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9. EVANGELISMO ESPECÍFICOAVALIAÇÃO

EVANGELISMO

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EVANGELISMO ESPECÍFICO

A maioria destes convive lado a lado conosco, em nossas comunidades, escolas, faculdades, trabalho e até mesmo família. Alguns são fortemente proselitistas, outros praticam passivamente sua religião. Consideramos este o melhor campo para alcançá-los. Mais do que confrontá-los em seus congressos e grandes eventos, é no dia-a-dia, pouco a pouco, que eles podem e devem ser abordados de forma sábia.

Uma coisa é analisar as afirmações dos diversos grupos religiosos, pseudocristãos ou não, fornecendo respostas bíblicas para as questões propostas pelos mesmos. Outra coisa é usar o resultado disto para convencer os sectários da falsidade de suas posições e da veracidade do Evangelho como único meio de salvação.

Neste aspecto, vale frisar que evangelismo não é sinônimo de Evangelho. Esta distinção é de extrema importância no que diz respeito à área prática da apologética. O conteúdo deve permanecer intocado, mas a embalagem precisa se adaptar às necessidades do receptor. Não se muda a mensagem, mas muda-se o método. Para grupos específicos, métodos específicos.

Estamos falando de grupos bem específicos, com suas próprias crenças e com sua cultura própria. Não estamos falando de pessoas arreligiosas ou nominalmente religiosas que passivamente absorvem qualquer coisa. Estamos falando de pessoas convictas de sua fé e que alegam ter recebido desta fé o conforto que buscavam. Dentre estas, ainda existem as que de uma forma ou outra possuem uma “fé missionária”, ou seja, sua crença inclui a obrigação de propagar seus ensinos. Não apenas possuem uma fé passiva, mas uma fé ativa. Isto torna o evangelismo um verdadeiro confronto, que infelizmente tem adquirido algumas vezes perfil demasiadamente agressivo chegando às vezes a manchar a imagem do Evangelho.

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Relembrando, para grupos específicos, métodos específicos. Conhecemos isto muito bem, pois temos diversas organizações, não só no mundo, mas também no Brasil que trabalham com grupos restritos. Temos grupos para evangelizar crianças, universitários, mendigos, toxicômanos, homens de negócio, homossexuais, intelectuais, etc. Com as seitas, também se torna necessária a mesma visão.

Para alcançá-los, é necessário proceder de modo próprio, que pode variar mesmo de uma seita para outra. Mesmo que muitos tenham deixado os grupos heréticos e se unido à Igreja de Cristo, e isto não como resultado de um trabalho específico. Se isto fosse feito de modo efetivo, os resultados com certeza seriam muito melhor.

O número dos que têm deixado os grupos heréticos para se filiarem à Igreja tem muito se reduzido, justamente porque não há foco. Não se têm contemplado estes grupos como campos missionários. São vistos mais como inimigos do que como parte da seara na qual nos cabe trabalhar. Quando Paulo chegou a Atenas, ele logo procurou entrar em contato com os principais grupos filosóficos da época – os epicureus e estóicos (Atos 17.17-18). Não esqueçamos então que, filosofia e religião eram muito próximas. Estamos cientes de que este não é o único grupo a ser alcançado. Dizemos isto porque algumas vezes alguns se posicionam contra um enfoque de evangelização das seitas, dizendo que há tantas almas fora dela, que não precisamos “perder nosso tempo” tentando conquistá-las para o Reino de Deus. Concordamos que eles representam uma parcela pequena da população em relação ao todo.

Mas a omissão é injustificável. É necessário que uma parcela da Igreja dedique-se não apenas a se defender das seitas, mas a lutar para “arrebatar alguns do fogo” (Judas 22,23), pois se não o fizermos, também seremos culpados. A Igreja deve gastar parte de sua energia e tempo para salvar estas vidas. O fato de ser mais difícil a conversão destas almas, jamais pode servir de justificativa. Às vezes queremos ir para o mundo islâmico falar de Jesus a eles, quando dentro de nossa própria cidade ou bairro nós não fazemos qualquer esforço por alcançá-los. Não só os que vão para povos distantes têm trabalho a fazer, mas também os que ficam.

Nesta tarefa, deve estar aliada, a vontade de ganhar almas do evangelista, com a capacidade de aprendizagem e ensino do Mestre. Nem sempre estas características estão presentes em uma única pessoa. Mas elas podem e devem se associar nesta tarefa.

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