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8.CARACTERÍSTICAS DO GANHADOR DE ALMAS
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EVANGELISMO
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CARACTERÍSTICAS DO GANHADOR DE ALMAS
Jesus Cristo deixou muito claro que veio à Terra para buscar e salvar o perdido. As pessoas endurecidas pelo pecado odiaram a Luz que viram em Cristo, como está escrito: “O julgamento é este: que a luz veio ao mundo, e os homens amaram mais as trevas do que a luz; porque as suas obras eram más” (João 3.19). Quando cravaram Ele na cruz, pensaram que tivessem apagado essa Luz, porém, Ele já havia ascendido à vida de alguns de seus seguidores, dizendo: “Vós sois a luz do mundo” (Mateus 5.14). As vidas salvas são luzes de Deus como escreveu o apóstolo Paulo: “éreis trevas, porém, agora, sois luz no Senhor; andai como filhos da luz, (porque o fruto da luz consiste em toda bondade, e justiça, e verdade), provando sempre o que é agradável ao Senhor” (Efésios 5.8-10).
Deus pretende que os crentes iluminem o mundo todo, porque todos os que estão sem Cristo estão perdidos. Por nosso meio, a Luz do Evangelho penetrará em cada canto escuro da Terra.
Aqueles que responderem ao chamado do Filho de Deus recebem luz e irradiam luz nas trevas da Terra. Algumas características, porém são básicas e obrigatórias para todo aquele que deseja fazer a obra de Deus em busca de perdidos.
8.1 TER EXPERIÊNCIA REAL COM CRISTO
“Achamos o Messias” (João 1.41)
Você encontrou a Cristo? Você teve uma experiência real com Ele? Tem convicção
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de sua salvação? O mundo não precisa de teorias, precisa de experiências. Você não vai levar aos outros uma religião, você vai levar a eles uma Pessoa viva e poderosa.
O homem de Deus, que O adora “na beleza da sua santidade” (Salmo 96.9), andando pelo “caminho da santidade” (Isaías 35.8) e meditando nas “palavras da sua santidade” (Jeremias 23.9), sem dúvidas O servirá “em santidade justiça” (Lucas 1.75).
É fato que as ações falam mais alto que as palavras. O homem que não praticar aquilo que prega verificará que aquilo que ele é, fala tão alto que o povo não escuta o que ele fala. Quem quiser fazer prosperar a causa de Deus, há de cuidar de perto de sua própria piedade, zelando para que não seja deficiente ao ponto de impedir em parte, ou mesmo totalmente, de trabalhar para Deus com êxito.
A força das palavras depende do caráter pessoal. Os antigos tinham uma máxima que dizia que só o homem bom pode ser eloqüente. Isso se aplica de modo especial na evangelização. Como podemos impressionar outros com a beleza da santidade, com a felicidade da harmonia e comunhão com Deus, com o valor infinito da crucificação, com a ternura de Jesus, se nós mesmos não tivermos tal experiência?
Tudo se resume nisto: conserva-te puro em propósito, em pensamento, em sentimento, em palavras e ação.
8.2 TER COMPAIXÃO PELOS PERDIDOS
“... viu-o e moveu-se de compaixão” (Lucas 10.33)
Por diversas vezes os escritores sagrados descreveram a compaixão de Jesus pelas pessoas. Os doentes, os famintos, os endemoninhados, os leprosos e as prostitutas eram objetos de seu amor e muitas vezes, mesmo cansado Ele deu assistência a essas pessoas. Sem amor e compaixão pela situação das pessoas, jamais nos preocuparemos em ganhar almas. A Palavra de Deus diz “o que ganha almas é sábio” (Provérbios 11.30b). Mas para se ganhar a alma de alguém, é preciso mostrar interesse pelas suas necessidades, ter compaixão. Esta é a chave que abre seus corações. O Senhor Jesus nos deixou um exemplo, quando falou sobre a história
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do “samaritano” (Lucas 10.33). Aquele homem foi elogiado por Jesus. Sua atitude mereceu a atenção do Mestre. O samaritano teve compaixão de uma pessoa desconhecida, o ajudou em suas necessidades. Com certeza o seu gesto de amor falou mais alto do que as palavras de um “doutor da Lei”.
Jesus veio de encontro a nossa necessidade de salvação, mas Ele também vem suprir nossas necessidades diárias. O homem que anda com Deus, sentirá direção na busca de almas, nas visitações, no trabalho social, em missões e em todas as demais atividades relacionadas com o Reino de Deus. O amor produz obediência e obediência produz fruto.
8.3 CONHECER A PALAVRA
“Pois do que há em abundância no coração, disso fala a boca” (Mateus 12.34b)
Um coração inflamado faz um evangelista inflamado, da mesma forma que um coração frio gera uma vida regelada. O apóstolo Paulo deu ao jovem pregador Timóteo a seguinte orientação: “Persiste em ler, exortar e ensinar, até que eu vá. Não desprezes o dom que há em ti, o qual te foi dado por profecia, com a imposição das mãos do presbitério. Medita estas coisas, ocupa-te nelas, para que o teu aproveitamento seja manifesto a todos. Tem cuidado de ti mesmo e da doutrina; persevera nestas coisas; porque, fazendo isto, te salvarás, tanto a ti mesmo como aos que te ouvem” (1 Timóteo 4.13-16). Paulo tornou bem claro que Timóteo era responsável por aqueles que o ouviam.
Não se pode falar daquilo que se desconhece. Falar da Palavra pressupõe conhecer a Palavra, vivenciá-la. É necessário um contato diário com a Bíblia, conhecê-La, a ponto de abri-La e explicá-La com desenvoltura quando necessário. É preciso saber “onde está escrito” aquilo que você diz. Como dizia Charles Finney: “Faze da Bíblia o teu livro dos livros. Estuda-a muito e de joelhos, esperando a luz divina”.
O apóstolo Paulo aconselhou seus filhos na fé dizendo: “Habite, ricamente, em vós a palavra de Cristo; instruí-vos e aconselhai-vos mutuamente em toda a sabedoria, louvando a Deus, com salmos, e hinos, e cânticos espirituais, com gratidão,
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em vosso coração” (Colossenses 3.16); e de novo: “Finalmente, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é respeitável, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se alguma virtude há e se algum louvor existe, seja isso o que ocupe o vosso pensamento” (Filipenses 4.8).
Note-se bem a importante verdade bíblica, de que primeiro a Palavra há de “habitar ricamente”, antes que possa haver eficiente ensino, admoestação, canto ou outra qualquer forma de serviço para o Salvador.
8.4 SER HOMEM DE ORAÇÃO
“Por este menino orava eu...” (1 Samuel 1.27) Não existe absolutamente nada que substitua esse essencial. A prédica notável não lhe toma o lugar, nem o grau de doutor, nem uma personalidade atraente, nem cousa alguma. Devemos imitar os grandes heróis da história espiritual. Para Hudson Taylor era “entabular negócios com Deus”; Jonathan Edwards falava em “assaltar o céu pela oração”; John Knox lutava com o Senhor, bradando: “Ó Deus, dá-me a Escócia ou eu morro”. De D.L. Moody disseram: “nunca fazia longas orações, nem passava longo tempo sem orar”. Martinho Lutero confessou: “Se deixo de passar pelo menos duas horas cada manha em oração, o diabo ganha a vitória durante o dia”. Charles Haddon Spurgeon dizia aos seus colegas pregadores: “Devemos ter por norma jamais ver a face dos homens antes de vermos a face de Deus... “Quem sai correndo da cama para as ocupações sem primeiro passar tempo com Deus, é tão insensato quanto seria se não lavasse nem se vestisse; é tão imprudente quanto ao soldado que se lança na batalha sem armas nem armadura”. Oração ligeira produzira pregação ligeira. A oração dá força à pregação, dá-lhe unção, faz com que prenda os corações. O sucesso do evangelismo, ou de qualquer ministério, não depende da eficiência de suas orações públicas, mas da profundidade de sua oração íntima. O sucesso do trabalho evangelístico repousa sobre a Palavra do Cristo: “Por isso, vos digo que tudo quanto em oração pedirdes, crede que recebestes, e será as135 sim convosco” (Marcos 11.24). Não podemos jamais esquecer esta garantia: “Pedi, Remova Marca d'água Wondershare PDFelement
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e dar-se-vos-á; buscai e achareis; batei, e abrir-se-vos-á. Pois todo o que pede recebe; o que busca encontra; e, a quem bate, abrir-se-lhe-á” (Mateus 7.7-8).
O exemplo dos apóstolos no Livro de Atos é uma simples ilustração de como dias de poder são precedidos de noites de oração. No primeiro capítulo, verso 14, lemos: “Todos estes perseveravam unânimes em oração...”. Não é, pois, de se admirar que, no capítulo seguinte (2.4), encontramos esta informação: “Todos ficaram cheios do Espírito Santo e passaram a falar em outras línguas, segundo o Espírito lhes concedia que falassem”. Tal fato fez com os próprios homens que tinham ajudado a crucificar a Cristo exclamaram: “Que faremos, irmãos?” (2.37), e três mil deles puseram sua fé e confiança no Senhor Jesus Cristo naquele dia.
Em Atos 4 conta-se-nos de como Pedro e João foram levados diante do Sinédrio e proibidos de pregar em nome de Jesus. Assim, porém, que foram soltos, relataram a situação aos demais e “unânimes, levantaram a voz a Deus...” (4.24). Por isso não nos surpreende o registro inspirado que vem sete versos adiante dizendo: “Tendo eles orado, tremeu o lugar onde estavam reunidos; todos ficaram cheios do Espírito Santo e, com intrepidez, anunciavam a palavra de Deus” (4.31).
Todo o Livro dos Atos conta a mesma história de “notáveis milagres” e uma das feições mais salientes do ministério desses homens foi a maneira como clamavam a Deus continuamente em uma só voz. Os cristãos primitivos tinham reuniões de orações que terminavam em terremotos!
Jamais podemos nos esquecer que homens de poder são homens de oração.