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QUEM Sテグ ELES?

E. C. ROUTH

Traduzido do inglテェs por A. BEN OLIVER

7a. Ediテァテ」o


Todos o? direitos reservados. Copyright © 1 9 8 5 da Junta de Educação Religiosa e Publicações da Convenção Batista Brasileira. Tradução autorizada do original em inglês: Who Are They? Copyright original da The Sunday School Board of the Southern Baptist convention.

289 Rou-Que

Routh, E. C. Quem são eles? Tradução de A. Ben Oliver. 7® edição. Rio de Janeiro, Junta de Educação Religiosa e Publicações, 1989. 54p. Título original em inglês: Who Are They? 1. Seitas. 2. Denominações. 3. Analíticas dos capítulos. I. Título. CDD—289

_ _ . . . . Capa: Concepção original de Cecconi Execução do SDA da JUERP 3.000/1989

Número de C ódigo para Pedidos: 24.503 Junta de Educação Religiosa e Publicações da Convenção B atista Brasileira Caixa Postal 320 20001 Rio de Janeiro, RJ, Brasil Impresso em Gráficas Próprias.


SUMÁRIO Apresentação ........................................................................................... Prefácio ..................................................................................................... 1. Quem São os Metodistas? ............................................................. 2. Quem São os P resbite rianos?........................................................ 3. Quem São os Discípulos e a Igreja Cristã? .................................. 4. Quem São os Episcopais? ............................................................. 5. Quem São os Lute ra n o s? ................................................................ 6. Quem São os Grupos P entecostais?............................................. 7. Quem São os Testemunhas de Jeová? ......................................... 8. Quem São os Adventistas do Sétimo D ia?..................................... 9. Quem São os Cientistas Cristãos? ................................................ 10. Quem São os M órm ons?................................................................. 11. Quem São os Católicos Romanos? .............................................. 12. Quem São os Batistas? ................................................................... Instruções para o E stu d o ......................................................................... Perguntas para Revisão e Exam e............................................................

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APRESENTAÇAO

O autor deste livro, Dr. E. C. Routh, é jornalista, editor, pregador, investigador das verdades sublim es — um verdadeiro erudito que sabe colocar em termos sim ples, facilm entecom preensiveisequeadm item deum só significado os seus maiores pensamentos. O estilo é agradável, e cada capitulo visa à satisfação duma necessidade atual. Com este livro qualquer pessoa poderá chegar a compreender quais são as doutrinas das denominações aqui mencionadas, e ao mesmo tempo compará-las com as Escrituras Sagradas. O estudo aqui feito é objetivo. Motivou o autor um desejo de esclarecer ao público leitor os ensinos básicos dos principais grupos religiosos modernos. Recomendamo-lo como um «handbook» para qualquer estudante do movimento religioso destes tem pos. Os pastores vão querer recomendá-lo aos seus membros que mui to tempo vêm precisando dele. Bem poderia servir de livro de estudos num instituto de orienlaçao geral para uma igreja. Espera-se que seja largamente distribuído e grandemente aproveitado. A. BEN OLIVER


PREFÁCIO

A pedido do editor Jack L. Gritz, breves estudos so b re a h is tó ria e a s crenças de dez denominações religiosas, juntam ente com as Escrituras relacionadas co m o s seus ensinos, foram preparados para serem publicados em série no Baptist Messenger, de Oklahoma City. Mais tarde foram reproduzidos emThe Word and Way, do Estado de Missouri, pelo editor H. H. Mc Ginty. O m issionário Frank W. Patterson, diretor da Casa Bautista de Publicaciones, em El Paso, Texas, providenciou a sua publicação em espanhol, com planos para sua distribuição pela América Latina em form a de panfleto e em a Revista Evangélica, revista mensal publicada pela Imprensa Espanhola Batista. Tem havido tantos pedidos dos estudos em form a de livrete que fizem os um arranjo com o Sr. C lifford Sm ith, superintendente da Imprensa da Universidade Batista de Oklahoma, onde é impresso o Baptist Messenger, para a publicação destas mensagens. Foram acrescentados mais dois capitulos sobre os católicos romanos e os batistas, fazendo um total de doze estudos. Este resumo das crenças das un idades rei ig iosas nos Estados Un idos é baseado sobre as declarações autorizadas publicadas por representantes das denomina­ ções estudadas. Lockhart, Texas

E.C. Routh


CAPÍTULO I

QUEM SÃO OS METODISTAS?

I. A sua história João e Carlos Wesley, fundadores do Metodismo, não planejaram dar início a uma nova denominação. Eram eles membros da Igreja Anglicana e, enquanto estudavam na Universidade de Oxford, toma­ ram a iniciativa na organização de um clube religioso que dava ênfase ao viver santo, como um protesto contra o mundanismo prevalecen­ te daquele tempo. Os sócios desta nova sociedade eram chamados «Metodistas» por causa dos seus hábitos metódicos. Ainda que os Wesley nunca cortassem as suas relações com a Igreja Anglicana, havia uns desentendimentos bem sérios entre eles e aquela igreja, especialmente no tocante ao seu espirito e aos seus métodos. João Wesley não queria, até meio século depois, consagrar homens como «superintendentes» (mais tarde conhecidos como bispos), e então, somente os bispos da igreja estabelecida da Inglaterra se recusaram, durante a revolução das colônias americanas, a consagrar homens para a administração dos sacramentos na América do Norte, pelas sociedades metodistas. Finalmente ele mesmo tomou a iniciativa em consagrar Francis Asbury e Thomas Coke como «superintendentes». Isto se deu em setembro de 1784. Numa conferência na cidade de Baltimore, em dezembro daquele ano, chegaram a um acordo de «fundar uma Igreja Metodista Episcopal». Quatro anos mais tarde Coke e Asbury estavam sendo chamados de «bispos», antes que de «superintendentes». Assim o metodismo foi começado. Os metodistas têm uma forma episcopal de governo para suas igrejas, com bispos que nomeiam os pastores das igrejas antes de permitirem que as igrejas escolham seus próprios pastores. Os m inis­ tros são membros da «Conferência Anual», e não das igrejas onde servem. O sistema, quanto ao tempo que um pastor pode ficar servindo uma congregação particular, é mais flexível do que em anos anteriores. Isto se aplica especialmente às maiores igrejas cidadescas, não às menores congregações. No sistema episcopal, os mem­ bros considerados como «um todo» constituem «a igreja», e não os membros duma congregação local, como no sistema congregacional.


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Por isso, «A Igreja Metodista» inclui o metodismo inteiro. A organiza­ ção eclesiástica inclui a congregação local, a conferência trimestral e a Conferência Geral, que se reúne de quatro em quatro anos. IB. As suas doutrinas Que crêem os metodistas? Aqueles dos tempos idos criam numa religião do coração. João Wesley, um dos fundadores, tinha 31 anos de idade, já fora m issionário na nova colônia de Geórgia (hoje o Estado de Geórgia, no sul dos Estados Unidos da América do Norte) e voltara à Inglaterra um homem desapontado que temia a morte. Então algo lhe aconteceu. Na sua experiência na Rua Aldersgate, em Londres, encontrou-se face a face com Jesus Cristo, como nunca antes lhe acontecera. «Senti que deveras confiava em Cristo, somente em Cristo, pela minha salvação, e foi-me concedida uma segurança de que ele lavara os meus pecados, todos eles, e me salvara da lei do pecado e da morte.» Daí em diante, por meio século, era zeloso e sem temor na sua proclamação do Evangelho. Nem todos os seus discípu­ los, entretanto, têm seguido nas suas pegadas. Os metodistas crêem que uma criança pode ser treinada de tal maneira que nunca entre na condição de perdida. Cita-se, aqui, do ritual deles, de batismo ou de aspersão: «Visto que todos os homens, ainda que caídos em Adão, nascem neste mundo em Cristo o Redentor.» Damos outra citação dum teólogo metodista: «É possível, logo, que uma criança pode ser treinada e educada na doutrina e admoestação do Senhor de tal maneira que nunca, conscientemente ou de sua própria vontade, transgrida a lei de Deus, caso em que certamente entrará na regeneração e salvação final.» Os metodistas ensinam que um crente em Cristo pode se perder ou «cair da graça». Um escritor metodista comenta: «Admitimos a possibilidade de alguém cair da graça e, se não se arrepender, de perecer eternamente, porém, se se arrepender, pode pela graça de Deus ser restaurado ao favor divino. Este é o ensino do metodismo pelo mundo inteiro.» O credo metodista junta as obras à graça e ensina que uma pessoa pode cair da graça e finalmente ser perdida depois de haver sido salva. Os metodistas substituem o batismo de imersão pelo de aspersão, ou respingando, ou derramando a água sobre a cabeça do batizado. E ainda João Wesley, comentando sobre Romanos 6:5, escreveu em suas Notas Sobre o Novo Testamento: «Referindo-se ao modo antigo de batizar pela imersão.» IDI. Qu@ dizem as Escrituras? Que dizem as Escrituras a respeito do pecado, da salvação, do batismo, da igreja? Acerca dos pecados «Pois não há distinção. Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus» (Rom. 3:23). «Todos nós andamos desgarrados como ovelhas, cada um se desvi­


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ava pelo seu próprio caminho; mas o Senhor fez cair sobre ele a iniqüidade de nós todos» (Isaias 53:6). Acerca da Salvação «Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus; não vem das obras, para que ninguém se glorie» (Ef. 2:8, 9). «... quem ouve a minha palavra, e crê naquele que me enviou, tem a vida eterna» (João 5:24). Acerca da Segurança dos Crentes «Porque estou certo de que, nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem principados, nem coisas presentes, nem futuras, nem potesta­ des, nem a altura, nem a profundidade, nem qualquer outra criatura nos poderá separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor» (Rom. 8:38, 39). «Eu lhes dou a vida eterna, e jamais perecerão; e ninguém as arrebatará da minha mão... ninguém pode arrebatá-las da mão de meu Pai» (João 10:28,29). «eu... sei em quem tenho crido, e estou certo de que ele é poderoso para guardar o meu depósito até aquele dia» (II Tim. 1:12). «Amados, agora somos filhos de Deus» (I João 3:2). Acerca do Batismo «Batizado que foi Jesus, saiu logo da água» (Mateus 3:16). «... desceram ambos à água, tanto Filipe como o eunuco, e Filipe o batizou. Quando saíram da água, o Espírito do Senhor arrebatou a Filipe» (Atos 8:38, 39). «Fomos, pois, sepultados com ele pelo batismo na morte, para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos pela glória do Pai, assim andemos nós também em novidade de vida» (Rom. 6:4). Acerca de Igrejas e Pastores «... sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do Hades não prevalecerão contra ela» (Mateus 16:18). «De sorte que foram batizados os que receberam a sua palavra; e naquele dia agregaram-se quase três mil almas» (Atos 2:41). As igrejas eram constituídas de crentes batizados. De mais de cem referências a igrejas no Novo Testamento, quase todas elas eram a igrejas locais; «Às igrejas da Galácia», «à igreja dos tessalonicenses», «às igrejas da Macedônia», «à igreja em Corinto», «à igreja em Cesaréia», «às sete igrejas», «às igrejas da Síria e da Cilicia», «à igreja em Jerusalém», «à igreja em Antioquia». As igrejas do Novo Testamento tinham duas classes de oficiais — pastores e diáconos. Vede Filipenses 1:1; I Tim. 3. Os pastores eram também chamados de bispos e presbíteros. Vede Atos 20:17-28. Estes pastores deviam ser escolhidos pelo Espírito Santo (Atos 20:28; 13:1, 2 ).


CAPÍTULO II

QUEM SAO OS PRESBITERIANOS?

I. A sua história Os nomes de João Calvino e João Knox, que começaram o seu m inistério cedo, no século dezesseis, são tidos em grande respeito pelo mundo cristão evangélico, especialmente pelos presbiterianos. Em Genebra, Calvino desenvolveu o sistema doutrinário e eclesiásti­ co, o qual, sendo modificado e encorajado por João Knox, foi, finalmente, expresso na Comissão de Westminster. A América do Norte deve m uito aos presbiterianos da Escócia. Nos primeiros anos do século dezessete os presbiterianos come­ çaram a emigrar para as colônias norte-americanas. Os presbiterianos escoceses-irlandeses se arraigaram em Pennsylvania, Nova Jersey, Virgínia e outras colônias. Organizou-se o seu primeiro presbitério em Filadélfia, em 1706. Esses presbiterianos criam num m inistério bem educado; criam também no evangelismo. O Sr. W illiam Tennent e seus quatro filhos construíram o «Log College» (Colégio de Toras), do qual saíram a Universidade de Princeton, bem como outros tantos colégios e universidades. Um dos líderes presbiterianos durante a Revolução Americana, João Witherspoon, foi um dos que puseram a sua assinatura na Declaração de Independência, sendo o único m inistro cujo nome figura naquele documento. Entretanto, naqueles primeiros dias, como o espírito de evangelis­ mo começasse a desanimar, surgiram alguns desentendimentos em torno da ênfase colocada sobre o m inistério educado, e se dividiram em dois grupos, «O Lado Velho» e «O Lado Novo». Anos depois, em 1810, foi constituído o Presbitério Cumberland, assim chamado porque esse presbitério «Cumberland» consagrava ao m inistério pes­ soas que, na opinião do Sínodo de Kentucky (um estado na USA), não eram habilitadas nem intelectual, nem doutrinalmente, para exercerem o m inistério. «Os presbiterianos «Cumberland» não davam tanta ênfase à doutrina da eleição e a outras relacionadas, como davam os da velha escola. Depois de quase meio século os dois grupos se reuniram, embora exista ainda um bom número de igrejas presbiterianas «Cumberland». Durante o período da Guerra Civil, os


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presbiterianos do Sul dos Estados Unidos fundaram a Igreja Presbi­ teriana nos Estados Confederados da América. Terminada a guerra, o nome foi modificado para «A Igreja Presbiteriana nos Estados Uni­ dos», sendo a igreja-mãe chamada «A Igreja Presbiteriana nos Esta­ dos Unidos da América». Ambos os grupos presbiterianos estão empenhados numa magnífica obra missionária. O Dr. Roberto E. Speer, grande estadista cristão, era por muitos anos o secretário de Missões Estrangeiras, do grupo que se congnomina «Presbiterianos USA». No ano de 1949, este grupo tinha, nos diversos campos, 1.170 missionários estrangeiros, e registrou uma entrada para missões estrangeiras, aproximadamente, de $5,000,000 (cinco m ilhões de dólares U.S.). Os presbiterianos do Sul registraram 369 m issionários no estrangeiro, e um total de entradas, aproximadamente, de $2,000,000 (dois milhões de dólares U.S.). II. As suas doutrinas O ponto principal de diferença entre os batistas e os presbiterianos não é a predestinação e a eleição. Na maior parte estamos de acordo com as doutrinas que tocam na soberania de Deus. Nossa salvação se baseia não sobre os caprichos do homem, mas sobre o propósito eterno de Deus, que nos escolheu em Cristo Jesus, antes da fundação do mundo. Pode ser que não saibamos harmonizar as doutrinas do propósito de Deus e do livre arbitrio do homem, mas ambas são verdadeiras. Os presbiterianos diferem dos batistas no tocante à origem, aos oficiais, às ordenanças e ao governo da igreja. O sistema adm inis­ trativo presbiteriano consiste de uma sessão, para a congregação local, do presbitério, para várias congregações, do sínodo, para um maior d istrito geográfico, e da assembléia geral, para todas as atividades da Igreja Presbiteriana (geral, não local). Estas organiza­ ções estão em ordem ascendente, com a assembléia geral, a unidade suprema. Um pastor escolhido pelos membros da igreja em sessão tem de ser aprovado pelo presbitério que tem a jurisdição sobre aquele particular distrito geográfico. O presbitério tem o poder de receber, consagrar, empossar e julgar os m inistros. O sinodo é a corte suprema de apelação para questões que não toquem nas doutrinas ou na constituição da Igreja — cabendo estas à Assembléia Gera!. Os presbiterianos batizam por aspersão e praticam o batismo infantil. Ensinam eles que os filhinhos de pais que são membros da igreja devem também ser batizados (aspergidos). «A fé é requerida, mas é a fé dos pais agindo em prol da criança.» III. Que dizem as Escrituras? Acerca do Propósito d@ Deus para com as Nossas Vidas «Como também nos elegeu nele antes da fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis diante dele em amor» (Ef. 1:4). Ler, também, II Tim. 1:9; Rom. 8:28-30; João 6:37-39. «Quem quiser, receba de graça a água da vida» (Apoc. 22:17). «Quem ouve a minha palavra, e crê naquele que me enviou, tem a vida eterna, e não entra em juízo, mas já passou da morte para a vida» (João 5:24). Moody dizia, com verdade, que o «quem quiser é o eleito de Deus».


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E.C. ROUTH Acerca da Responsabilidade Pessoal

«Escolhei hoje a quem sirvais» (Josué 24:15). «A alma que pecar, essa morrerá; o filh o não levará a maldade do pai, nem o pai levará a maldade do filho» (Ez. 18:20). «Cada um de nós dará conta de si mesmo a Deus» (Rom. 14:12). Não há procuração que valha no reino de Deus. Acerca das Igrejas Autônomas e Cooperadoras Neotestamentárias Quase todas, das mais de cem referências feitas a igrejas no Novo Testamento, são feitas a igrejas locais. Lemos a respeito das «igrejas da Macedônia» (II Cor. 8:1); «E passou pela Siria e Cilicia, fortalecen­ do as igrejas» (Atos 15:41); «Todas as igrejas de Cristo vos saúdam» (Rom. 16:16). Nenhuma igreja ou grupo de igrejas teve controle algum sobre qualquer outra igreja. Quando os irmãos, na reunião em Jerusa­ lém (Atos 16), chegaram a certas conclusões a respeito das questões que se levantaram, puderam apenas escrever a outros: «Pareceu bem ao Espírito Santo e a nós.» As igrejas cooperaram em suprir as necessidades dos seus irmãos fam intos na Judéia. Lede o capítulo oitavo de I Coríntios. Vede, também, Romanos 15:26: «Pareceu bem à Macedônia e à Acaia, levantar uma oferta fraterna! para os pobres dentre os santos que estão em Jerusalém.» Acerca do Batismo Lede de novo as referências dadas no estudo sobre os metodistas. Concordam os eruditos de todas as denominações evangélicas que o significado do verbo grego traduzido «batizar» é «mergulhar», «imergir». Uma jovem, que se convertera enquanto assistia à Escola Bíblica Dominical duma congregação que ensina o batismo infantil e por aspersão, insistia em ler o Novo Testamento inteiro, para ver em que passagens da Escritura se baseava esta doutrina. Naturalmente não as pôde achar, e então se uniu a uma igreja batista, pois o que eles ensinavam e praticavam ela já descobrira em seu Novo Testamento.


CAPÍTULO m

QUEM SÃO OS DISCÍPULOS E A IGREJA CRISTÃ?

I. A sua história Tomás Campbell, um m inistro presbiteriano que se apartara da igreja, chegou da Irlanda para a América em 1807. Dois anos mais tarde chegou o seu filh o, Alexandre Campbell, que rompera as relações com o grupo apartista devido a certas influências que afetaram o seu modo de pensar, enquanto estudava na Universidade de Glasgow. Como um protesto contra as divisões entre cristãos, o Sr. Tomás Campbell tomou a iniciativa na fundação, em 1809, da Associação Cristã de W ashington, Pennsylvania, e publicou a sua história «Declaração e Discussão». No ano seguinte os dois Campbell (pai e filho) tentaram unir-se a um sínodo presbiteriano, porém foi indeferido o seu requerimento. Então organizaram «A Primeira Igreja da Associação Cristã, reunindo-se em Cross Roads e Brush Run, no m unicípio de W ashington, Estado de Pennsylvania». Em junho de 1812, Tomás e Alexandre Campbell, e suas esposas e mais três pessoas foram batizados por um pastor batista. Em 1815, a igreja em Brush Run foi recebida na Associação Batista Redstone (Pedra Vermelha), sendo que esta relação durou vários anos, com a tensão sempre aumentando. O ponto de vista deles de que o batismo era essencial à salvação, sua oposição às sociedades missionárias, bem como outras doutrinas e práticas não de acordo com as crenças batistas, afastaram-nos mais, até que, em 1832, eles chegaram a fundar outra denominação. Na sua cruzada contra as «seitas» origi­ naram outra «seita». A nova denominação era uma fundição de dois grupos, um liderado por Alexandre Campbell, e o outro por Barton W. Stone, também m inistro presbiteriano, que fôra imerso por um presbiteriano. Os dois líderes não puderam chegar a um acordo sobre o nome da nova organização, sendo que o Sr. Campbell preferia o nome de «Discípu­ los», enquanto o Sr. Stone opinava pelo titu lo de «Cristãos». O novo movimento adotou o «slogan»: «Onde as Escrituras falam, falamos nós também; e onde as Escrituras se mantêm em silêncio, nós nos mantemos silenciosos.» Os seus lideres eram homens educados,


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porém ridicularizavam um m inistério educado, e os seus ensinos provocaram dissensões em muitas igrejas nos estados de Kentucky, Tennessee, Virgínia, indiana, Ohio e outros. O pastor da nova e lutante Igreja Batista em Nashville, Estado de Tennessee, esposou a causa do Sr. Campbell e levou a maioria da sua igreja a renunciar o nome e a fé batistas. No tempo da morte de Alexandre Campbell, em 1866, quando ele era tido como o homem mais rico no Estado de Virgínia do Oeste, já se manifestaram algumas divisões nas fileiras dos discípulos. Os membros mais progressivos favoreciam as «inovações» e começavam a usar instrumentos musicais nos seus cultos, a organizar sociedades missionárias e a ser mais liberais nos seus pontos de vista e práticas religiosos. Perto do fim do século, a divisão ficou claramente defi­ nida, e os relatórios do recenseamento distinguiram entre os «Dis­ cípulos de Cristo» (Progressivos) e as «Igrejas de Cristo» (Conserva­ dores). Freqüentemente, a primeira pergunta que se fazia a um novo pastor era se ele era a favor ou contra o uso do harmónio na igreja. II. As suas doutrinas Alexandre Campbell definiu as suas crenças de um modo mais claro do que fizeram os seus sucessores mais tarde. O Dr. W. W. Sweet, que é uma autoridade na história eclesiástica, diz a respeito de Alexandre Campbell: Ele havia lido o «Essay on the Human Understanding», por Locke («Tratado sobre a Compreensão Humana»), e sempre depois susteve que uma compreensão de Deus pode ser adquirida somente por meios normais e naturais. Conforme ele, tudo que era necessário alguém fazer para se tornar crente era «obedecer ao Evangelho». Um dos seus líderes de maior destaque afirma que na vida moderna cristã não há interesse em confissões de crenças — o que nos fornece um indício da sua estratégia e força unionistas. O seu primeiro passo em destruir as barreiras denominacionais é o de menosprezar as crenças distintivas em ensinos claros das Escrituras. É difícil achar declarações nítidas de crenças em que haja acordo entre os «Discípulos». Entretanto, podemos citar alguns pontos de vista doutrinários m antidos por m uitos deles, tanto Igrejas de Cristo como Discípulos de Cristo, os quais nos parecem carecer de base nas Escrituras: (1). Em definir a fé salvadora, m uitos deles não vão além de exigir uma resposta afirmativa à pergunta: «Crê que Jesus Cristo é o Filho de Deus?» Novamente citam os as palavras dum dos seus líderes: «Se alguém crê que Jesus é o Cristo, o Filho único de Deus, ele crê tudo quanto lhe é essencial para a sua salvação.» Eles não exigem uma entrega de si mesmo a Cristo, uma confiança nele. Pode-se crer que Jesus Cristo é o Filho de Deus e ainda ser-se um pecador perdido. «Os demônios também o crêem, e estremecem» (Tiago 2:19). Dão eles mais ênfase à anuência mental do que à experiência no coração. Cristo nos manda amar a Deus de todo o coração, bem como de toda a mente. «Pois é com o coração que se crê para a justiça, e com a boca se faz confissão para a salvação» (Rom. 10:10). (2). Para eles, o batismo está inseparavelmente ligado à salvação. São estes os passos na salvação: ouvir, crer, arrepender-se, obedi­


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ência e remissão de pecados. A obediência significa batismo. Para citarmos mais uma vez um dos seus líderes: «Os Discípulos têm dado ênfase ao ensino de que no Novo Testamento não é dada nenhuma promessa de remissão de pecados ou de aceitação da parte de Deus até depois do batismo.» O Sr. Campbell disse: «Não é pela nossa aceitação da promessa de Deus de nos redimir, porém mediante o descermos à água que nós obtemos a remissão de pecados.» No entanto, em Mateus 26:28, Atos 10:43 e Hebreus 9:22, o batismo não é mencionado como uma condição da remissão de pecados. O batismo vem depois da remissão de pecados, não antes. Visto que, conforme a doutrina deles, a obediência é exigida para a salvação, a desobediência levaria à condenação. De novo citamos de um de seus escritores: «Nós temos, em nossa denominação, calvinistas e arminianos tão fortes como qualquer outra» — os que crêem que o crente pode «cair da graça», e os que o não crêem. (3). Muitos deles ensinam que o Espirito Santo opera somente por meio da Palavra (as Escrituras). O Novo Testamento, porém, trans­ borda de referências ao m inistério do Espírito à parte da Palavra. (4). Em uma declaração da sua fé eles ensinam que a regeneração é começada pelo Espírito Santo, mas que no batismo a pessoa tem uma parte na sua própria regeneração. «Campbell», declara um dos seus intérpretes, um doutor em filosofia, da Universidade de Edim­ burgo, «contendia em que o pecador tomava parte ativa na sua própria regeneração.» O batismo, visto ser ele o ato consumador naquele processo todo, pelo qual o ímpio se torna uma nova criatura, é chamado de «regeneração». (5). Muitas das suas congregações celebram a Ceia do Senhor cada domingo. Não sabemos da existência de qualquer passagem das Escrituras que autorize esta prática. Em I Cor. 11:26, Paulo cita as palavras de Jesus: «Porque todas as vezes que comerdes deste pão e beberdes do cálice, estareis anunciando a morte do Senhor, até que venha.» Ele, porém, não declarou quão freqüentemente ela deve ser celebrada. III. Que dizem as Escrituras? «Crê no Senhor Jesus e serás salvo», foi a resposta de Paulo à pergunta do carcereiro: «Que me é necessário fazer para me salvar?» Naquela resposta não foi mencionado o batismo. O carcereiro foi batizado, não para ser salvo, mas porque já fora salvo. Notai, também, que Paulo não lhe disse: «Crê que Jesus Cristo é o Filho de Deus, e serás salvo.» Nada se diz em Efésios 2:8 acerca do batismo: «Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus.» Em João 3:16 não aparece nada do batismo como sendo essencial à vida eterna. Vede João 5:24; João 1:12; João 11:25, 26; Atos 10:43. Os crentes são batizados, não para adquirir a salvação, mas para declarar ou sim bolizar a salvação, que é a dádiva de Deus (Rom. 6:23). Freqüentemente eles usam como texto de prova Atos 2:38 — «Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo, para remissão de vossos pecados», querendo assim ensinar que o batismo precede a remissão de pecados. A preposição traduzida


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«para» tem outros significados além de «com o propósito de». Em Mateus 12:41, por exemplo, a mesma preposição no grego é traduzida «com» na sentença, «porque se arrependeram com a pregação de Jonas» — por causa da pregação de Jonas. Atos 2:38 pode ser traduzi­ do: «Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo por causa da remissão de vossos pecados.» Para terminarmos, citam os algumas palavras do Dr. George W. Truett que, em responderá pergunta porque os batistas não convidam pessoas que foram imersas por outras denominações a tomar a Ceia conosco, disse: «A resposta está aqui, bem perto: a imersão só não constitui batismo neotestamentário. A pessoa deve ser imersa porque já foi salva, e não, de maneira alguma para ser salva. Um dos desígnios fundamentais do batismo é o de sim bolizar o grande fato da morte do crente para com o pecado e a sua ressurreição para andar em uma vida espiritual que já se iniciou. E ainda mais, o batismo deve ser adm inistrado por um adm inistrador idôneo. Tanto esta ordenança, como a da Ceia, tem sido entregue à igreja.»


CAPÍTULO IV

QUEM SÃO OS EPISCOPAIS?

I. A sua história Um dos primeiros atos do Capitão João Smith, ao desembarcar onde mais tarde seria Jamestown, na Colônia de Virgínia (hoje o Estado de Virgínia), em 1607, foi o de mandar suspender uma vela mestra entre algumas árvores para fazer assim um lugar de cultos. Debaixo daquele toldo fizeram um rude altar e se ajoelharam em oração, enquanto um clérico da Igreja Anglicana, o qual acompanhara os colonos, fez uma leitura do «Livro de Oração Comum». A Igreja Anglicana teve início como uma igreja do Estado quando, em novembro de 1534, três quartos de século antes da fundação de Jamestown, o Parlamento passou o decreto pelo qual Henrique VIII e seus sucessores foram declarados «o único supremo cabeça no mundo sobre a Igreja da Inglaterra». A ligação com a Igreja Anglicana foi mantida até o fim da Guerra Revolucionária, quando se constituiu a Convenção Geral dos Estados Unidos da América e foi adotado o nome «Igreja Protestante Episcopal». No começo, a Igreja Anglicana nas colônias americanas, especial­ mente em Virgínia, era mais ou menos tolerante; mas, para citar uma das suasautoridades,«com o passar da colônia debaixo do controle da coroa, a atitude intolerante que prevalecia na Inglaterra manifestou-se também em Virgínia». Decretou-se uma lei multando em 2.000 libras de tabaco a qualquer pai que recusasse batizar o seu filh o. Foram adotadas leis que proibiam que uma pessoa ensinasse ou pregasse, a não ser que fosse um m inistro da Igreja da Inglaterra, e proibindo qualquer m inistro de pregar, se este não fôra consagrado por um bispo na Inglaterra. Os dissidentes foram proibidos de pregar, a não ser que obtivessem uma licença depois de examinados e aprovados por um m inistro da igreja estabelecida. Cada indivíduo era obrigado a assistir ao culto todos os domingos ou pagar uma m ulta de 50 libras de tabaco. A referência autorizada mais antiga à existência duma Igreja Batista em Virgínia foi nos começos do século dezoito, aproximadamente cem anos depois da fundação de Jamestown, demonstrando isso quão


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severas eram as medidas repressivas da Igreja Anglicana. Temos visitado várias comunidades em Virgínia, onde m inistros batistas tinham sido aprisionados por pregarem sem a devida licença, co­ mo seja em: Culpeper, Chesterfield, Urbana, Orange, Fairfoxe em outros lugares. De mais a mais, um elemento forte nas colônias ame­ ricanas, representado por Madison, Jefferson e Henry, olhava a igreja estabelecidacomosendo incompatível com os princípios da Revolução, e estes homens tornaram-se os defensores dos batistas. Os batistas de Virgínia chefiaram o movimento,que conseguiu acrescentar a primeira emenda à constituição dos Estados Unidos da América: «O Congresso não fará nenhuma lei a respeito do estabelecimento duma religião, ou proibindo o livre exercício dela.» Então vieram tempos melhores para os batistas, episcopais e outros, que ficaram livres para poderem cultuar a Deus conforme os ditames da sua consciência. Os episcopais têm feito muitas contribuições notáveis à vida americana, ao desenvolvimento cultural e às Missões Mundiais. Em 1693 fundaram o «William and Mary College» (o Colégio de Guilherme e Maria), em W illiam sburg, Estado de Virgínia, o colégio mais antigo, excetuando-se somente a Universidade de Harvard, nos Estados Unidos. É interessante notar que, quase um século mais tarde, Tomás Jefferson falhou numa tentativa de tornar «William and Mary College», numa universidade estadual. Os episcopais têm dado dez presidentes aos Estados Unidos. Também, eles já construíram algumas das mais lindas catedrais nos Estados Unidos. Sob a liderança do Bispo W illiam Lawrence, pioneiro no movimento para providenciar fundos de aposen­ tadoria e pensões para os velhos pastores inválidos. II. As suas doutrinas As doutrinas da Igreja Protestante Episcopal acham-se nos Trinta e Nove Artigos de Religião, incorporados no Livro de Oração Comum. Aceitam-se como símbolos doutrinários o Credo Apostólico e o Credo de Nicéia. A doutrina da regeneração batismal e a de «cair da graça» ou apostasia do crente são ensinadas ou inferidas em dois ou três dos artigos, bem como no ritual do batismo. Tanto ensinam como praticam o batismo infantil, que pode ser administrado ou pela imersão, ou pela aspersão. Paracrianças jábatizadas, a recepção como membro da igreja é mediante a confirmação pelo bispo, depois de instruída na história, na cerimônia do culto e na doutrina da igreja. As crianças a serem ba­ tizadas devem ser apresentadas por padrinhos, que responderão por elas em aceitar o Credo Apostólico. Numa cerimônia o m inistro diz: «Suplicamos-te a favor desta criança para que, chegando ela ao teu santo batismo, receba a remissão de pecados, mediante a regenera­ ção espiritual.» No m inistério são reconhecidas três ordens diferentes — bispos,, sacerdotesediáconos, começando com o diácono, que é ordenado para ajudar ao sacerdoteou reitor. Depois de haver servido um ano, ele poderá ser elevado ao sacerdócio, contanto que tenha 24 anos de idade. Os oficiais da paróquia são o reitor, os presbíteros (wardens, correspon­ dentes mais ou menos aos nossos diáconos) e os sacristãos (vestry­ men), que são os síndicos. O sistema de governo eclesiástico inclui a


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paróquia (ou congregação) com o reitor; a diocese com o bispo; as províncias (grupos de dioceses e distritos missionários) e a Convenção Geral, a suprema autoridade eclesiástica, que consiste de duas câmaras: a Câmara dos Bispos e a Câmara dos Deputados. Disseme­ lhante da Igreja Anglicana, a Igreja Protestante Episcopal não tem um arcebispo, e possui um governo mais representativo, sendo que os membros elegem os presbíteros, e estes escolhem o reitor. III. Que dizem as Escrituras? Vede os estudos feitos sobre os metodistas e presbiterianos para os ensinosdas Escriturasarespeitodo batismo. O batism o infantil écontra as Escrituras, pelas três razões seguintes: Nenhuma pessoa pode agir por outrem em fazer individualmente escolhas espirituais; a regenera­ ção tem de preceder, não seguir, o batismo; e o batismo é a imersão do crente. Perguntamos a um dos melhores professores de grego, na América do Norte: «Como foi batizado Cristo?», e ele respondeu: «Claro quefoi pela imersão.» Relembramos aos nossos leitores, mais uma vez, que João Wesley, o fundador do Metodismo, que nunca deixou a Igreja Anglicana, ao comentar sobre Romanos 6:4, explicou: «Em aludir-se à maneira antiga de batizar pela imersão.» João Calvino, o fundador do presbiterianismo, escreveu: «O próprio termo batizar, entretanto, significa imergir, e é certo que a imersão era praticada pela igreja primitiva.» Em o Novo Testamento, nenhuma igreja ou corpo eclesiástico exer­ cia qualquer autoridade ou precedência sobre qualquer outra. Nem tampouco exercia um pregador autoridade sobre outro pregador. Acei­ tavam o sacerdócio de todos os crentes. As igrejas cooperavam umas com as outras em m inistrar aos necessitados e em exem plificar a fé,o amor e a lealdade, mas não passavam além disso, em suas relações para com as outras igrejas. As duas classes de oficiais, nas igrejas do Novo Testamento, eram bispos e diáconos (Fil. 1:1 e I Tim. cap. 3). Naqueles dias os bispos eram os pastores. O Bispo Lightfoot, um dos maiores eruditos da Igreja Anglicana, escreveu: «Ao fim da era apostó­ lica, as duas ordens mais baixas (diáconos e bispos ou pastores) do m inistério tríplice eram firm e e longamente estabelecidas; porém os traços da terceira e mais elevada ordem, o episcopado, propriamente assim chamado, eram poucos e indistintos.» Lembramo-nos de que quando o Dr. Truett estava no além-mar, durante a Primeira Guerra Mundial, ele assistiu a um banquete numa cidade da Irlanda, e foi interrogado por um eclesiástico de alta posição: «Quantos bispos têm os batistas do Sul dos Estados Unidos?» Maravilhou-se quando o Dr. Truett lhe respondeu: «Cerca de 25.000.» Mas o Dr. Truett estava certo: Cada pastor batista é um bispo no sentido do Novo Testamen­ to.


CAPÍTULO V

QUEM SAO OS LUTERANOS?

Recentemente a Igreja Luterana — o Sinodo de Missouri, dos grupos luteranos o segundo em tamanho na América do Norte com um total de 1.700.000 membros aproximadamente — reuniu-se na cidade de Milwaukee, na sua convenção trienal. A maior organização luterana na Américaéa«lgrejaLuteranaUnida»,aqual se formou em 1918, mediante a união de três grandes sínodos, e que agora tem aproximadamente 2.000.000de membros. CalcuIa-sequea população luterana pelo mundo inteiro soma-se em 85.000.000. i. A sua história O fundador desta grande comunhão foi Martinho Lutero, que ainda era meninote quando Colombo descobriu a América. No seu vigésimo-terceiro ano deixou os seus estudos de direito e tornou-se monge. Conseguiu o grau de doutor na Universidade de Württemberg e tornou-se catedrático naquela escola. Procurando a paz espiritual, chegou a compreender que a segurança se achava não nos preceitos e práticas da Igreja Católica Romana, porém nos ensinos das Escritu­ ras, que «o justo viverá da fé», e mediante a comunhão individual com Jesus Cristo. Ele atacou o Papa e os concílios, e a venda de indulgên­ cias — as quais prometiam dim inuir ou cancelar a punição purgatorial pelos pecados — e, finalmente, foi excomungado pelo Papa. Não houvesse o apoio dos nobres alemães, Lutero teria sido morto. A sua resposta aos seus perseguidores foi esta: «Não posso fazer diferente. Aqui fico eu. Deus me ajude. Amém.» Lutero traduziu a Bíblia toda para a língua comum do povo alemão. Estabeleceu a forma de culto para os luteranos e escreveu os catecismos que ainda estão sendo usados. Publicou um grande número de tratados que muita influência tiveram no modo de pensar das multidões, especialmente o que trata do assunto «Concernente à Liberdade Cristã». Os primeiros luteranos a chegarem à América do Norte estabelece­ ram-se como colonos, pelo meado do século dezessete, em Nova York, Pennsylvania, Delawaree Geórgia. O patriarca do luteranismo america-


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no, Pastor Henrique Melquior Mühlenberg, chegou em setembro de 1742. Casou-se com a f il ha de Conrad Weiser, que era m issionário entre os índios da tribo iroquês, e que influenciara os índios iroqueses a ficarem ao lado dos ingleses, ao invés de ficarem do lado dos franceses, na guerra entre os franceses e os índios. Daquela união nasceram seis filhos e cinco filhas. Três dos filhos tornaram-se m inistros, e duas das filhas casaram-se com m inistros. Um dos filhos deixou o púlpito para comandar tropas americanas na guerra da revolução contra a Inglaterra, e chegou a ser brigadeiro. Uma estátua dele ocupa um nicho, na parte reservada para a Pennsylvania, no Hall das Estátuas, no Capitólio Nacional. Outro filh o foi o primeiro presidente da Câmara dos Deputados. II. A sua organização e doutrinas Começandocomacongregação local, o sistema eclesiástico luterano seextende, por regra geral, mediante sínodos, distritos e conferências ou convenções, até a convenção geral, variando de acordo com os diferentes grupos ou sínodos. Hádiversos sínodos nos Estados Unidos, devido, em parte, às línguas diferentes (norueguês, dinamarquês, suéco, finlandês, alemão, icelandês, etc.); aos limites geográficos; porém as distinções são também devido a diferentes ênfases e interpre­ tações doutrinárias. Geralmente, os sínodos não exercem jurisdição sobre as congregações, exceto nas questões em que as igrejas se referem aos sínodos. As igrejas escolhem os seus próprios m inistros. Em vários sínodos, ocandidatoaom inistêrioéordenado pelo sínodo, na sua reunião anual. As funções das organizações gerais são, pela maior parte, consultativas ou conselheiras e administrativas em inte­ resses cooperativos, tais como missões, educação e beneficência. Em quase todos os sínodos, os luteranos aceitam os três credos ou símbolos da fé — o apostólico, ode N icéiaeode Atanásio, bem como a Confissão de Augsburgo e o Pequeno Catecismo de Lutero. Muitos usam outras fórmulas de crenças, tais como a Apologia da Confissão de Augsburgo, o Grande Catecismo de Lutero, os Artigos de Smalcald e a Fórmula de Concordância. A este respeito o Sínodo de Missouri é o mais estrito. Ao romper relações com a Igreja Católica Romana, Martinho Lutero não se separou por completo. Ele não deixou a sua bagagem católica romana. Conservou o batismo infantil, a concepção sacramentalista das ordenanças, o controle da religião pelo Estado, ao invés de pelo Papa, a autoridade dos credos e deu antes ênfase à ietra que ao espírito na relegião. Como tão bem afirmou o Dr. A. H. Newman: «Lutero insistiu em que a sua interpretação das Escrituras fosse a única aceitável e perseguiu a todos que não concordassem com ele.» Citamos aqui, de uma declaração oficial da fé luterana: «Os sacramentos do batismo e da Ceia do Senhor não são considerados como meros sinais ou memoriais, porém são canais por intermédio dos quais Deus confere a sua graça...-Os luteranos crêem que o corpo e sangue reais do Senhor Jesus Cristo estão presentes em, com e sob os elementos terrenos na Ceia do Senhor, e que estes são recebidos sacramental e sobrenaturalmente. A Igreja Luterana crê em batismo infantil, e pessoas batizadas são consideradas como que já havendo


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recebido do Espírito Santo a dádiva potencial da regeneração, e são membros da igreja, ainda que se tornem membros ativos só depois de confirmados.» Conforme a Confissão de Augsburgo: «O batismo é necessário para a salvação.» No Pequeno Catecismo de Lutero lê-se: «O batismo traz perdão de pecados.» III. Que dizem as Escrituras? (1). A Bíblia, sem qualquer outro livro ou credo, é para os batistas a única e suficiente regra de fé e prática. Já mencionamos vários credos que são autorizadores para os luteranos. Caso fossem destruídas todas as declarações de fé feitas por homens, a nossa fé batista não seria afetada, contanto que ficássemos com as Escrituras. «Que dizem as Escrituras?» (Rom. 4:3) é a única autoridade para nós, não o Credo Apostólico, nem o Credo de Nicéia, ou qualquer confissão ou catecismo. «Toda escritura é divinamente inspirada e também proveitosa para ensinar, para repreender, para corrigir, para instruir em justiça» (II Tim. 3:16). «Porque a profecia nunca foi produzida por vontade dos homens, mas os homens da parte de Deus falaram movidos pelo Espírito Santo.» (2). A letra sem o espirito é morta. Jesus esteve em conflito com os lideres religiosos de seus dias, que se orgulhavam da sua lealdade para com suas tradições, porém transgrediam os mandamentos de Deus. (Vede Mat. 15:2, 3; II Cor. 3:5, 6; Rom. 2:29; João 3:6). Conforme o New York Times (23 de junho de 1950), foram gastas muitas horas na convenção da Igreja Luterana (o Sínodo de Missouri) em discussões abertas ao público, sobre o significado de Rom. 16:17, 18: «Rogo-vos, irmãos, que noteis os que promovem dissensões e escândalos contra a doutrina que aprendestes; desviai-vos deles. Porque os tais não servem a Cristo nosso Senhor, mas ao seu ventre; e com palavras suaves e lisonjas enganam os corações dos inocen­ tes.» Um número considerável sustentava que esta passagem até proibia a comunhão com outros luteranos em oração. Podemos acrescentar que alguns grupos de luteranos têm sido demasiadamen­ te influenciados pelo ponto de vista europeu, no tocante à guarda do sábado, ao uso de bebidas alcoólicas, e à conformação com o mundo. Entretanto, os luteranos não estão sozinhos na sua recusa de adorar a Deus em espirito e verdade. (3). Cremos que o batismo e a Ceia do Senhor são símbolos, não sacramentos. Em I Cor. 11:26, lê-se: «Porque todas as vezes que comerdes deste pão e beberdes do cálice, estareis anunciando a morte do Senhor, até que ele venha.» As ordenanças não procuram a salvação — proclamam-na — a salvação foi operada totalm ente pela morte propiciatória de Cristo na cruz, sem qualquer ritual ou ceri­ mônia. Martinho Lutero enunciou uma grande verdade, quando pro­ clamou a Escritura: «O justo viverá pela fe.» Mas não foi ate o ponto de crer e dizer: «Concluímos, pois, que o homem é justificado pela fé, sem as obras da lei» (Rom. 3:28).


CAPÍTULO VI

QUEM SÃO OS GRUPOS PENTECOSTAIS?

I. A sua história e os seus ensinos Muitos grupos religiosos nos Estados Unidos tiveram o seu início dentrodosúltim ossetentaecincoanos. Seria interessante investigar os fatores responsáveis pelas novas organizações religiosas. O choque entre personalidades precipitou muitas divisões. A tendência para o form alism o no culto, a exigência cada vez mais crescente de um m inistério educado, o desenvolvimento da vida industrial com os seus problemaseoportunidadesconseqüentes, as normas sociais variantes, a teologia liberal, as crescentes ênfases sobre a obra social, a negligência duma verdadeira cultura espiritual, e o espirito secularista são algumas das causas que se podem mencionar. Entre as seitas que surgiram nessa época, há vários grupos denominados «pentecostais». Muitos membros têm deixado as igrejas estabelecidas, em procura duma maior I iberdade de expressão das suas emoções. Uma das maiores e a mais representativa das denominações que salientam a doutrina da inteira santificação, do batismo pelo E spíritoSantoedacuradivinaéalgrejado Nazareno. Como um dos seus lideres se expressou: A pureza apostólica de doutrina, a sim plicidade prim itiva de culto, e o poder pentecostal na experiência. Na parte sudoeste dos Estados Unidos, os Nazarenos têm, em grande parte, substituído os antigos «metodistas barulhentos». O fundador do metodismo, João Wesley, deu ênfase à santificação como sendo «libertação do pecado, dos desejos maus, dos gênios maus e do orgu­ lho». Os metodistas daqueles dias anteriores davam m uita ênfase à religião do coração e eram mais responsivos no culto do que o são hoje. Os Nazarenos insistem em que haja uma experiência de regeneração e crêem num m inistério educado. As várias congregações, como sejam, Assembléias de Deus Pente­ costais, Igreja de Deus e outras organizações semelhantes, têm certas crenças em comum: a santificação instantânea (com a perfeição impe­ cável), batismo com o Espirito Santo, a cura divina e o falar línguas. Como regra geral, a organização eclesiástica é flexível, visto que o governo da igreja é, em algumas destas organizações, uma mistura de


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sistema episcopal com o congregacional. Algumas destas seitas batizam borrifando, outras imergindo. Aexistênciadestas seitas, freqüentemente, édevidoànegligência por parte das denominações evangélicas estabelecidas. Nas zonas rurais tem-se diminuído a atividade missionária, deixando, assim, aberto o campo para os pregadores queapelam às emoçõeseaos preconceitos do povo. Precisamos de revisar os nossos planos missionários e provi­ denciar pelo progresso espiritual e econômico das zonas destituídas. II. Que dizem as Escrituras? (a). Acercada Santificação. A vida santificada deve ser o alvo de cada crente em Cristo. A norma que Deus nos dá é esta: «Sede santos, por­ que eu sou santo.» Temos aqui apresentada a experiência de Paulo: «Nãoquejáatenhaalcançado, ouquesejaperfeito; mas vou prosseguin­ do, para ver se poderei alcançaraqu iloparaoq uefui também alcançado porC risto Jesus. Irmãos, quanto a mim, não julgo que o haja alcançado; mas um acoisa faço, eé que, esquecendo-medas coisas que atrás ficam, eavançando para as que estão adiante, prossigo para o alvo pelo prêmio da vocação celestial de Deus em Cristo Jesus. Pelo que todos que somos perfeitos tenhamos este sentimento» (Fil. 3:12-15). Aqui ele está dizendoqueainda não é perfeito; porém noversículol 5 diz que é perfeito — o que significa ser ele um crente bem desenvolvido, um adulto espiritual. Não havia ele ainda alcançado a absoluta perfeição, aquele estadodesercom pletam ente livredo pecado. A idéiadasantificaçãoque se acha nas Escrituras, como ilustrada na experiência de Paulo, é que é um processo gradual, um «crescimento na graça e no conhecimento do nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo», como Pedro a descreveu (II Pedro 3:18). Excetuando somentea Jesus, não há uma única pessoa sem pecado, mencionada na Bíblia. Jó é descrito como sendo perfeito e justo e que temia a Deus e voltava-se do mal (Jó 1:1); mas em Jó 42:6, o próprio Jó diz: «Por isso me abomino e me arrependo no pó e na cinza.» Isaias não reconhecia a sua própria condição pecaminosa, atéqueviu a si mesmo naluzclaradasantidadedeDeus. Então bradou ele: «A idem im ! que vou perecendo porque eu sou um homem de lábios impuros» (Is. 6:5). Os m em brosdaigrejaem Corintoeram chamados de «santos», e «santifica­ dos em Cristo Jesus», e depois Paulo escreveu a respeito dos pecados deles, dos quais eram então culpados naquele mesmo tempo. O fariseu (Luc. 18:10-14) se orgulhou em que não era como os demais homens, no entanto, Jesus afirmou que o publicano que confessou ser pecador foi justificado antes que o orgulhoso fariseu que exibia a sua justiça. A regeneração é uma obra instantânea do Espírito Santo; a santifica­ ção é a obra contínua, progressiva do Espírito Santo, começada na regeneração e completada na glorificação, quando seremos semelhan­ tes a ele, porque o veremos como ele é (I João 3:2). (b). Concernenteao Espirito Santo — O Espírito Santo convence os pecadores (João 16:8-11), regenera (João 3:3, 6), é dado aos crentes (João7:39), sela(Ef. 4:30), ensina e guia (João 16:13-15), dá poder (Atos 1:8), enche (Ef. 5:18). Mas o batismo pelo Espírito parece ter sido lim itadoà idade apostólica. Lede Atos 1:5; Atos 8; Atos 10:44-47; Atos 11:15-17; Atos19:6; I Cor. 12. Nos tempos apostólicos o m inistério dos


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apóstolos e das igrejas foi atestado ou acreditado por certos sinais, como o ressucitar os mortos (Atos 9:36-40 e 20:9); o curar enfermos (Atos 28:8; 9:33; 5:15; 19:12; 3:7); o pegar nas serpentes (Mar. 16:17-18 e Atos 28:3)o falar línguas (Atos 2el Cor. 14; Atos 10:46; Atos 19:6); sinais e prodígios (Atos 6:8; 8:13 e 14:3). Estas coisas não foram manifestas à parte dos apóstolos. Nos tempos modernos, os homens não ressusci­ tam os mortos, nem bebem veneno, nem pegam nas serpentes, im pu­ nes. Notai, também, que quando os homens falaram línguas, com o no Dia de Pentecostes, havia quem os compreendesse («cada um os ouvia falar na sua própria língua»). Paulo disse que preferiria falar cinco palavrascom oentendim entodoquedezm il palavras em língua desconheci­ da (I Cor. 14:19). M issionários enviados por organizações religiosas que crêem na doutrina de falar línguas ainda têm que aprendera linguagem do povoaquem são enviados, antes que passem a ensinar-lhes alguma coisa. Pelo menos três vezes, durante o m inistério terreno de Jesus Cristo, Deus Pai falou dos céus, testem unhandoapersonalidadeeo m inistério de seu Filho. Através dos séculos ele não tem continuado aquele método. Não é necessário agora, pois os crentes em todas as terras são testemunhas da personalidade e do poder de Cristo Jesus. Assim, quando veio o Espirito Santo, Deus Pai testemunhou-o por meio de sinais e prodígios, como o ressuscitar os mortos, curar os enfermos e falar línguas. Mas agora tudo aqui lo não é necessário, pois m ultidões de pessoas cheias do Espírito testificam da personalidade e do poder do Espírito. Em tudo quanto faz, Deus tem um grande propósito moral. Ele ainda tem o poder de fazer milagres como nos dias de Moisés, Elias, Eliseu e dos apóstolos. Agora, porém, não é necessário. Os mortos não precisam de voltar do túm ulo para convencer os vivos da realidade do céu e do inferno. Estes têm a lei e os profetas e o evangelho — todas estas coisas vitalizadas pelo Espirito do Deus Vivo. Deus ainda cura os enfermos, respondendoàs orações, às de fé, porémele emprega meios e instrumentalidades humanos, para tornar manifestos o seu propósito e poder (Tiago 5:14). É verdade ainda, que qualquer coisa que lhe pedirmos, a recebemos porque guardamos os seus mandamentos e fazemos o que é agradável à sua vista (I João 3:22). Notai essas condições: «porque guardamos os seus mandamentos» e «fazemos o que é agradável à sua vista». A nossa vida, porventura, é tal que possamos pedir e ele cumpre com a sua promessa?


CAPÍTULO VII

QUEM SÃO OS TESTEMUNHAS DE JEOVÁ?

I. A sua história Freqüentemente as «Testemunhas de Jeová» são comentadas nos jornais. E já consegui ram entrarem muitos lares por meio dos seus livros e revistas e fonógrafos. Pelo menos duas vezes, nos últim os anos, a Corte Suprema dos Estados Unidos da América do Norte promulgou decisão envolvendo as Testemunhas de Jeová: uma vez a seu favor por reafirmar o seu direito de d istribu ir a sua literatura; e outra vez, contra as Testemunhas, numa decisão que declara que os Departamentos de Educação podem exigirque as crianças debaixo da sua jurisdição façam continência à bandeira dos Estados Unidos. A seita teve o seu princípio na reunião dum pequeno grupo liderado por Charles T. Russell, vários anos antes de se tornar pessoa jurídica, em 1884. O movimento tem tido diversos nomes — Russellitas, os do Alvorecer do Milênio, a Associação Internacional de Estudantes da Bíblia, a Sociedade Bíblica e de Tratados da Torre de Vigia e Testemunhas de Jeová, sendo-lhe dado este últim o nome em 1931, pelo «Juiz»J.C. Rutherford. Tornou-se presidente da organização depois da morte do «Pastor» Russell, em 1916. O «Juiz» J. C. Rutherford serviu como líder até que «terminou a sua carreira terrena», em 1942. Foi ele a personalidade de maior influência que as Testemunhas já tiveram. Natham H. Know, atual presidente, forneceu o seguinte breve resumo ao editor da Yearbook of American Churches (Anuário das Igrejas Ameri­ canas) em 1949: «As Testemunhas de Jeová têm grupos em quase to­ das as cidades dos Estados Unidos, bem como em outras partes do mundo, com o propósito de estudar a Bibiia. Não fazem relatório de membros, nem anotam a assistência às reuniões. Reúnem-se em salões alugados e não constróem templos para o seu próprio uso.» Os lugares de suas reuniões são conhecidos como «Kingdom Halls» (Sa­ las do Reino). Publicam asua literaturaem muitas línguas. Seus livros e periódicos gozam de uma circulação tremenda. Em 1931 foi anunciado que os livros do «Juiz» Rutherford já haviam passado de 93.000.000 de exemplares, postos em circulação. Afém das suas oficinas impressoras, localizadas


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num grande prédio em Brooklyn (New York), eles usam extensivamen­ te fonógrafos, carros com alto-falantes e rádios. Os seus adeptos são trabalhadores zelosos. A maior parte do seu esforço é gasto entre pessoas já membros de igrejas evangélicas, cujos preceitos são levantados por meio de ensinos subversivos-. Enviam os seus represen­ tantes paraoscam posm issionáriosnoestrangeiro. Em Rodésia, África, por exemplo, provocaram considerável dissensão e m uita discórdia, por haverem denunciado o governo e as missões. Condições seme­ lhantes acham-se na Nigéria. II. As suas doutrinas (a). As Testemunhas de Jeová negam a divindade de Jesus Cristo. Citamos dos seus escritos: «Quando Jesus estava na terra, ele era um homem perfeito, nada mais, nada menos... Nasceu no nível divino para ter a natureza divina na sua ressurreição.» (b). Negam, também, a propiciação de Jesus Cristo. Ensinam que a morte de Jesus, o homem perfeito, apenas abriu o caminho pelo qual Adão poderia ser libertado e pelo qual a raça inteira poderia ter outra oportunidade, no reino milenário, de obedecer a Deus. Os que naquele tempo não lhe obedecerem serão aniquilados. (c). Ensinam que milhões de pessoas agora vivas jamais morrerão. Ser-lhes-á dada a «vida eterna» sobre a terra quando chegar o milênio. (d). Proclamam que após a morte os que não se arrependeram terão outra oportunidade. «Todos devem ser trazidos de novo e lhes deve ser dado um conhecimento da verdade, para que sejam trazidos perante o tribunal e tenham uma oportunidade de aceitar a verdade de que Jesus Cristo é o Redentor da humanidade. O propósito deste processo será o de oferecer a cada indivíduo a oportunidade de ser reconciliado para com Deus e viva.» (e). Negam eles a ressurreição do corpo de Jesus. «As Escrituras», afirmam eles, «não revelam o destino do corpo de Jesus... Podemos apenas suporque o Senhor o tenha conservado algures, para mostrá-lo ao povo na época milenária.» Ensinam que o homem éal ma, mas que não tem alma. Negam que haja existência entre a morte e a ressurreição. (f). Ensinam que«Hades»éasepulturae negam que haja um inferno de castigo eterno. (g). Não têm eles quase nada a dizer quanto à santidade ou à graça de Deus, e bem pouco a respeito do arrependimento, e mesmo isso não está de acordo com as Escrituras. (h). Eles se opõem a todos os governos presentes, recusam-se a fazer continência à bandeira, e são pacifistas intratáveis em tempo de guerra. SSI. Que dizem as Escrituras? (a). A respeito de Jesus Cristo. «Eu e o Pai somos um» (João 10:30). «De quem descende o Cristo segundo a carne, o qual é sobre todas as coisas, Deus bendito eternamente» (Rom. 9:5). «E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós» (João 1:14). Ninguém, sendo mero homem, poderia ser «a luz do mundo» (Vede João 8:12) . Todas as coisas foram criadas por ele (Vede Col. 1:13-18). Jesus afirmou ser tanto o Filho do homem como o Filho de Deus (Luc. 22:69,70).


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(b). Concernente à morte propiciatória de Jesus. «Àquele que não conheceu pecado, Deus o fez pecado por nós; para que nele fôssemos feitos justiça de Deus» (II Cor. 5:21). Lede o capítulo 53 de Isaias e Atos 8:28-35. «Porque também Cristo morreu uma só vez pelos pecados, o justo pelos injustos, para levar-nos a Deus; sendo, na verdade, morto na carne, mas vivificado no espírito» (I Pedro 3:18). (c). A respeito da ressurreição de Cristo. Lede I Cor. 15; Mat. 28; Mar. 16; Luc. 24; e João 20. «Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim, ainda que morra, viverá» (João 11:25). (Lede Luc. 24:39, 40; Atos 2:32; Atos 10:40-41; Apoc. 1:17, 18.) Vede também Atos 9:1-9; 22:3-21; 26:2-23 — aparecimentos do Senhor ressuscitado a Saulo de Tarso, que estivera negando que Cristo havia ressurgido dentre os mortos. (d). A respeito do estado dos mortos. Os mortos não são «almas dormentes». O rico, depois da sua morte, falou com Abraão através do abismo fixo (Luc. 16:19-31). Moisés e Elias falaram com Jesus no Monte da Transfiguração (Mat. 17). Jesus disse ao salteador arrepen­ dido: «Hoje estarás com igo no Paraíso» (Luc. 23:13). Vede Hebreus 12:1, concernente às Testemunhas que nos rodeiam. «Deus não é Deus de mortos, mas de vivos» (Mat. 22:31,32). (e). A respeito de uma outra oportunidade. O rico (Luc. 16) não teve uma segunda oportunidade. «E, como aos homens está ordenado morrerem uma só vez, vindo depois disso o juízo» (Heb. 9:27). Lede II Cor. 5:10. Vede a descrição do juízo final em Apoc. 20:11-15; também lede João 5:28, 29. Tanto o céu como o inferno são eternos. Não há nada nas Escrituras a respeito de um período de espera, após o qual haverá outra oportunidade de salvação para aqueles que morreram sem se arrepender. «Hoje, se ouvirdes a sua voz, não endureçais os vossos corações» (Heb. 3:7-8). «Porquanto, qualquer que, entre esta geração adúltera e pecadora, se envergonhar de mim e das minhas palavras, também dele se envergonhará o Filho do Homem quando vier na glória de seu Pai com os santos anjos» (Mar. 8:38). Aí não há uma segunda oportunidade.


CAPÍTULO VII!

QUEM SÃO OS ADVENTISTAS DO SÉTIMO DIA?

As contribuições e instituições Os Adventistas do Sétimo Dia gozam de alto conceito quanto às suas obras. Eles possuem e operam em 92 hospitais, 52 casas publicadoras com as filia is e em muitas escolas secundárias e primárias. Em 1948, com um total de 672.658 membros no mundo inteiro, deram para todos os fins a quantia de $42,034,536.78, ou seja, $62.49 (sessenta e dois dólares e quarenta e nove centavos) per cápita. Na América do Norte, a sua contribuição per cápita alcançou $135.78. Desta quantia gastou-se a soma de $29.70 para missões estrangeiras, comparada com os 79 cents per cápita dados no mesmo ano pelos Batistas do Sul para missões estrangeiras. Os Adventistas do Sétimo Dia dão no seu relatório um total de 17.313 obreiros evangelísticos trabalhando em 213 campos m issionários organizados e distribuindo a sua literatura em 195 línguas diferentes. Eles dão muita ênfase aos hospitais, às publicações, às escolas e ao evangelismo. Além do dízimo, cada um dos seus membros deve contribuir semanalmente para a obra de missões estrangeiras. II. Sua história e organização Cerca do meado do século dezenove houve uma crença largamente aceita de que o segundo advento de Cristo estava próximo. Em 1844 um pequeno grupo de crentes em Washington, no Estado de Nova Hampshire, começou a observar o sétimo dia, nosso sábado, como o domingo deles, e a se preparar para a volta do Senhor. Em 1860 o grupo, já aumentado, mudou o seu nome para «Adventistas do Sétimo Dia»; a organização foi feita em 1863. A sua primeira casa publicadora foi aberta na cidade de Battle Creek, no Estado de Michigan, em 1861 e fundou-se a sua primeira escola em 1872. O seu primeiro missioná­ rio para o estrangeiro foi enviado à Suíça em 1874, e o primeiro à uma «terra pagã», à África do Sul, em 1894. Agora sustentam missionários em muitas terras. Durante os primeiros três anos após a Segunda Guerra Mundial enviaram 996 novos m issionários para o estrangeiro e


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485 obreiros em gozo de férias voltaram aos seus campos de além-mar. Nos campos m issionários possuem mais de 2.500 escolas. A sua Conferência Geral, que se reúne de quatro em quatro anos, tem departamentos de Educação, Publicações, Missões Medicinais, Rá­ dio, Transporte, etc. Na sua organização mundial há doze divisões principais: América do Norte, América Central, América do Sul, o Norte da Europa, a Europa Central, o Sul da Europa, a África, o Sul da Ásia, a China, o Oriente (incluindo o Japão, a Coréia e as Filipinas), a Austrália e a União Soviética. As igrejas locais são geralmente congregacionais na sua forma de governo, com uma supervisão pelas conferências locais. Uma vez por mês o tesoureiro de cada igreja reúne todos os dízimos e os leva ao tesoureiro da conferência local. São estas, e não as igrejas, que fazem os ordenados de todos os pastores. Os que desejam tornar-se membros da igreja têm de comparecer perante o pastor ou os oficiais da igreja local para serem examinados. O batismo é pela imersão. III. Os seus ensisios Os Adventistas do Sétimo Dia aceitam os Dez Mandamentos como a norma do juízo. Guardam o últim a dia da semana como o seu dia de descanso. Dão muita ênfase à observância da Lei de Moisés. Ensinam que a condição do homem na morte é de inconsciência, e que todos permanecem no túmulo desde a morte até a ressurreição. Declaram que os não arrependidos voltam a viver por um pouco de tempo depois de findar o período de 1.000 anos e após a ressurreição dos justos e que é durante este período que são castigados pelos seus pecados. Então, juntamente com Satanás, deixam de existir. Afirmam que não há um inferno eterno. Ensinam/que no fim dos 2.300 anos de Daniel 8:14, ou seja, em 1844, Cristo, como o Sumo Sacerdote, entrou na fase do juízo do seu m inistério no santuário celestial. O tempo da purificação do santuário é o tempo do juízo «investigativo» para determinar quais dentre as miríades dormindo na poeira da terra são dignos de tomar parte na primeira ressurreição e quais dentre as multidões viventes são dignos de serem transladados. A terra purgada, purificada pela conflagração que há de destruir tanto a Satanás como a todas as suas hostes, será a habitação eterna dos santos do Senhor. IV. Que dizem as Escrituras? (a). Concernente à Lei. Jesus não veio para destruirá Lei, mas para dar-lhe um significado mais profundo e mais rico (Mat. 5:17-20). Os Dez Mandamentos acham-se resumidos nos Dois Mandamentos, assim como Jesus ensinou (Mat. 22:35-40). Os homens são salvos pela graça de Deus, mediante a fé em Cristo e não pelas obras da Lei (Gál. 3:11 e 2:16; Fil. 3:9; Atos 13:38, 39). (b). Concernente ao Sábado. O sábado foi feito por causa do homem e não o homem por causa do sábado. Pelo que o Filho do Homem até do sábado é Senhor (Mar. 2:27). O primeiro dia da semana


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é o memorial da ressurreição de Cristo (Mat. 28:1-6; Mar. 16:1-6; Luc. 24:1-6; João 20:1-21). As primitivas igrejas cristãs se reuniam no primeiro dia da semana (Atos 20:7; | Cor. 16:2). A observância do primeiro dia da semana como o Dia do Senhor data de bem cedo na era cristã. (c). Concernente ao estado dos mortos. Moisés e Elias falaram com Jesus no Monte da Transfiguração (Mat. 17:1-8). Na história do rico e de Lázaro (Luc. 16:19-31) o rico conversou com Abraão através do abismo intransitável. Os crentes em Cristo têm a vida eterna, começando quando aceitam a Cristo como Salvador e Senhor (João 3:16; 3:36; 11:25). Jesus prometeu ao salteador arrependido: «Hoje estarás com igo no Paraíso» (Luc. 23:43). (d). Concernente à salvação e à segurança. O crente arrependido não precisa de esperar até o fim do «julgamento investigador» para então saber se está salvo e se terá parte na ressurreição dos justos. Lede II Tim. 1:12; Rom. 8:38, 39. «Sabemos que já passamos da morte para a vida, porque amamos os irmãos» (I João 3:14). Vede I João 5:13. (e). Concernente ao juizo final, o inferno e o céu. Lede Mat. 25:41 e 46 e 9:48. O fogo não se apaga. O fogo é eterno. A vida do crente é eterna; o castigo para os não arrependidos também é eterno. Se o céu é eterno, também o é o inferno. Lede a descrição do Dia de Juízo Final no Apocalipse 20:11-15. «Buscai ao Senhor enquanto se pode achar; invocai-o enquanto está perto.»


CAPITULO IX

QUEM SAO OS CIENTISTAS CRISTÃOS?

I. Sua história A denominação chamada «Ciência Cristã», fundada por Mrs. Mary Baker Glover Paterson Eddy, teve a sua origem como denominação em 1879, ainda que Mrs. Eddy afirme ter descoberto esta religião em 1866. Seguindo-se um periodo de dissenção e desorganização, foi reorganizada em 1892, com a Igreja Madre da Ciência Cristã localiza­ da em Boston, no Estado de Massachusetts. A igreja madre inclui não somente os membros que residem na cidade de Boston, mas também a maior parte daqueles que vivem em outras partes do mundo. Conforme o Relatório do Censo Religioso de 1936, das 268.915 pessoas que foram arroladas naquele recenseamento como «cristão cientistas», 136.504 se declararam membros da «Mother Church» (igreja madre). O privilégio de ser membro foi restrito aos que tivessem pelo menos doze anos de idade. Como a Sra. Eddy que, antes da organização dos «cristãos cientistas», era congregacionalista, muitos dos atuais eram outrora aderentes de outras organiza­ ções religiosas. Já foram escritos m uitos capítulos a respeito da fundadora da Ciência Cristã. Durante a sua juventude, sofria de uma enfermidade que voltava de tempos em tempos, com histeria freqüente. Casou-se três vezes. Ainda que a Ciência Cristã ensine que a morte é uma ilusão, a Sra. Eddy, nascida em 1821, morreu em 1910. Era autora de Science and Health (Ciência e Saúde), que nas reuniões da Ciência Cristã está a par com a Bíblia. As suas congregações não têm pastores, mas «Leitores» que, em cada um dos seus cultos, lêem seleções de Science and Health (Ciência e Saúde) prescritas pela igreja madre, bem como algumas passagens da Bíblia. O Christian Science Monitor, um jornal que sai diariamente e é de um conceito desusual, leva em quase todas as edições uma breve mensagem de propaganda da Ciência Cristã, numa língua num dia, noutra no seguinte, e assim por diante, até que a sua mensagem tenha alcançado muitos povos diferentes.


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II. Os seus ensinos Os «cientistas cristãos», para citarmos dos próprios livros deles, ensinam que Deus é um Princípio, não uma Pessoa. Negam que haja uma deidade pessoal, um diabo pessoal, ou um homem pessoal. «Deus é Princípio,e não uma pessoa.» «O homem era e é a idéia de Deus, a concepção da Mente eterna. Sempre o homem estava na Mente, porém a Mente não estava no homem.» «Tudo é mente, a matéria é apenas uma suposição, um sonho sem o sonhador.» «Qualquer coisa que apele ao sentido mortal é apenas um sonho.» «A morte é só uma ilusão; não há morte.» «Quando se dá um acidente, pensa-se ou diz-se ‘Estou m achucado!’ e ò pensamento é mais poderoso do que a palavra. Se for invertido o processo e se declara que não se machucara, e o creia — ou, melhor ainda — o compreenda, há de se descobrir que os bons efeitos seguintes estão exatamente na proporção com a sua metafísica e a sua descrença na física.» «O mal é uma ilusão — um erro.» «Um homem mau é um erro.» «O diabo é um ‘erro’, não uma ‘pessoa’.» «A palavra ‘Adão’ significa erro e não homem... A palavra deve ser escrita ‘Adomn’.» «O Princípio de todo o ser é harmonioso, nunca levando discórdia como pecado, doença, ou morte. A enfermidade é apenas uma idéia, e o compreender isto é destruirá idéia e quebrar a força da enfermida­ de. Deve-se argumentar com o paciente num sentido mental, para convencê-lo de que ele não tem febre. Destrói a crença do paciente a respeito de que ele tenha febre. Destrói o medo, e o corpo voltará a exercer as suas funções normais.» «Se uma criança tiver difteria ou escarlatina, nossos pensamentos devem ser tão fortes que vençam a enfermidade, e que tornem possível o restabelecimento da criança.» Mas já conheci alguns casos fatais, em que as crianças morreram porque certos membros da família, sendo «cristãos cientistas», recusaram chamar um médico. E também já soube de alguns casos diferentes em que «cristãos cientistas», gravemente enfermos, voltaram da sua vã filosofia, rece­ beram o tratamento de um médico e recuperaram a saúde. Uma amiga nossa, «cristã cientista», foi interrogada: «Se a senhora crê que a morte é uma ilusão, porque é que ,‘cristãos cientistas’ morrem como outras pessoas?» Respondeu ela: «É porque tanta gente crê na morte. Quando a maioria chegar a rejeitar a crença na morte, então o povo não mais morrerá.» Declara a Science and Health (Ciência e Saúde): «O resultado é controlado pela maioria de opiniões no quarto do doente!» Se Deus é Princípio, e não uma Pessoa, então nós não podemos orara um Princípio. Também não haverá necessidade de d irig ir a Deus as petições, e nem de lhe agradeceras bênçãos recebidas. Não haverá efrcácia em petições verbais. As vezes a ciência cristã possui valores, por exemplo, quando o paciente sofre de males ou desordens funcionais imaginários, e essa doutrina lhe vira o pensamento na direção de força e saúde. Os médicos aprenderam, há m uito tempo, que com prim idos de pão ou água colorida, em alguns casos, ajudaram a recuperação da saúde.


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Tivemos um amigo m uito querido, e um dos melhores jornalistas no Estado de Texas, que por muitos anos era um «leitor» na sua congregação da «ciência cristã». Finalmente, chegou a reconhecer a futilidade da «ciência cristã» e aceitou aviva fé cristã. «Fiquei cansado de adorar definições de Deus», testificou ele, «e agora adoro ao Deus vivo». III. Que dizem as Escrituras? (a). Concernente ao Deus pessoal e vivo. «Quem me viu a mim, viu o Pai» (João 14:9). «O Verbo se fez carne, e habitou entre nós» (João 1:14e 20:27). «O Senhor Deus é a verdade; ele mesmo é o Deus vivo e o Rei eterno» (Jeremias 10:10). «Não há outro Deus senão Eu; Deus justo e Salvador não há fora de mim. Virai-vos para mim, e sereis salvos, vós, todos os termos da terra; porque eu sou Deus, e não há outro» (Is. 45:21,22). Vede também Heb. 9:14; I Tess. 1:9; Salmos 23; Apocalipse 1:17, 18. (b). A respeito da doença e da enfermidade. Três vezes Paulo suplicou ao Senhor que lhe removesse da sua carne o espinho (II Cor. 12:7-9). Vede II Reis 20, a doença de Ezequias; de Uzias (II Crôn. 26:16-23). Jesus curou a muitos, das suas enfermidades, não de ilusões (vede Mat. 9:27-31; João 9:1-7; Mar. 5:1-20; Mat. 9:22; Luc. 17:11-19). Vede Tiago 5:13-18, onde se trata da eficácia da oração e do uso de meios para curar. (c). No tocante à oração. Vede a oração modelo (Mat. 6:9-13). Lede João 17 para terdes a oração sacerdotal de Jesus. Não recebemos porgue não pedimos (Tiago 4:2), ou porque as nossas petições são egoístas (Tiago 4:3; Mar. 10:35-45). Dai graças a Deus pelas bênçãos recebidas (Fil. 4:6; Luc. 17:16); pelas orações respondidas, vede Atos 12:5-12; II Reis 4:32-35 e 6:17. Somos ensinados a intercedermos pelos.outros (Jó 42:10; Êx. 32:31, 32; I Sam. 12:23; Col. 1:9; Rom. 10:1). Cristo e o Espirito Santo intercedem por nós (Rom. 8:27 e 34). (d). Concernente à realidade do pecado e da morte propiciatória de Jesus. Lede Isaías 53. Vede Rom. 3:32; II Cor. 5:21; I Pedro 3:18; I João 1:7-10; Rom. 5:8-10; Heb. 9:14. A Science and Health não pode oferecer conforto e coragem em tempos de luto e desolação. Somente o nosso Senhor vivo pode dizer: «Não temais, pois eu estou convosco... Basta-te a minha graça... Quem anda na escuridão e não tem luz, que confie no nome do Senhor, e se fie no seu Deus.» Entre os nossos conhecidos há duas senhoras cujos maridos faleceram. Uma destas é «cristã cientista», a outra uma crente devota. A que segue a «ciência cristã» era incon­ solável, pois não tinha uma fé viva, nenhuma esperança em que pudesse confiar, nem um refúgio eterno. A crente, no entanto, era sustentada por uma fé triunfante. Ela se rogozija com o reconheci­ mento da presença e do poder do Senhor vivo e terno — o Pastor da sua alma. De fato ela pode dizer: «Ainda que eu andasse pelo vale da sombra da morte, não temeria mal algum, porque tu estás comigo» (Salmos 23:4). A Science and Health (Ciência e Saúde), com os seus sonhos vazios e ilusões vãs, não pode oferecer esperança ou auxílio tais como os que o crente tem.


CAPÍTULO X

QUEM SÃO OS MÓRMONS?

I. Sua história A Igreja dos Santos dos Últimos Dias foi fundada em 1830, no Estado de New York, por Joseph Sm ith. Conta-se a história de que numa luta entre os nefitas e uma facção que se lhes opunha, quase todos os nefitas foram destruídos. Esta pequena colônia fugiu de Jerusalém até a Arábia, daí através dos oceanos Índico e Pacifico até a América do Sul. Mais tarde rumaram para a América do Norte. A história deste período de 600 a.C. até 420 d.C. foi escrita em tábuas de ouro, por Mórmom, e entregue a seu filho, Moroni, que enterrou as tábuas num morro perto de Palmira, Estado de New York. O Sr. Joseph Smith declarava haver sido conduzido mediante uma visão a este local, e em 1827 o espírito ressuscitado de Moroni entregou-lhe as tábuas. Diz-se que estas tábuas foram traduzidas em O Livro de Mórmon, contendo uns quinze livros, do qual grande parte, em forma toda misturada, é tirada da nossa Bíblia. No começo de 1838, o Sr. Smith mudou-se para o Estado de Missouri, mas foi expulso daquela região e localizou-se em Nauvoo, Estado de Illinois, onde, em 1844, foi morto por uma turba. Pouco mais tarde, foi eleito presidente da igreja o Sr. Brigham Young, ainda que um grupo de dissidentes se retirasse e fundasse a Igreja Reor­ ganizada dos Santos dos Últimos Dias, com a sua sede na cidade de Independence, no Estado de Missouri. A igreja original, conduzida por Brigham Young, mudou-se para o Vale do Lago Salgado (Salt Lake Valley), no Estado de Utah, onde, durante quase um século, tem conseguido fundar um forte sistema religioso, econômico e político, sendo a Salt Lake City o centro, e influenciando estados adjacentes. Possuem dois grandes prédios em Salt Lake City: o Templo, do qual é vedada a entrada aos gentios, e o Tabernáculo, com o grande órgão, no qual o público, cumpridas certas condições, pode entrar. Está sendo realizada em muitos paises uma extensiva obra missionária, com os mórmons indo dois a dois, e distribuindo a sua literatura e propagando a sua fé.


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II. Os seus ensinos (a). Antes que alguém possa entrar no reino dos céus, tem de ser batizado por imersão, para remissão dos pecados, e receber o dom do Espirito Santo pela imposição das mãos, sendo que em cada caso o adm inistrador deve ser propriamente qualificado. (b). Os cargos apostólicos são perpetuados — apóstolos, profetas e outros oficiais, com manifestações de línguas^ Há dois sacerdócios — o de Melquisedeque, o maior; e o de Arão, o menor. Somente os do sacerdócio de Melquisedeque podem ser eleitos à presidência e a outros cargos elevados; os do sacerdócio de Arão dirigem os negó­ cios temporais da igreja — os sacerdotes, mestres e diáconos. O direito de transm itir o Espírito Santo é reservado aos da ordem de Melquisedeque. João Batista, sendo membro do sacerdócio aarônico, podia batizar, mas não podia transm itir o Espirito Santo. Filipe, em Samária, teve de mandar buscar a Pedro para que este transm itisse o Espírito Santo. (c). No reino dos espíritos dos mortos, estes podem ouvir o evan­ gelho e ter outra oportunidade de se arrepender, de se melhorar e de se reconciliar com Deus. Os vivos podem ser batizados em prol dos mortos, visto que o batismo é necessário para a salvação. A glória destes será terrestre, não celeste. (d). O livro de Mórmon é superior à Bíblia: (1). A sua tradução é infalível; (2). Tem muitas profecias não achadas na Bíblia; (3). As dou­ trinas são mais claras neste livro do que na Bíblia. (e). O convertido dá à igreja o dízimo da sua propriedade e depois o dizimo da sua renda. (f). Começando com Brigham Young, em 1852, a poligamia era ensinada e praticada até que as leis decretadas pelo Congresso e as decisões da Corte Suprema dos Estados Unidos proibiram tais práticas. Anos mais tarde, entretanto, especialmente quando surgiu a questão do Estado entrar na União, os mórmons foram acusados de ainda estarem praticando a poligamia. (Em 1953 um pequeno grupo deles ainda a praticava, conforme notícias publicadas em Life e Time — nota do tradutor.) (g). Os seus pontos de vista materialistas concernentes a Deus e aos casamentos celestiais não estão m uito longe dos ensinos do Maometismo. III. Que dizem as Escrituras? (a). Concernente à Biblia. Temos uma palavra certa de profecia dada pelo Espirito Santo (II Pedro 1:19-21; I Pedro 1:10-12; Rom. 15:4; II Tim. 3:14-17). Nada deve ser acrescentado à Bíblia, nem tirado dela (Apoc. 22:18-19). Ela é bastante clara para ser compreendida por qualquer pessoa. Lede a história da conversão do tesoureiro etíope (Atos 8:2738); do carcereiro (Atos 16:19-34); dos tessalonicenses (I Tess. 1:5-10). Ledeas histórias da transformação de pagãos, mediante a pregação das Escrituras naÁfrica, nas ilhas Fiji, em Novas Hébridas, ou em qualquer outro pais em redor do globo. (b). Concernente a Deus. Ele é o Deus vivo, uma Personalidade (Is. 57:15; 40:28-31; Atos 7:55-56; Apoc. 1:18; Atos 17:24-26; Salmos 23).


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Deus é espírito, não carnal como ensinam os Mórmons (João 4:24; Fil. 3:3; João 1 :1 8 ;6 :4 6 ; IT im . 6:16). Nos corpos espirituais, nãonacarne, os crentes serão semelhantes ao seu Senhor (I Cor. 15:42-49; Rom. 8:29; Fil. 3:21; I João 3:2). Deus é santo e sem pecado, não sensual (I Pedro 1:16; Is. 6:3; Apoc. 15:4; Tia_go 1:13- Heb. 9:14). (c). Concernente à Salvaçao e ao Batismo. Vede o estudo sobre os Discípulos, Cap. III. (d). Concernente á outra oportunidade de ser salvo, após a morte. LedeahistóriadoricoeLázaro(Luc. 16:19-31). Ali não há outra oportuni­ dade. «E como aos homens está ordenado morrerem uma só vez, vindo depois disso o juízo» (Heb. 9:27). Vede a história das virgens néscias (Mat. 25:1-12). Vede também João 12:35, 36. (e). Concernente ao casamento celestial. Vede Mat. 22:30; Mar. 12:25 e Luc. 20:35. Sobre o casamento terrestre, de um homem e uma mulher, vede Mat. 19:5-9; Ef. 5:31; Rom. 7:2, 3 e I Cor. 7:39.


CAPÍTULO XI

QUEM SAO OS CATÓLICOS ROMANOS?

I. A sua história Não há evidência histórica de que Pedro fosse o primeiro Papa, e nem tampouco que jamais tivesse estado em Roma. Sabemos que Pedro tinha uma esposa (Mat. 8:14; I Cor. 9:5). Sabemos que Paulo reprovou a Pedro (Gál. 2:11, 14), o que seria um tanto esquisito caso Pedro fosse Papa! No segundo século discernimos os começos dum sistema eclesiásti­ co que, através dos seguintes três ou quatro séculos, desenvolveu-se no papado. Gradualmente os bispos ou pastores em centros como Roma, Antioquia, Alexandria, Constantinopla e Jerusalém chegaram a possuir mais influência que os outros lideres espirituais. O segundo século não havia terminado, quando o bispo em Roma assumiu uma atitude de superioridade para com os outros. Cedo neste desenvolvimento cada bispoerachamadode«papa», porém m a istardeotítulofoi restringidoao bispo em Roma. Léo, o Grande (440-461), aperfeiçoou a teoria do po­ der papal sobre outras igrejas. Gregório, o Grande (590-604), pode ser considerado o primeiro dos papas absolutos. Entre os fatores contri­ buintes para o crescimento do poder papal em Roma, havia, conforme o historiador Newman, a reconhecida supremacia de Roma no Ociden­ te, a transferência da capital imperial de Roma para Constantinopla e a conseqüente oportunidade para o exercício do poder papal em Ro­ ma, as alianças feitas com os líderes das invasões dos barbaros e a relativa liberdade dos agudos conflitos doutrinários como no Oriente. A Igreja Católica Romana foi modelada principalmente pelo padrão do Império Romano. Cipriano de Cartago, perto do fim do segundo século, era um dos prim eirosaem pregaroterm o«algrejaCatólica», eaensinarque não há salvação forada igreja. Foi ele o pai do sacerdotalismo — a teoria de que a igreja reside no sacerdócio. Achamos o primeiro caso de batismo infantil perto do fim do segundo século. De passagem, notamos que, conforme a Enciclopédia Católica, a imersão prevalecia na Igreja Católica Romana até o décimo-quarto século.


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Juntamentecom estes desenvolvimentos haviaaexigênciacrescente, enquanto a igreja perdia cada vez mais dos seus cultos os elementos espirituais eacompreesão das funções interiores da graça de Deus, de dar mais atenção às manifestações externas no culto. Formas pagãs, com a ênfase sobre o m istério e a magia, influenciaram a igreja. O sacerdote, o altar, a missa e as imagens chegaram a ser dominantes no culto. A autoridade era localizada numa igreja infalível, antes que na vontade de Deus como ela se acha revelada nas Escrituras. O Cisma entre o Ocidente e o Oriente logo se tornou aparente, e a ruptura final chegou em 1054, com a Igreja Ocidental ou Romana, localizada em Roma, e a Igreja Ortodoxa ou Oriental, investida nos qua­ tro patriarcados de Constantinopla, Jerusalém, Antioquia e Alexandria, sendo que a precedência honorária foi dada a Constantinopla. A hierarquia católica romana, quando completa, consiste num Papa, setenta membros do Colégio dos Cardeais, que aconselham ao Papa e elegem o seu sucessor, e muitos arcebispos e bispos. As estatísticas oficiais dadas em outubrod el 949, acusam um número total de católicos no mundo, de 423.000.000. O número triplicou na África nos últim os vinte anos. No seu programa dá-se muita ênfase aos hospitais, às escolaseàliteratura. Hápoucosanosum sacerdote católico romano, no Vaticano, declarou que cada quilôm etro quadrado do mundo está registradoem m apaláem Rom a,equenão existe para os lideres de Roma «o homem esquecido». Por m uito tempo os católicos romanos insistiam em que estavam cuidando dos interesses espirituais da América Latina e que os protes­ tantes não deviam entrarali. Ficaram alarmados pelas atividades e pelos sucessos dos evangélicos na América Latina e num livro intitulado «A CaSHorFortyThousand»(UmaChamada para Quarenta Mil), foi feito um apelo para que houvesse mais 40.000 sacerdotes ou padres para a América Latina. Dentrodos últim os poucos anos os católicos romanos têm se tornado cada vez mais diligentes no seu propósito de ligar o governo dos Estados Unidos da América do Norte ao do Vaticano. Isso se tornou evidente quando o presidente dos Estados Unidos nomeou seu representante pessoal junto ao Vaticano e também na recente sugestão de que um embaixador oficial fosse enviado do USA ao Estado do Vaticano; nos esforços persistentes deconsegu ir m aiorcontfole nas escolas públicas, especialmente nas escolas primárias e secundárias; e na propaganda mundial de que na lutacontrao comunismo há somente uma alternativa, apenas uma esperança — o catolicism o romano — e que os governos que se opõem ao domínio soviético devem reforçar os católicos romanos. Existe, entretanto, outra alternativa — o cristianism o evangélico que, tão d issi mi lar tanto ao com unismo como ao catolismo, não é totalitário, e oferece as liberdades duma vital civilização cristã — a liberdade de reunião pública, liberdade de imprensa, liberdade de palavra, e, acima de tudo, liberdade de louvar a Deus sem restrição, mas também liberdade para propagar o Evangelho do Deus vivo. Cristo é o único que pode libertar os homens. A perseguição pelo papado tem caracterizado a história dos católicos romanos sempre e onde quer que estivesse na maioria. Lede outra vez a história da inquisição Espanhola, a perseguição aos Huguenotes, a Guerra de Trinta Anos. Passai em revista o registro de perseguição


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destes últim os meses na Espanha, na Itália, na Colômbia e em outras terras onde predomina o papado à cena pública. I!. Os seus ensinos O âmago do ensino católico romano é a doutrina de que não há salvação tora da Igreja. Os batistas ensinam que a vida eterna está no Filho de Deus (I João 5:11); os católicps romanos ensinam que ela está na Igreja. Concernente às Escrituras, o Cardeal Gibbons escreveu: «As Escri­ turas nunca podem servir como completa regra de fé e guia completo para o céu independentemente dum vivo intérprete autorizado... A Palavra de Deus, bem como a lei civil, deve ter um intérprete cujas de­ cisões seremos obrigados a obedecer.» E’ vedado aos católicos roma­ nos o direito privado de interpretação das Escrituras. Os católicos romanos têm sete sacramentos: batismo, confirmação, eucaristia, penitência, extrema unção, ordens e matrimônio. O cardeal Gibbonsdefinesacram entocom o«um sinal visivel instituido por Cristo, pelo qual a graça é encaminhada às nossas almas». Concernente ao batismo, que eles consideram essencial à salvação, ele escreve: «Por vários séculos depois do estabelecimento do cristianism o, o batismo geralmente era administrado pela imersão, porém, desde o décimo se­ gundo século, a prática do batismo por aspersão tem prevalecido na Igreja Católica Romana.» Os católicos romanos dão muita importânciaao confissionário. É esta uma das instituições principais do catolicism o romano. Eles glorificam a missa e ensinam que «a presença verdadeira, real e substancial do corpo e do sangue de Cristo está no pão e no vinho». Ensinam que há um «purgatório», um «estado interm ediáriodecastigo temporário» determinado para aqueles que não morreram em pecados veniais, ou que não satisfizeram a justiça de Deus pelos pecados já perdoados. A venda de indulgências em favordas almas no purgatório foi um dos abusos queavivaramo fogo da Reforma. O papado proibe o casamento entre duas pessoas batizadas, sendo uma católica e a outra hereje. Um casamento sem a bênção sacerdotal não é reconhecido como válido. Um padre não realizará um «casamen­ to misto», a não serq ue o não-católico tenha assinado um compromisso garantindoquequaisquer filhos que nascerem ao casal serão criados na Igreja Católica. Acontece que muitos desses casais deixam por completo de assistir à igreja. No outono de 1950, o papa promulgou o dogma da ascenção de Maria — doutrina esta que afirma que depois de morta, Maria, a mãe de Jesus, foi levada ao céu no seu corpo material. É este o primeiro dogma anunciado desde o da infalibilidade papai, que foi adotado em 1870. O dogma da conceição imaculada de Maria, que afirma ter sido ela livre da mancha do pecado original, foi adotado em 1854. Não existe nenhuma base autorizada nas Escrituras por nenhum desses dogmas. No sistema católico romano o culto a Cristo tem sido eclipsado pelo culto prestado à Maria. Os adoradores pensam que recebem graça e salvaçãoporintermédiodela. A quicitam osaencíclicadoPapaPio IX: «A base toda da nossa confiança é colocada na mais santa Virgem... Deus tem colocado nela a plenitude de todo o bem, de maneira que daqui em


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diante, se houver alguma esperança em qualquer de nós, se houver aiguma graça, se houver salvação, teremos de recebê-la total e unicamentedela, conformeavontadedaquelequedesejaque possamos todas as coisas por intermédio de Maria.» III. As Escrituras (a). Concernente à autoridade: Mat. 28:18; Rom. 14:9; Fil. 2:11; Ef. 1:22 e João 16:13. (b). Concernente ao sacerdócio: (Cristo é o nosso Sumo Sacerdote); Heb. 3:1; 10:11-14; 4:14-16; 2:17; 7:26, 27; Ef. 2:18; I Tim. 5:2. O sacerdócio dos crentes: I Pedro 2:5 Apoc. 1:6. (c). Concernenteàsalvação: Porinterm édiodeC risto, não por homem algum ou porinterm édio de Maria: Ef. 2:9-18; Atos16:30, 31; Rom. 11:6; Atos 10:43; A to s4:12; I João 5:12. A remissão de pecados e a vida eterna são pela graça de Deus mediante fé em Jesus Cristo e não por meio de sacramento ou ordenança alguma. (d). Cristo deu a suas igrejas duas ordenanças: memoriais — não sacramentos — o batism oeaceiadoS enhor: I Cor. 11:23-25; Rom. 6:4; Mat. 3:15-16; Mat. 28:19, 20; I Cor. 15:3, 4. (e). Concernente ao m inistério. Vede o estudo sobre os episcopais. (f). Concernente à separação e ao serviço: Uma das in s titu i­ ções do catolicism o romano é o m onasticismo —- ordens de mon­ ges e de freiras. O Novo Testamento ensina que os crentes devem ser separados do mundo quanto aos seus ideais e práticas (Heb. 7:26; Rom. 12:2; Tiago 1:27; II Cor. 6:17; I Cor. 5:11; II Tess. 3:6 e 14; Rom. 16:17), porém o ascetismo — o afastamento para a vida solitária — não é reconhecido no Novo Testamento. Jesus associava-se ao povo. Notai a sua oração em João 17:15. Não havia nenhum mongeou freira nas longas listas de crentes dadas pelo apóstolo Paulo. Vede Romanos cap. 16 e I Cor. cap. 16. Temos assim comentado o sistema católico romano. Já conhecemos individuos católicos romanos que eram m uito melhores do que o seu credo, que criam que os pecadores são salvos pela graça de Deus m edianteafénoSenhorJesusCristo; quepossuindoum atalfé, estavam confiando no «Sumo Sacerdote das coisas vindouras» para a sua salvação eterna. Mas o papado mesmo não oferece o Caminho, a Verdade e a Vida às almas confundidas que perguntam: «Que me é necessário fazer para me salvar?» Nota — O leitor encontrará informação mais detalhadas a respeito do catolicism o, no livro de Adolfo Robleto — O Catolicismo Romano, análise à luz do Concilio Vaticano II, editado pela JUERP.


CAPÍTULO XII

QUEM SÃO OS BATISTAS?

I. A sua história Anos atrás, foi alegado que o bispo duma diocese episcopal, no oeste deTexas, havia dito que deveria haverapenas três denominações: — os católicos romanos, os batistas e todas as demais igrejas na terceira denominação, entre as quais sendo a diferença apenas a nonada. Sem dúvida alguma, os católicos romanos e os bátistas são distinguidos na sua crença. É justo, portanto, que esta série de discussões termine com um estudo sobre os batistas. Nem sempre o nosso povo tem sido chamado de «batistas», mas na sua crença e na sua praxe são substancialmente idênticos com as igrejas do Novo Testamento. Diferentes de muitas outras denomina­ ções, os batistas não tiveram a sua origem, dentro destes últim os três ou quatro séculos, ligada a uma personalidade humana. A verdadeira sucessão que os batistas avaliam não é a sucessão histórica nem a persistência de algurç nome, porém a identidade espiritual com grupos de crentes, tanto na época apostólica como através dos séculos, que aceitavam e praticavam o que o Novo Testamento ensina. As igrejas batistas não sofreriam nenhuma perda se sum is­ sem todos os credos feitos por homens. Como nós a entendemos, a Bíblia é a nossa única e suficiente regra de fé e de_prática. Dentro de um século ou dois depois da ressurreição e ascensão de nosso Senhor, as igrejas primitivas foram grandemente perturbadas pelos «desregrados e vãos oradores e enganadores». Nas epístolas do NovoTestamento háreferências aos subversores daqueles dias, em que ensinavam que a salvação vem peia lei antes que pela graça, ou que negavam a deidade e ressurreição de Cristo, e se dedicavam a contro­ vérsias intermináveis, que nada resolveram e nada contribuíram para o conhecimento geral. Logo emergiram as heresias da regeneração batismal, do batismo infantil, do predomínio de certos bispos so­ bre outros bispos, o controle da religião pelo Estado e a persegui­ ção dos dissidentes. Mas sempre, pelo caminho da história, mesmo através da Idade Escura, havia grupos de crentes que, como seu Senhor, suportaram a cruz, desprezando a ignomínia. Eram chamados


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por vários nomes, porém continuavam verdadeiros em relação ao Nome, aquele Nome que está acima de todo nome, pelo qual todos os pecadores podèm ser salvos e os santos podem ser sustentados e fortalecidos. Qualquer que fosse o nome dado a eles, criam na liberdade da alma, na salvação pela graça, na necessidade do membrodaigrejaserregenerado, no sacerdócio dos crentes, no batism o somente de crentes e na separação absoluta entre a Igreja e o Estado. Abriram um caminho que muitas vezes ficou marcado pelo seu sangue derramado em devoção à Palavra de Deus. Este povochamado Batista fez várias contribuições significativas ao mundo. No seu esforço m issionário, deu a Guilherme Carey, Adoniram Judson e a muitos outros pioneiros na evangelização mundial. Advogavam oprincipiodum algrejalivrenum Estado livre, efundaram na América do Nortea primeira comunidade civil, onde os homens estavam livres para adorarem a Deus segundo os ditames da sua própria consciência. Eram eles, os batistas, os lideres em incluir na C onstitui­ ção dos Estados Unidos da América do Norte a Carta Magna, garantindo os direitos dos cidadãos. O Sr. Henrique Dunster, primeiro presidentedo Harvard College, foi obrigado a pedirdemissão porcausa da sua persistência em se opor ao batismo infantil (Newman). Os batistas enriqueceram a literatura do mundo, sendo que O Peregrino, segundo em circulação (a Bíblia sendo o primeiro), foi escrito por um pastorbatista. Muitos dos grandes hinos antigos tiveram batistas como autores. Dentre as fileiras batistas saíram m uitos líderes mundialmente conhecidos — eruditos, cientistas, médicos, juristas e estadistas. As nações têm sido abençoadas pela vida e mensagem de tais profetas de Deus como C. H. Spurgeon, Alexandre Maclaren, Johann G. Oncken, João A. Broadus, João Clifford, JorgeW . Truette A. J. Gordon — todos batistas. 81. Os seus ensinos (a). Cremos na liberdade da alma. Cada indivíduo normal é respon­ sável diante de Deus pelas suas próprias escolhas morais e espirituais. Toda pessoa deve ser protegida, portanto, nestas escolhas, quer escolha ser protestante, católico, batista, muçulmano ou ateu, sem a iterposição ou interferência de papa, padre, parente ou potestade. Ninguém tem o direito de coagir a outrem no reino espiritual, quer pertença à maioria, quer à minoria. Nem evangélicos nem católicos possuem estedireito, nem na Am éricado Norte nem nadoSul e nem em outro qualquer país ou comunidade. (b). Os batistas crêem na separação entre a Igreja e o Estado. Temos a ordem de dar a César o que é de César e a Deus o que é de Deus. O Estado não deve presumir a mandar na Igreja, e nem a formar alguma aliança ou pacto com qualquer organização eclesiástica. (c). Os batistas crêem na salvação pela graça de Deus mediante a fé em nosso Salvador crucificado e ressuscitado, e não pelas obras da lei, por ordenanças ou por cerimônias. Não adoramos um Senhor morto, porém um Cristo vivo. (d). Os batistas crêem que só pode ser membro da igreja aquele que já foi regenerado antes de ser batizado. O novo nascimento pelo Espírito de Deus deve preceder o ser membro da igreja. O batismo é


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um sím boio da experiência pela qual as pessoas são sepultadas juntamente com Cristo e ressuscitadas para andarem em novidade de vida com o Senhor. O batismo absolutamente não é regeneração. (e). Os batistas aceitam a Cristo como Senhor. Devemos fazer tudo quantoeleordenar. Asduas ordenanças não nos salvam, porém, como o Dr. J. F. Love gostava de dizer, «elas conservam o Evangelho que salva». Não somente devemos pregar a Cristo Jesus como Senhor, mas devemos guardar os seus mandamentos e fazer aquelas coisas que são do seu agrado. Devemos obedecerá sua comissão e fazer discípulos de todas as nações. (f). Os batistas crêem que as igrejas neotestamentárias são locais, visiveis, independentesecompostasdecrentesbatizadose não sujeitos a nenhum oficial ou organização eclesiástica. Seguindo o padrão do Novo Testamento, estas igrejas devem cooperar umas com as outras, como nos dias de Paulo, m inistrandoaos necessitados e testemunhan­ do até os confins do mundo, obra esta tão grande que nenhuma igreja sozinha pode fazer. Para este fim , temos associações e convenções, porém nenhuma destas organizações cooperadoras possui jurisdição alguma sobre outra organização. Cada igreja batista cooperadora no território imensodo Brasil está tão pertodaConvenção Batista Brasileira como o estádaassociação do seu distrito ou da sua convenção estadual. III. Que dizem as Escrituras? (a). Concernente à liberdade da alma e à responsabilidade pessoal: Rom. 14:12; Josué24:15; Atos4:19, 20; Ez. 18:20; João 1:12. Não pode haver procuração no reino de Deus. (b). Concernente à separação entre a Igreja e o Estado: Mat. 22:21; Atos 5:28-29. (c). Concernente à salvação pela graça: Ef. 2:8; Atos 15:11; I Cor. 15:10; Rom. 6:23; Rom. 5:20, 21; Fil. 3:9; Rom. 3:21-24, 28. (d) Concernente à necessidade absoluta da pessoa ser regenerada antes de ser membro da igreja: João 3:6, 7,16; II Cor. 5:17; Gál. 6:15; Ef. 4:24; Atos,8:13 e18:23; Atos 19:1-5; Rom. 8:5; 10, 16. (e). Concernenteàsegurança dos crentes: Rom. 8:38, 39; Rom. 5:10; II Tim. 1:12; João 10:27-29; Fil. 1:6; João 5:24. (f). Concernente a Jesus como Senhor: II Cor. 4:5; Atos 22:10; Mat. 28:18-20; Rom. 14:9; Fil. 2:9-11; Ef. 1:21-23; I Cor. 15:25; João 14:15 e 15:14. (g). Concernente ao batismo: Mat. 3:16; Atos 8:38, 39; Rom. 6:4. (Conformeos m aiseruditos na línguagrega, a palavra baptizo traduzida «batizar» significa «mergulhar» ou «imergir».) A imersão do crente em águanãoéum «m odo»de batismo, é batismo mesmo. Isto, e mais nada, éo batismo escriturai, nenhuma outra coisa, nem mesmo a imersão, se for feita com o intuito de salvar, é o batismo neotestamentário. O batismo proclama, não procura, a salvação. «Pela graça sois salvos, mediante a fé; não vem das obras.» (h). ConcernenteàCeiadoSenhor: Mat. 26:26-28; Mar. 14:22-24; Luc. 22:19, 20; I Cor. 11:18-26. A Ceia do Senhor é uma ordenança da igreja, uma ocasião memorial. A mesa é do Senhor, não nossa. As duas ordenanças entregues às igrejas são retratos do coração ou âmago do


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Evangelho como ele ê exposto por Paulo em I Cor. 15:3, 4 — a morte, o sepultamento e a ressurreição de Cristo. (i). Concernenteàsigrejaseàcooperação: Mat. 16:18; 18:17. O Novo Testamento contém mais de cem referências a igrejas, quase todas a igrejas locais — à igrejaem Jerusalém, à igreja em Antioquia, à igreja em Roma, às igrejas daGalácia, às sete igrejas mencionadas em Apocalipse e muitas outras. Estas igrejas cooperaram em fazer a obrado Senhor: II Cor. 8 e 9; Atos 11:22-30; Rom. 15:26 e 16:1, 2. Ao term inarestasériedeestudos sobre diversos ensinos religiosos, o leitor deve se lembrar de que através dos séculos a fidelidade e a com unhãodossantostêm sidosempreameaçadosou manchados pelos ensinos não escriturais. Lede Gál. 1:6-9; I Tim. 1:5-7; II Tim. 3:6-8; Tito 1:10,11, para verdes o registro das experiências que Paulo teve com os que ensinavam as heresias. Até as próprias palavras de Paulo foram de tal modo torcidas que pareciam dar instruções erradas aos que buscavam a verdade (II Pedro 3:15, 16). Esforcemo-nos sempre para termos a nossa mente sujeita ao Espirito de Deus, para que ele nos declare a palavra e a vontade de Deus.


CRÉDITO PARA O CURSO DE EDUCAÇÃO RELIGIOSA

O estudo poderá ser fe ito de três formas distintas: através do estudo em classe; através de estudo ind ivid ua l; por correspondência; e através de estudo em instituições educacionais. ESTUDO EM CLASSE 1. Para o estudo em classe, seis horas, no m ínim o, devem ser dedicadas ao ensino, sem contar o tem po de abertura e encerramento. Para m aior proveito dos alunos, recomendam-se cinco períodos de 60 m inutos, sendo indispensável que o aluno assista a, pelo menos, 80% das aulas. O aluno que não tiver nenhuma falta e ler cada livro poderá ficar isento do exame fin a l, a crité rio do professor. Para cada aula a que o aluno faltar, o professor lhe solicitará um resumo do que fo i dado em aula, ou lhe aplicará um teste extra. A nota m ínim a para obtenção do certificad o é 7. 2. A in icia tiva do estudo pode ser do próprio pastor ou do diretor de educação religiosa. Caso a in icia tiva seja de outro líder da igreja, ele deve conversar com o pastor sobre a conveniência dos cursos. 3. As igrejas que escolherem o período da Escola de Treinam ento para o estudo poderão ter seis dom ingos de 60 m inutos (ou 12 de trin ta m inutos). Os estudos podem também ser feitos após o cu lto de oração, em classes especiais da EBD, ou em retiros. ESTUDO INDÜVIDUAL Esta form a de estudo exige que o aluno leia o livro, fazendo em seguida os exercícios de verificação de aprendizagem referentes a cada livro, enviando o trabalho escrito ao Setor de Cursos da JUERP — Caixa Postal 320 - 20001 - Rio de Janeiro - RJ - Tel. (021) 269-0772. ESTUDO EM INSTITUIÇÕES 1. A instituição poderá realizar os cursos através de uma classe especial. Para receber os-certificados ou diplomas, deverá enviar a relação dos alunos, livros estudados e notas para o Setor de Cursos da JUERP. 2. Se os livros de um curso estiverem incluídos no currículo da in stitu i­ ção, os alunos poderão receber os certificados ou diplom as oferecidos pelos Cursos de Educação Cristã, desde que seu dire to r ou coordenador pedagó­ gico envie a relação dos livros estudados, nomes e notas dos alunos. Observação: Se o professor do estudo em classe decidir aplicar o teste aos seus alunos, deve solicitar o gabarito ao Setor de Cursos da JUERP, para fa c ilita r a correção.


QUESTÕES PARA REVISÃO E EXAME — Pr. João Alves Feitoza

1. Associe ou combine devidamente, numerando os parênteses: (1) OS METODISTAS (2) OS PRESBITERIANOS (3) OS DISCÍPULOS E A IGREJA CRISTÃ (4) OS EPISCOPAIS (5) OS LUTERANOS (6) OS PENTECOSTAIS (7) OS TESTEMUNHAS DE JEOVÁ (8) OS ADVENTISTAS DO SÉTIMO DIA (9) OS CIENTISTAS CRISTÃOS (10) OS MÓRMONS (11) OS CATÓLICOS ROMANOS (12) OS BATISTAS ( ) Não gostam de culto formal; querem liberdade para expressar emoções; não querem um culto de teologism o; não querem uma cultura espiritual pró-forma; muitos m istificam , alegando dons proféticos e abusando de línguas estranhas; enfatizam uma se­ gunda bênção, que chamam Batismo com o Espírito Santo; não se crêem batizados no Espírito pela experiência do novo nasci­ mento; muitos praticam um certo espiritism o com o Espírito Santo; são barulhentos, acalorados, e nos acusam de frios; fa­ lam m uito na palavra obediência; têm o mau hábito de interpretar a Bíblia subjetivamente; usam ainda óleos, e propagam milagres e curas; muitos trazem a marca da ignorância e do fanatismo, bem como da heresia. ( ) Crêem que uma criança pode ser treinada para não cair na condi­ ção de perdida; admitem a perda de salvação, ou o «cair da graça»; batizam por aspersão; seguem a forma de governo episcopal para suas igrejas; seus pais são: João e Carlos Wesley — que vieram da Igreja Anglicana; João Wesley achava que o batismo deve ser por imersão; teve experiência pessoal com Cristo da certeza da salva­ ção, na Rua Aldersgate, em Londres, num encontro face a face com Cristo. ( ) Chamados Igreja dos Santos dos Últimos Dias; seu fundador: Joseph Smith; pregam a salvação pelo batismo e a transmissão do Espirito Santo pela imposição das mãos de seu sacerdote


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maior; defendem a poligamia, tendo sido proibidos pela Corte Suprema dos Estados Unidos de a praticarem; crêem na salvação dos mortos; não aceitam a Bíblia — têm seu próprio livro de revelações. ) Pregam que não há salvação fora da Igreja; seguem o antigo sacerdotalismo; batizam crianças, para a possibilidade de salva­ ção; seguem a hierarquia do papado; vivem da salvação pelos sacramentos; não têm a Bíblia como a regra infalível de fé e prática; seguem a tradição e um chefe supremo, endeusado. ) Crêem na predestinação e na eleição; batizam por aspersão; pra­ ticam o batismo infantil; não permitem a autonomia da igreja lo­ cal: o presbitério rege as congregações, o sínod^ rege um distrito maior, e a Assembléia Geral rege a igreja geral organizada, não local; trazem a linha calvinista e de João Knox. ) Não nasceram da Reforma Protestante, pois já existiam como congregação autônoma e local, desde Cristo; a Bíblia é sua única regra de fé e prática; crêem na certeza da salvação pela graça de Cristo, e esta vem pela fé; não aceitam regeneração por batismo, por sacramento, por igrejas, por relegião, por cum pri­ mento de leis, por boas obras; não aceitam batismo infantil; só batizam por imersão, e crentes convertidos, que pela fé aceitem livremente Cristo, passando pelo novo nascimento bí­ blico; defendem a idéia cristã da igreja local, autônoma, livre, separada do Estado em assuntos espirituais; crêem na liberdade da alma; seu único Senhor é Cristo. ) Têm prosperado mais como empresa; seguem e veneram, com um certo fanatismo, Helen White; guardam fanática e farisaicamente o sábado fixo do calendário — sua obsessão; chamam-se também sabatistas; prendem-se escravamente aos Dez Mandamentos; são legalistas (salvação pela lei e não pela graça), ou judaizantes; crêem na morte da alma; não crêem num inferno eterno; não tomam café; não comem carne de porco, etc.; batizam por imer­ são; têm uma Conferência para decidir, pois suas igrejas locais não são autônomas e livres. ) Negam a divindade de Cristo, sua propiciação e sua ressurreição; negam o inferno e o castigo eterno; não fazem continência à Bandeira, etc.; não aceitam servir às Forças Armadas, nem ir à guerra; não aceitam nem doam sangue, e são m uito restritos quanto a tomar remédios; são teimosos, obsecados, e òrêem que só eles estão com a verdade; ensinam que o hades é a sepultura; chamam-se também russelitas; Salão do Reino é o nome de suas salas de reuniões; pregam uma salvação que o milênio vai trazer como oportunidade; pregam a salvação após a morte. ) Aceitam como símbolos doutrinários o Credo Apostólico è o Credo de Nicéia; crêem na regeneração batismal; crêem no «cair da graça»; seguem o batismo infantil, por aspersão ou imersão; têm a confirmação do bispo, conforme é a crisma dos católicos; têm padrinhos de batismo; seu m inistério tem bispos, sacerdotes e diáconos; sua Convenção Geral é a autoridade suprema. ) Seu fundador era um monge, e se converteu, sacudindo os alicer­ ces da Igreja Romana e do mundo; foi quem bradou que «o justo viverá da fé», dando origem à Reforma Protestante da his-


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íória; conservam o batismo infantil; têm a concepção sacramentaiista das ordenanças, e o controle da religião pelo Estado; seguem a autoridade dos credos — apostólico, de Nicéia, e o de Atanásio, dando certa ênfase a letras, e não ao espirito da reiigião; ainda conservam a idéia de salvação pelo batismo. ( ) São os da seita Ciência Cristã; ensinam que Deus é um principio, e não uma pessoa; não crêem que haja uma deidade pessoal, Diabo pessoal, um homem pessoal — o homem é a idéia de Deus, a concepção da Mente Eterna; tudo para eles é mente, a morte uma ilusão, o mal uma ilusão — um erro. Um homem mau é um erro, o Diabo é um erro; não concebem o Deus Vivo. ( ) Movimento fundado por Thomas Campbell, um m inistro que se separou da Igreja Presbiteriana, em 1809; uniu-se aos batistas em 1812, por novo batismo, mas separou-se em 1832, por insistir em salvação por batismo, em não aceitar juntas missionárias, e outros pontos doutrinários; dá mais ênfase à anuência mental do que à experiência no coração; não exige a entrega a Cristo — basta crer nele; liga o batismo também à salvação; segue os passos: ouvir, crer, arrepender-se, obedecer, e então, ser remido; afirma que o Espírito só opera por meio da palavra; dá um tom sacramental à Ceia, já que a celebra todos os domingos; mo­ vimento de muita dissenção e desacordo. 2. Marque certo (C) ou errado (E), conforme achar certa ou errada a afirmação: 1. A Bíblia diz claramente que a salvação vem pela graça de Deus, pela fé, como dom de Deus, e não por obras, ou sacramento, ou guarda de leis (Ef. 2:8,9). 2. O verdadeiro renascido, pode ter a certeza da salvação (João 10:28,29). 3. Jesus foi batizado por imersão (Mat. 3:16; Rom. 6:4; At. 8:38,39). 4. O sacramento do Batismo salva a criança, colocando nela o Espírito Santo. 5. O papa é a pedra da Igreja, na cátedra de São Pedro (Mat. 16:18). , 6. Cada um dará conta de si mesmo a Deus. Não há predesti­ nação. 7. O Novo Testamento não apresenta igrejas locais livres e au­ tônomas. 8. Batizar, no original grego, quer dizer mergulhar, imergir na água. 9. Em toda a Bíblia Deus se revela como uma pessoa, não como um princípio. 10. Não é central na Bíblia que a salvação é pela fé em Cristo. 11. O obedecer salva. 12. No Novo Testamento, uma igreja não exerce poder eclesiás­ tico sobre outra. 13. Calvino, fundador do presbiterianismo, defendeu o batismo por imersão. 14. Para os batistas, a Biblia é a única regra de fé e prática.

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15. Todas as denominações evangélicas são iguais. 16. Não há diferença entre o batista e o pentecostai. 17. A Missa é a Ceia do Senhor, e o sacramento está muito certo. 18. Os batistas crêem na consubstanciação. 19. Não há fogo do Espírito Santo sem barulho e línguas estranhas. 20. O Espírito Santo convence do pecado. 21. O rico (Luc. 16) não teve uma segunda oportunidade. 22. Na mutação do tempo, todos os dias são sábados. 23. A doutrina dos mórmons não resiste, perante o Novo Tes­ tamento. 24. Os batistas já existiam, como igreja local livre, na Reforma. 25. Os batistas só aceitam a autoridade de Cristo. 26. As seitas que têm Cristo como centro, estão mais aproxi­ madas.


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