Revista Produtor Rural - ed 28

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ISSN 1984-0004

Foto: Paulo Cardoso/Painel Florestal

Publicação bimestral do Sindicato Rural de Guarapuava Ano V Nº 28 - Nov/Dez 2011 Distribuição gratuita

Revista do Produtor Rural

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Revista do Produtor Rural


[índice] Pesquisa

Representatividade Nacional

As conquistas do sistema patronal rural

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Adubação nitrogenada

Nitrogênio complementar nas culturas do milho, soja e feijão

Doença da raiva pode levar animal a óbito

Um jeito diferente de vender tomates

Análise do ano e perspectivas

Comemoração

60 anos da CNA e 20 anos do SENAR

Manchete Por que plantar floresta?

72 76

Leite

Exposição apresentará desafios e alegrias dos imigrantes suábios em Entre Rios

43 56

Hortifruticultura

60 Anos

36 40

Prevenção

Mecanização do sistema de plantio direto para emergência de fertilidade do solo

Literatura

Uma lição de administração rural

78 Esporte

82

Tratorsolo I vence I Campeonato de Boliche do Sindicato Rural de Guarapuava


[Editorial]

ISSN 1984-0004

[expediente] DIRETORIA: Presidente: Rodolpho Luiz Werneck Botelho 1º Vice presidente: Cláudio Marques de Azevedo 2º Vice presidente: Anton Gora 1º Secretário: Roberto Hyczy Ribeiro 2º Secretário: Gibran Thives Araújo 1º Tesoureiro: João Arthur Barbosa Lima 2º Tesoureiro: Herbert Schlafner Delegado Representante: Anton Gora Conselho Fiscal: Luiz Carlos Colferai, Lincoln Campello, Ernesto Stock Suplentes: Luiz Carlos Sbardelotto, Nilcéia Veigantes, Denilson Baitala Endereço: Rua Afonso Botelho, 58 - Trianon CEP 85070-165 - Guarapuava - PR Fone/Fax: (42) 3623-1115 Email: comunicacao@srgpuava.com.br Site: www.srgpuava.com.br

Adeus Ano Velho! Feliz Ano Novo!

M

ais um ano acabou e na retrospectiva 2011 nos deparamos com um grande número de eventos promovidos, debates, discussões, campanhas, enfim ações em prol do produtor rural. De muita coisa, nem nos lembrávamos mais... Quando vimos que a retrospectiva do ano não caberia em apenas duas páginas da revista, ficamos felizes, com sensação de missão cumprida. Foi bom olhar para trás e perceber que trabalhamos duro para representar o produtor rural da melhor forma possível. Foram muitas reuniões, congressos, seminários, viagens técnicas. Em Curitiba ou em Brasília, estávamos lá, representando nossos associados. Agradecemos a todos os produtores rurais, agrônomos, zootecnistas, veterinários, técnicos e parceiros que participaram das palestras, cursos, seminários, eventos festivos. Agradecemos as parcerias que viabilizaram a continuidade desse canal de comunicação, a REVISTA DO PRODUTOR RURAL DO PARANÁ. Seguiremos rumo a 2012 de portas abertas para críticas, sugestões e novas parcerias, sempre priorizando a qualidade editorial, com publicação de matérias, pesquisas e artigos técnicos que contribuam para o crescimento e fortalecimento dos produtores rurais de nossa região. Agradecemos também o empenho dos diretores da entidade, o trabalho dos colaboradores e a confiança dos associados. Feliz Natal e que 2012 seja um ano de altas produtividades, rentabilidade, mas principalmente, de muita saúde, paz e prosperidade! Boa safra e boas festas!

Extensão de Base Candói Rua XV de Novembro, 2687 Fone: (42) 3638-1721

Rodolpho Luiz Werneck Botelho

Extensão de Base Cantagalo Rua Olavo Bilac, 59 - Sala 2 Fone: (42) 3636-1529

Presidente do Sindicato Rural de Guarapuava

Editora: Luciana de Queiroga Bren (Registro Profissional - 4333)

Colaboração: Mariana Rudek Bruno Hilgemberg Ana Carolina Pereira Fotos: Assessoria de Comunicação SRG / Luciana de Queiroga Bren / Mariana Rudek / Ana Carolina Pereira / Bruno Hilgemberg Diagramação: Prêmio|Arkétipo Agência de Propaganda Impressão: Midiograf - Gráfica e Editora Tiragem: 3.000 exemplares Os artigos assinados não expressam, necessariamente, a opinião da REVISTA DO PRODUTOR RURAL ou da diretoria do Sindicato Rural de Guarapuava. É permitida a reprodução de matérias, desde que citada a fonte.

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Revista do Produtor Rural

[Homenagens Póstumas] A REVISTA DO PRODUTOR RURAL/Sindicato Rural de Guarapuava solidariza-se com a família de Annibal Virmond Junior, homenageado na REVISTA DO PRODUTOR RURAL – edição 23, de janeiro/fevereiro 2011, p. 42 e também com a família do associado Dirceu Ribas Lacerda. Desejamos que todos encontrem conforto nesse momento de grande dor e saudade.


Revista do Produtor Rural

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[artigo]

Mais um ano chega ao fim Anton Gora Produtor rural, presidente do Núcleo Regional dos Sindicatos Rurais do Centro do Paraná e vice-presidente do Sindicato Rural de Guarapuava

O

ano de 2011 está chegando ao fim. Normalmente fazemos um balanço de fim de ano, mas eu prefiro chamar de reflexão, sobre aquilo que foi realizado no ano que está terminando. Penso que podemos ficar muito orgulhosos mais uma vez quanto às nossas realizações. Escrever sobre todas é impossível, mas vamos refletir sobre algumas que eu acho importante. No ano de 2001 o destaque foi o sócio, a pessoa humana. O Sindicato enxergou o sócio como pessoa, deu prioridade a pessoa e com isso o Sindicato, o sócio e o nosso colaborador terão retorno financeiro a longo prazo. Valorizar a pessoa é sinônimo de progresso sustentável. Estamos terminando o ano com mais de 1.000 sócios, um sinal da força que o Sindicato representa, da união dos associados e do nível de consciência do nosso produtor, que entendeu que a união faz a força. Seremos fortes unidos e ninguém vai resolver os nossos problemas a não ser nós mesmos. Na área de treinamentos, foram realizados 152 cursos do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR), capacitando 1.902 participantes, com transferência de conhecimento, gerando bem estar e riqueza. O trabalho social do Sindicato foi de grande importância e repercussão. Foram arrecadados alimentos, brinquedos, fraldas, roupas, cobertores, mostrando com isso a solidariedade do nosso produtor e o espírito solidário dos nossos colaboradores. O Código Florestal, ao que tudo indica, será aprovado ainda esse ano, e se não for o ideal, pelo menos nos trará tranqüilidade e um rumo. O Sindicato colaborou muito na aprovação desse Código, estando presente em diversas ocasiões em Brasília, para acompanhar e informar os nossos políticos sobre a realidade do

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campo e a colaboração do produtor na preservação do meio ambiente. Será incluído no novo código um parágrafo que limita a não importação de alimentos de países que tenham o mesmo rigor na preservação do meio ambiente do que o Brasil, reivindicação do nosso Sindicato Rural. Pedimos ainda que seja incluído que a importação de alimentos só poderá ser feita de países que usem os mesmo defensivos que são utilizados e registrados no Brasil, ou seja, condições iguais de produção. Tenho ministrado muitas palestras sobre o nosso Sistema Sindical, principalmente para jovens estudantes, o que mostra que eles já estão se interessando também para a necessidade de se ter uma política de classe, e a necessidade maior de participar politicamente em todas as decisões do País, Estado e Município. Ficamos surpresos em uma viagem à Europa, quando a Embaixada do Brasil junto à Comunidade Européia defendia com vigor os interesses da agricultura brasileira, muitas vezes difamada para

Depto. Administrativo

Cozinha e serviços gerais

nos prejudicar nas nossas exportações. Na negociação com o Sindicato dos Trabalhadores Rurais, conseguimos fechar um acordo que dá ao nosso trabalhador, condições dignas de trabalho e renda. Participamos com muitas sugestões junto à Federação e à CNA, na definição de políticas, como o Plano Anual da Agropecuária, segurança no campo, entre varias outras ações. Nem falamos ainda dos eventos que o Sindicato promoveu para os seus associados, parceiros, colaboradores e tantas outras atividades, que para citá-las precisaríamos preencher todas as páginas da nossa revista, que, aliás, é a melhor do ramo no Brasil. Mas todo esse trabalho só foi possível com a colaboração e a presença do nosso associado, com o empenho do nosso colaborador, que merece os nossos elogios e reconhecimento e a direção firme da nossa diretoria. Parabéns a todos pelas realizações em 2011 e que 2012 nos traga muitas surpresas gratificantes.

Depto. Financeiro

Depto. de Comunicação

Extensão de Base Candói

Extensão de Base Cantagalo


[Caixa de Entrada]

Para: Revista do Produtor Rural De: Ted Marco Sander “Parabéns pela revista dos 1.000 sócios... A primeira vista não notei o lay-out da capa, aproximei os olhos e vi – que criatividade! Singelo, mas ao mesmo tempo uma homenagem aos 1.000 sócios! Falei para minha esposa: procure aí o seu nome!!! E ela questionou: Como assim??? Respondi: Veja!!! Perceba que a capa está com letras minúsculas que formam os nomes dos associados ao sindicato... Parabéns mesmo!!!”

Para: Sindicato Rural de Guarapuava De: Pedro Luiz de Araújo e Campos/Jacaré – representante Biogene “Gostaria de agradecer a homenagem oferecida pelo Sindicato Rural ao profissionais Engenheiros Agrônomos. A nossa própria classe não tem lembrado desta data e muito menos do que representamos para a sociedade. Ainda bem que vocês nos refrescam a memória. Saudações agronômicas”

Para: Sindicato Rural de Guarapuava e Revista do Produtor Rural De: Marcela Melnik, leitora assídua “Mais uma vez parabenizo a editora e sua equipe pelo ótimo desenvolvimento da edição da revista. A publicação vem se destacando em vários sentidos, obtendo assim total credibilidade diante creio eu de todos nós leitores... A Campanha Produtor Solidário mais uma vez teve seu destaque especial nessa edição... muito legal o trabalho que vocês desenvolvem, por não ser apenas nas datas especiais e sim durante o ano todo. Como estudante de Eng. Agrônomica, espero muito em breve estar participando dos eventos promovidos pelo Sindicato”.

Para: Sindicato Rural de Guarapuava De: Ronei Volpi, Superintendente do SENAR-PR “Em nome da superintendência do SENAR, agradeço de coração a todos que de forma direta ou nos bastidores contribuiram para a realização e o grande sucesso que foi o Encontro Estadual de Empreendedores e Líderes Rurais, realizado ontem em Curitiba. Esperamos contar com essa dedicação nos próximos eventos, elevando o conceito do nosso Sistema FAEP”.

Revista do Produtor Rural

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Projeto Identidade Sindical Guarapuava Materiais, Assessorias e Serviços

BetoAgro EO

AGRONEGÓCIOS

I

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Fluxo de caixa gratuito, atualizado mensalmente, tanto trabalhos fiscais quanto trabalhos decisoriais

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8

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Revista do Produtor Rural

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Produtor rural, apresente a carteirinha* do Sindicato Rural e obtenha descontos nos locais abaixo:

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3% em produtos veterinários, ferramentas agrícolas e lubrificantes para pagamento à vista

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[Pesquisa]

Mecanização do sistema de plantio direto para emergência de fertilidade no solo José Eloir Denardin

Pesquisador, Embrapa Estudos e Capacitação, Parque Estação Biológica, Av. W3 Norte (final), Bloco D, 70770-901 Brasília, DF, Brasil. E-mail: jose.denardin@.embrapa.br

Introdução A busca por aumento de produtividade, baseada no conceito de fertilidade do solo expresso apenas por atributos químicos e pelo uso de fertilizantes minerais, nitidamente perdeu força e está sendo substituída pela adoção dos preceitos da agricultura conservacionista (AC), cenário em que a ampliação do enfoque de fertilidade do solo assume relevância. Portanto, a otimização de sistemas agrícolas produtivos, embasada em gestões incompatíveis com a promoção da fertilidade do solo e descomprometida com o equilíbrio dinâmico do agroecossistema e de seu entorno, mostra-se dessincronizada ante à expectativa de alcance de uma agricultura tendente à sustentabilidade. A ampliação do conceito de fertilidade do solo, no qual propriedades físicas do solo e prevenção de perdas de qualquer ordem – erosão, lixiviação, volatilização e eluviação – desempenham papéis preponderantes, constitui referencial para a gestão conservacionista de sistemas agrícolas produtivos. Sob essa abordagem, são as características estruturais das plantas – raiz, colmo e folhas – que definem a qualidade e quantidade de carbono (C) orgânico produzido e, consequentemente, a qualidade estrutural do solo e o padrão de fertilidade biológica, física e química do solo. A integração desse trinômio, para a emergência de fertilidade no solo, está, assim, na dependência do modelo de produção adotado e de sua interação com equipamentos agrícolas de manejo de solo, com ênfase para aqueles promotores do aprofundamento de raízes no solo. Objetivou-se com essa dissertação promover, no WinterShow 2011, preocupações atinentes à gestão conservacionista de sistemas agrícolas produtivos que associe diversificação de espécies a semeadoras facilitadoras do desenvolvimento radicular das plantas, como ferramentas para a emergência de fertilidade no solo.

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Sistema Agrícola Produtivo e Modelo de Produção Com o intuito de destacar a relevância do papel da diversificação de espécies, na produção de matéria orgânica (MO) e na construção e manutenção da fertilidade do solo, é imprescindível conceituar sistema agrícola produtivo e diferenciá-lo de modelo de produção. Sistema agrícola produtivo é entendido como a interação dos fatores ambiente, planta e solo, em que o fator ambiente participa com o potencial energético, o fator planta com o potencial genético e o fator solo com o potencial fertilidade (Figura 1). Assim, a produtividade do sistema agrícola produtivo é um resultado integrado, de modo que não tem sentido referir-se isoladamente à produtividade do ambiente, à produtividade da planta ou à produtividade do solo, visto que não há geração de produto na ausência de qualquer um desses fatores ou sem a interação deles. Modelo de produção é o arranjo espaço-temporal das espécies vegetais e/ou animais que compõem os sistemas agrícolas produtivos. O modelo de produção determina a quantidade e qualidade do material orgânico aportado ao solo em um sistema agrícola produtivo, bem como a frequência com que esse aporte ocorre. O modelo de produção interfere na taxa de decomposição do material orgânico aportado e na quantidade e qualidade da MO gerada no sistema agrícola produtivo. Portanto, as espécies que compõem os modelos de produção determinam a intensidade da atividade biológica do solo, a qual define

a qualidade da estrutura do solo, que por sua vez comanda o nível de fertilidade do solo (Figura 1). De outro modo, o modelo de produção interfere nas propriedades biológicas e físicas do solo as quais conferem fertilidade ao solo, que é expressa, não apenas pela disponibilidade de nutrientes e reação do solo (pH), mas pela interação dos seguintes atributos do solo: - armazenamento e disponibilidade de água às plantas; - armazenamento e difusão de calor; - fluxo de oxigênio; - permeabilidade; - reação do solo - pH; e - disponibilidade de nutrientes. Do exposto, percebe-se que a emergência de fertilidade no solo é condicionada pela quantidade e qualidade do material orgânico produzido pelas espécies que compõem o modelo de produção adotado no sistema agrícola produtivo e pela frequência de seu aporte ao solo. Para a região subtropical do Brasil, são requeridos 8 a 12 t/ha de matéria seca por ano agrícola para atender a demanda biológica do solo para manter e/ou construir a fertilidade do solo. São esses processos integrados que justificam a diversificação de espécies ser a “chave-mestre” para o sucesso do sistema plantio direto (SPD) como ferramenta para imprimir sustentabilidade à agricultura.

Agroecossistema e Fertilidade do Solo Ecossistema, interpretado como o conjunto de relações entre fauna, flora e microrganismos e da interação de fatores geológicos, atmosféricos e meteorológicos, constitui um siste-


FATOR CLIMA è ENERGIA FATOR PLANTA

GENÉTICA

SISTEMA AGRÍCOLA PRODUTIVO

LUZ

CALOR

TIPO AGRONÔMICO

PRECIPITAÇÃO ADAPTABILIDADE

ÁGUA

MATERIAL ORGÂNICO

CALOR FATOR SOLO

FERTILIDADE

OXIGÊNIO PERMEABILIDADE

ESTRUTURA DO SOLO

ATIVIDADE BIOLÓGICA

pH NUTRIENTES Figura 1 – Estrutura conceitual de sistema agrícola produtivo.

ma aberto, com fluxos de energia e matéria dinamicamente equilibrados. Interferências antrópicas, com a finalidade de implantar sistemas agrícolas produtivos, alteram essa dinâmica, transformando ecossistemas em agroecossistemas. Assim, agroecossistemas, representados por áreas agricultadas, são ecossistemas sob interferência humana, em permanente relação com os sistemas vizinhos. O caráter de sustentabilidade que se pretende imprimir aos agroecossistemas, fundamentado no atendimento de necessidades socioeconômicas, na segurança alimentar da humanidade e na preservação dos recursos naturais, está na dependência da obtenção de um novo equilíbrio dinâmico dos fluxos de entrada e saída de energia e matéria do sistema, e da consequente qualidade das relações estabelecidas com os sistemas do entorno. Do ponto de vista da fertilidade do solo, importante indicador de sustentabilidade de agroecossistemas está associado à dinâmica dos fluxos de adição e decomposição do material orgânico aportado ao solo pelas espécies componentes dos modelos de produção. Nesse cenário, destacam-se os aspectos relativos à diversidade e ao arranjo das espécies que compõem o modelo de produção, à intensidade de mobilização do solo, à quantidade, à qualidade e ao posicionamento dos agroquímicos no solo e à prevenção de perdas – erosão, lixiviação, volatilização, eluviação. Enquanto a intensidade de mobilização do solo e a quantidade, qualidade e posição dos agroquímicos no solo estão associadas à taxa de decomposição do material orgânico

adicionado ao solo, a diversidade e o arranjo das espécies estão associados à quantidade e à qualidade da MO resultante no solo. A taxa de perda de MO do solo é altamente influenciada pela mobilização do solo, por homogeneizar resíduos culturais e nutrientes na camada revolvida, oxigenar o solo e estimular a ação de microrganismos decompositores. Em um mesmo solo, o preparo convencional do solo pode duplicar a taxa de decomposição do material orgânico do solo em relação ao SPD. Sistemas agrícolas produtivos, em que a gestão contempla intensa mobilização de solo, remoção ou queima de resíduos culturais e modelo de produção com baixa produtividade de fitomassa geram taxas de adição de material orgânico ao solo inferior à taxa de decomposição. Essa condição determina decomposição da MO estável do solo, implicando em redução do teor de C no solo, desestabilização estrutural do solo e degradação da fertilidade do solo. Fertilização sucessiva do solo, exclusivamente em superfície, contribui para a concentração de raízes na camada superficial do solo e restrição da atividade biológica estruturadora de solo apenas a esta zona, constituindo indubitável risco ao desenvolvimento das plantas em períodos de déficit hídrico. Em síntese, os processos implicados na fertilidade do solo estão associados à gestão de sistemas agrícolas produtivos que promovam maximização do aporte de material orgânico ao solo, aprofundamento de raízes e minimização de perdas. É relevante considerar que, além dos resíduos culturais produzidos pela

parte aérea das plantas, há o material orgânico gerado pelas raízes, que assume papel preponderante para a emergência da fertilidade no solo. Modelos de produção que envolvem espécies de abundante sistema radicular, como gramíneas forrageiras perenes, que alocam maior fração de C para as raízes do que espécies anuais, são mais eficientes em elevar o estoque de MO no solo e em induzir fertilidade ao solo. Destaca-se que gramíneas anuais – cereais de inverno, milho, sorgo etc. – são superiores às leguminosas – soja, ervilhaca etc. – e às brássicas – nabo forrageiro e canola –, na construção e manutenção da fertilidade do solo. Portanto, na região subtropical do Brasil, dada às características de solo e clima, o nível de fertilidade do solo é diretamente dependente da adoção de modelos de produção que associem à soja – cultura principal – espécies gramíneas, com ênfase para cereais de inverno, milho, sorgo, milheto... Mobilização profunda de solo restrita à linha de semeadura, com concomitante deposição de fertilizantes nessa profundidade, constitui prática promotora de aprofundamento de raízes e de ampliação da camada de solo fértil.

Agricultura conservacionista Agricultura conservacionista é a arte de cultivar a terra, respeitando os fundamentos da ciência da conservação do solo. AC é entendida como a agricultura conduzida sob a proteção de um complexo de tecnologias de caráter sistêmico, objetivando preserRevista do Produtor Rural

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var, manter e restaurar ou recuperar os recursos naturais, mediante o manejo integrado do solo, da água e da biodiversidade, devidamente compatibilizado com o uso de insumos externos. AC compreende um conjunto de preceitos que minimiza alterações na estrutura, composição e biodiversidade do solo. Os principais preceitos da AC são: - preservação de ecossistemas sensíveis; - respeito à capacidade de utilização do solo; - redução ou supressão de mobilização de solo; - promoção de cobertura permanente de solo; - erradicação de queimadas; - manejo integrado de pragas; - controle de tráfego sobre o solo agrícola; - diversificação de espécies em rotação, consorciação e/ou sucessão de culturas; - redução ou supressão do intervalo entre colheita e semeadura - processo colher-semear; - adição de material orgânico ao solo, em quantidade, qualidade e frequência compatíveis com a demanda do solo; - implantação de práticas mecânicas e/ou hidráulicas, para manejo de enxurrada; e - uso preciso de insumos agrícolas. O conjunto de preceitos preconizado pela AC constitui a base de sustentação da exploração agrícola, conservando o solo, a água, o ar e a biologia dos agroecossistemas, prevenindo poluição, contaminação e degradação dos sistemas do entorno, reduzindo o uso de combustíveis fósseis e amenizando a emissão de gases de efeito estufa. O sistema plantio direto é compreendido como um complexo de tecnologias que submete o sistema agrícola produtivo a um menor grau de perturbação ou de desordem, quando comparado a outras formas de manejo que empregam mobilização de solo. SPD é ferramenta da AC capaz de viabilizar o ato de semear sem preparo prévio do solo de modo contínuo e ininterrupto, safra após safra. Em decorrência, o SPD, dentre inúmeros benefícios, propicia a estruturação do solo, reduz a taxa de mineralização da MO e desacelera a taxa de reciclagem de nutrientes, estabelecendo sincronismo entre as formas de vida presentes no solo. Portanto, o SPD, potencializa a busca pelo equi-

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líbrio dinâmico do agroecossistema, disciplinando fluxos de entrada e saída de energia e matéria do sistema, e conserva o potencial biológico do solo, reservando-lhe maior capacidade de auto-reorganização. Nesse cenário de transformação, reorganização e manutenção da fertilidade do solo, propiciadas pelos fundamentos do SPD, destaca-se o processo colher-semear. Esse processo reproduz, no sistema agrícola produtivo, os fluxos de adição e decomposição de material orgânico semelhantemente ao que ocorre no ecossistema e que contribuem para a emergência de fertilidade no solo. Nos ecossistemas, os fluxos de adição e decomposição de material orgânico, embora variem sazonalmente, podem ser considerados permanentes e simultâneos, mantendo as entradas e saídas de matéria e energia em equilíbrio dinâmico. Em contraste, em sistemas agrícolas produtivos constituídos por modelos de produção com espécies anuais, os fluxos de adição e decomposição de material orgânico nem sempre são contínuos e simultâneos. Ao longo do ciclo vegetativo das espécies cultivadas, ambos os fluxos, adição e decomposição, ocorrem simultaneamente. Nessa situação, os elementos mineralizados podem ser absorvidos pelas plantas e repostos pela decomposição de resíduos culturais, evitando perdas no sistema. Entretanto, no período de entressafra, em razão da ausência de plantas vivas, a decomposição, que passa a ser o fluxo predominante ou exclusivo, libera C e nutrientes para o sistema, sem as respectivas absorção e reposição. Em decorrência, o sistema torna-se vulnerável a perdas pela quebra do equilíbrio dinâmico preconizado para a sustentabilidade agrícola. Do exposto, é possível inferir que a fertilidade do solo é dependente da qualidade de gestão do sistema agrícola produtivo, principalmente em relação ao quanto os modelos de produção são eficazes em reproduzir o equilíbrio dinâmico dos fluxos de adição e decomposição de material orgânico.

Fertilidade do Solo... (Re) Emergindo Sistêmica A fertilidade do solo, ao englobar aspectos biológicos, físicos e químicos, é regida pela estrutura do solo (Figura 1).

A estrutura do solo é conceituada como o arranjo das partículas que o compõem, em decorrência de processos pedogenéticos, dos quais a ação biológica assume relevância, e/ou de ações antrópicas relativas ao manejo. Portanto, a estrutura do solo é dependente do material orgânico aportado ao solo em quantidade, qualidade e frequência. Em síntese, o modelo de produção aplicado ao sistema agrícola produtivo e associado ao manejo dos resíduos culturais é que, em essência, promove ou degrada a fertilidade do solo. A viabilização de modelos de produção constituídos por uma diversidade de espécies capaz de induzir fertilidade ao solo requer da mecanização agrícola evolução concomitante e compatível. Semeadoras para plantio direto, versáteis para a semeadura de múltiplas espécies e inclusive de consórcios de espécies e com permissividade para variados espaçamentos entre linhas e uso de múltiplos elementos rompedores de solo, a custos compatíveis com a amplitude da estrutura fundiária do Brasil, representam desafio singular à indústria da mecanização agrícola, para ampliar a adoção do processo colher-semear. Semeadoras equipadas com hastes sulcadoras de design vertical em substituição ao parabólico, de espessura inferior a 12 mm e ajuste para operar até 200 mm de profundidade, constitui outra demanda desafiadora de importância indiscutível para o aprofundamento de raízes da diversidade de espécies passíveis de integrarem modelos de produção indutores de fertilidade no solo. A deposição de fertilizantes na profundidade operacional preconizada para elementos rompedores de solo de semeadoras constitui mais uma demanda à indústria da mecanização agrícola, capaz de viabilizar o aprofundamento do sistema radicular das plantas e, em decorrência, promover evolução estrutural do solo e contribuir para a minimização de riscos de perda de safra em períodos de déficit hídrico. A transdisciplinaridade de disciplinas, como ciência do solo, genética, engenharia mecânica e engenharia agrícola, entre outras, de modo similar à nova e ampla conotação conferida à AC, poderá se constituir, na ampliação do enfoque de fertilidade do solo, como mais um notável progresso do desenvolvimento e da modernização da agricultura. Indubitavelmente, a quantificação do potencial dessa nova contribuição para a ampliação e compreensão do conceito de fertilidade do solo é um desafio inimaginável.


[Código Florestal]

Senado aprova texto básico do CFB; projeto retorna para Câmara Federal

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pós mais de seis horas de discussão, o plenário do Senado aprovou, por 59 votos contra 7, o texto básico da reforma do Código Florestal, que prevê a recuperação de parte das áreas desmatadas. O texto analisado em plenário foi o finalizado pelo relator Jorge Viana (PT-AC), e já havia sido aprovado pela Comissão de Meio Ambiente do Senado no final de novembro. Na comissão de Constituição e Justiça, o relator foi o senador Luiz Henrique da Silveira (PMDB-SC). A votação foi concluída por volta das 23h10 do dia 06 de dezembro, após a análise de emendas (mudanças) ao texto-base. Do total apresentado, 26 foram acatadas e 56 rejeitadas. O projeto voltará ao plenário da Câmara Federal para concluir um debate que se arrasta por 13 anos e onde precisará ser apreciado novamente, uma vez que recebeu mudanças no Senado. Depois, o texto será encaminhado para sanção da presidente da República, Dilma Rousseff.

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[Lançamento]

Fotodocumentário Santa Clara: História, Trabalho e Vida eterniza a trajetória de empresa rural

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agricultura é uma fonte inesgotável para a fotografia, exemplo disso é o fotodocumentário Santa Clara: História, Trabalho e Vida que une belas imagens e a apuração de detalhes no texto jornalístico. As fotografias são possibilidades de perpetuar uma fração do mundo no tempo e no espaço, construindo o que chamamos de memória sócio-histórico-cultural. Por documental entende-se o senso estilístico do trabalho fotográfico, profundamente influenciado pelo fotojornalismo. O projeto do fotodocumentário da empresa agrícola Santa Clara de propriedade de Hermine Leh e filhos foi idealizado em 2008 pela fotógrafa Sandra Hyczy em parceria com a jornalista Luciana de Queiroga Bren que, ao assumir a gerência do Sindicato Rural, indicou a jornalista Grazieli Eurich para executá-lo. Sandra e Grazieli acompanharam cada passo do ano agrícola na fazenda no município de Candói, o plantio, os cuidados com a

planta, a colheita e, foram além, procurando informações sobre as memórias da família alemã Leh desde sua imigração para o distrito de Entre Rios, da trajetória da empresa e da empresária, entrevistando colaboradores e parceiros, dentre eles a Cooperativa Agroindustrial Agrária. Roberto Niczay da agência de publicidade Prêmio Arkétipo foi o responsável pelo planejamento gráfico e diagramação. O resultado não é apenas um fotodocumentário, mas um livro que guarda na fotografia e na escrita jornalística a história de sucesso da empresa, como define a jornalista Grazieli Eurich. O texto do fotodocumentário é bilíngue: português e alemão, esta última língua originária da família imigrante. A fotógrafa Sandra Hyczy conta que quando a empresária Hermine Leh pediu “um relatório” que mostrasse às futuras gerações de sua família sua origem, os processos administrativos e também as

conquistas que a empresa Santa Clara têm alcançado, “entendi que seu intuito era plantar nas gerações vindouras o amor à terra e a preservação da empresa trilhando caminhos seguros, baseados em conhecimento, tecnologia e muito trabalho em equipe. Ao entregar este livro, fica a certeza de ter cumprido a missão a mim confiada naquele dia.” Realmente a missão foi cumprida, segundo Hermine Leh, foi emocionante receber em mãos o fotodocumentário agrícola. “Me emocionei em realizar um dos meus sonhos, deixar registrado um trabalho árduo no campo em seus diversos setores e sistemas envolvendo-os em evolução estrutural e tecnológica, isto é, gestão de pessoas e resultados, máquinas, processos definidos, qualidade, aplicações, projetos que dão suporte a continuidade de gestão”. Nas palavras de Hermine Leh, um dos objetivos que a motivou a desenvolver o fotodocumentário foi para que as gera-

Sandra Hyczy e Roberto Niczay entregam o livro à Hermine Leh

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ções futuras valorizassem o patrimônio da empresa familiar e seus antecedentes. Esse objetivo foi concluído, segundo ela, com um livro de alto nível, feito por profissionais com conhecimento e experiência. “Plantei uma semente, que agora deixo documentado, para que no futuro gere frutos.” O livro retrata sua história, a de uma dona de casa que corajosamente assumiu uma empresa agrícola, “estou certa de deixar um trabalho que no início da minha gestão não sabia se ia ser um sucesso ou um fracasso. Agradeço a Deus e a todos que me ajudaram e trabalharam como equipe, pois se não trabalhássemos desta forma não teríamos atingido nossas metas”, ressalta Hermine. A pecuária, a indústria e o comércio em geral também dariam ótimos fotodocumentários afirma a fotógrafa Sandra Hyczy, que pensa em projetos futuros. “Santa Clara: História, Trabalho e Vida é o primeiro de muitos que virão”, conclui.

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[Representatividade Nacional]

As conquistas do sistema patronal rural

A

Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) desenvolve uma série de ações em defesa do produtor rural brasileiro, que contribuem para o desenvolvimento do setor agropecuário e do Brasil. Do dia a dia no Congresso Nacional ao diálogo com as áreas de decisão do Governo e do Judiciário, a CNA trabalha para melhorar a vida de milhões de produtores rurais. Confira o que a CNA fez (e está fazendo) pelo produtor rural: Mobilização do Código Florestal: A atualização do Código Florestal regularizará mais de 90% das propriedades rurais, reduzindo a insegurança jurídica no campo e adequando a legislação ambiental brasileira à realidade do País. Mobilizou mais de 25 mil produtores rurais, que foram a Brasília participar de uma grande manifestação em favor da aprovação do relatório do deputado Aldo Rebelo (PCdoB/SP) na Câmara dos Deputados. O texto foi aprovado em 24 de maio de 2011 e, agora, continuamos firmes em busca da aprovação no Senado Federal. Avanços alcançados na Câmara dos Deputados 1. Soma das áreas de reserva legal às áreas de preservação permanente (APPs) para alcançar o índice legal de uso restrito na propriedade rural. 2. Isenção da recomposição da reserva legal para as propriedades de até quatro módulos fiscais. 3. Redução de 30 para 15 metros das margens de rios com até 10 metros de largura, a serem recuperadas pelo pequeno agricultor. 4. Consolidação das áreas abertas até julho de 2008, conforme a lei da época em que ocorreu a supressão.

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SENADORA KÁTIA ABREU - Presidente da CNA


5. Estados, União e Distrito Federal legislarão em conjunto para a regularização ambiental, por meio dos Programas de Regularização Ambiental (PRAs). 6. Regularização da propriedade por meio de recomposição ou regeneração natural, no prazo de até 20 anos, a partir da aprovação do PRA. 7. Compensação das áreas de reserva legal em outro Estado, desde que no mesmo bioma. 8. Suspensão de multas aplicadas até 22/7/2008, após a assinatura do termo de adesão e compromisso de regularização ambiental da propriedade.

na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, quando foi protocolado documento ao Ministério da Justiça solicitando a criação de um Plano Nacional de Combate às Invasões de Terras. Criou o Observatório das Inseguranças Jurídicas no Campo para monitorar as invasões de terras em todo o País. Também requereu à Advocacia Geral da União (AGU) que reconheça as orientações do Supremo Tribunal Federal (STF) no julgamento da demarcação da terra indígena Raposa Serra do Sol, no Estado de Roraima, quando estabeleceu conceitos inequívocos sobre Terra Indígena. Solicitou que os mesmos parâmetros sejam adotados para as demais demarcações.

Revisão da Política Agrícola

Assuntos Fundiários

Uma política para o produtor rural e não para a produção. É para isto que trabalhamos na revisão da política agrícola brasileira, que trará maior estabilidade de renda e menos risco para os agricultores e pecuaristas. Desde 2008, a CNA tem debatido e negociado este projeto com o Governo, que cria o Cadastro Único do Produtor Rural para facilitar a contratação de recursos do crédito, o seguro rural e a sustentação de preços.

Solicitou ao Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA) a prorrogação do prazo de exigência do georreferenciamento para propriedades rurais com menos de 500 hectares, definida pelo Decreto nº 5.570/2005.

Segurança Jurídica Liderou o Movimento Paz no Campo,

Defesa Agropecuária Firmou acordo de cooperação com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) para implementação do projeto da Plataforma de Gestão Agropecuária, que integra a emissão de Guia de Trânsito Animal (GTA) e o Serviço de Rastreabilidade da Cadeia Produtiva

de Bovinos e Bubalinos (SISBOV). Foi realizado um piloto do projeto no Estado de Alagoas e, atualmente, estão sendo transferidas as bases de dados dos Estados para esta plataforma. Com este projeto, vamos dar transparência e desburocratizar o processo de certificação dos nossos produtos, ganhando credibilidade no mercado externo. Projeto Biomas Parceria entre CNA e Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) para desenvolver pesquisa com o objetivo de gerar tecnologia para preservar áreas ambientalmente sensíveis e o uso sustentável dos biomas brasileiros. Serão implementadas seis unidades de pesquisa – uma em cada bioma - em propriedades rurais, envolvendo 200 técnicos em todo o país. Conta com o apoio da Monsanto, SEBRAE e John Deere. Governança para a Agropecuária de Baixo Carbono Organização e desenvolvimento de ações que incentivem os produtores rurais a utilizar tecnologias de baixo carbono, contribuindo para a redução de emissões de gases de efeito estufa. Busca transformar em vantagem competitiva as oportunidades existentes no atual cenário de mudanças climáticas. Complementa o Projeto Biomas.

Senhor (a) Produtor (a), “Os produtores rurais brasileiros já mostraram a sua eficiência da porteira para dentro das fazendas, mas perdemos renda porque não podemos contar com sistemas adequados para o escoamento da produção agrícola. Perdem os produtores, perde o País. Por esse motivo, levei à presidente Dilma Rousseff a reivindicação da CNA para que o Governo faça os investimentos em logística na região Centro-Norte do Brasil, especialmente nas hidrovias do Tocantins, Teles Pires-Tapajós e Madeira. A maior parte das cargas que circula pelo Brasil (59,2%) é transportada por caminhões em estradas de má qualidade. A preocupação aumenta quando comparamos a situação do Brasil com a de nossos concorrentes no mercado internacional. O Brasil tem 196 mil quilômetros de estradas asfaltadas, enquanto os Estados Unidos têm quatro milhões de quilômetros e, na China, são 1,5 milhão de quilômetros asfaltados. Nossos concorrentes também têm vantagens comparativas em relação ao transporte de cargas por hidrovias e ferrovias. No passado, lutamos pelas estradas de terra. Hoje, a nossa obsessão deve ser o avanço pela hidrovia, pela ferrovia, pela modernização dos portos, porque o agronegócio depende de uma logística eficiente. Novos investimentos em infraestrutura podem reduzir perdas e garantir a remuneração adequada aos nossos produtores. Essa é a nossa prioridade”. Senadora Kátia Abreu Presidente Da Cna

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[Representatividade Estadual]

As principais conquistas da FAEP em 2011

A união e o trabalho de todo o sistema sindical rural paranaense tem sido uma alavanca importante na luta do produtor rural para enfrentar os desafios naturais e institucionais que vem se antepondo à nossa agropecuária. Com as ações desenvolvidas em 2011, a FAEP cumpre a sua missão de buscar soluções para problemas relacionados aos interesses econômicos, sociais e ambientais do produtor rural paranaense. As ações abaixo relacionadas são uma síntese dessas conquistas:

CÓDIGO FLORESTAL A FAEP participou do grande esforço para aprovação do Código Florestal no Congresso Nacional: - Promoveu em abril a ida de uma caravana de 4 mil lideranças e produtores rurais a Brasília para pedir à Câmara votação do Código Florestal – substitutivo Aldo Rebelo; - Manteve acompanhamento das votações do Código na Câmara Federal: nas votações nas comissões e no plenário foram a Brasília grupos de lideranças, mantendo contato com deputados federais; - A FAEP elaborou documentos para sensibilizar deputados e formadores de opinião; - Em maio foi aprovado o substitutivo do deputado Aldo Rebelo com a emenda 164 do PMDB que consagrou as “áreas consolidadas” para efeito de áreas de preservação permanente e Reserva Legal. O projeto foi encaminhado ao Senado Federal; - Dando início às discussões no Senado, a FAEP mobilizou lideranças e produtores para Audiência Pública do

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Senado no plenário da Assembleia Legislativa, com apresentação de vídeo elaborado pela FAEP para mostrar a necessidade de mudança do Código e seu impacto na produção rural; - Foram elaborados novos estudos e um vídeo produzido por professores da UFPR para sensibilizar senadores para que mudassem o Código Florestal, mostrando as incoerências do Código em vigor; - A FAEP elaborou emendas para mudança do Código e os técnicos da FAEP fizeram dezenas de palestras a pedido de sindicatos para explicar o que estava sendo votado no Congresso Nacional. PROPOSTAS AO GOVERNO DO ESTADO A FAEP havia feito aos dois candidatos ao Governo do estado em 2010 uma série de propostas para o desenvolvimento econômico do Paraná, entre as quais: - Criação da Agência de Defesa Agropecuária, em substituição ao DEFIS, para reforçar a defesa sanitária no Paraná e com isso valorização a nossa

produção animal e vegetal. A proposta foi aceita pelo governador e incluída no Plano de Governo e a FAEP elaborou a minuta do projeto de lei e entregou ao Governo. A Assembleia Legislativa deve aprovar a criação em dezembro dessa agência. - Criação da Agência de Desenvolvimento do Paraná, com a finalidade de incentiva e atrair investimentos e complementar as cadeias produtivas agroindustriais. A proposta da FAEP era para o agronegócio, mas o Governador gostou da ideia e expandiu para todos os setores econômicos e incluiu no Plano de Governo. A FAEP elaborou minuta de projeto de lei e entregou ao Governo no início do ano. Projeto está na Assembleia para aprovação. SANIDADE AGROPECUÁRIA Tem sido grande o empenho da FAEP, em conjunto com a SEAB, para a reativação das Comissões de Sanidade Agropecuária (CSA´s) nos municípios, como unidades avançadas da defesa agropecuárias e da participação ativa da iniciativa privada.


ENCONTRO DAS COMISSÕES TÉCNICAS Em julho, a FAEP promoveu encontro de 400 lideranças e membros das Comissões Técnicas da Federação. Participaram do encontro o atual vice-presidente do Banco do Brasil, Osmar Dias, que lançou o Seguro Faturamento da Soja, o secretário da Agricultura, Norberto Ortigara e o Secretário Executivo do Ministério da Agricultura, José Carlos Vaz que fez palestra sobre a nova Política Agrícola que estava sendo estudada pelo Ministério da Agricultura e atende as reivindicações da FAEP. ESTUDOS SOBRE INFRAESTRUTURA E TARIFAS A FAEP contratou dois estudos importantes para o agronegócio do Paraná uma vez que infraestrutura e fretes tem impacto direto na renda do produtor: - Perspectivas de exportação de graneis sólidos por Paranaguá, mostrando a necessidade urgente de recuperar o porto; elaborado pela MB Associados; - Estudo de tarifas de fretes rodoviários e ferroviários, pela Esalq-Log, da Escola Luis de Queiroz da Universidade de São Paulo, que demonstra que os fretes ferroviários são mais caros que os rodoviários em razão da necessidade do uso de caminhões para levar a carga aos terminais ferroviários, além do custo de transbordo. Estes dois estudos foram apresentado no Fórum de Logística no dia 21 de novembro em Curitiba com a participação de secretários de estado (Infraestrutura, Planejamento e Agricultura) e deputados estaduais e federais. TRABALHO DECENTE O Governo Federal promove no país inteiro fóruns sobre Trabalho Decente, com a participação tripartite de Governo, trabalhadores e empregadores. No Paraná foram realizados seis encontros regionais e um estadual. A FAEP praticamente liderou a bancada de empregadores, participando ativamente de

todas as reuniões, com a participação de sindicatos rurais. Em maio do próximo ano (2012) haverá a reunião nacional em Brasília, da qual a FAEP também participará.

indústrias participantes, principalmente a Brasil Foods (BRF), que está usando as planilhas para negociar com seus integrados em várias regiões. GLIFOSATO

GEORREFERENCIAMENTO A partir de dezembro, propriedades com menos de 500 hectares estariam obrigadas a fazer georreferenciamento caso o proprietário tivesse que realizar venda ou desmembramento da propriedade. A FAEP solicitou que a data fosse postergada porque o INCRA não tinha condições de analisar os projetos já protocolados e muito menos recursos e técnicos para realizar o georreferenciamento dos pequenos proprietários. A FAEP se empenhou junto ao Governo para adiar o prazo e no final de novembro, o Governo Federal ajustou novas datas, a partir de 2013. ENERGIA MAIS BARATA - Por um equívoco de interpretação, a Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL, deixou algumas atividades da agropecuária fora do benefício fiscal de isenção de ICMS no pagamento da energia elétrica (produtores de bens não alimentícios como fumo, algodão, flores, dentre outros). A FAEP fez um grande movimento e conseguiu que a ANEEL modificasse a sua Resolução e incluísse as atividades de produção não alimentícia como beneficiárias da isenção. RENEGOCIAÇÃO DE DÍVIDAS COM O BANCO DO BRASIL A FAEP obteve com o BB um programa de renegociação de dívidas das operações de crédito rural para produtores que estavam inadimplentes. A campanha beneficiou 2.300 produtores rurais paranaenses, os quais renegociaram um passivo de R$ 227 milhões. CUSTOS DE PRODUÇÃO A FAEP contratou consultoria especializada para realizar o levantamento de custos de produção de suínos e aves. As planilhas foram apresentadas para as

Em 2011 o governo federal estava estudando um pedido para que fosse elevada a tarifa de importação do glifosato proveniente da China sob a acusação de prática de dumping por parte deste país. Considerando o impacto que o produto tem no custo de produção, o governo atendeu aos apelos da FAEP e não houve elevação da tarifa. TRIGO, MILHO, ARROZ E FEIJÃO Entre os principais resultados obtidos na ação da FAEP durante a consulta pública para definir a nova classificação oficial do milho destaca-se que foi evitado que 30% a 75% da safra de milho do Paraná pudesse futuramente ser enquadrada como fora de Tipo. Isso inviabilizaria, por exemplo, apoio governamental à comercialização do milho do Paraná. Para atender os produtores de arroz, trigo e feijão em 2011, que passaram maus bocados com os preços abaixo do custo de produção, a FAEP obteve junto ao governo federal apoio à comercialização para os produtores minimizarem os prejuízos. USINAS HIDRELÉTRICAS Os produtores que têm suas áreas no entornos das hidrelétricas construídas antes de 2001 não foram indenizados pelas áreas de Preservação Permanente que devem ser reconstituídas. Em defesa dos produtores, a FAEP encaminhou mais de duzentos ofícios de carta-manifesto às autoridades solicitando medidas para que os produtores não fossem prejudicados. Em resposta, o Ministério do Meio Ambiente reconheceu, através de parecer, que a responsabilidade da preservação é da empresa gestora da hidrelétrica. Foram promovidas reuniões nos sindicatos, divulgando também o problema em matérias no Boletim Informativo e na mídia.

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[Representatividade local]

Sindicato Rural de Guarapuava

Retrospectiva 2011 O

Sindicato Rural de Guarapuava fecha 2011 com muitos motivos para comemorar: a marca de 1.000 sócios aos 44 anos de fundação favorece a representatividade política da classe e revela a união e a força dos produtores rurais de Guarapuava, Candói, Cantagalo e Foz do Jordão. Na área de treinamentos, foram inúmeros cursos, palestras e seminários. Nos serviços prestados, a entidade superou metas. Tudo isso só foi possível graças à dedicação da diretora e colaboradores, que sob o comando do presidente Rodolpho Luiz Werneck Botelho não mediram esforços para representar o associado da melhor forma possível, fornecendo informação técnica e capacitação profissional.

Código Florestal Durante todo o ano, acompanhamos de perto as discussões e votações do novo Código Florestal Brasileiro. Em Brasília, o vice-presidente da entidade, Anton Gora, representou o Sindicato em diversas reuniões. No dia 05 de abril, uma caravana de produtores rurais saiu de Guarapuava para manifestação em Brasília, com o apoio da Federação da Agricultura do Estado do Paraná (FAEP).

Campanha Produtor Solidário A primeira etapa do ano foi direcionada às vítimas das enchentes que atingiram a região serrana do Rio de Janeiro. Arrecadamos 973 itens, entregues ao Corpo de Bombeiros. Em seguida, iniciamos a arrecadação de alimentos não-perecíveis. Foram entregues 200 quilos de alimentos ao Serviço de Obras Sociais (SOS) Airton Haenish. A campanha também beneficiou o Albergue Noturno Frederico Ozanam, que recebeu

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alimentos doados pelos produtores em eventos promovidos pelo Sindicato Rural. Também doamos fraldas descartáveis geriátricas ao Serviço de Obras Sociais (SOS) Airton Haenish e fraldas infantis para Associação de Apoio a Famílias com Hanseníase de Guarapuava. No Dia das Crianças, a campanha arrecadou brinquedos em Guarapuava, Candói e Cantagalo. Foram arrecadados 540 brinquedos. A entrega foi feita na Escola Rural Municipal Maack e também para crianças atendidas pela Associação de Apoio às Famílias com Hanseníase. Em Cantagalo, a doação foi feita à Creche Municipal Pedacinho do Céu e em Candói, à Pastoral da Criança. Também houve doação de alimentos ao Instituto Canaã. Os alimentos foram comprados com verba arrecadada na inscrição para o II Encontro Técnico de Feijão. Por último, o Sindicato Rural doou mais de 1.000 quilos de alimentos arrecadados no evento alusivo aos 44 anos da entidade à Comunidade Bethânia e Esquadrão Resgate.

Campanha Sócio Nº 1.000 Durante todo o ano foi desenvolvida a Campanha Sócio Nº 1.000. No dia 18 de outubro de 2011, aos 44 anos de fundação da entidade, foi comemorada a marca de 1.000 sócios ativos. Pararelo à Campanha Sócio Nº 1.000, lançamos a Campanha Imposto Beneficente, visando uma maior destinação de parte do Imposto de Renda ao Fundo para Infância e Adolescência (FIA).

Palestras, cursos, reuniões e seminários Promovemos palestras sobre previdência social rural em Candói e Cantagalo, cursos para lideranças, reunião com o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE)


sobre a legislação trabalhista. Também promovemos reuniões sobre o programa de estágios e trainees internacionais da Universidade de Ohio (USA), palestras sobre Sucessão Familiar, II Encontro Técnico de Feijão, palestra Mercado Agro, palestra “Não deixe dinheiro em cima da mesa – nada a perder, tudo a ganhar”. Também promovemos reunião sobre utilização, receituário e comercialização de defensivos agrícolas.

Núcleo Centro

Viagens técnicas

Reativamos o Núcleo Regional dos Sindicatos Rurais do Centro do Paraná e promovemos a sua reestruturação.

Promovemos viagem técnica para o Show Rural da Coopavel, em Cascavel, para a Hortitec, em Holambra, para Castrolanda e para o encerramento do Programa Empreendedor Rural 2011. Também recebemos visita de dois grupos de produtores rurais da Argentina e marcamos presença no exterior, com a participação do presidente Rodolpho Luiz Werneck Botelho e o vice Anton Gora na viagem técnica à Europa, organizada pela FAEP.

Conselho de Sanidade Agropecuária O Conselho de Sanidade Agropecuária (CSA) de Guarapuava, presidido pelo agropecuarista Rodolpho Luiz Werneck Botelho, promoveu reuniões durante o ano, discutindo ações de prevenção da brucelose, tuberculose, cisticercose, entre outros. Em agosto, foi promovido o I Encontro dos Conselhos de Sanidade Agropecuária (CSA´s) da região de Guarapuava.

Novo Padrão de Classificação de Milho e Trigo Participamos de reuniões em Curitiba e Brasília sobre os novos padrões de classificação de milho e trigo.

Eventos festivos Comemoramos o Dia da Mulher, com a participação de 130 produtoras rurais e no dia 28 de julho, o Dia do Agricultor, com a presença de 470 associados em Guarapuava, Candói e Cantagalo. Neste dia, homenageamos os sócios com mais de 80 anos, concedendo a eles o título de “sócios remidos”. Outro evento festivo foi o café da manhã do Dia do Agrônomo, que reuniu 70 profissionais da

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área. Também foi promovido o Encontro de Secretárias, em parceria com a ACIG, reunindo 130 profissionais.

Apoio a eventos agropecuários Apoiamos os principais eventos do setor agropecuário realizados na região, como o Fórum de Agronegócios do Centro-Sul do Paraná, Expo Crioulo de Verão 2011, Dia de Campo de Verão da Cooperativa Agrária, Feira Estadual de Bezerros de Guarapuava e Candói, 36ª Expogua, Expo Brasil de Charolês, 60º SIMPAS, Festa Nacional do Charque, Winter Show 2011.

Usinas x produtores rurais

Com o apoio da Federação da Agricultura do Estado do Paraná (FAEP), o Sindicato Rural – Extensão de Base Candói realizou reuniões com produtores rurais lindeiros ao lago artificial da Usina de Salto Santiago, para discutir a legislação ambiental. Com técnicos da FAEP e advogados, o Sindicato orientou os produtores rurais sobre o assunto, cumprindo o seu papel como entidade representativa da classe.

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Programa de Desenvolvimento Florestal Durante todo o ano foi desenvolvido o Programa de Desenvolvimento Florestal, com palestras e cursos sobre integração floresta-agricultura-pecuária em Guarapuava, Candói e Cantagalo.

Prestação de serviços Emitimos mais de 820 declarações de Imposto Territorial Rural (ITR). Fechamos o ano com 39 produtores rurais que fazem a folha de pagamento de seus funcionários através do Sindicato Rural.

Mobilização Cargill O Sindicato Rural encabeçou a mobilização em prol da instalação da empresa Cargill em Guarapuava, com organização de uma carta aberta, reuniões e discussões sobre o assunto. A empresa optou por Castro, mas Guarapuava deu show de mobilização.

Cursos do SENAR Outdoors Fixamos três estruturas de outdoors na sede da entidade, visando divulgar os principais eventos da entidade e também oferecer o espaço para empresas parceiras.

Foram promovidos 105 cursos do SENAR em Guarapuava, 25 cursos em Candói e Foz do Jordão e 28 cursos em Cantagalo. Em 2010, foram 80 cursos em Guarapuava, ou seja, um aumento de 30%.

Outras ações Projeto Identidade Sindical Novas empresas de Guarapuava, Candói e Cantagalo aderiram ao Projeto Identidade Sindical, que concede descontos aos associados da entidade. Hoje, 56 empresas fazem parte do projeto.

Campeonato de Boliche Promovemos o I Campeonato de Boliche do Sindicato Rural, reunindo produtores rurais, técnicos, agrônomos, veterinários e representantes de empresas parceiras.

Reativamos a Comissão Feminina do Sindicato Rural, com elaboração do estatuto. Firmamos com o Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Guarapuava a Convenção Coletiva de Trabalho 2011/2013. Através desta revista, o Sindicato orientou seus associados sobre prazos para vacinação do rebanho, manejo de doenças.

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[Serviços automotivos]

O maior AUTO-CENTER de Guarapuava e região São 1500 metros quadrados de construção, nove elevadores e duas rampas de alinhamento

F

undada em 23 de março de 1994 com o nome de Cirio Pneus, a empresa teve um início muito difícil por estar um pouco distante do centro. Começou em uma construção de 150m² com a venda de pneus usados e três jogos de rodas. Desde aquela época, o proprietário Cirio Dacoregio sempre teve muita fé em Deus, perseverança e coragem para ultrapassar todos os desafios. Após 18 anos de atividade, com a graça de Deus e ajuda indispensável de sua família, o Dacoregio Automotivo conta com uma loja de aproximadamente 1500m², nove elevadores, incluindo um específico para caminhonetes de grande porte, como a F-250 Dupla e Dodge Ram, três máquinas de montagem de pneus do aro 13 ao 26, duas balanceadoras computadorizadas, duas rampas de alinhamento, sendo uma delas com o sistema via Bluetooth, a mais moderna atualmente. A equipe do Dacoregio conta com 14 funcionários, todos apaixonados por carros, como todo brasileiro. O DACOREGIO AUTOMOTIVO tem se destacado no comércio de pneus Yokohama, tendo alcançado o título de Reven-


da PRIME, concedido às melhores revendas do Brasil. O gerente Thiago Lima diz que “o sucesso na venda do pneu Yokohama vem pela enorme qualidade, tecnologia e desempenho que o pneu oferece. A Yokohama investe constantemente em novas fórmulas, para cada vez mais aprimorar seu produto, que hoje é considerado o melhor pneu do mundo”. Cirio Dacoregio destaca a segurança oferecida pelos pneus. “Dentro dos 25 anos que trabalho com pneus, tive a oportunidade de usar as mais variadas marcas e nenhuma delas me ofereceu tanta segurança como o Yokohama. Minhas férias estão chegando, eu e minha família estamos muito animados e tranquilos, porque vamos com pneus Yokohama. Grande parte das pessoas não liga muito para os pneus, geralmente passam até despercebidos, mas ele é o único elo de ligação entre a pista e o carro. Não adianta ter motor potente, e freios ABS. Sem pneus você não tem nada. Concluo ainda dizendo que as peças mais importantes de um veículo são aquelas que vão atrás do volante, ou seja o motorista e os passageiros”. O DACOREGIO AUTOMOTIVO possui mais de 100 jogos de rodas em estoque, com vários modelos e tipos de pintura. “Pra todos os gostos”, comenta Thiago. Além de pneus e rodas, o Dacoregio realiza serviços de freio, suspensão, escapamento, higienização de ar condicionado, instalação de som automotivo, envelopamento, aplicação de Insufilm e personalização automotiva interna e externa. Na linha de acessórios, participamos

da Automec, a maior feira de acessórios da America Latina, trazendo novidades na linha de Centrais multimídia, sensores de estacionamento, câmeras de ré e som automotivo. Para 2012 esperamos participar de eventos nos EUA, para continuar sempre na frente e inovando cada vez mais, com ideias criativas e atuais do setor automobilístico. O DACOREGIO AUTOMOTIVO é parceiro do Sindicato Rural através do projeto Identidade Sindical. Acesse a loja virtual do Dacoregio e confira todas as novidades!

www.dacoregio.com.br

Um abraço a todos, . da Equipe Dacoregio


[Capacitação]

Produtores aprenderam sobre manejo de pastagem

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alimentação do rebanho é fundamental para se obter o produto final – seja ele carne ou leite. Aproveitando a época de reposição, os pecuaristas utilizam os meses de dezembro a fevereiro para treinamentos técnicos. Por isso o Sindicato Rural de Guarapuava encerrou os cursos do ano com o curso Trabalhador na Forragicultura - Manejo de Pastagens, realizado através do convênio entre a entidade e Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR). A instrutora Karina Calil Caparroz abordou temas que vão desde manejo de pragas e doenças à taxa de lotação de área de pastagem. Segundo ela, a dúvida mais freqüente entre os pecuaristas é com relação ao último aspecto: “Para definir a quantidade de animais em área de pastejo, primeiro analisamos a disponibilidade de forragem através da determinação de matéria seca”. É a partir da quantificação de matéria seca que se determina o número de animais em área de pastagem. A instrutora explica que depois de feita essa etapa é preciso observar o perfil do animal, se é ovino, se é gado de leite ou de corte . O passo seguinte é atentar para o estágio em que o animal está. “Por exemplo, uma vaca em lactação consome 3,5% do peso dela em matéria seca, enquanto que uma vaca seca consome 2,5%. Depois dessa análise, separam-se os animais nos piquetes adequados”.

Karina ainda esclarece que cada espécie de forragem tem uma característica de disponibilidade de nutrientes diferentes e que além de pensar no plantio e na escolha das sementes, o ideal é pensar no sistema como um todo. “No planejamento, dentro da propriedade, antes mesmo de implantar uma área de pastagem ou cercar e subdividir; tenho que pensar a questão do terreno. Atender para distribuição, cuidar para evitar erosão, como arranjar os animais dentro da área levando em consideração o comportamento em pastejo para não causar a degradação ambiental”. Analisando o planejamento da pro-

priedade, o produtor rural Mario Ribeiro Amaral, participante do curso, disse que terá que arrumar muita coisa na criação de bezerros. “Terei que mudar até o pla-

nejamento, mas de primeira já vou corrigir o solo e adubar o pasto para ter um melhor resultado. Antes do curso, acreditava que não era necessária a adubação de pastagem”. Outro participante, Mário Tomen, veio do município de Palmital para fazer o curso. Ele trabalha na unidade da Seab daquele município e relata que vai contribuir para repassar informações aos produtores. “Todo conhecimento que aprendemos e repassamos ajuda na qualificação dos produtores da região”.

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[Prazos]

Notícias sobre o

georreferenciamento de imóveis rurais NOTÍCIA 1 No dia 21 de novembro passado, a Presidência da República promulgou o Decreto n° 7.620 que alterou a redação do ART.10 do Decreto 4.449/2002. Este decreto estabelece novos prazos e uma nova estratificação, por tamanho de área, dos imóveis que passarão a ter obrigatoriedade de apresentação de planta e memorial descritivo georreferenciados para serem certificados junto ao INCRA. Certificação esta, que será exigida em qualquer situação de transferência do imóvel, isto é; venda, extinção de condomínio, doação, partilha, usucapião, etc. Atualmente, a obrigação para georreferenciar o imóvel está restrita para os imóveis com área igual ou acima de 500 ha. O novo decreto criou mais classes de áreas, cada qual com um novo prazo de vencimento, conforme tabela, abaixo:

Eng° Agrônomo Flávio Augustus Burbulhan

NOTÍCIA 2 Também, no dia 21 de novembro passado, o INCRA assinou Termo de Cooperação Técnica com o Exército Brasileiro. Este Termo visa dar celeridade nas análises dos processos de certificação dos imóveis rurais pelo INCRA. Pelo termo, o Exército Brasileiro auxiliará a descongestionar as Superintendências Regionais do INCRA do acúmulo de processos de áreas acima de 500 ha, fazendo as análises técnicas previstas nas normas e procedimentos do INCRA para certificação dos imóveis. As duas notícias devem ser bem recebidas tanto pelo setor ruralista, quanto pelo setor notarial. Pois evitarão um colapso no fluxo de registro de imóveis.

ÁREAS EM HECTARES

PRAZO

Igual ou acima de 250 ha

20 de novembro de 2013

Igual ou acima de 100 ha

20 de novembro de 2016

Igual ou acima de 25 ha

20 de novembro de 2019

Abaixo de 25 ha

20 de novembro de 2023

Revista do Produtor Rural

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[Segurança alimentar]

Perspectives Study da BASF demonstra forte acordo entre agricultores e consumidores Segurança alimentar e meio ambiente em destaque

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UDWIGSHAFEN, ALEMANHA, novembro de 2011 – O interesse dos consumidores na agricultura e o respeito pessoal pelos agricultores são altos, mesmos em países onde menos de dois por cento da população trabalha na agricultura, revela o Farm Perspectives Study da BASF, que contou com a participação de 1.800 agricultores e 6.000 consumidores. No entanto, os agricultores e os consumidores também concordam que a reputação dos produtos agrícolas ainda permanece baixa. O estudo, que avalia como os agricultores e os consumidores êem a profissão agrícola, os seus desafios e a sua rede de suporte, revelou um acordo surpreendentemente forte em relação a grandes questões, incluindo o papel dos agricultores e os grandes desafios que eles enfrentam no século 21. O estudo foi realizado em países como Brasil, Índia, EUA, Alemanha, Espanha e França em parceria com a empresa mundial de pesquisa de mercado Synovate GmbH e com o Professor Dr. Ulrich Oevermann, Professor de Sociologia da Universidade de Frankfurt. Os agricultores e os consumidores êem a agricultura como uma vocação, que se dedica a fornecer alimento, apoiando a cultura rural e cuidando da terra. “Administrador da terra” ou “Cuidador da terra” é a autodescrição favorita dos agricultores nos seis países (mais de 80%), mas com uma classificação inferior dos consumidores (50 a 60%). Em uma pergunta relacionada, muitos consumidores culpam os agricultores por problemas ambientais, com preocupações em grau mais elevado em países como Brasil, Índia e França (38 a 43%), EUA e Alemanha (23%). Ao apresentar o estudo no encontro internacional com a imprensa da BASF, o Dr. Stefan Marcinowski, Membro da Junta Diretiva, explicou: “Inúmeros agricultores levam muito a sério as preocupações dos consumidores e se esforçam ao máximo

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para solucioná-las de maneira adequada. Para nós, esta é uma descoberta importante, pois demonstra claramente onde podemos ajudar os agricultores a preencher essa lacuna com produtos e soluções mais sustentáveis.” Desafios do século 21: Alimentar o mundo Cerca de 80% dos agricultores e consumidores de todos os países concordam que o principal objetivo da agricultura é alimentar o mundo. Mesmo assim, a maioria dos agricultores acredita que os consumidores não entendem toda a dimensão do desafio da cadeia de suprimento de alimentos ou a realidade do produtor agrícola. A concordância em relação á contribuição da biotecnologia vegetal mostrou-se mais forte entre os agricultores e os consumidores nos países com um grau de adoção mais alto de cultivos geneticamente modificados como, por exemplo, na Índia (76% dos agricultores e 62% dos consumidores), no Brasil (78% e 29%, respectivamente) e nos EUA (53% e 25%, respectivamente). Lacuna entre interesse e entendimento Os consumidores demonstram um maior nível de interesse na agricultura (de 84% na Índia para 50% na França), mas também admitem não conhecerem suficientemente de agricultura para julgá-la adequadamente. Ainda que os agricultores também vejam uma lacuna de entendimento entre os consumidores, muitos deles (que vão de 40% nos EUA até 74% na Índia) levam muito a sério as preocupações dos consumidores e dizem que deveriam fazer mais para atender às expectativas dos consumidores. Preço é um obstáculo, pouco apoio para subsídios ao meio ambiente O preço dos alimentos e, inversamente, o preço da conservação continuam sendo obstáculos para os agricultores e os consumidores. Uma grande maioria

Dr. Stefan Marcinowsk

dos agricultores acredita que os consumidores não estão dispostos a pagar preços mais altos por alimentos produzidos de forma ambientalmente correta. Apesar de alguns consumidores (30%) dizerem que pagariam preços mais altos, uma pequena maioria na França, na Espanha, na Alemanha e nos EUA não estaria disposta. Os subsídios são vistos em grande parte como um meio para manter os preços dos alimentos baixos, especialmente na Índia (74%), no Brasil (67%) e na Alemanha (64%) em vez de um instrumento ambiental (cerca de 30% dos consumidores). Os produtores agrícolas acreditam que a indústria e os consumidores deveriam se empenhar mais para apoiar a agricultura: mais produtos ambientalmente corretos e o apoio público da indústria; o melhor entendimento de agricultura e a disposição para pagar por benefícios ambientais por parte dos consumidores. “Estes resultados transmitem uma mensagem clara de que os agricultores esperam contar com o apoio nos desafios que vão além do seu sucesso nos negócios. Ao mesmo tempo, os resultados também sinalizam que todos nós, indústria, consumidores e governo, precisamos fazer a ponte sobre o desconhecimento sobre a agricultura e apoiar ainda mais os produtores agrícolas no futuro.” concluiu Marcinowski.


[Boletim AEAGRO]

Palavra do Presidente Caros colegas, É com satisfação que na última edição do ano deste Boletim Informativo, relatamos as atividades da AEAGRO realizadas em 2011. Estamos presentes nos mais diferentes setores da sociedade com ações concretas. Buscamos levar a nossa classe a cumprir o seu papel social, não só com a geração de riquezas, com aplicação dos seus conhecimentos técnicos, mas também colaborando na conscientização da sociedade dos seus direitos e deveres, promovendo a plena cidadania dos indivíduos. O destaque na nossa atuação no âmbito associativo foi a viabilização da construção de nossa sede social, local para reunirmos em confraternizações e trocas de conhecimentos. A Diretoria Executiva deseja um Santo Natal e que no ano de 2012 continuemos juntando esforços com parceiros, colegas e amigos para realizar os nossos objetivos pessoais e de representação da classe. Obrigado e boa leitura!

Atividades da AEAGRO em 2011 Participação em conselhos municipais e estaduais

• Conselho Municipal dos Direitos das Pessoas com Deficiência – COMDEG • Conselho Municipal de Agricultura • Conselho de Sanidade Agropecuário de Guarapuava - CSA • Conselho Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional – CONSEA Comitê de Guarapuava

Parcerias com escolas municipais para realização de programas sociais e educativos • Participação no programa ambiental da Secretaria Municipal da Educação A GUARAPUAVA de hoje preserva o amanhã, atingindo cerca de 600 crianças em 12 palestras sobre meio ambiente e profissão do agrônomo. Parcerias com escolas estaduais e particulares como forma de orientar os alunos do colegial sobre a escolha da profissão, esclarecendo as atividades do Engenheiro Agrônomo. • Palestras sobre: Ética, Tabela referencial de honorários e piso salarial, Sistema CONFEA/ CREA, Associativismo. • Público atingido: 320 alunos do ensino médio

Parcerias com a Unicentro e Campo Real - curso de agronomia

• Convênios para pesquisas. • Palestras de esclarecimentos sobre profissão aos alunos do 1º ano. • Palestras sobre: Ética, tabela referencial de honorários e piso salarial, Sistema CONFEA/ CREA, Associativismo. • Avaliação e premiação das melhores monografias.

Promoção de eventos técnicos

• SIMPAS – Simpósio realizado em parceria com a Unicentro e Sindicato Rural, com 300 participantes. • Palestras sobre o SIAGRO esclarecendo sobre a emissão do receituário, com 65 participantes

Promoção de atividades sociais José Roberto Papi Presidente da AEAGRO Informações eleições crea: www.crea-pr.org.br Eleições aeagro: www.aeagroguarapuava.com.br

• Café da manhã em comemoração ao • Dia do Agrônomo, em parceria com o Sindicato Rural de Guarapuava.

Realização e apoio de ações sociais • Arrecadação de alimentos

• Doação de roupas • Apoio financeiro e de divulgação na realização de conferências municipais e regionais dos conselhos sociais. • Apoio na realização de eventos festivos de caráter filantrópico.

Colaboração na formulação de políticas públicas de interesse da sociedade

• Participação nos grupos de estudos nas Conferências Regionais dos Conselhos Sociais. • Participação na Agenda Parlamentar promovida pelo CREA-Pr. - Elaboração e encaminhamento a parlamentares de Estudo Básico Desenvolvimento Regional, visando construção do Teatro de Guarapuava, em apoio ao movimento liderado pela Academia de Letras de Guarapuava. Atividades Administrativas e Financeiras. • Formulação do planejamento anual de ações. • Definição de metas, ações, calendário das ações. • Definição dos objetivos estratégicos. • Reuniões mensais da diretoria • Planejamento financeiro e acompanhamento. • Prestação de contas aos associados. • Prestação de contas do convenio com o CREA Pr. • Manutenção das obrigações fiscais e contábeis.

Atividades no Sistema Confea/Crea e FEAP

• Participação das reuniões da Federação dos Eng. Agrônomos do Paraná, da qual fazemos parte da diretoria. • Participação ativa na eleição do Confea/Crea, com reuniões com todos os candidatos para conhecer as suas propostas. • Manutenção da vaga do Conselheiro no Crea e do Conselho de Ética do Crea - Pr. • Participação do IV Prêmio Crea de Qualidade em Gestão.

Construção da sede própria

• Para aprovação e assinatura do contrato de construção foram 08 meses de negociações, desde a assembléia Geral em novembro de 2010 até a assinatura em 30 de setembro de 2011.


[Ponto de vista]

Comercialização de feijão: uma visão do mercado

João Francisco de Lima Corretor Central do Feijão

A

comercialização de feijão tem características diferenciadas de outros produtos agrícolas e muitos aspectos a serem analisados. Este artigo tem como objetivo a transmissão de informações e esclarecimentos aos produtores, assim como discutir perspectivas futuras e desfazer alguns mitos sobre o comércio de feijão.

A produção e o consumo no Brasil O Brasil é o maior produtor e também o maior consumidor de feijão do mundo. O tipo mais consumido e produzido no país é o da classe cores (carioquinha), seguido do preto. O tipo carioca por ter a característica de perder cor não é produzido com a finalidade de exportação, não havendo o risco de entrada, em nosso mercado, de grãos provenientes de outros países, porém o feijão preto pode ser exportado ou importado. O consumo de feijão preto no Brasil é maior nos estados do Rio de janeiro, Rio Grande do Sul e Paraná. Já a produção de feijão preto está concentrada em sua maioria nos estados do Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Os outros estados brasileiros consomem e produzem feijão carioca, por este motivo este artigo prioriza o comércio do feijão preto, pois é o tipo que predomina na região de Guarapuava. O produtor de feijão Com a modernização da agricultura, o perfil do produtor de feijão mudou. Antes do ano 2000, esta cultura era produzida em sua grande maioria por produto-

res pequenos e em pequenas áreas, com colheita manual, através de arranquio e a trilha feita com máquinas de baixo rendimento. Estes produtores contavam ainda com baixa tecnologia, aliada à falta de interesse por sementes de qualidade, pelo inadequado controle de pragas e doenças, o que levava a uma baixa produtividade. Hoje temos produtores altamente tecnificados, plantando em grandes áreas, utilizando sistemas de irrigação, sementes de qualidade e variedades com alto rendimento produtivo, enfim, tecnologia para altas produções, além de máquinas apropriadas para a colheita mecânica com alto rendimento, secagem e armazenagem com excelente qualidade. Comércio de feijão A nossa região (Centro Sul – PR) produz em sua maioria feijão preto, devido ao tipo de clima e solo predominantes nesta região. Então, ao analisarmos o comercio de feijão, é um ato errôneo consultar a bolsinha de feijão em São Paulo, pois o consumo e a comercialização de feijão preto em São Paulo é quase zero. Outro ponto a ser analisado é que os

CENTRAL DO FEIJÃO Rua Quintino Bocaiuva, 1257 - Fundos - Guarapuava - PR

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FONES: (42) 3035-5618 / 9912-9174 Revista do Produtor Rural

jacareppgrande@hotmail.com


maiores empacotadores de feijão preto estão no Paraná e Rio Grande do Sul, e enviam o feijão beneficiado para o estado consumidor. A comercialização de feijão era considerada de alto risco devido à inadimplência, fato que ocorreu num passado, pois não havia corretores com credibilidade, que levassem em consideração os dois lados, o do comprador e também o do produtor, hoje atrelados a compradores que pagam somente à vista (carrega/ paga/sai caminhão) ou pagamento antecipado - hoje 95% da comercialização é feita desta forma. Outros fatores que definem o preço do feijão são suas classificações de tipo; pois o grão do feijão deve ter boa aparência para atrair o consumidor (gôndola do supermercado). Características como tamanho e enchimento do grão, grão impregnado com terra ou seiva de inços, despeliculados, tempo de cocção (cozimento) do grão são fatores que desvalorizam o produto, grãos partidos (bandinha) e impurezas (terra, palha) não influenciam tanto a qualidade, pois a indústria está equipada para fazer a devida limpeza dos grãos, contudo ainda não inventaram má-

quina melhor que o produtor para acertar a qualidade final do produto. Podemos evitar alguns erros utilizando máquinas próprias para colheita, escolhendo cultivares com boa cocção e eretas para facilitar a colheita mecanizada. Perspectivas para safra 2011/2012 Falar em mercado futuro de commodities agrícolas é difícil. Ninguém tem bola de cristal para adivinhações e sobre o mercado de feijão ainda é mais difícil a previsão. Vamos analisar alguns aspectos que nos levam a crer em melhoria dos preços para o ano 2012. • Redução da área de plantio brasileira de feijão em 18% a 22% (Conab 11/2011). Na região de atuação da Empresa Central do Feijão (entre Ivaiporã, Irati, Pato Branco e Água Doce-SC) foi verificado um decréscimo na área plantada ainda maior que o anunciado pela Conab e em novembro teve início a colheita de feijão na região do Vale do Ivaí, contudo, foi verificada uma quebra em torno de 30% na produtividade desta região, além da redução de plantio. • Leilões do governo: neste momento, o

governo esta fazendo leilões de feijão para segurar o preço, mas o estoque de feijão preto é relativamente baixo. • Fatores internacionais: como os produtores argentinos não estão de agrado com os preços praticados para a exportação para o Brasil, estão procurando outros compradores para seu feijão preto, como a Venezuela, que fechou um contrato de compra do feijão argentino. Houve também uma diminuição da área de plantio na Argentina e na China. • Oferta de contratos futuro de feijão preto para entrega em janeiro e fevereiro de 2012 a R$ 90,00, fator este que indica manutenção de preços. É preciso mudar a nossa mentalidade com o mercado de feijão, parar com o sobe e desce muito rápido dos preços (gangorra), pois isso não é bom para as empacotadoras e nem para o produtor. O fato de termos um contrato a R$ 90,00 a saca não significa que o mercado vai a R$ 150,00, mas sim a garantia de manutenção de preços. Com certeza, este ano com uma produtividade de 3.000kg/ha = 50 sc/ha a R$ 90,00/sc é um bom negócio.

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Tel. (42)Revista 3622-5754 / 8825-9595 - Guarapuava - PR do Produtor Rural


[Opinião]

Reflexões sobre Meio Ambiente

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a última edição da RPR – set/ out/2011 – temos mais uma vez vários artigos que se referem à questão do meio ambiente. Leio muito sobre isso e participo de discussões nos sites de relacionamento sobre o assunto. Uma dessas discussões me motivou a escrever este artigo.

Hildegard Abt Roth Produtora Rural

Tudo começou com a colocação do Dep. Reinhold Stephanes, no dia 23/11/2011 que me permito reproduzir aqui: “Retorno da Comissão do Meio Ambiente, do Senado, onde foi aprovado o relatório do senador Jorge Viana para o Código Florestal. Os destaques ao projeto serão vistos amanhã pela manhã. Agradeço aos senadores por acatarem minha proposta de prever a possibilidade de o Brasil restringir, por meio da Camex, a aquisição de produtos agropecuários de países que não possuem leis semelhantes a nossa. Antes nos ameaçavam de retaliação, agora é nossa hora de inverter esse jogo.” (negrito meu) Achei a ideia de cobrarmos dos outros países o que eles cobram de nós, excelente e postei minha opinião. Seguiu então um post que também comentei, sobre como outros países estão mais à frente e mais atentos a sua questão ambiental. Quero aqui colocar também essas mensagens: “O Brasil está atrás de China, Rússia e Índia no combate ao desmatamento e na recuperação da área florestal perdida. Esta é a conclusão de um estudo organizado pelo instituto brasileiro Imazon e o Proforest, ligado à Universidade de Oxford, que comparou a situação em 11 países e mostra que nos quesitos preservação e reflorestamento o Brasil está

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perdendo a corrida com outros países dos Brics.” Postado por Ewaldo Schleder Minha resposta foi: “Ewaldo, li a reportagem e acho que não dá para comparar mesmo. Só lei não resolve a questão, primeiro precisa ter aparato para fazer cumprir a lei, se não nem adianta fazer. Segundo, só ônus sem bônus, não dá. Todos os países citados incentivam financeiramente o reflorestamento ou o não-desmatamento, então aí está a maior diferença. Você está disposto a abrir mão de 20% de seu salário todo mês para um produtor poder manter 20% de sua área sem produção?” E mais: “Enquanto a floresta em pé não valer mais que a floresta caída, nem precisamos continuar discutindo, que será uma discussão oca. Mas a questão também é maior que isso, a grande maioria, grande mesmo, nem quer mais desmatar nada, quer apenas produzir onde já se produz há décadas, poder usar de maneira econômica a Reserva Legal (vamos deixar 20% dos terrenos urbanos sem impermeabilização, que tal? Talvez aí não haja mais tantas enchentes nas cidades, isso também é meio ambiente!!), preservar a água, sim! Não somos tão burros a ponto de querer desmatar até a beira de rio, pois sabemos o que isso trás. Mas cada um conhece a sua propriedade e sabe quanto precisa deixar de margem com vegetação para proteger o rio. Então vamos parar com essa demagogia de burocratas e ser realistas! Somos o único país que massacra a agricultura na realidade e na TV vai dizer que a agricultura é grande, forte, importan-


te, produtiva, competitiva e blábláblá, como a Dilma fez ontem na CNA!!!! Para o qual recebi mais uma mensagem que também quero compartilhar: “Hildegard, por suas boas palavras e pela clareza de suas ideias pode-se fazer, pelo menos, 3 leituras - interligadas: da engenheira florestal, da ambientalista e da proprietária-produtora rural (estou certo quanto a esta condição?). Minha visão desse conjunto, na prática, é a de um bisbilhoteiro urbano, quem sabe suburbano - porque às vezes nem se nota a falta de esgoto etc. Tive oportunidade em poucas ocasiões de passar dias a viajar ao lado de campos agrícolas - ou agricultáveis - e a ver enormes pastos bovinos; de descer os rios Paraguai e São Francisco; de entrar em florestas, matas e selvas; sempre em devaneio oficial ou

apenas como escriba observador da flora e da fauna, em estado de intermitente suspense. Foram poucas mas intensas experiências. Quando ouço ou leio alguém dizer que temos ainda muita terra boa - sob avaliações técnicas rigorosas, claro - para plantar, eu acredito. Pois a gente vê, de avião em dia limpo, léguas e léguas de áreas com notório potencial de fertilidade. E você diz: “Enquanto a floresta em pé não valer mais que a floresta caída, nem precisamos continuar discutindo, que será uma discussão oca.” Pronto, caríssima Hildegard, acho que exatamente este é o ponto crucial de toda a discussão, urbe et orbi. Aqui, de longe, dói pensar que uma forte corrente de interesses - nacionais, internacionais -, age fora-de-lei, enquanto a lei não é aquela que ela quer nos seus quintais. Isso, desde a sublime(?) ignorância até

a truculência de uma Monsanto & Cia e à pequenez - a cegueira gananciosa dos pistoleiros menores. Tendo a crer, que a floresta caída convém somente aos interessados, diretos e indiretos (estes nunca se sabe que tantos). ...” Acredito que nem preciso continuar comentando nada, ou quase nada. Apenas quero dizer que não preciso ser ambientalista para saber o que é certo e o que é errado em relação ao meio ambiente, rural ou urbano. Assim como não preciso ser feminista pelo fato de ser mulher! O termo ambientalista está tão deturpado que o quero longe do meu vocabulário! E viva os produtores rurais brasileiros que sabem cuidar, e muito bem de suas propriedades e deveriam ser bem pagos por isso.

Quem quiser ler o artigo sobre a questão ambiental dos outros integrantes do Brics, aí vai o site: http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2011/11/111122_florestas_comparacao_imazon_mdb.shtml

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[60 anos]

xposição apresentará desafios e alegrias dos imigrantes suábios em Entre Rios Quem nos tempos atuais passa pelas ruas do distrito de Entre Rios (Guarapuava/PR) não supõe que por trás do aspecto de organização e de tranqüilidade, marcado por árvores e campos, existe a trajetória de imigrantes suábios do Danúbio (origem alemã) que, após haver abandonado suas propriedades no sudeste da Europa (Croácia, Romênia e Hungria) por causa da Segunda Guerra, viveram em seus primeiros anos de Brasil, na década de 50, a aventura de construir uma comunidade numa área até então sem estradas, abastecimento de água ou luz elétrica. A história da imigração, que teve por base a fundação da Agrária e foi pontuada pela dificuldade inicial de compreender a língua, o clima e o solo do novo país, será um dos atrativos da festa dos 60 anos da imigração suábia que pioneiros e descendentes, com apoio da Cooperativa e da Fundação Cultural Suábio-Brasileira, promoverão, no distrito, de 4 a 8 de janeiro de 2012. Na Praça Nova Pátria, os visitantes poderão percorrer uma exposição sobre as várias fases das comunidades suábias - uma série de estações apresentando em imagens e objetos os desafios que foram surgindo no decorrer dos anos. Em meio às curiosidades, o público descobrirá, por exemplo, que no final da década de 60 as frustrações de safra e a aparente falta de perspectivas haviam levado cerca de metade dos suábios a deixar o distrito, migrando para outros lugares do Brasil ou ainda partindo de volta para a Europa. Enfocando também Entre Rios e a Agrária nos dias de hoje, a exposição substituirá, neste jubileu, o tradicional desfile histórico, que era realizado em frente ao prédio administrativo da Cooperativa. “A inovação é um dos valores da Agrária e por isso desta vez estamos inovando, com uma exposição em vez do desfile”, comentou o vice-presidente da Cooperativa, Paul Illich, que integra a comissão organizadora do evento. Trazendo ainda em sua programação apresentações de grupos de cultura tradicional suábia, ao lado de shows e bailes com vários conjuntos musicais, a festa dos 60 anos da imigração suábia em Entre Rios promete figurar entre os maiores eventos de Guarapuava no ano que vem. A maior parte da programação acontecerá, assim como a exposição histórica, também na Praça Nova Pátria. Um dos pontos altos da festa, entretanto, ocorrerá dia 5, às 17h, ao lado do Centro Cultural Mathias Leh: a inauguração do novo prédio do Museu Histórico de Entre Rios, numa cerimônia que deverá reunir autoridades estaduais, regionais e locais, e centenas de pessoas da comunidade (confira a programação da festa em detalhes na programação a seguir).

Janeiro de 2012 - Entre Rios 4 - Quarta-feira 17h00 - Culto Ecumênico 18h00 - Abertura oficial das festividades e da Exposição Histórica 19h00 - Apresentação do grupo musical C-Dur-Trio de Entre Rios 20h30 - Baile: Banda K’necus de Brochier / RS 23h00 - Baile: Original Donauschwaben Musikanten de Entre Rios 01h00 - Encerramento 5 - Quinta-feira 11h30 - Espaço cultural com atrações nacionais e internacionais 14h00 - Apresentação da Banda Os Vilanenses de Blumenau / SC 15h00 - Desfile de máquinas agrícolas 16h30 - Apresentação do Trio Edelweiss de São Bento do Sul / SC 17h00 - Inauguração do novo Museu Histórico no Centro Cultural Mathias Leh 18h00 - Espaço cultural com atrações nacionais e internacionais 20h30 - Baile: C-Dur-Trio de Entre Rios 22h30 - Baile: Banda K’necus de Brochier / RS 01h00 - Encerramento 6 - Sexta-feira 09h00 às 12h30 - Trekker Trek, em frente à Agromalte 11h30 - Espaço cultural com atrações nacionais e internacionais 14h00 - Apresentação do Trio Edelweiss de São Bento do Sul / SC 15h00 - Desfile de máquinas agrícolas 16h30 - Apresentação da Banda Os Vilanenses de Blumenau / SC 19h00 - Programa cultural “Pátria, um olhar para a história” 21h00 - Baile: Society Band de Blumenau / SC 23h30 - Baile: Original Donauschwaben Musikanten de Entre Rios 02h00 - Encerramento 7 - Sábado 09h00 às 12h30 – Trekker Trek, em frente à Agromalte 11h30 - Espaço cultural com atrações nacionais e internacionais 14h00 - Apresentação do grupo musical C-Dur-Trio de Entre Rios Desfile de máquinas agrícolas 15h00 - Homenagem aos pioneiros de Entre Rios 18h00 - Espaço cultural com atrações nacionais e internacionais BAILE: evento acessível somente aos participantes que já adquiriram ingressos. 20h00 - Society Band, de Blumenau / SC 23h00 - Banda Schürzenjäger, da Áustria 02h00 - Original Donauschwaben Musikanten de Entre Rios 05h00 - Encerramento

Montagem da estrutura da festa, na Praça Nova Pátria

Agrária/Divulgação

Texto: Manoel Godoy / Assessoria de Comunicação Agrária

8 - Domingo 11h30 - Espaço cultural com atrações nacionais e internacionais 14h00 - Atração musical internacional com a banda Schürzenjäger, da Áustria 18h00 - Encerramento A Exposição Histórica estará aberta às visitações, diariamente, das 13h às 17h. O Museu Histórico estará aberto para visitação diariamente das 9h às 18h, após inauguração.


Cooperalianรงa Cordeiro Guarapuava Rua Vicente Machado, 777 - Trianon Guarapuava - PR (42) 3622-2443

Cooperalianรงa Novilho Precoce

Al Baden Wurttemberg - Vitรณria, 952 Entre Rios Guarapuava - PR (42)3625-1889 Revista do Produtor Rural

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[Adubação nitrogenada]

Nitrogênio complementar nas culturas do milho, soja e feijão Jackson Huzar Novakowiski1, Jaqueline Huzar Novakowiski1, Itacir Eloi Sandini2 1Acadêmicos e 2Docente do Curso de Agronomia da UNICENTRO. jacksonhuzar@hotmail.com; jaquehuzar@hotmail.com; isandini@hotmail.com

Introdução As culturas do milho, soja e feijão destacam-se, entre outros aspectos, pelo elevado nível tecnológico empregado em seu cultivo, o qual busca obter altas produtividades e atender de forma adequada, em termos de quantidade e qualidade, o mercado consumidor. A manifestação do potencial de produção das culturas está relacionada com o genótipo, condições ambientais e de manejo. Logo, a fertilidade do solo, a nutrição e a adubação são componentes essenciais para a construção de um sistema de produção eficiente, considerando que a disponibilidade de nutrientes deve estar sincronizada com o requerimento da cultura em quantidade, forma e tempo (COELHO, 2006). Um dos nutrientes requeridos em maior quantidade pelas plantas é o nitrogênio (N). No entanto, é importante considerar que dependendo da fonte de N utilizada e das condições de manejo, 50% do N aplicado podem ser perdidos por lixiviação, desnitrificação e volatilização (KARLEN et al., 1998). Cabe considerar que quando se utiliza a uréia na cultura do milho e do feijão, podem ocorrer perdas elevadas de N por volatilização (BARBOSA FILHO & SILVA, 2001), principalmente em plantio direto. De acordo com CERETTA et al. (2007) as perdas de N são potencializadas se a uréia for aplicada em superfície, porque a urease, enzima que participa da primei-

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ra reação de hidrólise da uréia gerando amônia (volátil), ocorre na interface solo-atmosfera e nos resíduos superficiais, onde podem ser depositados grânulos da uréia, o que reduz a eficiência da adubação nitrogenada sobre a cultura. Para a cultura da soja a utilização de adubações nitrogenadas não é empregada devido fornecimento de N através da fixação simbiótica por bactérias. Entretanto, fatores como o avanço do plantio direto o lançamento de cultivares com teto elevado de produtividade e resultados de pesquisa, com resposta da soja à aplicação tardia de N, no pré-florescimento e no início do enchimento de grãos, voltaram a gerar dúvidas sobre a necessidade de se adubar a soja com fertilizantes nitrogenados. Atualmente existem no mercado fertilizantes de liberação lenta e controlada que atrasam a disponibilidade inicial dos nutrientes ou incrementam a sua disponibilidade no tempo através de diferentes mecanismos. Os produtos de degradação microbiana, como uréia-formaldeído e outros como uréia-aldeído são normalmente designados comercialmente como adubos de libertação lenta. A uréia-formaldeído é uma das formulações mais importantes, resulta da reação do formaldeído com excesso de uréia da qual resulta uma mistura de metileno-uréias com polímeros de cadeia longa. Desta forma, o objetivo do trabalho foi avaliar o efeito da aplicação de nitrogênio complementar via foliar sobre a cultura do milho, soja e feijão.

Material e Métodos Os experimentos com milho e soja foram conduzidos na fazenda Santa Cruz no município de Guarapuava e com feijão na fazenda Pinhal Ralo no município de Pinhão, ambas localizadas no estado do Paraná, durante a safra agrícola 2010/2011.

Cultura I – Milho O experimento foi implantado utilizando delineamento de blocos ao acaso com quatro repetições, em esquema de parcelas subsubdivididas. Na parcela principal foram empregadas duas doses de nitrogênio de cobertura (100 e 200 kg ha-1 de N), aplicado de forma parcelada em V2 (24/10) e V5 (06/11), a subparcela consistiu derês diferentes estádios de aplicação sendo em V13 (15/12/10), VT (28/12/10) e V13+VT (aplicando-se metade da dose em cada estádio) e, nas subsubparcelas, 6 doses do produto Nitamin® (0, 5, 10, 15, 20 e 25 L ha-1). Cada unidade experimental foi constituída de quatro linhas com espaçamento entre linhas de 0,80 metros e comprimento de 6,0 metros, sendo avaliada uma das linhas centrais correspondendo a uma área útil de 4,8 m2. O experimento foi implantado em 06/10/2010 em sistema de plantio direto onde a área permaneceu em pousio durante o inverno, o híbrido utilizado foi o 30R50. A adubação realizada foi de 100 kg ha-1 de K2O aplicado em pré-semeadura e 100 kg ha-1 de P2O5 na base.

Cultura II – Soja O experimento foi implantado em blocos ao acaso com parcelas subdivididas. A parcela principal correspondeu a três diferentes estádios de aplicação sendoV4 (22/12), R1 (23/01) e V4+R1 (sendo aplicado metade da dose em cada estádio) e nas subparcelas 5 doses do produto Nitamin® (0, 5, 10, 15 e 20 L ha-1).


Cada unidade experimental foi constituída de quatro linhas com espaçamento entre linhas de 0,40 metros e comprimento de 5,5 metros, sendo avaliadas as duas linhas centrais, correspondendo à área útil de 3,6 m2. O experimento foi implantado em sistema de plantio direto onde a área no período de inverno estava em pousio, a cultivar foi BMX Apolo com semeadura efetuada no dia 15/11/2010. No momento da semeadura foi realizada a inoculação das sementes com a bactéria Bradyrhizobium japonicum. A adubação de base foi realizada com 100 e 40 kg ha-1 de P2O5 e K2O, respectivamente.

Cultura III – Feijão

O delineamento utilizado foi de blocos ao acaso com quatro repetições, em esquema de parcelas subdivididas. Na parcela principal forma alocadas doses de nitrogênio de cobertura (0, 30, 60, 120, 180 kg ha-1 de N), sendo aplicados quando a cultura se encontrava em estádio V4 e nas subparcelas 5 doses do produto Nitamin® que corresponderam a 0, 4, 8, 12 e 16 L ha-1 aplicados em estádio R5. Cada unidade experimental foi constituída de quatro linhas com espaçamento entre linhas de 0,40 metros e comprimento de 5,5 metros, sendo avaliadas as duas linhas centrais correspondendo a uma área útil de 3,6 m2. O experimento foi implantado 18/11/2010 em sistema de plantio direto tendo como cultura antecessora a cevada, a cultivar utilizado foi o IPR Tiziu. A adubação de base realizada foi de 250 kg ha-1 da formula 06-06-16.

O Nitamin® é um produto comercializado na forma liquida, apresentando concentração de 33% de nitrogênio (p/v), e comercializado pela empresa Agrichem.

Análises

A variável avaliada para as culturas foi a produtividade de grãos a qual foi obtida a partir da pesagem dos grãos e correção da umidade para 14% o caso do milho e para 13% para soja e feijão Os dados obtidos foram submetidos à análise de variância por meio do programa estatístico Sisvar e as médias comparadas pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade para o fator qualitativo (nitrogênio de cobertura e estádio de aplicação) e por regressão polinomial para o fator quantitativo (doses de Nitamin®), buscando-se o modelo que melhor expressasse a relação entre a variável independente. Foram testados modelos lineares e quadráticos e a escolha foi baseada na significância (menor que 5%). A partir das equações geradas foi realizada análise quanto à máxima eficiência técnica.

Resultados e Discussão Cultura I – Milho

Na Figura 1 e Figura 2 verifica-se resposta quadrática a 1% de significância independentemente do estádio de aplicação das doses crescentes de Nitamin® em complementa-

ção com a utilização de 100 e 200 kg ha-1 de N, respectivamente. Com a utilização de 100 kg ha-1 de N, a máxima eficiência técnica para a aplicação sequencial foi com17,1 L ha-1 de Nitamin® com incremento de 852 kg ha-1, seguido da aplicação em VT com máxima eficiência com 18,7 L ha-1 de Nitamin® e incremento de 870 kg ha-1 e para aplicação em V13 mesmo ocorrendo aumento da produtividade não foi possível encontrar a máxima eficiência técnica.

Figura 1. Produtiviade de grãos de milho (kg ha-1) com a aplicação de doses crescentes de Nitamin® aplicado em diferentes estádios de desenvolvimento com 100kg ha-1 de nitrogênio em cobertura. Guarapuava, PR, 2011.

Com 200 kg ha-1 de N em cobertura, as maiores respostas com a aplicação do Nitamin® em VT ocorreram com 10 L ha-1 proporcionando incremento na produtividade de 1237 kg ha-1. Para a aplicação sequencial em V13+VT a máxima eficiência técnica foi com 10,3 L ha-1 de Nitamin® e incremento de 846 kg ha-1.


Com base na Tabela 1 a produtividade com o uso de 100 kg ha-1 de N reduziu a produtividade independente do estádio de aplicação do Nitamin® comparado ao uso de 200 kg ha-1 de N. Com a utilização de 200 kg ha-1 de N a aplicação do Nitamin® em VT, obteve-se aumento de produtividade com 13011 kg ha-1 comparado com aplicação em V13 12519 kg ha-1 e o estádio V13+VT se comportou de maneira intermediária com12944 kg ha-1. De forma semelhante, DEUNER et al. (2008) concluíram que a aplicação de N via foliar no milho pode ser uma maneira eficiente para complementar o que é absorvido pelas raízes, no entanto, não deve ser utilizada como única forma de fornecimento de N inorgânico às plantas e deve-se atentar para a concentração e a fonte que será utilizada, tendo em vista que pode ocorrer fitotoxicidade.

tádio R1 a máxima eficiência técnica de 4915 kg ha-1 seria obtida com a aplicação de 22,1 L ha-1 do Nitamin® proporcionando incremento na produtividade de 314 kg ha-1. Quanto à aplicação em V4+R1 não foi encontrado uma equação que fosse possível verificar o ponto de máxima eficiência.

Figura 4. Produtividade de grãos de feijão (kg ha-1) com a aplicação de doses crescentes de Nitamin® em função das doses de nitrogênio em cobertura. Guarapuava, PR, 2011.

Figura 3. Produtividade de grãos de soja (kg ha-1) com a aplicação de doses crescentes de Nitamin® aplicado em diferentes estádios de desenvolvimento da cultura. Guarapuava, PR, 2011.

Cultura III – Feijão

Figura 2. Produtividade de grãos de milho (kg ha-1) com a aplicação de doses crescentes de Nitamin® aplicado em diferentes estádios de desenvolvimento com 200 kg ha-1 de nitrogênio em cobertura. Guarapuava, PR, 2011.

Tabela 1. Produtividade de milho nos diferentes estádios de aplicação do Nitamin® com 100 ou 200 kg ha-1 de nitrogênio em cobertura. Guarapuava, PR, 2011. Produtividade Estádio

100 kg ha-1 N

200 kg ha-1 N

V13

11739 a B

12519 b A

VT

12056 a B

13011 a A

V13+VT

12178 a B

12944 ab A

Média

11991 B

12825 A

CV (%)

5,17

*Médias seguidas pela mesma letra maiúscula nas linhas e minúscula nas colunas não diferem entre si pelo Teste de Tukey a 5% de probabilidade.

Cultura II – Soja

Com base na Figura 3 foi verificado resposta quadrática a 1% de probabilidade. A aplicação realizada em V4 apresentou a máxima eficiência técnica de 4782 kg ha-1 obtida com a utilização de 18,8 L ha-1 do Nitamin®,tendo-se um incremento na produtividade de 184 kg ha-1. Enquanto que, no es-

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Revista do Produtor Rural

Na Figura 4 está apresentada a produtividade de feijão em função das doses de Nitamin® aplicados via foliar, com as diferentes doses de nitrogênio de cobertura. Todas as curvas apresentaram resposta quadrática a 1% de significância. As melhores respostas foram alcançadas pela utilização de 180 kg ha-1 de N em cobertura juntamente com a aplicação de 13,5 L ha-1 de Nitamin® com incremento em relação ao controle de 323 kg ha-1, seguido da utilização de 60 kg ha-1 de N como a máxima aplicação de 11,6 L ha-1 de Nitamin® com incremento 320 kg ha-1. E as demais doses de nitrogênio em cobertura tiveram comportamento similar, mas apresentando respostas inferiores as descritas.

Conclusões

Na Figura 5 estão apresentados os incrementos de produtividade pela utilização do Nitamin®. É evidente que independentemente da dose de nitrogênio de cobertura utilizado, os incremento de produtividade se situam próximos as mesmas doses de Nitamin®, obtendo melhores ganhos quando utiliza-se 10,7 L ha-1 de Nitamin® com um incremento de produtividade médio de 263 kg ha-1.

Figura 5. PIncremento de produtividade (kg ha-1) com a aplicação de doses crescentes de Nitamin® na cultura do feijão independente da dose de nitrogenio em cobertura. Guarapuava, PR, 2011.

Agradecimentos:

A complementação com o Nitamin apresenta-se como uma alternativa muito interessante para aumentar a produtividade da cultura do milho, soja e feijão. Para o milho, com a utilização de 100 kg ha-1 de N em cobertura juntamente com a aplicação de 17,1 L ha-1 de Nitamin® incrementou 852 kg ha-1 a produtividade. A utilização de 200 kg ha-1 de N em cobertura juntamente com a aplicação de 10 L ha-1 de Nitamin® incrementou 1237 kg ha-1 a produtividade. Com relação à cultura da soja, a aplicação de 22,1 L ha-1 do Nitamin® proporcionou incremento de 314 kg ha-1 quando aplicado em R1, sendo que a complementação neste estádio proporcionou as respostas mais efetivas comparado com os demais estádios. As melhores respostas para a cultura do feijão foram obtidas pela utilização de 180 kg kg ha-1 de N em cobertura, juntamente com a aplicação de 13,5 L ha-1 de Nitamin® ou utilizando 60 kg ha-1 de N como a aplicação de 11,6 L ha-1 de Nitamin®. ®

Aos produtores rurais Roberto Cunha, Renato e Ruy Cruz pelo apoio logístico, a UNICENTRO pelo incentivo a pesquisa, a Empresa AGRICHEM pelo apoio financeiro e ao grupo de estagiário por tornar possível a realização desses trabalhos, nosso muito obrigado. REFERÊNCIAS

AMBROSANO, E.J.; WUTKE, E.B.; AMBROSANO, G.M.B.; BULISANE, E.A.; BORTOLETTO, N.; MARTINS, A.L.M.; PEREIRA, G.; DE SORDI, G. Efeito do nitrogênio no cultivo de feijão irrigado no inverno. Scientia Agricola, v. 53, n. 2-3, p.338-342, 1996. BARBOSA FILHO, M. P.; SILVA, O. F. Adubação de cobertura do feijoeiro irrigado com uréia fertilizante em plantio direto: um ótimo negócio, Informativo Agronômico, v. 93, 2001. p. 1-5. CERETTA, C. A.; SILVA, L. S.; PAVINATO, A. 2007. Manejo da adubação. In: NOVAIS, R. F.; ALVAREZ, V. H.; BARROS, N. F.; FONTES, R. L.; CANTARUTTI, R. B.; NEVES, J. C. L. Fertilidade do solo. Viçosa, CANTARELLA, H.; MARCELINO, R. 2008. Fontes alternativas de nitrogênio para a cultura do milho. In: FANCELLI, A. L., ed., Milho: nutrição e adubação. Piracicaba: ESALQ/USP/LPV. p. 36-55. COELHO, A. M. 2006. Nutrição e Adubação do Milho. Sete Lagoas: Embrapa. 10p. (Circular Técnica, 78). KARLEN, D. L.; KRAMER, L. A.; LOGSDON, S. D. Field-scale nitrogen balances associated with long-term continuous corn production. Agronomy Journal. Madison, v. 90, 1998. p. 644-650. DEUNER, S.; NASCIMENTO, R.; FERREIRA, L. S.; BADINELLI, P. G.; KERBER, R. S. Adubação foliar e via solo de nitrogênio em plantas de milho em fase inicial de desenvolvimento. Ciências Agrotécnicas, Lavras, v. 32, n. 5, 2008. p. 1359-1365. LAMOND, R.E.; WESLEY, T.L. Adubação nitrogenada no momento certo para soja de alta produtividade. Informações Agronômicas, v.95, p.6-7, 2001. WESLEY, T.L.; LAMOND, R.E.; MARTIN, V.L.; DUNCAN, S.R. Effects of late-season nitrogen fertilizer on irrigated soybean yield and composition. Journal of Production Agriculture, v.11, p.331-336, 1998.


[Fertilizante]

Actyva: nutrição garantida durante toda a safra de milho Solução desenvolvida pela Yara Fertilizantes alia NPK no grão e micronutrientes, fornecidos no momento certo para a lavoura

A

tecnologia Actyva foi desenvolvida pela Yara Fertilizantes para elevar o potencial produtivo da cultura de milho tanto na safra verão quanto na safrinha. A solução combina os benefícios do uso do YaraMila, um NPK no grão com fontes diferenciadas de Nitrogênio e Fósforo, que proporciona maior eficiência nutricional e uniformidade de lavoura, e do YaraVita, micronutriente foliar que atende às demandas da cultura durante todo o ciclo na dose certa. YaraMila é uma linha de NPKs complexos, ou seja, traz Nitrogênio, Fósforo e Potássio no mesmo grão. Além disso, possui características físicas superiores, como uniformidade, granulometria e resistência, garantindo uma nutrição homogênea. Dessa forma, a solução permite até aplicações em áreas críticas, como as de cobertura, proporcionando que as lavouras tenham desempenho superior tanto no tamanho da faixa de aplicação quanto na distribuição de teores de nutrientes quando comparadas às misturas convencionais. O fertilizante pode ser aplicado independentemente das condições cli-

www.batatasguara.com.br

máticas, já que não volatiliza e tem alto grau de solubilidade. As duas fontes de Nitrogênio (nítrica e amoniacal) garantem eficiência agronômica superior. Enquanto o nitrato proporciona nutrição imediata e auxilia na absorção de cátions como Potássio (K), Cálcio (Ca) e Magnésio (Mg), o amônio garante a disponibilidade do nutriente durante todo o ciclo e melhora a absorção de ânions como o Fósforo (P) e o Enxofre (S). O YaraMila possui fontes de Fósforo também diferenciadas: parte como ortofosfato, para um disponibilidade imediata de Fósforo; parte como fosfato cálcico, para um fornecimento gradual; e parte como polifosfato, para um fornecimento em camadas mais profundas no solo. A aplicação de micronutriente tem uma janela de absorção pequena, e o elemento tem de estar disponível no momento ideal para auxiliar nos processos metabólicos importantes para a manutenção do potencial produtivo do milho, bem como seu aumento que irá refletir em ganhos de produtividade. O YaraVita proporciona nutrição prolongada por possuir partículas em diferentes tamanhos que obedecem

a ordem de absorção: as menores são absorvidas rapidamente; e as maiores atendem à demanda da cultura durante a safra. “As características do YaraMila, aliadas aos micronutrientes de alta concentração fornecidos pelo YaraVita, fazem da tecnologia Actyva uma excelente alternativa na adubação das lavouras de milho, alinhando à facilidade de aplicação e à redução do desperdício, ativando todo o potencial produtivo da lavoura e principalmente gerando rentabilidade superior”, afirma Roberto Puzzo, gerente de Desenvolvimento de Mercado e Inovação da Yara Brasil Fertilizantes S.A. As informações são da Yara. Fonte: Agrolink com informações de assessoria


[Comemoração]

60 anos da CNA e 20 anos do Senar Seminário discute o papel do agronegócio na posição do Brasil como 5ª potência mundial

O

presidente do Sindicato Rural de Guarapuava, Rodolpho Luiz Werneck Botelho, participou, no dia 23 de novembro, do seminário “Os desafios do Brasil como quinta potência mundial e o papel do agronegócio”. O evento foi promovido pela Confederação Nacional da Agricultura (CNA) em comemoração aos 60 anos da entidade e 20 anos do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar). Vários palestrantes de renome participaram das discussões. A senadora e presidente da CNA, Kátia Abreu e o Ministro da Agricultura, Pecuária e do Abastecimento (MAPA), Mendes Ribeiro, deram as boas vindas na solenidade de abertura. O presidente do Centro de Estudos da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Mauro Lopes, falou sobre os perfis das classes de renda rural do Brasil (classes A/B; C e D/E). Em seguida, houve um talk show sobre a construção de um novo modelo de política agrícola com os palestrantes: Rosemeire Cristina dos Santos (superintendente técnica da CNA), José Carlos Vaz (secretário executivo do MAPA), Gilson Alceu Bittencourt (Secretário adjunto de Política Econômica do Ministério da Fazenda) e Kátia Abreu (presidente CNA). Após o almoço, o segundo talk show debateu os desafios do Brasil como 5ª potência econômica mundial e o papel do agronegócio, com a presença dos economistas Armínio Fraga (LDA investimentos) e André Esteves (BTG pactual) e Gilmar Mendes (Ministro do Supremo Tribunal Federal). O encerramento foi feito pela presidente da CNA e pela presidente da República do Brasil, Dilma Roussef.

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[Silos e Secadores]

Temperatura e umidade do cereal no processo de secagem Engº. Marcio Geraldo Schäfer marciogeraldo@ymail.com Paraná Silos Representações Ltda

G

eralmente o operador do secador se preocupa com a temperatura do ar de secagem enquanto que a sua preocupação deveria ser com a temperatura dos grãos. Isto porque, para a mesma temperatura do ar de secagem, dependendo do modelo do secador, os grãos podem atingir maior ou menor temperatura. Na maioria dos modelos de secadores, principalmente os modelos de CAVALETE ou COLUNA, os mais utilizados no Brasil e demais países da América do Sul, a temperatura do ar de secagem deve ser mantida entre a faixa de 80 a 110 graus Celsius, o que leva a temperatura dos grãos entre 45 e 60 graus Celsius. Temperaturas maiores podem provocar danos irreversíveis ao produto. A umidade dos grãos pode ser determinada por métodos DIRETOS ou INDIRETOS. Métodos DIRETOS são geralmente usados para trabalho de laboratório. Medidores de umidade de MÉTODO INDIRETO geralmente são usados em instalações de secagem em unidades de armazenagem de grãos e que medem a umidade indiretamente,

com a determinação do percentual de umidade dentro de condições operacionais pré-estabelecidas. Para controle de umidade inserido no secador, um fator de correção pode ter que ser somado. O fator muda com a temperatura e a umidade, assim o fator deve ser conferido. Atualmente novas tecnologias de medição de umidade e temperatura de grãos em processo de secagem permitem a parametrização de todas as variáveis relacionadas com a medição e suas devidas correções dos fatores relacionados com as reações das características elétricas dos grãos em função da temperatura. A amostragem é automática e a leitura é apresentada em um display digital. Os registros dos dados das operações podem ser registrados em bancos de dados para a análise do processo. As vantagens de amostragens on-line e com uma taxa de várias leituras por minuto permitem decisões mais rápidas sobre o processo de secagem. Ações mais rápidas no processo de secagem permitem a redução de custos, principalmente por secagem além do necessário, o que aumenta os custos de energia térmica e

elétrica. Experiências comprovam que a secagem demasiada em 0,5% B.U. representa a perda de peso de 0,6% do volume secado, além do cereal ficar mais suscetível ao dano mecânico, acarretando perda técnica em diversos pontos da unidade armazenadora. As novas tecnologias de controle de secagem estão mais acessíveis e pode ser feita uma análise de custo benefício aos acessórios de secagem como: automação da alimentação de lenha, controle de temperatura e umidade do cereal. Estabelecendo controles e regulagens automaticamente ao operador, agregam valor ao cereal e aumentam a rentabilidade. Nesta edição, além de tratar de assuntos técnicos na área de armazenagem, aproveitamos para parabenizar o produtor rural por mais um ano decorrido com muita dedicação em seu trabalho e desejar sucesso em sua empreitada no novo ano. Ainda aproveitamos para citar a comemoração de 60 anos de colonização Suábia no Brasil. Acessem o site: www.suabios.com.br e aproveitem a programação. Boas festas!

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[Notas]

No dia 08 de novembro, no Sindicato Rural de Guarapuava, o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR) realizou reunião com entidades e empresas da região, para levantar a demanda de cursos para 2012. A reunião abordou temas como horários, vagas, temáticas de aulas e equipamentos. “Estamos analisando a demanda e as necessidades da região para realizar uma programação mais ampla, que abranja um público maior no próximo ano”, explica o supervisor regional do Senar, Aparecido Ademir Grosse. Os cursos do Senar beneficiam produtores e trabalhadores rurais de Guarapuava e região há mais de 18 anos. Segundo Grosse, a principal meta para 2012 é ampliar o leque de cursos, oferecendo aulas em mais áreas do setor rural. Para a engenheira agrônoma responsável pela parte técnica do Colégio Agrícola Estadual Arlindo Ribeiro, Alcione Pickler

Foto: Bruno Hilgemberg

Regional da SENAR planeja cursos para 2012

Schanuel, os cursos do Senar são muito importantes para os alunos. “Durante as aulas do Senar os acadêmicos têm a opor-

tunidade de aprimorar seus conhecimentos e também por em prática o que eles aprendem no colégio”, declarou.

EXPOGUA

Acadêmicos, professores e parceiros receberam certificados

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O Sindicato Rural de Guarapuava promoveu, no dia 16 de novembro, um churrasco para os coordenadores e acadêmicos de comunicação que participaram da XXXVI Expogua – Exposição de Feira Agropecuária e Industrial de Guarapuava. O evento contou com a presença do presidente do Sindicato Rural, Rodolpho Luiz Werneck Botelho e do reitor da Unicentro, Vitor Hugo Zanette. Participaram também os acadêmicos e os coordenadores do projeto, Francismar Formentão, Márcio Fernandes e Anderson Costa. As atividades de assessoria foram realizadas pelos alunos de Jornalismo, também sob a supervisão da assessora de comunicação do Sindicato Rural, Luciana de Queiroga Bren. “Esse é um importante projeto de extensão da Unicentro, que existe desde 2009, e esse ano contou com a colaboração do Sindicato Rural”, destacou Formentão. Segundo o coordenador, entre as atividades desenvolvidas estão releases, fotos, matérias e programa de rádio. Após o evento, foi realizada uma exposição de fotografia. No total, 50 alunos participaram das atividades. “Esse projeto tem sido uma ferramenta importante para o aprendizado do aluno. É fundamental essa interação dos alunos, para que haja um maior conhecimento das atividades do jornalismo”, disse o coordenador.


[Prevenção]

Doença da raiva pode levar animal a óbito

A

doença da raiva é causada por um vírus que ataca o sistema nervoso de todos os animais mamíferos, incluindo animais de criação e pessoas. Ana Paula Kurshaidt, veterinária da Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento (SEAB), explica como é possível perceber a doença. “Nos animais os sintomas podem ser notados através do isolamento do rebanho, mugidos roucos e freqüentes, dificuldades para defecar e urinar, engasgo e salivação abundante, andar cambaleante e paralisia que pode levar a óbito”, define. É importante ressaltar que o diagnóstico da raiva só é definido com o resultado laboratorial. “O diagnóstico laboratorial é importante para que, na certeza da doença, o produtor faça a vacinação de 100 % do rebanho”, alerta Ana Paula. Além da vacinação de todo o rebanho, a SEAB realiza um trabalho de conscientização e alerta nas propriedades ao redor. O principal transmissor da Raiva para os animais de criação é o morcego hematófago, ou seja, o morcego que se alimenta de sangue. “Esse morcego, que suga os animais, sendo portador da raiva é capaz de transmitir o vírus pela saliva”, orienta Ana Paula. Segundo a veterinária, todas as pessoas que tiverem contato com o animal doente devem ser encaminhadas ao posto de saúde mais próximo. “Buscando, quando necessário, a orientação com soro e vacinas”, explica. De acordo com Ana Paula, é essencial que o produtor fique atento aos focos dentro da propriedade. “Muitas vezes o produtor não presta atenção para as grutas, paredões ou cachoeiras na propriedade. São esses os principais locais de foco dos morcegos”, avisa.

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[Sindicato Rural de Pinhão]

O ano acabou!

Produtores e lideranças de Pinhão no Empreendedor Rural 2011

O tempo passou rápido e já estamos nos últimos dias do ano 2011. Este, como sempre, traz um sentimento duplo, de tristeza e alegria. Tristeza porque mais um ano passou voando e muitas coisas ficaram por fazer. De alegria, pois um ano novo se apresenta, com perspectivas e possibilidades. Além disso, ao relembrar este ano de 2011, parecem ter passado despercebidas, muitas coisas boas e poucas ruins. Portanto, o balanço preliminar é de conquistas, evoluindo e ampliando nossas atividades junto aos sócios e junto à comunidade de Pinhão e Reserva do Iguaçu. Somos muitíssimo gratos às pessoas que participaram ativamente do processo e outras que colaboraram para a existência deste meio de comunicação e interação de conhecimento, ações desenvolvidas para alcançar o objetivo maior, estimular e apoiar a produção do saber em todos os níveis da agropecuária. Aos nossos prezados colegas, leitores e estimuladores, nosso desejo de um feliz Natal e um final de ano rico em celebrações e com muita paz. A todos, um excelente e promissor 2012. Geraldo Ferreira de Almeida Presidente do Sindicato Rural de Pinhão

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Revista do Produtor Rural

O Sindicato Rural de Pinhão participou do encerramento Programa Empreendedor Rural 2011, na ExpoTrade Convention Center, em São José dos Pinhais, região metropolitana de Curitiba. A comitiva foi formada por participantes do programa Empreendedor Rural, representantes de entidades solicitantes dos cursos do SENAR e pelo presidente do Sindicato Rural de Pinhão, Geraldo Ferreira de Almeida. De acordo com Almeida, “muitos agricultores estão cheios de projetos, mas não sabem transformá-los em realidade. Para ajudar quem está nessa situação, o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR) criou o programa Empreendedor Rural e o Sindicato Rural dá todo o suporte para os cursos”.


Projeto incentiva produção orgânica de alimentos em Pinhão A melhoria da qualidade de vida no campo reflete na qualidade de vida da cidade Para um campo mais produtivo, não importando se é pequeno, médio ou grande produtor, são necessárias atividades para a fixação do homem no espaço rural. Pensando nesse aspecto, Sindicato Rural de Pinhão, Emater, Cresol, Comaper e Cooperafatrup desenvolvem um projeto de conscientização para mulheres. O programa é voltado à agricultura familiar e consiste em repassar às mulheres conceitos que vão desde auto estima ao empreendedorismo rural. Segundo a assistente social da Emater Pinhão, Luzyanna Rocha Tavares, atualmente seis comunidades são atendidas pelo projeto. As famílias cadastradas entregam alimentos para programas federais como Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE). Desde fevereiro de 2011, as famílias entregam verduras, legumes e produtos de panificação como cuques, pães e bolachas na Cooperafatrup. Uma das comunidades atendidas é a de Faxinal dos Silvérios. No local, duas mulheres trabalham e desde o início do projeto melhoram a renda da família. Verônica Maria Ferreira antes vivia do extrativismo de erva mate e pinhão na

Eliane

pequena propriedade de quatro alqueires e Eliane Streski era auxiliar administrativo de uma loja de confecções em Ponta Grossa. As duas trabalham juntas na produção de pães, cuques e bolachas em uma casinha preparada para esse fim. A senhora Veronica têm uma horta de cerca de meio hectare onde planta brócolis, abobrinha, pepino, repolho, rabanete, cenoura, alface, cebola, cheiro verde, mandioca, rúcula entre outros produtos. “Aqui tenho todos os tipo de salada” brinca. Na outra família, Eliane planta variados tipos de verduras e legumes e se diz realizada com a vida no campo. “Aqui vivo melhor, além de ter a comida no meu quintal. Tudo sem agrotóxicos, mais saudável”. As duas amigas aproveitaram as oportunidades do mercado. Veronica tem clientes cativos na cidade. “Duas vezes por semana entrego uma sacola de produtos nas casas. Vão brócolis, alface, cenoura, beterraba, cheiro verde, mostarda e pão caseiro”. Eliane tem os clientes que buscam na propriedade: “alguns já sabem que temos produtos sem agrotóxicos e vêm buscar aqui”.

Verônica

A assistente social revela que para 2012 já tem vários cursos do SENAR programados, que foram solicitados pelas participantes do programa. “Agendamos cursos que agreguem valor aos produtos da horta, como o de confecção de doces e conservas. Essa iniciativa é para, além de evitar o êxodo rural, proporcionar alternativas de rendas dentro da propriedade”, completa Luzyanna.

Luzyanna

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[Tropeirismo]

Sindicato Rural marca presença na

XIII Festa Nacional do Charque

A

Festa Nacional do Charque, realizada de 03 a 06 de novembro, agitou o município de Candói, resgatando as origens e a história dos tropeiros. O Sindicato Rural de Guarapuava participou com estande, recepcionando os sócios durante os dias de festa. Marinei Pereira Martins, funcionária da Extensão de Base do Sindicato Rural em Candói, ressaltou a importância da participação da entidade no evento. “Nossa participação é essencial para divulgar o trabalho da Extensão de Base e mostrar que esse é um Sindicato ativo, além da oportunidade de recepcionar os nossos produtores em um espaço preparado para eles”. Além das orientações sobre o Sindicato Rural, FAEP e Senar, ocorreram sorteios de brindes. Entre um público de 70 sócios, foram sorteados 15 prêmios. “Entre eles guarda chuvas, chapéus e kits (livro, chaveiro, canetas). A divulgação foi feita na Rádio Caminho FM e Rádio Charque (rádio interna da festa)”, contou Marinei.

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A tradicional Festa do Charque teve shows e rodeio, além de palestras técnicas.


Encontro de produtores de leite Durante a Festa do Charque, a prefeitura e a Emater promoveram o Encontro de Produtores de Leite. O palestrante João Ricardo Alves Pereira, professor da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), mostrou a importância da silagem de milho para a conservação de comida para vaca. “A ideia é mostrar para o produtor primeiro o mercado do leite, um cenário bastante positivo para o produtor no momento, uma das atividades que melhor remunera, principalmente para a pequena propriedade. A importância dele aproveitar essa transição da atividade pecuária, se organizando de forma que ele tenha como essencial uma alimentação de qualidade”, explica Pereira. Segundo o palestrante, a idéia é propagar ao produtor que a silagem de milho começa com uma boa lavoura, pois se ele faz uma lavoura ruim, a alimentação fica mais cara e vai ter uma alimentação de qualidade inferior, o que acaba deixando a atividade ainda mais cara. Outra questão relevante para o produtor foi o tema discutido na palestra

Marcelo Mayer (Pioneer) e João Ricardo Pereira (Palestrante)

Cleiton Chiocheta (Palestrante)

ministrada por Cleiton Chiocheta, fisioterapeuta e professor de educação física, que mostrou os cuidados que se deve ter com a ordenha no campo. “A grande preocupação que a gente vê é exatamente o nível de patologias que encontramos em pessoas que trabalham no campo”, explica. Na palestra foram discutidas as patologias com a ordenha manual e ordenha mecânica, alertando sobre os possíveis

problemas de coluna, sempre relacionados à postura dos produtores. “Muita gente acaba deixando de lado esse trabalho de ordenha, devido às restrições físicas, então a gente focou isso na palestra. Dando atenção também para a prevenção, mostrando o que podemos fazer na melhoria, e também os exercícios de alongamento, que são preventivos”, comenta. O Encontro teve o apoio da Pioneer e Sindicato Rural de Guarapuava.

Rodeio Piquete Cacique Candói atraiu mais de 500 laçadores A 32ª edição do Rodeio Crioulo Piquete Cacique Candói movimentou a pista de laço do Centro de Eventos Antônio Loures Alves. O evento foi realizado durante a Festa Nacional do Charque de 2011. Mais de 500 laçadores participaram das 13 provas. As disputas iniciaram na sexta-feira, 04 de novembro, e terminaram no domingo, 06 de novembro. Peões e prendas de todas as idades participaram. As modalidades oferecidas foram de vaca parada – para as crianças – à laço veterano – disputada entre competidores com mais de 60 anos. O primeiro colocado na modalidade laço em dupla recebeu o prêmio no valor de uma moto 0 Km. Durante as competições, a patronagem do Piquete prestou homenagem aos fundadores Roberto Araújo e Alaor Sebastião Teixeira, que contribuíram para disseminação da cultura gaúcha no município. Segundo o patrão do Piquete, Gibran Thives Araújo, os juízes das provas são da “equipe do Chitão” de Pitanga e os narradores foram Paulo Guaitanelli, Artidor Soares, Ponciano Abreu e o Sapo. O rodeio foi organizado pela patronagem do Piquete Cacique Candói: Gibran Thives Araújo, Thiago Lustosa Araújo, Julio Geisel, Roberto Bento e Agenor Mentes de Araújo. Para os organizadores, a avaliação do evento é positiva. “O número expressivo de participantes e a vinda de laçadores do Norte do Paraná e até Mato Grosso do Sul nos mostra que o rodeio é bem visto. Assim também queremos agradecer aos parceiros que contribuíram para a realização desta 32ª edição”, declarou o patrão. O Sindicato Rural de Guarapuava foi um dos apoiadores do rodeio.

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O espaço ideal para seu evento está no Sindicato Rural de Guarapuava! O Sindicato Rural de Guarapuava dispõe de um amplo espaço para realização de eventos. Com estrutura nova e moderna, contamos com anfiteatro, sala de cursos e salão de festas.

Anfiteatro Palco de eventos técnicos, assembleias, palestras e shows com estrutura de som, luz e exibição multimídia integradas; o anfiteatro comporta 200 pessoas sentadas e ainda há opção de mais 25 lugares no mesanino.

Salão de festas Para cursos de alimentos ou confraternização empresarial, o salão de festas é o local ideal. Com ótima localização, comporta 50 pessoas (almoço ou jantar) e 150 (coquetel). Totalmente equipada, a cozinha industrial é uma opção para realização de cursos técnicos profissionalizantes. Com churrasqueira, espaço amplo e aconchegante, o salão de festas é perfeito para o seu evento festivo.

Nova sala de cursos Compacta, a sala de cursos tem capacidade para 50 pessoas. Ambiente novo, com projetor multimídia , sistema de som e Internet sem fio. Ideal para cursos de pós-graduação, cursos técnicos profissionalizantes e palestras para público direcionado.

Não perca tempo! Confira os nossos espaços e reserve já! Preços especiais para associados e parceiros da entidade.

Informações: 42-3623-1115 Localização: Rua Afonso Botelho, 58 - Trianon Guarapuava - PR

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[Capacitação profissional]

M

O secretário executivo do Ministério da Agricultura, José Carlos Vaz, enumerou os desafios para o agronegócio nos próximos anos, entre eles intensificar a reformulação do ministério. Segundo ele, a modernização e reestruturação do campo estão na qualificação. “Com certeza o produtor deve investir para somar um diferencial lá na frente. Ele precisa pensar no amanhã”. O diretor de operações do Sebrae-Pr, Júlio Cesar Agostini, afirmou que sente orgulho em fazer parte de um programa que dá resultados. “O PER é fundamental para o desenvolvimento no campo e, com certeza, uma ferramenta para aumentar a renda de milhares de produtores”. Para Ademir Mueller, presidente da FETAEP, o Empreendedor Rural é exemplo para todo o Brasil. “O programa ultrapassa fronteiras”, observou. O encerramento do evento ocorreu à tarde, com a premiação dos três melhores projetos do Programa Empreendedor Rural. Em seguida, uma palestra com Nelma Penteado.

O programa Em nove anos de programa, mais de 17 mil pessoas participaram do curso. Em 2011 foram 97 turmas onde 1.192 traba-

Ágide Meneguette

lhadores e produtores rurais concluíram o programa. A elaboração e implantação de projetos individuais, desenvolvidos ao longo do ano, funcionam como elemento motivador no processo de desenvolvimento do produtor rural.

Foto: Fernando Santos

ais de quatro mil produtores e trabalhadores rurais de todo o Estado participaram no dia 28 de novembro, em Curitiba, do encerramento do Programa Empreendedor Rural 2011. Na abertura, o presidente do Sistema FAEP, Ágide Meneguette, disse que zelar pela saúde econômica e financeira do produtor rural é função primordial do Sistema FAEP. “Este encontro de empreendedores, trabalhadores, e produtores, mulheres do campo e jovens agricultores é um momento propício para refletir sobre nosso papel na produção agropecuária e o papel que outros setores e os governos devem desempenhar. Esta parceria entre o Sebrae, a Fetaep e o Sistema FAEP/SENAR tem sido vital para dar um novo impulso às atividades do campo, de forma moderna e mais segura, com mais conhecimento e firmeza por parte de seus agentes”, ressaltou. Durante o evento, o secretário da Agricultura, Norberto Ortigara, reforçou o apoio do governo às iniciativas da FAEP e destacou a importância da qualificação no campo. “Nós precisamos dedicar tempo para aprender, compreender a missão de produzirmos com qualidade. Precisamos ampliar a renda no campo por meio da qualificação e garantir um futuro melhor para todos”, avaliou.

Foto: Lineu Filho

Empreendedor Rural: Quatro mil produtores em Curitiba

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Regional mobiliza 240 produtores A Regional Guarapuava do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR), com o apoio do Sindicato Rural de Guarapuava e outros da região, levou 240 produtores rurais ao evento. Entre eles, participantes do Agrinho, Mulher Atual e Empreendedor Rural. O vice-presidente do Sindicato Rural de Guarapuava, Anton Gora, fez parte da comitiva e comentou sobre o evento. “O encerramento do Empreendedor Rural cresce a cada ano. Estão todos de parabéns pela qualidade e organização do evento. É incrível a capacidade de mobilização do nosso presidente da Federação, Ágide Meneguette”. Ao todo, a Regional levou seis ônibus, com produtores dos municípios de Guaraniaçu, Diamante do Sul, Marquinho, Rio Bonito do Iguaçu, Quedas do Iguaçu, Espigão Alto do Iguaçu, Nova Laranjeiras, Laranjeiras do Sul, Virmond, Laranjal, Palmital, Cantagalo, Pinhão, Turvo, Candói e Guarapuava.

Comitiva de Guarapuava e Candói

Comitiva de Cantagalo

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Empreendedores de Guarapuava Convidados pela FAEP/SENAR, Eros e Soeli Lange apresentaram projeto idealizado durante participação no PER; hoje em prática na propriedade Os produtores rurais Eros e Soeli Lange expuseram o projeto que nasceu do Programa Empreendedor Rural (PER) e hoje está implantado na propriedade. Ela participou do programa em 2003 e na época idealizou o projeto de criação de ovinos. Ele fez o programa em 2007 e projetou estruturar a atividade leiteira da propriedade. Quando terminaram as aulas, Soeli se sentiu motivada a procurar mais conhecimento técnico para colocar em prática o projeto que desenvolveu. Fez faculdade de Agronegócio e curso técnico em agropecuária. “Além disso, participei de todos os cursos do Senar relacionados a minha área”. O casal começou a colocar em prática os projetos em 2007 assim que Eros concluiu o programa. “Antes, a bovinocultura de leite era desestruturada. A primeira coisa foi organizar a sala de ordenha e instalar ordenhadeira canalizada, atentando para higiene e qualidade” lembrou Soeli. O segundo passo foi a estruturação de pastagens. Hoje a propriedade tem 14,5 hectares de tifton como pastagem de verão, 5


hectares para produção de silagem e no inverno, 40 hectares de aveia e azevem. Hoje a produção é de 500 litros de leite/ dia, com 27 vacas produzindo e ainda 80 matrizes de ovinos, resultando em 40 carcaças/ano. O pasto de tifton é consorciado ao plantio de eucalipto, formando os piquetes na constituição de sistema agrossilvipastoril. A projeção da produtividade da fazenda é para em 2013, a produção de leite subir para 2000 litros/dia com 80 animais produzindo. Para os ovinos, ter 200 matrizes e entregar de 250 carcaças/ano. Otimista, a produtora revela que a próxima etapa é investir na adubação do pasto. “A produção de leite e de carne está diretamente ligada à quantidade e qualidade do pasto. Também vamos construir a sala de trato; onde cada vaca será alimentada individualmente, de acordo com a produtividade que apresenta”.

Integração silvipastoril na Agropecuária Morro Branco Descrição plantel Bovinos de leite

Cab.

Cab.

Cab.

Descrição

Ano 2007

Ano 2011

Ano 2013

Animais Lactantes

18

27

85

Vaca Seca

3

5

15

Novilhas

10

20

20

Bezerras

5

21

25

36

73

145

Total Plantel

OVINOCULTURA

ANO 2010

ANO 2013

Descrição

Ano 2007

Ano 2011

Matrizes

80

200

Carcaça

100

250

Segundo Eros e Soeli, para melhorar, ampliar ou mudar a produção da propriedade é necessário ter metas e objetivos e então fazer o planejamento para se chegar até lá. “É preciso saber o que você quer alcançar e então projetar os caminhos que precisa seguir”, finalizou ela. Durante a exposição na festa de encerramento do Programa Empreendedor Rural, várias pessoas visitaram o estande do casal. Soeli conta que muitos faziam as mesmas perguntas, entre elas “como controlam a mastite?”; o que ela avalia como uma dificuldade comum entre os produtores de leite. “Outros perguntavam sobre a cerca elétrica, sobre o plantio de eucalipto e eu respondia: eu aprendi no curso do Senar! A qualificação foi gratuita, de qualidade e já nos deu resultados positivos. Todo o treinamento foi repassado aos funcionários”.

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[Medicina veterinária]

Mais de 100 pessoas participaram da Jornada Paranaense de Imunologia, Síndromes e Vacinas Com três palestras, evento trouxe informações técnicas para médicos veterinários, estudantes e produtores rurais

O

Sindicato Rural de Guarapuava sediou na manhã do dia 01 de dezembro, no anfiteatro da entidade, a Jornada Paranaense de Imunologia, Síndromes e Vacinas, promovida pelo Sindicato dos Médicos Veterinários do Paraná (SINDIVET-PR) e Biogénesis Bagó. Mais de 100 profissionais, acadêmicos, professores e agropecuaristas participaram do evento. A Jornada faz parte das comemorações dos 250 anos de ensino de Medicina

Adriano Carrasco

Lourival Uhlig

Reuel Luiz Gonçalves

Veterinária no mundo. Segundo o representante do Sindivet, Lourival Uhlig, as atividades iniciaram no dia 17 de outubro e finalizaram com um jantar de confraternização no dia 9 de dezembro, em Curitiba. O professor da Universidade Estadual de Londrina (UEL), Amauri A. Alfieri, falou sobre os riscos sanitários, as doenças subclínicas que afetam o gado e somente são detectadas através de exames e não apenas por sintomas aparentes. Em seguida, o gerente de serviços

Amauri Alfieri

Demétrio Reva

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técnicos no Brasil da Biogénesis Bagó, Reuel Luiz Gonçalves, falou sobre crenças e mitos a respeito de vacinas e a evolução tecnológica na produção de injetáveis para controle de doenças. O terceiro e último assunto foi explanado pelo pesquisador Demétrio Reva, vice presidente do Sindivet-PR e representante da Biogénesis Bagó. Ele fez um levantamento das doenças que acometem bovinos nos estados brasileiros e uma comparação das incidências nos últimos 10 anos. Além das palestras, houve sorteios de pistolas de aplicação e almoço na Churrascaria Casa Vecchia. Em Guarapuava, os parceiros do evento foram Sindicato Rural de Guarapuava, Universidade Estadual do Centro-Oeste do Paraná (Unicentro), Cooperaliança, Sociedade Paranaense de Medicina Veterinária do Paraná – Núcleo Centro-Oeste, Emater e Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento (SEAB).

Solidariedade Parte da verba arrecadada com a inscrição do evento, que custava R$ 20,00 por pessoa foi doada à Associação do Centro-Oeste do Paraná de Estudos e Combate ao Câncer (ACOPECC). A entrega simbólica do cheque foi feita durante o evento, pelo representante do Sindivet, Lourival Uhlig; pelo representante da Biogenesis Bagó, Demétrio Reva e pelo presidente da Sociedade Paranaense de Medicina Veterinária do Paraná – Núcleo Centro, Adriano Carrasco, à presidente da ACOPECC Mara Neves, que estava acompanhada da assistente social da entidade, Márcia Regina da Silva Gonçalves. Mara agradeceu a doação, salientando a importância da verba para a entidade. “Precisamos de ajuda e ficamos muito felizes com o telefonema do Sindicato Rural de Guarapuava dizendo que a arrecadação do evento seria destinada à ACOPECC”.

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[Palestras]

Nutrição de pastagem

M

ais de 120 pessoas participaram das palestras realizadas no dia 21 de novembro, cujo tema central foi nutrição de pastagens. O evento organizado pelos acadêmicos Kaio Ramalho, Leonardo Silvestri, Mauricio Schuster e Doglas Broetto, do 4º ano de Agronomia da Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro), no auditório de Biologia da Unicentro. A primeira palestra foi sobre fixação biológica de nitrogênio em pastagens e ministrada pela Profª Drª Tangriani Simari Assmanm (UTFPR – Pato Branco). A pesquisadora mostrou alternativas para uso de adubação nitrogenada. “Atentando também para sistemas de integração lavoura-pecuária na utilização do nitrogênio, a partir da reciclagem das fezes e da urina”. Na segunda parte do evento, a palestra sobre práticas de calagem e adubação em pastagem, ministrada pela Profª Drª Maria Ligia de Souza e Silva mostrou a importância da nutrição para pastagem. “Com a análise de solo, é possível observar quais as deficiências e corrigi-lo. Todo nutriente aplicado na pastagem, o produtor vai colher em carne e/ou leite”. O evento teve o apoio do Sindicato Rural de Guarapuava e da empresa Stoller. Rodolpho Luiz Werneck Botelho, presidente do Sindicato, destacou a importância de parcerias como essa, já que promove a integração entre a universidade e os produtores rurais.

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Profª Drª Tangriani Simari Assmanm (Pesquisadora UTFPR - Pato Branco)

Profª Drª Maria Ligia de Souza e Silva


Neste Natal... Armazene amor, paz, saúde, emoção, felicidade e sonhos! Em 2012... Distribua tudo isso, aos poucos, para os seus familiares e amigos! Boas festas! Equipe CEREAL Fones: (42) 3627-5849 / 3627-6664 / 9912-7770 Rodovia BR 277, Km 352,5 - Vassoural - Guarapuava - PR cereal@espectro.com.br Revista do Produtor Rural

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[Manchete]

Por que ter uma

floresta? A sociedade precisa, cada vez mais, de produtos de base florestal para a sua sobrevivência. As florestas nativas estão escassas no mundo. Desta forma, as plantações florestais apresentam um destaque nos cenários nacional e internacional. O Brasil apresenta fatores favoráveis à silvicultura, como clima e solo, além de disponibilidade de áreas para plantio e mão-de-obra. O eucalipto e o pinus são árvores que se adaptam à região de Guarapuava e com inúmeras aplicações em diferentes setores. Para falar sobre o assunto, a REVISTA DO PRODUTOR RURAL DO PARANÁ entrevistou o engenheiro agrônomo Pedro Francio Filho, especialista em sistemas agrossilvipastoris e instrutor do Programa de Desenvolvimento Florestal, desenvolvido pelo Sindicato Rural de Guarapuava. Confira:

RPR: Por que plantar florestas é um bom negócio? Pedro Francio Filho: Hoje nós temos uma demanda de florestas muito elevada, seja para a demanda energética, demanda de móveis, serraria, de celulose, de papel. O Brasil hoje é um dos principais produtores de florestas plantadas do mundo e nós estamos também com um potencial produtivo elevado. Não existe nenhum país no mundo que tenha a produtividade e a tecnologia florestal que nós temos. Então, precisamos aproveitar a oportunidade. Temos altíssima produtividade, tecnologia e também um mercado internacional com uma demanda elevadíssima de matéria prima, ou seja, temos garantia de compra de madeira. Temos hoje, no mundo, uma média de 3,5 bilhões de metros cúbicos necessários anualmente de madeira. Desse total, 1,7 bilhões vai para o setor de energia e 1,8 bilhões para o setor industrial. Nessas condições, de toda essa madeira, somente 1,3 ou 1,4 bilhões de metros cúbicos são de florestas plantadas. De 60 a 70% da matéria prima da demanda mundial de florestas ainda vem da mata nativa. Então é por isso que plantar floresta é um bom negócio. Nós temos uma demanda mundial muito grande, uma demanda local e regional, estadual e nacional muito grande e com certeza existe um mercado compatível com o plantio. RPR: Como estão as linhas de créditos específicas para o plantio de florestas? Pedro Francio Filho: Existe uma linha que foi criada em 2011, a ABC – Agri-

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cultura de Baixo Carbono, que contempla vários projetos, desde a silvicultura convencional, maciços florestais, sistemas agrossilvipastoris, restauração de áreas degradadas, também nessa mesma linha de crédito, a recomposição da Reserva Legal, da Área de Preservação Permanente, enfim, ela contempla todo o processo florestal. Foram liberados mais de R$ 3 bilhões para a utilização no processo do ano safra. A taxa é de 5,5% ao ano, com três anos de carência e até 12 anos para pagar. É uma linha de crédito do BNDES, projeto do Ministério da Agricultura e contempla todos os produtores. Na agricultura familiar essa mesma linha de crédito contempla de R$ 10 a 50 mil, com taxa de 1 a 2% ao ano, nas mesmas condições de prazos de carência para pagar. Existem linhas compatíveis com qualquer propriedade rural para fazer o cultivo florestal. RPR: Quais são os benefícios para o produtor rural que optar por plantar florestas? Pedro Francio Filho: A grande vantagem é a diversificação agrícola, aproveitando as áreas que estavam ociosas, perdidas, bicos de lavoura, e também o sistema produtivo de pecuária, o agrossilvipastoril, que é a integração lavoura, pecuária e floresta, um grande foco do Ministério da Agricultura e Embrapa. O produtor vai ter uma renda a curto prazo com a agricultura e a pecuária, a médio prazo com o desbaste dessa madeira, e a longo prazo com o corte da tora para a serraria, com alto valor agregado e um grande retorno econômico. É uma segurança no campo. Se o produtor tiver


algum problema durante a safra, algum ano de crise, ele pode cortar a madeira e pagar a conta. Então é um negócio seguro, sustentável e além disso, o produtor estará aproveitando áreas que não são da agricultura e pecuária, melhorando a rentabilidade da propriedade. RPR: Quais são as opções para os produtores rurais de Guarapuava e região? Pedro Francio Filho: As espécies mais indicadas são o Pinus elliottii e Pinus taeda, os mais plantados na região e o Eucalyptus benthamii e Eucalyptus dunnii, os mais adaptados aqui em Guarapuava, por causa da alta ocorrência de geadas severas. Além desses, a nogueira pecã, uma espécie que pode ser utilizada na Reserva Legal, dura 150, 200 anos na exploração e é uma grande alternativa de recomposição. No sistema silvipastoril ela é caducifólia, ou seja, cai as folhas no inverno e no verão ela faz sombra. Então é uma planta que no sistema silvipastoril é fantástica, pode ser consorciada com ovinos, gado de leite, gado de corte etc. Temos também as espécies nativas que

também são adaptadas à região, como a araucária e outras que podem proporcionar um retorno econômico. RPR: Com relação a Programa de Desenvolvimento Florestal 2011, desenvolvido em Guarapuava, Candói e Cantagalo, pelo Sindicato Rural e parceiros, qual é a sua avaliação?

Fotos: Paulo Cardoso/Painel Florestal

Pedro Francio Filho: Minha avaliação é muito positiva. Estamos desenvolvendo pesquisas de nutrição de plantas, já temos áreas de pesquisas na Santa Maria, Agrária, EMBRAPA, Golden Tree e Unicentro. Esse ano também foram implantadas unidades experimentais de

pinus e eucalipto na região. Temos um novo parceiro do programa, a Syngenta, que possui um projeto nacional de ILPF (Integração Lavoura, Pecuária, Floresta). No próximo ano teremos mais novidades e a intenção é trazer informações específicas sobre gestão florestal, planejamento da área, implantação, quais são as melhores espécies, qualidade de muda, como que se planta, a condução da floresta até a colheita. Também vamos tratar dos termos específicos florestais, como coleta de solos, nutrição e fertilização desses solos, conservação e preparo do terreno adequado. Vamos orientar também os produtores sobre as alterações do Código Florestal.

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Cursos e palestras

Participantes e produtores rurais avaliam Programa de Desenvolvimento Florestal 2011 Cerca de 50 produtores rurais e profissionais do setor participaram no dia 24 de novembro, do ciclo de palestras sobre a utilização da madeira no anfiteatro do Sindicato Rural de Guarapuava. Os temas abordados foram de alternativas para Reserva Legal à situação nacional e internacional do mercado de madeira. O evento encerrou o Programa de Desenvolvimento Florestal realizado durante o ano. A primeira palestra ministrada pelo Engenheiro Agrônomo, especialista em sistemas agrossilvipastoris, Pedro Francio Filho - instrutor do Programa de Desen-

volvimento Florestal - abordou a utilização de madeira na propriedade rural, construção civil e arquitetura. “Em outros países a madeira é mais valorizada e totalmente utilizada, desde os galhos mais finos às toras. Devemos aplicar esse conceito aqui também”. Em um segundo momento, o engenheiro de madeiras da TW Brasil, Eugênio Alfredo Geisse Rilling falou sobre o cenário nacional e mundial do mercado da madeira. “Trouxemos as tendências da produção madeireira e ainda alguns produtos da TW para visualização dos produtores”.

Fechando a noite, a engenheira agrônoma especialista em meio ambiente, Mary Cobra Silvia Ferro, apresentou aos produtores, alternativas viáveis e concretas para Reserva Legal (RL) e Áreas de Preservação Permanente (APP). “A partir da legislação vigente, mostramos algumas possibilidades de renda dentro de APP´s e RL”. O Programa de Desenvolvimento Florestal foi desenvolvido em 2011 através da parceria entre Sindicato Rural de Guarapuava, Cooperativa Agrária, Fertilizantes Heringer, Golden Tree Reflorestadora, Santa Maria Cia de Papel e Celulose, Universidade Estadual do Centro Oeste do Paraná e Viveiros Pitol.

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Foto: Paulo Cardoso/Painel Florestal

Confira depoimentos dos parceiros do programa: “A cultura de Nogueira Pecã é uma excelente alternativa de renda para a propriedade rural, pois apresenta baixo custo de implantação, linhas de créditos a juros baixos, prazos de pagamentos longos, resistência a doenças e pragas e um mercado em grande expansão. A Nogueira Pecã, conforme legislação brasileira, é permitida para plantio nas áreas de Reserva Legal, intercalando com árvores nativas. O Programa de Desenvolvimento Florestal, desenvolvido pelo Sindicato Rural de Guarapuava, é de extrema importância para nós dos Viveiros Pitol, pois além da obtenção de renda para locais com reflorestamento, nos preocupamos com a preservação do meio-ambiente e a recomposição da Reserva Legal através das áreas de preservação permanente. Ressaltamos também que através do programa, valorizamos nosso local e estimulamos o ecoturismo”. Tamara Pitol Viveiros Pitol – Anta Gorda/RS

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“Em 2010 o Programa de Desenvolvimento Florestal teve a participação de um público direcionado que estava realmente interessado na implantação de florestas. Levar as palestras para as cidades de Candói e Cantagalo, promovendo uma maior divulgação do conhecimento. Para a Santa Maria, o programa é fundamental para conhecer os produtores que implantarão florestas, já que poderão ser futuros parceiros na venda de lenha. A indústria está crescendo e a demanda de madeira vai aumentar. Por isso, consideramos importante esse fomento. Esperamos que o programa tenha ainda mais visibilidade em 2012, com uma nova estrutura e novos cursos”.

“Com relação à Agrária, para nós é importante o desenvolvimento do setor de florestas na região. Assim, é possível suprir a demanda de madeira para energia; para o produtor é mais uma opção de renda na propriedade. O Programa de Desenvolvimento Florestal é importante porque traz novas tecnologias e informações para fortalecer o setor florestal da região”. Elson Luiz Tussolini Coordenador florestal da Cooperativa Agrária

“Acredito que esse curso ajudou muito, pois abordou varias vertentes do mundo florestal, desde consórcio com agricultura/pecuária e o uso da madeira de forma a agregar maior valor no produto florestal. O programa proporcionou uma visão ampla do que está acontecendo com as nossas florestas e as do mundo inteiro. Os participantes puderam tirar dúvidas, tais como plantio de forma adequada, tamanho de cada berço, espaçamento, poda, desbastes e comercialização, legislação florestal, o que pode ser feito e o que não pode dentro do mundo florestal. Espero que em 2012 esse programa possa ser tão produtivo como esse que encerrou agora”. Luis Carlos Vatrin Sócio-gerente da Golden Tree Reflorestadora

“A região de Guarapuava propicia a implantação de sistemas agrossilvipastoris. Além de somar renda à propriedade, torna a agricultura mais sustentável, traz benefícios para o solo e para os animais. Por ter um clima instável, a implantação de florestas e de sistemas agrossilvipastoris contribuem para estabilizar o microclima da propriedade. A iniciativa do Sindicato Rural de Guarapuava é muito importante, assim como foram as pesquisas iniciadas há 15 anos pela Unicentro e Cooperativa Agrária na área de integração lavoura-pecuária, que se difundiu pela região e pelo Estado. O Programa de Desenvolvimento Florestal pode ser o divisor de águas do sistema de produção local, uma nova forma de ver a produção na propriedade. Do ponto de vista da Universidade, o sistema agrossilvipastoril ainda tem uma atividade tímida no meio acadêmico por algumas restrições do entendimento do funcionamento completo do sistema. O programa propicia o treinamento dos produtores e a implantação de áreas pilotos, propicia as aulas práticas de plantio, desrama, desbaste e colheita. Esses treinamentos certamente trarão um diferencial para a formação dos alunos e no resultado da propriedade rural da região. Dentro do sistema agrossilvipastoril, cada elemento – lavoura, pecuária e floresta – não pode ser pensado isoladamente e sim de forma conjunta, para o funcionamento integrado do sistema” Sebastião Brasil de Campos Lustosa, Professor do departamento de Agronomia (DEAGRO) da Unicentro/Diretor do Câmpus Cedeteg

“O Programa de Desenvolvimento Florestal é muito importante para os produtores, pois com ele podemos otimizar as propriedades rurais. Há tempos atrás não era utilizado fertilizante nesse segmento, sendo que hoje em dia sabemos da importância do mesmo. A Fertilizantes Heringer apoia e aposta nessa parceria com o Sindicato Rural para conseguirmos uma maior produtividade nesse setor”.

Leticia Henriques de Moura Caloy e Silva Supervisor Comercial Trainee/Fertilizantes Heringer

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Foto: Bruno Hilgemberg

Giovanni Stringari Coordenador florestal da Santa Maria Cia. Papel e Celulose


[Meio ambiente e agropecuária]

Manejo Sustentável da Reserva Legal

Uma alternativa de renda para a propriedade rural Mary Silvia Ferro Engenheira Agrônoma, especialista em meio-ambiente, agroecologia e plantas medicinais. Email: mary@unisafeagronegocios.com.br

R

ESERVA LEGAL – Ao ouvir esta palavra, muitos produtores ficam de “cabelo em pé”; entretanto, em plena discussão sobre a modernização do Código Florestal aprovado em 1965, muito se comenta sobre a funcionalidade ambiental desta área ou sobre o impacto que sua implantação pode causar a produção agropecuária brasileira, contudo, pouco se fala a respeito da lucratividade que ela pode gerar ao empreendimento agropecuário. As vantagens da utilização sustentável da Reserva Legal não vêm sendo usufruídas pelos produtores rurais, devido à falta de informação e de assessoria técnica especializada. A Instrução Normativa nº 4 de 8 Setembro de 2009, regulamentou e estabeleceu critérios técnicos para utilização da vegetação da Reserva Legal sob regime de manejo florestal sustentável, possibilitando ao produtor a oportunidade de diversificar seu negócio e fomentar sua renda através a exploração com finalidade comercial. Inúmeras são as possibilidades de exploração, como a utilização de espécies exóticas, tais quais Pinus, Eucalipto, Nogueira Pecan, que quando consorciadas com nativas medicinais como: Espinheira-Santa (Maytenus ilicifolia), Pata-de-vaca (Bauhinia forficata), Café-de-bugre (Casearia sylvestris), Guaco (Mikania pachystachya) ou nativas com potencial alimentar como Aroeira Pimenta (Schinus terebinthifolia) e araucária (Araucaria angustifólia), proporcionam ótima rentabilidade, pelo fato de possuírem grande valor agregado e já terem suas propriedades terapêuticas comprovadas, além é claro de boa aceitação no mercado. Simultaneamente a apicultura, que

durante anos vem contribuindo a perpetuação de espécies vegetais e também pelo aumento da produtividade em cultivos agrícolas, devido à polinização, pode ter seu potencial explorado em áreas de Reserva Legal, disponibilizando ao produtor a utilização de produtos como o mel, geléia real, própolis. A possibilidade de aumentar receitas e promover a diversificação na propriedade rural através do manejo sustentável da Reserva Legal é real e viável, levando em consideração o fato que o estado do Paraná é o maior produtor de plantas medicinais cultivadas, a demanda crescente por produtos florestais e que a agricultura sustentável é uma tendência mundial,

concluímos que investir neste componente da propriedade e “enxergá-lo” como um grande negócio, pode trazer ao produtor rural novas perspectivas.

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[Mudas e sementes]

Uma floresta rentável começa com semente de qualidade

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á 12 anos, a Golden Tree Reflorestadora atua no mercado florestal. Hoje é reconhecida como a maior produtora de Eucaliptus benthamii do Brasil e maior empresa privada a produzir sementes dessa variedade. Mas uma empresa que se destaca nacionalmente no setor não possui somente uma opção de plantio para silvicultura. A Reflorestadora também produz mudas de Pinus ellioti, Pinus taeda e Eucaliptus dunnii. A seleção das variedades é criteriosamente realizada para que o produtor ou investidor florestal obtenha bons resultados na silvicultura . Para gerar uma árvore saudável é preciso de uma muda de qualidade, oriunda de sementes também de qualidade. As sementes são adquiridas de empresas renomadas como a Rigesa, origem conhecida que confere confiança para o produtor. Para falar sobre o assunto, a REVISTA DO PRODUTOR RURAL DO PARANÁ entrevistou o assistente de pré e pós vendas de sementes e mudas florestais da Rigesa, André Ricardo Staskoviam. Confira:

RPR: Como iniciou-se a produção de sementes de Pinus e Eucalipto pela MWV Rigesa? Staskoviam: O trabalho começou a ser desenvolvido entre as décadas de 1950 a 1960, quando testes com 62 espécies diferentes de coníferas resultaram na escolha do Pinus taeda e do Pinus elliottii como as espécies mais indicadas para o Sul do Brasil. RPR: Quais são as espécies produzidas pela empresa? A que regiões se aplicam? Staskoviam: As espécies produzidas são: Pinus taeda e Pinus elliottii; Eucalyptus dunnii e Eucalyptus saligna. As quatro aplicam-se à região Sul do Brasil. RPR: Como se dá o processo de produção das sementes dessas árvores? Staskoviam: A empresa possui pomares de Pinus e Eucalyptus destinados para único fim de produzir sementes destas espécies. Os processos de colheita, beneficiamento e armazenagem das sementes florestais seguem normas e rigorosos padrões de controle, garantindo assim a qualidade do produto final. RPR: Qual o diferencial das sementes da MWV Rigesa? Staskoviam: As sementes de pinus apresentam como diferenciais das sementes do mercado as seguintes características: maior produtividade, ausência de bifurcação, ausência de rabo de raposa (Foxtail), troncos mais cilindricos e homogêneos, desrama natural; além de serem totalmente adaptadas para atender a todas as finalidades da indústria de madeira com menor custo de produção e maior aproveitamento da floresta. RPR: Qual a capacidade de produção anual de sementes?

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Staskoviam: A produção anual da MWV Rigesa é de 2.000 kg de sementes de Pinus taeda geneticamente melhorada e 100 kg de Eucalyptus dunnii e saligna para atender a demanda de mercado do Sul do Brasil. RPR:Em quais outros segmentos a empresa atua? Staskoviam: Rigesa, Celulose, Papel e Embalagens Ltda é uma subsidiária do grupo norte-americano MeadWestvaco Corporation e opera no Brasil desde 1942 com duas fábricas de papel, cinco fábricas de embalagens de papelão ondulado e uma fábrica de embalagens de papel cartão, fornecendo embalagens para empresas dos segmentos, alimentício, frutas in natura, limpeza, cosméticos, saúde, produtos químicos, eletroeletrônicos e têxtil, entre outros. Com sede em Campinas, SP, possui 54 mil hectares de terras plantadas certificadas pelo Cerflor – Programa Brasileiro de Certificação Florestal – e 19 escritórios comerciais pelo País. Emprega mais de 2.700 funcionários e ocupa o segundo lugar no mercado de embalagens de papelão ondulado no Brasil. RPR:Qual a espécie de Pinus que melhor se desenvolve na região? E de Eucalipto? Staskoviam: A semente de Pinus taeda geneticamente melhorada é a que melhor se desenvolve na região, desenvolvida a partir da melhor seleção de material genético da região Sul do Brasil, totalmente adaptada para atender a todas as finalidades da indústria de madeira com produtividade superior, menor custo de produção e maior aproveitamento da floresta. A semente de Eucalyptus que melhor se desenvolve é o Eucalyptus dunnii por apresentar excelente crescimento, tolerância a geadas, boa forma do fuste, além de ser indicada para fins energéticos, carvão bem como para uso em serrarias.


RPR:Como o produtor pode escolher mudas oriundas de boas sementes? Esse processo interfere no resultado final da silvicultura? Staskoviam: O produtor deve inicialmente procurar viveiros produtores de mudas que possuem registro no Renasem e que utilizam técnicas adequadas de produção das mudas. É importante que o produtor/investidor florestal exija documentos que comprovem a procedência e qualidade das sementes utilizadas na produção. Toda a garantia de sucesso no investimento em florestas está diretamente ligada com a utilização de mudas com material genético de alta qualidade, afinal quando se utiliza de mudas sem procedência o resul-

tado no campo são florestas de baixa produção e qualidade. As sementes de Pinus taeda geneticamente melhoradas da MWV Rigesa apresentam índices de produtividade de 45

toneladas/ha/ano o que certamente garante retorno no investimento realizado, visto que as sementes sem procedência apresentam produtividades de 30 toneladas/ha/ano.

(42) 3624-1096 - www.goldentreereflorestadora.com.br


[Responsabilidade sócio-ambiental]

DuPont Natureza

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a Escola Aldeia do Sol, em Guarapuava, 40 alunos do ensino fundamental tiveram uma aula de conscientização ambiental, com teoria e prática no dia 24 de novembro. Na instituição de ensino, foi dezenvolvido o projeto “DuPont Natureza”, que tem como objetivo a formação de áreas verdes e sua proteção, o desenvolvimento de uma educação preservacionista, visando a sustentabilidade natural do projeto. “Falamos aos alunos sobre o meio ambiente, a importância da água e da manutenção das nascentes. Em seguida, com o auxílio dos professores e da equipe Du Pont, eles fizeram o plantio de algumas mudas frutíferas nativas da região em uma nascente de água da escola que estava desprotegida. Cada aluno adotou uma árvore, comprometendo-se a cuidas das mudas até que o bosque esteja formado”, informou Everton Roosevelt Bernini, representante comercial da Du Pont na região de Guarapuava. Para a diretora da escola, Dilcemeri Padilha de Liz, o projeto “DuPont Natureza” contribuiu para aumentar a consciência ambiental dos alunos, já que trouxe mais informações e uma ação prática que terá também resultados futuros”, elogiou.

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DuPont na Universidade No dia 18 de novembro, representantes da multinacional Du Pont estiveram na Faculdade Campo Real, em Guarapuava, ministrando palestra sobre o uso correto de defensivos, descarte de embalagens, meio ambiente e apresentando pesquisas que a empresa desenvolve para ajudar a humanidade nos próximos 30 anos. “Falamos também sobre a responsabilidade do engenheiro agrônomo ao utilizar um defensivo no campo, enfim, mostramos aos acadêmicos um pouco do que eles vão ter que enfrentar pós-formados”, explicou o engenheiro agrônomo Everton Roosevelt Bernini, representante comercial da Du Pont na região de Guarapuava. A palestra faz parte do projeto “DuPont na Universidade”, que visa contribuir com a capacitação de acadêmicos, oferecendo um aprofundamento na formação, com treinamentos relacionados a Manejo Integrado de Pragas, modo de ação dos produtos fitossanitários, tecnologia de aplicação de produtos fitossanitários, boas práticas agrícolas, perfil profissional e outros. A palestra foi ministrada durante o I Simpósio de Agronomia da Faculdade Campo Real. Com duração de quatro horas, atingiu 65 acadêmicos.


[Proteção]

Projeto EPI Syngenta

A

través de pesquisas sabe-se que hoje, no Brasil, a consciência e a cultura da importância do uso dos Equipamentos de Proteção Individual (EPI) ainda estão abaixo das expectativas e dos índices ideais. Preocupada com a questão, ciente da importância da proteção e segurança da vida do homem do campo, a Syngenta criou o Projeto EPI. O objetivo do Projeto é consolidar a conscientização de uso e garantir a distribuição de EPI junto aos clientes. O Projeto atua na política de distribuição da Syngenta, com revendas e cooperativas, estabelecendo quotas anuais que visam intensificar o compromisso e o incentivo ao uso de EPI. Estes são comercializados sem qualquer lucro para o distribuidor. Ainda como parte do projeto, a Syngenta firmou parceria com três fabricantes de EPI, regionalizando a venda e implementando política de treinamento através de palestras para técnicos da distribuição e agricultores. Até 1989, o profissional aplicador de fitossanitários podia contar apenas com o improviso, expondo sua saúde a diversos riscos. Foi então que a Syngenta assumiu a tarefa de desenvolver um equipamento de proteção eficiente, o EPI Tropical. Confeccionado em tecido 100% algodão, apropriado para climas quentes e hoje padrão de uso em todo mercado agrícola brasileiro, a Syngenta vem atualmente levando essa tecnologia

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para outros países da América Latina, da Europa e da Ásia. Outra ação importante tem sido a parceria dos fabricantes na adequação dos EPI’s para diferentes culturas, a exemplo dos desenvolvidos para cana-de-açúcar, rosas, tomate, batata e reflorestamento. Através de curso específico, criado em 2007, os 3 fabricantes realizaram, em parceria com a equipe de campo Syngenta, 283 treinamentos (de 1 ou 4 horas), atingindo 9.143 agricultores/técnicos. Esse programa de educação contou também com aplicação de pré e pós testes. A fim de garantir comprometimento da equipe de vendas dos distribuidores, criou-se o Stewardship do distribuidor, o qual possui responsabilidade direta sobre todo processo de comunicação e vendas de EPI.


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[Alho]

Encontro Nacional abordou produção de sementes e aspectos mercadológicos

O

XXIV Encontro Nacional dos Produtores de Alho, realizado na cidade catarinense de Frei Rogério no dia 04 de novembro, contou com a participação de guarapuavanos, como o secretário de Turismo Jeferson Rezende, Rui Rances, José Roberto dos Santos e Edgar Zuber, representantes da Inquima. Segundo Rezende, o evento abordou a produção de sementes livres de viroses e a questão mercadológica, que tem tido problemas pontuais relativos à entrada do alho chinês. Para a cerimônia de abertura esteve presente o deputado federal Valdir Colatto (SC), deputados estaduais, prefeitos da região, representantes do Minis-

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tério da Agricultura e da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Regional. Collato destacou a importância da cultura do alho para a região de Curitibanos e para Santa Catarina, lembrando que a atividade agrega renda para pequenos e médios produtores do Estado. Outra presença importante foi a de Rafael Jorge Corsino, presidente da ANAPA – Associação Nacional dos Produtores de Alho. Ele apresentou as atividades desenvolvidas pela entidade e as ações que estão em curso visando o fortalecimento do segmento e dos produtores. Produtores rurais do Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina e Goiás participaram do encontro.



[Trigo]

Stephanes defende política de médio e longo prazos para o trigo

O

ex-ministro da Agricultura, deputado federal Reinhold Stephanes (PSD/PR), voltou a defender, no dia 29 de novembro, que o Brasil precisa investir na busca da autossuficiência da produção de trigo. Por ser um produto sensível, junto com leite, arroz e feijão, Stephanes é a favor de que o trigo faça parte da agenda de governo e se consolide uma política nacional para o setor. Além de importante como rotação de cultura, o plantio do trigo, segundo o ex-ministro, contribui para a sustentabilidade da atividade agrícola por proteger o solo no período de inverno. “É uma atividade importante para o meio ambiente e sob o ponto de vista social e econômico, pelos empregos que gera e por permitir renda complementar ao produtor”, explicou. Stephanes destacou que a adoção de uma política para a produção de trigo contribui, também, para a segurança alimentar, pois caso ocorram problemas climáticos nas principais regiões produtoras poderá ocorrer elevação de preço. “Em 2008, quando adotamos ações para o setor no Ministério da Agricultura, a produção de trigo aumentou em 50%. Isso mostra a capacidade de resposta dos produtores quando se tem mercado, preço e incentivo”, destacou o ex-ministro. Ele lembrou, contudo, que mudanças nas regras da política de apoio à produção e comercialização do trigo devem ser claras e aplicadas dentro de um prazo que possam surtir o efeito esperado pelos produtores e consumidores. Stephanes participou da audiência pública na Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados, que discutiu a proposta de política para a triticultura, safra 2012/2013. Segundo ele, na ocasião, os três estados da Região Sul, grandes produtores, em conjunto com cooperativas e a Embrapa apresentaram um trabalho, que, além de fornecer um diagnóstico, constroem uma política consistente para o setor, que precisa ser aceita e articulada pelo Ministério da Agricultura, junto as demais instituições do governo federal. A audiência foi proposta pelo deputado Moacir Micheletto (PMDB/PR) e reuniu o presidente do Sindicato e Organização das Cooperativas Agropecuárias do Paraná, João Paulo Koslovski; Reino Péala Rae, assessor institucional da Associação Brasileira da Indústria de Trigo; Sérgio Roberto Dotto, chefe-geral da Embrapa Trigo e técnicos do Ministério da Agricultura e da Fazenda. Assessoria de Imprensa/Adélia Azeredo


Dou-lhe 1, dou-lhe 2, dou-lhe 3... O ano acabou! Hoje ofertamos paz, amor, saúde! Ao bater do martelo, deixe entrar o som da esperança! Que a disputa seja por ações de solidariedade! Que você arremate prosperidade! E que dê um grande lance para realizar todos os seus sonhos!

Agradecemos a confiança e fidelidade dos clientes em 2011. Boas festas! Equipe Gralha Azul

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[Hortifruticultura]

Um jeito diferente de vender tomates Ecologicamente correto

A

gente já viu pesque e pague, não é mesmo? Mas você já pensou em chegar em uma plantação e escolher o produto que vai levar para casa? Nessa plantação de tomates, você pode fazer isso! O agricultor Lourenço Lemler, do distrito de Entre Rios, Colônia Vitória, em Guarapuava, conta que a opção surgiu por acaso. “Antes nós mesmo colhíamos e deixávamos nas caixas para os clientes escolherem. Acontecia que muitos acabavam sobrando, ou por estarem muito maduros ou por estarem muito verdes... Por isso, decidimos entregar nas mãos do cliente um alicate e um balde. Assim ele mesmo colhe, depois pesamos e ele paga no final. Um balde cheio chega a pesar 10 kg”. A clientela é fiel. Segundo Lemler, há pessoas que vêm da cidade para buscar tomates. “Há ainda aqueles que levam para praia. O segredo dos tomates saborosos é a colheita do fruto maduro”. O horário de funcionamento é de segunda a sábado, o dia todo, e aos domingos até às 12h. O preço do quilo do tomate no colhe e pague é de R$ 3,00 e para entrega é de R$ 3,50 kg.

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Lourenço Lemler cultiva tomates ecologicamente corretos. Como assim? Calma, vamos explicar: Segundo o produtor, o agrotóxico apenas é utilizado na fase inicial do ciclo do tomate, quando a planta tem até 15 cm de altura, aproximadamente, para controlar lagartas e pulgões. Desse ponto em diante, ele aplica outros produtos naturais, como óleo de nin, extrato de alho, calda bordalesa, entre outros... Além desses agentes que ajudam a controlar as pragas, Lemler tem aliados alados. Nas estufas ele instalou alguns purungos que servem como casa para os passarinhos. “Os passarinhos ficam por tudo, no chão, nas plantas e comem as larvinhas e bicinhos. Alguns tomates acabam bicados, mas até esses têm proveito”. O ciclo de cada planta é de três meses. O plantio inicia em setembro e é realizado gradualmente. A colheita segue até o mês de junho. A produtividade, segundo Lemler, é de 8 a 10 kg de fruta por pé. Durante o ano são plantados cinco mil pés. “Temos 10% de perda. O que não é colhido é feito extrato, e nas épocas de maior colheita e movimento, alimentamos os porcos com as frutas restantes”. Para irrigar, ele utilizar o sistema de gotejamento. Lemler ainda aproveita e planta alface junto ao tomate. “A alface ajuda a manter a umidade do solo”. Para os dias de frio, as estufas são equipadas com aquecedores a lenha. Cada aquecedor tem capacidade para uma estufa de 1200m². “Eles que nos permitem a produção até em meses frios, como maio e junho”.


Já pensou em ter uma proteção completa em campo?

Milharal mais produtivo com a proteção de Nativo. E esta proteção completa de Nativo aumenta o placar da produtividade como nenhum outro. Pois só Nativo defende seu milharal contra a ferrugem e também contra a mancha branca e a cercospora. As doenças são muitas, mas a proteção é uma só. Nativo - Protege muito, contra mais doenças.

Faça o Manejo Integrado de Pragas. Descarte corretamente as embalagens e restos de produtos. Uso exclusivamente agrícola.


[Premiação]

Sicredi conquista pela terceira vez o Top de Marketing da ADVB-PR na categoria mercado financeiro Case Sicredi Seguros apresenta a estratégia que gerou crescimento de 40% na venda de seguros no primeiro semestre de 2011, em relação ao ano anterior.

O

Sistema de Cooperativas de Crédito – Sicredi - é o vencedor do Top de Marketing 2011 da ADVB-PR (Associação dos Dirigentes de Vendas e Marketing do Brasil – Seção Paraná) na categoria Mercado Financeiro. O Sicredi, que recebeu o prêmio em 2009 e 2010, concorreu este ano com o case “Sicredi Seguros”, que apresenta as estratégias e as soluções de marketing e comunicação utilizadas pelas cooperativas para a conquista de resultados acima do mercado no segmento de seguros. O case faz referência a dois momentos distintos da estratégia, o de ativação – com a realização de uma campanha interna de incentivo para impulsionar os negócios no primeiro trimestre do ano, acompanhado de duas ações de marketing em pontos estratégicos do estado paranaense, o litoral e as praias fluviais da região Oeste. E o de manutenção – com o a estratégia da equipe Sicredi Racing. A estratégia definida pelo Sistema foi ampliar a atuação no marketing esportivo, com a equipe de automobilismo Sicredi Racing, composta pelo piloto João Campos e seu filho Márcio Campos, para disputar o Mercedes-Benz Grand Challenge, de maio a dezembro de 2011, com o patrocínio do produto Sicredi Seguros e das seguradoras parceiras da Corretora de Seguros do Sicredi, Icatu e Mapfre. Segundo o superintendente de Desenvolvimento da Central Sicredi PR/SP, Maroan Tohmé, vários fatores relacionados à evolução econômica do brasileiro foram indicadores para a estratégia direcionada ao segmento de seguros, como o aumento da renda, do consumo, da expectativa de vida e do patrimônio da sociedade, tornando a necessidade de proteção ainda maior. “A estratégia definida trouxe resul-

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tados positivos além dos números de vendas, como a comprovação de que o direcionamento do foco e a dose certa de motivação trazem resultados importantes no primeiro trimestre do ano”, revela. O presidente da Sicredi Participações e Central Sicredi PR/SP, Manfred Alfonso Dasenbrock, afirma que a conquista do Top de Marketing 2011 da ADVB-PR, na categoria Mercado Financeiro, é um reconhecimento a um dos segmentos que mais cresce entre as instituições financeiras no Brasil. “O tricampeonato do Sicredi reafirma a credibilidade dos produtos e serviços

atrelados a valores do cooperativismo, uma comprovação de que a sociedade está ampliando o conhecimento sobre um modelo de atuação que participa no desenvolvimento socioeconômico, em especial na estimulação do empreendedorismo local, na criação de oportunidades de negócio, na distribuição de renda e na inclusão financeira”, destaca Dasenbrock. No Paraná e São Paulo - O Sicredi atua com 39 cooperativas nos dois estados, com 393 unidades de atendimento em 324 cidades, com um volume de recursos administrados de R$ 4,9 bilhões.

Sicredi é destaque em projeções econômicas Ranking da Agência Estado coloca o Sicredi entre as 10 melhores instituições em projeções de indicadores econômicos do País no terceiro trimestre de 2011 O Sicredi, novamente, figura no Ranking da Agência Estado, desta vez referente ao terceiro trimestre de 2011.Dentre as instituições participantes, o Sicredi ficou entre as dez melhores no ranking TOP 10 Básico, que leva em conta as projeções para quarto indicadores: IPCA, IGP-M, Selic e Câmbio. A proposta do ranking é premiar as instituições cujas projeções para os principais indicadores econômicos do País mais se aproximaram da realidade. De acordo com Alexandre Barbosa, gerente de AnáliseEconômica e Riscos de Mercado do Banco Cooperativo Sicredi, “a intensificação dos problemas econômicos e financeiros nos EUA e na Europa seguem desafiando a capacidade preditiva a respeito do cenário economic mundial e brasileiro. A presença do Sicredi no ranking sinaliza que, mais uma vez, estamos no caminho certo”, ressalta. O reconhecimento também reitera o destaque em rankings importantes, como o Top Five do Banco Central, concedido ao Sicredi em 2008, 2009 e 2010 pela acuracidade nas projeções econômicas.


Gente que Coopera Cresce: campanha institucional ressalta a essência do Sicredi A estreia aconteceu dia 23 de novembro, em filme de um minuto na TV Novos negócios surgem inspirados em ideais cooperativos. Hoje, as pessoas vivem em rede e o mundo está descobrindo cada vez mais a força da cooperação. A Organização das Nações Unidas (ONU) reconheceu sua expressividade ao eleger 2012 o ano Internacional das Cooperativas. “Estamos aproveitando esse movimento, que ganhará ainda mais espaço e visibilidade no próximo ano, para reafirmar, na nova campanha institucional do Sicredi, a nossa essência: gente que coopera cresce. As peças mostram as transformações que o mundo vem experimentando a partir da cooperação e colaboração das pessoas. Ligadas em rede, elas valorizam a susten-

tabilidade, a qualidade de vida e buscam, no cooperativismo, a inspiração para novos negócios, ideais e transformações. São valores que acompanham o Sicredi há mais de 100 anos, desde o início do cooperativismo no País”, declara Daniel Fuchs Ferretti, superintendente de Comunicação e Marketing do Banco Cooperativo Sicredi. A campanha foi desenvolvida pela agência Competence. “Vamos mostrar que cooperar é uma attitude moderna e também uma maneira inteligente e sustentável de viver. O filme não fala sobre o Sicredi, mas sobre um movimento mundial da cooperação, onde o Sicredi está inserido”, ressaltam Thiago Ferreira e Marcus Hubner, responsáveis pela

criação da campanha. O lançamento terá dois grandes movimentos. O primeiro envolve todos os colaboradores por meio de diversas ações de engajamento. O Segundo sera a estreia na mídia de massa, de um comercial de um minuto na programação nobre da televisão aberta. O comercial teve a direção do renomado Jarbas Agnelli da Ad Studio. Além do comercial de TV, a campanha conta ainda com jingle, spot, mídia externa, mídia impressa e um mix completo de merchandising para as unidades de atendimento, além de diversas ações online que poderão ser conferidas nas redes sociais e no hotsite www.gentequecooperacresce.com.br.

de atendimento), distribuídas em 10 Estados* - 881 municípios. No processo de integração vertical, as cooperativas estão organizadas em cinco Cooperativas Centrais, uma Confederação, uma Fundação

e um Banco Cooperativo, que controla as empresas específicas que atuam na distribuição de seguros, administração de cartões e de consórcios. Mais informações no site sicredi.com.br.

Sobre o Sicredi O Sicredi é um conjunto de 120 cooperativas de crédito, integradas horizontal e verticalmente. A integração horizontal representa a rede de unidades de atendimento (mais de 1.100 unidades

* Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Tocantins, Pará, Rondônia e Goiás.

gentequecooperacresce.com.br

Baixe um leitor de QR Code em seu celular, aproxime o telefone do código ao lado e assista ao filme da campanha.

SAC Sicredi - 0800 724 7220 / Deficientes Auditivos ou de Fala - 0800 724 0525. Ouvidoria Sicredi - 0800 646 2519.

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[Literatura]

Uma lição de administração rural O livro ‘Administração Rural: Teoria e Prática’ é estruturado a partir de tópicos importantes para o planejamento e processo administrativo do produtor rural. O autor Roni Antonio Garcia da Silva é mestre em Administração de Empresa e professor titular da Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro). Com experiência na área de administração e especialista em administração rural, o professor explica que o livro é um embasamento das três principais áreas de importância para o produtor rural. “A primeira abrange questões sobre o capital de custo, pois o processo administrativo é essencial para o bom funcionamento de uma empresa; a segunda é a comercialização – o próprio dia a dia do agricultor e por último destaca-se ao projeto técnico, ou seja, como aplicar métodos para melhorar o seu negócio”, complementa. A obra visa adaptar as funções da administração moderna com a administração das empresas rurais. Segmentada em capítulos, aborda experiências profissionais, observações de técnicos agrícolas e administradores. É um livro dividido em cinco capítulos, sendo eles Generalidade sobre a agricultura, Capitais e custos, O processo empresarial, Comercialização e marketing e Como elaborar projetos na área do agronegócio. Além do conteúdo distribuído ao longo dos capítulos, a edição vem acompanhada de um CD. “Serve como um complemento, pois no CD podem-se encontrar modelos de análise e planilhas de custo de produção”, explica o autor. A obra, que está na sua segunda edição, já foi vendida para todo o Brasil, “inclusive para a Fundação Getúlio Vargas, uma das escolas precursoras da gestão do agronegócio”, complementa o autor. Os exemplares também são vendidos para a graduação e pós-graduação de algumas universidades. A primeira edição saiu em 2003, pela editora da Unicentro. A segunda edição em 2009, pela editora Juruá. E para o futuro já surgem novas ideias. “Planejo uma terceira edição, até começo de 2013, com a temática voltada para a gestão industrial do Paraná, destacando os principais aspectos e com objetivos mais práticos”, afirma. Segundo o autor, a obra surgiu da vontade e necessidade de compartilhar o conhecimento adquirido nesta área ao longo da vida. “O conhecimento precisa ser disseminado, desta forma eu não posso guardar pra mim o conhecimento de técnico agrícola, a vivência como agricultor, de administrador e de professor. Essa obra é uma forma que encontrei para compartilhar o saber”, define. O livro pode ser adquirido com o autor, por R$ 40,00, pelo e-mail ragarciasilva@yahoo.com.br ou pelo fone (42) 3623-3168/9977-4241

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[Leite]

Análise do ano e perspectivas Maria Silvia Cavichia Digiovani Eng. agrônoma da FAEP Assessora da Comissão de Bovinocultura de leite e Secretária do Conseleite Paraná.

S

e 2010 foi um ano totalmente atípico para o setor leiteiro, quando os preços ao produtor subiram na safra, antecipando o pico de preços e baixaram na entressafra. Em 2011 os preços mantiveram–se em patamares mais equilibrados, bem acima dos verificados em 2010, à exceção dos meses de abril e maio. Ver gráfico 1: Os fundamentos desse comportamento estão na oferta apertada e na demanda aquecida verificada em 2011. Pelo lado da oferta, o índice de captação em 2011 foi menor que em 2010 em todos os meses, tomando como base junho de 2004 =100, conforme gráfico 2.

Chuvas excessivas, estiagem e geadas que atingiram as regiões produtoras mais importantes impediram aumento mais significativo dos volumes captados pelas indústrias. O quadro a seguir (Fonte IBGE) mostra que o aumento de captação nos 1º e 2º trimestres de 2011, em relação aos mesmos para 2010, foi significativamente menor que a variação da captação de 2010 em relação a 2009, tanto no Brasil quanto no Paraná. No Brasil a captação do 1º trimestre de 2010 foi 6,8% maior que igual período de 2009. Já em 2011 o volume captado no 1º trimestre apenas aumentou 4,1% em relação a 2010. No 2º trimestre a diferença foi ainda mais marcante: 14,26% de aumento de captação de 2009 para 2010 e apenas 2,57% de 2010 para 2011. No Paraná as diferenças foram mais acentuadas: De 2009 para 2010 a captação no 1º trimestre aumentou 17,85% e de 2010 para 2011 apenas 4,84%. No 2º trimestre a diferença acentuou-se: de um aumento de 29% verificado de 2009 para 2010, caiu para 3,95% de 2010 para 2011. Captação de leite inspecionado (mil litros) por trimestre no Brasil (BR) e Paraná (PR):

Anos

1º trimestre BR

Gráfico 1

PR

2º trimestre BR

3º trimestre

PR

BR

4º trimestre

PR

BR

PR

2009

4.932,7

476,4

4.294,7

410,8

4.895,6

520,3

5.478,7

558,8

2010

5.269,8

561,4

4.907,2

529,7

5.193,9

632,4

5.604,6

626,8

2011

5.485,5

588,6

5.033,5

550,6

*

*

*

*

Cresc. 2010/2009

6,8

17,8

14,3

28,9

6,1

21,6

2,3

12,2

Cresc.2011/2010

4,1

4,8

2,6

3,9

*dados ainda não divulgados

Ao mesmo tempo, a demanda manteve-se aquecida, mostrando a grande força do mercado interno que foi capaz de segurar os preços aos produtores em patamares elevados, não obstante os recordes de importação láctea verificados. No mercado externo os lácteos foram comercializados a preços superiores que os de 2010. Tomando como exemplo o leite em pó, produto mais comercializado internacionalmente, o gráfico abaixo divulgado pela FAO referente ao produto da Oceania, mostra a evolução dos preços. (Os preços da Oceania são balizadores internacionais).

Gráfico 2

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Leite em pó integral comercializado pela Oceania.

Alfredo Jungert

Mesmo com preços mais elevados, os industriais brasileiros concretizaram poucas exportações em 2011 em função da valorização do real frente ao dólar, não obstante a grande demanda mundial, principalmente da Índia e China. O maior preço do leite em pó no ano foi R$ US$ 4.600,00/ tonelada praticado em março, o que convertido para real (1,6590R$=1US$) dá R$ 7.631,40, sem considerar os custos de exportação. No mesmo período o produto era comercializado no mercado interno a R$7.700,00/t. No mês de março, segundo dados do CESEX/ Milkpoint, o Brasil exportou pífias 31 toneladas de leite em pó integral e importou do Mercosul 3.017 toneladas, ao custo de US$ 3.705,00/t, ou R$ 6.147,00/tonelada. As importações continuaram elevadas durante todo o ano, ao ponto da balança comercial registrar um dos piores resultados dos últimos 10 anos. De janeiro a outubro foram exportados 34,9 mil toneladas de produtos lácteos e importadas 132,7 mil toneladas, déficit de 97,8 mil t. Em dólares o déficit foi de 405,5 milhões. Leite em pó foi o produto mais importado, totalizando 74,7 mil toneladas, em seguida vieram os queijos com 29,8 mil t e soro de leite com 18,4 mil toneladas. Os maiores fornecedores foram Argentina e Uruguai. Para 2012 o mercado internacional deverá se manter aquecido, segundo analistas do setor, puxado principalmente pelas demandas da nova classe média da China e Índia, não devendo ser influenciando pela crise europeia. O crescimento da classe média brasileira também estimula o mercado interno de lácteos, o que permite a projeção de um ambiente favorável para produtores e indústrias em 2012, sobretudo para os que já se convenceram que gerenciamento de custos, sustentabilidade e qualidade é o tripé que garante resultados positivos em qualquer atividade.

CONSELEITE No Paraná, o Conseleite segue balizando os preços aos produtores de leite há quase uma década, divulgando os valores referência para a matéria prima que são a base de comercialização de todo o Estado. Em 2011, segundo o CEPEA, durante a maior parte do ano os produtores paranaenses receberam preços situados entre o valor de referência e o maior valor de referência.(gráfico). Nota: Para compor o gráfico, do valor bruto divulgado pelo CEPEA foi diminuído o valor de frete considerado pelo Conseleite, tendo assim todos os preços líquidos.

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[Aves]

“Ovo - O super alimento” Quebrando os mitos

Prof. Coord. Paulo Roberto Ost Acadêmicos: Leandro Klimionte Luciana do Amaral Oliveira Dalita Laurinha Schmöller Carlos Rodolfo Pierozan Leandro Paulo Dalla Costa

A

pós décadas sofrendo discriminação, o ovo ressurge gloriosamente. De acordo com a FAO (Food and Agriculture Organization), os ovos têm o melhor valor nutricional entre os alimentos. Durante anos o ovo carregou a imagem de vilão do coração. Seu consumo sempre esteve ligado ao aumento do colesterol, incidência de infartos, derrames e intoxicações alimentares. No entanto até hoje não foram encontradas evidências científicas que o colesterol existente no ovo possa aumentar o colesterol sanguíneo, até porque das gorduras presentes no ovo, a maior parte delas são monoinsaturadas, as ditas “gorduras do bem”, e o colesterol “ruim” está relacionado às gorduras saturadas e só um terço da gema

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do ovo contém esse tipo de gordura. O ovo também é um alimento altamente saudável, contém 13 nutrientes essenciais em quantidades variadas necessários para o bom funcionamento do organismo, incluindo proteínas de alto valor biológico, lipídios, vitaminas A, D e ácido fólico. Ainda, contém diversos minerais como fósforo, sódio, potássio, cálcio, magnésio, ferro e selênio, além do próprio colesterol, que é um tipo de gordura que desempenha um papel importante no organismo. Um relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) mostra que o ovo tem 14% menos colesterol e 64% mais vitamina D do que se imaginava. Além de nutrientes, o ovo tem substâncias carotenóides, como a luteína e a zeaxantina, que ajudam a prevenir a degeneração ocular, a principal causa de cegueira nos idosos. Recentemente se descobriu mais motivos pra incluir o ovo na alimentação, como por exemplo, a presença de colina, que é um nutriente importantíssimo no desenvolvimento cerebral do feto e da criança e, também, para a memória. A colina é indicado na prevenção das doenças neurodegenerativas,

como Alzheimer e Parkinson. Pesquisas realizadas pela Universidade de Alberta, no Canadá, constataram que o ovo também contém propriedades antioxidantes, que ajudam na prevenção de doenças cardiovasculares e contra o câncer. Uma unidade de ovo tem cerca de 130 miligramas de colina, enquanto uma posta de 100 gramas de salmão tem 56 miligramas. Juntamente com a colina, pode ser encontrado na gema triptofano, o aminoácido precursor da serotonina, a substância associada à sensação de bem-estar. Tantos benefícios aliados a pouca caloria, o ovo possui 75 Kcal apenas. Na década de 70 a American Heart Association (Associação Americana do coração) associou à ingestão de ovos ao aumento de doenças cardiovasculares, criticando seu consumo e impondo recomendações diárias do mesmo. Recentemente corrigiu o erro, dizendo que “não existe mais uma recomendação específica da quantidade de gemas que uma pessoa deve consumir por semana”. A infeliz associação fez que o ovo fosse esquecido pelos consumidores, sendo deixado de lado nas prateleiras dos supermercados. Após a comprovação dos benefícios que o ovo traz a saúde, países da América Latina começaram a incentivar o consumo, investindo em campanhas de conscientização sobre as propriedades nutricionais do ovo, e sua importância na dieta, visando também aumentar a produção das granjas. As campanhas obtiveram excelentes resultados em países como Panamá, México e Colômbia onde


o consumo de ovos per capita/ano saltou de 75, 242 e 116 para 110, 374 e 206 respectivamente. No Brasil se consome atualmente aproximadamente 140 ovos per capita/ ano, ou seja, ainda está bem aquém da recomendação da FAO, que está em torno de 190 ovos per capita/ano. Espera-se que esse número cresça cada vez mais, mas para que isso ocorra, é de suma importância incentivar e esclarecer à população que o ovo não é mais o vilão da saúde e, portanto, existem muito motivos para levá-lo a mesa. A meta para o Brasil é chegar a 206 per capita no ano de 2016. Segundo a União Brasileira de Avicultura, a estimativa para 2011 seria de 30,2 bilhões de unidades produzidas. Esse valor faz o Brasil o 7º maior produtor do mundo. De fato o ovo é um dos melhores alimentos que encontramos atualmente, mas assim como todos os alimentos deve ser preparado corretamente, e não deve ser consumidos em excesso. Ao comprar ovos deve-se sempre verificar sua origem, data de validade e se foram inspecionados pelos serviços oficias de fiscalização. Entre mitos e fatos sobre o consumo de ovos, muitas pessoas se privaram dos inúmeros benefícios que este alimento proporciona. Mas depois de muitos embates e discussões agora o ovo está liberado, frito cozido, mexido, no lanche, no café da manhã, no almoço na janta, OVO PODE! Pesquisadores britânicos da Universidade de Surrey, Reino Unido, excluíram a idéia definitivamente de que o ovo e o aumento do colesterol no sangue caminham junto. Pesquisas demonstraram que apenas um terço do colesterol sanguíneo provém da alimentação e que problemas cardiovasculares estão associados a outros fatores como maus hábitos alimentares, sedentarismo, fumo e obesidade. Atualmente o ovo ganhou outro triunfo, entrou para a lista dos alimentos que ajudam a emagrecer, o De-

partamento de Obesidade da Pennington Biomedical Research Center da Universidade do Estado de Lousiana, revelou que ao ingerir o alimento pela manhã as pessoas se sentem mais satisfeitas e ingerem menos calorias durante o dia. Na Bélgica pesquisas mostraram que ele também tem a capacidade de diminuir a ansiedade, fator que influencia diretamente no controle do peso. Outro fato que leva as pessoas deixarem de consumir ovos, é em função da salmonella, uma bactéria que pode levar a intoxicação. No entanto, o risco de um ovo ser contaminado por salmonella é muito pequeno. Com o manuseio correto e higiênico do ovo esse risco pode diminuir ou ser eliminado, até porque existem mais de 2500 tipos de salmonellas, que podem ser encontradas no trato digestivo de todos os animais, aves, seres humanos e vegetais. Depois de tantas pesquisas e confirmações sobre o bem que fazemos a nossa saúde quando incluímos ovos nas nossas dietas, notou-se que corremos mais risco quando ele não está presente nelas. Iniciou-se então uma luta incansável para corrigir o mal feito ao versátil produto chamado ovo. Inúmeras campanhas foram lançadas pelo mundo. No Brasil, em 2007, surgiu uma entidade sem fins lucrativos a fim de mudar a má fama do ovo “Instituto Ovos Brasil”, que têm a missão de diminuir a distância entre produtores e consumidores com o objetivo de promover o produto. O ovo ainda vai passar por grandes desafios até esclarecer definitivamente a todo o mundo, que foi condenado injustamente, por pessoas que tiram conclusões equivocadas e que, na realidade, estamos diante de um alimento capaz de originar uma vida. Cabe a todas as pessoas, que convivem direta ou indiretamente com este alimento tão democrático, informar e promover sua volta aos pratos mundiais, lugar de onde nunca deveria ter saído.

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[Esporte]

Tratorsolo I vence I Campeonato de Boliche do Sindicato Rural de Guarapuava As quatro equipes melhores colocadas foram premiadas

N

o dia 10 de novembro aconteceu a disputa entre os finalistas do I Campeonato de Boliche do Sindicato Rural de Guarapuava. A equipe Tratorsolo I ficou em primeiro lugar, seguida de Emater, Tratorsolo II e Produtores I. O jogador da equipe vencedora, Marcílio Dias Sampaio, comemorou o resultado e disse que campeonatos como esse ajudam no dia-a-dia. “O segredo foi participar com simplicidade e sem nervosismo. Os treinos ocorreram somente minutos antes dos jogos”, comentou. O torneio iniciou no mês de agosto, com oito equipes. Os jogos foram realizados às quintas-feiras. A primeira etapa do campeonato foi disputada em forma de pontos corridos. Os que acumularam maior pontuação foram classificados para a semifinal e final. Segundo Dias, os jogos às quintas-feiras vão deixar saudades. “O campeonato foi importante porque fizemos grandes amigos. Foram momentos de descontração, em que esquecemos um pouco dos problemas”, considerou. As premiações foram de três horas de boliche, um uísque Black Label e um troféu para o primeiro colocado. O segundo lugar levou troféu, duas horas de boliche e uma garrafa de vodka. O terceiro lugar também ganhou troféu, uma hora de boliche e uma torre de chopp. O quarto lugar ficou com um troféu. O coordenador do campeonato Kaio Ramalho, destacou que o evento foi positivo e salientou que o Boliche XV está a disposição para sediar novos campeonatos em 2012. “Vale a pena participar e não precisa saber jogar, porque o importante é a confraternização”, considerou.

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1º lugar - Tratorsolo I

2º lugar - Emater

3º lugar - Tratorsolo II


Desejamos um Natal de amor e paz! Que 2012 traga muita saúde e prosperidade! Boas produtividades, excelentes negócios! Equipe Agrofértil

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[Nutrição funcional]

Equilíbrio nutricional das plantas: chave para rendimento das culturas Tadeu Takeyoshi Inoue Dr. Solos e Nutrição de Plantas Universidade Estadual de Maringá - Departamento de Agronomia

O

agronegócio brasileiro nesta última década vem obtendo seus melhores resultados em relação ao mercado internacional. Este bom desempenho vem impulsionando o desenvolvimento de novos produtos, tecnologias e materiais vegetais, que são disponibilizados ao produtor rural a cada safra. Dentre os novos produtos desenvolvidos merecem destaque os novos cultivares de soja e híbridos de milho que tiveram algumas de suas características alteradas para atender a necessidade do mercado, como a precocidade e a elevação em seu potencial produtivo. A cultura da soja é um grande exemplo, pois até pouco tempo produzir 50 sc/ha era considerado por muitos um excelente rendimento, hoje no entanto a meta de muitos é superar os 75 sc/ha, ou seja, uma elevação de 50% no rendimento de suas lavouras. Assim, para que esta meta seja alcançada ou até mesmo superada é necessário que haja mudanças na forma de manejo aplicado às lavouras, fazendo com que expressem ao máximo possível de seu potencial produtivo.

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O rendimento final de uma lavoura envolve vários fatores, e com certeza o equilíbrio nutricional de suas plantas é um dos principais. Plantas equilibradas nutricionalmente estão menos pré-dispostas aos estresses causados por pragas ou alterações no ambiente (altas temperaturas, déficits hídricos e etc.). Apesar da principal forma de suprimento das plantas por nutrientes ser o solo, o fornecimento via tratamento de sementes e foliar, principalmente de micronutrientes, tem-se demonstrado uma ferramenta muito útil no manejo da lavoura. Se por um lado o solo é responsável por nutrir a planta durante todo seu ciclo, o tratamento de sementes e a aplicação foliar devem ser vistos como fonte suplementar, objetivando maximizar a atividade metabólica pontualmente nos estádios de desenvolvimento em que estes foram fornecidos. De modo geral, cada nutriente apresenta mais de uma função no vegetal. Para que estes, quando fornecidos via tratamento de sementes e foliar, possam

alterar positivamente a fisiologia das plantas é necessária a compreensão dos principais eventos que ocorrem a cada estádio fenológico da cultura. Assim os elementos fornecidos poderão atuar tanto desempenhando funções relacionadas ao crescimento como na proteção do metabolismo e estrutura vegetal. A recomendação correta dos nutrientes a serem aplicados presentes em formulações específicas, rigorosamente avaliadas em condições controladas e à campo, aliado a excelente padrão de qualidade, poderão resultar no incremento da produtividade da lavoura. Formulações quelatizadas e balanceadas quimicamente são importantes, pois possibilitam maior velocidade de absorção e assimilação dos nutrientes. O conceito NUTRIÇÃO FUNCIONAL está sendo desenvolvido e empregado levando em consideração os fatos citados acima. Visando proporcionar à planta a suplementação de nutrientes de forma que esta possa utilizá-los conforme sua necessidade. Ou seja, se o ambiente estiver propício ao seu desenvolvimento o

nutriente poderá atuar em rotas como a fotossíntese, mas caso esteja em condições de estresse, o nutriente se encarregará de ativar enzimas de defesa do organismo. Como exemplos de nutrientes podemos citar o zinco, que em condições favoráveis eleva a capacidade da planta de fixar CO2 do ar e consequente produção de reservas. Por outro lado se o ambiente estiver desfavorável este elemento poderá ativar mecanismos de defesa retirando do metabolismo da planta compostos conhecidos como radicais livres, que causam entre outros efeitos danos à estrutura e morte das células. Desta forma, o conhecimento técnico aliado a aplicabilidade dos produtos à campo é o principal objetivo no desenvolvimento da NUTRIÇÃO FUNCIONAL, ou seja: Disponibilizar ao produtor formulações balanceadas quimicamente que suplementem o metabolismo vegetal proporcionando a máxima expressão do seu potencial genético, seja pelo favorecimento de seu desenvolvimento ou pela manutenção de sua estrutura já existente.

“Trazendo tecnologia a serviço do homem do campo.”

Fone: (42) 3638 1153 Matriz: Candói

Filiais: Candói, Cantagalo, Virmond e Laranjeiras do Sul.

ATENÇÃO Este(s) produto(s) é(são) perigoso(s) a saúde humana, animal e ao meio ambiente. Leia atentamente e siga rigorosamente as instruções contidas no(s) rótulo(s), na(s) bula(s) e na(s) receita(s). Utilize sempre equipamento de proteção individual. Nunca permita a utilização do(s) produto(s) por menores de idade. Faça a tríplice lavagem das embalagens. Descarte corretamente as embalagens e restos de produto(s).

Produto de Uso Agrícola Consulte sempre um Engenheiro Agrônomo. Venda sob Receituário Agronômico

Representante CHEMINOVA nos municípios de atuação.


[Comunicação]

Oratória Os participantes aprenderam técnicas sobre como falar em público e construção de discursos Encerrou no dia 11 de novembro, o curso Trabalhador na Administração de Associações e Sindicatos Rurais - oratória para dirigentes sindicais. Produtores rurais, diretores e funcionários do Sindicato Rural de Guarapuava participaram do treinamento promovido pelo Sindicato Rural de Guarapuava e Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR). Foram repassadas técnicas sobre como construir um discurso e como falar em público. A instrutora, Sirley Machado Maciel, conta que cada aluno apresentou um discurso. “Primeiro eles formularam um discurso. Nós gravamos e assistimos. Depois do feedback eles reconstruíram o mesmo discurso. Houve uma melhora notável”. Segundo a participante Camila Azuri, o curso ajudou a perceber algumas situações que são comuns a quem precisa proferir um discurso, ou falar em público. “Tremor nas mãos, insegurança, vícios de linguagem... São coisas que pensamos que só acontece com a gente, mas isso é com todo mundo”. Além do desenvolvimento para falar em público, o curso visa a superação de dificuldades. Sirley parabenizou a turma: “Apesar de ser uma tur-

ma bastante heterogênea, agiram com companheirismo, entenderam a proposta do curso. Com isso, todos avançaram significativamente e superaram as dificuldades”. Destacando a importância de treinamentos como esse, a aluna Noélia Maria Cordeiro Marcondes, comentou:

“esses temas auxiliam e promovem o crescimento pessoal e profissional”. O presidente do Sindicato Rural de Guarapuava, Rodolpho Luiz Werneck Botelho, também avaliou positivamente o curso. “Treinamento de voz, postura, dicção, respiração... Tudo influencia na construção de um discurso claro”.

Comunicação e escrita Nos dias 21 e 22 de novembro, o Sindicato Rural de Guarapuava e o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR) realizaram o curso “Comunicação e Escrita”. Durante os dois dias, o professor de língua portuguesa Geraldo Xavier Silveira forneceu aos alunos informações sobre a forma correta de redigir cartas empresariais, e-mails e ofícios. “Os profissionais tem o costume de escrever cartas de uma forma muito culta, achando que é o correto. Mas isto não é o certo, devemos saber como se comunicar da maneira mais simples e objetiva possível, sem faltar com o respeito”, ensina. Segundo a participante do curso Gislaine Barbosa, as aulas trouxeram informações que vão lhe ajudar muito no ambiente de trabalho. “Eu relembrei muitas coisas que vi no colégio, mas também aprendi muita coisa nova, como o novo acordo ortográfico”, disse.

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Ensaio em Soja, realizado pela FAPA – Fundação Agrária de Pesquisas Agropecuárias A Fundação Agrária de Pesquisas Agropecuárias (FAPA) realiza experimentos anuais regulares, para avaliar a eficiência agronômica dos diferentes produtos utilizados pelos seus cooperados. Neste caso foi avaliada a eficiência agronômica do fungicida no controle de ferrugem asiática, com o aditivo-adjuvante TA35, comparando com o Óleo Vegetal Áureo. Foram testados volumes de vazões de 100 litros, 150 litros e, 200 litros por hectare; com o TA35 e com o Óleo Vegetal. Os resultados demonstraram que o TA35 atendeu as especificidades dos tratamentos, podendo substituir o Óleo Vegetal (a critério da recomendação técnica); e/ou compor com este, principalmente nos casos de aplicações sob condições adversas. Também foi possível observar que o tratamento com VV de 100 litros/ha – com TA35 pode ser uma interessante opção do manejo, desde que respeitadas às condições operacionais e ambientais. De acordo com o Pesquisador da FAPA, fitopatologista Ms. Heraldo Feksa, os tratamentos melhores foram sempre com o TA35, nos volumes de vazões de 150 litros e 100 litros por hectare, quando comparados com os volumes de 100 litros e de 200 litros por hectare com Áureo. A consistência deste Ensaio leva em conta resultados similares obtidos com outros experimentos realizados pela FAPA ao longo dos anos.

Soja Apollo RR

Controle sobre a ferrugem

Percentual de desfolha

Primeira aplicação: 18/02/2011 Segunda aplicação: 13/03/2011

Testemunha (severidade da doença)

85%

91%

Terceira aplicação: 25/03/2011

Fungicida+0,5% Áureo VV 100 L/ha

11%

75%

Colheita: 20/04/2011

Fungicida+05% Áureo VV 200 L/ha

6%

69%

Fungicida+40ml TA35 VV 100 L/ha

5%

61%

Fungicida+40ml TA35 VV 150 L/ha

3%

58%

Fazenda experimental da FAPA, Entre Rios/Guarapuava (Pr)

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s`

[Cursos SENAR]

Manejo correto de ovinos O Sindicato Rural de Guarapuava, através do convênio com o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR), promoveu o curso “Trabalhador na Ovinocultura – manejo de ovinos de corte” nos dias 24 e 25 de novembro. Segundo o criador Orseni Kuster a teoria é fundamental para o manejo de ovinos. “Eu trabalho há sete anos com ovelhas, mas não conhecia a parte teórica. Agora pretendo aplicar estas informações na propriedade”, informa. De acordo com a instrutora do Senar, Jaciani Klank, o criador deve conhecer a maneira correta do manejo para que ele tenha uma rentabilidade maior. “Antigamente o tempo para um borrego ir para o abate era de um ano. Agora, com o manejo correto, este tempo diminui para cinco meses. Isto ajuda muito o produtor no seu ganho”, explica. A segunda parte do curso ocorreu em uma propriedade da região. “Colocar em prática a teoria é uma forma de ensinar os temas de uma forma dinâmica, mostrando o que acontece na propriedade”, argumenta Jaciani.

Jaciani Klank - Instrutora

Piscicultura no Guará O Sindicato Rural de Guarapuava e o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR) realizaram nos dias 21 e 22 de novembro, o curso “Trabalhador na Piscicultura – sistemas de cultivo”. Segundo o instrutor do curso e zootecnista Sérgio Ricardo Hoppen, o objetivo é ensinar os alunos a criarem peixes em cativeiro, de acordo com o sistema de cultivo. “Atualmente temos novas tecnologias na área da piscicultura. O criador deve estar atento a estas mudanças para sempre aplicar a melhor forma de criação em sua propriedade”, argumenta. Para Hoppen, a piscicultura é mais uma forma que o pequeno produtor tem para aumentar os lucros de sua propriedade. “Com um investimento o produtor pode iniciar a criação de peixes em uma pequena parte de seu sítio”.

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[Carne nobre]

Festival do Cordeiro Cooperaliança: sucesso pelo 4º ano consecutivo No dia 11 de novembro, o 4ª Festival Gastronômico Carne de Cordeiro da Cooperaliança reuniu 800 pessoas, entre cooperados, convidados e amigos. O cardápio foi elaborado com pratos à base de carne de cordeiro, pelo cheff Kiko Dalla Vecchia, mostrando aos presentes diversas formas de preparo da carne que podem ser realizadas no dia-a-dia. Os convidados apreciaram como entrada o velouté de batata baroa com cordeiro no pão italiano, servido pelos alunos do Curso de Gastronomia da Faculdade Guairacá. A abertura oficial do evento foi realizada pela vice-presidente da Cooperaliança, Adriane Araújo Azevedo, agradecendo a presença dos apoiadores, parceiros e participantes. Ela salientou que o trabalho da Cooperaliança é marcado pela palavra ENTUSIASMO, cujo significado é inspiração divina. Após o jantar, o comediante Beto Pires contagiou a platéia com seu show de stand-up comedy. O evento finalizou com animação da dupla sertaneja Dinei e Alex.

Apoiadores: Tortuga - Marcio Essert / Sociedade Rural de Guarapuava - Josef Pfann Filho / Pionner Sementes - Roberto Hyczy Ribeiro / Sicredi - Sandra Piva / SEAB - Itacir José Vezzaro / Secretaria do Desenvolvimento Urbano - Cézar Silvestri / Batatas Guará - Celso Tateiva / Comercial Oeste - Silton Siqueira / AgroBrasil Currais - Alan Blanc / Cooperativa Agrária - Paul Illich / Faculdades Guairacá - Taiana Viana / Limger - Felipe Vieira / Sindicato Rural de Guarapuava - Rodolpho Botelho / Instituto Emater - Julcí Pires.

Novo produto O projeto Cordeiro Guarapuava aproveitou o evento para lançar o novo produto da Cooperativa: o “kit cordeiro”, ou seja, cortes de cordeiro embalados a vácuo e acondicionados em caixas personalizadas, que pode ser adquirido nos mercados clientes da Cooperaliança. A vice-presidente apresentou ainda o Departamento Técnico, composto por médicos veterinários e zootecnistas, responsáveis pela rastreabilidade e qualidade da carne desde a produção nas propriedades até o frigorífico e entrega do produto ao cliente.

Departamento Técnico: Marina Azevedo - médica veterinária / Germano Giacomitti - técnico agrícola / Adriane Azevedo – vice-presidente da Cooperaliança, segurando o kit cordeiro / Luciane Araújo - zootecnista / João Paulo Boese - veterinário

Cooperaliança Cordeiro Guarapuava Rua Vicente Machado, 777 - Trianon Guarapuava - PR (42) 3622-2443

Cooperaliança Novilho Precoce

Al Baden Wurttemberg - Vitória, 952 Entre Rios Guarapuava - PR (42)3625-1889


[Transporte]

Fórum sobre logística Evento mostrou os resultados da pesquisa de tarifas cobradas no transporte férreo e terrestre do agronegócio do Estado

O

presidente do Sindicato Rural de Guarapuava, Rodolpho Luiz Werneck Botelho, e o vice-presidente, Anton Gora, participaram do Fórum de Logística do Agronegócio Paranaense, promovido pela Federação da Agri-

cultura do Estado do Paraná (FAEP), no dia 21 de novembro. A primeira palestra tratou das perspectivas de exportação de granéis sólidos pelo porto de Paranaguá, pelo Dr. José Roberto Mendonça de Barros, da MB Associados. A segunda palestra foi proferida pelo Dr. José Vicente Caixeta Filho (ESALQ-LOG/USP), que apresentou o estudo encomendado pela FAEP, Ocepar e Alcopar de levantamento dos custos de transporte rodo e ferroviário do sistema agropecuário paranaense. Finalizando o evento, o secretário de Política Nacional de Transportes, Marcelo Perrupato, explanou sobre o Plano Nacional de Logística e Transportes (PNLT). O fórum foi realizado no Radisson Hotel Curitiba.

Comissão de Cereais Ainda em Curitiba, presidente e vice-presidente participam da reunião da Comissão de Comissão de Cereais, Fibras e Oleagionosas da FAEP. Segundo o coordenador do Departamento Técnico Econômico da FAEP, Pedro Loyola, foram discutidos temas como limite de tolerância de micotoxinas, política agrícola do trigo, seguro agrícola, buva e milho ardido, além de novidades sobre o meio ambiente e Código Florestal.

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[Trator]

Otimizando para melhor performance Mireile Dalzoto M.Sc Agronomia, Gerente do Suporte Técnico, Tratorcase Máquinas Agrícolas S/A Suporte-campo@tratorcase.com.br

“Tamanho dos pneus, conjunto de pesos junto com pressões ajustadas, terão impacto significativo no rendimento total do seu trator”

LASTREAMENTO Consiste em adicionar pesos no trator com o objetivo de reduzir a perda de força de tração, aumentar o rendimento operacional e diminuir os desgastes dos pneus reduzindo a patinagem. O lastreamento não pode ser excessivo, tendo em vista a compactação do solo e o maior consumo de combustível. A tabela abaixo fornece os valores ideais de patinagem, para os diferentes tipos de terrenos. Tipo de Superfície

Patinagem

Superfície asfaltada

5 a 7%

Superfície de solo firme

7 a 12%

Superfície seca e macia

10 a 15%

Há uma forma muito simples de verificar se o trator está patinando de forma adequada sobre determinado tipo de solo. 1. Quando o trator está muito leve a patinagem é alta e as marcas dos pneus não aparecem claramente no solo. (fig.1) 2. Quando o trator está pesado demais, as marcas dos pneus ficam muito definidas no solo. (fig.2) 3. O ideal são marcas definidas das barras no solo e sinais de deslizamento no centro. (fig.3)

1 2

Fig. 1

Fig. 2

TIPOS DE LASTRAGEM Lastreamento com água: Consiste em colocar água nos pneus conforme o recomendado pelo fabricante. O percentual de água nos pneus é determinado pela posição do bico em relação a superfície do solo. Lastreamento com pesos: Pode ser feito através de discos metálicos fixado nas rodas traseiras ou placas metálicas montadas na dianteira do trator. A quantidade de peso total colocado sobre o eixo dianteiro e traseiro nunca deve exceder o máximo recomendável. O peso máximo de trabalho do trator deverá estar ajustado para manter a gama de patinagem dentro do especificado. Tipo de Tração

Barra de Tração

Semi montado ou integral

Três Pontos ou Integral

4X2

25 / 75

30 / 70

35 / 65

4X4

35 / 65

35 / 65

40 / 60

Fig. 3

CAUSAS POSSÍVEIS DE PATINAÇÃO: 1. Desenho das garras dos pneus e/ou tamanho inadequado para operação ou tipo de solo; 2. Umidade momentânea do solo elevada; 3. Topografia irregular do terreno e/ou variação de textura do solo numa mesma área de trabalho; 4. Marcha ou rotação do motor inadequado para a operação; 5. Implemento super dimensionado para o trator ou mal regulado para a operação. Com relação ao tipo de pneu o modelo radial proporciona menor índice de patinagem, tendo em vista a maior área de contato do pneu com o solo. Em solo solto , apresenta índices de patinagem inferior ao proporcionado pelos pneus diagonais, quando submetidos aos mesmos níveis de força de tração. CORREA et al. (1997), afirma que pneus diagonais proporcionaram índices de patinagem 20% maiores que os pneus radiais quando submetidos às mesmas condições de trabalho.

Eng. Agr. Consultor da Stoller do Brasil Ltda e da ANPII. solon@scaconsultoria.com.br Eng. Agr. Depto. Técnico da Stoller do Brasil Ltda. vmartins@stoller.com.br

FONE: (42) 3629-8900 Rua Antônio Gaudi, 85 Revista do Produtor BR 277 - Km 341,7 - Guarapuava - PR Rural

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[Herbicida]

Controle de plantas daninhas na cultura da soja

E

m culturas de grãos como é o caso da soja, o controle inadequado de plantas daninhas é considerado um dos principais responsáveis por reduções nos índices de produtividade. Isso porque as plantas daninhas competem com a cultura estabelecida principalmente por luminosidade, água, nutrientes e espaço na lavoura. Essa competição é mais problemática nos estágios iniciais de desenvolvimento da soja e pode ocasionar perdas na produtividade de grãos que podem ser superiores a 80% além de dificultar o processo de colheita em alguns casos. Para evitar que as plantas daninhas causem prejuízos na produtividade de grãos de soja, é necessário que seja efetuado o controle, que pode ser realizado de forma preventiva, cultural, mecânica e química. Um dos fatores que devem ser levados em consideração no momento de efetuar o controle de plantas daninhas é o período crítico de competição, que nada mais é do que o período em que a presença das plantas daninhas na lavoura causa redução na produtividade de grãos da cultura. No caso da soja esse período crítico de competição, em geral, se estende dos 20 aos 60 dias após a emergência. Portanto, o controle dessas espécies deve ser eficiente durante o período crítico, pois a pesquisa indica que os maiores prejuízos são observados nesse período, e que após, a soja já apresenta adequada cobertura do solo e não é mais afetada pela competição. O método mais utilizado para controlar as plantas daninhas é o químico, através do uso de herbicidas. Para que a aplicação dos herbicidas seja segura, eficiente e econômica, alguns fatores devem ser analisados como é o caso do conhecimento prévio das plantas daninhas predominantes, que é a condição básica

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para a escolha adequada do produto. Outro ponto importante a ser considerado, é que a eficiência dos herbicidas aumenta quando aplicados em condições favoráveis ao desenvolvimento das plantas. É fundamental também que se conheçam as especificações do produto antes de sua utilização e que se regule corretamente o equipamento de pulverização, para evitar riscos de toxicidade ao homem e à cultura. Dentre as plantas daninhas que mais causam prejuízo à cultura da soja, estão as espécies do grupo das gramíneas (folhas estreitas), especialmente pelas características de rápido crescimento, capacidade de perfilhamento e grande capacidade de competição com a soja por água, luz e nutrientes. Como exemplo de plantas daninhas desse grupo, podemos citar o capim colchão (Digitaria horizontalis), capim amargoso (Digitaria insularis) e capim carrapicho (Cenchrus echinatus). O controle dessas gramíneas que competem com a cultura da soja pode ser realizado em pós emergência, com a utilização de herbicidas do grupo dos inibidores da enzima ACCase. Esses herbicidas controlam gramíneas e são seletivos às plantas dicotiledôneas como é o caso da soja e feijão. Dentre as opções de produtos que os agricultores possuem está o Panther® 120 EC, um herbicida sistêmico à base de Quizalofope-P-tefurílico (120 g/L). Umas das grandes vantagens do uso do Panther® 120 EC é a rápida absorção do produto pelas plantas, fazendo com que a ocorrência de chuva a partir de 2 horas da aplicação, não afetam o desempenho. Outra vantagem é o amplo aspectro de ação do produto, que apresenta alta eficiência de controle, tanto de gramíneas de ciclo anual, como de gramíneas perenes. A figura 1 mostra a eficiência do herbicida Panther® 120 EC no controle de capim

Figura 01 - Eficácia do herbicida Panther® 120EC em pós emergência de capim colchão (Digitaria horizontalis) na cultura da soja. Fotos aos 0, 7 e 14 dias após a aplicação (DAA)

colchão (Digitaria horizontalis) em condições de alta infestação na cultura da soja. Um ponto importante a ser salientado é que a eficiência dos graminicidas em geral, é altamente dependente da associação de óleo mineral emulsionável no momento da aplicação. O óleo mineral melhora a absorção do graminicida por permeabilizar as camadas de cera presentes na superfície das folhas, além de diminuir a evaporação e reduzir a ocorrência de deriva.


Desde a liberação e a conseqüente adoção do cultivo da soja transgênica resistente ao herbicida glifosato, a utilização da graminicidas em pós emergência na soja foi drasticamente reduzida. Porém, com o surgimento de espécie de plantas daninhas resistentes ao glifosato como é o caso do Azevém (Lolium multiflorum) nos estados do RS, SC e PR e mais recentemente o Capim Amargoso (Digitaria insularis) na região oeste do PR, faz-se novamente necessária a utilização desses herbicidas. Além disso, com a recente liberação de híbridos de milho também resistente ao glifosato, o uso desses herbicidas novamente se torna necessário, pois essa espécie poderá se tornar uma planta daninha na cultura da soja, a exemplo do que já ocorre em outros países como é o caso da Argentina. A figura 2 mostra a eficiência do herbicida Panther® 120 EC no controle de Azevém (Lolium multiflorum) em estágios de 1 a 3 perfilhos. Os resultados mostram a alta eficiência do produto dessa espécie, especialmente na dosagem de 0,7 litros por hectare.

Figura 02 - Eficácia do herbicida Panther® 120EC em diferentes dosagens no controle de Azevém (Lolium multiflorum) em pós emergência na cultura da soja (UFRGS, 2002)

O herbicida Panther® 120 EC está registrado no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (M.A.P.A) para uso em pós emergências nas culturas de soja, feijão e algodão, para controle das espécies capim colchão (Digitaria horizontalis), capim pé-de-galinha (Eleusine indica), capim amargoso (Digitaria isularis), capim carrapicho (Cenchrus echinatus) e o capim marmelada ou papuã (Brachiaria plantaginea), capim braquiária (Brachiaria decumbens) e capim oferecido (Pennisetum setosum). Além disso, encontra-se em processo de registro para controle de Azevém (Lolium multiflorum) e do milho resistente ao herbicida à base de glisofato.

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[Araucária - origem]

Apresentação Araucarilândia Sebastião Meira Martins, historiador e produtor rural

Matéria explícita do conhecimento F. C. Hoehne Chefe da seção de botânica e agronomia do instituto biológico de defesa agrícola do estado de São Paulo.

ESTUDO DA FLOR E FITOFISIONOMIA DO BRASIL O gênero araucária abrange apenas dez espécies de árvores dispersadas em várias regiões da “América e Austrália”. As quais podem ser agrupadas em duas seções distintas pelo modo de germinar, forma de ovário das folhas. A saber: 1º Colymbea, com germinação subterrânea ou hypógea, ovário desprovido de alas e folhas dos ramos estéreis lanceoladas. 2º Eutacta, com germinação epígea; ovário de lados alados e folhas de ramos estéreis tetrangulares, espiniformes e nos férteis mais ou menos escamiformes. ESPÉCIES FLORESTAIS NATIVAS DA REGIÃO DE GUARAPUAVA Levantamento de várias espécies florestais nativas do centro oeste do estado do Paraná. E vários municípios limítrofes do município de Guarapuava. Descrição das espécies selecionadas. ESPÉCIES PRIORITÁRIAS PARA EXTRAÇÃO E REFLORESTAMENTO PINHEIRO Pinheiro do Paraná – Família: Araucariáceas (Araucanaceae) Nome científico – Araucária angustifólia (Bertonini) Otto Kuntze. Descrição: árvore alta, atinge 25 a 50m de altura. Diâmetro: 1 a 2m ou mais, tronco cilíndrico em geral, forma de cone (conífera), reto, raras vezes ramificado (filhos); casca grossa (até 15 cm), resinosa, cinzenta escura, esta superfície externa casca se desprende em placas. O pinheiro é uma árvore de características morfológicas que lhe conferem aspecto e hábito diferenciado das espécies latifoliadas (folhosa), juntamente com o pinho-bravo. Considerando-se que a Araucária brasiliana, Rich, já é por natureza, uma companheira inseparável da “imbuia”, é lógico que se possua cultivá-la em socie-

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dade ou promiscuidade com ela, e com imensas vantagens para ambas. Quando se quiser fazer isso, é, porém, conveniente, criar a “imbuia” em viveiros e trazê-la em cestas para as culturas na ocasião em que se plantam os pinhões. A “imbuia” tem mesmo no Paraná e Santa Catarina, muitos parentes da família das “Laurácias”, que partilham muitas vantagens com ela. Que poderiam igualmente ser aproveitadas na formação das florestas artificiais, como as vimos planejando. Outra planta que poderia e deveria ser associada ao “Pinheiro” e a “imbuia” é o “mate” (Ilex paraguariensis, St. Hil.) que também concorreria para compensar o tempo que mora e a manutenção das florestas artificiais. Ela poderia ser plantada em linha entre as da “araucária”. Nota: Há também dois nomes botânicos: Araucária brasiliana e Araucária angustifólia sendo que o último prevalece atualmente. Com a carta régia de 13 de março de 1797, já o vice-governador do Brasil D. Antônio Álvares da Cunha recomendava que a construção das naus se fizessem com o pinho de Curitiba e exaltava a excelência desta madeira, sobretudo na maestração e nas peças mais delicadas. Esses pinheiros só poderiam ser usados em proveito da coroa, isto é a marinha e da sua fazenda. Daí o nome “Paus Reais e de Lei”, hoje “Madeira de Lei”. O primeiro exemplar de pinheiro encontrado no Brasil foi no monte Corcovado, na cidade do Rio de Janeiro e foi levado ao museu de Bolonha- Itália por Domingos Raddi e consta que até hoje se encontra em perfeito estado. O 1º Congresso Florestal dos Municípios do Brasil foi realizado na cidade de Guarapuava, 9 de dezembro de 1956. (discurso pronunciado no encerramento, pelo político guarapuavano – Antonio Lustosa de Oliveira).


[Inseticida]

A importância do manejo de percevejos na cultura da soja

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ssencial para a obtenção de bons resultados ao fim da colheita, o planejamento da safra se torna um grande aliado dos produtores de soja na prevenção contra pragas. Entretanto, quando não realizado corretamente, pragas remanescentes da entressafra tendem a agir na próxima cultura a ser plantada, causando baixo rendimento, má formação dos grãos e vagens, além de afetar o amadurecimento da soja, que permanece verde no momento da colheita. Diante deste cenário, os percevejos ganham maior importância econômica a cada safra de soja e preocupam os agricultores, devido à biologia da praga e a complexidade de controle na cultura. Atualmente, na região Sul do Brasil a população de percevejo predominante na cultura da soja é a do percevejo marrom (Euschistus heros), com populações variadas em quantidade durante todo o ciclo da cultura, o que não ocorria no passado. De acordo com a Embrapa Soja, os percevejos passam pela fase de ovo, ninfa (composta de cinco estádios – ínstares), e fase adulta. As ninfas apresentam coloração variada com manchas distribuídas pelo corpo, completando o desenvolvimento em cerca de 25 dias. Os adultos iniciam a cópula em 10 dias e as primeiras oviposições ocorrem após 13 dias. Apresentam longevidade média que varia de 50 a 120 dias e número de gerações anuais de três a seis dependendo da região, sendo as fêmeas, em geral, maiores que os machos. A incidência de percevejos na cultura tem início desde o estágio vegetativo e pode causar prejuízos até o final do ciclo da cultura. Segundo a Embrapa, com o aparecimento das primeiras vagens, a população de insetos começa a se ampliar, representando grande alerta

* André Angonese é agrônomo de Desenvolvimento Mercado da Bayer CropScience

aos sojicultores, uma vez que nas etapas de desenvolvimento e enchimento dos grãos são quando os percevejos alcançam o pico populacional. Por estar na cultura desde o início, o manejo da praga na fase inicial da lavoura é fundamental, começando com a adoção de um bom tratamento de sementes, que viabilize o controle inicial de percevejos que podem comprometer o desenvolvimento das lavouras e prejudicar o potencial produtivo das plantas. Também é essencial fazer o monitoramento das lavouras para realizar o controle químico no momento adequado. O produtor deve ficar muito atento quando a soja entra em estádio reprodutivo, ou seja, início de florescimento. É nesta fase de desenvolvimento da cultura que o percevejo tem um grande aumento populacional, porque precisa ter o alimento preferencial (início de formação de vagens) para a reprodução de sua espécie. É importante também que o produtor tenha em mente que, além de produto, práticas de manejo como rotação de culturas, tecnologia e momento correto de aplicação, usar sempre doses recomendadas, são os atributos do sucesso no manejo dessa praga. Fazer aplicações somente no estádio de florescimento e sem acompanhar a evolução da praga dentro desenvolvimento inicial da cultura, pode comprometer de forma significativa a produtividade da lavoura, ou seja, não se obter os resultados de performance dos inseticidas aplicados para o manejo do percevejo. Como uma empresa de ciências agrícolas, a Bayer CropScience consegue oferecer ferramentas que contribuam para que o produtor possa obter o máximo potencial produtivo de sua lavoura. Como medida inicial para o manejo de

pragas da soja, a empresa disponibiliza o CropStar®, inseticida de tratamento de sementes, com ampla eficácia no controle do complexo de pragas sugadoras e mastigadoras; e Connect®, inseticida para o manejo de percevejos na cultura da soja.

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[Clima]

Condições climáticas ocorridas e tendências para os próximos meses - Dezembro – 2011 Luiz Renato Lazinski Meteorologista INMET/MAPA

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urante o mês de novembro, as precipitações ficaram abaixo da média no na maior parte do Estado. As menores precipitações foram registradas na região central do Paraná, onde os totais não passaram de 50 mm, entre o Norte Pioneiro, Centro-leste e Sul do estado as precipitações ficaram entre 50 e 100 mm, as áreas que registraram os maiores volumes foram o Sudoeste, Oeste e parte do Norte Paraná, com totais acumulados entre 100 e 120 mm. Estas chuvas foram provocadas basicamente pela passagem de algumas frentes, mas com fraca atividade. A distribuição das chuvas ao longo do mês, continuaram seguindo um padrão irregular, intercalando períodos de muita chuva, com períodos maiores sem precipitação. A umidade no solo vem se mantendo em níveis razoavelmente bons, o que tem de certa forma, favorecido o bom desenvolvimento das lavouras. As temperaturas, a exemplo dos últimos meses, continuaram apresentando variações extremas, intercalando perío-

dos de temperatura acima da média para época do ano, com períodos de temperaturas muito baixas. A primeira quinzena de novembro foi marcada por temperaturas abaixo da média, já na segunda quinzena do mês, as temperaturas ficaram acima da média em todo o Estado. As condições climáticas globais, continuam seguindo a mesma tendência observada em outubro, ou seja, em novembro a temperatura das águas da superfície do mar, no Oceano Pacífico Equatorial, continuaram mais frias que o normal para a época do ano. Esta configuração mantém a tendência de continuidade do fenômeno “La Nina”, conforme mostra a figura 01. Os prognósticos climáticos de grande escala, como podemos observar na figura 02, continuam indicando que este fenômeno deve continuar, pelo menos até meados do pró-

Figura 01 - Anomalia da temp. da superfície do mar, semana de 20.11.2011 a 26.11.2011. (Fonte: CPC/NOAA).

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ximo ano, atingindo sua fase madura no início de 2012. Com a continuidade do “La Nina” e, consequentemente, sua influência no clima ao longo de toda a safra de verão, continuamos com a tendência de precipitações abaixo da média, bem como, uma distribuição mais irregular das chuvas, para os próximos meses. Reiteramos que a ocorrência de queda de granizo é maior em anos como este. As temperaturas devem continuar apresentando os extremos observados nos últimos meses, intercalando períodos um pouco mais quentes para a época do ano com quedas bruscas de temperaturas.

Figura 02 - Prognóstico da anomalia da temperatura da superfície do mar. (fonte: CPC/NOAA).


[Direito ambiental]

Licenciamento Ambiental principais aspectos Franciele G. Lacerda de Pieri Advogada, Especialista em Direito Ambiental e Doutoranda em Direito. Professora da disciplina de Direito Ambiental. franciele@lacerdadepieri.com.br

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Licenciamento Ambiental é um procedimento administrativo pelo qual o órgão ambiental competente licencia a localização, instalação, ampliação e a operação de empreendimentos e atividades utilizadoras de recursos ambientais, consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras ou daquelas que, sob qualquer forma, possam causar degradação ambiental (artigo 1º, da Resolução CONAMA n.º 237/97). O Licenciamento Ambiental foi instituído pela Lei n.º 6.938/81, integrando o rol dos chamados “Instrumentos da Política Nacional do Meio Ambiente”. Além da previsão constante na referida lei, diversas resoluções do Conselho Nacional do Meio Ambiente disciplinam a matéria, como por exemplo as Resoluções 1/86 e 237/97. Quanto à aplicação das normas federais no âmbito estadual, assim ensina Leme Machado: “A intervenção do Poder Público estadual está integrada na matéria da Administração estadual. Entretanto, a legislação federal – no que concerne às normas gerais – é obrigatória para os Estados no procedimento da autorização.” (MACHADO. Paulo Affonso Leme. Direito Ambiental Brasileiro. São Paulo. Malheiros. 12 ed. 2004) Em regra, três distintas licenças são expedidas isolada ou sucessivamente no trâmite do procedimento licenciatório. A licença inaugural é a licença prévia (LP), com a qual é aprovada a localização e concepção do empreendimento; com a licença de instalação (LI), são autorizadas eventuais construções ou obras, e a licença de operação (LO) é a que efetivamente autoriza o início das atividades, cumpridas as exigências

das licenças anteriores e observadas as medidas de controle ambiental. Com o advento da Resolução CONAMA nº 237/97, foi estabelecido um rol das atividades sujeitas ao licenciamento ambiental (anexo I). No que se refere às atividades desenvolvidas no setor rural, diversos empreendimentos integram a lista, como por exemplo as atividades de extração e tratamento de minerais, atividades agropecuárias (projeto agrícola e criação de animais), exploração econômica de madeira, dentre outras. Ressalte-se que a forma e critérios para a exigência do licenciamento devem ser estabelecidos pelo órgão ambiental competente, conforme previsão do artigo 2º, §2º da Resolução 237. No que se refere às atividades desenvolvidas no meio rural, o órgão ambiental competente para estabelecer tais critérios e promover o procedimento licenciatório em regra é o órgão ambiental estadual (Instituto Ambiental do Paraná, in casu). Assim, a mesma resolução prevê que os empreendimentos realizados nas florestas e demais formas de vegetação natural de preservação permanente (artigo 2º do Código Florestal), como pode ocorrer por exemplo em casos de supressão de vegetação por utilidade pública ou interesse social, estando sujeitas ao licenciamento, este será realizado perante o órgão ambiental estadual. As licenças ambientais expedidas, ficam sujeitas ao regime de renovação, em regra periódico – no mínimo a cada quatro anos. O controle da validade das licenças em regra é realizado pela Administração Pública, no exercício do Poder de Polícia, mas também pode ser apreciado pelo Poder Judiciário. Nes-

se sentido, assim leciona Edis Milaré: “Destarte, a licença viciada, manchada de ilegalidade ou afrontosa ao interesse público não pode passar ao largo do poder de polícia interventivo da Administração, por evidente choque com direitos constitucionalmente assegurados.” (MILARÉ, Édis. Direito do Ambiente. São Paulo. 5 ed. RT. 2007) Para finalizar, é importante destacar que as condutas ilícitas relacionadas ao licenciamento ambiental, também são tipificadas como crimes contra a administração ambiental, previstos na Lei n.º 9.605 de 1998. O artigo 66 prevê crime próprio de servidor público que ao “fazer afirmação falsa ou enganosa, omitir a verdade, sonegar informações ou dados técnico-científicos em procedimentos de autorização ou de licenciamento ambiental”, ficará sujeito à pena de reclusão de um a três anos e multa. No mesmo sentido, o artigo 69-A, incluído pela Lei nº 11.284 de 2006, prevê que a conduta de “elaborar ou apresentar, no licenciamento, concessão florestal ou qualquer outro procedimento administrativo, estudo, laudo ou relatório ambiental total ou parcialmente falso ou enganoso, inclusive por omissão”, tem por conseqüência a pena de reclusão de três a seis anos e multa.

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[Segurança e saúde no trabalho rural]

Responsabilidade Civil Acidentária na Atividade rural – Parte I CID MARCELO SANDER, Advogado, OAB/PR 41.010 TED MARCO SANDER, Advogado OAB/PR 41.106 FERNANDA RUSCHEL SANDER, Advogada OAB/PR 50.991

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rocuramos, neste artigo, esclarecer aos leitores acerca da responsabilidade civil acidentária na atividade rural, que nada mais é do que a responsabilidade do empregador rural frente à ocorrência de acidentes de trabalho com seus empregados. Inicialmente, devemos esclarecer que não é qualquer tipo de acidente que se caracteriza como sendo acidente de trabalho, pois este se refere exclusivamente ao que acontece no exercício do trabalho a serviço do empregador e que provoque, ao empregado, lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte ou a perda ou redução, permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho. Este é o conceito inserido nos termos do artigo 19 da Lei nº 8.213/91 (Legislação Previdenciária). A responsabilidade civil do empregador por acidente de trabalho está prevista no artigo 7º, inciso XXVIII da Constituição Federal e em legislações infraconstitucionais como, por exemplo, a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e a legislação previdenciária. Também devemos mencionar a Norma Regulamentadora nº 31 (NR31) do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), a qual se refere especificamente à segurança e saúde no desenvolvimento da atividade rural. Pois bem. Temos que o empregador, segundo a legislação aplicável, pode ser responsabilizado civilmente a reparar os danos eventualmente ocasionados ao empregado que venha a sofrer um acidente de trabalho. Quando tratamos da responsabilidade civil estamos nos referindo à conhecida indenização por

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danos materiais e danos morais, os quais têm cunho reparatório à vítima. Mas ao mesmo tempo que o empregador está sujeito ao pagamento de indenização em caso de acidente de trabalho, existem algumas circunstâncias que precisam estar caracterizadas para que sobrevenha o direito à indenização ao empregado. Queremos nos referir aqui, especificamente, à necessidade de demonstração de dolo ou culpa do empregador frente à ocorrência do acidente e aos danos sofridos pelo empregado. Mas aonde reside a culpa acidentária do empregador? Respondemos: principalmente, mas não apenas, na violação das normas de segurança e saúde do trabalho. Por isso é que fazemos referência à NR31, pois é ela quem determina as obrigações do empregador rural para com a saúde e a segurança do trabalho de seus empregados. Dentre tantas questões, mencionamos a necessidade de fornecimento dos equipamentos de proteção individual (EPI) e a necessidade de fiscalização de utilização pelos empregados. Sem sombra de dúvidas, o fornecimento dos EPI’s aliado às instruções da sua correta utilização bem como a fiscalização do uso destes equipamentos diminuem a carga de culpa do empregador frente à ocorrência de algum acidente de trabalho. Obviamente que estes equipamentos de proteção individual devem ser cedidos aos empregados de acordo com a atividade por eles desenvolvida de modo que atenuem ou até mesmo eliminem qualquer risco de acidente de trabalho ou de surgimento de do-

ença ocupacional. Por isso, cada empregador deve buscar orientação perante uma empresa de segurança do trabalho que deve analisar os riscos da atividade, elaborar os documentos necessários e orientar com relação ao fornecimento, utilização e fiscalização de uso dos EPI´s. Mas, ainda assim, não são incomuns na justiça do trabalho (competente para o julgamento das demandas desta natureza), ações de indenização por acidente de trabalho com pedidos de valores exorbitantes. Não à toa, uma vez que o Superior Tribunal de Justiça (STJ) tem fixado valores elevados como parâmetro, seja no caso de morte do trabalhador ou de redução da capacidade laborativa. Percebemos que sobrevém, ao empregador, um ônus considerável e que pode ser evitado ao máximo com medidas simples de observância à segurança e saúde no trabalho. Assim deixamos nossa contribuição para com a primeira parte deste artigo que, sem dúvida, trata de um tema atual, relevante e extenso e que diz respeito aos plenos interesses da classe empregadora rural.


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[Tecnologia]

Agricultura 2.0 Por Melissa Guarnieri Coordenadora de Comunicação e Serviços de Relacionamento com o Cliente da Unidade de Proteção de Cultivos da BASF

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uando pensamos em avanços tecnológicos, estamos acostumados a ouvir conceitos como conectividade, dispositivos 2.0, smartphones, GPS, entre outros. Mas os benefícios dessa evolução não estão restritos ao meio urbano. No campo, a tecnologia é utilizada para auxiliar o produtor a obter diagnósticos mais rápidos e assertivos além de promover chats e fóruns virtuais na busca por melhores soluções agrícolas. Com esse auxílio, além de manter a saúde da lavoura, o produtor adquire novos conhecimentos e protege o meio ambiente já que evita o uso desnecessário de defensivos agrícolas. E como isso é possível? Explicaremos. Desde 2009 está disponível aos agricultores um serviço composto por um microscópio digital - capaz de aumentar a imagem em até 200 vezes - e um software com banco de dados e imagens das principais pragas e doenças existentes nas plantações, intitulado Digilab. Ao suspeitar que algum problema esteja ocorrendo na lavoura, o técnico recolhe algumas amostras das plantas, como folhas, hastes ou raízes. Ele realiza uma avaliação comparativa entre o material coletado e as imagens da biblioteca virtual. O software foi desenvolvido com base na literatura especializada e com o apoio de pesquisadores universitários. O banco de dados contempla 33 diferentes pragas, 138 tipos de doenças e 89 espécies de ervas daninhas separadas em 16 culturas. A tecnologia já está presente em 40% do território nacional. Nos últimos dois

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anos já foram capturadas mais de 40 mil imagens, das quais 12 mil foram catalogadas e seis mil publicadas na biblioteca virtual do serviço. Como foco em pesquisas agrícolas, o serviço também está disponível na versão 500. Isso significa que professores e pesquisadores tem à disposição uma lupa capaz de aumentar a imagem em até 500 vezes e com isso podem otimizar procedimentos inerentes à pesquisa acadêmica. O trabalho desenvolvido por esses profissionais é primordial na busca de soluções para garantir o bom desempenho da agricultura. Recentemente, o Digilab evolui para a tecnologia 2.0. Surgido em meados do ano 2000, nos Estados Unidos, o termo 2.0 designa a segunda geração de comunidades e serviços que utiliza a Internet como plataforma de conectividade. O novo software é mais ágil no diagnóstico de alvos no campo. Um sistema de navegação intuitivo, de fácil manuseio, permite a troca rápida de informações. A atualização tornou a nova versão compatível com a maioria dos sistemas operacionais. Além da navegação por ocorrências de pragas, doenças e ervas daninhas, oferece informações personalizadas, atendendo às necessidades específicas de cada usuário. Outra inovação é a presença de um GPS acoplado ao hardware do equipamento que possibilita georreferenciar a saúde de determinadas culturas do País, da região e até mesmo da propriedade dos usuários. A meta é de que em pouco tempo to-

dos os alertas diagnosticados estejam disponíveis em um roteiro de ocorrências, que será visualizado através de um mapa, via satélite. Além do conceito 2.0, o Digilab também oferece uma ferramenta para que haja mais mobilidade no campo. A versão mobile é um aplicativo disponível aos usuários de smartphones com sistema operacional android. Ele pode ser utilizado para fotografar pragas, doenças e plantas daninhas, com resposta automática. Ainda nos resta falar que um dos principais ganhos que o Digilab traz para a agricultura brasileira é a conectividade. Todos os usuários Digilab podem trocar informações entre si por meio da comunidade Top Ciência. O grupo virtual realiza periodicamente chats e fóruns de discussão sobre assuntos pertinentes ao manejo de cultivos. O intercâmbio de informações permite ao usuário a entender melhor as ocorrências encontradas, além de conhecer novas formas de manejo e controle de pragas, doenças e plantas daninhas. Inovações como estas são um reflexo da mudança nas formas de interação entre pessoas, que cada vez utilizam ferramentas de características mais participativas e menos unilaterais. A iniciativa também fomenta o conceito de Agricultura de Excelência, que viabiliza melhores práticas no setor por meio de relacionamento, proximidade, ferramentas e educação, com a finalidade de contribuir para o aumento de produtividade, qualidade e rentabilidade nas lavouras.



[Praga]

Pulgão-do-milho (Rhopalosiphum maidis) Laércio Hoffmann / Antonio Marques de S. Neto / Tiago Dalchiavon DTM - Syngenta

Importância econômica - esse inseto é uma praga secundária do milho, podendo causar prejuízos em alta infestação. Dispersão geográfica - Na presente safra, já são várias as lavouras infestadas na região. Aparece com maior frequência em áreas com baixa precipitação. Outras culturas: a mesma praga pode atacar milheto e sorgo.

A temperatura ideal para o desenvolvimento dos pulgões fica entre 18 e 25º C que, em média, 6 dias depois do nascimento atingem a fase adulta. Com clima seco, estes insetos apresentam alta capacidade de proliferação com cada fêmea podendo parir até 10 ninfas por dia.

incidência de pulgões, mas não é uma regra. Esse tipo de arquitetura possibilita maior proteção das colônias. Pode existir diferenças (resistência/tolerância) entre os híbridos de mesma arquitetura.

OCORRÊNCIA: Época de ocorrência - entre V6 e V18. Normalmente em VT ocorrem os maiores danos.

Figura 2. Infestação em diferentes estágios (Foto: Hoffmann, L.L.)

Figura 1. Diferentes fases do pulgão (Foto: Hoffmann, L.L.)

BIOLOGIA: As ninfas do pulgão são de coloração verde clara e,à medida que se desenvolvem, vão se tornando mais escuras. Os adultos podem ser alados ou não, e medem 1 a 2 mm de comprimento. Sua reprodução é assexuada, sendo realizada exclusivamente por partenogênese telítoca, isto é, os embriões desenvolvem-se no interior do corpo das fêmeas, a partir de óvulos não fecundados, originando novas fêmeas.

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SINTOMAS DE DANOS: A praga vive em colônias e elimina dejeções líquidas onde se desenvolve fumagina. O inseto se alimenta nos tecidos jovens e vive em colônias situadas no interior do cartucho, no pendão e nas gemas das plantas. O inseto suga a seiva das plantas, podendo transmitir viroses. Os danos podem ser: Ø DIRETOS à Sucção da seiva Ø INDIRETOS à Fumagina, abordo de estrutras florais, transmissão de virose. DIFERENÇAS ENTRE HÍBRIDOS: Aparentemente híbridos com arquitetura mais ereta tendem a ter maior

Figura 3. Ataque em pré pendoamento (Foto: Hoffmann, L.L.)

SINTOMAS DE DANOS - A infestação do pulgão no estágio de pré-florescimento, prejudica a formação de grãos, originando espigas pequenas que quando torcida manualmente apresentam o aspecto de “grãos frouxos” - figs. 4a e 4b.


CONTROLE: - Início de infestação (10% de incidência- Embrapa CNPT) - Atingir o alvo - Respeitar as condições de clima (não aplicar nas horas mais quentes). Produtos e doses: Ver recomendações para o estado do PR. Importante: Usar óleo na calda de pulverização. Época de aplicação: Figura 4a. Ataque severo no pendão (Foto: Hoffmann, L.L.)

Figura 4b. Amarelecimento, pendão retido (Foto: Hoffmann, L.L.)

Figura 5. Aplicação em Vn e floração (Foto: Hoffmann, L.L.)

CONSIDERAÇÕES FINAIS: Dar preferência para o uso de produtos que tenham também ação sobre percevejos que infestam a espiga, que auxiliem no controle da broca-do-colmo (Diatreae), e que tenham ação sobre lagartas (Spodoptera, helicoverpa). Em condições de stress hídrico, o controle é comprometido, pode ser insuficiente com apenas uma aplicação.


[Pecuária de corte]

Análise conjuntural do mercado do boi gordo no Paraná – Dezembro/2011 Andréia Karina Mariani / Natália M. dos Santos Gonzales / João Batista Padilha Junior Paulo Rossi Junior / Amanda M. S. Schuntzemberger LAPBOV/UFPR - www.lapbov.ufpr.br

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om a chegada do final do ano e o aumento da demanda interna por carnes, que fica aquecida com o 13º salário e as festividades de Natal e Ano Novo, o preço do boi gordo sofre uma elevação, assim como o preço da carne suína e do frango. Desta forma, geralmente, observa-se o pico do preço da arroba do boi gordo nos últimos meses do ano, ou seja, no período de entressafra. De acordo com análises realizadas pelo LAPBOV/UFPR, verificou-se que a arroba do boi gordo paranaense acumulou, de janeiro a novembro de 2011, uma pequena desvalorização de 1,82%, reflexo do fato dos preços estarem mais altos nos primeiros meses do ano. Quando comparada com o ano passado, a desvalorização pode ser considerada atípica, já que no mesmo período de 2010, a valorização do preço da arroba do boi gordo foi de mais de 20%. O pico de preço alto ocorreu no dia 23/11, chegando a R$100,15/@. Comparando com o ano passado, o pico de preço alto em 2011 foi cerca de 9% menor do que o pico de 2010, ocorrido no dia 17/11, quando a arroba do boi gordo no Estado do Paraná atingiu o valor histórico de R$109,50/@ (valor deflacionado para o período). Na Figura 1 são apresentados os preços reais da arroba do boi gordo no período de janeiro de 2010 a novembro de 2011. No primeiro semestre do ano, também conhecido como o período de safra do boi gordo, é de praxe se observar os preços mais baixos, refletindo a maior disponibilidade de animais para abate, decorrente da maior quantidade e qualidade de forragens. Contudo, neste ano de 2011, quando se compara os dois semestres, o primeiro iniciou com preços elevados, com o preço do boi gordo se mantendo acima de R$97,00/@. Isto é reflexo dos altos preços ocorridos no final de 2010, quando a arroba atingiu valores até então nunca vistos. A menor cotação de 2011 foi de R$92,85/@, observada no dia 28/06 enquanto que, para o ano de 2010, o menor valor observado ocorreu em 24/02, sendo cotado a R$81,89/@ no dia. Houve uma elevação de 13,38%, justificada pelos altos preços ocorridos no final do ano de 2010, os quais se mantiveram firmes no início de 2011. Comparando novembro de 2011 com o mês anterior (outubro), quando as médias dos preços da arroba do boi gordo fecharam em R$97,87/@ e R$93,32/@ respectivamente, nota-se que houve um acréscimo de 4,88% nos preços do boi gordo. A valorização foi menor que no ano anterior, quando os preços médios fecharam em R$96,52/@ no mês de outubro e em R$105,70/@ no mês de novembro, havendo uma valorização de 9,52% no período. Neste mesmo patamar encontram-se os preços para a vaca gorda no Estado do Paraná. De janeiro a novembro de 2011, houve valorização de pouco mais de 2% no preço da arroba da vaca gorda, valorização essa bem menor que no mesmo período do ano passado, quando a valorização, em termos reais, foi de 21,60%. O ano de 2011 iniciou com a vaca gorda sendo cotada acima de R$88,00/@, tendo um subsequente recuo nos preços, apresentando o valor mínimo de R$84,97/@, em 23/06.

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Figura 1. Preços do boi gordo, em R$/@, no período de janeiro de 2010 a novembro de 2011

Na entressafra, o preço da vaca gorda atingiu o pico no dia 12/08, fechando a R$93,86/@. Valores próximos foram observados para os meses de outubro e novembro de 2011. A vaca gorda foi cotada em R$93,62/@ no dia 23/11, com uma pequena queda de 0,26% quando comparada ao pico ocorrido em agosto, caracterizando, portanto, um segundo pico para o preço da vaca gorda no Paraná.

Figura 2. Preços da vaca gorda, em R$/@, no período de janeiro de 2010 a novembro de 2011

Em 2011, devido à conjuntura econômica mundial, houve valorização do dólar. Além disso, a demanda interna por carnes, incluindo a bovina, está aquecida devido às melhorias na renda da população brasileira nos últimos anos. Soma-se a estes fatores a restrição na oferta de animais para abate, que pode ser justificada pelos preços elevados dos animais de reposição. Desta forma, caso este cenário se mantenha, espera-se que os preços da arroba do boi gordo e da vaca permaneçam firmes no início do ano de 2012.


[Descontos em produtos]

Promoçþes especiais AGROBOI:

Revista do Produtor Rural

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[Educação]

1º Simpósio de Agronomia

A

Faculdade Campo Real promoveu no dia 18 de novembro, o 1º Simpósio do Curso de Engenharia Agronômica. O tema central do evento, Tecnologias na Agricultura, foi discutido entre palestras, minicursos e orientação prática. Entre os palestrantes da noite, estava o vice-presidente do Sindicato Rural de Guarapuava, Anton Gora. Ele falou sobre o Sistema Patronal Rural e sobre o perfil dos produtores rurais associados ao Sindicato Rural. De acordo com Vanda Marilza de Carvalho, o evento teve ainda outros palestrantes, representantes das empresas DuPont Crop Protection Brasil, Syngenta Ltda, Tecsolo, Agricultura de Precisão Exata, Emater e Terrasul. Além das palestras, foram oferecidos minicursos e orientação prática em uma propriedade rural.

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Professores e Palestrantes


[Campanha Produtor Solidário]

Sindicato Rural doa mais de 1000 kg de alimentos

O

Sindicato Rural de Guarapuava doou a duas entidades assistenciais do município mais de 1000 quilos de alimentos no dia 08 de novembro. A doação foi resultado das comemorações de aniversário do Sindicato, quando os associados trocaram cinco quilos de alimentos por um ingresso para o show de Yassir e Rodrigo Sater, realizado no dia 18 de outubro. As entidades beneficiadas atendem dependentes químicos de Guarapuava e região. A administradora da Comunidade Bethânia, Rita da Luz Golinski, conta que hoje o recanto acolhe 20 internos e que essa doação dá novo ânimo para os voluntários. “Dependemos das doações da comunidade e o que recebemos hoje é o equivalente ao que é gasto em quatro meses na casa”.

Comunidade Bethânia

Outra instituição atendida foi o Esquadrão Resgate de Guarapuava. Segundo o educador externo, Irajá Blanc, hoje estão na casa 18 internos. “Essa doação irá beneficiar os internos e seus familiares que necessitam de ajuda”.

Esquadrão Resgate de Guarapuava

Visando fomentar a solidariedade, a campanha encabeçada pelo Sindicato Rural de Guarapuava já contribuiu com outras entidades de Guarapuava, Candói e Cantagalo.


[Genética diferenciada]

Programa Carne Certificada Angus é a nova estrela da rede McDonald’s com dois sanduíches com a marca

O

s pecuaristas participantes do Programa Carne Certificada Angus, da Associação Brasileira de Angus, estão conquistando o maior reconhecimento ao seu investimento em genética diferenciada. O McDonald’s, uma das maiores redes de serviço rápido de alimentação fora de casa do mundo, escolheu a carne Angus originária do programa para dar nome a dois sanduíches novos: o Angus Deluxe e o Angus Bacon, que chegam aos mercados de São Paulo e Brasília no dia 16 de novembro. “O gado Angus é um dos mais apreciados em todo o mundo pela excelência e nobreza de sua carne, caracterizada por ser tenra, suculenta e muito saborosa”, explica Roberto Gnypek, diretor de Marketing da Arcos Dourados, empresa que opera a marca McDonald’s na América Latina. “Atento às preferências dos clientes, o McDonald’s busca sempre inovar e traz agora dois novos sanduíches premium, com sabor diferenciado, com o peso do selo da Associação Brasileira de Angus. Assim como os demais produtos da rede, trata-se de um item de alta qualidade, produzido e preparado dentro dos mais rígidos padrões de controle”, completa. “Para nós, da Associação Brasileira de Angus, ter dois sanduíches do McDonald’s com o nosso selo é a consagração da qualidade da carne Angus e do nosso Programa de Carne Certificada, que cresce ano após ano a partir da maior participação dos pecuaristas que buscam a excelência na pecuária e a parceria de frigoríficos que confiam no nosso trabalho e na raça”, ressalta Paulo de Castro Marques, presidente da entidade. Toda a carne utilizada na produção dos sanduíches Angus, do McDonald’s, é processada com exclusividade pela Marfrig Group, sendo submetida ao processo de certificação da Associação Brasileira de Angus.

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Entenda o Programa Carne Angus Certificada da Associação Brasileira de Angus O Programa Carne Angus Certificada foi criado pela Associação Brasileira de Angus em 2003 e tem por objetivos: • Valorização da carne de animais Angus e suas cruzas; • Pagamento por qualidade aos produtores engajados; • Fomento do crescimento da raça Angus • Fortalecimento e integração da cadeia produtiva; • Produção de carne de alta qualidade. Atualmente, o programa conta com a participação de pecuaristas do Rio Grande do Sul, São Paulo e Centro-Oeste e tem o reconhecimento e a credibilidade internacional da Certificadora AUSMEAT, líder mundial em processos de padronização de frigoríficos, por meio do selo de Certificação AUSQUAL. Em 2010, o programa abateu cerca de 150 mil cabeças. Somente no 1º semestre de 2011, foram abatidas 80 mil cabeças.

Algumas vantagens aos parceiros do Programa: Para os pecuaristas participantes: • Bonificação por animais aprovados no programa • Visibilidade por participar de um programa de carne de qualidade Para os frigoríficos participantes: • Abate de bovinos jovens e com carcaças de qualidade • Maior valor agregado no abate Para a pecuária brasileira: • Aumento da visibilidade do segmento de carne de qualidade • Maior interesse do consumidor doméstico e importadores Fonte: www.beefpoint.com.br

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[Solidariedade]

FMC promove o Dia do Voluntariado em Guarapuava/PR Colaboradores e parceiros da companhia dedicaram um dia de trabalho para ajudar entidade da cidade

A

FMC Agricultural Products promoveu o Dia do Voluntariado, no dia 9 de novembro, em Guarapuava/ PR. O local escolhido foi o Centro Comunitário São Francisco de Paula, localizado no bairro Morro Alto, que ajuda mulheres com problemas em casa, desde dificuldades financeiras como o de-

Sobre o Centro Comunitário São Francisco de Paula Cerca de 200 mulheres são atendidas por mês. No local, elas recebem acompanhamento psicológico além de aulas de pintura, bordado e crochê para desenvolverem trabalhos que serão revertidos em forma de renda. Endereço: Rua dos Butiazeiros, 139 – Morro Alto – Guarapuava/PR.

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semprego até a violência doméstica. A proposta do evento é dedicar um dia de trabalho ao próximo. Mais de 25 pessoas estiveram presentes no Dia do Voluntariado, entre elas colaboradores, vendedores das revendas, produtores e participantes da comunidade local. A FMC ajudou com a pin-

tura interna e externa do espaço, além da doação de novas cadeiras e carteiras para as mulheres trabalharem, e a criação de uma horta para ajudar na alimentação das famílias. Para o mês de dezembro, a FMC irá fazer o Dia do Voluntariado em Rondonópolis/MT.


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[Profissionais em destaque]

BASF: João Henrique Navarro e José Carlos Sandrini Junior

Guilherme Klopffleisch e Jorge Karl (presidente Cooperativa Agrária)

Cotrima: Gelton Araújo, Nei Godoy, Roger Ribas, Oberdan Hey, Wilson Malko, Valdecir Siqueira, Carlos Eduardo Pacheco e Bombardelli

Inquima: Jeferson Rezende e José Roberto Santos

Kuhn/Agro Tatu - Embaixo: Gilberto Radunz, Danilo Gonçalves, Márcio Vieira, Paulo Bregalda. Em pé: Ricardo Almeida, Fabiano Didoné, Claiton Ecco, Lindolfo Junior, Edson Moraes e Joarez Novel .

Sicredi: Luiz Werlang (BRDE), Tatiana Valer, Maria Inês Kusznier e Sérgio Hekave (BRDE)

CAMP: Cícero Becher, Eduardo Kazuo Tanigawa e Luiz Henrique Servat

Retífica Scartezini: Elaine Scartezini Meirelles e Marco Aurélio S. Meirelles

ERRATA: Na última edição trocamos o nome deste profissional da Pioneer Sementes. O correto é Antonio Marcos Peterlini. Pedimos desculpas.

[Novos Parceiros Programa identidade Sindical]

Zoni Lange (Raízes da Mata)

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Mackelle Dona (Odonto Mackelle)

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Gustavo Gagiola (The Ranch)

Adnilson Zanine (Guarafer)

Jean Paulo de Carvalho (Ótica Precisão)


[Produtores em destaque]

Amarilio Krüger

João Carlos M. da Rocha

[Novos sócios]

Amauri G. de Paula / Agrícola A. G. P. Ltda

Ivo João Vargas

Alvir Antonelli

Jaciel do Valle

Denise Raquel Taques da Cruz

Fabiano Rovani

Graziela Gerster

Luiz Carlos Rodrigues

Maria Luzia Klots Gerster

Otavino Rovani

Erich Egles Patrick Egles Patrick Gumpl

Patrícia Diana Schwarz

Sanir Karam Semaan

Morel Pereira Keinert

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Fevereiro 2012

Janeiro 2012

[Agenda]

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A N I V E R SA R I A N T E S

01/01 01/01 01/01 01/01 01/01 02/01 02/01 03/01 03/01 03/01 04/01 04/01 04/01 05/01 05/01 05/01 05/01 05/01 06/01 06/01 06/01 07/01 07/01 07/01 07/01 08/01 08/01 08/01 08/01 09/01 09/01 09/01 10/01 10/01 10/01 10/01 11/01 11/01 11/01 11/01 12/01 12/01

Anton Keller II Estefano Remlimger José de Mattos Leão Neto Leni Aparecida Lacerda Cunico Valdemar Mayer Julio Cavalheiro de Almeida Tadeu Kukurgindki Belinski Hugo Leh Orlando Deschk Rosa Maria Schlafner Adolf Taubinger Berthold Scherer Gilda Roseira Ribas Harald Wolfl Essert Johanes Stecher Johann Vollweiter José Seguro Ronald Gartner Antônio Fagundes Schier Marcelo Afonso Mayer Regina Maria Bezarro Zandonai Emerson Luís Neves Heinrich Stader Maria Aparecida Lacerda Loures Siegfrid Milla Cássia Fassbinder Florian Reichardt Haltieres Aguilera de Souza Heraclides José Cordeiro Roseira Eduardo Winkler Eurípio Carlos Rauen Sonia Regina Virmond Cláudio Marques de Azevedo Cézar Alberto Martini Toledo Jakob Schneider Raimund Duhatschek Guinter Nicolau Schlafner Helga Schneider Neuci Aparecida Moss Reinhard Wilhelm Kratz Murilo Walter Teixeira Robson Fassbinder

13/01 13/01 14/01 14/01 15/01 15/01 15/01 15/01 16/01 17/01 18/01 18/01 18/01 19/01 20/01 20/01 20/01 21/01 21/01 21/01 22/01 22/01 22/01 22/01 23/01 23/01 23/01 23/01 24/01 24/01 24/01 24/01 25/01 25/01 26/01 26/01 27/01 28/01 29/01 30/01 30/01 31/01

Herbert Schlafner Raimund Georg Abt Helton Jose Fagundes Schier Paulo Krüger Elizete Ribas Martins Philipiak Juliano Marcondes Teixeira Marcelo Antonio Fagundes Schier Tiago Justino de Bastos Nereu Lopes de Araújo Otavino Rovani Luis Borsatto Rene Vieira Lopes Ursula Maack Kurowski Luis Paulo de Oliveira Gomes Filho Jacir Salvador Rivair Sebastião Fritz Waltraut Maria Palm Mayer Bernhard Johann Palm Denilson Baitala Déa Maria Ferreira Silveira Alfredo Gelinski Junior Antonio Luiz Peterlini Gilberto Saciloto Philipe Marx Márcio Pacheco Marques Rui Sergio Primak Severino Mugnol Walter Becker Anton Fassbinder Sebastião Francisco Ribas Martins Sebastião Meira Martins Simon Milla Edson Lustosa Araujo Otmar Oster José Nael dos Anjos Oswaldo Rodrigues Barbosa Cristian Abt Manoel Urias Carneiro Marinaldo Sebastião Rocha Josilene Losso Stefan Stemmer Mário Poczynek

01/02 02/02 02/02 03/02 03/02 03/02 04/02 04/02 05/02 06/02 06/02 07/02 08/02 09/02 09/02 09/02 09/02 09/02 10/02 11/02 12/02 13/02 14/02 15/02 15/02 15/02 16/02 17/02 17/02 18/02 18/02 18/02 18/02 18/02

Norbert Geier Franz Hunger Thelma Lanzini Losso Eliezer Scheidt Odacir Luiz Ghisleni Walter Gärtner Jair Kultz Robert Utri José Neiverth Junior Gilda Campello Hercules Alexandre Martins Francisco João Schier Aldo Antonio Bona Helmut Gärtner Jeferson Caus Leodir Carlos Corrêa de Melo Lucas Obal Martin Ritter Lourenço Lemler Luiz Afonso Eder Johann Reinerth Reinholt Holzhofer Amarildo Parizotto Célio Teixeira Cunha Erich Mathias Leh Gilmar Gelinski de Souza Marcelo Lustosa Julek Alexandre Barbieri Neto Ricardo Rocha Danguy Alvir Antonelli Carlos Pereira Araújo Christoph Ritter Evaldo Stefan Becker José Hamilton Moss Filho

18/02 18/02 18/02 18/02 18/02 19/02 19/02 19/02 20/02 20/02 21/02 21/02 21/02 22/02 22/02 22/02 22/02 23/02 23/02 24/02 24/02 24/02 25/02 25/02 26/02 26/02 27/02 27/02 28/02 28/02 28/02 28/02 28/02 28/02

Klaus Dowich Luiz Vilson Silvestri Nelson Luiz Loures de Lacerda Rodrigo Tateiva Simão Primak Cleusa Werneck de J. Botelho Elton Lange Gildo Warpechowski Górski Renata Vitória Weckl Walter Milla Antônio Oscar Lustoza Ribas Celso Hisão Tateiva Renato de Auda Kaminski Alceu Sebastião Pires de Araújo Elias Farah Neto Francisco Buhali Marco Aurélio Nunes Edson Luiz Primak Jairo Silvestrin Filho Alan Kaminski do Nascimento Albert Josef Zimmermann Valdir José Fuchs Filho Marcus Vinicius de Andrade Bianco Pauline Keller Kuster Moacir José Horst Tomé Rubens Geraldo Toledo Anton Hering Jonathan Seitz Alan Marcus Blanc Jonathas Frederico T. Leal da Cruz Macedo Nunes Machado Filho Paulo Naiverth Paulo Roberto Martins Pacheco Sebastião Francisco R. Martins Neto

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Confira a entos agenda de ev s: agropecuário

Festa 60 anos Entre Rios 4 a 8 de janeiro

Distrito de Entre Rios - Guarapuava – PR www.suabios.com.br

28º Rodeio Nacional de Canela 4 a 8 de janeiro

Canela – RS http://www.portalderodeios.com.br

Curso – Ecologia e Conservação da Mata Atlântica 19 a 30 de janeiro

Curitiba – PR http://www.grupobrasilverde.org/?index

Itaipu Rural Show 2012 25 a 28 de janeiro

Pinhalzinho – SC http://www.itaipururalshow.com.br/

Curso – Aperfeiçoamento em Geriatria Veterinária 03 de fevereiro a 09 de dezembro 2012

Londrina – PR http://www.peteventos.com.br/

Show Rural Coopavel 6 a 10 de fevereiro

8 de fevereiro: Excursão Sindicato Rural de Guarapuava / Candói e Cantagalo Interessados ligar para 42-3623-1115 www.showrural.com.br

15° Show Tecnológico de Verão – ABC 15 e 16 de fevereiro

Ponta Grossa – PR http://www.fundacaoabc.org.br/show/

XXXV Congresso Paulista de Fitopatologia 14 a 16 de fevereiro

Jaguariúna – SP http://www.infobibos.com/cpfito/

Festa da Uva 2012

16 de fevereiro a 04 de março

Caxias do Sul – RS http://www.festanacionaldauva.com.br/2012/


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VOCÊ É NOSSO CONVIDADO

G U A R A P U A V A

¦

P A R A N Á

4 a 8 janeiro 2 0 1 2

realização

APRESENTAÇÕES CULTURAIS EXPOSIÇÃO HISTÓRICA BAILES . GASTRONOMIA ATRAÇÕES MUSICAIS

FUNDAÇÃO CULTURAL SUÁBIO-BRASILEIRA

E V E N T O

Revista do Produtor Rural 116 CONFIRA PROGRAMAÇÃO COMPLETA

PELO SITE

A B E R T O

A O

P Ú B L I C O

WWW.SUABIOS.COM.BR


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