2. O PROPÓSITO DA SALVAÇÃO

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SOTERIOLOGIA

O PROPÓSITO DA SALVAÇÃO

Antes de falarmos do propósito da salvação, devemos entender quem é que necessita de salvação e por que necessita dela. A Palavra de Deus nos diz que o homem depois de haver pecado se tornou um ser totalmente depravado, alienado da glória de Deus e destinado ao castigo eterno. Dessa forma, a raiz do problema espiritual do homem se encontra na sua própria natureza caída. Desde o nascimento até a morte, o homem se encontra em inimizade com seu Criador.

Não há homem algum que por seu próprio mérito consiga se salvar, uma vez que todos são inescusáveis diante de Deus como escreveu o apostolo Paulo: “... não há um justo, nem um sequer” (Romanos 3.10). Por melhor que seja o ser humano, as Escrituras dizem que: “Mas todos nós somos como o imundo, e todas as nossas justiças, como trapo da imundícia; e todos nós caímos como a folha, e as nossas culpas, como um vento, nos arrebatam” (Isaías 64.6).

Portanto, o propósito de Deus é salvar todos os homens, porém muitos não querem se submeter aos conselhos de Deus. Dessa forma temos duas classes de pessoas: a que obedece e a que não obedece. A obediência é abençoada, pois ela glorifica Deus (Romanos 4.20-21). A obediência desejada é entendida tanto antes do pecado (Gênesis 2.16-17) quanto depois (Deuteronômio. 10.12-13). Pela obediência da Sua Palavra, Deus é glorificado. Essa observação contínua é o dever de todo o homem (Eclesiastes 12.13).

A desobediência da Lei de Deus é pecado (1 João 3.4; 5.17) e é o que provoca a separação eterna da presença de Deus (Gênesis 2.17; Romanos 6.23). O pecado é uma abominação tamanha justamente por não intentar dar glória ao único Deus

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(Números 20.12-13; 27.14; Deuteronômio 32.51).

Desde o começo da Sua operação com os homens, Deus requer uma obediência explícita. Essa obediência desejada tem o fim de O glorificar. A maldição no jardim do Éden (Gênesis 3.14-19, 22-24) foi expressa por causa do homem não colocar o desejo de Deus em primeiro lugar (Gênesis 2.17; 3.6). A destruição da terra pela água nos dias de Noé (Gênesis 6.5-7) foi anunciada sobre todos os homens por eles servirem à carne e, nisso, não glorificaram a Deus (Mateus 24.38). A história bíblica mostra o povo de Deus sendo castigado, repetidas vezes, um castigo que continua até hoje, por uma razão maior: adorar outros deuses (Jeremias 44.110). A condição natural do homem é abominável diante de Deus justamente por ele não ter o temor de Deus diante de seus olhos (Romanos 3.18). A condenação final do homem ímpio será simplesmente por causa dele não ter Deus nas suas cogitações (Salmo 10.4), desprezar toda a Sua repreensão (Provérbios 1.30) e por não se arrepender para dar glória a Deus (Apocalipse 16.9). Deus nunca dará outro, a glória que lhe é devida (Isaías 42.8). Ao Deus da glória (Atos 7.2), e ao Pai da glória (Efésios 1.17), é devida toda a glória para todo o sempre (Filipenses 4.20; 1 Timóteo 1.17).

2.1 ALCANCE DA SALVAÇÃO

A salvação de Jesus é para todo mundo. Ele convida qualquer um que estiver espiritualmente sedento a aproximar-se e receber a salvação como está escrito: “E o Espírito e a esposa dizem: Vem! E quem ouve diga: Vem! E quem tem sede venha; e quem quiser tome de graça da água da vida” (Apocalipse 22.17).

A Bíblia é clara em nos dizer que o sacrifício perfeito de Jesus Cristo alcançou todos os habitantes da Terra, como se pode observar: “E ele é a propiciação pelos nossos pecados e não somente pelos nossos, mas também pelos de todo o mundo” (1 João 2.2). Apesar de Jesus ter sido morto pelos pecados do mundo inteiro, nem todos aceitam o sacrifício vicário realizado na cruz. Deste modo, apesar de a salvação estar à disposição de toda humanidade, de forma experimental ela se aplica

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exclusivamente àqueles que crêem.

Foi pela descrença que o primeiro homem se afastou de Deus; portanto é muito lógico que o retorno a Deus seja pela fé. Cristo abriu o reino de Deus para todos os crentes; o caminho para Deus está livre, e quem quer que queira, poderá vir.

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