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INTRODUÇÃO

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REFERÊNCIAS

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EVANGELISMO

A mensagem do evangelho moderno é “Deus te ama e tem um plano maravilhoso para sua vida”. Entretanto, a nossa idéia de “maravilhoso” é a de que não sofreremos, teremos vida abundante na Terra, desfrutando do melhor que ela pode produzir.

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A felicidade é o maior anseio do homem. Somos obcecados pelo prazer. Corremos a todas as fontes que nos prometem o segredo do prazer. Bilhões de reais são gastos todos os anos com a promessa de que algo nos levará ao paraíso. Viagens, filmes, roupas, jóias, aventuras, conquistas e experiências são os pratos do dia servido a uma platéia faminta de felicidade.

Para veracidade dos fatos, conduza um pecador pelas páginas do Livro de Atos e mostre-lhe a passagem que relata as pedras quebrando os ossos de Estevão. Então, sorria e sussurre: “Maravilhoso...” Leiam juntos e visualizem em suas mentes o som do chicote de nove pontas cortando a pele das costas do apóstolo Paulo.

Mostre aos pecadores as diversas ocorrências da palavra “sofrimento” nas Epístolas e veja se o mundo vai conseguir sussurrar “Maravilhoso!”. Diga aos pecadores que “devemos através de muita tribulação entrar no reino de Deus” (Atos 14.22) e veja se os seus olhos ou os seus lábios conseguem balbuciar a palavra “Maravilhoso”. Depois deste passeio pela estrada da honestidade, eles poderão pensar que os prazeres do pecado são mais atraentes que o chamado a “sofrer aflição com o povo de Deus” (Hebreus 11.25).

Quem será que quererá escutar nossa mensagem se formos tão abertamente honestos sobre a vida cristã? Talvez não tantos quantos são atraídos pela conversa de um plano maravilhoso. A resposta ao nosso dilema é esclarecermos que a mensagem do Evangelho trata de justiça e não de felicidade. Foi exatamente isso que Jesus fez. Ele usou os Dez Mandamentos para mostrar aos pecadores qual era o justo padrão de Deus (Lucas 10.25; 18.18-20). Uma vez que os pecadores virem o perfeito padrão pelo qual serão julgados, eles começarão a temer a Deus e é pelo temor do Senhor os homens se desviam do mal (Provérbios 16.6). Eles começarão

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EVANGELISMO

a ter sede e fome da justiça que existe somente em Jesus Cristo.

Ao se estudar o Novo Testamento, qualquer um poderá ver que o amor de Deus é quase sempre apresentado em direta correlação com a cruz: “porque Deus amou o mundo de tal maneira, Deus demonstrou o Seu amor, etc.” (João 3.16; Romanos 5.5-6,8; Gálatas 2.20; Efésios 2.4-5; 5.2,25; 1 João 3.16; 4.10; Apocalipse 1.5).

A cruz é o ponto focal do amor de Deus pelo mundo. Então, como podemos apontar para a cruz sem fazer referência ao pecado? E como podemos nos referir ao pecado sem usar a Lei (Romanos 7.7)? A maneira bíblica para expressarmos o amor de Deus aos pecadores é mostrar-lhes o quão grande é o seu pecado (Romanos 7.13; Gálatas 3.24), e então dar-lhes a incrível graça de Deus em Cristo. Esta foi a chave para alcançar tantos no Dia de Pentecostes. Eles eram judeus “devotos” que conheciam a Lei e suas santas exigências e, portanto, prontamente aceitaram a misericórdia de Deus em Cristo para escapar da terrível ira.

A tragédia do evangelismo moderno é que, na virada do século XX, a Igreja abandonou a Lei em sua capacidade de converter a alma e conduzir os pecadores a Cristo. Com isso, o evangelismo moderno teve que encontrar outra maneira de os pecadores responderem ao Evangelho. A maneira escolhida foi a da “melhoria de vida”. O Evangelho degenerou-se para algo como “Jesus Cristo lhe dará paz, alegria, amor, realização pessoal e felicidade eterna”. O clichê que resume esta abordagem é algo assim: “Você nunca encontrará a verdadeira felicidade até aceitar a Jesus. Você tem um vazio em seu coração que só Deus pode preencher. Deus curará o seu casamento e acabará com seus vícios. Ele resgatará você das dificuldades financeiras e se tornará o seu melhor amigo”.

A mensagem do Evangelho não se trata de melhoria de vida, mas de justiça. Não importa o quanto um pecador possa estar feliz, ou o quanto ele está usufruindo dos prazeres transitórios do pecado; sem a justiça de Cristo, ele perecerá no dia da ira. Em (Provérbios 11.4) é dito: “As riquezas de nada aproveitam no dia da ira, mas a justiça livra da morte”.

Que Deus nos ajude a proclamar o Seu evangelho na íntegra.

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