida no Rio Grande do Sul e a empresa Solferti e Precisão Consultoria são detentoras da tecnologia.
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Douglas Cappellesso, Joelton Nunes, Juliano Hermann, Delmar Gustavo de Jesus e João Edilson de Campos (Solferti e Precisão - RS)
Novamente, não houve acordo salarial entre empregadores e empregados do meio rural. Com isso, continuará valendo, para as questões trabalhistas, a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e será seguido o Piso Estadual do Paraná. Participaram da assinatura do documento, o presidente do sindicato patronal, Rodolpho Luiz Werneck Botelho, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais, José Altamir de Souza, acompanhados da assessoria jurídica e representantes do Sindicato Rural.
Pós Colheita
Segurança em unidade armazenadora Eng. Marcio Geraldo Schäfer marciogeraldo@ymail.com Paraná Silos Representações Ltda. Kepler Weber Ind. S.A
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m um momento de instabilidade política e econômica, o investidor fica receoso ao investir. A incerteza do rumo do país afeta todos os mercados. A construção civil em queda demonstra isto claramente. Mas o agronegócio é a locomotiva que pode deixar este trem chamado Brasil não parar por completo. O produtor rural não deixa de quebrar recordes de produção. O câmbio tem deixado o preço dos cereais com valor relevante, não comprometendo a rentabilidade, o que impulsiona o agro a investir pela necessidade de melhoria em estruturas de armazenagem e logística. Neste momento, precisamos estar atentos às novas regulamentações de segurança nas unidades armazenadoras, pois o investimento deve ser feito com segurança. O Brasil tem uma das legislações
trabalhistas e de segurança mais extensas e exigentes com relação aos nossos competidores mundiais. Nestes termos, o entendimento destas normas e sua utilização se torna cada vez mais importante, a fim de garantir a segurança do operador e a tranquilidade do proprietário. Em particular, no Paraná, a instituição do Corpo de Bombeiros conta com normas de segurança ainda mais específicas que as estabelecidas em NR12 ou 33. Ver: NPT 027-11. http:// www.bombeiros.pr.gov.br/ arquivos/File/CSCIP2015/ NPT_027.pdf - Neste arquivo, temos o entendimento sobre normas de segurança em todos os equipamentos necessários para movimentação, limpeza, secagem, armazenagem e expedição de cereais. As normas expressas neste documento devem ser atendidas em novos investimentos, mas não liberam a unidade de estar de acordo com a NR12 em equipamentos existentes. Veja alguns exemplos de equipamentos preparados para esta normativa.
SILOS: Neste equipamento as escadas e plataformas devem atender às normas com as seguintes considerações. A distância vertical máxima em escada marinheiro sem descanso é de 10m e de 6m para cada lance, caso acima dos 10m além de uso de ganchos internos para ancoragem de cintos internos aos silos. Veja na imagem, número de barras de proteção lateral conforme cada norma.
Para retirada de pessoas de dentro do silo, o mesmo deve conter tampa para resgate pelo telhado e mono pé para instalação do guincho
Outros equipamentos como secador, máquina de limpeza, transportadores horizontais e verticais também estão contemplados em melhorias necessárias na questão de segurança. Informamos que estamos disponíveis aos interessados para discussão.
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Impostos
Decreto suspende cobrança do ICMS sobre a energia rural Produtores que perderam o diferimento do imposto devem apresentar documentos junto à Copel para recadastramento
Engenheiro agrônomo Nilson Hanke Camargo Departamento técnico-econômico da FAEP
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s produtores do Paraná não precisarão mais pagar o ICMS cobrado sobre a energia elétrica utilizada na atividade rural. Em janeiro deste ano, o diferimento do imposto foi suspenso, gerando grande insatisfação no campo. Em face disso, a Federação da Agricultura do Estado do Paraná (FAEP) solicitou ao governo do Estado o fim da cobrança. O pleito da federação foi atendido através do decreto 3.531, publicado em 24 de fevereiro e por uma interpretação do Decreto 1.600, de 03.06.2015, por parte da Copel coincidente com a FAEP, reconhecendo o equívoco da retirada da isenção. Agora, para recuperar o não pagamento do ICMS na sua fatura, os produtores devem efetuar um recadastramento junto a Copel. Só devem efetuar o recadastramento aqueles que tiveram o diferimento do ICMS suspenso. Portanto, aqueles que não tiveram alterações de valor na sua fatura não precisam procurar a Copel. Para se recadastrar é preciso apresentar uma relação de documentos descritos no decreto. São eles:
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Se URBANO:
Se RURAL:
Por determinação do Decreto 3531/2016, o consumidor poderá solicitar novamente o benefício, desde que apresente os seguintes documentos:
Caso o cliente tenha perdido o benefício por determinação do DEC-1600-I, a Copel poderá conceder novamente o benefício. Para isso, o cliente deverá ter junto a Copel, ou apresentar quando da solicitação os seguintes documentos:
a) Cópia do RG e do CPF do titular da UC que deverá ser também o titular do CAD/PRO (CONTA DE LUZ e CAD/PRO DEVEM ESTAR EM NOME DO SOLICITANTE); b) Cópia do CAD/PRO ou Extrato do Produtor (documento obtido mediante consulta no www.sintegra.gov.br); c) Documentos que comprovem o vínculo do cliente com a unidade consumidora (Matrícula do imóvel, ou outro documento que comprove o vínculo, ex. contrato de arrendamento); d) ITR e declaração de não incidência de IPTU, ou declaração de aptidão ao PRONAF; e) Declaração de próprio punho, relatando a atividade desenvolvida na unidade consumidora, assim como o processo e os produtos gerados. Por exemplo: “Nesta unidade consumidora há dois aviários, uma casa, uma oficina mecânica e um barracão para equipamentos”. Essa declaração poderá também ser obtida nos escritórios da Copel, já previamente preparada para os produtores assinarem .
a) Cópia do RG e do CPF do titular da UC que deverá ser também o titular do CAD/PRO; CAD/PRO (CONTA DE LUZ e CAD/PRO DEVEM ESTAR EM NOME DO SOLICITANTE); b) Cópia do CAD/PRO ou Extrato do Produtor (documento obtido mediante consulta no www.sintegra.gov.br); c) Documentos que comprovem o vínculo do cliente com a unidade consumidora (Matrícula do imóvel, ou outro documento que comprove o vínculo, ex. contrato de arrendamento); d) Documentos relativos à área rural: ITR, INCRA, CAFIR (Cadastro de Imóveis Rurais) ou CCIR (Certificado de Cadastro de Imóvel Rural); e) Declaração de próprio punho, relatando a atividade desenvolvida na unidade consumidora, assim como o processo e os produtos gerados. Por exemplo. “Nesta unidade consumidora há dois aviários, uma casa, uma oficina mecânica e um barracão para equipamentos”. A declaração deverá estar assinada e datada, que pode ser feita no ato da apresentação dos demais documentos. Qualquer dúvida, procure o Sindicato Rural de seu município.
Controle fitossanitário
Manejo de doenças fúngicas Produtor rural: a decisão entre produzir e produzir mais, está em suas mãos!!! Marcelo Martins Pereira, gerente filial Guarapuava Agropantanal Grupo Pitangueiras
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ntre os principais fatores que limitam o rendimento da soja, as doenças são as mais importantes e de difícil controle. A severidade e dano econômico de cada doença varia de safra para safra e regiões, dependendo da condição climática de cada ano. Daí a grande importância de trabalhar com produtos de alta eficiência e controle nas mais diversas situações. O manejo adequado, acompanhamento e posicionamento do melhor e mais eficiente portfolio é fundamental para o sucesso da cultura da soja, e isto só depende do produtor rural. O departamento técnico da Agropantanal está em frequente treinamento. Ao iniciar mais uma safra, seja inverno ou verão, os técnicos passam por uma reciclagem com os melhores consultores e pesquisadores do mercado, acompanhando todo o ciclo da cultura com os principais produtos e manejos existentes, proporcionando uma melhor qualificação e assertividade nas recomendações.
À esquerda, como pode observar, foi realizado o tratamento fúngico com um produto que não desempenhou um controle eficiente em comparação a amostra da direita, onde realizamos um monitoramento e posicionamento do portfolio Bayer no momento ideal, resultando em uma incrível diferença de produtividade, em torno de 10 sacas por hectare.
Nesta última safra, a segurança adquirida nestes cursos foi fundamental no sucesso das recomendações, comprovado pelos ótimos resultados
de produtividades alcançados pelos clientes, resultado também da parceria do Grupo Pitangueiras com a Bayer e outros fornecedores.
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Cursos
Doce parceria entre Sindicato Rural e Senac
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Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac), com o apoio do Sindicato Rural de Guarapuava, realizou dois cursos nos meses de março e abril, na entidade sindical, sendo o Curso de Preparo de Tortas Doces, de 7 a 10 de março; e o Curso de Preparo e Decoração de Bolo, dos dias 18 a 22 de abril. O curso de Tortas Doces teve como objetivo ensinar como preparar vários tipos de massas e recheios de diferentes tortas doces. Os conteúdos repassados foram higienização dos utensílios, ingredientes utilizados, tipos de massas, tipos de recheios, o preparo das tortas e conservação das mesmas. As sócias do Sindicato Rural, Soeli Lange, Rosecleia Padilha e Maria Luzia Gerster participaram do curso. Soeli elogiou o curso. “Eu costumo fazer cursos de culinária, mas de tortas ainda não havia feito. Gostei muito de participar, aprendi muitas receitas interessantes, que vou preparar para a família e amigos. A que eu mais gostei foi de uma torta holandesa, que apesar de complicada, é muito gostosa e vale a pena fazer”. Já o curso de Preparo e Decoração de Bolo apresentou aos participantes os tipos de massas, recheios e coberturas, possibilitando o preparo e a decoração de diferentes bolos. Os conteúdos incluíram higienização dos utensílios, ingredientes utilizados no preparo e decoração de bolos: seleção, conservação e armazenamento; equipamentos e utensílios utilizados para o preparo e a decoração de bo-
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Turma do curso de Tortas Doces
Turma do curso de Preparo e Decoração de Bolos
los; preparo de massas, recheios e coberturas;preparo, montagem e decoração de bolos; e conservação, armazenamento e prazo de validade do produtos finais.
Três sócias do Sindicato Rural participaram do curso: Rita Maria Martins Andrade, Rosecleia Padilha Carneiro Seguro e Sônia Ribas Domingos.
Viagem técnica
Guarapuava esteve no roteiro de produtores rurais do Canadá, entre fevereiro e março
Canadenses visitam Agropecuária Seitz
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nsumo valioso na agricultura é a informação. Se hoje basta um clique na Internet para ter uma visão sobre lugares distantes, nada substitui a experiência de observá-los com os próprios olhos, conversar frente a frente com quem ali vive, enfrentando os desafios locais. Demonstrando este pensamento na prática, um grupo de produtores rurais canadenses realizou, de 26 de fevereiro a 5 de março, um giro por regiões de agropecuária no Paraná. O objetivo, conhecer as culturas e seus sistemas de plantio. O roteiro que começou em Foz do Iguaçu incluiu também Cascavel, Guarapuava, Ponta Grossa e região, encerrando-se no Rio de Janeiro.
Em Guarapuava, no dia 1º de março, uma das escalas foi na Agropecuária Seitz, onde os proprietários se dedicam a lavouras de verão e inverno, como soja, milho, trigo e cevada. Na fazenda, a visita começou com Helmuth Seitz e seu filho, Alexandre, conduzindo o grupo aos barracões de maquinário. Todos buscaram aproveitar ao máximo o tempo e fazer perguntas sobre o lado técnico: plantio, tipos e quantidades de fertilizantes, além das regulagens das máquinas. Depois de uma pausa para lanche em um quiosque na propriedade, os visitantes seguiram para o campo. Em um talhão de soja, nova pausa, para trocar ideias a respeito da cultura. A parada se-
guinte foi em uma área de milho. A tarde de sol forte favorecia a colheita, que seguia em ritmo acelerado – para quem veio de longe, uma boa oportunidade de ver os trabalhos na prática. Na ocasião, a REVISTA DO PRODUTOR RURAL conversou com a guia canadense do grupo, Brenda Layden, da empresa Select Holidays, que organiza viagens rurais e culturais. Vinda de uma família de agricultores, Brenda destacou que os participantes tinham interesse em ver outras realidades e que nada melhor do que ir pessoalmente aos lugares. Os giros, acrescentou, buscam abrir novas perspectivas sobre regiões visitadas. No grupo, os produtores rurais, das Revista do Produtor Rural do Paraná
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Entrevista
Brasil e Canadá: aspectos rurais A REVISTA DO PRODUTOR RURAL conversou com a guia do grupo de agricultores canadenses que veio ao Brasil em março. Brenda Layden ressaltou como vê as diferenças e semelhanças entre Brasil e Canadá no campo. RPR – Qual o objetivo da viagem do grupo de canadenses ao Brasil? Brenda – Nosso principal objetivo é a agricultura. Basicamente, temos produtores rurais de Alberta, Saskatchewan, Ontario. Quisemos vir para o Brasil para ver o que vocês cultivam, como estão cultivando, utilizam, as épocas do ano de nosso país.
Brenda Layden, guia canadense do grupo de produtores rurais
os diferentes fertilizantes que cada cultura e comparar com
RPR – Quais as culturas que mais interessaram nessa visita? Brenda – Milho, soja, trigo e cevada. RPR – Você vê muitas diferenças entre a agricultura no Canadá e aqui no Sul do Brasil? Brenda – Sim, há diferenças. O fato de que no Canadá nós temos inverno, neve, geada, temperaturas muito abaixo de zero. De maneira que trabalhamos com uma cultura por ano. Isso, seria uma grande diferença. E temos estradas bem melhores na zona rural. RPR – Apesar do fato de ter apenas uma cultura no ano, as propriedades rurais são rentáveis? Brenda – Ah, essa é uma boa pergunta. As propriedades de perfil familiar são cada vez menos comuns. Você tem de ser um empresário. Não tem mais como simplesmente sair e plantar uma lavoura. É preciso ter bastante conhecimento, conhecer os agroquímicos, fertilizantes. Não é mais uma operação simples e pequena. RPR – No Brasil, vimos os custos de produção se elevarem cada vez mais, nos últimos meses. Como está a situação no Canadá? Brenda – A mesma. Os custos estão simplesmente subindo cada vez mais e mais. Fertilizantes, maquinário, combustível. RPR – Qual sua impressão aqui nesta visita, de tudo o que você viu até agora? Brenda – Excelente. Todo mundo foi muito receptivo a nós. Vimos muitos tipos diferentes de culturas. Foi muito boa a experiência como um todo. Agropecuária Seitz: canadenses visitaram barracão de máquinas e lavouras de soja, feijão e milho
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(Da esq. p/ dir.) Alexandre, Helmuth e Marcos Antônio Seitz: viagens técnicas acrescentam informações também para os anfitriões
províncias de Alberta, Saskatchewan e Ontario vieram com foco em commodities importantes, como soja, milho e trigo – um dos principais produtos agrícolas do Canadá. O produtor Helmuth Seitz disse ter sido uma satisfação receber os canadenses. “Para nós, é um orgulho muito grande”, comentou. Sobre as muitas perguntas técnicas em torno da forma de utilizar o maquinário e aplicar fertilizantes, Helmuth explicou que os visitantes se interessaram em saber detalhes porque se dedicam a várias atividades. “Eles plantam trigo e outras culturas, como milho, soja e nabo forrageiro. E pelo que falaram, são bem diversificados, porque têm suínos, aves, parte de leite também”, completou. Alexandre Seitz também saudou a visita do grupo, destacando que a realidade brasileira chama a atenção até entre produtores de países fortes na agropecuária, como o Canadá. “Eles são um país de primeiro mundo, mas mesmo assim dá para ver que ficam espantados com a nossa produção aqui no Brasil”, observou.
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Mulher Cidadã 2016
Regiane Lustosa foi a homenageada do setor rural
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Câmara Municipal de Guarapuava realizou, na noite do dia 10 de março, a Sessão Solene para a outorga do Diploma Mulher Cidadã a mulheres que realizam trabalhos de relevância para o desenvolvimento do município. Mantendo uma tradição no Legislativo Municipal, o presidente da casa, vereador João Carlos Gonçalves, cedeu a presidência da sessão, para a condução do protocolo, a uma das duas vereadoras autoras do projeto de lei que, em 2002, instituiu o diploma, Maria José Mandu Ribeiro Ribas – a historiadora Maria Magdalena Nerone, verea-
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dora na época, foi também propositora da homenagem. Na Mesa Executiva da Sessão Solene, também marcaram presença outras mulheres de destaque, como a vice-prefeita de Guarapuava, Eva Schran, a diretora do Fórum, Rafaela Zarpelon, e a vereadora Nerci Guiné, que apresentou um currículo resumido de cada homenageada. Todos os anos, as homenageadas são mulheres indicadas por entidades de diversos setores da sociedade. Com isso, a Câmara Municipal busca promover o reconhecimento daquelas que têm uma atuação considerada impor-
tante em áreas como saúde, assistência social, defesa dos direitos da mulher, agricultura, educação e cultura, entre outras. Neste ano, receberam o diploma 15 personalidades. No segmento rural, a Câmara Municipal homenageou mais uma vez um nome indicado pelo Sindicato Rural de Guarapuava: a técnica agrícola e produtora, Regiane Aparecida Cordeiro Lustosa, que há mais de 13 anos assumiu o gerenciamento da propriedade de sua família. Para a entidade, ela é uma das agricultoras que mostram que a mulher pode ser protagonista, como empresária rural,
Neste ano, 15 mulheres foram indicadas ao Diploma Mulher Cidadã
Diploma Mulher Cidadã 2016 – Homenageadas 1. Ana Cláudia Silva Schroeder (Faculdade Campo Real) 2. Anastácia Ivanski (igreja ucraniana São Nicolau) 3. Elcy Terezinha Mudrey (Apae) 4. Izabel Mingoranse Pereira da Cruz (Rede de Enfrentamento) 5. Malvina Oliveira Antes (Hemocentro) 6. Maria Ivoneti Estivallet Wagner (5ª Regional de Saúde) 7. Neuci Mrzko (Movimento de Mulheres da Primavera) 8. Patrícia Sanson Buss Danieli (Loja Maçônica Acácia do 3º Planalto) 9. Regiane Aparecida Cordeiro Lustosa (Sindicato Rural de Guarapuava) 10. Renata Cristina Freitas Brito Araújo (Secretaria Municipal de Saúde) 11. Silvana Missel Rosa Horst (Acopecc) 12. Tany Razera (Secretaria Municipal de Políticas Públicas para as Mulheres) 13. Telma Bittencourt de França (ADAU/ Unicentro) 14. Vera Lúcia Silvestri Araújo (Clube Soroptimista) 15. Zilma Haick Dalla Vecchia (Instituto Histórico de Guarapuava)
com criatividade e eficiência. A homenageada do campo recebeu seu diploma das mãos do vereador Celso Lara da Costa e Adriana Botelho, esposa do presidente do Sindicato Rural de Guarapuava, Rodolpho Luiz Werneck Botelho, também presente à Sessão Solene, ao lado de outros diretores e colaboradores do sindicato. Ao comentar sua indicação, Regia-
Mulheres em destaque na Mesa executiva Tradição no Diploma Mulher Cidadã em Guarapuava, mulheres de destaque marcaram presença na Mesa Executiva: sob a presidência da vereadora Maria José, com a presença da vice-prefeita de Guarapuava, Eva Schran e da diretora do Fórum, Rafaela Zarpelon, a vereadora Nerci Guiné apresentou um currículo resumido de cada homenageada.
Regiane Lustosa, ao lado da família
ne demonstrou alegria: “Foi maravilhoso!”, exclamou. “Sinto-me honrada, por representar as agricultoras, e agradeço muito pela oportunidade que me foi dada. Espero que cada vez mais a mulher tenha mais reconhecimento na área”, completou. Planejando e realizando o trabalho das lavouras lado a lado com os colaboradores da fazenda, a produtora reafirma que também
Presidente do Sindicato Rural, Rodolpho Botelho e sua esposa Adriana prestigiaram a homenagem a Regiane Lustosa
neste setor a mulher demonstra disposição para aprender sempre mais e capacidade de se superar e prosperar: “A cada ano, fica mais fácil. Com a prática, o convívio com as pessoas da área, a gente vai adquirindo mais conhecimento e se sentindo mais à vontade. Por mais que na agricultura cada ano seja diferente, se torna um desafio bastante interessante”. Revista do Produtor Rural do Paraná
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Milho
Híbridos de milho Agroeste alcançam resultados excelentes
A
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Revista do Produtor Rural do Paraná
AS 1677 PRO3:
AS 1656 PRO3:
Hiperprecocidade; alta performance na abertura de plantio; grãos pesados e profundos.
Potencial produtivo superior na região Sul. Tolerância à E. turcicum e P. sorghi.
O HIPERPRECOCE PARA ABERTURA DE PLANTIO Diferenciais:
Benefícios:
Melhor escalonamento de planejamento de plantio; e colheita antecipada.
Recomendações:
Seguir posicionamento e a população de plantas/ha; plantio em áreas de alta fertilidade e manejos de plantio para explorar seu potencial produtivo.
AS 1666 PRO3:
O SUPERPRECOCE VERSÁTIL E PRODUTIVO. Diferenciais:
Ideal para plantio no cedo (abertura); alta resposta aos manejos agronômicos: população de plantas, fertilização, controle de plantas daninhas, pragas e doenças; excelente sanidade foliar.
Benefícios:
Colheita antecipada com elevado potencial produtivo.
RESULTADOS DA REGIÃO:
Agroeste disponibiliza sementes de híbridos de milho precoces que oferecem ao produtor produtividade e rentabilidade. O resultado foi reafirmado nesta safra de verão, que mesmo com o excesso de chuva causado pelo fenômeno El Niño, teve produtividade e qualidade do grão que surpreenderam os produtores rurais da região de Guarapuava. “Pensando já na próxima safra, segundo as previsões é para ser um ano de La Niña, e nossos híbridos, principalmente os PRO3 se sobressaem, pois é a tecnologia mais completa do mercado, desenvolvendo melhor a raiz do milho e diminuindo a perda através da seca”, afirma Rodrigo Davedovicz, RC da Agroeste (região Guarapuava). Confira as opções dos híbridos, os resultados e avaliações dos produtores rurais sobre as sementes Agroeste:
O PRECOCE PARA AUMENTAR A SUA PRODUTIVIDADE. Diferenciais:
Versões
AS1656, AS1656PRO e AS1656PRO3:
EXCELENTE OPÇÃO PARA O REFÚGIO; HÍBRIDO RECOMENDADO PARA GRÃOS E SILAGEM. Benefícios: Maior retorno financeiro na aplicação de alta tecnologia de manejo; rentabilidade diferenciada na comercialização; melhor aproveitamento dos nutrientes do solo; eficiência na colheita.
Recomendações:
Responde ao manejo de alta tecnologia e adubação, se necessário, usar fungicidas. Plantar em área de alta fertilidade.
PRODUTOR
MUNICÍPIO/UF
HÍBRIDO
ÁREA (ha)
Kg (ha)
Carolina Remlinger Manfred Becker Erich Mathias Leh Anton Annas Roland Jung Alexandre Seitz Elmar Remlinger Siegbert Nauy Helmuth Mayer Monica Klein Regiane Ap. Lustosa Manfred Majowski Regiane Ap. Lustosa Rodrigo Augusto Queiroz Regiane Ap. Lustosa Rodrigo Augusto Queiroz Josef Winkler
Reserva do Iguaçu, PR Gaspareto, PR Guarapuava, PR Palmeirinha, PR Pinhão, PR Gaspareto Pinhão, PR Taguá, Pr Campina do Simão, PR Entre Rios, PR Guarapuava, PR Goioxim, PR Guarapuava, Pr Candói, PR Guarapuava, Pr Candói, PR Goioxim, PR
AS1656PRO AS1656PRO AS1656PRO AS1656PRO AS1656PRO AS1656PRO2 AS1656PRO2 AS1656PRO3 AS1656PRO3 AS1656PRO3 AS1656PRO3 AS1666PRO3 AS1666PRO3 AS1666PRO3 AS1677PRO3 AS1677PRO3 AS3570IPRO
50 20 217 34 117 30 47 38 57 20 72 22 20 30 9 12 64
13.600 14.600 13.800 13.745 13.800 13.791 13.924 13.850 14.000 13.500 13.400 13.918 14.280 13.417 12.200 13.000 5.040
Muitos desistiram do milho nesta safra. Eu continuei com a rotação porque acho importante e acabei tendo um resultado ótimo, tanto em produtividade, quanto rentabilidade. Eu vendi a saca do milho por R$ 42,00, mas já está alcançando R$ 49,00. Plantei 90 hectares com quatro híbridos, um deles foi o AS 1656 da Agroeste e foi o que mais rendeu. Plantei 20 hectares e me surpreendi, deu uma média de produção de 14.600 quilos por hectare. As outras cultivares renderam 12.900 quilos por hectare. A média no geral foi de 13.400 kg/ ha. Fiquei surpreso também porque choveu muito e não deu ardido e não houve ocorrência de lagarta na lavoura. Apliquei duas vezes fungicidas. No geral, o resultado foi ótimo. Depois de uma safra de inverno complicada que tivemos, esse resultado do milho foi num momento muito bom”.
Rodrigo Davedovicz (Agroeste) e
Manfred Becker (Produtor rural) Guarapuava - PR
Rodrigo Davedovicz (Agroeste) e
Rodrigo Queiroz (Produtor rural) Candói - PR
Normalmente, usamos um esquema de rotação no verão, milho e soja. E nossa rotação foi estipulada nesta última safra em 1/3 de milho e 2/3 de soja. Nós, usualmente, fazemos parcelas para observar o rendimento das sementes do mercado. Utilizo sempre as sementes campeãs tanto em produtividade, como as que mantem sanidade e segurança para produzir. Desta vez, na lavoura de milho usamos 90%. O Agroeste 1656, que é o milho que está produzindo melhor aqui na Fazenda Curucaca e não tem problemas de doença. E a gente experimentou dois materiais novos: o AS 1677 e o AS 1666, pensando em ciclo mais curto com o 1677 e conhecer o 1666. Com os resultados da parcela que fizemos em parceria com outras empresas posso afirmar que, provavelmente, continuaremos com o milho Agroeste na próxima safra. Tivemos uma média de produtividade, no geral, de 13.480 kg/ha. O talhão que produziu menos foi de 13.000 kg/ha, porque foi um investimento um pouco menor, pelo fato de que a perspectiva de milho estava baixa. Não estávamos apostando tanto no milho, então não investimos muito em fertilidade e ainda assim tivemos uma surpresa boa. O único problema deste ano é que houve uma inversão de situação. Plantamos a lavoura 2015/2016 com uma perspectiva ruim para o mercado de milho, tanto que muita gente não plantou. Eu reduzi minha rotação, nós fazíamos até 50% de milho e 50% de soja, mas pela expectativa ruim eu reduzi para 1/3. Hoje, a rentabilidade do milho nem se compara à rentabilidade de soja. Fazendo conta rápida a rentabilidade do milho está o dobro da soja e até mais fácil a produtividade do cereal. Atualmente, só o déficit hídrico que prejudicaria a produção de milho. E a soja está mais complicada. Ano que chove muito, entra doença e ano que chove pouco, não produz muito”.
Revista do Produtor Rural do Paraná
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Trigo Seminário reúne multiplicadores, produtores e técnicos de trigo no Paraná Biotrigo Genética apresentou indicações técnicas para 2016. Clima deve ser favorável para a safra deste ano
C
om chuvas e temperaturas dentro da média, a indicação para a safra de trigo de 2016 é escalonamento na semeadura e posicionamento de cultivares com maior nível de resistência a brusone. Os indicativos e previsões para a próxima safra de trigo foram apresentadas durante o Seminário Técnico Biotrigo, em Campo Mourão, no Paraná. O evento, realizado em abril, reuniu mais de 200 técnicos, multiplicadores de sementes, produtores e cooperativas licenciadas Biotrigo do Paraguai, Paraná, São Paulo e Minas Gerais. Apesar de 2015 ter sido um ano com chuvas acima da média, a safra no Paraná obteve bons rendimentos. Segundo o Gerente Regional Norte da Biotrigo, Fernando Wagner, 2015 foi marcado por resultados acima dos padrões no Paraná, mesmo com a pressão de bacteriose, mancha foliar e brusone. “Mais do que nunca, reforçamos que os produtores devem seguir as indicações de plantio e manejo para cada localidade”, disse. Para 2016, a situação climática deve ser mais tranquila quanto às chuvas, mas preocupa quanto à possibilidade de ocorrência de geadas. O agrometeorologista da Somar Meteorologia, Marco Antônio dos Santos, apresentou as condições climáticas para todo o Brasil, América do Sul e América do Norte. De acordo com ele, diferentemente dos últimos 3 anos, os próximos 6 meses serão marcados por um clima dentro da neu-
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Evento reuniu mais de 200 técnicos, multiplicadores de sementes de trigo, produtores e cooperativas licenciadas da Biotrigo do Paraguai, PR, SP e MG.
tralidade, já se encaminhando para uma La Niña que deverá se configurar entre os meses finais do ano e começo de 2017. “O outono/inverno será marcado por chuvas dentro da média e temperaturas abaixo da média em praticamente todas as regiões produtoras de trigo do Brasil”, explicou. Assim, o risco neste ano não será o excesso de chuvas, mas sim, o frio. “Em anos que não há uma influência do El Niño, as massas de ar polar conseguem entrar no Brasil com maior frequência e até mesmo com maior intensidade”, finalizou.
O trigo na rotação de culturas “A viabilidade financeira e sustentável de uma propriedade agrícola depende da utilização integral dos solos nas diversas estações do ano, através da diversificação e rotação das culturas”, disse o professor e doutor em agronomia, Elmar Luiz Floss. O consultor em agronegócios falou sobre o trigo no sistema de produção. A cultura de inverno aumenta o rendimento da soja porque a maior parte do Nitrogênio é exportado pelos grãos e cerca de 60kg/ha de N podem ser absorvidos pela cultura de sucessão. “Além disso, o trigo é um forte aliado para o controle mais eficiente de pragas, doenças e plantas daninhas”, ressaltou.
Cultivares TBIO No evento, duas cultivares desenvolvidas pela Biotrigo Genética foram apresentadas. Conforme o engenheiro agrônomo, Deodato Matias Junior, supervisor da regional Norte da Biotrigo Genética, os quatro pilares da TBIO Sossego são a sanidade de espiga, a sanidade foliar, o alto teto produtivo e a qualidade industrial. A cultivar leva esse nome porque facilita o gerenciamento do manejo fitossanitário. “O Sossego não tem similar no mercado, perdoa mais fácil nossas limitações e atrasos, mas não dispensa fungicida”, alertou. A cultivar já está disponível para o plantio. Já o TBIO Energia I, lançamento do ano, é primeira variedade brasileira específica para a produção de silagem e pré-secado para gado de leite e de corte. A cultivar apresenta não só as características necessárias para condução de lavoura, mas também as características bromatológicas, para a alimentação animal. De acordo com o mestre em zootecnia e Técnico em Novos Negócios da Biotrigo Genética, Ederson Luis Henz, ela é direcionada para um nicho de mercado que precisa de um alimento altamente energético, fonte de amido e proteína dentro de uma dieta do animal. “Financeiramente você reduz o custo e produz muito mais”, finalizou. A semente básica começa a ser distribuída em 2017.
Foto: Divulgação | Texto: Daniela Wiethölter Lopes/ Assessora de Imprensa Biotrigo Genética Revista do Produtor Rural do Paraná
Tecnologia de aplicação
Como realizar uma aplicação fitossanitária eficaz?
U
ma das maiores “fortalezas” da agricultura é a utilização de técnicas e tecnologias capazes de transformar o trato cultural numa ação resolutiva eficiente. Além da importância da escolha de pontas compatíveis, as taxas de aplicações e velocidades operacionais, o uso de adjuvante sintético torna o trato cultural menos agressivo para os cultivos e para o meio ambiente, consequentemente, para o ser humano também. Manter equilibrado este processo é imprescindível. Escolher bons ativos: moléculas que cuidarão de maneira adequada da lavoura é um detalhe fundamental no trabalho que envolve a aplicação fitossanitária. Importante, mas que não terá resposta efetiva se os demais pontos elencados não forem respeitados. Ao longo de mais de uma década, a INQUIMA tem realizado diferentes experimentos, com diversas instituições, visando descobrir os melhores modelos de aplicação e também as virtudes e os eventuais limites do seu portfólio de adjuvantes. Estas informações possibilitaram que pudéssemos disseminar/sugerir modelos de tratos culturais para as diferentes culturas e regiões. Com isso, levamos ao empresário rural e ao seu recomendan-
te técnico, opções capazes de se adaptar à realidade de cada propriedade. Não existe um modelo único, um padrão para se recomendar. Cada aplicação, cada modelo de trato cultural deve levar em conta a topografia da região, clima, estrutura da fazenda, tipo de máquina, necessidades pontuais de operação, logística, pessoal, entre outros aspectos pertinentes. Não podemos jamais engessar uma aplicação. Não devemos padronizá-las como se fossem todas iguais. As pulverizações fitossanitárias devem ser em função das necessidades e possibilidades da propriedade. Neste contexto, a escolha dos adjuvantes que vão compor a calda fitossanitária é bastante importante. Isso porque vão impactar diretamente na qualidade da aspersão das gotas pulverizadas e poderão ou não interferir no residual dos ativos. Em alguns casos, a adoção de um adjuvante que acidifica a calda, por exemplo, poderá implicar na redução ou inibição da ação de um determinado defensivo. Podem também potencializar fitotoxidades de produtos mais complexos. A academia e as instituições de pesquisas identificaram há tempos à importância de um bom adjuvante sintético para compor a calda fitossanitária,
Jeferson Luís Rezende, RTV
protegendo-a das intempéries (vento/ temperatura); possibilitando aplicações sobre orvalho; homogeneizando a calda; minimizando e até eliminando injurias. Máquinas pulverizadoras possuem características técnicas próprias e estas interferem diretamente na calda de produtos, eventualmente, criando borras e excesso de espuma. Este “gap” pode ser solucionado, muitas vezes, a partir do ajuste na regulagem do retorno do tanque, diminuindo a sua velocidade e atentando sempre para a adição de 2/3 de água no tanque pulverizador antes da entrada dos químicos, que deve ocorrer de maneira gradual e sem pressa. Experimentos realizados pelas principais instituições do País comprovaram a possibilidade de, sempre que necessário, substituir o óleo (mineral/ vegetal) pelo adjuvante sintético, sem colocar em risco a eficiência agronômica do defensivo. E que o uso combinado dos óleos com os adjuvantes sintéticos resulta numa sinergia bastante positiva, que torna o processo de aplicação muito mais seguro. A adição de adjuvantes sintéticos à calda de pulverização é importante do ponto de vista da eficiência dos herbicidas, dos inseticidas e dos fungicidas. É um seguro para a aplicação!
Revista do Produtor Rural do Paraná
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Milho e soja
Plantadora MF 700 CFS Caixa Central
A
nova plantadeira MF 700 CFS é indicada para agricultura de larga escala e permite que produtores de grande e médio porte tenham maior autonomia e precisão durante o plantio. Seu principal diferencial está na caixa central de sementes, entregando 1450 litros, a maior da categoria. Com tecnologia para atender às demandas específicas de todos os tipos de culturas e solos, possui sistema exclusivo de limitadores com ajuste em ângulo e distanciamento ao disco, maior capacidade de adubo, maior autonomia de plantio, monitoramento, possibilidade de taxa variável e ampla gama de opcionais. Em suas versões de 11 a 30 linhas, com disponibilidade de configuração nos espaçamentos de 45, 50, 76 e 90 cm, a MF 700 CFS é dotada de linhas pantográficas na linha de disco de corte, distribuição de fertilizante e semente. Também como diferencial, a família possui como opção a montagem de linhas mecânicas e pneumáticas. Além disso, a excelente relação de adubo e sementes permite longas jornadas de trabalho, sem paradas, e mais agilidade no abastecimento, gerando alta lucratividade para o produtor.
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Revista do Produtor Rural do Paraná
Taxa variável A nova plantadeira tem como opcional a transmissão à taxa variável em adubo e semente, que oferece um trabalho mais eficiente. Para controlar essa ação, o operador conta com o monitor C3000 de 12,1 polegadas touchscreen, podendo ser calibrado para taxa fixa ou taxa variável com trabalhos via mapas de adubação e plantio inseridos, garantindo assim a conectividade completa entre o trator e a plantadeira. Resumindo: maior controle, monitoramento e compreensão de todo o processo de plantio de uma forma prática e de fácil manejo.
Wienfried Mathias Leh, Fazenda Noricum (Grupo Leh)
Acaba de adquirir o 2° MF9030 Equipado com piloto automático Chassis Flex -Frame
“O melhor custo beneficio do mercado”
Agradecemos pela confiança em nossa empresa!
Celso, Thiago e Rodrigo Tateiva (Guará Cereais)
Satisfeitos com o desempenho do equipamento e economia de combustível, pai e filhos adquiriram o seu 2° trator MF 7415 dyna6 de 215cv. Trator já equipado com piloto automático Agradecemos pela confiança em nossa empresa!
Rodolpho Luiz Werneck Botelho (Faz. Capão Redondo)
Adquiriu seu 1° trator MF 7415 de 215 cv, considerado por especialistas como o trator inteligente, já equipado com piloto automático Agradecemos pela confiança em nossa empresa!
Oswaldo Rodrigues Barbosa (O.R.B - Batatas)
Seu novo investimento é um Trator de 320cv, MF 8670 DynaVT. Trator mais moderno produzido no mundo, que irá se juntar aos outros 2 tratores MF 7000 dyna 6 que o Sr. Oswaldo possui Agradecemos pela confiança em nossa empresa!
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Solidariedade Campanha Produtor Solidário apoia Hospital Santa Tereza O Sindicato Rural de Guarapuava lançou mais uma etapa da Campanha Produtor Solidário. Desta vez, estão sendo arrecadadas roupas de cama e cobertores para o Instituto de Saúde Virmond (Hospital Santa Tereza). Os interessados devem deixar a colaboração na recepção do Sindicato Rural, onde está disponível para visualização o kit com a roupa de cama e cobertor, já que as peças devem seguir um padrão. O valor do kit é R$ 122,00, mas qualquer doação é bem vinda. A campanha segue até o dia 30 de maio.
Hospital São Vicente realiza jantar beneficente No dia 8 de abril, o Hospital São Vicente realizou o Jantar Quatro Estações para comemorar os seus 103 anos. O evento faz parte das realizações beneficentes que a entidade vem realizando desde 2013. O público no evento alcançou 700 pessoas, gerando uma verba de R$ 60 mil. Os recursos serão destinados à adequação do Centro Cirúrgico, com o aumento de mais duas salas cirúrgicas. Uma será destinada a cirurgias obstetrícias, a renda para esta sala foi arrecada por meio
dos eventos que foram realizados no ano passado pelo hospital. Já a outra será destinada a cirurgia geral. A verba será angariada durante eventos do Hospital São Vicente deste ano. O Sindicato Rural de Guarapuava apoiou o evento.
Renda da Festa do Leitão Desossado foi doada para Apadevi
Instituto O Hospital Santa Tereza se tornou Instituto de Saúde Virmond em 2011, quando a entidade passou a ser filantrópica, ou seja, uma organização que não possui como objetivo a obtenção de lucros e sim atender a comunidade, principalmente, as pessoas mais carentes. Atualmente, a entidade atende a população de aproximadamente 406.912 mil habitantes. Esse número inclui os 20 municípios pertencentes a 5ª regional de saúde.
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Revista do Produtor Rural do Paraná
A Loja Maçônica Universitária Philantropia Guarapuava, em prol da Associação de Pais e Amigos dos Deficientes Visuais (Apadevi), realizou no dia 10 de abril, a 5ª Festa do Leitão Desossado. A festa reuniu um público de aproximadamente 500 pessoas. Além de projetar a cidade no cenário turístico regional e propiciar mais uma alternativa da gastronomia, a festa tem como finalidade angariar fundos para auxílio na manutenção dos serviços prestados pela Apadevi. Na ocasião, foi repassado mais de R$ 10 mil para a entidade. O Sindicato Rural de Guarapuava apoiou o evento.
Apadevi A Associação de Pais e amigos dos Deficientes Visuais (Apadevi) oferece atendimento especializado para, em média, 130 deficientes visuais e surdocegueira na faixa etária de 6 a 86 anos. A entidade oferece os serviços de orientação e mobilidade, estimulação visual, atividades de vida autônoma, braille, soroban, arte, educação física, artesanato, música e informática. Todos visam a autonomia, inclusão social e melhoria na qualidade de vida dos deficientes. Ela é também mantenedora da Escola Professora Julita Ensino Fundamental na modalidade Educação Especial e oferta também a Educação Especial de Jovens e Adultos – Fase I. A Apadevi mantém-se com recursos financeiros provenientes de doações da comunidade e alguns eventos que acontecem na cidade, entre eles, a Festa do Leitão Desossado.
Assembleia
CooperAliança comemora bons resultados
A
Cooperativa CooperAliança Carnes Nobres realizou a Assembleia Geral Ordinária e Extraordinária no dia 19 de março, no Centro Cultural Mathias Leh, no distrito de Entre Rios, em Guarapuava. Além da prestação de contas, foi um momento de comemorar os bons resultados obtidos pela cooperativa em 2015, mesmo diante a situação econômica do país. Em mensagem, a diretoria afirmou: “Mesmo nesse ambiente adverso, apresentamos um crescimento nos principais indicadores da Cooperativa. O faturamento teve um incremento de 37,81% se comparado ao ano anterior. Da mesma forma, a produção alcançou a meta de crescimento de 13,92%. Em função das dificuldades estruturais do setor industrial da carne bovina, principalmente no primeiro semestre de 2015, as sobras do exercício ficaram aquém do esperado. No entanto, mostrou uma recuperação no segundo semestre, bem como um sinal de alento para o exercício de 2016”. O faturamento realizado pela cooperativa em 2015 foi de R$ 72,3 milhões. A cooperativa fechou o ano com 101 cooperados. A diretoria destacou também a importância dos cooperados, colaboradores e parceiros. “Obtivemos resultados positivos e animadores e que não são mensuráveis em números. A
consolidação do nosso quadro social e a equipe de colaboradores, a confiança dos nossos cooperados e da Cooperativa no propósito da construção da nossa sede administrativa e industrial, sonho acalentado por todos e que está tomando forma. Sem dúvida, é a grande realização do ano. As pessoas que compõem o nosso quadro social são de um valor inestimável para o sucesso da Cooperativa. A soma de esforços pessoais e financeiros de todos os cooperados, colaboradores e parceiros, em breve será uma obra revestida de orgulho e recompensa. Esse é o legado que queremos deixar para os nossos sucessores e a sociedade”, destacou o presidente da Cooperaliança, Edio Sander. Para 2016, a cooperativa espera um crescimento de 24% para o Projeto Bovinos, com abate de 22.534 cabeças; e de
Presidente da Cooperativa, Edio Sander, durante prestação de contas 60% para o Projeto Ovinos, com abate de 7.457 cabeças. Quanto à crise econômica, a diretoria destacou que “todos os indicadores da economia brasileira apontam para o agravamento da crise. E é nesse sentido que precisamos estar atentos e concentrar nossos esforços na gestão dos nossos negócios. Cooperativa e cooperados: produtividade e rentabilidade são as palavras de ordem”.
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Nozes pecã
Técnicos do Viveiros Pitol visitam pomares da região
R
epresentantes da agroindústria Viveiros Pitol estiveram em Guarapuava e região visitando pomares de nogueira pecã nos dias 30 e 31 de março. Segundo o engenheiro agrônomo da Pitol, Julio Cesar Farias Medeiros, a região é bastante favorável para o desenvolvimento da cultura, tanto em questão de sanidade, como solo. “Embora tenha sido um ano muito desfavorável para a pecã, em função do excesso de chuvas, não se vê quase doenças aqui na região, ao contrário do
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Rio Grande do Sul, onde foi necessário fazer de quatro a cinco aplicações de fungicidas. Isso demonstra que a sanidade é muito melhor aqui e o potencial produtivo da nogueira pecã na região é muito grande. Isso sem falar na condição de solo e topografia do local”. Na região de Guarapuava, os pomares estão com idade de um a seis anos. A Pitol presta assistência técnica para, em média, 50 produtores. Medeiros conta que por ser uma cultura relativamente nova no centro-sul do Paraná, os produtores têm dúvidas sobre adubação da
planta, poda, controle de doenças e outras questões relacionadas ao manejo. “O objetivo da visita aos produtores foi, além de avaliar a situação dos pomares, sanar dúvidas, para que a cultura se desenvolva ainda melhor”. Durante dois dias, Medeiros e o proprietário da Viveiros Pitol, Luizinho Pitol, visitaram seis propriedades da região. A equipe da REVISTA DO PRODUTOR RURAL DO PARANÁ acompanhou três das propriedades visitadas. Confira a avaliação dos produtores sobre o cultivo da Nogueira Pecã.
A nogueira pecã consorciada com ovinos e ainda como uma opção de árvores de reflorestamento
Geraldo Ceccon Pomar de um ano, com 950 nogueiras pecã Me interessei pela cultura por meio da REVISTA DO PRODUTOR RURAL. Me chamou a atenção por ser uma cultura consorciada, onde poderia deixar as ovelhas no mesmo local. Ao mesmo tempo, a cultura pode ser uma fonte de renda. O local na propriedade que eu escolhi para plantar as nogueiras é uma área de pasto e a cultura está correspondendo muito bem, reagindo como se fosse numa área de lavoura. O investimento vem da própria propriedade. Vendo o gado e invisto nas nozes. Quero fechar toda área onde é possível plantar a pecã. Por isso, a expectativa é investir em mais mudas. Visitei a empresa Viveiros Pitol, em Anta Gorda - RS, vi os pomares deles e a perspectiva é grande, visto que o Brasil produz apenas 5% do consumo e não são em todas as regiões do Brasil que as nozes se desenvolvem. Isso ocorre apenas no Sul, porque ela se adapta em regiões mais frias. Então temos uma ideia de futuro e rendimento, porque não é um mercado que vai saturar. E a própria Pitol compra direto nossa produção, portanto, temos um mercado garantido. Desde a primeira vez que visitamos os Viveiros, a equipe da Pitol tem dado uma assistência técnica excelente. Já tinham vindo até a minha propriedade, agora vieram novamente e isso fez toda a diferença. Como eu nunca havia plantado a cultura, não tinha muito conhecimento e aos poucos eles foram sanando minhas dúvidas, com orientações que estão dando certo”.
Edmar Klein
Luis Paulo de Oliveira Gomes Filho
Pomar de seis anos, com 2000 nogueiras pecã
Pomar de quatro anos, com 650 nogueiras pecã
Optamos por plantar a pecã com o objetivo de diversificar a produção, aproveitando as áreas que não eram tão boas pra outras finalidades, buscando uma fonte de renda alternativa. A expectativa é que já produzisse esse ano, mas devido ao excesso de chuva na floração, houve poucos frutos. Esperamos uma produção mais expressiva no ano que vem. O manejo, logicamente como qualquer atividade nova, gera algumas dúvidas. Você tem que aprender muita coisa, buscar informação, pesquisar, trocar informações com outras pessoas que estão na mesma atividade e tentar construir um manejo que se adapte ao seu sistema na propriedade. Informações sobre a nogueira na nossa região são relativamente escassas. Nesse ponto, a assistência técnica da Pitol ajuda muito. Eles vêm praticamente todos os anos visitar nosso pomar, eu também já fui para Anta Gorda, então a gente sempre acaba aprendendo algo novo para aplicar na cultura”.
O pomar tem quatro anos, mas a preparação para ele eu comecei um ano antes, com a correção de solo. Foi uma ideia que surgiu dentro do Sindicato Rural, em um encontro de reflorestamento, conduzido pelo Pedro França. Ele citou a pecã como uma opção. Eu achei muito interessante porque é uma cultura que se pode fazer em consórcio com o gado ou com ovinos. Optei pela pecã para que no verão ela oferecesse sombra para os animais e no inverno, quando ela perde as folhas, desse a insolação necessária para o pasto. Todo ano eu venho plantando 100 árvores. No primeiro ano, tivemos uma queima de raízes, devido a uma adubação excessiva e tive que repor muitas plantas. No segundo ano, tivemos um problema com vento muito forte. Por isso, hoje estamos com, aproximadamente, 650 plantas. O projeto é para fechar mil árvores. Após a visita a Anta Gorda no pomar da Pitol, surgiu a ideia de mil árvores e comecei a dar importância para a produtividade dos frutos também. Como em todas as atividades, é preciso ter um cuidado. Inicialmente, não tínhamos conhecimento de como seria o manejo, mas as informações e visitas da equipe da Pitol têm ajudado muito. Penso que mais produtores deveriam se interessar pela produção da pecã para que Guarapuava e região se torne um polo de produção desta nogueira, já que nossa região tem clima e solo propício para o desenvolvimento da cultura”.
Rodeio
Família Teixeira foi destaque no Rodeio de Vacaria Bisneto de Alaor Teixeira, Dario Teixeira
Rodeio de Vacaria Ao meio, Alaor Teixeira, Geovani Teixeira e Geovani Teixeira Filho com organizadores do evento
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maior rodeio crioulo da América do Sul acontece a cada dois anos na cidade de Vacaria no Rio Grande do Sul, o Rodeio Crioulo Internacional de Vacaria. Neste ano, o evento chegou a sua 31ª e foram 10 dias de competição, de 21 a 31 de janeiro. A família Teixeira de Guarapuava participou da competição e fez bonito no evento. Na modalidade de Laço Duplas, Geovaninho Teixeira e Eduardo Wolmer conquistaram o primeiro lugar com o prêmio de um carro 0KM. “Disputamos com aproximadamente 700 duplas. Jogamos 50 armadas sem errar”, conta Teixeira, satisfeito com o resultado. Já na categoria Laço Geração, que é formada por pai, filho e neto, o trio Alaor Teixeira (pai), Geovani Teixeira (filho), Geovaninho Teixeira (neto) foram os campeões pela segunda vez. A disputa contou com a participação de 35 trios. Geovaninho conta que a paixão
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Alaor Teixeira com o bisneto Samuel pelo esporte campeiro foi passada de geração para geração e que é um orgulho alcançar resultados como esse em uma competição de alto nível e super disputada, como é o Rodeio de Vacaria. “Ao todo, a família Teixeira já conquistou 19 títulos em várias modalidades, em diversas edições do rodeio”.
O Rodeio Internacional de Vacaria é realizado há 58 anos e começou com apenas um dia de competição e festividade. O idealizador foi Getúlio Macantonio, que na época era patrão do CTG Porteira do Rio Grande. Foi o primeiro rodeio realizado no Rio Grande do Sul. Até 1960, a promoção foi realizada anualmente. Dali para a frente, passou a ser de dois em dois anos, antecedendo um outro importante evento turístico no Rio Grande do Sul, que é a Festa da Uva, em Caxias do Sul. A partir do 5º Rodeio, em 1964, os vacarianos ampliaram seus horizontes, dando caráter internacional ao evento, pois passaram a atrair representantes dos países do sul do continente e até cowboys dos Estados Unidos, que passaram a disputar provas. O Rodeio Internacional de Vacaria figura atualmente como a mais importante promoção turística do gênero no Brasil, atraindo milhares de visitantes de todo o país e do exterior.
Legislação
Decker, De Rocco Bastos Advogados Associados Fábio Farés Decker (OAB/PR nº 26.745) Tânia Nunes De Rocco Bastos (OAB/PR nº 20.655) Vivian Albernaz (OAB/PR nº41.281)
Produtor rural não responde por idoneidade de contranota
A
Nota Fiscal é o documento que registra, para fins fiscais, as operações de circulação de mercadorias e de prestação de serviços, ocorrida entre
as partes. A Nota Fiscal do Produtor Rural é de emissão obrigatória pelo produtor rural, na circulação de bens e materiais relacionados com suas atividades e de mercadorias e/ou produtos produzidos na sua propriedade rural ou em propriedade alheia, explorada sob contrato. O adquirente do produto vendido está obrigado a emitir Nota Fiscal de Entrada, também chamada de contranota, a qual deve conter todas as especificações da transação comercial. Ao fazer uma venda, a responsabilidade do produtor rural limita-se à exigência de emissão de contranota pelo adquirente das mercadorias, não sendo possível exigir-lhe o controle da idoneidade desse documento, emitido por terceiro. Esse, inclusive, foi o entendimento da 22ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul que manteve sentença que decretou a nulidade de execução fiscal contra um pecuarista da comarca de São Francisco de Paula. Em referido caso, o Fisco estadual emitiu Certidão de Dívida Ativa (CDA) por entender que o pecuarista não comprovou a venda e a entrega de 24 vacas ao comprador, que, como substituto tributário, seria o pagador final do ICMS. A contranota foi considerada falsa depois que o destinatário não foi encontrado pelo Fisco, apesar de possuir inscrição estadual e
estar ativo, à época, no ramo da bovinocultura de corte. A relatora da apelação, juíza convocada Maria Cláudia Mércio Cachapuz, invocou o princípio da boa-fé na aplicação da norma tributária. A seu ver, o produtor tomou todas as cautelas cabíveis — exigiu a nota fiscal e entregou a mercadoria. Assim, ficou afastado o erro de fato ou a violação literal à disposição legal. Este entendimento é importante, já que na saída da mercadoria da propriedade do produtor rural com destino a comerciante, industrial, cooperativa ou qualquer outro contribuinte, o imposto será arrecadado e pago pelo adquirente. Temos neste caso a hipótese de aplicação do diferimento do imposto, na qual a responsabilidade pelo recolhimento do imposto devido pela saída da mercadoria do estabelecimento do produtor rural caberá ao estabelecimento adquirente. Ocorre que a obrigação do produtor rural, vendedor, é o de exigir a contranota, não respondendo o produtor rural pela idoneidade do documento, uma vez que se trata de infração tributária cometida por terceiro – no caso os destinatários das mercadorias. Assim, a obrigação do produtor rural na venda de suas mercadorias, sujeitas ao diferimento do pagamento do ICMS, está limitada à exigência junto ao destinatário da contranota, não podendo responder pela idoneidade dos documentos, porquanto não é de sua responsabilidade a documentação emitida por terceiro.
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Tecnologia
Palestra abordará suplementação estratégica em bovinos de corte
delli ressaltou que existem novidades em suplementação, com produtos que agora visam não só suprir carências: “Para cada categoria (de animal), para cada desempenho que espero, utilizo um tipo de suplemento. Conseguimos, desta forma, melhorar o desempenho dos animais”. Para isso, completou, a estratégia a ser mostrada na palestra será a de uma suplementação estratégica a pasto com minerais proteico-energéticos. “Esses suplementos fazem com o que o animal aproveite ao máximo a eficiência das pastagens, diminuindo o tempo de confinamento”, detalhou.
Evento traz um dos destaques da culinária paranaense, o Boi no Rolete, preparado pela Equipe Tropical, Assadores Profissionais do Boi no Rolete
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ecuaristas que buscam eficiência e modernidade na bovinocultura de corte terão no dia 16 de junho, no CTG Fogo de Chão, em Guarapuava, oportunidade de ampliar ainda mais seus conhecimentos: um evento que reunirá informação técnica sobre nutrição bovina e gastronomia típica, com Boi no Rolete. Na primeira parte da programação, que começa às 19h30, o tema “Suplementação Estratégica na Pecuária de Precisão” será enfocado pelo médico veterinário Luiz Francisco Biacchi Filho (Santa Maria/RS) – profissional com conhecimento da bovinocultura na região de fronteira do Rio Grande do Sul, assim como no Mato Grosso do Sul. Ele foi um dos homenageados na edição 2014 do evento BeefSummitSul, do Beef Point e da Associação Brasileira de Hereford e Braford (ABHB), na categoria Consultor-Profissional de Campo.
Médico Veterinário Luiz Francisco Biacchi Filho
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Um dos organizadores da palestra, o supervisor técnico comercial da DSM, Alexandre Bombardelli de Melo, antecipou que vale a pena participar, já que o convidado enfocará algumas das mais modernas tendências da alimentação de bovinos. Destacando que o evento é parte da programação de um encontro do Plano Pecuária Moderna que estará ocorrendo nos dias 16 e 17 de junho em Guarapuava, Bombardelli de Melo considerou que, no momento em que o Paraná vem buscando modernizar sua bovinocultura de corte, a presença de Biacchi contribuirá para difundir a ideia de uma pecuária de precisão. Ao fazer um paralelo com a agricultura de precisão, na qual o produtor passa a ter uma visão mais exata da produtividade, ele explicou que, na pecuária, ter precisão significa usar gestão e tecnologia para determinar com exatidão os objetivos a serem alcançados: desde o tipo de pasto, passando pelo ganho de peso diário dos animais até a idade de abate. “Por que precisão? Porque o produtor tem de estar com tudo isso planejado. É claro que o tempo de uma palestra é curto, mas a gente quer, pelo menos, fazer com que se desperte o interesse pelo assunto, que a pessoa veja que pode fazer isso na sua propriedade”, comentou. Exemplificando, Bombar-
Alexandre Bombardelli de Melo e Márcio Essert, da DSM Também na organização do evento, o promotor técnico-comercial da DSM, Márcio Essert, sublinhou que, além de pecuaristas, podem assistir a palestra médicos veterinários, zootecnistas e agrônomos. Os interessados devem entrar contato com a equipe da empresa (marcio.essert@dsm.com ou (42) 8801 9980 – alexandre.melo@ dsm.com), para solicitar o convite até o dia 10 de junho. Essert enfatizou ainda que a parte gastronômica do evento deverá ser uma atração à parte: “O Boi no Rolete vai ser preparado por uma equipe de Marechal Cândido Rondon, onde é o prato típico”, destacou.
PARCEIROS DO EVENTO: • Agrária • Agroboi • Agrohaus • Coacan • Coamig • Coamo • Cooperaliança • Galpão do Boiadeiro
• Núcleo de Produtores de Bezerros de Guarapuava • Pró-Bicho • Sindicato Rural de Guarapuava • Sociedade Rural de Guarapuava
As pastagens de inverno têm um aliado de peso. Fosbovi® Aveia-Azevém conquistou o Sul do país. Afinal, foi desenvolvido para atender as exigências nutricionais de animais mantidos em pastagens de inverno e em pastagens nativas. O uso deste suplemento de alta tecnologia nutricional proporciona um melhor aproveitamento da forragem pelo rebanho, elevando o desempenho e a lucratividade da propriedade. • Minerais Tortuga de alta Biodisponibilidade; • Aumenta o ganho de peso dos animais; • Contém Monensina Tortuga®
Avicultura
OVOS CAIPIRAS: UMA NOVA POSSIBILIDADE DE PRODUÇÃO
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isando otimizar a produção de ovos caipiras em Guarapuava, a Secretaria Municipal de Agricultura e a Cantu Alimentos realizaram uma reunião com produtores rurais interessados em ingressar na atividade ou aumentar a produção. O encontro ocorreu no dia 23 de março, no Sindicato Rural de Guarapuava. O secretário municipal de Agricultura, Itacir Vezzaro, explica que há um projeto de produção de ovos caipiras na cidade desde o ano passado. “Fizemos um ensaio e agora queremos ampliar, porque a gente vê nisso uma oportunidade para o agricultor, principalmente, o pequeno, aumentar a rentabilidade da propriedade. Trata-se de um produto diferenciado, que não temos no mercado ainda. E o mercado é garantido, porque o produtor pode atender a Merenda Escolar, a Feira do Produtor, a Feira Solidária e também a demanda do próprio mercado”. Atualmente, são oito produtores participantes do projeto, com produção de, em média, 4800 dúzias de ovos por mês. Armelindo Libero Marchioro é um dos produtores. Ele conta que com quatro meses, as 50 galinhas que recebeu da Secretaria de Agricultura começaram a botar. “Toda a produção eu entrego para a Carmug e no período que não há merenda escolar, por causa das férias, eu faço venda particular. Hoje estou com 46 galinhas e por dia elas produzem, em média, 42 ovos”. Marchioro afirma que pretende aumentar a produção com a chegada de mais 250 galinhas. “É uma experiência nova e, por enquanto, está sendo muito bom. Minha esposa e eu, que já somos de idade, conseguimos cuidar, por isso gostamos. Além disso, é uma renda extra”.
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Os produtores rurais demonstraram-se interessados na produção de ovos caipiras durante o encontro
O secretário municipal de Agricultura mostra os ovos caipiras produzidos pelos produtores de Guarapuava
O casal de produtores Geralda e Armelindo Marchioro cuidam da produção de ovos caipiras na pequena propriedade, no distrito de Guairacá
Parceria Cantu Alimentos Com a nova parceria com a Cantu Alimentos, Vezzaro explica que há uma expectativa que, pelo menos, mais 50 produtores comecem a produzir ovos caipiras, por meio do projeto.“Para a comercialização dos programas do Governo, a demanda é de 5 mil dúzias por mês. E para atender a Victor Evandro Bertol, demanda da Cantu, nós preGestão de Negócios cisamos de, no mínimo, mais da Cantu Alimentos 5000 dúzias por mês. Por isso, precisamos de mais produtores interessados”. “A Cantu vê essa parceria com bons olhos, pois o mercado vem a procura dos ovos especiais. Trata-se de uma galinha criada livremente, que hoje os órgãos ambientais valorizam e tem ainda o apelo de que é uma produção para o pequeno produtor, por trazer uma renda extra. E nós, como cooperativa, vamos levar ao consumidor um produto diferenciado, de melhor qualidade”, exaltou Victor Evandro Bertol, da Gestão de Negócios da Cantu. Para os interessados, a cooperativa vai fornecer as galinhas, a ração e a assistência técnica necessária. O produtor vai entrar apenas com a mão de obra. A classificação dos ovos ficará por conta da Cooperativa Agrária Mista dos Micros e Pequenos Produtores de Guarapuava (Commicro) e a comercialização poderá ser feita para os programas sociais (Merenda Escolar, Feira do Produtor e Feira Solidária) e também para Cantu Alimentos. Para outras informações, os produtores podem entrar em contato com a Secretaria de Agricultura pelo telefone (42) 3629-6112.
Nutrição de plantas
Proteção para trigo e cevada com fosfitos de cobre e potássio Por Eng. Agro Rodrigo R. Neves & Paulo H Fialho
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trigo cultivado no Brasil vem sofrendo cada vez mais com a incidência de doenças, principalmente as de natureza fúngica e os fatores que potencializam são inúmeros e necessitam de novas tecnologias e soluções para enfrentá-las. Há grandes favorecedores ao aumento da quantidade, frequência e severidade destas doenças, entre eles estão as condições climáticas-evidenciadas pelo aumento de temperatura e a frequência excessiva na precipitação pluvial, que ao final do ano de 2015 e início de 2016 ficaram muito acima das médias dos últimos anos na região sul do Brasil. Especificamente na região de Guarapuava, o complexo de Manchas Foliares, a Bacteriose e a Giberela, além de outras doenças como Oídio, Ferrugem das Folhas e Septória vêm causando inúmeros danos e perdas na produção. Somadas, estas doenças diminuem a produtividade, causando um grande estrago na produção nacional, já que particularmente a região de Guarapuava e Centro-Sul do PR somam boa parte do que é colhido no Estado e consequentemente de toda a produção brasileira, que para 2016 possui uma área plantada de 2.448.800 hectares e tem uma produção estimada em torno de 5,53 milhões de toneladas*. Impulsionado pelo enorme mer-
cado cervejeiro brasileiro, o plantio da cevada - que sofre dos mesmos tipos de problemas enfrentados pelo trigo - vem aumentando sua área plantada com projeção para 102.400 hectares e o Paraná com as regiões de Guarapuava e Ponta Grossa estão entre estas áreas de expansão.
Alternativas viáveis Conseguir tratamentos eficientes sem aumentar em demasia o número de aplicações e principalmente o investimento em agroquímicos é uma tarefa que exige pesquisa e busca por fornecedores com resultados demonstrados. Neste campo, o tratamento para trigo e cevada com produtos à base de fosfitos de cobre e fosfitos de potássio vem se destacando amplamente. Os Fosfitos de Potássio e de Cobre estão diretamente ligados aos mecanismos de resistência às doenças fúngicas, atuando como excelentes indutores de resistência da planta e de forma direta sobre algumas espécies de fungos. Vale lembrar que os Fosfitos de Potássio ocupam papel importante em diversos processos metabólicos das plantas, se destacando no enchimento de grãos, sendo um carregador de foto-assimilados desde as folhas para os frutos
e os Fosfitos de Cobre possuem ação direta a mecanismos de resistência a doenças bacterianas, atuando na proteção do tecido vegetal contra infecções por bactérias e na redução das populações bacterianas na superfície foliar. Juntos, os fosfitos somam o equilíbrio nutricional das plantas com maior resistência à entrada de diversos patógenos e estes fatores fazem com que o manejo das doenças seja racional e efetivo e garanta um sistema produtivo mais sustentável e lucrativo. Aplicações mais eficientes com resultados efetivos necessitam de um bom conhecimento e controle da qualidade dos produtos que são adicionados ao tanque de pulverização, já que estes produtos podem influenciar diretamente em fatores decisivos na boa performance de um defensivo ou até mesmo na parcial ou total desativação de sua molécula. Fungicidas, na grande maioria dos casos trabalham em um limite máximo de pH5,0 e começam a se tornar ineficientes quando a calda fica acima deste valor. Assim, o produtor extremamente qualificado da região de Guarapuava deverá ser bem orientado e escolher produtos que, quando acrescidos a água de pulverização, não venham a aumentar o seu pH, vindo a evitar a hidrolização do produto (perda de eficiência) e consequente perda do seu efeito. *Fonte: Conab 03/2016
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Soja
Fazenda Escola da Unicentro realizou 1º Dia de Campo
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Fazenda Escola da Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro) iniciou suas atividades no ano passado. O local que fica no Instituto Agronômico do Paraná (Iapar) é destinado ao desenvolvimento de atividades de ensino, pesquisa e extensão. Para mostrar os resultados adquiridos até agora, os coordenadores da Fazenda Escola organizaram um dia de campo. O evento realizado dia 06 de abril teve como foco a cultura da soja, mostrando o desenvolvimento da cultura dentro da unidade, o desempenho e comparação das cultivares utilizadas, bem como forma de alternativas de manejo para a cultura na região de Guarapuava. As empresas DuPont e DuPont-Pioneer apoiaram o evento.
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Ecofisiologia na cultura da soja Professor Dr. Marcelo Cruz Mendes Nós tratamos a respeito dos fatores bióticos e abióticos que podem ocorrer sob a cultura em um ciclo como um todo, bem como discutimos os estádios fenológicos da cultura, como determinar e que estes estádios são fundamentais para alicerçar tomadas de decisões do que fazer dentro do cultivo desta cultura”.
Aldo Nelson Bona, reitor da Unicentro
“O primeiro dia de campo da Fazesc teve como intuito mostrar aos produtores e técnicos da região o que está sendo desenvolvido dentro da Fazenda Escola, oferecendo informações técnicas coletadas nas unidades didáticas demonstrativas”, explicou o professor e diretor da Fazenda Escola, Marcelo Cruz Mendes. O produtor rural André Moss participou do dia de campo e afirmou que eventos que unem a pesquisa com a prática são bastante importantes para os produtores. “É na pesquisa que a gente comprova algumas tecnologias que às vezes o produtor não pode errar no campo, porque para ele não vai ser viavelmente econômico. É importante que a pesquisa mostre o que é realmente rentável”. A Fazenda Escola foi instalada nas áreas do Iapar, após um termo de cessão de uso assinado no ano passado. Atualmente, o espaço conta com unidades didático-demonstrativas, com a cultura da soja, além de atividades de pesquisa em olericultura. O reitor da Unicentro, Aldo Nelson Bona esteve presente na abertura do dia de campo e exaltou os resultados colhidos em poucos meses da instalação da unidade. “Faz apenas alguns meses que o espaço foi cedido para a Unicentro e já estamos vendo resultados e realizando o primeiro evento. Isso é fruto de muito empenho dos coordenadores da Fazenda Escola e também do apoio que recebemos de empresas, entidades e da gestão pública”. Confira a seguir o resumo das palestras que integraram a programação do dia de campo:
Cultivares da soja Cyrano Yazbek
Representante de vendas da Dupont/Pionner A DuPont Pioneer trouxe para discussão dois temas em relação às cultivares da soja. O primeiro foi o lançamento da cultivar de soja marca Pioneer ® recomendada para a região, a 95Y52. A nova cultivar tem como características elevado potencial produtivo, superprecocidade com estabilidade - permitindo a segunda safra - tolerância à chuva na colheita e ao herbicida glifosato, resistência ao Nematoide de Cisto raça 3 e hábito de crescimento indeterminado. Além disso, a empresa reforçou a importância do produtor adotar o Sistema de Combinação de Cultivares, pois na região de Guarapuava a maioria das variedades de soja plantadas é do mesmo ciclo (de 130 a 150 dias). A DuPont Pioneer oferece ao mercado e aos produtores de soja da região cultivares de ciclo mais precoce que permitem que os sojicultores tenham vários benefícios ao plantar soja com ciclos de 115 a 120 dias. As cultivares 95R51 e a 95Y72 apresentam ciclo 5.2 e dentre as vantagens delas se destacam a maior facilidade no manejo da ferrugem asiática, menos aplicações de fungicidas, o menor risco de intempéries como chuvas na colheita, além da possibilidade de cultivo de feijão ou pastagem anual de verão após a colheita de soja.
Manejo de resistência de Ferrugem Asiática na soja Gustavo Radaelli DuPont
A DuPont reconhece que há algum tempo os fungicidas vêm perdendo eficiência no controle da ferrugem, principalmente devido à intensidade de uso. Durante o dia de campo foi mostrado um trabalho que a empresa vem realizando há duas safras para tentar amenizar essa resistência. A DuPont vem trabalhando estratégias de manejo, entre elas, alteração de princípios ativos, utilizando produtos novos e resgatando alguns produtos antigos que já foram deixados de usar ou nunca tinham sido utilizados, que podem ser novas ferramentas para controle de ferrugem. As marcas com ®, ™ ou SM são marcas e marcas de serviço da DuPont, Pioneer ou de seus respectivos titulares. © 2016 PHII Sempre siga as regulamentações de importação e exportação, práticas de manejo e as instruções do rótulo de pesticidas. Variedades que são tolerantes ao glifosato (incluindo os designados pela letra “R” e “Y” no número do produto) contem genes que conferem tolerância a herbicidas a base de glifosato. Herbicidas a base de glifosato controlam culturas que não são tolerantes ao glifosato.
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MANCHETE
Sindicato Rural realizou AGO e deu posse à diretoria para 2016-2019
Juramento na posse da diretoria foi conduzido pelo diretor financeiro da FAEP, Luis Carlos Rodrigues Biscaia, representando o presidente da federação, Ágide Meneguetti
O
Sindicato Rural de Guarapuava teve, dia 29 de março, mais um momento marcante em sua sede: de manhã ocorreu a Assembleia Geral Ordinária (AGO), com prestação de contas de 2015 e apresentação de proposta orçamentária para 2016; das 8h às 17h, houve eleição de diretoria, que reconduziu ao comando do sindicato, para o triênio 2016-2019, Rodolpho Luiz Werneck Botelho, à frente de uma chapa única com a renovação de quatro nomes; à
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noite, foi realizada a cerimônia de posse dos diretores, com as presenças do secretário de Agricultura de Guarapuava, Itacir Vezzaro (Licenciado desde abril), do vereador Neto Rauen, do diretor financeiro da Federação da Agricultura do Estado do Paraná (FAEP), João Luiz Rodrigues Biscaia, representando o presidente da federação, Ágide Meneguette, além de produtores rurais com suas famílias, representantes de cooperativas, empresas do agronegócio e parceiros do sindicato.
Na AGO, foram apresentadas as principais atividades do sindicato em 2015 e a prestação de contas aos associados. O protocolo foi aberto pelo vice-presidente Anton Gora, que fez a leitura do Edital de Convocação. O produtor e associado Anton Egles prosseguiu, relembrando a ata da última AGO. Na sequência, o presidente, Rodolpho Luiz Werneck Botelho, especificou as destinações de recursos do sindicato entre as diversas ações do dia a dia – dos eventos à folha de pagamento, passando pelos
e Roberto Motta Junior, recepcionou os associados durante o dia e realizou a apuração dos votos. Cerca de meia hora após o fechamento da urna, os mesários anunciaram o resultado, confirmando a eleição da chapa única. Serpa fez uma avaliação positiva: “Foi uma eleição muito tranquila. Essas pessoas que vieram votar têm de ser valorizadas, porque representam todo aquele grupo que compõe o sindicato”, observou. Apuração: Motta, Bilek e Serpa
AGO: aprovação Botelho: prestação de contas de 2015
Sander: sindicato teve um dos melhores resultados em anos recentes
Serpa: eleitores representaram o total de associados
investimentos em estrutura, comunicação e uma série de outras rubricas. Logo após, o sócio do Escritório Edio Sander, Ted Marco Sander, demonstrou o balanço patrimonial, a declaração de resultado de exercício e o balancete de verificação referente ao ano passado. Sander lembrou que um sindicato não é como uma empresa voltada ao lucro, mas destacou que, apesar disso, o ano de 2015 apresentou o melhor resultado obtido em anos recentes. Membro do Conselho Fiscal, Cícero Passos de Lacerda, leu o parecer do conselho, aprovando os números apresentados. Em seguida, o associado Francisco Serpa presidiu a votação das prestação de contas, aprovada pelos associados presentes à AGO. A assembleia prosseguiu com a apresentação da Proposta Orçamentária para 2016. Detalhada pelo presidente e colocada também em votação, a proposição recebeu a aprovação, encerrando o encontro. Na eleição de diretoria, a comissão de mesários, composta pelos produtores rurais Mário Bilek, Francisco Serpa
Por volta de 20h30, também no anfiteatro, teve lugar a cerimônia de posse da diretoria. Biscaia conduziu o juramento dos eleitos de defenderem os produtores rurais, declarando empossados os diretores. Em seu pronunciamento, Rodolpho Luiz Werneck Botelho, reafirmou a disposição de prosseguir o trabalho em defesa de condições sempre melhores para agricultores e pecuaristas. Ele ainda agradeceu publicamente aos quatro diretores que deixaram seus
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Rodolpho L. W. Botelho: reafirmando o compromisso com os produtores rurais
Associados e amigos do sindicato marcaram presença na posse da diretoria
cargos pelo empenho no exercício de Ao falar em nome do prefeito Cesar suas funções: Nilceia Veigantes, ErFilho, o secretário Vezzaro também Biscaia, da FAEP nesto Stock, Roberto Hyczy Ribeiro saudou o sindicato: “Parabenizo toda e Alceu Sebastião Pires de Araújo. A a diretoria que sai agora, mas tamcerimônia marcou o momento com a bém quero cumprimentar a diretoria entrega de brindes aos antigos e aos que assume pelo belíssimo trabalho novos membros da diretoria. que vem fazendo. É um dos sindicatos Ao se pronunciarem, as autoridades mais importantes do Estado do Pararessaltaram o papel do agronegócio e ná. O sindicato tem levado a nós, da do Sindicato Rural na defesa regional administração pública as reivindicado setor. O representante da FAEP enções dos agricultores. Tenho certeza fatizou a importância crescente que as que esta diretoria vai continuar com mulheres vêm adquirindo no campo, este trabalho”, destacou. Vereador Neto Rauen participando hoje em dia da gestão das Ao final dos pronunciamentos, os propriedades. Representando o Legismembros da diretoria receberam brinlativo Municipal de Guarapuava, o veredes alusivos às atividades agropecuáador Rauen enalteceu o papel do Sindirias que realizam, como réplicas de anicato Rural de Guarapuava: “É motivo de mais que criam nas propriedades. satisfação e orgulho estar participando Coquetel de confraternização, reuhoje desta solenidade. Sou filho e neto nindo diretores, produtores e suas fade produtores de Guarapuava, de lonmílias, parceiros e colaboradores do ga data. Sei da importância de cada um Sindicato Rural de Guarapuava, no saSecretário de Agricultura, Itacir Vezzaro que faz esta sua atividade, que trata esta lão de festas da entidade, encerrou a atividade com tanto amor e respeito e programação de posse da diretoria. que, com certeza, traz benefícios imensuráveis para uma sociedade. Quero deixar aqui registrada a minha posição quanto a todos os produtores rurais. Sabemos da importância do sindicato e do grande trabalho que vem fazendo Rodolpho Botelho e toda a sua Diretores receberam réplicas de animais como lembrança do Sindicato Rural equipe”, comentou.
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Diretoria do Sindicato Rural de Guarapuava 2016-2019 Presidente: Rodolpho Luiz Werneck Botelho 1º Vice Presidente: Josef Pfann Filho 2º Vice Presidente: Anton Gora 1º Secretário: Gibran Thives Araújo 2º Secretário: Cícero Passos de Lacerda 1º Tesoureiro: João Arthur Barboza Lima 2º Tesoureiro: Jairo Luiz Ramos Neto Delegado Repres. junto à FAEP: Anton Gora CONSELHO FISCAL: Titulares: Lincoln Campello, Luiz Carlos Colferai e Alexandre Seitz Suplentes: Carlos Eduardo dos Santos Luhm, Anton Gottfried Egles e Roberto Eduardo Nascimento da Cunha
Um sindicato atuante O Sindicato Rural de Guarapuava tem se destacado por sua atuação em defesa dos produtores rurais. Balanço de atividades apresentado na AGO 2016 mostra que a entidade realiza dezenas de atividades para cumprir aquele compromisso. Confira algumas das principais, que ocorreram entre 2015 e 2016.
Trâmites importantes para o produtor 800 declarações de ITR (Imposto Territorial Rural) 325 CCIR (Certidões de Cadastro de Imóvel Rural) 63 folhas de pagamento de propriedades rurais
Ada (Ato Declaratório Ambiental) Assessoria jurídica (Parceria Dr. Fábio Decker) Assessoria ambiental (Parceria Uniflora)
Cursos em parceria com o SENAR-PR 150 cursos (Guarapuava, Candói, Cantagalo e Foz do Jordão)
Pessoas capacitadas:
Itacir Vezzaro
65 em Guarapuava 456 em Candói 130 em Cantagalo
“O Sindicato tem se mostrado ao longo do tempo eficiente. Ele tem feito um trabalho tanto de orientação aos associados, na capacitação de seus associados, e em busca de soluções de problemas. Ele não é figurativo. É atuante. Vejo o trabalho do sindicato como de grande importância. O sindicato de Guarapuava é um diferencial no Paraná. O que ele está fazendo atende plenamente a expectativa dos seus associados e a comunidade em geral”.
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SECRETÁRIO MUNICIPAL DE AGRICULTURA (LICENCIADO DESDE ABRIL)
Alexandre Seitz,
UM DOS MEMBROS DA NOVA DIRETORIA “Minha expectativa é muito boa. Em primeiro lugar, estou muito honrado em participar. Até porque fui convidado. É sempre uma expectativa boa, porque a última e a penúltima gestão foram bem conduzidas, fortalecendo o sindicato. Hoje, o Sindicato Rural de Guarapuava é uma ferramenta importante para representar nosso setor politicamente. Em relação ao meu trabalho, espero que seja uma contribuição minha para toda a nossa classe. Vamos desenvolver um trabalho bom junto com os diretores. Para mim, vai ser um aprendizado. O empenho do Botelho é muito importante para a nossa classe”.
Luis Carlos Rodrigues Biscaia
6 edições por ano 116 páginas 3.400 exemplares 210 releases (notícias) enviados pelo sindicato à imprensa e associados, divulgando eventos e ações
Projetos, campanhas e novos serviços
Projeto Identidade Sindical (desconto para associados em produtos e serviços em várias empresas do agronegócio e de outros ramos, em Guarapuava, Candói e Cantagalo) Classificados e empregos on-line Campanha do Imposto Beneficente Campanha Produtor Solidário
Comissões Técnicas da FAEP Representantes do Sindicato Rural de Guarapuava levam às comissões técnicas da FAEP demandas dos produtores rurais, participando regularmente dos encontros das comissões de: Bovinocultura de Leite; Bovinocultura de Corte; Caprinocultura e Ovinocultura; Suinocultura; Cereais, Fibras e Oleaginosas; Hortifruticultura; e Meio Ambiente.
DIRETOR FINANCEIRO DA FAEP
Eventos
“O Sindicato Rural de Guarapuava é hoje reconhecido pela sociedade, pelo trabalho que vem fazendo, com atividades importantes, como a participação no Plano Pecuária Moderna. E não é de hoje, mas já há muitos anos. E vou até retroceder um pouco no tempo. O sindicato realizou uma vez um treinamento para açougueiros, sobre cortes nobres de carnes. Naquele momento já que se começou a divulgar essa questão da carne de qualidade. O sindicato vem mostrando que o pecuarista pode, sim, se unir e que a união é boa para todos”.
O Sindicato Rural de Guarapuava participa, todos os anos, dos principais eventos técnicos da agropecuária de sua área de atuação, seja como organizador e/ou apoiador, ou ainda sediando vários daqueles encontros em seu anfiteatro. Na Expogua, a exposição-feira agropecuária e industrial de Guarapuava, o sindicato, um dos apoiadores, se faz presente anualmente em seu Chalé. A entidade organiza além disso caravanas de produtores rurais para visitação do Show Rural da Coopavel.
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Termo de Compromisso
Rodolpho Luiz Werneck Botelho
Jairo Luiz Ramos Neto
Josef Pfann Filho
Lincoln Campello
Anton Gora
Luís Carlos Colferai
Gibran Thives Araújo
Alexandre Seitz
Cícero Passos de Lacerda
Carlos Eduardo dos Santos Luhm
Anton Egles
João Arthur Barbosa Lima
Roberto Eduardo Nascimento da Cunha
Presidente agradece ex-diretores Além dos ex-diretores que estiveram presentes à solenidade de posse (Alceu Araújo e Nilceia Veigantes), os sócios Roberto Hyczy Ribeiro e Ernesto Stock, que ocupavam o cargo de conselheiro fiscal, também foram homenageados. O presidente Rodolpho L. W. Botelho, o vice Anton Gora e a gerente da entidade, Luciana Bren, agradeceram a colaboração de ambos durante a gestão e entregaram lembranças.
Rodolpho Botelho, Ernesto Stock e Anton Gora
Presentes à posse, Nilceia Veigantes e Alceu Araújo foram dois dos quatro exdiretores homenageados
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Revista do Produtor Rural do Paraná
Luciana Bren e Roberto Hyczy Ribeiro
Meio ambiente
Produtores realizam o
Cadastro Ambiental Rural
V
ários atendimentos a produtores foram realizados por meio do “Dia do CAR (Cadastro Ambiental Rural)”, promovido nos últimos meses pelo Sindicato Rural de Guarapuava, em parceria com a Uniflora Engenharia. Devido à proximidade do prazo final para cadastramento, que terminou no dia 05 de maio, a procura pelo atendimento aumentou, mas muitos proprietários ainda não fizeram o cadastro. A FAEP e o Sindicato Rural de Guarapuava orientaram os produtores a realizarem o cadastro dento do prazo, a fim de evitar perda de benefícios. A proposta para adiamento do prazo foi aprovada pela Comissão Especial de Agricultura e o próximo passo é a análise pelo plenário da Câmara.
O que é o CAR: O Cadastro Ambiental Rural – CAR é um registro eletrônico, obrigatório para todos os imóveis rurais, que tem por finalidade integrar as informações ambientais referentes à situação das Áreas de Preservação Permanente - APP, das áreas de Reserva Legal, das florestas e dos remanescentes de vegetação nativa, das Áreas de Uso Restrito e das áreas consolidadas das propriedades e posses rurais do país. Criado pela Lei 12.651/2012 no âmbito do Sistema Nacional de Informação sobre Meio Ambiente - SINIMA, o CAR se constitui em base de dados estratégica para o controle, monitoramento e combate ao desmatamento das florestas e demais formas de vegetação nativa do Brasil, bem como para planejamento ambiental e econômico dos imóveis rurais.
SISTEMA SICAR
Dados referentes ao período de 05/05/2014 a 31/03/2016 Revista do Produtor Rural do Paraná
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Pitanga
Integração lavourapecuária: tradição e desejo de inovar Com experiência em lavoura-pecuária em área declivosa, agropecuarista defende informação técnica para consolidar o futuro da pastagem
E
xperiência em uma atividade pode ser, entre outras coisas, a disposição para inovar. Com esta visão, o agrônomo e agropecuarista Anselmo Coutinho Machado, com propriedade em Pitanga (região central do PR), iniciou há mais de 20 anos uma forma de trabalhar a terra que cada vez mais se mostra moderna. Para ele, na realidade, se trata de uma alternativa para manter viável a produção de grãos. Na fazenda, a integração lavoura-pecuária (com bovinocultura de corte) é uma opção a ser atualizada, o tanto quanto
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Revista do Produtor Rural do Paraná
possível, com base numa abordagem agronômica e na adoção de novas tecnologias. Em entrevista, Machado relembrou o início de seu trabalho no local e contou como funciona hoje a rotação de áreas de lavoura e gado. Utilizando pasto como principal fonte de alimento para o plantel, ele defende que se faça ainda mais pesquisas no setor, capazes de apontar soluções para desafios como a adubação de solo em áreas declivosas. A racionalização na divisão de piquetes e de áreas de lavoura, que agora
se vê na propriedade, resultam de um trabalho de muitos anos, iniciado com um primeiro passo, logo que a fazenda foi adquirida, em 1988: “O solo era muito ácido. Nós construímos a fertilidade desta terra”, destacou o produtor. “Começamos com agricultura e de uns 20 anos para cá fazemos a integração lavoura-pecuária”, acrescentou. No verão, algumas das áreas são destinadas para milho e soja. Na mesma estação do ano, outras são mantidas como pastagens perenes. No inverno, onde se produziu grãos, entram então pastos como aveia e azevém. Na pecuá-
ria, o trabalho é focado em recria e terminação, com bezerros charolês, angus e cruza industrial. Mostrando abertura por inovar, Machado comentou que não exitou em adquirir um gado britânico pouco comum na região, o devon – que tem, entre outras características, rusticidade e precocidade –, apenas para “conhecer a raça”. O rebanho, que gira em torno de 300 cabeças por ano, o agropecuarista contou que adquire em feiras locais e regionais, como as de Guarapuava. O ciclo começa em pastagem de inverno: “A gente põe o boi, já com 12 ou 13 arrobas, na aveia. Ele fica ali basicamente de 90 a 120 dias. É suficiente para ele colocar uns 100 a 120 quilos de peso”, especificou. Complementação é com sal. “Você consegue um ganho de peso praticamente igual o confinamento”, comparou. No verão, a engorda prossegue em pastos perenes. “Não invisto em pastagem de verão, como milheto e sorgo. Tenho brizantão, hemárthria e uma grama estrela melhorada. Faço uma adubação por ano, como na lavoura de soja, depois do inverno, em agosto ou setembro, e duas aplicações de ureia durante o ciclo da pastagem, na primavera e no verão”, detalhou. No final da estação, os animais seguem de novo para um pasto de inverno, com aveia. De lá, com cerca de dois anos e com o peso de abate, são comercializados. “Fazendo isso, a taxa de desfrute está em torno de 60%”, revelou. Considerando positivos os resultados da lavoura-pecuária na fazenda, Machado destacou que, a seu ver, existem duas razões para se buscar este tipo de sistema produtivo. Uma seria econômica. O atual preço das terras no Paraná exigiria melhor aproveitamento das áreas; e para as propriedades de médio ou pequeno porte, que enfrentam a
Aveia pós soja para pastejo do gado
questão da escala na produção de grãos, o gado seria uma renda a mais. “Soja, por exemplo. Você não vai ter escala para competir com as áreas do Mato Grosso, Goiás e MATOPIBA”, avaliou. A segunda razão é que, em sua O casal de produtores Marilma e Anselmo: realização com recria opinião, uma atide bezerros, atenção às novidades em pastagens vidade pode ajudar a outra. O agropecuarista sublinhou que é possível a insunto e instituições buscando respostas tegração sem compactar o solo, desde para desafios técnicos: “Hoje, na pecuque se observe critérios técnicos. “A ária, já se fala em pastagem com adubacompactação vem da boca e não da ção de precisão”. pata do boi”, pontuou, ao assinalar que E o que dizer então de pastagens peé preciso respeitar a altura mínima do renes? Fazê-las durar por muitos anos pasto recomendada pelas informações é outro desafio: “Realmente não é fácil de pesquisa – evitar deixar o animal fazer isso. A gente vê, no Mato Grosso, tempo demais no piquete. que eles falam em rotação lavoura-peRelatando a experiência em sua procuária. Fazem três anos pastagem, um priedade, Machado observou que “o que ano lavoura. Com isso, consegue-se ter vai ocorrer é um adensamento do solo”, uma pastagem de excelente qualidade numa camada que ele estima entre 4 e e sem degradação nenhuma. Mas lá a 5 cm. “O disco de corte da plantadeira topografia ajuda. A nossa realidade rompe isso aí tranquilamente e você esaqui é outra. Como fazer lavoura em tabelece uma cultura dentro dos critérios área dobrada?”, questionou. “Eu tenho técnicos”, disse. conseguido melhorar minha rotação só Mas se na agricultura a quantidade com adubação e calcário, mas é tudo de informação de pesquisa já é enorme aplicado por cima. É um desafio mane na bovinocultura de corte o Plano Peter uma pastagem com boa lotação, cuária Moderna vem trazendo a reflexão sem degradar, em área dobrada. Área sobre técnica e mercado, o agropecuaplana, onde vai máquina, é tudo mais rista opina que é preciso maior difusão tranquilo”, explanou. de estudos sobre as pastagens. “Você vai Ainda assim, o agropecuarista connesses dias de campo, as empresas têm siderou que a integração lavoura-peinformação toda hora, coisa recente”, cuária, até o momento, vem se moscomparou. Machado observou que, por trando positiva: “Acho que se for ver o outro lado, já vê alguma evolução, com conjunto é um sistema bem lucrativo e mais agrônomos se dedicando ao asinteressante”.
Na tendência paranaense: charolês, angus e cruzas industriais comercializadas com dois anos Revista do Produtor Rural do Paraná
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Piscicultura
Produtores adquirem alevinos
O
Sindicato Rural de Guarapuava e a Piscicultura Progresso realizaram, nos dias 15 de março e 15 de abril, na sede da entidade, entrega de encomendas de alevinos a produtores rurais. A ocasião foi também um momento de troca de ideias entre os produtores e o diretor da piscicultura, Erivelto Leonardo, sobre detalhes técnicos da criação dos alevinos, como soltura, adubação de tanques, alimentação até a fase adulta e cuidados gerais. Desde 2014, o Sindicato Rural de Guarapuava e a Piscicultura Progresso começaram a parceria, com o objetivo de facilitar aos produtores rurais o acesso à aquisição de alevinos. Entre as mais de 20 espécies comercializadas pela piscicultura estão: tilápia, carpa capim, carpa húngara, tambacu, lambari, pacu, dourado, jundiá, matrinxá, catfish e bagre africano. Associados à entidade e produtores rurais em geral podem realizar seus pedidos diretamente na sede do sindicato (Rua Afonso Botelho, nº 58, Bairro Trianon – Fone: (42) 3623-1115). Os preços dependem de cada espécie e da quantidade encomendada. As datas de entrega são informadas diretamente no sindicato ou no site da entidade (www. srgpuava.com.br). Para mais informações, os interessados podem entrar em contato (42) 3623-1115 - Guarapuava, Extensão de Base Candói - (42) 36381721 ou Extensão de Base Cantagalo (42) 3636-1529
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Revista do Produtor Rural do Paraná
Entrega dia 15 de março
Erivelto Leonardo e Jonas Cebulski
Márcia Vasselik e Valdir Ribas
Edino e Paulo Cochinerik
Emerson Itamar e Marcelo Augusto Denck
Aroldo Ferreira Tacheviski
Neiva e Jacir Salvador com Erivelto Leonardo Darci Carraro
Mateus e Rafael Bilyk
Mário Bilek
Maikon e Luís Sérgio Chicouski
Entrega dia 15 de abril
João Adolfo Cardoso e João da Silva Sobrinho
Danuta e Antônio Pires
Luiz Gustavo e Rosnei Corrêa
Amauri e Ivo Seguro
Francisco Corrêa
Everaldo Bastos
Alfredo Jungert
Daniel Primak Alves
Doação No dia 15 de abril, o Sindicato Rural de Guarapuava fez a doação de 2,5 mil alevinos à Associação Canaã de Proteção Aos Menores, que fica no distrito de Entre Rios – Guarapuava. A ideia é que os peixes sirvam de alimento para as crianças e também possa gerar uma renda extra para entidade por meio da comercialização.
O Canaã é uma entidade mantida por missionários americanos, o Canaan Land Ministries (CLM), chamada no Brasil, de Associação Canaã de Proteção aos Menores. Chegou há 12 em Entre Rios com a missão de abrigar e dar segurança a crianças que moravam nas ruas ou foram abandonadas pela família. O Canaã tem como objetivo criar ambientes seguros, educar com maior amor possível e também ensinar os valores cristãos. A associação fica localizado em uma fazenda que oferece conforto, lazer e principalmente proteção.
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Resultados da Safra 2015/2016 Alexandre Marath - Guarapuava - PR
Johann Zuber Junior - Guarapuava - PR
Híbrido
Área (ha)
Produtividade (kg/ha)
Híbrido
Área (ha)
Produtividade (kg/ha)
P3456H P2530 30R50YH
3,2 17 9,7
16.217 15.003 14.959
P2530 P3456H
106 20
14.207 13.800
Cristian Abt - Guarapuava - PR Híbrido
Área (ha)
Produtividade (kg/ha)
P2530 P1630H
47,5 77
15.130 12.750
Josef Stutz - Guarapuava - PR Híbrido
Área (ha)
Produtividade (kg/ha)
P3456H P2530
12 10
14.560 13.480
Johann Mecher - Guarapuava - PR Híbrido
Área (ha)
Produtividade (kg/ha)
P2530
14
14.242
Evaldo Anton Klein - Guarapuava - PR Híbrido
Área (ha)
Produtividade (kg/ha)
P2530 P3456H
79 34
13.788 12.909
Jonathan Seitz - Guarapuava - PR Híbrido
Área (ha)
Produtividade (kg/ha)
P2530 P3456
23 15
13.980 13.100
Moacir Kenji Aoyagui - Guarapuava - PR Híbrido
Área (ha)
Produtividade (kg/ha)
30F53YH 30R50YH
50 25
13.500 13.300
Helmuth J. Seitz e outros - Guarapuava - PR Híbrido
Área (ha)
Produtividade (kg/ha)
P3456H P2530 P1680YH
30 30 25
13.525 13.310 11.820
Roland Paul Gumpl - Candói - PR Híbrido
Área (ha)
Produtividade (kg/ha)
P3456H
8
13.740
YieldGard® é marca registrada utilizada sob licença da Monsanto Company. Tecnologia de proteção contra insetos Herculex® desenvolvida pela Dow AgroSciences e Pioneer Hi-Bred. Herculex® e o logotipo são marcas registradas da Dow AgroSciences LLC. LibertyLink® e o logotipo são marcas registradas da Bayer Cropscience. Roundup Ready™ é marca registrada utilizada sob licença da Monsanto Company. As marcas com ®, ™ ou SM são marcas e marcas de serviço da DuPont, Pioneer ou de seus respectivos titulares. © 2016 PHII
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Anna Filian Milla - Pinhão - PR Híbrido
Área (ha)
P3456H 31,9 P2530 12,3 30R50YH 33,5
Paulo Denilson Basso - Pinhão - PR
Produtividade (kg/ha)
Híbrido
Área (ha)
Produtividade (kg/ha)
13.865 13.313 12.860
P3456H
30
13.400
Manfred Stefan Spieler - Pinhão - PR Híbrido
Área (ha)
Produtividade (kg/ha)
P3456H P1680YH 30R50YH
70 50 50
13.580 13.320 12.600
Grupo Keller - Pinhão - PR Híbrido
Área (ha)
Produtividade (kg/ha)
P3456H P2530
52,5 41,8
13.937 13.735
Werner Bradtner - Candói - PR Híbrido
Área (ha)
Produtividade (kg/ha)
P1630H
20
13.700
Wienfried Matthias Leh - Guarapuava - PR Híbrido
Área (ha)
Produtividade (kg/ha)
P2530 P1680YH
40 45
12.850 12.525
Raimund Himmelsbach - Pinhão - PR Híbrido
Área (ha)
P2530 19 P1630H 90,3 P1680YH 42,5
Produtividade (kg/ha)
13.852 13.163 12.067
André Benz - Guarapuava - PR Híbrido
Área (ha)
Produtividade (kg/ha)
P2530
10,9
12.931
Annemarie Pfann e outros - Guarapuava - PR Híbrido
Área (ha)
Produtividade (kg/ha)
P3456H 30F53YH P1630H P2530 P1680YH
20 80 86 66 100
13.200 12.528 11.850 11.600 11.500
Josef Taschelmayer - Guarapuava - PR Híbrido
Área (ha)
Produtividade (kg/ha)
P1630H
35
13.138
Março / 2014 Observou-se redução na suscetibilidade e resistência à proteína Cry1F (tecnologias Herculex® I e Optimum® Intrasect®) em populações de lagarta-docartucho-do-milho (Spodoptera frugiperda). Por favor, entre em contato com o Representante de Vendas de produtos marca Pioneer® e informe-se sobre as Melhores Práticas no Manejo Integrado de Pragas.
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Cavalo crioulo
EXPOCRIOULO escolheu os melhores exemplares da raça
O
Créditos das fotos: José Guilherme Martini
Núcleo de Criadores de Cavalo Crioulo de Guarapuava promoveu dos dias 25 a 28 de fevereiro a 5ª Expocrioulo de Verão, no Parque de Exposições Lacerda Werneck. Devido à forte chuva, a programação teve que ser alterada. Algumas provas precisaram ser canceladas e serão marcadas em uma nova Melhores exemplares da raça fêmea e macho data. O julgamento morfológico e o leilão de coberturas aconteceram normalmente. O julgamento contou com a supervisão técnica de Rafael Sant’Anna, profissional credenciado à Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Crioulos (ABCCC). Já o jurado foi Alexandre Pons Sañe. O evento contou com o apoio do Sindicato Rural de Guarapuava, Sociedade Rural de Guarapuava e da Cooperativa Agrária – Nutrição Animal.
Confira o resultado: Fêmeas
Melhor Exemplar da Raça, Grande Campeã e Campeã Potranca Menor Indiana do Imbuial, filha de Viragro Rio Tinto e Debochada do Imbuial, criador e expositor Evaldo Mendes Taborda, Cabanha Santa Luzia do Imbuial, Curitiba/PR Reservada Grande Campeã e Campeã Égua Prenhe Época do Ribeirão Bonito, filha de Herdeiro do Itapororó e SJ Tirana, criador e expositor Arison Jung, Cabanha Ribeirão Bonito, Guarapuava/PR 3ª Melhor Fêmea e Campeã Égua Adulta Canhada do Purunã, filha de Del Oeste Mutante e Madagascar do Purunã, criador e expositor Mariano Lemanski, Estância São Rafael, Balsa Nova/PR 4ª Melhor Fêmea e Campeã Égua Menor Dalila II do Purunã, filha de Del Oeste Mutante e Madagascar do Purunã, criador e expositor Mariano Lemanski, Estância São Rafael, Balsa Nova/PR
Machos
Grande Campeão e Campeão Potranco Menor El Mago do Purunã, filho de Del Oeste Mutante e Naia do Purunã, criador e expositor Mariano Lemanski, Estância São Rafael, Balsa Nova/PR Reservado Grande Campeão e Campeão Cavalo Menor Caratuva Ditador, filho de Viragro Rio Tinto e BT Escaramuça, criador e expositor Eliseu da Silva Taborda Ribas, Cabanha Caratuva, Araucária/PR
Criadores recebendo premiação
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3º Melhor Macho e Reservado Campeão Cavalo Menor Ícone da Itaipú, filho de Dinamite da Maior e Destacada do Itaipú, criador e expositor Valmir Dallacosta, Cabanha Itaipú, Pato Branco/PR 4º Melhor Macho e Campeão Cavalo Adulto Juquiá Kaburé, filho de Olho Branco do Purunã e Negra Linda da Fascinação, criador Sérgio Alves Teixeira, expositor Paulo Roberto Faucz da Cunha, Cabanha Cabreúva, Ponta Grossa/PR
Colheitadeira
Axial-Flow Série 130 é o maior lançamento dos últimos anos da Case IH no Brasil
A
Case IH apresenta a evolução do sistema de colheita Axial-Flow, introduzido no Brasil de forma pioneira pela fabricante na década de 90, com o lançamento das colheitadeiras Axial-Flow Série 130, composta de quatro modelos: 4130 (da classe 5), 5130e 6130 (da classe 6) e 7130 (da classe 7). As classes 5,6 e 7 são usadas em todas as regiões do Brasil e representam mais de dois terços do mercado de colheitadeiras de grãos no país. Atualmente, a tecnologia axial está presente em aproximadamente 70% das máquinas vendidas. Na nova linha os motores mecânicos foram substituídos por motores eletrônicos FPT Industrial, cuja reserva de potência pode chegar ao dobro do principal concorrente; o rotor Small Tube apresenta um volume 26%
maior para o processamento de grãos, comparado ao modelo anterior, e as áreas de peneiras são as maiores da categoria. O lançamento da Série 130 é um dos maiores da história da fabricante no Brasil. Foram investidos 40 milhões de dólares no desenvolvimento do projeto, testes de campo e na preparação de uma linha de montagem exclusiva na fábrica de Sorocaba, no interior de São Paulo. “Estamos renovando a linha de maior sucesso da marca, com o sistema Axial-Flow, que já é reconhecido e aprovado pelo produtor rural, por isso nosso compromisso em apresentar uma solução ainda melhor, mais completa e eficiente era muito grande”, afirma Mirco Romagnoli, vice-presidente da Case IH para a América Latina.
A nova linha de colheitadeiras tem motores eletrônicos FPT Industrial que apresentam até o dobro de reserva de potência. Capacidade de processamento de grãos aumentou 5% com rotor Small Tube. As novas axiais são até 10% mais produtivas e economizam até 11% de combustível.
Desenvolvida sob o conceito Efficient Power da Case IH, que oferece recursos tecnológicos para o agricultor produzir mais com custos operacionais menores, a Série 130 chega ao mercado apresentando as seguintes vantagens: maior produtividade da categoria, colheita fácil em qualquer condição, melhor qualidade de colheita e maior disponibilidade e ainda o menor custo operacional. “Além de novos motores e rotores, nós pensamos em todos os detalhes que fizessem a máquina colher mais em qualquer condição de trabalho, apresentando grãos mais limpos e inteiros, e que facilitassem a rotina do operador na hora dos ajustes e manutenção”, diz Christian Gonzalez, diretor de Marketing da Case IH para a América Latina.
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Notas
da Sociedade Rural de Candói, Gilberto Marcondes, considerou que as expectativas foram alcançadas. “A gente ficou bem satisfeito com o resultado. Dentro do mercado de hoje, foi uma feira bem sucedida para quem vendeu e para quem
Sócio Participativo é valorizado
comprou”, avaliou. Também em termos de público, Marcondes apontou uma boa presença de pecuaristas, tradicionais compradores de bovinos, dos municípios de Candói, Guarapuava, Marquinho, Laranjeiras do Sul e Cantagalo.
Homenagem Póstuma
Sebastião Meira Martins:
uma vida cultivando a história O Sindicato Rural de Guarapuava realizou, recentemente, mais uma etapa da Campanha Sócio Participativo: o sorteio de uma cesta de Páscoa. O ganhador foi o associado Cezar Silvestri, que recebeu o brinde dia 24 de março, das mãos do presidente do Sindicato Rural, Rodolpho Luiz Werneck Botelho. Criada para valorizar os sócios que participam de atividades do sindicato ou que utilizam os serviços da entidade, a campanha oferece a eles cupons para concorrer a prêmios. Têm direito ao cupom, os associados que se fazem presentes em reuniões, cursos, palestras, eventos técnicos, ou que recorrem ao sindicato para emissão do Imposto Territorial Rural (ITR), emissão do Certificado de Cadastro de Imóvel Rural (CCIR), Ato Declaratório Ambiental (ADA), certidão negativa para o Instituto Ambiental do Paraná (IAP), Declaração de Aptidão para o PRONAF (DAP) ou folha de pagamento. Sócios que comparecem à entidade para realizar o pagamento de anuidade (neste ano, com vencimento no último dia 18 de março) também participaram.
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Revista do Produtor Rural do Paraná
Guarapuava perdeu, no último dia 21 de março, um nome que se tornou conhecido por reunir, em mais de 20 livros, informações sobre o passado do município e da região: aos 88 anos, faleceu Sebastião Meira MarSebastião Meira Martins, no lançamento do tins. Entre seus títulos mais livro “Soberbas Fazendas de Nosso Rincão”, em 2011, no Sindicato Rural conhecidos estão “Pioneiros do Vale de Entre Rios 1818-1951” e “Guarapuava, Nossa Gente e suas Origens”. Pelo menos duas de suas obras tiveram lançamento no Sindicato Rural de Guarapuava: “Padre Ponciano José de Araújo e seus Descendentes” e “Soberbas Fazendas de Nosso Rincão”. O autor chegou a ser membro da Academia de Artes, Ciências e Letras de Guarapuava e do Conselho Municipal de Preservação. Ano passado, foi tema de selo lançado pelos Correios. Em sua propriedade, uma das tradicionais fazendas da região, Meira Martins manteve dezenas de objetos, utilizados na antiga lida do campo, e reuniu fotos de Guarapuava, retratando a cidade e a região no início e em meados do século 20. O produtor foi também um dos entrevistados pela REVISTA DO PRODUTOR RURAL para a série de reportagens “Fazendas Históricas”, publicada entre 2014 e 2015.
Foto: Sindicato Rural de Guarapuava/Arquivo
Foi realizada no dia 24 de abril, em Candói, a 42ª Feira Estadual de Bezerros do município. Durante a tarde, no Centro de Eventos, foram apresentados para a comercialização cerca de 1.300 animais, entre machos e fêmeas, de cruzas de Angus, Charolês, Tabapuã, Nelore, Brahman e Canchim. O valor movimentado girou em torno de R$ 1,6 milhão, confirmando mais uma vez a feira como um dos principais espaços para compra e venda de bovinos na região centro-oeste do Paraná. Realizado pela Sociedade Rural de Candói, com o apoio do Sindicato Rural de Guarapuava – Extensão de Base Candói, o evento teve os remates a cargo da Gralha Azul. Ao avaliar a feira, o diretor de eventos
Fotos: Ana Paula Quadros
42ª Feira de Bezerros de Candói movimenta R$ 1,6 mi
Bovinocultura de corte
Comitês Regionais promoveram diversos eventos Os Comitês Regionais do Programa Pecuária Moderna promoveram diversos eventos nos últimos meses, em todo o Estado. Confira:
Cidade Gaúcha Apucarana
Cianorte Santo Antônio da Platina
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Pecuária Moderna
Capacitação de técnicos visa o desenvolvimento da pecuária estadual
Na capacitação, voltada a veterinários, zootecnistas e agrônomos, cada aluno terá de aplicar conhecimentos em uma propriedade para melhorar eficiência da bovinocultura de corte
O
centro-sul do Paraná começou a receber, recentemente, uma das principais ações do Plano Pecuária Moderna para nivelar por cima a bovinocultura de corte no Estado: a realização de cursos em cidades-pólo do interior para difundir, entre os profissionais que dão assistência técnica ao produtor, a visão de que a atividade precisa reunir técnica, sanidade, gestão empresarial e percepção de mercado. Em Guarapuava, segundo município a receber o programa de capacitação, o curso teve abertura oficial no dia 10 de março, na sede do Sindicato Rural. O primeiro módulo enfocou o tema a Gestão na propriedade, sendo coordenado pelo professor Paulo Rossi Júnior (coordenador do LapBov da UFPR). Já o segundo módulo – Pastagens como principio da produção animal, foi realizado de 31 de março e 1º de abril, ministrado pelo professor Sebastião Brasil (departamento de Agronomia da Unicentro). Com carga horária de mais de 130 horas, com dois dias de aula a cada duas semanas, o curso em Guarapuava deverá se estender até o próximo mês de julho.
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Abertura Ao saudar os cerca de 20 inscritos, o presidente do sindicato, Rodolpho Luiz Werneck Botelho, e o professor Paulo Rossi Júnior (coordenador do LapBov da UFPR) – ambos integrantes da ampla equipe que colaborou para a elaboração do Plano Pecuária Moderna – relembraram a importância da iniciativa. Botelho, que é agrônomo, produtor rural, bovinocultor e também preside a Comissão Técnica de Bovinocultura de Corte do Sistema FAEP (Federação da Agricultura do Estado do Paraná), disse à turma, formada por veterinários, zootecnistas, agrônomos e produtores, que a produção de carne bovina deve seguir a mesma evolu-
Módulo Gestão A gente observou que deveria fazer um programa de capacitação para que os profissionais conseguissem ter um conhecimento mais coeso e que fosse um fator de multiplicação. Quer dizer: que ele (o participante do curso) usasse esse conhecimento para realmente desenvolver propriedades. Um dos pontos que o plano prevê é a criação das unidades-modelo, onde se vai aplicar a tecnologia que vai ser discutida aqui, para fazer esta unidade sair de uma condição atual de baixa produtividade para uma condição de propriedade de produtividade mais elevada”.
Paulo Rossi Júnior LapBov/UFPR
Módulo Pastagens como princípio da produção animal
Sebastião Brasil
Professor da Unicentro
Nós abordamos, durante o módulo, fatores ligados ao estabelecimento das pastagens e fatores ligados ao manejo das pastagens, assuntos que os profissionais que vão a campo têm relatado que estão sentindo dificuldade. Como já é uma turma de profissionais, muito daqueles conceitos teóricos nós estamos revendo sobre situações práticas. Surgiu muita dúvida, coisas que eu achava que estavam sedimentadas, mas não estão; dúvidas sobre ações práticas, ligadas ao manejo da pastagem, a condução da pastagem, a condição do histórico da pastagem, o acompanhamento da pastagem e da intervenção do profissional de ciências agrárias. As principais foram: o estabelecimento da pastagem - como eu vou estabelecer pastagem em uma área de morro, por exemplo? Ou como eu conduzo a pastagem numa área dobrada? Como eu programo para utilizar essas pastagens? Com que categoria animal posso utilizá-las? Como evitar vazios e principalmente, questionamentos sobre adubação”.
Módulo Produções de Alimentos Conservados
Mikael Neumann Professor da Unicentro
Nós discutimos a produção de alimentos conservados que envolve, principalmente, alimentos forrageiros conservados na forma de silagem, pré-secados e fenos. O objetivo desse módulo foi trabalhar em três segmentos distintos desse setor: a primeira parte foi em relação à lavoura, Como conduzi-la com vista de produção de uma forragem de qualidade, com redução de custo de produção; o segundo momento foram aspectos direcionados à confecção prática de silagem pré-secada e feno, com pontos de estrangulamento, um detalhamento maior de fatores que podem interferir em um bom grau de conservação, visando que toda forragem produzida seja mantida tanto seu volume, como a qualidade até o momento da alimentação dos animais. A terceira fase se referiu ao uso desses alimentos na nutrição de bovinos de corte. Foram abordados aspectos relativos ao melhor aproveitamento do alimento e sua transformação em carne”.
ção que aconteceu na agricultura brasileira – um setor que há vários anos evoluiu em tecnologia, elevou a produtividade e vem adotando cada vez mais a administração do sistema produtivo como empresa. Ele também ressaltou a qualidade profissional dos instrutores que aplicarão o curso. Botelho recordou que Rossi Júnior, professor do primeiro módulo (Gestão), esteve à frente do levantamento da situação da bovinocultura de corte paranaense (2013) que serviu de base para o governo do Estado, a FAEP e várias entidades elaborarem em conjunto o Plano Pecuária Moderna.
Paraná busca bovinos de corte cada vez mais precoces Revista do Produtor Rural do Paraná
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No mesmo enfoque, o docente da UFPR sublinhou que os investimentos feitos pelos realizadores do Plano Pecuária Moderna para viabilizar os cursos são elevados. Por isso, completou,a meta é que a capacitação gere resultado prático no campo, melhorando a qualidade e a eficiência das propriedades de bovinocultura de corte. Nas aulas, antecipou Rossi Júnior, a ideia não é ficar em discussões teóricas. Já os participantes, alertou, devem compreender que o curso não visa proporcionar apenas mais um certificado, mas conhecimento a ser levado aos bovinocultores de corte. A capacitação prevê que cada aluno terá de elaborar, apresentar e implantar, em uma situação real, numa propriedade, um projeto para melhorar um sistema produtivo da bovinocultura de corte. As propriedades que implementarão os projetos, conforme o Plano Pecuária Moderna, deverão formar, nos próximos 10 anos, um conjunto de 250 pólos de referência nas várias regiões do Paraná – lugares onde os bovinocultores de corte poderão conhecer avanços em tecnologia, manejo e gestão, observando como as novidades estão sendo aplicadas na prática e quais os seus resultados.
Opinião
Robson Kyoshi Ueno (Veterinário, doutorando na UFRGS, auxiliar de pesquisa na UNICENTRO e um dos alunos do curso)
Tenho feito um levantamento de dados da pecuária do Estado e o déficit, principalmente no setor de cria, é muito grande. A gente vai muito bem na questão de recria e terminação, sistema de integração lavoura-pecuária, mas a parte de cria é muito complicada. Essa iniciativa do curso é um passo para que sermos mais competitivos. Avalio que os módulos foram muito bem pensados pela FAEP, pelos professores que montaram o curso, e com certeza, vai servir para a melhoria da pecuária do Estado”.
No dia 17 de março, houve o Encontro dos Comitês Regionais e Central do Pecuária Moderna, na Federação de Agricultura do Estado do Paraná (Faep), em Curitiba. O presidente do Programa Pecuária Moderna, Rodolpho Luiz Werneck Botelho, que também é presidente do Sindicato Rural de Guarapuava esteve presente. Durante o encontro, o professor Paulo Rossi Júnior (coordenador do LapBov da UFPR) ministrou uma palestra com o tema Conjuntura do mercado da carne bovina e perspectivas para o setor.
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Foto: FAEP
Em tempo
Palestras técnicas
O
presidente do Sindicato Rural de Guarapuava, Rodolpho Luiz Werneck Botelho, que também é presidente da Comissão Técnica de Bovinocultura de Corte da Federação da Agricultura do Estado do Paraná (FAEP) e coordenador do Plano Pecuária Moderna, participou de alguns eventos nos últimos meses com o objetivo de difundir e também coletar informações de outros estados para o desenvolvimento na pecuária do Paraná. Nos dias 7 e 8 de abril, Botelho participou da 76ª Etapa do Fórum Permanente do Agronegócio, em Bagé (RS), que teve como tema “Para onde irão os novilhos?”, evento realizado pelo SENAR-RS, com promoção da Farsul e Casa Rural e o apoio da Associação e Sindicato Rural de Evento “Para onde irão os novilhos”, realizado em Bagé-RS Bagé, Núcleo de Produtores de Terneiros de Corte de Bagé e lha: Pecuária Moderna – De criador de Departamento de Zootecnia da UFRGS. gado para produtor de carne. No evento, ele coordenou o painel “PlaNo evento, foi abordada a necesno Integrado de Desenvolvimento para sidade da modernização da produção a Pecuária Moderna”, explicando os obbovina. Foram realizados painéis com jetivos e como está sendo desenvolvido quatro palestrantes: o assessor de neo plano no estado do Paraná. gócios internacionais - sustentabilidaJá no dia 13 de abril, além de relade da Agência Brasileira de Promoção tar a participação no seminário “Para de Exportações e Investimentos (Apex) onde irão os novilhos?”, que é um proGilson Spanemberg, o coordenador grama similar ao Pecuária Moderna, técnico regional do Instituto Agronôem reunião da Comissão Técnica de mico do Paraná (Iapar)/Polo PesquiBovinocultura de Corte da FAEP, em sa OesteElir de Oliveira, o engenheiro Londrina, Botelho também participou agrônomo José Renato Silva Gonçalves da 56ª Expolondrina no Encontro Foe o zootecnista Geraldo Moreli, mes-
Foto: Folha de Londrina
Discussões sobre pecuária seguem a todo vapor no Sul do país
Rodolpho Luiz Werneck Botelho no Encontro Folha: Pecuária Moderna na Expolondrina
tre em produção animal do Instituto Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater) que finalizou o encontro com o painel “Produção e comercialização de novilho precoce Quality Carnes Nobres Coopcarnes”. Após as palestras, o evento proporcionou também uma mesa redonda coordenada por jornalistas, onde foram debatidos o manejo e recuperação de pastagens em áreas declivosas, sistemas de produção em pecuária de corte, produção e comercialização de novilhos precoces e mercado de exportação.
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Enxofre
SULFURGRAN: Ferramenta para a obtenção de altos rendimentos agronômicos Eng. Agro, M.Sc. Ithamar Prada Neto Diretor de Pesquisa e Desenvolvimento da Produquímica Eng. Agrônomo, M.Sc. Gabriel Schaich Gerente Técnico e de Desenvolvimento da Produquímica na região Sul do Brasil
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agricultura moderna esta amparada nos pilares do aumento da produtividade e rentabilidade, bem como na melhoria do rendimento operacional dentro das atividades envolvidas na cadeia produtiva. Muitas vezes, o aumento no rendimento operacional reduz o custo de produção, sem prejuízos técnicos, porém, em alguns casos, pode acarretar em redução expressiva na produtividade. Nesses casos tem-se um dilema em que, de um lado ficam as questões operacionais e do outro as questões técnicas, situação que ocorre em muitas propriedades com a adubação com enxofre. Atualmente o crescimento no uso de formulações contendo apenas matérias-primas de alta concentração, como o MAP e a uréia têm ocasionado problemas de deficiência de S e por consequência de redução na produtividade agrícola. Outras causas podem ser citadas como a elevação da exportação de nutrientes devido ao aumento da produtividade das áreas e a diminuição dos teores de matéria orgânica no solo, estando este último atrelado ao uso de manejos não conservacionistas em algumas áreas. O enxofre desempenha papel importante no metabolismo e, por conseguinte, no ciclo vital de plantas e animais. Nas plantas, moléculas contendo o elemento participam da estrutura
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de aminoácidos essenciais, como cisteína e metionina, além da clorofila, enzimas e coenzimas importantes em vários processos enzimáticos. Assim, a adubação com S influencia não só a produtividade, mas também a qualidade dos produtos agrícolas. Podendo ser atribuídos ao S, o aumento no teor de proteínas, a melhoria na digestibilidade e na palatabilidade de forrageiras e o incremento no teor de óleo de oleaginosas, com um requerimento de modo geral em quantidades semelhantes ao fósforo. O Sulfurgran é um produto desenvolvido pela Produquímica e contém até 90% de enxofre elementar agre-
gado com argila expansiva. Ele se fragmenta em partículas de dimensão coloidal com alta superfície de exposição quando em contato com a água do solo, o que facilita a sua oxidação pela atividade microbiana, transformando este elemento na forma de SO42-, forma em que o nutriente é absorvido pelas plantas, resultando em uma liberação que visa atender safra e safrinha. Além de todos os benefícios técnicos da aplicação de Sulfurgran, o produto alia também um forte diferencial operacional em função da
elevada concentração de S, possibilitando que se consiga aplicar altas doses do nutriente a lanço, com baixas doses do produto, o que por consequência gera menor volume de armazenamento de fertilizantes, menor custo com frete e aumento no rendimento operacional (hora máquina) na aplicação entre outros. Estes e outros motivos tem gerado um enorme número de clientes satisfeitos ano após ano. Seja também mais um usuário desta revolucionária ferramenta para altos desempenhos agronômicos.
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Infraestrutura
Estradas rurais em boas condições: é disso que o produtor precisa!
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strada rural de qualidade é uma das principais demandas do produtor rural de Guarapuava. Uma boa estrada é necessária para o escoamento da produção e do contrário, é prejuízo na certa. A responsabilidade de manutenção das estradas é do poder público, que nem sempre dá conta de atender toda a demanda de manutenção e recuperação. Em período de chuvas excessivas, como ocorrido nos últimos meses, a tarefa se torna ainda mais difícil. Os produtores são afetados, pois não podem realizar o transporte de sua produção. Estradas ruins também dificultam a vida de todos que moram no interior e precisam de transporte escolar e saúde, por exemplo. A REVISTA DO PRODUTOR RURAL ouviu alguns associados do Sindicato Rural de Guarapuava e também o governo municipal, visando uma parceria efetiva que venha de encontro à demanda dos produtores e ao que a prefeitura pode fazer para ajudar o produtor rural com relação a esse tema.
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Produtores de leite sofrem com estradas rurais O produtor de leite Eduardo Pletz, que tem propriedade no distrito de Entre Rios, foi um dos afetados pela situação ruim da estrada rural onde fica a sua propriedade. Ele reclama do desamparo por parte do governo municipal. “Ano passado foi uma patrola da prefeitura na estrada, mas ela quebrou e ficou 30 dias parada. Foi levada e depois disso nenhuma outra máquina esteve lá para terminar o serviço. Depois das chuvas, as estradas só pioraram e não houve manutenção nenhuma. Naquela região, são cinco produtores de leite. Precisamos muito de uma boa estrada, pois o caminhão passa todos os dias”.
Eduardo Pletz, produtor rural da localidade Taguá
Pletz conta que há mais ou menos dois meses foi prometido que seria levado cascalho para o local, mas até agora a promessa não foi cumprida. “O que nos deixa mais revoltados são as promessas não cumpridas. É preciso prometer e cumprir. Se não vão fazer, é melhor ser honesto”, desabafa. O produtor relata que, em dias de chuva, até é possível trafegar na estrada, mas em péssimas condições e quase sempre é necessário um trator para desatolar os caminhões. “Com isso, a estrada só piora, porque colocar um trator lá em cima da lama, só faz com que fique mais estragada ainda”. Pletz relata que tudo isso faz os custos aumentarem para os produtores, por causa do uso dos maquinários e, além disso, o próprio transportador de leite já questionou a situação. “Ele disse que se não tomarmos providências em relação à estrada, eles vão parar de buscar o leite. E aí, vamos entregar o leite para quem? Será que a prefeitura vai lá buscar o nosso leite?”. Algumas vezes, os produtores tentam amenizar o problema com pequenos reparos, mas que não são suficientes, já que a estrada precisa de uma intervenção com máquinas próprias. “São apenas 11 quilômetros. A princípio, poderiam, pelo menos ser reparados os pontos críticos, colocando um cascalho. Não se trata de uma obra grandiosa na estrada”, observa. O produtor de leite, Anton Gora, também teve problemas com a estrada rural onde fica a sua propriedade, na localidade de Combrão, no distrito de En-
Fotos enviadas por Eduardo Pletz
Caminhão atolado na estrada rural da localidade Taguá em Entre Rios
Pletz conta que até um pedaço da lavoura já foi invadida na tentativa de desviar os buracos (estrada rural da localidade Taguá)
tre Rios. Segundo ele, há mais de dois anos a estrada estava em estado crítico, sem receber nenhuma intervenção. “No final do ano passado choveu muito e as estradas foram bastante afetadas. Quando a Prefeitura foi questionada sobre porque não vinham arrumar, a desculpa sempre era a chuva. No entanto, eu acho que isso não justifica, pois se eles fizessem uma manutenção preventiva das estradas, seria muito fácil fazer pequenos consertos. Eles deixam estragar totalmente as estradas para depois arrumar”, critica. Gora conta que somente no mês de abril os pedidos para revitalizar a estrada que chega até a sua propriedade foram atendidos. “Depois de muita insistência e até do caminhão do leite me questionar sobre a estrada e afirmar que não iria poder vir mais buscar o produto, eles foram arrumar os sete quilômetros críticos. Faltaram alguns detalhes, mas está bem melhor. Agradeço muito a atenção e o esforço do secretário municipal de Agricultura, Itacir Vezzaro. Fui bem atendido, mas gostaria de lembrar e ressaltar que a única coisa que o produtor pede para Prefeitura são estradas em boa conservação. Por isso, considero que eles poderiam dar mais atenção a este ponto. Também não podemos esquecer das crianças do interior que, muitas vezes, não podem ir a escola por causa da estrada. Ninguém poderá devolver o dia de aula perdido pra elas”, conclui Gora.
Parceria: produtores e prefeitura Os produtores rurais Waldemar Geteski e Antônio Fagundes Schier, da localidade Marrecas de Cima, no distrito de Guairacá, em Guarapuava, também tiveram problemas com a estrada. Ambos são produtores de erva-mate. “Vários produtores ficaram sem poder colher a erva-mate, devido à estrada estar inviável. O período critico foi de novembro até metade de janeiro. Para se ter uma ideia, cada três toneladas de erva-mate colhida, representa o trabalho diário de seis trabalhadores rurais. Então, três semanas paradas, sem poder colher e escoar representa um custo muito oneroso para o produtor.
Antônio Schier, produtor rural de Marrecas de Cima
Temos que lembrar que a erva-mate é um produto perecível. Precisa ser colhida e imediatamente levada para processamento”, destacou Geteski. Schier completou que mais de 15 quilômetros de estrada estavam inviáveis desde setembro do ano passado. A solução encontrada pelos produtores da localidade foi uma parceria com a Prefeitura Municipal. “Quando procuramos o poder público e informamos sobre a nossa situação, eles disseram que não tinham condições de realizar o trabalho sozinhos e que poderia demorar até ter maquinário disponível. Então entramos em um acordo para fazer uma parceria”, conta Geteski.
Waldemar Geteski mostra estrada antes da revitalização Sete produtores serão beneficiados, contemplando o escoamento da safra de erva-mate, soja, milho e pinus. Um trecho de cinco quilômetros já foi revitalizado. Schier fez a doação de cascalho, já que em sua propriedade há uma mina. Os demais produtores se comprometeram em contribuir naquilo que precisasse, com maquinário e auxílio em outros assuntos. “Por exemplo, um produtor contribuiu com a logística. Quando furou um pneu ou uma mangueira, ele ficou responsável pelo reparo, buscando a ajuda dos outros produtores”, detalhou Geteski. Segundo Schier, a parceria é uma ação para toda a comunidade. “Acho que temos que fazer a parte social, se eles (Prefeitura Municipal) vêm pra ajudar, nós temos que somar junto. Com a estrada melhor, eu posso ter livre acesso e tirar minha produção da lavoura e temos que fazer também nossa parte social. Temos que pensar que qualquer pessoa que passar por aqui vai encontrar uma estrada melhor e não terá problemas”. Revista do Produtor Rural do Paraná
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Antes e depois da manutenção na estrada de Marrecas de Cima – Guairacá. A intervenção só foi possível por meio da parceria dos produtores rurais com a prefeitura
A ideia da parceria no distrito de Guairacá surgiu de um trabalho semelhante já realizado no mês de fevereiro, no distrito de Palmeirinha. Lá, os próprios produtores rurais se organizaram e pediram auxílio para prefeitura, como conta José Hamilton Moss Filho. “Depois das chuvas de dezembro, a estrada virou um caos, porque passa muito caminhão de toras, muitas vezes, bitrens, caminhão carregado de batata e tudo isso foi colaborando para que a estrada ficasse cada vez pior. Ficou intransitável. Depois de algumas reuniões com o pessoal da prefeitura, eles afirmaram que não tinham condições de fazer todos os reparos nas estradas rurais do município sem ajuda. Por isso, fizemos um mutirão para arrumar a estrada para a colheita da safra de verão”, conta o produtor. A obra, iniciando da estrada do Goioxim, entre o distrito de Palmeirinha e Campina do Simão, começou logo após o carnaval e durou 20 dias. Foram recuperados, em média, 12 quilômetros, sendo que desses, cinco quilômetros, foram com intervenção total e o restante foi arrumado apenas os pontos críticos.
Moss conta que ficou satisfeito com o resultado das obras na estrada
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Segundo Moss, o mobilizador dessa parceria foi o produtor rural Marcos Mazetto. “Ele apoiou com a retroescavadeira, com a esteira e dois caminhões caçamba. Eu ajudei com dois caminhões caçamba, o cascalho e o pessoal da Soja Mil também ajudou. A Prefeitura entrou com o resto das máquinas, que são a patrola, o rolo compressor, etc”.
Mais de 5 mil quilômetros de estradas rurais O prefeito de Guarapuava, Cesar Silvestri Filho afirmou que o Governo Municipal vem dando destaque para a manutenção das estradas rurais. “As obras de manutenção das estradas rurais no interior são de extrema importância, não apenas por causa do escamento da safra, mas também pelo transporte escolar e nosso principal objetivo agora é dar as condições adequadas que essas estradas nunca tiveram. Nossas equipes concluíram vários trechos que antes eram intransitáveis. Com isso, estamos melhorando a locomoção das famílias, beneficiando a agricultura familiar e industrial de Guarapuava”. Segundo o secretário de Obras, Serviços Urbanos e de Trânsito de Guarapuava, Ivanês Josefi, o município tem mais de cinco mil quilômetros de estradas rurais e, por isso, é difícil, algumas vezes, a secretaria ter conhecimento da situação de todas as estradas. “Para isso, a gente depende de uma certa parceria de poder público e usuários. É sempre interessante que eles nos repassem suas solicitações, para que dessa forma a gente alimente nossa agenda, nossa programação e consiga dar o atendimento devido”.
Há alguns meses, o Sindicato Rural tem repassado à Secretaria, a demanda de seus associados. “ Essa ação é importante para que a Secretaria de Obras se programe e realize as recuperações necessárias. Felizmente, a gente tem tido essa aproximação com o Sindicato, que é a entidade que representa esses produtores. Com isso, a gente consegue ter uma cobertura maior do que é necessário fazer”, observa Josefi. O secretário também comentou as parcerias realizadas entre produtores e poder público. “A Secretaria discute, algumas vezes, a possibilidade de parcerias com os produtores, quando a ne-
Ivanês Josefi cessidade é grande de reparos e a nossa condição está limitada. Nós discutimos para obter do produtor uma ajuda para solucionar o problema”. Josefi elogiou a parceria feita na estrada do distrito de Palmeirinha. “Foi um trabalho completo e muito organizado. Eles tomaram as decisões e organizaram o cronograma. Ficou como uma grande lição que conseguimos trabalhar juntos. E, nesse caso, a iniciativa foi dos produtores”.
ITR e estradas rurais Ivanês Josefi afirmou que o valor oriundo do Imposto Territorial Rural (ITR) que fica no Município está sendo utilizado para a conservação das estradas rurais, mas não é voltado integralmente para este fim. “Sob o valor desta receita, eu tenho que respeitar todas as destinações constitucionais. O valor que é recolhido para o município tem que vincular uma parte para educação, saúde, promoção social, etc. Feita a reserva dessas verbas vinculadas, o restante vai para as estradas”.
Comissões técnicas
A Comissão Técnica de Cereais, Fibras e Oleaginosas da Federação de Agricultura do Estado do Paraná (Faep) realizou reunião no dia 11 de abril, na capital paranaense. O vice-presidente do Sindicato Rural de Guarapuava, Anton Gora, participou do encontro representando a entidade sindical. A reunião discutiu temas como: Crédito Rural e Linha de Custeio Renovável do Banco do Brasil; Porto de Paranaguá; Manejo Integrado de Pragas, Unidades de Referência e Resultados do monitoramento da safra 2016/2016; Capacitação dos inspetores de pragas SENAR-PR; Importância da Diversificação de Culturas em sistemas de produção no Paraná; Informes técnicos: Seguro Agrícola, perspectivas para a cultura do trigo, conjuntura commodities agrícolas, vazio sanitário, Amaranthus palmeri; entre outros. Para Gora, a reunião foi bastante produtiva e entre os assuntos discutidos, o debate do crédito rural foi destaque. “Se o custeio renovável se concretizar, vai ser muito importante e parece que está bem adiantada essa discussão dentro do banco. Isso facilitará muito
Crédito fotos: Fernando dos Santos / Assessoria Faep
Cereais
para o produtor, pois quando ele contratar o crédito para um ano se renovará por cinco anos. Trata-se de algo que a Faep já reivindica há muito tempo e esperamos que seja efetivado”. O vice-presidente citou também o Manejo Integrado de Pragas. “É importante que essa técnica seja difundida, pois traz vários benefícios aos produtores. Foi desenvolvida pela Embrapa e visa diminuir as aplicações de defensivos de forma programada, por meio do
monitoramento das pragas, aplicando só quando necessário. Isso faz com que o produtor reduza custos, preserve o meio ambiente e dê condições para os insetos benéficos se reproduzirem”. Gora elogiou também a iniciativa do Senar em fazer capacitações para os inspetores de pragas, aperfeiçoando ainda mais essa técnica, fazendo com que os produtores se sintam mais seguros ao implantar o MIP em suas propriedades.
Hortifruticultura Representantes de vários sindicatos rurais do Estado e CEASA, Vigilância Sanitária e Agrobrasil participaram da reunião da Comissão Técnica de Hortifruticultura da Federação de Agricultura do Estado do Paraná (Faep), realizada no dia 5 de abril, em Curitiba. O objetivo do encontro foi a discussão de alguns temas como modernização do CEASA; perspectivas para os seguros agrícolas para hotifruti; contratos de parcerias e a implicação da NR 31; procedimentos para a coleta de produtos para análise de resíduos de agrotóxicos; coleta na comercialização; entre outros. Os produtores rurais Gabriel Gerster e Anton Gora participaram da reunião representando o Sindicato Rural de Guarapuava. Para Gerster, as reuniões da comissão são importantes para a profissionalização da cultura. “Eu achei importante a discussão sobre os seguros agrícolas para o hortifruti, pois a maioria deles cobre o granizo e também foi interessante as informações que recebemos sobre o Ceasa, que vai passar por melhorias. Outro assunto que vem sendo debatido pela FAEP são as culturas que não têm produtos registrados, dificultando o manejo”.
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Insegurança no campo
Reintegração de posse é cumprida em Laranjeiras do Sul Os índios foram retirados das terras que haviam invadido há mais de três meses. Produtores se deparam com destruição nas propriedades
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pós três meses, os produtores rurais da localidade de Passo Liso, comunidade de Boa Vista, em Laranjeiras do Sul-PR, puderam voltar para suas propriedades. A tão esperada reintegração de posse foi cumprida no dia 23 de março, numa operação da Polícia Federal em conjunto com a Polícia Militar e a Tropa de Choque. O cenário visto depois da operação não foi o mesmo que os produtores deixaram no dia 8 de dezembro de 2015, quando foram obrigados por indígenas a deixar suas casas só com a roupa no corpo. “Algumas propriedades foram totalmente danificadas. Em uma delas, arrancaram todas as talas das mangueiras, deixaram só os Operação foi realizada com sucesso e sem nenhum confronto palanques. Tiraram tudo e venderam. Esvaziaram todos os tanques de peixes, deixaram só lama. Tiraram os móveis, até mesmo as paredes da casa”, relatou uma das produtoras rurais da localidade, Rosecleia Padilha. Rosecleia não teve sua propriedade invadida, porém teve papel fundamental nas negociações para que os índios fossem retirados das terras dos produtores rurais. Durante os três meses ela manteve contato direto com os produtores afetados pelas invasões, os advogados que defenderam os mesmos, as autoridades competentes e Polícia Federal, Militar e Civil, lutando para que a reintegração de posse fosse cumprida o quanto antes. “Eu não aceito injustiça, doeu muito ver os proprietários saindo. É uma vida inteira de trabalho, construíram tudo com o maior sacrifício e de repente ficar sem nada? Lógico que eu pensei também na minha propriedade, porque eles pediram pra que eu saísse de lá, mas eu não saí, e com ajuda de amigos permanecemos na área porque não tivemos medo. Mas pensei Mangueiras danificadas pelos indígenas em todos, queria que eles voltassem pra casa para passar o Natal. Isso não foi possível, porém, fiquei feliz porque na Páscoa a reintegração já estava feita”.
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proprietários auxiliariam. Claro que aqueles produtores que ficaram sem nada não puderam ajudar, mas quem tinha condições se prontificou”. A produtora relata que o maior empecilho foi por parte do Incra e da Funai. “Foi tentado nos derrubar várias vezes, espalharam que as pessoas estavam fazendo acordo, que queriam entregar as terras. E isso não era verdade. As pessoas que falaram em fazer acordo, nenhuma delas era proprietário das áreas que tinham sido invadidas. Era um argumento que a Funai, o Incra e o secretário de Assuntos Fundiários do Estado queriam empurrar “goela a baixo” para atrapalhar a reintegração. Só que os proprietários não se entregaram. Ninguém quis fazer acordo”, afirma Rosecleia.
União
Apoio Segundo Rosecleia, não faltou apoio por parte de ninguém para que a reintegração fosse cumprida. “Agradecemos muito a atenção dos delegados federais Antônio Marcos Bassani, Marcus Vinicius Mesquini e Luiz Carlos Ramos Porto, de Brasília. O que faltou foi efetivo da Polícia Federal e verba. Por exemplo, veio um avião de armamentos de Brasília para que eles pudessem utilizar aqui, o que tem um custo alto. Não tinha efetivo suficiente, por isso veio o pessoal da Polícia Federal de Foz de Iguaçu, Cascavel, Maringá, Santa Catarina, Mato Grosso e Curitiba. Porque cada cidade tem um
No local, tanque de peixes foi esgotado
efetivo de oito policiais disponíveis, em média. A ordem de reintegração saiu logo após a invasão, mas ninguém podia fazer milagre”, explica. As despesas geradas pela operação foram bancadas pelos próprios produtores da comunidade, uma ideia da própria Rosecleia, quando os policiais afirmaram que não havia verba suficiente. “Assim que houve uma primeira reunião, após a invasão, quando eles afirmaram que não teriam verba para operação, eu afirmei que se dependesse dos produtores, o que fosse necessário com as despesas, maquinários, caminhões, ônibus, entre outros, os
Para a produtora rural, o mais importante agora é que os produtores se mantenham unidos. “Somente com a união, a gente consegue alguma coisa. Eu sempre lutei por isso, pela união da comunidade, tanto que eu e o Braz Depubel, que faleceu em Janeiro de 2013 montamos a associação da localidade para que isso acontecesse”. Algumas ações para evitar novas invasões já estão sendo tomadas. Foi montado um sistema de comunicação via rádio, porque o sinal do celular não pega em todas as propriedades. Desta forma, se um indígena tentar invadir alguma propriedade, pelo rádio o produtor pode pedir ajuda para os outros. “Nós estamos fazendo com que todos tenham o interdito proibitório. Assim, a reintegração sai de forma mais rápida, no caso de uma nova invasão. Quem não tiver, pode levar até 10 anos para conseguir uma reintegração”, conta Rosecleia. Foi também realizado um abaixo assinado em favor dos produtores para ser entregue em Brasília, visando um processo de CPI da Funai. “Queremos eliminar de vez o problema, porque a portaria que aponta as terras da localidade como sendo indígenas é nula. Segunda a Constituição de 1988, onde não havia índios, a terra não poderia ser demarcada como área indígena. Esse é o nosso caso. Os produtores compraram as terras e têm direitos sobre elas”, destaca. Revista do Produtor Rural do Paraná
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Senar
Mulher Atual
proporciona debates importantes para qualidade de vida das mulheres
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om o objetivo de melhorar a qualidade de vida e a autoestima das mulheres, o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) em parceria com o Sindicato Rural de Guarapuava vem ofertando desde março o Programa Mulher Atual no Assentamento Nova Geração em Guarapuava. Os encontros acontecem semanalmente, às quartas-feiras, e são discutidos assuntos como: diferença de gêneros; aspectos emocionais: autoconhecimento, relacionamento intrapessoal e interpessoal, autoestima, resiliência, papéis na família/ sociedade, espiritualidade/lazer; aspectos sociais e ambientais: qualidade de vida, alimentação saudável, saúde, meio ambiente: sustentabilidade; econômica social e ambiental, cidadania, sindicalismo, sucessão familiar, direitos da mulher; aspectos profissionais: motivação, empreendedorismo, educação continuada. No dia 20 de abril, no módulo Qualidade de Vida, foram realizadas duas palestras a fim de acrescentar mais conhecimento para as mulheres participantes. Os temas foram: Alimentação Saudável e Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST´s).“É importante trazer pessoas que tenham conhecimentos específicos para agregar informações a essas mulheres. As profissionais trouxeram um material diferenciado que auxiliou no esclarecimento de dúvidas e assimilação entre os conteúdos observados anteriormente. Acaba facilitando a aprendizagem por meio dos exemplos e do próprio debate posterior à apresentação, principalmente no assunto de DST’s que é um tema que as participantes ficam mais tímidas”, destacou a instrutora Fabíola Bocalon Weiss.
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Alimentação Saudável Durante a palestra falamos sobre os 10 passos para uma alimentação saudável, de acordo com o Guia Alimentar para a População Brasileira 2014. O objetivo foi expor através da palestra que as mulheres e sua família podem ter acesso a uma alimentaMichele Dal Santos, nutricionista da ção saudável, de qualiSecretaria Municipal de Agricultura dade, sem agrotóxicos e sem aditivos (corantes, conservantes) com os alimentos que elas mesmas produzem em suas propriedades. O Novo Guia da Alimentação para a População Brasileira de 2014 traz conceitos sobre alimentos in natura e minimamente processados, alimentos processados e alimentos ultraprocessados. Devemos fazer de alimentos in natura e minimamente processados à base da nossa alimentação diária (variedade de grãos, raízes, tubérculos, legumes, verduras, leite,
ovos, carnes, frutas). Devemos limitar o uso de alimentos, como conservas de legumes, compotas, pães e queijos gordos, pela quantidade aumentada de sódio, açúcar, farinha refinada. Também evitar o consumo de alimentos ultraprocessados (biscoitos recheados, salgadinhos de pacote, macarrão instantâneo, sucos de caixinha, refrigerantes, guloseimas, embutidos), pois são nutricionalmente desbalanceados, com quantidade exagerada de açúcares, gorduras, sódio, corantes e conservantes. E tomar cuidado com óleos, gorduras e açúcar, usando eles em pequenas quantidades dentro das preparações culinárias. O Novo Guia incentiva também a troca de receitas tradicionais, o resgate da comida simples e caseira, a famosa comida da vovó (desde que as receitas não contenham quantidades elevadas de gorduras, açúcares e sal). Ao final, as mulheres puderam concluir que dentro da área rural elas têm acesso aos alimentos mais nutritivos (leite, ovos, carne bovina, de frango, legumes, hortaliças, frutas, batatas, mandioca, feijão) e podem ter uma alimentação saudável e balanceada”.
Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST’s) A palestra foi organizada em forma de roda de conversa, para que as participantes se sentissem mais a vontade ao expor suas dúvidas e questionamentos. Primeiramente, foram abordadas as principais DST’s (Doenças Sexualmente Transmissíveis), as formas de transmissão, sinais e sintomas, como podem ser evitadas e o tratamento. As Maria Clarice Barth Kunkel, enfermeira hepatites virais e o HIV/AIDS do Serviço de Atendimento Especializado e Débora Karina Correia, estagiária de também foram foco da conenfermagem da UNICENTRO versa. Foi ressaltada a importância da prevenção e tratamento das DST’s e explicado o trabalho realizado no SAE. As participantes foram aconselhadas a procurarem o serviço para realização do teste rápido, que é gratuito e não necessita de encaminhamento médico. Com uma punção digital, é coletado sangue, para realização dos exames de HIV, sífilis , hepatite B e C. Em meia hora o/a paciente tem o resultado do exame. Ao final da conversa, a mensagem que ficou foi a importância da prevenção e que todas as pessoas que já tiveram relação sexual sem proteção devem ser testadas”.
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Suinocultura
Prioridade para segurança e saúde
O
uso de equipamentos de proteção individual (EPI’s) foi um dos principais assuntos discutidos na reunião do dia 7 de março, pela Comissão Técnica de Suinocultura da Federação da Agricultura do Estado do Paraná (FAEP). De acordo com a legislação, o produtor rural tem o dever de fornecer regulamente os equipamentos em quantidades adequadas ao empregado, fiscalizar o uso, verificar periodicamente as condições e oferecer treinamento para que o trabalhador entenda a necessidade do EPI. “O produtor que não segue essa rotina corre riscos. O produtor deve garantir a todos os trabalhadores condições adequadas de trabalho para a atividade rural. As condições de segurança e saúde do trabalho estão previstas na Norma Regulamentadora [NR] 31, elaborada pelo Ministério do Trabalho e Emprego”, explica Eleutério Czornei, que faz parte do corpo de assessores jurídicos da FAEP. Para se precaver e identificar todos os riscos de cada atividade desenvolvida na propriedade, recomenda-se ao produtor rural obter três certificações, que atestam o cumprimento da regulamentação do setor: • Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA), que aborda os riscos que o ambiente de trabalho pode causar a saúde do trabalhador; • Programa de Controle Médico e Saúde Ocupacional (PCMSO), cujo objetivo é promover e preservar a saúde do conjunto dos trabalhadores. O programa estabelece a realização de exames médicos admissionais, periódicos, de retorno ao trabalho, mudança de função e demissionais; • Laudo Técnico das Condições do Ambiente de Trabalho (LTCAT), que identifica a exposição aos agentes físicos, químicos, biológicos ou a associação de agentes prejudiciais à saúde ou à integridade física do trabalhador, para fins de concessão da aposentadoria especial.
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Revista do Produtor Rural do Paraná
Suinocultura Os laudos devem ser elaborados por médico ou engenheiro do trabalho habilitado pelo Ministério do Trabalho. Eleutério Czornei observa ainda que as informações levantadas por meio desses programas permitem ao empregador (rural ou urbano) emitir outro documento, que também é exigido pela lei: o Perfil Profissiográfico Previdenciário (PPP), obrigatório desde 2004. O PPP é um formulário que permite traçar histórico da saúde ocupacional do trabalhador e dos riscos a que ele foi submetido. Ele inclui, por exemplo, a atividade que o colaborador exerce, os agentes nocivos a que se expôs, a intensidade e a concentração do agente e o resultado de exames médicos clínicos, além de dados referentes à empresa. Sem os laudos técnicos, o produtor não consegue preencher este documento. E as exigências não terminam. “É bom lembrar que está prevista para 2017 a implantação do programa e-Social, que visa unificar o envio on-line pelo empregador de informações trabalhistas, previdenciárias e fiscais para a Receita e Ministério do Trabalho, inclusive as informações do PPP. Por isso, os produtores devem começar agora a providenciar os laudos técnicos e o PPP”, informa Czornei.
Cursos do Senar O presidente da Comissão de Suinocultura, Reny Gerardi de Lima, lembrou aos participantes que o SENAR-PR disponibiliza cinco cursos específicos para o setor e que o suinocultor deve sempre promover a capacitação de seus empregados, com o objetivo de garantir a saúde do trabalhador e obter melhores resultados com a produção. “Devemos utilizar mais essa ferramenta que o SENAR-PR oferece, que é gratuita”, aconselha.
Outro assunto tratado durante a reunião da Comissão Técnica de Suinocultura da FAEP diz respeito à preocupação dos suinocultores paranaenses independentes (que não tem vínculo com integradoras) com a redução da cobrança da alíquota de ICMS em Santa Catarina. A redução de 12% para 6% vale para a saída de suínos vivos originários do Estado por um período de 60 dias (1/3 a 30/04). Essa medida beneficia principalmente os produtores independentes catarinenses. Aqui no Paraná, essa categoria representa cerca de 20% do total de produtores. No Rio Grande do Sul, o imposto para as vendas de suínos vivos dentro do Estado foi reduzido em 2011. Inicialmente, a alíquota do ICMS baixou por decreto de 12% para 4%, até setembro de 2015. A partir de outubro, a alíquota ficou em 6% e deve continuar assim até 2017. A medida também tem o objetivo de ajudar os produtores independentes a ter mais competitividade e renda. No Paraná, a discussão está apenas começando. O produtor rural Jacir José Dariva, integrante da comissão da FAEP e vice-presidente da Associação Paranaense de Suinocultores, informou que fez essa solicitação pessoalmente ao secretário da Agricultura, Noberto Ortigara. O secretário diz ter dado prosseguimento ao pleito. “Já iniciei uma negociação com a Secretaria da Fazenda para atender essa solicitação”, disse
Fernando dos Santos – Assessoria de Comunicação Faep
O impasse do imposto
Ortigara. “Não podemos permitir que os suinocultores independentes do Paraná percam a competitividade. Estamos estudando a possibilidade de cobrar um percentual maior na entrada do produto catarinense no Paraná.”
Planilha de custos de produção A utilização da planilha de custos de produção elaborada pelo Sistema FAEP/ SENAR-PR pelos Estados da região Sul também foi abordada na reunião. A planilha é utilizada pelos produtores no momento da negociação dos contratos de integração com as agroindústrias que envolve a remuneração dos suinocultores. A informação foi repassada pelo vice-presidente da APS, Joacir José Dariva.
A planilha elaborada pela FAEP, há oito anos, é a mais abrangente, pois trabalha com os itens dos vários sistemas de produção. “Vamos conversar para que o material seja cedido. É, com certeza, um reconhecimento do empenho e eficiência da Federação para com os suinocultores. Além disso, as maiores integradoras que atuam no Paraná (JBS e BRF) aceitam os valores que vêm sendo divulgados, pois elas também participam do processo de coleta e dados juntos com os produtores”, disse. O modelo utilizado na planilha foi elaborado pelo economista e consultor Ademir Francisco Girotto, que atuou na Embrapa Suínos e Aves. O levantamento de dados na suinocultura é feito semestralmente pela FAEP em três regiões do Estado – Castro, Toledo e Pato Branco, com a participação dos produtores rurais e das integradoras. Texto: Cynthia Calderon – Assessoria de Comunicação Faep Revista do Produtor Rural do Paraná
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Guarapuava participou da reunião Os representantes do Sindicato Rural de Guarapuava na Comissão Técnica de Suinocultura da Faep, Rafael Majowski e Rainer Mathias Leh, além do suinocultor Wienfried Leh, participaram da reunião. Para eles, os assuntos levantados durante o encontro foram relevantes e atualmente, impactam a suinocultura no Paraná. Para Majowski, a saúde e segurança dos trabalhadores foi um assunto relevante e precisa de mais discussões aprofundadas sobre o tema. “Está cada vez mais difícil essa questão, pois o custo trabalhista onera demais nossa atividade. E, a cada dia, encontramos mais entraves trabalhistas. Um dos pontos delicados é a questão de insalubridade, que ainda não é paga na suinocultura, por não caber. Nós não conseguimos pagar. Só que esse é o ponto de vista de quem contrata. Do outro lado, eles não vêem isso. Foi decidido que a Faep irá levar essa questão para frente, ajudando os produtores e mostrando a real situação da atividade”. Majowski também destacou o ICMS no Paraná. “Na venda de carcaças, o Paraná paga 12% de ICMS. Já em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul esse valor é de 6%. É mais uma coisa que faz o suinocultor paranaense perder em competitividade. A única maneira disso chegar ao Governo, para que ele analise a Rafael Majowski situação difícil que o produtor se encontra é por meio da Faep. Eu sozinho reclamando não faz diferença, mas quando a entidade que nos representa questiona, faz”, destacou. Segundo Rainer Mathias Leh, todos os pontos demonstraram o atual panorama da suinocultura paranaense e provocaram reflexões para que ações Rainer Mathias Leh sejam tomadas, em conjunto, para a melhoria da situação. “Como todos sabemos, a suinocultura paranaense passa, desde o final de 2015, por um momento muito complicado, sendo afetado pelo tradicional efeito tesoura (insumos em alta e cotações do suíno em baixa). A situação toda vem se agravando pela baixa oferta de milho no mercado nacional, induzindo a uma escalada do custo de produção. Durante a rodada de discussões, o presidente Ágide Meneguete participou e ouviu os relatos do presidente da comissão e dos membros, onde solicitamos auxílio do Governo, com o debate sobre eventuais políticas para proteger os produtores de suínos, sobretudo os independentes, que ficam mais descobertos em momentos adversos”, relatou.
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Revista do Produtor Rural do Paraná
Palestra Histórico e os Desafios do Sistema de Plantio Direto no Brasil Em alusão ao Dia Nacional da Conservação do Solo, comemorado em 15 de abril, o Curso Técnico em Agropecuária do Colégio Imperatriz Dona Leopoldina, localizado na Colônia Vitória, distrito de Entre Rios, em Guarapuava, promoveu duas palestras com o tema: Histórico e os Desafios do Sistema de Plantio Direto no Brasil. O evento, realizado dia 16 de abril, contou com a presença dos palestrantes Franke Djikstra e Leandro Taubinger e teve como tema de discussão o uso, manejo e conservação do solo. Djikstra, um dos pioneiros do Sistema de Plantio Direto (SPD) no Brasil, abordou um pequeno histórico do plantio direto no Paraná, das dificuldades iniciais para implantação ao sucesso desta prática no controle à erosão. Ele ressaltou também que, independente do manejo utilizado, o solo deve ser mantido protegido/coberto com palhada, como forma de evitar as perdas de solo e água, evitando-se o revolvimento do solo sem que seja extremamente necessário. Franke Djikstra: pioneiro no Djikstra é proplantio direto prietário da fazenda Frank’anna, em Carambeí. Ele mostrou imagens da sua propriedade antes e depois da implantação do SPD e foi categórico em dizer que o solo é nosso maior patrimônio, tendo, assim, todo agricultor a necessidade de protegê-lo. Já o agrônomo Leandro Taubinger, mestrando em Agricultura de Precisão pela Unicentro e sócio gerente da Aquilino Agricultura de Precisão, com sede na Colônia Vitória, distrito de Entre Rios, destacou a importância da tomada de decisão na implantação de um projeto de conservação do solo e as etapas necessárias antes de implantá-lo. Ele ressaltou a importância da adoção e utilização das boas práticas necessárias para a conservação do solo e da água, como a vegetação de canais que normalmente atuam como Leandro Taubinger: foco nas boas canais de erosão. práticas para conservação do solo e da água
Cultivar
Soja Produza IPRO mostrando resultados
A
Produza IPRO, nova cultivar de soja com genética da TMG (Tropical Melhoramentos e Genética) e licenciada para comercialização exclusiva pela Cooperativa Agrária Agroindustrial, é uma variedade quase única que agrega três tecnologias. A cultivar é tolerante à ferrugem asiática (tecnologia Inox), resistente a lagartas (tecnologia IPRO, ou Bt) e tolerante a herbicidas com base em glifosato (RR, ou RoundupReady). E, além disso, é recomendada pela FAPA (Fundação Agrária de Pesquisa Agropecuária). Por conta destas características, a cultivar trouxe resultados significativos na última safra de verão 2015/2016. Confira abaixo alguns depoimentos e resultados:
Marcio Roberto Novatzki
Cooperado da Agrária, Fazenda Murakami
RESULTADOS FAPA: Soja: 1ª Época 17/10 - (média 3 locais), safras 2014/15 e 2015/16 CULTIVARES
2015/16 Ranking kg ha-1
2014/15 kg ha-1 Ranking
PRODUZA IPRO
7280
1º
7072
1º
Cultivar 1** TMG 7262 RR* Cultivar 2** Cultivar 3** Cultivar 4** Cultivar 5** Cultivar 6** BMX APOLO* Cultivar 7** Cultivar 8** Média
7258 6957 6773 6662 6614 6603 6498 6039 5900 5202 6526
2º 3º 4º 5º 6º 7º 8º 9º 10º 11º
6191 6352 5620 5544 5876 5922 5197 5446 5603 5535 5851
3º 2º 6º 8º 5º 4º 11º 10º 7º 9º
Soja: 2ª Época 18/11 - (média 3 locais), safras 2014/15 e 2015/16
Produtividade
Área
Data de Semeadura
4.962 kg/ha
52 ha
21/10/2015
“Criamos uma expectativa em relação à variedade, devido aos ótimos resultados alcançados nas épocas de semeadura da pesquisa da FAPA, o que se concretizou na minha área de produção, visto que a produtividade da Produza IPRO foi a melhor, se comparada à produtividade de outras seis cultivares de soja plantadas na propriedade”.
Antônio Hertz
Cooperado da Agrária, Fazenda Gleba Socorro Produtividade
Área
Data de Semeadura
4.599 kg/ha
10 ha
20/11/2015
“É uma excelente cultivar de soja para a nossa região, porque se adaptou ao nosso clima e a produtividade foi boa. Eu recomendaria o plantio, considerando os dados de produtividade que obtive na safra 2015/2016, com semeadura em meados de novembro”.
Alexandre Marath
Cooperado da Agrária, Fazenda Gleba Socorro Produtividade
Área
Data de Semeadura
4.840 kg/ha
10 ha
20/11/2015
“Considerei muito boa a produtividade obtida com a soja Produza IPRO na safra 2015/2016. Além disso, destaco as vantagens de redução de custos com fungicidas e inseticidas, o que facilitou significativamente o manejo da cultivar no campo”.
CULTIVARES
2015/16 Ranking kg ha-1
2014/15 kg ha-1 Ranking
PRODUZA IPRO
5881
1º
6675
1º
Cultivar 4 **
5790
2º
6599
3º
TMG 7262 RR *
5647
3º
6116
2º
Cultivar 5 **
5575
4º
5795
6º
Cultivar 3 **
5439
5º
5897
8º
Cultivar 1 **
5404
6º
5646
5º
BMX APOLO *
5273
7º
5544
4º
Cultivar 8 **
5042
8º
5160
11º
Cultivar 6 **
5036
9º
5709
10º
Cultivar 7 **
4977
10º
5560
7º
Cultivar 2 **
4532
11º
5620
9º
Média
5327
5847
Soja: 3ª Época 10/12 - (média 3 locais), safras 2014/15 e 2015/16 CULTIVARES
2015/16 Ranking kg ha-1
2014/15 kg ha-1 Ranking
TMG 7262 RR *
4596
1º
4788
PRODUZA IPRO
4491
2º
4810
3º
Cultivar 4 **
4324
3º
4872
1º
Cultivar 1 **
4195
4º
4811
2º
Cultivar 5 **
4122
5º
4636
7º
Cultivar 6 **
4025
6º
4782
5º
BMX APOLO *
3754
7º
4011
11º
Cultivar 3 **
3725
8º
4696
6º
Cultivar 2 **
3557
9º
4566
8º
Cultivar 7 **
3556
10º
4367
9º
Cultivar 8 **
3368
11º
4019
10º
Média
3974
4º
4578
Fonte: Ensaio de produtividade de soja - safra 2015/2016 / FAPA *Testemunhas **Outras cultivares comerciais Revista do Produtor Rural do Paraná
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P
rodutores rurais de Guarapuava e região participaram do protesto contra a corrupção no Brasil, realizado no município, acompanhando o movimento que aconteceu no dia 13 de março, em diversas cidades de todas as regiões do Brasil. Em Guarapuava, o ato se concentrou, à tarde, na Praça Cleve, na área central. Segundo informações da PM, dos organizadores e da imprensa, a manifestação reuniu cerca de 4 mil pessoas. Alguns agropecuaristas que cultivam o tradicionalismo participaram do protesto a cavalo. Entre as faixas e cartazes demonstrando indignação com a corrupção, trazidas pelos manifestantes, os produtores portavam uma que expressava seu descontentamento: “Um homem que incita a violência entre pessoas da mesma pátria não é digno de ser chamado de líder”. Em outras cidades do interior do Paraná, o movimento se repetiu. Em Curitiba, de acordo com informações veiculadas pela imprensa, o ato teve a presença de 200 mil pessoas. Em todo o estado, incluindo a capital, a manifestação reuniu em torno de 400 mil participantes.
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Revista do Produtor Rural do Paraná
Fotos: Mireille Araújo Gelinski e Facebook participantes
Manifestação
Revista do Produtor Rural do Paranรก
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Impeachment
P
rodutores rurais do Paraná participaram das manifestações em Brasília (DF) realizadas no dia 17 de abril, durante a votação na Câmara dos Deputados, do impeachment da presidente Dilma Rousseff. A participação foi possível por meio do apoio da Federação de Agricultura do Estado do Paraná (Faep), que patrocinou 30 caravanas em todo estado. Do Sindicato Rural de Guarapuava, um ônibus também saiu rumo a capital brasileira. Para Anton Gora, vice-presidente da entidade sindical, a mobilização da classe rural foi fundamental para o resultado da votação, onde o processo de impeachment foi aprovado para prosseguir para o Senado por 367 votos favoráveis e 137 contrários. “Eu diria que o único segmento organizado que foi até Brasília se demonstrar a favor do impeachment foi o setor rural.
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Revista do Produtor Rural do Paraná
Fernando Santos/FAEP
Fernando Santos/FAEP
Produtores rurais participaram de manifestação pró impeachment em Brasília
Foto: Arquivo pessoal dos participantes da manifestação
No sábado, conversamos com alguns deputados e muitos dos indecisos se decidiram, devido a nossa presença e posição”. Em nota oficial, a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), que também apoiou as caravanas em todo o país, afirmou “que foi dado um primeiro passo importante para que se restabeleçam as condições de governabilidade, que consideramos essenciais para a volta do crescimento econômico, com equilíbrio e harmonia entre os brasileiros”. Continuou dizendo que “(...)Após ouvir os produtores rurais de todos os Estados, refletimos muito sobre o momento político e decidimos nos unir aos movimentos sociais urbanos na mobilização pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff. E estamos convictos de que, ao sair na frente, contribuímos de forma efetiva para esse resultado”. Revista do Produtor Rural do Paraná
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Projeto Identidade Sindical
Descontos para sócios do Sindicato Rural de Guarapuava
N
esta edição da REVISTA DO PRODUTOR RURAL DO PARANÁ, dedicamos algumas páginas para mostrar aos nossos leitores quem são as empresas parceiras do Sindicato Rural no projeto Identidade Sindical, onde o associado apresenta a carteirinha de sócio e obtém descontos ou outro benefício. Se você ainda não tem a carteirinha, venha até a entidade e solicite a sua! Empresas interessadas em ser parceira do projeto em 2016, oferecendo benefícios aos mais de 1.000 sócios do Sindicato, devem entrar em contato pelo telefone (42) 3623-1115. Confira a lista completa dos parceiros e os descontos na página 94.
GUARAPUAVA Agrocenter Desde 2009, a Agrocenter atende a classe produtora rural em Guarapuava e região. Oferecendo insumos agrícolas, fertilizantes, sementes, defensivos e assistência técnica. Rua Prof. Pedro Carli, 4601 - Vila Carli - Tel.: (42) 3624-4245 Jorge Pereira
Agroplan Há 41 anos, a Agroplan atua em Guarapuava, colaborando com o agricultor na desafiadora missão de cultivar a terra e produzir alimentos. Rua Saldanha Marinho, 4057 - Vila Carli - Tel.: (42) 3624-1718 Marcello Portes
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Revista do Produtor Rural do Paraná
Batatas Guará A Guará Campo está atuando no mercado desde 1991 com comercialização e prestação de serviços de grãos e batata, e, no ano de 2000 agregou em seu portfólio a comercialização de insumos agrícolas. A empresa vem buscando o tempo todo aperfeiçoar seu atendimento com os clientes, buscando a qualificação e a empatia junto aos produtores. Nosso objetivo é atendê-los com a credibilidade que merecem. Rod. BR 277 - Km 351 - Tels.: (42) 3627-4554 e 3627-1228 Liziane Guedes
Betoagro A Betoagro presta serviços na comercialização de safras, sendo soja, milho e trigo. Atua na cadeia produtiva agrícola e busca parceiros através da intermediação de negócios, procurando a otimização contínua do desempenho do agronegócio paranaense e do Brasil. Rua Marechal Floriano Peixoto, 2208 - Centro - Tel.: (42) 3623-1053 Leandro Ribeiro, Beto Xavier e Alexandre Xavier
Dacoregio Automotivo A Dacoregio automotivo atende há mais de 20 anos Guarapuava e região com pneus, rodas, alinhamento, balanceamento, suspensão, freios e troca de óleo. A Dacoregio é especializada em caminhonetes. É revendedora autorizada da Yokahama. Rua XV de Novembro, 5183 - Alto da XV - Tel.: (42) 3623-2984 Círio A. Dacoregio, Ricardo Tonon, Wallasse Farias e Giovanni Dacoregio
Deragro A Deragro está completando 25 anos na região. A distribuidora de insumos agrícolas atende os produtores rurais com a venda de fertilizantes, adubos e defensivos, prestando também assistência técnica em propriedades de Guarapuava e região. Av. Manoel Ribas, 2940 - Vila Buck - Tel.: (42) 3622-1816 Fernando Silva, Jeferson Monteiro, Rúbia Barbosa, Rodrigo Siqueira, Djoni Matos
Easy English A Easy English for Everyone é uma marca independente, de autoria e patente da professora Priscila do Nascimento Lima e o foco é formar alunos falantes e ouvintes de inglês, sem aulas cansativas e enfoque na gramática. Está no mercado há dez anos com dinâmicas e metodologia construtivista o qual permite o aluno em cada aula aumentar o vocabulário e expandir sua prática discursiva. Rua Barão do Rio Branco n° 569 - Centro – Tel.: (42) 3036–1202 Priscila do Nascimento Lima Revista do Produtor Rural do Paraná
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Fundição Gaioski Há 25 anos em Guarapuava, a Fundição Gaioski oferece a produção de vários implementos agrícolas, como: rolos destorroadores para melhor cobertura das sementes, espalhador, distribuidor de palha (cevada e trigo), renovador de pastagens e grelhas para secadores de cereais. Av. Sumaré, 898, Distrito Industrial - Guarapuava - Tel.: (42) 3627-1624
Guarapet A Guarapet está há 5 anos em Guarapuava e possui toda a linha de produtos e atendimento que seu animal de estimação precisa. Rações para cães e gatos, banho e tosa e clínica veterinária. Há três anos o pet shop atende em Guarapuava. Rua Dezessete de Julho, 1975 - Trianon - Tel.: (42) 3623-0145 Fábio Peterlini
Hamburgueria Romana A Hamburgueria Romana nasceu para unir um ambiente diferenciado a um menu de alta qualidade. Passando pelo ambiente e indo até a escolha de cada um dos nomes dos pratos, Roma é presença constante e absoluta. A hamburgueria se divide em cinco espaços temáticos e em qualquer um dos ambientes é possível saborear uma grande variedade de pratos enquanto bebe um chopp gelado ou mesmo um bom vinho. Rua Vicente Machado, 1268 - Centro - Tel.: (42) 3304–2903 Pâmela Annes e Ramires Barbosa
Instituto Atena O Instituto Atena é uma clínica odontológica especializada em implantodontia e atendimentos clínicos gerais. O local é voltado à saúde bucal, buscando oferecer atendimento personalizado. Av. Manoel Ribas, esq. com a Padre Chagas - Tel.: (42) 4101-2662 Dr. Diego Santos
Laboratório Góes Há 24 anos no mercado da região, o Laboratório Góes vem de uma história de muito trabalho, pesquisa e aperfeiçoamento. A empresa hoje possui uma unidade técnica e 9 postos de coleta, incluindo clínica e hospitais, geridos sob a sua marca nos exames de análises clínicas. Rua Marechal Floriano Peixoto, 1059 – Sala 01 – Tel.: (42) 3623–9003 Equipe Laboratório Góes
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Revista do Produtor Rural do Paraná
Lago Odontologia Com instalações confortáveis e constantes investimentos em tecnologia, a Lago Odontologia presta serviços odontológicos em diversas áreas, como odontologia estética, clareamento dental, endodontia, implantodontia, periodontia e ortodontia. Sempre prezando a qualidade, a confiança do cliente e o respeito. Rua Senador Pinheiro Machado, 2640 - Centro – Tel: (42) 3035-3606 Dr. Gustavo Moritz Silva
Lupis Tecnologia e Sistemas A Lupis atende em Guarapuava há 15 anos prestando assistência técnica, vendas e consultoria na área de informática. Comercializa equipamentos, prestando serviços de suporte e manutenção em computadores, notebooks, impressoras e sistemas de informação. Rua Benjamin Constant, 515 - Centro – Sala 01 - Te.: (42) 3623-8121 Chaiane Nezi Amaral, Herley Guimarães e Anderson da Silva Maximiano
OdontoX Atua na área de radiologia crânio facial, oferecendo serviços de qualidade e precisão. Rua Quintino Bocaiuva, 1739 - Centro - Tel.: (42) 3623-3347
Projetos Agropecuários Há mais de 5 anos no mercado oferecendo serviços de planejamento, consultoria, avaliação e pericias agrícolas. Focamos na área de Crédito Rural, gerenciando dados para enquadramento dos produtores nas linhas de crédito oferecidas pelas instituições financeiras, sejam elas públicas ou privadas, para custeio e/ou investimentos. Av. Manoel Ribas, 4728 - Anexo Balança Moss Tels.: (42) 9992-6900 e 4101-6900 Cristiano Irnélio Amaral
Promissor Seguros A Promissor S/A Administração e Corretagem de Seguros está em Guarapuava desde 1979. A empresa presta serviço em todos os ramos de seguro, atendendo o público geral da cidade e região. Rua Getúlio Vargas, 2707 - Bairro dos Estados - Tel.: (42) 3623-1555 Carla Dalla Vecchia, Jacqueline Cavali, Mara Almeida, Andressa Lima, José Maneira, Rosangela Maneira, Renata Maneira a e Sandra Algayer
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Reptec Uma empresa focada em soluções, sistemas, serviços, venda de produtos de informática e automação comercial. Com estrutura diferenciada e atendimento especializado, temos foco em diversos segmentos do mercado, proporcionando flexibilidade aos clientes e modernas soluções em tecnologia. R. Benjamin Constant, 668 – Centro - Tel.: (42) 3623-9090 Emerson Theodorovicz
Retífica Scartezini A Retífica Scartezini está há mais de 30 anos em Guarapuava. Seus serviços são prestados na área de retífica e montagem de motores a gasolina/etanol e diesel e reprogramação eletrônica diesel. Atualmente, a empresa atua também nas regiões de Prudentópolis, Pitanga, Candói e Pinhão. Rua Mabel Granier, 1820 - Conradinho - Tel.: (42) 3624-3244 Marco Aurélio Scartezini e Felipe Scartezini
Torre Forte Saúde A Torre Forte Saúde atende na área de medicina e segurança do trabalho. Atua na implantação e gestão de programas de segurança e saúde do trabalhador, atendendo também as exigências do Ministério do Trabalho e Previdência Social. A Torre Forte possui uma linha especial para o trabalhador rural, a chamada Torre Forte Saúde Rural. Rua Marechal Floriano Peixoto, 989 - Centro - Tel.: (42) 3622-2024 Juliana da Silva, Lucas Souza, Cláudio Porto, Edenilson Coniezmi, Camylla Coniezmi, Carlos Roberto e Valdir Júnior
Uniflora A Uniflora é uma empresa de engenharia florestal, cartografia e meio ambiente, fundada em 2003. Sua experiência, entretanto, acumula mais de duas décadas de consultoria, elaboração de projetos e resolução de problemas, sempre com foco na satisfação do cliente. Rua 5 de outubro,1593 - Trianon - Tel.: (42) 3622-9164 Mayara Kurta, Caroline Brotsko, João Bruner e Andreas Kleina
Zanella Controle de Pragas A empresa Zanella Controle de Pragas atua nas áreas de desinsetização, descupinização, desratização e higienização química em silos. Atende residências urbanas e propriedades rurais. A empresa possui todos os requisitos legais na área, tanto em âmbito municipal, estadual ou federal. Rua Frei Caneca, 1682 - Santana - Tels.: (42) 3036-1882 e 9866-3782 Tatiane Mendes Correia, Alex Quintino Vaz Germany, Aelson Luiz Ribas, Adilson Zanella e Santino Graça C. Júnior
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Zico Ferragens A Zico Ferragens é uma concessionária autorizada da Stihl. Ela está em Guarapuava desde 1996. A loja oferece soluções inovadoras aos mercados de serviços, infraestrutura, agropecuário, florestal e doméstico, através de produtos de alta qualidade e serviços que visam garantir a satisfação e fidelidade do cliente. Rua Mal. Floriano Peixoto, 2110 - Bonsucesso Tels.: (42) 3623-8663 e 3622-1749 Cezar Inácio dos Santos, José Cláudio Flauzino e Ezequiel Vieira de Mello
ZK Assessoria Contábil A ZKR Assessoria Contábil Decisorial é uma empresa com experiência no auxilio à tomada de decisões dos empresários, tanto as tributárias perante o Fisco, quanto as gerenciais, saúde financeira e patrimonial. Fundada em 2006, localizada em Entre Rios - Guarapuava - PR, conta também com filial em Luiz Eduardo Guimarães – BA. Rua Sete, 933, Col. Vitória – Entre Rios - Tels.: (42) 3625-2049 e 9925 9570
CANDÓI Agrícola Colferai Trabalha com transportes de insumos agrícolas e comércio de cereais. Atua há 25 anos em Candói, há 20 anos em Cantagalo e agora com novo endereço em Virmond. Candói: Av. XV de Novembro, 2305 - Tel.: (42) 3638-1153 Cantagalo: Av. Epaminondas Fritz, 245 - Centro - Tel.: (42) 3636-1649 Virmond: Rua Duque de Caxias, s/nº - Centro - Tel.: (42) 3618-1480 Juliano Pereira, Flávia Rocha Muzzolon, Wesley Buco Scramosin, Mariane Weber, Giovani A. Schiavini, Sergio J. Lubacheski, Geovane Ohse, Julio Cesar Geisel, Dalciane Miss, Cleverson Castilho de Oliveira, Clair Ap. B. da Silva, Aguinaldo A. Svilkovski, Daiana Gracieli de Barba e Vanderlei Capoani
Loja Vargas A Loja Vargas trabalha com móveis, eletrodomésticos e material de construção em geral. Atende há mais de 20 anos no município de Candói. Rua Manoel Lopes de Oliveira, 2550 - Tel.: (42) 3638-1043 Alessandra Duarte, Maicon Barcellos, Jucieli Dalmasio, Edison Adriano de Vargas, Antônio Fidelis de Vargas, Eleandro A. de Vargas, Margarete N. de Vargas, Guilherme A. de Vargas
Terra Legal A empresa iniciou suas atividades em 2012, com o objetivo de regularizar as propriedades rurais através de serviços de topografia, georreferenciamento para certificação junto ao INCRA, encaminhamento de CCIR e ITR e elaboração do CAR. Conta com profissional responsável técnico com vasta experiência e uma equipe dedicada, além de equipamentos de precisão necessários aos serviços. Av. José Antunes Fabrício, 2428 – Tel.: (42) 3638-1000 Vinicyus Belchior Hillessheinn Revista do Produtor Rural do Paraná
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Projeto Identidade Sindical 2016 Produtor rural, apresente a carteirinha* do Sindicato Rural e obtenha descontos nos locais abaixo: (*Se ainda não possui a carteirinha de sócio, compareça ao Sindicato Rural de Guarapuava ou nas Extensões de Base: Candói - Foz do Jordão e Cantagalo)
GUARAPUAVA BetoAgro AGRONEGÓCIOS
3% na linha de produtos Forquímica
5% nas prestações de serviços
3% nos implementos agrícolas, rolos destorroadores, renovador de pastagens e grade de pente hidráulica espalhador de palha
Descontos para sócios
5% nas compras à vista
3% em toda linha de insumos agrícolas
Benefícios diversos
Descontos em todos os ramos de seguros
5% em medicina do trabalho, segurança do trabalho, consultorias, intermediação de consultas e exames médicos e 10% em exames de diagnóstico laboratorial (Torreforte Clin)
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Revista do Produtor Rural do Paraná
15% nos exames radiográficos
5% nas compras de produtos, lanches em geral, porções e bebidas
10% em todos os serviços prestados
10% na elaboração do CAR e 5% na execução de serviços de topografia
Desconto de 3% na linha de produtos New Deal
5% em serviços ou equipamentos
10% na prestação de serviços
CANDÓI
3% em produtos veterinários, ferramentas agrícolas e lubrificantes
3% sobre o preço de lista no ato da compra
Newdeal Agroscience Descontos em exames
Descontos diversos
10% à vista ou parcelamento em 10 vezes s/ juros nos cartões
10% em serviços
6% em materiais de construção, móveis e casa pronta
5% nas compras realizadas na loja
5% sobre valor final da negociação
3% para compras à vista
Fluxo de caixa gratuito, atualizado mensalmente, tanto trabalhos fiscais quanto trabalhos decisoriais
Produtores em destaque
Darci Carraro
José Maria Machado
João Telma
Rodolpho Sória Santos Ozires e Márcio José C. Fernandes
Olinto José Pazinatto
Eduardo Araújo e Ana Célia de Araújo
Roberta Mendes de Araújo Abreu
Andriele Cosmo e Ruy Laurici A. Teixeira Neto
Márcio Manfredini
Antônio Lauri Leite
Ponciano Abreu
Alexandre Marath Revista do Produtor Rural do Paraná
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Celson Luiz Brandalise Jaime Enrique V. Arbulu
João Miguel Eidam
João Paz França
José A. Ogiboski Almeida
Paulo Cezar Grocholski
Walter Knaf
Leni Apª Lacerda Cunico
Novo Sócio
João Vasconcelos Schimidt
Jairo L. Ramos Neto
Vicente Mamcasz
Paulo Sérgio Gomes de Assis
Pedro Paulo Dalla Rosa
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Revista do Produtor Rural do Paraná
Profissionais em destaque
Lenadir Neitzke
Marcos Corder (Microgeo)
Joelton Nunes e Jo達o Edilson de Campos (Solferti e Precis達o)
Bernardo e Izadora Siqueira Porto Bisnetos de Maria Aparecida e Jo達o Maria Mendes de Siqueira, montados no cavalo Garimpo na Fazenda Boa Sorte, em Entre Rios.
Ruy Laurici Alves Teixeira Bisneto Filho de Andriele e Ruy Laurici Alves Teixeira Neto
ail: ra o e-m a foto pa u s ie r v n E va.com.b @srgpua o a c a ic n comu
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Aniversariantes/2016
JUNHO
MAIO
01/05 Adelcio Martini 01/05 Franz Milla 01/05 Franz Stock 01/05 Josef Taschelmayer 01/05 Ricardo Sales Rosa 02/05 Antonio Hertz 02/05 Robercil Woinarski Teixeira 03/05 Helena M. B. Matheus 03/05 Paulo Wolbert 03/05 Rossana C. Manfredini 04/05 Carlos Henrique Kaminski 04/05 Sidney Camargo Junior 05/05 Joel Horst 05/05 Zadil Carneiro Batista 06/05 Demetrius Pellegrino Barbosa 06/05 Ivo Antonio Fabiani 06/05 João Telma 06/05 Maria das G. Abreu Lacerda 06/05 Ozório Eurico Martins Neto 07/05 Adam Illich 07/05 Conrado Ernesto Rickli 07/05 Luiz Carlos Silva Marcondes
01/06 Renate Taubinger Milla 02/06 Claudileia Fornazzari 02/06 Pedro Paulo Dalla Rosa 02/06 Werner Brandtner 05/06 Amilton Marcondes Júnior 05/06 Elson Luiz Tussolini 05/06 Reinholt Duhatschek 05/06 Teodoro Kredens 07/06 Ana Maria Jung Klein 07/06 José Maria Machado 07/06 Marlon Newton L. Schneider 08/06 Heitor Visentin Kramer Filho 08/06 Raimund Keller 08/06 Roland Wendelin Egles 09/06 Anton Schimidt 09/06 Carlos Henrique E. Araújo 10/06 Abdul Rahman Daruich 10/06 Eduardo Josef Reinhofer 10/06 Marcio Antonio R. Camargo 11/06 Adão Alcione Monteiro 11/06 Antônio Renato Diedrich
07/05 Maria da G. Martins Messias 08/05 Arion Mendes Teixeira Filho 10/05 Antônio Fidelis de Vargas 10/05 Johann Zuber Júnior 10/05 Ruy Sergio Taques da Cruz 11/05 Admar Paulo de Moraes 11/05 Macedo Nunes Machado 11/05 Rodolpho Soria Santos 11/05 Wagner Salvador Ransolin 12/05 Edina Aparecida Pinto Alberti 12/05 Elias Brandalero 12/05 Rodrigo Zampieri 12/05 Simone Milla 13/05 Eduardo Pletz 13/05 Karl Eduard Milla 15/05 Jorge Luiz Zattar 15/05 Maria Helga Filip 15/05 Patrick Egles 15/05 Rodrigo das Neves Dangui 15/05 Siegfrid Milla Sobrinho 16/05 Alfredo Cherem Filho
11/06 Marcia Dittert Cruz 11/06 Sieglinde Marath Schwarz 12/06 Johann Kleinfelder 12/06 José Placidio Moreira Filho 12/06 Leandro Bren 12/06 Teresia Abt 13/06 Antonio Lucchin 13/06 Everson Antônio Konjunski 13/06 João Maurício Virmond 13/06 Rodrigo Augusto Queiroz 14/06 Emmanuel Sanchez 15/06 Maria Milla 16/06 Agenor Roberto L. de Araújo 16/06 Bernardo Spieler Zehr 16/06 Rodrigo José de Abreu 17/06 Josef Stemmer 18/06 Verônica Dautermann Stotzer 19/06 Pedro Kindreich 20/06 Eduardo Osvaldo Garais 20/06 Jorge Fassbinder 20/06 Manfred Becker
16/05 Erika Schussler 16/05 Helga Schlafner 17/05 Andre Hiller Marcondes 17/05 Daniel Baitala 17/05 Jovina Jacy Lopes Serpa 17/05 Pedro Vilso Padilha da Rosa 18/05 Alan Fernando de Sales 18/05 José Antônio Ogiboski Almeida 18/05 Manoel Antônio Ferreira Bueno 19/05 Eugênio Billek 20/05 Kazuxigue Kaneda 21/05 Alfredo Jakob Abt 21/05 Sérgio Eliseu Micheletto 21/05 Walter Jurgovski 22/05 Alaor Sebastião Teixeira Filho 22/05 Ana Rita Hauth 22/05 Ivaldino Andreghetto 22/05 José Schleder Algaier 22/05 Patrick Gumpl 24/05 Adam Scherer 24/05 Ambrósio Ivatiuk
20/06 Mauro Cesar Soares Pacheco 21/06 Hermes Naiverth 21/06 Josnei Augusto da Silva Pinto 21/06 Mario Ribeiro do Amaral 21/06 Osvaldir Jouris 21/06 Peter Wolbert 22/06 Cyrano Leonardo Yazbek 22/06 Johann Reiter 22/06 Ozoel Martins Lustoza 22/06 Paulino Brandelero 23/06 Lindalva Suek 23/06 Volnei Kolc 24/06 Anthon Schwemlein 24/06 Cláudia Hertz Marath 24/06 Jairo Silvestrin 25/06 Walter Josef Jungert 26/06 Altair Niquetti 26/06 Andreas Keller Junior 26/06 Ari Fabiani 26/06 Geny de Lacerda Roseira Lima
24/05 Vicente Ferreira Leite 25/05 Elke Monika Zuber Leh 25/05 Rita Maria Wolbert 25/05 Stefan Detlinger 27/05 Nivaldo Passos Krüger 27/05 Sandra Mara Schlafner Sander 27/05 Waldemir Spitzner 28/05 Garon Gerster 28/05 Jorge Harmuch 28/05 Klaus Ferter 28/05 Roberto Hyczy Ribeiro 29/05 Anderson Fornazzari 29/05 Christof Leh 29/05 Jorge Schlafner 30/05 Ademar Ramos de Souza 30/05 Daniel Schneider 30/05 Fernando Becker 30/05 Jorge Luiz Ribas Taques 30/05 Leo Taques Macedo 30/05 Paulo Celso Santos Mello 31/05 Antonio Lauri Leite
26/06 Gilson Zacarias Cordeiro 26/06 Paulo Cezar Grocholski 27/06 Cleverson Naiverth 27/06 Pedro Lucca 28/06 Bruno Norberto Limberger 28/06 Eleda Bochnia Gomes 28/06 Ivoni Ferreira 28/06 Joao Spieler 28/06 Juracy Luiz Roman 28/06 Marlene Araújo Naiverth 28/06 Reni Pedro Kunz 28/06 Rudolf Egles 29/06 Agenor M.de Araújo Neto 29/06 Marinez Bona M. Padilha 29/06 Mario Bilek 29/06 Yasmin Mayer 30/06 Andre Benz 30/06 Douglas Luis Limberger 30/06 Monika Klein 30/06 Paulo Andre Rocha
Confira a agenda de eventos agropecuários: Internacional Simpósio sobre Inovações em Sistema de Manejo na Era Glyphosate
Londrina (PR) 31 de maio a 2 de junho Sociedade Rural de Londrina www.inovacoesglyphosate.com
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Encontro Paranaense XIII de Genética Londrina (PR) 8 a 10 de junho www.xiiiepg.wix.com/xiiiepg2016
BeefExpo São Paulo (SP)
14 a 16 de junho (19) 3305-2295
beefexpo@sspe.com.br www.beefexpo.com.br
MAI/JUN
2016
Suplementação Palestra estratégica na pecuária de precisão
Guarapuava (PR) 16 de junho DSM Tortuga – Local: CTG Fogo de Chão Solicitar convite para: marcio.essert@dsm.com ou (42) 8801-9980 alexandre.melo@dsm.com
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